P1+2 fortalece a vida no campo

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P1+2 fortalece a vida no campo Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Ano 8 • nº1992 Dezembro/2014 Minador do Negrão bém cercamos a área do cultivo, porque antes as galinhas não deixavam , diz a agricultora Vanúsia. Atualmente, o casal de agricultores possui um quintal produtivo com uma variedade de alimentos. Ao redor de casa plantam o maxixe , a macaxeira, a abóbora, o mamão, ’’ a berinjela, o coentro, a cebolinha, o amendoim, ervas medicinais, cajueiro, acerola, pinheira, goiabeira e carambola. Agora não preciso comprar hortaliças porque posso cultivar. Também crio galinhas e consigo uma economia maior na renda da família’’, falou Vanúsia. A conquista das tecnologias sociais de primeira água e da cisterna-calçadão não trouxe apenas 68 mil litros de água para a família, mas a esperança de uma vida melhor. Era um sacrifício por água, quando eu me lembro sinto vontade de chorar. Quando não tinha a primeira água e a seca era brava mesmo, a gente saia de madruga- Para as famílias que vivem no Semiárido conquistar reservatório para captação de água de chuva é motivo de alegria. O casal de agricultores Vanúsia Lourenço da Silva e Fernando Barros da Silva residentes na comunidade Jiquirí em Minador do Negrão, Alagoas transformou o cenário ao redor de casa depois da conquista da cisterna-calçadão. Já temos mais de 20 anos de casados e sempre trabalhamos com o plantio de milho e do feijão, somente agora aumentamos a produção com as sementes que recebemos do caráter produtivo, tam- A cisterna conquistada no ano de 2014 encheu com as primeiras chuvas. Os agricultores Vanúsia e Fernando aumentaram a produção com a conquista da tecnologia social.

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Para o casal de agricultores Vanúsia Lourenço da Silva e Fernando Barros da Silva a conquista dos reservatórios de água não trouxe apenas 68 mil litros de água mais sim a esperança de uma vida melhor.

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 8 • nº1992

Dezembro/2014

Minador do Negrão

bém cercamos a área do cultivo, porque antes as galinhas não deixavam , diz a agricultora Vanúsia. Atualmente, o casal de agricultores possui um quintal produtivo com uma variedade de alimentos. Ao redor de casa plantam o maxixe , a macaxeira, a abóbora, o mamão,

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a berinjela, o coentro, a cebolinha, o amendoim, ervas medicinais, cajueiro, acerola, pinheira, goiabeira e carambola. Agora não preciso comprar hortaliças

porque posso cultivar. Também crio galinhas e consigo uma economia maior na renda da família’’, falou Vanúsia. A conquista das tecnologias sociais de primeira água e da cisterna-calçadão não trouxe apenas 68 mil litros de água para a família, mas a esperança de uma vida melhor. “Era um sacrifício por água, quando eu me lembro sinto vontade de chorar. Quando não tinha a primeira água e a seca era brava mesmo, a gente saia de madruga-

Para as famílias que vivem no Semiárido conquistar reservatório para captação de água de chuva é motivo de alegria. O casal de agricultores Vanúsia Lourenço da Silva e Fernando Barros da Silva residentes na comunidade Jiquirí em Minador do Negrão, Alagoas transformou o cenário ao redor de casa depois da conquista da cisterna-calçadão. “Já temos mais de 20 anos de casados e sempre trabalhamos com o plantio de milho e do feijão, somente agora aumentamos a produção com as sementes que recebemos do caráter produtivo, tam-

A cisterna conquistada no ano de 2014 encheu com as primeiras chuvas.

Os agricultores Vanúsia e Fernando aumentaram a produção com a conquista da tecnologia social.

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da para pegar água em outra comunidade nas barragens do governo. Agora a minha vida é outra’’, relembra a agricultora. O esposo que ajuda no cultivo da roça e da horta destaca: “Conseguimos a cisterna faz três meses e hoje posso dizer que estamos ricos. Não falta água em casa, e se a cisterna fosse maior tinha mais água, porque ela já encheu que sangrou, e mesmo usando, ainda está cheia’’. Ele também relembra: ‘‘Sei o que passei quando não tinha a cisterna, por isso sou

Realização Apoio

ciumento com a água, até a chave da cisterna eu escondo e só tiro a água que preciso. Se tivesse outra cisterna eu queria de novo, foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida’’, conta com alegria o agricultor Fernando. A divisão do trabalho

Diariamente o casal acorda com o nascer do sol e enquanto um cuida do café da manhã o outro vai cuidar do quintal produtivo. Além do trabalho com a agricultura , Vanúsia trabalha como professora na comunidade. “Para sobreviver temos que fazer de tudo um pouco, por isso dividimos as tarefas e vem dando tudo certo. Até estamos pensando em aumentar a produção de hortaliças’’, disse Vanúsia. A vida na comunidade O casal fala da vida no campo e diz que gosta de viver na comunidade, principalmente agora que conquistou a cisterna-calçadão. “Eu gosto de morar no sertão. Aqui podemos plantar tudo que a gente precisa, e agora que temos a cisterna as coisas mudaram. Sei que a tranquilidade que temos aqui é difícil de encontrar em outros lugares’’, ressalta a agricultora Vanúsia. A cisterna-calçadão é resultado da implementação do Programa Uma Terra e Duas Águas da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e combate a Fome (MDS).

A criação de galinhas complementam a alimentação da família.