Post on 09-Jul-2015
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11 de setembro - Dia Nacional do Cerrado
O BIOMA CERRADO NO BRASIL
• É o 2o. maior biomada América do Sul;
• O Cerrado (Savana)abrange no Brasil umaárea estimada em2.036.448 km2 (IBGE,2004).
• Considerado como umhotspots mundial debiodiversidade.
• Abriga cerca de11.627 espécies deplantas nativas jácatalogadas.
o Cerrado surgiu em algum momento do período Cretáceo Superior, mas foi no Terciário Médio, há mais ou menos 60 milhões de anos, que ele começou a desenvolver o estoque genético que lhe deu a conformação atual.
RECURSOS GENÉTICOS VEGETAIS
• A Região Fitoecológica predominante é a deSavana Arborizada, que responde por 20,42% detodo o Cerrado, seguindo-se Savana Parque, querecobre 15,81% deste.
• A área florestada abrange 36,73% do bioma,enquanto a área não florestada recobre 23,68%deste.
• O restante refere-se aos 38,98% de área antrópica,onde a categoria predominante é a de pastagenscultivadas (26,45% do bioma), e a 0,6% de água.
ACORDOS INTERNACIONAIS
O Brasil é signatário de importantes acordos econvenções internacionais, tanto no que diz respeitoà conservação de espécies quanto de habitatsameaçados, são elas:
• 1. Convenção para a Proteção da Flora, da Fauna edas Belezas Cênicas Naturais dos Países daAmérica;
• 2. Convenção de Washington sobre o ComércioInternacional das Espécies da Flora e da FaunaSelvagens em Perigo de Extinção (CITES);
• 3. Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB.
ESTUDOS DE Roberta Cunha de Mendonça et all.
• 170 famílias;
• 1144 gêneros;
• 6429 espécies;
• 451 variedades e/ou subespécies;
• 267 pteridófitas (19 famílias, 51 gêneros, 26variedades, 282 taxa);
• 2 gimnospermas (1 família - Podocarpaceae; 1gênero - Podocarpus; 2 taxa);
• 6060 angiospermas (150 famílias, 1092 gêneros, 425variedades, 6387 taxa).
ESPÉCIES UTILIZADAS PARA O CONSUMO
Mais de 10 tipos de frutos comestíveis são regularmenteconsumidos e vendidos como os frutos ou sementes:
• Pequi (Caryocar brasiliense);
• Buriti (Mauritia flexuosa);
• Mangaba (Hancornia speciosa);
• Cagaita (Eugenia dysenterica);
• Bacupari (Salacia crassifolia);
• Cajuzinho do cerrado (Anacardium humile);
• Araticum (Annona crassifolia);
• Barú (Dipteryx alata).
ESPÉCIES TIPICAS DO CERRADO
NOME CIENTIFICO NOMES POPULARESVatairea macrocarpa Angelim do cerrado
Annona crassiflora Araticum
Astronium fraxinifolium Gonçalo Alves
Dimorphandra mollis Falso barbatimão
Swartzia sp Banha de galinha
Stryphnodendron adstringensBarbatimão
Dipteryx alata Baru
Zeyheria digitalis Bolsa de pastor
Mauricia vinifera (M.
flexuosa)Buriti
Eugenia dysenterica Cagaita
Terminalia argentea Capitão do mato
Salvertia convallariaeodora Colher de vaqueiro
Dalbergia miscolobium Caviúna do cerrado
Lafoensia pacari Dedaleiro
Ouratea sp Folha de serra
Machaerium opacum Jacarandá do cerrado
Hymenaea stigonocarpa Jatobá do cerrado
Curatella americana Lixeira
Didymopanax
macrocarpumMandioqueira
Hancornia speciosa Mangaba
Alibertia edulis Marmelada de bola
Byrsonima verbacifolia Murici do cerrado
Guazuma ulmifolia Mutamba
Vochysia haenkeana Pau amarelo
Qualea grandiflora Pau terra
Caryocar brasiliensis Pequi
Salacia sp Saputá ou Bacupari
Bowdichia virgilioides Sucupira preta
Tapirira guianensis Tapiriri
Magonia pubescens Tingui do cerrado
Virola sebifera Ucuuba ou Pau de sebo
Hirtella glandulosa Vermelhão
Xylopia aromaticaPimenta de macaco -
Pindaiba
Enterolobium
contortisiliquumTamboril - Timbaúva
Platypodium elegans Uruvalheira
Plathymenia foliosa Vinhático
ESPÉCIES COMUNS AO CERRADO E MATA
ATLÂNTICA
NOME CIENTÍFICO NOMES POPULARES
Cedrela fissilis Cedro
Copaifera langsdorfii Copaiba
Schizolobium parahyba Guapuruvu
Psidium guajava Goiabeira
Inga edulis Inga
Tabebuia ochracea / T.
vellosoiIpê amarelo
Piptadenia gonoacantha Angico Jacaré
Machaerium aculeatum Jacarandá de espinho
Hymenaea courbaril Jatobá
Cariniana legalis Jequitibá
Pachira aquatica Munguba
Aegiphila sellowiana Papagaio
AMEAÇAS• Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma
brasileiro que mais sofreu alterações com aocupação humana.
• Tem sofrido com a exploração predatória de seumaterial lenhoso para produção de carvão.
• é o hotspot que possui a menor porcentagemde áreas sobre proteção integral.
• Estima-se que 20% das espécies nativas eendêmicas já não ocorram em áreas protegidas.
RISCO DE EXTINÇÃO • O processo de extinção está relacionado ao
desaparecimento de espécies ou grupos de espéciesem um determinado ambiente ou ecossistema.
• Semelhante ao surgimento de novas espécies, aextinção é um evento natural: espécies surgem pormeio de eventos de especiação (longo isolamentogeográfico, seguido de diferenciação genética) edesaparecem devido a eventos naturais de extinção.
• Normalmente, porém, o surgimento e a extinção deespécies são eventos extremamente lentos,demandando milhares ou mesmo milhões de anospara ocorrer.
CAUSAS DA EXTINÇÃO• Atualmente, as principais causas de extinção são a degradação e
a fragmentação de ambientes naturais, pela implantação depastagens ou agricultura convencional, extrativismodesordenado, expansão urbana, ampliação da malha viária,poluição, incêndios florestais, formação de lagos parahidrelétricas e mineração de superfície.
• Estes fatores reduzem o total de habitats disponíveis às espéciese aumentam o grau de isolamento entre suas populações,diminuindo o fluxo gênico entre estas, o que pode acarretarperdas de variabilidade genética e, eventualmente, a extinção deespécies.
• Outra causa importante que leva espécies à extinção é aintrodução de espécies exóticas, ou seja, aquelas que são levadaspara além dos limites de sua área de ocorrência original, que porsuas vantagens competitivas e favorecidas pela ausência depredadores e pela degradação dos ambientes naturais, dominamos nichos ocupados pelas espécies nativas.
PRESERVAÇÃO• Considerado uma das áreas prioritárias para a preservação da
biodiversidade, o cerrado poderá estar totalmente destruído até2030 se sua perda anual se mantiver nos níveis atuais;
• O cerrado ocupava originalmente 14% da área do estado de SãoPaulo e hoje ele ocupa apenas 1,17% em inúmeros fragmentosisolados, a maior parte dele com menos de 400 Ha.
• Por exemplo, na região de São Carlos, houve, entre 1962 e 1992,uma redução de 115.000 ha de cerrado, ou 93% da área original;
• Essa situação se repetiu no campus de São Carlos da UFSCar nosanos 1990, quando boa parte da cobertura vegetal de cerrado aliexistente foi substituída por silvicultura de eucalipto.
• Sendo assim, a conservação de todo e qualquer fragmento decerrado no Estado de São Paulo é urgente.
• ocupa uma situação ecológica intermediária entre a porção leste do Estado, coberta pela mata tropical atlântica, e as áreas mais continentais, onde encontram-se os cerrados e florestas tropicais atlânticas semi-caducifólias ou de planalto.
RECOMENDAÇÕES PARA OS RECURSOS GENÉTICOS
1. Preservação das áreas remanescentes na região;
2. Recuperação das áreas já degradadas;
3. Investimentos no Jardim Botânico de Jundiaí empessoal, e financeiro em pesquisas no bioma;
4. Realização de ações de educação ambiental noentorno das áreas de cerrado;
5. Realização de inventários taxonômicos e florísticos;
6. Organização de um banco de germoplasma desementes e mudas em viveiros, no Jardim Botânico,para o enriquecimento da variabilidade genética dasáreas remanescentes e para a recuperação das áreasdegradadas.
O CERRADO NO ESTADO DE SÃO PAULO
A degradação pulverizou o ecossistema e traz risco para o maiorreservatório subterrâneo de água do planeta São Paulo perdeu 87% deseus cerrados no período de 1962 a 1993 e certamente já ultrapassoua barreira dos 90%.
O que restou do Cerrado em São Paulo
• Não bastasse a perda dessas áreas naturais, restam ainda duas ameaças:• 1. a da extinção de espécies animais e vegetais que só habitam as regiões desse
ecossistema e• 2. a da contaminação do Aqüífero Guarani, o imenso reservatório de águas subterrâneas,
que se estende pelos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso doSul, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e também pelo Uruguai, Argentina eParaguai.
• Um dos fatores que levaram à quase total ocupação das áreas de cerrado do Estado pelaagricultura foi a falta de leis específicas para a proteção desse ecossistema.
• Apesar de ser contemplado no Código Florestal, ele não é considerado Patrimônio Nacionalpela Constituição, como a Mata Atlântica, o Pantanal e a Floresta Amazônica.
• Além disso, os agricultores e comunidades rurais locais têm pouco ou nenhumconhecimento sobre o emprego das espécies do cerrado nem sobre as possibilidades deexploração econômica de algumas delas, segundo a agrônoma Maristela Simões do Carmo,professora da Unesp (Universidade Estadual Paulista), campus de Botucatu.
• Os estudos coordenados por Bittencourt se concentraram numa área correspondente a10% dos remanescentes de cerrado no Estado. Só nessa área houve perda de 39% davegetação nos últimos dez anos, segundo a pesquisadora.
• Para ela, a sociedade não se sensibilizou com a necessidade de preservar o cerrado porcausa de sua biodiversidade. Os pesquisadores tentam agora chamar a atenção para o riscode contaminação por agrotóxicos do Aqüífero Guarani, pois as últimas manchas de cerradoestão cercadas por áreas agrícolas.
18 – 21 de Novembro de 2013
II ENCONTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DOS JARDIM BOTÂNICOS BRASILEIROS:
Educação para a Conservação da Diversidade das Plantas Plano de Ação, Reflexão e Perspectivas
Belo Horizonte / MG
“TODOS ESTÃO CONVIDADOS”