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    Competcis TIC.Estudo de Implemeto.

    Vol. 1

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | v

    FICha TCnICa

    Ttlo:Competcis TIC. Estudo de Implemeto. Vol. 1

    Entidade adjdicante:Gbiete de Esttstic e Plemeto d Educo (GEPE)

    Eqipa Responsvel pelo Estdo:

    FaCULDaDE DE PSICOLOGIa E DE CInCIaSDa EDUCaO Da UnIVERSIDaDE DE LISBOaFerdo albuuerue Cost (Coordedor)gel RodriguesMri hele PerltBolseirs de Ivestigo:Elisbete CruzOlg Reis

    UnIVERSIDaDE DE VORaJos Lus RmosLus SebstioVicci Mio

    UnIVERSIDaDE DO MInhOPulo Dis

    Mri Joo Gomesatio Jos Osrioalti RmosLus Vlete

    Edio:Gbiete de Esttstic e Plemeto d Educo (GEPE)av. 24 Julo, . 1341399-054 LISBOaTel.: 213 949 200Fx: 213 957 610URL: ttp:\\www.gepe.mi-edu.pt

    Novembro de 2008Pgio e Cp: Upstirs, Desig StudioExecuo Grc: Editoril do Miistrio d EducoTirgem: 200 exemplresISBn: 978-972-614-431-1

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | vii

    nOTa DE aPRESEnTaO

    O projecto Competcis TIC provvelmete o mior deso do Plo Tecolgico d Educo e pedr gu-

    lr d estrtgi de cpcito dos professores pr iovo ds sus prtics pedggics com o recurso s

    tecologis d iformo e d comuico. Este projecto cotempl, por um ldo, crio de um sistem de

    formo e certico de competcis TIC pr professores e o docetes, e, por outro ldo, o esforo de reco-

    ecimeto, o udro duele sistem, ds competcis TIC de pelo meos 90% dos professores t 2010.

    Pr cumprir o primeiro objectivo, er ecessrio respoder seguite uesto: como crir um modelo de

    formo e certico de competcis modulr, seuecil e disciplirmete orietdo ue sej fcil-

    mete itegrvel o sistem de formo cotu de professores?

    a estrtgi seguid foi de mobilizr ivestigdores de norte Sul do Ps, um rede colbortiv ue

    jutou um euip de ivestigdores de topo ds Uiversiddes de Lisbo, de vor e do Mio e mis de

    dus dezes de dirigetes e tcicos do Miistrio d Educo.

    O fruto mior dess colboro ue evolveu id lrgs dezes de professores, luos, peritos, directo-

    res de cetros de formo de professores, de cetros de competcis e de estbelecimetos de esio

    o estudo de implemeto do projecto Competcis TIC ue ui se preset com ssitur d j

    referid euip de ivestigdores.

    grs o extrordirio trblo de Ferdo albuuerue Cost, ue coordeou, de gel Rodrigues,

    Mri hele Perlt, Elisbete Cruz, Olg Reis, Jos Lus Rmos, Lus Sebstio, Vicci Mio, Pulo Dis,

    Mri Joo Gomes, atio Jos Osrio, alti Rmos e Lus Vlete, ue o Miistrio d Educo est este

    mometo em codies de cumprir o primeiro objectivo, com um propost ue cremos de excelci, cos-

    trud com bse os melores modelos iterciois de referci.

    a propost cetr s escols vlorizo dos seus prossiois. portto s escols, e os cetros de form-

    o ue se ecotrm o seu servio, ue deve ser tribudo o ppel pricipl operciolizo do modelo.

    Espermos, o etto, ue o trblo d euip ue produziu o estudo o termie ui, e ue opercio-lizo do projecto poss cotr com o turl e eriuecedor setido crtico de uem o cocebeu.

    Joana Brocardo

    Directora-Geral de Inovaoe de Desenvolvimento Curricular

    Jorge Sarmento Morais

    Director-Geral dos RecursosHumanos da Educao

    Joo Trocado da Mata

    Coordenador do Plano Tecnolgicoda Educao

    Director-Geral do Gabinetede Estatstica e Planeamento

    da Educao

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | ix

    aGRaDECIMEnTOS

    Cotriburm pr relizo deste estudo diferetes pessos, ttulo idividul ou colectivo, e etiddes

    uem gostrmos de expressr o osso grdecimeto. Referimo-os em especil:

    aos diferetes Servios do Miistrio d Educo, omedmete o Gbiete de Esttstic e Ple-

    meto d Educo, Direco Gerl de Recursos humos d Educo e Direco Gerl de Iovo

    e Desevolvimeto Curriculr, pel dispoibilidde demostrd e pelo cesso iformo ecessri

    cocretizo do estudo;

    ao Grupo de Trblo iterdeprtmetl do Miistrio d Educo resposvel pelo compmeto do

    estudo, pesso d su coordedor, Dr. Li Vicete, pel pertici dos cometrios e sugestesfeits s diferetes reuies relizds o logo do processo de desevolvimeto do estudo;

    aos colegs do Cetro de Competci d Uiversidde de aveiro, Professores Doutores atio Moreir

    e Mri Jos Loureiro, e do Cetro de Competci d Fculdde de Cicis d Uiversidde de Lisbo,

    Professor Doutor Joo Filipe de Mtos e Mestre neuz Pereir, pels reexes ue ceitrm relizr em

    res de grde importci pr problemtic do estudo. no cso do Cetro de Competci d Ui-

    versidde de aveiro, grdecer id o poio logstico relizo de um ds etrevists de grupo com

    os iformtes cve d regio Cetro do ps;

    s utors dos resttes estudos prcelres ecomeddos, Mestres Frcisc Sores e Sdr Frdo, e

    Drs. Pul Trigo, a Ctri Mrto e Slvi S;

    ao vsto leue de professores directmete evolvidos os processos de formo ue tivemos oportu-

    idde de ouvir presecilmete o logo do ps (Directores de Escols, de Cetros de Formo e de

    Cetros de Competci; Coordedores TIC, Formdores em TIC);

    a todos os Especilists re ds TIC e Represettes ds associes de Professores ue ceitrm

    dr-os su perspectiv sobre s res cetris do estudo;

    aos luos do 1 ao d Licecitur em Cicis d Educo d Fculdde de Psicologi e de Cicis d

    Educo d Uiversidde de Lisbo ue, com grde volutrismo, dedicrm um pouco do seu tempo

    pr os drem su viso ds competcis dos professores o domio ds TIC;

    s Uiversiddes do Mio e de vor, pel receptividde e poio forecido loclmete s diferetes ctivi-

    ddes relizds;

    Uidde de Ivestigo & Desevolvimeto de Cicis d Educo d Uiversidde de Lisbo, pes-

    so do seu Coordedor, Professor Doutor Rui Crio, pelo suporte forecido durte cocretizo dos

    trblos referetes o desevolvimeto do estudo.

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    x | PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO

    nDICE

    SUMRIO EXECUTIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xiii

    nOTa InTRODUTRIa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

    I. mbito e objectivos do estdo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

    1. mbito do estudo 9

    2. Objectivos 12

    II. Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151. Itroduo 17

    2. Costituio d euip 17

    3. Estrtgi gerl delied 18

    4. Percurso metodolgico 20

    III. Enqadramento geral do estdo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

    1. Itroduo 27

    2. Mud ds prtics com TIC em cotexto eductivo 33

    3. alicerces d formo de professores pr o uso ds TIC 42

    4. Cosideres is pr estruturo d formo 46

    IV. Proposta de Sistema de Formao e Certicao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

    1. Viso globl do sistem proposto 53

    2. Referecil de Competcis em TIC 54

    2.1. Itroduo 54

    2.2. Pr costruo do Referecil de Competcis em TIC 55

    2.3. O Referecil de Competcis em TIC pr professores 70

    2.4. O Referecil de Competcis em TIC pr pessol o docete ds escols 75

    3. Modelo de Formo Cotu 783.1. Modelo de formo cotu pr professores 78

    3.2. Modelo de formo pr os fuciorios o docetes 96

    4. Modelo de Certico de Competcis 99

    4.1. Itroduo 99

    4.2. Pricpios geris 99

    4.3. Certico de Competcis Digitis 102

    4.4. Certico de Competcis Pedggics em TIC/

    Competcis Pedggics em TIC de nvel avdo 114

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    4.5. Certico de Competcis Digitis dos fuciorios o docetes 115

    5. Implemeto e Moitorizo do Sistem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117

    5.1. Itroduo 117

    5.2. Stese dos pricipis orgizdores coceptuis do Projecto 117

    5.3. Modelo de Implemeto 120

    5.4. Estimtiv de custos de implemeto e muteo 129

    V. Recomendaes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141

    REFERnCIaS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149

    aPnDICES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171apdice 1 Mdulos de formo 173

    apdice 2 List de euivlcis pr certico utomtic 192

    apdice 3 Elemetos ucleres sobre o Sistem de Iformo 196

    apdice 4 List de especilists uscultdos 198

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | xiii

    nDICE DE qUaDROS

    qudro 1 Tipos de Certicdos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xvi

    qudro 2 Mcro competcis do Professor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xvi

    qudro I.1 questes de prtid e objectivos/produtos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

    qudro I.2 questes orietdors pr s 3 res cve do estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

    qudro II.1 Viso Globl d estrtgi delied. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

    qudro IV.1 Mdulos pr obteo de Certicdo de Competcis

    Digitis (docetes) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92

    qudro IV.2 Mdulos pr obteo de Certicdo de Competcis Pedggics

    com TIC (docetes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94qudro IV.3 Mdulos pr obteo de Certicdo de Competcis Digitis (pessol o docete).. 98

    qudro IV.4 qudro siptico dos processos de tribuio do Certicdo

    de Competcis Digitis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113

    qudro IV.5 res do Sistem de Iformo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121

    qudro IV.6 Fses e aces d Implemeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127

    qudro IV.7 Estimtiv de mero de professores tomd como bse pr o clculo

    de custos d implemeto ds mets do PTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130

    qudro IV.8 Estimtiv do mero de docetes brgidos por ces de formo

    cotu re ds TIC etre 2000 e 2006.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130

    qudro IV.9 Fses de desevolvimeto e implemetodo Sistem de Iformo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132

    qudro IV.10 Custos com cocepo e desevolvimeto do Sistem de Iformo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132

    qudro IV.11 Custos com orgizo e divulgo

    d Coferci nciol. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133

    qudro IV.12 Custos com cocepo e impresso do Gui Iformtivo sobre o Projecto

    `Competcis TIC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134

    qudro IV.13 Custos com produo de mteriis e recursos de poio obteo

    do Certicdo de Competcis Digitis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135

    qudro IV.14 Custos com o desevolvimeto de produtos iterctivos de uto-formo de poio obteo do Certicdo de Competcis Pedggics com TIC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135

    qudro IV.15 Custos com housig, poio tcico e comuices mesis do Sistem de Iformo . 136

    qudro IV.16 Distribuio dos destitrios do projecto pelos diferetes

    processos de certico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136

    qudro IV.17 Ddos pr orgizo d formo coducete certico Cerio B. . . . . . . . . . . . . . . . . 137

    qudro IV.18 Custos com orgizo e implemeto d formo Cerio B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137

    qudro IV.19 Estimtiv de custos pr fse de compmeto, moitorizo e vlio . . . . . . . . . . . . 138

    qudro IV.20 qudro stese com custos totis de implemeto do Projecto `Competcis TIC . . . . . . 139

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | xv

    SUMRIO EXECUTIVO

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | xvii

    Smrio Executivo

    a propost de formo e certico de professores e pessol o docete ui presetd correspode o

    recoecimeto ue, o mbito do Plo Tecolgico d Educo (PTE), feito sobre ecessidde de ivestimeto

    o cpitl socil e umo como form de respoder os objectivos de moderizo d escol em Portugl.

    Costituido um impertivo ue escol compe e, t, lidere o desevolvimeto vericdo s outrs

    res e cotextos d vid em sociedde e pr dos recursos dispoibilizdos, fz setido, de fcto, preprr

    coveietemete os getes eductivos pr usrem regulrmete e poderem tirr prtido ds Tecologis

    de Iformo e Comuico (TIC) s sus ctividdes uotidis.

    um propost ue permite respoder s mets explcits prevists o PTE de grtir ue, em dois os, use totlidde dos professores (pelo meos 90%) possum s competcis digitis bsics ecessris

    pr poderem operr istrumetlmete com os recursos e tecologis dispoveis s escols, ms, mis

    do ue isso, permite trr um cmio em direco iovo ds prtics pedggics e de melori ds

    predizges dos luos.

    Um vez ue, como sbido, mud e iovo em educo so processos complexos e logos, euip

    resposvel pelo estudo uis proveitr oportuidde de presetr um sistem itegrdo e rticuldo de for-

    mo e certico, o pes com um orizote temporl mis mplo, ms ue permitisse tmbm eucio-

    r e tomr em cosidero s diferetes vriveis e especiciddes ue crcterizm o cotexto ciol, isto

    , situo em ue o osso ps s escols fuciom e so gerids, o perl de competcis trdo pr osprofessores portugueses e o modelo de vlio do seu desempeo, orieto do currculo ciol relti-

    vmete utilizo ds TIC pelos luos, s expericis desevolvids o terreo re ds TIC, etc.

    ness li, tomou-se como pricipl licerce do sistem cocepo de um referecil de competcis

    em TIC ue, beecido do coecimeto de lgus refereciis iterciois estuddos, se justsse

    relidde portugues e permitisse dr cosistci e coerci os resttes elemetos do prprio sistem,

    isto , formo e certico.

    no s como suporte orgizo e desevolvimeto d formo de getes eductivos e certico decompetcis, ms tmbm, de form mis brgete, como bse de reexo e de poio o seu desevolvi-

    meto prossiol, fcilitdo o processo de lise de ecessiddes de formo idividuis e istituciois,

    tomd de deciso sobre processos e percursos formtivos, orieto dos ivestimetos, vlio

    dos resultdos, ivestigo sobre prpri mud de prtics ou melori do sistem escolr.

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    xviii | PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO

    Qadro 1

    Tipos de Certicdos

    Qadro 2

    Mcro competcis do Professor

    Certicado de competnciasdigitais

    Certicado de competnciaspedaggicas com TIC

    Certicado de competnciaspedaggicas comTIC de nvel

    avanado

    Utiliz istrumetlmete s TIC como fer-rmets fuciois o seu cotexto pros-siol.

    Itegr s TIC como recurso pedggico,mobilizdo-s pr o desevolvimeto deestrtgis de esio e de predizgem,um perspectiv de melori ds pre-dizges dos luos.

    Iov prtics pedggics com s TIC mobi-lizdo s sus expericis e reexes,um setido de prtil e colboro com comuidde eductiv, um perspectivivestigtiv.

    Como se pode observr o qudro 1 (Tipos de Certicados) em cojugo com o qudro 2 (Macro com-petncias do Professor), esse referecil bre pr trs certicdos (Certicado de Competncias Digitais,

    Certicado de Competncias Pedaggicas Com TICe Certicado de Competncias Pedaggicas Com TIC de

    Nvel Avanado) trsverslmete uidos pelo cojuto de mcro competcis ue os precem dever cr-

    cterizr o desempeo de uluer professor o Sculo XXI.

    O PROFESSOR

    Detm coecimeto ctulizdo sobre recursos tecolgicos e seu potecil de utilizo eductivo. acomp o desevolvimeto tecolgico o ue implic resposbilidde prossiol do professor.

    Execut operes com Hardware e sistems opertivos (usr e istlr progrms, resolver problems comuscom o computdor e perifricos, crir e gerir documetos e psts, observr regrs de segur o respeito pel legliddee pricpios ticos,)

    acede, orgiz e sistemtiz iformo em formto digitl (pesuis, seleccio e vli iformoem fuo de objectivos cocretos).

    Execut operes com progrms ou sistems de iformo online e/ou off-line (ceder Internet, pesuisrem bses de ddos ou directrios, ceder obrs de referci,)

    Comuic com os outros, idividulmete ou em grupo, de form scro e/ou sscro trvs de ferrmets digitisespeccs.

    Elbor documetos em formto digitl com diferetes liddes e pr diferetes pblicos, em cotextos diversicdos.

    Coece e utiliz ferrmets digitis como suporte de processos de vlio e/ou de ivestigo.

    Utiliz o potecil dos recursos digitis promoo do seu prprio desevolvimeto prossiol um perspectivde predizgem o logo d vid (digostic ecessiddes, idetic objectivos).

    Compreede vtges e costrgimetos do uso ds TIC o processo eductivo e o seu potecil trsformdor do modocomo se prede.

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | xix

    Por co direct ou idirect dos seus professores e um perspectiv de isomorsmo, suposto ue os

    luos vem duirir e desevolver s mesms competcis o seio d prpri escol.

    Por outro ldo, com s devids dptes e justmetos resulttes ds sus especiciddes fuciois,

    0s mesmos pricpios se plicm os resttes elemetos d comuidde escolr. no etto, dd diver-

    sidde de crreirs prossiois, o cso dos fuciorios o docetes pes se cosiderou cocreti-

    zo, o imedito, do primeiro dos certicdos. Como se compreede, os resttes merecero trblo

    de especico posterior, o pes em fuo de cd perl prossiol, como tmbm em fuo dos

    desevolvimetos previstos o vel ds crreirs d admiistro Pblic.

    O psso seguite foi elboro de um modelo de formo cotu deudo os pricpios deidos o

    referecil de competcis em TIC e costitui o cleo cetrl d estrtgi gerl gizd pr o desevolvi-meto e vlorizo prossiol dos getes eductivos em ordem utilizo ds TIC, uer os processos

    de esio e predizgem, uer orgizo e gesto dmiistrtiv d escol.

    a propost ui presetd em respeito pelos ormtivos ue regem ctividde prossiol de profes-

    sores e pessol o docete, ssetou os resultdos de ivestigo sobre formo de professores e

    de dultos em gerl e, o cso dos docetes, sobre propost de formo reltiv especicidde d ite-

    gro ds TIC ctividde pedggic, ms tmbm sobre os fctores ue fcilitm ou iibem utilizo

    ds ovs tecologis por prte dos professores.

    Em rticulo estreit com o ue os resttes eixos do Plo Tecolgico d Educo est previsto, mscosiderdo ue ecci d formo o um uesto tcic, depededo fortemete de vriveis

    impossveis de cotrolr em tod su dimeso, como por exemplo implico do formdo, ou do prprio

    formdor e o modo como mbos percebem e se evolvem os processos formtivos, estrtgi de form-

    o ui propost sset um cojuto de pressupostos e codies ue ecessrio ssegurr, de form

    vibilizr plico ds predizges ue el possibilit e reforcem e desevolvm os seus efeitos.

    atecipdo lgums ds recomedes ue teremos oportuidde de fzer e pel relevci pr o xito

    d prpri formo, destcmos:

    ecessidde de itegro ds TIC em tod vid escolr de form serem percebids com

    turlidde e surgirem icorpords em tods s dimeses d ctividde escolr. ecessidde ds TIC fzerem prte, com mesm turlidde, em tods s res discipli-

    res, idepedetemete d su especicidde cietic e didctic.

    ecessidde de recursos de ulidde, diversicdos e deudos o desevolvimeto do

    currculo dos luos.

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    xx | PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO

    ecessidde de um ifr-estrutur proprid s exigcis do trblo docete com s

    TIC, o ue isso implic, por exemplo, em termos de existci, o pes de euipmetos

    ctulizdos e fceis de usr, ms tmbm de um muteo gil e eciete e de tempo pr

    o poderem fzer. a redeio de codies de trblo do professor, omedmete o plo

    do seu orrio, de form ser possvel preprr e desevolver ctividdes com s TIC em sl

    de uls ou prtir dels, lis cosiderd uimemete como codio ecessri pr

    ue s predizges feits formo possm ter o efeito pretedido.

    ecessidde d direco de cd escol/grupmeto desevolver um lider clr,

    esclrecid e suportd o respectivo digstico, fometdo de form estruturd uti-

    lizo ds TIC, promovedo dptes s codies de trblo d escol, recoecedo

    os professores ue o fzem, etc. O Projecto Eductivo de Escol (PEE) ser, pois, tmbm o

    vel d formo re ds TIC, o esteio do trblo desevolver em vist obteo demelores resultdos escolres dos luos e de prtics prossiois mis justds por prte

    dos professores s exigcis d Sociedde do Sculo XXI.

    Prtido destes e de outros pricpios ispirdos litertur cietc e s lies predids sobretudo

    em pses com grde vo o ue diz respeito itegro ds TIC prtic pedggic do professor

    e cosiderdo directmete os objectivos do PTE, prope-se ui um modelo de formo com um estru-

    tur modulr e com grde exibilidde, uer em termos de respost diversidde de situes de trblo,

    uer os diferetes veis de domio ds competcis em TIC, especicidde cietc e didctic de

    cd re disciplir, e mesmo os diferetes ritmos e ecessiddes (iteresses) dos professores formr,

    vriedde de etiddes formdors

    a idei de bse, tl como se pode depreeder d Figur 1 (Estrutur de Formo Modulr e Flexvel), tor-

    r possvel ue etiddes formdors cogurem, de modo justvel cd situo cocret e s sus

    prpris competcis, s ces de formo e ue, o mesmo tempo, cd formdo poss ter lgum

    mrgem de opo reltivmete os mdulos cujo cotedo o sej cosiderdo comum e obrigtrio

    todos os formdos ( Figur 1, os crculos Y correspodem escol ue cd formdo pode fzer de

    etre um leue vrivel em cd cso dispovel).

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | xxi

    Figra 1

    Estrutur de Formo Modulr e Flexvel

    adpto de Beier (2000) e hojsolt-Poulse (2007)

    escol, cd escol, ui ssumid como etidde resposvel pel formo oferecid os seus pro-

    fessores, ue compete determir os mdulos opttivos, cosiderdos os iteresses de desevolvimeto

    iscrito o seu Projecto Eductivo e os seus recursos.

    Pr orgizo d formo privilegi-se, pois, um bordgem locl cetrd escol/grupmeto,

    s sus ecessiddes, o udro do reforo de su utoomi e d cpcidde de iterveo ds sus

    liders, em ordem itesicr ecci d execuo ds medids de poltic eductiv do servio

    pblico de educo (DecretoLei . 75/2008, de 22 de abril).

    o Projecto Eductivo de Escol, euto istrumeto de expresso d utoomi em ue se cosgrm

    os pricpios, s mets e s estrtgis segudo s uis se prope cumprir fuo eductiv, ue cd

    escol deve trr o plo de formo dos getes eductivos ue itegrm.

    no cso presete d formo re ds TIC so trs os cerios de formo propostos, id ue, em fu-

    o de iformo recolid fse de moitorizo do sistem, lgus deles possm mesmo desprecer

    medid ue lgums codies forem sedo grtids e ds uis se destc, por exemplo, formo espe-

    cc pr o uso ds TIC terior o exerccio de prosso, ou sej, ue relizd formo iicil.

    Como se pode observr Figur 2 (Cenrios de Formao), o primeiro cerio (Cerio a) o ue cosi-

    dermos mis deudo complexidde ds mets e objectivos pretedidos de moderizo d escol,

    turez d prossiolidde docete tl como express os documetos em vigor e os pricpios defe-

    didos de professores utomos, eudrdos por escols utoms.

    X X X Y

    Y

    Y

    Y

    Y

    Y

    Y

    Y

    Y

    X

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    xxii | PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO

    o cerio de formo pr o ul deve teder cocretizo ds situes de desevolvimeto pros-

    siol dos professores e em ue se sliet ecci d formo, udo itegrd s ctividdes do

    uotidio prossiol, cetrd o tigir dos objectivos d escol e s ecessiddes de formo dos

    seus prossiois.

    Dd pouc iformo dispovel sobre situo vel ciol, ms dmitido grde diversidde,

    este cerio prece-os ser prticulrmete deudo escols ue tem j um vel de competcis

    bsics em TIC bstte dissemido etre os seus professores, de tl form ue permit utilizo d

    formo iter pres iserid o desevolvimeto ds diferetes ctividdes d roti escolr.

    Figra 2

    Cerios de Formo

    O segudo cerio (Cerio B) ltertiv mis prxim ds prtics ctuis de formo, meos cetrd escol e s ecessiddes decorretes ds ctividdes desevolvids o cotexto de trblo e, por isso,

    um formo mis escolrizd iduo de prtics de esio com recurso s TIC.

    o cerio ue, o presete mometo, os prece ser o mis deudo pr fzer fce s mets utit-

    tivs de ulicr 90% dos professores com s competcis digitis, omedmete o cso ds escols

    em ue grde prte dos seus docetes id o s possuem. tmbm o cerio ue melor se just o

    ctul sistem de credito d formo e os mecismos de cimeto proporciodos pelo Pro-

    grm Operciol do Potecil humo (POPh).

    neste cso, idei propost ue direco d escol promov, em rticulo com o Cetro de Formo

    em ue se isere, cocretizo do progrm de formo modulr teriormete referido. Cetrdo pri-

    ciplmete ofert de formo, um cerio ue teder desprecer medid ue se for impltdo

    e cosoliddo o cerio a.

    no mbito ds ctividdesprevists o PEE, cd professor evolvido em processosde uto e etero formo.

    a direco d escol em rticulocom o Cetro de Formo promoveo progrm de formo modulr.

    O professor desevolveum percurso de formo utomo,pr lm d ofert d su escol.

    X X X Y

    Y

    Y

    Y

    Y

    Y

    Y

    Y

    Y

    X

    Cenrio A Cenrio B Cenrio C

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | xxiii

    Figra 3Opes de Certico

    Por ltimo, prope-se um terceiro cerio (Cerio C), em ue se vloriz sobretudo utoomi de cd

    professor. neste cso, cd professor desevolve idividulmete um percurso de formo ue pode ser

    relizdo pr lm d ofert d su escol, em istituies por si selecciods, em regime presecil ou

    em uluer outro.

    a pote ue se estbelece etre formo e obteo dos diferetes certicdos de competcis j

    referidos pode observr-se Figur 3 (Opes de Certicao) e trduz-se, em ltim lise, em trs

    opes de certico:

    a ue result, em primeiro lugr, de um processo de recoecimeto e vlido de duiri-

    dos (utomtic), relizr em 2008 e 2009, em fuo d perte um list previmete

    orgizd de euipres ue foi possvel ideticr e propor;

    a ue se veric trvs do recoecimeto e vlido de duiridos, sob cdidtur i-

    dividul, em todos os csos de professores ue, o costdo d list terior, cosideremestr em codies de obter um determido certicdo. um opo ue deve estr sempre

    dispovel pr coler omedmete os professores evolvidos os referidos processos de

    uto e etero formo escol (Cerio a) ou os csos dos professores ue desevolverm

    percursos de formo utomos, pr lm dos ue so oferecidos escol (Cerio C);

    a ue decorre, por ltimo, d freuci d formo proprimete dit (Cerio B) ou sej, do

    cojuto dos utro mdulos obrigtrios comus (3+1) mis trs opttivos. Pr obteo

    do Certicdo de Competcis Digitis e de cordo com s mets do PTE, est opo relizr-

    -se- o logo dos os de 2009 e 2010.

    Atomtica Sjeita a candidatra

    Reconhecimentoe validao de adqiridos

    Resltante da Formao(Modelo 3+3+1)

    a relizr em 2009 e 2010 e decorreted freuci de mdulos-bse

    obrigtrios (Cerio B)

    Sempre dispovel! Resultteds ctividdes prevists o PEE, em

    cd o lectivo, (Cerio a) ou depercursos de formo utomos, pr

    lm d ofert d escol (Cerio C)

    a relizr em 2008 e 2009,em fuo de icluso em list

    previmete deid pel tutel.

    CERTIFICAO

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    xxiv | PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO

    Como se depreede, etedemos ui certico de competcis como um processo ue o pode estr

    descotextulizdo em desligdo d dimeso formtiv. Mis do ue um objectivo em si mesmo certi-

    co de competcis deve ser ecrd como um etp de um percurso formtivo logo e complexo,

    itegrdo mometos de formo forml e iforml, de uto-predizgem e/ou de formo etre pres,

    de formo em cotexto de trblo, em cotexto de sl ou em mbietes olie. n li, lis, do ue

    so oje s exigcis d sociedde em ue vivemos omedmete o costte esforo de ctulizo e

    de predizgem o logo d vid.

    Do poto de vist d implemeto proprimete dit, como se pode observr Figur 4 (Itegro e

    rticulo ds diferetes dimeses), o sistem ui presetdo correspode estrtgi globl motd

    pr o desevolvimeto e vlorizo prossiol dos getes eductivos em ordem utilizo ds TIC,

    uer os processos de esio e predizgem, uer gesto dmiistrtiv d escol, ou sej, plicveltto docetes, como fuciorios o docetes.

    um sistem de turez itegrdor, ue rticul trs dimeses idispesveis referid vlorizo

    prossiol de todos utos trblm escol escol ssumid como um todo este estudo ,

    o obstte s diferes substciis etre s fues e os pers prossiois dueles ue tm como

    cetro d su ctividde o esio e os ue ssegurm fues de suporte ess ctividde e s demis

    res de co d comuidde escolr.

    Figra 4

    Itegro e rticulo ds diferetes dimeses

    Referencialde Competncias

    SISTEMA DE IMPLEMENTAO E MONITORIZAO

    Modelode Formao

    Modelode Certicao

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | xxv

    Trt-se, turlmete, de um sistem com elevdo crcter prgmtico, em ordem execuo ds mets

    utittivs prevists e ue, o eteder d euip resposvel pelo estudo, exige ue propost ui

    presetd sej tomd o seu cojuto, ssumido o referecil de competcis por iteiro, com o ue

    isso sigic do poto de vist de lrgmeto do orizote d su plico, uer do poto de vist de

    mets, uer em termos temporis.

    n verdde, trt-se tmbm de um documeto estrtgico com um viso itegrd do ppel idutor de

    mud ue s tecologis podem ssumir escol um orizote temporl mis mplo e sem ul

    dicilmete o Projecto Competcis TIC poder ser bem sucedido.

    Termimos precismete este Sumrio Executivo com preseto de lgums proposts pr o xito do

    Projecto Competcis TIC o terreo d su implemeto resulttes d reexo profud ue fomosfzedo o decorrer do estudo e, bem ssim, do dilogo com os muitos prticiptes evolvidos e ouvidos

    sobre s TIC o cotexto ciol.

    Fzemo-lo form de recomedes, ue o l do presete reltrio sero explicitds, ms ue ju-

    dm desde logo ter um idei mis precis de um cojuto de spectos ue o podero deixr de ser

    cosiderdos: i) assumir o cpitl socil e umo como estrtgi determite do processo de moder-

    izo ds escols; ii) Promover vlio do Projecto e ivestigo de processos e resultdos; iii) Co-

    siderr os professores todos os professores e educdores , como getes determites do processo

    de iovo e mud; iv) Promover rticulo etre formo iicil e formo cotu de profes-

    sores; v) Produzir s medids legisltivs ecessris implemeto do Projecto; vi) Ivestir s escolse s sus liders; vii) Promover formo de formdores; viii) Estbelecer protocolos com istituies

    de esio superior.

    Tomds como um todo estmos em crer ue permitiro o s tigir s mets proposts pr este estudo,

    ms sobretudo torr relist tmbm cotribuio d formo em TIC pr o desevolvimeto prossiol

    de docetes e o docetes e, dess form, pr melori do trblo s escols e ds predizges

    dos seus destitrios primeiros os luos.

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | 1

    nOTa InTRODUTRIa

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | 3

    O presete documeto costitui o Reltrio Fil previsto o cotrto de presto de servios estbelecido

    etre Fculdde de Psicologi e de Cicis d Educo d Uiversidde de Lisbo e o Gbiete de Estts-

    tic e Plemeto d Educo pr relizo do Estudo de Implemeto do Projecto Competcis

    TIC, o mbito do Plo Tecolgico d Educo.

    Itegr o trblo de reexo, cocepo e orgizo desevolvido pel euip iter-uiversitri etretto

    costitud pr elboro d propost de formo e certico de professores e pessol o docete

    objecto d ecomed e de ue zerm prte tmbm ivestigdores d Uiversidde do Mio e d Ui-

    versidde de vor.

    Como se pode observr o ndice, o reltrio est orgizdo em 5 cptulos, pr lm do Sumrio Execu-

    tivo e dest Nota Introdutria.

    no cptulo I (mbito e Objectivos do Estudo) fz-se preseto do estudo omedmete o ue diz

    respeito delimito do seu mbito e especico dos objectivos visdos.

    O cptulo II (Metodologia) dedicdo preseto d estrtgi de trblo delied, bem como dos

    pricpios metodolgicos em ue ssetou o estudo e o percurso metodolgico seguido pel euip.

    O cptulo III (Enquadramento Geral do Estudo) prte do reltrio em ue se sistemtiz um corpo de

    coecimetos ue eudrm cietic e tecicmete s opes tomds o mbito gerl do estudo.

    Referimo-os, omedmete os fctores ue codiciom o uso ds TIC e mud por els iduzids educo e s uestes relciods com formo de professores ess re especc.

    no cptulo IV (Proposta de Sistema de Formao e Certicao) fz-se preseto proprimete dit do

    sistem de formo e certico proposto. Pr lm de um viso globl, sumri, do referido sistem,

    so presetdos detl e utoommete, o Referecil de Competcis em TIC, o Modelo de Form-

    o Cotu e o Modelo de Certico de Competcis em TIC, uer do poto de vist coceptul, uer

    em termos de operciolizo iter. id presetd iformo referete Implemeto e

    Moitorizo do Sistem, isto , explicito do modo como se prope ue o sistem sej executdo e

    implemetdo o terreo (fsemeto, cledrizo, dispositivos de compmeto, etc.).

    O cptulo V (Recomendaes) destido preseto de um cojuto de sugestes e recomedes

    is, uer pr deciso poltic, uer pr execuo prtic do sistem proposto.

    not itrodutri

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    4 | PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO

    Icluem-se, depois, s refercis bibliogrcs, legis e documetis utilizds o logo do estudo (Refe-

    rncias) e, emApndices, produtos de importci vitl pr execuo d propost, ms ue o os pre-

    ceu deudo icluir o corpo do reltrio. Referimo-os cocepo dos mdulos de formo comus

    sugeridos pr obteo dos Certicdos de Competcis Digitis e de Competcis Pedggics com TIC

    (Apndice 1), list de euivlcis pr certico utomtic o cso do Certicdo de Compet-

    cis Digitis pr docetes (Apndice 2), elemetos ucleres sobre o Sistem de Iformo proposto

    (Apndice 3) e, por ltimo, os especilists ue uscultmos e uiserm prtilr coosco su viso

    sobre s problemtics em cus (Apndice 4).

    Um segudo volume do presete reltrio dedicdo preseto dos diferetes estudos prcelres re-

    lizdos, em prte desevolvidos pel prpri euip resposvel pelo estudo, em prte ecomeddos espe-

    cilists exteros. Referimo-os, o primeiro cso, os estudos ue, em rticulo com reexo poid litertur d especilidde, costituem dimeso empric d fudmeto do sistem proposto:

    ausculto de iformtes cve, trvs de etrevists de grupo (Estudo 1);

    ausculto de piel de especilists em TIC e resposveis ou represettes

    ds associes de Professores, trvs de uestiorio (Estudo 2);

    ausculto de ex-luos dos Esios Bsico e Secudrio, trvs de uestiorio (Estudo 3);

    Visibilidde ds TIC o Currculo nciol, trvs de lise documetl (Estudo 4).

    no segudo cso, referimo-os os dois estudos utomos ecomeddos ivestigdores especilists

    re ds TIC em cotexto eductivo e ue tim como pricipl lidde forecerem um reexo estru-turd de suporte o eudrmeto d problemtic cetrl do estudo, e id o exemplo ue decidimos

    forecer como bse de trblo pr o evetul desevolvimeto de mdulos iterctivos um perspectiv

    de uto-formo:

    Eudrmeto ds TIC Formo Cotu de Professores (Estudo 5);

    articulo etre Formo Iicil e Formo Cotu de Professores

    e Educdores dimeso TIC: Pricpios de orieto (Estudo 6);

    Comuicr com TIC: Bse de trblo pr desevolvimeto de um mdulo iterctivo

    de uto-formo (Estudo 7).

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | 7

    I. MBITO E OBJECTIVOS DO ESTUDO

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | 9

    O presete estudo respode o covite dirigido pelo Gbiete de Esttstic e Plemeto d Educo, do

    Miistrio d Educo (GEPE/ME), Fculdde de Psicologi e de Cicis d Educo d Uiversidde de

    Lisbo tedo em vist o desevolvimeto de um modelo de formo e certico de competcis em TIC

    pr professores e pessol o docete ds escols dos 2 e 3 ciclos do Esios Bsico e do Secudrio.

    De cordo com o covite, o estudo pretedido eudr-se um estrtgi ciol mis mpl de reforo

    ds ulices e ds competcis dos Portugueses pr costruo d Sociedde do Coecimeto

    e tem como po de fudo lgus dos mis importtes vectores d ctul poltic eductiv (qudro de

    Referci Estrtgico nciol 2007-2013, Estrtgi nciol de Desevolvimeto Sustetvel e Plo Te-

    colgico), li do ue cou coecido como Estrtgi de Lisbo, e de idtics iicitivs os ltimos

    os desecdeds mior prte dos pses mis desevolvidos, prticulrmete o cotexto d UioEuropei, o seguimeto do Progrm Educo e Formo 20101).

    Estes vectores d poltic eductiv verim de ser operciolizdos pelo XVII Govero Costituciol um

    plo de co especicmete cocebido pr Educo em Portugl, desigdo de Plo Tecolgico

    d Educo2), como resultdo directo de estudos de digstico etretto elbordos, omedmete o

    estudo sobre a moderizo tecolgic do sistem de esio em Portugl (GEPE/ME, 2007, e o estudo

    de alise de modelos iterciois de referci de moderizo tecolgic do sistem de esio

    (GEPE/ME, 2007b), mbos d resposbilidde do Gbiete de Esttstic e Plemeto d Educo.

    O presete estudo tomou como bse de trblo o digstico efectudo sobre a moderizo tecolgic

    do sistem de esio em Portugl (GEPE/ME, 2007, omedmete o ue diz respeito os idicdores presetdos (por exemplo, txs de utilizo de computdores, rcio luos por computdor, ou veis

    de motivo dos professores), um vez ue seri impossvel eucior uluer estrtgi ltertiv

    pr recol desse tipo de iformo detro do curto itervlo de tempo de ue dispmos. Tommos,

    lis, como referci iicil um ds pricipis cocluses desse digstico, em ue se rm ue a isu-

    cici ds ifr-estruturs de TIC costitui o pricipl fctor iibidor d utilizo de tecologi o esio

    (Miistrio d Educo, 2007:17).

    Por ser tmbm ess viso oferecid pelos reltrios teriormete publicdos pelo Miistrio d Educ-

    o (DaPP/ME, 2002; GIaSE/ME, 2006; Miistrio d Educo, 2002b; Piv, 2002, 2008; DaPP/ME, 2002;Stos, 2001), corrobord id pelos resultdos de lgus estudos dos prprios membros d euip,

    etretto costitud, pr desevolver o presete estudo (Crdoso et l., 2005; Cost, 2002, 2005, 2007,

    2008; Cost & Perlt, 2006; Cost et l., 2005; Cost, 2004; Dis et l., 2005; Dis et l., 2002; Miistrio

    d Educo, 2002; Perlt, 2002; Perlt & Cost, 2007; Perlt & Cost, 2007b; Rmos, 2001; Rmos,

    1) qudro de Referci Estrtgico pr o desevolvimeto ds poltics de educo e de formo Europ Comuitri (Coselo (Educo), 2001; Europe Comissio, 2006).2) Resoluo do Coselo de Miistros 137/2007, de 18 de Setembro (Miistrio d Educo, 2007).

    1. mbito do estudo

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    10 | PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO

    2008; Rmos et l., 2002; Rodrigues, 2006), poder-se- rmr ue, pelo meos um primeir istci,

    dimeso cesso s tecologis ue, o cso portugus, tem costitudo e cotiu costituir pri-

    cipl brreir utilizo dos computdores e d Iteret s osss escols (GEPE/ME, 2007).

    Como tmbm prece sugerir o ico estudo de mbito ciol ecomeddo pelo DaPP/ME, relizdo

    por Jcit Piv em 2002, o cso portugus o flt de um titude positiv fce utilizo ds TIC

    dimeso mis sliete, reveldo, pelo cotrrio, ue os professores portugueses deotm um titude

    frcmete fvorvel utilizo ds tecologis o esio, julgr pels txs surpreedetemete elev-

    ds, em termos motivciois, ecotrds (Piv, 2002).

    Tomdo como referci s trs dimeses cesso, motivo e competcis do modelo de lise

    utilizdo o digstico d resposbilidde do GEPE/ME (2007)3)

    , id ue poss ser redutor cosiderrpes trs vriveis um problem de grde complexidde como este4), e respeitdo os resultdos dos

    estudos referidos, restri cosiderr ecessidde de estudr terceir dimeso em cus, isto , flt

    de competcis pr utilizo ds TIC prtic prossiol, devid deciete prepro efectiv d

    comuidde eductiv e dos seus prossiois (priciplmete os docetes) pr o fzerem.

    no estudo de Jcit Piv teriormete referido, prece ser precismete o vel ds competcis ue

    uesto se coloc, sedo os prprios professores recoecer ecessidde de um prepro mis slid

    o ue se refere o uso ds TIC (94% dos professores iuiridos, este estudo, express clrmete ess

    ecessidde, ssumido muitos deles coecer ml s vtges d utilizo ds TIC em cotexto educ-

    tivo). O peso reltivo ds trs dimeses ucleres cosiderds lise o ue, de lgum meir, se

    ecotr represetdo gur ue ui se reproduz do estudo elbordo pelo GEPE/ME (2007) e ue, prtic, sitetiz o digstico d relidde portugues os primeiros os do Sculo XXI (Figur I.1).

    3) Modelo access-Competeces-Motivtio, bsedo em Vier & nurmel, 2001, e utilizdo tmbm o estudo comprtivo ecomeddo pel Comisso Europei (Empric, 2006).4) Como teremos oportuidde de discutir mis dite, o poto reltivo fudmeto do estudo (cptulo III), vsto o leue de fctores ue itervm est problemtic.

    Figra I.1

    Brreirs o uso de computdores e Iteret s escols em Portugl

    Fotes: (GEPE/ME, 2007; Miistrio d Educo, 2007).

    35,9% 15%

    5,6%

    3,6%

    5% 1,8%

    8%

    Acesso (61,5%) nvel de euipmeto

    ds escols com TIC

    Velocidde de cesso Iteret

    Competncias (30,4%)

    Utilizo de TIC

    Co utilizo de TIC

    N existem baeias utiliza = 25,1%

    Motivao (10,4%)

    atitude positiv fce utilizode TIC e seus beefcios pr o esio

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | 11

    Decorrete deste cerio, e porue o mbito do prprio Plo Tecolgico d Educo se prev um estru-

    tur de iterveo rticuld em trs diferetes eixos (Tecologis, Cotedos e Formo), o estudo ui

    presetdo cetr-se s uestes relciods com s competcis ecessris pr ue comuidde

    eductiv poss utilizr e tirr prtido do potecil ds tecologis de iformo e comuico. no s por

    ser covico d euip de trblo ue ess , de fcto, uesto essecil, udo se trt de proximr

    escol d sociedde d iformo. tmbm um uesto de icidci mis mpl, sobretudo, udo

    se mbicio torr escol for crtic motor do desevolvimeto d prpri sociedde em ue est

    iserid, o ue, em termos prticos, est em sitoi com o ue rmdo logo o segudo prgrfo d

    Resoluo do Coselo de Miistros ue prov o Plo Tecolgico d Educo: essecil vlorizr e

    moderizr escol, crir s codies fsics ue fvorem o sucesso escolr dos luos e cosolidr o

    ppel ds tecologis d iformo e d comuico (TIC) euto ferrmet bsic pr preder e

    esir est ov er. (Miistrio d Educo, 2007: 3).

    Como se poder observr mis frete, coguro do estudo result, lis, d iterpreto feit pel euip

    resposvel de ue, pesr ds mets utittivs de certico explicitds o texto do covite, referetes

    pes docetes5), pricipl lidde do Miistrio d Educo deio de um li estrtgic

    ue, o cmpo ds TIC e em rticulo com os vstos ivestimetos ceiros relizdos, o mbito do Plo

    Tecolgico d Educo, sobretudo o vel do petrecmeto ds escols (Eixo Tecologi) e d dispoibili-

    zo de recursos digitis (Eixo Cotedos), permitisse o euivlete ivestimeto o cpitl umo e socil

    pr ue os recursos dispoibilizdos s escols vem ser efectivmete utilizdos. S dest form ser

    possvel lcr s mets deids, isto , colocr Portugl etre os cico pses europeus mis vdos

    moderizo tecolgic do esio em 2010. (Miistrio d Educo, 2007: 4).

    Dito de outr meir, ssume-se o presete estudo ue todos os iterveietes d comuidde eductiv so,

    de fcto, um fctor crtico e decisivo em ordem s mbiciods muds d ple itegro dos ciddos

    europeus sociedde do coecimeto (p.9), o ue, o cso portugus, ter de pssr pel icorporo

    ds TIC como um elemeto turl o di--di d comuidde escolr, escol, sl de ul presecil e

    virtul, os cotextos de esio-predizgem, com o ue isso implic o vel de uisio e desevolvimeto

    de competcis em tecologis de iformo e comuico plicds dimizo, compmeto e

    superviso olie, idepedetemete d fuo e ppel de cd iterveiete o processo eductivo.

    Pr cocretizo do estudo viri ser celebrdo, em 20 de Mio de 2008, um cotrto de presto de

    servios etre o GEPE do Miistrio d Educo e Fculdde de Psicologi e de Cicis d Educo d

    Uiversidde de Lisbo, tedo como lidde respoder s mets do projecto Competcis TIC do Plo

    Tecolgico d Educo.

    5) Dee-se como met 90% de docetes com certico de nvel 1 em 2010.

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    6) Embor o fzedo prte itegrte do estudo ecomeddo, o sistem foi cocebido de form poder brger todos os veis do sistem de esio o-superior.

    O estudo foi, pois, cocebido e orgizdo de form permitir deio de um estrtgi globl ue res-

    podesse os reuisitos do cotrto e ue viesse permitir, como resultdo globl, um propost de form-

    o cotu e de certico de competcis em TIC pr professores e pessol o docete ds escols

    dos 2 e 3 ciclos do esio bsico e do esio secudrio6).

    Pr respoder s exigcis proposts, etedemos estruturr o estudo prtir de um cojuto de uestes

    esseciis, como se pode observr o qudro I.1. Ests uestes, corporizds os objectivos ue seguir

    se ideticm, vierm ser profudds o logo do percurso de elboro do estudo:

    1. Coceber um referecil de competcis em TIC;

    2. Elborr um modelo de formo cotu deudo os pricpios deidos o referecilde competcis em TIC;

    3. Crir um modelo de certico, recoecimeto e vlido de competcis em TIC;

    4. Costruir um sistem rticuldo, de implemeto, fsemeto e cledrizo dos proces-

    sos de formo e de certico de competcis em TIC.

    2. Objectivos

    Qadro I.1

    questes de prtid e objectivos/produtos

    Qestes de partida Objectivos/Prodtos

    que competcis em TIC devem ter os professores e resttesgetes eductivos?

    Cocepo de um referecil de competcis em TIC

    que estrtgis e oportuiddes de formo so mis deudspr ue todos os professores e resttes getes eductivospossm duirir e usr esss competcis de form efectiv?

    Elboro de um modelo de formo cotu deudoos pricpios deidos o referecil de competcis em TIC

    Como devem ser orgizdos os processos de certicode competcis em TIC (ou de recoecimeto e vlidods competcis previmete duirids)?

    Crio de um modelo de certico, recoecimetoe vlido de competcis em TIC

    Como poder ser implemetdo e moitorizdo o processode formo e certico de competcis em TIC?

    Costruo de um sistem rticuldo, de implemeto,fsemeto e cledrizo dos processos de formoe de certico de competcis em TIC

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | 13

    O primeiro objectivo costitui, o essecil, o elemeto em referci o ul tods s decises relcio-

    ds com formo e com certico verim de ser tomds elboro d propost7). O segudo

    objectivo costitui o cleo cetrl d estrtgi gerl de desevolvimeto e vlorizo prossiol dos

    getes eductivos em ordem utilizo ds TIC, uer os processos de esio e predizgem, uer

    orgizo e gesto dmiistrtiv d escol. O terceiro objectivo costitui, em termos prticos, o modo

    como se prope ue psse ser relizd certico ds competcis em TIC dos diferetes getes

    eductivos. Por ltimo, o urto objectivo, de turez itegrdor, costitui um propost rticuld de

    implemeto e moitorizo do processo.

    De form estruturr e profudr reexo, tomrm-se como orietdors do trblo s uestes

    ue se presetm o qudro I.2, orgizds em fuo de cd um ds 3 res cve em ue o estudo

    ssetou (Competcis, Formo e Certico).

    Qadro I.2

    questes orietdors pr s 3 res cve do estudo

    7) Pr lm de ser o elemeto ucler de todo o processo, esse Referecil imprescidvel tmbm pr suprir um ds mis slietes lcus, est mtri, em Portugl. excep-o d deio dos pers de competcis dos professores pr uso ds TIC ue fossem plicveis os pses evolvidos um projecto europeu em ue Portugl prticipou (ProjectoPICTTE Proles in ICT for Teacher Education) e ue deu origem o Perl bsico de competcis em Tecologis de Iformo e Comuico Educo, pr Professores doSecudrio (Ferreir, 2001), o existe o osso ps uluer outro documeto em ue isso te sido forml e cosistetemete ssumido, embor se ssile um certo movimetoess direco, d resposbilidde d Euip de Misso CRIE, em 2006, trvs d elboro do qudro de Referci pr Formo Cotu de Professores o domio ds TIC(qR-FormProfTIC06), muito embor o seu teor dicilmete poss ser cosiderdo referecil o setido em ue este estudo o coceito foi tomdo (CRIE/DGIDC/ME, 2007).

    Competncias Formao Certicao

    que cepo de competci se ssumeeste estudo? que ppel se tribui formo o

    desevolvimeto d escol em gerl?

    Como deve ser cocebid e orgizd formo em TIC? Com bse em uefudmetos?

    que objectivos deve visr formo?Em ue tems deve icidir? Com ueestrtgis prefereciis?

    quem fz e ode pode ser relizd formo?

    que relo deve ter com o referecilde competcis deido?

    Como se ecr e dee certicode competcis?

    Como se rticul com o referecil

    de competcis?

    Como se orgiz e cocretiz o processode certico? Em fuo de u?

    Ode podem os cdidtos fzer prov?quem vli? Em ue mometos?que tipo de certicdos so emitidos?

    que ppel ssume certico oprocesso de desevolvimeto prossiole de vlio de desempeode professores e de fuciorios?

    que sistems de poio tm pr sepreprrem?

    que competcis devem demostrros professores pr poderem usr s TICo processo de esio e predizgem?

    que competcis devem ter osfuciorios o docetes prdesevolver o seu trblo o espoescolr?

    Em fuo de ue ue essscompetcis so selecciods?

    que relo devem ter s competcisdos professores fce s ecessiddesde formo dos luos?

    Em fuo de ue critrios se orgizm?

    Em ue modelos os ispirmos?

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | 15

    II. METODOLOGIa

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    a estrtgi globl de trblo delied e s opes metodolgics ssumids este estudo decorrem

    do pedido ue os foi feito, reltivo um propost de modelo de formo e certico de prossiois

    docetes e o docetes o mbito d utilizo ds TIC, o respeito pels mets prevists o PTE, e do tempo

    dispovel pr su efectivo. assumimos, ssim, resposbilidde pel su relizo, omedmete

    o ue implic o poio tomd de deciso sobre poltic de formo e desevolvimeto prossiol

    de professores e pessol o docete, cietes do pouco tempo pr mturo e vlido ds proposts

    euciods. Todvi, costituio d euip e o coecimeto ue est detm sobre s res ciet-

    cs e tcics evolvids, levou-os cosiderr ue esses limites podim ser miimizdos. a relevci do

    projecto, em termos eductivos e sociis, foi um fctor ue motivou euip etretto costitud, o ue,

    em ltim istci, cbou por superr lgus dos costrgimetos iiciis.

    apresetmos, seguidmete, o deseo gerl do estudo e iformo sobre os procedimetos metodolgi-

    cos utilizdos. a metodologi especc de cd estudo prcelr (ver estudos o volume II deste reltrio)

    omedmete o ue diz respeito recol e lise de ddos, ser objecto de especico prpri.

    Comeremos, o etto, por fzer referci costituio d euip resposvel pelo estudo.

    De cordo com o estbelecido o cotrto, execuo do estudo cotou com um euip iter-uiversitri,

    evolvedo docetes e ivestigdores de trs uiversiddes, sber: Uiversidde do Mio, Uiversi-dde de vor e Uiversidde de Lisbo.

    D Uiversidde do Mio, zerm prte os ivestigdores e docetes do Istituto de Educo e Psicolo-

    gi, Pulo Dis (Professor Ctedrtico e Presidete do Istituto) e Mri Joo Gomes (Professor auxilir),

    os ivestigdores e docetes do Istituto de Estudos d Cri, atio Jos Osrio (Professor auxilir) e

    alti Rmos (Professor auxilir) e o especilist com ps-grduo em TIC, Lus Vlete, do Cetro de

    Competci dess uiversidde.

    D Uiversidde de vor, prticiprm os ivestigdores e docetes Jos Lus Rmos (Professor associdoe Pr-Reitor), Lus Sebstio (Professor auxilir e Presidete do Deprtmeto de Educo) e especilist

    em TIC, Mestre Vicci Mio, do ncleo Mierv d mesm uiversidde.

    1. Itroduo

    2. Costituio d euip

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    18 | PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO

    a prticipo d Uiversidde de Lisbo foi cocretizd pel Fculdde de Psicologi e de Cicis d

    Educo, ue ssumiu coordeo do estudo, e cotou com os ivestigdores e docetes Mri hele

    Perlt, gel Rodrigues e Ferdo albuuerue Cost (Professores auxilires) e com dus bolseirs de

    ivestigo, Licecids em Cicis d Educo, Elisbete Cruz e Olg Reis.

    a estrtgi cocebid, represetd o qudro II.1, deiu, em primeiro lugr, os coecimetos e cpci-

    ddes iteros euip e estbeleceu, depois, um plo de recol de iformo complemetr, ecessri

    orgizo e fudmeto de um propost ue respodesse, de form efectiv, o pedido formuldo

    pelo Miistrio d Educo. Prtiu-se, ssim, d lise e d sistemtizo de um corpo de coecimetos

    oriudos d ivestigo sobre s problemtics em cus, de cordo com s res de especilidde e scompetcis diferecids dos elemetos d euip (lise de ecessiddes, formo de professores,

    currculo e vlio, tecologis eductivs, etre outrs). Procedeu-se tmbm recol e sistemtiz-

    o d iformo dispovel sobre os spectos ucleres pr elboro do estudo, omedmete de

    turez descritiv e esttstic (e.g. mero de professores e fuciorios, mero de ces de formo

    o domio ds TIC, modelos de formo e de certico, etc.).

    Como referido Nota Introdutria, reexo sobre s temtics em estudo foi, id, poid por preceres

    especilizdos solicitdos ivestigdores d Uiversidde de Lisbo (Estudo 6 Articulao entre a Forma-

    o Inicial e a Formao Contnua de Professores e Educadores na dimenso TIC: Princpios de orientao);

    d Uiversidde de aveiro (Estudo 5 - Enquadramento das TIC na Formao Contnua de Professores) e deoutros especilists em educo e em TIC (Estudo 7 - Comunicar com TIC: Base de trabalho para desenvol-

    vimento de um mdulo interactivo de auto-formao).

    3. Estrtgi delied

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | 19

    Qadro II.1

    Viso globl d estrtgi delied

    COMPETNCIAS FORMAO CERTIFICAO

    que cepo de competcise ssume este estudo?

    que competcis devemdemostrr os professorespr poderem usr s TICo processo de esioe predizgem?

    que competcis devemter os fuciorios o docetespr desevolver o seu trbloo espo escolr?

    Em fuo de ue ue essscompetcis so selecciods?que relo devem ters competcis dos professoresfce s ecessiddesde formo dos luos?

    Em fuo de uecritrios se orgizm?

    Em ue modelos os ispirmos?

    questesorietdors

    Estrtgisde trblo

    Mtodos

    Iformtes

    cve

    Produtosesperdos

    Cetros de Competcis Cetros de Formo Coordedores TIC Coselos Executivos Formdores TIC

    Piel de Especilists Resposveis de associes

    de Professores Ex-luos dos esios bsico

    e secudrio

    Entrevista de Grpo Qestionrio

    CRIAO DE uM DISPOSITIVO DE AuSCuLTAO INTERNA

    que ppel se tribui formoo desevolvimeto d escol em gerl?

    Como deve ser cocebide orgizd formo TIC?Com bse em ue fudmetos?

    que objectivos deve visr formo? Em ue tems deve icidir?Com ue estrtgis prefereciis?

    quem fz e ode podeser relizd formo?

    que relo deve ter com o referecilde competcis deido?

    Como se ecr e dee certico de competcis?

    Como se rticul como referecil de competcis?

    Como se orgiz e cocretizo processo de certico?Em fuo de u?

    Ode podem os cdidtosfzer prov? quem vli?Em ue mometos? que tipode certicdos so emitidos?

    que ppel ssume certicoo processo de desevolvimetoprossiol e de vlio dedesempeo de professorese de fuciorios?

    que sistems de poiotm pr se preprrem?

    Anlise e sistematizao de m corpo de conhecimentos orindos da investigaoe literatra sobre as problemticas em qesto

    (e.g. anlise de necessidades, formao de professores, currculo e avaliao, tecnologias educativas,...)

    Levantamento de informao sobre aspectos ncleares elaborao do estdo(e.g. n de professores, n de aces de formao no domnio das TIC, modelos de formao e de certicao)

    Trianglao de dados e fontes de natreza diversa, valorizando o envolvimentode investigadores especialistas externos eqipa do projecto

    (e.g. pareceres especializados e produtos autnomos)

    SISTEMA DE IMPLEMENTAO E MONITORIZAO

    REFERENCIALDE COMPETNCIAS

    MODELODE FORMAO

    MODELODE CERTIFICAO

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    20 | PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO

    Dd multiplicidde e iterdepedci dos fctores-cve ideticdos, preceu-os pertiete estrutu-

    rr um cmio em ue euip fosse progressivmete profuddo reexo em toro ds uestes

    ucleres de prtid, j formulds, ou sej:

    i) que competcis em TIC devem ter os professores e resttes getes eductivos?

    ii) que estrtgis e oportuiddes de formo so mis deuds pr ue todos

    os professores e resttes getes eductivos possm duirir e usr esss

    competcis de form efectiv?

    iii) Como devem ser orgizdos os processos de certico de competcis em TIC

    (ou de recoecimeto e vlido ds competcis previmete duirids)?

    iv) Como poder ser implemetdo e moitorizdo o processo de formo

    e certico de competcis em TIC?

    Respoder ests uestes de form substtiv implicou costruo de um dispositivo ue servisse o

    duplo propsito explicitdo o objectivo globl do estudo ecomeddo: presetr um propost de for-

    mo cotu e de certico de competcis em TIC pr professores e pessol o docete d rede

    pblic de escols dos 2 e 3 ciclos do esio bsico e do esio secudrio.

    Esse dispositivo foi cocebido prtir de um cojuto rticuldo e coerete de elemetos estruturtes e

    itegrdores e su costruo pressups um metodologi de ivestigo socil plicd, o setido ue

    le ddo por Crobc e Suppes (1969) de conclusion or decision oriented research, ou de prgmtic,

    ptic de Kigt (2002, p. 203) reserc ougt to beet prctice, d if it does ot it is poitless, dehmmersly (2002) de research-and-developmentou mesmo cepo ue le coferem Verm & Mllick

    (1999) Tis type of reserc is cocered primrily wit te pplictio of ew kowledge for te solutio of

    dy-to-dy problems (p.11). Preceu-os ser est bordgem mis deud, uer uto os objectivos

    do estudo, uer uto os meios de os tigir.

    neste processo dimico de ivestigo e desevolvimeto, deliemos um percurso metodolgico ue podemos

    orgizr por fses, em sempre clrmete seuecids. Ests fses form sedo mrcds pel elborode um cojuto de trblos prcelres ue costiturm o suporte pr produo de estudos cetris, orie-

    tdos pr costruo do dispositivo de formo de professores/ pessol o docete e de certico ds

    sus competcis em TIC, bem como o processo codutor d su implemeto o terreo.

    4. Percurso metodolgico

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    Tl como se pretede mostrr Figur II.1 (Construo do dispositivo de formao e certicao de competn-

    cias em TIC e sua relao com os estudos parcelares efectuados), e de form permitir ue euip fosse

    costruido e cosoliddo um cojuto de pricpios comus ue viessem ser estruturtes d propost

    l presetr o ME, o percurso deliedo, licerdo os estudos de eudrmeto trs referidos,

    come pel deio de um referecil de competcis em TIC, pssdo de seguid discusso sobre s

    estrtgis de formo mis deuds, em fuo dos pricpios deidos pr esse mesmo referecil,

    e, s depois, os modos e processos de certico de competcis em fuo ds diferetes situes

    etretto ideticds e s uis teri turlmete de ser dd respost. Pssou-se, por ltimo, o pro-

    jecto de implemeto. Em simulteo e medid ue este percurso se relizv, foi sedo desevolvido

    um processo de usculto e vlido dos produtos etretto coseguidos.

    Figra II.1Costruo do dispositivo de formo e certico de competcis em TIC e su relo com os estudos prcelres efectudos

    1 Fase. Claricar o campo, ascltar informantes chave e fndamentar decises

    Clricdo o cmpo de trblo, deid estrtgi e cocebido, em termos geris, o dispositivo, torou-se

    ecessrio, pr fudmetr s decises tomr, profudr o coecimeto d euip sobre problemti-

    c, uer su dimeso teric, uer situciol, isto , sobre os vrios cotextos e modos de utilizo

    ds tecologis de iformo e comuico em vrios sectores d educo, em Portugl.

    assim, pr d lise, reexo e sistemtizo feit pel euip sobre litertur mis recete e ives-tigo s res cetris implcits o estudo, optmos pel relizo de estudos prcelres, produzidos,

    uer o iterior d euip do projecto, uer ecomeddos ivestigdores de outrs istituies e espe-

    cilists s respectivs res. Esses estudos, com peso e modo de itegro diferecido, cotriburm

    tmbm pr fudmeto do estudo.

    Estudos preudrmeto

    Dispositivo

    de uscultoe vlido exter

    Referencial de

    Competncias

    Modelo deFormao

    Modelo deCerticao

    Estdo daImplementao

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    Simultemete, procedeu-se o levtmeto de ddos de estrutur sobre spectos ucleres elbor-

    o do estudo (mero de professores, mero de ces de formo o domio ds TIC, modelos de for-

    mo e de certico existetes). Cosiderdo relevci d opiio de iterveietes este domio,

    decidimos tmbm ouvir voz de pessos e grupos com lrg experici e coecimeto ds uestes fu-

    dmetis evolvids costruo d propost, omedmete o ue diz respeito formo ue tem

    sido relizd e certico de competcis em TIC.

    Crimos, pr isso, um mecismo de usculto direct1), em diferetes mometos do processo,

    (i) trvs de uestiorio, por vi electric, um piel de especilists com recoecido

    mrito, experici e mesmo resposbiliddes re d utilizo eductiv ds tecolo-

    gis de iformo e comuico os ltimos os em Portugl, pr lm de resposveis

    de lgums ssocies de professores (Estudo 2 Auscultao de Painel de Especialistas emTIC e Responsveis das Associaes de Professores);

    (ii) trvs de etrevists em grupo (Morg, 1997), iformtes cve ue iclurm res-

    posveis por cetros de competci, cetros de formo de ssocies de escols e rgos

    directivos de escols, e tmbm coordedores TIC e formdores com experici este domio,

    coviddos pel euip, represetdo res geogrcs distits (norte, Cetro, Grde-Lisbo

    e Sul) e relizds em Brg, aveiro, Lisbo e vor (Estudo 1 Auscultao de Informantes

    Chave).

    (iii) trvs de uestiorio, ex-luos dos esios bsico e secudrio do 1 ao d Licecitur

    em Cicis d Educo, d Fculdde de Psicologi e Cicis d Educo d Uiversidde

    de Lisbo (Estudo 3 Auscultao de Ex-alunos dos Ensinos Bsico e Secundrio).

    2 Fase. Constrir o dispositivo de formao e certicao em TIC

    Sem prejuzo do profudmeto de ue cd um ds uestes iiciis foi sedo lvo o logo d reexo,

    e de cuj sistemtizo se dr cot mis dite, tigir os objectivos propostos (i - coceber um refere-

    cil de competcis em TIC; ii - elborr um modelo de formo cotu deudo os pricpios deidos

    o referecil de competcis em TIC; iii - crir um modelo de certico, recoecimeto e vlido de

    competcis em TIC) de form coerete e rticuld, implicou ultrpssr lgic seuecil de cocepo

    e de produo. Istituiu-se, o ivs, um processo de trblo iterctivo, potecido pel troc de iform-o ue s TIC permitirm os diferetes membros d euip. a iterctividde tmbm beeciou muito

    com possibilidde de reuies geris d euip relizds mesmo tes d ssitur do cotrto.

    1) Dd dimeso prgmtic implcit ecomed feit pelo Miistrio d Educo, foi tribud grde importci ligo prxim o grupo de projecto costitudo o seiodo prprio miistrio pr compmeto do estudo.

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    a costruo do Referecil de Competcis foi ssim sedo testd e iterrogd pel cocepo uer

    do modelo de formo uer do de certico, podedo dizer-se ue form elbordos em simulteo. Por

    ltimo, propost de referecil, de modelo de formo e de modelo de certico form testdos e iter-

    rogdos pelo dispositivo de implemeto ue se costituiu com um terceir fse.

    Procedeu-se, id, elboro de proposts semeltes pr o pessol o docete, com s devids

    dptes este pblico especco embor respeitdo os mesmos procedimetos cim eucidos.

    3 Fase. Organizar o sistema de implementao do dispositivo

    nest fse, procedeu-se costruo de um sistem rticuldo de implemeto, de fsemeto e de c-

    ledrizo dos processos de formo e de certico de competcis em TIC ue permitisse coso-lido globl de tod propost, omedmete o cmpo d su execuo o terreo.

    4 Fase. Identicar recomendaes

    Por ltimo, um perspectiv de presto de cots sobre os resultdos do estudo, pr lm d prese-

    to dos produtos cetris, implcitos os objectivos formuldos, procedemos idetico de lgums

    proposts pr o seu bom xito o terreo. apresetmo-ls form de recomedes dois veis: o

    vel poltico, recomedes ecessrimete mis berts e globis e o vel d prtic, recomedes

    ecessrimete mis detlds.

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    III. EnqUaDRaMEnTO GERaL DO ESTUDO

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    as tecologis digitis torrm-se efectivmete prte itegrte d sociedde cotempore e o seu

    domio oje cosiderdo vitl pr uluer ciddo o Sculo XXI. Pr lm de estrmos rodedos de

    tecologi, iuestiovel o seu eorme potecil os mis diferetes sectores de ctividde, costituido

    um poderos ferrmet pr resolver problems e, em ltim istci, proporcior mior ulidde de

    vid o comum dos ciddos, sedo os joves os seus pricipis e turis utilizdores.

    De cordo com s directivs europeis e os icetivos ue, os ltimos os, tm vido promover de for-

    m objectiv o recurso s TIC os mis diversos sectores d sociedde, pode rmr-se ue, pelo meos do

    poto de vist poltico, extremmete fvorvel o clim reltivmete utilizo ds ovs tecologis

    e s tecologis em rede em tods s res de ctividde, d ecoomi educo, d sde ivestigocietc, pssdo pel dmiistro, servios, ou outr uluer ctividde em ue o uso dos comput-

    dores poss trzer mis-vli.

    De um meir ou de outr, geerlidde dos pses tm em curso iicitivs de mbito ciol visdo

    icetivr e promover geerlizo do uso dos computdores s escols. Os icetivos ssumem cocre-

    tizes muito diverss, ue vo d uisio de computdores divulgo de bos-prtics, pssdo

    por ces de sesibilizo e formo dos professores.

    O discurso poltico mior prte ds vezes fvorvel dopo e itegro ds TIC os mis vridos

    domios, ms em sempre s medids ue o operciolizm e le do corpo so eczes e permitem obteros resultdos pretedidos. no cso ds TIC pr s eductivos, situo depede de muitos fctores,

    lgus resulttes ds prpris reliddes ciois, uer em termos de desevolvimeto ecomico, uer

    do poto de vist d cpcidde de mobilizo de esforos e d cpcidde de cocretizo dos siste-

    ms eductivos de cd um dos pses, dos modelos de difuso d iovo privilegidos, ou mesmo de

    fctores culturis especcos, fctores ue ui o cbe lisr com profudidde ecessri, como se

    compreeder.

    n prtic, o uso dos computdores pr s eductivos prece depeder, em primeiro lugr, dos recursos

    dispoveis, clculdos use exclusivmete em termos de dispoibilidde e fcilidde de cesso os eui-pmetos, cdo de for, mior prte ds vezes, lises mis detlds e de turez ulittiv, por

    exemplo sobre o tipo de trblo ue efectivmete desevolvido por professores e luos ou s dimics

    istlds s escols esse domio.

    1. Itroduo

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    Como lgus lists sugerem, o uso dos computdores escol prece depeder tmbm, de form muito

    sigictiv, de outrs vriveis, como o modo como em cd sistem eductivo s tecologis so ecrds,

    os objectivos visdos com su itegro s ctividdes escolres, o ppel efectivo ue se esper vem

    desemper prepro dos joves, e o modo como (e o mometo temporl) so itroduzids os respectivos

    plos de estudos. O uso ds TIC em Educo depede tmbm, de um form muito direct, d prepro

    efectiv ue os professores tm (ou o tm) pr promoverem su isero s ctividdes escolres.

    O crescimeto do mero de computdores s escols, vericdo priciplmete os ltimos os, com o

    ue isso sigicou em termos dos elevdos ivestimetos pblicos, tem suscitdo grde preocupo dos

    goveros em vlir o sucesso dos esforos ceiros despedidos e vrios form os estudos de grde

    escl relizdos com ess lidde, em diversos pses.

    Curiosmete, ou tlvez o, o ue em gerl mior prte desse tipo de estudos mostr ue, pesr do

    umeto de computdores dispoveis e de melores ifr-estruturs, s tecologis de iformo e comu-

    ico (TIC) o so usds id em gru stisftrio ou, pelo meos, o so usds tirdo prtido de

    todo o seu potecil pr uilo ue cetrl escol predizgem (aderso, 2006; Blkst et al.,

    2006; BECTa, 2006; Empiric, 2006; Europee Comissio, 2006; Keiset ICT, 2006; MESO, 1998; noble,

    1997; Pederso et al., 2006; Pelgrum, 2001; Selwy, 1999; Twiig, 2002).

    Pr muitos observdores existe, lis, um clr discrepci (relity-retoric gp) etre o ue se pre-

    go pr s TIC e o seu impcto efectivo educo (Brto, 2001; Boett, 1997; Cub, 2001; Lemke &

    Cougli, 1998; McFrle et al., 2000; Miller & Olso, 1999; Mumtz, 2000; Somek et al., 2001; Wrscuer,2001, citdos por Twiig, 2002). n verdde, costto de ue o porm d utilizo do potecil

    dos computdores em situes de esio e predizgem cotiu o correspoder s expecttivs e

    promesss de muds substciis d escol e do ue el os luos so cmdos fzer (Berrd et

    al., 2004; Cub, 2001; Ppert, 2000, 2005b; Ppert & Cperto, 1999; Slomo, 2002) reecte-se, por exem-

    plo, o modo como os computdores so itroduzidos s ctividdes curriculres e s oportuiddes pr

    ue esses mesmos luos possm preder coiss ovs e de form diferete do ue trdiciolmete se

    esper e exige (Cub, 1993; Josse, 2000; Ppert, 1997, 2000, 2005b).

    no so muits s evidcis de ue existci de computdores correspod um uso regulr dos mes-mos ou ue grde prte do uso ue les tem sido ddo melore sigictivmete predizgem (Pp-

    stsiou et al., 2003; Rvitz et al., 2002; Weglisky, 1998; Berrd et al., 2003; Clrk, 1983, 1994; Joy &

    Grci, 2000; Oppeeimer, 1997; Russel 1999; Turkle, 1996; Vrsids & Glss, 2005), mesmo o cso dos

    pses mis bem petrecdos do poto de vist tecolgico (BECTa, 2006; Empiric, 2006; Frssil &

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    Pekoe, 2005; OCDE, 2005; Pelgrum & Lw, 2004; Wlli, 2005) e com mis experici e trblo espe-

    cco desevolvido este cmpo.

    O cso d Fildi ue costum ser ddo como exemplo de um ds socieddes mis desevolvids (Cs-

    tells, 2001b, 2002) , esse respeito, prdigmtico, dd importci tribud s TIC e o seu ppel

    determite o desevolvimeto do prprio sistem eductivo. Como referido um reltrio recete sobre

    relidde esse ps (Kuittie et al., 2006), prticulrmete relevte vlorizo do coecimeto

    pedggico resultte do esio trvs d iteret, obrigo ds istituies eductivs em promo-

    verem iterco e predizgem virtul, o fometo d uisio de competcis bsics de pesuis

    de iformo, por prte dos luos, pr tirrem prtido d sociedde de iformo, ou o icremeto

    produo de mteriis e cotedo digitl especco pr o esio e predizgem, pr s citrmos lgus,

    cegdo s etiddes resposveis rmr mesmo ue o uso deudo ds TIC o esio e pre-dizgem deve fzer prte d vid uotidi de uluer escol.

    De fcto, como tmbm outros estudos recetes sugerem (OCDE, 2005; Frssil & Pekoe, 2005), pesr

    d Fildi ser o ps com um dos miores dices de desevolvimeto ecomico, socil e tecolgico, e de

    ter s melores codies tcics o vel ds ifr-estruturs e de euipmeto Educo, os luos o

    presetm dices de utilizo ds TIC melores do ue em pses mis pobres, estdo tmbm os profes-

    sores id muito loge de iclurem os computdores s sus rotis de trblo diris, em clsse, e fzerem

    uso ds sus poteciliddes o servio d predizgem, pesr de terem sido sujeitos um prepro

    sistemtic e prologd, uer em termos de competcis tecolgics, uer em termos pedggicos.

    no estudo de Frssil & Pekoe (2005) coclui-se ue o frco uso prcilmete tribudo o ue os

    professores pesm sobre os beefcios ds tecologis do poto de vist eductivo, pelo meos udo se

    trt de perceber porue ue, pesr de terem bos codies tto s escols como em cs ( mior

    prte tem computdor em cs 91% e ligo iteret 82%), o seu uso detro d sl de ul c

    muito um ds expecttivs. De fcto, pesr d dispoibilidde de euipmeto e de titudes positivs

    (s titudes fce o trblo com s TIC escol so mioritrimete positivs 43% , ou eutrs 40%),

    s TIC o so um ferrmet usd dirimete sl de uls. Os vlores observdos vericm-se, por

    outro ldo, idepedetemete ds disciplis e cotedos esidos, dimiuido, medid ue se sobe

    de vel de esio (73% dos professores do primrio (vel 1-6) us o computdor ul com os luos pelomeos um vez por ms, 30% o primrio superior (7-9) e pes 15% o secudrio.

    Curioss so tmbm s justices dos professores ldeses iuiridos, e presetds o estudo refe-

    rido, remetedo s rzes ds frcs txs de uso pr s diculddes de cesso os computdores, pr os

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    orrios ds uls e pr o tempo ecessrio pr trblr com s TIC., sedo ue flt de computdores

    s sls de uls , pr d flt de poio tcico exvel, o pricipl rgumeto dos professores (80%).

    Por outrs plvrs, o ue prece ser sigictivo o cso dos professores ldeses, em prticulr, ms

    tmbm o cso de muitos reltos sobre o ue se pss outros pses desevolvidos, em gerl, como o

    cso dos EUa (Crdler et al., 2002), idei de ue o bst disporem de recursos tcicos, pr ue se

    predispom lterr s sus prtics, itegrdo o computdor s sus rotis diris em sl de uls,

    propodo trefs sigictivs os seus luos pr predizgem com s tecologis oje dispoveis.

    Do estudo de Frssil & Pekoe (2005) destcmos tmbm idei d importci ue pode ssumir ter um

    viso clr sobre s poteciliddes ds tecologis pr predizgem, ue muitos professores id o pos-

    suem, sobretudo sobre o modo como els podem ser usds em cotexto cocreto de sl de uls. Tl como se

    coclui o estudo referido, os professores o tm um viso clr do ue podem ser prtics pedggics sigi-ctivs bseds s TIC (Frssil & Pekoe, 2005), podedo isso costituir um dos pricipis etrves o

    objectivo de geerlizo ds TIC escol ue todos os pses, em termos retricos, dizem mbicior.

    De fcto, utilizr s TIC pr s pedggicos e didcticos, com os luos, prece o ser um tref fcil

    pr os professores, mesmo udo possuem prepro especc, recoecem isso como um impertivo

    de desevolvimeto prossiol e esto sucietemete motivdos pr o fzerem.

    Pr lm de um corpo de competcis tecolgics bsics, ue les permitm operr, com segur, s

    ferrmets dispoveis um determido mometo, prece estr sobretudo em jogo um cojuto de pro-

    cedimetos metodolgicos, de teor predomitemete pedggico e didctico, sem os uis o ser bemsucedid isero desss ovs ferrmets em ctividdes de esio e de predizgem.

    Como mostr geerlidde dos estudos cim referidos sobre dices de utilizo dos computdores

    escol, estmos id loge de se tigir um uso regulr, idepedetemete dos cotextos estuddos, mes-

    mo o cso de pses em ue o problem do petrecmeto ds escols muito o se coloc, e em ue foi

    sistemtic formo fcultd os professores. o ue cormm tmbm lgus estudos comprtivos,

    escl mudil, de ue prticulrmete sigictiv ivestigo d resposbilidde d Itertiol

    associtio for te Evlutio of Eductiol acievemet (IEa), cbd de publicr (Lw et al., 2008) e em ue

    possvel perceber-se o pes diversidde em termos de dices de uso ds TIC etre os 22 sistems edu-ctivos evolvidos, ms sobretudo o vsto leue de fctores ue, o vel d escol, iuecim esse uso.

    Situdo-os um cerio de grde discrepci etre ivestimetos e respectivo retoro, e de grde diversi-

    dde de fctores bitulmete ssocidos o mior ou meor uso ds TIC por prte dos professores, preceu-os

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    importte presetr ui os pricipis resultdos deste estudo iterciol, pesr de Portugl o fzer prte

    do grupo de pses icludos. Pr lm de terem, como os prprios utores referem, importtes implices

    pr os diferetes iterveietes o processo de itegro ds TIC escol (decisores polticos, professores,

    directores ds escols, formdores, etc.), tommo-ls tmbm como po de fudo do presete estudo.

    Um ds primeirs costtes de ue o cesso os computdores um codio ecessri ms

    o suciete pr ue s TIC sejm utilizds o esio e predizgem. excepo de um dos pses,

    use 100% ds escols dispoibiliz cesso os computdores e Iteret, embor sej muito diferete o

    gru de dopo ds TIC por prte dos professores dos diferetes sistems eductivos, vrido de meos

    de 20% t pr cim de 80% lgus csos.

    Coclui-se, por outro ldo, ue umetr os veis de cesso os computdores o implic, por si s, crio de oportuiddes de predizgem fvorveis o desevolvimeto, por prte dos luos, ds com-

    petcis exigids pel sociedde do Sculo XXI.

    as cocepes pedggics dos professores (Tecers pedgogicl oriettios) precem ser o fctor ue

    mis iueci o modo como s TIC so utilizds por esses professores s sus uls, sedo evidete tm-

    bm ue utilizo pedggic ds TIC o esio e predizgem, cotribui mior prte dos sistems

    eductivos estuddos, pr um proximo, s dus disciplis estudds (Mtemtic e Cicis), s

    competcis exigids pel sociedde do Sculo XXI.

    Coclui-se id ue dopo ds TIC, por si s, o determi muds em termos pedggicos, j ue possvel observr, lgus dos pses estuddos, prtics de orieto fortemete trdiciol mesmo com

    recurso s TIC, sedo ue o impcto o vel d utilizo ds TIC pelos luos prece estr ltmete depe-

    dete d orieto seguid pelos professores, ou sej, do modo como os professores iduzem o seu uso.

    Por outro ldo, excepo ds competcis pedggics em TIC, o prece ver correlo etre s c-

    rcterstics dos professores (o seu bckgroud) e o uso ds TIC pr s pedggicos.

    Os miores obstculos utilizo ds TIC em sl de ul so os ue se situm o vel do cotexto d prpri

    escol e o os obstculos relciodos com os luos. Como, lis, freuetemete referido outros estu-

    dos e reltrios, como os ue referecimos o cptulo I, o obstculo ue os professores ideticm comosedo o mis sigictivo flt de poio tcico e pedggico dispoibilizdo, uer professores, uer

    os luos. Coclui-se o estudo, por ltimo, ue o gru e exteso do uso ds TIC depede o pes

    de fctores situdos o vel d escol, ms tmbm, como seri turl esperr, de fctores de turez

    mcro, como o cso dos prprios currculos ciois permitido ue, um mesm mostr de escols,

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    sejm evidetes diferes etre professores ds dus res disciplires lisds.

    num esforo de stese, luz do ue foi dito teriormete, pode rmr-se ue formo e desevolvimeto

    dos prossiois (professores e outros getes eductivos) ue reside essci de um dos pricipis desos

    com ue escol oje se cofrot. , lis, ue reside tmbm essci deste estudo. nortedos pel co-

    vico d relevci do ppel do professor e dos resttes getes d comuidde eductiv, import foclizr s

    tees idetico e implemeto ds melores estrtgis pr ue esses prossiois, em especil os

    professores, possm usr efectivmete s tecologis digitis s sus prtics pedggics uotidis.

    no sedo muito budte e profudo o coecimeto e ivestigo ue documet em pormeor ess

    dimeso do problem sobre relidde portugues (Cost, 2007), o s difcil perceber o impcto dos

    ivestimetos feitos formo, como gm prticulr importci s oportuiddes oferecids essesprossiois pr desevolver, com suporte ivestigo e vlio, s competcis ecessris

    pr se esir e preder o Sculo XXI (Crdler et al., 2002).

    a reexo sobre modelos e dispositivos de formo de professores g, este cotexto, um importci

    estrtgic decisiv udo recoecid, como cotece o cso do Plo Tecolgico d Educo ue

    deu origem o estudo ui presetdo. Resslt tmbm ecessidde de determir uis os modos mis

    deudos em ordem um efectiv e ecz prepro dos diferetes getes eductivos, e dos profes-

    sores em especil, pr utilizo regulr ds ovs tecologis os processos de esio e de prediz-

    gem, ms tmbm dos diferetes spectos d vid e d gesto d escol.

    semel do ue exigido e se esper ue cd ciddo possu o vel de competcis digitis pr

    poder usr e tirr prtido ds ferrmets oje dispoveis, impertivo ue os professores e todos os res-

    ttes getes eductivos tem prepro suciete pr ue dels possm retirr beefcios pr

    su ctividde prossiol, sej prepro ds uls e s resttes ctividdes escolres e de gesto

    d escol, ms tmbm, e sobretudo, o ue o trblo dos prprios luos diz respeito, promovedo

    crio de situes e oportuiddes de predizgem em ue o potecil ds tecologis, pr lm do

    ue bitulmete proposto, permit lrgr os orizotes sobre o ue preder e como preder.

    escol em gerl, e os professores em prticulr, compete crio de codies fvorveis predizgemcom recurso s tecologis de iformo e comuico, precismete o ue els oferecem como oportu-

    idde pr fzer melor, ms tmbm pr fzer diferete. Ideis ue esto em sitoi com s tedcis

    ctuis sobre o ue sigic preder e o deixm de se eudrr loso do prprio currculo ocil

    vigete em Portugl: ue o luo sej gete ctivo o processo e poss dispor dos meios e ds codies

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    PLANO TECNOLGICO DA EDUCAO | 33

    (cotextos) fvorveis pr poder cocretizr ess predizgem, beecido do potecil ds tecologis

    de iformo e comuico, por exemplo resoluo de problems, em ue estej presete e se estimule

    cpcidde de pesr de form crtic, cpcidde de cojecturr e tecipr ltertivs de respost,

    possibilidde rel de testr e vlir cd um ds ipteses. Em, import perspectivr s tecologis

    como exteso d cpcidde itelectul dos idivduos e o pes euto ferrmets ue permitem

    fzer com mis rpidez o ue t eto er possvel fzer com outros meios e processos.

    Ess seri, pois, um primeir prioridde de uluer iterveo, como ue os foi solicitd, como codio

    pr se euciorem outros vos, mis exigetes e cosubstcidos crio de um comuidde

    eductiv ue, fzedo uso regulr e uotidio ds TIC, uebr s brreirs de comuico ormlmete

    existetes o seu seio, duire e desevolve um experici crtic sobre o seu potecil efectivo em dife-

    retes situes e s eductivos e, dess meir, est em codies pr modelr o uso futuro dessstecologis, em cotexto prossiol, um perspectiv de predizgem utom e o logo d vid.

    apesr d importci ue dimeses como ecessidde de dispor de ovs tecologis e de euipme-

    tos tecologicmete vdos, podem ssumir o lcce de um esio com ulidde, o pricpio ue

    ui defedemos o de ue so os professores uem costituem, efectivmete, um dos pilres esseciis

    pr ue se tij esse objectivo (Drlig-hmmod & Yougs, 2002; Keski, 2006; Lurillrd, 1993, 2001;

    Pote, 2000; , 2001; Slomo, 2002; Vrsids & Glss, 2005).

    Dd su prticulr relevci pr o estudo ui presetdo, e um vez ue so muits e diversicds

    s rzes duzids pr explico dos bixos dices de utilizo dos computdores escol, prece-os

    importte fzer um percurso explortrio sobre ivestigo e reexo este domio. nesse setido,

    os fctores ou codies ue iuecim s muds em termos de uso ds TIC em cotexto eductivo,

    sero objecto de reexo este poto.

    a idei cetrl compreeder, su exteso, o ue codicio o uso dos computdores e profudr os

    fctores ue possm estr mis directmete ligdos com os professores euto idivduos e prossio-

    is e com os sistems e cotextos de formo e desevolvimeto prossiol.

    A escassez de recrsos e o elevado ritmo de desenvolvimento tecnolgico

    a geerlizo do uso ds tecologis escol ormlmete ssocid cpcidde ecomic e -

    2. a mud ds prtics com TIC em cotexto eductivo

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