APOSTILA DE ÉTICA E RESPONSABILIDADE...
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APOSTILA DE ÉTICA E
RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL (JAN/2018)
Material protegido. É proibida a reprodução, parcial ou integral, do mesmo.
Registro na Fundação Biblioteca Nacional/Ministério da Cultura.
Profª Mônica Roberta Silva, M.Sc.
www.retadechegada.com
(21) 3902-1462 e (21) 99157-5825
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Bibliografia Principal
ASHLEY, Patrícia Almeida (org.). Ética e Responsabilidade Social nos Negócios. Ed Saraiva.
BARBIERI, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial: Conceitos, modelos e instrumentos. Ed. Saraiva.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing. Ed. Atlas.
MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Teoria geral da administração – da revolução urbana a revolução digital.
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Visão Geral - Brasil
Político – regime democrático
Econômico – capitalismo, déficit público
Social – caos social
Tecnológico – fuga de “cérebros”
Comércio Exterior – superávit comercial x déficit comercial
Educação – programas: quantidade x qualidade.
Competitividade – queda de participação.
Globalização – grande desafio.
Crise Mundial – hipotecas subprime
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Estado Social x Estado de Bem-
Estar Social (Welfare State)
Estado Social - segunda fase da Revolução Industrial, 1850 a 1933 (New Deal/EUA), Roosevelt.
– Comuna de Paris em 1871
– Revolução Mexicana de 1910
– Revolução Russa de 1917
Estado de Bem-Estar Social – pós IIGM, 1947 a 1989.
– Plano Marshall (Europa) e Colombo (Japão)
– Doutrina Truman (Harry Truman)
– Queda do Muro de Berlim/Ale
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Origem do Terceiro Setor
EUA, primeira metade século XX.
1º setor: organizações governamentais
2º setor: empresas privadas com fins lucrativos
3º setor: organizações privadas sem fins lucrativos
– Fundação – autorização e fiscalização do MJ e outros, escritura pública
– Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) – autorização e qualificação MJ; Termo de Parceria x renúncia título de UPF, CFinsFilantrópicos
– Organização Não Governamental (ONG) – Não interferência governo e isenção IR
+/- 600mil entidades no Brasil
+/- 5% PIB Mundial, US$1,1 trilhão em 22 países (1995).
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Marketing-Mix, Sub-Compostos e
Vertentes Marketing Mix:
– 4P´s - produto, preço, praça e promoção.
Sub-compostos:
– 4A´s - análise, adaptação, ativação e avaliação
– 4C´s - consumidor, custo, conveniência e comunicação.
Vertentes:
– 3R´s - reliability, reputation e relationship.
– 3P´s - people, planet e profit
Variação da Receita
Variação
no Preço
Demanda
Elástica
Demanda
Inelástica
$ (+) Receita (-) Receita (+)
$ (-) Receita (+) Receita (-)
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Histórico
Nos anos de 1960, nos EUA e na Europa, o repúdio da população à guerra do Vietnã deu início a um movimento de boicote à aquisição de produtos e ações de algumas empresas ligadas ao conflito.
A sociedade exigia uma nova postura ética e diversas empresas passaram a prestar contas de suas ações e objetivos sociais.
A elaboração e divulgação anual de relatórios com informações de caráter social resultaram no que hoje se chama de BALANÇO SOCIAL.
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Marketing Social
Fig.: Os Atores do
Marketing Social ou
Societário =>
Fonte: Adaptado de
Kotler e Armstrong
(1995:13)
EUA: É "o desenho, implementação e controles de programas que buscam aumentar a aceitabilidade de uma idéia, causa ou pratica social junto a públicos-alvo“– Kotler e Armstrong (1995:421).
BRASIL: O termo "marketing social" está sendo utilizado para designar atuação empresarial no campo social com objetivo de obter diferenciais competitivos, sem que essas ações tenham o objetivo de influenciar comportamentos coletivos – Mendonça e Schommer (2000).
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#Consumismo x Consumerismo Consumismo - aquisição desmedida de produtos.
Consumerismo - perspectiva que visa tornar o consumidor
menos dependente do consumo e mais racional nas suas
escolhas.
Consumerismo verde - tentativa de fazer o consumidor
adquirir produtos que não poluam o meio ambiente.
– Meio ambiente é “o conjunto de fatores físicos,
biológicos e químicos que cerca os seres vivos,
influenciando-os e sendo influenciado por eles”. –
Houaiss (2010:496)
Consumerismo ético - ampliação do consumerismo verde
e objetiva o comércio ético dentro do atual sistema
econômico.
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Ações e Terminlogias Termos utilizados para designar a postura "voltada para o social"
ou ações sociais:
– Marketing social,
– Marketing relacionado a causas sociais,
– Marketing comunitário,
– Marketing de campanhas sociais,
– Responsabilidade social,
– Cidadania empresarial,
– Marketing da filantropia etc.
Consiste de um conjunto de atividades, técnicas e estratégias que são utilizadas para estimular e promover mudanças sociais, como alterações de crenças, atitudes e comportamentos empregando-se conceitos e ferramentas originárias do MARKETING CONVENCIONAL para influenciar comportamentos com o objetivo de promover mudanças sociais, exemplo:
– Planejamento familiar,
– Prevenção de doenças,
– Direitos humanos,
– Economia de energia,
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Conceitos Filantropia é a simples doação, resolve um problema
momentâneo e acabou. Não muda a atitude. Ex.: distribuição de preservativos no carnaval.
Ação Social é a doação com trabalho de conscientização. Ex.: distribuição de preservativos a partir de palestras educativas.
Assistencialismo é a “filantropia para os estranhos”. Ex.: creche para a comunidade sem participação dos funcionários.
Marketing de Causas é a adoção de um tema polêmico que traz publicidade. Ex.: Bennetton com o HIV, homossexualismo etc.
Marketing Institucional é o patrocínio esportivo e/ou cultural em troca de publicidade/propaganda. Ex.: Sel. Futebol
Investimento Social Privado é o investimento direto - via fundações, oscip´s, ong´s, em cultura, esportes, artes etc.
Imagem Corporativa é a criação de um evento específico visando publicidade. Ex.: funcionários da Volkswagen e Fome Zero.
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Conceito de Responsabilidade Social
“(...) definir a Responsabilidade Social é tarefa difícil, ou quase impossível nos dias de hoje. (...) Muito se tem escrito e debatido sobre este assunto (...) é pleno de definições e conceitos. E estes, de tão numerosos e diversificados, juntam-se a outro para formar conceitos múltiplos, como, por exemplo, responsabilidade ética, ética e Responsabilidade Social, Responsabilidade Social Corporativa, cidadania corporativa, cidadania empresarial e muitos outros. (...) A dificuldade de definir corretamente o termo Responsabilidade Social começa com a idéia que lhe é subjacente. Como entender o exercício da Responsabilidade Social das empresas? Como dever, obrigação legal, compromisso e imperativo ético?” - MELO NETO e BRENNAND, 2004, p. 2.
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*Responsabilidade Social
Responsabilidade Social é a adoção de uma filosofia dentro de toda a empresa.
Ela tem que atender a todos os públicos, externo e interno.
Tem que tratar dos relacionamentos colocando responsabilidade nos produtos que a empresa oferece, bem como nos seus negócios internos.
A Responsabilidade Social não difere as pessoas. É uma filosofia que envolve todos os stakeholders.
Triângulo people-profit-planet – aumentar o valor ao acionista através da integração do econômico (profit), social (people) e meio ambiente (planet) na estratégia do negócio. – Triple Botton Line.
Malthus – Teoria da População (PA x PG).
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*Conceito de RS - Ashley
“(...) Compromisso que uma organização
deve ter para com a sociedade, expresso por
meio de atos e atitudes que a afetem
positivamente, de modo amplo, ou a alguma
comunidade, de modo específico, agindo
proativamente e coerentemente no que tange
a seu papel específico na sociedade e a sua
prestação de contas para com ela.” – Ashley,
2003, p. 6 e 7)
Q.: Visão estratégica (planejada) ou visão
filantrópica (JIC)? 14
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#Variações das Orientações - Kotler I) Princípios de Marketing (1999, p. 11-11), são cinco orientações da
empresa em relação ao mercado - produção, produto, venda, marketing e
marketing societário.
II) Administração de Marketing (1998, 5ed., p. 43-44)), são cinco
orientações – produção, produto, vendas, marketing e marketing societal.
III) Administração de Marketing (2006, 12 ed., p.13-19), Kotler e Keller
trazem cinco novas visões sobre as orientações: para a produção, para o
produto, para a venda, para o marketing e para o marketing holístico. Essa
última refere-se à “abordagem do marketing que tenciona reconhecer e
harmonizar o escopo e as complexidades das atividades de marketing”,
sob quatro dimensões distintas.
– Marketing interno – departamento de marketing, gerência sênior e
outros departamentos.
– Marketing integrado – comunicações, produtos e serviços, canais.
– Marketing socialmente responsável – ética, meio ambiente, legalidade
e comunidade.
– Marketing de relacionamento – clientes, canal e parceiros.
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*Ética, valores e cultura e sua relação
com a responsabilidade social Moral (fem.): conjunto de regras de conduta ou hábitos
julgados válidos, quer de modo absoluto, quer por grupo ou pessoa determinada.
– Moral (masc.) – estado de ânimo.
– Amoral – sem conjunto de valores.
– Imoral – ignora os valores deliberadamente.
Legal: Referente ou conforme a lei e/ou sistema legal.
Ética: estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana, do ponto de vista do bem e do mal; conjunto de normas e princípios que norteiam a boa conduta do ser humano. Ciência que estuda a moral.
“Imperativo Ético” – Kant:
– Imperativo categórico (lei)
– Imperativo hipotético (crença)
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Ética - Maximiano A ética é a disciplina ou campo do conhecimento que
trata da definição e avaliação do comportamento de
pessoas e organizações.
A ética lida com aquilo que pode ser diferente do que
é, da aprovação ou reprovação do comportamento
observado em relação ao comportamento ideal.
O comportamento ideal é definido por meio de um
código de conduta, ou código de ética, implícito ou
explícito. Código de ética são conjuntos particulares
de normas de conduta.
A palavra ética, do grego ethos, tem a mesma base
etimológica da palavra moral, do latim mores.
Os dois vocábulos significam hábitos e costumes, no
sentido de normas de comportamento que se
tornaram habituais.
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Abrangência da ética na administração
A discussão sobre ética abrange e questiona inúmeros
aspectos da administração das organizações e de suas
relações com a sociedade. De acordo com Stoner (apud
MAXIMIANO, 2006:415), a classificação pode ser feita em
quatro categorias ou níveis:
– 1- Nível social da ética.
– 2- Nível do Stakeholder.
– 3- Ética na administração e políticas internas.
– 4- Ética no nível individual
1- Nível social da ética - na sociedade, forma geral, as
questões éticas relacionam-se com a própria presença, o
papel e o efeito das organizações na sociedade, uma questão
por exemplo: É justo os executores ganharem o equivalente a
dezenas de salários dos trabalhadores operacionais?
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Abrangência da ética na administração
– cont. 2- Nível do Stakeholder:
– Nível social: papel, presença e efeito das organizações na
sociedade.
– Nível do stakeholder: obrigações das organizações em relação a
todos os que delas dependem ou são por elas afetados.
– Nível da política interna da empresa: relações da empresa com
seus empregados.
– Nível individual: maneira como as pessoas deveriam tratar-se.
3- Ética na administração e políticas internas:
– A discussão sobre ética focaliza especialmente as relações da
empresa com seus empregados, , uma questão por exemplo:
quais são as obrigações da empresa com seus funcionários?
4- Ética no nível individual:
– Refere-se como as pessoas devem tratar-se, por exemplo, quais
são as obrigações e direitos as pessoas têm como seres
humanos e trabalhadores?
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Criação de sistemas de valores Valores são julgamentos a respeito do que é
desejável e indesejável e oferecem justificativas
para decisões. Os valores formam a base dos
códigos de ética.
Desde a Antiguidade, muitas pessoas têm
participado da construção de sistemas de valores.
– Confúcio (551-479 AC) – norma da
reciprocidade (tratar os outros como gostaria de
ser tratado), conduta virtuosa (consumo
desenfreado e perder a calma são
condenados).
– Aristóteles (384-322 AC) – ética relaciona-se à
virtude, ao bem-estar das e à felicidade
pessoas.
– Kant (1724-1804 DC) – regra de ouro (“não
faças aos outros, aquilo que não quiseres que
aconteça para ti”; imperativos categóricos (leis)
e imperativos hipotéticos (crenças). 20
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Interpretação da ética
A interpretação de valores éticos
pode ser absoluta ou relativa.
– O comportamento ético relativo
baseia-se na premissa de que
as normas de conduta
dependem da situação,
resultando na ética situacional
ou relativa ou utilitária.
– O comportamento ético absoluto
baseia-se na premissa de que
as normas de conduta são
válidas em todas as situações
(certo é certo, errado é errado),
resulta no idealismo moral. 21
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Teorias Éticas (Max Weber)
A- Convicção ou Deontológica: “Faça algo porque é um mandamento”
- A1- Vertente do Princípio: “Respeite as regras, haja o que houver”
- A2- Vertente da Esperança: “O sonho antes de tudo”
B- Responsabilidade: “Somos responsáveis por aquilo que nossos atos provocam”
- B1- Vertente da Finalidade: “Alcance os objetivos custe o que custar”;
- B2- Vertente Utilitarista: “faça o maior bem para mais gente”.
Os fins justificam os meios?
SIM: Ética Responsabilidade e NÃO: Ética Convicção
“A ética não é um paletó que se põe e tira a qualquer momento” - SROUR
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Estágios de
desenvolvimento moral Ética pré-convencional da ética – não
há regras, os outros que se danem. O
mundo é dos espertos. Ética do
darwinismo social (vitória dos mais
capazes), ex.: “É cada um por si.”
Ética convencional da ética –
obediência às regras, por conveniência.
Ética das convenções, ex.: “Se me
comportar como os outros esperam,
terei vantagens”.
Estágio pós-convencional da ética –
idealismo moral. As regras são
seguidas por convicção e não por
obrigação, ex.: “Minha liberdade
termina onde começa a do vizinho.”
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Abordagens Éticas
a) A abordagem normativa - característica da Business Ethics, baseia-se
na idéia de que a empresa e suas atividades estão, como qualquer outra
esfera da vida humana, sujeitas ao julgamento ético – ao invés de pairarem
em alguma espécie de limbo, ou vácuo moral, onde esse tipo de julgamento
não se aplique. - Kreitlon (2004).
b) A abordagem contratual - empresa e sociedade são parte de um
mesmo sistema, e estão em constante interação; ambas estão ligadas entre
si por um contrato social; a empresa está sujeita ao controle por parte da
sociedade. (id, ibid).
c) A abordagem estratégica – também chamada de utilitária ou
instrumental, defende a idéia de que, a médio e longo prazos, “o que é bom
para a sociedade é bom para a empresa” – sugerindo, de maneira implícita
e correlata, que aquilo que é bom para a empresa também o é para a
sociedade, postulado fundamental das teses econômicas neoclássicas.
Argumentos: a empresa pode tirar proveito das oportunidades de mercado
decorrentes de transformações nos valores sociais, se souber antecipar-se
a eles; o comportamento socialmente responsável pode garantir-lhe uma
vantagem competitiva; uma postura proativa permite antecipar-se a novas
legislações, ou mesmo evitá-las. (id, ibid)
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Ética na Adm. Pública (DL 1.171/1994)
Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o
art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da
Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de
1992, DECRETA:
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil
do Poder Executivo Federal, que com este baixa.
Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e
indireta implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à
plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a Constituição da
respectiva Comissão de Ética, integrada por três servidores ou empregados
titulares de cargo efetivo ou emprego permanente.
Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à
Secretaria da Administração Federal da Presidência da República, com a
indicação dos respectivos membros titulares e suplentes.
Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e 106° da República.
ITAMAR FRANCO
Romildo Canhim
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*Princípios Princípio da Caridade - Carnegie, as pessoas em melhor
situação financeira devem auxiliar os pobres, os desafortunados, os que sofrem de moléstias ou que estão em situações precárias.
Princípio do Zelo (stewardship) - de origem bíblica, diz que as pessoas e empresas mais abastadas têm seu dinheiro “(…) com a confiança do resto da sociedade e podem usá-lo para qualquer finalidade que a sociedade julgar legítima. O papel da empresa é também aumentar a riqueza da sociedade, por meio de investimentos prudentes e uso cauteloso dos recursos sob a sua responsabilidade”.
Teoria dos Stakeholders – Freeman (1984), as empresas devem ser socialmente responsáveis e administradas de acordo com o interesse público (bem da coletividade), isto é, aquilo que o público deve e precisa saber, na visão de quem faz, prestando contas das suas ações (“accountability”) e sendo cobrada pelas mesmas.
Interesse do Acionista (Milton Friedman/EUA) - A única responsabilidade social das empresas é com os seus acionistas.
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Comparação entre as “Doutrinas
Sociais” DOUTRINA PRINCIPAL
DEFENSOR
PREMISSA PRINCÍPIO/
TEORIA
ASSOCIADO
Responsabilidade
Social
Andrew
Carnegie/
EUA
Como as
empresas usam
os recursos da
sociedade, então
cabem-lhes
responsabilidades
perante a mesma.
Princípio da
Caridade
Princípio do
Zelo
(stewardship)
Interesse do
Acionista
Milton
Friedman/
EUA
A única
responsabilidade
social das
empresas é com
os seus
acionistas.
Teoria dos
Stakeholders
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As dimensões da responsabilidade
social corporativa
Cada esfera de atuação da empresa e cada relacionamento que ela mantém com seus diversos públicos (empregados, acionistas, consumidores, fornecedores etc.) têm a sua dimensão de Responsabilidade Social.
Em cada dimensão existe um paradigma, princípio e dever ético que deve ser obedecido à risca, bem como, padrão de atuação e norma de conduta.
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*Quatro Dimensões (Carroll, Archie)
Archie Carroll, na obra “A Three-Dimensional Conceptual Model
of Corporate Performance”, de 1979, aborda que há quatro
responsabilidades que devem ser atendidas pela empresa:
Responsabilidade Econômica que trata da sustentabilidade e
viabilidade do negócio, porque uma empresa que não gera lucro
não consegue manter-se;
Responsabilidade Legal que é o estrito cumprimento às leis,
uma empresa que não respeita as leis, além das multas que
pode vir a receber, pode gerar grandes prejuízos para os seus
stakeholders;
Responsabilidade Ética que exige que a empresa e seus
funcionários ajam de acordo com os valores universais, com
lisura nas suas ações;
Responsabilidade Filantrópica ou Discricionária que
propugna que as empresas devem atuar na melhoria do
ambiente, da sociedade, do planeta (CARROLL, 1979).
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Pirâmide Social
Fonte: Carroll (apud PEREIRA, 2006) 30
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Responsabilidade social no contexto
brasileiro Pesquisa Estadão - 09/04/1996:
– Consumidores querem trabalho social das empresas;
– Querem lucro econômico-financeiro, mas também com o “lucro social”;
– 78% querem que as empresas não se limitem a vender produtos, mas invistam em educação e saúde para a comunidade;
– Acham que sustenta as empresas e direito a um retorno.
– 50% pensam que as empresas estão mais preocupadas com a comunidade do que há 10 anos (1986);
– Participação das empresas na comunidade foi eleita como mais importante do que publicidade.
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No Brasil
No Brasil a idéia começou a ser discutida na década de 1970. Contudo, apenas nos anos 1980 surgiram os primeiros balanços sociais de empresas.
A partir da década de 1990 corporações de diferentes setores passaram a publicar balanço social anualmente.
A proposta ganhou visibilidade nacional quando Herbert de Souza, o Betinho, lançou, em junho de 1997, uma campanha pela divulgação voluntária do balanço social.
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Fatores Motivacionais
Diferencial competitivo
Concorrência
Financeiro
Imagem de marca (branding) - externo
Motivacional – interno
Ética – não optativa
Brand Equity
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Efeito Borboleta
- “O bater de asas de uma
borboleta no Brasil
desencadeia um Tornado
no Texas?” – (LORENZ,
Edward – 1972)
- Caos – A Criação de uma
Nova Ciência” – (GLEICK,
James – 1987)
- Causa e efeito estão
relacionados e têm
repercussão inimagináveis.
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*Brand Equity (2009) Quanto vale u´a marca?
Nos EUA, a marca é um bem tangível, podendo ser incorporada ao balanço patrimonial;
No Brasil, ainda não, mas está se formando um lobby.
Segundo a Brand Analytics/Millward Brown (DINHEIRO, 2009:63), as marcas brasileiras mais valiosas são:
– Bradesco (R$12,06BI)
– Itaú (R$9,8BI)
– Banco do Brasil (R$8,4BI)
Qual a relação entre a RS e o brand equity ou qual share se relaciona com a RS?
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Share Family x Lei de Pareto Share of...
– Market (market share)
– Mind
– Heart
– Stomach
– Customer/client (client share)
– Voice
Lei de Pareto
– 20/80 (heavy users)
– 80/20 (light users)
– Clientes, produtos, decisões...
“Nova” Lei de Pareto
– 20/80/30/50
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Método Igreja-Estado x
Agenda Setting (Hipótese do Agendamento)
Método Igreja-Estado, Harry Luce, em 1920, separação:
– Do comercial (anunciantes/“Estado”);
– Da editoria (notícias/“Igreja”).
Agenda Setting ou Hipótese do Agendamento, McCombs e Shawn – os veículos de comunicação teriam o poder de pautar o debate da sociedade.
– Interesse público – o bem da coletividade, ex.: divulgação de óbitos da dengue.
– Interesse do público – aquilo que o público “deseja” saber, ex.: FOFOCA.
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Cultura Brasileira e
Multiculturalismo
Ruth Benedict: “A cultura é a lente pela qual se enxerga o mundo”.
Brasil: três povos/etnias – índios, portugueses e negros.
Forte miscigenação – Cabloco (mameluco, caboco, curiboca) = branco + índio
– Mulato = negro + branco
– Cafuzo = índio + negro
Domínio português, “colônia de exploração”, capitanias hereditárias, fortemente católico (jesuítas).
Índios (autóctones), diversas tribos, costumes e crenças, dizimado pela ação do português.
Negro, escravo, África, diversas tribos e crenças, sincretismo religioso (“fusão de crenças”, catolicismo x religiões africanas).
28/01/1808: “abertura dos portos às nações amigas” – imigrantes (europeus, asiáticos...).
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Pirâm
ide etária b
rasileira
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Impactos sociais dos projetos
industriais, de serviços e de infra-
estrutura urbanas
A exigência para que as empresas assumam um compromisso com o bem-estar da população é uma tendência mundial.
Ações comunitárias melhoram a imagem das empresas.
As empresas devem colocar em suas Missões ou Valores a preocupação com o Social.
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Os Dois Lados da Moeda
Belíndia:
– Bélgica + Índia
– Edmar Bacha, década de 1970.
Bebulíndia:
– Bélgica + Bulgária + Índia
– VI CBM/RJ, em 1998
Pobreza x Riqueza:
– 2002: +/- 52M vivem abaixo da linha de pobreza = Canadá ou Argentina (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Pnud/ONU).
– 2005: “novos indicadores” – 40MI de “miseráveis”
– 2007: 143mil pessoas patrimônio > US$1milhão
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Indicadores/Ferramentas Sociais
Índice de Desenvolvimento Humano (ONU).
Código de Ética
Balanço Social (BS)
Governança Corporativa (GC)
Lei Sarbanes-Oxley
SA8000
Outros.
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Índice de Desenvolvimento Humano É uma medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação,
esperança média de vida, natalidade e outros fatores.
É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente o bem-estar infantil.
O índice foi desenvolvido em 1990 pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no seu relatório anual.
Todo ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas.
Os países com uma classificação elevada frequentemente divulgam a informação, a fim de atrair imigrantes qualificados ou desencorajar a emigração.
Em 2007, 70a posição, 0.800 (alto).
Mapa-mundi indicando o Índice de Desenvolvimento Humano (2007)
██ acima de 0,950
██ 0,900–0,949
██ 0,850–0,899
██ 0,800–0,849
██ 0,750–0,799
██ 0,700–0,749
██ 0,650–0,699
██ 0,600–0,649
██ 0,550–0,599
██ 0,500–0,549
██ 0,450–0,499
██ 0,400–0,449
██ 0,350–0,399
██ abaixo de 0,350
██ não disponível
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Mais da metade das escolas públicas ficaram
abaixo da média do Ideb – Ag. Brasil (5/7/2010)
Brasília - No ano passado, a maioria das escolas (56,2%) teve notas abaixo
da média nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(Ideb) para os primeiros anos do ensino fundamental, que foi de 4,6 pontos,
em uma escala que vai de 0 a 10. Em 2009, o Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) avaliou o desempenho de
43.400 escolas públicas, por meio do Ideb.
Dessas, 57,6% conseguiram atingir as metas estabelecidas para as séries
iniciais do ensino fundamental. Outras 20% não conseguiram alcançar suas
metas e 22,38% não tinham metas estabelecidas, por não terem
participado da avaliação em 2005, quando o Ideb começou a ser instituído.
O Ideb é calculado a cada dois anos e serve para avaliar a qualidade do
ensino público no país. Cada escola tem uma meta e recebe uma nota,
levando em conta o rendimento escolar e as notas obtidas pelos alunos na
Prova Brasil.
Ao criar o Ideb, o Inep estabeleceu metas de qualidade que devem ser
atingidas pelo país, pelos estados, municípios e pelas escolas. Assim,
levando em conta a realidade de cada local, cada instância deve evoluir de
forma a contribuir para que o Brasil atinja a média 6 em 2021, que é o
patamar dos países mais desenvolvidos.
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Mais da metade das escolas públicas ficaram
abaixo da média do Ideb – Ag. Brasil (cont.)
Ao criar o Ideb, o Inep estabeleceu metas de qualidade que
devem ser atingidas pelo país, pelos estados, municípios e pelas
escolas. Assim, levando em conta a realidade de cada local, cada
instância deve evoluir de forma a contribuir para que o Brasil
atinja a média 6 em 2021, que é o patamar dos países mais
desenvolvidos.
A nota mais baixa registrada entre as escolas foi 0,2, atingida
pela Escola Estadual Jovem Protagonista, que fica em Belo
Horizonte. Em seguida, aparecem as escolas municipais Firmo
Santino da Silva, em Alagoa Grande (PB), Professor Francisco de
Assis Cavalcanti, em Natal (RN) e Boa União, em Eunápolis (BA),
todas com nota 0,5.
As três escolas com notas mais altas são de Cajuru (SP), o
mesmo município que ficou em primeiro lugar no Ideb. A escola
Aparecida Elias Draibe ficou com nota 9, e as escolas André
Ruggeri e Dom Bosco tiraram 8,8.
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Taxas de
analfabetismo das
pessoas de 10 anos
ou mais - 2005-
2007 =>
<=Taxas de
analfabetismo das
pessoas de 15
anos ou mais -
2005-2007
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Código de Ética
De acordo com Srour (2000, p. 249), os códigos de ética das empresas tratam-se de códigos de conduta. Neles, a empresas estabelecem suas diretrizes ou “expressões de um norte, outras vezes os concebem como prescrições imperativas a serem seguidas”.
O código de ética serve como um instrumento para guiar as ações dos funcionários e as preocupações das empresas. Lembrando que o mesmo deve ser divulgado tanto para público interno quanto para o público da empresa, a fim de mostrar transparência nas suas ações.
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Selo Abrinq
Em 1990, ano da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) surge a Fundação Abrinq, organização “amiga da criança”, sem fins lucrativos, cuja missão é “promover a defesa dos direitos e o exercício da cidadania da criança e do adolescente”.
A Abrinq tem seu trabalho pautado pela Convenção Internacional dos Direitos da Criança (ONU/1989), pela Constituição Federal Brasileira (CF/1988) e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA/1990).
Destaca-se a iniciativa da Abrinq porque foi a primeira mobilização realmente séria e bem estruturada que abriu as portas para novas iniciativas, como a campanha do sociólogo Betinho, com o Instituto Ibase, em 1997.
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Balanço Social (BS) É um demonstrativo publicado anualmente pela
empresa reunindo um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e à comunidade.
O Selo BS Ibase/Betinho, 1998;
Indicativo: empresa responsável e cidadã;
NÃO: cigarro/fumo/tabaco, armas de fogo/munições, bebidas alcoólicas ou envolvidas em processos de exploração de trabalho infantil e/ou de trabalho forçado.
Formatação:
– Base de cálculo;
– Indicadores Sociais Internos e Externos;
– Indicadores Ambientais;
– Indicadores do Corpo Funcional;
– Informações do Exercício de Cidadania Empresarial;
– Outros.
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Lei Sarbanes-Oxley (SOX) A década de 2000 foi marcada por grandes
eventos, do atentado às Torres Gêmeas (World Trade Center), em 11 de setembro de 2001, aos escândalos financeiros de megacorporações mundiais (Enron, WorldCom, Parmalat, entre outras) que trouxeram perdas bilionárias, mas que foram abalizadas por empresas de auditoria de renome, como Arthur Andersen e KPMG, bem como por bancos de investimentos como o Merril Lynch, J.P. Morgan.
A Sarbanes-Oxley foi publicada pelo governo norte-americano, em 30 de julho de 2002, como uma resposta aos escândalos financeiros que se sucediam e perigavam pôr em risco o mercado de capitais, não apenas dos Estados Unidos, mas de todo o planeta.
Ela estabelecia sanções que visavam impedir ou coibir procedimentos não-éticos e em desacordo com as práticas de governança corporativa das empresas.
Apesar de ser uma lei norte-americana, a SOX praticamente tornou-se obrigatória para as empresas que desejam atuar no mercado de capitais dos Estados Unidos
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Governança Corporativa (GC)
Estado Novo - Processo institucional empresarial; empresas familiares
Transparência (disclosure), prestação de contas (accountability), equidade (fairness) e respeito às leis (compliance).
“É o sistema que permite aos acionistas ou cotistas, o governo estratégico de sua empresa e o efetivo monitoramento da direção executiva. As ferramentas que garantem o controle da propriedade sobre a gestão são o Conselho de Administração, a Auditoria Independente e o Conselho Fiscal” – IBGC (1990).
“É a existência de mecanismos de gestão ‘azeitados’ e eficazes” – Exame.
Níveis de Governança.
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*Governança Corporativa (GC) A Governança Corporativa, então, apresenta-se como uma solução
para solucionar o “conflito de agência” – teoria econômica que analisa as relações da delegação de autoridade para a contratação de um agente, ao abordar a separação entre a propriedade e a gestão organizacional, isto é, o proprietário delega o poder de decisão do negócio ao “agente” que a administra, contudo, surgem divergências (“conflitos de agência”), posto que os interesses são diferentes.
Níveis de Governança, a BOVESPA criou dois níveis (1 e 2), atuando com quatro segmentos:
– Mercado Tradicional – onde são relacionadas as empresas
existentes registradas para negociar.
– Nível 1 – empresas iniciantes na boas práticas de Governança
Corporativa.
– Nível 2 – intermediário para práticas mais evoluídas.
– Novo Mercado – onde as empresas aderem efetivamente às
práticas designadas pela BOVESPA.
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*Estrutura por Governança Corporativa Maior facilidade na
identificação,
tratamento e
operacionalização
de questões
estratégicas.
Consolidação de
amplo e otimizado
modelo de gestão
na empresa.
Melhor integração
com a comunidade,
mercado, governo
e outros públicos.
Equidade de
tratamento junto ao
stakeholders.
Maior nível de
atratividade no
mercado...- Oliveira
(2007:135) 53
Fonte: Oliveira (2007)
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#Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)
A Bovespa, por sua vez, em conjunto com várias instituições –
ABRAP, ANBID, APIMEC, IBGC, IFC, Instituto Ethos e Ministério
do Meio Ambiente – criou, em 2005, o Índice de Sustentabilidade
Empresarial (ISE), que envolve as companhias socialmente
responsáveis, sustentáveis e rentáveis quanto às aplicações de
recursos dos investidores. O ISE visa:
– (...) refletir o retorno de uma carteira composta por ações de
empresas com reconhecido comprometimento com a
responsabilidade e a sustentabilidade empresarial e também
atuar como promotor das boas práticas no meio empresarial
brasileiro (BOVESPA, 2007).
Carteira 2013 (07/01/13 a 03/01/14): AES Tietê, BRF, CPFL,
EDP, Gerdau, Natura, SulAmerica, Vale, Banco do Brasil, Cemig,
Coelce, Even, Gerdau MET, OI, Telefônica, WEG, Bicbanco,
Cesp, CCR, Eletrobras, Itaú Unibanco, Sabesp, TIM, Bradesco,
Copasa, Duratex, Ecorodovias, Itaúsa, Santander, Tractebel,
Braskem, Copel, Eletropaulo, Fibria, Light, Suzano e Ultrapar. 54
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Global Reporting Initiative (GRI) O (GRI) vem de encontro à preocupação de um
documento único, em escala mundial, que permitisse a “comparação social” das empresas, fato este que sempre despertou grande interesse.
Como no Brasil, o balanço social não é obrigatório, cada empresa pode adotar a metodologia que melhor lhe convier. Entretanto, criado na Holanda, por uma organização sem fins lucrativos, de mesmo nome.
O Global Reporting Initiative (GRI) já é usado por, aproximadamente, 850 corporações em todo o mundo, dentre elas: Microsoft, British Petroleum (BP) e Unilever.
No Brasil, cerca de 300 empresas, publicam balanços socioambientais e 50 já adotaram o GRI.
No Brasil, das empresas que utilizam o GRI quatro já possuem o “GRI checked”: Petrobras, Serasa, Copel e Banco Real, uma forma de assegurar a credibilidade e veracidade das informações prestadas.
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Social Accountability 8000
(SA 8000 )
“ISO 9000” da Responsabilidade Social
SAI - Social Accountability International, antiga CEPAA – ONG/EUA, 1997, Council on Economic Priorities
160 empresas no mundo (2003)
Atualmente, no país, 47 empresas já conseguiram a certificação, dentre elas: Alcoa Alumínio, Marcopolo, a Refinaria de Paulínia da Petrobras, entre outras.
De acordo com Melo Neto e Froes (1999, p. 25) a Avon Cosméticos foi a pioneira na certificação da SA 8000 no país.
Entre tantos requisitos aos quais a empresa tenha se obrigado a respeitar, como código ética, acordos coletivos etc., a empresa deve seguir a disposição que for mais rigorosa.
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#ISO 26000 (Resp. Social)
5 anos para o desenvolvimento e lançamento da norma.
Não é para certificação de 3ª parte => conscientização.
Processo de elaboração conjunta, “ISO Social”.
Decisão histórica: liderança compartilhada entre país
desenvolvido e em desenvolvimento - Brasil e Suécia.
Participação de mais de 400 pessoas (experts e
observadores) + 90 países.
Grupo de Trabalho de RS da ISO.
Processo participativo: amplo envolvimento de países em
desenvolvimento e partes interessadas usualmente
excluídas dos processos de normalização – definição de 6
categorias:
– Consumidores; Governo; Indústria; ONG;
Trabalhadores; Serviços, suporte, pesquisa e outros. 57
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#ISO 26000 (Resp. Social) – cont.
A responsabilidade social tem como foco a organização
e refere-se às responsabilidades da organização com a
sociedade e o meio ambiente. A responsabilidade social
está intimamente ligada ao desenvolvimento
sustentável.
Pelo fato do desenvolvimento sustentável tratar de
objetivos econômicos, sociais e ambientais comuns a
todas as pessoas, ele pode ser usado como forma de
abarcar as expectativas mais amplas da sociedade a
serem levadas em conta por organizações que buscam
agir responsavelmente. Portanto, convém que um
objetivo amplo de responsabilidade social da
organização seja o de contribuir para o
desenvolvimento sustentável. 58
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O Estado e a Responsabilidade
Social
“Essa norma não pode substituir, alterar ou, de
qualquer forma, mudar a obrigação do estado de
agir em nome do interesse público. Essa norma
não fornece orientação sobre o que convém que
esteja sujeito a requisitos legais; tampouco
pretende abordar questões que somente podem
ser adequadamente resolvidas por meio de
instituições políticas. Pelo fato de somente o
Estado ter o poder de criar leis e aplicá-las, ele é
diferente das organizações no que diz respeito
aos direitos humanos tratados nesta Norma.” –
ABNT, 2010, p. 10. 59
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#7 Princípios da Resp. Social
I- Accountability – convém que a organização preste
contas e responsabilize por seus impactos na
sociedade, na economia e no meio ambiente.
II- Transparência – convém que uma organização seja
transparente em suas decisões e atividades que
impactam na sociedade e no meio ambiente.
III- Comportamento Ético – convém que uma
organização comporte-se eticamente.
IV- Respeito pelo interesse das partes interessadas –
convém que uma organização respeite, considere e
responda aos interesses de suas partes interessadas. 60
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#7 Princípios da Resp. Social – cont. V- Respeito pelo estado de direito – convém que uma
organização aceite que o respeito pelo estado de direito é
obrigatório.
VI- Respeito pelas normas internacionais de comportamento
– convém que uma organização respeite as normas
internacionais de comportamento, ao mesmo tempo em quem
adere ao princípio de respeito pelo estado de direito.
VII- Respeito pelos direitos humanos – convém que uma
organização respeito os direitos humanos e reconheça tanto
sua importância com sua universalidade.
Obs.: Due diligence – processo abrangente e pró-ativo de
identificar os impactos sociais, ambientais e econômicos
negativos, reais e potenciais das decisões e atividades de
uma organização ao longo de todo o ciclo de vida de um
projeto ou atividade organizacional, visando evitar ou mitigar
esses impactos. 61
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Reconhecimento da Resp. Social
Ao abordar sua responsabilidade social, convém que
a organização compreenda três relações:
A- Entre organização e a sociedade – convém que a
organização compreenda e reconheça como suas
decisões e atividades impactam a sociedade e o meio
ambiente e também, as expectativas da sociedade
quanto ao comportamento responsável no tocante a
esses impactos.
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Reconhecimento da Resp. Social –
cont. B- Entre a organização e suas partes interessadas – convém
que a organização esteja ciente de suas várias partes
interessadas. Elas são os indivíduos ou grupos cujos
interesses poderiam ser afetados pelas decisões e atividades
da organização.
C- Entre as partes interessadas e a sociedade – convém que
a organização compreenda a relação entre os interesses das
partes interessadas que são afetados pela organização , por
um lado, e as expectativas da sociedade para outro. Embora
as partes interessadas sejam parte da sociedade, elas podem
ter um interesse conflitante com as expectativas da
sociedade. As partes interessadas têm interesses peculiares
em relação à organização, que podem ser distinguidos das
expectativas da sociedade de comportamento socialmente
responsável referente a uma determinada questão. 63
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Os temas centrais da
responsabilidade social
Governança organizacional
Direitos humanos
Práticas de trabalho
Meio ambiente
Práticas leais de operação
Questões relativas ao consumidor
Envolvimento e desenvolvimento da
comunidade. 64
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Objetivos de
Desenvolvimento
do Milênio (ODM)
Em set/2000, a ONU
promoveu uma reunião
de grande magnitude
(191 delegações com
147 líderes de alto
escalão). O debate
resultou na aprovação da
Declaração do Milênio.
A partir destes oito
objetivos internacionais
comuns, 18 metas e 48
indicadores foram
definidos para possibilitar
uma avaliação uniforme
dos ODM nos níveis
global, regional e
nacional. 65
Fonte: ONU (2009)
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ODM – cont.
1- Erradicar a extrema
pobreza e a fome.
2- Atingir o ensino básico
universal.
3- Promover a igualdade
entre os sexos e a
autonomia das mulheres.
4- Reduzir a mortalidade
infantil.
5- Melhorar a saúde
materna.
6- Combater o HIV/AIDS, a
malária e outras doenças.
7- Garantir a
sustentabilidade
ambiental.
8- Estabelecer uma
parceria mundial para o
desenvolvimento. 66
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ODM – Brasil (19/06/2010)
Relatório da ONU: nos
últimos dez anos, declínio
da desigualdade de
renda de cerca de 2,7
pontos percentuais no
Brasil e no México.
Em 2005, o número de
pessoas vivendo com
menos de US$ 1,25 por
dia caiu para 1,4 bilhão,
comparado com 1,8
bilhão em 1990.
No mesmo período, a
taxa de pobreza caiu de
46% para 27%
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ONU: Bolsa Família entre Metas
do Milênio (O Globo, 19/06/2010) Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) destaca o programa Bolsa
Família como sendo um programa que tem contribuído para que sejam alcançadas as
chamadas Metas do Milênio. As Metas são oito objetivos determinados
internacionalmente para reduzir pobreza, fome, mortes de mães e crianças, doenças,
moradia inadequada, desigualdade entre os sexos e degradação ambiental até 2015.
O documento da ONU, apresentado em Nova York na quinta-feira pelo Programa de
Desenvolvimento da organização, traz uma agenda de ações concretas para se
atingir as Metas do Milênio e apresenta exemplos de várias iniciativas que estão
ajudando 50 países a se aproximar dos objetivos estipulados pela ONU. Ele foi
preparado por um painel composto por representantes do Banco Mundial, do Fundo
Monetário Internacional, da Comissão Europeia e dos seguintes governos:
Bangladesh, Brasil, Canadá, Chile, República Dominicana, Egito, Etiópia, Noruega,
República da Coreia, Ruanda, Espanha, Tunísia, Grã-Bretanha e Vietnã.
"Em vez de ser vista como um escoamento do orçamento nacional, a proteção social
deve ser vista como um investimento decisivo para formar o poder de recuperação
para lidar com choques presentes e futuros e manter vitórias alcançadas com
esforço", afirmou a administradora do programa de desenvolvimento, Helen Clark, no
discurso de apresentação do relatório ao se referir ao Bolsa Família e ao programa
parecido existente no México, o Oportunidades. "A popularidade destes programas
também está relacionada ao custo relativamente baixo de cerca de 1% a 2% do PIB.
Técnicas de avaliação sofisticadas mostram que transferências de dinheiro têm um
impacto positivo nos resultados de educação e saúde."
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Outras Ferramentas Índice de Gini - mede o grau de desigualdade existente na distribuição
de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita.
BS 8000 (British Standard) - guia para Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional. A BS 8000 trata da garantia e das condições adequadas de segurança e saúde para os empregados. No Brasil, o pioneirismo na implementação desta foi a Petrobras.
ISO 14000 - inicialmente elaboradas visando o “manejo ambiental... que a organização faz para minimizar os efeitos nocivos ao ambiente causados pelas suas atividades” (ISO, 2000).
Estudo de Impactos Ambientais (EIA) - é uma ferramenta ambiental que pode ser exigida no licenciamento de projetos e traz os riscos ambientais, entre outras informações, alertando a empresa para um possível passivo ambiental.
Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA) - deve analisar as conclusões do EIA e apontar outros itens, como as alternativas tecnológicas, a descrição dos impactos ambientais, dentre vários outros.
Norma Occupational Health and Safety Assessment Series (OHSAS 18001:1999) - Série de Avaliação da Segurança e Saúde no Trabalho.
International Safety Management Code (ISM Code) - trata da gestão financeira e de risco.
Padrão AA 1000 (Accountability).
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Balanced Scorecard Social (BSCS)
Fonte: Elaborado por Silva
(baseado em KAPLAN e
NORTON, 2004:37)
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Fig.: Balanced
Scorecard (BSC) =>
Fonte: Adaptado de
Kaplan e Norton (2004:37)
Fig.: Balanced Scorecard
Social (BSCS) =>
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RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL (JAN/2018)
Material protegido. É proibida a reprodução, parcial ou integral, do mesmo.
Registro na Fundação Biblioteca Nacional/Ministério da Cultura.
Profª Mônica Roberta Silva, M.Sc.
www.retadechegada.com.br
(21) 3272-5601 e (21) 99157-5825
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Desenvolvimento Sustentável
(DS) - conceito
“(...) é aquele
que satisfaz as
necessidades
presentes, sem
comprometer a
capacidade das
gerações
futuras de
suprir suas
próprias
necessidades”
- ONU.
Fig.: Cadeia/Teia Alimentar
Fonte: Brooks (2007)
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As três fases de gestão ambiental
- Barbieri
“1ª fase (início do século XX até 1972) - prevalece um
tratamento pontual das questões ambientais e desvinculado
de qualquer preocupação com os processos de
desenvolvimento.
2ª fase (Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente Humano em Estocolmo em 1972 e até 1992) -
caracterizando-se pela busca de uma nova relação entre meio
ambiente e desenvolvimento.
3ª fase (Rio-Eco 92 até os dias de hoje) - foram aprovados
documentos importantes relativos aos problemas
socioambientais globais, caracteriza-se pelo aprofundamento
e pela implementação das suas disposições e
recomendações pelos estados nacionais, governos locais,
empresas e outros agentes.” – Barbieri (2009)
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Humanidade & DS 1968: Surgimento do Clube de Roma – “desenvolvimento
sustentável”.
1972: Conferência sobre o Meio Ambiente, Estocolmo (“Verdes” na Alemanha).
1974: Conferência sobre a População, Cidade do México.
1975: Conferência sobre os Recursos Hídricos.
1976: Conferência sobre Estabelecimentos Humanos.
1977: Conferência sobre Desertificação.
1981: Conferência sobre Fontes Novas ou Renováveis de Energia.
1985: Convenção de Viena sobre Proteção da Camada de Ozônio.
1987: Protocolo de Montreal sobre Proteção da Camada de Ozônio.
1992: Conferência sobre o meio Ambiente e o Desenvolvimento, Rio-Eco 92.
1997: Protocolo de Kyoto sobre gases estufa, Japão, “Rio + 5”
2002: Alerta global – (Relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática – IPCC), África do Sul, Rio + 10.
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Agenda 21
Documento consensual, governos e instituições da sociedade civil de 179 países, preparação de 2 anos;
CNUMAD - Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento , ECO-92;
Declaração do Rio; Declaração de Princípios sobre o Uso das Florestas; Convênio sobre a Diversidade Biológica; Convenção sobre Mudanças Climáticas;
Programa de ação, 40 capítulos;
Processo de planejamento participativo que analisa a situação atual de um país, Estado, município e/ou região, e planeja o futuro de forma sustentável.
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Água 22/mar (ONU) - Dia Mundial da Água.
Aproximadamente, 97% da água do planeta é salgada.
Pouco mais de 2% é doce, mas não está disponível à população, pois encontra-se na forma sólida, em geleiras, calotas polares e neves eternas.
Menos de 1% - na verdade, cerca de 0,3% apenas - de água potável para o uso, em rios, lagos e reservatórios subterrâneos. Além disso, menos de 1% dessa água doce disponível provém de fontes consideradas renováveis.
Brasil: conta com cerca de 12% da concentração mundial de água doce e, segundo a Unesco/ONU, possui o maior volume de água doce renovável, com mais 6.220 bilhões de metros cúbicos a serem aproveitados. Embaixo do solo brasileiro encontra-se 97% da água potável subterrânea em estado líquido do planeta.
Para cada mil litros de água usados, outros 10 mil são poluídos.
Em média, 6mil pessoas morrem por dia, devido às “doenças da água” (diarréia, cólera, verminoses...)
Fonte: Wikipédia (2007)
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Aquífero Guarani
A maior reserva de água doce subterrânea do mundo.
Embrapa: a água no local é de ótima qualidade e suficiente para abastecer o país inteiro por dois milênios.
"Para retirar a água que está subterrânea, é preciso investimentos em tecnologia avançada, o que gera um aumento do custo para quem vai consumi-la. Temos a maior parte do aquífero Guarani sob o território brasileiro. Mas a viabilidade do seu uso depende dos custos (de bombeamento) e da avaliação dos impactos e da poluição que seriam gerados“ – Zee (2009).
Fonte: Wikipédia (2007)
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O Ciclo da Água I- O caminho que a água percorre
– a) A água da Terra evapora em virtude do calor e da energia provenientes do Sol.
– b) O vento transporta a água evaporada para regiões onde as nuvens se formam.
– c) Chove, e assim a água retorna a Terra.
– d) A água da chuva volta para a terra e o mar e se evapora novamente, repetindo o ciclo.
II- A água que cai sobre a Terra
– a) A água que cai na terra é absorvida pelas plantas ou pelo próprio solo.
– b) A água absorvida pelas plantas é posteriormente liberada para a atmosfera por meio do processo denominado de transpiração.
– c) As plantações transpiram em média 60 centímetros ao ano.
– d) As árvores transpiram duas vezes essa quantidade.
– e) A água não absorvida pelas plantas movimenta-se para o subsolo e distribui-se para lagos, rios e oceanos.
III- A dinâmica do ciclo da água
– a) O ciclo da água é um equilíbrio dinâmico. Isso significa que a quantidade total de água contida na atmosfera permanece essencialmente sempre a mesma, em qualquer momento, seja ela derivada da terra ou da água.
– b) Na terra, a precipitação excede a evaporação. Isso quer dizer que, num período de tempo médio, vai cair mais chuva numa determinada área do que ocorrer evaporação.
– c) Por outro lado, na água, a evaporação excede a precipitação. Dessa forma, mantém-se o equilíbrio.
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O Ciclo da Água – cont.
Estima-se que uma árvore, em média, absorva 200l de água por ano.
Condensação/liquefação – de gasoso/vapor para líquido
Evaporação – de líquido em vapor/gás
Sublimação – de sólido para gasoso/vapor
Fonte: Brooks (2007)
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Tipos de ambientes - Barbieri
“Segundo Odum e Sarmiento, distinguem-se três tipos
de ambientes (apuD BARBIERI, 2009):
– A) O fabricado ou desenvolvido pelos humanos:
constituídos pelas cidades, pelos parques
industriais, e corredores de transportes como
rodovias, ferrovias e portos;
– B) O ambiente domesticado: envolve áreas
agrícolas, florestas plantadas, açudes, lagos
artificiais etc,;
– C) O ambiente natural: como exemplo, as matas
virgens e outras regiões auto-sustentadas, que não
dependem de nenhum fluxo de energia controlada
diretamente pelos humanos, como ocorre nos dois
outros ambientes.” – Barbieri (2009).
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Camada de Ozônio
Camada de Ozônio (1982): + UV-B, + doenças
Protocolo de Montreal: em 1987, extinção do CFC (“Freon”) até 2010 e do herbicida Brometo de Metila até 2015.
Fonte: Estado de São Paulo (2007)
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Efeito estufa: fenômeno natural e benéfico.
Aquecimento global: +CO2 (gases estufa – combustíveis fósseis, ex: gás, petróleo e carvão)), + calor
É na troposfera (camada mais baixa da atmosfera, responsável pelo clima) que ocorre o aquecimento global.
Fonte: Wikipédia (2004)
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Fonte: IPCC. Climate Change 2001: the scientific basis, technical summary, p. 38.
Disponível em: <http://www.ipcc.ch>.
Obs.: ppm = partes por milhão; ppb = partes por bilhão e ppt = partes por trilhão.
Gases de Efeito Estufa - Barbieri
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Efeito Estufa
Últimos 40 anos – gelo ártico: - 40%
Anos 1990 – poluentes ar: + 6%
Em 2000, EUA – emissão: + 13% (1990)
Até 2010 – Ásia (+ 40ºC): + 7%
Fonte: Petrobras (2004)
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Consequências do Aquecimento
Pragas apocalípticas ou oportunidades de mercado?
Seguradoras: US$145bilhões em desastres naturais.
El Niño () x La Ninã (, el viejo ou anti-el niño)
Fonte: Petrobras (2004)
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El Niño El Niño é um fenômeno atmosférico-
oceânico de aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico tropical. Tal fenômeno, cuja atuação sobre as temperaturas mundiais ainda é motivo de estudo, foi reconhecido por pescadores da costa oeste da América do Sul, que notaram o fato do fenômeno ocorrer normalmente no fim do ano, associando o mesmo ao Natal (Menino Jesus): El Niño.
Em um ano sem a incidência do El Niño, os ventos alísios sopram através do Oceano Pacífico tropical na direção oeste. Isso é de grande importância, pois permite a ressurgência de águas profundas, mais frias e carregadas de nutrientes que alimentam o ecossistema marinho. Já nos anos em que ocorre a incidência do fenômeno, esses ventos sopram em uma intensidade bem menor que a normal, resultando na acumulação de águas mais quentes e na alteração do ecossistema: diminuição das populações de peixes, por exemplo.
O El Niño faz com que ventos em altos níveis (12 km de altitude) tornem-se mais intensos que o normal em decorrência do aumento do gradiente de temperatura entre o Equador e os Pólos. A ação do El Niño provoca significativas mudanças climáticas em várias regiões do mundo.
No tempo de incidência do fenômeno, que se manifesta em ciclos de 2 a 7 anos, há muitas chuvas na costa oeste da América do Sul e grandes secas em regiões da Austrália e Indonésia. Acredita-se também que o El Niño esteja diretamente relacionado com os verões excepcionalmente quentes na Europa e com as secas na África. No Brasil, o fenômeno pode resultar em um aumento do índice pluviométrico na região Sul e na diminuição da quantidade de chuvas da região Norte e Nordeste.
Fonte:
Wikipédia
(2004)
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La Niña (El Viejo, Anti-El Niño)
O La Niña é um fenômeno oposto ao El Niño, é responsável pelo resfriamento anormal das águas da superfície do Oceano Pacífico Equatorial. O La Niña pode chegar a dois anos de duração onde se desenvolve e atinge sua maior força no primeiro ano e no posterior dissipa-se.
Os valores de anormalidades na Temperatura da Superfície do Mar (TSM) não chegam a 4ºC acima da média, diferente do El Niño que chega a atingir 4,5ºC acima da média esperada. Em 1998, as TSMs do Oceano Pacífico Equatorial caíram cerca de 1,9ºC, indicando a ativação do fenômeno, que teve apenas um mês de duração mas que diminuiu, para abaixo da média, a previsão das chuvas.
No Brasil, o La Niña causa rápidas frentes frias no Sul do país, temperaturas abaixo da média no Sudeste, chuvas constantes na Amazônia e na região semi-árida do Nordeste, o centro-oeste é pouco influenciado pelo fenômeno. Fonte: Wikipédia (2004)
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Ações a serem desenvolvidas
Redução de gases;
Trabalho de Conscientização;
Plantio de Árvores;
Reciclagem de Material;
Economia ou Outras Formas Energia.
Fonte: Petrobras
(2004)
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Petróleo x Biocombustíveis
Petróleo, latim petra e oleum - orgânica, fonte não renovável, 4mil A.C.: carbono e hidrogênio (hidrocarboneto), oxigênio, nitrogênio e enxofre.
Biomassa – lixo, cana-de-açúcar, madeira...
Biodiesel – mamona, soja, dendê, milho...
Etanol (álcool) – cana (BRA), milho (EUA) e beterraba/trigo (CE).
Fonte: Wikipédia (2004)
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Biocombustíveis
Biocombustíveis ou agrocombustível são combustíveis
produzidos a partir de matéria orgânica, de origem
biológica não fóssil.
Normalmente é produzido a partir de uma ou mais
plantas. Todo material orgânico gera energia, mas o
biocombustível é fabricado em escala comercial a partir
de produtos agrícolas como a cana-de-açúcar, mamona,
soja, canola, babaçu, mandioca, milho, beterraba.
Os principais biocombustiveis são: a biomassa, o
bioetanol, o biodiesel e o biogás (gás combustível
produzido a partir de biomassa e/ou da fração
biodegradável de resíduos, que pode ser purificado até à
qualidade do gás natural, para utilização como
biocombustível ou gás de madeira).
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Biocombustíveis - Biogás
Biogás é um tipo de mistura gasosa de dióxido de
carbono e metano produzida naturalmente em meio
anaeróbico pela ação de bactérias em matérias
orgânicas, que são fermentadas dentro de
determinados limites de temperatura, teor de umidade
e acidez.
Pode ser produzido artificialmente com o uso de um
equipamento chamado biodigestor anaeróbico.
O metano, principal componente do biogás, não tem
cheiro, cor ou sabor, mas os outros gases presentes
conferem-lhe um ligeiro odor desagradável.
É classificado como biocombustível por ser uma fonte
de energia renovável. 91
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Biocombustíveis - Biogás
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Fonte: Wikipédia (2009)
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Biocombustíveis –
Biodiesel É derivado de lipídios orgânicos
renováveis, como óleos vegetais e
gorduras animais, para utilização
em motores de ignição por
compressão (diesel).
É também um combustível
biodegradável alternativo ao diesel
de petróleo, criado a partir de
fontes renováveis de energia, livre
de enxofre em sua composição.
É obtido a partir de óleos vegetais
como o de girassol, nabo
forrageiro, algodão, mamona, soja.
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Governo enterra de vez biodiesel feito só
com mamona – O Globo (29/07/2008)
Desde março não é mais tecnicamente possível produzir
biodiesel usando apenas óleo de mamona. A oleaginosa,
ex-vedete do programa, não reúne as condições técnicas
definidas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) para
composição do biocombustível. Em 20 de março, o "Diário
Oficial" da União publicou a resolução nº 7 da ANP. No
documento, foram estabelecidos vários critérios físicos e
químicos para o biodiesel. Pelos parâmetros, o biodiesel
produzido apenas com mamona é muito viscoso e, por
isso, não pode ser usado diretamente nos motores, pois
poderia danificá-los. A mamona sempre foi o carro-chefe
do governo na propaganda do programa do biodiesel. Em
vários discursos, o presidente Lula se referiu ao plantio da
oleaginosa como uma alternativa para agricultores pobres
do Nordeste. 94
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Petrobras investirá R$ 330 milhões em
biodiesel de óleo de dendê no PA – O Globo
(05/05/2010) A Petrobras informou nesta quarta-feira que construirá uma
unidade de produção de biodiesel a partir do óleo de dendê no
Pará, com um investimento total no projeto de R$ 330 milhões.
Do total, R$ 240 milhões serão investidos em área agrícola e R$
90 milhões na área industrial.
O projeto prevê uma usina de biodiesel com capacidade de
produzir 120 milhões de litros por ano, para abastecer a região
Norte do país. A usina começa a operar em julho de 2013.
A iniciativa no Pará também está relacionada a um projeto que a
Petrobras tem com a Galp, em Portugal, que receberá o óleo
produzido a partir do dendê paraense.
A Petrobras conta atualmente com três unidades de produção de
biodiesel: em Montes Claros (MG), em Candeias (BA) e Quixadá
(CE), todas elas com capacidade de 108,6 milhões de litros por
ano, tendo a soja majoritariamente como matéria-prima, segundo
a assessoria de imprensa da estatal.
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Biocombustíveis – Biomassa A biomassa é uma fonte de energia limpa e renovável disponível
em grande abundância e derivada de materiais orgânicos.
Todos os organismos capazes de realizar fotossíntese (ou
derivados deles) podem ser utilizados como biomassa. Exemplo:
restos de madeira, estrume de gado, óleo vegetal ou até mesmo o
lixo urbano.
Outro fator importante é que a humanidade esta produzindo cada
vez mais lixo e esse lixo também é capaz de produzir energia, isso
ajuda a resolver vários problemas: diminuição do nível de poluição
ambiental, contenção do volume de lixo das cidades e aumento da
produção de energia.
Vantagens: energia limpa e renovável, menor corrosão de
equipamentos, os resíduos emitidos pela sua queima não
interferem no efeito estufa, ser uma fonte de energia, ser
descentralizadora de renda, reduzir a dependência de petróleo por
parte de países subdesenvolvidos, diminuir o lixo industrial (já que
ele pode ser útil na produção de biomassa), ter baixo custo de
implantação e manutenção.
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Biocombustíveis – Etanol O bioetanol é a obtenção do etanol através da biomassa, para ser
usado diretamente como combustível ou se juntar com os ésteres
do óleo vegetal e formar um combustível, a esse processo se dá o
nome de transesterificação.
É um álcool incolor, volátil, inflamável e totalmente solúvel em
água, derivado da cana-de-açúcar, do milho, da uva, da beterraba
ou de outros cereais, produzido através da fermentação da
sacarose.
Hoje um produto de diversas aplicações no mercado, largamente
utilizado como combustível automotivo na forma hidratada ou
misturado à gasolina. Também tem aplicações em produtos como
perfumes, desodorantes, medicamentos, produtos de limpeza
doméstica e bebidas alcoólicas.
É ma das principais fontes energéticas do Brasil, além de ser
renovável e pouco poluente.
O Brasil é um dos maiores produtores mundial de etanol, que,
quando utilizado como combustível em automóveis, representa
uma alternativa à gasolina de petróleo. 97
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Energia Limpa e Renovável
Energia: a capacidade de realizar trabalho (deslocar alguma coisa contra
uma força de resistência).
– Tonelada Equivalente de Petróleo (TEP) - quantidade energia libertada
na combustão completa de uma ton. petróleo (1tep= 10800kcal).
Energia limpa: é a energia natural, ex.: eólica, solar, biomassa.
Energia suja: vem de outras fontes,ex.: combustíveis fósseis, nuclear,
hidráulica...
Energia renovável: qualquer fonte de força que não seja consumida pelo
uso, inclui a energia solar, a geotérmica, a eólica, a hidrelétrica, a biodiesel
(se reflorestado), o hidrogênio...
Gases estufa: dióxido de carbono (combustíveis fósseis), metano (20x CO2 -
animais ruminantes, arrozais e aterros), vapor d´água... 99
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%
Petróleo (39%)
Carvão (24%)
Gás (23%)
Renováveis (8%)
Nuclear (6%)Fontes Mundiais
Fonte: Walisiewicz (2008:08)
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Fonte: Adaptado de TIVY, J. O'HARE, G. Human impact on the ecosystem. Edimburgo: Oliver & Boyd, 1991.
Recursos Renováveis e Não- Renováveis
- Barbieri
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Metano x Ações
Fonte: Wikipédia (2009) 101
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Protocolo de Kyoto (2008-2012)
30/09/2004: Rússia assina (17/55); 122países (44%)
EUA: US$100-US$400bi/ano; 2,4MI job´s (2008 - 2012)
Custo global assinatura: US$300bilhões (16/02/2005)
MDL: Brasil, China e Índia.
Fonte: Climate Volpe (2007)
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Crédito ou Ativo de Carbono
CO2 - oceanos e vegetação;
MDL – Brasil, China e Índia;
– Antes: US$3,0/t, atual: 15euros/t,
CO2 per capita:
– EUA = 5,5t./pessoa e Brasil = 0,48t./pessoa
Potencial brasileiro – 109milhões t.
Fonte: UNESP (2007)
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Mercado de Crédito de Carbono
Em 26 de setembro de 2007, a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) realizou o primeiro leilão brasileiro para a venda de certificados de crédito de carbono, a partir do projeto Bandeirantes de Gás de Aterro e Geração de Energia na zona norte da capital paulista, que recebe sete mil toneladas de lixo por dia.O projeto transforma lixo em energia termoelétrica a partir da queima do gás metano que é liberado no processo de decomposição dos resíduos (HESSEL, 2007, p. 27).
A maior bolsa de créditos de carbonos do mundo, a European Climate Exchange (ECX)
Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) – empresa socialmente responsável e com boas práticas, “idôneas”.
Gráf.: Histórico dos Processos de Fechamento de Contratos Futuros
Fonte: Hessel (2007:27)
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Protocolo de Kyoto
1997 – em Kyoto, Japão, 166 países, “3ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas”.
Redução dos gases de Efeito-Estufa (CO2 – 76% poluição, metano...) em 5,2% de 1990.
Países do anexo 1 (Alemanha, Austrália, Áustria, Belarus, Bélgica, Bulgária, Canadá, Comunidade Européia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Federação Russa, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, República Tcheco-Eslovaca, Romênia, Suécia, Suíça, Turquia e Ucrânia. Austrália) são obrigados a reduzir.
Para vigorar, adesão dos países produtores de gás carbônico (55%).
Período para redução – 2008 a 2012.
Nano, US$2,5mil e 20Km/l
Fonte: Wikipédia (2009)
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Protocolo de Kyoto - Resultados
Emissões mundiais de gases-
estufa cresceram 16,2%, de
2005 a 2012.
Conscientização, em nível
mundial, sobre as mudanças
climáticas.
189 ratificações, entre elas, o
Brasil em 2002.
Teve um período pós-Kyoto
(Qatar), a espera de um
grande acordo (Paris/2015).
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Acordo de Paris (2015) Aprovado por 195 países.
COP21 de Paris;
Compromisso: manter aumento da
temperatura média global em bem
menos de 2°C e esforços para limitar o
aumento da temperatura a 1,5°C
acima dos níveis pré-industriais.
O Brasil concluiu, em 12/09/16, o
processo de ratificação do Acordo de
Paris. Entregou o documento de
ratificação à ONU em 21/09/16 e agora
as metas se tornaram um
compromisso (NDC - Contribuições
Nacionalmente Determinadas).
EUA, sob o comando do Presidente
Trump, abandonou o acordo em 2017.
Início em 04/11/2016 (adaptação) e em
vigor, em 2020 (redução emissões).
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Sistema de Gestão Ambiental
Um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) “parte de um sistema global de gestão usada para desenvolver e implementar a política (diretrizes) ambiental da organização e gerenciar seus aspectos (escopos) ambientais.” (NBR ISO 14001:2004)
Fonte: NBR ISO14000 (2004)
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*ISO14000
A ISO 14000 refere-se, especificamente, à Gestão Ambiental – inicialmente elaborada visando ao “manejo ambiental”, isto é, “o que a organização faz para minimizar os efeitos nocivos ao ambiente causados pelas suas atividades” (ISO, 2000). Suas regras visam à prevenção de processos de contaminações ambientais, orientando as empresas quanto à sua estrutura, forma de operação e de levantamento, armazenamento, recuperação e disponibilização de dados e resultados, pondo a organização no contexto ambiental (MELO NETO e FROES, 1999, p. 91).
Segundo Slack, Chambers e Johnston (2002, p. 702-703), o padrão ISO 14000 tem histórico no padrão britânico BS 7750 e no padrão EMAS (Eco-Management and Audit Scheme) – padrão voluntário que foi introduzido na Comunidade Européia e, posteriormente, transformado em lei neste continente. Os padrões são muito parecidos, têm um sistema de gerenciamento ambiental e são divididos em três seções envolvendo: o planejamento inicial, a implementação e a avaliação dos objetivos. Apesar do impacto inicial dessas normas, elas ficaram restritas à Europa; contudo, a partir do ISO 14000, empresas de todo o mundo puderam avaliar de maneira sistemática, como seus produtos, serviços e processos interagiam com o meio ambiente.
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ISO14000 – cont. As normas da série ISO 14000 estão sendo desenvolvidas desde 1993
pelo Comitê Técnico (TC) 207 da International Standardization Organization (ISO) com o objetivo de fornecer as empresas e demais organizações de todo o mundo uma abordagem comum da gestão ambiental. Em seu conjunto, a série aborda o estabelecimento de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA), Auditoria Ambiental, Avaliação de Desempenho Ambiental, Rotulagem Ambiental, Avaliação do Ciclo de Vida e Aspectos Ambientais em Normas e Produtos, além da terminologia utilizada para a compreensão do conjunto das próprias normas.
A ISO14000 estrutura-se através de um conjunto de abordagens ou enfoques:
– ISO14001 e 14004 – Tratam de Sistemas de Gestão. Contêm a descrição de SGAs, objetivos e metas, políticas, desempenho, auditoria, avaliação de desempenho ambiental e diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio.
– ISO14010, ISO14011 e ISO14012 – Tratam de Auditoria Ambiental.
– ISO14021, ISO14022 e ISO14024 – São Normas relativas à Rotulagem Ambiental.
– ISO14031 – Trata da Avaliação de Desempenho Ambiental.
– ISO14040 e ISO14041 – Referem-se à Avaliação do Ciclo de Vida.
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Ciclo de Vida de um Produto
Fonte: Wikipédia (2009)
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Metodologia Zeri (Zero Emissions
Research & Initiatives)
Lançado pela UNU (United Nations University) em 1994,
advoga uma mudança de paradigmas no conjunto das
atividades econômicas, em particular dos processos de
produção industrial. Integra os princípios e estratégias da
qualidade total com os requisitos da qualidade ambiental,
como base para promover um novo tipo de
desenvolvimento que seja sustentável.
Descreve um esforço de Pesquisa e geração de Iniciativas
nos temas das Emissões Zero.
O conceito de Emissões Zero representa o entendimento
de que todo e qualquer resíduo de um processo deverá
constituir-se em insumo de um outro processo, num
encadeamento capaz de agregar valor em todas etapas e
trocas. Ou seja, caso o entendimento não seja claro,
exatamente como funciona a Natureza.
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Estágios do Ciclo de Vida de um
Produto
113 Fonte: USEPA (2001)
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Metodologia Zeri (Zero Emissions
Research & Initiatives) – cont.
Ela compreende três linhas de ação:
– Metodologia para gerir a mudança industrial na
direção do desenvolvimento sustentável;
– Programa de P&D para criação de novos modelos
e protótipos industriais,
– Novos empreendimentos em escala empresarial
ou reestruturação dos existentes.
Obs.: Efluentes são geralmente produtos líquidos ou
gasosos produzidos por indústrias ou resultante dos
esgotos domésticos urbanos, que são lançados no
meio ambiente; podem ser tratados ou não tratados. 114
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#Ecoeficiência
É um modelo de gestão ambiental que tem como proposta a
redução da poluição e do uso dos recursos nas suas
atividades.
Alcança-se a ecoeficiência quando se entrega produtos e
serviços competitivos que satisfaçam às necessidades
humanas e melhorem a qualidade de vida, enquanto
reduzem progressivamente os impactos ecológicos e a
intensidade de recursos ao longo do seu ciclo de vida para no
mínimo manterem a capacidade de carga estimada do
Planeta.
A empresa se tornaria ecoeficiente por meio de práticas
voltadas para:
– a) minimizar a intensidade de materiais nos produtos e
serviços; 115
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#Ecoeficiência – cont. A empresa se tornaria ecoeficiente por meio de práticas
voltadas para:
– b) minimizar a intensidade de energia nos produtos e
serviços;
– c) minimizar a dispersão de qualquer tipo de material
tóxico pela empresa;
– d) aumentar a reciclabilidade dos seus materiais;
– e) maximizar o uso sustentável nos recursos renováveis;
– f) aumentar a durabilidade dos produtos da empresa;
– g) aumentar a intensidade dos serviços nos produtos e
serviços.
A ecoeficiência baseia-se na idéia de que a redução de
materiais e energia por unidade de produto ou serviço
aumenta a competitividade da empresa, ao mesmo tempo
que reduz as pressões sobre o meio ambiente, seja como
fonte de recurso, seja como depósito de resíduos.
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Metodologia de Cinco Passos, Bello
Passo 1 – Produtividade total da matéria-prima - toda a
matéria-prima esteja contida no produto final, e este deve ter
um ciclo de vida mais longo é a "eco-eficiência“, isto é, a
produtividade total dos insumos, entendida no sentido dos
recursos naturais, inclusive energia.
Passo 2 – Ciclo de Vida de Materiais (Modelo Output –
Input) - toda ‘saída’ em forma de resíduo ou emissão é
tomado como insumo para a produção de outros bens.
Passo 3 - Agrupamentos empresariais - estrutura sistêmica
de conglomerados empresariais que nasceram sob o impulso
do mercado para planejar novas estruturas, ou reorientar as
existentes, no sentido de processar todas as emissões e
rejeitos de matéria-prima, reciclar os bens usados, assim
diminuindo o impacto sobre o meio ambiente graças à
produtividade total.
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Passo 4 (Descobertas Científicas e Inventos
Tecnológicos) - propõe estimular a criação de novas
tecnologias via mecanismos de mercado e mediante políticas
públicas. A primeira via prevê esquemas de P&D sob regime
de consórcios entre empresas e a academia, nos quais há
partilha de recursos humanos e financeiros, e participação
em royalties.
Passo 5 (Políticas Públicas) - os passos metodológicos
propostos (busca da produtividade total, fechamento dos
ciclos dos materiais, agrupamento das atividades industriais)
devem ser técnica e economicamente viáveis ou ter o
estímulo do poder público para desencadear essa
viabilidade. A metodologia Zeri busca envolver não somente
as forças do mercado, mas também da participação dos que
se regem por outras motivações, como os as organizações
não-governamentais (ONG’s) e a academia. 118
Metodologia de Cinco Passos, Bello
– cont.
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Metodologia P+L (Produção Mais
Limpa) - Valle As tecnologias de P+L contemplam mudanças nos produtos e
processos produtivos a fim de reduzir ou eliminar todo tipo de rejeitos
antes que eles sejam criados. os princípios de PL surgiram nos anos
80, sendo esta, uma campanha para mudança mais profunda do
comportamento industrial
A diferença essencial está no fato de que a P+L não trata
simplesmente do sintoma, mas tenta atingir nas raízes do problema.
Requer a aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva
integrada aos processos e produtos, a fim de reduzir riscos para os
seres humanos e o ambiente. Considera a variável ambiental em
todos os níveis da organização.
Caracteriza-se por ações que são implementadas dentro da
empresa, principalmente as ligadas ao processo produtivo (chão de
fábrica). Tem como objetivo tornar o processo produtivo mais
eficiente no emprego de seus insumos, gerando mais produtos e
menos resíduos.
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Objetivos, Valle:
1º- Eliminação do uso de matérias-primas e de insumos
que contenham substâncias perigosas;
2º- Otimização das reações químicas, tendo como
resultado a minimização do uso de matérias-primas e
redução, no possível, da geração de resíduos;
3º- Segregação, na origem, dos resíduos perigosos e não
perigosos;
4º- Eliminação de vazamentos e perdas no processo;
5º- Promoção e estímulo ao reaproveitamento e à
reciclagem interna;
6º- Integração do processo produtivo em um ciclo que
também inclua as alternativas para a destruição dos
resíduos e a maximização futura do reaproveitamento
dos produtos. 120
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Organização “Limpa”, Greenpeace Auto-sustentabilidade de fontes renováveis de matéria-
prima;
A redução no consumo de água e energia;
A prevenção da geração de resíduos tóxicos e perigosos
na fonte de produção;
A reutilização e reaproveitamento de materiais por
reciclagem de maneira atóxica e energia eficiente;
A geração de produtos de vida útil longa, seguros e
atóxicos, para o homem e meio ambiente, cujos restos
(incluindo embalagens) tenham reaproveitamento
atóxico;
A reciclagem (na planta industrial ou fora dela) de
maneira atóxica como alternativa para as opções de
manejo ambiental representadas por incineração e
despejo em aterros.
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Características de um sistema
produto “limpo”, Greenpeace
processo – atóxico, energia eficiente; utilizador
de materiais renováveis, extraídos de modo a
manter a viabilidade do ecossistema e da
comunidade fornecedora ou, se não renováveis,
passíveis de reprocessamento atóxico e energia
eficiente; não poluidor durante todo o ciclo de vida
do produto; preservador da diversidade da
natureza e da cultura social; promotor do
desenvolvimento sustentável;
produto – durável e reutilizável; fácil de
desmontar e remontar; mínimo de embalagem;
utilização de materiais reciclados e recicláveis; 122
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Princípios da P+L, Furtado Princípio da precaução: tem como objetivo evitar doenças
irreversíveis para os trabalhadores e danos irreparáveis para o
planeta. A abordagem precatória não ignora a ciência, mas
estabelece que o processo, produto ou material seja usado, desde
que haja indícios que não cause danos ao homem ou ao ambiente.
O princípio da precaução, também, estabelece que outros
elementos da decisão pública devem opinar e não apenas os
cientistas, pelo fato da produção industrial ter impacto social;
Princípio da prevenção: consiste em substituir o controle de
poluição pela prevenção da geração de resíduos na fonte, evitando
a geração de emissões perigosas para o ambiente e o homem, ao
invés de remediar os efeitos de tais emissões. Para Lerípio (2001),
os objetivos deste princípio são:
– a. eliminar ou reduzir a geração das emissões potencialmente poluidoras;
– b. criar medidas para reorientação do design para produtos;
– c. reorientar a demanda pelos consumidores e;
– d. estimular a mudança de padrões de uso ou consumo de materiais; 123
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Princípio do controle democrático: pressupõe o acesso a
informações sobre questões que dizem respeito à segurança e uso de
processos e produtos, para todas as partes interessadas, inclusive as
emissões e registros de poluentes, planos de redução de uso de produtos
tóxicos e dados sobre componentes perigosos de produtos. Lerípio (2001)
argumenta que todos os segmentos da sociedade sujeitos aos efeitos dos
produtos e processos de produção de bens e serviços devem ter acesso a
informações sobre tecnologias, segurança, níveis de riscos e danos ao
ambiente e saúde humana;
Princípio da integração: visão holística do sistema de produção de
bens e serviços, com o uso de ferramentas como a Avaliação do Ciclo-de-
Vida do produto (ACV). Lerípio (2001) argumenta que, além da ACV, o
princípio abrange os princípios da prevenção e precaução. Tem como
objetivo reduzir os riscos ambientais decorrentes de processos produtivos
através de uma análise detalhada do produto e processo, desde a
extração da matéria-prima até a utilização (consumo) e disposição final.
Deve-se dar atenção especial para novos produtos que venham a
substituir substâncias reconhecidas como poluidoras. Estes devem,
obrigatoriamente, oferecer informações concretas sobre o seu potencial
poluidor, de forma que não representem novas ameaças à natureza. 124
Princípios da P+L, Furtado – cont.
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Escala de prevenção de resíduos
Fonte: Brezer et al (1996) 125
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Licenciamento Ambiental
De acordo com Barbieri (2007:293), no processo de licenciamento ambiental, tem-se:
– 1ª. Licença prévia, na fase preliminar de planejamento da atividade, contendo requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados os planos municipais, estaduais e federais de uso do solo;
– 2ª. Licença de instalação é a autorização do início da implementação, de acordo com as especificações constantes do projeto executivo aprovado;
– 3ª. Licença de funcionamento ou de operação, autorizando, após as verificações necessárias, o início da atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de controle da poluição, de acordo com o previsto na licença prévia e de instalação”.
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Fonte: Resolução Conama n.º 237/1997, art. 18.
Licenciamento - Barbieri
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Footprint
(“Pegada de Carbono”)
Faz o levantamento das emissões do gás em todas as
fases da cadeia de produção.
A partir deste estudo, é possível, não só medir o quanto
de carbono é emitido, como implementar ações para
minimizar o impacto na natureza.
Ex.: do cultivo de mudas no viveiro até a chegada da
celulose aos portos de destino no exterior.
Certificado Carbon Footprint – a VCP (Grupo
Votorantin) é a primeira empresa brasileira do setor de
papel e celulose a conquistar o certificado Carbon
Footprint
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EIA x RIMA x Passivo Ambiental O Estudo de Impactos Ambientais (EIA) é uma ferramenta
ambiental que pode ser exigida no licenciamento de projetos e traz os riscos ambientais, entre outras informações, alertando a empresa para um possível passivo ambiental.
O Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA) deve analisar as conclusões do EIA e apontar outros itens, como as alternativas tecnológicas, a descrição dos impactos ambientais, dentre vários outros (BERTOLI e RIBEIRO, 2006, p. 120-121).
O Passivo Ambiental “representa o sacrifício de bens econômicos que serão realizados para a preservação, recuperação e proteção do meio ambiente” - Bertoli e Ribeiro (2006, p. 120-121). Com o aceleramento do processo de exploração, o mesmo tem se acumulado e pode pôr em risco o negócio e/ou a sobrevivência da empresa. O passivo ambiental aborda tanto a prevenção dos danos quanto a recuperação dos mesmos, um exemplo simples, o despejo de produtos químicos em rios com a destruição da fauna, flora e prejuízo para as populações ribeirinhas.
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Acidentes que mudaram
as leis Petroleiro Exxon-Valdez :
– Em 1989, o desastre do navio da
maior petrolífera do mundo
derramou 41 milhões de litros na
costa do Alasca, afetando a vida
animal até hoje.
– Em 1991, a ExxonMobil foi
considerada culpada por infringir
inúmeras leis ambientais e foi
multada em mais de US$ 1 bilhão.
– Essa foi a maior punição da história
com o objetivo de minimizar os
danos causados por um desastre
ambiental corporativo. 130
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Acidentes que mudaram
as leis – cont.
Acidente Nuclear de Chernobyl:
– Em 26 de abril de 1986, na Ucrânia (ex-
membro da URSS).
– É considerado o pior acidente nuclear da
história da energia nuclear, produzindo
uma nuvem de radioatividade que atingiu
a União Soviética, Europa Oriental,
Escandinávia e Reino Unido, com a
liberação de 400 vezes mais
contaminação que a bomba que foi
lançada sobre Hiroshima.
– Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrússia
(quase 60%) e Rússia foram muito
contaminadas, resultando na evacuação e
reassentamento de cerca de 200 mil
pessoas. 131
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Vazamento no Golfo do México
(20/04/2010 a 16/07/2010) Em 20 de abril, a plataforma
Deepwater Horizon pegou
fogo, causando a morte de
11 funcionários. Dois dias
depois, a plataforma
afundou, a 80 quilômetros
da costa do estado
americano da Louisiana.
A Deepwater Horizon é uma
plataforma operada pela
Transocean (e arrendada
até 2013 pela empresa
britânica BP), que custou
350 milhões de dólares para
ser construída, em 2001, e
custará o dobro para ser
substituída.
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Vazamento no Golfo do México
(20/04/2010 a 16/07/2010) – cont. Diz tratar-se uma das plataformas
mais modernas e com um excelente
histórico de segurança.
Plataformas como a Deepwater
Horizon não são ancoradas no fundo
do mar, são flutuantes, o que permite
que trabalhem em profundezas de
água de até 3.000m.
Segundo documento anônimo em
inglês, que está circulando pelo meio
petrolífero, o desastre ambiental no
Golfo do México ocorreu devido a
uma falha técnica associada a erro
humano: óleo ou gás teriam entrado
no revestimento da tubulação do
poço, e a tripulação teria demorado a
acionar os equipamentos de
segurança, que impediriam que os
fluidos chegassem à plataforma sem
controle e provocassem o incêndio.
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Vazamento no Golfo do México
(20/04/2010 a 16/07/2010) – cont.
Fonte: O Globo (2010)
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Vazamento no Golfo do México
(20/04/2010 a 16/07/2010) – cont.
Fonte: O Globo (2010)
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Vazamento no Golfo do México
(20/04/2010 a 16/07/2010) – cont. 17/07/2010: A plataforma Deepwater
Horizon chegou ao terceiro dia sem
vazar petróleo no Golfo do México,
anunciou neste sábado a British
Petroleum (BP), empresa
responsável pela perfuração.
A tampa tem funcionado como uma
imensa rolha que mantém o óleo
dentro do poço.
Cientistas têm feito diversos testes
para observar a pressão no interior
da estrutura,o que poderia indicar
novos vazamentos na tubulação e no
fundo do mar. Leituras após 41 horas
de observação mostram que a
pressão no interior do poço continua
a aumentar lentamente, o que é
considerado um bom resultado, pois
indicaria que não há sinal de outros
vazamentos no poço.
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Fonte: O Globo (2010)
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Q.:A destruição da camada de ozônio pelo CFC
tem relação ou não com o aquecimento global?
R.: Recentes estudos relacionam a destruição da camada de ozônio ao aquecimento
global. Antes, dos seis gases que afetavam diretamente o aquecimento global, agora
temos oito principais gases, são eles:
1- Dióxido de carbono (CO2) – proveniente da queima de combustíveis fósseis,
especialmente carvão (70% - 75%), desmatamento e queima de plantas;
2- Metano (CH4) – arrozais, tripas de boi e cupins, aterros sanitários, produção de
carvão, veios carboníferos e vazamentos de gás natural da produção e das
tubulações de petróleo e gás;
3- Óxido nitroso (N2O) – queima de combustíveis fósseis, fertilizantes, detritos de
animais de criação e produção de náilon;
4- Clorofuocarbono (CFC) – aparelhos de ar-condicionado, refrigeradores, espumas
plásticas (o uso do CFC está sendo suprido gradualmente, mas esse componente
permanecem na troposfera pelo período de uma a duas décadas e, então, entram na
estratosfera);
5- Hidroclorofluorcarbono (HCFC) - aparelhos de ar-condicionado, refrigeradores,
espumas plásticas;
6- Hidrofluorcarbono (HFC) - aparelhos de ar-condicionado, refrigeradores, espumas
plásticas;
7- Halocarbonos – extintores de incêndio;
8- Tetracloreto de carbono – solvente de limpeza. (MILLER JR., G. Tyler. Ciência
Ambiental.11 ed. São Paulo: Thomson, 2007:422)
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Eutrofização Eutrofização – mudanças físicas, químicas e biológicas
após um lago, estuário ou curso de água de fluxo lento
receber nutrientes vegetais – em grande parte nitratos e
fosfatos – da erosão natural e escoamento da bacia
terrestre adjacente. Tipos de lagos:
– a) Lago eutrófico: lago com uma reserva grande ou
excessiva de nutrientes vegetais, na maioria nitratos e
fosfatos;
– b) Lago mesotrófico: lago com uma reserva moderada
de nutrientes vegetais;
– c) Lago oligotrófico: lago com baixa reserva de
nutrientes vegetais. (IB, IBID, p. g11-g14).
Zona eufótica: camada superior de um corpo d´água, por
meio da qual a luz do sol pode penetrar e dar suporte à
fotossíntese.
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*Terminologias Desflorestamento – derrubada das florestas.
Erosão – desgaste mecânico operado pelas águas correntes, pelo vento, pelo movimentos das geleiras e pelos mares.
Ilha de calor - é o aquecimento climático maior de certas áreas em relação a outras.
Lixiviação – processo de lavagem do solo (enxurrada) com a retirada de nutrientes (cálcio, potássio...).
Laterização – devido à perda de nutriente o solo torna-se duro, avermelhado, impróprio para a agricultura.
Calagem – aplicação de calcário para elevar o teor de cálcio e magnésio, neutralizando o alumínio no solo.
Curvas de nível – sistema de cultivo para ajudar a reter os elementos solúveis do solo.
Lixo seco – não-orgânico, ex.: papel e plástico.
Compostagem – decomposição controlada de materiais orgânicos para adubo orgânico.
Incineração – queima controlada do lixo.
Chuva ácida – proveniente do processo industrial e do lançamento de elementos químicos na atmosfera. Ex.: Fábricas, automóveis...
Inversão térmica - é uma condição meteorológica que ocorre quando uma camada de ar quente se sobrepõe a uma camada de ar frio, impedindo o movimento ascendente do ar, uma vez que, o ar abaixo dessa camada fica mais frio, portanto, mais pesado, fazendo com os poluentes se mantenham próximos da superfície.
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Sustentabilidade
É um termo usado para definir ações e atividades
humanas que visam suprir as necessidades atuais dos
seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas
gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente
relacionada ao desenvolvimento econômico e material
sem agredir o meio ambiente, usando os recursos
naturais de forma inteligente para que eles se mantenham
no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade
pode garantir o desenvolvimento sustentável. -
https://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/sustentabilid
ade.htm
Tripé da sustentabilidade empresarial:
3P´s - people, planet e profit (triple bottom line) 140
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Responsabilidade Socioambiental
Fonte: Elaborado pela autora, baseado na Kibon (2004)