Apostila Cálculo 4 - Fourier, Laplace e Transformada Z

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UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná DAMAT – Departamento Acadêmico de Matemática Cálculo Diferencial e Integral 4 (MA64A) SÉRIES - TRANSFORMADAS NOTAS DE AULA Rudimar Luiz Nós 2 o semestre/2011

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Transformadas do Domínio do Tempo para a Frequência - Útil para Engenheiros

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  • UTFPR Universidade Tecnolgica Federal do Paran

    DAMAT Departamento Acadmico de Matemtica

    Clculo Diferencial e Integral 4 (MA64A)

    SRIES - TRANSFORMADAS NOTAS DE AULA

    Rudimar Luiz Ns

    2o semestre/2011

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  • 3

    No paradoxo dizer

    que nos nossos momentos de inspirao mais terica

    podemos estar o mais prximo possvel

    de nossas aplicaes mais prticas.

    A. N. Whitehead (1861-1947)

    [email protected] http://pessoal.utfpr.edu.br/rudimarnos

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    SUMRIO

    1. SRIES.................................................................................................................................................................................9 1.1 SEQUNCIAS INFINITAS .................................................................................................................................................9 1.2 SRIES INFINITAS ..........................................................................................................................................................9 1.3 CONVERGNCIA DE SRIES..........................................................................................................................................10

    1.3.1 A srie geomtrica..............................................................................................................................................10 1.3.2 Condio necessria convergncia.................................................................................................................11 1.3.3 Teste da divergncia...........................................................................................................................................11 1.3.4 Srie de termos positivos: o teste da integral.....................................................................................................11 1.3.5 Convergncia absoluta e condicional ................................................................................................................12 1.3.6 Convergncia uniforme (srie de funes).........................................................................................................12 1.3.7 Teste M de Weierstrass ......................................................................................................................................13

    2. A SRIE DE FOURIER....................................................................................................................................................17 2.1 FUNES PERIDICAS .................................................................................................................................................17 2.2 SRIES TRIGONOMTRICAS..........................................................................................................................................18 2.3 SRIE DE FOURIER.......................................................................................................................................................22

    2.3.1 Definio............................................................................................................................................................22 2.3.2 Coeficientes ........................................................................................................................................................22 2.3.3 Continuidade seccional ou por partes................................................................................................................25 2.3.4 Convergncia: condies de Dirichlet ...............................................................................................................25

    2.4 SRIE DE FOURIER DE UMA FUNO PERIDICA DADA ................................................................................................27 2.5 FUNES PARES E FUNES MPARES..........................................................................................................................35 2.6 SRIE DE FOURIER DE COSSENOS.................................................................................................................................39 2.7 SRIE DE FOURIER DE SENOS.......................................................................................................................................40 2.8 O FENMENO DE GIBBS...............................................................................................................................................44 2.9 A IDENTIDADE DE PARSEVAL PARA SRIES DE FOURIER..............................................................................................45 2.10 CONVERGNCIA DE SRIES NUMRICAS ATRAVS DA SRIE DE FOURIER ..................................................................47 2.11 DERIVAO E INTEGRAO DA SRIE DE FOURIER....................................................................................................48 2.12 A FORMA EXPONENCIAL (OU COMPLEXA) DA SRIE DE FOURIER...............................................................................50 2.13 APLICAES DA SRIE DE FOURIER NA SOLUO DE EQUAES DIFERENCIAIS PARCIAIS .........................................55

    2.13.1 Equaes diferenciais ......................................................................................................................................55 2.13.2 Equao do calor .............................................................................................................................................56 2.13.3 Equao da onda..............................................................................................................................................59 2.13.4 Equao de Laplace .........................................................................................................................................61

    2.14 EXERCCIOS RESOLVIDOS ..........................................................................................................................................65 2.15 EXERCCIOS COMPLEMENTARES ................................................................................................................................77

    3. A INTEGRAL DE FOURIER / TRANSFORMADAS DE FOURIER .........................................................................91 3.1 A INTEGRAL DE FOURIER ............................................................................................................................................92 3.2 CONVERGNCIA DA INTEGRAL DE FOURIER ................................................................................................................92

    3.2.1 Convergncia absoluta e condicional ................................................................................................................93 3.3 A INTEGRAL COSSENO DE FOURIER .............................................................................................................................93 3.4 A INTEGRAL SENO DE FOURIER ...................................................................................................................................94 3.5 FORMAS EQUIVALENTES DA INTEGRAL DE FOURIER....................................................................................................95 3.6 DEFINIO DA TRANSFORMADA DE FOURIER E DA TRANSFORMADA INVERSA DE FOURIER ........................................97 3.7 TRANSFORMADA COSSENO DE FOURIER E TRANSFORMADA COSSENO DE FOURIER INVERSA ......................................99 3.8 TRANSFORMADA SENO DE FOURIER E TRANSFORMADA SENO DE FOURIER INVERSA.................................................100 3.9 FUNO DE HEAVISIDE .............................................................................................................................................102 3.10 ESPECTRO, AMPLITUDE E FASE DA TRANSFORMADA DE FOURIER............................................................................104 3.11 PROPRIEDADES OPERACIONAIS DAS TRANSFORMADAS DE FOURIER ........................................................................106

    3.11.1 Comportamento de F() quando || ........................................................................................................107 3.11.2 Linearidade ....................................................................................................................................................108 3.11.3 Simetria (ou dualidade)..................................................................................................................................108 3.11.4 Conjugado......................................................................................................................................................109 3.11.5 Translao (no tempo) ...................................................................................................................................109 3.11.6 Translao (na frequncia) ............................................................................................................................110

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    3.11.7 Similaridade (ou mudana de escala) e inverso de tempo ...........................................................................110 3.11.8 Convoluo ....................................................................................................................................................111 3.11.9 Multiplicao (Convoluo na frequncia)....................................................................................................114 3.11.10 Transformada de Fourier de derivadas .......................................................................................................115 3.11.11 Derivadas de transformadas de Fourier ......................................................................................................116

    3.12 RESUMO: PROPRIEDADES OPERACIONAIS DAS TRANSFORMADAS DE FOURIER ........................................................119 3.13 DELTA DE DIRAC.....................................................................................................................................................120

    3.13.1 Propriedades do delta de Dirac .....................................................................................................................121 3.13.2 Transformada de Fourier do delta de Dirac ..................................................................................................122

    3.14 MTODOS PARA OBTER A TRANSFORMADA DE FOURIER .........................................................................................122 3.14.1 Uso da definio.............................................................................................................................................122 3.14.2 Uso de equaes diferenciais .........................................................................................................................126 3.14.3 Decomposio em fraes parciais................................................................................................................128

    3.15 TRANSFORMADA DE FOURIER DE ALGUMAS FUNES ............................................................................................130 3.15.1 A funo constante unitria ...........................................................................................................................130 3.15.2 A funo sinal.................................................................................................................................................131 3.15.3 A funo degrau .............................................................................................................................................132 3.15.4 Exponencial....................................................................................................................................................132 3.15.5 Funo cosseno..............................................................................................................................................133

    3.16 RESUMO: TRANSFORMADAS DE FOURIER DE ALGUMAS FUNES ...........................................................................134 3.17 IDENTIDADE DE PARSEVAL PARA AS INTEGRAIS DE FOURIER ..................................................................................135 3.18 CLCULO DE INTEGRAIS IMPRPRIAS ......................................................................................................................137 3.19 SOLUO DE EQUAES DIFERENCIAIS ...................................................................................................................141

    3.19.1 Equaes diferenciais ordinrias...................................................................................................................141 3.19.2 Equaes diferenciais parciais ......................................................................................................................142

    Derivao sob o sinal de integrao Regra de Leibniz .................................................................................................................. 142 3.19.2.1 Equao do calor (EDP parablica).................................................................................................................................. 144 3.19.2.2 Equao da onda (EDP hiperblica) ................................................................................................................................. 146 3.19.2.3 Equao de Laplace (EDP elptica) .................................................................................................................................. 148

    3.20 SOLUO DE EQUAES INTEGRAIS E DE EQUAES NTEGRO-DIFERENCIAIS.........................................................151 3.21 EXERCCIOS RESOLVIDOS ........................................................................................................................................154 3.22 EXERCCIOS COMPLEMENTARES ..............................................................................................................................157

    4. TRANSFORMADAS DE LAPLACE ............................................................................................................................165 4.1 DEFINIO DA TRANSFORMADA DE LAPLACE ...........................................................................................................165

    4.1.1 Motivao.........................................................................................................................................................165 4.1.2 Funo de Heaviside........................................................................................................................................166

    4.1.2.1 - Generalizao........................................................................................................................................................................ 167 4.1.3 Transformada de Laplace ................................................................................................................................168

    4.2 FUNES DE ORDEM EXPONENCIAL...........................................................................................................................171 4.3 CONVERGNCIA DA TRANSFORMADA DE LAPLACE UNILATERAL ..............................................................................174

    4.3.1 Convergncia absoluta e condicional ..............................................................................................................174 4.3.2 Condies suficientes para a convergncia .....................................................................................................174

    4.4 TRANSFORMADA DE LAPLACE UNILATERAL DAS FUNES ELEMENTARES ...............................................................175 4.4.1 f(t) = tn..............................................................................................................................................................175 4.4.2 f(t) = eat ............................................................................................................................................................177 4.4.3 Transformada de algumas funes elementares ..............................................................................................177

    4.5 PROPRIEDADES DA TRANSFORMADA DE LAPLACE UNILATERAL................................................................................178 4.5.1 Comportamento da transformada de Laplace F(s) quando s ....................................................................178 4.5.2 Linearidade ......................................................................................................................................................178 4.5.3 Primeira propriedade de translao ou deslocamento ....................................................................................181 4.5.4 Segunda propriedade de translao ou deslocamento.....................................................................................181 4.5.5 Similaridade (ou mudana de escala) ..............................................................................................................182 4.5.6 Transformada de Laplace unilateral de derivadas ..........................................................................................183 4.5.7 Transformada de Laplace unilateral de integrais............................................................................................185 4.5.8 Derivadas de transformadas de Laplace unilaterais (multiplicao por tn) ....................................................186 4.5.9 Integrais de transformadas de Laplace unilaterais (diviso por t) ..................................................................187 4.5.10 Convoluo ....................................................................................................................................................189 4.5.11 Valor inicial ...................................................................................................................................................190 4.5.12 Valor final ......................................................................................................................................................191

    4.6 TRANSFORMADA DE LAPLACE UNILATERAL DE FUNES PERIDICAS......................................................................192

  • 7

    4.7 CLCULO DE INTEGRAIS IMPRPRIAS........................................................................................................................194 4.8 MTODOS PARA DETERMINAR A TRANSFORMADA DE LAPLACE UNILATERAL ...........................................................196

    4.8.1 Uso da definio...............................................................................................................................................196 4.8.2 Expanso em srie de potncias.......................................................................................................................196 4.8.3 Uso de equaes diferenciais ...........................................................................................................................200 4.8.4 Outros mtodos ................................................................................................................................................200 4.8.5 Uso de tabelas de transformadas .....................................................................................................................200

    4.9 TRANSFORMADA DE LAPLACE UNILATERAL DE ALGUMAS FUNES.........................................................................200 4.9.1 Funo nula .....................................................................................................................................................200 4.9.2 Funo degrau unitrio ...................................................................................................................................200 4.9.3 Funo impulso unitrio ..................................................................................................................................201 4.9.4 Algumas funes peridicas.............................................................................................................................202

    4.10 MTODOS PARA DETERMINAR A TRANSFORMADA DE LAPLACE UNILATERAL INVERSA...........................................204 4.10.1 Completando quadrados ................................................................................................................................204 4.10.2 Decomposio em fraes parciais................................................................................................................204 4.10.3 Expanso em srie de potncias.....................................................................................................................209 4.10.4 Uso de tabelas de transformadas de Laplace.................................................................................................211 4.10.5 A frmula de Heaviside ..................................................................................................................................211 4.10.6 A frmula geral (ou complexa) de inverso ...................................................................................................212

    4.11 SOLUO DE EQUAES DIFERENCIAIS ...................................................................................................................213 4.11.1 Equaes diferenciais ordinrias com coeficientes constantes......................................................................213 4.11.2 Equaes diferenciais ordinrias com coeficientes variveis........................................................................219 4.11.3 Equaes diferenciais ordinrias simultneas...............................................................................................221 4.11.4 Equaes diferenciais parciais ......................................................................................................................223

    4.12 SOLUO DE EQUAES NTEGRO-DIFERENCIAIS ....................................................................................................229 4.13 EXERCCIOS RESOLVIDOS ........................................................................................................................................232 4.14 EXERCCIOS COMPLEMENTARES ..............................................................................................................................240

    5. TRANSFORMADAS ZZZZ ...................................................................................................................................................251

    5.1 DEFINIO DA TRANSFORMADA Z UNILATERAL .......................................................................................................252 5.2 TRANSFORMADA Z UNILATERAL DE ALGUMAS SEQUNCIAS.....................................................................................253

    5.2.1 Verso discreta da funo delta de Dirac........................................................................................................253 5.2.2 Sequncia unitria ou passo discreto unitrio .................................................................................................253 5.2.3 Exponencial......................................................................................................................................................254 5.2.4 Potncia............................................................................................................................................................255

    5.3 SRIES DE POTNCIAS: DEFINIO, RAIO DE CONVERGNCIA ....................................................................................256 5.4 EXISTNCIA E DOMNIO DE DEFINIO DA TRANSFORMADA Z UNILATERAL .............................................................258 5.5 PROPRIEDADES DA TRANSFORMADA Z UNILATERAL .................................................................................................260

    5.5.1 Linearidade ......................................................................................................................................................260 5.5.2 Translao (ou deslocamento) .........................................................................................................................264 5.5.3 Similaridade .....................................................................................................................................................265 5.5.4 Convoluo ......................................................................................................................................................266 5.5.5 Diferenciao da transformada de uma sequncia ..........................................................................................267 5.5.6 Integrao da transformada de uma sequncia ...............................................................................................269 5.5.7 Valor inicial .....................................................................................................................................................270 5.5.8 Valor final ........................................................................................................................................................271

    5.6 RESUMO: TRANSFORMADA Z UNILATERAL DAS FUNES DISCRETAS ELEMENTARES ...............................................272 5.7 TRANSFORMADA Z UNILATERAL INVERSA ................................................................................................................272 5.8 MTODOS PARA DETERMINAR A TRANSFORMADA Z UNILATERAL INVERSA ..............................................................273

    5.8.1 Uso da transformada Z unilateral e de suas propriedades..............................................................................273 5.8.2 Decomposio em fraes parciais..................................................................................................................274 5.8.3 Expanso em srie de potncias.......................................................................................................................277 5.8.4 Estratgia geral de inverso ............................................................................................................................279

    5.9 TRANSFORMADA Z BILATERAL .................................................................................................................................280 5.9.1 - Srie de Laurent................................................................................................................................................280

    5.8.1.1 - Singularidades ....................................................................................................................................................................... 280 5.9.2 Definio..........................................................................................................................................................282

    5.10 EQUAES DE DIFERENAS .....................................................................................................................................286 5.10.1 Definio........................................................................................................................................................286 5.10.2 Equaes de diferenas lineares ....................................................................................................................287

  • 8

    5.10.3 Soluo de equaes de diferenas lineares ..................................................................................................287 5.11 EXERCCIOS RESOLVIDOS ........................................................................................................................................294 5.12 EXERCCIOS COMPLEMENTARES ..............................................................................................................................301

    6. FORMULRIO ...............................................................................................................................................................307 REFERNCIAS...................................................................................................................................................................317

  • 9

    1. SRIES 1.1 Sequncias infinitas

    Uma sequncia infinita uma funo discreta cujo domnio { }0\N . Notao: { } { } ( )nfa ,0\Nn ,a nn =

    Exemplos

    1o) { } ( ) { } ,1425

    ,

    1116

    ,

    89

    ,

    54

    ,

    21

    a1n3

    n1a n2

    1nn

    =

    =+

    L

    2o) A sequncia { }1n2

    na n

    += convergente ou divergente?

    { } ,

    3n21n

    ,

    1n2n

    ,,

    115

    ,

    94

    ,

    73

    ,

    52

    ,

    31

    a n

    +

    +

    += KL

    Se nn

    alim

    existe, ento { } a n convergente. Caso contrrio, { } a n divergente.

    Como21

    n

    12

    1lim1n2

    nlimnn

    =

    +=

    + , { } a n convergente.

    1.2 Sries infinitas

    Uma srie infinita definida como sendo a soma dos termos de uma sequncia infinita.

    Notao: LL +++++=

    =

    n321

    1n

    n aaaaa

    Somas parciais:

    n321n

    3213

    212

    11

    aaaaS

    aaaSaaS

    aS

    ++++=

    ++=

    +=

    =

    L

    M

    Se SSlim nn

    =

    , ento a srie infinita convergente. Se o limite S no existe, ento a srie

    infinita divergente.

    Exemplo

    ( ) ( ) LL +++++++=+

    =1nn

    15.4

    14.3

    13.2

    12.1

    11nn

    11n

  • 10

    ( )

    11n

    nlimSlim

    1nn

    1n11S

    1n1

    n

    141

    31

    31

    21

    211aaaaS

    1n1

    n

    11nn

    1a

    nn

    n

    n

    n321n

    n

    =

    +=

    +=

    +=

    +++

    +

    +

    =++++=

    +=

    +=

    LL

    Logo, a srie infinita convergente.

    1.3 Convergncia de sries

    Diferenciar:

    Condies necessrias convergncia; Condies suficientes convergncia; Condies necessrias e suficientes convergncia.

    1.3.1 A srie geomtrica

    Teorema: A srie geomtrica

    K++++=

    =

    32

    1n

    1-n arararar a , com a0,

    (i) converge, e tem por soma r1

    a

    , se ( )1r1 1r

  • 11

    1.3.2 Condio necessria convergncia

    Teorema: Se a srie infinita

    =1n

    na convergente, ento 0alim nn

    =

    .

    A recproca no sempre verdadeira.

    1.3.3 Teste da divergncia

    Se

    nn

    alim

    no existir ou 0alim nn

    , ento a srie infinita

    =1n

    na divergente.

    1.3.4 Srie de termos positivos: o teste da integral

    Teorema: Se f uma funo contnua, decrescente e de valores positivos para todo 1x , ento a srie infinita

    ( ) ( ) ( ) ( ) LL ++++=

    =

    nf2f1fnf1n

    (i) converge se a integral imprpria ( )

    1

    dx xf converge;

    (ii) diverge se a integral imprpria ( )

    1

    dx xf diverge.

    Exemplo

    A srie harmnica L+++++=

    =

    51

    41

    31

    211

    n

    1

    1n

    divergente.

    0n

    1limn

    =

    (condio necessria, porm no suficiente)

    ( )[ ] ( )[ ] ====

    0blnlimxlnlimdxx1

    limdxx

    1

    b

    b1b

    b

    1 b

    1

    Como a integral diverge, a srie harmnica diverge.

  • 12

    1.3.5 Convergncia absoluta e condicional

    A srie

    =1n

    na dita absolutamente convergente se K+++=

    =

    321

    1n

    n aaaa convergir.

    Se

    =1n

    na convergir mas

    =1n

    na divergir, ento

    =1n

    na dita condicionalmente convergente.

    Teorema: Se

    =1n

    na converge, ento

    =1n

    na tambm converge.

    Exemplo

    A srie L++++ 2222222 81

    71

    61

    51

    41

    31

    211 absolutamente convergente, uma vez que

    6n1

    81

    71

    61

    51

    41

    31

    211

    2

    1n

    22222222pi

    ==++++++++

    =

    L (provaremos usando a srie de Fourier).

    1.3.6 Convergncia uniforme (srie de funes)

    Srie de nmeros reais

    K+++=

    =

    321

    1n

    n aaaa

    Exemplo:

    Srie de funes

    ( ) ( ) ( ) ( ) K+++=

    =

    xuxuxuxu 321

    1n

    n

    Exemplo:

    K+++++=

    =

    !532

    !416

    !38

    !242

    !n2

    1n

    n

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) K++++=

    =

    !4x4sen

    !3x3sen

    !2x2sen

    xsen!nnxsen

    1n

  • 13

    A srie de Fourier

    =

    +

    +

    1n

    nn0

    L xn

    senbL xn

    cosa2

    a pipi uma srie de funes trigonom-

    ricas.

    Sejam a srie ( )

    =1n

    n xu , onde ( ){ }xu n , K,3,2,1n = uma sequncia de funes definidas em [a,b], ( ) ( ) ( ) ( ) ( )xuxuxuxuxS n321n ++++= L a soma parcial da srie e ( ) ( )xSxSlim n

    n=

    . A srie

    converge para ( )xS em [ ]b,a se para cada 0> e cada [ ]b,ax existe um 0N > tal que ( ) ( ) . O nmero N depende geralmente de e x . Se N depende

    somente de , ento a srie converge uniformemente ou uniformemente convergente em [ ]b,a .

    Teorema 1: Se cada termo da srie ( )

    =1n

    n xu uma funo contnua em [a,b] e a srie

    uniformemente convergente para S(x) em [a,b], ento a srie pode ser integrada termo a termo, isto ,

    ( ) ( )

    =

    =

    =

    1n

    b

    a

    n

    b

    a 1n

    n dxxu dxxu .

    Teorema 2: Se cada termo da srie ( )

    =1n

    n xu uma funo contnua com derivada contnua

    em [a,b] e se ( )

    =1n

    n xu converge para S(x) enquanto ( )

    =1n

    '

    n xu converge uniformemente em [a,b],

    ento a srie pode ser diferenciada termo a termo em [a,b], isto , ( ) ( )

    =

    =

    =

    1n

    n

    1n

    n xudxd

    xudxd

    .

    1.3.7 Teste M de Weierstrass

    Karl Theodor Wilhelm Weierstrass (1815-1897): matemtico alemo.

    Se existe uma sequncia de constantes ,1,2,3,n ,M n K= tal que para todo x em um intervalo

    (a) ( ) nn Mxu

    e

    (b)

    =1n

    nM converge,

    ento ( )

    =1n

    n xu converge uniforme e absolutamente no intervalo.

  • 14

    Observaes:

    1a) O teste fornece condies suficientes, porm no necessrias.

    2a) Sries uniformemente convergentes no so necessariamente absolutamente convergentes ou vice-versa.

    Exemplo

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

    =

    ++++=

    1n

    2222 4x4cos

    3x3cos

    2x2cos

    xcosn

    nxcosL uniforme e absolutamente

    convergente em [0,2pi] (ou em qualquer intervalo), uma vez que

    ( )22 n

    1n

    nxcos e 6n

    1 2

    1n

    2

    pi=

    =

    .

    Exerccios

    01. Mostre que a srie

    =

    +1n

    2

    2

    4n5n

    diverge.

    R.: Use o teste da divergncia.

    02. Mostre que a srie ( )( )

    =

    +1n

    1n21n21

    converge e determine sua soma.

    R.: 21

    03. Determine se as sries infinitas a seguir so convergentes ou divergentes.

    a)

    =

    +1n

    2 1nn

    R.: A srie divergente: =+

    1 2 dx1xx

    .

    b) ( )

    =1n

    3n

    nln R.: A srie convergente: ( )

    41dx

    x

    xln

    1 3 =

    .

  • 15

    c)

    =

    1n

    nne

    R.: A srie convergente:e

    2dxxe

    1

    x=

    .

    d) ( )

    =2nnlnn

    1 R.: A srie divergente: ( ) =

    2 xlnxdx

    .

    04. Verifique se as sries de funes seguintes so uniformemente convergentes para todo x .

    a) ( )

    =1n

    n2nxcos

    R.: A srie uniformemente convergente para todo x .

    b)

    =

    +1n

    22xn

    1 R.: A srie uniformemente convergente para todo x .

    c) ( )

    =

    1n

    n

    2

    12nxsen

    R.: A srie uniformemente convergente para todo x .

    05. Seja ( ) ( )

    =

    =

    1n

    3n

    nxsenxf . Prove que ( ) ( )

    =

    =

    1n

    4

    0 1n212dxxf

    pi

    .

    R.: Use ( ) 33 n1

    n

    nxsen , o teste M de Weierstrass (prove que

    =1n3n

    1 converge usando o teste da

    integral) e o fato de que uma srie uniformemente convergente pode ser integrada termo a termo.

    Observao: Mostraremos futuramente que ( ) 961n21 4

    1n

    4pi

    =

    =

    . Assim, ( )48

    dxn

    nxsen 4

    0 1n

    3pi

    = pi

    =

    .

    06. Prove que ( ) ( ) ( ) 0dx7.5

    x6cos5.3

    x4cos3.1

    x2cos

    0

    =

    +++

    pi

    L .

  • 16

  • 17

    2. A SRIE DE FOURIER

    Jean-Baptiste Joseph Fourier (1766-1830): fsico, matemtico e engenheiro francs. Principais contribuies: teoria da conduo do calor, sries trigonomtricas.

    Por que aproximar uma funo por uma funo dada por senos e cossenos?

    Para facilitar o tratamento matemtico do modelo, uma vez que as funes trigonomtricas seno e cosseno so peridicas de perodo fundamental pi2 , contnuas, limitadas e de classe C , ou seja, so infinitamente diferenciveis.

    2.1 Funes peridicas

    Uma funo RR:f peridica de perodo fundamental P se

    ( ) ( ) 0P x, xfPxf >=+ .

    Exemplos

    (a) (b)

    (c) (d)

    Figura 1: (a) ( ) ( )xsenxf = , funo de perodo fundamental pi2P = ; (b) ( ) ( )xcosxf = , funo de perodo fundamental pi2P = ; (c) ( ) 5xf = , funo de perodo fundamental 0k ,kP >= ; (d) funo onda triangular, de perodo fundamental 2P = .

  • 18

    Como as funes ( )xsen e ( )xcos so 2pi-peridicas, temos que

    ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) L

    L

    =+=+=+=

    =+=+=+=

    pipipi

    pipipi

    6xcos4xcos2xcosxcos6xsen4xsen2xsenxsen

    .

    Funes peridicas surgem em uma grande variedade de problemas fsicos, tais como as vibraes de uma corda, o movimento dos planetas em torno do sol, a rotao da terra em torno do seu eixo, o movimento de um pndulo, a corrente alternada em circuitos eltricos, as mars e os movimentos ondulatrios em geral.

    2.2 Sries trigonomtricas

    Denomina-se srie trigonomtrica a uma srie da forma

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) L+++++++ x3senbx3cosax2senbx2cosaxsenbxcosa2

    a332211

    0

    ou

    ( ) ( )[ ]

    =

    ++

    1n

    nn0 nxsenbnxcosa

    2a

    (2.2.1)

    ou

    =

    +

    +

    1n

    nn0

    L xn

    senbL xn

    cosa2

    a pipi. (2.2.2)

    Obtm-se a forma (2.2.2) atravs de uma transformao linear que leva um intervalo de amplitude L2 em um intervalo de amplitude pi2 .

    Em (2.2.1) ou (2.2.2), para cada n

    temos um harmnico da srie e 0a , na e nb so os coeficientes da srie.

    0a : constante

    ( )nfa n = e ( )nfbn = : sequncias infinitas

    Exemplo

    ( ) ( ) { }

    =

    == K,52

    ,

    21

    ,

    32

    ,

    1,

    2a

    n

    12ncos

    n

    2a n

    n

    n pipipipipipipi

    pi

    A srie trigonomtrica (2) tambm pode ser escrita na forma

  • 19

    =

    +pi+1n

    nn0 nsenA

    2a

    L x

    , (2.2.3)

    onde 2n2

    nn baA += , ( )nnn senAa = e ( )nnn cosAb = .

    A forma (2.2.3) obtida multiplicando-se e dividindo-se a forma (2.2.2) por 2n2n ba + .

    =

    +

    +

    pi+

    pi+

    +

    +

    1n2

    n

    2n

    2n

    2n

    nn2n

    2n

    2n

    2n0

    ba

    bansenbncosa

    ba

    ba2

    a

    L x

    L x

    =

    pi

    ++

    pi

    +++

    1n2

    n

    2n

    n

    2n

    2n

    n2n

    2n

    0 nsenba

    bncos

    baaba

    2a

    L x

    L x

    Considerando n2

    n

    2n Aba =+ , ( )n

    n

    n senAa = e ( )n

    n

    n cosAb = , temos que:

    ( ) ( )

    =

    pi+

    pi+1n

    nnn0 nsencos

    ncossenA

    2a

    L x

    L x

    =

    +pi+1n

    nn0 nsenA

    2a

    L x

    Em (2.2.3), o termo

    +pi nn nsenA L x

    chamado harmnico de ordem n e pode ser

    caracterizado somente pela amplitude nA e pelo ngulo de fase n .

    Questes

    01. Dada uma funo f(x) 2L-peridica, quais as condies que f(x) deve satisfazer para que exista uma srie trigonomtrica convergente para ela?

    02. Sendo Nn,m , mostre que:

    (a) 0n ,0dxL xn

    cos

    L

    L

    =

    pi

  • 20

    dun

    Ldx dxL

    ndu L xn

    upi

    pipi===

    ( ) ( )[ ] 0nsennsenn

    LL

    xnsen

    n

    LdxL

    xncos

    L

    L

    L

    L

    =pipipi

    =

    pi

    pi=

    pi

    [ ] ( ) L2LLxdx dxL

    xncos0n LL

    L

    L

    L

    L

    ====

    pi=

    (b) 0dxL xn

    sen

    L

    L

    =

    pi ( ( )

    pi=

    L xn

    senxf mpar no intervalo [ ]L,L )

    dun

    Ldx dxL

    ndu L xn

    upi

    pipi===

    ( ) ( )[ ] 0ncosncosn

    LL xn

    cosn

    LdxL xn

    sen

    L

    L

    L

    L

    =pipipi

    =

    pi

    pi=

    pi

    00dx dxL xn

    sen0nL

    L

    L

    L

    ==

    pi=

    (c)

    =

    =

    0nm se L,nm se 0,

    dxL xn

    cosL

    xmcos

    L

    L

    pipi

    ( ) ( ) ( ) ( )[ ]( ) ( )

    nm se 0dxL

    xn-mcos

    L xnm

    cos 21dx

    L xn

    cosL

    xmcos

    vucosvucos21

    vcosucos : que LembrandoL

    L

    L

    L

    =

    +

    +=

    ++=

    pipipipi

    [ ] Lx21dx

    21dx1

    L xn2

    cos21dx

    L xn

    cos0nm LLL

    L

    L

    L

    L

    L

    2===

    +

    pi=

    pi=

    [ ] L2xdx2 21dx

    L xn

    cosL

    xmcos0nm LL

    L

    L

    L

    L

    ===

    pi

    pi==

    (d)

    =

    =

    0nm se L,nm se 0,

    dxL xn

    senL

    xmsen

    L

    L

    pipi (o produto de duas funes mpares par)

  • 21

    ( ) ( ) ( ) ( )[ ]vucosvucos21

    vsenusen : que Lembrando +=

    ( ) ( )nm se 0dx

    L xnm

    cosL

    xn-mcos

    21dx

    L xn

    senL

    xmsen

    L

    L

    L

    L

    =

    pi+

    pi=

    pi

    pi

    [ ] Lx21dx

    21dx

    L xn2

    cos121dx

    L xn

    sen0nm LLL

    L

    L

    L

    L

    L

    2===

    pi=

    pi=

    0dx0 21dx

    L xn

    senL

    xmsen0nm

    L

    L

    L

    L

    ==

    pi

    pi==

    (e) 0dxL xn

    senL

    xmcos

    L

    L

    =

    pipi (o produto de uma funo par por uma mpar mpar)

    ( ) ( ) ( ) ( )[ ]( ) ( )

    0dxL

    xm-nsen

    L xmn

    sen 21dx

    L xn

    cosL

    xmsen

    vusenvusen21

    vcosusen : que LembrandoL

    L

    L

    L =

    +

    +=

    ++=

    pipipipi

    Observaes:

    1a) Os resultados encontrados anteriormente continuam vlidos quando os limites de integrao L e L so substitudos por c e c + 2L, respectivamente, com Rc .

    2a) Funes ortogonais

    Definio 1: O produto interno ou produto escalar de duas funes ( )xf e ( )xg em um intervalo [a,b] o nmero

    ( ) ( ) ( )=b

    a

    dx xgxf g|f .

    Definio 2: Duas funes f e g so ortogonais em um intervalo [ ]b,a se

    ( ) ( ) ( ) 0dx xgxf g|fb

    a

    == .

    Assim, as funes ( )

    =

    L xn

    senxf pi e ( )

    =

    L xn

    cosxg pi so ortogonais no intervalo ( )L,L .

  • 22

    2.3 Srie de Fourier

    2.3.1 Definio

    Seja a funo f(x) definida no intervalo ( )L,L e fora desse intervalo definida como ( ) ( )xfL2xf =+ , ou seja, ( )xf 2L-peridica. A srie de Fourier ou a expanso de Fourier

    correspondente a f(x) dada por

    =

    +

    +

    1n

    nn0

    L xn

    senbL xn

    cosa2

    a pipi

    sendo que os coeficientes de Fourier nn0 b e a ,a so dados pelas expresses a seguir.

    ( )

    =

    L

    L

    0 dxxf L1

    a

    ( )

    =

    L

    L n dxL

    xncosxf

    L1

    api

    ( )

    pi=

    L

    L

    n dxL xn

    sen xfL1b

    2.3.2 Coeficientes

    Se a srie

    =

    +

    +

    1n

    nn L xn

    senbL xn

    cosaA pipi

    converge uniformemente para ( )xf em ( )L,L , mostre que, para K,3,2,1n = ,

    1. ( )

    =

    L

    L n dxL

    xncosxf

    L1

    api

    ;

    2. ( )

    pi=

    L

    L

    n dxL xn

    sen xfL1b ;

    3. 2

    aA 0= .

  • 23

    1. Multiplicando ( )

    =

    +

    +=

    1n

    nn L xn

    senbL xn

    cosaAxf pipi por

    L xm

    cospi

    e integrando de L

    a L, obtemos:

    ( )

    =

    =

    pi

    pi+

    pi

    pi+

    +

    pi=

    pi

    1nm,,1,2,3,n II

    L

    L n

    L

    L n

    I

    L

    L

    L

    L

    dxL xn

    senL

    xmcosbdx

    L xn

    cosL

    xmcosa

    dxL

    xmcosAdx

    L xm

    cosxf

    4444444444444 34444444444444 21

    444 3444 21

    KK

    Considerando 0m em I e mn = em II:

    ( ) LadxL

    xmcosxf m

    L

    L

    =

    pi

    ( )

    pi=

    L

    L

    m dxL xm

    cosxfL1

    a ou ( )

    pi=

    L

    L

    n dxL xn

    cosxfL1

    a

    Para 0n = , ( )

    =

    L

    L

    0 dxxf L1

    a . (2.3.2.1)

    2. Multiplicando ( )

    =

    +

    +=

    1n

    nn L xn

    senbL xn

    cosaAxf pipi por

    L xm

    senpi

    e integrando de L

    a L, obtemos:

    ( )

    =

    =

    pi

    pi+

    pi

    pi+

    +

    pi=

    pi

    1nm,,1,2,3,n I

    L

    L n

    L

    L n

    L

    L

    L

    L

    dxL xn

    senL

    xmsenbdx

    L xn

    cosL

    xmsena

    dxL

    xmsenAdx

    L xm

    sen xf

    4444444444444 34444444444444 21KK

    Considerando mn = em I:

  • 24

    ( ) LbdxL

    xmsen xf m

    L

    L

    =

    pi

    ( )

    pi=

    L

    L

    m dxL xm

    sen xfL1b ou ( )

    pi=

    L

    L

    n dxL xn

    sen xfL1b

    3. Integrando ( )

    =

    +

    +=

    1n

    nn L xn

    senbL xn

    cosaAxf pipi de L a L, obtemos:

    ( )

    =

    +

    +=

    1n

    L

    L n

    L

    L n

    L

    L

    L

    L

    dxL xn

    senbdxL xn

    cosadx Adxxf pipi

    Para ,,3,2,1n K= obtemos:

    ( ) AL2dxxf L

    L

    =

    ( ) dxxf L21A

    L

    L = (2.3.2.2)

    Comparando (2.3.2.1) e (2.3.2.2), conclumos que 2

    aAAL2La 00 == .

    Observao: Os resultados encontrados continuam vlidos quando os limites de integrao L e L so substitudos por c e c + 2L, respectivamente, com Rc .

    Teorema 1: Se ( )

    =1n

    n xu e ( )

    =1n

    n xv so uniformemente convergentes em bxa e se

    ( )xh contnua em bxa , ento as sries ( ) ( )[ ]

    =

    +

    1n

    nn xvxu , ( ) ( )[ ]

    =

    1n

    nn xvxu ,

    ( ) ( )[ ]

    =1

    n

    n xuxh e ( ) ( )[ ]

    =1n

    n xv xh so uniformemente convergentes em bxa .

    Demonstrao: KAPLAN, W. Clculo avanado. Vol 2. Pgina 393.

  • 25

    Teorema 2: Toda srie trigonomtrica uniformemente convergente uma srie de Fourier. Mais precisamente, se a srie

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) L+++++++ x3senbx3cosax2senbx2cosaxsenbxcosa2

    a332211

    0

    converge uniformemente a ( )xf para todo x , ento ( )xf contnua para todo x , ( )xf tem perodo pi2 e a srie trigonomtrica a srie de Fourier de ( )xf .

    2.3.3 Continuidade seccional ou por partes

    Uma funo seccionalmente contnua ou contnua por partes em um intervalo t se este intervalo pode ser subdividido em um nmero finito de intervalos em cada um dos quais a funo contnua e tem limites, direita e esquerda, finitos.

    Exemplo

    Figura 2: Funo seccionalmente contnua [13].

    2.3.4 Convergncia: condies de Dirichlet

    Peter Gustav Lejeune Dirichlet (1805-1859): matemtico alemo.

    Suponha que:

    (1) ( )xf definida em ( )L,L , exceto em um nmero finito de pontos;

    (2) ( )xf 2L-peridica fora de ( )L,L ;

    (3) ( )xf e ( )xf ' so seccionalmente contnuas em ( )L,L .

    Ento, a srie

    =

    +

    +

    1n

    nn0

    L xn

    senbL xn

    cosa2

    a pipi,

  • 26

    com coeficientes de Fourier, converge para:

    (a) f(x), se x um ponto de continuidade;

    (b) ( ) ( )2

    xfxf+ +

    , se x um ponto de descontinuidade.

    Observaes:

    1a) ( )+xf e ( )xf representam os limites laterais de f(x), direita e esquerda, respectivamente.

    ( ) ( )hxflimxf0h

    +=+

    + e ( ) ( )hxflimxf 0h = +

    2a) As condies (1), (2) e (3) impostas a f(x) so suficientes para a convergncia, porm no necessrias.

    Demonstrao: SPIEGEL, M.R.; WREDE, R.C. Clculo avanado. 2a ed. Porto Alegre: Bookman.

    Teorema fundamental: Seja ( )xf uma funo definida e muito lisa por partes no intervalo pipi x e seja ( )xf definida fora desse intervalo de tal modo que tenha perodo pi2 . Ento a srie

    de Fourier de ( )xf converge uniformemente a ( )xf em todo intervalo fechado que no contenha descontinuidades de ( )xf . Em cada descontinuidade 0x , a srie converge para

    ( ) ( )

    +

    +xflimxflim

    21

    00 xxxx.

    Demonstrao: KAPLAN, W. Clculo avanado. Vol 2. Pgina 461.

    Observao: Uma funo contnua por partes lisa por partes se em cada subintervalo tem derivada primeira contnua; muito lisa por partes se em cada subintervalo tem derivada segunda contnua.

    Teorema da unicidade: Sejam ( )xf1 e ( )xf2 funes seccionalmente contnuas no intervalo pipi x , de modo que ambas tenham os mesmos coeficientes de Fourier. Ento, ( ) ( )xfxf 21 = ,

    exceto talvez nos pontos de descontinuidade.

    Demonstrao: KAPLAN, W. Clculo avanado. Vol 2. Pgina 456.

  • 27

    2.4 Srie de Fourier de uma funo peridica dada

    Exemplo 1

    Seja ( )

  • 28

    ( )

    pi+

    pi=

    pi=

    5

    0

    0

    5

    L

    L

    n dx5 xn

    cos3dx5 xn

    cos051dx

    L xn

    cosxfL1

    a

    ( ) ( )[ ] 00sennsenn

    35 xn

    senn

    553

    a

    5

    0n =pi

    pi=

    pi

    pi=

    0a n =

    ( )

    pi+

    pi=

    pi=

    5

    0

    0

    5

    L

    L

    n dx5 xn

    sen3dx5 xn

    sen051dx

    L xn

    senxfL1b

    ( ) ( )[ ] ( )[ ]pipi

    =pipi

    =

    pi

    pi= ncos1

    n

    30cosncosn

    35 xn

    cosn

    553b

    5

    0n

    ( )[ ] ( )[ ]11n

    311n

    3b 1nnn +pi

    =

    pi=

    +

    ( )[ ]11n

    3b 1nn +pi

    =+

    Srie de Fourier de ( )xf :

    ( ) ( )

    =

    +

    pi+

    pi+=

    1n

    1n

    5x n

    senn

    11323

    xf

    ( )

    +

    pi+

    pi+

    pi+

    pi

    pi+= K

    5 x7

    sen72

    5 x5

    sen52

    5 x3

    sen32

    5 x

    sen123

    23

    xf

    ( )

    +

    pi+

    pi+

    pi+

    pi

    pi+= K

    5 x7

    sen71

    5 x5

    sen51

    5 x3

    sen31

    5 x

    sen6

    23

    xf

    ( ) ( )

    =

    pi

    pi+=

    1n5

    x1n2sen

    1n216

    23

    xf

  • 29

    (a) (b)

    Figura 4: (a) Expanso de f(x) em srie de Fourier com 19n = ; (b) expanso de f(x) em srie de Fourier com 49n = .

    d) Redefina f(x) para que a srie de Fourier venha a convergir para f(x) em 5x5 .

    ( )

    =

  • 30

    b) Expanda f(x) em uma srie de Fourier.

    pi=pi== L2L2P

    Lembre-se de que a funo est definida em ( )L2,0 , e no em ( )L,L .

    ( ) ( )3

    80831

    3x1dx x1dxxf

    L1

    a2

    32

    0

    32

    0

    2

    L2c

    c

    0pi

    =pipi

    =

    pi=

    pi==

    pipi+

    38

    a2

    0pi

    =

    ( ) ( )pi+

    pi=

    pi=

    2

    0

    2

    L2c

    c

    n dxnxcos x1dx

    L xn

    cosxf L1

    a (2.4.1)

    Usando integrao por partes, temos que:

    = vduuvudv

    ( ) ( )n

    nxsen v,dxnxcosdv 2xdx,du ,xu 2 ====

    ( ) ( ) ( ) = dxnxsen xn2

    n

    nxsenxdxnxcosx2

    2

    ( ) ( )n

    nxcos v,dxnxsendv dx,du ,xu ====

    ( ) ( ) ( ) ( )

    += dxnxcos

    n

    1n

    nxcosx

    n

    2n

    nxsenxdxnxcosx2

    2

    ( ) ( ) ( ) ( ) ++= Cnnxsen2

    n

    nxcosx2n

    nxsenxdxnxcosx 322

    2

    Voltando a (2.4.1), obtemos:

    ( ) ( ) ( ) ( )pipi

    +

    pi=

    pi=

    2

    032

    22

    0

    2n

    n

    nxsen2n

    nxcosx2n

    nxsenx1dxnxcos x1a

  • 31

    22n n

    40n

    41a =

    pi

    pi=

    2n n

    4a =

    ( ) ( )pi+

    pi=

    pi=

    2

    0

    2

    L2c

    c

    n dxnxsen x1dx

    L xn

    senxf L1b (2.4.2)

    Usando integrao por partes, temos que:

    ( ) ( )n

    nxcos v,dxnxsendv 2xdx,du ,xu 2 ====

    ( ) ( ) ( ) += dxnxcos xn2

    n

    nxcosxdxnxsenx2

    2

    ( ) ( )n

    nxsen v,dxnxcosdv dx,du ,xu ====

    ( ) ( ) ( ) ( )

    += dxnxsen

    n

    1n

    nxsen x

    n

    2n

    nxcosxdxnxsenx2

    2

    ( ) ( ) ( ) ( ) +++= Cnnxcos2

    n

    nxsen x2n

    nxcosxdxnxsenx 322

    2

    Voltando a (2.4.2), obtemos:

    ( ) ( ) ( ) ( )pipi

    ++

    pi=

    pi=

    2

    032

    22

    0

    2n

    n

    nxcos2n

    nxsen x2n

    nxcosx1dxnxsen x1b

    n

    4n

    2n

    2n

    41b 332

    n

    pi=

    +

    pi

    pi=

    n

    4bnpi

    =

  • 32

    Srie de Fourier de ( )xf :

    ( ) ( ) ( )

    =

    pi+

    pi=

    1n

    2

    2

    n

    nxsen

    n

    nxcos43

    4xf (2.4.3)

    Em 0x = , (2.4.3) converge para a mdia dos limites laterais, ou seja

    22

    22

    04pi=

    +pi.

    Figura 6: (a) Expanso de f(x) em srie de Fourier com 10n = ; (b) expanso de f(x) em srie de Fourier com 20n = .

    c) Usando a srie de Fourier de f(x), prove que 64

    131

    211

    n

    1 2222

    1n

    2pi

    =++++=

    =

    L .

    Considerando 0x = em (3), temos que:

    =

    +pi

    =pi

    1n

    2

    22

    n

    143

    42

    32

    342

    n

    1422

    2

    1n

    2pi

    =

    pipi=

    =

  • 33

    ( )

    >

    +

  • 34

    Exerccios

    01. Seja ( ) pi+= xxf , pipi

  • 35

    03. Seja o sinal representado no grfico abaixo.

    4 3 2 1 1 2 3 4 5

    4

    3

    2

    1

    1

    2

    3

    4

    x

    y

    Figura 8: Sinal.

    a) Determine a srie de Fourier correspondente ao sinal.

    R.: ( ) ( ) ( )

    =

    +

    pi+

    pi+=

    1n

    1n

    xnsenn

    1141xf

    b) Para quanto converge a srie de Fourier do sinal em 1x = ? E em 2x = ?

    R.: 1

    c) Use a srie de Fourier determinada em (a) para calcular para quanto converge a srie numrica

    =1n

    2n

    1.

    R.: 6

    2pi

    d) Plote simultaneamente os grficos de ( )xf e da srie de Fourier de ( )xf .

    2.5 Funes pares e funes mpares

    Uma funo f(x) par se

    ( ) ( )xfxf = .

    Assim, ( ) 21 xxf = , ( ) 5x4x2xf 262 += , ( ) ( )xcosxf3 = e ( ) xx4 eexf += so funes pares.

  • 36

    Figura 9: Grfico da funo ( ) xx eexf += .

    Uma funo f(x) mpar se

    ( ) ( )xfxf = .

    Assim, ( ) 31 xxf = , ( ) x2x3xxf 352 += , ( ) ( )xsenxf3 = e ( ) ( )x3tgxf 4 = so funes mpares.

    Figura 10: Grfico da funo ( ) x2x3xxf 35 += .

    Teorema Propriedades das funes pares e mpares

    (a) O produto de duas funes pares par.

    (b) O produto de duas funes mpares par.

    (c) O produto de uma funo par e uma funo mpar mpar.

    (d) A soma (ou diferena) de duas funes pares par.

  • 37

    (e) A soma (ou diferena) de duas funes mpares mpar.

    (f) Se f par, ento ( ) ( ) =

    a

    0

    a

    a

    dxxf 2dxxf .

    (g) Se f mpar, ento ( ) 0dxxf a

    a

    =

    .

    Demonstrao

    Seja ( ) ( ) ( )xg xfxF = .

    (a) Suponhamos f(x) e g(x) funes pares. Assim:

    ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

    ( ) par xFxFxg xfx-g xfxF

    xgx-g ,xfxf

    ===

    ==

    b) Suponhamos f(x) e g(x) funes mpares. Logo:

    ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( )

    ( ) par xFxFxg xf xg-xfx-g xfxF

    xgx-g ,xfxf

    ====

    ==

    (c) Suponhamos f(x) par e g(x) mpar. Ento:

    ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( )

    ( ) mpar xFxFxg xf xg-xfx-g xfxF

    xgx-g ,xfxf

    ====

    ==

    Seja ( ) ( ) ( )xg xfxF = .

    (d) Suponhamos f(x) e g(x) funes pares. Dessa forma:

    ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

    ( ) par xFxF xgxfx-g xfxF

    xgx-g ,xfxf

    =====

    (e) Suponhamos f(x) e g(x) funes mpares. Assim:

  • 38

    ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( )

    ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( )

    ( ) mpar xFxFxgxf xgxfx-g xfxF

    mpar xFxFxgxf xgxfx-g xfxF

    xgx-g ,xfxf

    ==+==

    =+==+=

    ==

    (f) f(x) par ( ) ( )xfxf =

    ( ) ( ) ( ) ( )

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

    =+=+=

    ===

    a

    0

    a

    0

    a

    0

    a

    0

    0

    a

    a

    a

    a

    0

    a

    0

    0

    a

    0

    a

    dxxf 2dxxf dxxf dxxf dxxf dxxf

    dxxf dxxf dxxf dxxf

    (g) f(x) mpar ( ) ( )xfxf =

    ( ) ( ) ( ) ( )

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 0dxxf dxxf dxxf dxxf dxxf

    dxxf dxxf dxxf dxxf

    a

    0

    a

    0

    a

    0

    0

    a

    a

    a

    a

    0

    a

    0

    0

    a

    0

    a

    =+=+=

    ===

    Exemplo

    ( ) ( ) ( ) ] [= ,- x,x3senx2cosxxf 5

    ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( )[ ]

    ( ) ( )( )xf

    x3senx2cosx x3senx2cos-x

    x3senx2cosxxf

    5

    5

    5

    =

    =

    =

    =

    ( )xf funo par

    Exerccios

    Verifique a paridade das seguintes funes:

    01. ( ) ( ) ( )x4cosxsenxf = , ] [ ,x

    02. ( ) ( ) ( )x5cosx2cosxf = , ] [ ,x

    03. ( ) ( ) ( )xsenx3senxf = , ] [ ,x

    04. ( ) ( ) ( ) ( )x2senxcosx5senxf = , ] [ ,x

  • 39

    05. ( ) ( )x2senxxf 4= , ] [ ,x

    06. ( ) ( )x3cosxxf 2= , ] [ ,x

    07. ( ) ( ) ( )x4senxcosxxf 7= , ] [ ,x

    08. ( ) ( ) ( )x2cos2xxf += , ] [ ,x

    09. ( ) ( )xsenexf x= , ] [ ,x

    10. ( ) ( ) ( ) ( )xsenx3coseexf xx += , ] [ ,x

    11. ( ) xexxf += , ] [ ,x

    12. ( )x

    1xf = , ] [ ] [ ,00,x

    13. ( ) ( ) ( ) ( )x8cosx10seneex

    1xf xx2

    += , ] [ ] [ ,00,x

    14. ( ) ( ) ( ) ( )x3senxcoseexf xx = , ] [ ,x

    2.6 Srie de Fourier de cossenos

    Se f(x) uma funo par em ( )L,L , ento temos que:

    ( ) ( )

    ( ) ( )

    ( ) 0dxL xn

    senxfL1b

    dxL xn

    cosxf L2

    xdL xn

    cosxf L1

    a

    dxxf L2dxxf

    L1

    a

    L

    L mpar funo

    n

    L

    0

    L

    L par funo

    n

    L

    0

    L

    L 0

    =

    =

    =

    =

    ==

    44 344 21

    44 344 21

    pi

    pipi

    Srie de Fourier de cossenos: ( )

    =

    +=

    1n

    n0

    L xn

    cosa2

    axf pi

    Exemplos

    01. Expanda ( )

  • 40

    R.: ( ) ( )

    =

    +=

    1n

    2

    n

    2 2 xn

    cosn

    1141xf pipi

    4 3 2 1 1 2 3 4 5

    4

    3

    2

    1

    1

    2

    3

    4

    x

    y

    Figura 11: Grfico da funo ( )

  • 41

    ( ) ( ) ==

    L

    0

    L

    L par funo

    n dxL xn

    senxfL2dx

    L xn

    senxfL1b pipi

    44 344 21

    Srie de Fourier de senos: ( )

    =

    =

    1n

    n L xn

    senbxf pi

    Exemplo

    Expanda ( ) 2x2- ,xxf

  • 42

    b) Determine para quanto converge a srie ( )

    =

    +

    1n

    1n

    1n21

    .

    R.: 4pi

    02. Calcule a srie de Fourier do sinal peridico representado no grfico (a) da figura abaixo.

    (a) (b)

    Figura 13: (a) Sinal; (b) Srie de Fourier do sinal com cinco harmnicos.

    R.: ( )

    =

    +=

    1n

    22 2 xn

    cosn

    12

    ncos

    823

    xf pipi

    pi

    03. Calcule a srie de Fourier do sinal peridico representado no grfico (a) da figura abaixo.

    (a) (b)

    Figura 14: (a) Sinal; (b) Srie de Fourier do sinal com vinte harmnicos.

  • 43

    9 8 7 6 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9

    3

    2

    1

    1

    2

    3

    x

    y

    R.: ( )( )

    =

    =

    1n

    n

    2 xn

    senn

    2n

    senn

    216

    xf pipi

    pi

    pi

    04. Seja ( )

  • 44

    06. Seja ( ) ( ) ( ) ( )xf2xf ,x- ,x3cosxxf/RR:f =pi+pi

  • 45

    1 1

    1

    x

    y

    Figura 16: Srie de Fourier da onda quadrada ( )

  • 46

    Demonstrao

    Assumimos que a srie de Fourier correspondente a ( )xf converge uniformemente para ( )xf em ( )L,L e que:

    ( ) ( )

    ( ) ( )

    ( ) ( ) LbdxL xn

    senxf dxL xn

    senxfL1b

    L a dxL xn

    cosxf dxL xn

    cosxfL1

    a

    Ladxxf dxxf L1

    a

    n

    L

    L

    L

    L n

    n

    L

    L

    L

    L n

    0

    L

    L

    L

    L 0

    =

    =

    =

    =

    ==

    pipi

    pipi

    Dessa forma, multiplicando

    ( )

    =

    +

    +=

    1n

    nn0

    L xn

    senbL xn

    cosa2a

    xf pipi

    por ( )xf e integrando termo a termo de L a L, temos que:

    ( )[ ] ( ) ( ) ( )

    ( )[ ] ( )

    ( )[ ] ( )

    ( )[ ] ( )

    =

    =

    =

    =

    ++=

    ++=

    ++=

    +

    +=

    1n

    2n

    2n

    20

    L

    L

    2

    1n

    2n

    2n

    20

    L

    L

    2

    1n

    nnnn00

    L

    L

    2

    1n

    L

    L n

    L

    L n

    L

    L

    0L

    L

    2

    ba2

    adxxf L1

    ba2

    aLdxxf

    LbbLaaLa2

    adxxf

    dxL xn

    senxfbdxL xn

    cosxfadxxf 2

    adxxf pipi

    Aplicaes

    Convergncia de sries. Verificar se uma srie trigonomtrica a srie de Fourier de uma funo f(x).

  • 47

    Exerccio

    Seja ( )

  • 48

    90n1 4

    1n

    4pi

    =

    =

    (2.10.1)

    Empregando (2.9.1) e (2.10.1), temos que:

    ( )

    ( )

    ( ) 1440n21

    14401516

    9690n21

    81

    61

    41

    21

    n21

    4

    1n

    4

    4444

    1n

    4

    4444

    1n

    4

    pi

    pipipipi

    =

    ==

    ++++=

    =

    =

    =

    L

    2.11 Derivao e integrao da srie de Fourier

    Teorema 1: Se ( ){ } K1,2,3,n ,xu n = , forem contnuas em [ ]b,a e se ( )

    =1n

    n xu convergir

    uniformemente para a soma ( )xS em [ ]b,a , ento

    ( ) ( )

    =

    =

    1n

    b

    a

    n

    b

    a

    dxxu dxxS ou ( ) ( )

    =

    =

    =

    1n

    b

    a

    n

    b

    a 1n

    n dxxu dxxu .

    Assim, uma srie uniformemente convergente de funes contnuas pode ser integrada termo a termo.

    Teorema 2: Se ( ){ } K1,2,3,n ,xu n = , forem contnuas e tiverem derivadas contnuas em [ ]b,a e se ( )

    =1n

    n xu convergir para ( )xS enquanto ( )

    =1n

    '

    n xu uniformemente convergente em [ ]b,a , ento em [ ]b,a

    ( ) ( )

    =

    =

    1n

    '

    n

    '

    xuxS ou ( ) ( )

    =

    =

    =

    1n

    n

    1n

    n xudxd

    xudxd

    .

    Dessa forma, a srie pode ser derivada termo a termo.

    Observao: Os teoremas 1 e 2 oferecem condies suficientes, porm no necessrias.

  • 49

    Teorema 3: A srie de Fourier correspondente a f(x) pode ser integrada termo a termo de a a x,

    e a srie resultante convergir uniformemente para ( )x

    a

    duuf desde que f(x) seja seccionalmente contnua em LxL e ambos, a e x, pertenam a esse intervalo.

    Exemplo

    Seja ( ) 2x2- ,xxf

  • 50

    Em (1), se a soma

  • 51

    b) Mostrar que os coeficientes de Fourier nn0 b e a ,a podem ser escritos como uma nica

    integral ( ) K3,2,1,0,n ,dxexf L21

    c

    L

    L-

    Lx ni

    n ==

    pi

    .

    a) Recordando as identidades de Euler (Leonhard Euler (1707-1783): matemtico suo)

    ( ) ( ) sen icose i =

    Seja ( ) ( ) ( )[ ] xiexsen ixcosxf += . (2.12.1)

    ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ]( ) xi xi eixsen ixcosexsen xcosixfdxd

    ++=

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( )xf0exsen xcosixsen xcosixfdxd

    xi =+= constante

    ( ) ( ) ( )[ ] ( ) 1e0sen i0cos0f 0i =+=

    ( ) 1xf =

    Voltando a (2.12.1), temos que:

    ( ) ( )[ ] ( ) ( ) xi xi exsen ixcosexsen ixcos1 =++=

    Assim:

    =

    +

    =

    +

    =

    L xn

    sen iL xn

    cosL xn

    sen iL xn

    cose

    L xn

    sen iL xn

    cose

    L xni

    L xni

    pipipipi

    pipi

    pi

    pi

    As igualdades anteriores conduzem a:

    i2ee

    L xn

    sen

    2ee

    L xn

    cos

    L xni

    L xni

    L xni

    L xni

    pipi

    pipi

    pi

    pi

    =

    +=

    Substituindo as igualdades acima na srie de Fourier de ( )xf , temos que:

  • 52

    ( )

    ( )

    ( )

    ( )

    ( )

    =

    =

    =

    =

    =

    ++

    +=

    +

    ++=

    +

    ++=

    ++

    +=

    +

    +=

    1n

    L xni

    nnL xni

    nn0

    1n

    L xni

    nnL xni

    nn0

    1n

    L xni

    nnL xni

    nn0

    1n

    L xni

    L xni

    n

    L xni

    L xni

    n0

    1n

    nn0

    e2

    ibae

    2iba

    2a

    xf

    ei2bia

    ei2bia

    2a

    xf

    ei2

    b2

    ae

    i2b

    2a

    2a

    xf

    i2eeb

    2ee

    a2a

    xf

    L xn

    senbL xn

    cosa2a

    xf

    pipi

    pipi

    pipi

    pipipipi

    pipi

    Considerando 2

    ibac nnn

    = e cca

    2iba

    c nnnnn

    n- +=+

    = e ( )nnn ccib = :

    ( )

    =

    pi

    =

    n

    ni

    necxf L x

    2a

    c0n 00 ==

    Exerccio

    Mostre que ( )

    =

    =

    nm se 2L,nm se ,0

    dxe L

    L-

    Lx mni pi

    b) Multiplicando ( )

    =

    =

    n

    L xni

    necxfpi

    por L xmi

    epi

    e integrando de L a L, obtemos:

    ( )

    ( ) ( )

    =

    =

    =

    =

    n

    L

    L-

    Lx mni

    n

    L

    L-

    Lx mi

    n

    L

    L-

    Lx mi

    Lx ni

    n

    L

    L-

    Lx mi

    dxe cdxexf

    dxee cdxexf

    pipi

    pipipi

  • 53

    Considerando mn = :

    ( )

    ( )

    =

    =

    L

    L-

    Lx ni

    n

    n

    L

    L-

    Lx ni

    dxexf L21

    c

    L2cdxexf

    pi

    pi

    Outra forma de mostrar:

    ( ) ( ) ( )

    ( )

    =

    ==

    L

    L n

    L

    L

    L

    L nnn

    dxL xn

    sen iL xn

    cosxf L21

    c

    dxL xn

    senxfL1idx

    L xn

    cosxfL1

    21iba

    21

    c

    pipi

    pipi

    ( )

    =

    L

    L

    L xni

    n dxexf L21

    cpi

    ( ) ( )2

    acac2dxxf

    L1

    c2dxxfL21

    c 0000

    L

    L0

    L

    L0 ====

    Exemplo

    ( ) 2L4P 2,x2- ==

  • 54

    0c0n 0 == (substitua n por 0 em (2.12.2))

    ( )

    =

    pi

    =

    n

    ni

    n ecxf L x

    ( ) ( ) ( )

    =

    pi

    =

    pi

    pi=

    pi=

    n

    nin

    n

    nie

    n

    1i2e1

    n

    i2xf 2

    x

    2 x

    n

    Verificando a equivalncia entre as formas exponencial e usual:

    ( ) ( )

    =

    pi

    pi

    pi=

    n

    n

    2 xn

    sen2 xn

    cos in

    12xf

    Para n opostos, ( )

    pi

    2 x

    nn

    cosin

    1 se anula e ( )

    pi

    2 xn

    senn

    1 n duplica. Assim:

    ( ) ( )

    =

    +

    pi

    pi=

    1n

    1n

    2 xn

    senn

    14xf

    0dxx41

    c

    20 ==

    2

    Exerccios

    01. Determine a srie de Fourier na forma exponencial de ( ) xexf = , pi

  • 55

    R.: ( ) ( )

    =

    pi+

    ==+

    pi=

    n

    05 xni1n

    0c0n ,en

    11i10xf ou ( )

    ( )

    =

    pi

    pi=

    n

    5 x 1n2i

    1n2ei20

    xf

    03. Seja ( ) ( ) ( )xf2xf ,x- ,x2xf =pi+pipi= (2)

    Uma equao diferencial parcial (EDP) uma igualdade envolvendo as derivadas de uma funo de duas ou mais variveis independentes.

    Exemplos

    ( ) ( ) 0 t2,x0 ,t,xu2t,xu xxt >

  • 56

    ( ) ( ) 1y0 1,x0 ,xy2y

    y,xux

    y,xu2

    2

    2

    2

  • 57

    ( ) ( )( )( )

    +=

    ax x,0ax x,1

    axx0

    00 e u ( )[ ]

    +=+

    ax x,0ax x,1

    axx0

    00 .

    Considerando

    ( ) ( )0a0a0 xxlimxx = ,

    temos a distribuio delta de Dirac

    ( )

    =

    =0

    00

    x xse 0,x xse ,

    xx . (3.13.2)

  • 121

    A distribuio (3.13.2) pode ser escrita como ( ) ( )

    =

    ==c xse 0,c xse ,

    cxxc .

    Quando 0c = , temos que ( )

    =

    =0 xse 0,0 xse ,

    x .

    Fisicamente, o delta de Dirac pode ser interpretado como um impulso de energia em um sistema, razo pela qual recebe o nome de funo impulso de Dirac.

    3.13.1 Propriedades do delta de Dirac

    A distribuio delta de Dirac ( )x= apresenta as seguintes propriedades:

    1. ( ) 0 xse ,0x = ;

    2. ( ) ( ) Rx ,xx = ;

    3. ( ) = 0 ;

    4. ( ) ( ) ( ) ( )x0fxxf = se ( )xf for contnua em 0x = ;

    5. ( ) ( ) ( ) ( )000 xxxfxxxf = se ( )xf for contnua em 0xx = ;

    6. ( ) 1dxx

    =

    ;

    7. ( )( ) ( )xfxf = , se ( )xf contnua;

    8. ( ) ( ) ( )0fdxxxf

    =

    , se ( )xf contnua em 0x = ;

    9. ( )( ) ( )cfxf c = , se ( )xf contnua em cx = ;

    10. ( ) = x u ( )dxd

    x'

    = u ( )x , onde u ( )x a funo degrau unitrio;

    11. ( ) ( )xa

    1ax = .

    Observao: Mais informaes a respeito do delta de Dirac podem ser obtidas em HSU, H.P. Sinais e sistemas. Porto Alegre: Bookman.

  • 122

    3.13.2 Transformada de Fourier do delta de Dirac

    Aplicando a transformada de Fourier propriedade 7, temos que:

    ( )( ) ( )xfxf =

    ( )( ){ } ( ){ }xfxf = ( ){ } ( ){ } ( ){ }xfxxf =

    ( ){ } 1x =

    { } ( )x11 =

    Dessa maneira, podemos escrever o par de transformadas

    ( ) 1 x .

    3.14 Mtodos para obter a transformada de Fourier

    3.14.1 Uso da definio

    Mostre que { } ( ) 0aRe ,a

    a2e 22

    xa >+

    = .

    =

    0 x,e 0 x,e

    eax

    axxa

    { } ( ) ( )

    +

    +

    +=+=

    0

    xia

    0

    xia

    0

    xiax

    0

    xiaxxa dxe dxe dxee dxee e

    ( ) ( ) 2

    21

    1

    k

    0

    xia

    k

    0

    k

    xia

    k iaelim

    iaelim

    ++

    +=

    +

    +

    ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ] 22

    11

    k

    0

    ax

    k

    0

    k

    ax

    k ia xsen i xcoselim

    ia xsen i xcoselim

    +

    ++

    +

    +=

  • 123

    ( ) ( )[ ]( )

    ( ) ( )[ ]( )

    +

    +

    ++

    +

    +

    +

    +=

    >

    >

    ia1

    iak sen ik coselim

    iak sen ik cose

    ia1lim

    0 aRe se 0

    22ak

    k

    0 aRe se 0

    11ak

    k

    2

    2

    1

    1

    44444 344444 21

    44444 344444 21

    ( )( ) 222222 a

    a2a

    a2ai

    iaiaia

    1ia

    1+

    =

    =

    ++=

    +

    +=

    Exemplo 1

    { } ( )136

    3232

    edxe 222

    x3

    xi2x3 | =+===

    +

    Exemplo 2

    Seja ( ) xa6exxf/RR:f = .

    1. Determine ( ) ( ){ }xfF = .

    Lembrando que ( ){ } ( ) ( )( ) ( ) ( ){ }xfF ,Fixfx nnn == e que { } 22xa aa2e += , 0a > , temos que:

    { } ( ) ( )

    ( ) ( )( ) ( )

    ( ) ( )

    ( )( ) ( ) ( )

    ( )( ) ( )

    ( ) ( )

    ( )

    +

    =

    +

    =

    +

    +

    =

    +

    ++

    =

    +

    =

    +

    +

    =

    +

    ++

    =

    +

    =

    +

    =

    +=

    +==

    422

    23

    3

    3

    422

    23

    3

    3

    422

    2222

    3

    3

    622

    22222322

    3

    3

    322

    22

    4

    4

    322

    222

    4

    4

    422

    22222

    4

    4

    2225

    5

    2225

    5

    226

    6

    226

    66xa6

    a

    a

    dd

    a48

    a

    a1212dd

    a4a

    63aa6dd

    a4

    a

    2a33aa6dd

    a4a

    3add

    a4

    a

    4add

    a4a

    2a2add

    a4

    add

    a4a

    2dd

    a2

    a

    1dd

    a2a

    a2ddiF ex

  • 124

    ( )( ) ( ) ( )( )

    ( )( ) ( )( )

    +

    +

    =

    +

    ++

    =

    522

    232222

    2

    2

    822

    3222342222

    2

    2

    a

    8aaa3dd

    a48

    a

    2a4aaa3dd

    a48

    ( )

    ( )

    ( )( )( ) ( ) ( )

    ( )( )( ) ( )

    ( )

    ( )

    ( ) ( )( )( ) ( ) ( )

    ( )( )( ) ( )

    ( )

    ( )

    ( )

    +

    +=

    +

    ++=

    +

    +++=

    +

    ++++=

    +

    +

    =

    +

    +

    =

    +

    +++

    =

    +

    +

    =

    +

    ++

    =

    +

    =

    +

    =

    +

    ++

    =

    722

    642246

    722

    624426

    722

    4325224224

    1222

    52243256224224

    622

    4325

    622

    4325

    622

    4532325432

    622

    44222232

    1022

    422442252232

    522

    4422

    2

    2

    522

    4422

    2

    2

    522

    224422224

    2

    2

    a

    7a35a21a1440a

    a

    a3a63a10521a480

    a

    12a3a103aa3a3015a480

    a

    2a6a3a103aa3a3015a480

    a

    a3a103dd

    a480a

    a30a10030dd

    a48

    a

    a1050a100a2020a20a20dd

    a48

    a

    10a5a10a20a20dd

    a48

    a

    2a5a5a10a20a20dd

    a48

    a

    a5a10dd

    a48

    a

    a5a10dd

    a48

    a

    a88aaa33dd

    a48

    { } ( ) 0a ,a7a35a21a1440aex 722

    642246xa6 >

    +

    +=

    (3.14.1.1)

  • 125

    11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

    7

    6

    5

    4

    3

    2

    1

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    11

    x

    y

    2. Plote os grficos de ( )xf e de ( ) ( ){ }xfF = para 2a = e comente-os.

    ( ) x26exxf = ( ) ( )

    +

    += 72

    642

    47140336642880F

    Figura 52: Grfico de ( ) ( )

    +

    += 72

    642

    47140336642880F (azul) e de ( ) x26exxf = (vermelho).

    Comentrios: ( )xf e ( )F so funes 1. que se anulam no infinito; 2. pares; 3. limitadas; 4. contnuas; 5. absolutamente integrveis; 6. pertencentes ao espao de Schwarz.

    3. Calcule ( )

    +

    + 72642

    1xx7x35x211

    .

    Considerando 1a = em (3.14.1.1), temos que

  • 126

    ( ) x6exxf = e ( ) ( )

    +

    += 72

    642

    17352111440F .

    Propriedade da simetria (dualidade): ( ){ } ( ) ( ){ } ( )=pi= Fxf ,f2xF

    ( ) ( )

    pi

    =

    pi

    =pi

    =

    +

    +

    0 se ,e720

    0 se ,e720

    e720

    e1440

    21x

    x7x35x211

    6

    6

    6672

    642

    3.14.2 Uso de equaes diferenciais

    Mostre que a22ax 22

    ea

    2e

    pi =

    e, conseqentemente, 22x

    22

    e 2e

    pi

    =

    , sendo

    ( ) 2axexf = a funo gaussiana e 0a > .

    Seja ( ) 2ax2

    exf

    = . Ento, ( )xf satisfaz equao diferencial ordinria de primeira ordem

    ( ) ( ) 0xaxfxf ' =+ . (3.14.2.1)

    Aplicando a transformada de Fourier a ambos os lados de (3.14.2.1), obtemos:

    ( ){ } ( ){ } { }0xf xaxf ' =+

    ( ) ( ) ( ) 0FddiaF i =+

    ( ) ( )

    F iFddi a =

    ( )( ) ( )[ ]

    aFln

    dd

    addF

    F1

    =

    =

    ( )[ ]

    =

    da

    dFlndd

    ( ) 12

    C2a

    1F ln +=

  • 127

    ( ) a22

    CeF

    = (3.14.2.2)

    Aplicando a transformada inversa de Fourier a (3.14.2.2), chegamos a

    ( ) ( ){ } ( )

    pi

    =pi

    ==

    xia2

    xi1 deCe 21deF

    21Fxf

    2

    . (3.14.2.3)

    Considerando 0x = em (3.14.2.3), temos que

    ( )C

    de C2de de

    2C10f

    0

    a2

    a2

    a2

    222

    pi=

    pi=

    pi==

    . (3.14.2.4)

    Calculando a integral em (3.14.2.4):

    dua2d ,ua2ua2

    22

    ===

    0a ,u ,0u0 >

    Cdue a2dua2e de

    0

    u

    0

    u

    0

    a2 222

    pi===

    (3.14.2.5)

    Calculando a integral em (3.14.2.5):

    dww21

    ud ,wwuwu 21

    21

    2 ====

    wu ,0w0u

    221

    21dwew

    21dww

    21

    e due

    0

    w21

    0

    21

    w

    0

    u2 pi=

    ===

    (3.14.2.6)

    Substituindo (3.14.2.6) em (3.14.2.5), obtemos

    a

    2a2

    2CC2

    a2 pipi

    pipipi=== . (3.14.2.7)

    Substituindo (3.14.2.7) em (3.14.2.2), temos que

    ( ) a22

    ea

    2Fpi

    = . (3.14.2.8)

  • 128

    Considerando 1a = em (3.14.2.8), conclumos que 22x

    22

    e 2e

    pi

    =

    .

    Exemplo

    { }4

    92

    3

    3

    x

    xi3x

    ee

    22

    edxe 2

    22 | pi=pi== =

    +

    3.14.3 Decomposio em fraes parciais

    Seja ( ) ( )6i8

    i410F 2+

    =

    . Determine ( ){ }F1 .

    ( )i 104i10i42

    40i806i 82 ====+

    ( ) ( )[ ] ( )[ ]i 104 i 104 i 1040F + = (3.14.3.1)

    Decompondo (3.14.3.1) em fraes parciais, temos que:

    ( ) ( )[ ] ( )[ ] ( ) ( )i 104Bi 104Ai 104 i 104 i 1040F ++=+ = (3.14.3.2)

    ( )[ ] ( )[ ]i 104Bi 104Ai 1040 ++=

    ( ) ( )[ ] ( ) BAB i 104A i 104i 1040 ++++=

    ( ) ( ) i -5B i, 5A40 B i 104A i 104i 10B A

    ==

    =++

    =+ (3.14.3.3)

    Substituindo (3.14.3.3) em (3.14.3.2), obtemos:

    ( ) ( ) ( )i 104 i 5i 104 i 5F +=

    ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )( )iii 104 i 5iii 104 i 5F +=

    ( ) ( ) ( ) i 104 5 i 104 5F ++++=

  • 129

    ( ) ( ) ( ) i 104 5 i 104 5F += (3.14.3.4)

    Sabemos que { axe u ( )x } ( ) 0,aRe , ia

    1>

    = u ( )

    =

    0 x0,0 x,1

    x . (3.14.3.5)

    Aplicando a transformada inversa de Fourier a (3.14.3.4) e empregando (3.14.3.5), chegamos a

    ( ) ( ){ } ( ) ( )

    +

    ==

    >

    >

    i 104 15

    i 104 15Fxf

    0

    1

    0

    11

    4342143421

    ( ) x 104e5 = u ( ) ( ) x 104e5x + u ( )x

    5= u ( ) ( ) ( )[ ]x 104x 104 eex + +

    5= u ( ) [ ]x 10x 10x4 eeex +

    ( )x10coshe10 x4= u ( )x .

    Exerccios

    01. Seja ( ) ( )

    pi>

    pi=

    x ,0 x ,xsen

    xf . Determine ( ){ }xf .

    R.: ( ){ } ( )21sen i2

    xf

    pi

    =

    02. Use uma transformada de Fourier conhecida e as propriedades operacionais para calcular { }x2ex .

    R.: { } ( )( )322

    x2

    1134

    ex+

    =

    03. Calcule ( ){ }x2 ex1 .

    R.: ( ){ } ( )( )

    ( )322

    222x2

    1134

    1i8

    12

    ex1+

    +

    +=

  • 130

    9 8 7 6 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    3

    2

    1

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    x

    y

    04. Seja ( ) ( ) 0aRe ,ax

    1xf/CR:f 22 >+

    = .

    a) A funo ( )xf absolutamente integrvel? Calcule, se possvel,

    +

    22 dxax1

    .

    R.: ( ) 0aRe ,a

    >pi

    b) Mostre que ( ) 0aRe ,eaax

    1 a22 >

    pi=

    + .

    3.15 Transformada de Fourier de algumas funes

    Discutiremos tambm a transformada de Fourier de algumas funes que no so absolutamente integrveis.

    3.15.1 A funo constante unitria

    A funo constante unitria pode ser vista como o caso limite da funo pulso.

    Funo pulso: ( )

    >

    += , onde u ( )

    >

    22 a

    a2+

    ( ) 0aRe ,ax

    122 >+

    pi ae

    a

  • 135

    xe ( )1

    1F 2C +=

    ( )1

    F 2S +=

    2x

    2

    e

    2

    2

    e 2

    pi

    0a,e 2ax2

    >

    a2

    2

    ea

    2 pi

    axe u ( ) ( ) 0,aRe ,x > u ( )

    =

    c x0,c x,1

    cx ia

    1

    axn ex u ( ) ( ) 0,aRe ,x > u ( )

    =

    c x0,c x,1

    cx ( ) 1nia!n

    +

    ( )

    =

    =

    0 x0,0 x,

    x

    1

    ( ) ( )

    >

    ==

    ax ,0ax ,1

    xf ,xflim1a

    ( )pi2

    ( )

    =

    0 x,10 x,1

    xsgn

    i2

    u