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As derivadas Derivadas de Ordens Superiores ormulas e Regras de Deriva¸c˜ ao Derivadas Aula 15 29 de Abril de 2020 Primeiro Semestre de 2020 SMA 353 C´ alculo I

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DerivadasAula 15

29 de Abril de 2020

Primeiro Semestre de 2020

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As derivadasDerivadas de Ordens SuperioresFormulas e Regras de Derivacao

Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

As derivadas: Motivacao

Seja x = f (t) uma equacao horaria do movimento de umapartıcula sobre a reta real x . Entao f (t) descreve a posicao dapartıcula no instante t, para cada t ∈ R.

A velocidade media da partıcula entre os instantes t0 e t edada por

distancia percorrida

tempo decorrido=

f (t)− f (t0)

t − t0

e a velocidade instantanea ou simplesmente velocidade dapartıcula no instante t0 e dada por

v(t0) = limt→t0

f (t)− f (t0)

t − t0. (1)

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

Consideremos a seguinte figura.

T

y − f (t0) =f (t) − f (t0)

t − t0︸ ︷︷ ︸

mt

(s − t0)

y − f (t0) = m(s − t0)

Tt

f

f (t) − f (t0)

t − t0

tt0

f (t0)

f (t) r

r

t

Notemos que, quando t se aproxima de t0, a reta Tt “tende” aocupar a posicao da reta T , ou seja, o coeficiente angular mt , da

reta Tt , tende para o valor do coeficiente angular m, da reta T .

Logo, f (t)−f (t0)t−t0

→m, quando t→ t0, ou limt→t0

f (t)−f (t0)t−t0

=m=v(t0).

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

Fazendo a mudanca de variavel t = t0 + h, temos

t → t0 ⇔ h → 0.

Portanto a equacao (1) pode ser re-escrita como

v(t0) = limh→0

f (t0 + h)− f (t0)

h.

Agora, podemos dar a definicao seguinte.

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

A derivada: Definicao

Definicao

Sejam f :Df →R uma funcao e p∈Df umponto de acumulacao deDf .

◮ Se existir o limite limx→p

f (x)−f (p)x−p

= L ∈ R, diremos que L e a

derivada de f em p e escreveremos

f ′(p) = L = limx→p

f (x)− f (p)

x − p= lim

h→0

f (p + h)− f (p)

h.

◮ Se f admitir derivada f ′(p) em p, diremos que f e derivavel

ou diferenciavel em p.

◮ Se f admitir derivada em todo ponto de A⊂Df , diremos que f

e derivavel ou diferenciavel em A⊂Df . Se A=Df , diremos

simplesmente que f e derivavel ou diferenciavel.

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

Exemplo (A)

Seja f (x) = 2x2 − 3. Entao

(a) f ′(0) = 0; (b) f ′(2) = 8; (c) f ′(p) = 4p.

Solucao: Por definicao

f ′(0) = limh→0

f (h)− f (0)

h= lim

h→0

2h2

h= lim

h→02h = 0,

f ′(2)= limh→0

f (2 + h)−f (2)

h= lim

h→0

2(4+4h+h2)−8

h= lim

h→0(8+2h) = 8,

e em geral, para qualquer p,

f ′(p)= limh→0

f (p+h)−f (p)h

= limh→0

2(p+h)2−3−(2p2−3)h

= limh→0

(4p + 2h)=4p.

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

Exemplo

Mostre que f (x) = |x | nao e derivavel em 0.

De fato: Verifiquemos que f ′(0) = limh→0

f (h)− f (0)

hnao existe.

Calculando os limites laterais, temos

limh→0+

h − 0

h= 1 e lim

h→0−

−h− 0

h= −1.

Portanto nao existe limh→0

f (h)−f (0)h

, ou seja, nao existe f ′(0).

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

Reta Tangente e Reta Normal

Conforme vimos, podemos interpretar a derivada como a inclinacaoda reta tangente ao grafico de uma funcao.

Definicao (Reta Tangente e Reta Normal)

Se f e diferenciavel em p, a reta tangente ao grafico de y = f (x)em (p, f (p)) e dada por

(

vetor direcao (1, f ′(p)))

y= f (p)+f ′(p)(x−p),(

(x , y)=(p, f (p))+(1, f ′(p))(x−p))

.

Definimos a reta normal ao grafico de y = f (x) em (p, f (p))como a reta por este ponto que e perpendicular a reta tangente.

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

xp

f (p)

T

Nf

Se f ′(p) = 0, x = p e a reta normal. Se f ′(p) 6= 0, as retas por(p, f (p)) sao da forma r : (x , y) = (p, f (p)) + (1, a)(x − p) e temvetor direcao (1, a). Neste caso, a reta normal e

(

(1, a)⊥(1, f ′(p)))

y= f (p)− 1

f ′(p)(x−p),

(

(x , y)=(p, f (p))+(1,−1

f ′(p))(x−p)

)

.

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

Exemplo (A - Continuacao)

Seja f (x) = 2x2 − 3. Determine a equacao da reta tangente e da

reta normal ao grafico de f nos pontos

(a) (0, f (0)); (b) (2, f (2)).

Solucao:

(a) reta tangente e y = −3 e a reta normal e x = 0.

(b) Ja vimos que f ′(2) = 8. Portanto, a equacao da

reta tangente e y − 5 = 8(x − 2) e a equacao da

reta normal e y − 5 = −18(x − 2).

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

Exemplo

Determine a equacao da reta tangente ao grafico de f (x)=2x2−3

e paralela a reta y = 2x + 3.

Pela condicao de paralelismo, devemos ter que

f ′(p) = 2 ou 4p = 2, logo p =1

2.

Portanto a equacao da reta tangente e

y − f(

12

)

= f ′(

12

)(

x − 12

)

, ou seja y + 52 = 2

(

x − 12

)

.

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

Taxas de Variacao

Uma outra interpretacao da derivada e como uma taxa de variacao.

Consideremos, novamente, o problema de uma partıcula que sedesloca sobre o eixo x segundo a equacao horaria x = f (t).

Definimos a velocidade instantanea como o limite das velocidadesmedias em intervalos cada vez menores.

Deste modo,a velocidade instantanea da partıcula no instante t e

v(t) = lim∆t→ 0

f (t +∆t)− f (t)

∆t= f ′(t).

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

De maneira analoga, a aceleracao media da partıcula entre osinstantes t e t+∆t e dada por

v(t +∆t)− v(t)

∆t,

onde v(t+∆t)−v(t) e a variacao da velocidade entre os instantes te t+∆t, e a aceleracao instantanea ou simplesmente aceleracaoda partıcula no instante t e dada por

a(t) = lim∆t→0

v(t +∆t)− v(t)

∆t= v ′(t) = f ′′(t).

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

Exemplo

Uma partıcula move-se sobre o eixo x de modo que, no instante t,

a posicao x e dada por x = t2, t ≥ 0, onde t e dado em segundos

e x e dado em metros.

(a) Qual a velocidade da partıcula no instante t?

(b) Qual a aceleracao da partıcula no instante t?

Solucao: A velocidade e a derivada da funcao posicao, logo

v(t) = limh→0

(t + h)2 − t2

h= lim

h→0

t2 + 2th + h2 − t2

h= 2t,

e a aceleracao e a derivada da velocidade,

a(t) = limh→0

2(t + h)− 2t

h= 2.

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

Suponhamos agora que uma quantidade y depende de outraquantidade x , de modo que y e uma funcao de x , ou seja y = f (x).A taxa media de variacao de f entre x e x +∆x e dada por

f (x +∆x)− f (x)

∆x,

A taxa de variacao (instantanea) de f em x e dada por

lim∆x→0

f (x +∆x)− f (x)

∆x

e coincide com a derivada f ′(x) de f em x .

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

Observacao: A taxa de variacao tem uma interpretacao especıficadependendo da ciencia a qual se refere. A seguir alguns exemplos:

◮ Suponha que a massa m de uma barra nao homogenea seja

uma funcao do comprimento, m = f (x) . Entao definimos a

densidade linear ρ como taxa de variacao da massa emrelacao ao comprimento, ou seja, ρ(x) = f ′(x).

◮ Se um gas e mantido a uma temperatura constante, o

volume V ocupado e uma funcao da pressao P , isto e, V (P).Consideramos a taxa de variacao do volume em relacao apressao, ou seja,V ′(P). A compressibilidade isotermica e

definida por β = −V ′(P)V

.

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

◮ Seja n = f (t) o numero de indivıduos em uma populacao no

instante t. Entao a taxa de variacao da populacao com

relacao ao tempo f ′(t) e chamada taxa de crescimento .

◮ Suponha que C (x) seja o custo total da producao de x

unidades de um produto dado. A taxa de variacao do custoem relacao ao numero de ıtens produzidos C ′(x) e chamadode custo marginal .

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

A funcao derivada

Ja definimos a derivada de f : Df → R em pontos p ∈ Df quetambem sao pontos de acumulacao de Df . Sendo assim, se

Df ′ ={

x ∈ Df : x e um ponto de acumulacao de Df

e limh→0

f (x+h)−f (x)h

existe.}

⊂ Df

definimos a funcao f ′ : Df ′ → R por

f ′(x) = limh→0

f (x + h)− f (x)

h, x ∈ Df ′ .

Esta nova funcao f ′, e chamada funcao derivada ou, simplesmente,derivada de f .

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

Exemplo

Calcule a derivada de f (x) =√x − 1 e determine o domınio de f ′.

Solucao: Note que, Df = [1,∞) e para todo x > 1,

f ′(x) = limh→0

f (x + h)− f (x)

h= lim

h→0

√x + h − 1−

√x − 1

h,

= limh→0

(x + h − 1)− (x − 1)

h

1√x + h − 1 +

√x − 1

= limh→0

1√x + h − 1 +

√x − 1

=1

2√x − 1

.

Logo Df ′ = (1,∞)

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

Notacoes alternativas. Seja y = f (x), onde f e uma funcaoderivavel. Podemos escrever, alternativamente,

f ′(x) = y ′ =dy

dx=

d

dx(y) =

df

dx=

d

dxf (x) = Df (x) = Dx f (x)

para denotar a derivada de y ou f em relacao a variavel x .

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

O sımbolody

dxnao e um quociente; trata-se de uma notacao.

Utilizando a notacao de incremento, podemos escrever a definicaode derivada como

dy

dx= lim

∆x→0

f (x +∆x)− f (x)

∆x.

Daı, tomando ∆y = ∆f = f (x +∆x)− f (x), podemos escrever

dy

dx= lim

∆x→0

∆y

∆xou

df

dx= lim

∆x→0

∆f

∆x.

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

O seguinte Teorema estabelece uma relacao entre continuidade ediferenciabilidade.

TeoremaSe f for diferenciavel em p ∈ Df , entao f sera contınua em p.

Prova: Recorde que p e um ponto de acumulacao de Df . Vamosmostrar que lim

x→pf (x)= f (p) ou que lim

x→p(f (x)−f (p))=0.

Escrevemos

f (x)− f (p) =f (x)− f (p)

x − p· (x − p).

Assim

limx→p

(f (x)− f (p)) = limx→p

f (x)− f (p)

x − p· limx→p

(x − p) = f ′(p) · 0 = 0.

Portanto f e contınua em p.

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Motivacao e DefinicaoReta Tangente e Reta NormalTaxas de VariacaoA funcao derivada

Observacao: Note que nao vale a recıproca . A funcao

f (x) = |x | e contınua em x = 0 mas nao e diferenciavel em x = 0.

Exemplo (Criterio Negativo)

Se f nao e contınua em p entao f nao e diferenciavel em p.

Exemplo

A funcao f (x) =

{

x2 x ≤ 1,2 x > 1

e diferenciavel em x = 1?

Solucao: Como

limx→1−

f (x) = 1 6= 2 = limx→1+

f (x),

f (x) nao e contınua em x = 1, logo nao e diferenciavel em x = 1.

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Derivadas de Ordens Superiores

Seja f uma funcao derivavel em Df ′ . A funcao f ′ : Df ′ → R e ditaderivada de f ou derivada primeira de f .

Entao, podemos definir a derivada de f ′, que sera chamadaderivada segunda de f . Neste caso,

(f ′)′(x) = limh→0

f ′(x + h)− f ′(x)

h,

quando o limite existir. Escrevemos f ′′ = f (2) = (f ′)′

para denotara derivada segunda de f .

Para n ∈ N∗, a derivada n-esima de f sera denotada por f (n),

quando esta existir.

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Alternativamente, podemos escrever

d2y

dx2=

d

dx

(

dy

dx

)

ou

d2f

dx2=

d

dx

(

df

dx

)

para denotar a derivada segunda, f ′′, de y = f (x). Analogamente,usamos

d3y

dx3ou

d3f

dx3

para denotar a derivada de terceira, f ′′′, de y = f (x), e assim pordiante.

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Exemplo

Se a posicao x de uma partıcula e dada pela equacao horaria

x(t)= t3−6t2+9t. Encontre a aceleracao a(t) no instante t.

Solucao: Vamos calcular a derivada v(t) = x ′(t). Note que

v(t) = x ′(t) = limr→t

x(r)−x(t)r−t

= limr→t

(

r3−t3

r−t− 6 r2−t2

r−t− 9(r−t)

r−t

)

= limr→t

(

r2+rt+t2−6(r + t)−9)

= 3t2−12t−9.

Agora, a(t) = v ′(t) = limr→t

(

3 r2−t2

r−t− 12 r−t

r−t− 9−9

r−t

)

= 6t − 12.

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Exemplo

Seja f (x) = 3x2 − 4x. Calcule f ′ , f ′′ e f ′′′.

Solucao: Note que

f ′(x)= limr→x

f (r)−f (x)r−x

= limr→x

(

3 r2−x2

r−x−4 r−x

r−x

)

= limr→x

(

3(r+x)−4)

=6x−4,

f ′′(x)= limr→x

f ′(r)−f ′(x)r−x

= limr→x

(

6 r−xr−x

− 4−4r−x

)

=6

e f ′′′(x)=0

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As derivadasDerivadas de Ordens SuperioresFormulas e Regras de Derivacao

Exemplo

Se f (x) =1

x, entao f (n)(x) =

(−1)nn!

xn+1.

Solucao: Faremos a prova por inducao. Note que, se x 6= 0,

f ′(x) = limr→x

f (r)−f (x)r−x

= limr→x

1r−

1x

r−x= lim

r→x

x−rrx

r−x= − lim

r→x

1rx

= − 1x2.

Se f (k−1)(x) =(−1)k−1(k − 1)!

xk(hipotese de inducao), entao

f (k)(x) = limr→x

f (k−1)(r)−f (k−1)(x)r−x

= (−1)k−1(k − 1)! limr→x

1

rk−

1

xk

r−x

= (−1)k−1(k − 1)! limr→x

−(rk−xk)r−x

1rkxk

= (−1)k−1(k − 1)! limr→x

(−1) rk−1+rk−2x+···+xk−1

rkxk

= (−1)k(k − 1)! kxk−1

x2k= (−1)kk! 1

xk+1 .

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Exemplo

Seja f (x) =

{

−x2, x ≤ 0x2, x > 0

. Calcule f ′ e f ′′ quando existirem.

Solucao: Para x < 0 f (x) = −x2, daı f ′(x) = −2x .

Para x > 0, f (x) = x2, daı f ′(x) = 2x . Em x = 0 aplicamos a

definicao. Note que

f (x)− f (0)

x − 0=

−x2

xse x < 0,

x2

xse x > 0

=

{

−x se x < 0,x se x > 0

= |x |

Portanto, f ′(0) = limx→0

f (x)−f (0)x−0 = 0.

Agora, f ′′(x)=−2, se x<0, f ′′(x)=2, se x>0 e f ′′(0) nao existe.

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Formulas e Regras de Derivacao

Teorema (Formulas de Derivacao)

Se k ∈ R e n ∈ N∗, sao validas as formulas de derivacao a seguir

(a) f (x) = k ⇒ f ′(x) = 0,

(b) f (x) = xn ⇒ f ′(x) = nxn−1,

(c) f (x) = x1/n = n√x ⇒ f ′(x) =

1

nx

1n−1,

(d) f (x) = sen x ⇒ f ′(x) = cos x,

(e) f (x) = cos x ⇒ f ′(x) = −sen x,

(f) f (x) = ex =⇒ f ′(x) = ex ,

(g) f (x) = ln x =⇒ f ′(x) = 1x, x > 0.

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Prova: A afirmativa (a) e trivial.

Prova do item (b). Lembremos que

yn − xn = (y − x)(yn−1 + yn−2x + · · ·+ yxn−2 + xn−1).

Entao,

f ′(x)= limy→x

yn−xn

y − x= lim

y→x(yn−1+yn−2x+ · · · +yxn−2+xn−1)=nxn−1.

Prova do item (c). Fazendo u = n√y e v = n

√x temos, da

continuidade de x 7→ x1n , y → x ⇒ u → v . Assim

f ′(x)= limy→x

n√y − n

√x

y − x= lim

u→v

u − v

un − vn=

1

nvn−1=

1

nxn−1n

=1

nx

1n−1.

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Prova do item (d).

f ′(x)= limy→x

seny−senx

y − x= lim

y→x

2sen(

y−x2

)

cos(

y+x2

)

y − x=cos x .

Prova do item (e). Analoga ao item (d).

Prova do item (f ).

f ′(x) = limh→0

ex+h − ex

h= ex lim

h→0

eh − 1

h= ex

pois, limh→0

eh−1h

= 1.

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Prova do item (g).

f ′(x) = limh→0ln(x+h)−ln x

h= limh→0

1hln(

x+hx

)

.

Fazendo u =h

xtemos que para h → 0, u → 0, assim

limh→0 ln(

1 + hx

)1h= limu→0

1xln(

1 + u)

1u = 1

xln e = 1

x,

pois, limu→0

(

1 + u)

1u = lim

r→∞

(

1 + 1r

)r= e.

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