Objectividade científica e racionalidade científica

Post on 01-Jul-2015

20.093 views 0 download

Transcript of Objectividade científica e racionalidade científica

OBJECTIVIDADE CIENTÍFICA E

RACIONALIDADE CIENTÍFICA

Perspectivas de Popper e Kuhn

Esco

la E

.B. 2

,3/s d

e M

ora

11

º ano

20

09

/20

10

A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E A QUESTÃO DA OBJECTIVIDADE

Karl Popper Karl Popper – defende que o conhecimento

científico é objectivoobjectivo e que a sua evolução é

racionalracional.

Thomas Kuhn Thomas Kuhn – apresenta uma perspectiva da

ciência que rejeita a objectividade e a objectividade e a

racionalidade racionalidade desta.

Esco

la E

.B. 2

,3/s d

e M

ora

11

º ano

20

09

/20

10

A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA SEGUNDO POPPER

Segundo Popper, nunca podemos saber que

uma teoria científica é literalmente verdadeira;

tudo o que podemos saber é que, até um certo

momento, não se mostrou que é FALSAFALSA.

Racionalidade crítica Racionalidade crítica – adoptar atitude

critica – sujeitar as teorias a testes que

possam resultar na sua refutação, ou seja,

tentar detectar os erros das teorias.  Evolução da

ciência

Esco

la E

.B. 2

,3/s d

e M

ora

11

º ano

20

09

/20

10

APROXIMAÇÃO À VERDADE

A verdade é a meta da ciência.

E uma teoria é VERDADEIRA se, e só se,

corresponde aos factos, ou seja, se descreve

correctamente aquilo que se passa no

Mundo.

Popper – ciência é objectiva

Valor de verdade de uma teoria é independente

de crenças ou opiniões, pois o que lhe confere valor

de verdade é o que se passa na REALIDADE.

Esco

la E

.B. 2

,3/s d

e M

ora

11

º ano

20

09

/20

10

CIÊNCIA E PROGRESSO

Ciência progride em direcção à verdade,

embora a verdade última seja

inalcançável.

De um modo geral, uma teoria é mais mais

verosímil verosímil do que outra quando implica mais

verdades ou menos falsidades.

Esco

la E

.B. 2

,3/s d

e M

ora

11

º ano

20

09

/20

10

OS PARADIGMA SEGUNDO KUHN

ParadigmaParadigma – baseia-se numa teoria de grande

poder explicativo, que serve de modelo aos

investigadores e que determina os problemas

em que a investigação incidirá.

Sem um paradigma, não existe ciência. Os

paradigmas fundam a ciência e organizam o

trabalho dos cientistas.

Esco

la E

.B. 2

,3/s d

e M

ora

11

º ano

20

09

/20

10

ELEMENTOS DOS PARADIGMAS

Paradigma inclui:

Leis e pressupostos teóricos fundamentais

Regras para aplicar as leis à realidade

Regras para usar instrumentos científicos

Princípios metafísicos e filosóficos

Kuhn, pensa que um paradigma define e regula define e regula

todo o trabalho científico numa certa área de todo o trabalho científico numa certa área de

investigaçãoinvestigação.

Esco

la E

.B. 2

,3/s d

e M

ora

11

º ano

20

09

/20

10

RACIONALIDADE E PARADIGMAS

Características desejáveis de uma boa teoria

para fundar um paradigma:

Precisão Consistência Abrangência Simplicidade Fecundidade

Uma teoria que não seja avaliada consoante estes

critérios poderá ser considerada irracional.

Esco

la E

.B. 2

,3/s d

e M

ora

11

º ano

20

09

/20

10

A CIÊNCIA NORMAL

Depois da instituição de um paradigma

inicia-se um período de ciência normal.

A ciência normal ciência normal caracteriza-se pelas

tentativas de desenvolver o paradigma,

tornando-o mais pormenorizado e completo.

Esco

la E

.B. 2

,3/s d

e M

ora

11

º ano

20

09

/20

10

ANOMALIAS E CRISE

A ciência normal nem sempre é bem sucedida:

há enigmas que ficam por resolver e que

resistem às tentativas de resolução

(anomalia).

A acumulação de anomalias abala a confiança

no paradigma, gerando uma crise.

(Crise – período de insegurança durante o qual a

confiança no paradigma é abalada.)

Esco

la E

.B. 2

,3/s d

e M

ora

11

º ano

20

09

/20

10

A INCOMENSURABILIDADE DOS PARADIGMAS

Holística : todos os aspectos que constituem

um paradigma mudam em conjunto, como

um todo e não de forma isolada.

Incomensurabilidade – impossibilidade de

comparar os paradigmas objectivamente de

maneira a concluir que um é superior ao

outro.

Esco

la E

.B. 2

,3/s d

e M

ora

11

º ano

20

09

/20

10

CRITÉRIOS OBJECTIVOS E FACTORES SUBJECTIVOS

Para Kuhn a evolução da ciência não é um

processo absolutamente racional de

eliminação de teorias falsas à luz de critérios

objectivos, mas uma sucessão de sucessão de

paradigmas paradigmas escolhidos por uma

combinação de critérios objectivos e

factores subjectivos.

Esco

la E

.B. 2

,3/s d

e M

ora

11

º ano

20

09

/20

10

DISCUSSÃO

Se não podemos afirmar com tanta

certeza que as teorias cientificas que

aceitamos hoje são verdadeiras, por que

razão devemos de confiar nelas?

Para confiarmos numa teoria, não é preciso termos a

certeza de que é verdadeira. Basta que seja uma

teoria que, entre as teorias disponíveis, tenha

resistido aos melhores testes empíricos. Assim, será

razoável acreditarmos que é verdadeira.

Esco

la E

.B. 2

,3/s d

e M

ora

11

º ano

20

09

/20

10

«Dado que tanto a racionalidade

científica como a filosofia se

caracterizam pela atitude critica, segue-

se que não há qualquer diferença entre a

ciência e a filosofia.» Concorda?

Justifique.

Não. Embora a ciência e a filosofia decorram de uma

atitude critica, só na ciência a investigação se

desenvolve de forma empírica.

DISCUSSÃOEsco

la E

.B. 2

,3/s d

e M

ora

11

º ano

20

09

/20

10

DISCUSSÃO

«O facto de as escolhas dos cientistas serem

influenciadas por factores subjectivos mostra que

a ciência não é objectiva.» Concorda? Porquê?

Não. Os cientistas são influenciados por factores subjectivos,

mas a existência de crítica aberta na comunidade científica

permite filtrar os preconceitos individuais. A objectividade da

ciência não resulta do «espírito imparcial» dos cientistas,

considerados individualmente. Resulta da possibilidade de se

realizarem testes empíricos às teorias – testes passíveis de

reprodução.

Esco

la E

.B. 2

,3/s d

e M

ora

11

º ano

20

09

/20

10