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F U E N T E S U N E S C O N ° 9 4 / O C T U B R E 1 9 9 7

I D E A S Y O P I N I O N E S

2. . . . . .

PATRIMONIOAMENAZADOMathieu NgangmanPresidenteCoopération Action sans FrontièresYaundé (Camerún)

Su revista es intere-sante, ya que aborda los problemas relacio-nados con el conjunto del mundo, incluidaÁfrica, especialmente en cuanto se refiere ala protección del medio ambiente.

La región donde actúa nuestra organiza-ción (que se ocupa de desarrollo y medio am-biente) tiene muchos problemas. Y a nosotrosmismos nos cuesta motivar a la población enla lucha, la protección y el mantenimiento delos ecosistemas. Al ser pobre, la gente vendesus tierras y sus bosques a bajo precio y nopiensa en el futuro. Y no hablemos del con-trol del gobierno sobre algunos elementos delpatrimonio natural. Sin embargo seguimoscon nuestra tarea: sensibilizar a la poblaciónen la necesidad de protegerlo.

UNA BUENAADQUISICIÓNMartha AristizábalDirectora ejecutivaGrupo Latinoamericano de Rehabilitación ProfesionalSanta Fé de Bogotá (Colombia)

Su revista por suscontenidos es muy importante para nuestrocentro de documentación e información. Nosinteresan en particular los artículos o publi-caciones editadas actualmente acerca de re-habilitación, personas con limitaciones y áreasafines.

DEMOCRACIA,ESCRIBO TU NOMBREDavid G. GrossEscritorPalma Soriano (Cuba)

Agradezco el envíode su revista, la cual roto por numerosas per-sonas interesadas en los temas que trata y porfin, la dono a la biblioteca de mi ciudad parael disfrute de todos los que gustan de beberde la cultura.

Cada vez que escucho hablar de "demo-cracia" por radio o televisión o leo en los pe-riódicos y revistas, me dan ganas de reír acarcajadas, aunque en realidad, lo que me pi-den los sentimientos es llorar.

¿De qué democracia puede hablarse enAmérica Latina, mi continente, cuando sumandecenas de millones de analfabetos, de des-nutridos, de enfermos, de personas que duer-men en la calle, de prostitutas, de drogados, yno teniendo hospitales ni escuelas? ¿Demo-cracia para los ricos, que pueden acceder alpoder cada cuatro años para repartírselo entrelos partidos que al final representan los inte-reses de grupos igualmente ricos?

Opino que a esa mal llamada "democra-cia" de la que tanto se habla ahora y "recorre"nuestro continente, le hace falta un nuevo Je-sucristo que expulse del templo a los descara-dos de hoy y de siempre.

¿EL FINAL DEL TÚNEL?Gaston RobergeSecretario ejecutivoJESCOMRoma (Italia)

Hasta hace poco nohabía descubierto el excelente artículo titula-do A las puertas de la noche (nº 87), que tratade las dificultades que tiene -entre otros- elcineasta Lester James Peries para conservarsus películas.

Como esta cuestión me interesa, estoycontento de ver que se hacen públicos los pro-blemas a los que debe hacer frente Asia. Peroal mismo tiempo, lamento que el artículo, aldar cuenta de la desaparición de numerosaspelículas, no se haga eco del enorme trabajorealizado, al menos en India, por los ArchivosNacionales del Cine. Como mencionan uste-des muy acertadamente, en Asia, el archivode películas empezó relativamente tarde. Estotambién es aplicable a India. Pero con su co-lección de más de 13.400 películas (y la dura-ción de las películas indias es bien conocida),una cámara especialmente diseñada para elalmacenamiento y un personal cualificado, losArchivos Nacionales representan mucho másque un comienzo.

DIVERSIDADFrancisco J. Linares GonzalvaAntropólogoVillahermosa, Tabasco (México)

Me permito felicitar-les por la revista Fuentes, la cual constituyeuna fuente de información de suma importan-cia para el público en general por la diversi-dad de temas que en ésta aparecen.

¡QUÉ NUEVO,QUÉ BONITO!Evelina Cardet FernándezDirectoraRelaciones InternacionalesUniversidad de HolguínCuba

Estamos suscritosdesde hace poco a su revista y desde ya le ase-guramos que estamos que el uso de vuestraexcelente publicación será de gran ayuda parael desarrollo exitoso de nuestro trabajo.

Fuentes UNESCO

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P R I M E R P L A N O

3. . . . .

U n a d e c l a r a c i ó n s i r v e p a r a e s t a b l e c e r l o s p r i m e r o s p u n t o s

d e r e f e r e n c i a d e l a c o m u n i d a d i n t e r n a c i o n a l e n u n á m b i t o

n u e v o o e n u n s e c t o r e n e l q u e e l d e s a r r o l l o d e l o s h e c h o s

y l a c o n v e r g e n c i a d e l a s o p i n i o n e s h a c e n p o s i b l e y n e c e s a r i o

u n e n f o q u e c o m ú n .

E l p r o y e c t o d e D e c l a r a c i ó n U n i v e r s a l s o b r e e l G e n o m a H u m a n o

y l o s D e r e c h o s H u m a n o s r e s p o n d e a l a n e c e s i d a d d e p r o t e g e r

l a d i g n i d a d d e t o d o i n d i v i d u o f r e n t e a l o s p e l i g r o s i n h e r e n t e s

a l o s e x t r a o r d i n a r i o s a v a n c e s d e l a b i o g e n é t i c a ( v. Te m a

C e n t r a l ) y a s e g u r a r q u e n a d i e s e a e x c l u i d o d e s u s b e n e f i c i o s .

S i e l p r o y e c t o e s a d o p t a d o e n l a p r ó x i m a s e s i ó n d e l a

C o n f e r e n c i a G e n e r a l ( d e l 2 1 d e o c t u b r e a l 1 2 d e n o v i e m b r e )

d i r i g e n t e s p o l í t i c o s , i n v e s t i g a d o r e s , j u e c e s o c i u d a d a n o s

o r d i n a r i o s p o d r á n , p o r p r i m e r a v e z , e n m a t e r i a d e g e n é t i c a ,

r e f e r i r s e a u n a l í n e a d e c o n d u c t a i n t e r n a c i o n a l y m o r a l m e n t e

v a l i d a d a .

L a s e g u n d a d e c l a r a c i ó n s o m e t i d a a u n o s 2 . 0 0 0 d e l e g a d o s

t r a t a s o b r e l a p r o t e c c i ó n d e l a s g e n e r a c i o n e s f u t u r a s . S u

p o s t u l a d o e s i n d i s c u t i b l e : h o y s o m o s r e s p o n s a b l e s d e l m u n d o

- e l p l a n e t a y s u s h a b i t a n t e s - q u e l e g a r e m o s m a ñ a n a a

n u e s t r o s h i j o s .

F i n a l m e n t e , l a C o n f e r e n c i a G e n e r a l d e b a t i r á s o b r e l a

n e c e s i d a d d e p r e p a r a r y a d o p t a r u n a d e c l a r a c i ó n s o b r e l a

c u l t u r a d e p a z , q u e o t o r g u e a e s t e c o n c e p t o s u s e n t i d o y

a l c a n c e , q u e p r e c i s e l o s á m b i t o s q u e l e c o n c i e r n e n y s u s

p r i n c i p a l e s a g e n t e s , a s í c o m o e l m a r c o n e c e s a r i o p a r a q u e e l

d e r e c h o d e l s e r h u m a n o a l a p a z s e c o n v i e r t a e n u n a

r e a l i d a d .

L a i m p o r t a n c i a q u e l a C o n f e r e n c i a G e n e r a l d a r á a e s t o s t r e s

p r o y e c t o s e s s i n t o m á t i c a d e l o r d e n d e p r i o r i d a d e s d e l a

U N E S C O . É s t a n o p r e t e n d e o n o p u e d e m u l t i p l i c a r l a s a c c i o n e s

c o n c r e t a s . S u e j e c u c i ó n l e c o r r e s p o n d e a o t r o s - i n s t i t u c i o n e s ,

g o b i e r n o s , O N G , e m p r e s a s - . E l p a p e l d e l a U N E S C O e s

p r o p o n e r l e s b u e n o s d i a g n ó s t i c o s y s o l u c i o n e s v i a b l e s y

c o n v e n c e r l e s d e l a n e c e s i d a d d e a c t u a r, c u m p l i e n d o , d e e s t a

m a n e r a , s u m i s i ó n i n t e l e c t u a l y é t i c a .

Páginas 6 a 16

PÁGINAS E IMÁGENES . . . . . . 4

HECHOS Y GESTOS . . . . . . . . . . 5

S U M A R I O

T E M A C E N T R A L

AGENDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

PLANETA:

Redacción y difusión: FUENTES UNESCO, 7 place deFontenoy, 75352 Paris 07 SP. Tel. (33-1) 45 68 16 73.Fax: (33-1) 45 68 56 54.Esta revista de carácter informativo no es undocumento oficial de la UNESCO.ISSN 1014 5494

PRIORIDADES

F U E N T E S U N E S C O

Todos los artículos pueden ser librementereproduc idos . La redacc ión agradeceráel envío de una copia del artículo elegido.Las fotograf ías s in e l s igno © estarána d i s po s i c i ón de t odo s l o s med i o s decomun i c a c i ón que l a s r equ i e r an .

F U E N T E S U N E S C O N ° 9 4 / O C T U B R E 1 9 9 7

BIOÉTICA:

ANTE TODO,LA D IGNIDAD

Portada: © Liaison Int./Susan Vogely © The Image Bank/W. Lombardo

R e n é L E F O RT

Cultura de paz• FRÁGILESRECONCILIACIONES . . . . . . . . . . . . . . . 18

Medios de comunicación•VARIOS CAMINOS,UNA META. .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . 20

Educación• LA ESCUELA EN LAPENUMBRA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

Modelos de vida.

Víctima de las minasantipersonas.

La diversidad es la clave.

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T E X T O S E I M Á G E N E S

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4. . . . . .

establecimiento, a su éxito ofracaso".El nº 152 de esta revista analizalas relaciones entre La Democra-cia y el Derecho. Los autoreshan seguido dos líneas. Unosanalizan algunas decisionesjudiciales recientes, paraestudiar la influencia de lostribunales y de los jueces en laorientación de las políticaspúblicas de Brasil, Canadá,India, Israel, Italia y Filipinas.Los otros se dedican a losaspectos politicoculturales deesas relaciones y trazan unosperfiles de actitudes referidas alderecho y a las institucionesjudiciales, en democraciasnuevas (Europa del Este ySudáfrica) y más antiguas(Unión Europea).

EL CORREO DE LA UNESCOHuracanes, seísmos, erupcionesvolcánicas, maremotos, sequías:los cataclismos pueden surgir encualquier lugar y en cualquiermomento. "A lo largo de toda lahistoria, la naturaleza no hacesado de recordar al hombresu poder destructor", explica elnúmero de octubre, titulado Lascatástrofes naturales: prever,educar, prevenir. Pero suimpacto "no sería tan mortíferosi los hombres se mostraran másprudentes". Por eso es necesariauna "cultura de la prevención".Algunos especialistas hacen unrepaso de los conocimientoscientíficos y técnicos susceptiblesde atenuar esos efectos:sistemas de construcción quepermiten reducir la vulnerabili-dad de ciudades y pueblos, ysistemas de alerta avanzada,como la alarma y lateledetección por satélite.

DISCOS COMPACTOS

ANTOLOGÍA DE LA MÚSICACLÁSICA DE INDIA"Cuando volví a Europa afinales de los años cincuenta,me aterrorizó la ignorancia deOccidente respecto de lastradiciones musicales de lospaíses de Oriente. Todo seagrupaba bajo el nombregenérico de ‘folclor’ y semezclaba sin distinción algunamúsicas artísticas y músicaspopulares". Por eso AlainDaniélou decidió publicar, en

1962, la primera antología demúsica clásica no europea,donde se encontraban lasgrabaciones de dos jóvenes

músicos que se convirtieron enlos mayores embajadores de lamúsica del norte de India: RaviShankar y Ali Akbar Khan. Pararendir homenaje a eseetnomusicólogo francés fallecidoen 1994, la UNESCO reeditaesta antología histórica en tresCD, en su forma original, conlos textos explicativos deDaniélou.El shahanaï (oboé), que seremonta al 2.000 a. de J. C., eltablâ (tambor), la vînâ (elinstrumento de cuerdas indiomás antiguo), la cítara, la flautatravesera y el címbalo acompa-ñan ceremonias religiosas ofamiliares, danzas rítmicas,cantos de amor o de alabanza.

• Anthologie de la musiqueclassique de l’Inde. UNESCO/AUVIDIS. Precio: 240 FF.

Las publicaciones de laUNESCO pueden adquirir-se en la librería y a travésde los agentes de venta deEdiciones UNESCO en lamayoría de los países. Loslibros y revistas se puedenconsultar en la bibliotecadepositaria de la UNESCOen cada Estado miembro.Informaciones y pedidosdirectos por correo, fax opor Internet: EdicionesUNESCO, 7 Place de Fon-tenoy, 75352, Paris O7 SP(France), tel.: (+33) 1)45654300; Fax (+33) 1)4568 5741, Internet:http://www.unesco .org/pu-blishing.

LIBROS

LOS CÓDIGOS NEGROS DELA AMÉRICA ESPAÑOLA"Los Códigos Negros españolesfueron una expresión típica deldespotismo ilustrado y surgieronen el último tercio del siglo XVIII,como consecuencia de la nuevapolítica de rentabilización de lascolonias insulares del Caribe".Así inicia la introducción de estaobra, su autor, el catedrático deHistoria de América de laUniversidad de Alcalá, ManuelLucena Salmoral. En realidad, elestudio de estos códigos, que seinscribe dentro del proyecto Laruta del esclavo, tiene porobjeto, además de abrir unespacio en el estudio de lahistoria dado el silencio de loshistoriadores en torno a esteacontecimiento, "reconsiderar eltema de la trata trasatlántica dela raza negra, sus causas másprofundas y sus modalidades,así como estudiar las múltiplesinteracciones generadas por lamisma". Se trata, sobre todo,de ver este trágico aconteci-miento que costó la vida avarias decenas de millones dehombres y mujeres, desde el"presente", y hacer de estapublicación, como dice el señorDoudou Diène, de la UNESCO,un arma para hacer frente a laadvertencia de Bertold Brechtpara quién "el vientre del queha surgido la bestia inmunda estodavía fecundo".

• Los Códigos Negros de laAmérica Española, de ManuelLucena Salmoral. Universidadde Alcalá/Ediciones UNESCO,1996. Precio: 85 FF.

EL OCÉANO ATLÁNTICOMUSULMÁNDesde la conquista árabe delsiglo VIII hasta el reino de lossoberanos bereberes almohadasdel siglo XII, los musulmaneshan surcado el Atlántico, desdeLisboa hasta el Sáhara. Pero"ningún navegante se aventuraa cruzarlo ni a llegar a altamar; se limita a costear, sinperder de vista la orilla", ya quenadie sabe qué existe más alládel "mar tenebroso". Comorelata un autor del siglo XII,"nadie ha podido saber nada

seguro, debido a las dificultadesa la navegación que presentanla profundidad de las tinieblas,la altura de las olas, la frecuen-cia de las tempestades, lamultiplicidad de animalesmonstruosos y la violencia delos vientos".Crónicas, tratados geográficos,documentos jurídicos de laépoca y trabajos arqueológicosmodernos, han permitido que elautor nos ofrezca (en francés)

un volumen de informaciónsobre la práctica del cabotaje yel auge de los barcos mercantesque transportaban productosagrícolas de las ricas planiciesatlánticas del Magreb, a cambiode aceite y de productosartesanales de las ciudadesandaluzas.También se descubren lascomplejas estructuras políticas,económicas y sociales que laexplotación del espaciomarítimo contribuyó a crear.

• L’océan Atlantiquemusulman - De la conquêtearabe à l’époque almohade.Navigation et mise en valeurdes côtes d’al-Andalus et duMaghreb occidental, deChristophe Picard. Maisonneuve& Larose/Éditions UNESCO,1997. Precio: 220 FF.

REVISTAS

REVISTA INTERNACIONALDE CIENCIAS SOCIALES"El derecho y todos los fenóme-nos relacionados con él -institu-ciones, protagonistas, culturas ynormas- están estrechamenteligados a la democracia, a su

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H E C H O S Y G E S T O S

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5. . . . . .

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S i cruza usted por fuera delpaso de peatones, prepárese

a que Aïcha Barki le aleccione.Una no cambia a los 51 añoscuando lleva la enseñanza en lasangre. "Incluso de pequeña,siempre estaba dando clases amis amigas. Cuando uno es pro-fesor, lo es en casa, en todas par-tes", reconoce esta argelina quelleva 32 años de docente y de di-rectora de escuela. "Siempre meha horrorizado ver tantas madresde niños que no saben leer ni es-cribir".

El detonante fueron las pri-meras elecciones pluralistas, en1990. "Vi el desamparo de las mu-jeres delante de las papeletas devoto. Y comprendí que yo estabaen otra historia". Entonces deci-dió que su puesto estaba con el53% de argelinas analfabetas,creando la asociación Iqraa("Lee", en árabe). Ahora acaba derecibir el premio Noma de alfa-betización (15.000 dólares), unode los tres que otorga la UNESCOcon motivo del Día Mundial dela Alfabetización, que se celebrael 8 de septiembre.

Aïcha Barki siempre ha tra-bajado con el aparato del Estado."Empecé mis primeras clasespara mujeres en Argel, en 1991.Pero Iqraa se dirige sobre todo alas zonas rurales. Logramos dis-poner de las infraestructuras deArgelia y tuvimos acceso a todoslos medios de comunicación".Barki organiza también campañasen los pueblos, en especial a tra-vés de las mezquitas. "Pedimosal imán del lugar que hable de laignorancia y del daño que causa".

La presidenta de Iqraa noquiere hablar mucho de los efec-tos que la situación de Argelia tie-ne sobre su trabajo. "Seguimostrabajando. Claro que evitamos

AÏCHA BARKI LLEVALA DOCENCIA EN LA SANGRE

los lugares problemáticos, sim-plemente porque la gente no res-ponde a nuestros llamamientos.No se la puede obligar". Iqraa ac-túa en estos momentos en 150escuelas y en 1996 llegó a 40.000mujeres. Las clases las dan vo-luntarios formados por el CentroNacional de Alfabetización."Como no disponemos de mediospara crear nuestro propio pro-grama, hemos adoptado el plannormal, en tres años. Es dema-siado largo. Habría que aprove-char las innovaciones, como la

educación a distancia, y mejorarel contenido". Una labor a la queIqraa se dedica, colaborando conla Asociación Argelina de Plani-ficación Familiar. Y es que paraAïcha Barki, es en este ámbito,mucho más que en su misión es-colar, donde ha fallado el Esta-do. "Hemos construido muchasescuelas, instaurado la escolari-zación obligatoria de 6 a 16 años.Pero el error ha sido no haber se-guido una política de planifica-ción familiar clara. ¿Cómo pue-den emanciparse las mujerescuando tienen ocho o diez críos?"

E lisabeth Mann Borgese esuna de esas personas que han

escogido la vida que llevan. Ca-tedrática de Ciencias Políticas enla Universidad Dalhousie deHalifax (Canadá), fundadora ypresidenta honoraria del Institu-to Internacional de los Océanos,sigue siendo, a sus 79 años, unafigura destacada en este campo.Sin embargo, nada, en su forma-ción, la predestinaba a ello."Aprendí trabajando. En realidadtengo un título de musicología",cuenta riendo. Esto no le ha im-pedido escribir y publicar todauna estantería de obras sobre losoceános, formar parte de la dele-gación austríaca en las negocia-ciones sobre la Convención de lasNaciones Unidas sobre el dere-cho del mar, ni ser asesora en lacomisión Oceanográfica Inter-gubernamental de la UNESCO,todo ello escribiendo todavíaobras de teatro y preparando dosdoctorados.

"Yo me crié en el exilio, du-rante el período nazi y la guerra.Si me orienté hacia la política fuepara que el mundo no viviera másese tipo de horrores". La hija delcélebre novelista judío alemánThomas Mann huyó a EstadosUnidos en 1938. Allí, a los 20años, se casó con un politicólogoitaliano quincuagenario. Ella leayudó en sus investigaciones so-bre un nuevo orden mundial, has-ta que, en 1967, decidió dedicar-se al derecho del mar.

"Todos sus estudios sobre lasrelaciones internacionales eranmuy bonitos, pero a mí me pare-cían demasiado universitarios yutópicos". Mientras que con losocéanos, "yo pensaba que seríaposible cambiar las cosas y trans-mitir nuestras ideas a todo elmundo".

ELISABETH MANN BORGESE,ENTRE PERROS Y OLAS

En su vida privada, sus gus-tos pueden parecer algo excéntri-cos. "Crío setters ingleses desde1953", confiesa, asegurando queha enseñado a varias generacio-nes de perros a escribir y a tocarel piano. Empleando una máqui-na especialmente diseñada por

Olivetti, algunos han aprendido aescribir "villano gato" y "buenacomida" con la nariz. Otros, do-tados de un sentido musical másagudo, interpretan con su manoderecha minuetos de Mozart,mientras ella toca con la izquier-da.

"Me fascina la inteligenciaanimal. Pero sabemos muy pocosobre la evolución del reino ani-mal, salvo desde el punto de vis-ta fisiológico y gracias a Darwin.Pero ¿qué pasa con su evoluciónintelectual? ¿Qué saben los ani-males? ¿Qué pueden enseñar?En algunos campos, más que no-sotros".

Elisabeth Mann Borgese aca-bó donando su máquina de escri-bir a una escuela para niños condiscapacidad motriz. "Ellos escri-ben muchas más cosas inteligen-tes". Esta incansable mujer aca-ba de escribir un libro para niños.Realmente a uno le dan ganas deenvejecer, ¿verdad?

Peter COLES

"El hecho de no poder predecirel futuro es estimulante; estosignifica que está en nuestrasmanos", opina el célebrepaleontólogo y biólogonorteamericano Stephen JayGould, que inauguró, con el

sociólogo francés Edgar Morin,el ciclo de ENTREVISTAS DELSIGLO XXI, presentado por laUNESCO el 9 de septiembre. Enel debate sobre la cuestión"¿Qué futuro tiene la especiehumana?", los dos pensadores

opinaron que, ni la biología nila historia cultural permitenvislumbrar el futuro. "¿Quépuede predecirse, sino que,biológicamente, seguiremossiendo los mismos?", añadióGould, destacando la

estabilidad de la especie huma-na. Sin embargo reconoció que,por primera vez en la historia,la humanidad tiene la capaci-dad de introducir modifica-ciones genéticas en sí misma.¿La utilizará? ¿Para qué?

Sophie BOUKHARI○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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TERCERA GENERACIÓN DEL “GÉNÉTHON“,LABORATORIO FRANCÉS QUE, DESDE 1990,PREPARA LA CARTOGRAFÍA DEL GENOMA HUMANO(Foto © RAPHO AFM/J. Grison-J.E. Pasquier).

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T E M A C E N T R A L

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¿Qué es la bioé-tica?Noëlle Lenoir.El término es co-nocido y al mis-mo tiempo esoté-rico. Es una con-tracción de dospalabras: "biolo-gía", que incluyetodas las ciencias

de lo vivo, y "ética", que alude al ethosgriego, es decir, al comportamiento indi-vidual y social. La bioética se refiere tantoa la actitud que debe adoptar cada indivi-duo en su existencia íntima -frente a laenfermedad, a la muerte o en su forma dedar la vida-, como a la posición del con-junto de la sociedad frente a los verdade-ros retos que la genética plantea a la hu-manidad.

Ahora sabemos, en efecto, que al dar alas personas el poder de transformar lasespecies vivas, incluida la suya propia, lagenética puede conducir a unos resultadosbeneficiosos, en especial en materia de sa-lud, o provocar unas consecuencias catas-tróficas. ¿Acaso no es ésta una de las razo-nes de la sensación provocada reciente-mente, en todo el mundo, por el anunciode clonación de una oveja, a partir del nú-cleo de una célula de un animal adulto?

Pero esta misma problemática, ¿no se apli-ca desde tiempos inmemoriales a las rela-ciones entre ciencia y ética?N. L. La bioética -tiene usted razón-entronca con la problemática plurisecularde las relaciones, a menudo difíciles, entrela sociedad y la ciencia, o incluso entre lareligión y la ciencia. Pero el contexto en elque se enmarca actualmente la bioética hacambiado. La reflexión ética, en efecto, yano tiende únicamente a responder a la an-gustia provocada por el progreso y sus des-conocidas perspectivas. Pretende aportarrespuestas concretas a situaciones concre-tas. Por ejemplo, ¿qué principios hay quefijar cuando las pruebas genéticas permi-tan conocer el destino biológico de cadaindividuo? ¿Quién podrá tener acceso a losresultados de esas pruebas: el individuoafectado, su familia, su empleador, su ase-guradora, su organismo de protección so-cial? Otro ejemplo: ¿cómo hay que enfo-car el trasplante de órganos animales a se-res humanos, cuando resulte realizable yal mismo tiempo no entrañe riesgos parala salud del receptor? Por último, ¿en quémedida el deseo de un hijo justifica el re-curso a unas técnicas de procreación médi-camente asistida cada vez más sofisti-cadas? En cada caso se trata de determinarlo que es aceptable y lo que no, con respectoa nuestros valores y a nuestras culturas.

Pero ¿la bioética no sigue atrasada conrespecto a los descubrimientos científicosy técnicos?N. L. No lo creo, ya que el objetivo de labioética es reflexionar sobre las repercu-siones del progreso, antes de que sea de-masiado tarde. Esto se ha visto con moti-vo de la revelación, a comienzos de 1997,de las nuevas posibilidades de la clonaciónexperimentada sobre los animales. Estaexperiencia escocesa hizo tomar concien-cia de los importantes interrogantes éticosque plantea la posibilidad de una aplica-ción de esa técnica a las personas, y se es-tán estudiando numerosas propuestas lega-les para eliminar ese fantasma.

La bioética permite un mejor diálogoentre la comunidad científica y el público,aunque se mantenga cierta incomprensión.También pretende contribuir a que las ge-neraciones futuras se familiaricen con laciencia y la tecnología, de modo que pro-mueva el espíritu crítico y la responsabili-dad de cada cual. La bioética colabora, eneste sentido, con la educación del ciudada-no.

¿Este movimiento repercute sobre la acti-vidad del Comité Internacional de Bioéticade la UNESCO?N. L. El Comité Internacional de Bioéticaes un organismo único a nivel mundial,

Después de cuatro años de trabajos del Comité Internacional de Bioética de la UNESCO, el proyectode Declaración Universal sobre el Genoma Humano y los Derechos Humanos se presentará en la 29ªsesión de la Conferencia General (véase a continuación la entrevista a la presidenta del Comité, NoëlleLenoir, y la explicación de sus principales artículos en las páginas 9 y 10). En caso de ser adoptada,la comunidad internacional demostrará que, más allá de todas sus diferencias de tipo científico,económico y cultural, está decidida, por primera vez, a avanzar junta frente a los adelantosque contiene la genética, pero también frente a los riesgos que entraña en cuanto al respetode los derechos humanos: ya se trate de la clonación (p. 14), de los organismos genéticamentemodificados (p. 15), del derecho al seguro (p. 16), de la genética de poblaciones (p. 17) de las patentes,cuya trascendencia económica es enorme (p. 11).

BIOÉTICA:ANTE TODO, LA DIGNIDAD

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concebido por el director general, Federi-co Mayor, en 1991. Como organismo éti-co, es pluridisciplinario, pluralista e inde-pendiente de los poderes, tanto políticoscomo científicos y económicos. Ésta es laclave del prestigio de que goza actualmenteen todas las regiones del planeta.

La libertad de expresión de sus 55miembros, designados por el director ge-neral por su competencia y su experiencia,ha dado a sus debates, celebrados en pú-blico en la UNESCO, una auténtica dimen-sión participativa. Numerosos grupos deinterés y regionales han participado acti-vamente, además, en sus reuniones, a lolargo de los últimos cinco años. El debateinternacional se ha visto así enriquecido.A través del Comité, que sirve de caja deresonancia más arriba de la decisión polí-tica que corresponde a los Estados, la re-flexión ha podido prosperar en una trans-parencia real. La riqueza de la diversidadde opiniones ha favorecido, paradójica-mente, el consenso.

¿Este enfoque ha influido en la composi-ción del Comité, donde científicos y juris-tas son, con mucho, los más numerosos?N. L. Están representadas otras muchasdisciplinas. Entre los miembros del Comi-té también hay economistas, demógrafos,antropólogos, filósofos, sociólogos, psicó-logos, nutricionistas, etc. La presencia decientíficos y de médicos era, en cualquiercaso, indispensable en un organismo deeste tipo. Para poder valorar las implica-ciones de una ciencia como la genética,primero hay que saber de qué se habla. Asíhemos podido estar informados y discutirde sus avances más espectaculares, delmodo más abierto. La visión jurídica nosera igual de necesaria, ya que el directorgeneral nos encargó que preparáramos unproyecto de instrumento internacional, esdecir, la "Declaración universal sobre elgenoma humano y los derechos humanos",que en estos momentos está sometida a laaprobación de los Estados.

El conjunto de disciplinas representa-das en el Comité ha participado en la re-dacción de este proyecto de declaración.La ventaja de una estructura abierta comoésta, que no es el resultado de una dosifica-ción de fuerzas políticas, corrientes ideo-lógicas y grupos de interés, es que permitedelimitar claramente las responsabilidades.La misión de los miembros del Comité In-ternacional de Bioética no es, en efecto,sustituir a los responsables políticos, a

quienes les corresponde arbitrar entre losintereses que están en juego. Los miem-bros del Comité deben combinar su expe-riencia y su competencia con el fin, poruna parte, de determinar las cuestiones éti-cas más sensibles, para estar en condicio-nes, por otra parte, de proponer las líneasde actuación necesarias. Para lograrlo, elComité ha dado la palabra a todos los gru-pos que deseaban expresar puntos de vistapropios sobre este tema: ONG y grupos deinterés, en especial aquéllos que defiendena las personas vulnerables, como las po-blaciones indígenas de algunas regiones ytambién los discapacitados.

Este enfoque ha sido aceptado plena-mente por los Estados, que, en el marcodel proyecto de declaración aprobado porel comité de expertos gubernamentales re-unidos en julio pasado en la UNESCO, secomprometen a fomentar la creación de co-mités de ética independientes.

Si un solo referente ha guiado los traba-jos, éste es la dignidad humana. ¿Cómose la puede definir?N. L. La principal preocupación del Co-mité ha sido evitar que el "nuevo orden tec-nológico" generara marginados, cuyos de-rechos se vieran pisoteados, bien porquefueran objeto de discriminaciones basadasen sus características genéticas, bien, porel contrario, porque no tuvieran acceso alos progresos derivados de la genética. Asípues, hemos intentado hacer una síntesisentre derechos individuales y colectivos(incluso en las relaciones entre países endesarrollo y países industrializados), ha-ciendo hincapié en el principio de solida-ridad.

No obstante, es cierto que la dignidades el principio central. Esta noción expre-sa la idea de la primacía fundamental delos valores humanos sobre cualquier otraconsideración de naturaleza científica, téc-nica o económica. La dignidad humana,como atributo inherente a cada individuo,lleva a rechazar las prácticas tendentes a"reificarla" o a "utilizarla". Dicho en otrostérminos, para la ciencia, la persona es unsujeto, no un objeto. Para ilustrarlo, el textode la declaración, avalado por los exper-tos gubernamentales, considera que lapráctica consistente en fabricar individuosclonados es contraria a la dignidad.

A partir del postulado de la pertenen-cia común de todos a la familia humana,la dignidad establece un lazo de humani-dad que trasciende las culturas. Y lo hace

teniendo en cuenta las diferencias cultura-les y la diversidad genética de la humanidad.

Se ha debatido otro concepto, el de patri-monio, y la redacción de la última versiónde la declaración, aprobada por el comitéde expertos gubernamentales, reza: "Elgenoma humano... es, en sentido simbóli-co, patrimonio de la humanidad".N. L. La noción de patrimonio tiene un sig-nificado muy concreto en el derecho inter-nacional. El concepto de "patrimonio co-mún de la humanidad" se ha aplicado a bie-nes físicos (el mar, los cuerpos celestes ylos astros) y culturales (las tradiciones ylos valores de los pueblos de una regióndeterminada, como Europa) que presentanun gran interés para la comunidad interna-cional. Por eso tales bienes están bajo laprotección, no sólo de los Estados, sinotambién de la comunidad internacional.

Al Comité Internacional de Bioética sele ocurrió que los conocimientos científi-cos básicos sobre la genética humana, asícomo los valores de la bioética que tien-den a proteger a la persona frente a algu-nos de sus logros, debían incluirse en elpatrimonio común de la humanidad. Perola expresión pareció inapropiada, tratándo-se de recursos genéticos susceptibles de darlugar a la elaboración de técnicas y de pro-ductos (medicamentos, concretamente)destinados a la explotación comercial. De ahíla precisión de que la noción de patrimoniode la humanidad, aplicada al genoma huma-no, se emplea aquí de manera simbólica.

Puesto que las implicaciones económicasson considerables. ¿Cuál es la función delComité Internacional de Bioética en estesentido?N. L. El Comité se ha dedicado, ante todo,a establecer el marco ético de las activida-des relativas a la genética humana. Las li-mitaciones que este marco impone a losinvestigadores tienen un coste, que habráque tener en cuenta. Pero no le correspon-día al Comité entrar en consideracioneseconómicas.

Por otra parte, usted observará que lalibertad de investigación está recogida enla declaración, como un principio éticoesencial y también como la condición dela efectividad del derecho de cada cual aaprovechar los beneficios del progreso dela ciencia. Porque un progreso que favo-rezca a unos desplazando a los demás, nomerecería realmente ese nombre.

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E L T E S T D E L A D N : A Ú N M Á S F I A B L E Q U EL A I D E N T I F I C A C I Ó N P O R L A S H U E L L A S D I G I T A L E S

( F o t o © C O M S T O C K ) .

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ARTÍCULO 1

El genoma humano es la base de la uni-dad fundamental de todos los miembros dela familia humana y del reconocimiento desu dignidad y diversidad intrínsecas. Ensentido simbólico, el genoma humano esel patrimonio de la humanidad.

Mohammed Bedjaoui, presidentedel Tribunal Internacional de Jus-ticia, ex ministro de Justicia de Ar-gelia:

"El ser humano tiene la doble par-ticularidad de poseer una identidadgenética única, que constituye su pa-trimonio por excelencia, y, al mismotiempo, de compartir con las demáspersonas su 'humanidad'. Así la huma-nidad, como inmenso agregado de in-dividuos, está basada en la diversidadgenética de cada ser humano.

No se trata de proteger en sí mis-mo el 'genoma humano', que no es másque un 'soporte', sino evidentementea la persona y a la humanidad en susderechos inmutables. Pero ¿proteger-la contra qué? La persona dispone ac-tualmente de poderes sin par, suscep-tibles de poner en peligro la integri-dad de la persona y la unicidad delgénero humano, que es capaz de re-componer o de remodelar a voluntad.

La protección significa una pro-hibición de cualquier atentado con-tra la integridad física o mental delser humano, es decir, a su inviolabi-lidad. Esto significa además la pro-hibición de disponer del cuerpo hu-mano, de comercializar sus órganos, sustejidos y sus productos. De este conceptode 'patrimonio común de la humanidad' -cuya flexibilidad y plasticidad le permitenadaptarse a los avances genéticos y cientí-ficos- se deriva toda una serie de princi-pios directores, tales como el 'principio deprecaución' en toda intervención genética,el 'principio de no discriminación', el 'prin-cipio de confidencialidad', el 'principio deconsentimiento previo, libre y consciente',etc".

P r o y e c t o d e d e c l a r a c i ó n

ACLARACIONESAlgunos miembros del Comité Internacional de Bioética explican y comentan varios artículos delproyecto de Declaración universal sobre el genoma humano y los derechos humanos.

ARTÍCULO 5

a) Una investigación, un tratamiento o undiagnóstico en relación con el genoma deun individuo, sólo podrá efectuarse previaevaluación rigurosa de los riesgos y lasventajas que entrañe y de conformidad concualquier otra exigencia de la legislaciónnacional.

b) En todos los casos, se recabará el con-sentimiento previo, libre e informado de lapersona interesada. Si ésta no está en con-diciones de manifestarlo, el consentimientoo autorización habrán de obtenerse de con-formidad con lo que estipule la ley, tenien-do en cuenta el interés superior del intere-sado.c) Se debe respetar el derecho de toda per-sona a decidir que se le informe o no delos resultados de un exámen genético y desus consecuencias.

d) En el caso de la investigación, los pro-tocolos de investigaciones deberán some-terse, además, a una evaluación previa, deconformidad con las normas o directricesnacionales e internacionales aplicables enla materia.e) Si en conformidad con la ley una perso-na no estuviese en condiciones de expre-sar su consentimiento, sólo se podrá efec-tuar una investigación sobre su genoma a

condición de que obtenga un benefi-cio directo para su salud, y a reservade las autorizaciones y medidas deprotección estipuladas por la ley. Unainvestigación que no represente un be-neficio directo previsible para la sa-lud sólo podrá efectuarse a título ex-cepcional, con la mayor prudencia yprocurando no exponer al interesadosino a un riesgo y una coerción míni-mos, y si la investigación está enca-minada a redundar en beneficio de laspersonas pertenecientes al mismo gru-po de edad o que se encuentren en lasmismas condiciones genéticas, a reser-va de que dicha investigación se efec-túe en las condiciones previstas por laley y sea compatible con la protecciónde los derechos humanos individuales.

Rubén Lisker, presidente de la Aso-ciación Latinoamericana de Gené-tica (México):

"El consentimiento consciente signi-fica que el interesado comprende losriesgos, inconvenientes y ventajas delmétodo a practicar y conoce las dis-tintas opciones. Además, las mues-tras dadas por un individuo para unproyecto de investigación concreto,

no pueden utilizarse para otro proyecto.La información debe proporcionarse en

términos no médicos y en el lenguaje delinteresado.

Por otra parte, los profesionales de lagenética deberían tratar de valorar el nivelde comprensión, ya que los individuos, enespecial en las sociedades multiculturales,tienen distintas formas de asimilar la in-formación. El consentimiento consciente,ya sea verbal o escrito, sólo es válido sirefleja una comprensión real".

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Harold Edgar, profesor de Derecho,Universidad de Columbia (Estados Uni-dos):

"El derecho a no ser informado respec-to de exámenes médicos, probablementedará lugar a polémica en el futuro. Algu-nas cuestiones referentes a la salud públi-ca podrían servir de banco de pruebas so-bre el respeto de esta disposición. En cier-to modo, es como alguien que está afecta-do -o no- con el virus del sida: el respetodel derecho a no saber es primordial.

El artículo 5 implica la prohibición depracticar una prueba de ADN sobre un cri-minal. De ahí la importancia del artículo9, que reconoce que 'sólo la legislaciónpodrá limitar los principios de consenti-miento y de confidencialidad, de haberrazones imperiosas para ello, y a reservadel estricto respeto del derecho internacio-nal público y del derecho internacionalrelativo a los derechos humanos'".

ARTÍCULO 6

Nadie podrá ser objeto de discriminacio-nes fundadas en sus característicasgenéticas, cuyo objeto o efecto sería aten-tar contra sus derechos y libertades fun-damentales y el reconocimiento de sus dig-nidad.

Michael Kirby, juez del Tribunal Supre-mo de Australia:

"Los progresos del conocimiento sobreel genoma conducirán a peticiones tenden-tes a eliminar fetos de características gené-ticas especiales. En el peor de los casos,esto sólo debería permitirse en condicio-nes que respeten la diversidad de nuestrasespecies y preserven la dignidad humana.Hacer desaparecer enfermedades heredita-rias o dolorosas es una cosa, pero una raza,unos individuos de piel de color, unas ca-racterísticas sexuales o personales concre-tas, sería totalmente intolerable. Al fin y alcabo, es nuestra diversidad genética la quenos hace humanos.

En la práctica, van a tener que plan-tearse muchas cuestiones espinosas. ¿Las

aseguradoras deben tener derecho a cono-cer nuestro genoma? Y ¿aunque usted nodesee conocer todos los secretos de su fu-turo médico? ¿Los empresarios deben te-ner derecho a exigir que su personal se so-meta a pruebas genéticas?

La respuesta a estas preguntas y a otrasmuchas solamente puede darse si es com-patible con los derechos humanos, las li-bertades fundamentales y la dignidad hu-mana".

ARTÍCULO 10

Ninguna investigación relativa al genomahumano ni sus aplicaciones en particularen las esferas de la biología, la genética yla medicina, podrán prevalecer sobre elrespeto de los derechos humanos, de laslibertades fundamentales y de la dignidadhumana de los individuos o, si procede, delos grupos humanos.

Keba M’Baye, primer presidente hono-rario del Tribunal Supremo de Senegal:

"El hecho de dar su consentimiento nolo autoriza todo. La investigación genéticapuede, por ejemplo, llegar a unas conclu-siones que sean generalizaciones de ten-dencia discriminatoria. Se dirá, basándoseen algunos casos, que todos los asiáticostienen tendencia a sufrir determinada en-fermedad y todos los negros, otra.

También es imaginable que se haganexperimentos de eugenismo o de clonaciónsobre personas que no dispongan de me-dios para medir sus repercusiones ni paradefenderse. Estas investigaciones puedenamenazar también la igualdad ante el de-recho a la salud. Si se hacen experimentossobre determinada población, ésta debe serla primera en beneficiarse.

El término 'grupos humanos' no se re-fiere especialmente a los pueblos indíge-nas, sino a cualquier grupo que pueda di-ferenciarse: los negros, los caucasianos, losfranceses, los diola, las mujeres, etc. El ar-tículo es, ante todo, un baluarte contra cual-quier voluntad de generalización abusiva".

ARTÍCULO 19

a) En el marco de la cooperación interna-cional con los países en desarrollo, los Es-tados deben velar por que:

i) se prevengan los abusos y se evalúenlos riesgos y ventajas de la investiga-ción sobre el genoma humano;ii) se desarrolle y fortalezca la capaci-dad de los países en desarrollo pararealizar investigaciones sobre biologíay genética humanas;iii) los países en desarrollo puedansacar provecho de los resultados de lasinvestigaciones científicas y tecnológi-cas a fin de que su utilización en prodel progreso económico y social pue-dan redundar en beneficio de todos;iv) se fomente el libre intercambio deconocimientos e información científi-cos en los campos de la biología, lagenética y la medicina.

b) Las organizaciones internacionalescompetentes deben apoyar y promover lasmedidas adoptadas por los Estados a losfines enumerados más arriba.

Mambillikalathil G. K. Menon, físico,miembro del Parlamento Indio:

"El alcance de la aplicación de este ar-tículo es discutible. Pero es importante porsu objeto: la cooperación internacional.

Tres problemas fundamentales impidenque las poblaciones de los países en desa-rrollo se beneficien de los avances de lainvestigación genética. Primero, no cono-cen ni sus repercusiones ni sus posibilida-des y necesitan asesoramiento, lo cual esespecialmente complicado cuando se tratade poblaciones iletradas. Después, los tra-tamientos médicos utilizan, cada vez más,alta tecnología y por consiguiente estáneconómicamente fuera del alcance de losmás pobres. Por último está la cuestión dela propiedad. Los grandes laboratorios far-macéuticos hacen hincapié en la nece-sidad de protección mediante legislacionessobre la propiedad intelectual, es decir, laspatentes, e insisten en el hecho de que losdonantes de material genético no tienenderecho a nada a cambio".

P r o y e c t o d e d e c l a r a c i ó n

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La diferencia entre descubrimiento e in-vento centra el debate sobre las peti-

ciones de patentes de material genéticohumano. Algunos consideran que el ADNes la vida y que no puede patentarse. Paramí, el ADN es una sustancia química ca-paz de replicar las moléculas que, juntas,forman la materia viva. A la vista de losprogresos de la tecnología, tomar una mo-lécula de ADN humano, hacer la descrip-ción de sus códigos o de sus secuen-cias (composición), no es nada es-pecialmente inventivo. Para obteneruna patente, habría que purificar fí-sicamente el gen, caracterizarlo ydemostrar que se ha inventado unanueva forma de utilizarlo.

Esta distinción queda ilustradacon los trabajos del proyecto inter-nacional HUGO (Proyecto del Ge-noma Humano) y del sector priva-do. Desde finales de los años ochen-ta, HUGO se apoya en la colabora-ción entre investigadores del sectorpúblico de todo el mundo, para di-bujar un mapa del genoma humanoque debería desvelarse en el 2003.En los últimos cinco años, los gran-des grupos farmacéuticos han reconocidoel enorme potencial de la informacióngenética para descubrir nuevos medica-mentos. Antes que esperar a que los resul-tados de HUGO sean de dominio públicoa través de bases de datos, ellos mismoshan invertido en la secuenciación. La com-petencia es dura y las inversiones, enor-mes: la elaboración de un nuevo medica-mento cuesta unos 500 millones de dóla-res. La carrera de las patentes viene moti-vada por la competitividad industrial entorno a las nuevas terapias y diagnósticosderivados de las secuencias de ADN.

Esto ha provocado un vivo debate entorno al aspecto moral de la "posesión" degenes humanos específicos. Algunos cien-tíficos consideran que la informacióngenética no debería mantenerse secreta enel ámbito comercial, sino que debería com-partirse; otros exigen que las patentes cu-bran los inventos ligados a la biotecnología,pero no las secuencias de ADN.

A finales de los años ochenta, en Esta-dos Unidos, en el caso "Amgen contra Ge-netics Institute", se llegó a la conclusión

P a t e n t e s

PROTEGER O COMPARTIR¿La información genética pertenece a quien la descubre?Debate entre científicos, el sector público y la industria.

de que la secuencia de ADN utilizada parael invento del medicamento eritropoyetinadebía figurar en la patente solicitada, paragarantizar los derechos sobre la propiedadintelectual. Este medicamento es el máslucrativo del sector de la biotecnología(1.500 millones de dólares anuales); esti-mula la formación de glóbulos rojos y per-mite tratar a los pacientes que sufren ane-mia o enfermedades relacionadas con ella.

Está diseñado a partir de un gen humano yse produce mediante la fabricacióngenética de células animales en cultivo.

Los inversores privados norteamerica-nos poseen la mayoría de patentes de lassecuencias de ADN. Pero el 40% de laspatentes de 1995 eran propiedad de insti-tuciones públicas. En Estados Unidos, lasinstituciones sanitarias nacionales fomen-tan el espíritu de invención de sus investi-gadores. Esto forma parte de su cultura.En Europa, en cambio, los científicos delsector público se inclinan más a compartirlos nuevos conocimientos. Pero tienen queresignarse cada vez más a patentar -prote-ger- sus trabajos, para no caer en "malasmanos", que les quiten el derecho a conti-nuar su investigación. También sufren pre-siones de las autoridades universitarias ygubernamentales, que consideran que las pa-tentes son una "devolución de la inversión".

Los países en desarrollo, concretamen-te los que tienen poblaciones autóctonas,manifiestan una preocupación real por laexplotación de las patentes. Los interesesextranjeros pueden sacar provecho de unos

recursos humanos, sin tener que ofrecer unacontrapartida. Incluso países como India,donde patentar es algo excepcional, estánmuy atentos a la protección de la biodi-versidad, patentando el material genético.

Indudablemente existen límites que nohay que traspasar. La controversia está ensu apogeo desde que la Oficina de Paten-tes de Estados Unidos (US PTO) anunció,en febrero, que iba a conceder patentes por

los fragmentos de genes, los "mar-cadores de secuencia expresada"(EST) (v. pp. 12-13), que se empleancomo sonda en el marco de un atajotécnico para localizar un gen. Actual-mente propone que una patente deun EST pueda dar lugar a un dere-cho de patente sobre el gen totalmen-te secuenciado.

Esta posibilidad ha sido recha-zada por HUGO, según el cual lassecuencias parciales no responden alcriterio de utilidad exigido por unapatente. Un comunicado de 1995 in-dica que la fabricación de los ESTse basa "simplemente" en una tecno-logía "bien asimilada desde media-dos de los años ochenta". Lo más la-

mentable de la decisión de la US PTO esla incapacidad de reconocer la funciónutilitaria del gen. Usted puede utilizar unEST para localizar un gen, pero estará le-jos de averiguar su función exacta. Enton-ces, si alguien posee ya una patente sobreese mismo EST, le costará solicitar otra des-pués de describir totalmente las secuencias.

Esta declaración puso en una situaciónembarazosa al sector privado. En NatureBiotechnology (vol. 15, septiembre 1997),Dorothy R. Auth explica que, en una mesaredonda de la US PTO, muchos juristas,expertos en derecho de patentes, expresa-ron su profunda preocupación por que sepagaran derechos de explotación o se reci-bieran amenazas procedentes de los posee-dores de patentes EST, lo cual "representaun gran freno a la inversión en la indus-tria de la biotecnología". Para ésta última,"las patentes sobre los EST marcan el ini-cio del fin de las investigaciones sobre losgenes funcionales y su desarrollo con fi-nes médicos".

Sandy THOMAS, investigadora,Universidad de Sussex (Reino Unido)

Ya lo tenemos. Sólo nos falta encontrar una marca y unanuncio publicitario.

(© Sidney Harris)

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LAS FUENTES DE LA VIDAEl salto adelante de la biología permitirá remontarse hasta los últimos mecanismos de la viday de la herencia y por consiguiente bloquear, acelerar o modificar algunos de ellos.

LA "CARTOGRAFÍA" DEL GENOMA

CÉLULA, NÚCLEO, CROMOSOMAS, ADN, GENES, BASES...

Cartografiar el genoma significa, entreotras cosas, identificar cada uno de susgenes y localizar su emplazamiento a lolargo del ADN. Para conseguirlo, nosiempre es necesario haber descifradocompletamente el gen, es decir, haberencontrado todas las bases que lo forman.Nos contentamos con conocer una parteque sea propia de cada uno de ellos, queviene a ser su "firma": es lo que llamamossu etiqueta o EST ("Expressed sequencetag").

Una vez elaborado el mapa, un inves-tigador puede encontrar en un gen queestudie, elementos que compara con lasetiquetas, y averiguar así, gracias al mapa,de qué gen se trata y dónde está situado.

Todo s e r v i v o ( s a l vo l o s p r o t i s t a s , l a sba c t e r i a s y l o s v i r u s ) e s t á f o rmado po run c on j un t o de un i dade s f undamen ta l e s ,s u s c é l u l a s . C ada una c on t i ene un nú c l eo ,en e l que s e en cuen t r an l o s c r omosomas ,en un número en gene ra l i nmu tab l e pa racada e spe c i e : en e l s e r humano hay 23pa re s , c ada uno de l o s c ua l e s e s t áhe r edado m i t ad de l a mad re , m i t ad de lpad r e . E l l o s f o rman e l g enoma de uni nd i v i duo y c on t i enen t odo s s u s c a r a c t e r e sgené t i c o s y s u pa t r imon i o he r ed i t a r i o .

Cada c r omosoma e s t á f o rmado de mo l é cu l a s d e ADN ( á c i dode sox i r r i b onu c l e i c o ) . C ada mo l é cu l a de ADN s e p r e s en t a en

f o rma de do s e s c a l e r a s he l i c o i da l e s que g i r an en s en t i doi nve r s o y que e s t án en r r o l l a da s en t r e s í ( e s t r u c t u r a endob l e hé l i c e ) . E n c ada " pe l daño " de l a s do s " e s c a l e r a s "

s e en cuen t r an 4 ba s e s y s ó l o 4 , que s i empre vanempa re j ada s : Aden i na c on T im ina , C i t o s i na c on

Guan i na . E l g enoma de un i nd i v i duo c on t i eneuna s 3 .000 m i l l one s de ba s e s ; una pa r t e de

e l l a s c on s t i t u ye l o s g ene s ( en t r e 80 .000 y100 .000 pa ra un i nd i v i duo ) , p e r o una

g ran pa r t e de l ADN no t i e ne unafun c i ón c ono c i da . L o s g ene s

" r egu l an " l a f un c i ón y e ld even i r d e l a c é l u l a . S ob r e

e s t o s g ene s a c t úa l ae v o l u c i ó n ,

de t e rm inando a s í l ade t oda s l a s

e spe c i e s .

[A t en c i ón ! e s t e e s quema e s c o r r e c t o en c uan t o a lp r i n c i p i o que r e f l e j a , p e r o f a l s o en c uan t o a l ae s c a l a : una e t i que t a ( E S T ) c on t i ene de c ena s de ba s e sy un gen puede a l o j a r m i l l one s . ]

CGT C CG A

E S T

GEN

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LA "SECUENCIACIÓN" DEL GENOMALa secuenciación del genoma consiste enculminar una etapa adicional: descifrar latotalidad de las bases de un gen entero, enel orden en que lo forman; es decir, llegara "leerlo" base por base. La mayoría de losgenes contienen el "plan" de fabricaciónde las proteínas, que asumen las tareasnecesarias para la vida del organismo. Ellasreaccionan entre sí y con otras moléculas.Conocer esas interacciones permite, aveces, facilitarlas o bloquearlas con un finconcreto, como prevenir una enfermedad.

Uno de los métodos de fabricación de unaplanta transgénica (hay varios) consiste enaislar primero el gen que se quieretrasplantar (por ejemplo, un gen que con-fiera una resistencia a determinadasenfermedades). A continuación se intro-duce este gen en una bacteria (que sirve devehículo de trasplante). La bacteriaintroduce el gen escogido en la célula de laplanta. Por último, ésta se multiplica, sesiembra, se planta y se desarrolla con elgen beneficioso introducido.

CÓMO SE "CLONÓ" DOLLYLos investigadores tomaron unas célulasde la "madre" de Dolly, que conteníanpues la totalidad de su genoma, pero queno eran células que interviniesen en lareproducción. Asimismo extrajeron unóvulo no fecundado de otra oveja, cuyonúcleo destruyeron, privándole así de todosu material genético. Despues se introdujoel núcleo de la célula de la "madre" en eseóvulo y se desencadenó su división celular.La oveja que engendró -Dolly- posee, pues,exactamente el mismo genoma que su"madre" inicial.

FABRICAR UNA PLANTA "TRANSGÉNICA"

In fogra f ía : A lexandre Darmon

CC G T A C CG TA C G TAC

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D O L LY , L AO V E J A M Á SC É L E B R E D E LM U N D O ( F o t o© G A M M AL I A I S O N / B e n a l iF e r r y ) .

Quién habría imaginado que un corde-ro iba a devolvernos bruscamente a

nuestra condición de oveja descarriada enun laberinto de preguntas existenciales? Noobstante, esto es lo que provocó el anun-cio, en febrero pasado, del nacimiento deDolly en Edimburgo (Reino Unido). Esteclon fue obtenido tras fertilizarse un óvulomediante la implantación del núcleo de unacélula de la glándula mamaria de una ove-ja adulta. Fue una gran innovación, ya queno se requirió ningún acto de procreación.

"Antes de Dolly, no se pensaba que elgenoma de una célula de un mamífero, quehabía sufrido toda una evolución desde lafase de su concepción hasta su estado adul-to, pudiera volver a empezar de cero", aña-de el francés Francis Galibert, responsa-ble del programa del genoma del CNRS.

Conclusión: un día será posible produ-cir individuos (hoy animales, mañana per-sonas), únicos o en serie, tan parecidos enlo biológico como los gemelos auténticos,pero que podrán nacer en distintos momen-tos. La noticia despertó temores y esperan-zas descomunales. ¿Cómo no verse redu-cidos a la miserable condición de los alfa,beta y gamma nacidos de la genial intui-ción de Aldous Huxley en los años treinta,o prever las peores desviaciones eugenis-tas? ¿Cómo no soñar con la inmortalidado imaginar que la clonación puede hacerrevivir a un ser querido?

Estos fantasmas hacen sonreír a más deuno. Pero la sonrisa se vuelve mueca cuan-do el comité francés de bioética (CCNE)recuerda que "la llegada a Edimburgo desolicitudes de clonación demuestra la fa-cilidad que existe a la hora de confundirlo fantasmagórico con lo irrealista". Y

C l o n a c i ó n

¿UN ESPEJISMO?Cuando la clonación humana sea posible, ¿será aceptable? El debate divide a la comunidad científica,mientras que numerosos Estados se oponen a esa práctica, en nombre de la dignidad humana.

cuando científicos de renombre abogan enfavor de la clonación humana, aunque seacon algunas condiciones. Es el caso delisraelí Michel Revel, miembro del CIB. Esverdad que, para él, "la clonación-copia esuna ilusión y un mito", que no podría crearun nuevo orden social. Como tal, "es in-moral porque supone el determinismogenético de la persona. Olvida la impor-tancia capital de la educación, de la trans-ferencia de conocimientos y de las tradi-ciones, en la formación del individuo". Por

otra parte, no existe una identidad genética`perfecta del organismo clonado con eldonante de genoma. Y no es posible elimi-nar toda influencia de la madre portadorasobre el desarrollo del clon. Pero, toman-do caso por caso, Revel opina que laclonación "podría proporcionar un nuevométodo de reproducción asistida, por ejem-plo para una pareja estéril que no deseeuna donación de esperma o de óvuloextramarital". En nombre de la "necesidadterapéutica", otros científicos llegan a con-siderar la posibilidad de crear "dobles" depersonas vivas, para disponer de fuentesde órganos o de células para injertar. "Elargumento terapéutico no se sostiene, serebela Galibert. ¡No se pueden utilizar em-briones o clones como cajas de herramien-tas! En cuanto a "la esterilidad, es un pro-blema doloroso cuyos límites ya han re-trocedido. Recurrir a la clonación implicaabrir la caja de Pandora".

El debate se extiende pues entre la co-munidad científica, que no obstante coin-cide en un punto: "manipular lo humanono es de actualidad, resume Galibert. Esnecesario empezar reproduciendo a Dollyen cantidad. De momento la cuestión es

de tipo puramente filosófico". Se planteaasí: suponiendo que sea posible, ¿laclonación humana es aceptable?. No, res-ponde la comunidad de Estados, que, enjulio, tradujo ese rechazo en el proyectode Declaración Universal sobre el GenomaHumano y los Derechos Humanos, en elartículo 11: "No deben permitirse las prác-ticas que sean contrarias a la dignidad hu-mana, como la clonación con fines de re-producción de seres humanos". Esta posi-ción se hace eco de la del director generalde la UNESCO, expresada en febrero: "Elser humano no debe, bajo ninguna circuns-tancia, ser objeto de clonación".

UNIDAD E IMPREV IS I B I L IDAD"Atenta contra los principios de unicidady de imprevisibilidad, que forman parte dela dignidad humana", explica la biólogaargentina Lidia Vidal-Rioja. Como señalael CCNE, "la gran lotería de la herencia,con su inagotable incertidumbre, consti-tuye una gran protección del ser humanocontra una eventual voluntad paterna o so-cial de predeterminarlo". "Imagínese lodestructor que sería saber que usted esta-ba planificado para tal o cual cualidad yque no está a la altura", explica el norte-americano Harold Edgar, miembro delCIB. ¿Y que ocurriría con un niño cuyos'padres'supieran "que, una vez, su combi-nación de genes produjo a Mozart, si nose convirtiera en Mozart?"

Otro argumento es que la clonaciónentrañaría una desarticulación de la paren-tela, ya que el clon sería al mismo tiempohijo y gemelo del padre o de la madre. Encuanto a la coexistencia dentro de una mis-ma población de personas procreadas nor-malmente y de clones, "provocaría inextri-cables problemas de identidad civil y sinduda, un riesgo incalculable de nuevas dis-criminaciones", señala el CCNE.

Galibert concluye, los científicos nodeben decidir solos lo que es aceptable. "Elreflejo de un investigador es saber más.Su opinión puede verse alterada por esedeseo. La clonación, como cualquier granproblema de la sociedad, debe generar undebate más amplio, que implique a los in-telectuales, a los líderes religiosos, a todaslas corrientes de pensamiento".

S. B.

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E N E L 2 0 2 5 , E L M A Í Z D E B E R Í A L L E V A R S E L A M E J O R P A R T EE N E L M E R C A D O D E L A S P L A N T A S T R A N S G É N I C A S

( D i b u j o © A . M a y e r r e p r o d u c i d o c o n l aa u t o r i z a c i ó n d e S c i e n c e e t v i e ) .

Maíz 30%

Soja 26%

Colza 12%Patata 18%

Tomate 7%Algodón 3%

Otros 4%

Enfermedades, insectos perjudiciales yentornos hostiles producen estragos y

cada año dejan improductiva hasta unacuarta parte de la tierra cultivable. La in-geniería genética puede contribuir a resol-ver esta situación, aumentando la produc-ción de alimento gracias a plantas más re-sistentes y a la utilización de plaguicidasque respeten el medio ambiente. Se puederecurrir a ella para modificar los elemen-tos nutricionales de los alimentos, porejemplo añadiendo fibras o vitaminas, au-mentando el contenido de proteínas y mo-dificando los cuerpos grasos, para ofreceruna alimentación más sana. También sepuede introducir genéticamente unas va-cunas en plantas como la banana y la pata-ta. En el mundo en desarrollo,donde a menudo la cantidad yla calidad de los alimentos yde los cuidados médicos no es-tán aseguradas, no hay que me-nospreciar esas posibilidades.

PROTESTASSin embargo, muchos descon-fían todavía de los organismosgenéticamente modificados(OGM). Prueba de ello es elvivo debate provocado en Eu-ropa, a fines del pasado año,por la llegada de soja resisten-te al Roundup, un herbicidamuy utilizado. Asociaciones deconsumidores y ecologistaslanzaron una gran campaña deprotesta, porque los riesgoseran demasiado importantes. "Apesar de que los 'Roundup-Ready Soybeans' han sido estudiados porsus propiedades agronómicas, todavía semantienen muchas incógnitas", protestóGreenpeace. El paso de una explotación ex-perimental al cultivo a gran escala aumen-ta proporcionalmente los riesgos. ¿La nue-va soja eliminará a otras plantas? ¿Se in-troducirá en otros ecosistemas? ¿Se modi-ficará a largo plazo, debido a su resisten-cia a las sustancias tóxicas?

Greenpeace teme también que esta nue-va variedad desencadene alergias y que losconsumidores de decenas de miles de pro-ductos que contienen soja -"desde los alimen-tos para bebés hasta el chocolate"- sirvan

O r g a n i s m o s g e n é t i c a m e n t e m o d i f i c a d o s

QUIEN NO SE ARRIESGA NO PASA EL RÍOEl cultivo de plantas transgénicas entraña riesgos para el medio ambiente y para el consumidor.Pero puede responder al incremento de la demanda alimentaria mundial.

de "cobayas sin saberlo". Estos temores seven alimentados por el aumento de la agri-cultura comercial y el control multinacio-nal de los genes y semillas (las grandes em-presas introducen en el mercado cerca del80% de los OGM del mundo). Pero estasprácticas no son nuevas. Desde hacemilenios, se introducen nuevos organismosen distintos entornos y se intenta mejorarlas especies animales y vegetales. Antes,cuando llegaban a la mesa alimentos nue-vos, se actuaba a tientas para conocer sugrado de toxicidad. A lo largo de este si-glo, los avances científicos han permitidoponerlos a prueba y detectar las enferme-dades que transmitían. Conocemos suscompuestos específicos, como los agentes

cancerígenos y los que provocan defectosde nacimiento. Últimamente se han descu-bierto numerosos compuestos naturales ge-nerados por las plantas para impedir quelos animales se las coman y los mecanis-mos desarrollados a su vez por esos ani-males. Pero queda mucho por hacer. En1988, según la OMS, menos del 10% delas enfermedades debidas a los alimentosestaban identificadas. La biotecnología pue-de acelerar ese proceso.

Si bien los genes se expanden por elmedio ambiente a partir de OGM, como lohacen a partir de los demás organismos,también es verdad que podríamos tener más

cruces genéticos. Habría que destacarlo enlugar de decir que la tecnología genéticarompe la llamada integridad de una espe-cie. Por ejemplo, un gen que favorezca latolerancia a los herbicidas puede introdu-cirse en una mala hierba tanto por transfe-rencia genética como por reproducción.También los insectos pueden hacerse re-sistentes a las plantas portadoras de genesinsecticidas a través de las bacterias.

Aplicar los principios de la bioética sig-nifica sopesar los riesgos. En biotecno-logía, la noción de riesgo incluye a la vezel cambio potencial y el mal potencial. Sonlos valores humanos los que determinan enqué medida un cambio resulta un mal sub-jetivo y si la naturaleza debe ser considerada

como "inmutable" o modificable.

DAR OPC IÓNY la opinión pública varía según lospaíses. Respetar esta diversidad esdar a las personas la opción de adop-tar o no nuevos alimentos y produc-tos. El etiquetado de los productosderivados de los OGM es una posi-bilidad de garantizar esa opción, siva acompañado de una informaciónapropiada. Los estudios realizadoshasta hoy muestran que la gente notiene una visión simplista de la cien-cia y de la tecnología: sabe sopesarlos pros y los contras. También re-velan que el miedo al eugenismo ylas preocupaciones medioambien-tales no son su prioridad. Más biense observa el temor a manipular lanaturaleza y a hacer de demiurgos.Algunos tienen la sensación de que

no hay que explorar todos los secretos dela vida.

Pero, para muchos científicos, cuantomás sepamos, más respetaremos lo mara-villoso de la vida. El descubrimiento no esnecesariamente un mal; es lo que hacemoslo que plantea interrogantes. El hecho deque tengamos grandes necesidades de tipopráctico -alimentar, alojar, cuidar a la po-blación del planeta- basta para justificar labúsqueda de conocimientos nuevos. La jus-ticia pide que todos nosotros compartamoslos riesgos y los beneficios.

Darryl MACERBioquímico, Universidad de Tsukuba (Japón)

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de los datos genéticos asociados con unapersona identificable, conservados o tra-tados con fines de investigación o cual-quier otra finalidad". De la misma mane-ra, la Convención europea sobre derechoshumanos y biomedicina protege la con-fidencialidad de la información relativa ala salud y prevé la posibilidad de excep-ciones legales. Y añade que cualquier prue-

ba genética predictiva solamente puedepracticarse con fines médicos, prohibien-do así, al menos, las demandas de las ase-guradoras destinadas a realizar pruebasgenéticas previas a la concesión de un se-guro. Evidentemente, esta prohibición ca-rece de valor en el caso de que, para con-seguir un seguro, se haya acordado el ac-ceso al expediente médico que contiene yatales resultados.

En Austria, Bélgica y Noruega, la leyprohibe ya específicamente que las asegu-radoras formulen preguntas sobre la infor-mación genética y que puedan acceder aella. En otros países, como Francia, los Paí-ses Bajos y el Reino Unido, el sector delos seguros mantiene una moratoria volun-taria.

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(© Nick Downes)

Se plantean muchas preguntas a propó-sito de la investigación, de las pruebas

y de la información genéticas. Y especial-mente ésta: "¿Van a reducir mis posibili-dades de contratar un seguro de vida o unseguro de enfermedad a un precio razona-ble?"

Curiosamente, incluso en los paísesdonde el seguro de enfermedad está gene-ralizado, como los Países Bajos y Ca-nadá, la cuestión sigue suscitando undebate apasionado. Esto se explicapor el hecho de que, en el mundoindustrializado, allí donde la aten-ción médica no depende del em-presario ni de un seguro privado,a menudo los ciudadanos tienenque demostrar que tienen unseguro de vida, para podercomprarse una casa o un coche,por ejemplo. Dicho en otras pa-labras, es necesario tener un se-guro para poder acceder a otrosbienes socioeconómicos.

El primer tema de discusiónpuede ser el hecho de que lasaseguradoras siempre han he-cho preguntas sobre los antece-dentes familiares y la salud per-sonal del asegurado. Además,cualquier persona que quieraasegurarse "consiente" que la ase-guradora acceda a su expedientemédico. Entonces se establecen lasprimas, partiendo de una valoración delriesgo personal, ponderado, en el caso deque se llegara a un costo demasiado alto,por el riesgo que tienen de media los de-más suscriptores de un perfil similar.

Pero ¿cómo entra en este esquema lanueva información genética sobre enferme-dades extendidas como el cáncer, la diabe-tes, el asma, la hipertensión, etc.? Esta in-formación se expresa en porcentajes y enprobabilidades, en términos como "terre-no", "aparición tardía", "presintomático","predispuesto". En realidad, ¿qué es lo jus-to y equitativo cuando cambia la naturale-za de la información que se comparte conlas aseguradoras?

El proyecto de Declaración Universalde la UNESCO estipula, en su artículo 7,que "se deberá proteger en las condicionesestipuladas por la ley la confidencialidad

D e r e c h o a l s e g u r o

A MERCED DE LO "GENÉTICAMENTE CORRECTO"Algunas compañías quieren tener acceso a los resultados de las pruebas genéticas,antes de conceder un seguro. ¿Tienen derecho?

El segundo tema de discusión es: a fal-ta de prohibición legal y de moratoria, ¿lasdisposiciones generales antidiscriminato-rias relativas a los derechos humanos, bas-tan para impedir que las aseguradoras ac-cedan a los expedientes médicos? En la lis-ta de prohibiciones, la mayor parte de esasdisposiciones menciona las discapacidadesfísicas y mentales, pero no las condiciones

genéticas. Sin embargo prevén excepcio-nes en lo referente al seguro, que se

considera un contrato privado.Además, el hecho de añadir las con-diciones e informaciones genéticasa la lista de prohibiciones, acasosólo conseguiría destacarlas más.

Por lo menos cabría pregun-tarse si no habría que empezarpor comprobar científicamente(mediante expertos que no per-tenecieran al sector de los segu-ros) la inclusión de la informa-ción genética "de riesgo" en loscuadros actuariales y en los cál-culos de esperanza de vida queemplean las aseguradoras. Dadoque esto lleva tiempo, el debatedebería empezar por la cuestión desaber si, en el mundo industrializa-do, donde el acceso a algunos bie-nes depende de un contrato de segu-ro, un seguro mínimo es un derecho,y no un privilegio.

Tercera cuestión: ¿qué función tie-nen las compañías de seguros como em-

presas ciudadanas? Si el seguro se basa enel principio de mutualidad, es decir, en elreparto de los riesgos entre los ciudadanos,¿no debería existir alguna forma de soli-daridad colectiva por parte de las compa-ñías, que se concretara en una póliza míni-ma "incuestionable" a la que pudiera teneracceso todo el mundo? La accesibilidad aun seguro pagado por todo ciudadano, unseguro que, al fin y al cabo, permite queunos ayuden a otros en caso de enferme-dad, de discapacidad o de fallecimiento, vaciertamente en interés del "nosotros" co-lectivo, el Estado. También es el símbolo denuestro reconocimiento de la "normalidad"de las condiciones genéticas de cada uno.

Bartha Maria KNOPPERSJurista, Universidad de Montreal

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Nosotros no cambiamos genes por aba-lorios. Nuestra sociedad está mayori-

tariamente en manos de los islandeses; losempleados son, en su mayoría, islandeses,y recibimos un considerable apoyo delgobierno y de la población". Kari Ste-fansson, de 48 años, neurólogo, rechaza ca-tegóricamente la idea de que DeCodeGenetics Inc., creada hace 10 meses, ex-plote a los 270.000 habitantes de la isla.

Esta primera y única sociedad debiotecnología de Islandia, se dedica a laexploración del notable patrimoniogenético del país, con la esperanza de pe-netrar los secretos de una serie de enfer-medades que afectan a gran parte de lahumanidad.

¿Por qué en Islandia? Porque, debidoa su aislamiento geográfico durante el úl-timo milenio, su población es una de lasmás homogéneas del planeta genética-mente: "Desciende de un pequeño númerode individuos fundadores, explica KariStefansson, de modo que las variacionesentre personas sanas y enfermas se debenaparentemente a mutaciones responsablesde las enfermedades, y no a una variaciónaleatoria provocada por orígenes racia-les o étnicos distintos".

O sea que es el campo de observaciónideal de cualquier biotecnólogo. "Lo quefalta en la investigación sobre genéticahumana, es una población lo más homo-génea posible", recuerda Kari Stefansson.Esto explica que la genética de poblacio-nes pueda molestar a algunos (verrecuadro). Una gran parte de los trabajos

La genética de poblaciones tiene sus detractores. Entre los más conocidos está Debra Harry, indiapayute de Nevada (Estados Unidos), quien opina que "cualquier proyecto de investigación" en esteámbito "es una violación de nuestras creencias y valores más profundamente arraigados... Los pue-blos autóctonos consideran tales proyectos como una nueva forma de colonización, a nivel molecularen este caso...Sin la seguridad de que ellos comprendan todas las implicaciones de su participación enla investigación genética, en especial los usos derivados de muestras y de datos genéticos, sin medi-das que garanticen el ‘consentimiento consciente y colectivo del grupo’, estos proyectos seguiránexplotando a los pueblos más vulnerables del planeta, los más pobres de entre los pobres".Debra Harry ha creado una red de cuarenta organizaciones de América Latina y del Norte que seoponen a este tipo de investigación. Ésta solicita "una moratoria mundial sobre la recogida, la tomade datos, la transformación y la comercialización de linajes de células y de material genético de lospueblos autóctonos, hasta el establecimiento de las normas y reglamentos internacionales que prote-jan plenamente su entorno y sus intereses".

G e n é t i c a d e p o b l a c i o n e s

ÉTNICA Y ÉTICADebido a su aislamiento geográfico, Islandia constituye un campo de observación idealpara los investigadores de genética de poblaciones. Pero ésta tiene sus detractores.

realizados en este ámbito se ha referido agrupos autóctonos, provocando preocupa-ción por la explotación de su patrimonio ypor sus derechos de propiedad intelectualy cultural.

Kari Stefansson, que abandonó la se-guridad de un puesto de profesor en laUniversidad de Harvard para regresar a supaís natal y fundar DeCode Genetics, re-conoce la importancia de las cuestioneséticas que plantean sus estudios. La solu-ción consiste en "mantener buenas rela-ciones con las comunidades afectadas,darles medios para que hagan el trabajopor sí mismas y dejar abierto el debate".Según él, el consentimiento consciente, latransparencia, el respeto de los derechosde las personas y el reparto de los benefi-cios son fundamentales.

Su empresa se creó después de consul-tar ampliamente a la comunidad y ha esta-blecido todas las condiciones que garanti-zan una confidencialidad total: "Las mues-tras de sangre no llevan nombre ni ningúnotro detalle susceptible de revelar la iden-tidad del donante. Todos los expedientesse conservan en una caja fuerte que sólopuede abrirse en presencia de personal de-bidamente autorizado. DeCode le da a Is-landia acceso a la investigación médica depunta y una salida al mercado internacio-nal. Le proporciona ingresos fiscales im-portantes y un apoyo sustancial a sus pro-pios programas de investigación. Para unpaís fundamentalmente tributario de losingresos de su industria pesquera, estadiversificación es económicamente decisiva.

Al principio, algunos argumentabanque estos trabajos incumbían a la cienciay la medicina. Pero las cifras hablan porsí mismas: tenemos un 99% de respuestaspositivas de las personas a las que hemospedido colaboración".

DeCode empieza ya a tener resultados.Ha necesitado menos de tres meses paralocalizar el gen del temblor familiar, unaenfermedad que afecta a entre un 5% y un7% de las personas ancianas del mundo yque resiste los medicamentos. "Tambiéntrabajamos, entre otros, con las esclerosisen placa, la diabetes, la psoriasis, las en-fermedades vasculares, los ataques, el al-coholismo y la esquizofrenia", añade KariStefansson.

OROLos descubrimientos que permitirán trataresas enfermedades son como oro. Una par-te de los beneficios, explica Kari Ste-fansson, se reinvertirán en la creación delo que él cree que puede convertirse en labase de datos genéticos más completa delplaneta: recogerá los archivos genealógicosdel país, que se remontan a un milenio, asícomo casi un siglo de expedientes médi-cos enormemente detallados. Para conse-guir la financiación de 100 millones dedólares necesaria, prevé establecer "alian-zas con empresas susceptibles de suscri-birse a esta base". Esto significa venderinformación a la industria farmacéutica.¿Por qué no? "Un banco de datos comoéste puede revolucionar la medicina".

"Soy consciente de que no soy total-mente imparcial en esta materia, pero soygenético y médico. Me preocupa mucho lavida privada y el respeto de la confiden-cialidad, pero no veo que sea un derechoprimordial. El derecho a la salud para to-dos me parece más importante, así comola obligación de mejorar las cosas paranuestros hijos y de atenuar los sufrimien-tos. Pero sólo lo conseguiremos si la me-dicina terapéutica y preventiva sigue pro-gresando, puesto que las enfermedadesevolucionan. Y ésta sólo lo hará mediantela investigación. Tenemos que defender alas poblaciones de los científicos sin es-crúpulos, pero también proteger y apoyara la ciencia".

Sue WILLIAMS

DERECHO DE RESPUESTA

Bartha Maria KNOPPERS

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

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Dos cosas sorprenden al paseante nocturnode las calles de la capital de Mozambique,Maputo. Primero, el soberbio espectáculode las calles de una ciudad africana en paz,ricamente iluminada, donde los ritmos másdiversos aparecen en cada esquina. Después,bajo la luz de las farolas, niños cargados decartones de cigarrillos y de latas de cerve-za, errando por las calles; sin casa, mal ves-tidos, abandonados a su suerte. La necesi-dad de sobrevivir les lleva a hurgar en lasbasuras. La noche ya está entrada cuandose van "a la cama": el cemento o el asfalto.Los más afortunados disponen de cartonesque les protegen de las noches frías y a me-nudo ventosas de Maputo.

No sólo están esos niños. Casi en cadaesquina se ven hombres, muchos apoyán-dose en muletas, mendigando o gimiendoen su pesado sueño. Son víctimas de lasminas antipersonas y ex soldados.

E N M I L P E D A Z O SActualmente representan una buena parte dela montaña de problemas que debe resolverel gobierno mozambiqueño, que no acabade pegar los trozos dispersos de un país rotoen mil pedazos después de casi 30 años deluchas de liberación y de guerra civil. El pre-sidente, Joachim Chissano, sin duda pensa-ba en esta realidad horrorosa cuando inau-guró, el 1 de septiembre, la ConferenciaInternacional sobre la Cultura de Paz y laGobernabilidad, organizada por la UNES-CO y celebrada en Maputo durante cuatrodías. "Será difícil alcanzar nuestros objeti-vos en la pobreza y el hambre. Sin un firmecompromiso de la comunidad internacional,nuestros esfuerzos desesperados serán envano".

Joachim Chissano recordó a los cercade 300 participantes procedentes de África,de Sudamérica, de Asia y de Europa, que lademocracia va unida a la tolerancia, el per-dón, la buena gobernabilidad y el diálogoconstante con los demás. Pero sobre todo,"la democracia no puede ser estable sin eldesarrollo. Las inversiones nacionales y ex-tranjeras resultan hoy indispensables parasalir adelante".

Si el presidente mozambiqueño escogióel lenguaje diplomático para expresar sumensaje, otros guardaron menos las formas.Para Salamao Mungoi y Hermunio Uorads,

C u l t u r a d e p a z

FRÁGILES RECONCILIACIONESEn Mozambique, en Camboya y en El Salvador, la paz sigue siendoprecaria y requiere el apoyo de toda la comunidad internacional.

ex combatientes, uno del FRELIMO y otrode la RENAMO (los dos movimientos ene-migos de la guerra civil), la conferencia deMaputo no tuvo suficientemente en cuen-ta los puntos de vista expresados ni lasideas intercambiadas, en especial en cuan-to a la situación de los cerca de 100.000soldados desmovilizados del país. "Quizássea necesario que la situación estalle paraque la gente nos tome en serio. Si no sesatisfacen las necesidades de los soldadosdesmovilizados o se los abandona, forzo-samente acudirán al único medio de su-pervivencia que conocen: la violencia".

Las calles de Maputo son ya un tristeejemplo: el atraco a mano armada, el robode automóviles y la violencia en generalson hoy la ocupación de combatientes deayer. El gobierno se jacta de sus progra-mas de reinserción para los soldadosdesmovilizados, pero, como señala el pro-pio Mungoi, "aquéllos de nosotros que sebenefician de esos programas eran com-batientes urbanos. Nuestros camaradas delbosque sufren. En mi condición de secre-tario general de la asociación de solda-dos desmovilizados, visito regularmente lasprovincias y veo lo que ocurre". Su decla-ración, acompañada de las de responsablespolíticos locales sobre la "paz frágil", nopueden más que reforzar los temores delpresidente Chissano, sobre la imposibili-dad de abordar el futuro sin sacudidas, sino llega la ayuda indispensable.

PILAR DE LA RECONSTRUCCIÓNGraça Machel, presidente de la comisiónnacional de Mozambique de la UNESCO,tampoco dudó en acusar a la comunidadinternacional de desinteresarse de la situa-ción de las mujeres y de los niños de lasregiones destrozadas por la guerra, al pres-tarles sólo una atención "superficial". Pre-cisamente las mujeres son el pilar de lareconstrucción de una sociedad tras unaguerra, y los niños son el futuro. "Un niñoal que le dicen ‘si quieres sobrevivir, mata,no respetes nada ni a nadie’, nunca seráaccesible a los valores morales, que sonla base de cualquier sociedad, sin una só-lida educación en la cultura de paz".

A pesar de las severas críticas conde-nando la ausencia en la conferencia de va-rios protagonistas fundamentales de

" Te s t imon i o v i v o de una c omun i dad ún i c a ,f o r j ada en l a d i v e r s i dad " , l a I S LA DEMOZAMB IQUE , e n e l no r t e de l pa í s ,e s t á amenazada . E l 2 de s ep t i embre , e ld i r e c t o r g ene ra l l an zó un l l amadoi n t e rna c i ona l pa ra l a s a l vagua rda de e s t es i t i o , i n s c r i t o en l a L i s t a d e l Pa t r imon i oMund i a l , que f ue una e s c a l a e s t r a t ég i c aen l a r u t a de l a s I nd i a s . Pa ra r e l anza r e ld e sa r r o l l o d e l a i s l a , d onde s e en t r emez -c l an t r ad i c i one s l o c a l e s e i n f l u en c i a spo r t ugue sa s , i n d i a s y á r abe s , s e pond ráen ma r cha un p r og rama que i n c l uye l ac r ea c i ón de un c en t r o de a r t e s an í a y un

c en t r o de edu ca c i ón y de f o rmac i ónj uven i l e s . E l c o s t o t o t a l s e a c e r c a a l o s11 m i l l one s de dó l a r e s . E l PNUD(600 .000 dó l a r e s ) y l a UNESCO(100 .000 ) ha c en l o s p r ime ro s apo r t e s .

Reunidos en la UNESCO, expertos de56 países adoptaron, el 8 de septiem-bre, un proyecto de declaración sobrelas responsabilidades de las generacio-nes presentes para con LAS GENERA-CIONES FUTURAS. A partir de un"imperativo moral" que impone "unasreglas de conducta", el documento"expresa un compromiso de la comu-nidad internacional con respecto atoda la humanidad a lo largo de lasgeneraciones", ya sea de la proteccióndel patrimonio y del medio ambiente,"de asegurar las condiciones para eldesarrollo socioeconómico" de lasgeneraciones venideras, o de no aten-tar "de ningún modo contra naturaleza nila forma humana de la vida". El proyec-to será presentado a la ConferenciaGeneral a comienzos de noviembre.

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P L A N E T A

V Í C T I M A " P R I V I L E G I A D A " D E L A S M I N A SA N T I P E R S O N A S : E S T A R Á E Q U I P A D O( F o t o © U N H C R / C . S a t t l b e r g e r ) .

Mozambique, los participantes proceden-tes de otros puntos conflictivos del mundocontaron sus experiencias y proporciona-ron valiosos testimonios sobre las estrate-gias de prevención y de resolución de losproblemas que amenazan la paz.

Kassie Neou, del Instituto de los Dere-chos Humanos de Camboya, resumió lasituación de su país: "Tenemos 60.000 víc-timas de minas terrestres, 60.000 huérfa-nos de guerra y 170.000 soldadosdesmovilizados, a los que hay que reacos-tumbrar a una vida normal. El gobierno

Pero lo más sorprendente son las diferen-cias. La forma africana de gobierno comu-nitario nos es extraña, pero nos ha anima-do a intensificar nuestras investigacionese incluso a copiarla, para hacer avanzarnuestras frágiles democracias". Él se nie-ga a acusar a los países ricos de haber ali-mentado las guerras del Tercer Mundo consus ventas de armas: "No es del todo cier-to. La historia nos enseña que los mayoresconflictos del siglo no han enfrentado apaíses pequeños, sino a las grandes poten-cias. Las guerras actuales del Tercer Mun-do no se deben a nuestra pobreza o rique-za. La cultura de la guerra no es sólo unacuestión de armas. Está en cualquier lu-gar donde imperan la injusticia, la discri-minación, la violencia, la extrema pobre-za, la negación de los derechos de las mu-jeres y de las necesidades elementales delos seres humanos".

" D E S E N C A N TA D O "Los políticos mozambiqueños suscribieronsin reservas esta opinión. Según MaximoDias y Carlos Reis, representantes de par-tidos de la oposición, estos factores coexis-ten en su país, a pesar de la amplia publici-dad realizada por el gobierno de "gestosdemocráticos", que ellos calificaron de"farsa", capaz tan solo de "engendrar unfuturo desencantado para nuestra sociedad".

Zeidan Ag Sidalamine, portavoz Tuaregde Malí, iluminó este sombrío panoramacon un toque optimista: "Nosotros hemosconseguido dar una paz duradera a nues-tro país. Actualmente los Tuaregs están re-presentados en número suficiente en el par-lamento, lo cual es un hecho sin preceden-tes. Ahora necesitamos una solución polí-tica y estoy seguro de que la alcanzaremosmás deprisa si la perseguimos con deter-minación".

Como recordó a los participantes el di-rector general de la UNESCO, FedericoMayor, "no podemos pagar el precio de laguerra al mismo tiempo que el de la paz;tenemos que escoger entre los dos. No exis-ten democracia ni desarrollo sin la paz...La cultura de paz requiere la implicaciónde todos los agentes y de todas las capassociales... La prevención es el pilar funda-mental de cualquier buena gobernabilidad,para evitar la guerra".

George OLA DAVIES,Maputo

E l PREMIO UNESCO DE EDUCAC IÓNPARA LA PAZ f u e c on c ed i do e l 29 deago s t o a F r an ço i s G i r aud , qu i en , d e sdeha ce más de 20 año s , s e d e s v i v e po r l ac au sa de l a paz y e l a c e r c am ien t o en t r ej ó vene s de d i s t i n t o s pa í s e s . C r eado r de lP r em io de l a Paz y de l a Compren s i ónMund i a l y d e l a s Un i v e r s i dade sI n t e rna c i ona l e s d e Ve rano pa ra l a Paz ,e s t e f r an c é s , méd i c o de f o rmac i ón ,mu l t i p l i c a s u s i n t e r ven c i one s pe r s ona l e s ysu s a r t í c u l o s en f a vo r de l a edu ca c i ónun i v e r s a l en l a paz . E l p r em io l e s e r áen t r egado e l 10 de d i c i emb re , D í aMund i a l d e l o s De r e cho s Humano s .

Diez millones de dólares es la cuantíadel préstamo concedido por el Fondode la Organización de PaísesExportadores de Petróleo (OPEP) aBOSNIA Y HERZEGOVINA, para larehabilitación de escuelas secundariasy técnicas. En el marco de su programade cooperación con el Fondo, laUNESCO ha participado en lapreparación y la evaluación de esteproyecto, cuyo seguimiento llevará acabo. El año pasado, la solidaridadde la región árabe con ese país ya semanifestó en un acuerdo entre laUNESCO y Arabia Saudí, para larestauración de monumentos y escue-las por valor de un millón de dólares.

Expe r t o s , i n ve s t i gado r e s y r e s pon sab l e sde ONG e spe c i a l i z ada s en l aEDUCAC IÓN EN LOS DERECHOSHUMANOS , s e r eun i e ron en Tu rku( F i n l and i a ) d e l 18 a l 21 de s ep t i embre ,po r i n i c i a t i v a de l a UNESCO . P r opu s i e r onuna " e s t r a t eg i a " pa ra l a i n s t au ra c i ón dee s t a edu ca c i ón , que ha c e h i n c ap i é en " l aind iv i s i b i l i dad de todos l o s de rechos de lse r humano : c i v i l e s , cu l tu ra le s , e conómi -co s , po l í t i c o s y so c i a l e s " . En e spe c i a l , e s t ae s t r a t eg i a i n s i s t e en l a ne c e s i dad deimp l i c a r a t odo s l o s agen t e s d e l as o c i edad c i v i l -mag i s t r ado s , pa r l amen ta -r i o s , f u e r za s a rmada s , j e f e s r e l i g i o s o s ,s i nd i c a l i s t a s y, po r s upue s t o , do c en t e s - enl a s d i s t i n t a s f o rmas que puede t omar l aedu ca c i ón en l o s d e r e cho s humano s .

C u l t u r a d e p a z

ya ha destinado fondos a un programa gi-gantesco, pero sigue siendo insuficientepara llevar en la buena dirección a los es-píritus de una décima parte de esas perso-nas". Él propuso que los programas de re-ducción de la pobreza del Banco Mundialsean más concretos. "Se necesitan progra-mas específicos para las víctimas de laguerra, las viudas y los soldados desmovi-lizados. Nuestra economía, que está en unestado deplorable, no puede asumir esacarga".

"En América Latina, ignorábamos queteníamos tantas cosas en común con Áfri-ca, antes de encontrarnos aquí por prime-ra vez, afirmó Francisco Lacayo, represen-tante de la UNESCO en El Salvador y en-cargado de coordinar el Programa de cul-tura de Paz de la Organización en ese país.

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F U E N T E S U N E S C O

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"El objetivo fundamental es el mismo entodas partes: garantizar que los medios decomunicación sean libres e independientes,que sus informaciones sean exactas y obje-tivas, tanto en el sector público como en elsector privado". En cuanto a este objetivointangible, propuesto por Federico Mayoren la inauguración del seminario europeosobre el fomento de medios de comunica-ción independientes y pluralistas, nadie dis-crepa -al menos oficialmente- y seguro queno los 200 participantes que acudieron aSofía del 10 al 13 de septiembre, invitadospor la UNESCO y la ONU. Pero entre mar-car un objetivo, delimitarlo con precisión ydibujar los caminos para alcanzarlo, existeun margen de interpretaciones, de sensibi-lidades tan variadas, de condiciones socioe-conómicas incomparables, de historias dis-tintas, que este seminario analizó sin pre-tender -la ambición habría sido desmesura-da- salvarlo, salvo adoptando principios ymedidas comunes (ver recuadro).

" N U N C A E S T Á J U S T I F I C A D O ""El encarcelamiento de periodistas en elejercicio de su profesión nunca está justifi-cado y representa una violación flagrantede las normas internacionales. La detenciónmás reciente -la de Pavel Cheremet, enBelarús- no es más que el último ejemplode una política inaceptable por parte de go-biernos de Europa y de otros continentes".Este extracto de la resolución presentada yaprobada por los participantes, da una ideade su posición con respecto a las violacio-nes de la libertad de prensa, que achacan alos poderes públicos, en sentido amplio,también de Azerbaiyán, Croacia, Serbia-Montenegro, Turquía y los territorios deBosnia y Herzegovina controlados por laRepública Sprska. Robert Ménard, directorde la ONG Reporteros sin Fronteras, opinaque, de los 20 países de la Europa central yoriental, 16 no respetan la libertad de pren-sa y seis la violan diariamente.

Violencia de Estado, pero también vio-lencia de los intereses privados, dos varian-tes que, sin embargo, están íntimamente li-gadas en un país -Rusia- donde, segúnGuiletto Chiessa, jefe de la oficina en Mos-cú del periódico italiano La Stampa, todoel mundo está salpicado por el delito. YegorYakovlev, redactor jefe de Obchtchaïa

M e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n

VARIOS CAMINOS, UNA META¿Qué se entiende por independencia y pluralismo de los medios decomunicación? ¿Cómo se consigue? Profesionales europeos debaten.

Gazeta, recordaba las "tres etapas" que losmedios de comunicación vivieron desde1985: primero la glasnost y "su libertadpara volver la cabeza"; después "los ban-queros, que se agolpaban en los vestíbu-los de las redacciones", porque entoncesse consideraba "de prestigio" ayudar a losmedios de comunicación, después de quesu financiación pública se agotara; por úl-timo, el tiempo presente, en que "los ban-queros piden favores a cambio de su dine-ro" y en que, en su mayoría, "los mediosde comunicación hacen lo que les orde-nan", a costa de "una manipulación sinvergüenza de la opinión pública".

Estos son casos extremos, ya se debana una oligarquía pública o privada, que losparticipantes consideraron totalmente con-denables. Pero a parte de esto, las nocio-nes de independencia y de pluralismo delos medios de comunicación, y los mediosconcretos para garantizarlos, siguen dan-do lugar a debates. Y desde este punto devista, Europa no se divide entre "maestros"(en el Oeste) y "alumnos" (en el Este). Porejemplo, Ihar Germianchuk, redactor jefedel semanario belarruso Svoboda, opinabaque le correspondía al Este dar leccionesal Oeste, enseñándole a garantizar la su-pervivencia de un periódico en condicio-nes particularmente difíciles. Y MiaDoornaert, periodista del Standaard deLieja, ex presidenta de la Federación In-ternacional de Periodistas, puntualizabaque nadie estaba allí para dar lecciones anadie.

R O M P E R E L M O N O P O L I OPorque aunque, en el Este, la prioridad fueprimero, y sigue siendo en algunos países,romper el monopolio del que disfrutabanhasta entonces los medios de comunicacióndel Estado, la cuestión de la independen-cia y del pluralismo se plantea todavía aambos lados del antigua cortina de hierro.¿Independencia de quién y con respecto aqué? ¿Independencia con respecto a los po-deres públicos y, por consiguiente, desapa-rición de los medios de comunicación pú-blicos? ¿O es necesario que estén dirigi-dos por un consejo de administración re-presentativo del conjunto de la sociedad,como propone Alfonso Ruiz de Assin, vi-cepresidente de la Asociación Europea de

" L a s mu j e r e s c ompa r t en pe rmanen t emen t el o que ap r enden y e s t o e s nuevo " ,c on s t a t a un mae s t r o i t i n e r an t e de un"p roye c t o de EDUCAC IÓN NO FORMALA D I S TA N C I A d e l a s m u j e r e s n ó m a d a sde l d e s i e r t o de Gob i " . E l n º 12 ( en i ng l é sy f r an c é s ) d e l a s e r i e E du ca c i ón pa rat odo s : c onve r t i r l a en r ea l i dad p r e s en t ae s t e p r oye c t o , que ha pe rm i t i d o a l a smu j e r e s a l f abe t i z a r s e y adqu i r i r uno s

c ono c im i en t o s p r á c t i c o s adap t ado s a s u se s t i l o s y c ond i c i one s de v i da : f ab r i c a c i ónde p rodu c t o s a r t e s ana l e s , no c i one s c ome r-c i a l e s , p l an i f i c a c i ón f am i l i a r, e t c . V i s t osu éx i t o , e l p r oye c t o s e ha amp l i ado al o s d emás m i embro s de l a f am i l i a .

La demanda mundial de agua se hamultiplicado por seis o siete en unsiglo, o sea el doble que el crecimien-to demográfico. Para hacerle frente, elhombre modifica el ciclo hidrológicorealizando pozos, conducciones deagua y obras de irrigación, a menudoacompañadas de despilfarro y conta-minación. Un folleto titulado HABRÁBASTANTE AGUA EN LA TIERRA, quepublican la UNESCO y la Organiza-ción Meteorológica Mundial, presentala situación y esboza una "estrategiamundial del agua", basada en laevaluación de los recursos, lasproyecciones de su uso y, sobre todo,un cambio de los comportamientos.

☞ P r o g r a m a d e a c c i ó n m u n d i a l e nf a v o r d e l a e d u c a c i ó n p a r a t o d o s

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Radios? ¿Independencia de los periodis-tas con respecto a los propietarios del me-dio? Éstos podrían llegar a confundir elfomento de sus intereses económicos opolíticos con las exigencias de una infor-mación "objetiva". Dusan Reljic, del Ins-tituto Europeo de Medios de Comunica-ción, propuso una carta que protegiera laautonomía de los periodistas dentro de losmedios de comunicación. Marylin Green,del Comité Mundial por la Libertad dePrensa, se mostró muy circunspecta: losredactores jefe pasan, los propietarios per-manecen y marcan la línea editorial.

Por su parte, Mia Doornaert defendióuna "autorregulación voluntaria", elabo-rada conjuntamente por periodistas, direc-tores y propietarios. Incluso planteó lacuestión de la independencia con respectoa las expectativas del público, del que opi-na que una gran parte prefiere lo sensa-cional a la información, la emoción a larazón, el discurso de odio al lenguaje dela tolerancia. ¿Esta independencia debellegar hasta el ejercicio de una especie demagisterio, que autorice a darle al públi-co, no lo que quiere, sino lo que no sabeque quiere, como insinuaba la presidentadel sindicato de periodistas noruegos, DiisBoehn?

La posición no es unánime en materiade legislación. Jane E. Kirtley, del"Reporters Committee for Freedom of thePress", defendió una norma elemental:nada de legislación, o si acaso una simple

declaración que prohiba que el gobierno li-mite la libertad de prensa. Frances D’Souza,de la ONG Artículo XIX, insiste: inclusocuando son buenas, las leyes pueden utili-zarse con malos fines o pueden modificarseen sentido peligroso. Pero entonces ¿no secorre el peligro de perder un control nece-sario, por motivos culturales y de orden pú-blico, como desea Hervé Bourges, presiden-te del Consejo Superior Audiovisual fran-cés? ¿No se corre el peligro, al tratar a losmedios de comunicación como cualquierproducto comercial, de que entren en la es-piral de las concentraciones que conduce ala constitución de un "mercado oligo-polista", en palabras del comisario europeoLeon Brittan, y de que el pluralismo nau-frague por completo? Pero ¿algunas leyespueden -y deben- intentar contener unastransformaciones económicas y técnicasque parecen arrastrarlo todo a su paso? Di-cho de otro modo, ¿la información es unsector aparte, que puede y debe situarse almargen, o incluso fuera, del pleno ejerci-cio de las fuerzas del mercado?

Mia Doornaert recordó la célebre frasede Albert Camus: "cuando la prensa es li-bre, es buena o mala; cuando la prensa estásometida, sólo es mala". La fórmula es tanclara que se puede pensar que cierra el de-bate. A no ser que se reúna a gente de losmedios de comunicación para que definanpalabras tan sencillas como "libre", "someti-da", "buena", "mala". Ayer, hoy y mañana.

El seminario de Sofía era la quinta de una serie de reuniones del mismo tipo, después de Windhoek(Namibia, 1991), Almaty (Kazakstán, 1992), Santiago (Chile, 1994) y Saná (Yemen, 1996). Ladeclaración que adoptó apoya "el movimiento que se perfila en el mundo entero hacia la democra-cia", pero opina que la ignorancia de los principios de "libertad de expresión y de información...podría amenazar el desarrollo de la sociedad civil o llevar a un retorno del totalitarismo".

Lamenta "vivamente" que "casi todos los asesinatos y demás crímenes cometidos en contra deperiodistas y demás profesionales de los medios de comunicación, en Europa y en otras parte delmundo, permanezcan impunes" y ruega "encarecidamente" "a los gobiernos que liberen inmediata-mente a los periodistas que han sido encarcelados por sus actividades profesionales". "En todos losmedios de comunicación, la independencia profesional y la libertad periodística y editorial debenestar reconocidas", incluso en los medios de comunicación de servicio público. La declaración propug-na una mejor formación de los periodistas, el acceso a las nuevas tecnologías de la comunicación y elapoyo económico al desarrollo de medios de comunicación independientes.

Invita a la Asamblea General de las Naciones Unidas "a tomar medidas destinadas a mejorar laaplicación y a hacer obligatoria la Declaración universal de los derechos humanos, «en especial elartículo 19", que dispone que "todo individuo tiene derecho a la libertad de opinión y de expresión,lo cual implica el derecho a no ser molestado por sus opiniones y el de buscar, recibir y difundir, sinconsideración de fronteras, las informaciones y las ideas a través de cualquier medio de expresión".

" L o s o c éano s , un pa t r imon i o pa ra e lf u t u r o " s e r á e l t ema de l a EXPO 98( L i s boa , 22 de mayo a 30 de s ep t i embrede 1998 ) . C o i n c i d i r á c on e l qu i n t oc en t ena r i o de l v i a j e a l a I nd i a de lnavegan t e po r t ugué s Va s c o de Gama , a s íc omo c on e l Año I n t e rna c i ona l d e lO céano , p r o c l amado po r l a s Na c i one sUn i da s . S egún un a cue rdo f i rmado e l 25de ago s t o po r e l Gob i e rno po r t ugué s , l a sNa c i one s Un i da s y l a UNESCO , l a si n s t i t u c i one s de l s i s t ema - quede sempeñan un pape l d e mo to r en l ac ompren s i ón y l a g e s t i ón de l mundomar i no - pa r t i c i p a rán en é l .E l s e c r e t a r i o g ene ra l d e l a s Na c i one sUn i da s de s i gnó a Hé l ène Go s s e l i n ,d i r e c t o r a de l a O f i c i na de I n f o rmac i ón a lPúb l i c o de l a UNESCO , c oo rd i nado ra yc om i s a r i a gene ra l d e l Pabe l l ón de l a sN a c i o n e s U n i d a s .

Lanzada en 1974 por la UNESCO yel Gobierno paquistaní, la campañainternacional para la SALVAGUARDADE MOHENJODARO finalizó con laúltima reunión de su comité,celebrada en Islamabad del 13 al 17

de septiembre. Permitió recaudar 24millones de dólares, pero quedamucho por hacer: sólo el 10 % de lasuperficie del yacimiento, calculadaen 700 hectáreas, ha quedado aldescubierto. Gracias a un sistemafotogramétrico, se han inventariado3.000 edificios y 7.000 objetos deesta ciudad de la civilización del Indo,que se remonta al tercer milenio antesde Cristo.El Gobierno dispone todavía de unosdos millones de dólares paracontinuar la revalorización del sitio ydebe crear "una estructuraadministrativa permanente".

LA DECLARACIÓN DE SOFÍA

M e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N ° 9 4 / O C T U B R E 1 9 9 7

" A l o l a r go de s u s p r ime ro s año s , l o sn i ño s ap r enden una s l e c c i one s quecon se r va rán du ran t e t oda l a v i da . E s t a sexpe r i en c i a s l e s p e rm i t i r án , c uando s eanmayo re s , s e r c i udadano s pa c í f i c o s ov i o l en t o s , t r aba j ado r e s d i l i g en t e s oi nd i s c i p l i n ado s , pad r e s a t en t o s oi nd i f e r en t e s " . L a p r ime ra dama deE s t ado s Un i do s , H i l l a r y C l i n t on , o f r e c e s u" pun t o de v i s t a " s ob r e un a spe c t o de l aedu ca c i ón pa ra t odo s que a v e c e s s eo l v i da - e l d e sa r r o l l o d e l a PEQUEÑA

INFANC IA - , e n e l n º 28 de l bo l e t í n E FA2000 , t i t u l ado A l o s o cho año s ya e sdemas i ado t a r de . En é l s e o f r e c enen foque s que s e ba san en l a c o l abo ra c i ónen t r e e l E s t ado , l a s ONG , l o s pad r e s y l ac omun i dad .

"Con un techo agujereado por lasbalas, me veo obligada a detener laclase cuando llueve". "Lo que megusta hacer es enseñar, pero me pasocasi todo el tiempo haciendo paz"."Tengo la impresión de cultivar unosárboles que dan frutos". En el folletotitulado El valor encarnado: retratos,Thea, Elizabeth, Samih y otros seisMAESTROS cuentan sus experiencias.Sus puntos en común, donde quieraque estén, son: el amor por suprofesión, unas condiciones adversas,unos sueldos míseros.

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Es la historia de un rabino y de sus alum-nos, que discuten sobre cuándo empieza eldía. En el momento en que se puede distin-guir una cabra de una oveja, responde uno;cuando se ve la diferencia entre un olivo yuna higuera, defiende otro. Falso, intervie-ne el rabino: cuando un ser humano mira aotro de frente y dice: "ella es mi hermana"o "él es mi hermano", entonces la nocheacaba y el día empieza.

El teólogo musulmán sudafricano FaridEsack no podía citar una parábola más cons-tructiva para introducir el debate sobre eltema "Aprender a vivir juntos", que se ce-lebró en la UNESCO (15-17 de septiembre)en el marco del seguimiento del InformeDelors sobre la educación (v. Fuentes nº 78,abril de 1996). Pero una de las conclusio-nes que se derivan de las conversaciones conlos participantes y de una serie de entrevis-tas a profesores y responsables educativos,recogidas en 13 países, es que, hoy, la insti-tución escolar esta inmersa en la penumbra.

E N V Í A S D E D E S A PA R I C I Ó N"La escuela separa, en lugar de permitir elreencuentro, resume el sociólogo francésAlain Touraine. Al quedar vinculada a unamisión de integración en un orden econó-mico y social único, representa una de lasinstituciones más retrasadas y un factor dedesigualdad creciente. La escuela está envías de desaparición: aparentemente es unlugar por el que pasa todo el mundo, perocada vez es menos real socialmente". Encambio, cuando no intenta perpetuar, deforma más o menos autoritaria, un modelode conformidad social, añade, la escuelaabandona su misión "de reconstrucción dela vida social, de gestión colectiva de losdestinos individuales. Entonces ya no esmás que un lugar de aprendizaje de las téc-nicas, dejando que los contenidos persona-les se desarrollen en grupos comunitarios,sectas, barrios, etc".

"Actualmente, los extranjeros estánaquí, entre nosotros; existen cada vez másmigraciones; las culturas y las religionesse cruzan en el mismo barrio, la misma es-cuela, afirma el sociólogo mexicanoRodolfo Stavenhagen. Algunos Estados hancreído en políticas nacionales de educación,para intentar asimilar a los extranjeros.Pero cada vez rechazan más este modelo".

E d u c a c i ó n

LA ESCUELA EN LA PENUMBRAPara realizar su misión de "reconstrucción de la vida social", la escueladebe formar ciudadanos iguales y solidarios en su diversidad.

En Japón, es en la escuela donde los niñoscoreanos viven su primera experiencia dediscriminación, explica el sociólogoYasunori Fukuoka. La presión es tan fuer-te que el 80% emplea nombres japonesespara ocultar sus orígenes. "La enseñanzano incluye ninguna clase sobre las diferen-cias étnicas y las minorías. Japón se su-pone que es un país homogéneo,monoétnico. Allí se empuja a los alumnosa fundirse en la masa, con la amenaza, sise niegan, de ser rechazados. La igualdadpara todos, que es el principio de la ense-ñanza japonesa, sólo es válida para aqué-llos que se conforman a los criterios de laortodoxia nacional".

Por supuesto, la escuela aun puede ha-cer menos en los países destrozados por laguerra y el odio, donde la misma idea devivir juntos no puede permanecer. EnRwanda, "la escuela está en un callejónsin salida", explica Félicité AyinkamiyeMwumvaneza, una profesora que intenta,a pesar de todo, transmitir mensajes de re-conciliación en sus clases. "Siempre hayun silencio terrible, que desorienta mucho.Un profesor llega a clase, enseña matemá-ticas o historia y se va. Él opina que elresto no es de su incumbencia".

I G U A L D A D"No se puede pedir a los carceleros y a losprisioneros que vivan juntos, señala Esack.La cuestión fundamental es la igualdad delas relaciones sociales que te unen". En supaís, "la retórica de la coexistencia pacífi-ca fue empleada por la minoría que esta-ba en el poder cuando se dio cuenta de queel juego del dominio racial ya no era posi-ble. Ahora, la reconciliación sigue siendouna arma que se sigue mostrando ante lasriquezas mal conseguidas y para ocultarlas injusticias del pasado". Difícilmentepenetra en la escuela, como atestigua PinkyHassan, maestra de Johannesburgo. Aun-que la multirracialidad se instituyó en 1995,"a los padres les cuesta imaginar a sus hi-jos sentados en el mismo banco que losniños negros; pero sobre todo, algunos nosoportan la relación de un maestro negroy unos niños blancos". Por eso sacan a sushijos de la escuela pública para matricular-los en la privada o "colocarlos delante deuna pantalla de ordenador".

☞ P r o g r a m a d e a c c i ó n m u n d i a l e nf a v o r d e l a e d u c a c i ó n p a r a t o d o s

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F U E N T E S U N E S C O N ° 9 4 / O C T U B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organización de las Naciones Unidaspara la Educación, la Ciencia y la Cultura (tel: 33 145681673; fax: 33 1 45685654). Las edicionesen inglés y francés se realizan enteramente en lasede; las ediciones en español y catalán, con el Cen-tro UNESCO de Cataluña, Mallorca 285, 08037 Bar-celona, España; la edición en chino, con la AgenciaXINHUA, 57 Xuanwumen Xidajie, Beijing, China;la edición en portugués, con la Comisión Nacionalpara la UNESCO, Avenida Infante Santo nº 42, 5º,1300 Lisboa, Portugal.Responsable de la publicación: R. Lefort. Re-dactores: S. Williams, S. Boukhari, A. Otchet. Se-cretaria de redacción: C. Mouillère. Versión enespañol: L. Sampedro (París), E. Kouamou (Bar-celona). Compaginación: G. Traiano. F. Ryan. Se-cretaría y difusión: D. Maarek.Fotograbado e impresión en los talleres de laUNESCO. Distribución a través de los servicios es-pecializados de la UNESCO.

O T R O L U G A RP A R AA P R E N D E R A" V I V I RJ U N T O S " : L AC A N T I N A D E L AE S C U E L A ( F o t oU N E S C O / I n e zF o r b e s ) .

E d u c a c i ó n

Pero, sin entrar en esos casos extremos,"donde la escuela no puede resolver losproblemas políticos, ¿cómo se puede, sepregunta Stavenhagen, enseñar a vivir conlos demás, no necesariamente los demo-nios, sino simplemente las colectividadeshumanas distintas?" "La escuela debe ha-cer del niño alguien que tenga la capaci-dad creciente de formar proyectos perso-nales, responde Touraine. Lo que hace fal-ta es reconocer el derecho de cada cual aconstruir su propia síntesis entre religión,lengua y convicciones personales, por unlado, y técnica, economía y ciencia, porotra". Dicho claramente, la escuela debeenseñar ante todo que ya no hay necesidad

su creación, en 1989. "Es difícil definir lainterculturalidad, reconoce su director,Massimo Guidotti. Empecemos por lo queno es: no es hacer información, folclore nigeografía. Es, incorporando la familia ala comunidad pedagógica, reconstruir lu-gares de memoria y de afectividad". "Laintegración no significa la esterilización dela cultura de origen", confirma el muyinnovador y cuestionado británico TimBrighouse, responsable de enseñanza enBirmingham, donde la mitad de los alum-nos son de origen no europeo. Desde quelas reformas thatcherianas instituyeron elprincipio de "elecciones de los padres",éstos pueden enviar a sus hijos a cualquier

Ce r c a de t r e i n t a e s pe c i a l i s t a s a f r i c ano sde l a edu ca c i ón s e r eun i e r on en Ha ra r e(Z imbabwe ) de l 8 a l 12 de s ep t i embre ,den t r o de l p r oye c t o de l a UNESCO"F O R M A C I Ó N c i e n t í f i c a , t é c n i c a yp ro f e s i ona l d e l a s c h i c a s en Á f r i c a " .Ten i endo en c uen t a l a s expe r i en c i a sr ea l i z ada s en a l guno s pa í s e s d e l ar eg i ón , l o s pa r t i c i p an t e s adop t a r on unp l an de a c c i ón que p r evé , e s pe c i a lmen t e ,l a ex t en s i ón a o t r o s pa í s e s a f r i c ano s del a s a c t i v i dade s ex t r ae s c o l a r e s i n i c i a da sen Bo t swana , Ghana y Z imbabwe , c omocampos de f o rmac i ón y c l a se s i t i ne ran te s .

¿Cómo lograr que los jóvenesparticipen en la salvaguarda delPATRIMONIO MUNDIAL? ¿Cómoconciliar el turismo con la protección?¿Cómo mejorar la gestión de lossitios? A través de la observacióndirecta, un centenar de alumnos ymaestros de 20 países de la regiónAsia-Pacífico debatieron durante unforo celebrado en Beijin del 15 al 21de septiembre. Visitaron los sitios dela capital china y de sus alrededores,y se informaron sobre su importanciafilosófica y cultural. Tras la ricaexperiencia adquirida, formularonrecomendaciones sobre laconservación del patrimonio a escalanacional y subregional.

de ser idénticos para ser ciudadanos igua-les. Para ello, debe sufrir tres transforma-ciones fundamentales. En primer lugar, "fo-mentar la capacidad innovadora de cadauno: enseñar a inventar, más que a con-formarse. Segundo, debe ser heterogéneay reconocer la diversidad. Ya no tiene queidentificar una cultura, una sociedad po-lítica, una economía concreta con lo uni-versal. El tercer elemento es la solidari-dad. Hay que dar ventajas relativas, entérminos de número de alumnos, de tiem-po pasado, de relaciones profesorado-alumnado, a quienes están en situacionesdifíciles".

Esta nueva enseñanza debe empezar enla más tierna infancia, defiende FaridEsack. "Si los niños muy pequeños soncapaces de incorporar los prejuicios, tam-bién pueden ‘desaprenderlos’. Hay queempezar en el nivel preescolar".

Ésto es lo que intenta la escuela prees-colar Celio Azzuro de Roma, que ha acogi-do a 400 niños de 34 nacionalidades desde

escuela. El resultado es que algunas se hanconvertido en monoculturales. "Nuestraidea no es asimilar, sino honrar las distin-tas culturas y lenguas de los alumnos, parareforzar su cultura de pertenencia y al mis-mo tiempo su cultura inglesa".

Un principio que Lynne Morris aplicaen la escuela Aston Manor de la misma ciu-dad, que dirige. "Nosotros insistimos antetodo en el derecho a la elección, que rei-vindican muchos adolescentes. Deben po-der utilizar las dos fuerzas: la inglesa y laoriginal. Quitarles esa elección es un error.Desgraciadamente, cuando llega el fin delperíodo de obligación escolar, regresan asu entorno familiar. Concretamente las ni-ñas, sobre todo en los medios musulmanes,sufren matrimonios concertados y siguenlos estudios en menor número. Lo único quenos anima a continuar es el saber que leshemos dado un estado de conciencia quepodrán utilizar más tarde".

S. B.

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Los representantes de los Estados partes de la Convención para la protección de los BIENES CULTU-

RALES EN CASO DE CONFLICTO ARMADO se reunirán en la Sede el 13 de noviembre.

El Día Internacional de la TOLERANCIA (16 de noviembre) se celebrará en la Sede con un festival de

cine sobre este tema (17-21). Se esperan unos 300 investigadores y catedráticos en la conferencia

internacional "CIENCIAS, CIENTÍFICOS Y TOLERANCIA" en Sao Paulo (Brasil) del 18

al 22 de noviembre. El conjunto del sistema de las Naciones Unidas celebrará el 29 de noviembre, el Día

Internacional de SOLIDARIDAD CON EL PUEBLO PALESTINO. "EL HOM-

BRE DE PEKÍN: del fuego a la electricidad" será el tema de una conferencia en la Sede el 25 de

noviembre. Filósofos, teólogos y politólogos se reunirán en Nápoles (Italia), del 1o al 4 de diciembre, para

debatir sobre la ÉTICA UNIVERSAL. El trabajo artesanal de las MUJERES DE BOSNIA

Y HERZEGOVINA y los programas de microcrédito serán presentados en la Sede del 1o al 5 de

diciembre. Del 1o al 6 de diciembre, el Comité del PATRIMONIO MUNDIAL se reunirá en

Nápoles con miras a la inscripción de nuevos sitios en la lista del Patrimonio Mundial. Dentro del proyecto

LINGUAPAX, se llevará a cabo en Cochabamba (Bolivia) del 1o al 7 de diciembre, un seminario sobre la

EDUCACIÓN BILINGÜE E INTERCULTURAL. El 3 de diciembre se celebrará el Día

Mundial de las personas MINUSVÁLIDAS. Del 4 al 6 de diciembre en la Sede, en el marco de

MOST (Gestión de las TRANSFORMACIONES SOCIALES), lingüistas compararán sus trabajos

sobre el lenguaje utilizado por las sociedades para definir los elementos que componen sus ciudades. La

educación y la sensibilización del público a la sostenibilidad centrará los debates de una conferencia

internacional sobre EL MEDIO AMBIENTE Y LA SOCIEDAD (Tesalónica, Grecia, del 8

al 12 de diciembre). Durante el Día de los Derechos Humanos, el 10 de diciembre, se entregará el premio

UNESCO de la EDUCACIÓN PARA LA PAZ.

Con motivo del 25o aniversario de la Convención sobre la Protección del Patrimonio Mundial, el PRÓXIMO

TEMA CENTRAL tratará sobre las presiones que sufren los bienes culturales y naturales de la

humanidad, con una serie de reportajes sobre los sitios en peligro.

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U N E S C OFUENTES