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  • Curso de Formao de Socorristas em Atendimento Pr-Hospitalar - Bsico

    (Curso APH-B)

    Manual do Participante

    Verso em portugus Ano 2005

    Pertence a

  • EVOLUO EDITORIAL CURSO APAA

    1. EDIO ORIGINAL

    INSTRUCTORES QUE HARAN HISTORIAEn el ms de noviembre de 1992 un grupo de bomberos reunidos en la ciudad de San Jos en Costa Rica a peticin de la Oficina de Atencin de Catstrofes (OFDA), debatieron por dos das para definir las necesidades de capacitacin del personal de los grupos de primera respuesta en emergencias y desastres. Asistieron a esa primera reunin representantes de varios pases entre los cuales estaban: Guatemala, Honduras, Per, Costa Rica, Ecuador, Venezuela y Estados Unidos.Se discutieron muchsimas necesidades para la regin, pero todos coincidieron a final, que la capacitacin ms importante para todos los primeros en responder a una emergencia es el auxilio mdico de emergencia o como luego se denomin el curso, Curso de Asistente de Primeros Auxilios Avanzados.

    A raz de esa primera reunin se integro el Grupo de Direccin y Diseo, el cual trabaj por casi dos aos en la elaboracin de los objetivos, planes de leccin, ayudas visuales y evaluacin del curso. A este grupo se integraron paramdicos, mdicos y expertos en diseo curricular quienes pasaron largas discusiones, adaptando y decidiendo la mejor terminologa para que toda la regin latinoamericana pudiera utilizar sin problemas este curso. Los mdicos aportaban su explicacin mdica, a veces muy avanzada; mientras que los paramdicos los hacan volver a las calles, donde en realidad deban aplicarse estas tcnicas. Al mismo tiempo los expertos en educacin unan los esfuerzos de ambos a objeto de moldear el documento dentro de un patrn sencio de usar y ensear.

    Al final de 1994 y despus de una minuciosa revisin efectuada por un grupo de mdicos y paramdicos, se haba obtenido un primer borrador listo para su prueba de fuego. Se efectu un primer intento con un grupo experimental en Miami en marzo de 1995 dndonos cuenta de que el contenido y los planes de leccion haban funcionado muy bien, sin embargo la evaluacin todava requeria ciertos ajustes. De tal manera que se preparo minuciosamente un segundo intento experimental en Honduras, se redisen el sistema de evaluacin y en octubre de 1995 se dict el Curso APAA com todos sus ajustes, obtenindose un resultado muy positivo, a tal punto que las sugerencias que se han recibido hasta la fecha han sido en realidad de ajustes muy pequeos.

    El Curso APAA, como ya todos lo llamamos y que empez su concepcin en 1992, siendo construdo poco a poco por aportes de toda la regin latinoamericana, es ahora un instrumento listo para alzar vuelo en todos pases y, sin temor a equivocarme, estoy seguro que cambiar la manera de pensar de muchas instituiciones al hablar de atencin mdica prehospitalaria. Se pudiera decir que es un curso donde todo o que se cubre en la teora se lleva a la prctica; donde el participante debe demostrar que aprendi haciendo; y donde el que aprueba el curso est bien capacitado para salvar una vida en la calle, en una emergencia o en un desastre, contando com el mnimo equipo o sin ningn equipo.

    Hasta la fecha hemos ya formado unos 170 instructores en 15 paises latinoamericanos. La responsabilidad adquirida por estos instructores hoy en da se ver reflejada en unos anos en el mejoramiento sensible de la respuesta a las emergencias y los desastres em aquellos pases donde dichos instructores pongan su empeo y responsabilidad en que este programa avance. La difusin rpida o lenta del curso estar en manos de los pases que adquieran la responsabilidad de apoyar a estos instructores.

  • El curso ya fue traducido al portugus y ingls para dictarse en Brasil, Asia y Africa para el ao 2000 en diante.

    A finales de este ao tendremos suficientes instructores en toda la regin latinoamericana de manera tal que cada pas pueda seguir su camino practicamente solo. Los resultados los apreciaremos desde fuera con la conciencia de habler sembrado una buena semilla y haber efectuado un trabajo bien hecho.

    MANUEL F. BAZZANICoordinador de Capacitacin Internacional del Programa de Preparacin para Respuestas y Desastres de OFDAMiami Dade Fire Rescue DepartamentMiami Florida. USASeptiembre/98.

    Este curso nasceu como resposta necessidade manifesta pelo Comit Assessor Regional de Capacitao de Bombeiros, reunidos pela Oficina de Assistncia para Desastres do Governo dos Estados Unidos da Amrica (OFDA), em San Jos, Costa Rica, em novembro de 1992.O desenho, desenvolvimento, validao e reviso estiveram a cargo do Departamento de Bombeiros do Condado de Miami-Dade (MDFRD), em convnio com a OFDA e com a participao de colaboradores do Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, Per e Venezuela.

    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos mui especialmente a Sra. Elena Naranjo pela digitao do material e a todas as pessoas do Departamento de Bombeiros de Miami-Dade, da OFDA/Costa Rica e dos Corpos de Bombeiros e entidades de Primeira Resposta dos pases da Amrica Latina, por seu grande apoio para tornar realidade este projeto.

    Coordinacin General del ProyectoLic. Manuel F. Bazzani

    Coordinador de Capacitacin InternacionalBomberos del Condado de Miami-Dade - Florida/USA

    Responsable General del Programa OFDA/MDFRDJefe Carlos J. Castillo

    Bomberos del Condado de Miami-Dade - Florida/USA

  • 2. EDIO BRASILEIRA

    No Brasil, os contatos iniciais foram feitos ainda em 1996, atravs da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), pois seu rgo suplementar, o Ncleo de Treinamento para Preveno de Emergncias da Regio Sul CETREM, desde 1989 vem sendo utilizado pela USAID/OFDA como o ponto focal para os seus programas de reduo de desastres em nosso pas.

    To logo a Universidade tomou conhecimento do curso, contatou com representantes do Corpo de Bombeiros da Polcia Militar do Estado de Santa Catarina (CBPMSC) e da Associao Brasileira de Acidentes e Medicina de Trfego (ABRAMET) e ambas iniciaram os estudos visando estabelecer um mecanismo que garantisse o aproveitamento do mesmo pelas diversas entidades envolvidas em atendimento pr-hospitalar no Brasil, enquanto um oficial do CBPMSC tomava o curso no exterior e viria a ser o seu primeiro instrutor brasileiro.

    Assim, por fora de convnios j estabelecidos, coube UDESC a superviso geral do programa, sendo responsabilidade do CBPMSC a coordenao do curso. Para o desenvolvimento do programa, juntaram-se aos parceiros j referidos, o Corpo de Bombeiros da Polcia Militar do Estado de So Paulo (CBPMESP), bem como o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).

    Aproveitando o trabalho integrado de tcnicos dos rgos associados que tomaram o curso no exterior, foi ele traduzido e adaptado s condies e caractersticas do Brasil, partindo-se agora para a formao de seus instrutores, pea fundamental para a disseminao desse tipo to especializado de conhecimento. Os primeiros cursos, duas Oficinas para a Formao de Instrutores do Curso de Formao de Socorristas em Atendimento Pr-Hospitalar Bsico, foram realizados nas cidades de So Paulo/SP e Florianpolis/SC, durante os meses de novembro de 1998 e abril de 1999, respectivamente.

    Com o material tcnico j desenvolvido e um grupo inicial de cerca de 50 instrutores formados, estamos iniciando as atividades de multiplicao do Curso APH-B e continuamente, atualizando os contedos das lies para que possamos oferecer uma opo de qualidade formao de socorristas, em todo o territrio nacional.

    Superviso Geral do Programa UDESC/USAID no BrasilProf. Antonio Felisberto Pinheiro

    Consultor da IRG/OFDA para o Brasil

    Coordenao Mdica do Programa APH-B no BrasilDr. Carlos Alberto Guglielmi Eid

    So Paulo - Brasil

    Coordenao do Programa nos Corpos de Bombeiros do BrasilMajor PM Marcos de Oliveira

    Comando do Corpo de Bombeiros Polcia Militar de Santa Catarina

  • CONTEDO DO MANUAL DO PARTICIPANTE (MP)

    CURSO

    DE

    FORMAO

    DE

    SOCORRISTAS

    EM

    APH

    -

    BSICO

    Introduo 00O Sistema de Emerg. Mdica e o Socorrista 01A Ocorrncia 02O Corpo Humano 03Biomecnica do Trauma 04Avaliao Geral do Paciente 05Reanimao Cardiopulmonar 06Aspirao e Oxigenioterapia 07Hemorragias e Choque 08Ferimentos em Tecidos Moles 09Trauma em Extremidades 10Trauma de Crnio, Coluna e Trax 11Manipulao e Transporte de Pacientes 12Queimaduras e Emergncias Ambientais 13Emergncias Mdicas: Infarto Agudo do Miocrdio, Angina de Peito, Insuficincia Cardaca Congestiva, Acidente Vascular Cerebral e Hipertenso

    14

    Emergncias Mdicas Respiratrias 15Emergncias Mdicas: Convulses, Diabetes e Abdmen Agudo

    16

    Parto Emergencial 17Intoxicaes 18Relatrios, Comunicaes e Preparativos para Outras Chamadas

    19

    Triagem Mtodo START 20Pacientes com Necessidades Especiais 21Emergncias Peditricas 22Afogamentos e Acidentes de Mergulho 23Recapitulao Geral - Terica e Prtica 24Avaliao Final Prtica 25

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    Lio de Apresentao do Curso

    INTRODUO

    OBJETIVOS

    Ao final desta lio, os participantes sero capazes de:

    1. Identificar os participantes, os instrutores e todo o pessoal de apoio do curso;

    2. Identificar as expectativas do grupo em relao ao curso;

    3. Descrever a finalidade, o mtodo de ensino e a forma de avaliao do curso;

    4. Descrever os aspectos de agenda e logstica do curso.

    Rev.Adap. 05/02 MP Introduo 1

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    MATERIAIS A UTILIZAR

    MP =_____________________________________________

    MD =_____________________________________________

    DINMICA PARA A IDENTIFICAO DOS PARTICIPANTES, INSTRUTORES E PESSOAL DE APOIO

    IDENTIFICAO DAS EXPECTATIVAS DO GRUPO

    FINALIDADE DO CURSOProporcionar aos participantes do Curso APH-B, os conhecimentos e as tcnicas necessrias para a prestao do correto socorro, no ambiente pr-hospitalar, para uma vtima de trauma ou de emergncia mdica, estabilizando sua condio no que for possvel e dentro de seu limite legal e transportando-a de forma segura e rpida at onde possa receber ateno mdica adequada e definitiva.

    OBJETIVO DE DESEMPENHO DO CURSOAo final do curso, os participantes, de forma individual e aplicando os conhecimentos padronizados apreendidos durante a capacitao, sero capazes de: Realizar atravs de uma simulao, em local previamente preparado pelos

    instrutores, o atendimento correto de um paciente vtima de trauma, de acordo com uma lista de checagem para uma banca examinadora, num tempo mximo de 15 minutos;

    Realizar atravs de uma simulao, em local previamente preparado pelos instrutores, o atendimento correto de um paciente de emergncia mdica, de acordo com uma lista de checagem para uma banca examinadora, num tempo mximo de 15 minutos.

    Obs. Cada participante contar com todos os equipamentos de proteo pessoal e demais materiais bsicos de primeiros socorros.

    MTODO DE ENSINO DO CURSOSer utilizado o mtodo do ensino interativo que emprega modernas tcnicas didtico-pedaggicas desenvolvidas pela USAID/OFDA, atravs da Agncia de Assistncia a Desastres no Exterior do Governo dos EUA, valorizando a participao, a troca de experincias e o alcance de objetivos pr - estabelecidos.

    PBLICO ALVOProfissionais ligados a rea do atendimento pr-hospitalar.

    Rev.Adap. 05/02 MP Introduo 2

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    FORMA DE AVALIAO DO CURSOA avaliao dos participantes ser realizada atravs de: 1. Cinco provas tericas parciais com um valor total de 100 pontos. A nota mnima de

    aprovao de 70 pontos. Os participantes que no alcanarem a nota mnima podero realizar, uma nica vez, uma segunda avaliao de recuperao.

    2. Provas prticas ao final das lies 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 17, 19 e 20. Em todas os participantes devero ser considerados aptos.

    3. Trs apresentaes em equipe, todas na segunda semana do curso. Em todas os participantes devero ser considerados aprovados.

    4. Duas estaes prticas no final do curso, sendo:- Estao n. 1: Situao de trauma = 100 pontos (80 pontos para aprovao);- Estao n. 2: Situao de emergncia mdica = 50 pontos (40 pontos para

    aprovao).

    CONDIES PARA APROVAO E CERTIFICAOOs participantes devero totalizar um mnimo de 70 pontos em cada prova escrita. Se o participante no alcanar este ndice mnimo de pontos, receber uma segunda oportunidade para realizar novamente a prova. Este segundo exame poder ser realizado de maneira oral ou escrita com a presena de no mnimo dois instrutores. Se o participante for reprovado uma segunda vez, perder o direito de realizar a prova final prtica e, portanto, receber somente um atestado de participao no curso. O participante que no for aprovado em qualquer uma das duas provas finais prticas, poder realizar a prova uma segunda vez (mas somente uma nica vez), e ser avaliado por um instrutor diferente daquele que o avaliou na primeira vez. Da mesma forma, se o participante falhar mais de uma vez, somente receber um atestado de participao e assiduidade ao curso. A certificao dos participantes implica em dizer que os mesmos alcanaram todos os objetivos do curso, o que se comprovou durante as avaliaes prticas, as avaliaes tericas parciais e a avaliao final prtica de desempenho.

    HORRIOS DO CURSO obrigatria a presena e a pontualidade em todas as lies do curso. Espera-se responsabilidade e respeito mtuo de todos os participantes.

    AVALIAO DO CURSO PELOS PARTICIPANTESExistem duas avaliaes escritas que devero ser preenchidas pelos participantes. Uma dever ser preenchida ao final de cada lio e a outra ser realizada conjuntamente no final do curso. Esclarea qualquer dvida de preenchimento com o coordenador ou com qualquer dos instrutores do curso.

    muito importante para o melhoramento dos futuros cursosque voc responda as avaliaes de forma criteriosa e atenta !

    Rev.Adap. 05/02 MP Introduo 3

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    FICHA DE INSCRIO NO CURSOEsta ficha dever ser preenchida logo no incio do curso e entregue a uma pessoa da equipe de instrutores. Esta ser a nica documentao utilizada para o ingresso das referncias dos participantes na base de dados das suas organizaes, o que permitir no futuro, o recebimento de opes para a realizao de outros cursos e/ou informaes sobre atualizaes referentes a este em particular.

    AVALIAO DO DIAAo final de cada jornada diria, os participantes participaro de uma dinmica onde apontaro os aspectos positivos e por melhorar observados durante o dia.

    ASPECTOS DE ORDEM PRTICA Horrios das refeies:

    Caf:Almoo:Janta: proibido fumar no ambiente de sala de aula. Fica igualmente proibido o uso de telefones celulares, beepers e similares, etc. Procure informar-se com a coordenao sobre gastos extras, tais como:

    Alojamento:Chamadas telefnicas:Servios de bar e cozinha:Lavanderia:Acesso a internet:Confirmao de passagens areas:

    PROCEDIMENTOS DE EMERGNCIAA coordenao ir orient-lo quanto aos procedimentos de emergncia, tais como a localizao das sadas de emergncia, os protocolos de evacuao do local do treinamento, as reas de segurana (pontos de reunio), a localizao da sala de apoio e os procedimentos em caso de emergncias!

    Tcnica do BAServir para anotar perguntas conflitivas ou dvidas levantadas pelos participantes, as quais sero aclaradas to logo seja possvel ou durante a lio 24.

    Rev.Adap. 05/02 MP Introduo 4

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    CURSO DE FORMAO DE SOCORRISTAS EM APH-BSICOBelo Horizonte Minas Gerais - Brasil

    23 de setembro a 04 de outubro de 2002

    Dia 01 (segunda-feira) 07h45min - Solenidade de abertura do curso08h15min - Lio de Introduo e avaliao de expectativas 10h00 - Pausa e foto grupal 10h15min - Lio 6 - Reanimao cardiopulmonar12h30min - Pausa para almoo14h00 - Lio 6 - Reanimao cardiopulmonar (continuao)18h30min - Avaliao do dia

    Dia 02 (tera-feira) 07h45min - Lio 6 - Reanimao cardiopulmonar (continuao)10h15min - Pausa 10h30min - Lio 6 - Reanimao cardiopulmonar (continuao)12h00 - Pausa para almoo14h00 - Lio 6 - Reanimao cardiopulmonar (avaliao prtica)16h00 - Pausa 16h30min - Lio 7 Aspirao e Oxigenioterapia18h30min - Avaliao do dia

    Dia 03 (quarta-feira) 06h00 - Exerccio fsico (opcional)07h30min - Avaliao terica parcial (L6 e L7)08h30 - Lio 1 - O Sistema de Emergncias Mdicas e o socorrista10h15 - Pausa 10h30min - Lio 2 - A ocorrncia12h15min - Pausa para almoo14h00 - Lio 3 - O corpo humano16h00 - Pausa 16h15min - Lio 4 - Mecnica do trauma18h15min - Avaliao do dia

    Dia 04 (quinta-feira) 06h00 - Exerccio fsico (opcional)07h45min - Lio 5 - Avaliao geral do paciente 10h00 - Pausa 10h15min - Lio 5 - Avaliao geral do paciente (continuao)12h15min - Pausa para almoo14h00 - Lio 5 - Avaliao geral do paciente (continuao)16h00 - Pausa16h15min - Lio 8 - Hemorragias e choque18h15min - Avaliao do dia

    Rev.Adap. 05/02 MP Introduo 5

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    Dia 05 (sexta-feira) 06h00 - Exerccio fsico (opcional)07h30min - Avaliao terica parcial (L1, L2, L3, L4, L5, e L8)08h30min - Lio 8 - Hemorragias e choque (continuao)09h00min - Lio 9 - Ferimentos em tecidos moles 10h15min - Pausa10h30min - Lio 9 - Ferimentos em tecidos moles (continuao)12h00 - Pausa para almoo13h45min - Lio 10 - Trauma em extremidades 15h45min - Pausa 16h00 - Lio 10 - Trauma em extremidades (continuao)18h00 - Avaliao do dia

    Dia 06 (sbado) 06h00 - Exerccio fsico (opcional)08h00 - Lio 11 - Trauma de crnio, coluna e trax 09h45min - Pausa10h00 - Lio 11 - Trauma de crnio, coluna e trax (continuao)12h00 - Pausa para almoo14h00 - Lio 12 - Manipulao e transporte de pacientes15h45min - Pausa16h00 - Lio 12 - Manipulao e transporte de pacientes (continuao)17h45min - Instrues para a 1 apresentao grupal 18h00 Avaliao do dia

    Dia 07 (domingo) Dia de folga No haver aula

    Dia 08 (segunda-feira) 06h00 - Exerccio fsico (opcional)07h30min - Avaliao terica parcial (L 9, L10, L11, L12)08h30min - 1 Apresentao de grupo10h30min - Pausa10h45min - Discusso das apresentaes12h00 - Pausa para almoo 14h00 - Lio 13 - Queimaduras e emergncias ambientais16h00 - Pausa 16h15min - Lio 14 - Emergncias mdicas18h00 - Avaliao do dia

    Dia 09 (tera-feira) 06h00 - Exerccio fsico (opcional)08h00 - Lio 15 - Emergncias mdicas09h00 - Lio 16 - Emergncias mdicas10h15min - Pausa 10h30min - Lio 17 - Parto emergencial 12h30min - Pausa para almoo

    Rev.Adap. 05/02 MP Introduo 6

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    14h00 - Lio 17 - Parto emergencial (continuao)16h00 - Pausa 16h15min - Lio 17 - Parto emergencial (continuao)18h00 - Instrues para o exerccio de imobilizao e translado18h15min - Avaliao do dia

    Dia 10 (quarta-feira) 06h00 - Exerccio fsico (opcional)07h30min - Avaliao terica parcial (L13, L14, L15, L16, L17)08h30min - Exerccio de grupo (Imobilizao e translado de pacientes)10h30min Pausa10h45min Lio 18 - Intoxicaes12h15min Pausa para almoo14h00 Lio 19 - Registros, comunicaes e preparativos para outra chamada16h00 - Pausa 16h15min - Lio 20 Triagem START18h15min - Instrues para a 2 apresentao grupal18h30min - Avaliao do dia

    Dia 11 (quinta-feira) 06h00 - Exerccio fsico (opcional)07h45min - 2 Apresentao de grupo09h45min - Pausa10h00 - Discusso das apresentaes10h30min - Lio 21 Pacientes com necessidades especiais12h00 - Pausa para almoo 13h30min - Lio 22 Emergncias peditricas15h00 - Lio 23 Afogamentos e acidentes de mergulho16h30min - Pausa 16h45min Lio 24 - Recapitulao geral (terica/prtica)17h15min - Instrues para a avaliao prtica final 18h00 Avaliao do dia

    Dia 12 (sexta-feira) 06h00 - Exerccio fsico (opcional)07h30min - Avaliao terica parcial (L18, L19, L20, L21, L22, L23)08h30min - Avaliao prtica final 12h30min - Pausa para almoo14h00 Continuao da avaliao prtica final e divulgao de resultados15h00 - Avaliao do curso pelos participantes e reviso das expectativas16h30min - Solenidade de formatura e entrega de certificados17h30min - Coquetel18h00 Reunio de avaliao do Curso (somente para os instrutores)

    MARCOS DE OLIVEIRAMajor PM - Coordenador do Curso de APH-B

    Rev.Adap. 05/02 MP Introduo 7

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    AVALIAO DO CURSO PELOS PARTICIPANTES

    Local: _________________________________ Data: _____________________

    Lies do Curso de Socorristas em APH-B. Utilizando o formulrio abaixo, preencha os espaos com sua impresso sobre o curso realizado. Inicialmente preencha os aspectos relativos ao contedo da lio e, em seguida, avalie o instrutor da matria. Utilize valores desde 10 (excelente) a 1 (pssimo).

    LIESNota Nota

    BREVE COMENTRIOContedo Instrutor

    1. O SEM e o Socorrista2. A Ocorrncia3. O corpo humano4. Biomecnica do Trauma5. Avaliao Geral do Paciente6. Ressuscitao cardiopulmonar7. Aspirao e oxigenioterapia 8. Hemorragias e choques9. Feridas em tecidos moles10. Trauma em ossos11. Trauma em crnio, coluna e trax12. Manipulao e transporte de pacientes 13. Queimaduras e leses ambientais 14. Emerg. Md.: Infarto, AVC e hipertenso15. Emerg. Md.: EMR16. Emerg. Md.: Convulses e abd. agudo17. Parto Emergencial 18. Intoxicaes 19. Relatrios, Comunicaes e Preparativos para Outras Chamadas20. Triagem Mtodo START 21. Pacientes com Necessidades Especiais 22. Emergncia peditricas23. Afogamentos e acidentes de mergulho24. Recapitulao geral terica e prtica25. Avaliao final prtica

    Na sua opinio, qual o melhor momento do curso?

    Rev.Adap. 05/02 MP Introduo 8

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    Na sua opinio, qual aspecto do curso deveria ser alterado?

    Avaliao do curso como um todo. Agora pedimos que voc avalie o curso como um todo. Utilize novamente a mesma escala de valores.

    ASSUNTO NOTA BREVE COMENTRIO1. Qualidade das instalaes2. Meios auxiliares e equipamentos3. Instrutores como equipe4. Alcance dos objetivos do curso

    Utilize o espao a seguir para sugestes e comentrios adicionais sobre os pontos fortes e os pontos fracos do curso:

    Rev.Adap. 05/02 MP Introduo 9

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    Lio 01

    O SISTEMA DE EMERGNCIAS MDICAS E O SOCORRISTA

    OBJETIVOS:

    Ao final desta lio, os participantes sero capazes de:1. Descrever o funcionamento do Sistema de Emergncia Mdica local;

    2. Listar 3 caractersticas e 3 deveres de um socorrista;

    3. Conceituar imprudncia e negligncia;

    4. Enumerar os principais equipamentos utilizados no socorro pr-hospitalar.

    Rev. Adap. 06/02 MP 1-1

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    SISTEMA DE EMERGNCIAS MDICAS (SEM)Podemos conceituar o SEM como uma cadeia de recursos e servios organizados para prestar assistncia continuada s vtimas, desde o local onde se iniciou a emergncia at a chegada destas no ambiente hospitalar.

    ORGANOGRAMA DO SISTEMA DE EMERGNCIAS MDICAS (SEM)

    Anote aqui mais informaes sobre o seu SEM local:

    Rev. Adap. 06/02 MP 1-2

    Acionamento doCOBOM/COPOM

    Trauma ouEmergncia Mdica

    Situao denormalidade

    RecursosAdicionais

    Profissionais de APH

    Setor de Emergnciado Hospital

    TratamentoDefinitivo

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    O SOCORRISTASocorrista a pessoa tecnicamente capacitada e habilitada para, com segurana, avaliar e identificar problemas que comprometam a vida. Cabe ao socorrista prestar o adequado socorro pr-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as leses j existentes.

    DEVERES DO SOCORRISTA

    - Garantir a sua prpria segurana, a segurana do paciente e a segurana dos demais envolvidos (testemunhas, familiares, curiosos, etc.);

    - Usar Equipamento Proteo Pessoal;- Controlar a cena e lograr acesso seguro at o paciente;- Proporcionar atendimento pr-hospitalar imediato;- No causar dano adicional ao paciente;- Conduzir adequadamente o paciente at um hospital;- Transferir o paciente para a equipe mdica e registrar a ocorrncia.- Solicitar, caso seja necessrio, ajuda especializada, por exemplo: Polcia Militar, Guarda Municipal, Polcia Rodoviria Federal, Companhia de gua, Celesc, Samu, Defesa Civil, ....

    ASPECTOS LEGAIS

    Legislao local:

    Diretriz Operacional Padro (POP): N 94 EMG, de 28 de Maro de 2011. Portaria Ministrio da Sade 2048, de 05 de Novembro de 2002. Constituio Federal, Art 144. Constituio Estadual, Art 107.

    Consideraes sobre protocolos locais:

    Padronizao de leis e procedimentos que so dispostos para execuo de determinada tarefa;

    Orientar os passos do socorristas e respaldar legalmente suas atividades.

    RESPONSABILIDADES DO SOCORRISTARev. Adap. 06/02 MP 1-3

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    Imprudncia:Conceito: Expor a si prprio ou a outrem a um risco ou perigo sem as precaues necessrias para evit-los. A imprudncia uma atitude em que o agente atua com precipitao, sem cautela.

    Exemplo:Motorista com fadiga, com sono, no reduzir a velocidade da Vtr numa curva, no cruzamento, no semforos, no sinalizar a cena de maneira adequada, ...

    Impercia:Conceito: a incapacidade, a falta de conhecimentos tcnicos ou destreza em determinada arte ou profisso. A impercia presupe sempre a qualidade de habilitao legal para a arte ou profisso.

    Exemplo: Os socorristas executarem procedimentos evasivos, medicamentao, estabelerem uma via area secundria com tubo oro traqueal ou cricotireiodostomia, ...

    Negligncia:Conceito: Descumprimento dos deveres elementares correspondentes a determinada arte ou profisso. a indiferena do agente que, podendo tomar as cautelas exigveis, no o faz por displicncia ou preguia.

    Exemplo:Os socorristas no utilizarem equipamentos de proteo pessoal, no

    proporcinar atendimento pr-hospitalar imediato, no controlar a cena e lograr acesso seguro at o paciente, ...

    DIREITOS DO PACIENTE

    So direitos do paciente:

    - Solicitar e receber socorro pr-hospitalar;- Exigir sigilo sobre suas condies e/ou tratamento recebido;- Denunciar a quem no lhe prestou socorro ou violou seus direitos;- Recusar atendimento pr-hospitalar.

    Rev. Adap. 06/02 MP 1-4

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    FORMAS DE CONSENTIMENTO:O consentimento implcito:Situao em que o socorrista presta um determinado socorro, independente da expressa autorizao do paciente ou de seu representante legal. Consideramos que o socorrista recebe um consentimento implcito para atender uma vtima quando ela est inconsciente, desorientada ou gravemente ferida, menor de 18 anos e no pode tomar uma deciso sozinha.

    O consentimento explcito:Situao em que o socorrista presta um determinado socorro, aps expressa autorizao do paciente ou de seu representante legal. Consideramos explcito o consentimento dado por um familiar ou representante legal para a prestao do socorro a uma vtima inconsciente, confusa, gravemente lesionada, menor de idade ou com incapacidade mental.

    Abandono:Uma vez que voc tenha iniciado o auxlio a um paciente doente ou ferido, legalmente iniciou-se o atendimento pr-hospitalar. O socorrista tem agora o dever de prestar o atendimento de acordo com os padres estabelecidos por sua organizao. Se voc sair do local antes da chegada do socorro solicitado ou, sendo parte do SEM, abandonar o paciente, estar sujeito as sanes legais.

    CARACTERSTICAS PESSOAIS DE UM BOM SOCORRISTA1. Responsabilidade;2. Sociabilidade;3. Honestidade;4. Disciplina;5. Estabilidade emocional;6. Boa condio fsica;7. Apresentao adequada atividade (apresentao pessoal, uniforme, asseio).

    EQUIPAMENTOS BSICOS UTILIZADOS NO SOCORRO PR-HOSPITALAR:

    Equipamentos para avaliao do paciente: Lanterna pupilar Esfigmomanmetro Estetoscpio

    Equipamentos de proteo individual: Luvas descartveis Mscaras faciais culos de proteo

    Equipamentos de ressuscitao: Mscara de RCP de bolso

    Rev. Adap. 06/02 MP 1-5

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    Ressuscitadores manuais Cnulas orofarngeas Aspiradores portteis

    Equipamentos para curativos: Ataduras de crepon Compressas de gaze Esparadrapo Bandagens triangulares Kit para queimados Soluo fisiolgica

    Equipamentos para imobilizao: Colares cervicais Talas de imobilizao (rgidas, inflveis, de papelo, etc.) Macas rgidas longas Coletes de imobilizao dorsal

    Equipamentos para extrao: Ferramenta para quebrar vidros Luvas de raspa

    Equipamentos diversos: Tesoura de ponta romba Kit obsttrico Carvo ativado Cobertor ou manta Bolsa de primeiros socorros

    AVALIAO

    O SISTEMA DE EMERGNCIAS MDICAS E O SOCORRISTA

    1. Escreva pelo menos trs diferentes caractersticas pessoais de um bom socorrista:

    2. Cite trs deveres de um socorrista:

    Rev. Adap. 06/02 MP 1-6

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    3. O que imprudncia?

    4. O que negligncia?

    5. Cite pelo menos 10 equipamentos bsicos utilizados no socorro pr-hospitalar:

    Rev. Adap. 06/02 MP 1-7

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    Lio 02

    A OCORRNCIA

    OBJETIVOS:

    Ao final desta lio os participantes sero capazes de:

    1. Citar as trs perguntas que o socorrista dever responder ao avaliar a ocorrncia (Os passos para avaliar).

    2. Enumerar os dados a relatar aps avaliada a cena de emergncia.3. Citar cinco ferramentas bsicas para se conseguir acesso at uma vtima.4. Conceituar EPI e citar pelo menos trs deles.

    Rev. Adap. 06/02 MP 2-1

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    A OCORRNCIA: Podemos conceituar ocorrncia como um evento causado pela ao do homem ou por um fenmeno natural, que pode colocar em risco a integridade de pessoas, de bens ou da prpria natureza. Essa situao requer aes imediatas para prevenir ou minimizar a perda de vidas humanas, danos propriedade ou ao prprio meio ambiente.

    ATENDIMENTO PR-HOSPITALAR:Compreende a prestao do suporte bsico ou avanado vida, realizado fora do ambiente hospitalar, para vtimas de traumas ou emergncias mdicas. Esse atendimento dever ser realizado por pessoal capacitado e habilitado para tal. O objetivo do APH iniciar a avaliao e o tratamento das vtimas o mais precocemente possvel, garantindo a elas sua estabilizao e seu transporte seguro e rpido at um local onde possam receber tratamento definitivo.

    CHAMADA DE EMERGNCIAPrincipais dados a solicitar:

    Local do acidente; Identificao do solicitante; Natureza da ocorrncia; Aes j empreendidas; Riscos potenciais, ...

    DIFERENTES TIPOS DE OCORRNCIAS: Acidentes de trnsito; Incndios; Acidentes aquticos; Emergncias mdicas; Acidentes com produtos perigosos; ...

    RECONHECIMENTO/AVALIAO DO LOCAL:Reconhecimento da situao, realizado pelo socorrista no momento em que chega no local da emergncia. O reconhecimento necessrio para que o socorrista possa avaliar a situao inicial, decidir o que fazer e como fazer.

    PASSOS PARA AVALIAR O LOCALExistem trs perguntas que o socorrista deve responder quando avalia o local de uma ocorrncia; so elas:

    Qual a situao ? estado atual At onde pode ir ? potencial/ riscos O que farei e como farei para controlar ? operaes e recursos

    INFORMES DO SOCORRISTA

    Rev. Adap. 06/02 MP 2-2

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    Aps avaliar o local, o socorrista dever informar Central de Comunicaes os seguintes dados: 1. Confirmao do endereo do acidente (local exato);2. Tipo/natureza da ocorrncia;3. Nmero de vtimas e suas condies;4. Necessidades de recursos adicionais.

    PRIORIDADES PARA ASSEGURAR A CENA (Como manter o local seguro)Enumerar as prioridades para manter seguro o local de uma ocorrncia:

    Estacionar adequadamente o veculo de emergncia, Sinalizar e isolar o local, Eliminar os riscos potenciais presentes na cena (desconectar baterias,

    fechar registros de gs, etc.)

    Como estacionar de forma segura numa cena de emergncia:

    IMPORTANTERev. Adap. 06/02 MP 2-3

    15m

    15m

    Cones de sinalizao

    Polcia

    Ambulncia

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    Envolva- se somente ao nvel de seu treinamento.Sempre que necessrio solicite recursos adicionais.

    FORMAS BSICAS PARA OBTENO DE ACESSO O PACIENTEFerramentas Bsicas:

    Alicates (simples, isolado, tipo corta-fio) Martelos (de orelha, simples, marreta, etc.) Machados (cabea chata, picareta, etc.) Serra para metais Serrote Jogo de chaves (de boca, tipo phillips, de fenda) Canivete Corta-frio Alavancas (tipo p de cabra, em S, etc.) Material de sapa (enxadas, ps, picaretas, etc.)

    FORMAS DE ACESSO A UMA EDIFICAO Portas Janelas

    FORMAS DE ACESSO A VECULOS Portas Janelas

    EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL - EPIConceito: EPIs so equipamentos destinados proteo da integridade fsica do socorrista, durante a realizao de atividades onde possam existir riscos potenciais sua pessoa.

    EPIs bsicos: Luvas decartveis, Mscaras ou protetores faciais, culos de proteo, Mscaras de RCP de bolso, Colete reflexivo (opcional), Avental (opcional).

    Rev. Adap. 06/02 MP 2-4

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    Outros materiais bsicos utilizados pelos socorristas: Tesoura ponta rouba, lanterna pupilar, bloco de anotaes, relgio, caneta, talas de imobilizao, colar cervical, maca rgidas, cilindro de O2, reanimador manual, ...

    INSTRUES PARA EXERCCIO

    Lio 02A OCORRNCIA

    Objetivo do exerccio: Preencher corretamente em um tempo no superior a dois minutos o formulrio de recebimento de uma chamada de emergncia.Tempo total do exerccio: 10 minutosMtodo: Os participantes, divididos em pares, simulam uma chamada de auxlio e registro dos dados. Dar 3 minutos por participante.Materiais necessrios: Formulrios, lpis e borracha.Desenvolvimento: Determinar para que o grupo divida-se em pares e estes sentem-se de frente

    um para o outro. Um faz o papel de uma pessoa comum que pede ajuda e outro de telefonista.

    Aps a conduo dos trabalhos, selecionar 2 duplas para comentar seus exerccios.

    FORMULRIO DE CHAMADA EMERGENCIAL

    Nome completo do solicitante:Fone de contato :Natureza da ocorrncia:Endereo:Data/hora:Nmero de vtimas envolvidas:Sexo e idade das vtimas:Riscos potenciais:

    Organismos j acionados:

    Necessidade de apoio especializado ou reforo:

    INSTRUES PARA EXERCCIO

    Lio 02

    Rev. Adap. 06/02 MP 2-5

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    A OCORRNCIA

    Objetivo do exerccio: Desenvolver a capacidade de reconhecimento e avaliao dos participantes atravs da projeo de imagens (com slides) de cenas de desastres.Tempo total do exerccio: 10 minutosMtodo: Os participantes avaliaro 3 diferentes imagens de acidentes que comumente ocorrem em suas regies. Dar 2 minutos de projeo para cada slide e, neste tempo, os participantes respondem verbalmente as 3 perguntas (Qual a situao?, At onde ir?, O que irei fazer para controlar a situao?)

    FORMULRIO PARA ANOTAES

    QUAL A SITUAO?

    AT ONDE IR?

    QUE IREI FAZER PARA CONTROLAR A SITUAO?

    AVALIAO

    Rev. Adap. 06/02 MP 2-6

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    A OCORRNCIA

    1. Quais so as 3 perguntas que o socorrista dever responder quando for avaliar o local de uma emergncia ?

    2. Quais as principais informaes que o socorrista dever relatar a Central de comunicaes aps avaliar a cena da emergncia?

    3. Enumere 5 ferramentas bsicas utilizadas para obter acesso at uma vtima ?

    -----

    4. Qual a importncia do EPI no servio de APH? Cite o nome de 3 equipamentos de proteo individual utilizados em APH.

    Rev. Adap. 06/02 MP 2-7

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    Lio 03

    O CORPO HUMANO

    OBJETIVOS:

    Ao final desta lio, os participantes sero capazes de:1. Explicar o conceito de posio anatmica.2. Citar a localizao de uma leso utilizando referncias anatmicas.3. Assinalar em um modelo, as cinco divises do corpo humano.4. Enumerar as cavidades corporais e citar os principais rgos de cada uma.

    Rev.Adap. 05/02 MP 3-1

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    1. ANATOMIA TOPOGRFICA

    POSIO ANATMICA:O corpo humano dever estar na posio ereta, de frente para o observador, braos estendidos ao longo do corpo e as palmas das mos voltadas para frente.

    Rev.Adap. 05/02 MP 3-2

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    2. REFERNCIAS CONVENCIONAIS

    Rev.Adap. 05/02 MP 3-3

    Plano Frontal

    Superior

    Plano Mediano

    PosteriorAnterior

    Plano Transversal

    Proximal

    Distal

    Direita Esquerda

    Inferior

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    2.1 PLANOS ANATMICOS1. Plano mediano: Divide o corpo humano em duas metades, a direita e a

    esquerda.2. Plano transversal: Divide o corpo humano tambm em duas metades, uma

    superior e uma inferior.3. Plano frontal: Divide o corpo humano em outras duas metades, a metade

    anterior e a metade posterior.

    2.2 POSTURAS ANATMICAS DECBITOS Quando uma pessoa est deitada de costas, com a face para cima, dizemos

    que ela est em decbito dorsal ou em posio supina. Pelo contrrio, se a pessoa est deitada de frente, com a face voltada para o

    cho, dizemos que ela est em decbito ventral ou posio pronada. Se algum est deitado lateralmente, dizemos que est em decbito lateral. No

    caso de se querer ser mais especfico, podemos ainda dizer decbito lateral direito ou decbito lateral esquerdo, conforme o caso.

    2.3 SUBDIVISES ANATMICAS DAS EXTREMIDADES DO CORPO HUMANOTERO PROXIMAL: o tero mais prximo da raiz do membro (extremidade) ou

    parte referenciada do membro (brao, antebrao, coxa e perna).

    TERO MDIO: o tero mais central ou mdio do membro (extremidade) ou

    parte referenciada do membro (brao, antebrao, coxa e perna).

    TERO DISTAL: o tero mais afastado do membro (extremidade) ou parte

    referenciada do membro (brao, antebrao, coxa e perna).

    3. DIVISES DO CORPO HUMANO (SEGMENTOS)1. Cabea ( crnio e face).

    2. Pescoo

    3. Tronco (trax, abdomen e pelve)

    4. Membros Superiores (cintura escapular, brao, cotovelo, antebrao, punho,

    mos e dedos)

    5. Membros Inferiores (cintura plvica, coxa, jelho, perna tornozelo, p e

    dedos).

    Rev.Adap. 05/02 MP 3-4

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    3.1 DIVISES CORPORAIS

    CABEA E PESCOO

    TRONCO

    Rev.Adap. 05/02 MP 3-5

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    EXTREMIDADESSUPERIORES E INFERIORES

    Rev.Adap. 05/02 MP 3-6

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    4. CAVIDADES CORPORAIS: So espaos dentro corpo que contm os rgos internos, com a finalidade de isolar, proteger e sustentar seus respectivos rgos.

    a) Craniana ou cranial

    Rev.Adap. 05/02 MP 3-7

    b) Espinhal ou vertebral

    c) Torcica

    d) Abdominal

    e) Plvica

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    5. QUADRANTES ABDOMINAIS

    Rev.Adap. 05/02 MP 3-8

    Diafragma

    QuadranteSuperior Esquerdo

    Parte do fgado, bao, estmago,

    intestino delgado e grosso e, tambm, parte do pncreas.

    QuadranteSuperiorDireito

    Possui a maior parte do fgado, a viscula biliar, o

    intestino delgado, o intestino grosso e parte do pncreas.

    QuadranteInferior

    Esquerdo

    Intestino delgado e grosso e ovrio na

    mulher.

    QuadranteInferiorDireito

    Apndice, intestinos delgado e grosso e ovrio

    na mulher.

    Obs. Considere os rins um caso especial. Eles no fazem parte da cavidade abdominal, pois esto localizados atrs desta cavidade (regio retroperitonial).

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    AVALIAO

    O CORPO HUMANO

    1. Explique o conceito de posio anatmica

    2. Utilizando os termos anatmicos aprendidos nesta lio, descreva a localizao aproximada das indicaes abaixo. Responda nos espaos logo abaixo.

    Leso A =Leso B =Leso C =Leso D =Leso E =

    Rev.Adap. 05/02 MP 3-9

    Leso B

    Leso A

    Leso C

    Leso D

    Leso E

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    3. No espao abaixo, relacione a coluna de palavras da direita com a coluna de palavras da esquerda.

    a) Sentidos ( ) Bombab) Tireides ( ) Sistema respiratrioc) Bao ( ) Quadrante superior esquerdod) Boca ( ) Urinae) Cotovelo e joelho ( ) Vasos sangneosf) Veias ( ) Gargantag) Faringe ( ) Sistema nervosoh) Atividade psquica ( ) Sistema digestivoi) Bexiga ( ) Olhos e ouvidosj) Corao ( ) Articulao l) Diafragma ( ) Hormnios

    4. Escreva os nome dos principais rgos existentes nas cavidades corporais.

    Cavidade craniana

    Cavidade espinhal

    Cavidade torcica

    Cavidade abdominal

    Cavidade plvica

    Rev.Adap. 05/02 MP 3-10

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    RESUMO DOS SISTEMAS DO CORPO HUMANO

    Sistema Circulatrio:Movimenta o sangue, transporta o oxignio e nutrientes para as clulas do corpo, remove os resduos e o dixido de carbono das clulas.

    Sistema Respirtorio: Promove a troca de ar, introduzindo o oxignio e expelindo o dixido de carbono. Este oxignio deslocado para o sangue, enquanto o dixido de carbono removido.

    Sistema Digestrio: Digere e absorve alimentos, remove certos resduos.

    Sistema Urinrio:Remove os resduos qumicos do sangue e contribui para o balano hdrico e o controle dos nveis de sal no sangue.

    Sistema Reprodutor: Dispe das estruturas e hormnios necessrios para a reproduo sexual. Algumas vezes, classificado dentro do sistema urinrio ou ainda do sistema geniturinrio (sistema que inclui todos os rgos relacionados com a reproduo da espcie e na formao e eliminao da urina).

    Sistema Nervoso: Controla os movimentos, interpreta as sensaes, regulariza as atividades do corpo e o responsvel pela memria e o processo do pensamento.

    Sistema Endcrino: Produz as substncias qumicas chamadas de hormnios e ajuda na regularizao de algumas funes e atividades do corpo.

    Sistema Msculo-Esqueltico:Protege e d suporte para o corpo e rgos internos, permitindo os movimentos do corpo.

    Sistema Tegumentar:Composto pela pele, cabelo, glndulas sudorparas e estruturas relacionadas. Responsvel por proteger o corpo do meio ambiente e pela proteo do corpo contra as doenas causadas por microrganismos (sistema imunolgico).

    rgos dos Sentidos e Sensibilidade: Proporcionam a viso, a audio, o paladar, o olfato e as sensaes de dor, frio, calor e sensaes tteis.

    Rev.Adap. 05/02 MP 3-11

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    CURSO DE ATENDIMENTO PR-HOSPITALAR - BSICO

    Lio 4

    BIOMECNICA DO TRAUMA

    OBJETIVOS:

    Ao final desta lio os participantes sero capazes de:

    1. Descrever o princpio da inrcia;2. Citar os trs diferentes impactos de uma coliso;3. Diferenciar o padro de leses produzidas num paciente em funo do tipo

    de impacto produzido na coliso automobilstica (coliso rontal, lateral ou traseiro);

    4. Citar as principais leses produzidas num paciente em funo de quedas, exploses e ferimentos por armas de fogo e armas brancas.

    Rev. Adap. 06/02 MP 4-1

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    INTRODUO BIOMECNICA DO TRAUMAA capacidade de avaliar o cenrio de um acidente, identificando os mecanismos fsicos ou as foras que atuaram na produo de leses nas vtimas constitui uma habilidade importante para qualquer socorrista, pois propiciar que ele identifique leses potenciais, associadas ao padro de transferncia de energia em determinadas situaes, mesmo que o paciente no apresente sinais externos evidentes de trauma.

    LEIS E PRINCPIOS DA FSICA APLICADOS A MECNICA DO TRAUMA:Princpio da inrcia (Primeira Lei de Newton)Este princpio determina que um corpo parado permanecer parado e um corpo em movimento permanecer em movimento a menos que uma fora externa atue sobre ele.Exemplo: Os trs impactos de uma coliso automobilstica.

    Princpio fundamental da dinmica (Segunda Lei de Newton)Esse princpio estabelece uma proporcionalidade entre causa (fora) e efeito (acelerao) e determina que a fora de um corpo igual a sua massa multiplicada por sua acelerao. Essa proposio escrita matematicamente da seguinte forma:

    F=m.aOnde:F a resultante das foras que atuam sobre o corpo;m a massa do corpo; ea a acelerao que o corpo adquire.

    Essa expresso mostra que a fora resultante diretamente proporcional acelerao adquirida pelo corpo. Isso significa que, quanto maior a fora, maior a acelerao; quanto menor a fora, menor a acelerao. Obviamente, um veculo em alta velocidade possui mais fora do que um veculo em baixa velocidade.

    Princpio da ao e reao (Terceira Lei de Newton)Esta lei determina que a toda ao corresponde uma reao, de mesma fora, intensidade e sentido, porm direo contrria.Apesar de as foras de ao e reao apresentarem a mesma intensidade, os efeitos produzidos por elas dependero da massa e das caractersticas de cada corpo. Relacionando esses conhecimentos com nossa atividade poderemos considerar que a mesma fora que um veculo aplica sobre um poste ao colidir com ele, aplicada igualmente sobre o veculo em mesma fora, intensidade e sentido.

    Lei da Conservao da EnergiaEsta lei determina que uma determinada quantidade de energia no pode ser criada nem destruda, mas sim transformada de um tipo em outro, em quantidades iguais.

    Rev. Adap. 06/02 MP 4-2

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    Exemplo: Energia elica (vento), energia hidreltrica, energia solar, ambas para

    obteno de energia eltrica; Energia proveniente de combustvel fssil, o petrleo, para facilitar a

    sua locomoo.

    Segundo a Lei da Conservao da Energia, a energia no se cria nem se destri mas apenas se transforma de um tipo em outro, em quantidades iguais.

    Energia cinticaA energia cintica a energia devida ao movimento. Tudo que se move tem energia cintica. Logo, os corpos em movimento possuem energia e, portanto, podem causar deformaes. A energia cintica de um corpo depende da sua massa e da sua velocidade. O corpo de massa m e velocidade v tem a sua energia cintica definida pela expresso:

    Ec = .m.v2Portanto, podemos afirmar que a energia cintica constitui uma funo da massa e da velocidade de um corpo onde, energia cintica igual a metade da massa vezes sua velocidade ao quadrado.Se fizermos alguns clculos verificaremos que a velocidade determina um aumento muito maior da energia cintica do que a massa, assim podemos concluir que haver leses muito maiores nos ocupantes de um veculo envolvido num acidente de alta velocidade do que em um acidente de baixa velocidade.

    Troca de energiaA maneira como o corpo humano troca energia com o mecanismo de leso durante um acidente determinante na compreenso dos mecanismos de trauma e na determinao das possveis leses apresentadas pelo paciente.Em traumas fechados, as leses podero ser produzidas por compresso ou pela desacelerao dos tecidos, enquanto em traumas penetrantes as leses so produzidas pelo rompimento ou pela separao dos tecidos ao longo do caminho percorrido pelo objeto penetrante. Os dois tipos de trauma fechados e penetrantes - criam cavidades temporrias ou permanentes, forando os tecidos a deslocarem-se para fora de sua posio normal. A troca de energia envolvida neste processo est diretamente relacionada a dois fatores, a densidade e a superfcie.

    NOES DE DENSIDADE E SUPERFCIEDensidadeA quantidade de energia trocada depende da densidade da rea atingida. Quanto maior a densidade (medida em quantidade de matria por volume) maior a troca de energia. Assim, por exemplo, a troca de energia maior quando socamos uma parede de tijolos do que quando socamos um travesseiro.

    Rev. Adap. 06/02 MP 4-3

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    SuperfcieA quantidade de energia trocada depende tambm da rea da superfcie de contato na qual a troca de energia processada. Como sabemos, a presso exercida sobre uma superfcie inversamente proporcional sua rea. Portanto, quanto menor a rea, maior o efeito da troca de energia. Assim, por exemplo, ao aplicarmos uma determinada quantidade de fora no corpo de uma vtima com uma raquete de tnis, a troca de energia no ser suficiente para romper os tecidos e fazer com que ela penetre no corpo, enquanto que, a mesma quantidade de fora far com que uma faca penetre no corpo da vtima.

    A MECNICA DO TRAUMA EM COLISES AUTOMOBILSTICASOs trs impactos de uma coliso automobilstica:Em uma coliso devemos sempre distinguir e levar em considerao a ocorrncia de trs impactos:Primeiro impacto - Do veculo contra um obstculo, causando danos ao veculo e ao objeto ou obstculo;

    Segundo impacto - Do corpo da vtima contra as estruturas internas do veculo, em decorrncia da inrcia, causando leses que so normalmente externas e visveis no corpo da vtima; e

    Rev. Adap. 06/02 MP 4-4

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    Terceiro impacto Dos rgos internos da vtima contra as paredes internas das cavidades corporais ou mesmo outros rgos, causando leses normalmente internas e mais difceis de identificar.

    OS PADRES DE COLISES OU IMPACTOS:A observao da forma do acidente (impacto frontal, impacto lateral, impacto traseiro) ser determinante para identificarmos o padro de leses produzidas na vtima. Uma maneira de estimar as leses sofridas pelos ocupantes de um veculo acidentado observando o aspecto do veculo e determinando o tipo de coliso sofrida pelo mesmo, pois os ocupantes, normalmente, sofrem o mesmo tipo de impacto, ou seja, a mesma quantidade de foras e troca de energias.

    COLISO FRONTAL:Ocorre quando o movimento do veculo para frente abruptamente interrompido. Neste tipo de coliso o ocupante pode apresentar dois padres de movimento distintos, coliso frontal com movimento para cima ou com movimento para baixo, conforme segue:

    Coliso frontal com movimento para cima: Mecanismo de leso: O corpo da vtima perde o contato com o assento e

    projetado para cima e para frente. Danos no veculo: Amassamento da parte frontal do veculo, danos no

    motor incluindo vazamento de combustvel (carros com carburador convencional) e danos na bateria, quebra do pra-brisa, trancamento das portas, deslocamento do painel e da coluna de direo, deslocamento dos assentos e acionamento do air bag.

    Leses provveis : Primariamente leses de face, crnio e trax e, secundariamente, leses de extremidades inferiores, destacando-se fratura e luxao de fmur, leso de pelve, leses na regio abdominal (principalmente o motorista) e leso de coluna, principalmente cervical.

    Rev. Adap. 06/02 MP 4-5

  • Curso de Formao de Socorristas em APH-B

    Coliso frontal com movimento para baixo: Mecanismo de leso: O corpo da vtima se desloca ao longo do assento

    deslizando para baixo do painel ou da coluna de direo. Danos no veculo: Amassamento da parte frontal do veculo, danos no

    motor incluindo vazamento de combustvel (carros com carburador convencional) e danos na bateria, quebra do pra-brisa, trancamento das portas, deslocamento do painel e da coluna de direo, deslocamento dos assentos e acionamento do air bag.

    Leses provveis: Primariamente leses de extremidades inferiores, destacando-se fratura e luxao de fmur, leso de pelve, leses na regio abdominal (principalmente o motorista) e, secundariamente, leses de face, crnio e trax. H tambm a probabilidade de leso de coluna, principalmente cervical.

    COLISO TRASEIRA:Ocorre quando o veculo subitamente acelerado de trs para frente, ou ainda quando o movimento do veculo para trs abruptamente interrompido. Mecanismo de leso : O corpo da vtima se desloca para frente, em

    decorrncia da acelerao do veculo, provocando uma hiperextenso do pescoo. Se o veculo sofrer uma desacelerao brusca, por um segundo impacto ou pelo acionamento dos freios, a vtima apresentar tambm o padro de movimentos (e leses) tpicos da coliso frontal.

    Danos no veculo: Amassamento da parte traseira do veculo, afetando o tanque de combustvel (principalmente nos veculos mais antigos) ou a carga transportada.

    Leses provveis: Primariamente leso de coluna cervical, podendo sofrer outras leses com o movimento para cima se o veculo for desacelerado tambm de forma abrupta.

    COLISO LATERAL:Ocorre quando o veculo atingido em um dos seus lados. Pode tambm apresentar dois padres diferentes, ou seja, pelo movimento de impacto fora do centro de gravidade ou pelo impacto no centro de gravidade do veculo, conforme segue:Pelo movimento de impacto fora do centro de gravidade, quando o veculo atingido nas laterais dianteira ou traseira, sofrendo um movimento de rotao: Mecanismo de leso : O corpo da vtima rotacionado, podendo haver

    impacto da cabea e outras partes do corpo contra componentes internos do habitculo (compartimento dos passageiros).

    Danos no veculo: Amassamento do ponto de impacto, com poucos danos estruturais uma vez que o veculo normalmente projetado para dissipar a energia.

    Rev. Adap. 06/02 MP 4-6

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    Leses provveis: Primariamente leso de coluna, principalmente cervical, e, secundariamente, traumatismos cranioenceflicos.

    Pelo movimento de impacto no centro de gravidade do veculo, quando o veculo atingido na parte central de uma de suas laterais, mais ou menos na altura das portas, sofrendo um forte colapsamento estrutural: Mecanismo de leso : O mecanismo de leso se d, principalmente, pelo

    contato direto da lataria que invade o habitculo e lesa o corpo dos ocupantes.

    Danos no veculo: Amassamento da lateral do veculo, incluindo o trancamento das portas do lado atingido, diminuio da altura do teto, deslocamento dos assentos e rebaixamento do painel.

    Leses provveis: Primariamente leses em todo o corpo do lado do impacto, destacando-se traumatismo craniano, fratura de fmur e pelve, leso de trax (pneumotrax e hemotrax), leso de brao/antebrao e de escpula. Secundariamente, leses mais leves no lado oposto ao do impacto.

    CAPOTAMENTO:No capotamento o veculo pode sofrer diferentes impactos de diferentes direes e ngulos, o mesmo ocorrendo com os ocupantes.

    Por isso, difcil prever qual o padro de leses apresentado por estas vtimas embora possamos associar, como em outros tipos de acidentes, que as vtimas sero normalmente atingidas na mesma rea que o veculo.

    MOTOCICLETAS: Coliso frontal : a motocicleta colide com um objeto slido interrompendo

    seu movimento para frente. Como o centro de gravidade est atrs e acima do eixo dianteiro, este serve de pivot para um movimento de giro da motocicleta que projeta o motociclista sobre o guido, provocando leses na cabea, trax ou abdome. Se os ps do motociclista permanecem nos

    Rev. Adap. 06/02 MP 4-7

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    pedais, as pernas batem no guido e, normalmente, a vtima sofre fratura bilateral de fmur.

    Impacto angular : a motocicleta atinge um objeto ou atingido por ele lateralmente, fazendo com que a perna do motociclista seja comprimida entre o objeto e a motocicleta. Normalmente, causa leses de tbia, fbula, fmur ou luxao de fmur.

    Ejeo : o motociclista lanado da motocicleta como um projtil. Ele ir continuar seu movimento at que sua cabea, braos, trax ou pernas atinjam um objeto, como um veculo, um poste, um muro ou o prprio cho.

    ATROPELAMENTOS:Normalmente, podemos encontrar dois padres associados aos atropelamentos. As diferenas so associadas com a faixa etria da vtima: adulto ou criana. Alm da diferena de altura, h uma diferena significativa de comportamento, ou seja, quando o adulto percebe que vai ser atropelado ele tenta proteger-se contornando o veculo ou mesmo encolhendo-se, e desta forma o impacto normalmente lateral ou mesmo posterior. J a criana, por sua vez, vira-se de frente para o veculo e o impacto frontal.H trs fases distintas em um atropelamento: 1 a Fase : O impacto inicial contra as pernas da vtima. A vtima atingida

    primeiro pelo pra-choque, sofrendo fratura de tbia e fbula. Nas crianas este impacto inicial pode atingir fmur e pelve ou mesmo o trax.

    2 a Fase : O tronco da vtima rola sobre o veculo. A medida em que o veculo avana a parte superior do fmur e a pelve so atingidos e projetados para frente. Como conseqncia o abdome e o trax avanam e colidem com o cap do veculo provocando fraturas de fmur, pelve, costelas, alm de leses internas no abdome e trax.

    3 a Fase : A vtima cai no solo, normalmente primeiro com a cabea, com possvel leso de coluna cervical. Pode haver uma quarta fase que caracterizado pelo atropelamento secundrio da vtima.

    ACIDENTES POR QUEDAS DE NVEL:As vtimas de quedas tambm podem sofrer mltiplos impactos. Nestes casos, para avaliar adequadamente a biomecnica do trauma, o socorrista deve observar a altura da queda, a superfcie sobre a qual a vtima est cada e determinar qual foi a primeira parte do corpo a tocar o solo.

    DIFERENTES FORMAS DE QUEDAS: A vtima cai em p: Normalmente sofre primariamente fratura de

    calcanhar, de tbia/fbula, de fmur e plvis. Secundariamente h uma compresso da coluna, provocando fratura desta nos segmentos lombar e torcico.

    A vtima cai sobre as mos: Fratura de punho, seguindo-se leses nas reas que primeiro tiveram contato com o solo.

    Rev. Adap. 06/02 MP 4-8

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    A vtima cai de cabea: Neste tipo de queda, muito comum em mergulho em gua rasa, todo o movimento e peso do tronco, plvis e pernas so concentrados sobre a cabea e a coluna cervical da vtima.

    Normalmente, quedas maiores do que 3 vezes a altura do paciente so graves!EXPLOSES:Diferentes tipos de leses ocorrem durante as trs fases de exploses: Leses primrias: So causadas pela onda de presso da exploso. Leses secundrias: Ocorrem quando a vtima atingida por materiais

    projetados pela exploso como vidros, escombros ou mesmo outras vtimas.

    Leses tercirias: Ocorrem quando a vtima projetada contra algum obstculo. As leses vo ocorrer principalmente no ponto de impacto.

    FERIMENTOS PENETRANTES:Os princpios da fsica abordados anteriormente so muito importantes ao estudarmos a biomecnica do trauma em ferimentos penetrantes. Como j vimos anteriormente, a energia no pode ser criada nem destruda, mas pode ser transformada. Assim, quando o projtil de uma munio penetra um tecido, a energia cintica necessariamente transformada para que ele se desacelere e pare.

    NVEIS DE ENERGIA E LESES ASSOCIADASAs leses associadas a ferimentos penetrantes podem ser estimadas atravs de uma classificao dos objetos penetrantes em trs categorias de acordo com o nvel de energia.Baixa energia:Incluem: armas brancas (facas, estilentes)

    Como as leses so provocadas apenas pelas lminas, envolvendo baixa velocidade, poucas leses secundrias so provveis uma vez que a cavidade temporria muito semelhante cavidade permanente.

    Mdia energia:Incluem: armas de fogo de cano curto.

    A diferena na cinemtica do trauma entre este grupo e o anterior est na velocidade do objeto penetrante, o que provoca diferenas significativas na cavidade temporria e na cavidade permanente. Estas armas normalmente no lesionam apenas os tecidos por onde passa o projtil, mas tambm os tecidos adjacentes.

    Rev. Adap. 06/02 MP 4-9

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    Alta energia:Incluem armas que utilizam projteis de alta velocidade, principalmente fuzis, o que produz cavidades temporrias muito maiores do que os grupos anteriores, o que torna as leses muito mais extensas.

    AVALIAO

    BIOMECNICA DO TRAUMA

    1. De acordo com o Princpio da Inrcia, um corpo parado permanecer parado e um corpo em movimento permanecer em movimento a menos que _____________________________ atue sobre ele.

    2. Em uma coliso devemos sempre levar em considerao a ocorrncia de trs impactos: Primeiro impacto - Do veculo contra um objeto ou obstculo, causando

    danos ao veculo e ao objeto ou obstculo; Segundo impacto - Do corpo da vtima contra as

    ___________________________, em decorrncia da inrcia, causando leses que so normalmente externas e visveis no corpo da vtima; e

    Terceiro impacto - Dos _______________________ da vtima contra as paredes internas das cavidades corporais ou mesmo outros rgos, causando leses normalmente internas e mais difceis de identificar.

    3. Preencha os espaos em branco de acordo com os padres de colises ou impactos:impacto frontal,impacto lateral,impacto traseiro.

    ( ) Ocorre quando o veculo atingido em um dos seus lados.( ) Ocorre quando o movimento do veculo para frente abruptamente interrompido.( ) Ocorre quando o veculo subitamente acelerado de trs para frente.

    4. Os ferimentos penetrantes podem ser estimadas atravs de uma classificao dos objetos penetrantes em trs categorias de acordo com o nvel de energia. Classifique as leses abaixo em conformidade com o nvel de energia. Acidentes com facas, estiletes e punhais = ____________ energia

    Rev. Adap. 06/02 MP 4-10

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    Acidentes com armas de fogo do tipo armas curtas = ___________ energiaAcidentes com armas que utilizam projteis de alta velocidade =

    ____________ energia.

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    Lio 5

    AVALIAO GERAL DO PACIENTE

    OBJETIVOS:

    Ao final desta lio os participantes sero capazes de:

    1. Citar as 5 fases da avaliao geral de um paciente;2. Diferenciar a avaliao dirigida para trauma e a avaliao dirigida para

    emergncia mdica;3. Enumerar 4 sinais vitais observados num paciente;4. Demonstrar, atravs de uma simulao, a seqncia correta de todos os

    passos da avaliao geral de um paciente.

    INTRODUO

    Rev. Adap. 06/02 MP 5-1

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    Numa situao de urgncia/emergncia, a vtima no poder receber os cuidados adequados se seus problemas no forem corretamente identificados. Portanto, a avaliao do paciente dever ser realizada pelos socorristas para identificar possveis leses (traumas) e doenas (emergncias mdicas) ou ambas.

    Na rea do socorro pr-hospitalar, o trabalho de avaliao dever ser realizado de forma gil, segura e meticulosa, atravs da coleta sistemtica (passo a passo) de dados para determinar o estado de sade do paciente, identificar quaisquer problemas efetivos ou potenciais e implementar as aes de socorro necessrias ao suporte bsico de vida do mesmo. Esta avaliao dever ser, sempre que possvel, realizada em equipe, buscando primeiramente identificar e corrigir de imediato os problemas que ameaam a vida a curto prazo.

    AVALIAO GERAL DO PACIENTEO processo de avaliao geral do paciente divide-se cinco fases distintas, a saber:1. Avaliao / Dimensionamento da cena;2. Avaliao Inicial;3. Avaliao Dirigida (trauma ou emergncia mdica);4. Avaliao fsica detalhada (opcional); e5. Avaliao ou assistncia continuada.

    1. AVALIAO/DIMENSIONAMENTO DA CENATodo atendimento dever iniciar-se pelo dimensionamento (avaliao) da cena da emergncia. Esta rpida avaliao do cenrio da emergncia inclui:1) A reviso das informaes do despacho;2) A adoo de medidas de proteo pessoal (precaues universais);3) A verificao das condies de segurana:

    - Segurana pessoal;- Segurana do paciente;- Segurana de terceiros (familiares, acompanhantes, testemunhas e

    curiosos);4) A observao dos mecanismos de trauma ou a natureza da doena;5) A verificao do nmero de vtimas e da necessidade do acionamento de

    recursos adicionais.

    Fontes rpidas de informao no local da cena A cena por si s; O paciente (se estiver consciente e em condies de responder); Familiares, testemunhas ou curiosos; Os mecanismos do trauma e a posio do paciente, qualquer deformidade

    maior ou leso bvia; Qualquer sinal ou sintoma indicativo de emergncia mdica.Obs. Aps avaliar a cena e identificar os perigos, o socorrista dever iniciar o gerenciamento dos riscos presentes e o controle dos mesmos. Esta tarefa geralmente inclui medidas de sinalizao do local,

    Rev. Adap. 06/02 MP 5-2

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    isolamento, estabilizao de veculos, controle de trfego, desligamento de cabos eltricos energizados, desligamento de motores automotivos, desativao de sistemas de air bags, remoo de vtimas em situao de risco iminente, entre outros.

    AVALIAO INICIALA avaliao inicial do paciente o prximo passo do socorrista aps a avaliao do local da emergncia. Podemos conceitu-la como sendo um processo ordenado para identificar e corrigir, de imediato, problemas que ameacem a vida a curto prazo.

    A avaliao inicial deve ser executada na seguinte seqncia:1. Forme uma impresso geral do paciente;2. Avalie o nvel de conscincia (status mental - Escala AVDI);3. Avalie a permeabilidade das vias areas e a coluna cervical;4. Avalie a respirao;5. Avalie a circulao (presena de pulso carotdeo palpvel e hemorragias

    graves);6. Decida a prioridade para o transporte do paciente (Escala CIPE).

    APRESENTAO DO SOCORRISTA Diga seu nome ; Identifique-se como socorrista tecnicamente capacitado ; Pergunte vtima se voc pode ajud-la (pedido de consentimento);

    Durante a avaliao inicial, os problemas que ameaam a vida, por ordem de importncia, so:

    Vias areas: Esto abertas / permeveis? Existe comprometimento da coluna cervical?

    Respirao: A respirao est adequada?Ou estar com respirao agnica?

    Circulao: Os batimentos cardacos esto palpveis?Existe sangramentos considervel?Existe sinais / sintomas que caracterizam choque descompensado?

    Rev. Adap. 06/02 MP 5-3

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    COMO REALIZAR A AVALIAO INICIAL1. Observe visualmente a cena e forme uma impresso geral do paciente;2. Avalie o nvel de conscincia do paciente (AVDI). Identifique-se como

    socorrista e solicite autorizao para ajudar;3. Avalie a permeabilidade das vias areas e estabilize manualmente a coluna

    cervical; 4. Avalie a respirao do paciente (usar a tcnica do ver, ouvir e sentir VOS);5. Verifique a circulao do paciente (apalpar o pulso carotdeo) e verifique a

    presena de hemorragias graves;6. Descida a prioridade para o transporte.

    Obs. Ao trmino da avaliao inicial, o socorrista dever classificar o paciente de acordo com a gravidade de suas leses ou doena. Essa classificao baseada na escala CIPE:

    CRTICO: Paciente em parada respiratria ou parada cardiopulmonar. INSTVEL: Paciente inconsciente, com choque descompensado e/ou

    dificuldade respiratria severa, leso grave de cabea ou trax. POTENCIALMENTE INSTVEL: Paciente vtima de mecanismo agressor

    importante, em choque compensado, portador de leso isolada importante ou leso de extremidade com prejuzo circulatrio ou neurolgico.

    ESTVEL: Paciente portador de leses menores, sem problemas respiratrios e com sinais vitais normais.

    Os pacientes crticos ou instveis devem ser transportados de imediato. Nesses casos, a avaliao dirigida e a avaliao fsica detalhada podero ser realizadas durante o transporte para o hospital, no interior do veculo de emergncia, simultaneamente com as medidas de suporte bsico de vida. J no caso dos pacientes potencialmente instveis ou estveis, o socorrista dever continuar a avaliao na cena da emergncia e transportar o paciente aps sua estabilizao. Recomendamos que o socorro pr-hospitalar (incluindo a avaliao, a estabilizao e o incio do transporte) seja realizado num prazo mximo de 3 a 5 minutos nos casos de pacientes graves (C e I) e, entre 10 a 12 minutos nos casos de pacientes estveis (P e E), de forma a garantir o atendimento integral do paciente dentro da chamada hora de ouro do trauma (60 minutos).Aps decidir sobre a prioridade de transporte, a equipe de socorristas dever realizar um rpido exame fsico na regio posterior e anterior do pescoo e, em seguida, mensurar e aplicar um colar cervical de tamanho apropriado para imobilizar a cabea e o pescoo da vtima. Depois, os socorristas devero avaliar a necessidade de ofertar oxignio para o paciente. Para isto, devero examinar o nariz, a boca e a mandbula e atravs do emprego de uma mscara facial com reservatrio de oxignio (nonrebreather mask) iniciar a oxigenoterapia.

    Para tratar os pacientes de emergncia mdica, os socorristas podero utilizar os mesmos parmetros recomendados nos casos de trauma, no entanto, no necessitam imobilizar a regio cervical.

    Rev. Adap. 06/02 MP 5-4

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    AVALIAO DIRIGIDAPodemos conceitu-la como sendo um processo ordenado para obter informaes, descobrir leses ou problemas mdicos que, se no tratados, podero ameaar a vida do paciente. A avaliao dirigida realizada logo aps o trmino da avaliao inicial e dividida em trs etapas distintas, so elas:

    Entrevista (paciente, familiares ou testemunhas);

    Aferio dos Sinais Vitais ; e

    Exame fsico (limitado a uma leso ou problema mdico ou completo da cabea aos ps).

    Entrevista: Etapa da avaliao onde o socorrista conversa com o paciente buscando obter informaes dele prprio, de familiares ou de testemunhas, sobre o tipo de leso ou enfermidade existente e outros dados relevantes.Sinais Vitais: Etapa da avaliao onde o socorrista realiza a aferio da respirao, pulso, presso arterial e temperatura relativa da pele do paciente.Exame fsico: O exame fsico poder ser limitado a uma leso ou problema mdico ou realizado de forma completa (da cabea aos ps). Nesta etapa da avaliao, o socorrista realiza uma apalpao e uma inspeo visual, de forma ordenada e sistemtica, buscando localizar no paciente, indicaes de leses ou problemas mdicos.

    REGRAS GERAIS QUE SE APLICAM NA AVALIAO:1. Avaliar sem causar dano adicional;2. Observar condutas e/ou comportamento do paciente e estar atento a qualquer

    alterao nas condies do paciente;3. Suspeitar de leso na coluna vertebral, sempre que a vtima sofrer um trauma;4. Informar ao paciente que vai examin-lo e a importncia (o porqu) de faz-lo;5. Aferir corretamente os sinais vitais;6. Seguir corretamente a sequncia no exame fsico da cabea aos ps.

    Os procedimentos da avaliao dirigida so diferentes Rev. Adap. 06/02 MP 5-5

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    para pacientes de trauma e pacientes de emergncia mdica. No pacientes de trauma a sequncia: exame fsico dirigido, sinais vitais, entrevista e no pacientes

    clnicos: entrevista, exame fsico localizado, sinais vitais.

    Fique atento durante todo o processo de avaliao, pois algumas vezes a natureza da emergncia pode no estar claramente definida!

    GUIA PARA REALIZAR UMA ENTREVISTA: Se o paciente estiver consciente e em condies de respond-lo, questione-o utilizando as seguintes perguntas chaves:1) Nome e idade (se menor, procure contatar com seus pais ou um adulto

    conhecido)2) O que aconteceu? (para identificar a natureza da leso ou doena)3) O que est sentindo?4) Voc tem algum problema de sade?5) Voc tem tomado algum remdio?6) Voc alrgico a alguma coisa?

    GUIA PARA AFERIR OS SINAIS VITAIS:

    SINAL: tudo aquilo que o socorrista pode observar ou sentir no paciente enquanto o examina. Exemplos: pulso, palidez, sudorese, etc.

    SINTOMA: tudo aquilo que o socorrista no consegue identificar sozinho. O paciente necessita contar sobre si mesmo. Exemplos: dor abdominal, tontura, etc.

    AFERIO DE SINAIS VITAIS EM APH:

    RESPIRAO o ato de respirar. Tambm chamada de ventilao.

    VALORES NORMAISAdulto: 12- 20 movimentos respiratrios por minuto (mrm);Criana: 15-30 mrm;Lactentes: 25-50 mrm.

    PULSO a expanso e o relaxamento das paredes das artrias devido a propagao de uma onda de sangue ejetada pela contrao do corao.

    VALORES NORMAISAdulto: 60-100 batimentos por minuto (bpm);Criana: 60-140 bpm;Lactentes: 100-190 bpm.

    Rev. Adap. 06/02 MP 5-6

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    PRESSO ARTERIAL (PA) definida como a presso exercida pelo sangue circulante contra as paredes internas das artrias. A PA medida em dois nveis, a PA sistlica e a PA diastlica. A sistlica a presso mxima qual a artria est sujeita durante a contrao do corao (sstole). A diastlica presso remanescente no interior do sistema arterial quando o corao fica relaxado, na fase de enchimento de sangue (distole). Temos ento que a presso arterial diretamente influenciada pela fora do batimento cardaco. Quanto mais fora, mais elevada a PA e o volume de sangue circulante. Os ndices normais da PA adultos variam de: PA sistlica = 100 a 150 mmHg e PA diastlica = 60 a 90 mmHg. A presso sempre medida em mm de mercrio (mmHg). Dentro desses valores, consideramos a PA normal; se excede a mxima, denominamos de alta ( hipertenso) e ao contrrio, se no atinge a nvel mnimo, denominamos de baixa (hipotenso). A PA a aferida com auxlio de dois equipamentos, o esfigmomanmetro e o estetoscpio.Em APH, existem duas tcnicas utilizadas para aferir a PA, so elas:1. Aferio com auscutao: usando um esfigmomanmetro e um estetoscpio para ouvir as caractersticas do som.2. Aferio com palpao: usando o esfigmomanmetro e apalpando o pulso radial do paciente.

    TABELA DE VALORES NORMAIS DE PRESSO ARTERIALVALORES NORMAIS DE PRESSO ARTERIAL*

    SISTLICA DIASTLICAAdultos 100 a 150 60 a 90Crianas e adolescentes

    80 + 2 por idade (aprox.) Aproximadamente 2/3 da PAS

    De 3 a 5 anosDe 6 a 10 anosDe 11 a 14 anos

    Mdia de 99 (78 a 116)Mdia de 105 (80 a 122)Mdia de 114 (88 a 140)

    Mdia de 55 Mdia de 57 Mdia de 59

    *Nota: Os valores acima foram extrados do seguinte livro de referncia: O KEFFE, Mickael F. Emergency Care. New Jersey, 8 Ed., BRADY, 1998.

    AFERINDO A PRESSO ARTERIAL PELA AUSCULTAO

    Para determinar a presso arterial usando o esfigmomanmetro e o estetoscpio voc precisa: 1. Colocar o estetoscpio envolta do pescoo, posicionar o paciente sentado ou

    deitado e remover as vestes do brao que for utilizar para aferir a PA. Posicionar o brao do paciente para que fique no mesmo nvel do corao.

    2. Escolher um manguito de tamanho adequado e envolv-lo na parte superior do brao do paciente, dois e meio centmetros acima da prega do cotovelo do paciente. O centro do manguito deve ser colocado sobre a artria braquial.

    Rev. Adap. 06/02 MP 5-7

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    3. Usando seus dedos, apalpar a artria braquial acima da prega do cotovelo. 4. Fechar a vlvula e inflar o manguito. Enquanto isto, continuar apalpando a

    artria. Inflar o manguito at 30 mmHg, alm do ponto onde o pulso desapareceu, ou seja, deixou de ser palpado.

    5. Colocar a extremidade final do estetoscpio (olivas) em seus ouvidos e posicionar o diafragma do estetoscpio sobre o pulso da artria braquial.

    6. Abrir lentamente a vlvula para que a presso do aparelho seja liberada. A presso dever cair numa velocidade de trs a cinco mmHg por segundo.

    7. Escutar atenciosamente e anotar o valor indicado no manmetro, no momento do primeiro som (esta a PA sistlica).

    8. Deixar que o manguito continue esvaziando. Escutar e anotar o momento do desaparecimento do som (esta a PA diastlica). Deixar o restante do ar sair do manguito (recomendamos manter o esfigmomanmetro no mesmo lugar para facilitar uma nova aferio).

    9. Registrar o horrio, a extremidade utilizada para realizar a aferio, a posio do paciente (deitado ou sentado) e a PA observada.

    10. Se no tiver certeza da leitura, esvazie completamente o manguito, espere pelo menos um minuto e tente novamente (aferies repetidas, no mesmo brao, sem intervalo de tempo, podero indicar leituras falsas).

    Obs. Em geral no aferimos PA em crianas com menos de 3 anos de idade. Nos casos de hemorragia ou choque, a PA mantm-se constante dentro de valores normais para no final desenvolver uma queda abrupta.

    TEMPERATURA a diferena entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo humano. Geralmente fica entre 36,5 e 37,0 graus Celsius.Em atendimento pr-hospitalar bsico, o socorrista verifica a temperatura relativa da pele colocando o dorso da sua mo sobre a pele do paciente (na testa, trax ou abdmen). O socorrista estima a temperatura relativa da pele pelo tato. Convm recordar que a pele a grande responsvel pela regulao da temperatura e poder apresentar-se normal, quente ou fria, mida ou seca. Com relao a colorao, a pele poder estar:- Embranquecida (plida),- Avermelhada (ruborizada) ou,- Azulada (ciantica).

    Obs. Nas pessoas negras, a cor azulada poder ser notada nos lbios, ao redor da fossas nasais e nas unhas.

    Rev. Adap. 06/02 MP 5-8

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    COMO REALIZAR O EXAME FSICO DO PACIENTE: Lembre-se que a avaliao dirigida permite que o socorrista realize o exame fsico do segmento corporal a que o paciente se refere como o mais atingido ou de maior queixa. Assim o exame fsico completo da cabea aos ps pode no ser necessrio. Use seu bom senso!

    AVALIAO FSICA DETALHADAA avaliao ou exame fsico detalhado da cabea aos ps deve ser realizado pelo socorrista em cerca de dois a trs minutos. O exame completo no precisa ser realizado em todos os pacientes. Ele pode ser realizado de forma limitada em vtimas que sofreram pequenos acidentes ou que possuem emergncias mdicas evidentes. Ao realizar o exame padronizado da cabea aos ps, o socorrista dever:1) Verificar a cabea (testa e couro cabeludo);2) Verificar a face do paciente. Inspecionar os olhos e plpebras, o nariz, a boca,

    a mandbula e os ouvidos;3) Verificar a regio posterior e anterior do pescoo (regio cervical);4) Inspecionar os ombros bilateralmente (clavcula e escpula);5) Inspecionar as regies anterior e lateral do trax;6) Inspecionar os quatro quadrantes abdominais separadamente;7) Inspecionar as regies anterior, lateral e posterior da pelve e a regio genital;8) Inspecionar as extremidades inferiores (uma de cada vez). Pesquisar a

    presena de pulso distal, a capacidade de movimentao e a sensibilidade;9) Inspecionar as extremidades superiores (uma de cada vez). Pesquisar a

    presena de pulso distal, a capacidade de movimentao e a sensibilidade;10) Realizar o rolamento em monobloco e inspecionar a regio dorsal.

    Obs. Na prtica, os socorristas examinam primeiro o pescoo e a face, antes de aplicar o colar cervical e a mscara de oxignio, respectivamente.

    2. AVALIAO CONTINUADAA avaliao ou assistncia continuada usualmente utilizada pelas equipes de socorro pr-hospitalar durante o transporte do paciente at a unidade hospitalar.

    Rev. Adap. 06/02 MP 5-9

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    Aps o trmino do exame fsico detalhado, o socorrista dever verificar periodicamente os sinais vitais e manter uma constante observao do aspecto geral do paciente.Recomendamos uma reavaliao (rechecar as VA, a respirao, a circulao e os sinais vitais) a cada quinze minutos para pacientes estveis e a cada cinco minutos no caso de pacientes instveis.

    AVALIAO

    AVALIAO GERAL DO PACIENTE

    1. Cite as 5 fases da avaliao geral de um paciente: 1)2)3)4)5)

    2. Qual a principal diferena a avaliao dirigida para trauma e a avaliao dirigida para emergncia mdica?

    1. Anote os valores normais para adultos:

    Pulso: ________ bpm

    Respirao: ________ mrm

    Temperatura: ________ graus Celsius

    Presso Arterial Sistlica: _________ mmHg

    Presso Arterial Diastlica: __________ mmHg

    Rev. Adap. 06/02 MP 5-10

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    Lio 06

    RESSUSCITAO CARDIOPULMONAR

    OBJETIVOS:

    Ao final desta lio os participantes sero capazes de:

    1. Descrever as principais causas de obstruo das vias areas;

    2. Demonstrar os passos da assistncia respiratria pr-hospitalar em adultos,

    crianas e lactentes, com e sem obstruo por corpo estranho;

    3. Explicar e demonstrar os passos da ressuscitao cardiopulmonar em adultos,

    crianas e lactentes;

    Rev. Adap. 11/10 MP 6-1

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    INTRODUOEm outubro de 2010, a Associao Americana do Corao (AHA) liberou as novas recomendaes para a Ressuscitao Cardiopulmonar (RCP). As novas diretrizes foram anunciadas em uma conferncia realizada em Washington e publicadas na introduo do Jornal Circulation da AHA. Pode-se afirmar que este novo trabalho representa o consenso mundial para ressuscitao. A partir de agora os manuais de treinamento estaro sendo distribudos e isso implica em dizer que todos aqueles que foram treinados em RCP devero ser submetidos a uma recertificao.O texto a seguir foi reescrito em conformidade com as novas diretrizes da American Heart Association para o atendimento cardaco de emergncia.

    ASSISTNCIA RESPIRATRIA PR-HOSPITALAR

    REVISO DA ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATR