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FÁBIO DE CARVALHO MASTROIANNI

AS DROGAS PSICOTRÓPICAS E A IMPRENSA BRASILEIRA:

Análise do material publicado e do discursodos profissionais da área de jornalismo

Tese apresentada à Universidade Federal de São

Paulo – Escola Paulista de Medicina para a obtenção

do Título de Mestre em Ciências da Saúde

SÃO PAULO

2006

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FÁBIO DE CARVALHO MASTROIANNI

AS DROGAS PSICOTRÓPICAS E A IMPRENSA BRASILEIRA:

Análise do material publicado e do discurso

dos profissionais da área de jornalismo

Tese apresentada à Universidade Federal de SãoPaulo – Escola Paulista de Medicina para a obtenção

do Título de Mestre em Ciências da Saúde –

Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia

Orientadora: Profª Drª Ana Regina Noto

São Paulo

2006



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Mastroianni, Fábio de CarvalhoAs drogas psicotrópicas na imprensa brasileira: Análise do material

publicado e do discurso dos profissionais da área de Jornalismo / Fábio de CarvalhoMastroianni. --São Paulo, 2006.

xvi, 109f.

Tese de Mestrado - Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista deMedicina. Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia.

Título em inglês: The psicotropic drugs in brazilian press media: Analysis of thepublished material and the speech of the professionals of the journalism area

1. Psicotrópicos 2. Jornalismo. 3. Notícias.4. Pesquisa Qualitativa 5. Meios de Comunicação



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Este estudo contou com o apoio institucional do Centro Brasileiro de

Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) e o apoio financeiro da

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP),

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da

Secretaria Nacional Anti-Drogas (SENAD)



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À minha mãe pelo amor, carinho,

educação e apoio fundamentais em

todos os momentos da minha vida

À minha irmã pelo talento, carinho e

confiança que sempre me foi dado

A todos os meus amigos que

a par ou não desse trabalho foram

sempre essenciais



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AGRADECIMENTOS

À Doutora Ana Regina Noto pelo carinho, atenção, dedicação,

companheirismo e por ser tão brilhante cientista e refletir esse brilho para as

pessoas que a seguem. Aprender com você é gostar de aprender e ter vontade de

ensinar, você inspira dedicação.

Ao Doutor Elisaldo Lu is A raújo Carl in i por tudo que ele representa na vida

de tantos cientistas e na ciência no Brasil e no mundo de modo geral. O senhor é o

nosso professor, atencioso e sábio. Aprender com o senhor não é só conhecer, mas

sim olhar o fenômeno pelos olhos do gênio.

À Doutora Solange Aparecida Nappo pela sua paciência, inteligência,

simpatia e bom humor em nos trazer o conhecimento. A pesquisa qualitativa sobre

drogas no Brasil não pode ser dita sem citá-la, obrigado por facilitar-nos o

aprendizado com esse método.

Ao Doutor Jo séCarlo s Galdu róz por toda a sua ajuda na minha formação.

Zé você é uma pessoa muito bacana de se conviver, estar ao seu lado é aprender

mesmo sem se dar conta, seja na ciência, música ou outros assuntos. Admiro a sua

paciência e habilidade na hora de nos ensinar.

A todos os profissionais que participaram deste estudo. Dividir as suas

experiências é multiplicar as nossas esperanças de tentar entender aquilo que

desconhecemos. Sem vocês nada disso seria possível. Obrigado pela força.



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Ao cientista político Dr. Guilherme Canela de Sou za Godo i - Pesquisador do

Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política – o senhor foi fundamental na execução

deste trabalho. Obrigado pela atenção e por acreditar neste estudo.

A todos os professores do Departamento de Psicobiologia pela dedicação,

esforço e competência em manter esse departamento como um dos melhores do

Brasil, se não o melhor para se realizar pesquisas científicas e aprendizado com

qualidade.

À amiga Yone Gonçalves d e Mou ra por toda a ajuda que me foi dada na

realização desse trabalho. As coisas podem acontecer sem a Yone, mas com ela do

nosso lado além de mais fácil fica também mais divertido. Considero você uma

irmãzona do coração.

Ao amigo Muri lo Campos Bapt is ta por todo o apoio que me ofereceu e

continua oferecendo, não só na realização desse estudo, mas também na minha

carreira de psicólogo. Murilo você é uma grande referência.

A grande psicóloga e amiga Eroy Ap arecida da Si lva , valeu por tudo, pela

força, apoio e companheirismo. Com você não aprendemos só sobre dependência

de drogas, mas sim sobre a vida e sobre o viver.

A Professora Doutora Maria Lúcia Oliveira de Sou za Form igon i a quem eu

tenho profunda admiração e respeito e que contribuiu enormemente na execução

desse estudo e na minha formação como um todo.



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A toda a equipe da Unid ade d e Dependênc ia de Dro gas (UDED) com

destaque especial a Melina, Laisa, Angélica, Marlene, Mara, Márcia e Bia. Foi muito

gostoso trabalhar com vocês, vocês me ensinaram muito.

À Claudinha do CEBRID como é conhecida, sempre tão gentil e carinhosa.

Você é uma das principais responsáveis em manter o CEBRID com esse clima

gostoso, é um prazer conversar e conviver contigo.

Ao grupo de Psicoepidemiologia com destaque as grandes contribuições

dos pós-graduandos Zila e Lúcio, saibam que jamais será esquecida a ajuda que

vocês me deram.

A todo o grupo de Plantas Medic inais , com destaque aos Professores

Doutores Ricardo e Eliana e os amigos Andréia, Perla, Melina, Rafaela, Daniel,

Bruno e o grande Dr. Fúlvio. É um prazer conviver com vocês.

Aos funcionários do Cebrid, Paty, Aline, Clara, Elena, Filó, Mara, Ritinha,

Suely, Jane, Marlene etc. A todas essas pessoas que formam a comunidade

CEBRID e fazem dele um centro de excelência em informação sobre drogas. Sem

vocês, nós pós-graduandos não somos ninguém.

A Nereide e todo o pessoal da Secretaria – Júlio, Val, Andréia. Vocês são

fundamentais na organização e na existência desse departamento. Obrigado pela

paciência e a atenção dedicada.



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A Cris da Biblioteca pela sua atenção, dedicação e carinho com que

acompanha os pós-graduandos em nossa jornada.

A AFIP e ao Depar tamento de Psicobio logia e todos os seus funcionários

por fazerem desta instituição tudo o que ela representa.

Ao CNPq por todo o apoio necessário que me foi dado e por tudo aquilo que a

instituição representa para o desenvolvimento da ciência no país.



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RESUMO

O jornalismo exerce um importante papel na construção social da realidade e está

diretamente relacionado ao processo de formação da opinião pública. A presente

pesquisa buscou unir aspectos quantitativos e qualitativos objetivando analisar e

comparar o conteúdo dos textos jornalísticos sobre drogas, publicados na imprensa

brasileira nos anos de 2000 e 2003, assim como compreender o processo de

construção dessas notícias a partir do referencial de seus autores. Para tanto, foram

realizados dois estudos complementares: a) a análise de conteúdo de 2.510

matérias (1.110 em 2000 e 1.400 em 2003) extraídas por clipping dos principais

jornais e revistas do Brasil; e b) a análise do discurso dos profissionais da área de

comunicação (N=22) autores de matérias sobre drogas, obtidos por entrevistas

semi-estruturadas, gravadas e transcritas literalmente. Entre as matérias

jornalísticas analisadas verificou-se que tanto para o tabaco quanto para o álcool,

predominaram temas relativos a políticas públicas, enquanto que para as demais

drogas (maconha, derivados da coca e textos sobre drogas de maneira geral) os

textos foram mais restritos às conseqüências negativas do uso e ao tráfico de

drogas. Entre os anos de 2000 e 2003 foi observado um aumento de matérias sobre

políticas relacionadas ao álcool enquanto que para maconha e cocaína aumentou o

número de matérias que utilizaram termos pejorativos. Cerca de metade dos textos

analisados em ambos os anos foram do tipo nota. Em relação ao discurso dos

profissionais, a maioria considerou inadequada a cobertura jornalística sobre o

tema, apontando dificuldades tais como a falta de conhecimento mais amplo sobre o

assunto, assim como o tempo escasso para a elaboração de matérias com maior

profundidade. Os resultados confirmam o descompasso entre imprensa e



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epidemiologia, bem como a superficialidade com que um tema tão complexo é

tratado. Além disso, para que haja uma cobertura mais adequada do tema é

necessária uma maior capacitação dos profissionais da área de comunicação, assim

como uma aproximação maior destes com profissionais e acadêmicos da área de

saúde.



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ABSTRACT

The journalism exerts an important paper in the social construction of the reality and

directly is related to the process of formation of the public opinion. The present

research searched to join quantitative and qualitative aspects objectifying to analyze

and to compare the content of the journalistic texts on drugs, published in the

Brazilian press in the years of 2000 and 2003, as well as understanding the process

of construction of these notice from the referential of its authors. For in such a way,

two complementary studies had been carried through:a) the analysis of content of

2.510 substances (1.110 in 2000 and 1.400 in 2003) extracted by clipping of main

periodicals and magazines of Brazil; and b) the analysis of the speech of the

professionals of the communication area (N=22) authors of substances on drugs,

gotten for half-structuralized, recorded and transcribing interviews literally. Between

the analyzed journalistic substances as much for the tobacco was verified that how

much for the alcohol, the public politics had predominated relative subjects, while

that for the too much drugs (marijuana, derived from the cocaine and texts on drugs

in general way) the texts had been more restricted to the negative consequences of

the use and to the traffic of drugs. Among the years of 2000 and 2003 was observed

an increase of substances on politics related to the alcohol while for marijuana and

cocaine increased the number of substances that had used pejoratives terms. About

half of the texts analyzed in both the years they had been of the type notices. In

relation to the speech of the professionals, the majority considered weak the

journalistic covering on the subject, pointing difficulties such as the lack of ampler

knowledge on the subject, as well as the scarce time with respect to the elaboration

of substances with bigger depth. The results confirm the exaggeration between the



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press and epidemiology, as well as the superficiality with that a so complex subject is

dealt. Moreover, so that it more has an adjusted covering of the subject is necessary

a bigger qualification of the professionals of the communication area, as well as a

bigger approach of these with professionals and academics of the health area.

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