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Regiões mais fortes Frutícolas e Hortícolas Financiamento Empresas agrícolas estão mais profissionais Case-study Os novos desafios da Ferreira da Silva O Oeste é o reino das hortícolas A pera-rocha é o farol das exportações Agricultura oferece emprego qualificado David Cabral Santos ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO Nº14 243 DO CORREIO DA MANHÃ E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE www.cmjornal.pt PUB

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Este suplemento faz parte integrante do Jornal de Negócios n.o 3761de 6 de Junho de 2018 e não pode ser vendido separadamente.

Regiões mais fortesFrutícolas e Hortícolas

FinanciamentoEmpresas agrícolas estão mais profissionaisCase-studyOs novos desafios da Ferreira da Silva

O Oeste é o reino das hortícolasA pera-rocha é o farol das exportaçõesAgricultura oferece emprego qualificado

David Cabral Santos

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO Nº14 243 DO CORREIO DA MANHÃ E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

www.cmjornal.pt

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02 I ESPECIAL TERÇA-FEIRA19JUNHO 2018

concelho de TorresVedrascom407km2émarcado, segundoLauraRodrigues,por

uma diversidade marcada pelaruralidade,urbanidadeemariti-midade,oquecolocaváriospro-blemasàgestãodoterritório,so-bretudonumaregiãoemqueoli-toralédisputadoporváriasacti-vidadeseconómicas.

Hádificuldades emgerir asáreasagrícolas easquestõesur-banas,comoahabitação,asacti-vidadescomooturismo,admiteLauraRodrigues.“Nolitoral,naszonas de areais, emdetermina-das épocas do ano, háumaava-lanche de pessoas e a sua insta-laçãodisputaespaçocomahor-ticultura protegida”, referiu avice-presidentedaCâmaraMu-nicipaldeTorresVedras.

Háumacerta faltade orde-namento observou Domingosdos Santos, presidente da Fru-toeste.“Éprecisoqueopoderpú-blico,enomeadamenteascâma-rasmunicipais, tenhamemcon-sideração que uma exploraçãoagrícola, comoumpomar, umavinha ou uma pecuária, é uma

unidadeeconómica.Sedeixaremquealguémfaçaumacasapróxi-madaexploração, passados al-gunsanos,éoagricultorqueestámalsituado”.

Turismo e paisagemAgestãoequilibradadosterritó-rios implica ter ematençãoque,abase económicadonosso lito-ralfoieéaactividadehortícolaehortofrutícola. “O turismoé im-portanteequeremosquesedes-envolva, emtermosdesustenta-bilidade,mastemdesercoorde-nado comactividades económi-casqueexistemnolocalequesãoas actividades agrícolas. Estastêmde estar bem integradas noespaço envolvente”, acrescentaLauraRodrigues.

Adiantaque era importanteque,nopróximoquadrocomuni-tário,secomeçasseaincentivarosagricultoresadotaremassuasex-ploraçõescommaisqualidadeemtermosdepaisagem.Dáoexem-plodavitivinicultura,emquepas-souahavermais cuidadopaisa-gísticocomasvinhasporcausadaemergênciadoenoturismo.

Mas estapreocupação podeterimpactononegócio.“Seapai-sagemagrícolaforvalorizada, seoagricultorforoguardiãodapró-pria paisagem, devemser com-pensados por algumas activida-desquenãopossamfazer”,admi-tiuLauraRodrigues.

DomingosdosSantosafinoupelomesmodiapasão.“Éimpor-tante que o agricultor, além deproduzir produtos alimentares,tambémproduzabens públicos,e,aocontráriodaimagemquesedá,deumagricultorcomomalan-drodanatureza,éexactamenteocontrário, é umdefensordapai-sagem”.

Exigências de clientesNa óptica deste produtor depera-rocha,acujaassociaçãopre-side,“sãoosagricultoresqueaca-bampor fazerumserviçomuitoimportante parao equilíbrio doterritório, desde a retenção deáguas, ate àmanutençãodapai-sagem para o turismo”, referiuDomingosdosSantos,agricultoredirigentedeváriasorganizaçõesagrícolas.

OpresidentedaFrutoesteas-sinalouaindaqueaUniãoEuro-peia é azonadomundo emqueseproduz commaiorqualidade,e emque se cumpremum con-juntodenormasmuitoexigentes,tendoemcontaasustentabilida-deeadefesadoconsumidor.

Alémdisso,sublinhouqueosagricultores deparam-se com“comclientescomexigênciasdemercadomaisrigorasasdoqueasnormas legais. Grande parte daprodução é auditadae certifica-da”,concluiuDomingosdosSan-tos.�

Era importante que, no próximo quadro comunitário, secomeçasse a pensar e incentivar os agricultores a terem as suasexplorações com mais qualidade, em termos de paisagem.Como na vitivinicultura em que, por causa do enoturismo,passou a haver cuidado paisagístico com as vinhas.

FILIPE S. FERNANDES

O

Os guardiãesda paisagem

Hoje existe umagricultorempresário,que seprofissionalizoue apostou muitona eficiênciadas suasculturas.CARLOS SANTOS LIMADirector coordenadorNegócios do BancoSantander

Hoje o sectoragrícola é oque tem menosrisco e menosincobráveis,e que tem dadouma rentabilidadeinteressanteà banca.DOMINGOS DOS SANTOSPresidenteda Frutoeste

NEGÓCIOS INICIATIVAS REGIÕES MAIS FORTES

NoâmbitoBoxSantanderAdvan-ceEmpresas,aConversaSoltasobomote“Regiõesmaisfortes”,quese realizou em Torres Vedras, foidedicadaaosectordosFrutícolase Hortícolas. Moderada por An-dreia Vale, jornalista, o debatecontou comAntónio Gomes, pre-sidentedaAssociaçãoInterprofis-sional de Horticulturas do Oeste,CarlosSantosLima,directorcoor-denador negócios do Banco San-tander,DomingosdosSantos,pre-sidentedaFrutoeste,LauraRodri-gues, vice-presidente da CâmaraMunicipal de Torres Vedras eFrancisco Fragoso, gestor de ne-gócios no grupo LuísVicente.

ConversaSolta emTorres Vedras

DEBATE

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TERÇA-FEIRA19JUNHO 2018 ESPECIAL I 03

Carlos Santos LIma considera que a agricultura é uma aposta do Banco Santander no financiamento às empresas.

David Cabral Santos

Agricultura está mais profissional,o que agrada aos bancos

“Aimagemdaagriculturaé cadavezmelhor. Aagriculturarepre-senta4%dofinanciamentonacio-nal, tendooSantanderumpoucomais do que amédianacional nacarteiradecrédito.Oquetemavercomaprofissionalização regista-danaagricultura”, referiuCarlosSantosLima,DirectorCoordena-dorNegóciosdoBancoSantander.

Acrescentouque, “hoje existeumagricultorempresário, que seprofissionalizou e que apostoumuitonaeficiênciadassuascultu-ras.Oqueé importantenumpaíspequenocomoPortugalemqueousomoseficientesounãoconsegui-mosmercado”.

NaregiãodoOeste sente-se adiferençaeosbancosperceberamisso, como disse Domingos dosSantos, presidente daFrutoeste.Nasuaopinião,“hádezanosatrás,quandose submetiaqualquerpe-dido de crédito àbancaolhavamparaosagricultoresdeumaformaenviesada.Hoje,defacto,osectoragrícolaéoquetemmenosriscoemenos incobráveis, e que temdadoumarentabilidade interes-santeàbanca”

OSantandercresceu,entre2016e2017,45%noapoioàsempresas,porque,comoexplicouCarlosSan-tosLima,“oSantandergostadees-tarjuntodasboasempresaseissovê-

seaoníveldagestão,daqualidade.Eistoestácadavezmaispresentenaagricultura”.

Novas gerações“Hámuitofactoresnovosnaagri-culturaeaformadeasinstituiçõesfinanceiras olharemparaaagri-culturaécompletamentediferen-te”,resumiuCarlosSantosLima.Arededeuniversidadesepolitéc-nicos permite que a gestão nasempresas agrícolas esteja maisdisseminada, tanto nos recursoshumanoscomofinanceiros.

Ogestordo banco Santanderconsidera que hoje a actividadeagrícoladevemuitopoucoaopas-

sado. Relembrouque basta con-trastaroqueeraumafeiraagríco-lanopassadoenoqueéhoje, “emqueestápresenteumapanópliadesoluçõestécnicasetecnológicas”.

Carlos SantosLimasalientouaindaqueobancovalorizaatrans-formaçãogeracionaldasempresasagrícolas,poisos jovenssãofactorde inovação.Referiuaindaque “oSantandervalorizatambémmui-tooassociativismo,porquedáumasegurançanoescoamentodopro-duto” e que na análise bancária,tambémsãoimportantesossubsí-dios, pois têmumpeso importan-te na contade exploração de umempresárioagrícola.�

A agricultura representa 4% do financiamento nacional, tendo o Santander um poucomais do que a média nacional na carteira de crédito. Por que as empresas agrícolasestão mais profissionais, o que dá mais segurança aos bancos

“NaofertaqueoSantandertem,há um factor que a distingue daconcorrência. É a formação paraos gestores das empresas, e quepassa por cursos de formaçãogratuita feita com as principaisuniversidades”, explicou CarlosSantos Lima. Disse ainda queexiste “formação online para osempregadosdasempresas,queémuitoespecífica .Estescursoses-tãonanossaplataformaesãodis-ponibilizados aos clientes”.OSantandertemumprogramadeestágiosprofissionais, emquesu-porta os salários dos primeirostrêsmeses, eestádisponível paraqualquer empresa que se candi-date. “Oclienteéquedizqual éasua necessidade e nós escolhe-mos o perfil. Cerca de 50% dosestagiários ficam a trabalhar, oquemostraaqualidadedosesta-giários e da formação, e que es-tamosasuprirumanecessidade”,contou Carlos Santos Lima.FranciscoFragoso, dogrupoLuísVicente, disse que “novos negó-cios no grupo nasceram de esta-giários licenciados, que ficaramnaempresa”.AFrubis, snacksdefruta desidratada, nasceu comuma universidade. “Trazer co-nhecimentoparaaempresafezadiferença”, concluiu.

A formação e ainternacionalização

O projecto deinvestimento

PONTOS-CHAVE

1) O histórico do investidor.

2) A apostanaeficiênciadas culturas e no escoamentodos produtos.

3) A profissionalização.

8%RENDIBILIDADEEm 2015 a rendibilidadedos capitais própriosdo sector agrícola,foi superior àregistada pelo totaldas empresas.

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04 I ESPECIAL TERÇA-FEIRA19JUNHO 2018

sectorhortícoladoOeste sempre foimuito dinâmico”,

disse António Gomes, presiden-te daAssociação Interprofissio-nal de Horticultura do Oeste(AIHO). “O sector agrícola é anossaâncora”,afirmouLauraRo-drigues, vice-presidente daCâ-mara Municipal de Torres Ve-dras, salientandoquenosdoisúl-timosquadroscomunitáriosfez-seuminvestimentomuito signi-ficativo, o que se reflectiunonú-mero, nas áreas e na qualidadedas explorações agrícolas. “Têmknowhow, pois os empresáriosquehojetemossão,muitosdeles,filhos de empresários agrícolas,têmumnível superiordeescola-ridade, sãomaisnovos, têmmaiscompetências,estãomaisabertosastecnologiaseaoinvestimento”,analisouLauraRodrigues.

António Gomes considerouque o momento determinanteparaestanovaprosperidade emTorres Vedras, que é conhecidaporhorticulturaemestufa, foi ociclone, que, em2009, devastouo sector. “As estufas foram re-construídas comnovas tecnolo-gias, commais áreas de produ-ção e capacidade para omerca-do de exportação”, lembrou.Como recordou Laura Rodri-gues, “houve umamobilizaçãodeoutrosagentescomoaligaçãode todaa fileira, dos serviços doMinistério da Agricultura, dosparceiros bancários e daCâma-raMunicipaldeTorresVedras”,relembrou.

“Emtodososhortícolasare-gião doOeste temumapalavraadizer”, referiu António Gomes,queéagricultorbiológico.Éumaregião em que, pela influência

atlântica,atemperaturaé,noVe-rão, mais amena, do que, porexemplooutrasregiõesdaPenín-sula Ibérica, nomeadamente aAndaluzia, que émuito forte naproduçãodehortícolas. “Conse-guimos assim que se produzamprodutosdealtaqualidadereco-nhecidamenteemtodaaEuropae conseguimos encontrar os ni-chos e osmomentos emque sãomaisvalorizados”, assinalouAn-tónioGomes.

Associaçãopara promoção“Os produtos hortícolas nãotêmmarca, são couves, alfaces,tomate e é importante criar umvalor acrescentado através dacriação e promoção demarcas,pois temosprodutosdiferencia-dos”, referiuAntónioGomes.AAssociaçãoInterprofissionaldeHorticulturadoOeste (AIHO)foi criada em 2000. Esta asso-ciação reúne agentes económi-cos relacionados com a fileirahortícoladaRegiãoOeste equereúne todososplayersdosectordesde os factores de produção,produção, comércio, e até al-guns transformadores, “paraque todos estivessem unidosnumaúnicaassociaçãoparasermais fortesedinâmicoseactuarsobretudonumadasáreasmaisdifíceis que é a promoção donosso produto”.

Conta comcercade 30 asso-ciados, entre organizações deprodutores, sociedades de agri-cultura de grupo, agricultores atítulo individual e empresas. Oscinco principais produtos da re-gião – couve, alho francês, bata-ta, abóbora e tomate – em 7800hectares.Sãoproduzidas320miltoneladas, mais de 40 por centopara exportação. Estima-se quemaisdemetadedaproduçãona-cional de hortícolas é produzidanaregiãoOeste. �

Oeste, o reino dashortícolas em Portugal

“O sector agrícola é a nossa âncora”, salientou Laura Rodrigues, presidente da Câmara de Torres Vedras.

David Cabral Santos

A hortado Oeste

Ahorticulturaconstituiumadasfi-leiras estratégicas daregiãoOeste.Existemcercade70produtosagrí-colasplantadosnaregiãoOeste.Ba-tata, couve, cebola, cenoura, toma-te,alface,feijão-verde,pepino,abó-borae alho são os principais. “So-mosmuito fortesnoshortícolasdearlivre”,sublinhouAntónioGomes,presidentedaAssociaçãoInterpro-fissional deHorticulturadoOeste(AIHO).

Nas culturas ao ar livre, e deInverno,produzem-se100mil to-neladas de couves, 70% exporta-da.Oalhofrancêsabasteceomer-cado interno e exporta cerca de30%daprodução.NaPrimavera,odomínio édabatataedaabóbo-ra.Metade daprodução destaúl-timaéexportada.Emestufa, o to-mate ocupa 500 hectares e pro-duzem-se 100mil toneladas porano,metade paraEspanha.

A vez da batataRecentemente criaramumaasso-ciaçãoparaabatataque éumpro-dutoquenãoéfrutícolanemhortí-cola,equeemtermoseuropeusnãoestánaOCMeuropeiade frutas elegumes.APor-Batataassociatodoo sector a nível nacional, porque“eraumsectorqueestavadesprote-gidoetemgrandesplayerseopera-dores que, pornão estarem juntos,nãotinhamforça”,sublinhouAntó-nioGomes.Vãolançarumacampa-nha, a partir de 11 de junho, paracombateromitodequeabatataen-gorda, comachanceladaAssocia-çãoPortuguesadaNutrição.

A Bolsa dos legumes“SomosaúnicaregiãoemPortugalque temumsistemadecomércio etransacçõesporleilão”,referiuAn-tónioGomes.Osprodutossaemdaprodução agrícolae ao seremven-didos através dos leilões, “percep-ciona-semelhoro valordo produ-to”, explicou António Borges.Acrescentaquese“criaramumasé-rie de operadores e deplayers, quetêmvindo acrescer e aencontrar,nomercadoeuropeu,osnichoseoslocaisondepodemosvalorizarme-lhorosnossosprodutos”.�

FSF

Em todos os hortícolas a região do Oeste tem uma palavra a dizer,mas os produtos hortícolas não têm marca, e é importante gerar valoracrescentado através da criação e promoção de marcas.

NEGÓCIOS INICIATIVAS REGIÕES MAIS FORTES

“O 9%DAS EMPRESASSegundo dados dosBanco de Portugal,existiam 3.150empresas agrícolasentre as 35 milempresasexistentes emPortugal em 2015.

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TERÇA-FEIRA19JUNHO 2018 ESPECIAL I 05

Com o projecto Mais Tejo pensa-se utilizar a bacia hidrográficado Tejo para fazer a irrigação não só do Ribatejo mas tambémda região do Oeste.

Os agricultores alertampara o uso da água

agricultor não con-someágua, apenas autiliza, e, parte da

águaqueaplantaabsorve, édevol-vidaàatmosferapelaevapotranspi-ração daplantae arestante vai re-carregaros lençóis freáticos. Comasalteraçõesclimáticas, e foinotó-rionestasecaqueatravessámos,te-mos de pensar em armazenar aságuas superficiais, e de utilizar aáguade umamais formaracional,paratermosmaisdisponibilidades”,referiuDomingosdosSantos.

“Temos culturas de regadio, eparahorticultura,aáguaéessencial.Mas não podemos estar comesteritmode perfurações e furos arte-sianos, cada vez mais profundos,que têm sido feitos ao longo dosanos.Mesmosemaseca, é umasi-tuação insustentável, pois pode le-var ao esgotamento dos lençóis deáguae apróximos períodos de es-cassezdeágua”,disseLauraRodri-gues, vice-presidente da CâmaraMunicipaldeTorresVedras.

AntónioGomes frisaque anti-

gamenteosectordasestufasestavaautilizar águade subsolo, que eraescassaedemáqualidade. “Muda-mosoparadigmaehojeoagricultoré auto sustentável em água, poisaproveita toda a água da chuva,guardaemreservatórios e a regaéaltamente tecnológica, e só se dáaáguaqueaplantaprecisa”,explicou.

Projecto Mais TejoAautarcareferequeosministériosdaAgriculturaedoAmbientenuncamostraramgrandereceptividadeemrelaçãoàquestãodaágua.Sublinhaqueexistemrioseribeirosnaregião,que poderiam ser aproveitados.

ComoacentuouLauraRodrigues,há“incentivosparaosagricultoresfaze-remassuasprópriascharcaseapro-veitaremdaságuasdachuva,defor-ma a rentabilizar todo o sistema”.Mas, quandoo “agricultorfazumapequena charca para regra 4 ou 5hectaresnãodeveservistocomoumcriminoso, mas como alguém queestáafazeralgoemproldasocieda-de”,avisouDomingosdosSantos.

António Gomes afirmou quenãose tinhapensadoemuniroRi-batejo e oOeste,mas ,“comopro-jectoMaisTejo, pensa-seutilizarabacia hidrográfica do Tejo, que játemmuitasbarragensconstruídas,equepodemdarumamaiorsusten-tabilidadeaesteprojecto.Águaquegeraenergiae,depois,regaterras,eédevolvidaaoslençóisfreáticos,emvezdeseguirparaomar”.

MascomodisseDomingosdosSantos,“estascoisasdemorammui-to tempo a fazer-se por causadosprocessos comoos estudos de im-pactoambiental eos financiamen-tos”. � FSF

“A agriculturaé geradora de empregode qualidade”

Como aumento de produção,a queda do desemprego, hámaisdificuldades emtermão-de-obradisponível.Operfildeempregotambémestáamudarcomexigênciademaiscompe-tências.

“Amão-de-obra é umfac-tor limitador da actividadeagrícolae, emespecial,nosec-torhortofrutícolaaindaneces-sita de muita mão-de-obra,porquenavinha,olival,cereais,milhos jáháumgraudemeca-nização relevante,”, disse Do-mingosdosSantos,presidentedaFrutoeste.NazonadaCha-musca, por exemplo, já se uti-lizamtractores autónomos.

Na sua opinião, podem-seautomatizar muitos dos pro-cessos produtivos, mas há ou-tros, como as colheitas ou omanuseamento dos produtosnas centrais hortofrutícolas,quenecessitamderecursoshu-manos. “Com o aumento deprodução, a queda do desem-prego, temosmuitasdificulda-desemtermão-de-obradispo-nívelparaaactividade”,assina-louDomingosdosSantos.

Importaçãode mão-de-obraApontaparaumanecessidadede se reveremprocessos e pro-cedimentos paraa importaçãodemão-de-obra.Noseuenten-der, “o IEFPeoSEF têmpro-

cessosutópicos, burocráticos emorosos”.Domingos dos San-tos considerouque “é umdesí-gniodosagricultoresedassuasorganizações e das autarquias,que têmde terumpapelmuitoimportante napressão politicaque se temde fazerparaque seconsigaa importação demão-de-obra.Temdesecumprirumconjuntodeprocedimentosmasdeviamserrápidosecéleres”.

António Gomes preferiulançar umoutro olhar sobre aquestão.Naagriculturanão senecessitasómão-de-obraparaascolheitas.“Aagriculturaége-radoradeempregodequalida-de,precisadepessoascomoen-genheirosagrónomos,qualida-de, tecnologia, engenheirosdeambiente, técnicos agrícolas.Vêmdo Instituto Superior deAgronomia, dos PolitécnicosdeSantarém,Leiria”, concluiuAntónioGomes,presidentedaAssociação InterprofissionaldeHorticulturadoOeste.

“Éprecisotrazerprofissio-nais, por exemplo, demarke-ting, comunicação, o que erauma coisa impensável há 15anos.Hoje seragricultornãoésó plantar e produzir, é neces-sário adicionar uma série decompetênciascomoaáreatec-nológica, farmacêutica”, refe-riu Francisco Fragoso, gestordenegóciosnaLuísVicente.�

FSF

“Estes grandes projectos como o Mais Tejo demoram o seu tempo”, admitiu Domingos dos Santos, presidente da Frutoeste.

David Cabral Santos

Com o projectoMais Tejoprocura-se usaro Tejo para darágua ao Oeste.

“O

A agricultura precisa de pessoas qualificadas, disse António Gomes.

David Cabral Santos

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06 I ESPECIAL TERÇA-FEIRA19JUNHO 2018

marcaPortugal hojeéumamarcacomva-loracrescentado,por

todas as iniciativas que vão acon-tecendo comoaEurovisão, as vi-tórias no desporto, o prestígio docalçadoedotêxtil.Qualquercon-sumidorhojeaocomprarumpro-dutodemarcaPortugal, senãofi-cardecepcionado, compraoutrosprodutosdamesmaproveniência”,disseDomingosdosSantos,presi-dentedaFrutoeste,daAssociaçãoNacional de Produtores de PeraRocha e da Federação NacionaldasOrganizações de produtoresdeFrutaseHortícolas(FNOP).AFrutoeste foi criadaem1977com19associados,massóem1988ini-ciouasuaactividade comacons-trução da central fruteira. Hojetem cerca de 160 associados e acentral fruteiraotriplodaárea.

Portugal não vai ter produtosem massa, até pelas limitaçõesgeográficasdedimensãoehetero-geneidade, aque se acrescentamasalteraçõesclimáticas,asmudan-çasdoshábitosedaspreferências

dosconsumidores.“Temosdepro-duzir produtos com qualidade eprocurarosnichosdemercadoquemaisosvalorizem”,acentuouDo-mingosdosSantos.

Dáo exemplo dapera-rocha,quetemconsolidadoasuaposiçãoemmercadostradicionaiseacon-quistadonovosmercadosexigen-tes, e que avalorizam. “Eénestesmercados que temos de fazer asnossas apostas napera-rocha, namaçã,noscitrinos,noshortícolas”,referiu. Acrescentouque,nocaso,do tomate fresco, que tem umaqualidade acima da média, queatraimuitos clientes, e do tomateindústria,queaproduçãotransfor-mounumproduto de excelência,“peca, ainda, porumafaltade co-municaçãopositivadoproduto”.

Promoção pelo preçoParaesteempresárioagrícola,“co-municamosbemosnossosprodu-tos aos clientes, operadores, ca-deias de distribuição,mas comu-nicamosmalparaoconsumidorfi-nal”. Sublinhouque “se estabele-

cemosocontacto,numafeira,comumclientenumafeiraqueestáin-teressadoemvenderapera-rocha,deveríamosdar-lheos instrumen-tos de comunicaçãoparaestimu-laroconsumodasnossafrutasjun-todosseusconsumidoresfinais”.

“Apromoçãodos nossos pro-dutoséfeitapelagrandedistribui-ção e é sempre pelo preço”, disseDomingosdosSantos.Porisso,“aexportação temde serumaalter-nativaàdistribuição,parasairdes-te colete de forças,mesmoquan-do produzimosmenos do que seconsomeemPortugal”.

Referiuque emPortugal, as 6ou 7 cadeias de distribuição têm67%domercadodefrescos,“e,pormuitoqueaproduçãoseorganize,nuncavamos conseguir estar empé de igualdade perante o podereconómicodadistribuição”. Estafoi essencial no início, obrigouosprodutores e as organizações aadaptarem-seaonovoparadigmademercado, acaboupor dar for-mação,mastemsidoumfactorli-mitadordarentabilidade.�

“A

FRancisco FRagoso, gestor de negócios nas Luís Vicente, refere que hoje se exporta um conjunto variado de frutas.

David Cabral Santos

NEGÓCIOS INICIATIVAS REGIÕES MAIS FORTES

A marca Portugal temvalor acrescentadoPortugal não vai ter produtos em massa. “Temos de produzirprodutos com qualidade e procurar os nichos de mercado quemais os valorizem”, acentua Domingos dos Santos, da Frutoeste.

pera-rochatemsidoa porta de entradaemmercados inter-

nacionais de outros produtos. Éuma fruta conhecida, bem aco-lhida no mercado e alavancououtras frutícolas e hortícolas”,disseDomingosdosSantos.Re-cordou que, nas primeiras pre-senças emfeiras internacionais,apera-rochaeraograndedesta-que. “Hoje há mais produtos etêmaproveitado a boleia”, con-cluiu. O potencial produtivo depera-rocha instalado emPortu-galandanaordemdas220a250miltoneladaseademaçãde300mil toneladas.

ParaFrancisco Fragoso nãofoiaperarochaqueperdeupeso,masosprodutos,comoamaçã,opinhão, frutos vermelhos, quecresceram. “É muito diferentehoje chegar a uma feira comoBerlim, emqueestáomundodafruta todo representado, e esta-remcincoempresasportuguesaspresentes, ou chegar com umumbrelaPortugaleumavarieda-dedeprodutos,querepresentamo Atlantic taste. Conseguimoschegar aclientesmais exigentesequevalorizammaisoproduto”,explicouogestordenegóciosnaLuísVicente.

ExemploFresh FusionOGrupoLuísVicentenasceuhámaisde50anosnoTurcifal.Co-meçou pelas frutas e produtoshortícolas produzidos na regiãoe diversificouo negócio por paí-

seseprodutos.ProduzfrutícolasemAngola,BrasileCostaRica,ecomercialmente, está presentePortugal, Espanha, Holanda eAngola.

“Apera-rocha emaçã fazemsempre parte do nosso ADN”,realçou Francisco Fragoso.Adiantou que “uma das coisasque ajudoumuito o sector foi acriaçãodaPortugalFresh, resul-tadodoassociativismodeváriasempresaseprodutores,emqueoOesteeapera-rochativeramumpesodeterminantenasuaforma-ção”.Enfatizouque“ofuturopa-sa pelo associativimo para che-garmais longe”.

DeuoexemplodacriaçãodaFreshFusion, que é umACEde14 empresas que se juntarampara servir umúnico cliente naAlemanha,aredededistribuiçãoLidl, e consome429 camiões depera-rocha,aquesesegueoLidlemFrança.

“Nenhumdenós sozinho te-ria dimensão para o fornecer ecumprir as exigências destecliente e com perspectivas decrescimento todos os anos”, re-matouFranciscoFragoso.

Emtermosglobais,asexpor-taçõesdefrutas, legumesefloresaumentaram16%nosprimeiros11mesesde2017, atingindocer-cade1,4milmilhõesdeeuros.Oprincipal destino éEspanha, se-guido de França, ReinoUnido eHolanda. APortugal Fresh temcomoobjectivochegaraos2000milhõesdeeurosdeexportaçõesem2020.� FSF

“A

A pera-rochatem sidoo farol

A pera-rocha abriu a porta em mercadosinternacionais para outras frutícolas e hortícolas,produzidas em Portugal, como a maçã, o pinhão,o frutos vermelhos, a couve.

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TERÇA-FEIRA19JUNHO 2018 ESPECIAL I 07

pera-rocha é um dosprincipaisprodutosex-portadospelaempresa,

a que se acrescenta aprocuradefruta com qualidade, como amaçã. Por isso, aFerreiradaSil-va começou a produzir fruta naCasaAgrícoladaGafa(Bombar-ral), com 40 hectares de maçãroyal gala e 20hectares de pera-rocha.

Mas o negócio principal daFerreira daSilva é a distribuiçãodefrutaemPortugalenaEuropa,tendofacturado,em2017,38mi-lhões de euros. Importa banana,ananás, pera,maçã, paragarantirumfornecimento constante e re-gular aos seus clientes, semestaràmercêdasazonalidadedealgunsprodutos.

A empresa fez parcerias empaísescomoaCostaRicaeaÁfri-cadoSul,quegarantemumstockpermanentedefrutasao longodetodooano.NoBrasil, “vendemosperaemaçã. Importamosmaçãs,mangos e papaias”, referiuVítorFonseca, sócioeresponsávelpelosector internacional daFerreirada Silva. A empresa foi fundadaem1988,mas foi adquiridapelosactuais sócios em1993.

Embargo à RússiaAempresa faz a distribuição defruta na Europa para mercadoscomoEspanha, França, Polónia,Irlanda, Holanda, Itália. Tinhaumapresençacomercial naRús-sia comalguma relevância, mas,com o embargo daUnião Euro-peia, deixou de poder vender asfrutas e legumes parao país lide-radoporVladimirPutin.Adiversficaçãodemercadoséum

objectivo daempresa. ParaVítorFonseca, “os principais desafiosnaproduçãoedistribuiçãodefru-taestãonaentradaemnovosmer-cados fora da União Europeia,como a Índia, a Costa Marfim,Singapurae aJordânia”.

Temumafrotade20camiões,mas a opção pela distribuiçãoprópria, “dependesetemostrans-porte de regresso, é normal tam-bémaluguertransporteeserviçovia container emmuitos casos”explicouVítorFonseca.

Apreocupação com a quali-dadedosprodutoscomercializa-dos e amenor aceitação do pro-duto vendido a granel levaram aempresaafazerinvestimentosnacalibragem, selecção e embala-gem de todos os produtos. Hojeconta com uma área de 12500metros quadrados e cerca de 5mil paletes de armazenamento.Tem amarcaDoceMel/HoneySweet. �

FSF

Os novos desafiosda Ferreira da Silva

A empresa faz a distribuição de fruta para mercadoScomo a Espanha, França, Polónia, Irlanda, Holanda,Itália. O futuro passa pela Índia, Costa Marfim,Singapura e Jordânia.

NEGÓCIOS INICIATIVAS REGIÕES MAIS FORTES

A omagrandedistri-buiçãoperdeu-seoconceitodeprodu-

to da época”, assinalouAntónioGomes. “Oconsumodeprodutosnaépocaéumaquestãodequali-dade,mastambémdepegadaeco-lógica,masparaissotemosdeco-municarparaaspessoassaberemqualéaépocaboadecadaprodu-to”.Esteexigênciadeprodutotodooano,“fazcomqueseprocurepro-dutosemtodoomundoparasatis-fazeros consumidores”, explicouFranciscoFragoso, gestordene-góciosnaLuísVicente.

Hoje em dia comercializa-sepera-rochaquasetodooano.“Comaperaconseguimosarrastarnotem-poacampanha,mascomoscitrinos,auva,osmelões,asmelancias,ain-danãoépossível.Temosvindoafa-zerinvestimentospesadoseausartecnologiasmuitoavançadaseinó-cuasparaconseguiromáximodeconservação,”disseFranciscoFra-goso. “Asempresastêmdeseunirparafazerinvestigação,oqueestáserfeitoemalgunscasos.Ainvesti-gaçãoimplicamuitoinvestimento,comoestáaacontecercomapera-rocha,porqueseosectorganhar,ga-nhamostodos”,referiu.

Tecnologia de pontaNo sector horto-frutícola, o

CentroTecnológicodeHortofru-ticulturaemAlcobaça“temfeitotransferênciadeconhecimentoeinovado emnovas culturas e emnovosprocessos.Aconservaçãodamaçã e da pera-rocha quase umanointeiroestáassociadoatecno-logiaeinvestigação,aconhecimen-to.Ospequenosfrutoseraumacul-turaquequasenãoexistiaemPor-

tugal e foi introduzidaporI&D”,afirmouDomingosdosSantos.

“Ahorto-fruticulturaé inova-doraecomtecnologiadeponta.OqueexisteemIsrael,naHolanda,França, existe no Oeste”, subli-nhouLauraRodrigues.Temumaeficiênciamuitogrande,umbaixoconsumoderecursose,aocontrá-riodaideiafeita,aagriculturausapoucospesticidasequímicos.

Fiscalização totalSegundoavice-presidentedaCâ-maradeTorresVedras, “faltaumpólotecnológicoedeinvestigaçãojuntodaprodução.Masexisteumaligação comoInstitutoSuperiordeAgronomia,osPolitécnicosdeSantarém e de Leiria”. Referiu,ainda,que“háumacandidaturaafundos comunitários paraacria-çãodeumlaboratóriocolaborati-voparahorto-fruticulturaevini-cultura”.

AntónioGomessalientouquehoje, porexemplo, o “tomatequecadavezmais temde ter sabor ecor, temde se conservarbem,atéparapensarnaexportação,supor-taro transporte, as diferençasdetemperaturaeo temponaprate-leira”.Estãoadesenvolverumpro-jectodeinvestigaçãocomoINIAV(InstitutoNacional de Investiga-çãoAgráriaeVeterinária)eoISAparamelhoraraconservaçãosemautilizaçãodeaditivos.

“ProduzirnaEuropaéprodu-zirno sítiomais difícil domundoporquetemasregrasmaisexigen-tesdoMundo. Somosfiscalizadosemtodaacadeiapelas autorida-des, pelas certificadoras e pelosconsumidores”,adiantouDomin-gosdosSantos. �

Colheitas e frutascom tecnologiae inovação

A horto-fruticultura é um sector inovador e comtecnologia de ponta, em que há transferência deconhecimento dos polos tecnológicos e dasuniversidades para os negócios.

“C

Vítor Fonseca é o responsável pelos negócios internacionais da Ferreira da Silva.

David Cabral Santos

200FUNCIONÁRIOSnúmero de funcionários

38MILHÕES DE EUROSVolume de negócios (2017)

12.500M2

ÁREA12.500m2 de armazéme 500m2 de escritório

5.000PALETESCapacidade de armazenamento

OS NÚMEROS

Page 8: Frutícolas e Hortícolascofinaeventos.pt/wp-content/uploads/2018/06/SUPLEMENT...Este suplemento faz parte integrante do Jornal de Negócios n. o3761 de6deJunhode2018enãopodeservendidoseparadamente.

08 I ESPECIAL TERÇA-FEIRA19JUNHO 2018

Muito mais que 5 estrelasLinha de apoio à qualificação da oferta turísticaEm parceria com o Turismo de Portugal

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