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República do Paraguai

Aline Narduche – 01

Isabela Martins – 17

Manuela Junquilho – 24

Marcella da Silva - 25

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O Paraguai

O Paraguai (em espanhol: Paraguay; em guarani: Paraguái), oficialmente República do Paraguai (República del Paraguay; Tetã Paraguái), é um país do centro da América do Sul, limitado a norte e oeste pela Bolívia, a nordeste e leste pelo Brasil e a sul e oeste pela Argentina.

Sua capital é a cidade de Assunção. O Paraguai é um dos dois países da América do Sul que não possuem uma saída para o mar, juntamente com a Bolívia.

Possui uma área de 406.752 km², um pouco maior que o estado brasileiro de Mato Grosso do Sul. O nome do país é derivado da palavra guarani paraguái, que significa "de um grande rio". O "grande rio" é o rio Paraguai, que divide o pais em duas regiões, Region Oriental e Region Occidental (ou Chaco).

Situado no centro-sul da América do Sul, o Paraguai possui extensa área plana no leste, onde se cultiva soja, o principal produto de exportação. A região de cerrado do Gran Chaco, a oeste, é usada para a pecuária.

O rio Paraguai, que liga o norte ao sul, é a principal via comercial num país sem acesso ao mar. Vivem no Paraguai muitos brasileiros, os brasiguaios, que ocupam uma área cada vez maior junto da fronteira com o Brasil, fonte de tensão com os habitantes locais.

As usinas hidrelétricas construídas em associação com o Brasil (Itaipu) e a Argentina (Yaciretá) fornecem energia abundante e barata ao país.

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História Os primeiros colonos espanhóis chegaram ao Paraguai no início do

século XVI. A cidade de Assunção, fundada em 15 de agosto de 1537, logo se tornou o centro de uma província nas colônias espanholas na América do Sul, conhecida como "Província Gigante de Indias".

Em 15 de maio de 1811, o Paraguai declarou a sua independência da Espanha, sem luta nem guerra. O Dr. José Gaspar García Rodríguez de Francia, mais conhecido como o "Dr. Francia", ou "O Supremo", governou o país até sua morte, ocorrida em 1840. ‘

Há um mito muito divulgado sobre o Paraguai dessa época, que diz que o Paraguai era uma potência regional e um país auto-suficiente, com um exército poderoso, procurando buscar uma saída para o mar. Tal narrativa, segundo alguns historiadores, não passa de mito. O Paraguai de Francia e Solano López, nada mais era que um país que buscava se fortalecer militarmente com medo de possíveis tentativas de anexação da Argentina, bem como a busca de saída para o mar. Outro fato importante é que o Paraguai tinha uma receita de exportações baseada na madeira e na erva-mate, ao contrário do que se diz por muitos. O Paraguai naquela época não era industrializado tampouco era uma potência regional.

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As perdas territoriais começaram quando a província de Misiones foi cedida à Argentina em 1852 por Carlos Antonio López, pai de Francisco Solano López, em troca do reconhecimento argentino da independência paraguaia e a província de Formosa foi perdida após a Guerra do Paraguai, chamada pelos paraguaios Guerra de La Triple Alianza.

A chamada Guerra do Paraguai desenvolveu-se entre 1865 a 1870, contra a Tríplice Aliança, composta pela Argentina, Brasil e Uruguai, apoiados economicamente pelo Reino Unido.

Diversos motivos levaram os países envolvidos ao conflito bélico, que acabou custando muito ao Paraguai, como a perda do seu exército poderoso frente aos demais países da América do Sul, como também o mais grave, que foi a morte de dois terços da população do sexo masculino e a perda de territórios, em grande parte, para o Brasil e a Argentina: como resultado da Guerra, que se encerrou em 1870, além de Misiones, os paraguaios perderam a região do Chaco, correspondente à Província de Formosa para a Argentina.

Conforme transcrito acima, ambas as anexações foram definitivamente reconhecidas em 1876, depois do Tratado de Irigoyen-Machain que firmou a paz com o governo de Buenos Aires.

Uma parte do seu território (nordeste) foi anexada ao Mato Grosso (hoje, Mato Grosso do Sul). A economia paraguaia ficaria estagnada pelos 50 anos seguintes.

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Tropas bolivianas invadiram o Paraguai em 1932, desencadeando a Guerra do Chaco (1932-1935), e culminando com vitória paraguaia e a anexação do Chaco ao país.

Desde 1989, quando o regime militar de mais de 35 anos de Alfredo Stroessner teve fim, o Paraguai tem sido governado por presidentes eleitos democraticamente. Os maiores desafios do Paraguai desde então têm sido a crescente instabilidade política e a corrupção em alta.

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Independência À medida que Buenos Aires tornava-se mais poderosa, os

líderes paraguaios insurgiam-se contra o declínio da importância de sua província e, embora também contestassem a autoridade espanhola, recusaram-se a aceitar a declaração de independência da Argentina (1810) como extensiva ao Paraguai.

Nem mesmo a intervenção de um exército argentino, comandado pelo general Manuel Belgrano, conseguiu efetivar a incorporação da província.

Mais tarde, porém, quando o governador espanhol do Paraguai solicitou auxílio português para defender a colônia dos ataques de Buenos Aires, os paraguaios, liderados por Fulgencio Yegros, Pedro Juan Caballero e Vicente Ignácio Iturbide, depuseram o governador Bernardo Velasco e proclamaram a independência do país a 14 de maio de 1811.

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Reconstrução e Guerra do Chaco

A reconstrução econômica do país foi perturbada pela sequência de crises políticas, golpes de Estado e guerras civis das últimas décadas do século XIX.

Apesar da existência de partidos políticos, Colorado e Liberal, a formação dos governos era, quase sempre, fruto de intervenções militares e revoluções palacianas. Durante a Primeira Guerra Mundial, quando o país permaneceu neutro, houve um período de certa prosperidade.

Cresciam paralelamente as disputas com a Bolívia pela posse do Chaco. Desde os primeiros anos do século XX os dois países construíram fortes na área contestada. Após choques esporádicos, estourou a guerra do Chaco (1932-35), que os paraguaios, comandados pelo coronel José Félix Estigarribia, venceram a muito custo. O Tratado de Paz de 1938, assinado com a intermediação do Brasil, Argentina, Chile, Peru, Uruguai e Estados Unidos, deu ao Paraguai a maior parte do território disputado e à Bolívia uma saída para o rio Paraguai via Puerto Suárez.

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O movimento de reforma A Guerra do Chaco permitiu o surgimento do primeiro

movimento político importante destinado a reformar instituições.

O coronel Rafael Franco, líder de um novo partido, Febrerista, assumiu a 17 de fevereiro de 1936, com grande apoio popular. Empregando métodos ditatoriais, Franco promoveu uma distribuição limitada de terras, promulgou leis sociais e trabalhistas e nacionalizou fontes de matérias-primas.

Os reformistas sofreram um revés com o golpe de Estado desfechado com o exército, mas em 1939 elegeram o herói da guerra do Chaco, José Félix Estigarribia, presidente da República. Estigarribia promulgou a constituição reformista de 1940. Seus planos progressistas que previam a reforma agrária e modernização do país, caíram por terra após sua morte num acidente de aviação.

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Geografia

O Paraguai é limitado pela Bolívia a norte e noroeste, o Brasil a leste e nordeste, e a Argentina a sudeste, sul e oeste. Assunção está localizada na margem oriental do rio Paraguai, em frente à boca do seu afluente ocidental primário, o rio Pilcomayo. O rio Paraguai, que corre do norte ao sul, divide o Paraguai em duas regiões geográficas distintas — a Región Oriental (Região Oriental) e a Región Ocidental (Região Ocidental), também chamado o Chaco Boreal.

O Paraguai apresenta três regiões geográficas diferenciadas: o Gran Chaco, o campo e a floresta.

O Chaco é uma extensa planície a oeste do país. Compartilhado com Bolívia e Argentina, caracteriza-se pelo declínio gradual da altitude de noroeste para sudeste. É coberta de pântanos e as inundações são frequentes na época de chuvas.

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O campo ocupa a região central. É formado por morros e vales de serras férteis. As formações vegetais típicas são a savana, as matas de galeria e a vegetação de pântano.

A área de floresta localiza-se em uma planície acidentada. É recortada por morros de baixa altitude — atingem cerca de 700 mm anuais nas cordilheiras de Amambay e Mbaracayú, ambas na fronteira com o Brasil.

A rede hidrográfica tem grande importância para o país. É formada pelos rios Paraná e Paraguai, que delimitam a fronteira natural com o Brasil; pelo Pilcomayo, que nasce na Bolívia e é afluente do Paraguai; e pelos lagos Ypoá, Ypacaraí e Verá.

O clima varia entre o tropical e o subtropical, com temperaturas elevadas e chuvas abundantes durante boa parte do ano.

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Regiões Geográficas O rio Paraguai divide o país homônimo em duas regiões

geográficas: a Região Oriental, na margem esquerda e a Região Ocidental ou Chaco, na margem direita.

O relevo da Região Oriental é uma continuação do Planalto Brasileiro, que aí alcança uma altitude média de cerca de 500 metros. Ao sul, a leste e a oeste do planalto, destaca a presença de cadeias de morros ondulados. O terreno torna-se mais baixo e mais plano à medida que se aproxima, a oeste do rio Paraguai, ao sul e a leste do rio Paraná.

A região baixa e pantanosa que se estende ao longo do rio Paraguai apresenta uma relativa densidade populacional. No sul do Paraguai, nas proximidades do rio Paraná, as altitudes médias baixam de 60 até 90 metros. Pântanos e florestas verdejantes cobrem essa área.

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A vasta e plana região do Chaco, a Região Ocidental, estende da margem direita do rio Paraguai. Essa área, de terras e planícies, coberta por uma vegetação diversificada, corresponde a dois terços do país. Faz parte da região denominada Gran Chaco, formada ainda pelo sudoeste do Brasil, o leste da Bolívia e o norte da Argentina.

Na região do Chaco, o terreno eleva-se gradualmente a partir do rio Paraguai, alcançando aproximadamente 300 metros na fronteira ocidental do país. Cerca de 40% dos paraguaios vivem no Chaco. Aí existem sérias dificuldades que deixam os automóveis, os caminhões e os ônibus atolarem nas estradas de terra em dias de chuva e o solo não é tão rico como o solo do Paraguai oriental.

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Geologia - Relevo Geologicamente, a parte leste do Paraguai é um

prolongamento do Planalto Brasileiro, de rochas cristalinas, que se apresenta quase totalmente coberto por camadas de arenito e basalto, variando em altitude de 300 a 600m.

Entretanto, de Encarnación para o norte, esse planalto declina até se transformar numa cuesta ou escarpa, coberta na direção oeste, ao longo do rio Paraguai, por solos de aluvião. Em vários trechos a escarpa é interrompida por "penínsulas" das antigas formações de rochas cristalinas, que são arredondadas e de pouca altitude.

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As principais elevações são as serras de Amambay e Maracayú, Ibitiruzú e, mais para o sul, Caaguazú, que alcançam cerca de 600m. A cuesta divide o relevo e a hidrografia da região. Os afluentes que correm para leste não são navegáveis.

A oeste do rio Paraguai fica o Chaco Boreal, que é a porção paraguaia do Gran Chaco. O Chaco Boreal, com 237.800 km² de extensão, é uma imensa planície que se supõe ter sido o leito de um antigo mar, depois sedimentado por argilas e areias trazidas da cordilheira dos Andes pelas águas dos rios.

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Clima O clima do Paraguai é, em geral, subtropical,

menos em alguns trechos da região do Chaco, com temperatura parecida à do Planalto Central Brasileiro, onde é quente e úmido. O país é cortado pelo trópico de Capricórnio ao centro, próximo a Concepción.

A posição central e plana do Paraguai, praticamente em barreiras naturais, favorece os rápidos efeitos dos ventos quentes originários do Equador, e dos ventos frios que vêm da Argentina, causando variações térmicas acentuadas.

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No verão, as temperaturas variam entre 26 °C e 33 °C, e no inverno entre 15 °C e 26 °C. A temperatura média é de 23 °C, enquanto que a máxima absoluta de 41 °C e a mínima é de 1 °C. A diferença entre a temperatura média do verão e a do inverno é de 6 °C. Uma das características do clima paraguaio é a alta temperatura sentida no verão, especialmente na região dos campos e do Chaco, e o frio intenso que ocorre no período do inverno.

São muito frequentes e quase sempre abundantes as chuvas no território paraguaio. O tamanho do país tem influência na quantidade de chuvas, acentuando a estação seca especialmente na fronteira com Bolívia e Argentina. Pode-se considerar bem elevado o índice de chuvas no Planalto do Paraná, com 2.000 mm anuais. Na capital, Assunção cai para 1.300 mm e no Chaco para 800 mm. Os meses de concentração das chuvas são dezembro, janeiro e fevereiro, caindo durante os meses de inverno.

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Hidrografia A rede hidrográfica é caracterizada pela presença de

numerosos rios que estão intimamente relacionados com a vida econômica e política do país. Os rios formam a maior parte das fronteiras do Paraguai e constituem seus mais importantes meios de transportes.

As fronteiras oeste, sul e sudeste com a Argentina são demarcadas pelos rios Pilcomayo, Paraguai e Paraná, enquanto os rios Paraguai, Apa e Paraná separam o país do Brasil, ao norte e leste.

O Paraguai e o Paraná são os mais importantes cursos d'água do país. O primeiro nasce em terras brasileiras e atravessa extensas planícies de aluvião, dividindo o país em duas partes (oriental e ocidental). Transborda com frequência, inundando terrenos das margens e formando imensos pantanais.

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Recebe vários afluentes, entre os quais se destacam o Tebicuary, o Ypané, na margem oriental, e o Pilcomayo, o Aguaray Guazú, o Verde e o Negro na margem ocidental. O rio Paraná, que procede do Planalto Brasileiro, é no início, bastante acidentado, com algumas importantes quedas, com o salto de Guaíra ou das Sete Quedas, na parte brasileira da fronteira (que desapareceu com a construção da barragem de Itaipu).

Os lagos paraguaios são de grande importância turística, devendo ser citados Ypacaraí, com a extensão de 22 km de norte a sul, que se encontra encaixado no vale de Ypacaraí; lago Ypoá, situado 100 km ao sul de Assunção.

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Flora e fauna O território do Paraguai tem três regiões com vegetação

característica em função da diferença na precipitação pluviométrica. Há florestas, o Chaco e campos. As florestas situam-se na Região Oriental, principalmente nos vales próximos aos grandes rios, onde há madeiras de lei como o urunday, o cedro, o curupay e o lapacho, entre outras. Os campos situam-se na parte central do país, onde há grandes fazendas de criação de gado, que se beneficiam da grande variedade de pastagens naturais, entre as quais muitas gramíneas. Nessa região de campos há também florestas diversas acompanhando as margens dos rios.

Já a região do Chaco é formada por gramíneas e florestas próximas ao rio Paraguai. O quebracho é uma árvore característica da região, de onde se extrai o tanino, de grande valor comercial e vendido especialmente para os mercados estadunidense e britânico. Na regiões mais secas do Chaco há arbustos e cactos gigantes. Em função do clima, tipo de solo e vegetação, o Chaco é considerado uma região inóspita e ocupa cerca de 60% do território do país.

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Os campos, que ocupam cerca de 20% da superfície do Paraguai, foram ocupados em primeiro lugar. No entanto, nas últimas décadas as florestas também passaram a ser ocupadas pelos fazendeiros, que implantaram ali extensas plantações de soja, que é exportada, em sua maior parte, através do porto brasileiro de Paranaguá. Milhares de colonos brasileiros se estabeleceram no Paraguai, especialmente nas fronteiras, como donos de fazendas ou trabalhadores rurais.

A fauna paraguaia, idêntica à do Centro-Oeste brasileiro, inclui a onça, muito freqüente no Chaco, o queixada, o cervo, tatu e tamanduá. Há também muitas espécies de pássaros e aves ,ropicais, como emas, seriemas, garças, tucanos e papagaios.

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Demografia Embora não exista nenhum dado oficial sobre a

composição étnica do Paraguai, estima-se que a maior parte da população seja o resultado da mestiçagem entre indígenas e imigrantes europeus, que teve início na época do domínio espanhol.

A população atual é conformada por descendentes de uma nova mestiçagem entre a população tradicional hispano-guarani que sobreviveu ao extermínio durante a Guerra do Paraguai e imigrantes (europeus especialmente e asiáticos) que chegaram após a Guerra do Paraguai com o objetivo de repovoar o país. No final do século XX, o número de habitantes aumentou a uma taxa de 2,6% ao ano. Com o ritmo acelerado de crescimento, a população deve duplicar em um período de 21 anos.

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A densidade populacional é considerada baixa (14,1 hab./km²). Existem grandes contrastes de ocupação entre as distintas partes do país: o Chaco é a região mais despovoada. As planícies próximas ao rio Paraná têm densidade moderada.

A porcentagem da população urbana é de 56,7%. Os habitantes concentram-se nas principais cidades do país, como Assunção, Ciudad del Este, San Lorenzo e Fernando de La Mora. A taxa de natalidade é elevada — cada mulher tem em média 3,8 filhos. A taxa de mortalidade infantil é moderada e gira em torno de 26 por mil. A expectativa de vida é de 68,5 anos para homens e de 73 anos para mulheres.

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Religião O catolicismo é a religião mais popular, não mais oficial

desde a atual constituição. A constituição de 1992 admite a livre prática de qualquer tipo de religião ou crença. 89,6% da população são católicos e 6,2% são protestantes, com predominância de menonitas. Há também minorias que incluem 1,1% de cristãos de outras afiliações, 1,9% de outras religiões e 1,1% de ateus.

Os primeiros missionários foram os franciscanos (1542), seguidos dos jesuítas, que fundaram no começo do século XVII as Missões, onde se concentraram mais de 300 mil guaranis, em sete reduções, no sudeste do Paraguai. Esse notável empreendimento catequético e social tinha bases econômicas definidas: agricultura, pastoreio, artesanato, indústria, artes, ao lado de magníficas igrejas.

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As Missões constituíram um verdadeiro Estado auto-suficiente, de caráter teocrático e comunitário, que chegou a existir por mais de 150 anos (1610-1768), resistindo ao assédio dos paulistas e dos mamelucos brasileiros. Com o tratado de Madrid e com a expulsão dos jesuítas (1767), as Missões foram invadidas e devastadas, voltando os índios ao estado primitivo.

O arcebispo de Assunção era membro do conselho de Estado até 1992, que designava altos dignitários eclesiásticos pelo direito do padroado real. Cerca de metade dos padres do país (400 no total, um para cada mil pessoas) são franciscanos, membros de ordens predominantemente europeias e têm criticado as violências da ditadura de Alfredo Stroessner.

As denominações protestantes (menonitas, batistas, pentescostais) dependiam predominantemente das missões estrangeiras, sem suficiente liderança nacional.

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Política O Paraguai é uma república presidencialista, onde o presidente é,

ao mesmo tempo, chefe de Estado e de governo. A constituição promulgada em 20 de agosto de 1992 estabelece que o país é uma república baseada na democracia e na divisão dos poderes. O chefe de estado e de governo é o atual presidente Fernando Lugo e o vice-presidente, Federico Franco.

No final dos anos 1980, a saúde declinante do general Alfredo Stroessner e com a conseqüente incapacidade de lidar com os golpes de Estado, disputas militares, sucessão e descontentamento econômico levaram o general Andrés Rodríguez em 1989, por meio de um golpe. Sua promessa de estabelecer a democracia foi cumprida em 1993, com as primeiras eleições livres após sessenta anos de governo militar.

O Partido Colorado, o velho partido governante de Stroessner, ainda teve apoio suficiente para vencer as eleições para o Congresso e para a presidência. Mas Guillermo Cabalero Vargas representando o PEN, um dos expoentes da ideologia do novo mercado, obteve metade dos votos em Assunção.

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O poder executivo é exercido pelo presidente, eleito por sufrágio universal direto para um mandato de cinco anos, sem possibilidade de reeleição. Ao presidente, que é auxiliado pelo vice-presidente, compete nomear os ministros.

O poder legislativo é bicameral, compreendendo o Senado, (45 membros), e a Câmara dos Deputados, (80 membros); senadores e deputados têm cinco anos de mandato. As eleições para o Congresso se celebram em listas fechadas simultaneamente com a eleição presidencial (não se aplica o voto por cada candidato a deputado ou senador senão por uma lista apresentada por cada partido político). Os deputados se elegem por departamento enquanto os senadores se elegem em nível nacional, ambos para mandatos de cinco anos.

O poder judiciário inclui a Corte Suprema de Justiça (nove juízes), as Cortes de Apelação, o Tribunal de Primeira Instância, e os juízes de Arbitragem, de Instrução e de Paz. O Senado e o presidente selecionam seus nove membros sobre a base de recomendações de um conselho de magistrados (Conselho da Magistratura) segundo a atual constituição de 1992.

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Economia A economia paraguaia baseia-se em produtos agropecuários e

florestais, que representam 75% das exportações. Entre os recursos agrícolas destacam-se a cana-de-açúcar, o algodão, a soja e o tabaco. O país também produz cereais, milho, erva-mate e mandioca, base tradicional da alimentação dos habitantes. A pecuária é muito desenvolvida. Em ordem de importância, conta com a criação de bovinos, suínos e ovinos. As principais espécies de madeiras florestais de exportação são o quebracho, o mogno, a nogueira e o cedro.

Em 2010, o Paraguai está experimentando a maior expansão econômica da região e a mais alta da América Latina, com uma perspectiva histórica de crescimento do PIB de 9% para o final do ano. Só no primeiro semestre de 2010, o país teve un crescimento econômico de 14%. O 49,9% do crescimento do PIB corresponde à agricultura; o 9,7% à indústria (incluindo a construção e as utilidades públicas); o 34% corresponde a serviços e 6,1% às taxas.

Uma nova estimação da consultora internacional norte-americana PricewatherhouseCooper, indica um crescimento de 10,5% da economia paraguaia para 2010.

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Finanças e comércio O principal banco paraguaio é o Banco Central do

Paraguai, que administra o sistema financeiro do país. Os maiores bancos são o Interbanco, o Citibank, o Banco Amambay S.A., o Banco Regional e o Banco Nacional de Fomento. Argentina, Brasil, Estados Unidos e Inglaterra têm investimentos consideráveis no Paraguai. O guarani é a moeda corrente no país. Está dividida em cem cêntimos.

As exportações paraguaias - que se destinam, sobretudo ao Brasil, Países Baixos, Argentina, Suíça, Alemanha, EUA e Itália - apóiam-se nos produtos agrários e extrativos. As fibras de algodão, soja, carnes enlatadas, essência para perfumaria, café e óleo vegetal perfazem 89,5% do total.

Os principais importados - principalmente do Brasil, Japão, Argentina, Estados Unidos, Alemanha e Argélia - são as máquinas e os equipamentos de transporte, combustíveis e lubrificantes, fumo e bebidas, de produtos químicos, farmacêuticos e de ferro.

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Turismo

O Paraguai recebe 280.454 visitantes por ano. O número de visitantes aumentou 1% em 1990. O turismo é fraco — exceto quanto ao grande número de brasileiros e argentinos que cruzam a fronteira todos os dias para comprar, em Ciudad del Este, produtos eletrônicos originários do Extremo Oriente.

Sendo um país de características nacionais bastante acentuadas de música e folclore típicos, possui valioso potencial turístico. Algumas de suas atrações: o lago Ypacaraí, com os balneários de San Bernardino e Areguá; o Lago Ypoá; os saltos de Monday, Acaray, Guairá; as ruínas jesuíticas dos centros missionários de Trinidad, perto de Encarnación; o monumento ao marechal Solano Lopez e o panteão nacional dos heróis.

Ainda constituem atrativos o festival de ñaduti, em Itauguá, onde é exposto esse tipo de renda fina feita à mão, vestidos de aho poí e artigos de madeira e de couro.

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Infraestrutura - Energia O Paraguai tornou-se autosuficiente em energia quando

entrou em funcionamento, em 1976, complexo hidrelétrico de Acaray, com capacidade para 190 MW.

A inauguração do complexo binacional brasilo-paraguaio de Itaipu (12.000 MW), no rio Paraná, tornou o Paraguai exportador de energia, principalmente para o Brasil.

Dois outros projetos, de Yacyretá-Apipé e de Corpus, em cooperação com a Argentina, enfretaram uma série de problemas, dentre os quais avultavam os de

financiamento.

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Saúde A expectativa de vida ao nascer era de 75 anos em 2006,

e a oitava melhor posição do ranking na América do Sul de acordo com a Organização Mundial da Saúde. É o mesmo nível da Argentina.

A despesa pública em saúde é de 2,6% do PIB e as despesas privadas em saúde 5,1%. A mortalidade infantil era de 20 por mil nascimentos em 2005. A mortalidade materna foi de 150 por 100.000 nascidos vivos em 2000.

O Banco Mundial ajudou o governo paraguaio para reduzir a mortalidade materna e infantil do Paraguai. O Mother and Child Basic Health Insurance Project teve como objetivo contribuir para a redução da mortalidade, aumentando a utilização de serviços selecionados de salvação de vidas incluídos no Mother and Child Basic Health Insurance Program (MCBI) por mulheres em idade fértil e crianças menores de idade seis em áreas selecionadas.

Para este fim, o projeto também teve como objetivo a melhoria da qualidade e eficiência da rede de serviços de saúde dentro de determinadas áreas, além da gestão do Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social (MSPBS).

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Educação A taxa de alfabetização foi de cerca de 93,6% e 87,7% dos

paraguaios terminaram a 5ª série de acordo com o último Índice de Desenvolvimento da Educação de 2008 pela UNESCO.

A alfabetização não difere muito em função do sexo. A educação primária é gratuita, obrigatória e tem nove anos. O ensino secundário dura três anos. O Paraguai tem diversas universidades.

A Universidade Nacional de Assunção foi fundada em 1890, e a Universidade Americana é uma das melhores instituições que oferecem MBA na América do Sul e no Paraguai. A taxa de escolaridade primária líquida foi de 88% em 2005. Despesa pública em educação era cerca de 4,3% do PIB no início da década de 2000.

A educação básica é gratuita e, se possível, obrigatória para crianças com idades entre 7 e 13. Embora os números oficiais de registro são elevados, a taxa de evasão escolar também é alta.

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Cultura A característica marcante da cultura paraguaia é a

persistência da tradição guarani, entrelaçada com a hispânica. Embora as publicações em guarani sejam numerosas, a maioria da população conhece os dois idiomas. O guarani é empregado como linguagem doméstica e o espanhol na vida oficial e comercial.

As missões jesuíticas instaladas no Paraguai do início do século XVII até 1767 cobriram o país de notáveis obras arquitetônicas, a maioria dos quais, no entanto, foram reduzidas a ruínas. Outras sobrevivem e permitem apreciar o esplendoroso desenvolvimento, na região do barroco colonial.

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Cabildo de Assunção (1537-

1811). Casa da Independência (1811)Presidente Fernando Lugo

Imagem de satélite do

Paraguai.

Paisagem do rio Paraguai.

Paisagem do Chaco

no Paraguai.

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Densidade populacional do Paraguai (pessoas por km²).

Basílica da Virgem dos Milagres de Caacupé.

O Palacio de los López, em Assunção, é a sede do governo do

Paraguai.

Nota de 100.000 guaranis de 2004

Vista aérea da Usina Hidrelétrica de Itaipu, a

maior do mundo.

Turismo rural. Carreta tradicional.