Marcos de Souza Borges (Coty) - O Obreiro Aprovado

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"Procura apresentar-te forte a Deus, aprovado,

como obreiro que não tem de que se envergonhar,

que maneja bem a Palavra da verdade." (II Tm

2:15)

APRESENTAÇÃO

Pr . Marcos de Souza Borges , o Coty e sua esposa Pra .Raquel têm um casal de f i lhos, Gabriel e Bárbara. Eles são

membros do Ministér io Ágape e t rabalham atualmente comodire tores de uma base miss ionár ia de JOVENS COM UMAMISSÃO em Almirante Tamandaré na grande Curitiba.

Es tão n o campo mis sion ário desde j ane iro de 19 86,quando fundaram o Min is té rio Ágape em Cur it iba, e vêmatuando nacionalmente e internacionalmente com intercessão,t re in amento, acon se lhamento, mob ilização mi ss io ná ria ,

impactos de evangelismo e conquista de cidades, edificação eimplantação de igrejas e t ambém de mui tas out ras formascontinuam servindo interdenominacionalmente o corpo deCristo.

Eles também têm desempenhado um expressivo ministériona área de cura e l iber tação , inves t indo na res tauração defamíl ias e igrejas bem como na formação de conselheiros elibertadores.

Pr. Marcos é também autor dos l ivros: "A Face oculta doAmor", "O Avivamento do Odre Novo" e "A Oração do Justo".

SUMÁRIOAPRESENTAÇÃO.........................................................................2

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SUMÁRIO........................................................................................2

PREFÁCIO.......................................................................................3

Introdução........................................................................................7

"Procura apresentar-te a Deus"... e não aos homens........20

"Procura apresen tar-te ... aprovado, como ob reiro .........31

Entendendo a provação..............................................................52

Diagnosticando o estado de reprovação...............................68

Respondendo as provas de Deus.............................................83

PREFÁCIO

Exis tem t rês t ipos de pessoas que a Bíb l ia af i rma queDeus está constantemente à procura. Deus está procurando por 

intercessores:

"E busquei dentre eles um homem que levantasse

o muro, e se pusesse na brecha perante mim por

esta terra, para que eu não a destruísse; porém a

ninguém achei. " (Ez 22:30)

Ele também procura adoradores:

"Mas a hora vem, e agora é, em que os

verdadeiros adoradores adorarão o Pai em

espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais

que assim o adorem. " (Jo 4:23)

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A escassez de in tercessores destrói a terra , enquanto aescassez de adoradores entristece os céus. E por fim, o próprioJesus afirma a necessidade de obreiros:

"Então d isse a seus d iscípulos: Na verdade , aseara é grande, mas os obreiros são poucos.

Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande

trabalhadores para a sua seara. " (Mt 9:38, 39)

A escassez de obreiros determina o fracasso da igreja emrelação à grande colhei ta . Quando a igreja deixa de colher ,

Satanás o faz, a largando as portas do inferno e assolando asociedade.

Es te texto ap resenta o c lamor q ue sobrecar regava ocoração de Jesus. Mediante um mundo de necessidades, ele sedepara com a demanda de obre i ros , pessoas que es tão nãoapenas dispostas, mas legit imamente afinadas com a vontadede Deus para desempenharem o mais nobre serviço a que um

ser humano pode se envolver. Pessoas que vão transformar odestino eterno de tantas outras.

Uma importante questão é que a mobil ização deste t ipode cont ingente é precedida por um processo de qual i f icaçãoque poucos cor respondem ou se p ropõe a submeter. Jesusdesfecha esta conclusão dizendo:

"Muitos são os chamados, mas poucos os

escolhidos. " (Mt 22:14)

Há uma longa distância entre ser chamado e ser  escolhido. A abordagem deste material se resume em percorrer este estreito caminho, onde tantos tem fracassado.

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quem amamos. Ent re nes ta l ei tu ra com os o lhos abertos ,ouvidos atentos e acima de tudo um coração responsivo!

Pr. Marcos de Souza Borges

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Introdução

 Antes de ser obreiro ...

"Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como

obreiro que não tem de que se envergonhar que

maneja bem a Palavra da verdade. " (II Tm 2:15)

Antes de Paulo mencionar sobre a postura de obreiros,ele aborda duas situações fundamentais que não podem ser, emhipótese alguma, negl igenciadas. Ele fala sobre "procurar"atender estas condições: "Procura apresentar-te a Deus ( 1 ) ,aprovado ( 2 ). . . " . Isto é o que vamos tratar, respectivamente,nos dois primeiros capítulos.

O objetivo primário de alguém que "procura" ésimplesmente encontrar. A questão é que algumas coisas estãomais escondidas do que imaginamos. Também, pode-se levar um tempo maior que o esperado para serem obt idas . Comoveremos, só depois de vinte anos no deser to em Padã Arã éque Jacó atingiu estas condições, restaurando seusrelacionamentos e redimindo sua identidade.

  Na verdade, indispensavelmente, antes de fazer qualquer coisa para Deus precis amos de um encontro com es tas

realidades. Este processo vai até os porões da alma eliminandoa vergonha e todas as demais impurezas que bloqueiam o fluir do Espírito Santo.

Surge, então, uma capacidade divina de manejar bem a  palavra da verdade que se expressa at ravés de um est i lo devida que prevaleceu sobre cada estado crônico de reprovação.

Sob esta perspectiva, a Palavra de Deus não é a "espadado p regador" , porém, como Pau lo a fi rma, ao mencionar a

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armadura de Deus, é a "espada do Espírito Santo", que apenascorta através de nós na mesma profundidade que cortou a nósmesmos:

"Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e maiscortante do que qualquer espada de dois gumes, e

penetra a té a d ivi são de alm a e e sp ír ito, e de

  juntas e medulas, e é apta para discernir os

pensamentos e intenções do coração." (Hb 4:12)

ENTENDENDO O JUÍZO DE DEUS 

"Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e

admirai-vos: porque real izo em vossos dias uma

obra, que vós não crereis, quando vos for

contada. " (Hc 1:5)

Quantos podem dizer um grande aleluia para estatremenda mensagem profética? Quantos acreditam nesta obrainacredi tável que Deus, de repente, está por real izar na sua  própr ia v ida? Algo de marav i lhar , de admirar e espantar atodos. Uma obra, também, de proporções tão grandes que seria percebida entre as nações.

O que Deus r ea lizar ia que quando a lguém fos se no scontar seríamos incapazes de acreditar que tal coisa pudesseest ar aco ntecendo ? A que tip o d e milagre, promessa ouintervenção divina o profeta se refere?

À primeira vista, tudo isto parece algo muito desejável .As expecta tivas inc itadas aqui tornam este versícu lo umarealidade ainda mais assustadora. Esta é a grande surpresa de

Deus para pessoas, ministérios, cidades e nações.

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  Na verdade , poucos d iscernem este t ex to . Ou seja, amaioria até crê neste versículo, porém de uma maneiratota lmente equ ivo cada e d esalinh ad a em r elação ao seucontexto original . Na verdade, esta é uma das profecias maisdistorcidas da Bíblia pelos crentes. Seria, portanto, de extrema

relevância, se compreendêssemos melhor os bastidores desta promessa em palco.

Depois de um tempo de muita excelência e prosperidadeque cu lminou no re inado de Davi e Salomão, a nação , aos  poucos, no decorrer das gerações, vai entrando em expressivadecadência e começa a ser advert ida de muitas formas e por  muitos profetas . Vêm, então, uma terr ível fase, onde parece

que a idolatria e a impiedade definitivamente triunfariam.Esta foi, então, a resposta que Deus deu à oração

desesperada do profe ta Habacuque, quando este c lamava ereclamava do silêncio divino e da sua aparente insensibilidademediante tan to pecado e injus tiça pra ticados impunemente pela "nação santa" (Hb 1:1-4).

Só as pessoas que vêem o pecado com os olhos de Deus

  podem entender de fato este texto. Na verdade, o que está em  pauta, é uma for te in tervenção divina at ravés de um grande  ju ízo que surpreender ia a todos , o que se cumpriu quandoJerusa lém fo i a r rasada e o povo l evado em ca t ive i ro paraBabilônia.

 Normalmente, o pecado, não apenas trás uma dinâmica deescravidão, como também um terrível processo de

insens ibil idade mo ra l, dureza de coração, s eg uid o p el acau terização da consciência . I sto torna a inda mais d if íc il ,radical e desafiante o ofício profético.

Dois desafios proféticos

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1. Levar o povo a crer na obra do juízo de Deus,

destruindo as falsas convicções

Invar iavelmente , as pessoas re l ig iosas es tão à ca ta de  profecias abençoadas. Elas não estão interessadas em ouvir eentender o coração de Deus e por isso não to leram a palavra profética quando são advertidas.

Seus ouvidos estão programados para não ouvir aqui loque contraria seus interesses e desejos.

Quanto mais insistimos nesta posição, tanto mais

aceleramos e intensificamos o juízo de Deus, e o pior, menoscremos neste juízo vindouro e maiormente seremossurpreendidos por ele.

Qual seria, de fato, esta obra tão admirável , referida por Habacuque, que ninguém creria? A resposta não é outra senãoum terrível tempo de julgamento divino. A nação seriadestruída e exilada! Um duro processo para tratar com as mais

  p ro fundas raízes da apostas ia e ido la tr ia . Este p rinc íp iotambém ensina e adverte que temos uma forte tendência para aincredulidade quando a questão é o juízo de Deus!

Milagres não transformam nosso caráter, o juízo de Deuss im. O ju ízo sempre começa pe la casa de Deus . Es te é um  pr incíp io de ação do re ino moral . No pr imei ro cap í tu lo deHabacuque Israel é julgado, no segundo, Babilônia é julgada e

no t erce iro as nações são julgadas. Começou por I srae l eatingiu todo o mundo.

Antes dos avivamentos de ordem mundial causados pelostestemunhos de Mesaque, Sadraque e Abdenego na fornalha, et ambém de Dan ie l r evelando o sonho de Nabucodonosor ,decifrando a mensagem para Beltessasar e depois na cova dosleões, Israel experimentou o maior julgamento da sua história,

até então. Foi num contexto de juízo e purificação que o Deus

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de Is rae l fo i g lor i f icado e conhecido , por vár ias vezes , emtodas as nações do mundo!

Chega uma hora em que Deus t ra ta severamen te comnosso orgulho , nossa obs tinação, nossas t radições , nossos  pecados costumeiros, por mais que aparentemente estamos"bem" espiritualmente. Todo tipo de segurança que descarta oquebrantamento e a humildade é uma armadilha queconstruímos para nós mesmos.

Deus estava chamando o povo a uma purificação, porémfoi ignorado . Vez após vez os profe tas ten taram av isar um  povo ensurdecido e obst inado. A classe rel ig iosa estava tãosegura em si mesma que qualquer profecia neste sent ido eratotalmente absurda . Desprezaram os verdadeiros profe tas.Estavam tão acomodados com seu estilo de vida pecaminoso ereligioso que seriam inevitavelmente pegos de surpresa!

Isto sempre acontece quando se pratica uma"espir i tual idade" que to lera a imoral idade e a corrupção. O juízo tarda, mas não falha, como Deus disse a Habacuque:

"Pois a visão é ainda para o tempo determinado, e

se apressará at é o f im . A inda que se dem ore,

espera-o; porque certamente virá, não tardará."

(Hc 2:3)

Pensando bem, a obra maravilhos a de D eus foi, nav erdad e, maravilh osamente ho rrí ve l. Um julgamen to deespantar a todos. O povo foi saqueado, o templo que era t idocomo um amuleto que garantia a proteção divina foi arruinado,os f i lhos fo ram levados ca t ivos , o s muros e as po r tas dacidade queimados e destruídos.

 Ninguém acreditava que tamanha destruição e escravidão

  poderiam sobrevir . Todo povo exi lado numa terra est ranha,com uma l íngua estranha e com deuses ainda mais estranhos.

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Apenas d es ta fo rma é qu e I sr ae l aprend eu a ab omina r aidolatria que praticaram por tanto tempo.

O primeiro t ipo de incredulidade que Deus quer quebrar nas nossas vidas é em relação ao seu juízo.

Aquela visão otimista e romântica da nossa religiosidadeque nos to rna insens íveis ao nosso pecado precisa ca i r por  terra. Nosso conceito de prosperidade normalmente é fal ido.São atalhos que muitas vezes nos levam a perder a direção deDeus.

Gostamos das soluções ráp idas , milagre iras , no est ilomicroondas. Mas, is to contrar ia nossa própria natureza, que

exige um processo para se desenvolver.Quanto mais as pessoas se concentram nestas soluções

momentâneas para resolver os problemas agudos e al iv iar ador, mais esta at i tude contribui para piorar o caráter crônicoda situação.

Quanto mais pensamos que tudo tem que dar do nosso  jei to , mais surpreendidos seremos pelo t ratamento de Deus.

  Não é fácil quebrar aquela falsa convicção de que Deus estáconosco quando na verdade estamos é obstinados.

 Ninguém acred itava que Jerusalém fosse ent regue aosinimigos e levados para a " terra da confusão" : Babilôn ia .  Ninguém suportava a idéia que o templo pudesse ser    p rofanado e des t ru ído , e os seus vasos roubados . A c idadesanta humilhada, ferida e cativa.

Quando Jeremias profet izava contra Jerusalém, is to erainterpretado pelos l íderes da nação como sacri légio, umterr ível absurdo. Mas s implesmente, para surpresa de todos,foi o que aconteceu!

Poucos homens, como Jeremias, Habacuque, Ezequiel,acred it aram nes ta obra admirável . O povo intei ro estavaenganado! Os líderes da nação estavam dis traídos! Os

sacerdotes estavam errados! É terr ível pensar que Deus está

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conosco de uma forma, quando ele está de outra to talmenteoposta!

Este é o maior t rauma que a lguém pode sofrer . I r parauma terra estranha. Permanecer num lugar que não é o lugar  onde as promessas vão se cumprir . Aprender a ser um peixefora d'água não é fácil .

O p rocesso de Deus mudar determinadas convicçõeserradas que temos é extremamente doloroso, mas necessário.Envolve muitas desilus ões. O problema é que algumasdes ilusões matam não apenas as fal sas convicções, comotambém as verdadeiras.

Mesmo após o tempo prescri to para o cativeiro terminar,os ex i lados a inda permaneciam na inérc ia gerada por tan tadecepção e sofrimento. Aqui entra o segundo desafio profético.

2. Levar o povo a acreditar na restauração

Agora os profetas de D eus tinham um novo desafio: fazer o povo acreditar na restauração de Deus. Esta foi uma tarefatão difícil quanto a de fazer o povo acreditar no juízo.

Basta ler Neemias, Ageu, Zacar ias , para entendermos oesforço que é necessário ser empreendido para restaurar a féde pessoas abatidas e desiludidas pelo julgamento divino.

Toda pessoa e ministério tem seu momento de  perturbação, desi lusão e incredulidade. Este tempo muitasvezes é longo . Um bom exemplo des ta rea l idade aconteceucom João Bat is ta , o apóstolo do avivamento. Ele estava tãodeprimido e per turbado dentro daquela pr isão que todas assuas convicções vacilaram.

Mesmo depois de ter v is to o Esp í r i to Santo em formacorpórea de pomba descer sobre J esus , con fi rmand o sua

ident idade mess iânica , e de haver declarado abertamente a

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todos que es tavam d ian te do Corde i ro de Deus que t i r a o  pecado do mundo, vendo cumprido o que Deus lhe falara (Jo1:33), ainda assim, ele havia perdido a fé na sua missão maior que era ser o precursor do Messias. Sua vida parecia vazia esem sen t ido naquela pr i são . É como você , ta lvez , es te ja se

sentindo agora!A verdade é que todos nós passamos por s i tuações e

  provas como estas. Porém, aqui estão as maioresoportunidades de sal tarmos na fé , correndo nas pegadas dasgazelas, conquistando lugares ainda mais elevados . O  problema é poucos conseguem perceber estas oportunidadesque tem o poder de nos lançar para o topo da dependência de

Deus.

 Algumas lições acerca do juízo divino

- Deus sempre tem um plano de resgate que é elaboradoantes de sermos entregues ao cativeiro. Antes da destruição dotemplo de Salomão, no capítulo quarenta do l ivro do profeta

Ezequiel , Deus já havia dado a p lanta do novo templo a ser  restaurado.

Aqui entendemos o princípio onde o Cordeiro de Deus foiimolado antes da fundação do mundo. D eus nunca ageirresponsavelmente. Ele está pronto para lidar com os desviosda raça humana. O objetivo final do juízo não é destruir , masreconstruir de acordo com o propósito original.

- Tod o ju ízo qu e ex pe rimentamos é u m at es tado doinvest imen to de Deus . Depoi s qu e Deus j ulga a lg uém, o próximo passo é que ele vai usar este alguém. A identidade, aconsciência e o propósi to ganham clareza e profundidade e  podemos edi ficar sobre o a licerce adequado. Entendemosmelhor quem somos em Deus e onde devemos chegar.

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Compreendemos que as t r ibulações são importantes nodesempenho da nossa missão. Aquele otimismo e romantismoegoísticos são substituídos por uma motivação inegociável detão somente glorif icarmos a Deus, não importa se é pela vidaou pela morte, pela abundância ou pela escassez, pelo sucesso

ou pelo "fracasso". A cruz tem os seus paradoxos.

- Reconstruir é mais d if íci l que construir , porém existeum out ro p rinc íp io aqu i. O que você reconst ró i é sempremelhor que o que você construiu. A experiência é a mestra dasabedoria. A glória da segunda casa é sempre maior que a da primeira. tudo que você aprendeu com a destruição será usadona reconstrução.

- " O j u s t o v i v e r á p e l a f é " ( H c 2 : 4 ) . E s t a é t a l v e z a  principal l ição que aprendemos quando somos tr i lhados pelot ra tamento d iv ino . Aprendemos a temer e t remer d ian te da palavra que procede da boca de Deus.

Aprendemos que única fonte de direção e segurança é a  palavra de Deus. Ela está acima de todas as ci rcunstâncias , pressões, opressões e situações.

"Mil ca irão ao teu lado e dez mi l à tua direi ta ,

mas tu não serás atingido. " (Sl 91:7)

Quantos podem confiar nesta verdade apesar de vivermosn um t empo o nde tanto s es tão ab alados e at ingidos p el aincredulidade e desistência?

Existe um lugar de pro teção. Alguns tem achado estelugar . São os que se submetem ao t ra tamento de Deus comfidelidade. Homens como Daniel, Neemias, Ezequiel,

Sadraque, Mesaque, Abdinego e tantos outros, que mesmo no

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cat ivei ro mantiveram a sua f idel idade e exper imentaram o poder manifesto de Deus.

Eles prevaleceram mediante as condições maisdesfavoráveis . Entenderam a just iça d ivina, confessaram asculpas da nação e as iniqüidades dos pais. Se compadeceramdaquela geração e intercederam pela restauração do povo quese encontrava em total assolação. Fizeram toda a diferença!

O CONHECIMENTO DINÂMICO DE DEUS 

Este texto expressa uma visão aprimorada, nua e crua,

sem ilusões, de como Deus age conosco, para que possamos,realmente, conhecê-lo:

" Vinde, e t ornemos para o Senhor porque e le

despedaçou e nos sarará; fez a ferida, e a l igará.

Depois de dois dias nos dará a vida: ao terceiro

dia nos ressusc itará, e v iveremos d iante dele.

Conheçamos, e pross igamos em conhecer aoSenhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a

nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que

rega a terra. " (Os 6:1-3)

O Deus que fere e que cura

O grande drama da cura de Deus é que ela, na maioria dasvezes, é precedida por uma ferida, também de Deus. Antes deum cirurgião remover um tumor, ele precisa usar o bisturi paracortar. Não se pode curar sem operar e não se pode operar semferir . Esta é uma lei óbvia para quem trata responsavelmentedas raízes dos problemas das pessoas.

Preci samos conhecer a Deus nes te sen tido . É comum  pularmos os dois primeiros versículos do texto mencionado,

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fugindo do seu contexto e teorizar ou racionalizar oconhecimento divino. Porém, conhecer a Deus na essência, éexperimentar o que Oséias experimentou. O conhecimento deDeus começa com as fer idas que ele mesmo abre em nossasvidas: " . . . e le despedaçou, e nos sarará , fez a fer ida , e a

ligará." 

Toda pessoa e ministério poderosamente usados por Deus precisa poder dizer o que Paulo disse: "Trago no meu corpo asmarcas de Cri sto" . Da mes ma forma, Is aías descreve oMessias como "fer ido de Deus" . Jacó, também, foi a t ingido pela espada do anjo do Senhor.

Deu s sab e co m o n o s f e r i r n o p o n to ce r to . E l e t em a perícia de um exímio cirurgião.

Existe, porém, uma diferença entre a ferida e a cicatriz.A c i ca t r i z n ad a m a i s é q u e a f e r i d a cu rad a . A m arca e alembrança existem, porém, a dor, a vergonha, avulnerabilidade foram totalmente superados.

É importante mencionar, não apenas as "feridas de Deus",

mas as "cicatr izes de Deus" . Acima de tudo Deus é um Deusde cicatr izes . A essência da unção messiânica é restaurar acana quebrada e reacender o pavio que fumega. Cada cicatrizd e Deus represen ta uma tr emenda gama d e exp eri ên cia s  profundas que redunda num conhecimento divino legít imo e palpável. Isto pode ser perfeitamente traduzido pelas palavrasde Jó após todo o seu sofrimento:

"Eu te conhecia só de ouvir mas agora os meus

olhos te vêem. Por isto me abomino, e me

arrependo no pó e na cinza". (Jó 42:5, 6)

Co n h ece r a Deu s n ão é m eram en te s e r u m ex p e r t emBíb lia e t eo logi a. Na ve rdade , na mesma p ropo rção que

alguém torna-se um exímio defensor de suas doutrinas, pode

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também assimilar uma tendência de tornar-se não ensinável ,independente, fechado para a diversidade e anti-sinérgico.

Este tipo de bloqueio engessa o crescimento e peca contraa p rogres sivid ad e da revel ação div ina . Es te é o doentio processo de tradicionalização da mente.

É crucialmente necessário manter uma postura deflexibilidade capaz de não desprezar o "velho" como também,não nos fechar para o "novo" de Deus:

"E disse- lhes: Por i sso , todo escriba que se fez

d iscípulo do reino dos céus é semelhante a um

hom em , proprie tár io, que ti ra do seu t esourocoisas novas e velhas". (Mt 13:52)

Segundo Oséias , conhecer progressivamente a Deus é o  processo onde Deus fere, t rata da ferida, cicatriza, vivifica eressuscita. Em cada processo cirúrgico, Deus vai removendotudo aqui lo que impede nossa fé em relação ao seu caráter .Quanto mais esta fé cresce, tanto menos valorizamos as crisesc ircuns tanc ia is . A adoração e uma perspec tiva sól ida dagrandeza de Deus brotam poderosamente em nossas vidas.

O cântico de Habacuque: o espír ito do verdadeiroadorador 

" Ainda que a f ig uei ra não f loresça, nem ha ja

fruto nas v ides ; a inda que falhe o produto da

oliveira, e os campos não produzam mantimento;

ainda que o rebanho s eja exterminado da malhada

e nos currais não haja gado. Todavia eu me

alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha

salvação. O Senhor Deus é a minha força, ele fará

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os meus pés como os da corça , e me fará andar

sobre os meus lugares altos." (Hc 3:17-19)

Este é o espírito do cântico de Habacuque! Ainda que não

estamos vendo as possibilidades de crescimento e frutificação,a inda que não sen t imos a unção , a inda que es tamos sendoconfrontados com a escassez de recursos e resul tados, a indaque muitos estejam nos abandonando, todavia, Deus  permanece fiel e digno da nossa fidelidade! Isto, realmente, éadoração!

Es te é o p rocesso pe lo qua l vamos conhecer a Deus e

colocar em Deus e em mais nada ou ninguém a nossaconfiança e satisfação. Então o Senhor será nossa força, nosfar á s al ta r e camin ha r p or l uga res al tos , acima d os ma iselevados obstáculos. O l ivro de Habacuque começa com umainter rogação e termina com uma exclamação . Deus desejatransformar todas as nossas perguntas em respostassurpreendentes de fé !

Fidelidade deve existir, não apenas quando tudo vai bem,mas quando tudo vai mal. Tem um ditado que diz: "quando onavio afunda os ratos caem fora" . É assim que Deus prova econhece quem é quem. Quem é você?

Só nos momentos de prova é que você saberá!

Adoração é o saldo posi t ivo de fé deixado pelas provasde Deus. Aqui nasce não apenas uma nova canção, mas é onde

o esp í r i to de um verdadei ro adorador é for jado . Es ta fo i a postura profética de Habacuque.

Só pessoas que compreendem o poder do t ratamento deDeus a lcan çam este níve l de fé e ado ração. São pessoascuradas, que tem cicatr izes de Deus em suas vidas, pessoassadias que adquir i ram a in tegr idade necessár ia para servir aDeus e suportar as pressões de um verdadeiro reavivamento!

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" Eu o uv i, Senho r a tua fam a, e t emi ; a viva , ó

Senhor a tua obra no meio dos anos; faze que ela

seja conhecida no meio dos anos; na ira lembra-te

da misericórdia. " (Hc 3:2)

  No círculo evangél ico , avivamento é uma das palavrasque estão na moda, em alta. Porém, percebemos que a maioriadas pessoas não entendem bem as implicações pessoais de umavivamento. Se você realmente deseja e aspira o avivamento,se você quer a vinda de Deus para sua vida, igreja esoc iedade , vo cê p rec isa r espon de r a e sta pe rgun ta que o profeta Malaquias faz:

"Mas quem suportará o dia da s ua vinda? E quem

subsi st irá, quando e le aparecer? Poi s e le será

como o fogo do ourives e como o sabão de

lavandeiros. " (Ml 3:2)

Você vai suportar a purificação de Deus ? Você vaisubsistir diante da sua correção? Vai agüentar o fogo  p ur if icador e a limp eza q ue e le que r f azer? Qu ando el ecomeçar a lavar toda a roupa suja, desencardindo nossa alma,será que vamos suportar? Você ainda quer um avivamento?Um que comece por você???

Capítulo 1

"Procura apresentar-te a Deus"... e não aoshomens

Esta primeira si tuação fundamenta-se principalmente noasp ecto motiv acion al do servi ço . A ação int en ciona l d o

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coração é t ão impor tante quanto o desempenho e a t arefaministerial exercida.

O "para quem" estamos fazendo é tão relevante como "oq ue" es tamos f azend o. A qu es tão não é só f azer . É vita lfocal izar e d iscipl inar a mot ivação do nosso desempenhominis ter ia l em agradar a Deus an tes mesmo que serv i r aoshomens.

Esta é uma questão de al icerce. O crescimento aparentese fu ndamenta n uma base qu e ning uém pod e ve r porqueencontra-se enterrada. Esta é uma importante lei daedif icação. Quando pensamos em al icerces, entendemos quetambém é necessár io crescer para baixo. Is to aponta para otrabalho de Deus nas nossas motivações. Sem este fundamentoaquilo que estamos construindo fica comprometido.

Deus é capaz de avaliar a intenção de cada esforço  p ra ti cad o. Deus vê al ém d aq ue la impres são exte rna quecausamos nas pessoas. Obviamente , e le conh ece no ssasintenções mais íntimas.

"Deus não vê como o homem vê, pois o homem vê

o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha

para o coração. " (I Sm 16:7)

Esta fo i uma adver tência fe i ta a um profe ta que t inha  profunda sensibilidade à voz de D eus e uma depuradacapacidade de discernimento. Até Samuel estava deixando-seenganar pelas aparências . Es te , porém, é um er ro que Deus  jamais comete. Na verdade, é tão fáci l enganar as pessoas,q uanto impossíve l en gana r a Deus . Ele so nda e discernenossas intenções mais profundas.

É desta forma que atestamos para Deus nosso fracassomoral e o adoecimento emocional. U ma motivação corrompida

  já condena uma obra an tes mesmo de ser começada. É uma

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casa sem al icerces ou com al icerces subdimensionados. Por  um lado as coisas acontecem, mas por outro vão tornando-secada vez mais instáveis e vulneráveis.

Chegará o momento em que a frágil resistência do

al icerce exibirá sua insuficiência sendo esmagada pelo  peso próprio da obra. Esta é uma questão "matemática" . Defato, apesar das coisas no mundo espiri tual não funcionaremde forma imediata, elas funcionam

com extrema precisão.

Sempre que uma construção desaba muita gente morre emachuca. Da mesma forma, todo inves timento min is terial

a tr avés de motiv açõ es do en tia s e obscu ras não apenas ésuicídio, como pode destruir a muitos.

  Nossa motivação é crucial no que tange a sermosqua li fi cados como obrei ros. O que inspi ra nossas ações emotiva nosso serviço é tão relevante quanto a própria ação e oserviço em si . Na verdade, todo esforço íntimo no sentido deimpressionar homens nos desqualifica perante Deus.

Quando valor izamos mais a op in ião humana do que aaprovação divina, exibimos uma motivação espir itualmentecorrompida que compromete nosso serviço.

 A LEI DOS DOIS ALTARES 

Em várias ocasiões na Bíblia, percebemos a necessidadede se levantar dois tipos de altares: um escondido ou íntimo eo outro público ou testemunhal; um para Deus e outro para as  pessoas . O pr imei ro a l tar fa la do tes temunho que Deus dáacerca de nós e o segundo altar fala do testemunho que damosacerca de Deus.

Existe, porém, uma importante seqüência a ser obedecida.O altar íntimo sempre precede o altar do testemunho. Esta é a

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lei dos dois altares. Ou seja, antes de sermos apresentados aoshomens, precisamos nos apresentar diante de Deus.

A afirmação dos homens não vale muita coisa quando nãotemos a aprovação d iv ina . A v ida ín t ima com Deus sempre precede a vida pública com os homens.

Sempre que invertemos esta seqüência transgredimos estalei. Aqui, entendemos porque tantas pessoas, da mesma formaque se levantam com uma aparência que impressiona,subitamente "desaparecem".

Sem uma vida íntima com Deus, agregamos umainconsistência que mais cedo ou mais tarde nos fará vítimas da

vida públ ica e da imagem que tentamos sustentar perante as  pessoas , Es ta foi a terrível transgres são de Saul que odesqualificou como rei. Mesmo depois de desobedecer a Deus,e le a in da co ntinuava ma is p reo cu pado co m sua imagem pública, do que

com a sua situação diante de Deus:

"Ao que disse Saul: Pequei; honra-me, porém,

agora diante dos anciãos do meu povo, e diante de

Is rael, e volta comigo, para que eu adore ao

Senhor teu Deus." (I Sm 15:30)

A Bíblia nos adverte que não podemos basear nossa vida

numa aparência sem consistência. Impressões superficiais queconvencem a opinião públ ica duram muito pouco. Portanto ,não se pode ev i t a r a des t ru ição daqu i lo que é aparen te . Écomo a erva e a sua flor sob o impacto causticante do "Sol daJustiça":

"Pois o sol se levanta em seu ardor e faz secar a

erva; a sua fl or cai e a beleza do seu aspec toperece.. . " (Tg 1: 11)

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Aparente ou permanente? Este é o grande dilemamot ivacion al . A r eceita d a con sis tênc ia e sp ir itua l é umcompromisso pessoal, íntimo e constante com a

vontade revelada de Deus:

".. . aquele que faz a vontade de Deus, permanece

para sempre. " (I Jo 2:17)

Motivações e princípios

Sacrificando no altar íntimo nós revelamos nossasmotivações e sacrificando no altar público expressamos nossosvalores e princípios. Motivações por natureza tem um caráter  ocu lto, enquanto que nossos valores e p rinc íp ios t em umcaráter evidente, comportamental.

Da mesma forma que é fácil perceber os valores e  p ri nc ípios de uma ação , p ode ser ext remamente dif íc ildescobrir a motivação.

Do ajustamento sinérgico entre as motivaçõessan ti ficadas do coração e os p rincíp ios d iv inos pra ticadosdepende a consi st ência da per sona lidade e a integ ridadeespiritual.

Por mais que nossas motivações sejam certas, se o  pr incípio é errado, o resul tado será morte . Igualmente, por  mais que agimos com o princípio correto, porém se amot ivação é er rada e cor rompida , o resu l tado também serámorte.

Davi teve uma motivação correta ao trazer de volta a arca

 para Jerusalém, porém agiu com o princípio errado colocando-a nos lombos de bois e não nos ombros dos sacerdotes.

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O pr inc íp io ens ina que o sacerdo te ca r rega o peso daresponsabilidade de conduzir a presença de Deus.

Este p rincíp io foi quebrado. No primeiro t ropeço dos  bois, Uzá colocou sua mão na arca para que esta não caísse.Estava tentando ajudar. Novamente vemos alguém muito bemintencionado, porém, quebrando um princípio. Ele não estavaautorizado a tocar na arca.

Por mais bem intencionado que Davi e Uzá est ivessem,Uzá morreu fulminado.

De outra sorte, ou azar, Ananias e Safira ofereceram aosapóstolos uma grande oferta de uma propriedade que

venderam. Estavam praticando o princípio de dar. O princípioestava totalmente correto.

Porém, eles não estavam dando livremente. Eles queriamem troca reconhecimento público. Queriam tanto impressionar a todos que não tiveram a sinceridade de coração de dizer que  precisavam de parte daquele dinheiro. Então eles falaram queestavam dando tudo, quando na verdade ret iveram parte do

  preço da propriedade. Menti ram não só aos homens, mas aoEspír ito Santo . Ambos morreram. Fico imaginando quantosAnanias e Safira já estão mortos ou morrendo dentro de nossasigrejas.

O ALTAR ESCONDIDO E O ALTAR PÚBLICO 

O altar secreto do quarto e a recompensa pública quevem de Deus

"Mas tu , quando orares , entra no teu quarto e ,

fechando a porta, ora a teu Pai que está em

secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te

recompensará publicamente, " (Mt 6:16)

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O quar to pode ser def in ido como qualquer lugar onderot inei ramente desfrutamos de uma privacidade com Deus.Den tro do qu ar to , somos nó s mesmo s, ex erc it amo s tota ltransparência e podemos derramar nosso coração comsinceridade.

Alt ar é o lu ga r on de n ossa vo ntade é qu ebran tada esimplesmente damos a Deus tudo que ele está pedindo. É umlugar de sacr i f íc ios , onde oferecemos a Deus a lgo que noscusta e que lhe é agradável e verdadeiro.

A palavra "sacrifício" em lat im significa "tornar santo",

Todo al tar é um local onde somos poderosamente tocados etrans formados pela voz de D eus, Este é o mais elevado  p rinc ípio d e sant if icação pessoa l, No "a lt ar do qua rto "o fe recemo s uma pa rte do nosso d ia , do n osso tempo , e,  portanto, da nossa vida, buscando a face de Deus eexaminando as Escrituras.

Este altar secreto não se constrói na igreja, ou através da

comunhão com os i rmãos , mas no quar to , a sós com Deus ,Jesus está expl icando o poder de uma vida devocional e dorelacionamento pessoal com o Pai.

É no quarto que vamos ter as mais fortes e íntimasrevelações e experiências . No quarto aprendemos a apoiar anossa fé numa dependência total de Deus e não de pessoas.

A consciência pessoal que Deus é a nossa fonte

inesgotável determina a l inha da maturidade. Muitas vezesalimentamos uma expecta tiva nas pessoas que dever ia ser  canalizada apenas para Deus.

Isto é aceitável durante um espaço de tempo como recém-convert idos, porém se perdura, podemos nos condenar a umavida espiritual imatura e que oscila de acordo com ascircunstancias , Sempre que dependemos mais de pessoas do

que de Deus nos expomos a muitas decepções que tendem anos fragilizar ainda mais.

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Uma vida ministerial "pública" bem sucedida nada mais éque o efei to espir i tual do relacionamento pessoal e da vidasecreta com Deus,

O campo das ovelhas e o campo de batalha

"Disse mais Dav i : O Senhor que me l ivrou das

garras do leão, e das garras do urso, me l ivrará

da mão deste fil isteu. Então disse Saul a Davi:

Vai, e o Senhor seja contigo, " ( l Sm 17: 37)

Aqui temos o altar solitário do campo das ovelhas precedendo o testemunho no campo de batalha, quando o heróide guerra dos fi l isteus, que afrontava o exército de Israel , foi  publ icamente derrubado. Antes de vencer Golias , Davi , noanonimato, venceu as garras de um leão e de um urso. Antes

de se impressionar com a presença in t imidadora do gigante,Davi hav ia se impress ionado com a grandeza de Deus . Naverdade, quem venceu Golias não foi Davi, mas orelacionamento que ele tinha com Deus.

Davi sabia como fazer da solidão do campo umaoportunidade constante de desfrutar da presença divina. Istofez dele um verdadeiro adorador. Não havia ninguém mais aoredor para querer impressionar ou que pudesse corromper suamotivação. Sua vida de adoração era pura e legítima.

Antes de tomar a espada de Gol ias , Davi recebeu umaharpa de Deus. A harpa de Deus recebemos no altar oculto e aespada do gigante recebemos no al tar do testemunho, quandoDeus nos recompensa publicamente.

Esta é a unção de Davi ; a harpa de Deus numa mão e a

espada do g igan te na ou t ra . Des ta fo rma e le r ep reendeu e

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venceu o principado demoníaco que vinha perturbando o rei eo governo da nação por tanto tempo:

"E quando o espír i to mal igno da parte de Deus

vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocavacom a sua mã o; então Sau l s en tia alí vio, e se

achava melhor e o espíri to mal igno se ret irava

dele. " ( l Sm 16:23)

Depois de Davi ter vencido a Golias, expondo sua cabeçaà multidão, o rei impressionado com o feito tentou se informar 

sobre quem era aquele rapazinho que surpreendera a todos. Omais interessante é que ninguém sabia ou podia dizer quem eraDavi:

"Quando Saul viu Davi sair e encontrar-se com o

fi l isteu, perguntou a Abner, o chefe do exército:

De quem é f i lho esse jovem, Abner? Respondeu

Abner: Vive a tua alma, ó rei, que não sei . Disse

então o rei: Pergunta, pois, de quem ele é f i lho, "

( I Sm 17: 55, 56)

Davi era um desconhecido , um "Zé Ninguém" para oshomens. Porém, apesar de não ser conhecido pelos homens era

muito bem conhecido de Deus!Quando Golias desafiou todo o exército pedindo: ".. . dai-

me um homem, para que nós dois pelejemos " ( I Sm 17:10) ,Deus ouv iu a o ração de Go l ias e deu - lhe Dav i . Apesar detambém ter s ido desprezado pelo gigante, era a arma secretade Deus.

Esta é a bênção do Vale do Carvalho, o altar do

testemunho, onde Deus recompensa nosso relacionamento comele, e nos entrega publicamente os nossos inimigos. Este vale

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é muito estratégico por que a partir dele é que muitasoportunidades surgem.

O testemunho ungido que vem de uma vida secreta comDeus tem o poder de ampliar as nossas fronteiras.

Após vencer o herói dos fi l isteus, a vida de Davi tomououtro rumo que o conduziu ao governo da nação.

O altar escondido dentro do Jordão e o memorial forado Jordão

O Jordão é o l imi te da mudança. É quando você sa i dodeserto e passa a conquistar e desfrutar de um terri tório ondeas promessas de Deus vão se cumprir. Do deserto, ou você saiaprovado, ou você não sai, morre!

O Jordão é para aqueles que não só saíram do Egito, masque também abandonaram a mentalidade de escravos. O Jordão

também comunica o sentido real do arrependimento.Arrependimento não é apenas você reconhecer que errou,não é apenas você admitir e confessar os fracassos morais, nãoé apenas você d izer : rea lmente eu f iz es tas co isas que nãodeveria ter feito e sinto muito.

  Na verdade, nenhuma destas situações definem oarrependimento. Confundir confissão com arrependimento é

um grave erro.Como você já deve saber , a rrependimento é t raduzido

origina lmente da palav ra g rega "metanó ia" que s igni fi camudança de mente e propós ito. É quando você resolvementalmente e com absoluta determinação: este erro que eufaz ia , não vou fazê- lo mais! As t en tações à que eu ced iaminha vontade, não vou ceder mais! Nem que tenha que suar 

s an gue ! Mud ei minh a motiv ação, dispos ição, di reção ementalidade! Esta é a genuína dimensão do arrependimento.

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Esta decisão in terna de mudança es tabelece uma novadi reção que nos reconci l ia com a verdade e o propósi to deDeus. A inconstância é substituída pela firmeza edeterminação. Um novo posicionamento que concorda com avontade divina é f irmemente estabelecido. Somos conduzidos

a vitórias inesperadas e surpreendentes ! É aqui que o pecadoe a corrupção se ajoelham diante do poder do Espíri to Santo.A part ir de um arrependimento genuíno, "não é você que vaideixar o pecado", "é o pecado que vai te deixar".

O altar do Jordão é um dos principais marcos de Deus navida de uma pessoa. Este batismo de arrependimento tambémfoi celeb rado por doi s a lt ares : um escondido no l ei to do

Jordão e o outro fora do Jordão com pedras tiradas do leito dorio.

O altar escondido fala da experiência íntima, da mudançade coração e mentalidade, a que o próprio Deus testemunhouque aconteceu conosco:

"Amontoou Josué também doze pedras no meio doJordão, no lugar em que pararam os pés dos

sacerdotes que levavam a arca do pacto; e a li

estão até o dia de hoje. " (Is 4:9)

Este al tar é só para aqueles que pisaram o lei to seco doJordão. Depois que as águas vol taram a percorrer o lei to do

rio, ninguém mais podia ver aquele altar, senão Deus.O al tar públ ico , por sua vez, é o testemunho que damos

do que Deus fez, de como ele realizou o milagre da mudançaem nossas vidas. É simplesmente o fruto de uma experiência pessoal e íntima com Deus:

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"Tirai daqui, do meio do Jordão, do lugar em que

est iveram parados os pés dos sacerdotes, doze

pedras, levai-as convosco para a outra banda .. . "

(Js 9:3)

To da t rav es sia na vid a, t oda mudança e spir itua l deendereço e mentalidade é marcada por estes dois altares. Tudocomeça com o t es temunho que Deus dá acerca de nós e secompleta com o testemunho que damos acerca dele . Esta é ,  por tanto , a pr imeira parcial do pr incípio de nos apresentar  diante de Deus.

Capítulo 2

"Procura apresentar-te ... aprovado, comoobreiro ...

Antes de ser um ob rei ro , é também necessá rio e st ar  aprovado. Como observamos no t ítulo acima , a p al av ra" aprovado" pr ecede a pa lavra " obreiro" . Obedece r es taseqüência é essencial. Uma pessoa que não está aprovada podecomprometer não apenas sua vida, como também a obra querealiza.

Es ta s egu nda s itu ação aborda a neces sid ade de umaqualif icação. Obviamente que a primeira si tuação, tratada nocapítulo anterior, é um pré-requisito para esta.

O ponto de partida da obra de Deus são as nossasmotivações. Em primeiro lugar precisamos alinhar nosso perfilmotivacional com o temor de Deus, em segundo lugar  estarmos aprovados e, só então, desempenhar nosso serviço aoSenhor.

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A rigor , antes de mais nada, é importante entender quenós somos a obra de Deus. Estamos em construção. Somos otemplo que o Espírito Santo está edificando. O lugar que Jesusestá preparando na eternidade para nós (Jo 14:2 ) está dentrode nós mesmos : é o nosso homem interior que se exteriorizará

em glória num corpo celestial ( I Co 15:40-54).Aquela "mansão" que você espera morar no céu es tá

sendo inv is ivelmente const ru ída den tro de você mesmo,através da visível obra e transformação que o Espíri to Santoestá fazendo em sua vida, em vir tude da sua maleabi l idade,quebrantamento e submissão à vontade divina.

Em se tratando de servir a Deus, o mais importante não éfazer, mas deixar Deus fazer em nós. Quando Ele faz em nós,cer tamente também fará o mesmo a t ravés de nós . De fa to ,existe uma enorme diferença entre você fazer a obra de Deus eDeus fazer a obra dele através de você. Por isto é tãoimportante o princípio da cooperação.

" Porque nós somos cooperadores de Deus; vósso is lavoura de Deus e edi f íc io de Deus . " (I Co

3:9)

 A questão básica da aprovação

Gostaria de propor uma pergunta: Qual é a primeira coisaque temos que fazer para sermos aprovados diante de Deus?Dê uma paradinha na leitura e tente responder.. .

Invariavelmente, quando pergunto às pessoas o que temosq ue f azer pa ra s ermos aprov ad os diante de Deus , qu asesempre, ouço muitas respostas redundantes.

Alguém logo responde: obediência! Outros asseguram:temos que temer ao Senhor! Ainda outros afirmam com

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certeza: para .sermos aprovados temos que andar em santidade! Viver por fé! . . .e assim vamos ouvindo respostas cada vezmais "espirituais ", mas que fogem da s implicidade da pergunta.

Alguns se aprox imam mais d izendo que é necessário  passar na prova. Porém, antes de passar na prova precisamosfazer a p rova. Então , a p r imei ra co isa a fazer para sermosaprovados é s implesmente: a prova! Ninguém pode ser  aprovado numa prova que não fez! Só existe um caminho paraa "aprovação": a provação, testes, tentações, etc. !

"Bem-aventurado o homem que su porta aprovação; porque, depois de aprovado, receberá a

coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o

amam. " (Tg 1:12)

Quantas vezes fazemos promessas e votos para Deus quenão cumprimos? Falamos: Deus, eu vou crer em ti! . . . Eu vou

obedecer meu chamado ministerial! . . . .Eu vou ser f iel a t i com minhas finanças! . . . Vou ganhar 

muitas almas para o teu reino! . . .

Porém, quando a pr imeira necessidade surge, entramosem colapso . A pr imeira d i f icu ldade no chamado vem, e já  pensamos em desis t i r : " talvez não seja bem is to o que Deustenha para mim". Quando as pessoas que nos ajudamfinancei ramente se esquecem de nós , ou o sa lár io encolhe ,esmorecemos e f icamos fer idos e desanimados. Aos poucos,nos acomodamos ao ritual da igreja, aos cultos, aos semináriose congressos e nos esquecemos dos que se perdem. Cada vezque somos provados em relação aos propósitos queestabelecemos, simplesmente fracassamos.

A v erdad e é que muit as prov as vão acon tecendo d e

maneira natural e sutil no decorrer da nossa vida. Porém, cada

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resposta insuficiente ou inadequada que damos a estas provasimpõe amarras espirituais que, paulatinamente, nos distanciamda possibi l idade de conquistar o sonho de Deus e cumprir oseu propósito.

Se, de fato, almejamos ser um obreiro no Reino de Deus, precisamos nos matricular na escola do Espírito Santo, tendo ad isposição de sermos t ra tados e ed i f icados pela Palavra deDeus. Esta escola dura a v ida in tei ra e o Espír i to Santo têmum currículo especial, dinâmico e apropriado para cada um denós.

 Nossas motivações mais íntimas, nossa fé e perseverança,nossas convicções e sentimentos, nosso conhecimento, nossochamado e min is tério serão provados mediante toda sor tec ircuns tânc ias espec if icamen te con trár ias. Deus nunca ésuperficial banalizando nossas falhas de caráter e asdistorções que ainda temos na nossa personalidade. Acima detudo , a fé é uma muscu la tu ra que não pode de ixar de se r  exercitada.

"E sabemos que todas as coisas contribuem

  junta mente para o bem daquele s que am am a

Deus, daqueles que são chamados por seu decreto.

" (Rm 8:28)

Es te t ex to apo nta pa ra a n ecess idade de quebra r um

sofisma que muitos tentam sus tentar. Ou seja, quandoatendemos ao chamado de Deus, mesmo andando emobediência, não quer dizer que só acontecerão coisas positivase animadoras. O centro da vontade de Deus não nos isenta das  provas, das d if iculdades e das resis tências oferecidas pelomundo espiritual.

Quando Paulo fala: " . . . mas em todas estas coisas somos

mais que vencedores, por aquele que nos amou " (Rm 8:37), oque ele quis dizer realmente com isto?

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Ele es tava se re fe r indo a vencer o que? O que se r i am"todas estas coisas"? Significa a resistência que está por vir ,aquilo que vai nos testar consistentemente.

Gostamos da idéia de que somos vencedores sem ter quelutar , ou de sermos aprovados sem ao menos fazer a prova.Porém is to não é correto e não funciona desta forma. Paulo ,então, explica:

"... quem nos separará do amor de Cris to? a

tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a

fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?" (Rm

8:35)

Se você está passando por alguma destas situações, entãovocê está diante da tremenda oportunidade de não duvidar doamor de Deus e tornar-se um vencedor.

A at i tude cer ta de concordar com o caráter de Deus emcada prova funciona como uma senha que destranca portas erompe as nossas f ron te i ras . A v i tó r i a de Jesus p rec i sa se r  endossada em cada luta que passamos através de umaidentificação com o seu caráter.

Bas icamen te , é n eces sá rio u m desprend imento pa raenfrentar qualquer situação. Encarar tudo como um acréscimo,ou seja, s aber absorver a parte boa de toda e qualquer  advers idade. Sem este entendimento abortamos a real possibilidade de sermos "aprovados".

  A desintegração do caráter - A síndrome dadebilidade moral crônica

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Vivemos num mundo debilitado e degeneradomoralmente. A decadência está em alta. O moral relativou-se a ponto de tolerar e ser confundido com o imoral.

Faceamos uma aguda inversão de valores que,absurdamente, é tida como avanço cultural e modernidade.

O pior é que isto está entrando para a igreja econ taminando-a. Pessoas que ace it am a deb il idade moralcrônica se amoldam às circunstâncias imorais querotineiramente as afrontam. Acabam se conformando com osvalores iníquos do presente século.

Em muitas igrejas o crescimento tem sido acompanhado

 pela mundanização. A ética da personalidade em detrimento daé ti ca do caráter , onde os p rinc íp ios bás icos que regem omundo espir i tual são ignorados e v iolados, deixando tantoscrentes à mercê das ataduras satânicas. O problema é que aignorância não nos i sen ta das conseqüências e punições daquebra da lei.

Um es t i lo de v ida embalado pela ignorância moral dá

lugar ao caos social. É quando somos indulgentes com pecadoschamando -os de "f raqu ezas". Começa pe la tole rânc ia ao  pecado, segue a conivência, vem a insensibil idade e por f imuma consciência dan if icada, que compromete o a licerce dav ida . O pecado to rna -se, confor tav elmente , u rn a ro tinanatural.

  Nesta geração onde as verdadeiras le is e valores estãosendo relativados, a conivência com a fraqueza moral tem sidoum cheque-mate na mensagem e na in tegr idade da igreja . Aavalanche de males emocionais que está debilitando asociedade atual, nada mais é que um efeito colateralsintomático da desintegração moral e de uma "prosperidade" permissiva.

Alguns pensam que certas debilidades fazem parte da sua personalidade. Muitas pessoas, dentre elas, obreiros, l íderes e  pas tores , têm abraçado sua f raqueza moral como um v íc io

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evangélico, e estão tentando convencer a Deus que jánasceram moralmente débeis, que eles são assim mesmo e nãotem jeito.

Porém, na verdade, esta deb il idade de esp ír ito p roduzimpiedade e maldade, Esta fal ta de força moral dá lugar aodiabo , p rofanando a obra de Deus e t razendo escândalos edestruição.

Definindo a derrota

O que é derrota? Sob a perspectiva da aprovação,  podemos abreviadamente definir derrota como sendo: "uma

vida cíclica de reprovações" (Fig, 01). Ciclo é algo vicianteonde nos vemos obrigados a voltar sempre no mesmo ponto.

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"Em verdade, em verdade vos digo que todo

aquele que comete pecado é escravo do pecado. "

(Jo 8:34)

Sentimo-nos vencidos e s em esperança. Isto tem sido umadízima periódica na vida de muitos, levando-os àdesintegração espiritual, apatia e apostasia.

Desta forma estes pontos específicos de prova tornam-segigantes internos que nos subjugam, construindo fortalezasque acreditamos serem intransponíveis.

Precisamos aprender com Davi a sal tar estas muralhas evencer estes inimigos.

A Bíblia nos conta como Golias, o mais famoso herói dosf i l is teus, desaf iou a qualquer homem do exérci to de Israel aenf rentá -lo num comba te p es so al . Cad a dia e le vin ha nomesmo horário e f ixava sua afronta humilhando e esmagando psicologicamente a todos:

"Chegava-se, pois, o fil isteu pela manhã e à tarde;

e apresentou-se por quarenta dias. " ( l Sm 17:16)

Esta é um es t ra tég ia f r ia e ca lcu l i s ta , onde o in imigo

implanta uma mentalidade de derrota. Cada guerreiro de Israeltinha que "engolir" duas reprovações por dia. Eram derrotados pela manhã e pela tarde a cada dia! Golias impôs um processocíclico de reprovação pessoal e coletiva simultaneamente.

Mediante as terr íveis afrontas do gigante, d ia após dia ,cada guerreiro, t inha que aceitar o fracasso, se acovardando.Aquilo tornou-se uma rotina de humilhação, destruindo a auto-e st ima de cada um d os homens do exércit o d e Saul. I st orepresentou mais que uma derrota; foi um massacre!

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"E todos os homens de Israel, vendo aquele

homem, fugiam, de diante dele, tomados de pavor

" ( l Sm 17:24)

Cada af ron ta públ ica de Gol ias impunha um profundosentimento de impotência que imobilizava a todos. Já estavam,não apenas, confo rmados com a s ituação de der ro ta , mastotalmente int imidados , desesperados e apavorados. I sto perdurou quarenta dias ininterruptos, até que Davi foi enviado  p or Deus . Temo s aq ui um v erd ade iro quadro de de rro ta

espiritual.Este episódio revela a s i tuação de muitos, que quando

estão na igreja, junto com todos, mostram-se dispostos a tudo.Oram, louvam, p regam e t es temunham com ardor . Po rém, pessoalmente, sozinhos diante dos gigantes internos da ira, daimpaciência com o cônjuge, da pornograf ia , das d ívidas, . . .n ão pod em se con trola r, encont ram-se desac redit ados e

vencidos.

Definido o trauma

  Na dinâmica desta v ida cícl ica de reprovações reside overdadeiro ponto onde se concentram as nossas enfermidades.É impossível falar de derrota sem falar em trauma. Áreas dederrota são áreas traumatizadas.

Cada reprovação signif ica uma machucadura. Sob esta  p er spectiva , pod emo s d efinir o t rauma como sendo : " oresul tado de fer idas e reprovações concent radas no mesmo ponto".

Quando era criança, uma das minhas diversões prediletasera andar de carr inho de rol imãs. Havia uma grande ladeira

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onde descíamos apostando corrida. O s acidentes eraminevitáveis. De repente joelhos e cotovelos estavam em carnev iva . E ra r espir ar fund o, s egu rar a dor e desce r d e nov oacreditando no sucesso.

Porém, um tombo , mais cedo ou mais t arde , acabavaacontecendo novamente . O mesmo cotovelo ralado, es tavaagora, sem a casca e dolorosamente ferido.

Uma fer ida em cima de outra fer ida . . . A dor e o medo,imediatamente, superava o prazer pela diversão!

Esta é uma forma bem prá t ica de def in i r um t rauma: équando você machuca em cima de um machucado que já havia

sido machucado! Só de pensar, em alguém encostar neste localsobre-at ingido, já dói! Um terr ível medo de ser novamenteferido se instala, como um mecanismo automático de defesa.

Psicologicamente, este ponto vai sofrendo umafragil ização constante, tornando-se cada vez mais susceptívela colapsos onde a própria estrutura pode se romper, como umosso que se quebra, p roduzindo danos permanentes , ou de

recuperação mais demorada.Temos visto pessoas que depois de fazer cinco

vestibulares mal sucedidos, desistem de vez dos seus sonhos  profissionais. O mesmo acontece em muitas outras si tuaçõesonde nossas habilidades são testadas.

Tudo i sto t ambém descreve como se encon tra a v idamoral e emocional da maioria das pessoas. Na verdade, o que

  podemos constatar , é que todos já lu taram ou estão lu tandocom áreas de trauma e derrota.

O processo do aprofundamento da ferida

Rei terando, cada c ic lo de reprovação impõe um novogolpe sobre a fer ida. O n ível da dor vai intensi fi cando e

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aprofundando cada vez que o mesmo per fi l de p rova nossubjuga. Vai-se ferindo o que já estava ferido. Este quadro deder ro ta funciona a través de um t ipo de "efei to parafuso"aprofundando a dor e as raízes do estado de reprovação (Fig.02).

Moralmente falando, podemos definir a profundidade dotrauma conto sendo a "vergonha". A intens idade destavergonha e constrangimento espiri tual pode ser determinada  pela d is tância entre a pr imeira e a ú l t ima reprovação, comodemonstra o diagrama.

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"... aí vem o príncipe deste mundo, e ele nada tem

em mim. " (Jo 14:30)

Dimensionando a profundidade do trauma

O t rauma, invar iavelmente, f ragi liza a personalidade,comprometendo também a formação do caráter.

Podemos es pecificar isto dizendo que quanto mais  profundo o trauma, tanto maior é a milindrosidad e, oretraimento e a vulnerabilidade.

Esta seqüência estabelece uma estratégia de ataque ondeemocionalmente somos lançados num abismo.

Essa aspiral da reprovação nos suga com a força de umtornado.

1. Mil indrosidade

Quando estamos com uma região do corpo traumatizadaqualquer esbarrãozinho por menor que seja é extremamentedoloroso. Depois de sofrer vários impactos na mesma regiãoou vár ias rejeições numa mesma área, a mil indros idade seinstala e começa a "fazer parte" da personalidade.

A pessoa torna-se proprietária de uma área hipersensível,o que afeta seus relacionamentos, tornando-os instáveis. Estasá reas hipe rsens íve is t amb ém desequili br am o hu mo r e otemperamento da pessoa, f azendo dela a lguém de d if íc ilconvivência.

Algumas pessoas são tão mel indrosas que é necessár io

uma g inás ti ca t remenda para consegu ir uma aprox imaçãomaior e tocar no seu problema. Uma correção bem

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i ntenc io nada po de ser dr as ticamente in te rp ret ad a comorejeição e agressão.

Desta forma, a milindrosidade pode comprometer  espiritualmente a pessoa ainda mais, conduzindo-a a um maior nível de retraimento, o que só piora e torna a si tuação aindamais perigosa.

2. Retraimento

O retraimento engessa a pessoa num comportamento onde

a f e r i d a p as sa a s e r o e ix o d a v id a . Vo cê sab e co m o i s t ofunciona: quando alguém ameaça encostar no "machucado emcima do machucado que já tinha sido machucado", a tendênciaé s e a fa st ar abrupt amente d a po ss ib ilid ad e d o toq ue . Atendência natural é retrair, fugir, afastar, inibir. . .

Minha esposa conta um episódio da sua infância quandoao ser levada no dent is ta , na pr imeira d is t ração de sua mãe,

e la fugia e v oltava so zinha pa ra casa. A dor ap av ora a s pessoas, levando-as a fugir.

Certa vez, meu amigo Salomão Cutrim, me falou algo que  jamais poderia imaginar: Coty, você só pode ser consideradoum missionário aprovado na Rússia depois de ir ao dentista!Porquê? Log o p ergunte i. Com u m sor riso sem graça el erelatou suas dolorosas experiências de ter que tratar de algum

dente por dentistas, um tanto quanto indelicados, e sem tomar nenhum tipo

de anes tes ia ! Não é fác i l se expor a a lgo ass im, masalgumas vezes, simplesmente, não há outra opção.

Alguém já disse que Deus opera "sem anestesia". permita-me contar uma piadinha de crente: Um homem passouem frente uma igreja pentecostal e começou a ouvir os gri tos

das pessoas lá dentro. Era uma reunião a portas fechadas e sua

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curiosidade aumentou ainda mais . Ele f icou parado por unsinstantes ouvindo os berros, o choro e o clamor do povo, atéque tomou coragem e se aproximou do diácono à porta:

Moço! O que está acontecendo a í den tro? O d iácono  prontamente respondeu: Deus está operando! Ele,curiosamente questionou: Mas, Ele não dá anestesia ???

Pode parecer que não, mas a dor emocional é ainda maiscontundente que a dor f ísica. A pessoa começa a se isolar . Osrelacionamentos obrigatoriamente tornam-se superficiais . Amotivação preponderante é não deixar ninguém se aproximar.Alguns juram dentro de si mesmos : ninguém vai se aproximar suficientemente para poder ferir-me novamente!

O medo de ser fer ido , o pavor de uma nova re je ição , avergonha do t rauma e da culpa, acaba levando a pessoa parauma jur isdição de t revas, ocul tamento de pecados e sol idãoespiritual.

Tenho atendido muitas pessoas que estão literalmente em  p ri sões esp ir itua is por causa de abuso sexua l, p rá ti ca de

aborto , tentat ivas de suicídio , casos de adul tér io , prát ica dehomossexualismo, pornograf ia, homicídios e aí por d iante.Situações em que as pessoas recusam-se a expor.

Um dos piores tipos de ocultismo é o "ocultismoevangélico", onde acreditamos que devemos encobrir nossos  pecados e vergonhas. O problema é que Satanás é quem regees ta ju r i sd ição . Ele é o pr íncipe das t revas . Todo pecado etrauma quando não são submetidos à luz ficam sob o poder deuma impiedosa exploração demoníaca.

Por tan to , o re t ra imento , ao mesmo tempo que t rás umcer to "confor to emocional", t ambém impõe uma ter ríve lvulnerabil idade. Este passa a ser nosso ponto fraco predileto pelo inimigo sempre que ele decide nos atingir.

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3. Vulnerabil idade

O trauma, por def in ição, passa a ser um ponto cada vezmais f raco . É um alvo crescen te que o d iabo só encont rará

facilidades em acertá-lo!Em muitos aconselhamentos quando fazemos uma "l inha

do tempo" em relação à v ida da pessoa, percebemos golpesque se repetem obedecendo um mesmo padrão de a taque eobjetivo.

Podemos perceber que sempre há determinada área quefoi duramente perseguida e golpeada repet idamente. Alguns

desde cedo foram perseguidos com d iscr iminação rac ia l,outros com abuso sexual e imoralidade, outros com abandonoe t raição, e tc . De tempo em tempo, com pessoas e s i tuaçõesdiferentes, a mesma agressão vem para aprofundar a ferida.

Sob o aspecto da batalha espir itual , o t rauma obedece aum sen t ido ro t ine i ro de a taque . É como uma lu ta de box .Depois que um dos lutadores conseguiu abrir o supercíl io do

seu oponente, ele passa a acertá-lo apenas naquele ponto. Maisdois golpes sobrepostos na mesma região ferida, e oadversário é fulminantemente nocauteado. Tornou-sevulnerável.

O processo de espiritualização da ferida

Ainda que a superfície da si tuação pode ser encoberta, eos outros nem imaginem o que está acontecendo, dentro da  pessoa, a dor se aprofunda cada vez que ela convive com ofracasso diante da prova.

A falência da alma impõe também um processo de morteespir i tual lenta . Is to expl ica a apat ia e depressão espir i tual

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que assola a vida de muitos. O trauma tem um terrível poder de penetração na alma cada vez que ele se repete.

  Na mesma proporção que a dor se aprofunda e enraíza,muitas tendências comportamentais nocivas se manifestam. Ésó uma ques tão de causa e efe i to , ra iz e f ru to . Dis to podeemergir um sutil processo de espiritualização da ferida.

Imagine uma pessoa envolvida com alcoolismo, drogas,imoral idade , e tc . que acabou de se conver ter . Jun to com aconversão a Jesus, ela acaba também incorporando o rótulo decrente.

Mui tas pessoas na igreja def inem super fi cialmente o

crente como alguém que não bebe, não fuma, não vai mais aos bailes e boates, não pratica imoralidade, etc. Lógico que estascoisas são inconvenientes, mas a abstinência delas é imposta  para sat isfazer o novo padrão rel igioso adotado, porém, semconsiderar as suas raízes causadoras e sustentadoras.

Por exemplo, s uponhamos que es ta pessoa recém-convert ida tenha sofrido um doloroso processo de t ra ição

conjugal , ou foi v iolentamente abusada sexualmente na suainfância. Esta dor residual alojada na sua memória ferida nutrenão só as cadeias pecaminosas, como também as inf luênciasdemoníacas que afloram no seu comportamento.

Enquanto esta vergonha não for removida através de umtra tamento adequado e suf ic ientemente profundo, a pessoacont inua sujei ta a var iados t ipos de mecanismos de defesa ecompensação em busca de alívio para a dor emocional e moralq ue sen te , o q ue só r eforça o prob lema e spi ri tua l qu e aconfronta.

Como esta pessoa, agora, tornou-se crente, sent indo-seobrigada a abandonar os comportamentos mundanos , atendência é migrar do "vício mundano" para um "víciogospel", evangélico. Algumas se refugiam na música, outrasnas atividades da igreja, outras em estudos teológicos, etc.

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 As fortalezas espirituais da mente

Estas áreas de derrota são o alicerce sobre o qual Satanásconst ró i internamente suas for ti ficações em nossas v idas .  Normalmen te es tas fortalezas malignas alojam- se nos pensamentos e manifestam-se através de mentalidades.

Uma das de fini çõ es lit er ais pa ra e st as "for ta lezas"esp i r i tua is da mente pode ser i lus t rada da seguin te forma:"uma casa construída por pensamentos, a qual abriga espíritos

de natureza correspondente".As for ta lezas esp i r i tua is são fe i tas de pensamentos ou

men ta lidades que se apó iam no f racasso, na impotência edesesperança que sentimos em relação à pecados que  praticamos. É quando permitimos argumentos que se baseiamna incapacidade de evitar aquilo que sabemos, claramente, ser contra a vontade de Deus.

Cada vez, que a tentação nos encara, abaixamos a guarda,nos despimos de cada peça da armadura, deixando o pecadoentrar . Tornamo-nos indefesos, como uma cidade sem muros  peran te o que parece ser uma só l ida e i r res is t íve l ação doinimigo infiltrado em nossa mente.

Desta forma, alguns estão com a vida sentimentaltraumatizada, colecionando princípios quebrados e

relacionamentos feridos; outros com a vida financeiraacumulada de dívidas, fraudes e defraudações; outros, ainda,com a v ida con juga l impedid a po r ad ulté rio s ocultos ousituações sexuais nunca resolvidas; etc.

Ou seja , cada vez que aquele t ipo de tentação aborda a pessoa, a pessoa cede e aquele apelo vai se tornando cada vezmais forte , construindo um condicionamento espir itual que

  pode ser t raduzido por cadeias pecaminosas e cat ivei rosespirituais.

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Reiterando, uma for taleza espir i tual da mente pode ser  definida como um estado espiri tual profundo de desesperançae incredulidade onde sustentamos argumentos que sabemosserem claramente contrários à vontade e ao conhecimento deDeus.

Instala-se uma cr ise existencial entre o saber e o v iver ,entre o conhecimento e a prática, ou seja, uma incapacidadede adicionar à verdade, a fé e obediência. Prevalece, apenas,uma profunda sensação de inferioridade espiritual e depressão,que nos conforma com a derrota . Is to precisa ser e pode ser  superado!

O ponto da dor - o princípio da cura

O ponto da dor é exatamente aquela s i tuação que fer iu profundamente nossa memória , a qual nos lembramos comangust iante vergonha, e ao mesmo tempo, com indescr i t ível

raiva ou ind iferença , onde não queremos que n inguém seaproxime. Este é o ponto mais profundo do ciclo dereprovações crônicas.

Tentamos nos proteger de todas as formas e de todas as  pessoas, a té mesmo de Deus. Mas é exatamente neste pontoonde não querermos que n inguém chegue é que Deus quer  chegar. Este é o ponto da cura.

  No ponto da dor é que res ide o pr incíp io e o ponto dacura! Sem expor este ponto é impossível um arrependimentoou uma mudança de pensamentos em relação às for ta lezasespirituais da mente que nos aprisionam.

O grande golpe redent ivo sobre a culpa e a vergonha ésimplesmente expô-las em confissão a pessoas que tenham aunção divina para orar por nós. Todo arrependimento, todo

desejo genuíno de mudança é acompanhado pela confissão,reconciliação e restituição.

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  Não temos que car regar o excess ivo peso de pecadossecretos e fraquezas ocultas que nos apavoram com a  possibil idade de rejeições. Quanto mais tentamos proteger  nossas feridas e vergonhas, mais nos afastamos da verdade, dal iberdade e da fe l ic idade. O medo de ser novamente fer ido

acentu a- se e a alma torna -se en carce rada . Tomamos u mcaminho oposto à vereda do justo que é como a luz da auroraque vai brilhando mais e mais até s er dia perfeito.

A realidade é que Deus conhece muito bem a grossa cascade religios idade e jus tiça própria que us amos para nosrelacionar com as pessoas, impondo um ambiente de trevas ecegueira espiritual.

Ele também conhece a pessoa débi l e fer ida que está ládentro desta casca, e sabe como nos t irar desta prisão e destecondicionamen to emocional onde já nos viciamos numrelacionamento hipócrita, superficial e até mesmo mentiroso.

Freqüentemente tenho encontrado pessoas que chegam aacreditar nas próprias mentiras. Aqui entra o eficiente papeldas provas que vem para desmoronar a falsa aparência que tão

habilidosamente construímos.Invariavelmente este processo é doloroso e muitas vezes

humilhante. Porém, Deus vai tratar com as nossas vergonhas.Isto é algo com o qual Ele não negocia.

O objet ivo é que venhamos a ser : " . . .como obreiro quenão tem do que se envergonhar.. "

Onde há vergonha também existe culpa, medo e dor. Estet ipo de vergonha é sintoma de pecados, traumas e maldiçõesnão resolvidos. O objetivo é produzir uma iniciativavoluntária de t ransparência e humildade onde o estado dederrota começa a ser subvertido.

O nível de acusação e condenação demoníaca quesof remo s é p ro porcio na l à v erg onh a q ue a inda nut rimo s

inter io rmente . A Bíb lia garan te que quando nos expomos,quando andamos na luz, os relacionamentos são restaurados e

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t ornam-se s ig nif icati vos . O e stado c rô nico de pecado ereprovação é subjugado pelo poder do sangue de Jesus:

"Se andarmos na luz, como ele na luz está, temos

comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesusseu Filho nos purifica de todo pecado. " ( l Jo 1:7)

  Nossos relac ionamentos bem como a pur if icação dosn ossos p ecado s e st ão condicionado s a u m estilo de vidaresponsável e transparente.

2. Testar as nossas reações instantâneas

"Sabendo que a aprovação do vossa fé produz a

perseverança; e a perseverança tenha a sua obra

perfe ita, para que sejais perfe itos e completos ,

não faltando em coisa alguma. " (Tg 1:3,4)

Um out ro objet ivo das p rovas é gerar p roat iv idade edomínio próprio naquelas áreas em que somos vulneráveis .Muitos de nós desenvolvemos uma incapacidade de amortecer choques. Tornamo-nos duros de alma e reativos.

Quan do alguém n os ba te , também b atemo s; quandoalguém nos xinga também xingamos; quando alguém nos trata bem, então o tratamos bem ...

Es ta dureza de coração peca cont ra a matur idade e é o  p rinc íp io de ação do d ivórcio que nos l eva a colec ionar  relacionamentos frustrados e destruídos.

Desta forma nos amoldamos às tentações, nos

conformamos com es te sécu lo e nos to rnamos escravos dascircunstâncias.

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 Agindo no espírito oposto

"Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos;portanto, sede prudentes como as serpentes e

simples como as pombas. " (Mt 10:16)

Esta declaração de Jesus expressa um dos mais elevados  princípios de batalha espiri tual . Ele ensina o grande segredode não reagir, mas de agir no espírito opos to ao ataque

oferecido contra nós.Só venceremos situações de ódio e inimizade com perdão,

si tuações de avareza agindo com generosidade, s i tuações deimpureza demonstrando pureza e retidão, s ituações demaledicência com palavras abençoadoras e assim por diante.. .

Des ta forma , amontoamos brasas sobre a cabeça d a

 pessoa, discernindo e desarmando a inspiração maligna que amanipula. Caso contrário, tudo que conseguimos é infernizar ainda mais a situação.

Esta d iscipl ina de alma, que concei tuamos de domínio  próprio , é o fruto produzido pelo Espír i to Santo em nossasvidas, mediante um estilo de vida marcado peloquebrantamento e renúncia.

Para ser prudente como as serpentes , que é um símbolodo própr io Satanás , é necessár io ser uma ovelha , e não umlobo , no meio de lobos . Não podemos p i sa r no t e r reno doinimigo aceitando suas provocações e lutando contra carne esangue. É necessár io domínio próprio . Satanás sempre entra pela brecha do descontrole.

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"Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre

a vossa ira; nem deis lugar ao Diabo. " (Ef  

4:26,27)

Podemos irar e não pecar. A ira não é pecado. A ira é umsentimento que desempenha o importante papel de quebrar anossa indiferença em relação à injustiça.

Porém, e ste pico emo ciona l, cogi ta , também, com a possibilidade de descontrole e pecado.

Quando alguém invade nossa privacidade ou pratica umainjustiça e presenciamos is to , automaticamente nos i ramos.

Porém, is to deve nos conduzir não mais que ao exercício deum zelo equilibrado e justo.

A i ra , também, deve durar momentaneamente . Ela nãodeve ser conservada além do l imite de tempo suficiente para produzir em nós uma ação justa que aquela situação requer.

 Ninguém deve dormir i rado , senão o ressent imento seinstala , produzindo ações in justas . É o que Paulo quer d izer  com: "não se ponha o sol sobre a vossa ira ".

C a d a d i a q u e p a s s a , c a d a v e z q u e o s o l s e p õ e s e mvencermos a ira, o coração ressente, o corpo adoece e a almadescontrola, exibindo atitudes implacáveis.

A ira, como qualquer outro sentimento ou desejo, precisaestar espiritualmente sob controle. O exercício deste

comportamento faz frutif icar o domínio próprio. Quando istonão acontece, ou seja, quando ao invés de dominarmos a ira ouq ua lqu er s ent imen to qu e seja , somos dominados , ent ão ,abrimos a porta do descontrole dando lugar ao pecado e aodiabo.

O domínio próprio precisa ser exercitado mediante umadiversificada gama de provas. Este é o caminho para uma vida

livre e uma personalidade estável.

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A lei do domínio próprio assegura que se não dominamosa nós mesmos também não dominaremos as adversidades, e senão dominamos as adversidades não dominaremos as potestades.

Através destas provas onde nossas reações instantâneassão provadas lidamos com as brechas de descontroleconstruindo uma armadura espiritual que nos torna incólumesnos confrontos e combates, Nossa armadura é tão vulnerávelquanto o nosso domínio próprio!

Aqui entra a proatividade, que é a capacidade deconstruir uma ação de acordo com os valores que acreditamos,independentemen te da p rovocação receb ida. Na verdade ,moralmente falando , n inguém pode nos fer ir sem o nosso próprio co nsentimento!

3. Testar a nossa disposição de obediência a longo prazo

"E te lembrarás de todo o caminho pelo qual oSenhor teu Deus tem te conduzido durante estes

quarenta anos no deserto, a f im de te humilhar e

te provar para saber o que estava no teu coração,

se guardarias ou não os seus mandamentos. " (Dt

8:2)

A provação incorpora um outro propósito onde o fator aser ressaltado é o tempo. Este é um aspecto fundamental paragerar perseverança e caráter.

Perseverança produz caráter e caráter produz  pers everança. Desta integração emerge a consistênciaespir i tual de uma pessoa. Portanto , em termos de caráter , otempo desempenha um papel ind ispensável no processo de

aprovação da fé.

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e que encontra-se p lenamente consciente da sobreexcelentegrandeza do poder de Deus sobre sua vida?

Desta forma, Paulo demonst ra a g rande vantagem que podemos ter sobre Satanás, mesmo enfrentando situações ondesua própria vida corria risco.

Faceando terríveis provas e grandes confli tos, mediantetodas as possibilidade de fugir de Deus, Davi acaboudescobrindo que, na verdade, não eram possibilidades de fuga,mas impossibilidades de fuga.

A p reocupação cen t ra l de Dav i não e ra a p rova que o

confrontava, ou a capacidade do in imigo at ingi- lo , mas seucoração d ian te de Deus . Ele mesmo se exor ta a não fug i r eenfrentar a situação:

"Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde

fug ire i da tua presença? Se subir ao céu , tu a í  

estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali

estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar

nas extremidades do mar ainda al i a tua mão me

guiará e a tua des tra me susterá . Se eu d i sser:

Ocultem-me as trevas; torne-se em noite a luz que

me c ircunda; nem a inda as trevas são escuras

para t i , mas a noite resplandece como o dia . . . "

(Sl 139: 7-11)

Da mesma forma, quando Jacó em toda sua "esper teza" ,enganou o i rmão , lud ib r iou o pa i , que e ra cego e se pôs afugir . Deus deixou bem claro que ele poderia fugir de todos, porém não dEle:

"Eis que estou contigo, e te guardarei por ondequer que fores, e te farei tornar a esta terra; pois

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"O temor do ímpio virá sobre ele. " (Pv 10:24)

Podemos definir o medo emocional através de umcomportamento exageradamente preventivo. Isto indica que,

de alguma forma, convivemos com uma forte dor ou decepçãoque ainda não conseguimos superar.

O medo emocional gera vulnerabilidade e avulnerabil idade gera medo, desequil ibrando a personalidade.A l iberdade é t rocada por uma postura defensiva, a t ravés daqual construímos muitos bloqueios.

A tendência é que estas prevenções passem a reger todo

nosso comportamento, mesmo que não admitamos. De repente,nos pegamos deixando de i r a a lgum lugar s implesmente  porque alguém com quem ficamos magoados está al i . Jesusdeixa de ser o centro, e esses bloqueios passam a ser o eixo decada comportamento, manipulando nossas vidas.

Muitas vezes teremos que enfrentar e resolver si tuaçõesdo passado que sus ten tam um saldo esp i r i tua l negat ivo em

determinados relacionamentos. É necessário nos flexibilizar desarmando estes bloqueios através das confissões erestituições que se fazem necessárias.

Freqüentemente digo para as pessoas nestes labirintos dav ida que é melhor f i ca r "vermelho" um pouqu inho do que"amarelo" a vida inteira.

Lembro-me de u m di álogo q ue t ive co m um que rid oirmão. Sua mãe, a vida inteira o tratou de uma forma horrível,levando-o a desenvolver um grande ódio que além decon tamina r seus re lacio namen tos , o ceg ou em r elação àrebelião e desonra que ele praticava.

Quando disse que deveria part ir dele uma retratação coma mãe para que aquele b loqueio fosse vencido , e le re lu touirredutivelmente. Aquilo seria demasiadamente vergonhoso e

"injusto" para seu orgulho.

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Então paraf raseei : é melhor você f icar "vermelho" um  pouqu inho do que "amare lo" a v ida intei ra . Sua respostaimediatamente foi: "mas . . . amarelo é uma cor bonita". Gostode amarelo! É minha cor predileta!

Fiquei surpreendido e ao mesmo tempo chocado,imaginando como a lgumas bar re iras podem tornar- se t ãoresistentes e aparentemente impossíveis de serem superadas.Rindo da sua resposta, argumentativamente inteligente, porémemocionalmente burra, finalment e arremate i: o grande problema, é que o inferno está cheio de gente "amarela"!

A prevenção é uma forma de idolatrar os ressentimentos,as decepções e as rejeições. É uma declaração emocional quetemos fracassado mediante a responsabilidade de perdoar. Istofaz germinar o medo de ser novamente fer ido ou re je i tado ,impondo barreiras e dificuldades que inviabil izam acapacidade de relacionar, engessando o temperamento numa postura es pinhosa.

O medo emocional abre uma brecha no mundo espiri tual  para sermos atacados, ou seja, onde temos medo e prevenção,

seremos atacados. Jó experimentou esta realidade dizendo: "Oque eu mais temia, isto me sobreveio". Estes pontos tornam-seáreas de profunda debilidade espiritual que nosvulnerabilizam.

Agindo des ta forma, tudo que consegu imos , é tornar  ainda mais convidativos os ataques demoníacos.

Através das prevenções construímos uma si tuação sólidad e de rrota , f or ta lecendo a s cade ia s e spi ri tua is q ue n os  prendem. Quando o medo recalca a fé é s inal que es tamosdando ouvidos às mentiras de Satanás.

Cada prevenção qu e es tab el ecemos em n ossas vidastorna -se não apenas um a lvo , mas o po nto de pa rti da dotratamento de Deus. Cada barreira precisa ser derrubada, cadamuro destruído! É exatamente nestes pontos que estão

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Porém, quando Deus a chamou para esta nova fase de suavida, ela colocou uma condição diante de Deus:

"Senhor , eu i r e i pa ra qua lquer lugar do mundo que oSenhor me enviar, menos para a Alemanha! "

Prontamente a voz de Deus veio fortemente ao seucoração: A Alemanha é o primeiro país para onde eu estou teenv iando ! Aqu ilo a de ixo u angus tiada e com medo . Sua  prevenção estava sendo diretamente confrontada, e,certamente, precisava ser eliminada.

Alguma vez você j á t r avou uma queda de b raços comDeus? Advinha quem sempre ganha e quem sempre perde?

Depois de refutar muito, obviamente, ela acabou cedendo.Feitos os contatos, as portas se abriram facilmente para

que ela est ivesse na Alemanha. Após a pr imeira minist raçãonuma grande igreja, ela foi procurada por um senhor já idoso.

Aquele homem a abordou e repentinamente ela oreconhece como um dos exatores do campo de concentração.Um clima pesado tomou conta da si tuação. Ele com os olhos

em lág rimas, agora , como um i rmão em Cri sto, começa a pedir-lhe perdão por tanto sofrimento causado.

A vida dela, volta como num filme, diante de lembrançasdemasiadamente dolorosas. Raiva, vergonha, medo, tudo semistura o vem à tona. Enquanto o homem esperava seu perdãocom a mão estendida, e la parecia não ter forças para vencer  suas emoções traumatizadas.

De repente, a voz de Deus retumba no seu espíri to: "foi para isto que eu te trouxe aqui! Faça a escolha certa, que eu tea judo!" Numa a ti tude de fé, r enegando seus t raumas , e laestendeu a mão para o seu algoz, perdoando-lhe e recebendo-ocomo irmão!

Ins tantaneamente e la sen tiu como que uma descargaelétr ica passando pelo seu corpo e alma arrancando todas as

  p ri sões ! O campo de concent ração que a inda permanecia

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dentro dela já não existia mais! A voz de Deus veionovamente: "minha f i lha, agora você está aprovada e pronta para as n ações"!

Eu não sei qual é a sua "Alemanha", mas, provavelmente,você sabe, e, com certeza, Deus também sabe.

A verdade é que Deus quer destruir nossas prevenções.Esta é uma pr ior idade inegociável em re lação ao seu p lano para cada um de nós.

Deus quer nos fazer pessoas livres, por mais que isto sejadoloroso para nós mesmos. A plena l iberdade em Cristo, umad isponibi lidade i rres tr it a, um coração sem bar re iras são

fundamentais para desfrutarmos da verdadeira autor idadedivina, como também vivermos segundo o curso do rio da suaunção.

Manejando bem a palavra da verdade

"E maravi lhavam-se da sua doutrina, porque os

ensinava como tendo autoridade, e não como os

escribas. " (Mc 1:22)

O que significa manejar bem a palavra da verdade?

Ser ia i s to você ter uma l íngua de pra ta e uma ora tór ia

requintada? Será que basta apenas uma habilidade deexposição bíbl ica com muita informação, boa interpretaçãotextual, grandes ilustrações e uma excelente homilética?

Obviamente, cada uiva destas coisas têm o seu grau deimpor tânc ia , mas estão longe de def in ir o que rea lmen tesignifica manejar bem a palavra da verdade.

A ques tão maior aqui não é apenas manejar bem "a palavra", porém, manejar bem "a palavra da verdade".

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Aquele velho di tado: "gato escaldado tem medo até deágua fr ia" . Todos que representam aquela classe de pessoascom quem ela se decepcionou, passam a ser  discriminadamente uma ameaça.

  Na época do apóstolo Paulo haviam muitos impostores,t an to no juda ísmo como no c ri sti an ismo que acaba ra denas cer. Sob es ta mes ma perspectiva é que ele precisouconf ron ta r e a l e r t a r a ig re ja em Cor in to em re lação a e lemesmo:

"Posto que buscais prova de que em mim Cristo

fa la , o qual não é fraco para convosco , antes époderoso em vós. " ( lI Co 13:3)

Ainda que Deus estava usando Paulo com poder, muitas  pessoas não conseguiam confiar nele. Simplesmentedesconfiavam temerariamente. Foram facilmente envenenados  pelos perseguidores de Pau lo . E les, então , queriam mais

  provas de que Paulo era legi t imamente um homem de Deus.Havia tanta desconfiança infundada, que Paulo apresenta estefato, como um sintoma de um possível estado de reprovaçãodaquelas pessoas que o estavam julgando.

Quando temos uma atitude contínua de reprovar edesconfiar levianamente das pessoas, isto é um forte indíciode que o problema está em nós. Muitas coisas na nossa

  personalidade encontram-se distorcidas.A própria infidelidade é a principal raiz da desconfiança!

Quando n ão somos f ié is em alguma co isa, a t en dênc ia étransferir isto para os outros. Vemos os outros como somos.

Cada vez que julgamos a lguém ou uma s ituação semconhecimento de causa, o único padrão que na verdade usamos  para tal ju lgamento é o nosso próprio coração. Neste caso,

tudo que conseguimos é revelar quem somos. Nosso

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  julgamento fr ívolo e precipitado apenas provê um retrato donosso homem interior. Com certeza, existem abusos einjustiças ainda não resolvidos.

  Naquilo que fomos feridos passamos a ferir e adesconfiar general izadamente , o que só reforça e revela asituação de reprovação em que nos encontramos.

2. Estagnação e Desânimo

Isto vem como resultado de um stress espiritual.

Obviamente uma pessoa reprovada, como já definimos, éalguém que não foi aprovado e por is to vai ser submetida auma nova prova.

Dependendo de como nos pos ic ionamos, i sto pode serepetir tanto que vai provocar em nós um profundo estado dedesgaste, que pode ser traduzido nestas palavras: desistência,

estagnação e desânimo. Invariavelmente, o processo, de vezapós vez, fazer a prova e ser desaprovado, impõe uma situaçãointerna de stress espiritual que adoece a esperança e esmaga aauto-estima.

A partir disto, qualquer esforço espiritual éd emasi ad amente pesado , d if íc il , c ansativo e a té mesmoinsup or táve l. Um grãoz inh o d e a re ia passa a pesa r u matonelada. Não agüentamos mais cinco minutos com a Bíbl iaaberta ou dois minutos de oração já nos fatiga.

Perdemos totalmente o interesse pelos perdidos. Estaesmagante carga de desincent ivo espir itual sempre coexistecom situações sérias de reprovação.

Devido à falta de maleabilidade, inferioridade e acima detudo orgulho, nos esquivamos do tratamento de Deus. Isto nos

t i r a do cu rso da von tade d iv ina e em conseqüênc ia a v ida

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Espero que você não tenha que ir para o seu chamado de"peixe".

Fugir de Deus nunca é uma boa idéia . Por mais que nosdistanciamos do que nos fere ou envergonha, teremos que cedoou tarde, voltar naquele ponto, onde ficamos algemados pelareprovação.

5. Ingratidão e Crít ica

A gratidão é o termômetro que mede nossa saúde

espiritual. Quando não existe gratidão é porque existem áreasinfeccionadas que precisam ser tratadas.

A gratidão é a linha que precisamente distingue a pobrezada misér i a . A Bíb l i a fa la que o pobre , Deus o fez , po rém,quem faz o miserável é a ingrat idão! Neste mesmo sent ido éq ue a misér ia do r ico pod e ser te rr ive lmente pio r qu e a pobreza do pobre.

A grat idão é um dos maiores segredos da prosperidade.Toda pessoa murmuradora e ingrata está no caminho oposto aocaminho da prosper idade. Mui tas pessoas são lançadas namiséria e ruína porque pagam o bem com o mal, a bênção commaldição e cospem no prato que comeram. Agem comdescarada ing ra tidão. Este é um dos p io res s in tomas quedetermina um quadro de reprovação.

Existem algumas pessoas, que quase sempre, estamoscarregando-as nas cos tas . São f racas e dependentes e usamestas plataformas para manipular. Sempre estão precisando dea lgumas coi sa e nos desdobramos para a tendê- las de boavontade. Porém, numa única situação, onde nos vemosimpossibi l i tados de ajudá-las , e las se revelam vomitando aingratidão : "você nunca me ajuda! Você está falhando comigo

!" . . .

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Pessoas , a té mesmo, mater ia lmen te , são l ançadas namisér ia por causa de ingrat idão e t raição. Lembro-me de umevangel ismo numa p raça no cen tro de Belo Hor izon te , noinício da minha vida cristã.

F izemos uma roda e começamos um tempo de louvor eadoração quando uma mendiga de rua se aproximou pedindouma ajuda. Tudo que eu t inha era algumas moedas no bolso ,que prontamente coloquei em sua mão. Fiquei chocado quandoe la o lho u p ara a s moedas, em seguida olhou pa ra mim evomitou sua insatisfação: só isso ?!

Uma indignação me sobreveio, e, num lance de inst into,arranquei o dinheiro da mão dela, dizendo: se isto não serve  para você, para mim com cer teza servirá! Passei a entender  como a ingratidão sustenta o espírito de miséria.

Mui tas pessoas es tão tendo suas v idas des t ru ídas pelaingra t idão e depois querem des t ru i r a v ida dos ou t ros pelacrí tica . Toda pessoa ingra ta torna-se crí tica e toda pessoacrítica é também ingrata.

 Na verdade, sempre que uma pessoa não é aprovada numacircunstância , mais cedo ou mais tarde vai ext ravasar i stoatravés de murmuração e cr í t ica. A cr í t ica i r responsável é ovômito da ingratidão.

Uma pessoa ingrata é alguém que está cega para o bemque tem recebido. Não consegue perceber o esforço que outrostem feito para abençoá-la. Na verdade, a ingratidão transformaa pessoa num "saco sem fundo".

 Nada é suficiente e por isto está sempre insatisfeita.

Quando a ênfase à crítica é maior que a ênfase aoincent ivo temos o s in toma da fer ida e reprovação. A pessoanão enxerga soluções, apenas defeitos. Os olhos estãoentravados. Quando uma pessoa começa a ver só problemas edefei tos num lugar ou nas pessoas com quem ela convive, a

leitura que se faz e o d iagnóstico espir i tual a que se chega éque ela mesma é quem está reprovada.

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O p io r d a s i t u ação , ao m eu v e r , n ão e r a o p ecad o d ohomossexual ismo, mas a at i tude descarada de ment i r , o quetornou a si tuação intratável . Não havia como estabelecer umrelac ionamento de confiança , v is to que a verdade estavatotalmente ausente.

Esta é uma das coisas que tenho aprendido emaconselhamento. Não me impor to em a judar pessoas com"pecados cabeludos", desde que e las sejam s inceras e nãomintam. Quando alguém começa a mentir no aconselhamento,então, prefiro não perder mais o meu tempo com esta pessoa.

Algumas pessoas falsas são verdadeiras devoradoras donosso tempo. Estão sempre al i tentando t ransfer i r para nóssuas responsabil idades, fal tando com a verdade. Desperdiçamo tempo delas e o nosso, trabalhando intensamente no campoda libertação da igreja. Tenho constatado que um dos principais motivos pelo qual muitos crentes não são libertos é por que eles também não são verdadeiros. Sonegam ou mentemace rca de informações que d et ermin ari am a e fi các ia e a  p rofundidade do processo. Ass im, mui tos deles apesar de

  passarem por inúmeras l iber tações, nunca são l ivres , e nem poderiam ser mesmo.

A maneira de disfarçar a reprovação é através davanglória onde a pessoa passa a se auto-afirmar em busca dereconhecimento. A pessoa se esconde atrás do ativismo, ou deuma posição de l iderança ou até mesmo usa sua performanceministerial para compensar fracassos morais e emocionais.

Alguns se colocam, por exemplo, como profetas . Falamem nome do Senhor , mas no fundo , tudo não passa de umatentativa perigosa de se auto-firmarem através daespiri tualidade. Estão tentando manipular respeito espiri tual .O que temos é um show de carnalidade. Querem recompensar o seu estado de reprovação, tentando provar uma condição quenão possuem. São pessoas que não suportam a possibilidade dareputação ser arranhada. Paulo rechaça esta atitude:

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seu F i lho nos pur i f i ca de todo pecado . " ( I Jo

1:7)

Uma comunhão abençoada com as pessoas é conseqüência

d e anda rmos na l uz , com s in cer id ade e tr anspa rênc ia , etambém es te é o requis i to bás ico para que nossos pecadossejam resolvidos e purificados pelo sangue de Jesus.Vanglória e isolamento sentenciam um estado de reprovação.

Capítulo 5

Respondendo as provas de Deus

Para concluir, gostaria de fazer uma síntese em relação atudo que tratamos até aqui. A maneira como respondemos às  p rovas d iv inas determina o índ ice de desenvolvimento da

  personalidade, como também a índole emocional e o caráter  agregado.

Mediante as provas, existem basicamente três opções que  podemos fazer, ou seja, t rês princípios que podemos acionar de acordo com as nossas próprias escolhas : O pr incípio dadesaprovação , o pr incíp io da reprovação ou o pr incíp io daaprovação.

I . A DESAPROVAÇÃO 

O princípio de colher o que semeia

"Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer;pois tudo o que o hom em sem ea r is so tam bém

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O vale é onde nossas trevas começam a ser confrontadas.Muitas vezes estamos nos lugares al tos da vida, sentindo-nos por cima, mas de repente, Deus nos leva ao vale, Ali seremostratados e tudo que está em trevas será confrontado. No valenão existem subterfúgios. A única outra opção panorâmica,além do vale, é olhar para cima (Fig. 03).

O vale significa aquelas situações onde a derrota tão bemmaquiada começa a deprimir a vida. É quando o nosso pecadonos acha e todo sucesso que conseguimos através dasagacidade começa a despencar sobre a nossa cabeça. Pedaço a pedaço começa a cair sobre nós mesmos. Tudo que não estavasobre a rocha da Palavra de Deus começa a desmoronar . As

 provas de Deus começam a queimar tudo que é palha!  No fundo do vale , começamos a nos enxergar . Só que,

quando pensamos que já acabou, então Deus nos fala: "agoracomece a cavar nes te vale" . . . O processo é mais longo queimaginávamos (Fig. 04).

Rec lamamos: Senhor! Aqu i j á está mui to baixo , nãoquero descer mais que isto! Então cavamos, e Deus começa a

mos trar o que estava enter rado no nosso coração . For tes  provas e si tuações contrárias vão desvendando ainda mais as

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Quando pensamos que não havia mais je i to das co isas  p iorarem, então surpreendentemente tudo piora. Parece atécoincidência. Lembra-se das perdas de Jó? Nos sentimos indoem direção ao fundo do fundo.

Uma forte convicção de pecado nos atinge. Entãof in almen te , n os abr imos t ota lmente pa ra a humilhação econsent imos: Senhor , cavarei e descerei o quanto o Senhor  quiser! Tudo que f icou mal resolvido e des truído torna-seclaramente evidente. Entendemos onde ele está querendo noslevar . Nos dispomos a vol tar com o Espír i to Santo em cadauma des tas s ituações , enfrentando cada t rauma, fazendo asres ti tu ições necessárias , rever tendo toda condição em que

envergonhamos a Deus ou que fomos envergonhados.  Neste momento percebemos que l idamos com a raiz da

dor, que exposta à luz do Dia se dissipa! Uma sensação sólidade paz e descanso começa inundar a alma.

Exper imen tamos uma t rans fo rmação sobrena tu ra l no profundo do coração!

De repente , con templando o fundo daquele buraco novale, percebemos algo se movendo. São as águas de Deus, um  poderoso f lu ir do Esp ír ito San to que começa a b ro ta r. Ain tens idade da fon te vai aumentando , e as águas passam aencher e preencher o que havia sido cavado, nível a nível vaisubindo a té que , não só o buraco , mas todo o vale to rna-senum grande manancial.

Aquele imenso buraco na alma, finalmente, após atingir oobjet ivo de expor a mais ín t ima raiz da fer ida, converte-senuma divina fonte de suprimento. Uma infinidade de pessoas  passam a s e alimentar destas águas que jorram de uma  personal idade sarada. O vale é aplainado. As águas de Deusnivelam os caminhos tortuosos da alma. Cumpre-se a palavra profética:

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" .. . V oz do que c la ma no deserto: Preparai o

caminho do Senhor; endirei ta i as suas veredas .

Todo vale se encherá, e se abaixará todo monte e

oute iro; o que é tor tuoso se end ireitará, e os

caminhos escabrosos se aplanarão; e toda a carne

verá a salvação de Deus. " (Lc 3:4-6)

"O Senhor te guiará continuamente, e te fa ltará

até em lugares áridos, e fortif icará os teus ossos;

serás como um jardim regado, e como um

manancial, cujas águas nunca falham. E os que de

t i procederem edif icarão as ruínas antigas; e tu

levantarás os fundamentos de muitas gerações; eserás chamado reparador da brecha, e

restaurador de veredas para morar " (Is 58:11,12)

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O caminho do deserto

Um do s pr in cipa is obje ti vos do d eserto é quebra r ocondicionamento imposto por mentalidades de escravidão. O

deserto é um caminho espiritual, que invariavelmente, está narota da terra da promessa.

Depois de 430 anos de escravidão no Egito sendosoberbamente tratados por Faraó, Israel torna-se, f inalmente,um povo livre. Este tempo de deserto é a tipologia do processo  pós- l iber tação. Muitos ignoram que é depois de uma grandel iber tação que vem a par te mais d if íc il . Depois do Egi tosempre vêm o deserto.

Por mais que a pessoa está livre, a personalidadecon tinu a de formad a. É in dispensáve l submete r- se a um  processo de educação e reeducação da mente rompendo ocondicionamento imposto durante todo o período do cativeiro,mantendo o te rri tór io con qui stado . É neste po nto qu e amaioria fracassa!

 Na verdade, t i rar o povo do Egito não foi o mais difícil .O d esa f io d e Deu s e r a co n s t ru i r n o co ração d e I s r ae l u mcaráter de obediência voluntár ia a ele . A voluntar iedade é aalma da l iberdade. O serviço, a renúncia, a submissão quandonão estão condicionados a uma recompensa determinam aliberdade do coração.

Assim sendo, o deserto é o lugar espiri tual de deixarmos

D eus mudar nossa mentalidade, quebrar os paradigmasimpostos por Satanás , pelo pecado, pelas rejeições , pelosesp í r i tos ter r i to r ia i s , e tc . Quanto maior o tempo em que a  pessoa ficou condicionada a mentalidades e comportamentoscontrár ios à verdade e à vontade de Deus, mais r igoroso é odefinhamento espiritual.

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O princípio da fisioterapia: uma simples analogia

Imagine alguém que ficou com sua perna engessada por três meses devido a uma fratura. Naturalmente, cada momento

deste tempo de engessamento vai inibindo toda perspectiva del iberdade e mobil ização . Vai-se acostumando e tomando aforma da situação até que conformamos totalmente com aquelecondicionamento imposto pelo gesso.

Quando a pessoa tira o gesso, a sensação é muitoagradável . I sto ref le te o poder de uma l iber tação. Porém,apesar da perna já es tar concer tada , a es t ru tura óssea es táenfraquecida, a musculatura definhada e o poder demovimentação ainda consideravelmente inibido.

Será necessário uma fisioterapia, um processo gradativode exerc íc ios para recuperar o s mov imen tos e o con trolemotor. Este processo além de ser demorado, exige disciplina.Aqui aprendemos a paciência de ser um paciente. A disciplinaé um dos mais importantes princípios da cruz, o qual,infelizmente, a maioria dos crentes recusam.

É interessante, que mesmo depoi s que a r ecuperaçãofísica já aconteceu, alguns ainda continuam mancando. Estãocom o gesso na men te ou a inda com a du ra l embrança dotrauma sofrido na fratura. Este cacoete da alma é sinal de umasevera seqüela que ainda deve ser eliminada.

É neces sá rio sup erar a s itu ação e stand o n ovamente

disposto a correr r iscos e se expor diante dos novos desafiosda vida. A tendência de um osso quebrado é se tornar aindamais forte devido à calcificação.

A restauração da alma

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Quando pensamos em termos de uma personal idade queficou engessada em traumas, abusos, injustiças ecomportamentos ou menta lidades pecaminosas , o p rocesso pode ser ainda mais estreito de superar. É aqui que muitos quesofreram libertações tremendas na vida começam a fracassar, e

fracassar, e fracassar.. . até perecerem no deserto.Em contrapartida, entender este tempo de deserto com um

coração responsívo pode nos levar brevemente à nossa herançaem Canaã, onde vamos pisar nossos in imigos e desfrutar domelhor de Deus.

Quando entendemos a necessidade desta "fisioterapia naalma", e começamos a exercitar diligente mente nos sasescolhas na direção de construir um caráter de obediência emáreas que t ivemos um histór ico de derrota , rever temos estequadro mais rápida e facilmente que imaginávamos.

Ponha-se no lugar de um daqueles israel i tas que passousua vida inteira sendo tratado como escravo.

Cada parte da alma estava engessada por todos aspectos

impostos pela in justa v ida de escravidão. Eram humilhados,sobrecarregados, abusados, forçados, e tudo isto sem nenhumtipo de incentivo ou recompensa.

 Não faziam mais que a obrigação! O grito de rebelião erasempre sufocado pelo chicote dos exatores e por impiedosas erígidas punições!

 Nesta plataforma de rejeição está a raiz da rebelião, que

manifesta-se at ravés de uma insat isfação calada e falada. A  perspectiva do líder como um exator, que impunha ocumprimento perfeccionista do trabalho na ponta do chicote,deforma o conceito de lei e autoridade. Liderança passa a ser  sinônimo de ameaça e injustiça.

Este foi o grande drama que Moisés teve que enfrentar aoliderar todo aquele povo. Amargura e murmuração jorram da

visão deformada do princípio de autoridade.

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É importante mencionar que os mesmos 40 anos que Deus  precisou para transformar Moisés no deserto, no "Semináriodo Pr. Jetro", ele também demorou para transformar o povo deIsrael . A transformação do povo está diretamente vinculada àtransformação do líder !

O maior desaf io não fo i t i rar o povo da escrav idão doEgito, mas tirar o Egito e a escravidão do povo. Deus precisoude dez milagres para tirar o povo de Israel do Egito e de vintemilagres no deser to , o dobro, para t i rar o Egi to do povo deIsrael.

Continuavam serv indo a Deus com a menta lidade queserviam a Faraó. A mente havia sido fortemente tatuada comum referencial de l iderança escravagista imposto por Faraó.Substi tuir este conceito de l iderança egípcio pelo conceito da  p at ernidade divin a cus tou qua renta ano s de deser to . Naverdade, apenas a outra geração começou a assimilar isto.

Andando em círculo no deserto:

A mortal reprovação crônica

Quando Deus t i rou o povo do ca t ive i ro do Eg i to e darot ina da escravidão, o caminho a ser tomado foi o deser to .Muitas provas e milagres aconteceram. Ao mesmo tempo em

q ue Deus mo str ava sua discipli na a tr av és de p ro vas, e letambém revelava sua graça através de milagres jamais vistos.Po rém , ap esa r d e t o d o cu id ad o d e Deu s co m o p o v o , p o r  d iversas vezes eles foram desaprovados e reprovados. Você  pode conferi r i sto estudando o l iv ro de Números . Mesmoassim prosseguiam em direção à terra prometida.

Vem, então, um teste f inal , quando precisaram sondar ater ra de Canaã . Foram escolhidos doze homens, que e ram  príncipes e l íderes de cada uma das t r ibos de Israel . Diante

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O d ese r to é o cem i t é r i o d o s q u e n ão en t r am n a t e r r a prometida. Se consultarmos um mapa sobre a jornada do povode Israel no deserto, veremos que eles fizeram exatamente umcírculo que tangenciou o Mar Vermelho e a Terra Prometida.Ficaram no deserto até que toda aquela geração foi destruída!

Esta tem sido a rotina na vida de muitos crentes.

Ora avistam a terra prometida, e se animam. Ora estão  b ei rando o Egito! Nunca passam nas provas do dese rto .Acabam fracassando neste conflito que Paulo assim descreve:

"Pois não faço o bem que quero , mas o mal que

não quero, esse pratico . . . Miserável homem quesou ! Quem me livrará do corpo desta morte ?"

(Rm 7:19,24)

Espero que Deus possa contar com você nesta geração enão tenha que esperar a próxima!

I I I . A APROVAÇÃO 

O princípio da submissão ao tratamento de Deus

Aprovação é mais que vencer as provações, é vencer asdesaprovações e r ep rovações , o que normalmente é maisdif íci l . Precisamos terminar bem, cumprir o tempo de Deus,deixando com que a correção divina cumpra em nós todos osseus desígnios.

A dinâmica da vontade de Deus requer a motivação certa,o lugar cer to , o tempo cer to , a t ravés dos pr incípios cer tos e

debaixo da l iderança certa. Resumindo, sob muitos detalhes e

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  p er seg ui- lo como a lguém que v ai à cata d e a lgo qu e lhe  pertence. Havia uma terrível decisão no coração de Labão dematar Jacó. Se Jacó não ficasse com ele, também não ficariacom ninguém!

Porém, no caminho da sua impiedosa perseguição a Jacó,que viajava lentamente devido ao grande rebanho queconduzia, Deus se manifesta a Labão e o repreende duramente:

"... Guarda-te, que não fales a Jacó nem bem nem

mal. " (Gn 31:29)

Labão alcança Jacó e depois de resolverem a s i tuação,eles fazem um pacto de sal:

"Respondeu-lhe Labão: Estas f i lhas são minhas

filhas, e estes filhos são meus filhos, e este

rebanho é meu rebanho, e tudo o que vês é meu; e

que farei hoje a estas minhas fi lhas, ou aos fi lhosque elas t iveram ? Agora pois vem, e façamos um

pacto , eu e tu ; e s i rva e le de tes temunha entre

mim e ti . Então tomou Jacó uma pedra, e a erigiu

como coluna . . . Disse, pois, Labão: Este montão é

hoje testemunha entre mim e ti. Por iss o foi

chamado Galeede. " (Gn 31:43 -45, 48)

Jacó estava aprendendo de uma vez por todas uma coisafundamental para ser aprovado: "nunca fugir".

  Na verdade, o próprio Labão reconhecia que o Senhor oabençoara por causa de Jacó:

"... pois tenho percebido que o Senhor meabençoou por amor de ti . " (Gn 30:27)

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Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a

luz deste mundo. " (Jo 11:8-9)

Mui tas vezes será necessário vol ta r em lugares onde

a lguém, l it eralmente, t en tou nos des trui r. Lóg ico, que énecessário fazer isto, sempre, em virtude de umdiscernimento, que só a palavra revelada de Deus pode nosdar.

Jesus nunca fugia de nada. Ele sabia enfrentar todas estass ituações ameaçado ras, con fro ntand o toda int im idaçãodemoníaca. Podia discernir quando o mundo espiri tual estava

aberto ou fechado, movendo-se na vontade do Pai.

"Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e

pratica as primeiras obras; e senão, brevemente

virei a ti , e removerei do seu lugar o teu

candeeiro, se não te arrependeres. " (Ap 2:5)

Depois de tanto tempo, Deus estava lembrando Jacó doseu problema com o irmão, quando havia s ido jurado de morte.Este terrível impasse, que o levara a abandonar a casa dos paisa inda era um esp inho na sua consciência . Precisava vo l tar  naquele ponto.

Vinte anos sem falar com o irmão não é uma cois a

simples de se resolver. A Bíblia, sabiamente, explica que : "Oirmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte. " (Pv 18:19)

A inimizade tem sido um dos maiores ataques de Satanáscontra a igreja e principalmente contra os pastores. Existe umalto percentual de pastores que não se falam, mesmo morandona mesma cidade.

Dev ido a desavenças e def raudações não resolvidas,l íderes passam a sus ten tar uma in imizade no coração que é

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encoberta suti lmente, mas por baixo desta casca a ferida estáviva.

Este tipo de situação muitas vezes perdura por anos e até  por gerações, construindo as mais terríveis barreirasdenominacionais, sustentando um clima maligno de divisão ecr í t icas que subtrai a autor idade terr i tor ial e corporat iva daigrej a. Mais cedo ou ma is ta rde , te rá qu e acontece r u mareconciliação, ou estas pessoas serão vítimas da lei do deserto.

Aprovado no Vale de Jaboque

Jacó se posicionou diante do terrível medo econstrangimento que barrou s eu relacionamento com Esaú.

Entendeu que aquela terr ível prevenção espir i tual era omaior inimigo. Mesmo correndo risco de vida, pois recebeu an otíc ia que seu irmão v inh a contr a e le acomp an hado dequatrocentos homens, ele decidiu voltar no ponto da derrota!

Decidiu que nunca mais seria um fugit ivo. Estava prontoa r etr ata r aque la s ituação q ue tanto ofend era s eu irmão.Depois de env ia r a lguns p resentes para Esaú, a través dosfamiliares, que foram na frente, divididos em dois grupos, eledes ceu sozinho ao Vale de J aboque. Estes são aquelesmomentos que não adian ta ped ir o ração para n inguém, éapenas você e Deus:

"Jacó, porém, ficou só; e lutava com ele um

homem até o romper do dia. " (Gn 32:24)

 Neste vale, depois de tanto cavar, é que ele encontraria o ponto das águas, o fluir transformador de Deus.

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  Não é difícil concluir que a raiz dos problemas que maisa to rmen ta ram Jacó não es tava em Esaú e mui to menos emLabão , porém, nele mesmo. Invar iavelmente , enfrentamosmuitas resistências que são meramente um efeito colateral deum estado pessoal de reprovação.

O problema não são as pessoas ou as circunstâncias queinsistem em serem desfavoráveis. Começamos a orar para queestas pessoas possam mudar o seu posicionamento. Oramos  por milagres que al terem a ordem natural das circunstânciasque nos afligem.

Mui tos es tão lu tando em oração d izendo: Senhor , Nãoagüento mais o meu marido . . . , não suporto mais as cobrançasda minha esposa . . . , nem a rebel ião do meu f i lho . . . , aquele jeito do meu pastor me incomoda .. . , não aturo mais a avarezado meu pat rão . . . , a imatur idade do meu l íder de cé lu la . . .Muda eles Senhor!

Porém, o que p rimeiramen te p reci sa ser mudado, é anossa oração: "Deus, que eu seja o milagre e não as pessoas!Que eu seja o milagre e não as circunstâncias ! Muda a mim !"

De repente, isto começa a surtir um poderoso efeito.

Deste quebrantamento interior, um forte mover doEspírito Santo começa a jorrar. Nossa religiosidade é rompida.Um ambiente de paz e revelação nos envolve.

Quando a nossa índole é transformada, as pessoas mudame as circunstâncias se transformam ao nosso redor.

Deus t ransformou a Jacó quando ele resolveu não maisfug i r de Esaú , nem de Labão , nem da mor te . S implesmenteabraçou a cruz , e , f ina lmente , fo i aprovado por Deus . Elealcançou um lugar de paz e vitória em todos os seusrelacionamentos. Jacó, de enganador, passou a ser chamado deIsrael, Príncipe de Deus.

Quando a índole de Jacó foi t ransformada, a at i tude de

Esaú mudou:

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"Então Esaú correu-lhe ao encontro, abraçou-o,

lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou; e eles

choraram. " (Gn 33:4)

Antes de Esaú ser trans formado, Jacó precis ou s er  transformado. Nós precisamos ser o milagre, e não os outros,o u a s c ir cuns tânc ia s. Quan do somo s t rans formados pe laaprovação divina, esta vitória permeia com um poder  t ransformador e sobrenatural as pessoas e ci rcunstâncias aonosso redor.

Es ta é a ma temá tica d e Deu s, uma equ ação s imples, porém p oderosa:

PROVADOS + APROVADOS = TRANSFORMADOS!

FIM