Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

108
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS EFEITOS DE Schinus terebintifolius Raddi E Cassia occidentalis Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON JUCIENE BEZERRA RODRIGUES DA SILVA RECIFE 2011

Transcript of Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

Page 1: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS

FARMACÊUTICAS

EFEITOS DE Schinus terebintifolius Raddi E Cassia occidentalis Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA

DOENÇA DE HUNTINGTON

JUCIENE BEZERRA RODRIGUES DA SILVA

RECIFE

2011

Page 2: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

JUCIENE BEZERRA RODRIGUES DA SILVA

EFEITOS DE Schinus terebintifolius Raddi E Cassia occidentalis Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA

DOENÇA DE HUNTINGTON

Dissertação submetida ao Programa de Pós- Graduação em Ciências Farmacêuticas do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas. Orientador: Profa. Dra. Simone Sette Lopes Lafayette

RECIFE

2011

Page 3: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

Silva, Juciene Bezerra Rodrigues da Efeitos de Schinus terebintifolius Raddi e Cassia occidentalis Linn em modelo experimental da doença de Huntington / Juciene Bezerra Rodrigues da Silva. – Recife: O Autor, 2011. 108 folhas: il., fig, ; 30 cm.

Orientador: Simone Sette Lopes Lafayette Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de

Pernambuco. CCS. Ciências Farmacêuticas, 2011.

Inclui bibliografia.

1. Doença de Huntington. 2. Ácido 3-nitropropiônico. 3. Estresse oxidativo. 4. Schinus terebintifolius. 5. Cassia occidentalis. I. Lafayette, Simone Sette Lopes. II.Título.

UFPE 615.32 CDD (20.ed.) CCS2011-072

Page 4: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON
Page 5: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

Reitor

Amaro Henrique Pessoa Lins

Vice-Reitor

Gilson Edmar Gonçalves e Silva

Pró-Reitor para Assuntos de Pesquisa e Pós-Graduação

Anísio Brasileiro de Freitas Dourado

Diretor do Centro de Ciências da Saúde

José Thadeu Pinheiro

Vice-Diretor do Centro de Ciências da Saúde

Márcio Antonio de Andrade Coelho Gueiros

Chefe do Departamento de Ciências Farmacêuticas

Dalci José Brondani

Vice-Chefe do Departamento de Ciências Farmacêuticas

Antonio Rodolfo de Farias

Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas

Pedro José Rolim Neto

Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas

Beate Saegesser Santos

Page 6: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

Dedico em especial ao meu pai José

Rodrigues da Silva (in memoriam) por todo

amor, incentivo e confiança e a minha mãe

Maria José.

Page 7: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

AGRADECIMENTOS

À Deus, por está sempre guiando minha vida.

À Profa. Dra. Simone Sette, pela confiança, orientação, incentivo, amizade e

disponibilidade durante todo o desenvolvimento desse trabalho. Por ter aturado

todas as minhas loucuras e brincadeiras desde a iniciação científica.

À Profa. Dra. Soraya Smaili, do Laboratório de Farmacologia da Unifesp por ter

incentivado nosso trabalho e nos ajudado a desenvolvê-lo.

À Profa. Dra. Belmira Lara, do Laboratório de Neurofisiologia do Departamento de

Fisiologia e Farmacologia, pela amizade, disponibilidade e confiança. Apesar de

todos os seus compromissos, sempre disposta a me ajudar.

À Profa. Dra. Beate Saegesser por ter aberto as portas de seu laboratório. E seu

aluno Clayton por toda ajuda.

Aos Profs. Drs. Pedro Rolim, Haroudo Satiro e Edvaldo, pelo auxilio para

desenvolvimentos dos experimentos

Ao Prof. Dr. Almir Gonçalves Wanderley pela colaboração no desenvolvimento da

pesquisa.

A todos que fazem parte do Laboratório de Farmacologia e Toxicologia.

Aos meus irmãos Geraldo e Gabriela, pelo amor e apoio incondicional mesmo longe.

A minha sobrinha e afilhada Sabrina, pelo amor tão puro, e por ter me mostrado que

a vida sempre continua.

Page 8: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

Ao meu cunhado e amigo Giuliano Lyra, pelo amor e incentivo. Pela ajuda na

construção de alguns equipamentos utilizados nos experimentos.

Aos meus sogros Adelson e Cida, por todo amor e incentivo. Em especial ao meu

sogro pela construção do rotarod. A dona Izabel pelo apoio durante todos esses

anos.

Ao meu amado namorado (“namorido”) Anderson, por esta sempre ao meu lado

apoiando minhas decisões, incentivando a conclusão de mais essa etapa em minha

vida, pela paciência ao escutar meus desabafos, pela ajuda nos finais de semana

medindo água e ração...

À Rejane, Zenira e a Sr. Fredson, pelo apoio, pelos momentos de descontração e

acima de tudo pelo incentivo.

Às amigas Rafaella e Jamilka, que me acompanharam em todos os experimentos.

Vocês foram fundamentais para a conclusão desta pesquisa.

Aos meus novos amigos Cybelle e Hilton, que mal chegaram e já foram escalados

para trabalhar, obrigada!

À Mirtes e Ticiana, minhas precursoras que tanto me incentivaram.

Em especial, a minha amiga Germana, pela amizade, companheirismo e parceria

durante os experimentos. Pelos momentos de descontração, pelas compras, pelos

conselhos, pelas pizzas, por me escutar...

A Mário pelo apoio e realização de alguns experimentos.

Aos amigos da Farmácia do Hospital da Restauração, pelo apoio e por entender a

minha ausência. Em especial ao meu amigo Robson pelo incentivo.

Page 9: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

À todos que fazem partem do Laboratório de Neurofisiologia. Em especial à

Henriqueta, agradeço pelo apoio e a colaboração para realização de alguns

experimentos.

A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho.

A FACEPE pela concessão da bolsa de estudo.

Page 10: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

“Não importa onde você parou... em que momento da vida você cansou...

O que importa é que sempre é possível e necessário recomeçar.

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...

É renovar as esperanças na vida e, o mais importante...

Acreditar em você de novo. Se desejarmos fortemente o melhor e...

Principalmente, lutarmos pelo melhor...

O melhor vai se instalar em nossa vida.

Porque sou do tamanho daquilo que vejo. E não do tamanho da minha

altura.”

Carlos Drummond de Andrade

Page 11: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

RESUMO O aumento na incidência de doenças neurodegenerativas em todo o mundo tem proporcionado um interesse cada vez maior nos estudos que visam novas estratégias para a prevenção e cura destas patologias. Várias evidências têm demonstrado que alterações mitocondriais e elevados níveis de estresse oxidativo estão fortemente associados ao desenvolvimento de muitas doenças típicas do envelhecimento como Alzheimer, Parkinson e Huntington. Vários modelos animais vêm sendo utilizados para estudar as características neuropatológicas e bioquímicas dessas doenças e determinar novas abordagens terapêuticas. O ácido 3-nitropropiônico (3-NP) é uma neurotoxina que inibe a succinato desidrogenase (SDH), uma enzima do complexo II da cadeia respiratória mitocondrial, que leva a déficit energético, liberação de cálcio mitocondrial, estresse oxidativo e morte celular, mimetizando muitos dos sintomas motores, cognitivos e psiquiátricos da doença de Huntington (DH). Embora não tenha sido encontrada uma terapêutica que cure ou impeça, de forma efetiva, a progressão destas doenças, compostos naturais com atividade antioxidante têm demonstrado efeito neuroprotetor. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade neuroprotetora do extrato seco da casca do caule de Schinus terebinthifolius (ST) e do extrato seco de caules e folhas de Cassia occidentalis (CO) sobre parâmetros comportamentais e bioquímicos induzidos pela administração intraperitoneal de 3-NP. Avaliações comportamentais foram realizadas utilizando os modelos de campo aberto, rotarod e labirinto em cruz elevado. A atividade antioxidante in vitro foi determinada através do método de captura do radical livre DPPH˙. A atividade antioxidante in vivo, por meio da peroxidação lidipídica (dosagem das substancias reativas ao ácido tiobarbitúrico – TBARS), e da atividade enzimática da superóxido dismutase (SOD) foi avaliada na região estriatal após os testes comportamentais. A administração intraperitoneal de 3-NP (30 mg/kg por 5 dias) causou significativa perda de peso corporal, déficit motor (performance no campo aberto e rotarod) e perda de retenção de memória (performance no labirinto em cruz elevado) quando comparado aos animais controle. Além disso, análises bioquímicas revelaram significativo aumento na peroxidação lipídica e diminuição da atividade da SOD na região estriatal. O tratamento diário com ST (300 e 600 mg/kg, oral) e CO (400 e 800 mg/kg, oral) por um período de 14 dias melhorou significativamente o peso corporal, o desempenho motor e cognitivo quando comparado ao grupo doente (3-NP). Além disso, o tratamento com ST e CO significativamente atenuou a peroxidação lipídica e a diminuição da atividade da SOD. Foi observado que ST e CO apresentaram expressiva atividade antioxidante in vitro (IC50 8,81 e 53,66 µg/ml) em comparação com o padrão (BHT- butil-hidroxi-tolueno). Estes resultados sugerem que o efeito protetor do extrato de Schinus terebinthifolius e Cassia occidentalis contra degeneração induzida pela neurotoxina 3-NP seja mediado por sua atividade antioxidante, relacionada provavelmente à presença de polifenóis, sendo por isso um possível agente terapêutico para a DH. Palavras-chave: Doença de Huntington; ácido 3-nitropropiônico; estresse oxidativo; Schinus terebinthifolius; Cassia occidentalis

Page 12: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

ABSTRACT

The increased incidence of neurodegenerative disorders in the world has provided an growing interest in studies that aim new approaches for prevention and cure of diseases. Several evidences have been shown that mitochondrial alterations and high levels of oxidative stress are strongly associated with the development of many diseases typical of aging such as Alzheimer's, Parkinson's and Huntington. Several animal models have been used to study the biochemical and neuropathological characteristics of these diseases and identify new therapeutic approaches. 3-nitropropionic acid (3-NP) is a neurotoxin that inhibits succinate dehydrogenase (SDH), an enzyme complex II mitochondrial respiratory chain, which leads to energy deficit, release of mitochondrial calcium, oxidative stress and cell death that simulated many of the motor symptoms, cognitive and psychiatric disorders of Huntington's disease (HD). Although not found a treatment that cure or prevent, effectively, the progression of these diseases, natural compounds with antioxidant activity have been shown neuroprotective effects. The aim of present study was to assess the neuroprotective activity of dry extract of stem bark of Schinus terebinthifolius (ST) and the dry extract of stems and leaves of Cassia occidentalis (CO) on behavioral and biochemical parameters induced by intraperitoneal administration of 3-NP . Behavioral assessments were performed using the models of open field, rotarod and elevated plus maze. The antioxidant activity in vitro was measured by the method of capture of free radical DPPH ˙. The antioxidant activity in vivo through the peroxidation lidipídica (measurement of thiobarbituric acid reactive substances - TBARS) and the enzymatic activity of superoxide dismutase (SOD) was assessed in the striatal region after the behavioral tests. The intraperitoneal administration of 3NP (30 mg/kg for 5 days) caused significant weight loss, motor impairment (performance in the open field and rotarod) and loss of memory retention (performance in the elevated plus maze) compared to control animals. Furthermore, biochemical analysis shows a significant increase in lipid peroxidation and decreased SOD activity in the striatal region. Daily treatment with ST (300 and 600 mg/kg, oral) and CO (400 and 800 mg/kg, oral) for a period of 14 days significantly improved the body weight, motor and cognitive performance as compared to group 3-NP. In addition, treatment with ST and CO significantly attenuated the lipid peroxidation and decrease in SOD activity. Has been observed that ST and CO showed stronger antioxidant activity in vitro (IC50 8.81 and 53.66 mg/ml) compared with the standard (BHT-butylated hydroxy toluene). These results suggest that the protective effect of extract of Schinus terebinthifolius and Cassia occidentalis against degeneration induced by the neurotoxin 3-NP is mediated by its antioxidant activity, probably related to the presence of polyphenols, and is therefore a potential therapeutic agent for HD. Keywords: Huntington's Disease, 3-nitropropionic acid, oxidative stress, Schinus terebinthifolius, Cassia occidentalis

Page 13: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

LISTA DE FIGURAS

ARTIGO I: Protective effect of Schinus terebintifolius Raddi against 3-nitropropionic acid-induced neurotoxicity

Figure 1. Effect of Schinus terebinthifolius (300 and 600 mg/kg, p.o.) on body weight

in 3-nitropropionic acid (30 mg/kg, i.p.) treated rats 78

Figure 2. Effect of Schinus terebithifolius (300 and 600 mg/kg, p.o.) on locomotor

activity in 3-nitropropionic acid (30 mg/kg, i.p.) treated rats as assessed by open field.

Frequencies of locomotion (A), rearing (B) and time of resting (C) 79

Figure 3. Effect of Schinus terebinthifolius (300 and 600 mg/kg, p.o.) on fall off time in

3-nitropropionic acid (30 mg/kg, i.p.) treated rats on Rota-rod performance 80

Figure 4. Effect of Schinus terebithifolius (300 and 600 mg/kg, p.o.) on memory

performance (% retention) in elevated plus maze task in 3-nitropropionic acid (30

mg/kg, i.p.) treated rats _____________________81

ARTIGO II: Efeito neuroprotetor de Cassia occidentalis Linn sobre a

neurotoxicidade induzida pelo ácido 3-nitropropiônico em ratos

Figura 1. Efeitos de Cassia occidentalis (CO 400 e 800 mg/kg, v.o.) sobre o peso

corporal de ratos após o tratamento com ácido 3-nitropropiônico (3-NP 30 mg/kg,

i.p.) _____________________________________84

Figura 2. Efeitos de Cassia occidentalis (CO 400 e 800 mg/kg, v.o.) sobre a atividade

locomotora de ratos no teste de campo aberto após o tratamento com ácido 3-

nitropropiônico (3-NP 30 mg/kg, i.p.) __________________85

Page 14: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

Figura 3. Efeitos de Cassia occidentalis (CO 400 e 800 mg/kg, v.o.) sobre o tempo

de queda no teste de rota Rod após o tratamento com ácido 3-nitropropiônico(3- NP

30 mg/kg, i.p.) ______ _____________________86

Figura 4. Efeitos de Cassia occidentalis (CO 400 e 800 mg/kg, v.o.) sobre a

porcentagem de retenção de memória no teste do labirinto em cruz elevado após o

tratamento com ácido 3-nitropropiônico (3-NP 30 mg/kg, i.p.) ____________87

Page 15: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

LISTA DE TABELAS

ARTIGO I: Protective effect of Schinus terebintifolius Raddi against 3-nitropropionic acid-induced neurotoxicity

Table 1. Effect of Schinus terebithifolius treatment-against 3-NP induced biochemical

changes in the striatum of rat brain 82

Table 2. Effect of Schinus terebithifolius treatment-against 3-NP induced biochemical

changes in the striatum of rat brain 83

ARTIGO II: Efeito de Cassia occidentalis sobre a neurotoxicidade induzida pela administração do ácido 3-nitropropiônico em ratos

Tabela 1. Efeitos de Cassia occidentalis sobre a peroxidação lipídica na região

estriatal após o tratamento com ácido 3-nitropropiônico 88

Tabela 2. Efeitos de Cassia occidentalis sobre a atividade da sueroxido dismutase

na região estriatal após o tratamento com ácido 3-nitropropiônico _____89

Page 16: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

3-NP Ácido 3-nitropropiônico

CAG Citosina-Adenina-Guanina

CO Cassia occidentalis

DH Doença de Huntington

DPPH˙ 2,2-difenil-1-picrilidrazil

EDTA Ácido etilenodiamo tetracético

EROs Espécies Reativas do Oxigênio ()

FDA Food and Drug Administration

GABA Ácido gama-amino-butírico

H2O2 Peróxido de Hidrogênio

i.p. Intraperitoneal

MDA Malonaldeído

NADH Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo

NMDA N-metil-D-aspartato

O2- Aniôn Superóxido

OH- Radical Hidroxila

SDH Succinato desidrogenase

sec Segundos

SNC Sistema Nervoso Central

SOD Superóxido dismutase

ST Schinus terebinthifolius

v.o. Via oral

Page 17: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 19

2. REVISÃO DA LITERATURA 23

2.1 Doença de Huntington 24

2.1.1 Caracteríticas gerais 24

2.1.2 Etiologia 25

2.1.3 Caracteristicas neuropatológicas 28

2.1.4 Modelos animais 29

2.1.5 Terapêutica 31

2.2 PLANTAS MEDICINAIS 32

2.2.1 Schinus terebinthifolius Raddi 32

2.2.2 Cassia occidentalis Linn 35

3. OBJETIVOS 40

3.1 Geral 41

3.2 Específicos __________ 41

4. ARTIGO I: Protective effect of Schinus terebintifolius Raddi against 3-nitropropionic acid-induced neurotoxicity 42

Abstract _____ 43

Introduction ______ 44

Material and Methods ________ 45

Results 50

Discussion _______ 52

Acknowledgements ______ 54

References ______ 54

5. ARTIGO II: Efeito neuroprotetor de Cassia occidentalis Linn sobre a neurotoxicidade induzida pelo ácido 3-nitropropiônico em ratos 60

Resumo _____ _____ 61

Introdução _____ 62

Materiaisl e Metódos _____ 63

Page 18: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

Resultados _______ 68

Discussão 70

Referências ______ _____73

6. CONCLUSÃO 90

7. REFERÊNCIAS 91

Page 19: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

19

1. Introdução

Page 20: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

20

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, o crescimento da expectativa de vida média da população

mundial tem levado a um grande aumento na prevalência de doenças que são

características do processo de envelhecimento. Por isso os sistemas de saúde terão

de fazer frente a uma crescente demanda por procedimentos diagnósticos e

terapêuticos das doenças crônicas não transmissíveis, principalmente as

cardiovasculares e as neurodegenerativas, e a uma demanda ainda maior por

serviços de reabilitação física e mental (Lima-Costa; Veras, 2003; Veras, 2003).

Diante disto, fica clara a necessidade de investimento em condições de saúde para

essa população, bem como no desenvolvimento de novos agentes que melhorem a

qualidade de vida, que curem ou impeçam, de forma efetiva, a progressão dessas

doenças crônicas degenerativas.

A doença de Huntington (DH) é uma desordem neurodegenerativa progressiva

associada com seletiva degeneração de neurônios estriatais. Sendo caracterizada

por distúrbios motores, cognitivos e psiquiátricos (Aubeeluck; Wilson, 2008; Ross;

Shoulson, 2009). Desde que a causa genética da DH foi descoberta em 1993,

muitas hipóteses tem sido apresentadas para elucidar a patogênese molecular,

dentre elas, a desregulação transcricional, a excitoxicidade, o aumento do estresse

oxidativo, metabolismo energético alterado, o prejuízo do transporte axonal e a

disfunção da transmissão sináptica (Rosenstock et al., 2004; Wang; Qin, 2006; Roze

et al., 2008). Por isso vários modelos animais e genéticos vêm sendo utilizados para

estudar as características neuropatológicas e bioquímicas dessa doença, bem como

determinar novas abordagens terapêuticas (Ferrante, 2009).

Várias evidências têm demonstrado que elevados níveis de estresse oxidativo,

alterações mitocondriais, inflamação e apoptose (morte celular programada) estão

fortemente associados ao desenvolvimento de muitas doenças típicas do

envelhecimento como Alzheimer, Parkinson e Huntington (Schapira, 1999; Lopes et

al., 2004; Halliwell, 2006). Apesar de até momento não ter sido encontrada uma terapêutica definitiva que

cure ou impeça, de forma efetiva, a progressão dessas doenças e levando em

consideração que as drogas utilizadas atualmente no tratamento são apenas

Page 21: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

21

sintomáticas (Halliwell, 2006), a utilização de substâncias naturais ou sintéticas que

atuem protegendo as células desses eventos, são fortes candidatas no

desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas de neuroproteção. O uso de plantas medicinais ou seus compostos ativos na prevenção ou

tratamento de doenças crônicas é baseado fundamentalmente na medicina

tradicional de vários grupos étnicos e em dados etnofarmacológicos. Inúmeras

substâncias químicas obtidas de plantas e microorganismos têm proporcionado à

indústria farmacêutica uma das mais importantes fontes de componentes para a

pesquisa de novos medicamentos, sendo que, nas últimas décadas, houve um

grande incentivo às pesquisas que têm como objetivo identificar produtos naturais

com propriedades terapêuticas (Silva Júnior, 1997).

Diversos produtos naturais são reconhecidos por possuírem características

antioxidantes, razão pela qual têm sido bastante empregados, seja na conservação

de alimentos seja na formulação de fármacos, visando um potencial efeito

neutoprotetor. Entre estes compostos, destacam-se as vitaminas C, E e A, terpenos,

taninos, carotenóides e flavonóides (Bianchi; Antunes 1999; Gilgun-Sherki et al.,

2001; Mandel; Youdim, 2004; Singh et al., 2004).

Estudos em humanos e animais evidenciaram que os flavonóides, um grande

grupo de compostos fenólicos presentes em frutas e vegetais, têm ação protetora

contra os efeitos do estresse oxidativo, atuando em ambos os compartimentos

celulares, lipofílicos e hidrofílicos, e, portanto, capazes de inibir a peroxidação

lipídica (Bianchi; Antunes 1999; Bastianetto et al., 2000). Os flavonóides também

possuem efeitos antitrombótico, anti-inflamatório, antihepatotoxico, antiulcerativo,

antiapoptótico e são capazes de inibir a agregação plaquetária e o crescimento de

certos tumores (Dajas et al., 2003; Singh et al., 2004).

Embora o efeito benéfico neuroprotetor de compostos naturais antioxidantes

tenha sido amplamente comprovado in vitro, estudos clínicos têm apresentado

resultados controversos (Dajas et al., 2003). Por um lado, estes resultados podem

estar relacionados ao caráter multifatorial das doenças neurodegenerativas, o que

demanda diversos níveis de proteção. Por outro lado, estariam relacionados à

capacidade dos compostos antioxidantes de cruzar ou não a barreira

hematoencefálica em quantidades suficientes para proteger o SNC (Bianchi;

Antunes 1999; Dajas et al., 2003; Mandel; Yuodim, 2004). Conseqüentemente há um

Page 22: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

22

crescente interesse em desenvolver novas estratégias terapêuticas e dietas,

enfocando a ingestão combinada de antioxidantes de diversas naturezas, que

possam atuar sinergicamente para combater do estresse oxidativo induzido no SNC

e, desta forma, exercer um efeito neuroprotetor protegendo no caso de diversas

doenças neurodegenerativas, como doenças de Alzheimer, Parkinson e Huntington.

Neste trabalho foi avaliado o efeito neuroprotetor das espécies Schinus

terebinthifolius Raddi e Cassia occidentalis Linn, popularmente conhecidas como

aroeira e fedogoso, respectivamente, as quais são descritas na literatura como

detentoras de diversas propriedades medicinais, inclusive antioxidante e anti-

inflamatória (Mourelle et al, 1993; Jain et al, 1995; Velásquez et al, 2003; Degáspari

et al, 2004) . Considerando os poucos relatos sobre a atividade in vivo dessas

espécies, principalmente relacionado à neuroproteção, este estudo avaliou a

atividade neurocomportamental e bioquímica dos extratos em modelo animal da DH,

utilizando o ácido 3-nitropropiônico (3-NP) como neurotoxina, baseando-se na

capacidade protetora das espécies frente ao estresse oxidativo promovido pela

administração do 3-NP.

Page 23: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

23

2. Revisão da Literatura

Page 24: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

24

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Doença de Huntington

2.1.1 Características Gerais

A doença de Huntington (DH) também conhecida como Coréia de Huntington,

foi primeiramente descrita na literatura médica em 1872 por George Huntington, de

Long Island, Nova Iorque. A doença afeta homens e mulheres indiscriminadamente,

atingindo cerca de 1/10.000, tendo maior incidência em indivíduos da raça

caucasiana. É uma doença de origem hereditária autossômica dominante e

progressiva, caracterizada por movimentos involuntários coreiformes, distúrbios

emocionais e demência (Ryu et al., 2004). O aparecimento dos primeiros sintomas

ocorre normalmente entre os 30 – 50 anos de idade e progridem inexoravelmente

para morte. Dez a 25 anos após o aparecimento dos primeiros sintomas, os

pacientes geralmente vêm a óbito por pneumonia, problemas cardíacos ou outras

complicações da doença (Aubeeluck; Wilson, 2008).

Os pacientes com DH exibem uma grande variedade de sinais clínicos e

sintomas, os quais podem ser agrupados em 3 categorias: sinais motores, sintomas

cognitivos e psiquiátricos:

a) Sinais motores: contorções, torções, espasmos musculares, tiques, rigidez,

quedas, dificuldade física de iniciar um diálogo e, nos estágios mais avançados da

doença, dificuldade de deglutição;

b) Sintomas cognitivos: alteração da organização e lentidão do processamento

da informação. Isto, por sua vez, pode levar ao prejuízo na memória, na aquisição

de novos aprendizados bem como na percepção de espaço e na dificuldade de

planejamento e priorização, realização de multitarefas e organização das palavras

(gerando problemas de comunicação);

c) Sintomas psiquiátricos: depressão é a alteração mais comum; outros

sintomas incluem alterações de personalidade, apatia, ansiedade, irritabilidade,

obsessão com certas atividades, delírio, mania e negação (Bellé, 2008).

Além desses sinais e sintomas também são observados sintomas metabólicos

como perda de peso, disfunção endócrina e distúrbio do sono (Novak; Tabrizi, 2010).

Page 25: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

25

2.1.2. Etiologia

A DH está relacionada a uma mutação no gene que codifica a proteína

huntintina (htt), localizado no braço curto do cromossomo 4 (Cardoso, 2009). Nos

pacientes com DH uma seqüência repetida do trinucleotídio citosina-adenina-

guanina (CAGn), está expandido além da taxa normal, levando a uma tradução

excedente de glutaminas na proteína huntintina (Ferrante, 2009). O gene normal da

htt tem menos que 36 repetições, sendo considerado anormal, ou expandido se tiver

36 ou mais repetições. A presença de mais de 40 repetições sempre causará a

doença de Huntington e quanto maior a quantidade de repetições do trinucleotídio

mais cedo será o aparecimento dos primeiros sintomas (Novak; Tabrizi, 2010).

A huntintina, uma proteína de aproximadamente 350 kDa é encontrada na

maioria dos neurônios (dendritos, corpos celulares e terminais nervosos) e parece

estar associada a vesículas da membrana e proteínas do citoesqueleto (DiFiglia et

al., 1995). Apesar de sua função permanecer desconhecida vários estudos tem

relacionado à huntintina ao controle intracelular de processos dinâmicos, incluindo

secreção, tráfico de vesículas a partir do complexo de golgi, transferência vesicular

entre actina e microtúbulos no citoesqueleto, transporte ao longo de microtubulos

nos axônios e eventos sinápticos endo e exocíticos. Em especial, a proteina

huntintina esta associada a um complexo motor molecular que transporta organelas

juntamente com os microtúbulos nos axônios (Roze et al., 2008).

Embora a causa exata da morte neuronal na DH permaneça desconhecida

tem sido postulado que a proteólise da huntintina mutante tem um papel importante,

formando agregados protéicos nos neurônios. Sabe-se que a agregação protéica

desencadeia uma série de ventos bioquímicos progressivos, como o aumento do

estresse oxidativo, alterações mitocondriais e processos inflamatórios que levam à

morte neuronal (Roze et al., 2008). A hipótese de que as mitocôndrias podem

desempenhar um papel nas doenças neurodegenerativas surgiu a partir da

observação que os defeitos mitocondriais e o estresse oxidativo pode ser detectado

em materiais biológicos de pacientes com doenças neurodegenerativas (Lin; Beal,

2006; Mattson, 2006). A huntintina mutante pode possivelmente interagir

diretamente com a membrana interna miocondrial e aumentar a sensibilidade do

Page 26: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

26

poro de transição de permeabilidade mitocondrial (PTPm) ao íon cálcio ou outros

estímulos apopitóticos (Damiano et al., 2010).

A relação entre o estresse oxidativo com produção excessiva de radicais

livres e doenças neurodegenerativas tem sido descrita na literatura (Mandel;

Youdim, 2004). O estresse oxidativo é uma característica proeminente da doença de

Huntington, devido à disfunção mitocondrial e o consequente excesso na produção

de radicais livres (Stack et al., 2010)

Os radicais livres são espécies químicas, altamente instáveis e extremamente

reativas, que, por terem um número ímpar de elétrons na sua órbita externa, são

ávidos por interagir com outras substâncias em busca de um elétron para atingir a

estabilidade. Em sistemas biológicos, a maioria destes radicais são espécies

reativas do oxigênio (EROs), sendo as mais comuns o radical aniônico superóxido

(O2-) e o radical hidroxila (OH-) (Ferreira; Matsubara, 1997). No organismo humano,

a formação de EROs é decorrente de vários processos metabólicos fisiológicos

gerados no citoplasma, na mitocôndria ou na membrana celular como a respiração

mitocondrial, a fagocitose, o metabolismo do ácido araquidônico, a ovulação e a

fertilização (Bianchi; Antunes, 1999; Singh et al., 2004). Embora as EROs possam

ser formadas em vários níveis no interior das células, a principal fonte é a cadeia

respiratória mitocondrial, que faz parte do processo de fosforilação oxidativa e

catalisa o transporte de elétrons do NADH (nicotinamida adenina dinucleotídeo) e da

ubiquinona para o oxigênio, que resulta na liberação de energia para a produção de

ATP. As EROs são formadas como passos intermediários deste processo que

termina com a redução completa do O2, devido à entrada de 4 elétrons na reação e

formação da H2O (Ferreira; Matsubara, 1997).

As EROs são fundamentais para a sobrevivência dos organismos vivos por

participarem de processos de defesa, entretanto, seu excesso pode produzir danos

celulares irreversíveis. Para proteger-se dos danos produzidos pelo excesso de

EROs, as células possuem mecanismos enzimáticos de defesa antioxidante como a

superóxido dismutase, que catalisa a reação de O2- em H2O2, a catalase e a

glutationa peroxidase, que catalisam a degradação de H2O2 em H2O, que são

capazes de neutralizar os agentes oxidantes e mantê-los em níveis adequados no

organismo (Traber, 1997). Quando há um excesso de EROs nas células e,

consequentemente, um desbalanço dos processos pró-oxidantes e antioxidantes do

Page 27: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

27

organismo, em favor da atividade pró-oxidante, há um aumento no dano celular que,

quando não reparado, acaba comprometendo o funcionamento da célula levando-a

a morte (Sies, 1993; Halliwell, 2001). As EROs estão particularmente aumentadas

em situações patológicas, e podem ser induzidas por fatores exógenos, tais como a

exposição a produtos químicos, tabagismo, radiações ionizantes e solares, consumo

de gorduras, estresse e poluentes. Em excesso, estes agentes oxidantes podem

interagir com o DNA das células, promovendo alterações gênicas e estimulando uma

proliferação celular desordenada. Eles também podem interagir com proteínas,

promovendo inativação e alterações enzimáticas, bem como interagir com os lipídios

da membrana plasmática (lipoperoxidação), promovendo mudanças na estrutura e

na permeabilidade da membrana e assim induzir à morte celular (Gilgun-Sherki, et

al., 2001).

Embora múltiplos fatores possam precipitar o estresse oxidativo nas células, o

neurotransmissor excitatório glutamato é o maior indutor deste processo no Sistema

Nervoso Central (SNC). O glutamato é um neurotransmissor excitatório essencial

que ativa diferentes receptores, entre os quais o receptor NMDA (N-metil-D-

aspartato), que é um receptor ionotrópico e cuja estimulação provoca a abertura do

canal de cálcio e aumento do cálcio intracelular. Em situações em que há aumento

excessivo deste íon devido a estimulação do receptor NMDA, pode ocorrer um

aumento na formação de EROs e o processo conhecido por excitotoxicidade

(Gilgun-Sherki et al., 2001).

Apesar dos avanços recentes na neurosciência, as bases moleculares para

diversas doenças neurológicas, incluindo a DH, ainda não estão totalmente

compreendidas. Vários mecanismos têm sido propostos para explicar os eventos

que culminam com a morte neuronal nas doenças neurodegenerativas. Os principais

mecanismos estão relacionados com excitotocicidade mediada por aminoácidos

excitatórios (glutamato); formação de agregados protéicos; alterações da função

mitocondrial e diminuição do metabolismo energético com aumento intraneuronal de

cálcio e de proteínas próapoptóticas; excesso na produção de EROS; mutações no

DNA mitocondrial; acumulação de ferro em áreas específicas do cérebro; bem como

inibição da succinato desidrogenase da cadeia respiratória mitocondrial (Gu et al.,

1996; Scahpira, 1999; Mandel; Youdim, 2004; Halliwell, 2006; Schapira, 2006;

Whitton, 2007). Além disso, o envolvimento de processo neuroinflamatório com

Page 28: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

28

ativação de células da glia e liberação de citocinas e óxido nítrico também têm sido

frequentemente associados às doenças neurodegenerativas (Whitton, 2007). Estes

resultados indicam claramente que o processo de neurodegeneração é multifatorial.

Não se sabe ainda qual o evento inicial determinante deste processo e segundo

Halliwell (2001, 2002 e 2006), estes eventos constituem um ciclo vicioso que poderia

ser iniciado por qualquer um deles tendo como resultado final a morte neuronal

(Halliwell, 2006).

2.1.3 Características neuropatológicas

Conforme descrito anteriormente, embora não se saiba o significado

patogênico da agregação da huntigtina mutante, sabe-se que a mesma desencadeia

um serie de eventos bioquímicos progressivos e deletérios nos neurônios, levando

ao estresse, disfunções fisiológicas e respostas compensatórias, entre outros

eventos que levam a neurodegeneração e, eventualmente, à morte celular (Hersch;

Hersch; Rosas, 2008; Ferrante, 2009).

A neurodegeneração ocorre de maneira seletiva em algumas áreas cerebrais,

nas quais algumas populações vulneráveis de neurônios degeneram, enquanto

outras populações menos vulneráveis são poupadas (Rosas et al., 2008). As

primeiras e mais marcantes alterações neuropatólogicas na DH são encontradas no

estriado, com atrofia dos núcleos da base (principalmente caudado e putamem),

acompanhada por perda neuronal seletiva de neurônios GABAérgicos e astrogliose

(Revilla, 2008). Com a progreção da doença pode ocorrer atrofia de outras regiões,

incluindo o globo pálido, tálamo, núcleo subtalâmico, substância negra, cerebelo e

atrofia generalizada do córtex (Revilla, 2008; Hersch; Rosas, 2008; Krobitsch;

Kazantsev, 2010).

A primeira população a degenerar na DH são os neurônios que projetam

GABA/encefalina para o globo palido externo e GABA/substancia P para substancia

negra (Reiner et al., 1988). Esta sequência de degeneração induz uma perda incial

da inibição talâmica e subsequente aumento da excitação no córtex motor (coréia),

seguido por um aumento da inibição do tálamo e do córtex (rigidiz) (Margolis; Ross,

2001). Os sintomas característicos da doença de Huntington são resultantes dessa

vulnerabilidade neuronal, por exemplo, a perda estriatal de saídas GABAérgicas dos

Page 29: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

29

núcleos dos gânglios basais levam a distúrbios motores, já os sintomas cognitivos e

a demência são atribuídos a mudanças degenerativas corticais e subcorticas

(Hersch; Rosas, 2008).

Estudos em cérebros posmortem mostraram que o conteúdo de dopamina no

estriado era normal ou levemente elevado, havendo uma perda de 75% na atividade

da L-glutamato descarboxilase, enzima responsável pela síntese do GABA, a partir

do aminoácido e neurotransmissor excitatório glutamato. Acredita-se que a perda da

atividade inibitória mediada pelo GABA nos gânglios basais, possa, como

conseqüência, produzir uma hiperatividade nas sinapses dopaminérgicas. Também

foi verificada uma diminuição nos níveis da enzima colinacetilase responsável pela

síntese de acetilcolina, produzindo assim, uma diminuição da atividade colinérgica

central (MAcMillan; Quarrell, 1996).

Apesar de grandes avanços terem sido feitos no entendimento da

patogênese da DH, há ainda uma compreensão incompleta dos mecanismos da

doença, por isso o estudo de modelos animais que mimetizam os sintomas

neurobiológicos e clínicos da doença é muito importante, pois pode fornecer

informações fundamentais para a compreensão da patogênese e de novas

abordagens terapêuticas (Ferrante, 2009).

2.1.4 Modelos Animais

Modelos animais da DH são amplamente utilizados para estudar a patologia

da doença a partir de diferentes pontos de vista, levando em consideração possíveis

tratamentos (Vonsattel, 2008). Os modelos animais que mimetizam os sintomas

neurobiológicos e clínicos da doença podem fornecer uma abordagem alternativa

para o estudo da patogênese molecular , o refinamento dos tratamentos existentes e

o desenvolvimento de novas terapias para o Huntington. Portanto, os modelos

animais são uma parte crucial do rápido avanço da área de pesquisa da DH (Wang,

Qin, 2006). Diversos modelos experimentais de neurodegeneração têm sido sugeridos

por sua relevância para doença de Huntington (Wang; Qin, 2006; Ferrante 2009;

Perez-De La Cruz et al., 2009; Guncová et al., 2010). Dentre eles podemos citar os

modelos excitotóxicos e de inibição metabólica, que podem causar seletiva

Page 30: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

30

degeneração neuronal como visto em humanos com DH. As tóxinas mais utilizadas

para indução da DH em animais incluem agonistas do receptor NMDA, como o ácido

quinolínico (AQ) e inibidores da enzima succinato dehidrogenase, como o ácido 3-

nitropropônico (Kumar, 2007; Gil; Rego, 2008; Braidy et al., 2009; Ferrante, 2009). O ácido 3-nitropropiônico (3-NP) é uma neurotoxina largamente produzida

por várias espécies de fungos e naturalmente presente em plantas leguminosas.

Arthrinium fungi, uma das maiores fontes naturais de 3-NP, desenvolve-se em cana

de açúcar, amendoim e coalhada, havendo inúmeros relatos de envenenamento por

consumo destes produtos nos Estados Unidos. Crianças expostas ao 3-NP

desenvolvem distúrbios gastrointestinais seguidos por encefalopatia e coma, com a

presença de distonia e movimentos coreiformes nas sobreviventes (Beal et al.,

1993). Também é comum a intoxicação de animais de pastagem alimentados com

ração contaminada por 3-NP, os quais apresentam diminuição do desempenho

motor (Ahuja et al., 2008). O 3-NP interfere com a produção de ATP ao inibir a

succinato desidrogenase (SDH), enzima do complexo II da cadeia respiratória

mitocondrial, com consequente liberação de cálcio mitocondrial, estresse oxidativo e

morte neuronal (Gu et al., 1996; Tabrizi et al., 1999; Rosenstock et al., 2004 e 2009).

A administração crônica sistêmica de 3-NP produz lesão bilateral na região estriatal,

em roedores e primatas, com características semelhantes às da Doença de

Huntington (Beal et al., 1993; Borlongan et al., 1995).

Vários estudos demonstram que o aumento do estresse oxidativo é dos

principais eventos deletérios do processo neurodegenerativo induzido pelo 3-NP.

Além disso, a inflamação decorrente do tratamento sistêmico com 3-NP também age

como um importante fator na neurodegeneração e formação dos radicais livres

(Villarán et al., 2008; Ahuja et al., 2008; Mutairy et al., 2010). Fontaine e

coloboradores (2000) observaram que o tratamento com 3-NP em ratos produz

anormalmente espécies reativas de oxigênio tal como radicais superóxido e

hidroxilas, moléculas reativas derivadas a partir da formação do oxido nítrico, bem

como depleta os níveis das enzimas antioxidantes SOD e Catalase e aumenta os

níveis da peroxidação lipídica.

Os modelos animais oferecem portanto uma oportunidade para testar

potenciais tratamentos e explorar a tradução para seres humanos (Wang; Qin,

2006).

Page 31: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

31

2.1.5 Terapêutica

Existem várias drogas que podem ser usadas para o tratamento das doenças

neurodegenerativas, porém conseguem unicamente proporcionar alívio dos

sintomas. No caso da DH, são usados antagonistas da dopamina (clorpromazina) e

agonistas do GABA (baclofen) para redução dos movimentos involuntários

coreiformes, relacionados a hiperfunção dopaminérgica, decorrente da

neurodegeneração dos neurônios GABAérgicos (Haddad, 1995). A tetrabenazina,

medicamento aprovado pelo FDA (Food and Drud Administration), é também

indicado para suprimir os movimentos involuntários (Coréia) (Poon et al., 2010).

O tratamento dos sintomas psiquiátricos é extremamente importante e pode

melhorar muito a qualidade de vida desses pacientes. A depressão na DH é tratada

com medicamentos antidepressivos tricíclicos convencionais (imipramina,

nortriptilina ou amitriptilina) ou com inibidores seletivos da recaptação de serotonina

(sertralina). Sintomas psicóticos, quando presentes, podem ser tratados com

neurolépticos, mas a resposta nem sempre é satisfatória. Já alterações de humor,

ansiedade e irritabilidade excessiva podem ser tratados com benzodiazepínicos

(Haddad, 1995)

Outras medidas para melhorar a qualidade de vida e manter função dos

pacientes com DH incluem fisioterapia, avaliação da fala e deglutição, terapia, e as

intervenções na dieta, incluindo o aumento das calorias para manutenção do peso

(Anderson, 2005)

A utilização de espécies vegetais e compostos bioativos com potencial

terapêutico nas doenças neurodegenerativas, como o Parkinson e Huntington, tem

sido bastante estudadas (Kim et al., 2005; Chaturvedi et al., 2006; Milioli et al.,

2007). Estudos com humanos e animais sugerem que os flavonóides, um grande

grupo de polifenóis, encontrados em frutas e vegetais, têm um importante papel em

prevenir o declínio motor e cognitivo provenientes da idade, protegendo o cérebro de

injúrias (Schroeter et al., 2001; Dajas et al., 2003; Spencer et al., 2009). Alguns

desses estudos demonstraram que o potencial efeito neuroprotetor das espécies é

decorrente da atividade antioxidante dos extratos, com conseqüente diminuição do

estresse oxidativo.

Page 32: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

32

Entretanto, até momento não foi encontrada uma terapêutica definitiva que

cure ou impeça, de forma efetiva, a progressão das doenças neurodegenerativas.

Assim, as drogas utilizadas no tratamento são apenas sintomáticas, uma vez que

nenhuma delas faz desaparecer a degeneração neuronal. Portanto, as pesquisas

desenvolvidas nesta área são de extrema importância, pois permitirão o

conhecimento mais detalhado da fisiopatologia destas doenças, levando ao

desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas de neuroproteção, em busca da

cura e prevenção.

2.2 ESPÉCIES VEGETAIS

A procura de novos agentes farmacologicamente ativos obtidos de plantas

tem levado à descoberta de muitas drogas clinicamente ativas. Diversas plantas da

flora brasileira são utilizadas na medicina popular, mas muitas delas ainda

necessitam de estudos que dêem suporte científico ao seu uso na terapêutica

(Souza Brito; Souza Brito, 1993).

2.2.1 Schinus terebintifolius Raddi

A espécie Schinus terebinthifolius Raddi é um membro da família

Anacardiaceae, nativa da América do Sul, especialmente do Brasil, Paraguai e

Argentina. Ocorre no Brasil desde os estados de Minas Gerais e Bahia até o Rio

Grande do Sul, em várias formações vegetais. Apresenta várias sinonímias

botânicas: S. acutifólia Engl., S. glazioviana Engl., S. pohliana Engl., S. raddiana

Engl., S. aroeira Vell. e S. mucronulatus M. (Corrêa, 1978b), No Brasil é

popularmente conhecida por aroeira e “pink peper” e “pink berries”, nos Estados

Unidos (Pieribattest et al., 1981; Pires et al., 2004).

A Schinus terebenthifolius Raddi é uma árvore de médio porte, com tronco

curto, normalmente escondido pelos galhos entrelaçados. Apresenta folhas verde-

escuras, flores brancas ou de cor amarelo-pálido, frutos do tipo drupa com coloração

verde e semente única com cor marrom escura (Bornhausen, 2002).

Aparentemente todas as partes dessa árvore tropical – folhas, cascas, frutos,

sementes, resina e óleo resínico ou bálsamo - foram utilizadas medicinalmente

Page 33: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

33

devido às suas propriedades: adstringente, antidiarréica, antiinflamatória, depurativa,

diurética, antipirética, antibacteriana, colírio, medicamento estomacal, tônico e

antivirótico (Bornhausen, 2002; Clemente, 2006).

No Brasil é popularmente utilizada por sua ação cicatrizante e

antiinflamatória, em especial na região nordestina (Borio, 1973). O chá da casca e

da folha é usado como estimulante e antidepressivo (Clemente, 2006). As folhas

produzem uma tintura amarela que é utilizada para cólicas intestinais, hemorragias

internas e externas. As cascas são adstringentes, tônicas diuréticas, uteis contra

inflamações, feridas e tumores, tendo sido empregadas contra Cholera morbus. A

resina terenbinthácea já foi muito preceituada contra reumatismo e ínguas (Côrrea,

1978b).

Devido ao grande uso popular dessa espécie (Bornhausen, 2002; Clemente,

2006) várias pesquisas vêm sendo conduzidas com objetivo de identificar seus

constituintes, sua atividade farmacológica e seu potencial tóxico.

Análises fitoquímicas realizadas durante as décadas de 60 e 70 revelaram a

presença de diversos compostos químicos, incluindo triterpenos, alcoóis, cetonas,

monoterpenos e sesquiterpenos na casca, folhas e frutos da aroeira.

Estudos fitoquímicos realizados por Lima e colaboradores (2006) no extrato

etanólico obtido da entrecasca da espécie, identificaram fenóis, triterpenos

pentaciclicos e antraquinonas; em extração hexânica utilizando a mesma parte da

planta, evidenciou-se a presença de flavonas, flavonóides, xantonas e esteróides

livres. A analise fitoquímica da fase em acetato de etila obtida do extrato etanólico

das folhas de Schinus terebinthifolius conduziu ao isolamento de cinco compostos

fenólicos: galato de etila, miricetrina, quercetina, galato de metila; supostamente

responsáveis pela potente atividade antioxidante desta espécie (Ceruks et al., 2007).

A partir da investigação realizada com as folhas da aroeira, foi possível isolar

alguns triterpenos como o ácido masticadienóico, acido 3α-hidroximasticadienóico,

sitosterol e simiarenol (Campelo; Marsaioli, 1974). Posteriormente, os mesmos

autores isolaram bauerenona, α-amirina, α-amirenona e ácido terebintifolico –

compostos presentes na casca de Schinus terebinthifolius. Nos frutos foram isolados

ainda os seguintes componentes terpênicos: ácido masticadienóico,

hidroximasticadienóico e ácido ursólico (Lloyd et al, 1977).

Page 34: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

34

Análise obtida a partir do extrato metanólico das cascas do caule da aroeira

foi encontrada uma predominância de compostos polifenólicos e terpenóides. Dentre

os polifenóis, confirma-se a existência de forte concentração de taninos

catequéticos, sendo atribuída a estes, boa parte da bioatividade dessa planta

(Araujo, 2002).

Uma grande variedade de propriedades farmacológicas tem sido

demonstrada por meio do uso de diferentes modelos farmacológicos.

No modelo de granuloma induzido por algodão em dorso de rato, verificou-se

que o extrato aquoso obtido das folhas da aroeira apresentou atividade

antiinflamatória do tipo não-esteroidal (Mourelle et al.,1993). Jain e colaboradores

(1995) demonstraram que os triterpenos, ácido masticadienóico e ácido 3-β-

masticadienóico (schinol), presentes nos frutos da aroeira apresentavam atividade

antiinflamatória ao inibir de forma competitiva mais de 80% da atividade catalítica da

fosfolipase A2.

A emulsão preparada a partir do extrato hidroalcoólico obtido da entrecasca

da espécie demonstrou significativa atividade cicatrizante e antiinflamatória, frente

aos modelos de ferida aberta em dorso de rato e de edema de pata induzido por

carragenina, respectivamente (Da Silva, 1999). Também foi evidenciado que

Schinus terebinthifolius apresenta ação cicatrizante, respectivamente, em feridas

cirúrgicas de bexiga, estômago e pele de ratos (Lucena et al., 2006, Santos et al.,

2006; Castelo-Branco Neto et al., 2006).

O extrato hidroalcoólico obtido das folhas da aroeira apresentou significativa

atividade antimicrobiana frente às bactérias Gram positivas (Staphylococcus aureus)

e Gram negativas (Escherichia coli e Pseudemonas aeruginosa), além de uma ação

antifúngica contra a Candida albicans (Martinez et al., 1996 e 2000; Johan et al.,

2007). Amorim e Santos (2003) constataram que o gel vaginal produzido com

aroeira demonstrou-se seguro e eficaz no tratamento da vaginose bacteriana,

promovendo 84% de cura nas pacientes tratadas.

Muitas das propriedades ou efeitos curativos atribuídos pela medicina popular

à aroeira estão associadaos à presença de polifenóis na planta, como apigenina,

ácido elagico e naringina (Queires; Rodrigues, 1998; Degáspari et al., 2004), os

quais conferem à planta propriedades antioxidantes. Segundo Velásquez e

Page 35: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

35

colaboradores (2003) a atividade antioxidante da aroeira é decorrente da inibição da

peroxidação lipídica.

Em relação à avaliação toxicológica, poucas informações são descritas na

literatura. Em trabalho realizado por Ruiz e colaboradores (1996) foi verificada a

ausência de efeitos genotóxicos no extrato hidroalcoólico das folhas da aroeira.

O fruto quando ainda não está maduro pode ser fatal para cavalos e, quando

maduro, pode intoxicar pássaros, se consumido em grande quantidade. Para o

homem, o fruto da aroeira pode causar irritações de pele, problemas respiratórios e

vômitos (Bornhausen, 2002).

Em uma análise preliminar da toxicidade aguda e da dose letal mediana

(DL50) dos frutos da aroeira em camundongos, foi determinada uma DL50 acima de

5,0 g/kg na administração por via oral. Já pela via intraperitoneal o valor obtido foi de

3,5 g/kg (Pires et al., 2004). Em estudo realizado por Araújo (2002) avaliando a

toxicidade aguda do extrato metanólico bruto obtido das cascas da aroeira em ratos,

não foi revelado qualquer sinal de toxicidade ou morte relacionada ao tratamento.

Em nosso laboratório, em estudo realizado por Lima e colaboradores (2009),

o extrato seco da casca de Schinus terebinthifolius foi oralmente administrado nas

doses de 0,625-5,0 g/kg no teste de toxicidade aguda, e durante 45 dias (ensaio de

toxicidade subaguda) nas doses diárias de 0,25; 0,625 e 1,5625 g/kg de massa

corporal. Os resultados do estudo de toxicidade aguda indicaram que Schinus

terebinthifolius por via oral com as doses até 5,0 g/kg não apresentou qualquer sinal

de toxicidade ou morte dos animais, sugerindo uma DL50 superior a 5,0 g/kg por via

oral. Similarmente, no ensaio de toxicidade subaguda não foi observado mortes ou

sinais clínicos de toxicidade.

Há poucos relatos na literatura sobre a atividade in vivo dessa espécie,

principalmente relacionado ao SNC, porém estudos com espécie do mesmo genêro

demostrou ativadade antidepressiva dependente de sua interação com os sitemas

serotoninérgicos, noradrenérgicos e dopaminérgicos (Machado et al., 2007). O que

demosntra potencial atividade de espécies do mesmo gênero sobre o SNC.

2.2.2 Cassia occidentalis L.

Page 36: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

36

A espécie Cassia occidentalis L. é encontrada em todo o Brasil, sendo

popularmente conhecida como fedegoso, manjerioba, folha-de-pajé, maioba,

fedegoso-verdadeiro, fedegosa, mamangá, tararucu, mata-pasto, rioba, majerioba,

lava-pratos, lava-prados e ibixuma (Di Stasi; Hiruma-Lima, 2002).

É um arbusto da família das leguminosas de caule herbáceo que atinge pouco

mais de um metro de altura. Os ramos são cilíndricos ou ligeiramente angulosos, as

folhas alternadas são verde-escuras e as inflorescências, axilares ou terminais,

possuem flores grandes e amarelas. O fruto, na forma de uma vagem marrom,

contém sementes ovóides, castanho-escuro, duras e lisas (Corrêa, 1984).

As plantas do gênero Cassia são largamente utilizadas na medicina

tradicional em todo o mundo para uma ampla variedade de propósitos, sendo

algumas espécies usadas, desde a antiguidade, como potente purgativo e laxativo,

devido à presença na sua composição química de glicosídeos antraquinônicos

(Akomolafe et al., 2003).

No Peru, as raízes da Cassia occidentalis são empregadas como diurético e

sua decocção é usada como antipirético (Soukur, 1970). As sementes são

fermentadas em uma bebida e usadas no tratamento da asma enquanto a infusão

da flor é usada no tratamento da bronquite. No Panamá, o chá das folhas é usado

para cólicas estomacais e as folhas esmagadas são usadas como antiinflamatório

(Nagaraju et al., 1990). A raiz, fortemente amarga, é usada como antídoto de vários

venenos e como potente abortivo (Corrêa, 1984).

No Brasil, raízes, folhas e caule além de serem empregadas como

antitérmico, laxante, diurético e colagogo, também são amplamente utilizadas para o

tratamento da tuberculose, gonorréia, dismenorréia, anemia, gripes, dores de barriga

e de cabeça e também no tratamento de doenças hepáticas e do trato urinário

(Emperaire, 1982; Gavilanes et al., 1982; Grandi et al., 1982; Coimbra, 1994; Cruz,

1995). Com base principalmente no amplo uso popular, Cassia occidentalis L. vem

sendo comercializada por alguns laboratórios farmacêuticos (TROPILAB®INC, RAIN-

TREE NUTRITION INC). Em Pernambuco, o Laboratório Pernambucano (LAPERLI)

comercializa o extrato de Cassia occidentalis L. há mais de 50 anos com o nome de

CASSIA VIRGÍNICA®, indicado para o tratamento de gripes, febres, úlceras

varicosas e erisipelas.

Do ponto de vista bioquímico, vários estudos utilizando espécies do gênero

Page 37: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

37

Cassia revelaram uma grande diversidade de substâncias inéditas e bioativas, com

padrões moleculares variados. A literatura relata o isolamento de mais de 350

metabólitos secundários em espécies deste gênero distribuídas em regiões tropicais

e subtropicais de várias partes do mundo. Estes estudos evidenciaram a ocorrência

de substâncias de várias classes, sendo as antraquinonas, flavonóides e outros

compostos fenólicos os constituintes mais freqüentes na maioria das espécies

(Viegas et al., 2006).

Vários constituintes de Cassia occidentalis já foram identificados em diversas

partes da planta. Foram isolados das sementes de Cassia occidentalis ácidos

cáprico, mirístico, palmítico, esteárico e oléico (Tewari; Gupta, 1953; Di Stasi;

Hiruma-Lima, 2002; Miralles; Gaydou, 1986), triglicerídeos, ácidos monoenóico,

dienóico e trienóico (Di Stasi; Hiruma-Lima, 2002), além do ácido graxo cet(Z)-7-oxo-

11-octadecenóico (Daulatabad et al., 1996). Também foram detectados derivados

antraquinônicos (Rai; Shok, 1983; Lal, 1973 e 1974) e o conteúdo de óleo,

carotenóides e tocoferóis foi avaliado durante o desenvolvimento das sementes (Di

Stasi; Hiruma-Lima, 2002). Da raiz foram isolados pinselina, 1,7-dihidroxi-3-

metilxantona, 1,8-dihidroxiantraquinona (Wader; Kudav, 1987), bis (tetrahidro)

antraceno, occidentalo-1, occidentalol-2, crisofanol, emodina, pinselina, questina,

germicrisona, metilgermitorosona e singueanol-1 (Kitanaka; Takido, 1989). Já das

folhas vários derivados antraquinônicos (Chauhan et al., 2001). A concentração de

compostos fenólicos totais foi estimada em folhas e caules de Cassia occidentalis

em diferentes estágios de desenvolvimento (Ambasta et al., 1990).

Recentemente, estudos com extrato metanólico de Cassia occidentalis (raiz,

caule e folha), utilizando técnica de cromatografia em camada delgada,

demonstraram a presença de flavonóide, triterpeno e antraquinona. Não foram

identificados alcalóides e apenas uma pequena quantidade de saponina foi

encontrada (Aragão, 2008). A contínua identificação de novos metabólitos de Cassia

occidentalis, aliada a novos métodos de avaliação farmacológica e biológica está

sendo determinante na descoberta de compostos ativos que apresentem

seletividade por determinados alvos biológicos (Viegas et al, 2006).

Entretanto, apesar de ser amplamente utilizada na medicina popular, muitos

dos efeitos de Cassia occidentalis ainda não foram comprovados. Desde a década

de 70, vários grupos de pesquisa em todo o mundo têm se dedicado ao estudo

Page 38: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

38

farmacológico desta espécie. Por meio de ensaios in vitro as propriedades

antibacteriana, antiviral, antifúngica, antiparasitária, antimalária e inseticida do

fedegoso estão sendo pesquisadas (Sama et al., 1976; Cáceres et al., 1991;

Hussain, 1991; Schmeda-Hirschmann, 1992; Gasquet et al., 1993). Além disso, por

meio de estudos com animais de laboratório, algumas propriedades farmacológicas

vêm sendo analisadas, como as atividades: antiinflamatória, hepatoprotetora,

antiulcerogênica, laxativa, relaxante muscular e hipotensiva (Sadique et al., 1987;

Elujoba et al., 1989; Saraf et al., 1994; Jafri et al., 1999; Ajagbonna et al., 2001; Lira

et al., 2005).

Estudos realizados no nosso Laboratório indicaram que o extrato seco de

Cassia occidentalis possui atividades antiedematogênica, analgésica e antipirética

com a vantagem de não apresentar propriedade irritante de mucosa gástrica, pelo

contrário, possuir um efeito gastroprotetor (Aragão, 2008). Mais recentemente,

Sreejith e colaboradores (2010) demonstraram que o extrato etanólico produzido

com Cassia occidentalis (toda a planta) é capaz de inibir a degranulação de

mastócitos e estabilizar a membrana de hemácias podendo atuar como potente

agente antiinflamatório e antialérgico. Além disso, uma potente atividade

antioxidante tem sido observada por meio de diferentes metodologias (Yen et al.,

1998; Usha et al., 2007; Sreejith et al., 2010; Yadav et al., 2010). O flavonóide

emodina, identificado em extratos do gênero Cassia, tem sido relacionado à

presença de forte atividade antioxidante da espécie (Yen et al., 1998).

Apesar do amplo uso desta espécie na medicina popular, poucos são os

trabalhos disponíveis na literatura sobre seu potencial toxicológico. A maioria dos

artigos toxicológicos utilizando Cassia occidentalis refere-se à toxicidade de suas

sementes. Estudos com roedores têm demonstrado que a ingestão de grandes

quantidades de sementes produz sintomas como ataxia, apatia, diarréia, dispnéia,

anorexia e morte com degeneração dos músculos esqueléticos e cardíacos

(Barbosa-Ferreira et al., 2005). Uma substância encontrada nas sementes de

espécies do gênero Cassia e identificada como diantrona (derivada de glicosídeos

antraquinônicos), tem sido relacionada aos efeitos tóxicos observados,

característicos de miopatia mitocondrial (Haraguchi et al., 1996; Barbosa-Ferreira et

al., 2005). Entretanto, Medoua e Mbofung (2003 e 2007) observaram que a bebida

preparada com as sementes de Cassia occidentalis não apresenta nenhum risco de

Page 39: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

39

toxicidade para o consumo. Isso ocorre devido ao processo tradicionalmente usado

pela população de torrar as sementes.

As espécies do gênero Cassia em geral, devido à presença de glicosídeos

antraquinônicos em sua composição, são amplamente utilizadas e comercializadas

como laxativos. Entretanto, o uso indiscriminado da planta, pode produzir um quadro

de sintomas tóxicos caracterizado por náuseas, vômitos, cólicas abdominais e

acentuada diarréia, acompanhado de distúrbios hidroeletrolíticos em casos graves.

As espécies usadas para essa finalidade devem ser consumidas com cuidado,

especialmente por crianças (Di Stasi; Hiruma-Lima, 2002).

Estudos realizados em camundongos com as raízes de Cassia occidentalis,

demonstraram ausência de efeitos tóxicos com doses de até 500mg/kg por via

intraperitoneal e 1000mg/kg por via oral (Lira et al., 2005). Alem disso, estudos de

toxicologia reprodutiva, realizados em nosso laboratório com o extrato seco de

Cassia occidentalis demonstraram ausência de efeitos tóxicos em parâmetros

reprodutivos, porém constataram a presença de fetos mortos com as doses de 250

mg/kg e 500mg/kg sugerindo que mais estudos precisam ser realizados para

esclarecer o preciso potencial toxicológico reprodutivo da espécie e que seu uso não

deve ser recomendado para mulheres gestantes (Aragão et al., 2009). Assim,

embora a toxicidade das sementes de Cassia occidentalis esteja bem determinada,

o potencial toxicológico das demais partes da planta ainda não foi adequadamente

avaliado, sendo necessários mais estudos para determinar a segurança de uso

desta espécie.

A investigação científica sobre Cassia occidentalis sugere um enorme

potencial biológico da planta, porém estudos mais aprofundados sobre suas

atividades farmacológicas são de fundamental importância (Yadav et al., 2010).

Apesar de existirem vários estudos sobre a constituição química e a

toxicologia de ambas as espécies, poucos relatos são encontrados sobre a atividade

farmacológica, principalmente relacionada à neuroproteção. Baseando-se na

elevada atividade antioxidante das espécies, utilizou-se um modelo de estresse

oxidativo, evento intimamente relacionado com várias patologias

neurodegenerativas, para avaliar um possível efeito de proteção.

Page 40: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

40

3. Objetivos

Page 41: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

41

3. OBJETIVOS

3.2 Geral

O presente trabalho tem como objetivo geral investigar um possível efeito

neuroprotetor das espécies Schinus terebinthifolius e Cassia occidentalis sobre

alterações deletérias induzidas pela administração sistêmica do ácido 3-

nitropropiônico em ratos machos adultos.

3.3 Específicos

- Pesquisar a atividade antioxidante in vitro dos extratos de Schinus terebinthifolius e

Cassia occidentalis pelo método de captura de radicais 2,2-difenil-1-picrilidrazil

(DPPH˙);

- Investigar o efeito da administração dos extratos de Schinus terebinthifolius e

Cassia occidentalis sobre o comportamento de animais tratados com ácido 3-

nitropropiônico e animais controle, através dos testes comportamentais de campo

aberto (avaliação motora e comportamental), rotarod (coordenação motora) e

labirinto em cruz elevado (avaliação da memória);

- Mensurar os produtos de peroxidação lipídica e a atividade da enzima antioxidante

superóxido dismutase (SOD) no estriado de animais tratados com ácido 3-

nitropropiônico e tratados com os extratos de Schinus terebinthifolius e Cassia

occidentalis bem como de seus respectivos controles;

Page 42: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

42

4. Artigo I Artigo submetido ao Períodico Pharmacology

Biochemistry and Behavior

Page 43: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

43

Protective effect of Schinus terebintifolius Raddi against 3-nitropropionic acid-

induced neurotoxicity

Juciene B. R. Silvaa, Germana F. R. Caldasa, Rafaella F. da Nóbregaa, Belmira L. S. A. Costab, Soraya S. Smailic, Almir G. Wanderleya,b and Simone S. L.

Lafayettea,b* aDepartment of Pharmaceutical Sciences, Federal University of Pernambuco, Zip

Code 50740-521, Recife - PE, Brazil bDepartment of Physiology and Pharmacology, Federal University of Pernambuco,

Zip Code 50670-901, Recife - PE, Brazil cDepartment of Pharmacology, Federal University of Sao Paulo, Zip Code 04044-

020, São Paulo - SP, Brazil

*Corresponding author at: Department of Physiology and Pharmacology, CCB,

University Federal of Pernambuco, Av. Prof. Moraes Rego, s/n, CEP 50670-901 –

Cidade Universitária, Recife, PE, Brazil – Tel.: +55 81 21268530; fax.: +55 81

21268976. E-mail address: [email protected]

ABSTRACT

Huntington's disease (HD) is a neurodegenerative disorder characterized by motor

impairment, cognitive decline and psychiatric symptoms. Systemic administration of

3-nitropropionic acid (3-NP), an irreversible succinate dehydrogenase inhibitor,

causes selective striatal degeneration similar to that seen in HD. Although the

precise cause of neuronal cell death in HD is unknown, recent studies clearly

demonstrate that increased oxidative stress is one of the major deleterious events in

the 3-NP-induced neurodegenerative process. Schinus terebinthifolius (ST) has been

studied for its antioxidant properties. The present study examines the effects of ST

on behavioral and biochemical alterations induced by the administration of 3-NP to

rats. Systemic administration of 3-NP (30mg/kg, i.p. for 5 days) produced

hypolocomotion, muscle incoordination and memory deficit. ST administration (300

and 600 mg/kg p.o. for 7 and 14 days) improved 3-NP-induced dysfunctional

Page 44: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

44

behavior (locomotor, rotarod and memory retention). Biochemical analysis of the

striatum revealed that systemic 3-NP administration significantly increased lipid

peroxidation and decreased superoxide dismutase activity, which was attenuated by

daily treatment with ST. These results suggest that the protective effects of ST

against 3-NP-induced rat striatal degeneration are mediated through its antioxidant

activity and suggest that it could be a therapeutic agent for the treatment of HD.

Keywords: Huntington's disease; 3-nitropropionic acid; Oxidative stress; Schinus

terebinthifolius; Behavioral parameters

1. Introduction

Huntington's disease (HD) is a progressive neurodegenerative disorder

characterized by motor impairment, cognitive decline and psychiatric symptoms that

worsen as the disease progresses (Rosenstock et al., 2010; Stack et al., 2010). The

most striking neuropathology in HD occurs within the striatum, in which gross atrophy

of the caudate nucleus and putamen is accompanied by selective neuronal loss of

the medium spiny GABAergic neurons and astrogliosis. Other regions, including the

cerebral cortex, globus pallidus, thalamus, subthalamic nucleus, substantial nigra

and cerebellum, show varying degrees of atrophy depending on the pathologic grade

(Vonsattel, 2008). Despite the discovery of the genetic mutation of HD (Huntington's

Disease Collaborative Research Group, 1993), the mechanisms of the pathogenesis

of HD are still not understood. Oxidative stress, mitochondrial dysfunction (Trushina

and McMurray, 2007; Teles et al., 2008) and neuroinflammation (Bonelli et al., 2004)

have been proposed as contributing factors for the appearance of motor alterations

and cognitive decline (Coyle and Puttfarcken, 1993; Browne et al., 1999;

Turrens,1997; Barja, 2004; Smaili et al., 2009). A consistent defect in the

mitochondrial respiratory chain complex II–III has been found in the caudate nucleus

of patients with HD (Browne et al., 1997).

3-nitropropionic acid (3-NP) is a mitochondrial toxin, produced by the fungus

Arthrinium spp that irreversibly inhibits the activity of the mitochondrial metabolic

enzyme succinate dehydrogenase (SDH), which participates in both the TCA cycle

Page 45: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

45

and the electron transport chain complex II–III (Andreassen et al., 2000). Lesions

produced by systemic administration of 3-NP are bilateral, striatal specific, develop

spontaneously and the changes are similar to those described in the striatum in HD

(Beal et al., 1993; Brouillet et al., 2005).

In HD patients and animal models, mitochondrial dysfunction results in the

overproduction of reactive oxygen species (ROS), which leads to oxidative and

nitrosative stress. This stress contributes to neuronal dysfunction by damaging DNA,

proteins, and lipids (Stack et al., 2010). Recent studies clearly demonstrate that

increased oxidative stress is one of the major deleterious events in a 3-NP-induced

neurodegenerative process (Mutairy et al., 2010). In normal cells, oxidative stress is

combated by endogenous antioxidant pathways and free radical scavengers. The

pretreatment of animals with antioxidants has been shown to exert a protective effect

against a variety of neurotoxins (Ahuja et al., 2008; Stack et al., 2010; Mutairy et al.,

2010).

Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae) is a native plant of South

America (Corrêa, 1974). In Brazil it is popularly called Aroeira (Pires et al., 2004). In

folk medicine it has been used because of its properties as: astringent, antidiarrheal,

diuretic, antibacterial, anti-viral, antipyretic, anti-inflammatory and antioxidant. Many

of its properties or healing effects attributed by folk medicine are associated to the

presence of polyphenols in the plant, such as apigenin, ellagic acid and naringin,

which give the plant its antioxidant properties. (Queires and Rodrigues, 1998;

Veslázquez et al., 2003; Degáspari et al., 2004; Medeiros et al., 2007). This study

was undertaken to test the hypothesis that Schinus terebinthifolius being a highly

potent antioxidant may protect rats against the 3-NP model of HD.

2. Materials and methods

2.1 DPPH radical scavenging activity

Antioxidant radical scavenging activities in plant extracts were evaluated using

DPPH (2.2-diphenyl-1-picrylhydrazyl) radicals (Brand-Williams et al., 1995). 1.0 ml of

DPPH solution (30 mM, in 95% ethanol) was incubated with 2.5 mL of varying

concentrations of Schinus terebinthifolius extract (2.5-250 µg/mL). The reaction

Page 46: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

46

mixture was shaken well and incubated for 30 min at room temperature, and the

absorbance of the resulting solution was read at 515 nm against a blank. The radical

scavenging activity was measured as an absorbance decrease of DPPH and was

calculated using the following equation:

(Absorbance of control - Absorbance of test) x 100

Absorbance of control

The synthetic antioxidant butylated hydroxytoluene (BHT) was included in

experiments as a positive control.

2.2 Experimental animals

Male Wistar rats (Rattus norvegicus var. albinus) weighing between 250-300g

were used for neuroprotective experiments. The animals were obtained from the

Department of Physiology and Pharmacology from the Federal University of

Pernambuco (UFPE). They were maintained under standard environmental

conditions (12 h dark/light cycle) and temperature (22 ± 2 °C). Water and

industrialized dry food (Labina®, Purina, Brazil) were available ad libitum. All

experiments were carried out between the hours of 09:00 and 15:00. The protocol

was approved by the Animal Experimentation Ethics Committee of the Biological

Science Center - UFPE, under license no. 23076.017121/2008-12 in accordance with

the National Institute of Health Guide for the Care and Use of Laboratory Animals.

2.3 Drugs

3-Nitropropionic acid (3-NP), purchased from Sigma (St. Louis, MO, USA),

was dissolved in saline (adjust pH 7.4) one day before beginning treatment. On

subsequent days, solutions remained in the refrigerator (4 °C). Stem bark of the

Schinus terebinthifolius was collected in the town of Limoeiro, Pernambuco, Brazil.

The hydroalcoholic extract used in the present study was supplied by LAPERLI

(Laboratório Pernambucano Ltda, Pernambuco – Brazil). In the laboratory, the

ethanolic extract of Schinus terebinthifolius (ST) was evaporated to dryness under

Page 47: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

47

reduced pressure for the total elimination of alcohol, followed by lyophilization. The

lyophilized extract was kept at room temperature until use and suspended in distilled

water. Butylated hydroxytoluene (BHT), 2,2-diphenyl-1-picrylhydrazyl (DPPH),

malondialdehyde (MDA), thiobarbituric acid (TBA), Epinephrine and 1,1,3,3-

tetrametoxipropane (TMP), used in biochemical analysis, were also purchased from

Sigma.

2.4 Drug treatment

Rats were randomly divided into four groups (n=8/group). Rats in Group 1

served as the control group and received intraperitoneal (i.p.) pretreatment for 5 days

with a vehicle (NaCl 0.9% i.p.) and water per oral (p.o.) route for 14 days (10 mL/kg);

Group 2 received 3-NP (30 mg/kg, i.p.) for 5 days and water orally for 14 days (10

mL/kg); Group 3 and 4 were treated with 3-NP as in group 2. In addition, after the 3-

NP treatment for 5 days, the animals received ST by gavage in daily doses of 300

and 600 mg/kg for 14 days, respectively. After the final dose of 3-NP, the rats were

tested for behavioral parameters on days 1, 7 and 14. After behavioral assessments,

animals were used for biochemical assays.

2.5 Measurement of body weight change

The body weights of animals were recorded before starting the experiment

and then prior to behavioral assessment. Percentage body weight changes were

calculated in comparison to the initial body weight on the first day of experimentation.

2.6 Experimental procedures

After the fifth day of intraperitoneal treatment with 3-NP or vehicle, all animals

were submitted to behavioral tests on days 1, 7 and 14.

2.6.1 Locomotor activity

Page 48: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

48

To quantify general activity, rats were placed individually in the center of an

open-field arena (a circular wooden box 100 cm in diameter and 40 cm high, with a

floor divided into 19 regions). Locomotion frequency (number of floor units entered by

the animal with four paws), rearing frequency (the number of times the animal stood

on its hind legs) and time at rest (time that the animal stood still without showing any

movements) were measured for 5 min. The device was cleaned with a 5% alcohol–

water solution before placement of the animals to eliminate a possible bias effect due

to odor clues left by previous rats.

2.6.2 Rotarod activity

All animals were evaluated for grip strength by using the rotarod. Each rat was

given a prior training session before initialization of therapy to acclimatize them to a

rotarod apparatus. The animal was placed on the rotating rod with a diameter of 7 cm

(speed 25 rpm). Two separate trials were performed by each rat at 5 min intervals

and a cut off time (180) was maintained throughout the experiment. The average

results were recorded as fall of time (Kulkarni, 1999).

2.6.3 Elevated plus maze test for spatial memory

The experiment was performed according to the Puneet et al. (2006) method.

Briefly, the elevated plus maze consists of two opposite open arms (50×10 cm),

crossed with two closed arms of the same dimensions with 40 cm high walls. The

arms are connected with a central square (10×10 cm). After 5 days of 3-NP

treatment, memory acquisition was assessed on days 1, 7 and 14. . The animals

were placed individually at one end of an open arm facing away from the central

square and the time taken by the animal to move from the open arm and enter one of

the closed arms was recorded as initial transfer latency (ITL). The rat was allowed to

explore the maze for 30s after recording the initial acquisition latency and returned to

its home cage. Retention latency was noted again on days 2, 8 and 15, after 5 days

of 3-NP treatment.

Percentage memory retention was calculated by the formula –

Page 49: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

49

Transfer latency (first analysis − second analysis) × 100

Transfer latency (first analysis)

2.7 Biochemical studies

2.7.1 Dissection and homogenization

After days 2, 8 and 15, the animals were sacrificed by decapitation

immediately after the behavioral assessment, for the biochemical analysis. Brains

were removed, and the forebrains were dissected out and the cerebellum discarded.

Brains were put on ice and the striata were separated. A 10% (w/v) tissue

homogenate was prepared in PBS 1X, to which was added BHT (0.004% w/v) to

prevent autoxidation of the samples. The homogenate was centrifuged at 10.000 g

for 15 min and an aliquot of supernatant was separated.

2.7.2 Measurement of lipid peroxidation

The quantitative measurement of lipid peroxidation in the brain was performed

according to the method described by Buege and Aust (1978). The amount of

malondialdehyde (MDA) as a measure of lipid peroxidation, was measured by

reaction with thiobarbituric acid. Briefly, aliquots (500 µL) of supernatant were placed

in test tubes and added to 1 mL of TBA reagent: TBA 0.38% (pv), 250 mL of 1N

hydrochloride acid (HCl), trichloroacetic acid (TCA 15%) and 20 mL of ethanoic BHT

(2%). The solution was shaken and heated to 100 ° C for 15 minutes, followed by

cooling in an ice bath. 1.5 mL of n-butanol was added, shaken and centrifuged to

3000 x g. After centrifugation, the upper layer was collected and assessed with a

spectrophotometer (CARY 3E - UV - Visible Spectrophotometer Varian) at 532 nm.

All determinations were made in triplicate and contained only white n-butanol. For

calculations, a standard curve was constructed with TMP. Results were expressed as

nmol MDA/mg protein.

2.7.3 Superoxide dismutase activity (SOD)

Page 50: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

50

Superoxide dismutase enzyme activity was determined according to the

method by Misra and Fridovich (1972). One hundred microliters of supernatant was

added to 880 µl (0.05 M, pH 10.2, 0.1 mM EDTA) carbonate buffer. Twenty

microliters of epinephrine (30 mM in 0.05% acetic acid) was added to the mixture at

480 nm f or 4 min on spectrophotometer. The enzyme activity was expressed as the

amount of enzyme that inhibits the oxidation of epinephrine by 50%, which is equal to

1 unit.

2.8 Protein estimation

Protein was assessed by the Bradford method (1976) using bovine serum

albumin as a standard.

2.9. Statistical analysis

Data were computed in Prism software (Version 5) and expressed as means ±

SEM. Differences between the experimental groups were analyzed by one-way

analysis of variance (ANOVA) followed by post hoc Tukey’s multiple comparison

tests to determine the significance level. P values less than 0.05 were considered

statistically significant.

3. Results

3.1 Reduction of 2.2-diphenyl-1-picrylhydrazyl radical

Significant DPPH radical scavenging activity was evident in all concentrations

tested. The preparation was able to reduce the stable free radical DPPH to the

yellow-colored 1.1-diphenyl-2-picrylhydrazyl with an IC50 8.5 µg/mL. Under similar

conditions, the synthetic antioxidant BHT showed IC50 73.8 µg/mL.

3.2 Effect of Schinus terebithifolius on body weight in 3-NP-treated rats

Page 51: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

51

There was no change in the initial and final body weights of vehicle treated

animals. However, 3-NP treatment caused a significant decrease in body weight on

the last day when compared to the vehicle-treated group. Treatment with ST (300

and 600 mg/kg p.o.) significantly protected body weight loss in 3-NP-treated rats after

7 and 14 days of treatment (p<0.05) (Fig. 1).

3.3 Effect of Schinus terebinthifolius on locomotor activity in 3-NP

Administration of 3-NP for 5 days significantly reduced the locomotor activity of

rats (p<0,05). Treatment with ST (300 and 600 mg/kg, p.o.) for 7 and 14 days

significantly improved locomotor activity in 3-NP-treated rats (Fig. 2). Daily treatment

with ST increased ambulatory and rearing movements, and decreased time at rest.

3.4 Effect of Schinus terebithifolius on rotarod activity in 3-NP-treated rats

Treatment with 3-NP (30 mg/kg., i.p. for 5 days) significantly decreased

muscle grip strength and significantly decreased the fall-off time when compared to

control animals (Fig. 3). Daily treatment with ST (300 and 600 mg/kg, p.o.) for 7 and

14 days, significantly increased the fall-off time when compared to the group treated

only with 3-nitropropionic acid.

3.5 Effect of Schinus terebithifolius on memory performance in elevated plus maze

Treatment with 3-NP (30 mg/kg., i.p. for 5 days) caused a marked memory

loss as shown by a significant decrease in the % retention of memory in rats when

compared to the vehicle control group (Fig. 4). Daily administration of ST (300 and

600 mg/kg, p.o.) for 14 days after 3-nitropropionic acid increased the % retention

memory in rats when compared to the group treated only with 3-nitropropionic acid.

3.6 Biochemical parameters

The administration of 3-NP resulted in significant changes within biochemical

parameters when compared to the control animals. The administration of 3-NP for 5

Page 52: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

52

days induced oxidative stress as indicated by a significant increase in the striatum

MDA levels and a decrease in the superoxide dismutase levels when compared to

the vehicle control group. Schinus terebithifolius treatment (600 mg/kg, p.o.) for 7 and

14 days after 3-nitropropionic acid, attenuated the increase in lipid peroxidation in the

striatum as shown by a significant decrease in MDA levels (Table 1). Similarly, daily

treatment with ST (300 and 600 mg/kg p.o.) for 7 and 14 days after 3-NP, restored

the decreased levels of SOD (Table 2).

4. Discussion

The main finding of this study was that treatment with Schinus terebinthifolius

protected the animals from toxicity caused by systemic administration of 3-NP. ST

significantly improved motor deficits and cognitive functions and prevented oxidative

stress induced by systemic 3-NP administration. 3-Nitropropionic acid (3-NP), a

mitochondrial toxin, causes preferential neuronal degeneration in the striatum and

produces anatomical changes similar to Huntington’s disease in experimental

animals (Beal et al., 1993). The primary mechanism of 3-NP-caused neurotoxicity

involves the irreversible inhibition of mitochondrial succinate dehydrogenase (SDH)

and leads to the inhibition of ATP synthesis (Alston et al., 1977; Coles et al., 1979;

Rosenstock et al., 2009).

In the present study, 3-NP treatment produced significant weight loss when

compared to vehicle-treated animals. Treatment with ST caused significant

improvement in body weight in 3-NP-treated animals. Huntington's disease patients

often present a degeneration of hypothalamic neurons and a loss of body weight that

may be considered an indicator of 3-NP neurotoxicity (Kumar and Kumar, 2009a). It

has been reported that striatal lesions and bradykinesia are responsible for reducing

rat appetite and food intake (Kumar et al., 2007). However, reduction in body weight

could be related to the impairment of energy metabolism, the mobilization of energy

stores and lipid peroxidation, which constitute peripheral affects (Ahuja et al., 2008).

A dose of 3-nitropropionic caused significant alterations in locomotor activity

(hypoactivity), impaired motor coordination (rotarod performance) and cognitive

impairment, as seen in Huntington disease patients. Daily treatment with ST for 7 and

14 days attenuated 3-NP-induced hypolocomotion and motor incoordination. Studies

Page 53: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

53

have reported that the administration of 3-NP acid is associated with both hypo- and

hyperactivity depending upon frequency and time of dosing (Borlongan et al., 1997).

Animals which received 3-NP for 7 days exhibited significant hypoactivity along with

a marked neuronal loss in the dorsolateral striatum depicting that rigidity and

movement disorders are related to basal ganglia lesions (Beal et al., 1993). Effects of

3-NP on gait abnormalities and body movements are further supported by the

evidence that an interstitial injection of 3-NP causes reductions in markers for both

striatal intrinsic neurons such as GABA, substance P, somatostatin, and

neuropeptide Y, as well as a decrease in markers for striatal afferents such as

dopamine and its metabolites (Nam et al., 2005). Striatal neurodegeneration could be

due to the generation of free radicals because of impaired mitochondrial functions

and the selective, high vulnerability of dopaminergic neurons (Backman; Farde,

2001; Treatment with 3-nitropropionic acid produced memory deficit in rats and the

daily treatment of Schinus terebinthifolius improved memory retention in 3-NP.

Cognitive impairment is one of the major symptoms of Huntington's disease and can

be associated with selective striatal damage and certain hippocampal neuronal

damage (Borlongan et al., 1995; Duan et al., 2000; Kumar and Kumar, 2009b).

The hypothesis that mitochondria could play a role in neurodegenerative

diseases arises from the observation that mitochondrial defects and oxidative stress

can be detected in biological materials from patients with neurodegenerative

conditions (Damiano et al., 2010). Shinomol Muralidhara (2008) observed that

mitochondria isolated from various brain regions exposed to 3-NP showed a

significant concentration-dependent elevation in all the markers viz., ROS, MDA and

hydroperoxide levels, suggesting the induction of oxidative stress. In the present

study, there was an increase in brain MDA levels (an indicator of lipid peroxidation

due to free radicals) and a decrease in superoxide dismutase levels following 3-NP

administration, which was attenuated by ST extract, suggesting the antioxidant action

of Schinus terebinthifolius. The antioxidant activity of the extract was also measured

in the DPPH radical assay, which primarily evaluates proton radical-scavenging

ability. Furthermore, it is well established that DPPH-free radical scavenging by

antioxidants is due to their hydrogen-donating ability (Shinomol Muralidhara, 2008).

Oxidative stress due to an increase in free radical generation or an impaired

endogenous antioxidant mechanism is an important factor that has been implicated

Page 54: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

54

in various neurodegenerative diseases (Beal et al., 1995). The brain is highly

susceptible to free radical damage because of its high utilization of oxygen and the

presence of a relatively low concentration of antioxidant enzymes and free radical

scavengers. Consequently, there is growing interest in establishing therapeutic and

dietary strategies to combat oxidative stress induced damage to the central nervous

system. Administration of various antioxidant agents has been shown to improve

oxidative stress and injury produced by 3-NP (Rosenstock et al., 2004; Kim et al.,

2005; Kumar and Kumar, 2009b; Mutairy et al., 2010). Studies in humans and

animals have suggested that flavonoids, a large group of polyphenolic compounds

found in fruits and vegetables are capable of counteracting neuronal injury, thereby

delaying the progression of neurodegenerative diseases. The benefits of flavonoids

are generally thought to be due to their antioxidant properties (Dajas et al., 2003;

Spencer et al., 2009).

This is the first report that highlights the effect of Schinus terebinthifolius in

neurodegenerative disease. This species shows a high antioxidant activity probably

related to its flavonoid content (Veslázquez et al., 2003, Degáspari et al., 2004; Lima

et al., 2009), therefore it can be used in diseases in which oxidative stress may play

a key role.

In conclusion, the results of this study confirm that the administration of 3-NP

in rats induces neurobehavioral and biochemical changes mimicking those observed

in HD. Treatment of rats with Schinus terebinthifolius produced significant

neuroprotection probably mediated through its antioxidant activity. This would

suggest that it may be a therapeutic agent. However, the clinical relevance of ST for

the treatment of HD warrants further studies.

Acknowledgements

The author thanks Rejane de Souza Silva for excellent technical assistance

and to the Laboratório Pernambucano Ltda. (LAPERLI) for providing the extract of

Schinus terebinthifolius. This study was funded by FACEPE.

References

Page 55: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

55

Ahuja M, Bishnoi M, Chopra K. Protective effect of minocycline, a semi-synthetic

second-generation tetracycline against 3-nitropropionic acid (3-NP)-induced

neurotoxicity. Toxicol 2008;244:111–22.

Alston TA, Mela L, Bright HF. 3-Nitropropionate, the toxic substance of Indigofera, is

a suicide inactivator of succinate dehydrogenase. Proceed Nat Academ Sci

USA 1977;74:3767-71.

Andreassen OA, Ferrante RJ, Hughes DB, Klivenyi P, Dedeoglu A, Ona VO, et al.

Malonate and 3-nitropropionic acid neurotoxicity are reduced in transgenic

mice expressing a caspase-1 dominant negative mutant. J Neurochem

2000;75:847–52.

Backman L, Fande L. Dopamine and cognitive functioning: brain-imaging findings in

Huntington’s disease and normal aging. Scand J Psychol 2001;42:287-96.

Barja G. Free radicals and aging. Trends Neurosci 2004;27:595–600.

Beal MF, Brouillet E, Jenkins BG, Ferrante RJ, Kowall NW, Miller JM, et al.

Neurochemical and histologic characterization of striatal excitotoxic lesions

produced by the mitochondrial toxin 3- nitropropionic acid. J Neurosci

1993;13:4181–92.

Beal MF, Ferrante RJ, Henshaw R, Matthews RT, Chan PH, Kowall NW, et al. 3-

Nitropropionic acid neurotoxicity is attenuated in copper/zinc superoxide

dismutase transgenic mice. J Neurochem 1995;65:919–22.

Bonelli RM, Wenning GK, Kapfhammer HP. Huntington's disease: present treatments

and future therapeutic modalities. Int Clin Psychopharmacol 2004;19:51-62.

Borlongan CV, Koutouzis TK, Randall TS, Freeman TB, Cahill DW, Sanberg PR.

Systemic 3-nitropropionic acid, behavioral deficits and striatal damage in adult

rats. Brain Res Bull 1995;36:549–56.

Borlongan CV, Koutouzis TK, Freeman TB, Hauser RA, Cahill DW, Sanberg PR.

Hyperactivity and hypoactivity in a rat model of huntington’s disease: the

systemic 3-nitropropionic acid model. Brain Res Protocol 1997;13:253-7.

Bradford, MM. A rapid and Sensitive Method for the Quantitation of Microgram

Quantities of Protein Utilizing the Principle of Protein – Dye Binding. Anal

Biochem 1976;72:248-54.

Brand-Williams W, Cuvelier ME, Berset C. Use of a free radical method to evaluate

antioxidant activity. LWT 1995;28:25-30.

Page 56: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

56

Brouillet, E, Jacquard C, Bizat, N, Blum D. 3-Nitropropionic acid: amitochondrial toxin

to uncover physiopathological mechanisms underlying striatal degeneration in

Huntington's disease. J Neurochem 2005;95:1521–40.

Browne SE, Bowling AC, MacGarvey U, Baik MJ, Berger SC, Muqit MM, et al.

Oxidative damage and metabolic dysfunction in Huntington’s disease:

selective vulnerability of the basal ganglia. Ann Neurol 1997;41:646–53.

Browne SE, Ferrante RJ, Beal MF. Oxidative stress in Huntington's disease. Brain

Pathol 1999;9:147–63.

Buege JA, Aust SD. Microsomal lipid peroxidation. Methods Enzymol 1978;52:302-

10.

Coles CJ, Edmondson DE, Singer TP. Inactivation of succinate dehydrogenase by 3-

nitropropionate. J Biol Chem 1979;254:5161-7.

Corrêa MP. Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas, 3rd ed.

Imprensa Nacional: Rio de Janeiro – Brazil; 1974.

Coyle JT, Puttfarcken P. Oxidative stress, glutamate and neurodegenerative

disorders. Science 1993;262:689–95.

Dajas F, Rivera-Megret F, Blasina F, Arredondo F, Abincarriquiry JA, Costa G, et al.

Neuroprotection by flavonoids. Braz J Med Biol Res 2003;36:1613-20.

Damiano M, Galvan L, Déglon N, Brouillet E. Mitochondria in Huntington's disease.

Biochim Biophys Acta 2010;1802:52–61.

Degáspari CH, Waszczynskyj N, Santos, RJ. Atividade antioxidante de extrato de

fruto de aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi). Visão Acadêmica 2004;5:83-

90.

Duan W, Guo Z, Mattson MP. Participation of par-4 in the degeneration of striatal

neurons induced by metabolic compromise with 3-nitropropionic acid. Exp

Neurol 2000;165:1-11.

Huntington Disease Collaborative Research Group. A novel gene containing a

trinucleotide repeat that is expanded and unstable on Huntington's disease

chromosomes. Cell 1993;72:971–83.

Kim J-H, Kim S, Yoon I-S, Lee J-H, Jang B-J, Jeong SM, et al. Protective effects of

ginseng saponins on 3-nitropropionic acid-induced striatal degeneration in

rats. Neuropharmacol 2005;48:743-56.

Page 57: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

57

Kulkarni SK. Handbook of Experimental Pharmacology, 3rd ed. Vallabh Parkashan,

New Delhi – India; 1999.

Kumar P, Padi SSV, Naidu PV, Kumar A. 3-nitropropionic acid induced neurotoxicity:

an animal model for Huntington’s disease. J Cell Tiss Res 2007;7:853-60.

Kumar P, Kumar A K. Protective effect of rivastigmine against 3-nitropropionic acid-

induced Huntington's disease like symptoms: Possible behavioural,

biochemical and cellular alterations. Eur J Pharmacol 2009a;615:91–101.

Kumar P, Kumar A K. Possible role of sertraline against 3-nitropropionic acid induced

behavioral, oxidative stress and mitochondrial dysfunctions in rat brain:

Possible behavioural, biochemical and cellular alterations. Prog

NeuroPsychopharmacol Biol Psych 2009b;33:100–8.

Lima LB, Vasconcelos CFB, Maranhão HML, Leite VR, Ferreira PA, Andrade BA et

al. Acute and subacute toxicity of Schinus terebinthifolius bark extract. J

Ethnopharmacol 2009;126:468–73.

Medeiros KCP, Monteiro JC, Diniz MFFM, Medeiros IA, Silva BA, Piuvezam MR.

Effect of the activity of the brazilian polyherbal formulation: Eucalyptusglobulus

Labill, Peltodon radicans Pohl and Schinus terebinthifolius Radd in

inflammatory models. Braz J Pharmacog 2007;17:23–8.

Misra HP, Fridovich I. The role of superoxide anion in the autoxidation of epinephrine

and a simple assay for superoxide dismutase. J Biol Chem 1972; 247:3170-5.

Mutairy A AL, Kadasah S AL, Elfaki I, Arshaduddin M, Malik D, Moutaery K Al, et al.

Trolox ameliorates 3-nitropropionic acid-induced neurotoxicity in rats.

Neurotoxicol Teratol 2010;32:226–33.

Nam E, Lee SM, Koh SE, Joo WS, Maeng S, Im HI, et al. Melatonin protects against

neuronal damage induced by 3-nitropropionic acid in rat striatum. Brain Res

2005;1046:90-6.

Pires OC, Taquemasa AVC, Akisue G, Oliveira F, Araújo CEP. Análise preliminar da

toxicidade aguda e dose letal mediana (DL50) comparativa entre os frutos de

pimenta-do-reino do Brasil (Schinus terebinthifolius Raddi) e pimenta do reino

(Piper nigrum L.). Latin Am J Pharm 2004;23:176–82.

Page 58: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

58

Puneet K, Padi SS, Naidu PS, Kumar A. Effect of resveratrol on 3-nitropropionic acid-

induced biochemical and behavioural changes: possible neuroprotective

mechanisms. Behav Pharmacol 2006;17:485–92.

Queires LCS, Rodrigues LEA. Quantificação das substâncias fenólicas totais em

órgãos da Aroeira Schinus terebinthifolius (Raddi). Braz Arch Biol Technol

1998;41:247-53.

Rosenstock TR, Carvalho ACP, Jurkiewicz A, Frussa-Filho R, Smaili SS.

Mitochondrial calcium, oxidative stress, and apoptosis in a neurodegenerative

disease model induced by 3-nitopropionic acid. J Neurochem 2004;88:1220-8.

Rosenstock TR, Abílio VC, Frussa-Filho R, Kiyomoto BH, Smaili SS. Old mice

present increased levels of succinate dehydrogenase activity and lower

vulnerability to dyskinetic effects of 3-nitropropionic acid. Pharmacol Biochem

Behav 2009;91:327–32.

Rosenstock TR, Duarte AI, Rego AC. Mitochondrial-Associated Metabolic Changes

and Neurodegeneration in Huntington's Disease - from Clinical Features to the

Bench.Curr Drug Targ 2010;11:1218-36.

Shinomol, GK, Muralidhara. Effect of Centella asiatica leaf powder on oxidative

markers in brain regions of prepubertal mice in vivo and its in vitro efficacy to

ameliorate 3-NPA-induced oxidative stress in mitochondria. Phytomedicine

2008;15:971-84.

Smaili SS, Hirata H, Ureshino RP, Monteforte PT, Morales AP, Muler ML, et al.

Calcium and cell death signaling in neurodegeneration and aging. Anais da

Academia Brasileira de Ciências 2009;81:467-475.

Spencer JPE, Vauzour D, Rendeiro C. Flavonoids and cognition: The molecular

mechanisms underlying their behavioral effects. Arch Biochem and Biophys

2009;492:1-9

Stack C, Ho D, Wille E, Calingasan NY, Williams C, Liby K et al. Triterpenoids

CDDO-ethyl amide and CDDO-trifluoroethyl amide improve the behavioral

phenotype and brain pathology in a transgenic mouse model of Huntington's

disease. Free Radic Biol Med 2010;49:147–58.

Teles AV, Rosenstock TR, Okuno CS, Lopes GS, Bertoncini R, Smaili SS. Increase

in bax expression and aging are correlated with apoptosis progression in a

Page 59: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

59

transgenic mice model for Huntington’s disease. Neurosci Lett 2008;438:59-

63.

Trushina E, McMurray CT. Oxidative stress and mitochondrial dysfunction in

neurodegenerative diseases. Neurosci 2007;145:1233–48.

Turrens JF. Superoxide production by the mitochondrial respiratory chain. Biosci Rep

1997;17:3–8.

Velázquez E, Tournierb HA, Buschiazzob MP, Saavedra G., Schinella GR.

Antioxidant activity of Paraguayan plant extracts. Fitoterapia 2003;74:91–7.

Vonsattel JPG. Huntington disease models and human neuropathology: similarities

and differences. Acta Neuropathol 2008;115:55–69.

Page 60: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

60

5. Artigo II Artigo a ser submetido ao Períodico Pharmacology

Biochemistry and Behavior

Page 61: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

61

Efeito neuroprotetor de Cassia occidentalis Linn sobre a neurotoxicidade

induzida pelo ácido 3-nitropropiônico em ratos

Juciene B. R. Silvaa, Germana F. R. Caldasa, Jamilka L. Silvaa, Belmira L. S. A. Costab, Soraya S. Smailic, Almir G. Wanderleya,b and Simone S. L. Lafayettea,b*

aDepartamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Pernambuco,

Recife – PE, Brasil bDepartamento de Fisiologia e Farmacologia, Universidade Federal de Pernambuco,

Recife – PE, Brasil cDepartamento de Farmocologia, Universidade Ferderal de São Paulo, São Paulo –

SP, Brasil

*Autor para correspondência: Simone Sette Lopes Lafayette, Departamento de

Fisiologia e Farmacologia, CCB, Universidade Federal de Pernambuco, Av. Prof.

Moraes Rego, s/n, CEP: 50670-901-Cidade Universitária, Recife, PE, Brasil – Email:

[email protected]

RESUMO

A Doença de Huntington (DH) é uma desordem neurodegenerativa caracterizada por

prejuízo motor, declínio cognitivo e sintomas psiquiátricos. Um modelo animal que

mimetiza muitos dos sintomas observados na DH utiliza a neurotoxina mitocondrial

ácido 3-nitropropiônico (3-NP). Neste trabalho avaliou-se a atividade neuroprotetora

do extrato de caules e folhas de Cassia occidentalis (CO) sobre parâmetros

comportamentais e bioqímicos induzidos pela administração intraperitoneal do ácido

3-nitropropiônico, um inibidor seletivo da enzima succinato desidrogenase.

Avaliações comportamentais foram realizadas utilizando os modelos de campo

aberto, rotarod e labirinto em cruz elevado. A atividade antioxidante in vitro foi

determinada através do método de captura do radical livre DPPH˙. A atividade

antioxidante in vivo, por meio da peroxidação lidipídica (dosagem das substancias

reativas ao ácido tiobarbitúrico – TBARS), e da atividade enzimática da superóxido

dismutase (SOD) foi avaliada na região estriatal após os testes comportamentais. A

Page 62: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

62

administração intraperitoneal de 3NP (30 mg/kg por 5 dias) causou significativa

perda de peso corporal, déficit motor e perda de retenção de memória quando

comparado aos animais controle. Além disso, análises bioquímicas revelaram

significativo aumento na peroxidação lipídica e diminuição da atividade da SOD na

região estriatal. O tratamento diário com CO (400 e 800mg/kg, oral) melhorou

significativamente o peso corporal, o desempenho motor e cognitivo quando

comparado ao grupo doente (3-NP). Além disso, significativamente atenuou a

peroxidação lipídica e a diminuição da atividade da SOD. Observou-se uma IC50 de

53,66 µg/ml mo teste de captura do radical DPPH, sugerindo que o efeito protetor do

extrato Cassia occidentalis contra seja mediado por sua atividade.

Palavras-chave: antioxidante; Cassia occidentalis; Huntington; neuroproteção;

1. Introdução

A doença de Huntington (DH) é uma desordem neurodegenerativa

progressiva associada à seletiva degeneração de neurônios GABAérgicos na região

do estriado. Com o progredir da doença outras regiões cerebrais também podem ser

afetadas, como: córtex, globo pálido, tálamo, núcleo subtalâmico, substancia nigra e

cerebelo (Vonsattel, 2008). A DH é caracterizada por distúrbios motores, cognitivos

e psiquiátricos (Aubeeluck et al. 2008; Ross; Shoulson, 2009).

Desde que a causa genética da DH foi descoberta em 1993, muitas hipóteses

têm sido apresentadas para elucidar sua patogênese molecular, dentre elas:

excitoxicidade, aumento do estresse oxidativo, alteração do metabolismo energético,

prejuízo do transporte axonal e disfunção da transmissão sináptica (Roze et al.,

2008). Modelos experimentais que utilizam animais e que mimetizam os sintomas

neurobiológicos e clínicos da doença são muito importantes, pois podem fornecer

informações fundamentais para a compreensão da patogênese e de novas

abordagens terapêuticas (Ferrante, 2009).

O ácido 3-nitropropiônico (3-NP) é uma neurotoxina largamente produzida por

várias espécies de fungos e naturalmente presente em plantas leguminosas. O 3-NP

atua interferindo com a produção de ATP ao inibir a succinato desidrogenase (SDH),

enzima do complexo II da cadeia respiratória mitocondrial, com consequente

liberação de cálcio mitocondrial, estresse oxidativo e morte neuronal (Beal, 1993;

Page 63: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

63

Beal et al., 1995; Rosenstock et al., 2004 e 2009). A administração crônica sistêmica

de 3-NP produz lesão bilateral na região estriatal, em roedores e primatas, com

características semelhantes às da DH (Beal et al., 1993; Borlongan et al., 1995).

Estudos demonstraram que o aumento do estresse oxidativo é um dos

principais eventos deletérios observado após a administração de 3-NP. Além disso,

a inflamação decorrente do tratamento sistêmico com 3-NP também age como um

importante fator na neurodegeneração e formação dos radicais livres (Ahuja et al.,

2008; Mutairy et al., 2010). O estresse oxidativo contribui para disfunção neuronal

devido ao dano causado ao DNA, proteínas e lipídios (Stack et al., 2010).

Normalmente esse estresse é combatido por meio de antioxidantes endógenos e por

captura dos radicais livres. Por isso o tratamento com antioxidantes tem

demonstrado efeito protetor contra uma variedade de neurotoxinas (Ahuja et al.,

2008; Stack et al., 2010; Mutairy et al., 2010).

Cassia occidentalis, é um arbusto da família de Leguminosae, encontrado em

muitas áreas tropicais da América do Sul, inclusive na região amazônica. Na

medicina popular, suas raízes, folhas e cascas têm sido extensamente usadas como

laxante, diurético, hepatoprotetor, analgésico, antipirético, antiinflamatório e

antioxidante (Coimbra, 1994; Di Stasi; Hiruma-Lima, 2002; Yadav et al., 2010).

Muitas das propriedades observadas na espécie estão relacionadas à sua

composição química. Vários componentes já foram identificados, como

antraquinonas (Lal; Gupta, 1974), óleos gordurosos, flavonóides (Purwar et al.,

2003), polissacarídeos e taninos (Kudav; Kulkarni, 1974). O presente trabalho

avaliou o efeito de Cassia occidentalis contra o efeito neurotóxico induzido pela

administração sistêmica do 3-NP em modelo experimental da DH.

2. Materiais e Métodos

2.1 Avaliação da atividade antioxidante in vitro

A atividade antioxidante das espécies vegetais foi determinada através do

ensaio de captura de radicais DPPH˙ (2,2-difenil-1-picrilidrazil) de acordo com o

método de Brand-Williams e colaboradores (1995). Para avaliação da atividade antioxidante dos extratos, alíquotas de 1 mL de solução etanólica de DPPH˙ (30mM)

Page 64: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

64

foram adicionadas a 2,5 mL de solução contendo diferentes concentrações do

extrato (2,5-250µg/mL). As soluções foram homogeneizadas e incubadas por 30 min

a temperatura ambiente, e a leitura da absorbância foi realizada em

espectofotômetro a 515nm. A queda na leitura da densidade ótica das amostras e do

controle positivo BHT foi correlacionada ao controle, estabelecendo-se a

porcentagem de descoloração do radical DPPH˙, conforme fórmula abaixo:

% proteção = (Abscontrole - Absamostra)* 100

Abscontrole

Foi calculado o valor da EC50 (concentração da amostra necessária para inibir

50% do radical).

2.2 Animais

Foram utilizados ratos machos Wistar adultos (Rattus novergicus, var.

albinus), pesando entre 250 a 300g. Os animais foram provenientes do biotério do

Departamento de Fisiologia e Farmacologia da Universidade Federal de

Pernambuco (UFPE). Os mesmos foram mantidos em condições controladas de

temperatura (20 ± 3°C) e iluminação (ciclo 12h claro/12h escuro), e alimentados com

ração comercial (Labina ®) e água “ad libitum”. Todos os experimentos foram

realizados entre 09:00 e 15:00 horas. Os protocolos experimentais foram aprovados

pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal do Centro de Ciências Biológicas

da UFPE, sob licença nº 23076.017121/2008-12 de acordo com as normas

sugeridas pelo Colégio Brasileiro de Experimentação Animal e com normas

internacionais.

2.3 Ragentes

O ácido 3-nitropropiônico (3-NP) foi adquirido a partir da Sigma (St. Louis,

MO, USA), e dissolvido um dia antes do inicio do tratamento com salina (pH 7,4).

Nos dias subseqüentes, as soluções foram armazenads em refrigerador (4°C).

Caules e folhas de Cassia occidentalis (CO) foram coletados na cidade de Limoeiro,

Page 65: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

65

Pernambuco – Brasil. O extrato hidroalcoolico utilizado foi fornecido pelo LAPERLI

(Laboratório Pernambucano Ltda). No laboratório, o extrato hidroalcoolico foi

evaporado em evaporador rotativo a pressão reduzida para eliminação total do

álcool, seguido de liofilização. O extrato liofilizado foi armazenado a temperatura

ambiente até o uso, e ressuspendido em água desltilada . Butilaldeido hidroxitolueno

(BHT), 2,2-difenil-1-picrilidrazil (DPPH), ácido tiobarbitúrico (TBA), epinefrina e 1,1,3,3-tetrametoxipropano (TMP), usados nas análises bioquímicas foram também

adquiridos da Sigma.

2.4 Grupos experimentais

Os animais foram divididos aleatoriamente em quatro grupos experimentais

(n=8/grupo). Os ratos do grupo 1 serviram como controle, e foram prétratados

intraperitonealmente (i.p.) por 5 dias com veiculo (NaCl 0.9% i.p.) e água por via oral

(10 ml/kg, v.o.) durante 14 dias; Grupo 2 – recebeu 3-NP (30mg/kg, i.p.) por 5 dias e

água (v.o.) por 14 dias; Group—3 e 4 foram tratados com 3-NP do mesmo modo que

o grupo 2. Adicionalmente os animais receberam por via oral CO nas doses de 400 e

800mg/kg durante 14 dias, respectivamente, diariamente depois do tratamento com

3-NP por 5 dias. Vinte quarto horas, 7 e 14 dias após a última dose de 3-NP os ratos

foram avaliados nos testes comportamentais. Apos os testes comportamentais os

animais foram usados para os ensaios bioquímicos.

2.5 Avaliação do peso corporal

O peso corporal dos animais foi registrado no inicio do experimento e após a

avaliação comportamental. A porcentagem de mudança no peso foi calculada em

comparação ao peso corporal inicial no primeiro dia de experimento.

2.6 Procedimentos experimentais

Vinte quatro horas, 7 dias e 14 dias após os cinco dias de tratamento com 3-

NP ou veículo, por via intraperitoneal, todos os animais foram submetidos a testes

comportamentais.

Page 66: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

66

2.6.1 Atividade locomotora

Para quantificar a atividade geral os ratos foram colocados individualmente no

centro de uma arena circular (uma caixa de madeira com 100 cm de diâmetro e 40

cm de altura, dividida em 19 regiões). A freqüência de locomoção (número de

unidades adentradas pelo animal com as quatro patas), freqüência de levantar

(número vezes que o animal se apóia somente nas patas traseiras, com o tronco

perpendicular ao chão da arena) e o tempo de imobilidade (tempo que o animal ficou

parado sem demonstrar qualquer movimento) foram avaliados durante 5 min. A

limpeza da arena após a saída de cada animal foi feita com álcool a 5%.

2.6.2 Teste do eixo giratório

Todos os animais foram avaliados quanto à habilidade motora e equilíbrio

utilizando o rotarod. Para execução deste protocolo o animal foi colocado com as

quatro patas sobre uma barra de 7,0 cm de diâmetro, elevado a 25 cm do piso, em

uma rotação de 25 rpm. Cada animal foi submetido a duas sessões de 180

segundos de treinamento antes do início do tratamento para aclimatização. Os

animais foram colocados nas barras giratórias e o tempo de permanência foi

registrado. Utilizou-se como tempo de corte 180 segundos (Kulkarni, 1999).

2.6.3 Teste do labirinto em cruz elevado para memória espacial

O experimento foi realizado de acordo com o método de Kumar et al. (2006).

O labirinto em cruz elevado, consiste em dois braços abertos opostos (50x10cm),

dois braços fechados de mesma dimensão com paredes de 40cm e uma área

central (10x10cm) conectando os braços. A aquisição de memória foi avaliada 24

horas, 7 e 14 dias após o inicio do tratamento com 3-NP. Os ratos foram colocados

individualmente no final do braço aberto com a face voltada para área central. O

tempo levado pelo animal para se mover do braço aberto e entrar em um dos braços

fechados foi registrado como transferência de latência inicial. Aos ratos foi permitido

explorar o labirinto por 30 segundos após o registro inicial da aquisição de latência e,

Page 67: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

67

em seguida, eles foram recolocados em suas gaiolas. A retenção de latência foi

avaliada novamente no dia seguinte, ou seja, após 48 horas, 8 e 15 dias do

tratamento com os extratos.

A porcentagem de retenção de memória foi calculada a partir da fórmula:

Transferência de latência dia 1- Transferência de latência da repetição x100

Transferência de latência dia 1

2.7 Avaliações bioquímicas

2.7.1 Dissecação e homogeneização

Após as avaliações comportamentais os animais foram imediatamente

decapitados, os cérebros removidos, colocados sob gelo e o estriado dissecado.

Esta região foi pesada e homogeneizada, em homogeneizador tipo Potter Elvehjem,

com tampão PBS 1X (10% p.v.), ao qual foi adicionado BHT (0,004% p.v.) para

prevenir a autooxidação das amostras. O homogeneizado foi centrifugado a 10.000 x

g, por 15 minutos, à 4°C, e uma alíquota do sobrenadante foi separado paraanálises

bioquímicas.

2.7.2 Medida da lipoperoxidação

A medida quantitativa da peroxidação na região estriatal foi avaliada de

acordo com o método de Buege e Aust (1978). A quantidade de malonaldeído

(MDA) presente nas amostras foi medida através da reação com ácido tiobarbitúrico.

Alíquotas de 500 µL do sobrenadante foram colocadas em tubos de ensaio aos

quais se adicionou 1 mL do reagente ácido tiobarbitúrico (TBA): TBA 0,38% (p.v),

250 µL de HCl 1N, TCA 15% (p.v) e 20 µL de BHT etanóico (2% p.v). A solução foi

agitada e aquecida à temperatura de 100º C durante 15 minutos, seguindo-se o

resfriamento em banho de gelo. Adicionou-se 1,5 mL de álcool n-butanol, agitou-se e

centrifugou-se a 3000 x g. Após a centrifugação, coletou-se a fase superior que foi

analisada espectofotometricamente a 532 nm. Para realização dos cálculos, foi

Page 68: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

68

realizada uma curva padrão com 1,1,3,3-tetrametoxipropano. Os resultados foram

expressos em nmoles MDA/mg de proteína.

2.7.3 Atividade da Superoxido dismutase

A atividade da Superoxide dismutase (SOD) foi avaliada na região estriatal de

acordo com o método de Misra e Fridovich (1972). Este método é baseado na

capacidade da SOD em inibir a auotoxidação da adrenalina. Em pH básico (10,2) a

adrenalina se autooxida através de um mecanismo gerador de radical superóxido

que por sua vez ativa a reação de autooxidação. Para avaliação da atividade

enzimática 100 µL do homogeneizado foi adicionado a 880 µl (0.05 M, pH 10.2,

0.1 mM EDTA) de tampão carbonato. Vinte microlitros de adrenalina (30 mM em

ácido acético 0.05%) foram adicionados à mistura e a leitura foi realizada a 480 nm

em espectrofotômetro (CARY 3E - UV - Visible Spectrophotometer Varian). A

atividade enzimática foi expressa como a quantidade de enzima que inibe a

oxidação da adrenalina em 50%.

2.8 Dosagem de proteínas

A determinação do conteúdo de proteínas presente nos homogenatos foi

realizada conforme o método de Bradford (1976).

2.9 Análise estatística

Os resultados foram expressos como média ± erro padrão da média (E.P.M.).

Para comparação dos grupos experimentais, empregaram-se a análise de variância

(ANOVA) seguida pelo teste de Tukey, usando software Prisma 5,0 (GraphPad).

Adotou-se o nível de significância de 5% de probabilidade (p<0,05).

3. Resultados

3.6 Redução do radical 2,2-difenil-1-picrilidrazil

Page 69: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

69

Os resultados obtidos demonstram que as todas as concentrações testadas

foram capazes de promover a captura do radical DPPH. O extrato de CO foi capaz

de reduzir o radical livre DPPH a sua forma com coloração amarelada 1,1-difenil-2-

picrilidrazil com uma EC50 53,66 µg/mL. O antioxidante sintético BHT em condições

similares demonstrou EC50 de 73,8 µg/mL.

3.7 Efeito de Cassia occidentalis sobre o peso corporal de ratos tratados com 3-

NP

Nenhuma mudança foi observada entre o peso corporal inicial e o final dos

animais tratados com veiculo. Porém, os animais tratados com 3-NP apresentaram

significativa perda de peso quando comparado com o controle. O tratamento com

CO (400 e 800 mg/kg, v.o.) significativamente protegeu a perda de peso dos ratos

doentes, tratados somente com 3-NP, após sua administração diária, por 7 e 14 dias

(Fig. 1).

3.8 Efeito de Cassia occidentalis sobre atividade locomotora de ratos tratados

com 3-NP

A administração de 3-NP por 5 dias significativamente reduziu a atividade

locomotora dos animais. O tratamento com CO (400 e 800 mg/kg, v.o.) por 7 e 14

dias melhorou significativamente a atividade locomotora após o tratamento com 3-

NP (Fig. 2). O tratamento diário com CO aumentou a deambulação e a frequencia de

levantar, bem como diminuiu o tempo de imobilidade.

3.9 Efeito de Cassia occidentalis sobre atividade no rotarod de ratos tratados com

3-NP

O tratamento com 3-NP significativamente diminuiu o tempo de queda quando

comparado aos animais controle (Fig. 3). A administração diária de CO (400 e 800

mg/kg, v.o.) por 7 e 14 dias aumentou o tempo de queda quando comparado ao

grupo doente, tratado somente com o 3-NP.

Page 70: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

70

3.10 Efeito de Cassia occidentalis no teste do labirinto em cruz elevado para

memória espacial

A administração intraperitoneal de 3-NP por 5 dias causou marcante perda de

memória como demonstrado pela diminuição da percentagem de retenção de

memória quando comparado aos animais controle (Fig. 4). O tratamento diário com

CO (400 e 800 mg/kg, v.o.) por 7 e 14 após a administração de 3-NP promoveu um

aumento na % de retenção de memória, quando comparado aos animais doentes,

tratados somente com 3-NP.

3.11 Parâmetros bioquímicos

A administração de 3-NP promoveu significativas mudanças nos parâmetros

bioquímicos quando comparados aos animais controles. A injeção intraperitoneal de

3-NP por 5 dias induziu aumento do estresse oxidativo, como indicado pelo aumento

dos níveis de MDA no estriado, e diminuição da atividade da SOD quando

comparado ao grupo controle. O tratamento com CO (400 e 800 mg/kg, v.o.) por 7 e

14 dias depois da injeção com 3-NP, atenuou o aumento da peroxidação lipídica no

estriado como observado pela significativa diminuição dos níveis de MDA (Tabela 1).

Similarmente, o tratamento diário com CO por 7 e 14 dias atenuou a diminuição dos

níveis de SOD decorrente do tratamento com 3-NP (Tabela 2).

4. Discussão

No presente estudo, o tratamento com 3-NP por 5 dias (i.p.) produziu

alterações motoras e comportamentais, incluindo bradicinesia, fraqueza e rigidez

muscular, além de marcante redução no peso corporal. Estes achados estão em

concordância com estudos anteriores que também observaram uma variedade de

anormalidades neurocomportamentais e motoras em ratos após administração de 3-

NP (Borlongan et al., 1995 e 1997). A redução de peso observada após a injeção de

3-NP pode ter sido decorrente do comprometimento metabólico causado pelo 3-NP,

ou seja, prejuízo no metabolismo energético, mobilização de reservas energéticas e

peroxidação lipídica que constituem efeitos periféricos da administração. No entanto,

Page 71: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

71

não se pode descartar, que a lesão estriatal e a bradicinesia possam atuar como

fatores centrais para a perda de peso (Beal et al, 1993; Fontaine et al., 2000;

Kumar; Kumar, 2009a). O tratmento com CO (400 e 800mg/kg, v.o. por 7 e 14 dias)

melhorou significativamente a perda de peso quando comparado ao grupo tratado

somente com 3-NP (30mg/kg; i.p. por 5 dias).

A administração diária de CO por 7 e 14 dias atenuou significativamente a

hipolocomoção (perfomance no campo aberto), a incoordenação motora

(perfomance no rotarod) e o prejuizo cognitivo (perfomance no labirinto em cruz

elevado) ocasionado pela injeção intraperitoneal de 3-NP. Segundo Seaman (2000),

o prejuizo locomotor e cognitivo produzido pelo 3-NP pode estar relacionado a

redução dos níveis de energéticos e consequente mudanças no processamento

neural. As alterações motoras observadas após a administração do 3-NP são

atribuidas principalmente à degeneração de neurônios do estriado, uma região

funcionalmente ligada por aferências do córtex motor (Brown, 1992; Sgambato et al.,

1997). A neurodegeneração estriatal após a injeção de 3-NP pode estar associada à

geração de radicais livres, decorrente do comprometimento da função mitocondrial,

e à vulnerabilidade seletiva de neurônios motores dopaminérgicos (Borlongan et al,

1995;. Duan et al., 2000;. Kumar; Kumar, 2009b).

No presente estudo, após a administração do 3-NP, houve aumento no nível

estriatal de MDA (indicador de peroxidação lipídica devida aos radicais livres) e

diminuição da enzima antioxidante superóxido dismutase, sugerindo um aumento do

estresse oxidativo central. Estes efeitos foram atenuados pelo tratamento, por 7 e 14

dias com CO, indicando uma ação antioxidante do extrato. Além disso, a atividade

antioxidante de CO também foi demonstrada in vitro, pelo ensaio do radical DPPH,

que basicamente avalia a capacidade de captura de prótons.

Está bem estabelecido que a captura de radicais livres por antioxidantes é

devido à sua capacidade de doar hidrogênio (Shinomol e Muralidhara, 2008).

Villarán et al. (2008) relata que o tratamento com 3-NP significativamente reduz os

níveis de enzimas antioxidantes (SOD, catalase) e aumenta a de oxidantes

(peroxidação lipídica, nível de nitrito), sugerindo o papel do estresse oxidativo no

processo neurodegenerativo. Estudos anteriores demonstram claramente que o

aumento estresse oxidativo pode ser um dos principais eventos deletérios na DH

(Borlongan et al., 1997;. Beal et al., 1998).

Page 72: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

72

Recentes hipóteses relatam que a etiologia da DH pode estar relacionada

com o compromentimento da produção de energia mitocondrial e/ou a presença de

especies reativas de oxigênio, que pode levar a excitoxicidade neuronal (Pandey et

al., 2008). Um significativo número de trabalhos tem sugerido que a geração de

radicais livres pode estar subjacentes aos efeitos neurotóxicos dos inibidores da

succinato de desidrogenase como o 3-NP e ácido metilmalônico (Beal et al, 1993;.

Fighera et al, 1999, 2003, 2004). A administração sistêmica da toxina mitocondrial 3-

NP leva a depleção celular de ATP e induz lesões estriatal-específicas que se

assemelham à doença de Huntington (Borlongan et al, 1996;. Beal, 1998).

Normalmente o extresse oxidativo é combatido por meio de atioxidantes endogenos

e por seuqestradores de radicais livres (Stack et al., 2010). Por isso a administração

de vários agentes antioxidantes têm demonstrado melhorar o estresse oxidativo e

lesões produzidas por 3-NP (Rosenstock, 2004;. Kim et al, 2005; Kumar; Kumar,

2009b; Mutairy et al., 2010).

Os flavonóides, um grande grupo de compostos polifenólicos encontrados em

frutas e vegetais são capazes de neutralizar a lesão neuronal, atrasando assim a

progressão de doenças neurodegenerativas. Esses benefícios são geralmente

atribuídos às suas propriedades antioxidantes (Dajas et al, 2003;. Spencer et al.,

2009), o que os torna potenciais alvos para tratamento de diversas potologias nas

quais os radicais livres estejam envolvidos.

A Cassia occidentalis é uma espécie bastante utilizada na medicina popular

por suas propriedades antibateriana, antifúngica, laxativa, diurética, analgésica,

antiiflamatória e antioxidante (Coimbra, 1994; Di Stasi; Hiruma-Lima, 2002; Aragão,

2008; Yadav et al., 2010). Com relação a sua composição química, a espécie já foi

relativamente bem estudada, tendo sido encontrados senosideos (Christ et al.,

1978), antraquinonas (Lal; Gupta, 1974), flavonoídes (Purwar et al., 2003),

polisacarideos e taninos (Kudav; Kulkarni, 1974), aos quais são atribuídos muitas

das propriedades da espécie.

Os resultados obtidos no presente estudo demonstram o potencial uso de

Cassia occidentalis como neuroprotetora, provavelmente correlacionado a sua

elevada atividade antioxidante (Gow-Chin, Y. et al., 1998; Usha et al., 2007; Yadav

et al., 2010).

Page 73: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

73

Referências

Ahuja, M.; Bishnoi, M.; Chopra, K. Protective effect of minocycline, a semi-synthetic

second-generation tetracycline against 3-nitropropionic acid (3-NP)-induced

neurotoxicity. Toxicolology, v. 244, p. 111-122, 2008.

Aragão, T. P. Cassia Virgínica® (Cassia Occidentalis L.): Abordagem Farmacológica e Toxicológica. 2008. Dissertação (Mestrado em Ciências

Farmacêuticas) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008.

Beal, M. F.; Brouillet, E., Jenkins, B. G.; Ferrante, R. J.; Kowall, N. W.; Miller, J. M.;

et al. Neurochemical and histologic characterization of striatal excitotoxic lesions

produced by the mitochondrial toxin 3- nitropropionic acid. Journal of Neuroscience,

v. 13, p. 4181-4192, 1993.

Beal, M. F.; Ferrante, R. J.; Henshaw, R.; Matthews, R. T.; Chan, P. H.; Kowall, N.

W.; et al. 3-Nitropropionic acid neurotoxicity is attenuated in copper/zinc superoxide

dismutase transgenic mice. Journal of Neurochemistry, v. 65, p. 919–922,1995.

Beal, M. F. Mitochondrial dysfunction in neurodegenerative diseases. Biochimica et

Biophysica Acta, 1998.

Borlongan, C. V.; Koutouzis, T. K.; Randall, T. S.; Freeman, T. B.; Cahill, D. W.;

Sanberg, P. R. Systemic 3-nitropropionic acid, behavioral deficits and striatal

damage in adult rats. Brain Research Bulletin, v. 36, p. 549-556, 1995.

Borlongan, C. V.; Koutouzis, T. K.; Freeman, T. B.; Hauser, R. A.; Cahill, D. W.;

Sanberg, P. R. Hyperactivity and hypoactivity in a rat model of huntington’s disease:

the systemic 3-nitropropionic acid model. Brain Research Protocol, v. 13, p. 253-257,

1997.

Page 74: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

74

Bradford, M. M. A rapid and Sensitive Method for the Quantitation of Microgram

Quantities of Protein Utilizing the Principle of Protein – Dye Binding. Annals of

Biochemistry, v. 72, p. 248-54, 1976.

Brand-Williams, W.; Cuvelier, M. E.; Berset, C. Use of a free radical method to

evaluate antioxidant activity. Food Science and Technology, v. 28, p. 25-30, 1995.

Brown, L. L. Somatotopic organization in rat striatum: evidence for a combinational

map. Proc Natl Acad Sci USA, v. 89, p. 7403-7407, 1992.

Buege, J. A.; Aust, S. D. Microsomal lipid peroxidation. Methods in Enzymology, v.

52, p. 302-310, 1978.

Christ, B.; Poppinghus, T.; Wirtz-Peitz, F. Isolation and structural definition of a new

sennosides from Cassia senna L. Arzneimittelforschung, v.28, p. 225–231, 1978.

Coimbra, R. Manual de Fitoterapia. Editora Cejup. Belém. 26 p., 1994.

Dajas, F.; Rivera-Megret, F.; Blasina, F.; Arredondo, F.; Abincarriquiry, J.A. Costa,

G.; et al. Neuroprotection by flavonoids. Brazilian Journal of Medical and Biological

Research, v. 36, p.1613-1620, 2003.

Di Stasi, L. C.; Hiruma-Lima, C. A. Plantas medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. 2ed. São Paulo: Editora UNESP, p. 282-295, 2002.

Duan, W.; Guo, Z.; Mattson, M. P. Participation of par-4 in the degeneration of striatal

neurons induced by metabolic compromise with 3-nitropropionic acid. Experimental

Neurology, v. 165, p.1-11, 2000.

Ferrante, R. J. Mouse models of Huntington's disease and methodological

considerations for therapeutic trials. Biochimica et Biophysica Acta, v. 1792, p. 506-

520, 2009.

Page 75: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

75

Fighera, M. R.; Queiroz, C. M.; Stracke, M. P.; Brauer, M. C. N.; González-

Rodriguez, L. L.; Frussa-Filho, R.; et al. Ascorbic acid and α-tocopherol attenuate

methylmalonic acid-induced convulsions. NeuroReport , v. 10, p. 2039–2043, 1999.

Fighera, M. R.; Bonini, J. S.; Oliveira, T. G.; Frussa-Filho, R.; Rocha, J. B. T.; Dutra-

Filho, C. S.; et al. GM1 ganglioside attenuates convulsions and thiobarbituric acid

reactive substances production induced by the intrastriatal injection of methylmalonic

acid. International Journal of Biochemistry and Cell Biology, v. 35, p. 465–73, 2003.

Fighera, M. R.; Bonini, J. S.; Frussa-Filho, R.; Dutra-Filho, C. S.; Hagen, M. E.;

Rubin, M. A.; et al. Monosialoganglioside increases catalase activity in cerebral

cortex of rats. Free Radical Ressearch, v. 38, p. 495–500, 2004.

Fontaine, M. A.; Geddes, J. W.; Banks, A.; Butterfield, D. A. Effect of exogenous and

endogenous antioxidants on 3-nitropionic acid-induced in vivo oxidative stress and

striatal lesions: insights into Huntington’s disease. Journal of Neurochemistry, v. 75,

p. 1709-1715, 2000.

Kim, J-H; Kim, S.; Yoon, I-S; Lee, J-H; Jang, B-J; Jeong, S. M.; et al. Protective

effects of ginseng saponins on 3-nitropropionic acid-induced striatal degeneration in

rats. Neuropharmacology, v. 48, p. 743-756, 2005.

Kudav, N. A.; Kulkarni, A. B. Chemical investigation of Cassia occidentalis. Indian

Journal of Chemistry, v. 12, p. 1042–1044, 1974.

Kulkarni, S. K. Handbook of Experimental Pharmacology, 3rd ed. Vallabh

Parkashan, New Delhi – India; 1999.

Kumar, P. Padi, S. S.; Naidu, P. S.; Kumar, A. Effect of resveratrol on 3-

nitropropionic acid-induced biochemical and behavioural changes: possible

neuroprotective mechanisms. Behavioral Pharmacolology, v. 17, p. 485–492, 2006.

Page 76: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

76

Kumar, P.; Kumar, A. K. Protective effect of rivastigmine against 3-nitropropionic

acid-induced Huntington's disease like symptoms: Possible behavioural, biochemical

and cellular alterations. European Journal of Pharmacology, v. 615, p.91–10, 2009a.

Kumar, P.; Kumar, A. K. Possible role of sertraline against 3-nitropropionic acid

induced behavioral, oxidative stress and mitochondrial dysfunctions in rat brain:

Possible behavioural, biochemical and cellular alterations. Progress in

NeuroPsychopharmacology, v. 33, p.100–108, 2009b.

Lal, J.; Gupta, P. C. New Anthraquinones from seeds of Cassia occidentalis Linn.

Experientia, v. 30, p. 850-851, 1974.

Misra, H. P.; Fridovich, I. The role of superoxide anion in the autoxidation of

epinephrine and a simple assay for superoxide dismutase. Journal of Biological

Chemistry, v. 247, p. 3170-3175, 1972.

Mutairy, A-Al; Kadasah, S-Al; Elfaki, I.; Arshaduddin, M.; Malik, D.; Moutaery, K-Al; et

al. Trolox ameliorates 3-nitropropionic acid-induced neurotoxicity in rats.

Neurotoxicology and Teratology, v. 32, p. 226-233, 2010.

Purwar, C.; Rai, R.; Srivastava, N.; Singh, J.Newflavonoid glycosides from Cassia

occidentalis. Indian Journal of Chemistry Section B: Organic Chemistry Including

Medicinal Chemistry, v. 42, p. 434–436, 2003.

Rosenstock, T. R.; Carvalho, A. C. P.; Jurkiewicz, A.; Frussa-Filho, R.; Smaili, SS.

Mitochondrial calcium, oxidative stress, and apoptosis in a neurodegenerative

disease model induced by 3-nitopropionic acid. Journal of NeurochemistryI, v. 88, p.

1220-1228, 2004.

Rosenstock, T. R.; Abílio, V. C.; Frussa-Filho, R.; Kiyomoto, B. H.; Smaili, SS. Old

mice present increased levels of succinate dehydrogenase activity and lower

vulnerability to dyskinetic effects of 3-nitropropionic acid. Pharmacology Biochemistry

and Behavior, v. 91, p. 327-332, 2009.

Page 77: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

77

Roze, E.; Saudouc, F.; Caboche, J. Pathophysiology of Huntington’s disease: from

huntingtin functions to potential treatments. Current Opinion in Neurology, v. 21, p.

497-503, 2008.

Seaman, R. L. Effects of acute systemic 3-nitropropionic acid Administration on rat

activity and acoustic startle. Neuroscience Letters, v. 280, p. 183–186. 2000.

Sgambato, V.; Abo, V.; Rogard, M.; Besson, M. J.; Deniau, J. M. Effect of electrical

stimulation of the cerebral cortex on the expression of the Fos protein in the basal

ganglia. Neuroscience, v. 81, p. 93-112, 1997.

Shinomol, G. K.; Muralidhara. Effect of Centella asiatica leaf powder on oxidative

markers in brain regions of prepubertal mice in vivo and its in vitro efficacy to

ameliorate 3-NPA-induced oxidative stress in mitochondria. Phytomedicine, v. 15, p.

971-984, 2008.

Spencer, J. P. E.; Vauzour, D.; Rendeiro, C. Flavonoids and cognition: The molecular

mechanisms underlying their behavioral effects. Archives of Biochemictry and

Biophysic, v. 492, p. 1-9, 2009.

Stack, C.; Ho, D.; Wille, E.; Calingasan, N. Y.; Williams, C.; Liby, K.; et al.

Triterpenoids CDDO-ethyl amide and CDDO-trifluoroethyl amide improve the

behavioral phenotype and brain pathology in a transgenic mouse model of

Huntington's disease. Free Radical Biology & Medicine, v. 49, p. 147-158, 2010.

Usha, K.; Mary, K. G.; Hemalatha, P. Hepatoprotective effect of Hygrophila spinosa

and Cassia occidentalis on carbon tetrachloride induced liver damage in

experimental rats. Indian Journal of Clinical Biochemistry, v. 22, p. 132-135, 2007.

Yadav, J. P.; Arya, V.; Yadav, S.; Panghal, M.; Kumar, S.; Dhankhar, S. Cassia

occidentalis L.: A review on its ethnobotany, phytochemical and pharmacological

profile. Fitoterapia, v. 81, p. 223-230, 2010.

Page 78: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

78

Fig.1. Effect of Schinus terebinthifolius (300 and 600 mg/kg, p.o.) on body weight in

3-nitropropionic acid (30 mg/kg, i.p.) treated rats. Each value represents the

mean±S.E.M. *p<0.05 as compared to vehicle treated control group; #p<0.05 as

compared to 3-nitropropionic acid treated group (One-way ANOVA followed by

Tukey's test).

1st day 7th day 14th day

-30

-20

-10

0

10

20Control3-NP3-NP+ST 300mg/kg3-NP+ST 600mg/kg

** *

*

*##

#

#%

cha

nge

in b

ody

wei

ght

Page 79: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

79

Fig. 2. Effect of Schinus terebithifolius (300 and 600 mg/kg, p.o.) on locomotor

activity in 3-nitropropionic acid (30 mg/kg, i.p.) treated rats as assessed by open

field. Frequencies of locomotion (A), rearing (B) and time of resting (C). Each

value represents the mean±S.E.M. *p<0.05 as compared to vehicle treated control

group; #p<0.05 as compared to 3-nitropropionic acid treated group (One-way

ANOVA followed by Tukey's test).

1st day 7th day 14th day

0

20

40

60Control3-NP3-NP+ST 300mg/kg3-NP+ST 600mg/kg

** *

*

# #

*

##

(A)

Tota

l am

bula

tory

act

ivity

1st day 7th day 14th day

0

10

20

30

** *

* *

# #

# #

(B)

Tota

l rea

ring

act

ivity

1st day 7th day 14 th day

0

100

200

300* * *

*# #

*##

(C)

Dur

atio

n of

imm

obili

ty (s

)

Page 80: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

80

Fig. 3. Effect of Schinus terebinthifolius (300 and 600 mg/kg, p.o.) on fall off time

in 3-nitropropionic acid (30 mg/kg, i.p.) treated rats on Rotarod performance. Each

value represents the mean±S.E.M. *p<0.05 as compared to vehicle treated control

group; #p<0.05 as compared to 3-nitropropionic acid treated group (One-way

ANOVA followed by Tukey's test).

1st day 7th day 14th day

0

50

100

150

200Control3-NP3-NP+ST 300mg/kg3-NP+ST 600mg/kg

* * **

# ## #

*

Fall

of ti

me

(s)

Page 81: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

81

Fig. 4. Effect of Schinus terebithifolius (300 and 600 mg/kg-, p.o.) on memory

performance (% retention) in elevated plus maze task in 3-nitropropionic acid (30

mg/kg, i.p.) treated rats. Each value represents the mean±S.E.M. *p<0.05 as

compared to vehicle treated control group; #p<0.05 as compared to 3-

nitropropionic acid treated group (One-way ANOVA followed by Tukey's test).

2nd day 8th day 14th day

0

20

40

60

80

100Control3-NP3-NP+ST 300mg/kg3-NP+ST 600mg/kg

* * *

**

##%

Mem

ory

rete

ntio

n

Page 82: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

82

Table 1 Effect of Schinus terebithifolius treatment-against 3-NP induced biochemical changes in the striatum of rat brain.

Malondialdehyde levels(nmol/mg protein)

Treatments 24 hours 7th day 14th day

Control 0,071 ± 0,005 0,096 ± 0,008 0,070 ± 0,004

3-NP 0,119 ± 0,010* 0,171 ± 0,022* 0,142 ± 0,013*

3-NP+300mg/kg 0,102 ± 0,005* 0,119 ± 0,013 0,084 ± 0,004#

3-NP+600mg/kg 0,105 ± 0,004* 0,107 ± 0,012# 0,087 ± 0,010#

Each value represents the mean±S.E.M. *p<0.05 as compared to vehicle treated control group; #p<0.05 as

compared to 3-nitropropionic acid treated group (One-way ANOVA followed by Tukey's test).

Page 83: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

83

Table 2 Effect of Schinus terebithifolius treatment-against 3-NP induced biochemical changes in the striatum of rat brain.

Superoxide dismutase (units/mg protein)

Treatments 24 hours 7th day 14th day

Control 0,077 ± 0,007 0,087 ± 0,004 0,080 ± 0,007

3-NP 0,050 ± 0,001* 0,051 ± 0,001* 0,049 ± 0,002*

3-NP+300mg/kg 0,056 ± 0,003* 0,065 ± 0,001# 0,071 ± 0,001#

3-NP+600mg/kg 0,057 ± 0,001* 0,068 ± 0,002# 0,073 ± 0,001#

Each value represents the mean±S.E.M. *p<0.05 as compared to vehicle treated control group; #p<0.05 as

compared to 3-nitropropionic acid treated group (One-way ANOVA followed by Tukey's test).

Page 84: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

84

Fig. 1. Efeitos de Cassia occidentalis (CO 400 e 800 mg/kg, v.o.) sobre peso

corporal de ratos após o tratamento com ácido 3-nitropropiônico (3-NP 30 mg/kg,

i.p.). Os resultados expressam a média±E.P.M. *Estatisticamente significante em

relação ao grupo controle: p<0,05. #Estatisticamente significante em relação ao

grupo 3-NP: p<0,05. (ANOVA, seguida pelo teste de Tukey).

24 horas 7 dias 14 dias

-20

-10

0

10

20Água3-NP3-NP+CO 400mg/kg3-NP+CO 800mg/kg

* * *

*

# *###

% V

aria

ção

de p

eso

Page 85: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

85

Fig. 2. Efeitos de Cassia occidentalis (CO 400 e 800 mg/kg, v.o.) sobre a atividade

locomotora de ratos no teste de campo aberto após o tratamento com ácido 3-

nitropropiônico (3-NP 30 mg/kg, i.p.). (A) frequencia de locomoção, levanter (B) e

tempo de imobilidade (C). Os resultados expressam a média±E.P.M.

*Estatisticamente significante em relação ao grupo controle: p<0,05. #Estatisticamente significante em relação ao grupo 3-NP: p<0,05. (ANOVA, seguida

pelo teste de Tukey).

24 horas 7 dias 14 dias

0

20

40

60

80Á gua3-NP3-NP+ C O 400mg/kg3-NP+ C O 800mg/kg

*

#

* *

* *

# # #

(A)

Ativ

idad

e am

bula

tória

tota

l

24 horas 7 dias 14 dias

0

10

20

30

40

* * *

**

## # #

(B )

Freq

üênc

ia d

e Le

vant

ar

24 horas 7 dias 14 dias

0

100

200

300* * *

* *# # # #

(C )

Tem

po d

e Im

obili

dade

(s)

Page 86: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

86

Fig. 3. Efeitos de Cassia occidentalis (CO 400 e 800 mg/kg, v.o.) sobre o tempo de

queda no teste de rota Rod após o tratamento com ácido 3-nitropropiônico(3-NP 30

mg/kg, i.p.). Os resultados expressam a média±E.P.M. *Estatisticamente significante

em relação ao grupo controle: p<0,05. #Estatisticamente significante em relação ao

grupo 3-NP: p<0,05. (ANOVA, seguida pelo teste de Tukey).

24 horas 7 dias 14 dias

0

50

100

150

200Água3-NP3-NP+CO 400mg/kg3-NP+CO 800mg/kg

* * * *

*

# ## #

Tem

po d

e qu

eda

(s)

Page 87: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

87

Fig. 4. Efeitos de Cassia occidentalis (CO 400 e 800 mg/kg, v.o.) sobre a

porcentagem de retenção de memória no teste do labirinto em cruz elevado após o

tratamento com ácido 3-nitropropiônico (3-NP 30 mg/kg, i.p.). Os resultados

expressam a média±E.P.M. *Estatisticamente significante em relação ao grupo

controle: p<0,05. #Estatisticamente significante em relação ao grupo 3-NP: p<0,05.

(ANOVA, seguida pelo teste de Tukey).

24 horas 7 dias 14 dias

0

20

40

60

80

100Água3-NP3-NP+CO 400mg/kg3-NP+CO 800mg/kg

* * *

**

### #

% R

eten

ção

de m

emór

ia

Page 88: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

88

Tabela 1

Efeitos de Cassia occidentalis sobre a peroxidação lipídica na região estriatal após o tratamento com ácido 3-

nitropropiônico.

Malonaldeído nmol/mg de proteína

Tratamentos 24 horas 7 dias 14 dias

Controle 0,076 ±0,002 0,096 ±0,003 0,080 ±0,004

3-NP 0,155 ±0,016* 0,178 ±0,003* 0,155 ±0,002*

3-NP+400mg/kg 0,167 ±0,006* 0,076 ±0,003# 0,088 ±0,001#

3-NP+800mg/kg 0,156 ±0,021* 0,068 ±0,009# 0,083 ±0,007#

Os resultados expressam a média±E.P.M. * Estatisticamente significante em relação ao grupo controle:

p<0,05.#Estatisticamente significante em relação ao grupo 3-NP: p<0,05. (ANOVA, seguida pelo teste de

Tukey).

Page 89: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

89

Tabela 2 Efeitos de Cassia occidentalis sobre a atividade da sueroxido dismutase na região estriatal após o tratamento

com ácido 3-nitropropiônico.

Superoxido dismutase (U/mg de proteína)

Tratamentos 24 horas 7 dias 14 dias

Controle 0,077 ±0,007 0,087 ±0,004 0,080 ±0,007

3-NP 0,050 ±0,001* 0,051 ±0,001* 0,049 ±0,002*

3-NP+400mg/kg 0,053 ±0,002* 0,070 ±0,001# 0,067 ±0,002#

3-NP+800mg/kg 0,056 ±0,003* 0,079 ±0,002# 0,070 ±0,002#

Os resultados expressam a média±E.P.M. * Estatisticamente significante em relação ao grupo controle:

p<0,05.#Estatisticamente significante em relação ao grupo 3-NP: p<0,05. (ANOVA, seguida pelo teste de

Tukey).

Page 90: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

90

6. Conclusão

Page 91: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

91

6. CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos, conclui-se que:

- O extrato de Schinus terebinthifolius e Cassia occidentalis na avaliação da

atividade antioxidante in vitro apresentou expressiva atividade no teste de captura do

radical DPPH˙, demonstrando a capacidade dessas espécies em combater os

radicais livres, provavelmente relacionada à elevada quantidade de compostos

fenólicos encontrados em ambas as espécies como descrito por vários autores.

- Os animais tratados durante 5 dias com ácido 3-nitropropiônico (30 mg/kg, i.p.)

apresentaram significativa perda de peso, prejuízo motor e cognitvo, além de

aumento da peroxidação lipídica e diminuição da atividade da superóxido dismutase.

- O tratamento diário com ST (300 e 600 mg/kg, v.o.) por 7 e 14 dias após a

administração sistêmica de 3-NP atenuou as alterações comportamentais induzidas

por essa neurotoxina. Adicionalmente, também foi observado que o extrato melhorou

a peroxidação lipídica e a atividade da superóxido dismutase.

- Assim como o extrato de ST, a CO (400 e 800 mg/kg, v.o.) diminui as alterações

metabólicas, neurocomportamentais e bioquímicas induzidas pelo tratamento com 3-

NP.

- A partir destes estudos, ST e CO surgem como potencias agentes neuroprotetores

com perspectiva de uso no tratamento de doenças neurodegenerativas, como a

Doença de Huntington.

Page 92: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

92

7. Referências

Page 93: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

93

7. REFERÊNCIAS

Ahuja, M.; Bishnoi, M.; Chopra, K. Protective effect of minocycline, a semi-synthetic

second-generation tetracycline against 3-nitropropionic acid (3-NP)-induced

neurotoxicity. Toxicolology, v. 244, p. 111-122, 2008.

Ajagbonna O. P.; Mojiminiyi, F. B. O.; Sofola, O. A. Relaxant effects of the queous

leaf extract of Cassia occidentallis on rat aortic rings. African Journal of Biomedical

Research, v. 4, p. 127-129, 2001.

Akomolafe, R. O.; Adeoshun, I. O.; Elujoba, A. A.; Iwalewa, E. O.; Ayoka, A. O.

Effects of Cassia sieberiena leaf extracts on the intestinal motility of rat. African

Journal of Biomedical Research, v. 6, p. 141-145, 2003.

Ambasta, K. K. et al. Environ. Ecol., v. 8, p. 1033-1034, 1990. In: Di Stasi, L. C.;

Hiruma-Lima, C. A. Plantas medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. 2ed.

São Paulo: Editora UNESP, p. 282-295, 2002.

Amorim. M. M. R.; Santos, L. C. Tratamento da vaginose bacteriana com gel vaginal

de aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi): ensaio clínico randomizado. Rego, v. 25,

p. 95-102, 2003.

Anderson, K. E. Huntington’s Disease and Related Disorders. Psychiatric Clinics of North America, v. 28, p. 275-290, 2005.

Aragão, T. P. Cassia Virgínica® (Cassia Occidentalis L.): Abordagem

Farmacológica e Toxicológica. 2008. Dissertação (Mestrado em Ciências

Farmacêuticas) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008.

Aragão, T. P.; Lyra, M. M. A.; Silva, M. G. B.; Andrade, B. A.; Ferreira, P. A.; Ortega,

L. F. et al. Toxicological reproductive study of Cassia occidentalis L. in female Wistar

rats. Journal of Ethnopharmacology, v. 123, p. 163-166, 2009.

Page 94: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

94

Araújo, E. L. Aroeira da praia – Estudo farmacognóstico e da atividade biológica

de Schinus terebinthifolius, Raddi (Anacardiaceae). 2002. Dissertação (Mestrado

em Ciências Farmacêuticas) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2002.

Aubeeluck, A.; Wilson, E. Huntington’s disease. Part 1: essential background and

management. British Journal of Nursing, v. 17, p. 146-151, 2008.

Barbosa-Ferreira, M.; Dagli, M. L. Z.; Maiorka, P. C.; Górniak, S. L. Sub-acute

intoxication by Senna occidentalis seeds in rats. Food and Chemical Toxicology, v.

43, p. 497-503, 2005.

Bastianetto, S.; Zheng, W. H.; Quirion, R. The Gingko biloba extract (Egb 761)

protects and rescues hippocampal cells against nitric oxide-induced toxicity:

Involvement of its flavonoids constituents and protein kinase C. Journal of

Neurochemistry, v. 74, p. 2268-2277, 2000.

Beal, M. F.; Brouillet, E.; Jenkins, B. G.; Ferrante, R. J.; Kowall, N. W.; Miller, J. M.;

et al. Neurochemical and histologic characterization of striatal excitotoxic lesions

produced by the mitochondrial toxin 3- nitropropionic acid. Journal of Neuroscince, v.

13, p. 4181-4192, 1993.

Bellé, N. A. V. Efeitos da espermina sobre parâmetros motores, cognitivos e

neuromorfológicos em um modelo experimental da doença de Huntington.

2008. 132 f. Tese (Doutorado em Bioquímica Toxicológica) - Universidade Federal

de Santa Maria, Rio Grande do Sul, 2008.

Bianchi, M. L. P.; Antunes, L. M. G. Radicais livres e os principais antioxidantes da

dieta. Revista de Nutrição, Campinas, v. 12, v. 123-130, 1999.

Borio, E. B. L.; Cecy, C.; Yasumoto, Y. Pharmacognostic study of the bark of Schinus

terebinthifolius, Raddi. Ciencia e Cultura, v. 25, p.631-4, 1973.

Page 95: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

95

Borlongan, C. V.; Koutouzis, T. K.; Randall, T. S.; Freeman, T. B.; Cahill, D. W.;

Sanberg, P. R. Systemic 3-nitropropionic acid, behavioral deficits and striatal

damage in adult rats. Brain Research Bulletin, v. 36, p. 549-556, 1995.

Bornhausen, R. Ervas do Sítio. Disponível em:

<http://www.ervasdositio.com.br/enciclopedia/enciclopedia.asp>. Acesso em:

04/ago/2009.

Braidy, N.; Grant, R.; Adams, S.; Brew, B. J.; Guillemin, G. J. Mechanism for

quinolinic acid cytotoxicity in human astrocytes and neurons. Neurotoxicology

Research, v. 16, p. 77-86, 2009.

Cáceres, A.; Lopez, B. R.; Giron, M. A.; Logemann, H. Plants used in Guatemala for

the treatment of dermatophytic infections. Screening for antimycotic activity of 44

plant extracts. Journal of Ethnopharmacology, v. 31, p. 263-276, 1991.

Campello, J. P.; Marsaioli, A. J. Triterpenes of Schinus terebinthifolius.

Phytochemistry, v.13, p.659-60, 1974.

Cardoso, F. Huntington Disease and Other Choreas. Neurology Clinical, v. 27 p.

719–736, 2009.

Castelo-Branco Neto, M. L.; Ribas Filho, J. M.; Malafaia, O.; Oliveira Filho, M. A.;

Czeczko, N. G.; Aoki, S.; et al. Avaliação do extrato hidroalcoólico de aroeira

(Schinus terebinthifolius Raddi) no processo de cicatrização de feridas em pele de

ratos. Acta Cirúrgica Brasileira, v. 21, 17-22, 2006.

Ceruks, M.; Romoff, P.; Fávero, O. A.; Lago, J. H. G.; Constituintes fenólicos polares

de Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae). Química Nova, v. 30, p. 597-599,

2007.

Chaturvedi, R. K.; Shukla, S.; Seth, K.; Chauhan, S.; Sinha, C.; Shukla, Y.; Agrawal,

A. K. Neuroprotective and neurorescue effect of black tea extract in 6-

Page 96: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

96

hydroxydopamine-lesioned rat model of Parkinson’s disease. Neurobiology of

Disease, v. 22, p. 421-434, 2006.

Chauhan, D.; Chauhan, J. S.; Siddiqui, I. R.; Singh, J. Two new anthraquinone

glycosides from the leaves of Cassia occidentalis. Indian Journal of Chemistry,

Section B: Organic Chemistry Including Medicinal Chemistry, v. 40, p. 860-863,

2001.

Clemente, A. D. Composição química e atividade biológica do óleo essencial da pimenta-rosa (Schinus terebinthifolius Raddi). 2006. 63 f. Tese (Doutorado em

Agroquímica) – Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, 2006.

Coimbra, R. Manual de Fitoterapia. Editora Cejup. Belém. 26 p., 1994.

Corrêa, M. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Rio

de Janeiro: Imprensa Nacional, p.170-1, 1978b.

Corrêa, M. P. Dicionário de Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas.

Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura, vol. III, p. 55-57, 1984.

Cruz, G. L. Dicionário de Plantas úteis do Brasil. Editora Bertrand. Rio de Janeiro,

1995.

Da Silva, L. B. L. Preparação e avaliação biofarmacêuticas de formas semi-sólidas da aroeira da praia (Schinus terebinthifolius, Raddi). 1999. Dissertação

(Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade Federal de Pernambuco,

Recife, 1999.

Dajas, F.; Rivera-Megret, F.; Blasina, F.; Arredondo, F.; Abincarriquiry, J.A. Costa,

G.; et al. Neuroprotection by flavonoids. Brazilian Journal of Medical and Biological

Research, v. 36, p.1613-1620, 2003.

Page 97: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

97

Damiano, M.; Galvan, L.; Déglon, N.; Brouillet, E. Mitochondria in Huntington's

disease. Biochimica et Biophysica Acta, v.1802, p. 52-61, 2010.

Daulatabad, C. D.; Bhat, G. G.; Jamkhandi, A. M. A novel keto fatty acid from Cassia

occidentalis seed oil. Fett/Lipid, v. 98, p. 176-177, 1996.

Degáspari, C. H.; Waszczynskyj, N.; Santos, R. J. Atividade antioxidante de extrato

de fruto de aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi). Visão Acadêmica, v. 5, p. 83-90,

2004.

Di Stasi, L. C.; Hiruma-Lima, C. A. Plantas medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. 2ed. São Paulo: Editora UNESP, p. 282-295, 2002.

DiFligia, M.; Sapp, E.; Chase, K.; Schwarz, C.; Meloni, A.; Young, C. et al. Huntingtin

is a cytoplasmic protein associated with vesicles in human and rat brain neurons.

Neuron, v. 14, p. 1075-1081, 1995.

Elujoba, A. A.; Ajulo, O. O.; Iweibo, G. O. Chemical and Biological Analyses of

Nigerian Cassia Species for Laxative Activity. Journal of Pharmaceutical and

Biomedical Analysis, v. 7, p. 1453-1457, 1989.

Emperaire, L. Oréades. V. 8, p. 61-71, 1982.

Ferrante, R. J. Mouse models of Huntington's disease and methodological

considerations for therapeutic trials. Biochimica et Biophysica Acta, v. 1792, p. 506-

520, 2009.

Ferreira, A. L. A.; Matsubara, L. S. Radicais livres: conceitos, doenças relacionadas,

sistema de defesa e estresse oxidativo. Revista da Associação Médica Brasileira, v.

43 p. 61-68, 1997.

Fontaine, M. A.; Geddes, J. W.; Banks, A.; Butterfield, D. A. Effect of exogenous and

endogenous antioxidants on 3-nitropionic acid-induced in vivo oxidative stress and

Page 98: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

98

striatal lesions: insights into Huntington’s disease. Journal of Neurochemistry, v. 75,

p. 1709-1715, 2000.

Gasquet, M.; Delmas, F.; Timon-David, P.; Keita, A.; Guindo, M.; Koita, N.; et al.

Evaluation in vitro and in vivo of a traditional antimalarial drug, malarial . Fitoterapia,

v. 64, p. 423-426, 1993.

Gavillanes, M. L., et al. Oréades. v. 8, p. 34-37, 1982. In: Di Stasi, L. C.; Gil, J. M.;

Rego, A. C. Mechanisms of neurodegeneration in Huntington’s disease. European

Journal of Neuroscience, v. 27, p. 2803-2820, 2008.

Gil, J. M.; Rego, A. C. Mechanisms of neurodegeneration in Huntington’s disease.

European Journal of Neuroscience, v. 27, p. 2803-2820, 2008.

Gilgun-Sherki, Y.; Melamed, E.; Offen, D. Oxidative stress induced

neurodegenerative diseases: the need for antioxidants that penetrate the blood brain

barrier. Neuropharmacology, v. 40, p. 959-975, 2001.

Gilgun-Sherki, Y.; Melamed, E.; Offen, D. Oxidative stress induced-

neurodegenerative diseases: the need for antioxidants that penetrate the blood brain

barrier. Neuropharmacology, v. 40, p. 959-975, 2001.

Grandi, T. S. M.; et al. Oréades, v. 8, p. 16-25. 1982. In: Di Stasi, L. C.; Hirumalima,

C. A. Plantas medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. 2ed. São Paulo:

Editora UNESP, p. 282-295, 2002.

Gu, M.; Gash, M. T.; Mann, V. M.; Javoy-Agid, F.; Cooper, J. M.; Schapira, A. H.

Mitochondrial defect in Huntington’s disease caudate nucleus. Annals of Neurology,

v. 39, p. 385-389, 1996.

Guncová, I.; Mazurová, Y. The neurodegenerative process in a neurotoxic rat model

and in patients with Huntington’s disease: Histopathological parallels and differences.

Acta Histochemica, 2011 (doi:10.1016/j.acthis.2010.11.007).

Page 99: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

99

Haddad, M. S. Doença de Huntington: aspectos clínicos em 81pacientes. 1995.

Dissertação. São Paulo: Faculdade de Medicina de São Paulo; 1995.

Halliwell, B. Role of free radicals in the neurodegenerative diseases: therapeutic

implications for antioxidant treatment. Drugs & Aging, v. 18, p. 685-716, 2001.

Halliwell, B. Effect of diet on cancer development: is oxidative DNA damage a

biomarker? Free Radical Biology & Medicine, v. 32, p. 968-974, 2002.

Halliwell, B. Oxidative stress and neurodegeneration: where are we now? Journal of

Neurochemistry, v. 97, p. 1634-1658, 2006.

Haraguchi, M.; Górniak, S. L.; Dagli, M. L. Z.; Raspantini, P. C. F. Determinação dos

constituintes químicos das frações tóxicas de fedegoso (Senna occidentalis (L.)).

1996. In: Annals of Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química. Poços de

Caldas 19. In: Barbosa-Ferreira, M.; Dagli, M. L. Z.; Maiorka, P. C.; Górniak, S. L.

Sub-acute intoxication by Senna occidentalis seeds in rats. Food and Chemical

Toxicology, v. 43, p. 497-503, 2005.

Hersch, S. M.; Rosas, H. D. Neuroprotection for Huntington’s Disease: Ready, Set,

Slow. Neurotherapeutics: The Journal of the American Society for Experimental

NeuroTherapeutics, v. 5, p. 226-236, 2008.

Hiruma-Lima, C. A. Plantas medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. 2ed.

São Paulo: Editora UNESP, p. 282-295, 2002.

Hussain, H. S. N.; Deeni, Y. Y. Plants in Kano Ethnomedicine: screening for

antimicrobial activity and alkaloids. International Journal of Pharmacology, v. 29, p.

51-56, 1991.

Page 100: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

100

Jafri, M. A.; Jalis Subhani, M.; Javed, K.; Singh, S. Hepatoprotective activity of leaves

of Cassia occidentalis against paracetamol and ethyl alcohol intoxication in rats.

Journal of Ethnopharmacology, v. 66, p. 355-361, 1999.

Jain, M. K.; Yu, B. Z.; Rogers, J. M.; Smith, A. E; Boger, E. T. A.; Ostrander, R. L.;

Rheingold, A. L. Phytochemistry, v. 39, p.537-547, 1995.

Johann, S.; Pizzolatti, M. G.; Donnici, C. L.; Resende, M. A. Antifungal properties of

plants used in Brazilian traditional medicine against clinically relevant fungal

pathogens. Brazilian Journal of Microbiology, v. 3, p. 632-637, 2007.

Kim, J-H; Kim, S.; Yoon, I-S; Lee, J-H; Jang, B-J; Jeong, S. M.; et al. Protective

effects of ginseng saponins on 3-nitropropionic acid-induced striatal degeneration in

rats. Neuropharmacology, v. 48, p. 743-756, 2005.

Kitanaka, S.; Takido, M. Studies on the Constituents of Purgative Crude Drugs. New

Bitetrahydroanthracenes from Roots of Cassia occidentalis L. Chemical &

Pharmaceutical Bulletin, v. 37, p. 511-512, 1989.

Krobitscha, S.; Kazantsev, A. G. Huntington’s disease: From molecular basis to

therapeutic advances. The International Journal of Biochemistry & Cell Biology, v. 43,

p. 20-24, 2011.

Kumar, P.; Padi, S. S. V.; Naidu, P. V.; Kumar, A. 3-nitropropionic acid induced

neurotoxicity: an animal model for Huntington’s disease. Journal of Cell & Tissue

Research, v. 7, p. 853-860, 2007.

Lal, J.; Gupta, P. C. New Anthraquinones from seeds of Cassia occidentalis Linn.

Experientia, v. 30, p. 850-851, 1974.

Lal, J.; Gupta, P. C. Physcion and Phytosterol from Roots of Cassia occidentalis.

Phytochemistry, v. 12, p. 1186, 1973.

Page 101: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

101

Lima, M. R. F..; Luna, J. S.; Santos, A. F.; Andrade, M. C. C.; Sant’ana, A. E. G.;

Genet, J. P.; et al. Anti-bacterial activity of some Brazilian medicinal plants. Journal of

Ethnopharmacology, v. 105, p. 137-47, 2006.

Lima, L. B.; Vasconcelos, C. F. B.; Maranhão, H. M. L.; Leite, V. R.; Ferreira, P. A.;

Andrade, B. A.; et al. Acute and subacute toxicity of Schinus terebinthifolius bark

extract. Journal of Ethnopharmacol, v. 126, p. 468-473, 2009.

Lima-Costa, M. F.; Veras, R. Saúde pública e envelhecimento. Cadernos de Saúde

Pública, v. 19, p. 700-701, 2003.

Lin, M. T.; Beal, M. F. Mitochondrial dysfunction and oxidative stress in

neurodegenerative diseases. Nature, v. 443, p. 787–795, 2006.

Lira, E. C.; Santos, V. L.; Silva, J. A. Avaliação da atividade antiulcerogênica do

extrato bruto da raiz Cassia occidentalis L. (Mangerioba). Revista Brasileira de Farmácia, v. 86, p. 53- 56, 2005.

Lloyd, H.A.; Jaouni, T.M.; Evans, S.L.; Morton, J.F. Terpenes of Schinus

terebinthifolius. Phytochemistry, v. 16, p.1301-2, 1977.

Lopes, G. S.; Mora, O. A.; Cerri, P.; Faria, F. P.; Jurkiewicz, N. H.; Jurkiewicz A.;

Smaili, S. S. Mitochondrial alterations and apoptosis in smooth muscle from aged

rats. Biochimica et Biophysica Acta, v. 1658, p. 187-194, 2004.

Lucena, P. L. H.; Ribas Filho, J. M.; Mazza, M.; Czeczko, N. G.; Dietz, U. A.; Correa

Neto, M. A. et al. Avaliação da ação da aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi) na

cicatrização de feridas cirúrgicas em bexiga de ratos. Acta Cirúrgica Brasileira, v. 21,

p. 44-49, 2006.

Machado, D. G.; Kaster, M. P.; Binfaré, R. W.; Dias, M.; Santos, A. R. S.; Pizzolatti,

M. G.; Brighente, I. M. C.; Rodrigues, A. L. S. Antidepressant-like effect of the extract

from leaves of Schinus molle L. in mice: Evidence for the involvement of the

Page 102: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

102

monoaminergic system. Progress in Neuro-Psychopharmacology & Biological

Psychiatry, v. 31, p. 421–428, 2007.

Macmillan, J.; Quarrell, O. The neurobiology of Huntington’s disease. In: Harper -PS

(ed) Huntington’s disease. WB Saunders, London, p. 317358, 1996.

Mandel, S.; Youdim, M. B. H. Catechin polyphenols: neurodegeneration and

neuroprotection in neurodegenerative diseases. Free Radical Biology & Medicine, v.

37, n. 3, p. 304-317, 2004.

Margolis, R. L.; Ross, C. A. Expansion explosion: new clues to the pathogenesis of

repeat expansion neurodegenerative diseases. Trends in Molecular Medicine, v. 7, p.

479-482, 2001.

Martinez, M. J.; Betancourt, J.; Alonso-González, N.; Jauregui, A. Screening of

Cuban medicinal plants for antimicrobial activity. Journal of Ethnopharmacology, v.

52, 171-174, 1996.

Martinez, M. J.; Barreiro, M. L.; Rodriguez, Z. M.; Rubalcaba, Y. Actividad

antimicrobiana de um extrato fluido 80% de Schinus terebinthifolius Raddi (copal).

Revista Cubana de Plantas Medicinales, v. 5, 23-25, 2000.

Mattson, M. P. Neuronal life-and-death signaling, apoptosis, and neurodegenerative

disorders. Antioxidanty Redox Signal, v. 8, p. 1997–2006, 2006.

Medoua, G. N. & Mbofung, C. M. F. Evaluation du potentiel toxicologique de La

boisson préparée à partir des graines de Cassia occidentales. Food-Africa

Internacional Working Meeting on Improving Food Systems in Saharan Africa, p. 5-9,

2003.

Medoua, G. N. & Mbofung, C. M. F. Kinetics studies of some physico-chemical

substances during roasting and preparation of beverage made by Cassia occidentalis

seeds. LWT-Food Science and Technology, v. 40, p. 730-736, 2007.

Page 103: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

103

Milioli, E. M., P.; Cologni, C. C.; Santos, T. D.; Marcos, V. M. Yunes, M. S.;

Fernandes, T.; et al. Effect of Acute Administration of Hydroalcohol Extract of Ilex

paraguariensis St Hilaire (Aquifoliaceae) in Animal Models of Parkinson’s Disease.

Phytotherapy Research Phytotherapy ResearchI, v. 21, p. 771-776 2007.

Miralles, J.; Gaydou, E. M. Fatty acid and sterol composition of oils from three

Senegalese Cassia seeds (Caesalpiniaceae) [Cassia alata, Cassia occidentalis,

Cassia siberiana]. Revue Francaise des Corps Gras, v. 33, p. 381-384, 1986.

Mourelle, J. A. F.; Cao, M. C. F. L.; Rodríguez, F. M.; Gutiérrez, Z. P. Actividad

antiinflamatoria del Schinus terebinthifolius, (copal) in ratas. Revista Cubana de

Farmacia, v. 27, p.139-144, 1993.

Mutairy, A-Al; Kadasah, S-Al; Elfaki, I.; Arshaduddin, M.; Malik, D.; Moutaery, K-Al; et

al. Trolox ameliorates 3-nitropropionic acid-induced neurotoxicity in rats.

Neurotoxicology and Teratology, v. 32, p. 226-233, 2010.

Nagaraju, N.; Rao, K. N. A Survey of Plant crude drugs of Rayalaseema, Andhra-

Pradesh, India. Journal of Ethnopharmacology, v. 29, p. 137-158, 1990.

Novak, M. J. U.; Tabrizi, S. J. Huntington’s disease. BMJ, v. 341, p. 34-40, 2010.

Pérez-De La Cruz, V.; Elinos-Calderón, D.; Robledo-Arratia, Y.; Medina-Campos, O.

N.; Pedraza-Chaverrí, J.; Syed, F. A. et al. Targeting oxidative/nitrergic stress

ameliorates motor impairment, and attenuates synaptic mitochondrial dysfunction

and lipid peroxidation in two models of Huntington’s disease. Behavioural Brain

Research, v. 199, p. 210-217, 2010.

Pieribattest, J.C.; Conan, J.Y.; Grodin, J.; Vicent, E.J.; Guerere, M. Contribution a

l’étude chimique des baies roses de bourbon. Annales des falsifications de

L’expertise et Toxicologique, v.74, p.11-16, 1981.

Page 104: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

104

Pires, O. C.; Taquemasa, A. V. C.; Akisue, G.; Oliveira, F.; Araújo, C. E. P.

Preliminary comparative analysis of the acute toxicity and median lethal dose (LD50

)

of the fruit of the Brazilian black pepper (Schinus terebinthifolius Raddi) and black

pepper (Piper nigrum L.). Acta Farmaceutica Bonaerense, La Plata, v. 23, p. 176-82,

2004.

Poon, L. H.; Kang, G. A.; Lee, A. J. Role of Tetrabenazine for Huntington's Disease–

Associated Chorea. The Annals of Pharmacotherapy, v. 44, p. 1080-1089, 2010.

Queires, L. C. S.; Rodrigues, L. E. A. Quantificação das substâncias fenólicas totais

em órgãos da Aroeira Schinus terebinthifolius (Raddi). Brazilian Archives of Biology

and Technology, v. 41, p. 247-253, 1999.

Rai, P. P.; Shok, M. Anthraquinone glycosides from plant parts of Cassia

occidentalis. Indian Journal of Pharmaceutical Sciences, v. 45, p. 87-88, 1983.

Reiner, A.; Albin, R.; Anderson, K.; D'amato, C.; Penney, J.; Young, A. Differential

loss of striatal projection neurons in Huntington's Disease. Proceedings of the

National Academy of Science USA, v. 85, p. 5733-5777, 1988.

Revilla, F. J. Huntington Disease. Head of Division of Movement Disorders,

Department of Neurology - University of Cincinnati College of Medicine, 2008.

Rosenstock, T. R.; Carvalho, A. C. P.; Jurkiewicz, A.; Frussa-Filho, R.; Smaili, SS.

Mitochondrial calcium, oxidative stress, and apoptosis in a neurodegenerative

disease model induced by 3-nitopropionic acid. Journal of NeurochemistryI, v. 88, p.

1220-1228, 2004.

Rosenstock, T. R.; Abílio, V. C.; Frussa-Filho, R.; Kiyomoto, B. H.; Smaili, SS. Old

mice present increased levels of succinate dehydrogenase activity and lower

vulnerability to dyskinetic effects of 3-nitropropionic acid. Pharmacology Biochemistry

and Behavior, v. 91, p. 327-332, 2009.

Page 105: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

105

Ross, C.; Shoulson, I. Huntington disease: pathogenesis, biomarkers, and

approaches to experimental therapeutics. Parkinsonism and Related Disorders, v.

15, p.135-138, 2009.

Roze, E.; Saudouc, F.; Caboche, J. Pathophysiology of Huntington’s disease: from

huntingtin functions to potential treatments. Current Opinion in Neurology, v. 21, p.

497-503, 2008.

Ruiz, A.R.; De La Torre, R.A.; Alonso, N.; Villaescusa, A.; Betancourt, J.; Vizoso, A.

Screening of medicinal plants for induction of somatic segregation activity in

Aspergillus nidulans. Journal of Ethnopharmacology, v.52, p.123-127, 1996.

Ryu, J. K.; Kim, J.; Cho, S.; Hatori, K.; Nagai, A.; Choi, H. B.; et al. Proactive

transplantation of human neural stem cells prevents degeneration of striatal neurons

in a rat model of Huntington disease. Neurobiology of Disease, v. 16, p. 68-77, 2004.

Sadique, J.; Chandra, T.; Thenmozhi, V.; Elango, V. Biochemical modes of action of

Cassia occidentalis and Cardiospermum halicacabum in inflammation. Journal of

Ethnopharmacology, v. 19, p. 201-212, 1987.

Sama, S. K.; Krishnamurthy, L.; Ramachandran, K.; Krishan L. Efficacy of an

Indigenous Compound Preparation (liv-52) in Acute Viral Hepatitis – a Double Blind

Study. Indian Journal of Medical Research, v. 64, p. 738, 1976.

Santos, O. J.; Ribas Filho, J. M.; Czeczko, N. G.; Castelo Branco Neto, M. L.;

Naufel, C.; Ferreira, L. M.; et al. Avaliação do extrato de Aroeira (Schinus

terebinthifolius Raddi) no processo de cicatrização de gastrorrafias em ratos. Acta

Cirúrgica Brasileira, v. 21, p. 39-45, 2006.

Saraf, S.; Dixit, V. K.; Tripathi, S. C.; Patnaik, G. K. Antihepatotoxic activity of Cassia

occidentalis. International Journal of Pharmacognosy, v. 32, p. 178-183, 1994.

Page 106: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

106

Schapira, A. H. V. Mitochondrial involvement in Parkinson's disease, Huntington's

disease, hereditary spastic paraplegia and Friedreich's ataxia. Biochimica et

Biophysica Acta, v. 1410, p. 159-170, 1999.

Schapira, A. H. V. Mitochondrial disease. Lancet, v. 368, p. 70-82, 2006.

Schmeda-Hirschmann, G.; Arias, A. R. A screening method for natural products on

triatomine bugs. Phytotherapy Research, v. 6, p. 68-73. 1992.

Schroeter, H. Flavonoids protect neurons from oxidized low-density-lipoprotein-

induced apoptosis involving c-Jun N-terminal kinase (JNK), c-Jun and caspase-3.

The Biochemical Journal, v. 358, p. 547-557, 2001.

Sies, H. Strategies of antioxidant. Review. European Journal of Biochemistry, v. 215,

p. 213-219, 1993.

Silva Júnior, A. A. Plantas medicinais e aromáticas (CD-ROM). Itajaí: Epagri,

1997.

Singh, R. P.; Sharad, S.; Kapur, S. Free Radicals and Oxidative Stress in

Neurodegenerative Diseases: Relevance of Dietary Antioxidants. Journal, Indian

Academy of Clinical Medicine, v. 5, 2004.

Soukur, J. Vocabulary of the Common Names of the Peruvian Flora and Catalog of the Genera. Editorial Salesiano, p. 436, 1970.

Souza Brito, A. R. M.; Souza Brito A. A. Forty years of Brazilian medicinal plant

research. Journal Ethnopharmacology, v. 39, p. 53-67, 1993.

Spencer, J. P. E.; Vauzour, D.; Rendeiro, C. Flavonoids and cognition: The molecular

mechanisms underlying their behavioral effects. Archives of Biochemictry and

Biophysic, v. 492, p. 1-9, 2009.

Page 107: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

107

Sreejith, G.; Latha, P. G.; Shine, V. J.; Anuja, G. I. Suja, S. R.; Shyama, S. et al. Anti-

allergic, anti-inflamatory and anti-lipidperoxidant effects of Cassia occidentalis Linn.

Indian Journal of Experimental Biology, v. 48, p. 494-498, 2010.

Stack, C.; Ho, D.; Wille, E.; Calingasan, N. Y.; Williams, C.; Liby, K.; et al.

Triterpenoids CDDO-ethyl amide and CDDO-trifluoroethyl amide improve the

behavioral phenotype and brain pathology in a transgenic mouse model of

Huntington's disease. Free Radical Biology & Medicine, v. 49, p. 147-158, 2010.

Tabrizi, S. J.; Cleeter, M. W.; Xuereb, J.; Taanman, J. W.; Cooper, J. M.; Schapira, A.

H. Biochemical abnormalities and excitotoxicity in Huntington’s disease brain. Annals

of Neurology, v. 45, p. 25-32, 1999.

Tewari, R. D.; Gupta, P. C. Component fatty acids of the oil from the seeds of Cassia

occidentalis. Journal of the Oil Technologists Association, v. 9, p. 59-64, 1953.

Traber, M. G. Cellular and molecular mechanisms of oxidants and antioxidants.

Mineral and Electrolyte Metabolism, Basel, v. 23, p. 135-139, 1997.

Usha, K.; Mary, K. G.; Hemalatha, P. Hepatoprotective effect of Hygrophila spinosa

and Cassia occidentalis on carbon tetrachloride induced liver damage in

experimental rats. Indian Journal of Clinical Biochemistry, v. 22, p. 132-135, 2007.

Velázquez, E.; Tournierb, H. A.; Buschiazzob, M. P.; Saavedra, G.; Schinella, G. R.

Antioxidant activity of Paraguayan plant extracts. Fitoterapia, v. 74, p.91-97, 2003.

Veras, R. Em busca de uma assistência adequada à saúde do idoso: revisão da

literatura e aplicação de um instrumento de detecção precoce e de previsibilidade de

agravos. Cadernos de Saúde Pública, v. 19, p. 705-715, 2003.

Viegas, C.; Rezende, A.; Silva, D. H. S.; Castro-Gambôa, I.; Bolzani, V.S. Aspectos

químicos, biológicos e entnofarmacológicos do gênero Cassia. Química Nova, v. 29,

p. 1279-1286, 2006.

Page 108: Linn EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE HUNTINGTON

108

Villarán, R. F.; Tomás-Camardiel, M.; de Pablos, R. M. Santiago, M.; Herrera, A. J.;

Navarro, A. et al. Endogenous dopamine enhances the neurotoxicity of 3-

nitropropionic acid in the striatum through the increase of mitochondrial respiratory

inhibition and free radicals production. Neurotoxicology, v. 29, 244-258, 2008.

Vonsattel, J. P. G. Huntington disease models and human neuropathology:

similarities and differences. Acta Neuropathology, v. 115, p. 55-69, 2008.

Wader, G. R.; Kudav, N. A. A chemical investigation of Cassia occidentalis Linn. with

special reference to isolation of xanthones from Cassia species. Indian Journal of

Chemistry, Section B: Organic Chemistry Including Medicinal Chemistry, v.26,

p.703,1987.

Wang, L.; Qin, Z. Animal models of Huntington’s disease: implications in uncovering

pathogenic mechanisms and developing therapies. Acta Pharmacologica Sinica, v.

27, p.1287-1302, 2006.

Whitton, P. S. Inflammation as a causative factor in the etiology of Parkinson’s

disease. British Journal of Pharmacology, v. 150, p. 963-976, 2007.

Yadav, J. P.; Arya, V.; Yadav, S.; Panghal, M.; Kumar, S.; Dhankhar, S. Cassia

occidentalis L.: A review on its ethnobotany, phytochemical and pharmacological

profile. Fitoterapia, v. 81, p. 223-230, 2010.

Yen, G. C.; Chen, H. W.; Duh, P. D. Extraction and identification of an antioxidative

component from juemingzi (Cassia tora L.). Journal of Agricultural and Food

Chemistry, v. 46, p. 820-824, 1998.