A Esfera Divina e Mística
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A ESFERAA ESFERA
DIVINADIVINA
E MÍSTICAE MÍSTICA
© 1996 Living Stream Ministry
Witness Lee
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CONTEÚDO
1. Conhecer Esta Era
2. Entrar na Esfera Divina e Mística do Ministério Celestial
de Cristo
3. A Esfera Divina e Mística do Espírito Consumado e o
Cristo Pneumático
4. “O Próprio Espírito com o Nosso Espírito” A Chave para
Abrir as Oito Seções da Salvação Orgânica de Deus (1)5. “O Próprio Espírito com o Nosso Espírito” A Chave para
Abrir as Oito Seções da Salvação Orgânica de Deus (2)
6. A Única Base das Igrejas Locais de Deus e a Unidade
Única do Corpo Universal de Cristo
Este livro é composto de mensagens dadas pelo Irmão
Witness Lee em Anaheim, Califórnia na Conferência Inter-
nacional de Cooperadores e Presbíteros Entremesclados de 9-
11 de Abril de 1996.
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CAPÍTULO UM
CONHECER ESTA ERA
Leitura Bíblica: Jo 7:39; 1Co 15:45b; 2Co 3:17-18; Êx 30:23-
25; Rm. 8:2, 9-11; Ap. 1:4; 3:1; 4:5; 5:6
ESBOÇO
Leitura Bíblica: Jo 7:39; 1Co 15:45b; 2Co 3:17-18; Ex 30:23-
25; Rm 8:2, 9-11, Ap 1:4; 3:1; 4:5; 5:6
I. Nenhuma das teologias atuais, incluindo o Credo de
Nicene, enfatiza de modo adequado os cincos pontos
críticos que se seguem com respeito ao Espírito de Deus
no mover da economia eterna de Deus:
A. O Espírito que dá vida ainda não era antes da
glorificação (ressurreição) de Cristo—Jo 7:39
B. O ultimo Adão (Cristo em carne) tornou-se o
Espírito que dá vida (cumprido Jo 7:39)—1Co
15:45b. Por isso, em 2 Coríntios 3:17 diz que “o
Senhor é o Espírito”, e os versículos seguintes
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usa “O Senhor Espírito” como um titulo divino
composto.
C. O Espírito composto tipificado pelo óleo da unção
(composto de him de azeite de oliva com quatrotipos de especiarias e sua efetividade) em Êxodo
30:23-25
D. O Espírito da vida, o Espírito de Deus, o Espírito
de Cristo, o próprio Cristo, e o Espírito que
habita interiormente em Romanos 8:2, 9-11,
todos se referem ao Espírito composto que dávida.
A. Os sete Espíritos (o Espírito sete vezes intensi-
ficado, cf. sete vezes a luz do sol—Is 30:26) de
Deus—Ap 1:4; 3:1; 4:5; 5:6
II. A Igreja Católica, as denominações protestantes, as
assembléias dos Irmãos Unidos, as igrejas pentecostais,
e todos os grupos livres se agarram em sua teologia
imperfeita e não bíblica, distante da visão central de
Deus e não atingem o nível da conclusão da economia
eterna de Deus por causa de suas falhas, negligência e
oposição aos cinco pontos críticos acima citados com
respeito ao Espírito de Deus.III. Deus necessita ter um povo que são homens-Deus para
serem Seus vencedores a fim de que Ele realize Sua
economia eterna com respeito a igreja resultando no
Corpo de Cristo e consumando na Nova Jerusalém.
Oração:
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Senhor, nós O adoramos por esta reunião. Nós Te
louvamos. Somente Tu podes organizar tal reunião. Senhor,
para esta reunião nós precisamos de Ti de uma maneira sete
vezes intensificada. Senhor, venha e abra a Ti mesmo a nós, eque possamos também nos abrir a Ti. Rogamos que haja uma
relação, um caminho, entre Tu e nós. Senhor, liberta-nos da
velharia. Liberta-nos do conhecimento velho e das coisas
tradicionais, coisas que temos guardado durante anos.
Senhor, nos perdoe, nos limpe e nos cubra em todos os
aspectos com Seu sangue prevalecente contra o inimigo.Liberar Sua palavra é uma batalha, portanto, Senhor, nos
ocultamos em Ti. Ocultamo-nos sob o sangue do Cordeiro.
Senhor, nos fortaleça e derrame a Ti mesmo em nós de uma
maneira sete vezes intensificada. Senhor, nos toque e fala a
nós, fazendo-nos um espírito Contigo. Obrigado. Amém.
O título desta mensagem é “Conhecer Esta Era.” Esta-
mos usando a palavra era aqui para referir não à era do
mundo de uma maneira geral, mas a era do Cristianismo
atual de uma maneira particular, especialmente em relação à
revelação das Escrituras, as verdades divinas, e a teologia
genuína e adequada.
O primeiro assunto abordado nas Escrituras é opróprio Deus. A revelação com respeito a Deus envolve Sua
pessoa, e a Sua pessoa é muito misteriosa. Ele é um, contudo
três; portanto, Ele é triúno. As compreensões diferentes da
Trindade Divina tem sido o fator principal, um elemento
oculto, de todos os problemas no Cristianismo atual. O Cris-
tianismo foi dividido pelos diferentes conceitos da Trindade
Divina.
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A realização do segundo (Cristo) e do terceiro (o
Espírito) da Trindade Divina é ainda mais perturbador e
problemático. Quem é Cristo? Em resposta a esta pergunta,
diria a maioria dos cristãos que Cristo é o Filho de Deus.Porém, muitos crentes não percebem que Cristo não é
meramente o Filho unigênito de Deus (Jo 3:16) mas também
o Filho primogênito de Deus (Rm 8:29; Cl 1:18; Hb 1:6; Ap
1:5). Como pode o Filho unigênito se tornar o Filho primo-
gênito? Como Filho unigênito Ele deve ser somente filho e
não pode ser o primeiro, e como o Filho primogênito Ele é oprimeiro Filho e assim não pode ser somente Filho. Como
deveríamos explicar isto?
Os teólogos declaram que as pessoas da Trindade não
deveriam ser confusas. Não obstante, nós precisamos fazer
certas perguntas. É Cristo somente o Filho e não é também o
Espírito? O Espírito é somente o Espírito? O Espírito tam-
bém não está relacionado a Cristo e envolvido com o Filho?
Outra pergunta com respeito aos sete Espíritos (Ap 1:4; 3:1;
4:5; 5:6). De acordo com Apocalipse 5:6 os sete Espíritos são
os sete olhos do Cordeiro. Os sete Espíritos e o Cordeiro são
uma ou duas pessoas? Seguramente Eles são dois, contudo os
sete Espíritos são os sete olhos do Cordeiro. Eles são um ou
dois? Se dissermos que o Cordeiro e os sete Espíritos como ossete olhos do Cordeiro são um, outros, insistem que o
Espírito é o Espírito e o Filho é o Filho, nos acusam de
confundir as pessoas da Trindade Divina. Mas em Apocalipse
5:6 o terceiro da Trindade Divina é os olhos do segundo.
Como, então, o Espírito pode estar separado do Filho? Seus
olhos estão separados de você? Enquanto seus olhos estive-
rem olhando para alguém, você está olhando para aquela
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pessoa. Ninguém diz, “Somente meus olhos estão olhando
para você; eu não estou olhando para você.” Seus olhos são
você. Se seus olhos olham para algo significa que você está
olhando. Estas são breves ilustrações das deficiências dateologia no Cristianismo de hoje.
Pelo fato de as questões do Filho e do Espírito na
Trindade Divina serem tão difíceis e complicadas, temos sido
compelidos a dar a Cristo um titulo particular — o Cristo
todo-inclusivo. Cristo é todo-inclusivo porque Ele é tudo. Ele
é Deus, Ele é o Pai (Is 9:6), Ele é o Filho, e Ele é o Espírito.De acordo com a revelação no Novo Testamento, o Pai é
encarnado no Filho (Cl 2:9), e o Filho é concebido pelo
Espírito (Jo 14:17, 20). Assim, o Filho é a incorporação do
Pai, e o Espírito é a realização do Filho. Esta com certeza é
uma linguagem divina e celestial.
João 1:1 diz, “No princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Desde que o Verbo era
Deus, que necessidade havia de Ele estar com Deus?
Ninguém pode explicar isto adequadamente, porque não
temos a linguagem para expressar este tipo de “cultura.”
I. NENHUMA DAS TEOLOGIAS DE HOJE,
INCLUSIVE O CREDO DE NICENE, ENFATIZA ADEQUADAMENTE OS SEGUINTES CINCO
PONTOS CRÍTICOS CONCERNENTES AO
ESPÍRITO DE DEUS NO MOVER DA
ECONOMIA ETERNA DE DEUS
A. Antes da Glorificação (Ressurreição) de Cristo Ainda não Havia o Espírito Que Dá Vida
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Antes da Glorificação (Ressurreição) de Cristo ainda
não havia o Espírito que dá vida (Jo 7:39b). João 7:37-39 diz,
“Ora, no último dia, o grandedia da festa, Jesus pôs-se empé clamou: Se alguém tem sede, venha a Mim e beba. Quem
crer em Mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão
rios de água viva. Isso, porém, Ele disse com respeito ao
Espírito que haviam de receber os que Nele cressem; pois
ainda não havia o Espírito, porque Jesus não havia sido
ainda glorificado.” O fundo histórico da palavra do Senhorestava relacionado a Festa dos Tabernáculos, a última e
maior das festas anuais dos Judeus. A Festa dos Taberná-
culos era uma festa muito agradável. Ela foi estabelecida na
ocasião quando os filhos de Israel vinham juntos para desfru-
tar o que eles tinham colhido. Eles se alegravam juntos por
um período de sete dias. O último dia era o grande dia da
festa. Naquele dia, para a surpresa daqueles que participa-
vam da festa, o Senhor Jesus se levantou e clamou, dizendo,
“Se alguém tem sede, venha a Mim e beba.” Esta palavra é
rica em significado, pois ela indica que aqueles que estavam
participando da Festa dos Tabernáculos ainda estavam se-
dentos, não tendo nada que saciasse sua sede.
Tanto no passado quanto no presente, muitos grandeshomens, após tornarem-se bem-sucedidos em suas carreiras
ou empreendimento ou se tornarem renomados, sentiram
que suas vidas ainda era vaidade. Como o Rei Salomão eles
poderiam dizer, “Vaidade das vaidades; tudo é vaidade.…
Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis
que tudo é vaidade e correr atrás do vento” (Ec 1:2, 14). Ter
esse sentimento é estar sedento e insatisfeito. Percebendo
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que as pessoas não tinham sido satisfeitas e a sede delas não
tinha sido saciada, o Senhor Jesus se levantou e clamou no
grande dia da festa, “Se alguém tem sede, venha a Mim e
beba.” Isso é que é uma grande palavra! Somente o SenhorJesus estava qualificado para dizer essa palavra. Somente
Ele, um pequeno homem de mais de trinta anos de idade,
poderia dizer, “Quem crer em Mim... do seu interior fluirão
rios de água viva.”
No versículo 39 o apóstolo João, o escritor do Evan-
gelho de João, deu a explicação, dizendo, “Isso, porém, disseEle com respeito ao Espírito que haviam de receber os que
Nele cressem”. Aqui João não fala do Espírito de Deus, nem
do Espírito de Jeová, nem do Espírito Santo, mas simples-
mente do Espírito, dizendo-nos que “não havia o Espírito,
porque Jesus não tinha sido glorificado.” Sua palavra indica
uma expectativa — a expectativa de que, embora “não
houvesse” o Espírito, o momento estava chegando quando o
Espírito estaria lá. Este momento era o momento da glorifi-
cação de Jesus, isto é, o momento da ressurreição de Jesus
(Lc 24:26). O Senhor Jesus era o próprio Deus cheio de glória.
Porém, Ele se tornou carne, e Sua glória divina estava oculta
dentro da casca de Sua carne, a casca de Sua humanidade.
Quando Ele morreu esta casca foi quebrada, e quando Eleressuscitou, a glória que estava oculta dentro Dele foi
liberada. Disto vemos que Sua ressurreição foi Sua
glorificação. Portanto, a expectativa em João 7:39 era que
quando o Senhor Jesus fosse glorificado pela ressurreição, o
Espírito que “não era” se tornaria o Espírito que agora é.
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B. O Último Adão (o Cristo na Carne) Se Tornando
o Espírito Que dá Vida
O segundo ponto crítico com relação ao Espírito de
Deus não enfatizado adequadamente nas teologias de hoje é
que, como revelado em 1 Coríntios 15:45b, em ressurreição o
último Adão (o Cristo na carne) se tornou o Espírito que dá
vida (cumprindo João 7:39). Conseqüentemente, 2 Coríntios
3:17 diz que “o Senhor é o Espírito”, e o versículo seguinte
usa “o Senhor Espírito” como um título divino composto. Apalavra em 1 Coríntios 15:45b sobre o último Adão se tornan-
do o Espírito que dá vida é um forte cumprimento da profecia
em João 7:39 com relação ao Espírito que não havia porque
Cristo ainda não tinha sido glorificado, ressuscitado. Na
ressurreição, Cristo se tornou o Espírito que dá vida.
Muitos pastores, missionários, teólogos, e professores
se opõem a nós por ensinar que, de acordo com 1 Coríntios
15:45, Cristo como o último Adão na carne se tornou o
Espírito que dá vida em ressurreição. Até mesmo dois coope-
radores se opuseram a nós nesta questão. Um destes coope-
radores que eventualmente se tornou um oponente disse que
ele não acreditava que Cristo o Filho pode tornar-se o
Espírito que dá vida. Em uma ocasião esta pessoa me disseque cria que o Pai, o Filho, e o Espírito eram três Deuses.
Quando o ouvi dizer isto, eu lhe disse que estava ensinando a
heresia do triteísmo. Eu mostrei-lhe a questão na Bíblia que
diz que Deus é unicamente um. O outro cooperador estava
preocupado por causa de três hinos que eu tinha escrito sobre
Cristo como o Espírito (Hinos, #493, 539, e 745). Ele admitiuque a Bíblia diz que Cristo se tornou o Espírito que dá vida,
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entretanto ele me advertiu que se nós pregarmos isto, o
Cristianismo nos rejeitará. Eu disse, “Irmão, eu vim para
este país com o encargo de ensinar isto. Considerando que
você concorda que está de acordo com a Bíblia dizer queCristo se tornou o Espírito que dá vida, por favor, dê-me a
liberdade de ensinar esta verdade.”
O Novo Testamento fala dos dois tornou-se de Cristo.
João 1:14 diz que, como a Palavra, Deus tornou-se carne, e 1
Coríntios 15:45 diz que Cristo, como o último Adão na carne,
tornou-se o Espírito que dá vida. Devemos crer e ensinartanto que Deus tornou-se carne e que o último Adão tornou-
se o Espírito que dá vida.
C. O Espírito Composto Tipificado
Pelo Óleo da Unção
Terceiro, nenhuma das teologias atuais enfatizam ade-
quadamente o ponto crítico com relação ao Espírito composto
tipificado pelo óleo da unção (um composto de um him de
azeite de oliva com quatro tipos de especiarias e a eficácia
delas) em Êxodo 30:23-25. O Espírito que dá vida não é
simples, mas é um Espírito que foi composto. O último Adão
era um homem, e o Espírito que dá vida é divino. Assim, esteEspírito deve ser um Espírito com duas naturezas — a
natureza humana e a natureza divina. Estas duas naturezas
não somente foram mescladas, mas foram compostas, como
indicado pelo tipo em Êxodo 30:23-25 o qual registra as
instruções de Deus para compor o óleo da unção.
Este ungüento não era um elemento simples, mas umacomposição. Um elemento simples não pode ser um un-
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güento. O óleo da unção em Êxodo 30 era um composto de um
item principal — um him de óleo de oliva composto com
quatro tipos de especiarias: mirra, cinamomo, cálamo e
cássia. Em tipologia, o óleo tipifica o Espírito de Deus. Mirrafluida tipifica a morte de Cristo, e o cinamomo tipifica a
doçura e a eficácia de Sua morte. Cálamo, um junco que
cresce em um pântano ou lugar barrento, cresce em direção
ao céu, tipifica ressurreição. Cássia tipifica o poder repelente
e a eficácia da ressurreição de Cristo. Cássia é um tipo casca
de árvore que era usada como repelente para repelir cobras einsetos. Assim, cássia significa o poder, especialmente o
poder de repelir, da ressurreição de Cristo. Sua ressurreição
tem poder para repelir Satanás, a serpente. Estas quatro
especiarias foram compostas com um him de azeite de oliva
para se tornar um ungüento de cinco elementos.
Com este ungüento composto nós temos o número um
(um him de azeite de oliva) tipificando o único Deus e o
número quatro (quatro especiarias) tipificando o homem
como a criatura de Deus. Nós também temos o número três,
visto no fato de que a quantidade das especiarias envolvia
três unidades, cada uma de quinhentos siclos: mirra –
quinhentos siclos; cássia – duzentos e cinqüenta siclos;
cálamo – duzentos e cinqüenta siclos; e cássia – quinhentossiclos. Conseqüentemente, a quantidade das especiarias con-
sistia em três unidades de quinhentos siclos, ou três unida-
des de quinhentos siclos. O número três tipifica o Deus
Triúno. Aqui devemos notar que a segunda unidade de
quinhentos siclos foi dividida em duas partes (tipificando
Cristo, o centro da Trindade Divina que foi ferido na cruz),
cada uma de duzentos cinqüenta siclos. Na Bíblia dois é o
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número do testemunho. Além disso, com este ungüento
composto nós temos o número cinco, formado pela adição de
um him de azeite de oliva e as quatro especiarias. O número
cinco também é visto nos quinhentos siclos. Na Bíblia cincotipifica responsabilidade. Por exemplo, os Dez Mandamen-tos
foram escritos em duas tábuas, com cinco mandamentos em
cada uma. Em Mateus 25 as dez virgens são divididas em
dois grupos que consistem em cinco sábias e cinco néscias.
De todo o antecedente nós vemos que os números um, dois,
três, quatro e cinco são todos usados no tipo do óleo compostoem Êxodo 30.
Este tipo no Antigo Testamento que de fato era um
tipo de profecia tem que ter um cumprimento de Novo Testa-
mento. O tipo do óleo da unção foi completamente cumprido
no Espírito que dá vida que foi produzido na ressurreição de
Cristo. O Espírito que dá vida, que o último Adão se tornou,
contém a divindade de Cristo, Sua humanidade, a doçura e a
eficácia de Sua morte, o poder e a eficácia de Sua ressur-
reição. O Espírito que dá vida é, portanto, o Espírito com-
posto tipificado pelo óleo da unção no Antigo Testamento.
D. O Espírito da Vida, o Espírito de Deus, o Espírito
de Cristo, o Próprio Cristo, e o Espírito que HabitaInteriormente, Todos Se referem ao
Espírito Composto Que Dá Vida
Cristo é Cristo, e Ele também é o Espírito, porque Ele
foi pneumatizado e tornou-se o Cristo pneumático. Com rela-
ção ao Cristo pneumático, precisamos ver que o Espírito davida, o Espírito de Deus, o Espírito de Cristo, o próprio
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Cristo, e o Espírito que habita interiormente em Romanos
8:2, 9-11 todos se referem ao Espírito composto que dá vida.
No versículo 2 temos o Espírito da vida, e nos versículos de 9
a 11, o Espírito de Deus, o Espírito de Cristo, o próprioCristo, e o Espírito que habita interiormente. Eles são cinco
ou são um? O Espírito que dá vida é chamado de o Espírito
da vida, o Espírito da vida é o Espírito de Deus, o Espírito de
Deus é o Espírito de Cristo, o Espírito de Cristo é o próprio
Cristo. Além disso, este Espírito que é da vida, de Deus, de
Cristo, e o próprio Cristo que habita em nós como o Espíritoque habita interiormente dispensa vida a nós todo o tempo.
Este é o Cristo pneumático.
Segunda Coríntios 3:17 diz, “O Senhor é o Espírito”, e
o versículo 18 diz que somos transformados “como o Senhor
Espírito.” Como o título Deus Pai, o título Senhor Espírito é
um título divino composto. Ele é o Senhor, e Ele também é o
Espírito. Hoje nosso Cristo é o Cristo pneumático, o Cristo
pneumatizado, o Cristo que é tanto o Senhor quanto o Espí-
rito.
Com o Espírito em Si, não havia humanidade. Do
mesmo modo, no Espírito não estava incluído os elementos
da morte de Cristo, a eficácia de Sua morte, de Sua ressur-
reição, e o poder de Sua ressurreição. Porém, o elemento dahumanidade de Cristo e os elementos de Sua morte, a
eficácia de Sua morte, da ressurreição e o poder de Sua
ressurreição foram todos adicionados e compostos com o
Espírito de Deus para produzir o Espírito composto. Hoje o
Cristo pneumático é este Espírito consumado que dá vida.
E. Os Sete Espíritos de Deus
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O quinto ponto crítico que as teologias atuais não
enfatizam adequadamente com relação ao Espírito de Deus
no mover da economia eterna de Deus é os sete Espíritos (oEspírito sete vezes intensificado, cf. sete vezes maior que a
luz solar — Is 30:26) de Deus (Ap 1:4; 3:1; 4:5; 5:6).
Como o último Adão na carne, Cristo poderia ser nosso
Redentor, mas Ele não poderia entrar em nós para ser nossa
vida. Mas depois que Ele tornou-se o Espírito, Ele pôde
entrar em nós como o Espírito da vida para nos salvarorganicamente, levando a cabo a Sua salvação orgânica para
dentro de nós como o Espírito que dá vida. Especificamente,
Ele é o Espírito que dá vida para produzir a igreja. Porém,
não muito tempo depois que a igreja foi produzida, ela
degradou-se. Apocalipse, o último livro da Bíblia, fala da
degradação da igreja. Por causa desta degradação, o Espírito
que dá vida que é Cristo e o Espírito foi intensificado sete
vezes.
Isaias 30:26, uma profecia relacionada ao milênio, diz,
“A luz da lua será como a luz do sol, e a luz do sol será sete
vezes maior.” Considerando que em Isaias temos a luz solar
sete vezes maior, em Apocalipse temos o Espírito sete vezes
intensificado. Para produzir a igreja o Espírito que dá vida ésuficientemente forte, mas sob a degradação da igreja este
Espírito forte foi intensificado sete vezes. Assim, Cristo
tornou-se não somente o Espírito que dá vida, mas também o
Espírito sete vezes intensificado. Os sete Espíritos que são os
sete olhos do Cordeiro (Ap 5:6) indica que os sete Espíritos e
Cristo são uma só pessoa.
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II. SENDO IMPEDIDOS PELA TEOLOGIA
IMPERFEITA E NÃO BÍBLICA DA VISÃO CENTRAL
DE DEUS E NÃO ATINGINDO A CONCLUSÃO DA
ECONOMIA ETERNA DE DEUS
A Igreja Católica, as denominações Protestantes, os
Irmãos Unidos, as igrejas Pentecostais, e todos os grupos
livres são impedidos pela teologia imperfeita e não bíblica
deles da visão central de Deus e não atingem a conclusão da
economia eterna de Deus por causa dos seus desvios, negli-gência e oposição aos cinco pontos críticos anteriores com
relação ao Espírito de Deus.
Todos nós precisamos ter uma visão clara da visão
central de Deus. A revelação central de Deus é Deus
tornando-se carne, a carne tornando-se o Espírito que dá
vida, e o Espírito que dá vida tornando-se sete vezesintensificado para edificar a igreja para resultar no Corpo de
Cristo para consumar a Nova Jerusalém. Precisamos ver que
o Deus Triúno tornou-se carne, que a carne tornou-se o
Espírito que dá vida, e que o Espírito que dá vida tornou-se o
Espírito sete vezes intensificado. Este Espírito é para edificar
a igreja que se torna o Corpo de Cristo consumando a Nova
Jerusalém como a meta final da economia de Deus. Estarevelação central foi completamente negligenciada nas
teologias atuais. A Igreja Católica, as denominações Protes-
tantes, os Irmãos Unidos, as igrejas Pentecostais, e todos os
grupos livres são impedidos pela teologia imperfeita e não
bíblica deles da visão central de Deus e não atingem a
conclusão da economia eterna de Deus por causa dos seusdesvios, negligência e oposição aos cinco pontos críticos ante-
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riores com relação ao Espírito de Deus que salientamos nesta
mensagem. A restauração do Senhor hoje é a restauração
destes pontos críticos com relação ao Espírito de Deus no
mover da economia eterna de Deus.Estou bastante preocupado com todos os cooperadores
e presbíteros. Pode ser que muitos deles não tenham uma
percepção plena do que é a restauração do Senhor. Se nos
pedirem para explicar o que é a restauração hoje, devemos
responder com uma simples sentença: A restauração do
Senhor é Deus tornando-se carne, a carne tornando-se oEspírito que dá vida, e o Espírito que dá vida tornando-se o
Espírito sete vezes intensificado para edificar a igreja que se
torna o Corpo de Cristo e isso consuma a Nova Jerusalém.
Com relação a presente restauração do Senhor, espero que
nenhum de vocês sejam impedidos por causa da velha teolo-
gia ou da velha percepção que vocês tem da restauração.
III. DEUS TEM UM GRUPO DE PESSOAS
QUE SÃO OS HOMENS-DEUS PARA
SER SEUS VENCEDORES
Deus deve ter um povo que são os homens-Deus para
ser Seus vencedores para Ele cumprir Sua economia eternacom relação à igreja resultando no Corpo de Cristo e consu-
mando a Nova Jerusalém.
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CAPÍTULO DOIS
ENTRAR NA ESFERA DIVINA E
MÍSTICA DO MINISTÉRIO
CELESTIAL DE CRISTO
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salvação orgânica de Deus como o propósito
da salvação completa de Deus.
B. Aquele que experimentou a redenção judicial de
Deus pode ser considerando salvo apenas por serredemido, mas ele ainda necessita ser mais salvo
pela salvação orgânica de Deus no cumprimento
da economia de Deus.
II. Entrar na esfera mística do ministério celestial de
Cristo:
A. Na esfera mística de Seu ministério celestial,Cristo é o Cristo como o Espírito que dá vida:
1. A partir de Sua ressurreição na qual Ele se
tornou o Espírito que dá vida através da
eternidade.
2. Como o Espírito que dá vida (Rm 8:9-10; 2Co
3:17-18), Cristo está executando Seu minis-
tério celestial ao cumprir subjetivamente a
salvação orgânica em oito passos:
a. Regeneração—para gerar os crentes redi-
midos com Sua vida divina para que eles
possam ser nascidos de Deus para ser
Seus filhos de Sua espécie—Jo 1:12-13;
3:6b.b. Alimentando—para alimentar os bebês re-
cém-nascidos pela regeneração em Seu
apascentamento do Seu rebanho ao
nutrir e cuidar (Ef 5:29) para que Suas
ovelhas possam crescer na vida divina
para maturidade—Jo 10:10-11, 14-16;
21:15-17; Hb 13:20; 1Pe 5:4; 2:25
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c. Santificação disposicional—para santificar
os crentes que estão crescendo na vida
divina em sua disposição com a natureza
santa de Deus—Rm 15:16; 6:19, 22; 1Ts5:23
d. Renovação—ter a mente mudada em sua
religião, lógica, e filosofia concernentes ao
universo, humanidade, Deus, etc, pelo
Espírito da verdade com a visão das
Escrituras, e até mesmo para ter a mentede Cristo substituindo suas mentes por
meio da obra consumadora da cruz—Tt
3:5; Rm 12:2b; Ef 4:23; Rm 8:6; Fl 2:5;
2Co 4:16
e. Transformação—ser transformado não
apenas em natureza interiormente, mas
muito mais na forma exterior para
expressão. Não é uma correção nem
meramente uma mudança exterior; é um
metabolismo interior por ter mais do
elemento da vida divina adicionada aos
crentes para expressão exterior—Rm
12:2b; 2Co 3:18f. Edificação—o crescimento dos crentes na
vida divina e sua união com outros
crentes na vida divina (Ef 4:15-16).
Renovação resulta em transformação, e
transformação resulta em edificação. Isso
é plenamente provado pela muralha com
sua fundação na Nova Jerusalém. A
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muralha da Nova Jerusalém é de jaspe,
expressando a aparência de Deus (Ap
4:3). Enquanto as pedras de jaspe estão
sendo transformadas, elas são unidas(juntas) e edificadas em uma muralha.
g. Conformação—para ser conformado a ple-
na imagem do Filho primogênito de Deus,
que é o primeiro homem-Deus, como o
proto-tipo para reprodução em massa. Ele
é o Deus mesclado com o homem e ohomem mesclado com Deus para viver a
vida do homem-Deus que expressa todos
os atributos de Deus como as virtudes
humanas para expressão da glória divina
na humanidade, da qual a última
consumação e maturidade da vida divina
é a Nova Jerusalém—Rm 8:29; 1:4; Ef
4:14; Ap 21
h. Glorificação—ser saturado com a glória
divina interiormente na maturidade da
vida divina e ser glorificado do exterior por
e com a gloria divina como a finalização da
redenção judicial de Deus dos corpos doscrentes e a parte mais importante da fili-
ação divina na salvação orgânica de Deus
—Rm 8:30; Hb 2:10; Fl 3:21; Ef 4:30; Rm
8:23
A. Devemos ser lembrados todo o tempo que
Cristo cumpriu a salvação orgânica de Deus não por Si
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mesmo como o Cristo na carne, mas por Si mesmo
como o Espírito.
B. Também devemos lembrar que todos os itens dasalvação orgânica de Deus não são levados a cabo
pelo ministério terrenal de Cristo judicialmente e
objetivamente, mas por Seu ministério celestial
organicamente e subjetivamente.
C. Precisamos também ser lembrados que todos os
itens da salvação orgânica de Deus não são execu-tados pelo ministério terreno de Cristo judicial-
mente e objetivamente, mas pelo Seu ministério
celestial organicamente e subjetivamente.
Oração:
Senhor, nós O adoramos por que Tu nos estabeleceste como
um povo particular, como propriedade exclusiva Sua. Nós Te
agradecemos, Senhor, por ter-nos escolhido e até mesmo nos
designado com uma comissão de levar a cabo Sua economia
eterna. Oh, isso é que é uma carreira! Por nós mesmos nãosomos absolutamente qualificados, mas Tu nos comissio-
naste. O que diremos nós? Nós apenas olhamos para Ti.
Senhor, abra Seu coração novamente a nós e revele o que está
oculto nas profundezas de Seu bom prazer. Senhor, nós
gostamos de estarmos abertos a Ti. Nós não queremos ter
qualquer coisa nos impedindo. Senhor, nós Ti pedimos que
tire todos os véus, toda a lógica, teologias, filosofias, e
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ensinamentos tradicionais. Senhor, remova camada após
camada dos véus em nós. Senhor, nós desejamos ser
libertados, ser livrados de todas estas algemas. Nós não
queremos ser impedidos ou sermos limitados de levar a caboSua economia. Obrigado, Senhor, por nos tratar como Seus
seguidores amorosos. Nós cremos que Tu estás aqui, sentado
conosco, querendo ter uma comunhão íntima, falar face a
face sobre Seu objetivo, segundo a Sua economia eterna.
Senhor, fale conosco. Nós rogamos para que possamos ouvir
Sua voz e possamos ver Sua visão. Amém, Senhor.
O título desta mensagem é “Entrar na Esfera Mística
do Ministério Celestial de Cristo.” Aqui a palavra esfera é de
grande significado. Em vez de reino nós podemos usar a
palavra esfera e assim podemos falar da esfera mística do
ministério celestial de Cristo. Se quisermos entrar para
dentro da esfera do ministério celestial de Cristo, uma esfera
que é totalmente mística, precisamos conhecer o Cristo
místico.
Em Sua pessoa Cristo é místico. Com respeito à
encarnação de Cristo, há dois tipos de registros no Novo
Testamento — um registro físico e um registro místico. Nos
Evangelhos sinópticos, os Evangelhos de Mateus, Marcos eLucas, o registro da encarnação do Senhor é completamente
físico. Nós temos dito que Ele nasceu de uma virgem, que Ele
foi posto em uma manjedoura, que pastores vieram adorá-Lo,
que Ele foi levado de Israel para o Egito, e que Ele cresceu
em Nazaré. Tudo isso é um registro físico. O registro no
Evangelho de João é absolutamente diferente. Por exemplo, o
capítulo um não é um registro físico, mas um registro
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místico. Os versículos 1 e 14 dizem, “No princípio era o Verbo,
e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.… E o Verbo
tornou-se carne e armou tabernáculo entre nós… cheio de
graça e da realidade.” Esta maneira de falar sobre aencarnação é mística e misteriosa. “Porque todos nós temos
recebido da Sua plenitude, e graça sobre graça” (v. 16). Isto
também é místico. O relato de João da encarnação de Cristo
é totalmente místico.
De fato, todo o Evangelho de João é místico. “Todas as
coisas foram feitas por intermédio Dele [a Palavra].… Neleestava vida, e a vida era a luz dos homens” (1:3, 4). Isto é
místico. Eis “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”
e sobre Ele o Espírito desceu “do céu como uma pomba, e
permaneceu sobre Ele” (vv. 29, 32). Isto, também, é místico.
Aqueles que criam Nele se tornavam pedras (v. 42). Falando
de Si mesmo como a escada celestial, Cristo disse, “Vereis o
céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o
Filho do Homem” (v. 51). Seguramente, todas estas coisas são
místicas. Cristo sendo o templo como a casa de Deus (2:16-
21) é místico, e regeneração também é mística. “O que é
nascido do Espírito é espírito” (3:6b). O resultado da regene-
ração é produzir uma noiva que é o aumento do Noivo (vv. 29-
30). Uma vez mais, esta é uma questão mística. “E comoMoisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o
Filho do Homem seja levantado” (v. 14). Cristo sendo levan-
tado na cruz como uma serpente de bronze é certamente
místico. Em 4:10 e 14 Cristo nos fala que se bebermos da
água viva que somente Ele pode nos dar, esta água se
tornará em nós “uma fonte de água que jorrará pela vida
eterna.” Então Ele continua a dizer, “Deus é Espírito, e
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importa que os que O adoram O adorem em espírito e
veracidade” (v. 24). Tudo isto é místico.
Todos os santos na restauração do Senhor, especial-
mente os cooperadores e os presbíteros, precisam ter umavisão clara com relação à esfera física e a esfera mística. Os
cooperadores e os presbíteros que tomam a frente na restau-
ração do Senhor têm que perceber que a restauração do
Senhor é descansar nos ombros dela. O que a restauração
será dependerá do que eles serão. Eu tenho um pesado
encargo sobre isto. Considerando que este é meu encargo, eunão posso lhes dar ensinamentos comuns. Ao invés disso,
terei que apresentar algo especial. Você precisa conhecer esta
era e perceber que é uma era de ignorância, um tempo em
que os cristãos estão sendo cegados e aprisionados pela
teologia tradicional. Portanto, eu tenho o encargo de dizer a
vocês que precisam entrar numa esfera, uma esfera, um
esfera que é muito superior ao esfera que você está agora.
Este esfera mais elevado é o esfera místico do ministério
celestial de Cristo.
I. ATRAVESSANDO A ESFERA FÍSICA DO
MINISTÉRIO TERRENO DE CRISTO
Primeiramente, devemos passar através da esfera
mística do ministério terreno de Cristo. Seguramente, o que
é físico é também terreno. Nós não devemos nos demorar
nesta esfera, mas atravessá-lo rapidamente, como aqueles
que estão pegando um trem expresso.
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A. Na Esfera Física do Seu Ministério Terreno,
Cristo É o Cristo na Carne
Você alguma vez ouviu que quando Cristo estava na
terra, Ele era o Cristo na carne? Na Bíblia a carne é uma
palavra muito negativa. De acordo com Gênesis 6:3, quando o
homem caiu a tal ponto pelo fato de ter-se tornado carne,
Deus decidiu destruir o homem da face da terra. Não
obstante, João 1:14 não diz que a Palavra se tornou um
homem nem que a Palavra se tornou uma pessoa, mas que aPalavra se tornou carne. Porque carne é algo condenado por
Deus, muitos cristãos não têm ousadia de ensinar que Cristo
era carne. Alguns podem dizer que Deus se tornou um
homem, mas a Bíblia diz que Deus se tornou carne. Em
Romanos 8:3 Paulo nos diz que o Filho de Deus veio “na
semelhança da carne de pecado.” Cristo teve a semelhança
da carne de pecado, mas não a natureza do pecado, da
mesma maneira que a serpente de bronze tinha a forma de
uma serpente, mas não a natureza venenosa de uma
serpente (Jo 3:14; Nm 21:4-9). O Novo Testamento revela
claramente que Cristo era carne, contudo sem pecado; Ele
nunca pecou (Hb 2:14; 4:15). Nós temos dito até mesmo que
Deus fez Cristo pecar por nós: “Ele não conheceu pecado,Deus O fez pecado por nós” (2Co 5:21). Esta é a genuína,
clara e pura visão da Palavra de Deus.
1. Da Sua Encarnação para Se tornar a Carne
para a Sua Morte Toda-inclusiva
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Cristo viveu na carne durante trinta e três anos e
meio, da Sua encarnação para se tornar a carne para a Sua
morte toda-inclusiva.
2. Em Sua Carne Cristo Levou a Cabo Seu Ministério
Terreno Realizando a Redenção Judicial de Deus
Em Sua carne (Cl 1:22) Cristo levou a cabo Seu
ministério terreno realizando a redenção judicial de Deus.
Esta redenção resultou objetivamente no perdão de Deus dospecados dos crentes (Ef 1:7), lavando seus pecados (Hb 1:3),
justificando-os (Rm 3:24), reconciliando-os como Seus
inimigos para Si mesmo (Rm 5:10a), e santificando-os na
posição deles para Si mesmo como Seu povo santo (Hb 13:12;
10:29). Todas estas questões são muito boas, mas elas são
físicas, terrenas, judiciais e objetivas.
3. Como um Procedimento da
Salvação Plena de Deus
O que Cristo levou a cabo em Seu ministério terreno
foi um procedimento da salvação plena de Deus para os
crentes participarem na salvação orgânica de Deus com oobjetivo da salvação plena de Deus. Este procedimento pode
ser comparado a uma escada rolante que nos leva de um
nível para outro. Uma escada rolante é útil, mas a pessoa
não deve ficar por muito tempo nela. Porém, a maioria dos
cristãos hoje estão demorando na “escada rolante” do
procedimento da salvação plena de Deus. Alguns nem mesmoestão na escada rolante, mas ainda estão no “andar térreo”;
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contudo, eles não começaram a experimentar o procedi-
mento.
É extremamente importante que nós diferenciemos
entre o procedimento da salvação plena de Deus e o propósitoda Sua salvação plena. O procedimento é judicial, e o
propósito é orgânico. Além disso, o procedimento está no
esfera físico, e o propósito está Na esfera mística.
B. Aquele Que Experimentou a Redenção
Judicial de Deus é Considerado Salvo
Aquele que experimentou a redenção judicial de Deus
pode ser considerado salvo somente ao ser regenerado, mas
ele ainda precisa ser salvo ainda mais pela salvação orgânica
de Deus no cumprimento da Sua economia.
II. ENTRAR NA ESFERA MÍSTICA DO MINISTÉRIO
CELESTIAL DE CRISTO
Nós precisamos atravessar a esfera física do ministério
terreno de Cristo e entrar em algo mais elevado — a esfera
mística do ministério celestial de Cristo.
A. Na Esfera Mística do Seu Ministério Celestial,
Cristo É o Cristo como o Espírito Que dá vida
Cristo sendo o Espírito que dá vida é uma qualificação
mais importante para Cristo levar a cabo Seu ministério
celestial. Quando Ele estava na carne, Ele não podia entrarem nós como vida. Como um jovem Cristão, eu ficava
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aborrecido quando ouvia que, de acordo com a Bíblia, Cristo
está em nós. Eu queria saber como era possível Cristo estar
em mim. Naquela época, eu não percebia que, na
ressurreição, o Cristo que estava na carne se tornou oEspírito que dá vida. Mais tarde eu pude ver que o Novo
Testamento desvenda o fato de que Aquele que morreu na
cruz como nosso Salvador foi ressuscitado, e em ressurreição
Ele se tornou o Espírito que dá vida. Agora Ele está
qualificado para levar a cabo Seu ministério celestial Na
esfera mística.
1. Da Sua Ressurreição pela Eternidade
Na esfera mística do Seu ministério celestial, Cristo é
o Espírito que dá vida por causa da Sua ressurreição na qual
Ele se tornou o Espírito que dá vida, pela eternidade.
2. Realizando a Salvação Orgânica de Deus
Subjetivamente em Oito Passos
Como o Espírito que dá vida (Rm 8:9-10; 2Co 3:17-18),
Cristo está levando a cabo Seu ministério celestial realizando
subjetivamente a salvação orgânica de Deus em oito passos. Aqui nós podemos ver um contraste nítido: terrenoversus
divino, físicoversus místico, judicialversusorgânico, e
objetivoversus subjetivo. Todos os oito aspectos da salvação
orgânica de Deus são subjetivos.
a. Regeneração
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Regeneração é gerar os crentes redimidos com a vida
divina para que eles possam nascer de Deus para ser Seus
filhos conforme Sua espécie (Jo 1:12-13; 3:6b). Como filhos de
Deus nós somos do gênero Dele, da Sua espécie. Portanto,nós somos deuses, tendo a vida e natureza de Deus, mas não
Sua Deidade.
b. Alimentando
Alimentar é alimentar os bebês recém-nascidos pormeio da regeneração em Cristo pastoreando Seu rebanho
nutrindo e cuidando com carinho (Ef 5:29) para que Suas
ovelhas possam podem crescer na vida divina até a maturi-
dade (Jo 10:10-11, 14-16; 21:15-17; Hb 13:20; 1Pe 5:4; 2:25).
Alimentar certamente é orgânico.
c. Santificação Disposicional
Santificação disposicional é santificar os crentes que
estão crescendo na vida divina na disposição deles com a
natureza santa de Deus (Rm 15:16; 6:19, 22; 1Ts 5:23). Nossa
disposição natural é tortuosa, pervertida e distorcida,
contudo pode ser santificada e corrigida, não com ensina-mentos, mas com a natureza santa de Deus.
d. Renovação
Renovação é ter nossa mente mudada em nossa reli-
gião, lógica e filosofia com relação ao universo, a humani-dade, Deus, etc., pelo Espírito da verdade com as revelações
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das Escrituras, até mesmo ter a mente de Cristo que
substitui a nossa mente pela obra consumadora da cruz (Tt
3:5; Rm 12:2b; Ef 4:23; Rm 8:6; Fp 2:5; 2Co 4:16).
Os missionários que vinham para a China falavammuito sobre amor, dizendo-nos que tínhamos que amar uns
aos outros. Depois que fui salvo, eu fui iluminado para ver
gradualmente que todas as virtudes Cristãs, inclusive o
amor, são diferentes das virtudes humanas naturais. Toda
virtude Cristã tem que ter uma qualificação quádrupla: Deve
passar por meio da cruz, deve ser pelo Espírito, deve ser paraministrar Cristo, e deve ser para produzir a igreja. O amor
ensinado no Novo Testamento é um amor que é passado pela
cruz, o qual elimina o ego e é pelo Espírito, e ministra Cristo
para produzir a igreja. Após ter ficado claro em relação a
isto, eu percebi que os missionários estavam enganados em
seus ensinamentos, porque eles ensinavam erradamente
sobre o amor enquanto reivindicavam que o ensinamento
deles estava de acordo com a Bíblia. O amor desvendado na
Bíblia não é um amor humano natural (amar os homens sem
egoísmo) como aquele ensinado por Confúcio.
O princípio é o mesmo com submissão. A submissão de
uma irmã a seu marido deve ser uma submissão a qual é por
meio da cruz, isto é pelo Espírito, que ministra ou dispensaCristo, e que é para a produção e edificação da igreja. Este
tipo de submissão é completamente diferente da submissão
ensinada por Confúcio. Este tipo de submissão é por meio da
vida natural, não tendo nada a ver com a cruz, o Espírito, e o
dispensar de Cristo e não tem o objetivo de produzir a igreja.
Nós precisamos ser impressionados com o fato de que
todas as virtudes ensinadas pela Bíblia são por meio da cruz,
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pelo Espírito, e ministrar Cristo para produção das igrejas
para a edificação do Corpo. Com relação a este assunto nossa
mente precisa ser renovada.
e. Transformação
Transformação é o resultado da renovação (Rm 12:2).
Isto não é ser transformado na natureza interior, mas muitomais no aspecto exterior para expressão. Ela não é uma
correção nem meramente uma mudança exterior; é um
metabolismo interior quando temos mais do elemento da
vida divina acrescentado a nós para a expressão externa (Rm
12:2b; 2Co 3:18). Lembremos que a transformação não é
somente uma mudança externa, mas é uma mudança meta-
bólica por meio da adição da vida divina que nos transforma
à imagem de Cristo.
f. Edificação
Edificação é uma questão de crescimento dos crentes
na vida divina e o ser deles unido a outros crentes na vidadivina (Ef 4:15-16). Renovação resulta em transformação, e
transformação resulta em edificação. Isto é completamente
provado pela muralha da Nova Jerusalém com seus funda-
mentos. A muralha da Nova Jerusalém é de jaspe, expres-
sando a aparência de Deus (Ap 4:3). Enquanto as pedras de
jaspe estavam sendo transformadas, elas foram sendo unidasumas as outras e edificando uma muralha.
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Não deveríamos pensar que ser edificados é apenas nos
relacionar mais intimamente com outros crentes de uma
maneira natural. Esta não é a maneira de ser edificado. A
maneira adequada de ser edificado é crescer juntos na vidadivina. Enquanto estivermos crescendo, este crescimento nos
une a todos como um só.
g. Conformação
Conformação é ser conformado à imagem plena doFilho primogênito de Deus que é o primeiro homem-Deus
como o protótipo para reprodução de massa. Ele é Deus
mesclado com o homem e homem mesclado com Deus para o
viver de um homem-Deus que vive isso expressa todos os
atributos de Deus como virtudes humanas pela expressão da
glória divina em humanidade cujo última consumação cujo
maturidade na vida divina, é a Nova Jerusalém (Rm 8:29;
1:4; Ef 4:14; Ap 21).
h. Glorificação
Glorificação é ser saturado com a glória divina inte-
riormente na maturidade da vida divina e ser glorificadoexteriormente por e com a glória divina como a finalização da
redenção judicial de Deus do corpo dos crentes e a porção
máxima da filiação divina na salvação orgânica de Deus (Rm
8:30; Hb 2:10; Fp 3:21; Ef 4:30; Rm 8:23).
Efésios 4:30 diz que nós fomos selados com o Espírito
Santo “até o dia da redenção.” Redenção aqui referes-se àredenção do nosso corpo. O Espírito Santo como o selo em nós
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está nos selando continuamente com o elemento de Deus até
que nosso corpo seja redimido, isto é, transfigurado e
glorificado. Isto significa que a glorificação é uma questão de
saturação. Nós podemos comparar o Espírito Santo à tintaque permeia e satura as páginas de um livro. Todos nós
fomos pintados pelo Espírito Santo, e ano após ano e dia após
dia Seu “pintar”, Seu dispensar da vida divina, está nos
saturando gradualmente até que sejamos glorificados. Nós
fomos pintados pelo Espírito Santo que é a glória de Deus.
Nós temos sido, então, pintados pela glória de Deus, e o“pintar” da glória de Deus está fazendo com que a Sua glória
nos permeie até saturar todo nosso ser. Se virmos isto,
perceberemos que glorificação não é meramente objetiva,
mas muito subjetiva.
O tempo da saturação plena será o tempo da redenção
do nosso corpo. Nós fomos regenerados em nosso espírito e
estamos sendo transformados agora em nossa alma, mas
nosso corpo ainda faz parte da velha criação. Por esta razão,
nosso velho corpo precisa ser redimido. A última fase da
redenção, a redenção do nosso corpo, será a porção máxima
da nossa filiação.
Se nós não controlarmos nosso corpo adequadamente
de acordo com os atributos divinos expressos por meio dasvirtudes humanas, nosso corpo se tornará algo horrível.
Como uma pessoa idosa eu sou bastante fraco em meu corpo,
e esta fraqueza física me aborrece. Eu ainda posso mover e
trabalhar, mas diariamente estou sofrendo por causa de
minha fraqueza física. Interiormente eu digo, “Senhor Jesus,
um dia eu serei glorificado. Então serei liberto deste velho
corpo o qual não tem parte na filiação divina.”
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A filiação é do Espírito, e o Espírito está nos saturando
com a filiação até que nosso corpo seja saturado com ela.
Então nós experimentaremos a plena filiação, a “filificação”
plena, a redenção de nosso corpo. Nós ainda temos uma parte—nosso corpo físico—o qual não foi “filificado”, então estamos
esperando pelo dia quando até mesmo nosso corpo se tornará
parte da filiação divina.
B. Somos Lembrados de Que Cristo Realiza a Salvação
Orgânica de Deus por Ele como o Espírito
Nós temos que lembrar todo o tempo de que Cristo não
realiza a salvação orgânica de Deus por Ele como o Cristo na
carne, mas por Ele mesmo como o Espírito que dá vida.
C. Lembrando Que Todos os Itens da SalvaçãoOrgânica de Deus são Levados a cabo por
meio do Ministério Celestial de Cristo
Nós também temos que nos lembrar de que todos os
itens da salvação orgânica de Deus não são levados a cabo
judicialmente e objetivamente pelo ministério terreno de
Cristo, mas por meio do Seu ministério celestial orgânica esubjetivamente. Há uma grande diferença entre o ministério
terreno de Cristo e Seu ministério celestial. Hoje nós não
estamos sendo salvos judicialmente e objetivamente pelo
ministério terreno de Cristo na carne. Nós estamos sendo
salvos organicamente e subjetivamente pelo ministério
celestial do Cristo que é o Espírito que dá vida. Para experi-
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mentar esta salvação orgânica, todos nós precisamos entrar
na esfera mística do ministério celestial de Cristo.
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CAPÍTULO TRÊS A ESFERA DIVINA E MÍSTICA DO
ESPÍRITO CONSUMADO E O
CRISTO PNEUMÁTICOLeitura Bíblica: Jo 14:10-11; Fp 1:19; Rm 8:9; 2Co 3:17-18; Jo
14:16-20; 1Co 15:45b; Jo 20:22; 16:12-15; 15:4-5, 8,; 17:21, 23,
ESBOÇO
I. A esfera divina e mística:
A. O Filho está no Pai, e o Pai está no Filho—Jo 14:10-
11
B. Isto indica que o Pai é corporificado no Filho e o
Filho é a corporificação do Pai, formando uma esfera
divina e mística.II. A esfera divina e mística do Espírito consumado e do
Cristo pneumático—Fl 1:19; Rm 8:9; 2Co 3:17-18
A. Outro Consolador, o Espírito da realidade, para ser
a realidade do Filho percebida como a presença do
Filho nos crentes—Jo 14:16-18
B. No dia da ressurreição do Filho no qual o Filho setornou o Espírito vivificante (1Co 15:45b), Ele veio
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aos discípulos na noite daquele dia para soprá-los e
dizê-los para receber o Espírito Santo (Jo 20:22). Por
tudo isso nós podemos saber que o Filho está no Pai,
e os crentes estão no Filho, e o Filho está nos crentes—Jo 14:19-20.
III. Antes e depois do dia da ressurreição de Cristo:
A. Antes do dia da ressurreição de Cristo:
1.Cristo ainda tinha muitas coisas para desvendar
aos Seus discípulos.
2. Mas Seus discípulos, naquela época, não poderiamsuportá-las (Jo 16:12) pois, eles ainda não tinham
recebido o Espírito da ressurreição de Cristo e
ainda não tinham entrado na esfera divina e
mística.
B. Depois do dia da ressurreição de Cristo:
1. Quando o Espírito da realidade viesse, Ele guiaria
os discípulos, que então seria o Espírito da ressur-
reição de Cristo, para toda a realidade concer-
nente a economia de Deus para o Corpo de Cristo,
que é o Cristo pneumático e o Espírito consumado.
2. Ele falou que o que Ele ouvisse de Cristo, Ele
declararia aos discípulos nas vinte e duas
epístolas do Novo Testamento de Romanos a Apocalipse—Jo 16:13
IV. A transição divina para a economia eterna da
Trindade Divina:
A. Tudo o que o Pai tem é a possessão do Filho,
corporificado no Filho.
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mático, sem Cristo sendo o Senhor Espírito, e sem
Cristo sendo o Cristo em ressurreição e não apenas em
carne, não há absolutamente nenhuma maneira para
os crentes participarem, experienciarem, e desfru-tarem a seção orgânica da salvação completa de Deus
em Cristo.
Oração:Senhor, nós cremos que nestes dias Tu estás falando
conosco, desvendando as profundezas que há em Ti. Nós
somos tão abençoados. Obrigado. Senhor, agora nós vimos a
Ti para aprender como Tu, o Deus Triúno, é um esfera e ver
que Tu desejas que entremos nesta esfera, isso é, entrar em
Ti. Senhor, abra nossos olhos. Leva embora nossa incapa-
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cidade e nos torna capaz de conhecer as coisas místicas como
Tu as conhece. Ó Senhor, nos cubra, nos limpe, e nos unja.
Senhor, permita que sintamos a Sua presença e saibamos
que Tu estás aqui falando conosco. Que todos nós possamosouvir a Sua voz. Senhor, Tu é tão misericordioso. Não somos
dignos de nada. Não somos nada, e não temos nada, e não
podemos fazer nada. Mas nós O temos como nosso tudo.
Amém.
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Nesta mensagem chegamos a um pico elevado — a
esfera divina e mística. Algo que é místico não somente
espiritual, mas é também misterioso.
I. A ESFERA DIVINA E MÍSTICA
O Deus Triúno, o Pai, o Filho, e o Espírito, são alto-
existentes, sempre-existentes, e coinerem com os três da
Trindade Divina que habita um no outro. De acordo com
João 14:10 e 11, o Filho está no Pai, e o Pai está no Filho. Istoindica que o Pai está corporificado no Filho e o Filho é a
corporificação do Pai, formando uma esfera divina e mística,
o esfera do Deus Triúno. Portanto, o próprio Deus Triúno é
uma esfera divina e mística.
A esfera divina e mística na qual podemos entrar hoje
não é simplesmente a esfera divina e mística do Deus Triúno,
mas a esfera divina e mística do Espírito consumado e o
Cristo pneumático. Os termos Espírito consumado e o Cristo
pneumático são muito particulares.
Quem é o Espírito consumado? O Espírito consumado
é o Espírito composto tipificado pelo óleo da unção — um
composto de um him de azeite de oliva com quatro tipos de
especiarias e a eficácia delas (Êx 30:23-25). Antes do Espíritoser consumado, Ele era o Espírito de Deus, o Espírito de
Jeová, e o Espírito Santo. Ele somente participou na criação
de Deus como o Espírito de Deus (Gn 1:2). Muito depois,
quando os Israelitas, o povo escolhido de Deus, estavam em
dificuldade, Deus desceu para os ajudar como o Espírito de
Jeová (Jz 3:10; 6:34; 11:29; 13:25). O Espírito de Jeová era
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do seu interior fluirão rios de água viva” (vv. 37-38). No
próximo versículo João, o autor deste Evangelho, dá uma
palavra de explicação: “Isso, porém, disse Ele com respeito ao
Espírito que haviam de receber os que Nele cressem; poisainda não havia o Espírito, porque Jesus não havia sido
ainda glorificado” (v. 39). Nós precisamos prestar atenção
especial às palavras“ainda não havia o Espírito”. O Espírito
de Deus estava lá desde o princípio, na criação; o Espírito de
Jeová tinha vindo ajudar o povo de Israel em suas dificul-
dades muitas e muitas vezes; e o Espírito Santo tinha sidoativo na encarnação. Como João poderia dizer que ainda não
havia o Espírito? Sim, o Espírito estava lá como o Espírito de
Deus em Gênesis, como o Espírito de Jeová em Juízes, e
como o Espírito Santo em Mateus e Lucas, mas o Espírito – o
Espírito como o Espírito composto e consumado –ainda “não
havia” em João 7:39, porque naquele momento Jesus não
havia sido glorificado. O homem Jesus foi glorificado em
ressurreição (Lc 24:26). Portanto, o Espírito ainda “não
havia” até a ressurreição de Cristo. Na ressurreição Cristo, o
último Adão na carne, tornou-se o Espírito que dá vida, o
Espírito vivificante (1Co 15:45b).
Agora podemos ver algo com relação à história da con-
sumação do Espírito. Embora já houvesse o Espírito de Deus,o Espírito de Jeová e o Espírito Santo, o Espírito que dá vida
ainda “não havia” em João 7 porque o Senhor Jesus não
tinha passado pela morte pelos pecados do homem e contudo
não tinha entrado em ressurreição. Pelo contrário, na época
de João 7 Ele ainda estava na carne e não podia entrar nas
pessoas para ser a vida delas. Mas em ressurreição Cristo se
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tornou o Espírito que dá vida, e agora Ele pode entrar nos
crentes para dar vida a eles.
Na ressurreição o Espírito de Deus foi mesclado com a
humanidade de Cristo, com Sua morte e sua eficácia, e com aSua ressurreição e seu poder. O resultado desta mescla é o
Espírito composto e consumado.
A Bíblia revela o fato de que o Espírito se tornou o
Espírito consumado. Pelo fato de muitos cristãos não terem
visto a visão na Bíblia com respeito ao Espírito consu-mado,
eles precisam ser reeducados. Alguns podem dizer, “Deus é omesmo desde a eternidade; Ele nunca teve qualquer
mudança.” Porém, a Bíblia revela claramente que Deus, que
é Espírito, se tornou carne (Jo 1:14). Isso não foi uma
mudança? Além disso, o último Adão na carne se tornou o
Espírito que dá vida. Isso também não foi uma mudança?
Primeiramente, Deus mudou isso por meio da encarnação,
Ele se tornou carne, e então Ele mudou isso novamente, em
ressurreição, Ele se tornou o Espírito que dá vida, e este
Espírito é o Espírito consumado. Eu espero que estes que
estão debaixo da velha influência, da teologia tradicional
estejam dispostos a aprender que a Bíblia, nossa autoridade
mais elevada, revela tudo com respeito ao Espírito consu-
mado. A Bíblia também revela que Cristo se tornou o Cristo
pneumático. Na eternidade Cristo era Deus como o Espírito,
entretanto, Ele se tornou carne. Romanos 1:3 e 4 diz que Ele
“veio da descendência de Davi segundo a carne”, mas que Ele
foi “designado Filho de Deus com poder segundo o Espírito de
santidade pela ressurreição dos mortos.” O título o Espírito
de santidade, refere à divindade de Cristo, Sua essência
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divina. Primeira Pedro 3:18, fala da crucificação de Cristo,
diz que Ele, por um lado, foi levado à morte na carne, mas
por outro, vivificado no Espírito. A crucificação somente
colocou Cristo na morte na Sua carne, não em Seu Espíritocomo a Sua divindade. O Seu Espírito como Sua divindade
não morreu na cruz quando Sua carne morreu; pelo contra-
rio, Seu Espírito como Sua divindade foi vivificado, estimu-
lado com novo poder de vida. Assim, enquanto Ele estava
morrendo em Sua humanidade e até mesmo depois que Ele
foi sepultado, Seu Espírito como Sua divindade permaneciaativo.
Em João 12:24 o Senhor Jesus referiu a Si como um
grão de trigo: “Se o grão de trigo não cair na terra e morrer,
fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto.” Quando Ele
caiu na terra como um grão de trigo, a morte começou
imediatamente. Mas enquanto a Sua “casca” estava mor-
rendo, a vida divina dentro Dele estava crescendo. Disto
vemos que enquanto o Senhor Jesus estava morrendo, Ele
também estava crescendo. Sem este tipo de ação, Ele não
poderia ter sido ressuscitado.
A carne de Jesus foi crucificada e sepultada. Como ela
poderia ser ressuscitada? Em João 20 Pedro e João entraram
na tumba na qual o Senhor havia sido sepultado. “Pedroentrou na tumba; e ele viu os panos de linho deixados ali e o
lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, não posto com os
panos de linho, mas enrolado um lugar a parte” (vv. 6-7). O
corpo seguramente não tinha sido roubado. Como, então, era
possível para a carne morta e sepultada do Senhor ser
ressuscitada? A resposta para esta pergunta é que de acordo
com a Sua carne Ele tinha sido sepultado lá, mas de acordo
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com a Sua divindade Ele tinha permanecido muito ativo.
Entre o tempo do Seu sepultamento e ressurreição, Seu Espí-
rito como Sua divindade estava trabalhando para ressuscitar
Sua humanidade, elevá-la, e introduzi-la na divindade deforma que Sua humanidade pudesse nascer de Deus. De
acordo com Atos 13:33 ela estava em ressurreição para que
Deus gerasse Jesus para ser o Filho de Deus. Ele foi gerado
para ser o Filho primogênito de Deus tendo Sua humanidade
então elevada na divindade e até mesmo introduzida na
filiação divina. Simultaneamente, Ele se tornou o Espíritoque dá vida e por meio disso tornou-se o Cristo pneumático.
Nós temos visto que o Espírito foi consumado e que
Cristo se tornou o Espírito que dá vida, o Cristo pneumático.
Assim, podemos falar agora da esfera divina e mística deste
Espírito consumado e deste Cristo pneumático. Que esfera
maravilhosa é esta!
Nós mostramos que os três da Trindade Divina são
alto-existentes, sempre-existentes, e coinerem, e assim como
o Pai, o Filho e o Espírito são uma esfera divina e mística.
Com o Próprio Deus Triúno como uma esfera mística não há
qualquer “complicação”, mas na esfera divina e mística do
Espírito consumado e o Cristo pneumático há várias “compli-
cações”, todas as quais são bênçãos para nós.Deus queria que estivéssemos Nele. Se Ele fosse
somente o Deus Triúno sem a humanidade de Cristo, morte,
e ressurreição, e nós pudéssemos entrar Nele, encontra-
ríamos o Pai, o Filho e o Espírito, mas nada de humanidade,
morte, e ressurreição. Porém, quando entrarmos na esfera
divina e mística do Espírito consumado e o Cristo pneu-
mático, nós não apenas temos a divindade, mas também a
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humanidade de Cristo, a morte de Cristo com sua eficácia, e
a ressurreição de Cristo com seu poder repelente. Tudo está
aqui nesta esfera maravilhosa.
Embora eu tenha nascido na China e me tornado umcidadão americano naturalizado, eu posso testificar que não
tenho o sentimento que eu sou Chinês ou Americano. Meu
esfera não é a China ou a América – meu esfera é o Deus
Triúno complexo e complicado. Eu estou aqui com o Pai, com
o Filho que foi crucificado e ressuscitado, e com o Espírito
consumado. Considerando que eu estou em tal Deus Triúno,eu tenho tudo que preciso. Se eu precisar de crucificação, eu
a encontro nesta esfera que eu já fui crucificado. Se eu
precisar de ressurreição, nesta esfera eu já fui ressuscitado.
Louvado seja o Senhor por tal esfera divina e mística!
Nesta conjuntura, vamos considerar o que está revê-
lado em João 14 com relação à esfera divina e mística do
Espírito consumado e o Cristo pneumático. O versículo 1 diz,
“Não se turbe o vosso coração.” Em que esfera ficamos abor-
recidos? Nós ficamos preocupados na terra, no mundo
(16:33), no esfera físico.
Neste versículo (14:1) o Senhor Jesus continuou a
dizer, “Crede em Deus, crede também em mim.” Aqui a
preposição em é muito importante. Nós não só deveríamoscrer em Deus e em Cristo, mas deveríamos crer em Deus e
em Cristo. Nosso coração está preocupado porque nós
estamos no mundo, e a maneira de resolver este problema é
entrarmos em Cristo crendo Nele. Aqui podemos ver duas
esferas: a esfera física—o mundo onde todas as dificuldades
estão—e a esfera mística do Deus Triúno, o Pai, o Filho, e o
Espírito onde a paz está.
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Em 16:33 o Senhor Jesus disse, “Essas coisas vos
tenho dito para que em Mim tenhais paz. No mundo tendes
aflição; mas tende ânimo, Eu venci o mundo.” Aqui nova-
mente nós vemos tanto a esfera física (“o mundo”) e a esferamística (“Mim”).
Capítulos quatorze, quinze e dezesseis de João são
uma seção. No começo desta seção o Senhor Jesus indicou,
em 14:1, que a intenção Dele era falar algo para nos ajudar a
crer Nele. Nós não deveríamos pensar que em Cristo é uma
questão simples. Se Ele não tivesse morrido na cruz e tiradonossos pecados, para crucificar nossa carne e terminar nosso
velho homem, e se Ele não tivesse ressuscitado para se
tornar o Espírito que dá vida, não haveria maneira para Ele
entrar em nós e levar-nos para dentro Dele.
Se nós estivéssemos lá quando o Senhor Jesus falou
sobre crer em Deus e Nele, poderíamos ter dito, “Senhor, eu
quero entrar em Ti. Diga-me como crer em Ti.” Como
revelam os versículos seguintes, para nós entrarmos Nele,
Ele teve que morrer e ser ressuscitado para se tornar o
Espírito que dá vida, para que pudéssemos recebê-Lo crendo
Nele e invocando, “Ó Senhor Jesus.”
Entre 14:1 e 16:33 temos nós o ensinamento do Senhor
concernente a como crer Nele. João 14:2a diz, “No casa deMeu Pai há muitas moradas.” Em 14:1 o Senhor Jesus falou
sobre crer em Deus e crer Nele, mas aqui Ele de repente
falou sobre a casa de Seu Pai. A casa do Pai seguramente não
é uma mansão celestial, mas algo místico. De acordo com a
interpretação em 2:16, 21, “a casa de Meu Pai” refere-se ao
templo, o aumento de Cristo em Sua ressurreição para ser a
igreja, o Seu Corpo, como o lugar de habitação de Deus (1Tm
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3:15; Ef 2:21-22). Em princípio, o corpo de Cristo era somente
Seu corpo individual. Mas por meio de Sua morte e ressur-
reição, Seu corpo foi aumentado para ser Seu Corpo corpo-
rativo, o qual é a igreja, a casa de Deus (1Tm 3:15), o templode Deus (Ef 2:21). Você já tinha percebido que quando você
creu em Deus e no Filho, você entrou na igreja?
João 14:2 diz-nos que na casa do Pai há “muitas
moradas.” Estas moradas são os crentes, os membros do
Corpo de Cristo. Todo crente é uma morada, como afirmado
no versículo 23.Na parte posterior do versículo 2 o Senhor Jesus disse,
“Eu vou preparar-vos lugar.” As palavras “Eu vou” significa
“Eu morrerei”. Ao dizer “Eu vou” Ele estava falando sobre
Sua morte de uma maneira mística.
Neste ponto eu quero lembrar vocês que o Evangelho
de João é um livro místico e que todo registro em João é um
registro místico. Falar da encarnação dizendo “a Palavra
tornou-se carne” (1:14) é falar de uma maneira místico. Do
mesmo modo, falar da água viva que se torna em nós uma
fonte de água a jorrar pela vida eterna (4:10, 14) também é
falar de uma maneira místico. Pelo fato de João ser um livro
místico, quando nós o lemos que precisamos compreendê-lo
misticamente.Em João 14:3 o Senhor Jesus continuou, “E se eu vou e
vos preparar lugar, virei outra e vos receberei para Mim
mesmo, para que onde Eu estou estejais vós também.” Aqui
Ele falou tanto de Sua ida quanto de Sua vinda. “Eu virei” é
um presente continuo, indicando que quando o Senhor Jesus
falou estas palavras Ele já estava vindo. Enquanto Ele estava
falando, Ele estava preparando para entrar em ressurreição.
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“Eu irei” é morrer e “Eu virei” é ser ressus-citado. Antes de
morrer Ele já sabia que iria voltar. Aqui Sua ida e Sua vinda,
a Sua morte e ressurreição, são referidas de uma maneira
mística.Neste versículo o Senhor Jesus disse, “Eu vos recebe-
rei para Mim mesmo.” Se nós estivéssemos estado lá,
poderíamos ter dito, “Senhor, Tu não me receberá na casa do
Pai? Por que dizes que me receberá em Ti mesmo? “ A
resposta para tal pergunta é que a casa do Pai é o próprio
Cristo.O versículo 3 termina com as palavras “Onde Eu estou
estejais vós também”. Ele está no Pai. Assim, para nós estar-
mos onde Ele está significa que nós também estamos no Pai.
Isto está relacionado ao nosso crer no Pai, a esfera divina e
mística.
O Senhor Jesus continuou a dizer, “E para onde Eu
vou, vós sabeis o caminho” (v. 4). Então Tomé disse, “Senhor,
não sabemos para onde vais; como podemos saber o cami-
nho?” (v. 5). De acordo com o versículo 6 Jesus disse a ele,
“Eu sou o caminho e a realidade e a vida; ninguém vem ao
Pai senão por mim.” Aqui o Senhor não disse, “ninguém vem
para a “casa do Pai”; Ele disse, “ninguém vem ao Pai.” Vir ao
Pai é vir para a casa do Pai, pois o Pai é a casa. A frase senãopor mim revela que nós só podemos vir ao Pai como a casa
por meio de Cristo como o caminho.
No versículo seguinte o Senhor Jesus disse, “Se vós Me
tivésseis conhecido, conheceríeis também a Meu Pai; e desde
agora O conheceis e O tendes visto”. Quando Filipe ouviu isto
ele disse, “Senhor, mostrar-nos o Pai, eisso nos basta” (v. 8).
Os versículos 9 e 10 continuam, “Disse-lhe Jesus: Há tanto
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tempo estou convosco, e não me tens conhecido, Filipe? Quem
Me vê a Mim, vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não
crês que Eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras
que Eu digo vos digo, nãoas falo de Mim mesmo, mas o Pai,que permanece em Mim, faz as Suas obras”. Aqui nós vemos
que o falar do Filho era na verdade o falar do Pai, o trabalhar
do Pai por permanecer Nele. Isto é completamente místico.
Temos enfatizado o fato de que o Deus Triúno é uma
esfera divina e mística. Como revelado na primeira parte de
João 14, o Filho está no Pai, e o Pai está no Filho. Nos versí-culos 16 a18 nós temos não apenas uma palavra com relação
ao Pai e o Filho, mas também com relação ao Espírito: “Eu
rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que
esteja para sempre convosco, o Espírito da realidade que o
mundo não pode receber, porque não O vê ouO conhece; vós
O conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós. Não
vos deixarei órfãos; virei a vós.” O primeiro Consolador era
Cristo na carne, e o outro Consolador é o Espírito da
realidade. O “Aquele” que é o Espírito da realidade no
versículo 17 se torna o “Eu” que é o próprio Senhor no versí-
culo 18. Isto significa que o Cristo que estava na carne
passou pela morte e ressurreição para se tornar o Espírito
que dá vida, o Cristo pneumático. Isto não é meramenteespiritual—ele é místico. Nós não podemos dizer que o Espí-
rito da realidade é espiritual e o Cristo que estava na carne
não era espiritual, pois quando Ele estava na carne, Cristo o
Filho, certamente era espiritual. O que precisamos ver aqui
não é algo que é apenas espiritual, mas algo místico.
O versículo 19 continua, “Ainda por um pouco e o
mundo não Me verá mais; vós, porém, Me vereis; porque Eu
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vivo, vós também vivereis.” Isto se refere à ressurreição de
Cristo. Porque Ele vive em ressurreição, nós também vive-
mos, porque nós fomos regenerados na Sua ressurreição,
como revelado em 1 Pedro 1:3.Em João 14:20 o Senhor Jesus falou de “naquele dia.”
“Naquele dia” era o dia da Sua ressurreição (20:19), o dia no
qual Ele se tornaria o Cristo pneumatizado, o Cristo pneu-
mático. Portanto, naquele dia na verdade significa “no dia da
ressurreição.”
Vamos ler agora todo o versículo 20: “Naquele dia, vósconhecereis que Eu estou em Meu Pai, e vós em Mim, e Eu
em vós.” Isto se refere à esfera divina e mística onde não
somente o Pai, o Filho, e o Espírito estão, mas também onde
os crentes estão. Louvado seja o Senhor que, como crentes em
Cristo, nós estamos agora na esfera divina e mística do
Espírito consumado e o Cristo pneumático!
II. A ESFERA DIVINA E MÍSTICA DO ESPÍRITO
CONSUMADO E O CRISTO PNEUMÁTICO
Todos nós precisamos entrar na esfera divina e mís-
tica, não do Deus Triúno, mas do Espírito consumado e o
Cristo pneumático (Fp 1:19; Rm 8:9; 2Co 3:17-18).
A. Um Outro Consolador, o Espírito da Realidade,
para Ser a Realidade do Filho,
João 14:16-18 fala de um outro Consolador, o Espírito
da realidade, ser a realidade do Filho percebida como a
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presença do Filho nos crentes. O Espírito é a realidade do
Filho, e a presença do Filho em nós é o Espírito.
B. O Filho Está no Pai, os Crentes Estãono Filho, e o Filho Está nos Crentes
No dia da ressurreição do Filho na qual o Filho se
tornou o Espírito que dá vida (1Co 15:45b), Ele veio à noite
aos discípulos naquele dia para insuflar neles e lhes disse
que recebessem o Espírito Santo (João 20:22). Se Ele nãofosse o Espírito, como Ele poderia pedir para os discípulos em
quem que Ele estava insuflando para receber o Espírito? Por
tudo isso podemos saber que o Filho está no Pai, que os
crentes estão no Filho, e que o Filho está nos crentes (João
14:19-20).
III. ANTES E DEPOIS DAQUELE DIA DA
RESSURREIÇÃO DE CRISTO
A. Antes Daquele Dia da Ressurreição de Cristo
Antes daquele dia da ressurreição de Cristo, Ele teve
ainda muitas coisas para desvendar aos Seus discípulos. MasSeus discípulos não as puderam suportar (Jo 16:12) porque
eles não tinham recebido o Espírito da ressurreição de Cristo
e não tinham entrado na esfera divina e mística.
B. Depois Daquele Dia da Ressurreição de Cristo
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O Senhor Jesus disse que quando o Espírito da reali-
dade viesse, Ele guiaria os discípulos que estariam então no
Espírito da ressurreição de Cristo em toda a realidade com
relação à economia de Deus para o Corpo de Cristo que é oCristo pneumático e o Espírito consumado. O Espírito da
realidade falaria o que Ele ouviria de Cristo e declararia aos
discípulos nas vinte e duas Epístolas do Novo Testamento de
Romanos a Apocalipse (Jo 16:13).
IV. A TRANSIÇÃO DIVINA PARA A ECONOMIAETERNA DA TRINDADE DIVINA
A. Tudo o Que o Pai Possui É Propriedade do Filho
Tudo o que o Pai possui é propriedade do Filho, está
corporificado no Filho.
B. Tudo o Que o Filho Possui É
Realizado pelo Espírito
Tudo aquilo que o Filho possui é recebido pelo Espí-
rito, realizado pelo Espírito que se tornou o Espírito que dá
vida na ressurreição de Cristo para a realização do Cristopneumático.
C. O Espírito Recebe Tudo o Que Cristo
Possui e Declara aos Discípulos
O Espírito recebe tudo o que o Cristo possui e declaraaos discípulos (que estavam então na realidade da ressur-
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reição de Cristo e na esfera divina e mística do Cristo pneu-
mático) para a produção das assembléias as quais resultam
no Corpo de Cristo que consuma a Nova Jerusalém para
expressar o Cristo todo-inclusivo para Sua glorificação naeternidade (vv. 14-15). No princípio, todas as coisas eram do
Pai. Então, o que o Pai tinha tornou-se possessão de Cristo.
Seguindo isto, tudo o que Cristo possui é ouvido e recebido
pelo Espírito que declara todas estas coisas aos crentes. Esta
é a transição divina para a economia eterna da Trindade
Divina.
V. OS CRENTES ESTÃO NA ESFERA DIVINA E
MÍSTICA DO ESPÍRITO CONSUMADO
PARA PRESERVAR A UNIDADE
Todos os crentes deveriam estar nesta esfera divina e
mística do Espírito consumado para estar mesclado com o
Deus Triúno para preservar a unidade.
A. Os Crentes Permanecem no Filho
Todos os crentes deveriam permanecer no Filho para
que o Filho possa permanecer neles que possam dar muitofruto para a glorificação (expressão) do Pai (15:4-5, 8). No
capítulo quatorze o Senhor preparou os lugares, as moradas.
No capítulo quinze precisamos permanecer Nele como nossa
morada para que Ele possa permanecer em nós como Sua
morada.
B. Todos os Crentes São Um
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Todos os crentes deveriam ter um, assim como o Pai
está no Filho e o Filho no Pai, eles também podem estar no
Pai e o Filho. O Filho está nos crentes e o Pai está no Filhopara que os crentes possam ser aperfeiçoados na unidade
(17:21, 23). Nossa unidade deve ser igual à unidade entre os
três do Deus Triúno. De fato, a unidade dos crentes é a
unidade do Deus Triúno. Ela está no Deus Triúno para que
possamos ser aperfeiçoados para ser um. Portanto, a verda-
deira unidade está no Deus Triúno.Em João 14-16 o Senhor Jesus apresentou uma
mensagem aos Seus discípulos, e então em João 17 Ele orou
ao Pai. No final da Sua oração, Ele indicou que nossa
unidade deveria ser no Deus Triúno, com o Cristo pneumá-
tico e o Espírito consumado. Esta unidade que é a unidade
genuína é o mesclar dos crentes com o Deus Triúno. Para ter
tal unidade, os crentes devem estar no Deus Triúno como
uma esfera divina e mística. Aqui o Pai está no Filho, o Filho
está nos crentes, e os crentes estão no Filho que está no Pai.
Isto significa que os crentes são um com o Deus Triúno na
esfera divina e mística do Cristo pneumático e o Espírito
consumado.
VI. O MINISTÉRIO CELESTIAL DE CRISTO É
LEVADO A CABO NESTA ESFERA MÍSTICA
O ministério celestial de Cristo é levado a cabo nesta
esfera mística, e a salvação orgânica de Deus é praticamente
realizada nesta esfera. Se nós não estivermos nesta esfera,
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nós não podemos participar no ministério celestial de Cristo
ou podemos desfrutar a salvação orgânica de Deus.
VII. OS CRENTES DEVEM CONSIDERARGRANDEMENTE A ENTRADA NESTA ESFERA
Os crentes devem considerar grandemente a entrada
nesta esfera, percebendo que sem o Cristo que se tornou o
Espírito que dá vida, sem o Cristo que é o Cristo pneumático,
sem o Cristo que é o Senhor Espírito, e sem o Cristo que é oCristo em ressurreição e não somente na carne, absoluta-
mente não há nenhuma maneira para os crentes participa-
rem, experimentarem, e desfrutarem a seção orgânica da
salvação completa de Deus em Cristo.
CAPÍTULO QUATRO
“O PRÓPRIO ESPÍRITO COM
NOSSO ESPÍRITO” A CHAVE
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PARA ABRIR AS OITO SEÇÕES DA
SALVAÇÃO ORGÂNICA DE DEUS
(1)
Esboço
Nota: A intenção de Deus em Sua salvação orgânica é unir o
espírito do crente com Seu Espírito como um espírito—umespírito mesclado—1Co 6:17.
I. Abrir a primeira seção da regeneração:
A. O Espírito da realidade veio para convencer os
pecadores concernente ao pecado e concernente
a justiça e ao julgamento (Jo 16:8-11), levando-
os ao arrependimento da condição caída deles e
entrando na morte e sepultamento de Cristo
(Mt 3:2, 5-6).
B. Nessa união o Espírito da realidade germina os
crentes arrependidos com a ressurreição da vida
de Cristo para regenerá-los, gerando-os no seu
espírito novamente—1Pe 1:3; Jo 3:3,5.C. Isto é “o que é nascido do Espírito [de Deus] é
espírito [do homem]—um espírito nascido do
Espírito—Jo 3:6
D. O Espírito de Deus testifica com o espírito dos
crentes regenerados que eles são filhos de Deus
(espiritual)—Rm 8:16.
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II. Para abrir a segunda seção de alimentar (nutrir,
nutrição)
A. O Senhor deseja que os crentes regenerados como
bebês recém-nascidos alimentem-se do leite(espiritual) da palavra, que é espírito e vida (Jo
6:63), para que eles possam crescer em Sua vida
para sua salvação diária—1Pe 2:2
A. Conforme eles crescem na vida divina, eles tam-
bém têm que ser nutridos também de alimento
sólido, não somente de leite, ao exercitar seuespírito para contatar o Espírito da palavra de
Deus a fim de que possam receber o suprimento
da vida—Hb 5:13-14; Mt 4:4b.
III. Para abrir a terceira seção da santificação
disposicional:
A. Os crentes que foram regenerados e que estão
crescendo precisam ser santificados pelo
Espírito Santo (Rm 15:16) em sua disposição
com o elemento da vida ressurreta de Cristo a
qual eles recebem por meio da nutrição para
que a disposição natural, tortuosa, perversa e
cheia de peculiaridades, possam ser santificadas
com a natureza santa, divina de Deus (2Pe 1:4)a fim de que eles possam ser santificados para
Deus (Ef 1:4).
B. Essa santificação disposicional pelo Espírito
Santo começa a partir do nosso espírito pas-
sando pela nossa alma para nosso corpo a fim de
que todo nosso ser possa ser totalmente
santificado—1Ts 5:23
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IV. Para abrir a quarta seção da renovação:
A. Conforme prosseguimos com a santificaçãodisposicional, o Senhor nos renova pelo Seu
Espírito—Tt 3:5
B. O Espírito renovador é mesclado com o nosso
espírito regenerado como um espírito mesclado
para expandir a nossa mente para renovar todo
nosso ser como um membro do n