Revista Capital 75

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4 MAIO 2014 · Capital Magazine

30 Parcerias “justas e genuínas”

AApós a abertura de linha de cré-dito de 132 milhões de euros para Moçambique, a visita do Primeiro--Ministro português, Passos Coelho, teve o seu auge com o ‘Seminá-rio Económico Moçambique-Portu-gal’. Na sua agenda estava o reforço da cooperação político-económica e uma nova abordagem das parcerias empresariais.

40 Preparados para novos recordes no Investimento Directo Estrangeiro

Nem o parecer desfavorável dos in-dicadores internacionais de ambien-te de negócios, nem a eventualidade de um conflito político-militar, são suficientes para travar o crescimen-to do IDE. O indicador vai continuar a atingir níveis recorde, segundo o director do Centro de Promoção de Investimentos, Lourenço Sambo.

52 O dilema de liberalizar o “céu” protegendo a LAM

A necessidade de abrir mercados, exibir potencialidades e flexibilizar a economia exige facilidades quanto à mobilidade das pessoas. No caso de Moçambique, esta necessidade en-frenta um grande obstáculo: o alto custo das passagens aéreas. Saiba o que o ministro dos Transportes e Comunicações, Gabriel Muthisse, pensa sobre o processo de liberaliza-ção do espaço aéreo.

60 “As desigualdades nos nossos países

de economias emergentes são escandalosas”

José Ramos-Horta é o Representante Especial do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau. Foi Presidente da República de Timor-Leste e recebeu o Prémio Nobel da Paz. A Capital, através da sua directora editorial e do colaborador António Poncioni, teve o privilégio de o entrevistar so-bre os progressos de Timor-Leste, da Guiné-Bissau e dos novos ‘players’ na África Subsaariana.

Sumário

Destaques

propriedade e Edição: Mozmedia, Lda., 1ª Rua Perpendicular nº 15 - Telefone: +258 21 416186 - Fax: +258 21 416187 – [email protected] – Director Geral: André Dauane – [email protected] – Directora Editorial:HelgaNeida Nunes – helga.nunes@mozmedia. Redacção: ASérgio Mabombo – [email protected] – Secretariado administrativo: Indira Mussá – [email protected]; Cooperação: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Colunistas: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Fotografia: Celso Zaqueu, Marco P. Nicolau; Gettyimages.pt, Google.com; – ilustrações: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. paginação: Arlindo Magaia – Design e Grafismo: Mozmedia – Departamento Comercial: Neusa Simbine – [email protected], ; – Distribuição:Ímpia– [email protected]; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registo: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - tiragem: 7.500 exemplares. Os artigos assinados reflectem a opinião dos autores e não necessariamente da revista. Toda a transcrição ou reprodução, parcial ou total, é autorizada desde que citada a fonte.

CapaPreparados para novosrecordes no investimento

Foco Economia Foco Empresa

Dossier

EMEM anuncia novas oportunidadesde negócio na área mineira

Volume de negóciosda Tropigalia sobe 27%

Parcerias “justas e genuínas”

36 38

30

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Capital Magazine · MAIO 2014 5

Editorial

Bem-vindo

Plataforma empresarial

Estilos

Infraestruturas na mirade consultores

‘Malagueta’apresentaSouvenirstradicionais

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Perspectivatransporte

MboraLá e a difícil tarefa de transportar dos TPM

55

Moçambique assume-se como um corredor de fundo na maratona do desenvolvimento, apesar de todos os desafios e contrariedades. A imagem que o nosso país dá, perante o resto do mundo, é que soma e segue apesar das avaliações menos abonatórias e dos prognósticos mais reservados, tecidos pelos analistas.

De facto, nem o parecer desfavorável dos indicadores de ‘doing business’, nem a tão propalada instabilidade político-militar, são suficientes para travar um atleta que segue resoluto em direcção à meta do crescimento do Investimento Directo Estrangeiro. De acordo com as previsões do Centro de Promoção e Investimentos, o IDE vai manter níveis dignos de recorde. A tendência positiva tem vindo a produzir os seus efeitos nos últimos cinco anos e, hoje, Moçambique virou o centro das atenções dos investidores. Entre os cinco maiores investidores dos últimos anos, têm sido assíduos países como a África do Sul, China, Portugal, Índia e Brasil. Aliás, o apetite dos estrangeiros pelos negócios revela mesmo ser contagiante, embora o peso do investimento nacional seja ainda muito incipiente. É preciso contrariar esse estado de coisas. O País precisa de reduzir a dependência externa mas carece do apoio de um empresariado local forte e igualmente competitivo. Como poderemos contrariar esse facto? Reforçando o sector privado com uma aposta nas Parcerias Público-Privadas? Descomplicando o processo do acesso ao crédito bancário? Reduzindo o nível de burocracia? Reforçando as redes de informação sobre negócios?... Todas as medidas são bem-vindas mas não acontecem, certamente, do dia para a noite, e carecem do apoio de muita capacitação.Ainda no que toca às ‘nuances’ do investimento, o Primeiro Ministro português esteve em Maputo e sublinhou que as empresas moçambicanas não devem recear perder a sua quota parte das acções para as empresas portuguesas. Aliás, o governante luso deixou bem claro que as empresas moçambicanas também terão pleno direito de entrar na estrutura das empresas do seu país, e que, juntas, poderão explorar o vasto mercado da União Europeia (UE). É certo que o interesse do governo português também deve passar por explorar uma comunidade de 250 milhões de consumidores (SADC) - através duma porta de entrada privilegiada - assim como explorar a riqueza de Moçambique em termos de recursos naturais. A linha de crédito aberta, em 2009, apenas vem confirmar essa aposta. Mas será que a cooperação dos dois países está preparada para um jogo de xadrez a duas mãos?c

O poderoso investimento

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Contents

property and Edition: Mozmedia, Lda., 15- 1ª Rua Perpendicular-Coop, – Telephone: +258 21 416186 | Fax:+258 21 416187 – [email protected] – Managing Director: André Dauane – [email protected] – Editorial Director: Helga Neida Nunes – helga.nunes@mozmedia. – Editorial Staff: Sérgio Mabombo – [email protected] – administrative Secretariat: Indira Mussá – [email protected]; Cooperation: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Columnists: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; photography: Celso Zaqueu, Marco P. Nicolau; Gettyimages.pt, Google.com; – illustrations: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. page make-up: Arlindo Magaia – Design and Graphics: Mozmedia –Commercial Department: Neusa Simbine – [email protected]; – Distribution: Ímpia – [email protected]; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registration: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - printing: 7.500 copies. The articles reflect the authors’ opinion, and not necessarily the magazine’s opinion. All transcript or reproduction, partial or total, is authorised provided that the source is quoted.

CoverReady for newinvestiment records

Background Theme“Fair and genuine”Partnerships

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8 MAIO 2014 · Capital Magazine

Focus EconomyEMEM announces new businessopportunities in the mining área

Volume of Tropigalia business rises 27%

37 39Focus Company

32 “Just and legitimate” partnerships

After the opening of the credit line of 132 million euros to mozambique, the visit from the Portuguese Prime minister, Passos Coelho, had his peak with the “Mozambique- Portu-gal Economic Seminar”. His agenda was to reinforce the politico-econo-mic ooperation, and a new approach to business partnerships.

44 Ready for new records in Direct Foreign

Investment Not even the apparently unfavorable

international indicators about the business environment, not even the possibility of a political-military con-flict, were enough to stop the growth of DFI. The indicator will ontinue to reach record levels, according to the director of the Center for Promotion of Investments, Lourenço Sambo.

54 The dilema of freeing the “sky” that protects LAM

The need to open markets, show po-tential, and increase the economies flexibility requires facilities in terms of mobilizing people. In the case of Mozambique, this need faces a large obstacle: the high cost of airplane tickets. Let it be known that the mi-nister of Transport and Communica-tion, Gabriel Muthisse, thinks about the process of freeing air space.

63 “The inequalities in our countries with emerging economies are scandalous”

José Ramos-Horta is the Special Representative to the UN Secretary General in Guiné Bissau. He was Pre-sident of the Republic of East Timor and he received a Nobel Peace Prize. Capital, through its editing director and with the colaboration of Antonio Poncioni, had the privilege of interviewing him about the progress in East Timor, Guiné Bissau, and the new players in Sub-Saharan Africa.

Highlights

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Capital Magazine · MAIO 2014 9Capital Magazine · Março 2013 9

Editorial

Welcome

Capital Magazine · MAIO 2014 9

Entrepreneurial Platform

Lifestyle

Infrastructuresin the crosshairsof consultants

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Perspectivetransport

MboraLá and TPMdificult taskof transport

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‘Malagueta’presents traditional Souvenirs

Mozambique is assumed as a distance runner in the marathon of development, despite all the challenges and setbacks. The image our country gives, to the rest of the world, is that it follows that sum and despite the less avocatory reviews and more reserved prognosis, woven by analysts.

In fact, neither the unfavorable opinion of the indicators of ‘Doing Business’, or the much-touted political-military instability, are sufficient to catch an athlete who follows feisty towards the goal of growth of Foreign Direct Investment. According to the Centre for Investment Promotion and forecasts, the FDI will maintain a decent level of investment.The positive trend has been producing its effects in the last five years and, today, Mozambique became the center of attention of investors. Among the five largest investors in recent years, have been assiduous countries like South Africa, China, Portugal, India and Brazil. In fact, the appetite of foreigners for business reveals even be contagious, although the share of domestic investment is still incipient.We need to reverse this state of affairs. The country needs to reduce external dependence but also lacks the support of a strong and competitive local businesses. How can we counteract this fact? Strengthening the private sector with a commitment to public-private partnerships? Facilitating the process of access to bank credit? Reducing the level of bureaucracy? Strengthening information networks business? ... All measures are welcome but certainly will not happen from day to night, and with a lack of support for a lot of training.With regards the ‘nuances’ of investment, the Portuguese Prime Minister was in Maputo and stressed that Mozambican companies should not fear losing their share of the shares for Portuguese companies. Incidentally, the Portuguese minister made it clear that Mozambican companies will also have full right to enter the business structure of their country, and that, together, you can explore the vast European Union (EU) market. It is true that the interest of the Portuguese government should also undergo explore a community of 250 million consumers (SADC) - through a privileged entry door - as well as explore the wealth of Mozambique in terms of natural resources. The open line of credit, in 2009, only confirms that bet. But is that cooperation between the two countries is prepared for a game of chess in two hands?c

The powerful Investment

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COISAS QUE SE DIZEM

EM alta

EM BaiXa

PRODuçãO DE ARgILA EM quEDA A produção de argila deverá registar uma redução de perto de 13 mil toneladas, atin-gindo 33.170 toneladas em 2014, contra 46.961 toneladas alcançadas em 2012. Em 2013, a produção de argila, uma das matérias-primas para a produção de cimento destinado à indústria de construção, baixou para 32.275 toneladas. O Ministério da Indústria e Comércio (MIC) não explica as razões da queda da produção do mineral nos últimos tempos, mas assegura que a situação não vai afectar as projecções de crescimento do sector de construção, estimadas em 9,6% em 2014.

MuLTInACIOnAIs nãO CuMPREM COMPEnsAçõEs EM MOATIzE A maior

parte das empresas mineiras, que estão a operar na exploração do carvão no distrito de Moatize, em Tete, não honrou o compromisso de canalizar os seus rendimentos para o desenvolvimento das comunidades locais. As multinacionais deviam ter desembolsado 22.2 milhões de meticais, mas apenas uma pagou os 7.2 milhões (equivalente a um terço) que as comunidades acabaram rece-bendo. Apesar da experiência ter tido início em 2013, as compensações têm enquadra-mento legal, nomeadamente, a Lei 15/2007 que foi reformulada com a Lei 1/2013. As empresas visadas por esta regra são a brasi-leira Vale (a única que pagou), a ango-austra-liana Rio Tinto, a Minas de Moatize e a india-na Jindal.

Capitoon

EnCOnTRADA sOLuçãO PARA A LAM InTERnACIOnAL Empresas controladas pelo Estado moçam-bicano como é o caso dos CFM, Aeroportos de Moçambique, TDM e Mcel estão entre os futuros donos da LAM Internacional, numa iniciativa que visa evitar que a companhia se envolva em investimentos de risco. Tratar-se-á assim de uma subsidi-ária das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), participada também por outras empresas do sector dos Transportes e Comunicações, que se vai focar nos voos intercontinentais. Esta é uma forma que o Governo encontrou para evitar que a actual estrutura da LAM fique sobrecarre-gada financeira e administrativamente na sua actuação.

gOvERnO CRIA nOvA zOnA ECOnóMICA EsPECIAL nA zAMBézIA O governo

de Moçambique pretende incentivar a continu-ação da criação de Zonas Económicas Especiais (ZEE), criando mais uma no distrito de Mocuboa, na Zambézia, como forma de atrair investidores nacionais e estrangeiros para este ponto do país. As ZEE que existem estão em Beluluane, Nacala e Manga Mungassa (Sofala). Há anos que o Governo estava a analisar uma proposta para a Zona Económica Especial de Mocuba que, se aprovada, irá impulsionar o já rápido desenvol-vimento dessa área do centro de Moçambique, na medida em que as empresas instalam-se para aceder aos benefícios fiscais existentes neste tipo de zonas.

12 MAIO 2014 · Capital Magazine

DEsEnvOLvIMEnTO quEIMADO “No desenvolvimento não se pode queimar etapas, não podemos saltar de oito para 80. Não é possível. Desenvolvimento é uma coisa que se vai construindo de grau em grau. Eu disse e expliquei sobre as grandes causas da pobreza em Moçambique, não foi só a história colonial, mas também a guerra que tivemos, que destruiu as infra-estruturas e também a esperança dos agricultores. E o papel do Governo é ir construindo”, Hélder Muteia, antigo ministro da Agricultura de Moçambi-que e Actual Representante da FAO em Portugal, In “O País”.

PROJECTOs EM “sTAnD-By” “Sim, este projecto (pipeline para África do Sul) já devia estar a operar, mas devido a esse constrangimento (regulamentar na África do Sul) tivemos mesmo que parar. Não há qualquer hipótese de investir centenas de milhões de dólares para depois não se conseguir competir porque o cliente final recebe o produto de concorren-te a um preço artificialmente muito mais baixo”.Administrador-delegado da Petromoc, nuno de Oliveira, in “notícias”.

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EXPERIENCE

3ª EDIÇÃO

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MOÇAMBIQUE:ROTAS DE EXPANSÃO13 Maio 2014 • Polana Serena Hotel • Maputo

Para mais informações: Anna Serra | [email protected] | +258 214 849 94

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14 MAIO 2014 · Capital Magazine

in low

ThIngS BEIng SAID

in HiGH

Capitoon

PRODuCTIOn OF ARguILE DECREAsEsThe clay production should decrease by close to 13 000 tonnes to 33,170 tonnes in 2014, compared to the 46,961 tons reached in 2012. In 2013, the production of clay, one of the raw materials for cement production for the construction industry, fell to 32,275 tonnes. The Ministry of Industry and Commer-ce (MIC) does not explain the reasons for the fall of the mineral production in recent times, but it ensures that the situation will not affect the projections of growth in the construction sector, estimated at 9.6% in2014.

MuLTInATIOnALs DO nOT MEET COMPEnsATIOn In MOATIzE A Most of

the mining companies that are operating in the exploration of coal in Moatize district, Tete, did not honor the commitment to chan-nel their resources towards the development of local communities. Multinationals should have paid 22.2 million Mt, but only one has paid 7.2 million (equivalent to one-third) that ended up being received by the communities. Although the experiment was started in 2013, offsets to the legal framework, in particular, Law 15/2007 has been recast to Law 1/2013. Companies covered by this rule are Brazil’s Vale (the one that paid), the Anglo-Australian Rio Tinto, Minas de Moatize and India’s Jindal.

sOLuTIOn FOunD FOR LAM InTERnATIOnAL Companies controlled by the Mozambican state such as CFM, Mozambique Airports, TDM and Mcel are among the future ow-ners of the International LAM, an initiative that seeks to prevent the company from engaging in risky investments. It will take the form of a subsidiary of Mozambique Airlines (LAM), also supported by other companies of the Transport and Communi-cations sector, which will focus on inter-continental flights. This is one way that the government has found to prevent the current financial and administrative struc-ture of LAM from becoming overloaded.

gOvERnMEnT CREATEs nEW sPE-CIAL ECOnOMIC zOnE In zAMBEzIA The govern-

ment of Mozambique intends to encourage the continued creation of Special Economic Zones (SEZs), creating another in the Mocuboa district, Zambezia, in order to attract domestic and foreign investors to this part of the country. The SEZ that exist are Belulane, Nacala and Manga Mungassa (Sofala). For years the government was examining a proposal to the Special Econo-mic Zone Mocuba that, if approved, will boost the already fast development of this area of central Mozambique, to the extent that compa-nies are setting themselves up for access to existing tax benefits in such areas.

BuRnT DEvELOPMEnT “In development we can not skip steps, we can not jump from eight to 80. Not possible. Development is something that is built in degrees. As i’ve said and explained, the major causes of poverty in Mozambique, is not only the colonial history, but also the war we had, which destroyed infrastructure and also the hope of farmers. Therefore, the role of government is to go and build “.Hélder Muteia, previous Minister of Agricutlture in Mozam-bique and current representativa of FAO in Portugal, in “O Pais”.

PROJECTOs EM “sTAnD-By” “Yes, this project (pipeline to South Africa) should already be operating, but due to this constraint (regulations in South Africa) we had to stop. There is no way to invest hundreds of millions of dollars and then not be able to comlete because the end customer receives the product from the competition at an artificially much lower price”.“Managing Director of Petromoc, nuno de Oliveira, in “notícias”.

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ACtuAl

Banco Europeu de Investimentojunta-se a Moza Banco no apoio às PMEs

Todos os títulos emitidos no país deverão ser registados na Central de Valores de Moçambi-que (CVM) a partir do fim deste semestre, num investimento de 13 milhões de meticais. A Bolsa de Valores de Moçambique, que gere a central, pretende desse modo acelerar o registo

de títulos, conferir maior segurança e eliminar riscos de perdas e falsificação de títulos emitidos em forma-to físico, já que o registo a vigorar será electrónico.Com a introdução de um sistema digital, que passa a registar acções, obrigações e outros valores mobiliá-rios em formato electrónico, a BVM segue a tendência de grande parte das bolsas de valores internacionais, que têm vindo a abandonar o registo físico de títulos mobiliários. A CVM foi criada em 2006, mas só entrará efectiva-mente em operação oito anos depois, na medida em que é um sistema que exige uma forte componente electrónica e a preparação dos técnicos que deverão lidar com o mesmo. Só agora foram criadas tais condi-ções. Neste momento, a Bolsa de Valores tem informação

sobre os títulos das empresas cotadas de uma forma manual, mas com este serviço serão cotadas de uma forma automática, por via dos intermediários financei-ros que se registarem, disse a presidente do Conselho de Administração da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), Anabela Chambuca. Actualmente, estão cotadas na BVM 10 empresas: Cer-vejas de Moçambique, Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos, Banco Comercial e de Investimentos, Banco Internacional de Moçambique (Millennium bim), ProCredit, Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, Mo-çambique Celular, Petróleos de Moçambique, Standard Bank e Moza Banco.c

O Moza Banco e o Banco Europeu de Investimento (BEI) assinaram, em Maputo, um programa de apoio às Pequenas e Médias Empresas (PMEs) moçambicanas com um

envelope financeiro de cinco milhões de euros. Com efeito, o Moza Banco irá prestar assistência técnica àquela categoria de empresas e apoiá-las no desenvolvimento de planos de

negócio.O representante do BEI para a região austral de África, Carmelo Cocuzza, disse na ocasião que a instituição está empenhada em apoiar o sector privado em África, no geral, e em Mo-çambique, em particular, ao abrigo da parceria existente com os principais bancos locais.“A criação de emprego e o crescimento das empresas só poderá ocorrer quan-

do as pequenas e médias empresas tiverem capacidade para investir”, fri-sou Cocuzza. O BEI iniciou a sua acti-vidade em Moçambique em 1987, e, desde então, já apoiou investimentos num total superior a 500 milhões de euros, estando actualmente envolvi-do em vários projectos, incluindo a modernização do Aeroporto Interna-cional de Maputo.c

13 milhões Mt na criação da Centralde valores Mobiliários

DR

16 MAIO 2014 · Capital Magazine

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CuRRENt

All of the titles emited in the country need to be re-gistered at the Central de Valores de Moçambique (CVM) by the end of this quarter, an investment worth 13 million meticais. The Mozambican Stock exchange, that manages the center, hopes to accelerate the register of

titles, providing higher security and eliminating the risk of losses and falsification of titles emitted in a physical format, since the main register will be electronic. With the introduction of a digital system, which will register shares, bonds and other securities in electronic form, the MSE follows the trend of most international stock exchanges, which have come to abandon the physical registration of securities.The CVM was created in 2006, but only actually came into operation eight years later, it is a system that requires a strong electronic component and preparation of technicians who deal with it. These conditions have only been created now.“Right now, the Stock Exchange has information on the securities of listed companies that are manually registered, but with this service shall be offered in an automated way, via financial intermediaries who register themselves,” said Chairman of the Board of Directors of Mozambique Stock Exchange (BVM), Anabela Chambuca.Currently, there are 10 companies listed in the BVM - Cervejas de Moçambique, Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos, Banco Comercial e de Investimentos, Banco Internacional de Moçambique (Millennium bim), ProCredit, Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, Moçambique Celular, Petróleos de Moçambique, Standard Bank, and Moza Banco.c

European investment Bank joins Moza Banco in the support for SMEs

13 milhões Mt inthe creation of Central Values for Real Estate

Moza Banco and the European Investment Bank (EIB) signed a program to support Small and Medium Enterprises (SMEs) with a Mozambican funding of five million euros in Maputo. Indeed, Moza Banco will provide technical assistance to that category of companies and support them

in developing business plans.The EIB representative for Southern Africa, Carmelo Cocuzza, said at the time that the institution is committed to supporting the private sector in Africa in general and Mozambique in particular under existing partnership with leading local banks . “Job creation and enterprise growth can only occur when small and medium-sized enterprises have the capacity to invest, “ said Cocuzza. The Bank began operations in Mozambique in 1987, and has since then supported investments totaling more than EUR 500 million and currently is involved in several projects, including the modernization of the Maputo International Airport.c

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Capital Magazine · MAIO 2014 17

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Briefing MuNDO

Europa alcança acordo sobre a união bancária

A unIãO Europeia (UE) alcançou um acordo político definitivo entre as suas diferentes instituições sobre o segundo pilar da união bancária, o Mecanismo Único de Resolução (MUR), destinado a liquidar ou resgatar bancos em dificuldade. O acordo sobre o mecanismo, alcançado ao fim de uma reunião de 16 horas entre o Conselho (que representa os estados membros) e o Parlamento, é adicionado ao Mecanismo Único de Supervisão (MUS) que pretende inspeccionar os balanços e activos dos bancos da Zona do Euro.O acordo traz garantias de protecção dos contribuintes europeus, pois em caso de falência de uma instituição financeira, os prejuízos serão assumidos por um fundo alimentado pelo sector bancário e não mais pelos governos, como aconteceu depois da crise financeira de 2008. Além disso, o circuito de tomada de decisões foi abreviado, e se necessário, o Banco Central Europeu (BCE) terá poderes para liquidar um banco no espaço de dois dias em qualquer país do bloco.Em Dezembro de 2013, os europeus já tinham concordado com o reforço dos poderes do Banco Central Europeu. A partir do final deste ano, o BCE assumirá um papel de supervisão rigoroso das instituições para evitar o risco de crise sistémica.c

Desemprego de longo

Desemprego de longo prazo dobrou em países desenvolvidos

O núMERO de desempregados que estão no mínimo há um ano sem trabalho dobrou nos países desenvolvidos nos últimos cinco anos, após o início da crise financeira mundial, e já atinge 17 milhões de pessoas, afirma um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).O relatório “Panorama da Sociedade 2014” analisa o impacto da crise económica na vida das populações por meio de uma série de indicadores, como emprego, renda, pobreza, saúde, imigração e demografia. “A turbulência financeira de 2007 e 2008 provocou não apenas uma crise económica e orçamental, mas também uma crise social”, diz o estudo.Desde 2007, há 15 milhões de desempregados a mais nos países da OCDE, totalizando actualmente 48 milhões de pessoas. Mais de um terço delas (17 milhões) estão sem trabalho há pelo menos um ano, o que a organização define como “desempregados de longo prazo”.c

Emirates eleita a melhor do mundo

A EMIRATEs, dos Emirados Árabes Unidos, foi considerada a melhor empresa aérea do mundo, em 2013, pelo anuário Skytrax World Airline Awards. A escolha foi feita por 18,2 milhões de passageiros em 160 países ao redor do mundo. A companhia, que havia ficado com a 8ª colocação, em 2012, superou a Qatar Airways, eleita a melhor do mundo nos últimos dois anos. A Emirates recebeu pelo nono ano consecutivo o prémio de “Melhor Entretenimento de Bordo do Mundo”.As empresas asiáticas lideram entre as 10 primeiras colocadas da lista, com cinco premiações: Singapore (Singapura, 3º lugar), ANA (Japão, 4º lugar), Asiana Airlines (Coreia do Sul, 5º lugar), Cathay Pacific (China, 6º lugar) e Garuda Indonesia (Indonésia, 8º lugar).Com sede no Dubai, a Emirates já havia ganho o prémio de estreia em 2001 e manteve a primeira colocação em 2002. Depois de perder a liderança por uma década, voltou ao pódio este ano. A Emirates tem 200 aeronaves e 18 mil tripulantes e funcionários.c

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Capital Magazine · MAIO 2014 19

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Classificação Companhia Aérea

1 Emirates

2 Qatar Airways

3 Singapore Airlines

4 All Nippon Airways (ANA)

5 Asiana Airlines

6 Cathay Pacific

7 Etihad Airways

8 Garuda Indonesia

9 Turkish Airlines

10 Qantas Airways

Fonte: Anuário Skytrax World Airline Awards

Briefing MuNDO/WORlD

20 MAIO 2014 · Capital Magazine

Lista das 10 melhores companhias aéreas do mundo

THE European Union (EU) reached a final political agreement between the different institutions on the se-cond pillar of the banking union, Sin-gle Engine Resolution (MUR), inten-

ded to liquidate or to rescue ailing banks.The agreement on the mechanism, reached after a meeting of 16 hours between the Council (representing

Europe reaches agreement on banking unionthe member states) and Parliament, is added to the Sole Supervisory Me-chanism (MUS) who intend to inspect the accounts and assets of banks in the Euro Zone.The agreement provides safeguar-ds to protect European taxpayers, because in the case of bankruptcy of a financial institution, the losses will be borne by a fund fed by the banking sector and not by govern-ments, as we saw happened after the 2008 financial crisis. Moreover, the decision-making circuit was shorte-ned, and if necessary, the European Central Bank (ECB) will have the power to liquidate a bank within two days anywhere in the block.In December 2013, the Europeans had already agreed with the increa-sed powers of the European Central Bank. From the end of this year, the ECB will take a role of strict supervi-sion of institutions to avoid the risk of a systemic crisis.c

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Briefing WORlD

Capital Magazine · MAIO 2014 21

long-termunemployment has doubled in developed countries

THE number of unemployed who are at least a year without work, dou-bled in developed countries in the last five years. This occured after the onset of the global financial crisis, and has already reached 17 million people, according to a study by the Organization for Economic Coopera-tion and Development (OECD).The “Society Panorama 2014” report analyzes the impact of economic crisis on the lives of people through a series of indicators such as em-ployment, income, poverty, health, immigration and demographics. “The financial turmoil of 2007 and 2008 caused not only an economic and budgetary crisis, but also a social crisis,” says the study.Since 2007, there are 15 million more unemployed in OECD countries, currently totaling 48 million people. Over one-third (17 million) are wi-thout work for at least a year, which the organization defines as “long--term unemployed”.c

EMIRATEs, from the United Arab Emirates, was considered the best airline in the world in 2013 by the annual Skytrax World Airline Awards. The choice was made by 18.2 million passengers in 160 countries around the world. The company, which had been with the 8th place in 2012, overcame Qatar Airways, voted the best in the world in the last two ye-ars. Emirates received its ninth con-secutive year the award for “Best Inflight Entertainment in the World.”Asian companies lead among the

top 10 of the list with five awards: Singapore (Singapore, 3rd place), ANA (Japan, 4th place), Asiana Airli-nes (South Korea, 5th place), Cathay Pacific (China, 6th place ) and Garuda Indonesia (Indonesia, 8th place).With headquarters in Dubai, Emirates had already won the rookie award in 2001 and retained the first place in 2002. Having lost the lead for a decade, it returned to the podium this year. Emirates has 200 aircraft and 18,000 crew members and em-ployees.c

Placing Airline

1 Emirates

2 Qatar Airways

3 Singapore Airlines

4 All Nippon Airways (ANA)

5 Asiana Airlines

6 Cathay Pacific

7 Etihad Airways

8 Garuda Indonesia

9 Turkish Airlines

10 Qantas Airways

Source: Anual Skytrax World Airline Awards

List of the 10 best Airlines in the world

Emirates elected best in the world

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Page 23: Revista Capital 75

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Page 24: Revista Capital 75

Briefing ÁFRICA

24 MAIO 2014 · Capital Magazine

Fórum EconómicoMundial sobre Áfricaeste mês

O 24º Fórum Económico Mundial sobre África reunirá, de 7 a 9 de Maio, em Abujá, na Nigéria, líderes globais e regionais para discutir re-formas estruturais, inovações e in-vestimentos que podem sustentar o crescimento do continente, criando empregos e prosperidade para todos os seus cidadãos.O evento acontece num momento em que África regista uma notável trajectória de crescimento que de-verá manter-se em torno de 5% em 2014, com destaque para a África Ocidental, sub-região que mais cres-ce no continente representando as maiores oportunidades de negócios. O Fórum Económico Mundial sobre África pretende encontrar soluções práticas para a região, tendo em con-ta que a população jovem oferece perspectivas de registar um significa-tivo aumento de receita, gerado pelo crescimento das indústrias de consu-mo, manufacturados e terceirização de processos empresariais.c

Maputo acolheconferência de alto nível

O gOvERnO de Moçambique e o FMI organizam uma conferência de alto nível para analisar o forte desempe-nho económico de África, a sua maior resistência aos choques e os princi-pais desafios de política económica que se lhe colocam. A conferência “África em Ascensão, Contruindo o Futuro”, que se realizará entre 29 e 30 de Maio de 2014, em Maputo, destina-se a dar seguimento à Confe-rência da Tanzânia, de 2009, que ajudou a galvanizar o apoio interna-cional a África após a crise financeira de 2008. A conferência reunirá decisores po-líticos de África e outras partes do mundo, o sector privado, a sociedade civil, académicos e fundações priva-das, com o objectivo de discutir po-líticas para sustentar o crescimento actual e repartir os seus benefícios entre as populações africanas. Para o debate estão agendados temas ligados à exploração de recursos minerais no continente negro, tendo em conta as crescentes descobertas de minérios.c

Empresa sul-africana avança na produçãode ferro em Moçambique

TEnOvA Mining & Minerals da África do Sul está a realizar um estudo de viabilidade definitivo para o projecto da Australiana Baobab Resources para produzir ferro-gusa e ferro-va-nádio, em Tete, Moçambique, segun-do informou a empresa em Johanes-burgo. O estudo começou, em Janeiro deste ano, e deve ser concluído em Setem-bro próximo. Abrange a fundição de um milhão de toneladas de ferro-gu-sa de alta qualidade com baixo teor de impureza. Tenova Pyromet, uma subsidiária do grupo Tenova Mining & Minerals, será a responsável pela parte de lidar com a construção da fundição. Tenova Mining & Minerals África do Sul indicou num comunicado que os principais obstáculos à realização do estudo são de difícil acesso do local e localização remota. O estudo de viabilidade definitivo, portanto, também cobrir as necessidades de logística, tais como o transporte de carvão para a fundição de ferro-gusa e de um terminal ferroviário e de lá para os portos da Beira e Nacala.c

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Briefing ÁFRICA/AFRICA

DEsTAquE

África do Sul é o país com mais milionários no continente

Capital Magazine · MAIO 2014 25

O InsTITuTO de pesquisa britânico New World (NWW) divulgou recentemente um relatório com o número de milionários nos países africanos e a África do Sul está na primeira posição na classificação. Com 48.800 milionários, mais que o dobro do segundo lugar, não é surpresa que a África do Sul, maior eco-nomia do continente, seja a primeira da lista. Porém, os países do norte da África dominam o “ranking”, com cinco representantes, incluindo o segundo colo-cado, Egipto, com 23 mil milionários. Para o instituto, milionário é quem possui um patri-mónio de um milhão de dólares ou mais, sem consi-

derar a residência principal. O País mais populoso da África, a Nigéria, ficou em terceiro, com 15.900 milionários. Sua riqueza tem como origem, principalmente, a produção de petró-leo.  É também o caso de Angola, que ocupa o sexto lugar, com 6.400 milionários, mas com uma popula-ção sete vezes menor do que a da Nigéria.Segundo as previsões da consultora NWW, em 2030 Angola passará para o quinto lugar da lista de milio-nários em África, subindo 144% para os 15.600, fi-cando atrás da África do Sul, que mantém a liderança da lista, e da Nigéria, Egipto e Quénia, mas ultrapas-sando, assim, a Tunísia.c

World Economic Forum on Africa this month

THE 24th World Economic Forum on Africa meet, 7-9 May in Abuja,

Nigeria, global and regional leaders to discuss structural reforms,

innovations and investments that can sustain the growth of the continent, creating jobs and prosperity for all its citizens.The event happens at a time when Africa recorded a remarkable growth trajectory that is expected to remain around 5% in 2014, mainly to West Africa - representing the biggest business opportunities - the fastest growing in sub-continent region.The World Economic Forum on Africa aims to find practical solutions for the region, given that the young population offers the prospects of recording a significant increase in revenue generated by the growth in consumption, manufacturing and business processes from outsourcing industries.c

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Page 26: Revista Capital 75

Briefing AFRICA

26 MAIO 2014 · Capital Magazine

Maputo hosts high level conference

THE Government of Mozambique and the IMF organized a high level conference to analyze the strong economic performance of Africa, its resilience to shocks and the main economic policy challenges it faces ahead. The conference “Africa Rising, Building the Future” will be held between 29th and 30th of May 2014 in Maputo. It is intended to give effect to the Conference of Tanzania, 2009, that helped galvanize international support for Africa after the financial crisis of 2008.The conference will bring together policy makers from Africa and other parts of the world, the private sector, civil society, academia and private foundations, with the aim of discussing policies to sustain the ongoing growth and spread its benefits amongst African populations. Debates are scheduled to discuss issues related to the exploitation of mineral resources on the black continent, taking into account the growing discoveries of minerals.c

south African company progresses iron production in Mozambique

TEnOvA Mining & Minerals of South Africa is undertaking a definitive feasibility study for the project from the Australian Baobab Resources to produce pig iron and iron-vanadium in Tete, Mozambique, according to the company press release in Johannesburg.The study began in January this year and should be completed next September. It covers the casting of a million tons of high quality pig iron with a low impurity content. Tenova Pyromet, a subsidiary of the

group Tenova Mining & Minerals, will be responsible for part of dealing with the construction of the smelter.Tenova Mining & Minerals South Africa indicated in a statement that the main barriers to the completion of the study are the difficult to access local and remote location. The definitive feasibility study therefore also covers the needs of logistics, such as the transport of coal to the smelter of pig iron and a rail terminal from there to the ports of Beira and Nacala.c

HIgHLIgHT

South Africa is the country withthe most millionaires in continent

THE British research institute New World (NWW) recently released a report with the number of millionaires in African countries with South Africa ranking first. With 48,800 millionaires, more than double the second place, it is no surprise that South Africa, who is the continent’s largest economy, is first on the list. However, the countries of North Africa dominate the “ranking”, with five representatives, including the second place, Egypt, with 23,000 millionaires. For the institute, millionaire’s who have a patrimony of a million dollars or more, excluding the primary residence.The most populous country in Africa, Nigeria, came in third, with 15,900 millionaires. Its wealth has its origin mainly due to oil production. It is also the case of Angola, which ranks sixth with 6,400 millionaires, but with a population seven times smaller than Nigeria’s.According to forecasts of NWW consulting, in 2030 Angola will pass to the fifth in the list of millionaires in Africa, rising 144% to 15,600, behind South Africa, which will continue to lead the list, and from Nigeria, Egypt and Kenya but thus surpassing Tunisia.c

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Page 27: Revista Capital 75

Briefing MOÇAMBIQuE

Chineses tencionam explorar areias pesadas de Chibuto

A EMPREsA chinesa AFEC poderá passar a explorar os jazigos do pro-jecto das areias pesadas de Chibuto, na província de Gaza, depois de ter sido seleccionada e convidada pelo Governo para proceder ao levanta-mento exaustivo das potencialidades daquele empreendimento e apresen-tar resultados de um estudo de viabi-lidade do projecto até Novembro deste ano.A companhia chinesa vem dar conti-nuidade às actividades de prospec-ção e pesquisa das areias pesadas de Chibuto que tiveram lugar em 1997, a cargo da BHP Billiton, maior em-presa de mineração do mundo. A sua licença foi cancelada pelo Governo moçambicano, devido ao incumpri-mento do calendário pré-estabele-cido para o arranque da exploração, para, anos depois, a ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, voltar a determinar a anulação do concurso restrito lançado em 2012 para o desenvolvimento dos jazigos das areias pesadas de Chibuto devi-do ao incumprimento dos prazos por parte da empresa canadiana, então vencedora. As areias pesadas de Chibuto são um dos recursos mine-rais estratégicos para Moçambique e estudos feitos indicam a existência de mais de 72 milhões de toneladas de ilmenite, cuja exploração levaria pelo menos 30 anos.c

auroch Minerals inicia exploração de ouro em 2015

A MInERADORA australiana Auroch Minerals projecta iniciar a produção industrial de ouro em Moçambique, a

partir de 2015, depois dos estudos de viabilidade terem apurado a ocor-rência de quantidades “significati-vas” daquele minério na província de Manica. A firma acaba de concluir o programa de prospecção aurífera na região norte da província, trabalho que comportou um total de 31 furos para o desenvolvimento de pesqui-sas até 2013.O ouro vai ser explorado, basicamen-te, nas regiões fronteiriças com o Zimbabué, que albergam reservas de ouro ainda não exploradas de forma industrial. Refira-se que a produção de ouro no país deverá atingir o volume de cerca de 108 quilogramas, em 2014, contra perto de 120 quilogramas alcança-dos em 2013. A queda de produção vai continuar a registar esta tendên-cia, nos próximos anos, pelo facto de grande parte do ouro moçambicano ser mais produzida por operadores artesanais e a actividade estar tam-bém condicionada pela rede de co-mercialização ilegal e informal.c

Moçambiqueno 9º lugar no Índicede Desenvolvimento Retalhista

uM novo estudo, concebido para ajudar os grandes retalhistas organi-zados a determinar onde e quando devem entrar no sector retalhista em rápido crescimento na África Subsaa-riana, coloca Moçambique na nona posição. O estudo, publicado pela A.T. Ke-arney, mostra que Ruanda, Nigéria, Namíbia, Tanzânia e Gabão ocupam os primeiros cinco lugares do primei-ro  Índice de Desenvolvimento Reta-lhista. A África do Sul posiciona-se em sétimo lugar devido à natureza pouco desenvolvida do seu merca-do retalhista formal em relação aos melhor classificados.As marcas e retalhistas da África do Sul têm estado na linha da frente da expansão africana, mas em breve poderão contar com a concorrência de países como Moçambique, dada a dinâmica que outras economias africanas têm registado. Para que os intervenientes sul-africanos mante-nham uma vantagem competitiva,

Capital Magazine · MAIO 2014 27

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Page 28: Revista Capital 75

Briefing MOÇAMBIQuE/MOZAMBIQuE

THE Chinese company AFEC wants to explore the deposits of heavy mineral sands project in Chibuto, in

Gaza province, having been selected and invited by the Government to carry out the exhaustive survey of

Chinese intend to operateheavy sands in Chibuto

posição país

1 Ruanda

2 Nigéria

3 Namíbia

4 Tanzânia

5 Gabão

6 Gana

7 África do Sul

8 Botswana

9 Moçambique

10 Etiópia

serão necessárias estratégias e pla-nos de desenvolvimento sólidos. O IDRA proporciona um enquadra-mento útil para os retalhistas porque não só identifica os mercados actual-mente mais apelativos em África para a expansão retalhista, como também identifica os mercados com mais potencial para o futuro. África fervi-lha de oportunidades, não só para os intervenientes locais e regionais, como também para as grandes mar-cas e retalhistas globais.c

Os 10 Melhores Países Africanosno Índice de Desenvolvimento Retalhista

the potential of this project and pre-sent results of a feasibility study project by November this year.The Chinese company is to conti-nue the activities of exploration of mineral sands in Chibuto that took place in 1997, carried out by BHP Billiton, the largest mining company in the world. Its license was canceled by the Mozambican government, for failing to pre-set for the start of operation, four, calendar years later, the Minister of Mineral Resources, Esperanca Bias, went back to the annulment of the restricted tender launched in 2012 for development of deposits of heavy mineral sands in Chibuto due to failure to meet dea-dlines by the Canadian company. The Chibuto heavy sands are one of the strategic mineral resources for Mo-zambique and studies indicate the existence of more than 72 million tons of ilmenite, the exploitation of which would be at least 30 years.c

28 MAIO 2014 · Capital Magazine

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Briefing MOZAMBIQuE

position Country

1 Rwanda

2 Nigeria

3 Namíbia

4 Tanzania

5 Gabon

6 Gana

7 South Africa

8 Botswana

9 Mozambique

10 Ethiopia

auroch Minerals starts Gold mining in 2015

THE Australian mining company Auroch Minerals hopes to invest in industrial gold production in Mozam-bique, from 2015, after the feasibility studies have assessed the occurrence of “significant” amounts of ore in Manica province. The firm has just completed the program of prospec-ting gold mining in the northern region of the province, work that has involved a total of 31 holes for the development of research until 2013.The gold will be explored primarily in the border areas with Zimbabwe, which host gold reserves not yet exploited industrially. Note that gold production in the country is expected to reach the volume of about 108 kg in 2014 against close to 120 kg achieved in 2013.’s. Its production will continue to register this trend in the coming years, because much of the Mozam-bican gold produced by artisanal operators and activity is also con-ditioned by the illegal and informal network marketing.c

Mozambique in 9th placein the Retail Development Index

A nEW study, designed to help large organized retailers to determi-ne where and when to enter the fast growing retail sector in sub-Saharan Africa, Mozambique ranks in at ninth position.The study, published by A. T. Kearney, shows that Rwanda, Nigeria, Namibia, Tanzania and Gabon occupy the first five places of the first Retail Develo-pment Index. South Africa stands in seventh place due to the undevelo-

ped nature of their formal retail ma-rket in relation to the highest rated.Brands and retailers in South Africa have been at the forefront of African expansion, but will soon be able to count with competition from coun-tries like Mozambique, given the dynamic that other African econo-mies have registered. In order for the South African stakeholders to main-tain a competitive advantage, solid strategies and development plans are required.The IDRA provides a useful fra-mework for retailers because it not only identifies the currently most appealing markets in Africa for retail expansion, but also identifies ma-rkets with more potential for the fu-ture. Africa teems with opportunities not only for local and regional actors, as well as for large global brands and retailers.c

Top 10 African Countriesin the Retail Development Index

Capital Magazine · MAIO 2014 29

Page 30: Revista Capital 75

DOSSIER

Parcerias “justas e genuínas”Depois da Cimeira Bilateral, que culminou com a abertura de linha de crédito de 132 milhões de euros para Moçambique, a visita do Primeiro-Ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, em Março último, registou o seu pico na realização do ‘Seminário Económico Moçambique e Portugal’, em Maputo, com o objectivo de reforçar a cooperação política e económica entre ambos e abrir nova abordagem das parcerias empresariais.

30 MAIO 2014 · Capital Magazine

Num evento bastante con-corrido pelo empresariado de Moçambique e Portugal e diante das instituições públicas dos dois países, o primeiro-ministro de Portugal,

Pedro Passos Coelho, avançou que as empresas moçambicanas não podem ter medo de perder a sua quota parte  das acções para as empresas portu-guesas, porque as parcerias que se

pretendem serão “justas e genuínas”. O governante português deixou claro que as parcerias que se pretendem não serão num único sentido, pois também as empresas moçambicanas poderão entrar na estrutura das empresas lusas e juntas explorarem o vasto mercado da União Europeia (UE). “Quando atraímos novos investidores, estas parcerias só têm a ganhar, a

longo prazo, quando as mesmas sejam feitas numa base justa e genuína, quando nenhum de nós tem medo de perder a sua quota parte na sua empresa, no seu negócio. É mesmo assim. As parcerias não podem ser desconfiadas. Não podemos estar à espera de, ao abrir uma parceria no nosso mercado, estarmos, no fundo, a ceder o nosso mercado aos outros”, explicou Passos Coelho. O primeiro-ministro português acrescentou ainda que este é o sentimento que também existe em Portugal, sendo que, por esta via, há condições para se criarem parcerias genuínas entre os dois países lusófonos.É que Moçambique está, neste momento, na mó de cima com a constante descoberta de recursos e é importante para as empresas lusas participarem directamente do crescimento que se tem registado, tendo em conta o potencial existente para os próximos tempos. Recorde-se que Portugal criou, em 2009, uma linha de crédito de 300 milhões de euros para financiar investimentos em infraestruturas em Moçambque que envolvam empresas portuguesas. Por sua vez, o Presidente da República, Armando Guebuza, disse esperar que os  empresários dos dois países aproveitem as boas relações diplomáticas entre Portugal e Moçambique para fazerem negócios. “Dos empresários dos nossos

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Capital Magazine · MAIO 2014 31

COMÉRCIO DE BENS (EM MILHARES DE EUROS)

BALANÇA COMERCIAL

2009

2010

2011

2012

2013

Fonte: AICEP

326 763

286 623 16 428

216 885 41 983

150 717 29 184

120 883 42 800

326 763 62 721

ImportaçõesPortugal-Moçambique

ExportaçõesMoçambique-Portugal

FLUXO DE IDE

2009

2010

2011

2012

2013 1 114

410 153 061

786 135 123

1 527 79 928

1 564 161 805

93 308

IDE Moçambique em Portugal

IDEPortugal em Moçambique

dois países, obviamente, espera-se maior empenho e criatividade, para assegurarem que as suas relações atinjam o nível alcançado pelas nossas relações político-diplomáticas”, desafiou Armando Guebuza no decurso do seminário económico “Moçambique/Portugal - Impulsionando Parcerias para o Desenvolvimento Sustentável”.         

Mais de 50% do crédito é concessional

Na linha de crédito aberta por Portugal para Moçambique (132 milhões de euros), a maior parte é concessional e 61 milhões serão pagos a juros de mercado. Durante a visita de Pedro Passos Coelho, os dois governos assinaram, diversos acordos de cooperação, com destaque para o relativo ao apoio ao Orçamento do Estado, para este ano, num valor de 400 mil euros. Portugal é um dos 19 países e instituições que apoiam directamente o Orçamento do Estado moçambicano.“Há um compromisso entre Portugal e Moçambique de continuar a desenvolver forças no sentido de incrementar, cada vez mais, as relações comerciais”, afirmou Berta Cossa, do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique.c

Exportações de Moçambiquepara portugal crescem mais de 250%

DADOs da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) mostram que as exportações portuguesas para Moçambique aumentaram 14%, em 2013, em comparação com o ano anterior, atingindo cerca de 326 milhões de euros. A balança comercial dos dois países continua muito deficitária para Moçambique, tendo as importações de Portugal (provenientes de Moçambique) atingindo um valor de cerca de 62 milhões de euros. Esta cifra

representa um crescimento de mais de 250% em relação a 2012. “Moçambique tem vindo a assumir um peso crescente entre os nossos clientes no estrangeiro, ocupando já o 19º lugar, é o nosso quarto cliente em África e o segundo dos países de língua oficial portuguesa. No quadro do Investimento Directo estrangeiro, Portugal manteve, em 2013, uma posição de destaque, com efeitos benéficos sobre a criação de emprego em Moçambique”, disse o primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho. Em média, cada milhão de dólares de investimento directo português gerou 58 postos de trabalho, muito acima dos demais investidores. “Notamos com agrado que, nos últimos seis anos, empresários portugueses investiram mais de um bilião de dólares na nossa economia, colocando o vosso país, Senhor Primeiro Ministro, na lista moçambicana das principais fontes de Investimento Directo estrangeiro”, revelou o Presidente da República, Armando Guebuza.c

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DOSSIER

32 MAIO 2014 · Capital Magazine

In a very competitive environ-ment for the business sector by Mozambique and Portugal and by the public institutions of the two countries, the Prime Minister of Portugal, Pedro Passos Coelho,

said that Mozambican companies can not be afraid of losing their share of shares to Portuguese companies because the partner-ships are intendeded to be “fair and genuine.”

“Fair and genuine”Partnerships

After the Bilateral Summit, which culminated with the opening of a credit line worth 132 million euros to Mozambique, the

visit of the Prime Minister of Portugal, Pedro Passos Coelho, last March, saw its peak in the realization of the ‘Economic

Seminar Mozambique and Portugal ‘, in Maputo, with the aim of strengthening political and economic cooperation between

them and open approach to new business partnerships.

The Portuguese minister made it clear that partnerships that are not intended to be a single direction, but that domestic companies may enter the structure and join por-tuguese companies in the exploi-tation of the vast European Union (EU) market. “When we attract new investors, these partnerships only gain in the long term, particularly when they are made in a fair and genuine basis where none of us are afraid of lo-sing our share in the company, or in the business. Partnerships can not be suspicious. We can not be wai-ting at bottom, to give our market to the other, “said Passos Coelho. The Portuguese Prime Minister ad-ded that this is also the feeling that exists in Portugal, and, in this way, there are conditions to create ge-nuine partnerships between the two Portuguese-speaking countries.Mozambique currently has a hand up to the constant discovery of resources and it is important for companies to participate directly in the growth that has been reported, taking into account the existing potential for the coming times. Ke-eoing in mind that Portugal created in 2009, a credit line of EUR 300 million to finance infrastructure in-vestments in Mozambique involving Portuguese companies.In turn, president Armando Guebuza said he hoped the entrepreneurs of the two countries enjoy a good diplomatic relationship in order to sccessfully do business. “The entrepreneurs of our two countries obviously expected more commitment and creativity to en-sure that their relationships reach the level achieved by our political and diplomatic relations,” challen-ged Armando Guebuza during the economic seminar “Mozambique / Portugal - Boosting partnerships for Sustainable Development “.

Page 33: Revista Capital 75

Capital Magazine · MAIO 2014 33

Over 50% of concessional credit

In the open credit line for Portugal to Mozambique (€ 132 million), most of it is concessional and 61 million will be paid at market rates. During the visit of Pedro Passos Co-elho, the two governments signed several cooperation agreements, with emphasis on support for the state budget for this year, a value of 400 thousand euros. Portugal is one of 19 countries and insti-tutions that directly support the Mozambican State Budget.“There is a compromise between Portugal and Mozambique to conti-nue to develop forces to increasin-gly ,improve, trade relations,” said Berta Cossa, the Ministry of Foreign Affairs and Cooperation of Mozam-bique.c

TRADE IN GOODS (IN THOUSANDS OF EUROS)

TRADE BALANCE

2009

2010

2011

2012

2013

Source: AICEP

326 763

286 623 16 428

216 885 41 983

150 717 29 184

120 883 42 800

326 763 62 721

ImportPortugal-Mozambique

ExportMozambique-Portugal

FLUX OF IDE

2009

2010

2011

2012

2013 1 114

410 153 061

786 135 123

1 527 79 928

1 564 161 805

93 308

IDE ofMozambique in Portugal

IDE ofPortugal em Mozambique

Exports from Mozambiqueto portugal grow over 250%

DATA from the Agency for Investment and Foreign Trade of Portugal (AICEP) show that Portuguese exports to Mozambique increased by 14% in 2013 compared with the previous year, reaching around EUR 326 million.The trade of the two countries remains very negative for Mozambique, while imports of Portugal (from Mozambique), reaching a value of around € 62 million. This figure represents an increase of over 250% compared to 2012. “Mozambique has been assuming a growing importance among our clients abroad, now occupying 19th place, is our fourth customer in

Africa and the second of Portuguese-speaking countries. Under the Foreign Direct Investment, Portugal remained in 2013 a prominent position, with beneficial effects on job creation in Mozambique “, said the Prime Minister of Portugal, Pedro Passos Coelho.On average, every million dollars of Portuguese direct investment generated 58 jobs, well above the other investors. “We note with satisfaction that over the past six years, Portuguese entrepreneurs invested more than a billion dollars in our economy, putting your country, Mr. Prime Minister, in Mozambique’s list of the main sources of foreign direct investment,” said the President of the Republic Armando Guebuza.c

Page 34: Revista Capital 75

Foco ECONOMIA

34 MAIO 2014 · Capital Magazine

Receitas de mais-valias:

O novo determinanteda dinâmica orçamental

Tradicionalmente, o Orçamento do Estado é revisto por uma pressão exercida apenas do lado das despesas. Isto acon-tece como forma de acomodar as necessidades pontuais do

país não previstas num primeiro orçamento. Nos últimos dois anos, o panorama mudou. A rectificação do Orçamento é também uma imposição do aumento imprevisto nas receitas do Estado – as receitas das mais-va-lias. Mais-valias são impostos cobra-dos pela transferência de acções nos grandes projectos da área mineira.Se a grande discussão dos últimos anos é procurar fórmulas para reter o máximo dos benefícios da presen-ça dos grandes empreendimentos mineiros, as receitas das mais-valias vão fazendo a sua parte. No ano passado, representaram a parte mais “gorda” das receitas provenientes da exploração mineira.Desde 2012, ano em que o Governo começou a tributar a venda de par-ticipações na área mineira, já foram

contabilizadas cinco operações, que permitiram o encaixe de pouco mais de um bilião de dólares, valor que corresponde a cerca de 6% do Pro-duto Interno Bruto (PIB) previsto para este ano (535 mil milhões de meti-cais) e a cerca de 13% do Orçamento do Estado, avaliado em cerca de 230 mil milhões de meticais (antes da rectificação).Só em 2013, o Estado moçambicano arrecadou perto de 600 milhões de doláres de receitas de mais-valias. Este ano, já foram desbloqueadas duas operações: uma no valor de pouco mais de três milhões de dóla-res, em resultado da venda de 10% das acções do grupo britânico Vide-ocon, na Área 1 da Bacia do Rovuma, para as empresas ONGC Videsh e Oil India; e outro de 520 milhões de dólares da venda de 10% das acções da norte-americana Anadarko à in-diana ONGC Videsh.Segundo a Autoridade Tributária, há ainda 10 operações tributáveis que deverão render mais biliões de dóla-

res aos cofres do Estado.

O alcance das mais-valias

Parte dos cerca de 600 milhões de dólares que caíram na Conta Única do Tesouro, no ano passado, jogaram um papel importante no Orçamento rectificativo: a reconstrução de infra-estruturas destruídas pelas cheias. A outra parte está depositada no Banco Central.Este ano, são também as receitas das mais-valias que justificam a revisão orçamental, desta vez para acomodar as despesas de reembolso do Impos-to sobre o Valor Acrescentado (IVA) às empresas, das Eleições Gerais de Outubro e a conclusão dos projectos do projecto Millennium Challenge Account (MCA).Sem estas receitas extraordinárias, o Estado teria de recorrer ao endivi-damento para fazer face às despesas imprevistas, pelo que as receitas de mais-valias já são determinantes para a redução da dependência fi-nanceira do Estado.c

FACTOs & nÚMEROS

Despesas a cobrir com o Orçamento Rectificativo em 2014

Conclusãodas obras do MCA:

Eleições Geraisde Outubro:

Dívida comos conctribuintes:

15 77 280Milhões USD

Milhões USD

Milhões USD

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Focus on ECONOMY

Capital Magazine · MAIO 2014 35

FACTs & nUMBERS

Costs to be covered withthe Supplementary Budget in 2014

Completionof MCA works:

General electionsin October:

Debt withcontributers:

15 77 280Million USD

Million USD

Million USD

Traditionally, the state budget is reviewed by a pressure residing only on the expen-diture side. This happens as a way to accommodate the specific needs of the country

not provided for by the budget first. Over the past two years, the lands-cape has changed. Such amendment of the budget is also an imposition of the unexpected increase in state revenues - revenues from capital gains. Capital gains are taxes charged for the transfer of shares in major projects in the mining area.If the great debate of recent years is look at ways to retain maximum benefits from the presence of large mining projects, revenues from capital gains are doing their part. Last year represented the “largest” part of the revenue from mining.Since 2012, the year in which the government began to tax the sale of interests in mining area, five

operations that allowed the fitting of just over one billion dollars, which represent about 6% of Gross Domestic Product has already been accounted (GDP) for this year (535 000 million Mt) and about 13% of the state budget, estimated at about 230 billion Meticais (before correction).Only in 2013, the Mozambican state has grossed nearly 600 million dollars of income from capital gains. This year, two operations have been unlocked: one in the amount of just over three million dollars in proceeds from the sale of 10% shares of the British group Videocon, Area 1 of the Rovuma Basin, ONGC Videsh for companies and Oil India; and another $ 520 million from the sale of 10% shares of American Indian ONGC Videsh to Anadarko.According to the Tax Authority, there are still 10 taxable operations and which should yield more billions of

dollars to state coffers.

The scope of capital gains

Part of the 600 million dollars that fell in the Treasury Single Account, last year, played an important role in amending budget: the reconstruction of infrastructure destroyed by the floods. The other part is deposited in the Central Bank.This year we are also revenues from capital gains that justify the budgetary review, this time to accommodate the costs of reimbursement of Value Added Tax (VAT) to businesses, the General Elections of October and completion of projects from the Millennium Challenge project Account (MCA).Without these extra revenues, the state would have to resort to borrowing to cover unforeseen expenses, the revenues from capital gains are now crucial to reducing financial dependence on the state.c

Income from capital gains:

The new determinant of budgetary dynamics

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Foco NEGÓCIO

Muitos empreendimentos mineiros que se desen-volvem no país escondem infinitas oportunidades de negócios que podem beneficiar investidores na-

cionais. A discussão em torno deste tema não é nova mas, recentemente, a Empresa Moçambicana de Explora-ção Mineira (EMEM) – responsável por assegurar que o país recolha o máxi-mo de benefícios do sector mineiro – descortinou uma lista de actividades que, abraçadas, assegurariam sucesso nos negócios.O Conselho Empresarial Nacional jun-tou, em Março, algumas mineradoras e quadros séniores da Confederação das Associações Económicas de Mo-çambique (CTA) para, mais uma vez, trocarem ideias sobre as oportunida-des na área mineira. Ao mesmo tempo, a EMEM anunciou que, entre 2014 e 2016, na área do carvão, a criação da Plataforma de Serviços e Logística em Tete, Beira e Macuze, vai estimular a participação

de empresas e empresários nacionais para o fornecimento de serviços aos sectores de bens de consumo, aloja-mento, limpeza, transporte, segurança e assistência técnica. Contudo, ainda não há detalhes sobre como o apoio aos investidores virá a ser prestado.Há também oportunidades criadas pela reabertura da mina de mármore em Montepuez, na província de Cabo Delgado. Lá, a EMEM está disposta a apoiar a instalação de oficinas de processamento de mármore de pequena escala. Já no Corredor de Nacala, onde intervém no forneci-mento de pedra, balatro e areia para a construção da ferrovia Moatize–Na-cala, pretende criar maior capacidade para expandir a sua intervenção, envolvendo cada vez mais empresas de nacionais, anunciou Casimiro Fran-cisco, representante da EMEM. Nas construções, há oportunidades com a instalação da fábrica de ci-mentos – a Mozacimentos – e com a operacionalização da mina de calcário na Zambézia. Aconselham-

-se, para estes casos, investimentos em materiais de construção, mais concretamente em cerâmica de bloco estrutural e telhas, pedreiras, brita e estruturas de concreto para infraes-truturas.Com a exploração de gás no Rovuma, o distrito vai-se urbanizar e congre-gar uma séria de outras novas opor-tunidades de negócios. As mesmas que estão a ser criadas pelos empre-endimentos de Pande e Temane, na província de Inhambane.

Oportunidades e o difícil acesso ao capital

No meio de todas estas oportunida-des, levanta-se um problema antigo: o da fragilidade financeira e do di-fícil acesso ao crédito. No Conselho Empresarial Nacional, a CTA apontou a falta de capital como o maior obs-táculo aos negócios. Se o cenário não mudar, as oportunidades vão beneficiar apenas os investidores estrangeiros.c

EMEM anuncianovas oportunidadesde negócio na área mineira

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Focus on BuSINESS

Capital Magazine · MAIO 2014 37

Many mining projects that develop the country hide endless business oppor-tunities that can benefit domestic investors. The discussion around this

topic is not new but recently the Mo-zambican Mining Company (MMAS) - responsible for ensuring that the country collecting the maximum benefits from the mining sector - ushered a list of activities that if embraced, would ensure success in business.The National Business Council for-med in March, by some mining com-panies and senior staff of the Con-federation of Economic Associations of Mozambique (CTA) to, once again, exchange ideas on the opportunities

in the mining area.At the same time, the EMEM annou-nced that, between 2014 and 2016, in the coal sector, the creation of the Services and Logistics in Tete, Beira and Macuze Platform, will encourage the participation of national compa-nies and entrepreneurs to provide services to the sector’s consumer, housing, cleaning, transportation, security and service goods. However, there are still no details on how the support to be provided to the inves-tors that will come.There are also opportunities crea-ted by the reopening of the marble mine in Montepuez, in the province of Cabo Delgado. There, MMAS is willing to support the installation of marble processing workshops small

EMEM announces newbusiness opportunitiesin the mining area

scale. However, the Nacala Corridor, which is involved in supplying stone balatro and sand for the construction of the Moatize-Nacala railway, aims to create greater capacity to expand its intervention, involving more and more national companies, announ-ced Casimiro Francisco, representati-ve of EMEM .In construction, there are opportu-nities with the installation of the cement factory - the Mozacimentos - and the operationalization of the limestone mine in Zambezia. Are advised, for these cases, investments in building materials, namely ceramic structural block and tiles, quarries, gravel and concrete structures for infrastructure.With gas exploration in Rovuma, the district will be urbanized, and ga-ther a series of other new business opportunities. The same are being created by developments in Pande and Temane, in Inhambane province.

Opportunities and diffi-cult access to capital

In the midst of all these opportu-nities, rises an old problem: the financial fragility and difficult access to credit. At the National Business Council, CTA pointed out the lack of capital as the biggest obstacle to business. If the scenario does not change the opportunities will only benefit foreign investors.c

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Foco EMPRESA

volume de negóciosda Tropigalia sobe 27%

O volume de negócios em 2013 é significativamente mais alto do que o do ano anterior, representando um salto de 27%, graças à crescente ade-são do mercado moçambicano

aos produtos de melhor qualidade como os que a Tropigalia comercia-liza. “No ano passado, a empresa facturou 500 milhões de meticais. Estamos num mercado emergente. Temos feito as apostas certas nas alturas certas. O mercado, felizmente, também está a crescer e este ano esperamos ter um volume de negócios com um cresci-mento de dois dígitos”, disse à Capital Ricardo Rendeiro, Director Comercial da Tropigalia.Completando este ano uma década de existência, a Tropigalia tem estado a consolidar a posição de empresa de referência na importação e re-

presentação exclusiva de marcas de produtos alimentares portugueses em Moçambique. Na opinião dos respectivos gestores, “é uma empresa reconhecida por to-dos, não só pelos seus produtos, mas também pela organização interna” – equipa de vendas qualificada e forte investimento na publicidade televisi-va e Outdoors das marcas.É por isso que antes do fim do pri-meiro trimestre já havia a constata-ção de um crescimento robusto no volume de negócios. “Neste momento já vamos com um crescimento a ron-dar pouco mais de 20%”, revelou o director comercial.Este ano, a Tropigalia adicionou uma nova marca de vinhos à vasta gama de produtos que coloca no mercado. “Existe, neste momento, pelas marcas de vinhos que representamos, a ambi-ção de nos tornarmos líderes do mer-

cado também na categoria de vinhos e para isso a Tropigalia contratou um gestor especializado na categoria”.A Tropigalia faz a distribuição dos seus produtos a nível nacional e tem instalações em Maputo e na Beira. Abastece as cadeias de lojas, mer-cearias e supermercados e centros comerciais como Shoprite, Game, Premier Group Mica, Pep, entre ou-tros. Destacando ainda uma forte presença no canal HORECA. A empresa conta, actualmente, com cerca de 200 colaboradores e tem de gerir grandes quantidades de produtos. Para melhor controlar a complexa logística, adquiriu, recente-mente, a solução tecnológica da PHC Enterprise, através da qual melhorou o acesso diário aos indicadores de gestão, controlo individual dos lotes e respectivos prazos de validade.c

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Focus on COMPANY

volume of Tropigalia business rises 27%

Capital Magazine · MAIO 2014 39

The turnover in 2013 is signifi-cantly higher than the previous year, representing a leap of 27%, thanks to the growing membership of the Mozam-bican market the best quality

products as the Tropigalia markets. “Last year, the company invoiced 500 million Mts. We are an emerging ma-rket. “We made the right bets at the right time. The market, fortunately, is also growing and this year we hope to have a turnover with a double-di-git growth”, states Ricardo Rendeiro, Commercial Director of Tropigalia.Completing this year a decade of existence, Tropigalia has consolida-

ted its position of being a reference company in importing and exclusive representation of Portuguese food-brands in Mozambique.In the opinion of its respective mana-gers, “Torpigalia is a company recog-nized by all, not only by its products, but also the internal organization”.That’s why before the end of the first quarter there was a robust growth in turnover. “Right now we have a gro-wth of around just over 20%.” Said the Commercial Director.This year, Tropigalia added a new wine brand the wide range of pro-ducts to put on the market. “There are, at present, with the wine brands

we represent, the ambition to beco-me market leaders also in the cate-gory of wines and for this Tropigalia hired a manager specializing in the category.”Tropigalia makes the distribution of its products nationwide, and has facilities in Maputo and Beira. They supply chain stores, grocery stores and supermarkets and shopping cen-ters such as Shoprite, Game, Group Premier Mica, Pep, among others. They are also emphasizing a strong presence in the HORECA channel.The company has currently about 200 employees and has to manage large quantities of products. To bet-ter manage the complex logistics, they recently acquired the techno-logical solution of PHC Enterprise, through which intends to improve daily management indicators, control individual batches and their expiry dates.c

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LOuREnçO sAMBO,Director do Centro de Promoção

de Investimentos

“Estamos posicionados para novos recordes em InvestimentoDirecto Estrangeiro”Nem o parecer desfavorável dos indicadores internacionais de ambiente de negócios, nem uma eventual prevalência do conflito politico-militar têm força suficiente para travar o crescimento do Investimento Directo Estrangeiro. O IDE vai continuar a atingir níveis recorde. Em entrevista, o Director do Centro de Promoção de Investimentos, Lourenço Sambo, dá um panorama optimista da projecção económica de Moçambique.

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tEMA DE FuNDOtEMA DE FuNDO

A componente dos investimentos tem sido a que mais contribui para o crescimento económico de Moçambique. Como avalia a evolução do investimento interno e externo, nos últimos cinco anos?O crescimento dos investimentos é super-positivo e é preciso associá-lo ao crescimento económico do país, que a um nível de 7%, é superior à média africana. Olhando para o que está a acontecer nos últimos cinco anos, houve um crescimento extraordinário. Isto é, Moçambique transformou-se numa espécie de centro das atenções, onde o apetite pelos negócios em todos os quadrantes do mundo revela ser contagiante.

Qual tem sido o pesodo investimento externo em comparação com o interno?Aqui está o nosso desafio, porque o Investimento Directo Estrangeiro (IDE) complementa aquilo que o país pode fazer por si. Esta complementaridade também pode ser vista em função da situação económica do país, que é jovem e ainda depende da ajuda externa. O desafio é que reduzir a ajuda externa passa por aumentar a capacidade produtiva interna, o que, por sua vez, significa ter um empresariado nacional forte. É aí onde entra o Investimento Directo Nacional (IDN). Felizmente, vamos testemunhando a entrada de empresários nacionais no cenário, mas o peso dos investimentos nacionais é ainda muito pequeno, uma proporção de 10% para 90%. Isto significa que o empresariado nacional ainda é incipiente. É por isso que o outro complemento que não se pode subestimar são as Prcerias Público-Privadas. Ou seja, não se pode olhar para o Investimento Directo Nacional baseado apenas

no sector privado. É preciso também considerar o sector público.

Como se distribuem geograficamente os investimentos, tendo em consideração os novos megaprojectos no Centro e Norte?Os investimentos já tiveram uma tendência para o Sul. Na década de 1980/90, todo o investimento acontecia nesta zona, mais concretamente em Maputo e Inhambane, porque tinhamos cá os megaprojectos, nomeadamente a MOZAL e o Corredor de Maputo (em Maputo) e a Sasol (em Inhambane). Mas do ano 2000 aos nossos dias, mais precisamente a partir da concessão de licenças para a exploração de carvão a partir de 2007 – à Vale, Riversdale (comprada pela Rio Tinto), Jindal e outras empresas – começou a haver tendência para a concentração de negócios no Centro. Com a concessão de licenças de exploração petrolífera nos blocos do Rovuma, a exploração das Areias Pesadas em Moma (Nampula), a região Norte também ganhou espaço. Naturalmente, o Sul tem o maior número de projectos recebidos porque tem a vantagem de concentrar diferentes infraestruturas que atraem quase todos os serviços. Os próprios megaprojectos, na sua maioria, têm sede em Maputo.

Quais são as áreas mais privilegiadas pelos investidoresem Moçambique?A base de desenvolvimento desta economia é a agricultura. Então, a agricultura continua a concentrar projectos. Mas o grande desafio da nossa economia é aumentar o valor dos recursos naturais (florestais, agrícolas). Tendo em conta que Moçambique é um país de corredores, a área dos Transportes

está a ganhar uma grande projecção tal como a área dos serviços que vão providenciar um conjunto de bens à indústria extractiva. Também crescem de forma fenomenal os serviços financeiros, a avaliar pela expansão do sector bancário.

No X Conselho Coordenador, o ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, afirmou que a diversificação das fontes de financiamento é que permitiu que o país alcançasse altos níveis de crescimento, mesmo perante a crise financeira que afectou o Ocidente. Quais os países que entraram nessa diversificação das fontes de financiamento?Como disse antes, há um grande apetite manifestado por todos os quadrantes do mundo em investir em Moçambique. Tivemos 43 países no ano passado a fazerem investimentos no país. Ou seja, na última década, a média de países que entra é de 40 a 45. Estou a falar de países da Ásia, América, Europa e até da África. É interessante que já há investidores vindos da África do Sul, Lesotho, Malawi, Zâmbia, etc.. Costumamos classificar os investidores em TOP dos 20 mais, dos 10 mais, ou dos 5 mais. Entre os cinco mais dos últimos anos, têm sido assíduos países como a África do Sul, China, Portugal, índia e Brasil.

Em 2010, Moçambique foi o segundo maior receptor de Investimento Directo Estrangeiro em África depois da Nigéria, com 5.2 mil milhões de dólares. Entretanto, há instabilidade político-militar no Centro. Até que ponto o ambiente criado pode afectar ou ter afectado o ambiente de negócios no país?Há um livro japonês, cujo autor

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não me vem à memória, que diz que a percepção do ambiente de negócios não tem relação com as decisões dos grandes homens do dinheiro. Basta ter duas coisas: recursos e pessoas que podem transformar esses recursos. Estou a dizer que, independentemente de haver guerra ou não, se existe carvão e/ou petróleo o investimento há-de vir. Este é o caso de Moçambique: independentemente de haver conflitos localizados em determinadas áreas, as multinacionais estão lá na Bacia do Rovuma e onde está o carvão. É preciso ter em conta que Moçambique é o 4° maior produtor de mundial de carvão, 3° país com reservas provadas de gás no ranking global. Então, havendo ou não guerra, o investimento vai acontecer. São exemplos disso o Ruanda, a República Democrática do Congo, entre outros países ricos em recursos minerais.

Está a dizer que Moçambique ainda não está afectado do ponto de vista de atracção de investimentos?O impacto é localizado. É preciso dividir o investimento por segmentos e distingir os grandes investimentos, os pequenos empreendimentos e aqueles investidores que, na linguagem de negócios, diz-se que “investem de manhã e à noite vão embora”. Estes têm medo, naturalmente, porque o investidor mede o risco. Eu falei, por exemplo, com a Portucel, que está a operar na Zambézia, Sofala, e em nenhum momento se sente perturbada. Mas um investidor de médio porte, que tenha um camião, tem medo de atravessar a estrada porque é lá onde acontecem os ataques. É verdade que há alguns constrangimentos. Há pouco tempo, visitamos o empreendimento da Vale e tomamos conhecimento

que tem havido perturbações, mas o medo das mineradoras não é a situação político-militar. São bandidos armados que vão às minas roubar combustível, carvão, etc.

Indicadores internacionais que medem o ambiente de negócios, como o Doing Business, têm colocado Moçambique em posição não muito privilegiada. Até que ponto aquele indicador reflecte a realidade de Moçambique ou influencia na decisão do investidor vir ou não?Influencia porque essa informação é colocada nas páginas da Internet e as pessoas fazem a pesquisa do que significa Moçambique em termos de ambiente de negócios, e essa informação pode retrair. Mas, voltando a citar o autor japonês, se há recursos estratégicos para o negócio, o investidor prefere ver para crer. É por isso que temos uma média semanal de três delegações de investidores estrangeiros que visitam o país. Esteve cá, há pouco tempo, uma delegação francesa, holandeca, canadiana, etc. Veio, em Janeiro o Primeiro Ministro do Japão. Mesmo olhando para o próprio ranking Doing Business 2012 e 2013, houve subida e é por isso que o Governo colocou na mesa a segunda geração de Estratégias de Melhoramento do Ambiente de Negócios.

Há uma percepção de que a agricultura não é atractiva a investimentos, a avaliar pelos elevados riscos de financiamento…Cuidado! A agricultura é super-atractiva. É preciso classificá-la como um sector que compreende a Pecuária, Florestas e a Agricultura alimentar. Muitas vezes, quando falamos em agricultura remetêmo-la apenas ao aspecto de produzir, porque infelizmente, estamos ainda

nesta fase de produção familiar. Mas é preciso compreender que temos dois programas extremamente importantes, nomeadamente o ProSavana e o Fundo de Desenvolvimento de Nacala, tendo sido já criada uma empresa para a gestão deste Fundo. Por termos uma enorme potencialidade nesta área, estão presentes brasileiros, espanhóis, e agora os italianos – vai realizar-se em breve um seminário em Roma, em que a delegação moçambicana será liderada pelo ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga. A agricultura é dos sectores que temos estado a promover mais. Há também uma necessidade de privilegiar as Parcerias Público-Privadas e não é por acaso que o DFID deu 20 milhões de dólares para a Pequena e Média Empresa mais voltada para a agricultura; não é por acaso que a USAID está com um fundo catalítico do Corredor de Desenvolvimento da Beira; não é por acaso que se está a criar o Fundo de Desenvolvimento de Nacala, sem falar no ProSavana que é outro gigante que está por vir.

O que se espera este ano em termos de investimentos?Quanto é que se vai arrecadar?No ano passado, a nível da África Austral, Moçambique atingiu um Investimento Directo Estrangeiro na ordem de 7 mil milhões de meticais (um novo recorde depois dos 5.2 mil milhões de meticais em 2012), o segundo maior valor depois dos 10 mil milhões de dólares captados pela África do Sul. Pelos investimentos programados na área de hidrocarbonetos e todas as outras áreas, acreditamos que, em 2014, vamos atingir uma cifra superior a 7 mil milhões de dólares, um novo recorde.c

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BACKGROuND tHEME

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LOuREnçO sAMBO,Director do Centro de Promoção de Investimentos

“We are positionedfor new records in ForeignDirect Investment”Neither the unfavorable opinion of international indicators of the business environment, or an eventual prevalence of politico-military conflict is enough to stop the growth of Foreign Direct Investment force. The IDE will continue to reach record levels. In an interview, the Director of the Centre for Investment Promotion, Lourenço Sambo, gives an optimistic view of the economic projection of Mozambique.

The component of investment has been the largest contributor to the economic growth of Mozambique. How does the evolution of domestic and foreign investment in the last five years?Investment growth is super positive and we need to associate it with the country’s economic growth, the level of 7%, is higher than the African ave-rage. Looking at what has happened in the last five years, we have seen remarkable growth. That is, Mozam-bique became a sort of spotlight, where the appetite for business in every corner of the world turns out to be contagious.

What has been the weight of foreign investment compared to the inter-nal?This is our challenge, because the Foreign Direct Investment (FDI) com-plements what the country can do for you. This complement can also be seen in light of the economic situa-tion of the country, which is young and still dependent on foreign aid. The challenge is to reduce foreign aid through boosting domestic produc-tion capacity, which, in turn, means

having a strong national business. This is where the National Direct Investment (IDN) comes in.Fortunately, we are witnessing the entry of domestic entrepreneurs in the scenario, but the weight of na-tional investment is still very small, a ratio of 10% to 90%. This means

that the national business is still young. That’s why the other supple-ment that you can not underestimate are the Public-Private Partnerships. That is, one can not look to the Na-tional Direct Investment based only on the private sector. One must also consider the public sector.

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As geographically distributed in-vestments, taking into considera-tion the new megaprojects in Cen-tral and Northern?Investments have had a tendency to the South In 1980/90 all the in-vestment going on in this area, spe-cifically in Maputo and Inhambane, because we had here megaprojects, including the Mozal and the Maputo Corridor (Maputo) and Sasol (Inham-bane). But from 2000 to the present day, more precisely from the granting of licenses for coal exploration from 2007 - Vale, Riversdale (acquired by Rio Tinto), Jindal and other compa-nies - began to be a tendency for the concentration of business Center.With the granting of licenses for oil exploration blocks in the Rovuma, the exploitation of heavy sands in Moma (Nampula), the North also gai-ned space. Naturally, the South has the largest number of projects recei-ved because it has the advantage of concentrating different infrastructu-res that attract almost all services. The megaprojects themselves, mos-tly, have headquarters in Maputo.

What are the areas most favored by investors in Mozambique? The basis for the development of economy is agriculture. So, agricul-ture continues to focus projects. But the great challenge of our economy is to increase the value of natural resources (forestry, agriculture). Gi-ven that Mozambique is a country of runners, the area of Transport is gaining a large projection as the area of services that will provide a range of goods to the mining industry. Also grow phenomenally financial servi-ces, to review by the expansion of the banking sector.

In X Coordinating Council, the Minister of Planning and Develop-ment, Cuereneia said that diversi-

fication of funding sources is that allowed the country to reach high levels of growth, even before the financial crisis affecting the West. Which countries entered this diver-sification of funding sources?As said before, there is a big appe-tite expressed by all sections of the world to invest in Mozambique. We had 43 countries in the past year making investments in the coun-try. In the last decade, the average number of entering countries is 40-45.Regarding countries in Asia, America, Europe and even Africa. It is interesting that there have been investors coming from South Africa, Lesotho, Malawi, Zambia, etc... We usually classify investors in the TOP 20 most, top-10, or top 5 . Among the five most recent years, have been assiduous countries like South Africa, China, Portugal, India and Brazil.

In 2010, Mozambique was the se-cond largest recipient of Foreign Direct Investment in Africa after Nigeria, with 5.2 billion dollars.

However, there are political and military instability at the Centre. To what extent the environment created may affect or have affected the business environment in the country?There is a Japanese book whose author does not come to mind, which says that the perception of the bu-siness environment has no bearing on the decisions of the big money men. Just keep two things: resources and people who can transform these resources. I’m saying that, regardless of whether war or not, if there is coal and / or petroleum investment is to come. This is the case of Mozambi-que: regardless of whether localized conflicts in certain areas, multinatio-nals are there in the Rovuma Basin and where the coal.It takes into account that Mozambi-que is the 4th largest coal producer in the world, 3rd country with proven reserves of gas in the global ranking. So, with or without war, the invest-ment will happen. Examples are Rwanda, the Democratic Republic of

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Congo, and other countries rich in mineral resources.

Are you saying that Mozambique is not affected in terms of attracting investment?The impact is located. You need to share the investment and segment distingir major investments, small enterprises and those investors who, in the language of business, it is said that “investing in the morning and at night go away.” They are afraid, of course, because the investor measures risk. I spoke, for example, with Portucel, which is operating in Zambezia, Sofala, and at no time feels disturbed. But an investor mid-size, who has a truck, afraid to cross the road because that’s where the attacks happen. True, there are some constraints. Not long ago, we visited the Valley of the project and we are aware that there have been distur-bances, but the fear of mining is not the political-military situation. Armed bandits are going to steal fuel mines, coal, etc..

International indicators that measu-re the business environment, such as Doing Business in Mozambique have placed not very privileged po-sition. To what extent this indicator reflects the reality of Mozambique or influence the investor’s decision to come or not?Influences because this information is placed on internet pages and people do research the meaning Mozambique in terms of business en-vironment, and this information can retract. But, returning to quote the Ja-panese author, if there is strategic to the business resources, the investor prefers to see to believe. That’s why we have a weekly average of three delegations of foreign investors visi-ting the country. Was here not long ago, a French delegation holandeca,

Canadian, etc.. Came in January the Prime Minister of Japan Even looking at the ranking itself Doing Business 2012 and 2013, there was rising and that is why the Government has put on the table the second generation of Strategies to Improve the Business Environment.

There is a perception that agricul-ture is not an attractive investment, judging by the high risks of finan-cing ...Watch out! Agriculture is super at-tractive. You need to classify it as a sector comprising Farming, Forestry and Food Agriculture. Often when we talk about agriculture it would refer only to the aspect of producing, because unfortunately, we are still in this phase of family production. But we must understand that we have two very important programs such as ProSavana and Nacala Development Fund, having already created a com-pany to manage this fund. Because we have a huge potential in this area, are present Brazilians, Spaniards, Italians and now - will take place soon a seminar in Rome, in which the Mozambican delegation will be led

by Minister of Industry and Trade, Armando Inroga.Agriculture is the sector that we have been promoting more. There is also a need to prioritize public-private part-nerships and it is no coincidence that DFID has given $ 20 million for the Small and Medium Enterprise more focused on agriculture; it is no coin-cidence that USAID is with a catalytic bottom of the Beira Development Corridor; is not by chance that is cre-ating the Nacala Development Fund, not to mention the ProSavana which is another giant who is to come.

What to expect this year in terms of investment? How much will it raise?Last year, the level of Southern Afri-ca, Mozambique achieved a Foreign Direct Investment in the order of 7000 million Mt (a new record after the 5.2 billion Meticais in 2012), the second highest after the 10 billion dollars raised by South Africa for the planned investments in the area of hydrocarbons and all other areas, we believe that in 2014 we will achieve more than 7 billion dollars, a new record figure.c

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EMPREENDER

Capital Magazine · MAIO 2014 47

Com presença forte na Internet, a tecnológica portuguesa OLX tem ajudado muitos moçambi-canos, desde 2013, a conver-ter todo o tipo de objectos que vão deixando de usar em

dinheiro. A OLX é um portal de classificados “e-commerce”, que implementou uma nova abordagem de interme-diação no que diz respeito à compra e venda de diferentes produtos e serviços. Para Miguel Monteiro, site manager do portal OLX, pertencente à empre-sa FixeAds, “o balanço deste primeiro ano de actividade em Moçambique é muito positivo, tendo-se notado uma adesão muito significativa”. Os regis-tos revelam que os anúncios mais procurados pelos moçambicanos são

casas (2.226 anúncios), telemóveis (1.206 anúncios) e Tecnologia (968 anúncios).Em termos de “pageviews”, o por-tal OLX também está no topo dos “rankings” de tráfego “on-line” nos dois países, registando uma média mensal de 141 mil em Moçambique. Denota-se, sobretudo, um aumento do número de utilizadores que recor-rem a dispositivos móveis para co-locarem anúncios ou estabelecerem contacto tendo em vista a aquisição de artigos no “site”, correspondendo a 45% no caso moçambicano (na maior parte feitos por Android e Bla-ckBerry), no último mês de Fevereiro de 2014.Segundo dados fornecidos pela OLX Moçambique, no ano em que se es-treou teve perto de 1.7 milhões de

Portuguesa OLXinvade Moçambique

visitas, que geraram 18.6 milhões de “pageviews” de 616 mil visitantes únicos.Por coincidência, em OLX Angola aca-ba de fazer uma ano de actividade e está a ter o mesmo sucesso em ter-mos de adesão de pessoas que pre-tendem vender ou comprar produtos e serviços. No seu primeiro ano, em Angola, contou com 2.8 milhões de visitas, que originaram quase 24.8 milhões de “pageviews” de mais de um milhão de visitantes únicos. As categorias em que os angolanos anunciaram mais foram Casas (1.396 anúncios), Moda (1.430 anúncios) e Tecnologia (1.004 anúncios).A portuguesa FixeAds, dentetora do Portal OLX, foi fundada em 2007 e é especialista no desenvolvimento de plataformas “on-line” locais, de fácil utilização para a compra e venda de produtos e serviços na Internet e tem um equipa com mais de 110 colabo-radores em Portugal. Para além da OLX, a FixeAds é detentora dos reco-nhecidos portais Standvirtual, Coisas, Imovirtual, e Faturavirtual.c

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48 MAIO 2014 · Capital Magazine

ENtREPENEuR

With a strong presence on the Internet, the Portu-guese OLX technology has helped many Mozambi-cans, since 2013, to con-vert all types of objects

they don’t use into money.OLX is a classifieds “e-commerce” portal, which implemented a new approach to mediation with regard to the purchase and sale of various products and services.For Miguel Monteiro, site manager of the portal OLX, belonging to the company FixeAds, “the balance of this first year of activity in Mozambi-que is very positive, having noticed a very significant adhesion”. The records reveal that ads are most sought after by Mozambican homes (2,226 ads), mobile phones (1,206 ads) and Technology (968 ads).In terms of “pageviews”, OLX portal is also on top of the “rankings” of online traffic in the two countries, registering a monthly average of 141,000 in Mozambique. It seems, above all, that there is an increase in the number of users who use mobile devices to place adverti-sements or make contact in order to purchase items in the “site”, corres-ponding to 45% in the Mozambican case (mostly made for Android and BlackBerry), in the month of Februa-ry 2014.According to data provided by OLX Mozambique, the year they debuted had close to 1.7 million visits, which generated 18.6 million “page views” of 616 thousand unique visitors.

Portuguese OLXinvades Mozambique

By coincidence, in Angola OLX just made a year in business and is ha-ving the same success in terms of membership of people wanting to sell or buy products and services. In its first year in Angola, had 2.8 million visits, which generated al-most 24.8 million “page views” of over one million were unique visi-tors. The categories in which most Angolans were announced Houses (1,396 ads), Fashion (1,430 ads) and Technology (1,004 listings).The Portuguese company FixeAds, proprietor of the OLX Portal, was founded in 2007 and specializes in developing platforms “online” sites, easy to use for buying and selling products and services on the Inter-

net as well as a team of over 110 employees in Portugal. OLX beyond FixeAds own the recognized portals Standvirtual, Coisas, Imovirtual and Faturavirtual.c

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PlAtAFORMA EMPRESARIAl

Infraestruturas na mirade consultores

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O défice de infraestruturas em África limita a competitividade do continente no mercado mundial, ao diminuir a produ-tividade em 40%. Este é um dos vários motes que reuniu, no

mês de Março em Maputo, mais de 240 participantes na Conferência Anual do GAMA (Grupo das Associações Africa-nas Membros de FIDIC). Para reduzir o défice das referidas infra-estruturas, Moçambique precisa de um investimento de 1.7 biliões de dólares anuais na presente década. Enquanto este investimento não chega, o ministro das Obras Públicas e Habitação, Cad-miel Muthemba, vê uma luz no fundo do túnel: «As recentes descobertas de gás natural, as reformas no ambiente de negócio, em curso, fornecem boas oportunidades para os investimentos».Mas as «boas oportunidades de inves-timento» podem não ser exploradas o suficiente pelas Pequenas e Médias Empresas nacionais da área de Enge-

nharia de Construção Civil. A forte con-corrência das empresas estrangeiras é a principal causa. Segundo a explicação de Álvaro Carlos Carmo, administrador da Consultec, com a crise na Europa, as empresas de construção vindas do velho continente vêm explorar novos mercados, como é o caso do moçam-bicano. «estas empresas possuem uma capacidade muito elevada em relação às nacionais», explicou Álvaro durante a conferência do GAMA. Assim, este sugere que haja uma política que possa forçar o envolvimento das empresas de consultoria, moçambicanas, de forma a aumentar a capacidade local. «Desta forma, o défice de infraestrutura será minorado», sublinha.Sob o lema envolvimento Local para a sustentabilidade dos Mega Projectos, a Conferência Anual do GAMA junta en-genheiros consultores de toda a África. O objectivo é discutir os desafios que afectam a classe dos engenheiros con-sultores africanos.

nos bastidores da Conferência

Temos muito mais capacidade (Helena Cardoso – Presidente da AEMC)É muito difícil motivar as pessoas a ade-rirem a este tipo de iniciativa. Mas como a Conferência do GAMA discute assuntos pertinentes relacionados com a classe de engenheiros e consultores traz pratica-mente todos os actores. Temos grandes projectos e noto que temos muito mais capacidade do que a que é utilizada ac-tualmente. Sabemos que iremos desen-volver mais. Queremos conversar com empresas privadas que investem em Moçambique e dizer: «Vamos trabalhar juntos e desenvolver a capacidade que te-mos aqui.» Porque só isso traz sustenta-bilidade. Mas insistir em trazer empresas de fora para resolver os problemas deles não traz sustentabilidade.Esta indústria emprega e faz empregar (José Forjaz, Arquitecto)Actualmente há em Moçambique toda uma indústria de construção civil e con-sultoria que emprega gente e faz empre-gar. No que se refere à área imobiliária, que ainda está a florescer, há que ter um certo cuidado pois pode haver uma inflação que pode resultar em problemas mais tarde. Por enquanto o problema não é imediato. Entretanto, deve-se dar atenção a este desenvolvimento urbano que é dirigido a uma certa camada social, que não é a mais vasta. Se não tivermos o cuidado é provável que a especulação na imobiliária seja exagerada.Esta área devia ter a importância devida (Álvaro Carmo Vaz, Consultor CONSUL-TEC). A área da consultoria e engenharia civil é extremamente importante para o desenvolvimento de Moçambique. Pelas necessidades de Moçambique, a área de engenharia de construção civil deve ter a importância devida. A engenharia irá dar um grande contributo ao desenvolvimen-to em curso se pensarmos não só nos engenheiros, mas também nos técnicos médios e básicos da construção civil.c

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ENtREPRENEuRIAl PlAtFORM

Infrastructures in the crosshairs of consultants

Capital Magazine · MAIO 2014 51

The lack of infrastructure in Africa limits the competitiveness of the continent on the world market, to decrease productivity by 40%. This is one of several motes which met in March in Maputo, more than 240 par-ticipants at the Annual Conference of the GAMA (Group of African Member Associations of FIDIC).To reduce the deficit of such in-frastructures, Mozambique needs an investment of 1.7 billion dollars annually in this decade. While this investment is not enough, the Mi-nister of Public Works and Housing, Muthemba, sees a light at the end of the tunnel: “The recent discoveries of natural gas, reforms in the business environment, ongoing, provide good opportunities for investment ‘.But ‘good investment opportunities’ can not be exploited enough by the Small and Medium Sized Enterpri-ses in the field of Civil Construction Engineering. The strong competition from foreign companies is the main cause. According to the explanation of Álvaro Carlos Carmo, administrator Consultec with the European crisis, construction companies welcome the old continent come explore new ma-rkets, as is the case of Mozambique. “These companies have a very high capacity compared to national,” ex-plained Alvaro during the conference GAMA. Thus, this suggests that there is a policy that can force the invol-vement of consulting, Mozambican companies to increase local capacity. ‘Thus, the infrastructure deficit will be reduced, “he stresses.Under the Local Involvement mot-to for the sustainability of Mega

Mozambique currently has an entire industry of construction and a con-sulting firm that employs people as well as creates employment. With regard to real estate, which is still blooming, it should be dealt with caution, because there may be an inflation that can result in problems later. For now the problem is not immediate. However, one should pay attention to this urban development that is directed to a certain social stratum that is not wider. If we are not careful it is likely that specula-tion in real estate is exaggerated.This area should have more atten-tion paid to it (Álvaro Carmo Vaz, Consultor CONSULTEC)The area of consultancy and engi-neering is extremely important for the development of Mozambique. The needs of Mozambique, the area of construction engineering must have due importance. The engineer will make a great contribution to the ongoing development if we think not only in engineering but also in the medium and basic technical cons-truction.c

Projects, Annual Conference of the GAMA joint consulting engineers throughout Africa. The aim is to discuss the challenges affecting the class of African consulting engineers.

Behind the scenes of the Conference

We have much more capacity (Helena Cardoso - Chairman of the AEMC)It is very difficult to motivate people to join this kind of initiative. The GAMA Conference discusses relevant issues related to class engineers and consultants brings virtually all actors. We have great projects and I notice that we have much more capacity than is currently used. We know that we will develop more. We want to talk to private companies investing in Mozambique and say: Let’s work together and develop the ability we have here because it only brings sus-tainability. In essence, the insistance on bringing outside companies to solve their problems does not bring sustainability.This industry employs and creates jobs (José Forjaz, Arquitect)

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A necessidade de abrir merca-dos, exibir potencialidades e flexibilizar a economia exige facilidades na mobilidade de pessoas. No caso de Mo-çambique esta necessidade

enfrenta um grande obstáculo: o alto custo das viagens de avião.Em 2000, os Estados africanos de-cidiram ractificar a Convenção de Yamoussoukro, na Costa do Marfim, que estabelecia a necessidade dos países liberalizarem o espaço aéreo a partir de 2002.As regras de “céu aberto” prevêm que as companhias aéreas de países signatários do tratado de Yamous-soukro operem sem restrições nesses mercados, com a liberdade para deci-dir as suas próprias rotas, o preço e a entrada de mais operadores no mer-cado. Experiências de outras regiões mostram que a liberalização conduz ao aumento do turismo, do comércio e dos níveis de investimento, fac-tores que contribuem directamente para a criação de emprego.Apesar destas vantagens, a concor-rência que daí resultar pode ser fatal para as companhias menos prepa-radas. Essa é a discussão que se lavanta em Moçambique. Aqui, está em causa a protecção da companhia aérea de bandeira – Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).“Somos adeptos e assinamos todas as convenções internacionais relati-vas à liberalização do espaço aéreo, mas este é um processo que tem de caminhar na mesma medida em que caminham os outros países do mundo a nível da europa, América, Ásia, África

O dilema de liberalizar o “céu” protegendo a LAM

e sobretudo a África Austral”, revelou o ministro dos Transportes e Comuni-cações, Gabriel Muthisse.O Governante argumenta que “se ficarmos atrás, colocaremos a popu-lação a pagar preços de ineficiência injustificados. Mas se corrermos dema-siadamente em relação aos nossos vi-zinhos e ao mundo, podemos colocar a nossa companhia de aviação (LAM) ou outras operadoras nacionais numa situação de desvantagem”.Assim, “o mais sensato é vermos qual é o ritmo de liberalização na região, em África e no mundo e Moçambique procurar estar ao mesmo ritmo dos outros países da região de que faz parte”, concluiu.Esta situação tem sido contestada pelo sector privado. A Confederação das Associações Económicas de Mo-çambique (CTA) reclama o elevado número de procedimentos para ob-ter licenças, o que torna proibitiva a entrada de agentes interessados em operar no espaço aéreo nacional.

Em que etapa estamos?

Em Yamoussoukro, ficou estabelecido que a liberalização seria efectuada em três fases, nomeadamente, uma designação em 2008, duo-designação em 2009 e liberalização total em 2010. A duo-designação refere-se à entrada gradual de novas companhias aéreas, para evitar ruptura no fun-cionamento normal das companhias que já operam nos mercados desses países. A ideia, segundo este pressu-posto, é sair da “unidesignação” (uma companhia designada por cada país) para a “multidesignação”, que é o fim do monopólio.Hoje, não sabemos em que fase esta-mos, mas o ministro dos Transportes e Comunicações garante: “estamos comprometidos com a liberalização, vamos continuar a dar passos nessa direcção, mas sempre tendo em conta o que está a acontecer na África Austral e no mundo”.c

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The need for open markets, showing potential and flexi-ble economy requires facili-ties in the mobility of people. In the case of Mozambique this need faces a major obs-

tacle: the high cost of air travel.In 2000, African states decided to rectify the Convention of Yamous-soukro, Ivory Coast, which establi-shed the need for countries to libera-te airspace since 2002.The rules of “open skies” predict that the signatory countries of the treaty of Yamoussoukro operate without restrictions in these markets, with the freedom to decide their own rou-tes, the price and the entry of more operators in the market. Experiences elsewhere show that trade liberaliza-tion leads to increased tourism, trade and investment levels, factors that contribute directly to job creation.Despite these advantages, arising

competition can be fatal for compa-nies less prepared. This is the discus-sion that arises in Mozambique. Here is a matter of protecting the airline Flagship - Mozambique Airlines (LAM). “We support and signed all internatio-nal agreements on the liberalization of airspace, but this is a process that has to walk at the same pace as the other world countries across europe, America, Asia, Africa and especially Southern Africa, “said the Minister of Transport and Communications, Ga-briel Muthisse.The Governor argues that “if we stay behind, we will put the population to pay unjustified price inefficiency. But if we run too much in relation to our neighbors and the world, we can put our airline (LAM) and other national operators at a disadvantage. “Thus, “the more sensible it is to see what the pace of liberalization in the

The dilemma of “freeing” the sky that protecs LAM

region, Africa and Mozambique in the world and try to be at the same pace with other countries in the region to which it belongs,” he concluded.This has been challenged by the private sector. The Confederation of Economic Associations of Mozam-bique (CTA) claims a high number of procedures to obtain licenses, which makes it prohibitive entry of stakeholders to operate in the natio-nal airspace.

At what stage are we?

In Yamoussoukro, it was established that liberalization, duo-designation in 2009 and full liberalization in 2010 would take place in three pha-ses, namely, a designation in 2008. The Duo-Designation refers to the gradual entry of new airlines to avoid rupture the normal functioning of the companies already operating in the markets of these countries. The idea, according to this assumption, is leaving the “unidesignation” (a com-pany designated by each country) to “multidesignation”, which is the end of the monopoly.Today, we do not know at what stage we are, but the Minister of Transport and Communications assures: “We are committed to liberalization, we will continue to take steps in that direction, but always taking into ac-count what is happening in Southern Africa and the world” .c

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MboraLá e a difícil tarefa de transportar dos TPM

Perspectiva tRANSPORtE

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A EMTPM foi recentemente escolhida pelo Governo, representado pelo Fundo de Desenvolvimento de Transportes e Comunicações (FTC), para a realização do

teste-piloto de introdução do serviço MboraLá. Mboralá é um serviço de venda de bilhetes feito por meios electrónicos que foi desenvolvido pela empresa concessionada PMS – Plataforma Multiserviços, que é também responsável pela sua promoção e divulgação. Através do mesmo serviço, o passageiro adquire um Passe ou Bilhete que lhe confere o direito de viajar nos meios de transporte público-urbanos (autocarros, semi-colectivos vulgo “chapas”, barcos e comboios).

O serviço de bilhética electrónica faz parte da estratégia do Governo de subsidiar o transporte público-urbano de passageiros nas 11 cidades capitais provinciais, explorado por empresas de transporte privadas e públicas municipais, devidamente habilitadas e licenciadas. Através deste serviço, o passageiro beneficia directamente do subsídio do preço real do bilhete uma vez que a empresa recebe a outra parte do Governo. “No caso específico da EMTPM, considerando que o preço nominal do bilhete é de 15,00 Mt, o passageiro paga 7,00 Mt e os restantes 8,00 Mt são pagos pelo FTC à empresa, com base na informação de passageiros transportados e registados pelo sistema de bilhética electrónica”,

explica Iolanda Wane, PCA da EMTPM.Importa destacar que a empresa recebe também do FTC o valor correspondente ao volume de passageiros com direito de isenção (idosos, e pessoas portadoras de deficiência) e redução da tarifa em 50% (estudantes e combatentes). As vantagens que este mecanismo proporciona aos utentes são de cariz operacional, na medida em que, por exemplo, o passe ou o bilhete funcionam, sobretudo, como um porta-moedas onde se guarda o dinheiro para o transporte de forma segura, prática e cómoda.

Difícil introdução no mercado

A introdução do MboraLá no mercado, contudo, tem sido difícil e dado azo a críticas severas por parte de alguns, numa altura em que se fala numa nova empresa municipal do género para a Matola, e em que o Governo vai liberalizar tarifa de

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investimentos e opçõesem prol dos utentes

Vip versus Social

O AnO de 2013 foi de grandes desafios para o cumprimento da missão da EMTPM. Além das acções de reestruturação em diversos sectores da empresa, aplicadas no âmbito do Plano Estratégico 2012-2014, a estratégia de manutenção foi implementada tendo por base uma nova filosofia; decorreram o lançamento das Carreiras Executivas para atendimento diferencial a um público específico bem como a entrada em vigor da bilhética electrónica em regime de fase-piloto. Por outro lado, registou-se a instalação da rede de dados para a integração das bases de dados das diferentes áreas de gestão da empresa e realizaram-se cursos de capacitação destinados aos colaboradores, assim como o reforço das acções de protecção dirigidas às áreas da saúde, higiene e segurança no local de trabalho. c

A EMPREsA Municipal de Transportes Rodoviários de Maputo, a dado momento, seguiu uma estratégia notoriamente dirigida para um segmento mais alto, ao implementar as Carreiras Executivas e os Expressos de Aluguer que se destinam às organizações, apesar de possuir um cariz social e do mercado necessitar de mais soluções de transporte público. Segundo a sua PCA, Iolanda Wane, a EMTPM, de facto, é uma empresa que presta um serviço de extrema importância para a população do Grande Maputo materializando, dessa forma, a política social do Governo. Contudo, e dadas as oportunidades oferecidas pelo mercado, a Administração da empresa achou por bem explorar estas linhas como forma de rentabilizar os recursos disponíveis e complementar as suas receitas, não esquecendo nunca a sua missão social. Ou seja, se por um lado a missão social, por outro, subsiste a necessidade de garantir o financiamento dessa missão. Daí a opção estratégica tomada.c

transportes urbanos e que o sector privado conta com a EMTPM para transportar os indivíduos activos de casa para o trabalho e vice-versa. “Efectivamente, todo o processo de mudanças acarreta dificuldades devido ao medo do novo e ao facto das pessoas e organizações se acomodarem aos processos e métodos de trabalho existentes. Como se sabe o que é novo sempre assusta, justamente porque não se tem ainda o domínio do novo assim como as ferramentas para lidar com ele”, explica a PCA da EMTPM. Uma das dificuldades encontra-se de facto relacionada com a resistência e a dificuldade de compreender a mudança, sem descurar os aspectos operacionais que se registaram ao longo do primeiro ano de implementação. “em preparação, está o balanço da implementação a ser presente à entidade responsável pelo MboraLá que vai certamente tomar as medidas

cabíveis para se ultrapassar as dificuldades registadas”, acrescenta a responsável.Não obstante, a PCA vai informando que a EMTPM identifica a comunicação como um factor-chave de sucesso e que, devido a isso, estão a investir na comunicação através dos meios disponíveis para levar ao

público beneficiário a informação clara e objectiva sobre este serviço, bem como a fazer uma aposta no treinamento dos colaboradores da empresa que operacionalizam o sistema. No fundo, a aposta vai para um binómio entre comunicação e capacitação.c

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“Da simplicidade vem a classe”

A MCS passa a disponibilizar na sua oferta de produtos, uma nova linha de seguros especialmente destinada ao segmento Empresarial. O MCS PMEs e MCS COMÉRCIO E SERVIÇOS, possuem um conjunto alargado de coberturas, procurando abranger todos os sectores de actividade. Os 2 novos Produtos caracterizam-se pela sua

flexibilidade, facilidade de subscrição e preço competitivo.A Moçambique Companhia de Seguros é uma das Seguradoras de referência no mercado Moçambicano, procurando diferenciar-se através da comercialização de produtos inovadores, e numa forte aposta na qualidade de serviço e rapidez na resolução de sinistros.

MoçaMbique CoMpanhia de SeguroSlança novo produto para o SegMento eMpreSarial

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The EMTPM was recently cho-sen by the government repre-sented by the Development Fund of Transport and Com-munications (FTC), to perform the pilot test for the introduc-

tion of the service MboraLá.Mboralá is an automated ticket-ing service that was developed by concession of PMS - Multiservice Platform, which is also responsible for its promotion and dissemina-tion. Through the same service, the passenger gets a pass or ticket that

MboraLá and TPM dificult task

of transport

entitles you to travel on public urban transport (buses, semi-collective aka “chapas”, boats, and trains).The electronic ticketing service is part of the Government’s strategy of subsidizing public urban passenger transport in 11 provincial capital cities, operated by suitably qualified and licensed private companies and municipal public transport. Through this service, passengers benefit di-rectly from the grant of the actual ticket price once the company re-ceives the other part of the Govern-ment. “In the specific case of EMTPM, where-as the nominal price of the ticket is 15.00 Mt, the passenger pays 7.00 Mt and the remaining 8.00 Mt are paid by the company based on information from passengers and recorded by the electronic ticketing system, “explains Iolanda Wane, CEO of EMTPM.Worth noting that the company also receives from the FTC the value cor-responding to the volume of passen-gers entitled to exemption (the el-derly, and the disabled) and reduced

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Perspective tRANSPORt

rate of 50% (students and fighters) of the value.The advantages that this mechanism provides for users are operational in nature, in that, for example, pass or ticket function primarily serve as a purse where they guard the transport money in a safe, practical and conve-niente manner .

Difficult introduction into the market

The introduction of MboraLá into the market, however, has been difficult and given rise to severe criticism by some, at a time when we speak a new municipal company of its kind to Matola, and that the Govern-ment will liberalize tariffs for urban transport and that the private sector has the EMTPM assets to transport individuals from home to work and vice versa. “Indeed, the whole process of change entails difficulties due to fear of the new and the fact that people and or-ganizations to accommodate existing processes and methods of work. How

to know what is new always frightens precisely because it does not yet have the new domain as well as the tools to deal with it, “explains the CEO of EMTPM. One of the difficulties is in fact related to the resistance and the difficulty of understanding change, without neglecting the operational aspects which occurred during the first year of implementation.“In preparation, is the record of imple-mentation to be submitted to the entity responsible for MboraLá that will definitely take reasonable steps to overcome the difficulties encountered, “he added.Nevertheless, the CEO of EMTPM

stated that he identifies communica-tion as a key success factor and that because of this, they are investing in communication through the means available to bring the audience to favor clear and objective information about this service, as well as to place a bet on employee training company that operationalize the system. In the background, the bet goes to a binomial between communication and training.its social mission. Ie if on one hand the social mission, on the other, there is the need to ensure the financing of this task. Hence the strategic choice made.c

investments and options on behalf of clients

Vip versus Social

THE year 2013 was very challenging for the fulfillment of the mission EMTPM. In addition to the restructuring actions in various sectors of the company, applied under the Strategic Plan 2012-2014, the maintenance strategy was implemented based on a new philosophy; held the launch of Executive Careers differential for a specific audience and the entry into force of electronic ticketing under the pilot phase service.On the other hand, there was the installation of data network for in-tegrating databases of different management areas of the company and we held training courses for the employees, as well as strengthen-ing protection measures targeted at the areas of health, hygiene and safety in the workplace.c

THE Empresa Municipal de Transportes Rodoviários de Maputo, at one point, followed a strategy famously directed to a higher segment, to implement Executive Careers and Express Rental intended for organizations, despite having a social, and market need more solutions for public transport.According to its CEO, Iolanda Wane, the EMTPM indeed is a company that provides a service of great importance to the people of Greater Maputo materializing thus social policy of the Government.However, given the market opportunities, the Directors of the company has seen fit to explore these lines as a way to profit and supplement their income resources, never forgetting .c

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PANORAMA

Helga Nunes e António Poncioni(EntREViSta)

“As desigualdades nosnossos países de economias emergentes são escandalosas”

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TIMOR-LESTETimor Leste teve duas independências, dois colonizadores distintos e é o único país oriental de fala portuguesa. Como entende que se vai desmarcar e fundir-se na CPLP?Timor-Leste é um país asiático, a geografia impõe-se; a história e as influências que são absorvidas ao longo da história de cada povo - casos da colonização portuguesa, evangelização cristã, etc. - não alteram esta realidade. Timor-Leste é um país geograficamente asiático e como praticamente todos os países asiáticos, é muito heterogéneo do ponto de visto étnico e cultural.Para além de que Timor-Leste, por afinidade histórica, aderiu à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a sua vocação imperativa é integrar-se regionalmente, restabelecer pontes com a Indonésia, e outros países da região, sem descurar a Austrália, Nova Zelândia e as ilhas-Estados do Pacífico Sul, como a Papua-Nova Guiné e Fiji.Espero que Timor-Leste possa aderir, em 2015, à ASEAN (Associação dos Países do Sudeste Asiático) pois isto é um imperativo estratégico para o país. Para mim, a CPLP não deve aspirar ir além do que é, um fórum cultural, na sua essência. Tentar fazer da CPLP algo que não pode ser, por exemplo, fazer da CPLP uma espécie de organização com características e vocação de uma organização regional seria absurdo.Vejamos, por exemplo, com quem

Portugal mais se relaciona a todos os níveis - com os seus parceiros europeus e os EUA. Vejamos com quem o Brasil mais se relaciona - com os seus vizinhos, os EUA, Europa. Claro, tentam também ocupar algum espaço na China e Índia.Portugueses regressam à Angola e Moçambique pelas oportunidades que estes dois países oferecem, e não por amor à CPLP. Há obviamente algo sentimental mas nós não vivemos de sentimentos apenas.

GUINÉ-BISSAU A 31 de Dezembro, o Secretário-Geral Ban Ki-moon nomeou-o Representante Especial na Guiné-Bissau. Que diagnóstico faz daquele país e como avalia os progressos registados em termos sócio-económicos?O governo de Transição – com o apoio dos seus parceiros internacionais e, em especial de Timor-Leste e da Nigéria – levou a cabo com grande sucesso o Recenseamento Eleitoral. Apesar das dificuldades iniciais, foram recenseados 95% de guineenses para cima de 18 anos. Um verdadeiro sucesso, singular, nem conseguido nos países mais avançados. Parabéns a Timor-Leste que liderou este processo quer no plano financeiro, quer no plano técnico. Parabéns aos irmãos da Guiné-Bissau que aliás foram eles que se desdobraram pelo seu próprio país em condições muito difíceis. Mas as eleições serão apenas o começar de uma nova era – com muitos mais e maiores desafios

—para a Guiné-Bissau.Não podemos esquecer que para além de todos os indicadores estruturais, a situação económica e social que se vive na Guiné-Bissau é preocupante. A redução da pobreza, um dos principais Objectivos do Milénio para o Desenvolvimento, é uma meta quase inatingível. O desemprego persiste, as desigualdades agravam-se, as condições de saúde e educação têm vindo a deteriorar-se.Mas para além das dificuldades de pagamento de salários, o governo não tem conseguido assegurar serviços mínimos: o abastecimento de água, electricidade, saneamento ou estradas.Algumas das maiores riquezas do país – as madeiras – continuam a ser desenfreada e abusivamente exploradas, os recursos piscícolas não estão a ser protegidos, nem o Estado tem capacidade marítima de fiscalizar.Os enormes desafios que se impõem requerem a participação de todos os guineenses, não apenas de um só partido político.Os líderes guineenses optaram por um sistema semi-presidencial de representação proporcional, com separação de poderes e interdependência dos órgãos de soberania. O que parece não ter funcionado; aliás tem sido fonte dos conflitos havidos nesse país.Este modelo dito semi-presidencialista tem sido criticado muito na Guiné-Bissau e, por várias vezes, foi discutida a alteração

José Ramos-Horta é, actualmente, o Representante Especial do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau. Ele foi Presidente da República de Timor-Leste e obteve o Prémio Nobel da Paz, em 1996. A revista Capital teve a oportunidade de o entrevistar e regista aqui o seu ponto de vista sobre os progressos de Timor-Leste, da Guiné-Bissau e dos novos players na África Subsaariana.

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da Constituição. Em vez de interdependência tem-se assistido à concorrência entre os órgãos de soberania que tem contribuído para o clima de instabilidade que se tem vivido na Guiné-Bissau.Neste quadro constitucional, as capacidades de liderança exigidas são ainda mais relevantes: o Presidente e Primeiro-Ministro têm de encontrar e tornar firme entre eles um espírito de equipa. É imperativo adoptar estratégias de complementaridade, pelo bem público e pelo povo generoso e sábio de todos os cantos da Guiné-Bissau.O Presidente da República é o Chefe de Estado, símbolo da unidade e garante da independência nacional e da Constituição. O Presidente da República é também o Comandante Supremo das Forças Armadas.Na situação política actual, com a Guiné-Bissau a sair de uma crise política que levou à suspensão das relações normais com a Comunidade Internacional e com a urgência de reformas, o próximo Presidente da República terá de ser capaz de colaborar com o Governo e a oposição, com todas as forças políticas, culturais, religiosas, sociais e económicas para gerar consensos de esperança onde possa ser encontrado um futuro de bem-estar e harmonia a todos os níveis, incluindo no plano de política.É por isso que o Presidente da República tem de manter uma posição suprapartidária. Criará condições para o exercício saudável da democracia e, antes de mais, para uma reconciliação nacional duradoura.Estes são os requisitos necessários para cumprir um programa de reformas que conduza à refundação do Estado. Tem de atender aos ideais do bem estar social e económico, de alegria e paz do povo guineense.E se assim for, uma figura respeitada

na Comunidade Internacional poderá contribuir para que o Estado da Guiné-Bissau recupere a confiança dos parceiros internacionais.O papel principal do Presidente da República será, pois, o de congregar todas as forças políticas para o diálogo e para o entendimento e construir a paz à volta das prioridades mais importantes do país.Depois, é o Primeiro-Ministro que deverá encarregar-se da refundação do Estado e das grandes reformas económicas, sociais e políticas. Com um Governo competente e que saiba ouvir e fazer-se ouvir, de mão dada com todos, sem exclusão, sem animosidades, sem descuidos.

ÁFRICA SUBSAARIANANos últimos anos, têm surgido novos ‘players’ na África Subsaariana. Países como a China, Índia ou Brasil, com ambições africanas mais recentes ganham protagonismo face a países como Portugal, França ou Inglaterra. Serão estas mudanças sintomáticas?Primeiro, devo dizer que ainda não ouvimos o canto de cisne europeu ou americano. Europeus e norte-americanos ainda vão dominar a

Ciência, Tecnologia, os mecanismos financeiros, durante muitas décadas. Todos os países mencionados, China, Índia, Brasil, Turquia, embora fizeram progressos notáveis nas últimas décadas, ainda têm um longo caminho a percorrer, caminho de pelo menos três décadas, até ascenderem ao estatuto de países verdadeiramente industrializados, rivalizando com qualquer país europeu industrializado, com per capitas anuais de pelo menos $20.000-$30.000 e com distribuição equitativa de suas riquezas. As desigualdades nos nossos países de economias emergentes são escandalosas, insustentáveis politicamente e economicamente.Pessoalmente acho que Angola e Moçambique deveriam continuar a privilegiar e a expandir a cooperação técnica, trocas comerciais, investimentos, etc. com o Brasil e Portugal, assim como com o resto da Europa. Apesar de todos os negativos que possamos atribuir a Portugal e aos europeus, eles regem-se por regras claras, têm tecnologias avançadas e adequadas para as nossas economias.c

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PANORAMA

“The inequalitieS in our countriesare scandalous”

Helga Nunes e António Poncioni(intERViEw)

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EAST TIMOREast Timor gained its independence twice, was under the rule of two different colonial powers and is the only Portuguese-speaking country in Asia. How do you think it will stand out and mingle in the CPLP?East Timor is a small country in Asia, its geographical location influences its condition; the history and the influ-ences that its people have assimilated through the years – for instance the Portuguese colonization, the Christian evangelism – do not alter this reality. Geographically speaking, East Timor is an Asian country, and like almost every single Asian country, it is very heterogeneous both ethnically and culturally.Besides the fact that East Timor joined the Community of Portuguese-Speak-ing Countries (CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) for his-torical reasons, its imperative calling is to further its regional integration, to restore bridges with Indonesia, and other countries in the region, without neglecting Australia, New Zealand and the South Pacific islands, such as Papua New Guinea and Fiji.I am hopeful that in 2015 East Timor can join ASEAN (Association of Southeast Asian Nations) as this is of strategic importance for the country. For me, the CPLP should not seek to go beyond what it already is: a cultural forum. An attempt to use the CPLP for something that it cannot be, for instance transforming it into an organization whose mission and char-acteristics would resemble those of a regional forum, would be absurd.Let us consider, for instance, the inter-locutor with whom Portugal interacts

Dr. José Ramos-Horta served as President of the Republic of East Timor between 2007 and 2012 and was awarded the Nobel Peace Prize in 1996. Ramos-Horta currently serves as Special Representative of the UN Secretary-General in Guinea-Bissau. Capital Magazine had the opportunity to interview him and capture his thoughts on the progress made in East Timor, in Guinea-Bissau and also on a series of new and active players in Sub-Saharan Africa.

the most at all levels – with its Euro-pean partners and with the United States. Who does Brazil interact with the most – with its neighbors, the United States and Europe. Quite natu-rally, they also try to be influential in China and in India. Portuguese citizens are heading back to Angola and to Mozambique because of the opportunities these two countries are offering, and not because of the CPLP. Obviously, there are feelings involved in this phenom-enon, but we do not live in a world strictly driven by emotions.

GUINEA-BISSAU On December 31st, the UN Secre-tary-General Ban Ki-moon appointed you as his Special Representative in Guinea-Bissau. What diagnosis do you make of this country and its progress in socioeconomic terms?With the support of its international partners, particularly East Timor and Nigeria, the Transitional Government has carried out the Electoral Census with great success. Despite initial dif-ficulties, 95% of the Guineans above 18 years old registered to vote. This is a true and unique success that not even the most developed countries can brag about. Congratulations to East Timor who led this process from both financial and technical stand-points. Congratulations to the broth-ers of Guinea-Bissau who by the way were the people who fiercely devoted themselves to their own country in very difficult conditions. But elections shall only mark the beginning of a new era – with many more and greater challenges to come – for Guinea-Bissau.

We cannot forget that besides all the structural indicators, the social and economic situation in Guinea-Bissau is of concern. Poverty reduction, which is one of the key Millennium Development Goals, is an almost unattainable target. Unemployment is persistent, inequalities tend to worsen, and we note a deterioration of health and education conditions. Aside from the challenges faced to get salaries paid timely, the govern-ment has failed to ensure basic ser-vices such as water supply, electricity, sanitation or transportation.One of the country’s greatest wealth – its timber – continues to be relent-lessly and abusively exploited, its piscicultural resources are not pro-tected and the state does not have the capacity to patrol on the high seas.The enormous challenges faced by Guineans require the participation of the Guinean people at large and not of just one political party.The Guinean leaders have opted for a semi-presidential system with propor-tional representation, separation of powers and checks and balances. This seems to not have worked; actually, it has been a source of conflict in the country.This so-called semi-presidential mod-el has been hugely criticized in Guin-ea-Bissau and in several occasions an amendment of the Constitution has been discussed. Instead of interde-pendence there has been competition amongst the several sovereign bodies, which has contributed to the context of instability currently experienced in Guinea-Bissau.In this constitutional framework, the

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leadership skills required are even more relevant: the President and the Prime Minister must agree on and consolidate a teamwork spirit be-tween them. It is imperative that com-plementary strategies are adopted, for the sake of the public at large and the generous and wise people of every single corner of Guinea-Bissau. The President is the head of state, the symbol of unity and the guarantor of national independence and of the Constitution. The President is also the Commander in Chief of the Armed Forces.In the current political situation, where Guinea-Bissau is exiting a political crisis, which led to the sus-pension of its relationships with the international community, and given the urgent need for reforms, the next President will have to work together with the government, the opposition, all the political, cultural, religious, social and economic interlocutors, in order to generate consensus and

hope, which lead to a harmonious future and well-being at all levels, including at the political one. That is why the President has to hold himself in a nonpartisan position. He will create the conditions required for a salutary exercise of democracy and, above all, for a lasting national reconciliation.These are necessary requirements for the implementation of a program of reforms aimed at the rebuilding of the state. The President must strive to at-tain the ideals of social and economic well-being, and also of happiness and peace for the Guinean people.Should this happen, a respected fig-ure in the international community will be in a position to help Guinea-Bissau regain the trust of its interna-tional partners.The main role of the President will thus be to bring together all the politi-cal bodies in a way that enables them to dialogue and reach an understand-ing capable of building peace around

the key priorities for the country.It is up to the Prime Minister to take in of the rebuilding of the state and the major economic, social and political reforms. With a competent govern-ment that can listen and make itself listened to, working together hand in hand with everybody, without exclu-sion nor animosity nor carelessness.

Sub-Saharan AfricaIn recent years, new players have emerged in Sub-Saharan Africa. Countries such as China, India or Brazil, with more recent African ambitions, are gaining presence at the expense of countries such as Por-tugal, France or England. Are these symptomatic changes?First, I must say that we have not yet heard the European or the American “Swan song”. Europeans and Ameri-cans will most likely still dominate science, technology, financial mecha-nisms, for many decades to come. Although they have made significant progress in the past decades, all the above-mentioned countries, China, India, Brazil, Turkey, still have a long way to go - I would say of at least three more decades – before they can reach the status of fully industrialized countries and effectively challenge any industrialized European country with an annual per capita of at least $ 20,000 - $ 30,000 and with an even distribution of its wealth. Inequalities in our emerging countries are outra-geous, and are both politically and economically unsustainable.Personally, I think Angola and Mozam-bique should continue to focus on and expand their technical coopera-tion, their trade and investment rela-tionship, etc. with Brazil and Portugal, as well as with the rest of Europe. Despite all the negative features that Portugal or Europe can be credited with, they are governed by clear rules and have advanced and appropriate technologies for our economies.c

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Um novo estudo da Accenture indica que mais de 89% das profissionais do sexo femini-no, e um número idêntico do sexo masculino, acreditam que o desenvolvimento de

competências diferenciadoras que definem a forma de progressão na carreira, o que a Accenture denomina de “Career Capital”, é um factor cru-cial para o seu sucesso profissional. O mesmo estudo, que se baseou num

inquérito a 4.100 profissionais em 32 países, destacou ainda que os profis-sionais abraçam as mudanças e estão confiantes quanto à sua capacidade de serem bem-sucedidos. 84% dos homens e mulheres inqui-ridos referem que estão a trabalhar para melhorar as suas competências diferenciadoras, o que inclui maio-res oportunidades de crescimento, influência na tomada de decisões, aumentarem a sua credibilidade

junto dos colegas e pares e atingirem os seus objectivos (factores indica-dos por 57%, 56%, 53% e 51%, respectivamente). Dois terços (67%) acreditam que o conhecimento ou competências específicas numa determinada área contribui de forma decisiva para a criação do seu “Care-er Capital”.A grande maioria dos profissionais que responderam ao inquérito da Accenture (91%) concorda que os

Competências diferenciadorase capacidade de adaptação à mudança são essenciais para o sucesso

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GEStÃO EStRAtÉGICA

colaboradores mais bem-sucedidos serão aqueles que se conseguem adaptar às mudanças no seu local de trabalho. De resto, quase tantos (89%) referem que gostam ou pelo menos não se importam com essas mudanças. Ao mesmo tempo, três em cada quatro inquiridos (75%) afir-mam ter as ferramentas certas para serem bem-sucedidos no futuro.O estudo destaca algumas previsões sobre o sexo feminino no local de trabalho, entre as quais se destacam as seguintes:✓✓ Mulheres em cargos de direc-

ção: quase três quartos dos inquiridos (71%) pensam que o número de mulheres em cargos de direcção vai aumentar até 2020;

✓✓ Mulheres no topo da hierar-quia: sete em cada 10 (70%) referem que o número de mu-lheres que ocupam o cargo de CEO vai aumentar até 2020; 15% acreditam que o aumento

será significativo;✓✓ Mulheres em cargos de che-

fia: quase metade (44%) dos inquiridos afirma que as suas organizações estão a preparar um maior número de mulheres para cargos de chefia quando comparado com o ano passado.

A pesquisa gerou ainda perspecti-vas sobre um alargado espectro de tópicos relacionados com o mundo profissional, incluindo:✓✓ Aumentos salariais e promo-

ções: mais de metade (57%) de todos os inquiridos já pediram ou negociaram um aumento salarial, e três em cada quatro (77%) dos colaboradores que o fizeram conseguiram o seu objectivo. Pouco menos de metade (44% pediram para ser promovidos, e mais de dois terços (68%) conseguiram-no;

✓✓ Colaboradores com filhos: Mais de quatro em cada 10 colabora-dores com filhos (44%) entre os homens e 42% entre as mulhe-res) preferem trabalhar em vez de ficarem em casa, mesmo que o aspecto financeiro não seja problema;

✓✓ O valor da experiência: Quase três em cada quatro (72%) inquiridos refere que, no seu emprego, a experiência é mais importante que o grau de for-mação;

✓✓ Competências actuais: As três maiores competências que os inquiridos acreditam já possuir são a eficiência no cumprimen-to de tarefas, uma noção sólida de ética e a capacidade de aprenderem coisas novas (56%, 50% e 44%, respectivamente);

✓✓ Competências futuras: Numa perspectiva futura, os profis-sionais acreditam que as suas competências mais importantes serão a capacidade de execu-tarem várias tarefas ao mesmo

tempo, falar mais que uma lín-gua, trabalhar bem em equipa e terem aptidão para utilizar a maior parte das aplicações informáticas (factores indicados por 57%, 54%, 54% e 53%, respectivamente);

✓✓ Satisfação no actual emprego: Aproximadamente metade (48%) dos inquiridos dizem estar satisfeitos com o seu em-prego actual. Entre os colabora-dores que não estão satisfeitos, o ordenado desadequado é a primeira razão da sua insatisfa-ção (indicada por 37%), seguida da falta de oportunidades para progressão na carreira (25%).

Metodologia do estudo

Em Novembro de 2013, a Accenture realizou inquéritos online a 4.100 executivos de médias e grandes empresas em 32 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Ar-gentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos da América, Filipinas, França, Holanda, Índia, Indonésia, Irlanda, Itália, Japão, Malásia, Méxi-co, Reino Unido, Singapura, Suíça, Tailândia (países onde participaram um mínimo de 100 entrevistados por país), Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia (locais onde o número total combinado de entrevistados foi de 200). O grupo de entrevistados está equilibrado a nível de género e em relação à idade e nível hierárquico nas suas organizações. A margem de erro da amostra total é de aproxima-damente 2%. O estudo completo, que contém a infografia, as análises das tendências regionais e outras conclusões chave, está disponível http://www.accenture.com/us-en/company/people/women/Pages/in-sight-2014-women-research-career--capital.aspx.c

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Aluguer de longa duração incluindo manutençãoAluguer de longa duração sem manutenção

Gestão de SegurosGestão de ManutençãoGestão de Motoristas

Venda e LocaçãoAuditoria de FrotasGestão de Frotas

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1ª Rua Perpendicular nº 15-Bairro da Coop | Telefone: +258 21 416186 | Fax: +258 21 416187Maputo - Moçambique

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StRAtEGIC MANAGEMENt

‘Career Capital’is Key to success

A new Accenture research re-ports that more than 89 per-cent of female professionals around the globe and a simi-lar number of male respon-dents believe building their

“career capital” – those differentiated skills that define and advance their careers – is key to success in the workplace. The research, based on

a survey of 4,100 male and female professionals in 32 countries, also found that professionals welcome change and are confident of their ability to succeed in the workplace. 

Eighty-four percent of both women and men surveyed say they are work-ing to increase their career capital in an effort to enjoy greater opportuni-ties for growth, have the ability to influence decisions at work, increase their credibility among colleagues and peers and reach their goals (cited by 57 percent, 56 percent, 53 percent and 51 percent, respec-tively). Two out of three (67 percent) believe knowledge or competency in

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a particular area contributes the most to career capital.

The vast majority of professionals surveyed (91 percent) agree that the most successful employees will be those who can adapt to the changing workplace, and nearly as many (89 percent) report that they thrive on or don’t mind change. At the same time, three out of four respondents (75 percent) say they are equipped to succeed in the future. 

Respondents made a number of predictions about women in the workforce, including:

✓✓ Women on boards:  Nearly three-quarters of respondents (71 percent) think the number of women on boards will increa-se by 2020

✓✓ Women at the top:  Seven in 10 (70 percent) say the number of women CEOs will increase by 2020; 15 percent believe the increase will be significant.

✓✓ Women in senior management:  Nearly half (44 percent) say their companies are preparing more women for senior mana-gement roles than they did last

yearThe research also generated insights on a broad range of work-related topics, including: ✓✓ Pay Raises and Promotions:

More than half (57 percent) of all respondents have asked for or negotiated a pay raise, and three out of four (77 percent) who have done so have recei-ved one. Slightly less than half (44 percent) have asked for a promotion, and more than two--thirds (68 percent) who have done so received one.

✓✓ Working Parents: More than four in ten working parents (44 percent, men; 42 percent, women) would prefer to work, rather than stay at home, even if finances were not an issue.

✓✓ The Value of Experience: Near-ly three out of four (72 percent) respondents report that expe-rience is more important than education in their current jobs.

✓✓ Current Skills:  The top three contributions that respondents believe they bring to their jobs are efficiency in completing tasks, a strong work ethic and the ability to learn new things (56 percent, 50 percent and 44

percent, respectively).✓✓ Future Skills:  Looking ahead,

respondents believe the most marketable skills will be the ability to multi-task, speak more than one language, be a team player and navigate most com-puter applications (cited by 57 percent, 54 percent, 54 percent and 53 percent, respectively).

✓✓ Satisfaction with Current Job: Approximately half (48 percent) of respondents report they are satisfied in their current jobs. Of those not satisfied, feeling underpaid was the primary reason for dissatisfaction (cited by 37 percent), followed by lack of opportunity for advancement (25 percent).

Research methodology

In November 2013, Accenture con-ducted an online survey of 4,100 business executives from medium to large organizations across 32 countries: Argentina, Australia, Aus-tria, Belgium, Brazil, Canada, China, France, Germany, India, Indonesia, Ireland, Italy, Japan, Malaysia, Mexico, Netherlands, Philippines, Saudi Ara-bia, Singapore, South Africa, South Korea, Spain, Switzerland, Thailand, United Arab Emirates, United King-dom, United States. A minimum of 100 respondents from each country participated, with the exception of Denmark, Finland, Norway and Sweden, where the combined num-ber of respondents totaled 200. Respondents were split evenly by gender and were balanced by age and level in their organizations. The margin of error for the total sample was approximately +/-2 percent. A full report on the research, “Career Capital,” containing info graphics, analysis of regional trends and other key highlights is available at www.accenture.com.c

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EStIlO DE VIDA

‘Malagueta’ apresenta souvenirs tradicionais

74 MAIO 2014 · Capital Magazine

No início da avenida 24 de Julho, na cidade de Maputo, existe um spot de paragem obrigatória para os amantes da cultura Afro. A lojinha que se chama ‘Malagueta’

exibe inúmeros objectos de arte - produzidos por artesãos de todo o país - bem como uma porção de bens oriundos de outros países de África. A Malagueta vai ao encontro das ar-tes e tradições milenares, que ainda vivem nas zonas recônditas do país. Contudo, participa no processo de criação, sugerindo adaptações a uma nova realidade, mais moderna, e co-loca as peças no mercado com uma leve pitada de design. Miguel Guerra, gerente da loja, prefe-re dizer que os objectos são produ-

ziddos segundo um design moderno, mas que a forma de produção conti-nua tradicional, e onde a arte ainda fala mais alto. “Tudo o que temos é feito à mão, porque procuramos va-lorizar a habilidade milenar, passada de geração para geração, nos nossos artesãos”, explicou. Todos os que visitam a ‘Malagueta’ – que curiosamente se situa ao lado do famoso restaurante Piri-Piri - não têm dúvida de que se trata de uma casa de arte africana, que vende artigos sem vestígios da Revolução Industrial. O aspecto da loja é vivo e explosivo em termos de cor e materiais. Tanto as esculturas como as porcelanas, as cestas em palha, as velas, os potes, assim como as peças de capulana,

e demais artigos de decoração, são produzidos com matéria-prima orgi-nária de Moçambique ou de outros países da África Austral.“Temos apostado na formação dos ar-tesãos, com o obejctivo de produzirem os mesmos artigos, mas com designs modernos, e tendo em conta as novas tendências da moda”, explicou Guer-ra, para depois acrescentar que “é uma pena que a tensão política tenha reduzido significativamente o número de turistas que visitava o país”.‘Malagueta’ é um ponto de visita obrigatório por parte de muitos turis-tas que visitam a cidade de Maputo, muito embora a instabilidade no centro do país tenha afugentado uma grande parte. Foi esta situação que fez com que a Malagueta descobrisse que, em Moçambique (entre nacio-nais e expatriados), há gente apai-xonada pela cultura afro de recorte moderno e apostou nesse segmento de mercado. “Compramos e revendemos os nos-sos artigos a um preço justo. É muito importante para nós a valorização do esforço realizado pelos nossos arte-sãos”, realçou Miguel Guerra. Mesmo sendo um recanto comercial pequeno, a ‘Malagueta’ ainda alber-ga alguns piri-piris, licores e chás naturais, como o de Moringa, para os amantes das emoções fortes e sau-dáveis. Para quem gosta de música, é possível também encontrar registos sonoros de músicos como o Hortên-cio Langa, Azagaia e Mingas. Dê um saltinho até lá e distraia-se um pouco!c

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Right at the beginning of Avenue 24 Julho, in the city of Maputo, there is a manda-tory stop spot for lovers of African culture. The store called ‘Malagueta’, displays

numerous works of art - produced by artisans from around the country - as well as a portion of goods from other countries in Africa.The Malagueta seeks to meet the arts and ancient traditions that still live in remote areas of the country. With however, participating in the creation process, suggesting adaptations to a new reality, more modern, and putting the pieces on the market with a slight hint of design.Miguel Guerra, the store manager, prefers to say that the objects are produced in a modern design, but that the traditional form of production continues and that is where art still speaks louder. “All we have is handmade, because we seek to value the ancient skill, passed down from generation to generation, our artisans,” he explained.All who visit the ‘Malagueta’ - which curiously is located next to the famous Piri-Piri restaurant - have no doubt that this is a home of African art, selling items with no trace of the Industrial Revolution.The appearance of the store is alive and explosive in terms of color and materials. Both sculptures and porcelains, straw baskets, candles, pots, as well as parts of capulana (mozambican printed textiles), and other decorative items are produced

‘Malagueta’ presentstraditional souvenirs

from raw materials orginally from Mozambique or other southern African countries.“We have invested in the training of artisans, with the obejctive to produce the same items, but with modern designs and taking into account the new trends in fashion,” said Guerra, and then added that “it’s unfortunate that the political tension has reduced significantly the number of tourists visiting the country.”‘Malagueta’ is a must see by many tourists who visit the city of Maputo, even though the current instability in the center of the country has driven away a large parto f it. It was this that made the Malagueta discover that in

Mozambique (between nationals and expatriates), there are people who are passionate about african culture of modern cut and confidently bet in this segmento f the market.“We buy and resell our products at a fair price. It is very important for us to appreciate the efforts made by our artisans, “stressed Miguel Guerra.Even being a small business retreat, the ‘Malagueta’ also houses some chilli spices, liqueurs and natural teas such as Moringa, for lovers of healthy and strong fusions. For those who like music you can also find audio recordings of musicians like Langa Hortêncio, Javelin and Mingas.Take a hop over there and distract yourself a little!c

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