RELAÇÃO DA DOENÇA PERIODONTAL COM A PRÓTESE PARCIAL …§ão da doença... · relaÇÃo da...

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC JÉSSICA FERREIRA SANTIAGO THAMYRES DE OLIVEIRA SILVA RELAÇÃO DA DOENÇA PERIODONTAL COM A PRÓTESE PARCIAL FIXA E PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL MACEIÓ-AL 2019/01

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

JÉSSICA FERREIRA SANTIAGO THAMYRES DE OLIVEIRA SILVA

RELAÇÃO DA DOENÇA PERIODONTAL COM A PRÓTESE

PARCIAL FIXA E PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL

MACEIÓ-AL 2019/01

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JÉSSICA FERREIRA SANTIAGO THAMYRES DE OLIVEIRA SILVA

RELAÇÃO DA DOENÇA PERIODONTAL COM A PRÓTESE PARCIAL FIXA E PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Odontologia do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação da professora Natália Karol de Andrade.

MACEIÓ-AL 2019/01

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JÉSSICA FERREIRA SANTIAGO THAMYRES DE OLIVEIRA SILVA

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JÉSSICA FERREIRA SANTIAGO THAMYRES DE OLIVEIRA SILVA

RELAÇÃO DA DOENÇA PERIODONTAL COM A PRÓTESE PARCIAL FIXA E PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Odontologia do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação da professora Natália Karol de Andrade.

APROVADO EM: 12/07/2019

BANCA EXAMINADORA

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AGRADECIMENTOS

Dedicamos esta vitória primeiramente a Deus, por ser essencial em nossas

vidas. Agradecemos a esta universidade, a coordenadora Roberta Alves Pinto

Moura Penteado e a todos os professores que nos acompanharam durante a

graduação e que contribuíram diariamente com seu conhecimento e dedicação, em

especial a nossa orientadora, Natália Karol de Andrade, que foi fundamental na

elaboração deste trabalho e servirá de espelho para a nossa vida profissional. Aos

nossos queridos pais por todo amor que nos deram, além da educação,

ensinamento, apoio e investimento no nosso futuro. A todos os familiares e amigos

que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, o nosso muito

obrigada.

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RELAÇÃO DA DOENÇA PERIODONTAL COM A PRÓTESE PARCIAL FIXA E PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL

RELATION BETWEEN PERIODONTAL DISEASE AND FIXED PARTIAL DENTURE AND REMOVABLE PARTIAL DENTURE

Jéssica Ferreira Santiago Graduanda do Curso de Odontologia

[email protected] Thamyres de Oliveira Silva

Graduanda do Curso de Odontologia [email protected]

Natália Karol de Andrade Professora do Curso de Odontologia

[email protected]

RESUMO

A doença periodontal é uma infecção que pode acometer desde a superfície gengival causando até a destruição do periodonto. O biofilme é o fator determinante da doença periodontal, e como um dos fatores predisponentes temos as próteses parciais. Objetivo: Analisar a relação da doença periodontal com a prótese parcial fixa e removível. Material e método: Um total de 407 dentes de pacientes reabilitados com prótese parcial fixa ou removível, avaliando todos os parâmetros periodontais e das próteses fixas e removíveis. Resultados: Em geral, a prevalência de periodontite, sangramento gengival e biofilme foi de 63,1% (n = 257), 72,2% (n = 294) e 82,3% (n = 335), respectivamente. 74 (18,2%) eram pilares, sendo verificado que a maioria era PPR (n = 68; 91,9%). Conclusão: É de extrema importância que haja uma harmonia da prótese com o periodonto, levando assim a uma longevidade do tratamento reabilitador e manutenção da saúde bucal do paciente.

PALAVRAS-CHAVE: Doenças Periodontais. Prótese Parcial Fixa. Prótese Parcial Removível. Saúde Bucal.

ABSTRACT

Periodontal disease is an infection that may affect from gingival surface to periodontal destruction. Biofilm is the determinant of periodontal disease, and as one of the predisposing factors we have removable partial denture. Objective: To analyze the relationship between periodontal disease with the fixed partial and removable denture. Material and method: A total of 407 patients teeth were rehabilitated with fixed partial or removable denture, evaluating all periodontal parameters and the partial fixed and removable denture. Results: In general, a prevalence of periodontitis, gingival bleeding and biofilm was 63.1% (n = 257), 72.2% (n = 294) and 82.3% (n = 335), respectively. 74 (18.2%) were pillars, being verified that the majority was RPD (n = 68; 91.9%). Conclusion: It is a measure of extreme relevance that there is a harmony of the denture with the periodontium, thus leading to longevity of the rehabilitation treatment and maintenance of the patient's oral health.

KEYWORDS: Periodontal Diseases. Denture Partial Fixed. Denture Partial Removable. Oral Health.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 6 2 MATERIAL E MÉTODO .................................................................................. 8 3 RESULTADOS .............................................................................................. 11 4 DISCUSSÃO ................................................................................................. 16 5 CONCLUSÃO ............................................................................................... 19 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 20 ANEXO ............................................................................................................ 24

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1 INTRODUÇÃO

A doença periodontal é uma doença de origem infecciosa / inflamatória

complexa, tendo um grande número de mediadores inflamatórios que

contribuem para a destruição dos tecidos e consequentemente perda óssea

(MEMMERT et al., 2017). Apresenta-se como uma doença mista

polimicrobiana, e entre as bactérias associadas pode-se citar Porphyromonas

gingivalis, Treponema denticola e Aggregatibacter actinomycetemcomitans,

além de outras diversas que semelhantemente apresentam intensos fatores de

virulência (enzimas proteolíticas, fatores de evasão, indutores de expressão de

citocinas pró-inflamatórias, dentre outros) (NOKHBEHSAIM et al., 2017).

O sangramento gengival é um dos principais sinais da gengivite e

consequentemente quando não tratada, pode levar à doença periodontal

(EPPINGL et al., 2018). Em termos gerais, a presença de inflamação gengival

está associada com indicadores de risco como sexo, variáveis

socioeconômicas, fumo, condições sistêmicas, sendo que o desequilíbrio entre

a mediação imunológica e presença do biofilme periodontopatogênico é

determinante para a doença (CARVAJAL et al., 2016; LARSEN; FIEHN, 2017;

NOMURA et al., 2017; OLIVEIRA et al., 2015). De acordo com Kolakovic et al.

(2014) e Kita et al. (2018) o uso de anti-inflamatórios ou antibióticos alteram a

resposta inflamatória local e causam eventuais processos infecciosos,

influenciando assim nos parâmetros periodontais, o que poderia subestimar a

real condição periodontal desses pacientes.

As doenças periodontais podem ser classificadas como gengivite ou

periodontite. A gengivite define-se como uma inflamação superficial da gengiva

onde, apesar das alterações patológicas, o epitélio juncional se mantém unido

ao dente, não havendo perda de inserção. É uma situação reversível, caso

sejam removidos os fatores etiológicos. Já a periodontite corresponde a uma

situação de inflamação com destruição do periodonto e ocorre quando as

alterações patológicas verificadas na gengivite progridem até haver destruição

do ligamento periodontal, migração apical do epitélio juncional, destruição do

tecido conjuntivo e reabsorção do osso alveolar (FABRI et al., 2014; FIDEL

JUNIOR; LOURENÇO; FISCHER, 2013).

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A prevalência da doença periodontal no Brasil, segundo a Pesquisa

Nacional de Saúde Bucal de 2010, é de 45,8% para adultos entre 35 a 44 anos

(BRASIL, 2012). A periodontite severa apresenta uma prevalência média de

11,2% das doenças orais entre adultos em todo o mundo, sendo uma das

principais causadoras dos casos de perda dentárias (YU et al., 2017). Vários

estudos epidemiológicos confirmam uma maior prevalência da doença

periodontal em idosos, pois hábitos nocivos como, por exemplo, o fumo, estará

atuando por mais tempo como fator de risco (GÓRSKA et al., 2017).

O diagnóstico clínico da doença é confiável e acessível, sendo realizado

através do mapeamento periodontal com a utilização de sondas específicas

(sondas periodontais milimetradas) para se obter parâmetros periodontais

importantes como a posição da margem gengival, profundidade de sondagem,

nível de inserção clínica, além de se verificar os índices de sangramento e

biofilme, presença ou ausência de lesões em áreas de furca e mobilidade

dentária (PUSCU et al., 2016; YIN et al., 2017). Exames radiográficos atuam

como um complemento desse diagnóstico, sendo mais indicadas as tomadas

periapicais ou interproximais (YAMAZAKI et al., 2013b)

Segundo Luthardt et al. (2010), a inter-relação harmônica entre a prótese

dentária e a periodontia é de extrema importância para garantir a qualidade de

vida e da saúde bucal dos indivíduos. Com tratamentos protéticos

cuidadosamente planejados, com design e manutenção adequada da higiene

bucal, pode-se prevenir as doenças periodontais, as quais afetam a

longevidade e o sucesso do tratamento reabilitador (DULA et al., 2015).

No processo de planejamento das próteses, é necessário analisar se há

sinais de inflamação, o tipo de prótese, as causas da perda dentária, os fatores

que afetam a escolha dos tratamentos, as necessidades protéticas, pontos de

vista referente à reabilitação protética, a estética, cargas funcionais e eficiência

da fala (AL-QURAN; AL-GHALAYINI; AL-ZU’BI, 2011). No tocante às próteses

parciais removíveis, caso não estejam devidamente planejadas, haverá uma

sobrecarga oclusal e consequentemente as forças nos dentes remanescentes

e pilares poderão levar ao agravamento da condição periodontal e até fraturas

radiculares ou perda severa da inserção. Os ajustes oclusais das próteses

parciais removíveis geralmente evitam forças horizontais / laterais, sendo assim

tem uma menor incidência de traumatismos e lesões periodontais nos dentes

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que se opõem ao espaço edêntulo tratado com as próteses (YAMAZAKI et al.,

2013a).

Em relação às próteses parciais fixas, de acordo com Dina, Margarit e

Andrei (2013) deve-se ter cuidado e atenção redobrada a forma dos pônticos,

no qual devem ser ogivais evitando o acúmulo de biofilme abaixo desses

pônticos, o que contribui para a inflamação do periodonto de inserção e

proteção dos dentes pilares, levando primeiro à gengivite e mais tarde à

periodontite, podendo assim culminar com perda da reabilitação dentária.

Quando bem planejadas, as próteses não causam nenhuma alteração

no tecido periodontal, desde que a mesma tenha sido mantida sob cuidado e

manutenção, tornando essencial para um bom prognóstico. É necessário

ressaltar que a presença de sobrecontorno está relacionada com a doença

periodontal, pois está propensa ao acúmulo de biofilme ajudando no

desenvolvimento da doença e formando áreas de difícil acesso nos preparos

(ERTHAL; SAMPAIO, 2008).

É de extrema importância o profissional orientar e demonstrar ao

paciente a correta higienização oral junto com seu aparelho protético, fazendo

um acompanhamento cuidadoso da prótese parcial fixa (PPF) ou prótese

parcial removível (PPR), com consultas regulares ao cirurgião-dentista, para

que haja uma maior longevidade no tratamento realizado (KAZUO et al., 2008).

Este estudo tem enquanto relevância para a prática clínica, a condição

periodontal de pacientes reabilitados com PPF ou PPR inter-relacionando as

duas especialidades e contribuindo com a qualidade de vida desses pacientes

através da otimização de suas condições bucais.

O objetivo desse estudo foi verificar a condição periodontal de pacientes

reabilitados com PPF ou PPR.

2 MATERIAL E MÉTODO

Foi realizado um estudo observacional transversal na Clínica Escola de

Odontologia do Centro Universitário Cesmac, situado na rua Rad. Odete

Pachêco, 38, bairro Farol, CEP 57051-160, cidade Maceió-AL. O estudo foi

previamente submetido à apreciação ética e aprovado conforme consta em

anexo.

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A amostra foi estabelecida por conveniência e composta por 407 dentes

de pacientes reabilitados com prótese parcial fixa ou prótese parcial removível,

de ambos os gêneros, e com idade acima de 18 anos, desde que estivessem

aptos para comparecer às Clínicas de Odontologia do Centro Universitário

Cesmac para seus devidos acompanhamentos odontológicos. Justifica-se aqui

a necessidade de inclusão de senhores (as) idosos (as) para compor a

amostra, visto que a prevalência do uso de próteses dentárias nesta faixa de

idade é bastante relevante e sua condição precisa ser acompanhada e

melhorada sempre (GÓRSKA et al, 2017).

As pesquisadoras estiveram presentes nas clínicas de odontologia

(mediante autorização prévia) e verificaram os prontuários dos pacientes que

estavam em atendimento odontológico. Os pacientes que se adequaram aos

critérios da pesquisa foram abordados pessoalmente e informados a respeito

da pesquisa bem como de sua importância para em seguida ser convidado a

participar como voluntário, respeitando-o “em sua dignidade e autonomia,

reconhecendo sua vulnerabilidade, assegurando sua vontade de contribuir e

permanecer, ou não, na pesquisa”, conforme a Resolução nº 466, de 12 de

dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Como marco de

inclusão para participação do sujeito na pesquisa, as pesquisadoras lavraram

um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), baseado nas

diretrizes da Resolução CNS/MS 466/12. A seleção desses voluntários

aconteceu de acordo com os critérios de inclusão e exclusão apresentados a

seguir.

Foram incluídos pacientes acima de 18 anos, pacientes que já

estivessem em tratamento odontológico, pacientes de ambos os gêneros,

pacientes reabilitados com prótese parcial fixa ou prótese parcial removível e

com pelo menos 1 ano de uso. Foram excluídos pacientes fumantes, com

alterações sistêmicas que pudessem influenciar negativamente a cicatrização

tecidual do periodonto, pacientes com deficiências ou transtornos

psiquiátricos/psicológicos e pacientes que tinham utilizado anti-inflamatório ou

antibiótico nos últimos 3 meses que antecederam a coleta dos dados.

Os procedimentos para a coleta dos dados foram feitos por graduandas

previamente treinadas e sob a orientação da pesquisadora principal. Os

desfechos avaliados foram a condição periodontal e a condição das próteses

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dos pacientes reabilitados com prótese parcial fixa ou prótese parcial

removível. Para a avaliação da condição periodontal foram utilizadas sondas

periodontais milimetradas da Universidade Carolina do Norte (UNC-15 / Hu-

Friedy ® / EUA), considerando os seguintes parâmetros periodontais: presença

de biofilme e presença de sangramento à sondagem, considerando quatro

faces de cada elemento dentário (vestibular, mesial, distal e palatina/lingual);

profundidade de sondagem, posição da margem gengival e nível de inserção

clínica, considerando seis sítios por elemento dentário (mesiovestibular,

distovestibular, mesiopalatino, distopalatino, mediana vestibular e mediana

palatino/lingual) almejando assim obter o diagnóstico periodontal daquele

momento.

Para avaliar a presença de biofilme, os voluntários fizeram uso de

pastilhas evidenciadoras (duas unidades). Neste momento eles foram

orientados a mastigar as pastilhas durante um período de dois minutos sem

deglutir a saliva para então poder expelir. O exame da presença do biofilme foi

feito por meio de avaliação clínica, visual e qualitativa de todos os elementos

dentários presentes, considerando as faces vestibulares, linguais/palatinas,

mesiais e distais. A presença de áreas coradas nas faces dentárias,

independente da extensão ou intensidade, era considerada como "positivo para

presença de biofilme"; em contrapartida faces dentárias sem mancha alguma

eram consideradas como "negativo para presença de biofilme''.

De forma semelhante, a presença de sangramento foi avaliada

dicotomicamente com o auxílio de sondas periodontais milimetradas da

Universidade Carolina do Norte (UNC-15 / Hu-Friedy ® / EUA), sendo neste

exame considerados seis sítios de cada elemento dentário (mesiovestibular,

distovestibular, mesiopalatino, distopalatino, mediana vestibular e mediana

palatino/lingual). A sonda periodontal era manuseada percorrendo gentilmente

o sulco gengival e os pontos "positivos para sangramento" eram registrados no

instrumento de coleta dos dados (periograma). As profundidades de sondagens

foram feitas com o auxílio de uma sonda periodontal milimetrada, que era

introduzida em todos os sítios dos elementos dentários para avaliar a distância

da margem gengival até a porção mais coronal do epitélio juncional. A posição

da margem gengival foi verificada com o auxílio da mesma sonda periodontal

milimetrada através da medição da distância da margem gengival até a junção

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cemento-esmalte. O nível de inserção clínica foi feito com o auxílio do mesmo

instrumento (sonda periodontal), sendo considerada a distância junção

cemento-esmalte e a porção mais coronal do epitélio juncional.

Nas próteses foram avaliados os seguintes critérios: tipo de edentulismo

(considerando a classificação de Kennedy), o tipo de prótese, tipo de material,

dentes pilares, desenho e adaptação da prótese (condição do contorno

marginal) e condição da infra-estrutura (adequação dos grampos e conectores)

nas próteses parciais removíveis.

Os pacientes diagnosticados com problemas periodontais foram

encaminhados para o serviço de extensão e pesquisa em periodontia do

Centro Universitário Cesmac e os pacientes diagnosticados com problemas

protéticos foram encaminhados para realizar o tratamento na Clínica de

Odontologia do Centro Universitário Cesmac em disciplinas apropriadas e de

forma gratuita.

Para a análise dos achados, realizou-se a análise estatística descritiva

objetivando caracterizar a amostra. Foram calculadas as frequências absolutas

e percentuais para as variáveis categóricas, bem como as medidas de

tendência central e de variabilidade para as variáveis quantitativas. O

pressuposto de normalidade dos dados das variáveis quantitativas foi

averiguado por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov, porém, sem

confirmação. Os dados quantitativos foram reportados por meio de estimativas

de medianas e intervalo interquartil por serem mais fidedignos do que média e

desvio-padrão diante de dados com distribuição não normal (HANNIGAN;

LYNCH, 2013). Para a análise inferencial, testes estatísticos não paramétricos

foram selecionados, a saber: teste qui-quadrado de Pearson (variáveis

categóricas) e teste de Mann-Whitney (variáveis quantitativas com distribuição

não normal) (LARSON; FARBER, 2016). O nível de significância foi fixado em p

< 0,05. Todas as análises foram conduzidas com o auxílio do software IBM

SPSS Statistics versão 20.0, considerando um intervalo de confiança de 95%.

3 RESULTADOS

Foram avaliados 407 elementos dentários, considerando 2.442 sítios

avaliados para parâmetros quantitativos (PSV, PMG e NIC), de pacientes

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reabilitados com próteses parciais removíveis e coroas fixas. Do total de dentes

avaliados (n=407), 74 (18,2%) eram pilares. Em geral, a prevalência de

periodontite, sangramento gengival e biofilme foi de 63,1% (n = 257), 72,2% (n

= 294) e 82,3% (n = 335), respectivamente. Considerando os dados

relacionados às características das próteses, verificou-se que a maioria era

PPR (n = 68; 91,9%) sendo que 40 (54,1%) apresentavam os desenhos de

infra-estrutura inadequados, principalmente em relação à seleção incorreta dos

tipos dos grampos e conectores. Em relação às coroas totais, todas possuíam

adaptação marginal com sobrecontorno (n = 6; 8,1%) (Tabela 1).

Tabela 1 - Caracterização da amostra de acordo o status do dente (pilar ou não), condição clínica periodontal, presença de biofilme e características da prótese utilizada pelo paciente. VARIÁVEIS N %

Pilar [407]

Sim 74 18,2

Não 333 81,8

Diagnóstico [407]

Gengivite 150 36,9

Periodontite 257 63,1

Presença de sangramento [407]

Sim 294 72,2

Não 113 27,8

Presença de biofilme [407]

Sim 335 82,3

Não 72 17,7

Tipo de prótese [74]

PPF (coroa) 6 8,1

PPR 68 91,9

Tipo do material [6]

Metalfree 4 66,7

Metaloplástica 2 33,3

Desenho da prótese adequada [74]

Não 40 54,1

Sim 34 45,9

Nota. Os valores entre [ ] indicam o total de casos válidos para cada variável.

De acordo com a Tabela 2, os valores medianos de PSV, PMG e NIC

foram de 1,83mm (IIQ = 1,33-2,50), 0,16mm (IIQ = 0,00-1,16) e 2,33mm (IIQ =

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1,50-3,33), respectivamente. Em relação à quantidade de bolsas periodontais,

foram observados valores medianos baixos.

Tabela 2 - Caracterização da amostra de acordo com a avaliação periodontal detalhada.

VARIÁVEIS MÉDIA DP MEDIANA IIQ

P25 P75

PSV 2,32 6,56 1,83 1,33 2,50

PMG 0,60 0,90 0,16 0,00 1,16

NIC 2,58 1,38 2,33 1,50 3,33

N. bolsas 0,60 1,22 0,00 0,00 1,00

Bolsas 3-4 mm 0,41 0,84 0,00 0,00 0,00

Bolsas 5-6 mm 0,14 0,55 0,00 0,00 0,00

Bolsas maiores ou igual 7 0,05 0,29 0,00 0,00 0,00

Nota. DP = desvio-padrão; IIQ = intervalo interquartil (percentil 25 – percentil 75).

Conforme apresentado na Tabela 3, constatou-se associação

estatisticamente significativa entre o status do dente (pilar ou não) e a presença

de biofilme (p = 0,040). Em dentes pilares, a presença de biofilme foi

significativamente superior (n = 67; 20,0%) em comparação com dentes não

pilares (n = 7; 9,7%); embora essa presença do biofilme não tenha determinado

um status inflamatório dos tecidos gengivais (determinado pela presença de

sangramento) significativamente superior, pode-se afirmar que foi clinicamente

de maior relevância.

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Tabela 3 - Análise comparativa de prevalência de doença periodontal, presença de sangramento e biofilme de acordo com o status do dente (pilar ou não).

VARIÁVEIS PILAR

Sim Não Total p-

valor(a)

n % N % N %

Diagnóstico 0,383

Gengivite 24 16,0 126 84,0 150 100,0 Periodontite 50 19,5 207 80,5 257 100,0

Presença de sangramento 0,657

Sim 55 18,7 239 81,3 294 100,0

Não 19 16,8 94 83,2 113 100,0

Presença de biofilme 0,040*

Sim 67 20,0 268 80,0 335 100,0

Não 7 9,7 65 90,3 72 100,0

Nota. (a) Teste qui-quadrado de Pearson; * p < 0,05.

De acordo com a Tabela 4, diferenças estatisticamente significativas

foram observadas em relação aos parâmetros de PSV (p < 0,001), PMG (p =

0,001), NIC (p < 0,001), número de bolsas (p < 0,001), bolsas com

profundidade de 3-4 mm (p < 0,001), bolsas com profundidade de 5-6 mm (p <

0,001) e bolsas maiores ou iguais a 7 mm (p = 0,007). Em dentes pilares, foram

observados valores mais elevados em comparação aos dentes não pilares,

sendo mais facilmente observados em números absolutos e percentil.

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Tabela 4 - Análise comparativa de PSV, PMG, NIC e quantidade de bolsas periodontais de acordo com o status do dente (pilar ou não).

VARIÁVEIS PILAR

SIM NÃO TOTAL p-valor(b)

Média DP Mediana IIQ

(P25-

P75)

Média DP Mediana IIQ

(P25-

P75)

Média DP Mediana IIQ

(P25-

P75)

PSV 2,67 1,18 2,50 2,00-

2,87

2,25 7,23 1,66 1,32-

2,33

2,32 6,56 1,83 1,33-

2,50

< 0,001*

PMG 0,86 0,86 0,66 0,00-

1,53

0,54 0,90 0,16 0,00-

1,00

0,60 0,90 0,16 0,00-

1,16

0,001*

NIC 3,53 1,52 3,50 2,50-

4,37

2,37 1,26 2,16 1,50-

3,16

2,58 1,38 2,33 1,50-

3,33

< 0,001*

N. bolsas 1,31 1,71 1,00 0,00-

2,00

0,44 1,01 0,00 0,00-

0,00

0,60 1,22 0,00 0,00-

1,00

< 0,001*

Bolsas 3-4 mm 0,80 1,05 0,00 0,00-

1,00

0,32 0,76 0,00 0,00-

0,00

0,41 0,84 0,00 0,00-

0,00

< 0,001*

Bolsas 5-6 mm 0,38 0,90 0,00 0,00-

0,00

0,09 0,42 0,00 0,00-

0,00

0,14 0,55 0,00 0,00-

0,00

< 0,001*

Bolsas maiores

ou igual 7

0,14 0,51 0,00 0,00-

0,00

0,03 0,21 0,00 0,00-

0,00

0,05 0,29 0,00 0,00-

0,00

0,007*

Nota. DP = desvio-padrão; IIQ = intervalo interquartil (percentil 25 – percentil 75); (b) Teste de Mann-Whitney; * p < 0,05.

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4 DISCUSSÃO

Observou-se nesta pesquisa que a maioria dos pacientes avaliados estavam

reabilitados com próteses parciais removíveis (PPR). Apesar da grande evolução da

implantodontia e das possibilidades versáteis das reabilitações fixas, o uso de

próteses removíveis é muito comum em países em desenvolvimento devido ao seu

custo mais acessível. Al-Quran, Al-Ghalayini, Al-Zu’bi (2011) analisaram os fatores

que afetariam a escolha de 200 voluntários entre diferentes modalidades de

tratamento para a substituição de um único dente perdido, sendo identificado que a

escolha final entre PPR, PPF ou Implante dependeu de vários fatores que afetaram

a tomada de decisão. Entre estes estão o custo e a consciência dos pacientes sobre

as diferentes opções de tratamento, fatos que corroboram com os presentes

achados.

Na amostra avaliada, foi identificada uma grande quantidade de elementos

dentários apresentando gengivite e sítios com bolsas periodontais ativas

(periodontite). Tais dados corroboram com os achados de Almeida et al. (2019) e

Carvajal et al. (2016) que investigaram a prevalência das doenças gengivais e

periodontais em 392 e 1.650 adultos sul-americanos, respectivamente, sendo que a

prevalência da gengivite variou de entre 50% e 90% em suas amostras, já para as

periodontites a prevalência girou em torno de 39%.

Dula et al. (2015) avaliaram os efeitos das próteses parciais removíveis nos

tecidos periodontais dos dentes pilares levando em conta o tipo de suporte

(dentossuportada ou dentomucossuportada) e o desenho das próteses durante um

período de cinco anos. Um total de 64 pacientes com próteses parciais removíveis

participaram desse estudo. Para todos os desfechos periodontais avaliados (índice

de biofilme, índice de cálculo, índice de sangramento, profundidade de sondagem,

retrações gengivais e mobilidade dentária) foram detectadas mudanças com

impactos negativos ao longo do tempo. Tais achados foram similares ao desta

pesquisa, no qual constatou-se impactos negativos sobre os tecidos periodontais em

dentes pilares, principalmente em relação ao índice de biofilme e a ocorrência de

bolsas periodontais. Adicionalmente, os autores sugeriram que um tratamento

reabilitador cuidadosamente planejado associado a uma adequada manutenção de

higiene oral e da prótese, afeta positivamente na longevidade e no sucesso do

tratamento.

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Neste cenário em que se confirma que dentes pilares apresentam maior

índice de biofilme, é imperativo discorrer sobre o impacto do mesmo nos tecidos

periodontais de acordo com Murakami et al. (2018), assim como enfatizar a

necessidade da instrução de higiene oral e da terapia periodontal de suporte

contínuas em pacientes reabilitados (ERCOLI; CATON, 2018). Uma das primeiras

pesquisas a relacionar a presença do biofilme com a inflamação dos tecidos

gengivais foi desenvolvida por Loe, Theilade e Jensen (1965), pesquisa esta

publicada com o título "gengivite experimental", no qual os voluntários foram

instruídos a não higienizar a boca e com o passar dos dias foi observado que as

condições de normalidade dos tecidos gengivais sofriam alterações clínicas

compatíveis com um processo inflamatório local como eritema, edema e

sangramento, e após um período de 21 dias havia presente uma lesão inflamatória

estabelecida por Page e Schroeder (1976), sendo que nesse mesmo período os

voluntários foram instruídos a retomar a higiene oral e se observou que o quadro era

revertido.

Kazuo et al. (2008) analisaram os meios de higienização de próteses parciais

removíveis. Sabe-se que somente as escovas não são suficientes para a remoção

completa de biofilme e o uso de escovas duras podem desgastar a superfície da

resina, deixando-a mais porosa e com maior facilidade de acúmulo adicional de

biofilme. Sendo assim, inferiu-se que para uma correta higienização das próteses

parciais removíveis devem-se associar os métodos mecânicos e químicos como

escovas compatíveis para a higienização de próteses e uso de detergentes

glicerinados, produtos a base de peróxidos alcalinos disponíveis no mercado e

clorexidina. Desta forma, diante dos resultados desta pesquisa, reitera-se a

necessidade dos cuidados quanto à higiene oral e das próteses dos pacientes

reabilitados.

Um dado preocupante detectado nos resultados desta pesquisa foi a maior

quantidade de bolsas periodontais em dentes pilares quando comparados a dentes

não pilares. Yamazaki et al. (2013a) compararam as taxas de sobrevivência

de dentes remanescentes entre próteses fixas e próteses parciais removíveis em

pacientes. A amostra foi composta por 103 indivíduos, sendo 21 reabilitados com

próteses fixas e 82 com parciais removíveis. Observou-se que a sobrevida em dez

anos dos dentes pilares dos pacientes reabilitados com próteses parciais removíveis

foi significativamente menor quando comparados aos pilares de próteses fixas

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(24,4% versus 40%, respectivamente). Logo, pode-se sugerir que os dentes pilares

que apresentam bolsas periodontais profundas (≥5mm) associadas a perdas de

inserção significativas, apesar de terem sido minoria, são dentes com prognósticos

sombrios.

Em relação aos pilares de próteses fixas avaliadas nesta pesquisa, observou-

se problemas na adaptação marginal das próteses, sendo este um agravo para a

saúde dos tecidos periodontais dos elementos dentários, principalmente pela

presença do sangramento à sondagem positivo. Segundo Ercoli e Caton (2018), a

colocação de margens das próteses dentro do epitélio juncional podem estar

associadas à inflamação gengival e potencialmente à recessão.

Os autores ainda sugerem que a presença de linhas de interface entre dente

e material restaurador no interior do sulco gengival ou o uso de próteses dentárias

parciais removíveis não causa gengivite se os pacientes estiverem em conformidade

com o controle de biofilme e manutenção periódica. Os procedimentos adotados

para a realização de reabilitações dentárias têm o potencial de causar perda

traumática dos tecidos periodontais de suporte quando mal planejadas ou

executadas. Por conseguinte, a avaliação e o tratamento periodontal e reabilitador

adequados parecem ser os fatores mais importantes para limitar ou evitar potenciais

efeitos negativos no periodonto, causados por próteses fixas e removíveis.

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19

5 CONCLUSÃO

Tendo em vista os achados apresentados nesse estudo, observou-se que o

desenho e infraestrutura inadequados das próteses parciais removíveis e adaptação

marginal com sobrecontorno das próteses parciais fixas favorecem uma maior de

retenção de biofilme nos dentes pilares e sangramento gengival, resultando assim

em doença periodontal. O periodonto dos dentes pilares são os mais

comprometidos, principalmente quando não há uma boa higienização e um

planejamento aquedado da prótese, aumentando assim a profundidade de

sondagem quando comparado aos dentes não pilares. É de extrema importância

que haja uma harmonia da prótese com o periodonto, levando assim a uma

longevidade do tratamento reabilitador e manutenção da saúde bucal do paciente.

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ANEXO

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