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  • 8/18/2019 Especial Pescado

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    ANO 1 - N° 2 - FEV/MAR 2016

    ESPECIAL

    PESCADOO mercado brasileiro está ganhando cadavez mais protagonismo mundial. As normas eações de fiscalização se desenvolvem no mesmo ritmo.Veja no especial uma visão geral sobre o cenáriodo pescado e as perspectivas para o futuro.

    VEJA TAMBÉM:

    + Super operação de fiscalização no RS+ Brasil é o país que mais consome agrotóxicos

    + Alterações no RIISPOA

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    As tecnologias oferecidas pela Myleus podem ser utilizadaspara prover a certificação da espécie de origem e a purezade produtos que já foram processados/descaracterizados.Essas tecnologias podem ser aplicadas ao longo de toda acadeia produtiva de produtos de origem animal e vegetal.Desta maneira, elas alcançam diversos players da cadeia,tais como: produtores, processadores, distribuidores, varejo,

    agências reguladoras e consumidores.

    A Myleus oferece serviços baseados em metodologias deanálise de DNA para auxiliar pesquisadores em seus expe-rimentos de rotina. A empresa possui uma equipe técnicaaltamanete qualificada, capaz de utilizar tecnologias debiologia molecular como sequenciamento de DNA e PCR emTempo Real. Os serviços são oferecidos tanto como par te deuma consultoria ou como análises de amostras únicas.

    IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES SUPORTE À PESQUISA

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    myleusbiotecnologia

    ÍNDICE

    EDITORIAL

    Publicação bimestral da divisão de Comunicação e

    Markeng da Myleus Biotecnologia.Essa é uma publicação virtual e não deve ser vendida.As imagens pertencem ao banco de imagens da Myleus,exceto quando creditadas a terceiros.Contato: (31) 3234-184 2 - [email protected]

    Programa Segurança AlimentarRS apreende 51 toneladas dealimentos

    Brasil é o n°1 no consumode agrotóxicos

    Especial pescado

    Alterações no RIISPOA pararotulagem de produtos

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    O protagonismo da indústria alimencia con-nua crescendo em ritmo acelerado. Nos úl-mos meses, ações de scalização e desenvol-vimentos nas legislações para as indústrias dealimentos vem tomando bastante espaço nas

    nocias importantes para o setor.

    Especialistas do GFSI prevêem que até 2050 apopulação mundial terá aumentado 35% e iráconsumir 100 milhões de toneladas de comidaa mais do que se consome hoje. Neste cenário,

    é importante que a indústria se atente ao po-tencial natural oferecido pela Terra e se adapte

    à demanda.

    Considerando que o Brasil possui fartura deágua e pescado, acreditamos importante dedi-car essa edição ao mercado que deve em brevese rmar como um dos mais fun-damentais para a população de

    todo o mundo.

    Gabriela Machado

    Coordenadora editorial e

     Analista de Comunicação

    na Myleus Biotecnologia

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    FISCALIZAÇÃO

    O Programa Segurança Alimentar Verão 2016, no litoral gaú-cho, foi encerrado no úlmo 3 de março. A operação do Minis-tério Público do RS, juntamente à Vigilância Sanitária Estadualrealizou 53 interdições e apreendeu e inulizou 51 toneladasde alimentos impróprios para consumo.

    Muitos estabelecimentos chegaram a ser interditados, mas fo-ram liberados após a regularização. As ações foram realizadaspelo grupo formado por Promotores de Jusça, integrantesdo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organi-zado (Gaeco), Segurança Alimentar e servidores do MinistérioPúblico, Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipais, BrigadaMilitar, Polícia Civil e Procon-RS. Agentes do Programa Segu-rança Alimentar encontraram estabelecimentos com péssimas

    condições de higiene, produtos vencidos e sem procedênciae que estavam armazenados inadequadamente. Ao todo, 14locais foram autuados em Capão da Canoa; 12 em Torres; nove

    em Tramandaí; sete em Imbé; seis em Xangri-Lá; e dois emBalneário Pinhal. Conforme o Subprocurador-Geral de Jusçapara Assuntos Instucionais, Fabiano Dallazen, “nesse primeiromomento do trabalho, o resultado foi exitoso mas ao mesmotempo preocupante. Há clara necessidade de que se prossigana scalização e, paralelamente, provocar a estruturação e aefevidade de vigilâncias municipais. Nosso foco na seguran-ça alimentar, como políca instucional, será incrementado nocurso desse ano”.

    FONTE: Segurança Alimentar RS

    Ações de segurança alimentar no RS: 91 locais autuados e51 toneladas de alimentos apreendidas

    Toneladas de carne imprópria foram apreendidas. Foto: Divulgação/MPRS

    Alimentos com irregularidades, como de temperatura, foram confiscados eestabelecimentos autuados. Foto: Divulgação/MPRS

    Ao contrário da Dinamarca(primeiro país no mundo queadotará um projeto de leique visa implementar uma

    agricultura 100% orgânica até2020), no Brasil boa parte dapopulação brasileira ingereuma grande quandade dealimentos contaminados por

    algum po de agrotóxicossem se dar conta disso. Umargo publicado pelo jornalFolha de São Paulo ressaltacomo quase certo que pro-

    dutos como legumes, frutas everduras, chegam a mesa dosbrasileiros sem ter passado

    antes por nenhum controlerígido referente aos níveis deagrotóxicos. De acordo com aíntegra a scalização quandoé feita ange apenas umapequena fração do produtos

    reprovados em torno de um

    terço. 

    Atualmente o Brasil é osegundo maior produtor dealimentos do mundo atrás

    apenas dos Estados Unidos,mas desde de 2008, é o pri-meiro consumidor no mundo

    quando o assunto é o con-

    sumo de agrotóxicos, o qualestá interligado com o cres-cimento de culturas transgê-nicas. O mercado de agrotó-

    xicos cresceu mais de 400%em dez anos. De acordo comespecialistas, na úlma safrade 2013/2014, foram uliza-dos mais de 1 bilhão de litrosem agrotóxicos, gerando emmédia em torno de 4 litros de

    agrotóxicos por habitante. 

    Entres os produtos mais usa-

    dos destacam-se alguns po-tencialmente cancerígenos,grande parte dos produtosulizados no Brasil é de usoproibido em países da UniãoEuropeia e entre outros como

    China e a Índia. Uma pesquisaencomendada pela Associa-

    ção Brasileira de Saúde Cole-va (Abrasco) e pelo InstutoNacional do Câncer revelouque a relação de consumo de

    agrotóxicos é muito assusta-dora no pais. Segundo o re-latório mais de um terço dosalimentos consumidos diaria-

    mente pelos brasileiros está

    contaminado por algum pode veneno. De acordo com asanálises realizadas pelo Pro-grama de Análise de Resíduosde Agrotóxicos em Alimentos(PARA) da Anvisa (2011),fo-ram recolhidas amostras em26 estados comprovando quemais de 63% das amostrasapresentaram contaminação

    por algum po de agrotóxico.Sendo que 28% das amos-tras apresentou (IAS), ouseja o uso desse agrotóxicosnão autorizados pela Anvisa(Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária). Os outros35% dos alimentos analisadostambém apresentaram algumpo de contaminação por ve-nenos porém dentro do limite

    aceitável. Durante a pesquisaforam analisadas diversas

    culturas variando do abacaxi

    ao tomate e todas veramresultados insasfatórios. 

    Paulo Petersen,coordenadorCoordenador execuvo daAS-PTA Agricultura Familiare Agroecologia, arma quea maioria desses impactos

    estão interligados com o atualmodelo de desenvolvimento

    do Brasil. O qual está voltadoprimeiramente para produ-

    ção e exportação, mas talestratégia não está surndoefeito, outro estudo cita queos produtores estão ulizan-do uma grande quandadede produtos químicos paraproduzir a mesma quandadede alimentos.

    FONTE: IDEC

    AGRICULTURA

    População brasileira é a que mais

    consome agrotóxicos no mundo

    http://segurancaalimentar.mprs.mp.br/http://www.idec.org.br/em-acao/noticia-consumidor/sem-saber-populaco-brasileira-e-a-que-mais-consome-agrotoxico-no-mundohttp://www.idec.org.br/em-acao/noticia-consumidor/sem-saber-populaco-brasileira-e-a-que-mais-consome-agrotoxico-no-mundohttp://segurancaalimentar.mprs.mp.br/

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    O PESCADO NO CENTRO

    DA ECONOMIAO mercado de pescado está crescendo mun-

    dialmente e o Brasil, com uma extensa costa

    e uma das maiores reservas de água doce do

    mundo, está em posição de vantagem.

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    O cenário do pescado noBrasil

    O Brasil possui uma das maiores re-servas de água doce do planeta, quealcança mais de 8 mil km³ e uma ex-

    tensa faixa litorânea que chega a 8mil km de extensão. No entanto, ouso dos recursos naturais vem sendo

    drascamente limitado pelo avançoindiscriminado de prácas predató-rias. Algumas espécies de peixes sel-vagens já angiram o limite máximosustentável de captura, o que revelauma crescente necessidade de encon-

    trar alternavas para suprir a deman-da cada vez maior de pescado. Invesr

    em aqüicultura vem sendo uma das al-ternavas mais viáveis e promissoraspara o futuro do mercado brasileiro.A vocação do Brasil para a produçãode pescado está diretamente relacio-

    nada ao seu potencial de água doce,que chega a representar 12% de todoo mundo, embora apenas 1% seja u-lizado para a produção de organismosaquácos. A China possui 1% da águadoce e representa 63% da faa globalde produção de pescado - um cenário

    que coloca o Brasil na vantagem.

    Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura ), o Brasil temcondições sucientes para produzir 20 milhões de toneladas de pescado por ano. Para se teruma ideia, de 2005 a 2010, segundo dados do Ministério da Pesca e Aquicultura, o país produ-ziu 479 mil toneladas de pescado, um incremento de 86,3% em relação a medida anterior feitaentre 2000 e 2005. Deste número, 373,6 mil toneladas se concentravam em quatro espécies:lápia, carpa, camarão e tambaqui, equivalendo a 78% da produção da aquicultura nacional nomesmo ano. Em 2011, os números connuaram evoluindo, demonstrando que a criação de pes-cado em caveiro no Brasil angiu 628,7 mil toneladas, um crescimento de 31,1% em relação a2010.

    Segundo levantamento apresentado pelo consultor Silvio Romero Coelho, no Workshop de Co-operação entre Empresas e Universidades (CEU), o consumo per capita de pescado no Brasilcresceu para 11kg, um avanço de 45% nos úlmos anos. O crescimento indica que o pescadoestá aparecendo mais vezes na mesa do brasileiro, um fator posivo para o mercado em desen-

    volvimento. Assim, pode-se acreditar, com alguma margem de segurança, que o consumo jáestá se aproximando da média recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que éde 12 quilos por habitante/ano.

    Dois pontos que podem ser destacados no incremento da demanda por pescado no Brasil sedevem as variações nos preços e na renda disponível. Ou seja, o brasileiro é mais sensível àsvariações na renda para que haja aumento na quandade consumida de pescado do que pro -priamente do preço. Além disso, a relação de alimentos mais saudáveis para o consumo acabaincorporando um importante aliado na hora da compra. Vislumbrando uma brecha no mercadonacional, países como a China, Chile e Vietnã também passaram a suprir a deciência do mer -cado nacional com produtos importados – uma vez que a pesca extrava não é o forte do Brasil.Entre 2005 e 2010 foram importadas 323 toneladas de pescado, ou seja, 50% do crescimentoper capita do Brasil no período.

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    Sorriso (MT) é a maior

    produtora nacional.

    Geração de renda e receita

    Não há dúvidas que a cadeia de pescado brasileira está caminhando para o topo. Só em 2013,a produção nacional movimentou R$ 3,055 bilhões, segundo dados divulgados pelo IBGE. Apesquisa fortaleceu a ideia de que a criação de peixes é uma das mais representavas do se -

    tor, correspondendo a 66,1% (criação de peixes), logo em seguida vem o culvo de camarões(25%). Em relação às regiões, 26,8% estão concentrados no Centro-Oeste, seguida das regiõesSul (22,4%), Nordeste com 19,5%, região Norte (18,6%) e Sudeste (12,8%). O estado de maiorprodução em 2013 foi Mato Grosso, com 75,63 mil toneladas. Paraná e Ceará, respecvamente,ocuparam a segunda e terceira posição, 51,14 mil toneladas e 30,67 mil toneladas. A piscicultu-ra total no país chegou ao equivalente de 392,493 mil ton.

    Indústria de pescado no Brasil

    Segunda dados do MTE, em 2005, o Brasil contava com 1900 empresas na cadeia produva, queincluía captura, beneciamento e comércio atacadista. Destas empresas, 98 eram exportadoras,ou seja, 5% do total. E 85,79% correspondiam à micro empresas (com até 19 funcionários). Ototal de empregos formais alcançava o numerário de 29.486 mil.

    Segundo dados do Ministério da Pesca e Aquicultura, o Brasil conta atualmente com 1,084 mi-lhão de pescadores que contribuem com a produção anual de 765 mil toneladas (2013) de pes-cado. O setor ainda sofre com problemas de pouca tecnologia da frota pesqueira, além do mauacondicionamento do pescado decorrente da embarcação defasada, representando uma perda

    de 20% a 25% da produção pesqueira.

    Representação nacional e estadual da produção de pescado

    Segundo dados da pesquisa Produção da Pecuária Municipal (PPM), divulgado em 2013 peloIBGE e que incluiu pela primeira vez informações referente à aquicultura, a produção total dosetor, incluindo camarão, peixes, ostras, mexilhões e outros organismos para ns comerciais,angiu R$ 3,055 bilhões no respecvo ano. A criação de peixe apareceu no topo da liderança,com uma parcipação de 66,1%, seguido da criação de camarão de 25% - ambos os dados sãorelacionados ao total da produção divulgada pela pesquisa.

    A produção da piscicultura em 2013 alavancou o mercado de pescado, representando 392,5

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    mil toneladas. A região maisprodutora cou liderada pelaCentro-Oeste, e o Mato Gros-so está no topo da produção

    em relação aos estados, com19,3% da produção nacional.Já em relação aos municípios,Sorriso (MT) se destacou e -cou como o maior produtor,como 21,5 mil toneladas depeixe em 2013, seguido deJaguaribara (CE), 4,6 mil tone-ladas - que também é o maior

    criador de lápia, responden-do 8,6% da produção nacionaldesta espécie, e Nossa Senho-ra do Livramento (MT), com14,1 mil toneladas, segundodivulgado pelo IBGE.

    Em relação à espécie mais

    culvada, a lápia liderou oranking, respondendo por

    43,1% da produção nacionalde peixes. Em segundo veiotambaqui, como 22,6% e tam-bacu e tambanga (15,4%).Ostras, vieiras e mexilhões,em 2013, veram sua maiorconcentração em Santa Ca-tarina, representando 97,2%da produção nacional. Palho-ça deteve 55,7% da produçãoestadual e 54,1% da produçãonacional.

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    RETROSPECTIVA

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    Outra questão que poderáalavancar a independênciado mercado de consumo de

    pescado é a possibilidade de

    o Brasil suprir boa parte dademanda atendida, princi-palmente pelas importações

    através do desenvolvimento

    da aquicultura. Mas vale des-tacar que a grande parte dasimportações é composta por

    lés congelados, como polacado Alaska e merluza, represen-tando preços altamente com-

    pevos internacionalmente.Outro ponto a ser observadoé a importação desnada aprodutos de nichos, como nocaso de salmão e bacalhau,que competem em mercados

    diferentes daqueles das prin-

    cipais espécies produzidaspela aquicultura nacional.

    Segundo esmava da FAO,até 2025 o mundo precisaráde 50 milhões de toneladas depescado e o Brasil poderá daruma importante contribuição

    para o atendimento cada vezmais crescente dessa deman-

    da. Segundo a organização,o país uliza apenas 10% dopotencial pesqueiro que é es-

    mado para produção, quepoderia ser de 20 milhões detoneladas anuais.

    FRAUDE

    EM PESCADOO desenvolvimento de normazações para o setor e scalização no mercadodeixa uma mensagem bem clara: a fraude não será tolerada.

    A despeito do crescimento do consumo de pescados em todo o

    mundo, as tecnologias de controle e rastreabilidade de produ-to ainda são subulizadas na indústria pesqueira. Quanto maislonga a cadeia de produção da água ao prato, maiores as chan-ces de haver fraude.

    Estudos mostram que, nos Estados Unidos, as informações daembalagem são fraudulentas de 25% a 70% das vezes quan-

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    do se trata de produtos como

    salmão, cioba e bacalhau, quevem disfarçadas quando na

    verdade se trata de espécies

    de menor valor gastronômico,econômico ou natural. O índi-ce médio de adulteração é de

    33%.

    Existem três pos mais co-muns de fraude em pescados.São elas:

    Fraude por troca de espécie: 

    a mais comum e agrantefraude em pescado ao redor

    do mundo, é caracterizadapela substuição não-declara-da de uma espécie por outra

     – geralmente de menor valore qualidade.

    Fraude por glaciamento:  é

    congurada pelo excesso degelo no processo de glacia-mento, que visa proteger oproduto de ressecamento

    através de uma camada pro-

    tetora de gelo e outras técni-cas de congelamento. O limitemáximo de glaciamento é de20%; acima disso, é congura-do fraude – aumenta o peso

    bruto do produto e, por con-sequência, o valor da merca-doria.

    Fraude por adição de tripo-

    lifosfato:  o uso excessivo do

    tripolifosfato altera a estrutu-

    ra interna do pescado e geraretenção de líquido, o que au-menta o peso do produto. OMAPA determina o limite de

    0,50g/100g na camada de gla-ciamento do pescado – o uso

    fora desses padrões congurafraude na legislação brasileira.

    Produtores devem car aten-tos às normas denidas peloMinistério da Agricultura, Pes-ca e Abastecimento (MAPA)

    para que seu produto esteja

    adequado. Já importadorese varejistas devem atentar-seaos seus fornecedores, princi-palmente nos casos de recebi-

    mento de pescado descarac-

    terizado. Produtos letadosou já pré-processados podemchegar à indústria com não--conformidades que não são

    idencáveis a olho nu. Nessecaso, vale ter atenção redo-brada.

    A fraude em pescado, além deenvolver a questão éca de re-lacões comerciais desonestas

    onde o consumidor é lesado,envolve prejuízo econômico,pode ser prejudicial à saúdedo consumidor (por valor nu-

    tricional e casos de alergias) eesconder pracantes de pescailegal.

    FRAUDE

    DETECTADA

    EM POLACA

    DO ALASCA

    CONGELADA

    A PROTESTE - Associação Brasileira de Defesa do Consumi -dor - testou diversas marcas de lé de polaca congelada, pro-duto muito procurado em tempos de Semana Santa.

    Os resultados revelaram que a maioria delas não estavamconforme as normas de glaciamento e tripolifosfato.

    Veja a matéria completa no site da PROTESTE (Clique aqui).

    Aumento da scalização an-fraude noBrasil

    O MAPA vem intensicando suas operações de scalização depescados em todo o território nacional. Em março de 2015 teveinício o programa de controle ocial da fraude por substuiçãode espécie em pescado, que realiza operações de reinspeçãono comércio varejista.

    Até o mês de novembro de 2015, 274 amostras já haviam sidocoletadas nos estados do Paraná, São Paulo, Ceará, Rio Gran-de do Sul e Distrito Federal. Das 197 amostras até então anali-sadas, 21% revelaram-se como não-conformes em relação aoatendimento à legislação. Essas ações são uma nova etapa descalização, que seguiram a Operação Poseidon, realizada peloMAPA e Polícia Federal em 2014 em Santa Catarina.

    Nas ações de combate à fraude por substuição de espécie,os scais do Serviço de Inspeção Federal (SIF) realizam in locoa inspeção visual do pescado, ulizando principalmente a ava-liação morfológica das estruturas do produto. Segundo asinstruções da Norma Interna N°02 (13 de maio de 2014), doDepartamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DI-POA), as caracteríscas a serem observadas são: formato, pele,escamas, linha lateral, maxilas, dentes, aberturas nasais, opér-culos, olhos, rastros branquiais, arcos branquiais, barbilhões,nadadeiras, raios de nadadeiras, pedúnculo caudal, esqueleto,

    conformação de musculatura segmentada, miômeros e mio-septos.

    Durante a Operação Poseidon, 4 pessoas foram presas emagrante por falsicação de documentos de rastreabilidade.

    ESPECIAL PESCADO

    http://www.proteste.org.br/alimentacao/nc/noticia/proteste-detecta-gelo-e-sodio-demais-em-file-congelado-de-polaca-do-alasca?utm_source=facebook&utm_medium=post&utm_campaign=peixe-congelado-fbhttp://www.proteste.org.br/alimentacao/nc/noticia/proteste-detecta-gelo-e-sodio-demais-em-file-congelado-de-polaca-do-alasca?utm_source=facebook&utm_medium=post&utm_campaign=peixe-congelado-fb

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    Material recolhido será examinado no Laboratório NacionalAgropecuário de Goiânia. (Foto: Divulgação/MAPA)

    A Instrução Normava MAPA n° 29 de 23/09/2015

    O MAPA divulgou em Setembro de 2015 a Instrução Normava n° 29, que determina a padro-nização de nomes populares para espécies de peixe. Além disso, a IN29 determina que se tornaobrigatório informar na embalagem a espécie de produtos das famílias dos salmonídeos e ga -dídeos. 

    A IN N°29 é uma ferramenta para a indústria, que esclarece as regras de denominação de nomespopulares sem deixar espaço para dúvidas. Com a indústria mais segura na hora de escolherseus fornecedores e denir seus produtos, beneciam-se os varejistas e os consumidores.

    PARA LER O DOCUMENTO COM-PLETO DA IN 29, CLIQUE NESTE LINK OU ACESSE PELO QR CODEABAIXO:

    MAPA realiza operação de scalizaçãopesada para a Semana Santa 2016

    O MAPA já deu início às operações de scalização em pesca -do antecedendo a Semana Santa. Fiscais federais e agentes deinspeção do MAPA coletaram amostras de peixes no DistritoFederal e nos estados do Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo, Ce-ará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Pará. Foram recolhidas

    151 amostras suspeitas de adulteração. Elas foram enviadas aolaboratório Lanagro, em Goiânia, para testes de DNA.

    Em caso de fraude conrmada, as empresas responsáveis se-rão autuadas e podem ser multadas ou até mesmo ter sua pro-

    dução reda.

    Evento reuniu representantes do MAPA

    e especialistas no combate à fraude no

    Lanagro/MG

    Foi realizado, em dezembro de 2015, o evento O problema dafraude por substuição de espécie em alimentos. Promovidopela Myleus, Lanagro/MG e Biopremier, o evento contou com

    palestras de Paulo Humberto de Lima Araújo, scal agropecuá-rio DIPES/DIPOA/MAPA, Regina Sartori, Fiscal Federal Agrope-cuária do Lanagro de Goiás, Mário Gadanho, diretor da Biopre-mier de Portugal, Marcela Drummond, diretora-presidente daMyleus Biotecnologia, Nilson César, Chefe da Divisão TécnicaLaboratorial do Lanagro/MG e Raphael Fonseca, sales specia -list da ThermoFisher Scienc.

    Foram apresentados dados das operações de reinspeção do

    MAPA e novas tecnologias aliadas no combate à fraude.

    Para saber mais sobre o que foi discudo no evento, clique naimagem ao lado e seja redirecionado ao conteúdo completo.

    Clique na imagem e assista ao vídeo decobertura do evento.

    ESPECIAL PESCADO

    http://www.myleus.com/wp-content/uploads/2016/01/IN29-instrucao_normativa_rotulagem_peixe.pdfhttp://www.myleus.com/wp-content/uploads/2016/01/IN29-instrucao_normativa_rotulagem_peixe.pdfhttp://www.myleus.com/wp-content/uploads/2016/01/IN29-instrucao_normativa_rotulagem_peixe.pdfhttp://www.myleus.com/wp-content/uploads/2016/01/IN29-instrucao_normativa_rotulagem_peixe.pdfhttp://myleus.com/evento-no-lanagromg-reune-especialistas-em-combate-a-fraude-por-substituicao-de-especies/

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    TOMANDO AINI CIATIVA DO

    AUTOCONTROLEPRECAUÇÃO E QUALIDADE PARA A INDÚSTRIA

    A práca de autocontrole parte, inicialmente, do princípio deque qualquer indústria deseja entregar um produto inócuo aoseu consumidor. A t roca comercial saudável benecia o sistemaeconômico global como um todo, e o autocontrole exerce umpapel importante no bom funcionamento desse mecanismo.Não é à toa que o papel do setor de Gestão da Qualidade vemcrescendo exponencialmente na indústria.

    Atualmente, mediante o desenvolvimento das normazaçõese aumento das scalizações na indústria alimencia, o auto -

    controle se torna ainda mais essencial para a sobrevivência nomercado.

    Além das scalizações da Vigilância Sanitária e outras autori -dades de segurança alimentar, que visam coibir o comércio dealimentos em más condições de consumo, as operações de s-calização do MAPA ulizam de uma ferramenta poderosa nocombate à fraude em pescado: os testes de DNA.

    Os laboratórios dos Lanagros contam com a tecnologia de se-quenciamento de DNA para idencação de espécies. Comisso, qualquer amostra de pescado recolhida pode ser testadae avaliada para determinar a validade das informações forneci-

    das a respeito da espécie declarada no rótulo. É possível iden-car substuição de espécie nos produtos.

    É aconselhável que a indústria se mantenha idônea e ulizeas ferramentas disponíveis para exercer o autocontrole. Cabeàs empresas realizar a gestão da Qualidade para garanr que

    o seu produto seja inócuo em conformidade com a legislação,evitando assim multas, retenção de produção e outros embar-gos cabíveis.

    A Myleus Biotecnologia realiza testes de DNA para idencaçãode espécies, e trabalha juntamente aos Lanagros na transferên-cia de tecnologia para omizar estes processos. A tecnologiados testes da Myleus pode ser ulizada pela indústria comoferramenta de autocontrole, uma vez que uliza dos mesmosprocedimentos adotados pelo MAPA nos seus testes de sca-lização.

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    ESPECIAL PESCADO

    http://conteudo.myleus.com/haccp

  • 8/18/2019 Especial Pescado

    11/12

    Selo de garantia que comprova acomposição da matéria prima utilizada emprodutos para o consumo humano e animal

    estanodna.com

    Alterações no RIISPOA facilitamrotulagem e destacam segurança dosalimentos

    O Regulamento de Inspeção Industrial em Produtos de Origem Animal (RIISPOA) passou poralterações no mês de fevereiro.

    O Decreto N° 8.681, publicado em 23 de fevereiro de 2016, dene que será automacamentepermida a concessão de registro de produtos de origem animal (carnes, ovos, pescado, mel ederivados) que possuam regulamentos técnicos especícos. A concessão engloba o registro dorótulo, do processo de fabricação e da composição dos produtos.

    Este processo é, na maior parte dos casos, bastante demorado e acaba criando um gargalo dedemanda e sobrecarregando o MAPA. Com a alteração promovida pelo decreto, a ideia é queeste processo seja omizado e a concessão do registro aconteça em menor tempo.

    O decreto visa não apenas beneciar os requerentes, mas também desafogar a equipe do MAPApara que seja possível concentrar maiores esforços e pessoal nas ações de reinspeção.

    Além dessas alterações, hou-ve o acréscimo do argo Arts102-A, que dá destaque àqualidade e segurança dosalimentos. O argo condenaa fraude e adulteração, men-

    ciona a importância dos me-canismos de rastreabilidade e

    chama atenção aos recalls pornão-conformidades.

    O que muda com as alterações no RIISPOA:

    ANTES: AGORA:

    Os processos com os pedidoseram individualmente analisados

    por diferentes setores antes de

    serem concedidos. Era necessárioo envio de extensa documenta-

    ção e o processo tomava vários

    meses. Apenas após a concessãoo produto poderia ser comercia-

    lizado.

    Com o Decreto 8.681/2016, a libe-ração da rotulagem é automácapara produtos de indústrias que

     já possuem regulamentação téc-nica especíca. As empresas de-verão apenas informar quaisquer

    mudanças no rótulo ao MAPA.O sistema através do qual issoserá feito deve ser disponibilizadopelo MAPA dentro de até 90 dias.

    X

    LEGISLAÇÃO

  • 8/18/2019 Especial Pescado

    12/12

    Publicação bimestral da divisão de Comunicação e Markengda Myleus Biotecnologia.

    Essa é uma publicação virtual e não deve ser vendida.

    Para mais informações, visite o sitewww.myleus.com