PSICOTERAPIA BREVE INFANTIL Disciplina: Psicoterapia Breve.

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PSICOTERAPIA BREVE INFANTIL Disciplina: Psicoterapia Breve

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PSICOTERAPIA BREVE INFANTIL

Disciplina: Psicoterapia Breve

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PSICOTERAPIA BREVE

• ESSENCIAL PARA A INSERÇÃO DA FAMÍLIA NO TRATAMENTO DA CRIANÇA.

• PAIS: TÊM PAPEL DETERMINANTE NO SURGIMENTO DA PROBLEMÁTICA INFANTIL E EM SEU TRATAMENTO, DADA A RELAÇÃO DE DEPENDÊNCIA EMOCIONAL DA CRIANÇA.

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CRAMER (1974)

• SUGERE O CONCEITO DE “ÁREA DE CONFLITO MÚTUO” = RESULTANTE DO INTERJOGO DE PROJEÇÕES, INTROJEÇÕES E IDENTIFICAÇÕES ENTRE OS PAIS E A CRIANÇA.

• A RESOLUÇÃO DESTE CONFLITO DETERMINARÁ O QUANTO A CRIANÇA PODERÁ OU NÃO DESENVOLVER-SE DE FORMA SAUDÁVEL.

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Desenvolvimento e Tratamento da Criança

• O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO DA CRIANÇA PODE SER FACILITADOR DE SEU DESENVOLVIMENTO OU TORNÁ-LA PRESA DOS DESEJOS E NECESSIDADES DOS PAIS.

• O SUCESSO DO TRATAMENTO PSICOTERÁPICO DA CRIANÇA: DEPENDERÁ DA CAPACIDADE DOS PAIS DE SUPORTAR A REINTROJEÇÃO DE SEUS ASPECTOS PROJETADOS NO FILHO.

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ASPECTOS DA PSICOTERAPIA BREVE COM CRIANÇAS

• A PROCURA POR AJUDA TERAPÊUTICA• O PSICODIAGNÓSTICO• CRITÉRIOS DE INDICAÇÃO DA PSICOTERAPIA

BREVE• EVOLUÇÃO DO PROCESSO TERAPÊUTICO• MANUTENÇÃO DOS PROCESSOS

ALCANÇADOS

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PSICOTERAPIA BREVE COM CRIANÇAS - PBI (Segre, 1997)

Caracterização:• Processo psicoterápico realizado com crianças e

seus pais, indicado por meio de critérios definidos de seleção, em tempo delimitado, com um foco definido, em conjunto com os pais.

• É planejado para atingir determinados objetivos, por meio de estratégias flexíveis, selecionadas pelo terapeuta como adequadas ao caso e passível de avaliação.

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Critérios de Indicação• AVALIAÇÃO DAS PROJEÇÕES DOS PAIS SOBRE A CRIANÇA ( se for

intensa e negativa, é pior; capacidade dos pais de pegar para si a parcela que lhes pertence)

• PRÉ-TRANSFERÊNCIA QUE OS PAIS ESTABELECEM COM O TERAPEUTA (é a mesma que os pais transferem para a criança)

• CONDIÇÕES PSÍQUICAS DA PRÓPRIA CRIANÇA (Ex: a criança mais velha tem mais recursos para lidar com o problema)

• MOTIVAÇÃO: pais e criança

• AVALIAÇÃO DA REALIDADE (ex; no caso de instituições: é possível trabalhar com PB; é possível chamar os pais ?)

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Objetivos

• Limitados, indo desde a remissão de sintomas até a elaboração de um conflito nuclear da família.

• A PBI visa: identificar os acontecimentos reais recentes e as angústias que os acompanham, derivadas de situações passadas dos pais, possibilitando que reintrojetem aspectos que projetaram na criança (se puderem).

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KNOBEL

• Enfatiza o aspecto cognitivo, a mudança da “informação falsa” para a “informação verdadeira”.

• Esta mudança: alivia a criança e permite que ela modifique, pelo menos em parte, objetos e vínculos objetais alterados pela distorção cognitiva.

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LESTER (1967)

• Propõe intervenção no momento de crise, orientada para os sintomas.

• Com crianças institucionalizadas: o objetivo é ajudar a criança a suportar ligações patológicas com os pais e fortalecer-se como indivíduo.

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Estratégia de trabalho

• Variável• Ligada ao objetivo• Atenta ao foco do trabalho• Utiliza intervenções adequadas às condições

do paciente

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Postura do terapeuta

• Mais flexível e mais ativa

Visa:

• Manter a focalização e tentar atingir os objetivos no tempo proposto.

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ETAPAS DO PROCESSO- Diagnóstica -

• Constituída de algumas entrevistas com os pais e contatos com a criança, se necessário, com uso de materiais lúdicos e/ou testes psicológicos.

Objetivos:

• a) investigar a queixa de forma mais completa, conhecer a história da criança e dos pais, além da dinâmica de suas relações;

• b) compreender o funcionamento dos pais a partir de suas relações originais com seus próprios pais;

• c) identificar os tipos de relação que os pais estabelecem com o terapeuta, visando compreender melhor o sintoma da criança como uma manifestação de dificuldades não resolvidas do casal parental.

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ETAPAS DO PROCESSO- IDENTIFICAÇÃO DO FOCO: área de conflito mútuo -

• Objetivos: são estabelecidos de acordo com os recursos disponíveis de cada caso e as condições do paciente. Podem visar modificações mais profundas ou mais periféricas, mudanças de atitudes ou ambientais que levem à redução dos conflitos e sofrimento.

• Estratégias: serão definidas de acordo com os objetivos e quanto ao número e freqüências das sessões; se serão realizadas em conjunto com pais e criança ou separadamente; tipos de intervenções a serem feitas, etc..

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FOCOSituação atual estruturada em torno de um eixo: motivo da

consulta e conflito nuclear

• COMPONENTES DO FOCO:• aspectos históricos,genéticos,individuais, familiares e

sociais• determinantes do contexto social mais amplo: econômicas,

culturais ,ideológicas• aspectos caracteriológicos individuais: psicodinamismos,

condutas defensivas, recursos • situação grupal: dinamismos, conflitos, papeis, recursos• momento evolutivo individual, familiar e social.

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DESENVOLVIMENTO INFANTIL- conhecimento indispensável para definição do foco e a PB

infantil-

• Processo vital dividido tradicionalmente em períodos: infância, adolescência, idade adulta, velhice e morte.

• Normas de desenvolvimento: idade mediana na qual os

indivíduos apresentam determinados comportamentos ou habilidades, por meio da interação organismo biológico – meio ambiente.

• O ser humano é “prematuro” com relação aos animais (é

um ser cultural).

• Desenvolvimento é processo para toda a vida: envolve continuidade e transição e é cumulativo.

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FASES DO DESENVOLVIMENTO

• São etapas necessárias e inevitáveis ao crescimento.

• Cada etapa traz tarefas ou problemas a serem vivenciados e superados.

• A progressão ou sucesso numa fase leva ao enfrentamento da fase seguinte.

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FASES DO DESENVOLVIMENTO• FIXAÇÃO EM UMA FASE: quando há excessiva gratificação (gerando

resistência em passar para a fase seguinte) ou excessiva frustração (gerando a interminável busca de satisfação).

Se há muita frustração, a criança pode nem passar para a fase seguinte, ou, se passa, fica fixada em algo anterior (ex: no corpo, nas sensações físicas, etc.).

• REGRESSÃO A UMA FASE ANTERIOR: processo complementar. Mostra a falta de recursos que o indivíduo teve em enfrentar as dificuldades da fase que está vivendo.

A criança passa para a fase seguinte, mas sem preparação suficiente.

Em situações de muita exigência ou stress, pode apresentar padrões de fases anteriores.

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As fasesAs fases• Para Freud: o desenvolvimento é concebido a partir do conceito de

Libido (energia de caráter biológico, em função dos impulsos sexuais e de vida em geral).

• A libido: serve ao impulso de auto-preservação (incluindo alimentação)

• Para M. Klein: libido é afeto e emoção e não “energia”, porém, de base biológica. Dá bastante importância ao impulso de morte (separação).

• Para Winnicott: o ambiente é muito importante (a mãe “suficientemente boa”). Não dá muita relevância ao conceito de impulso de morte.

• E. Erikson: conceito de “crise psicossocial”: questões vivenciais enfrentadas pelo indivíduo em suas relações sociais. Faz uma leitura psicossocial das fases de Freud.

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Processo da PB• FASE TERAPÊUTICA: centrada no foco e objetivos

definidos, permitindo avaliação final.

• TÉRMINO DO PROCESSO: importante fase. Pacientes: tendem a reviver experiências anteriores de

perda e separação.

Necessário que o terapeuta auxilie o paciente a distinguir encerramento do trabalho de “abandono”, possibilitando consolidação dos ganhos terapêuticos.

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ENTREVISTA DE SEGUIMENTO

• Recurso para avaliação dos resultados e acompanhamento de evoluções positivas e negativas.

• Muito importante para o paciente, a família, o terapeuta e a pesquisa em PB.

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EXEMPLO DE ESTUDO DE CASOADOLESCENTE

Rosangela Lupatini Abou FaresPsicóloga Clínica

Unidade de Neurologia Clínica USP

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ESTUDO DE CASOFASE INICIAL

IDENTIFICAÇÃO

ADOLESCENTE PAIS

Nome: AnaData de nascimento: 23/03/1978Idade no início do atendimento: 26 anosEscolaridade: ensino médio completo

Nome do pai: MarioProfissão: AposentadoNome da mãe: SueliProfissão: do lar

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QUEIXA INICIAL

Paciente traz um histórico de epilepsia.Bastante confusa, é trazida pelos pais .

Dosagem elevada de medicação.Quadro atual de total dependência paterna, inclusive

nos cuidados básicos.

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HISTÓRICO• Mora com os pais.• Possui 2 irmãos mais novos.• Os irmãos estavam na universidade.• Segundo familiares demorou para andar e falar.• Apresentou dificuldades de aprendizagem escolar desde a 1ª

série, reprovou a 7ª e a 1ª do ensino médio.• Desde os 9 anos tem crises epiléticas.• Concluiu o ensino médio, estudou italiano, inglês e canto.• Estudava em uma escola especial , com diversas atividades.• Fez vários tratamentos médicos e psicológicos desde a infância.

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SINTOMAS INICIAIS• Crises convulsivas ocasionais• 4 horas de sono diárias• Mãos trêmulas• Sono diurno• Incontinência urinária• Balanço em pêndulo• Alergia de pele• Isolamento /distanciamento (não interagia com as pessoas)• Comportamentos sociais inadequados: bater, tirar a roupa em

locais públicos, “fugir”

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HIPÓTESE DIAGNÓSTICA

• Epilepsia• Intoxicação medicamentosa• Psicose• Retardo mental leve: déficit cognitivo• julho 2000 QI 73• maio 2005 QI 77• QI verbal superior ao QI não verbal

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PLANEJAMENTO DE INTERVENÇÃO

PROPOSTA DE TRATAMENTO

• FASE INICIAL• Orientação aos pais• Atendimento diário• Ajuste correto da medicação• Não ser deixada sozinha pelo risco que representava

a si própria

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FASE INTERMEDIÁRIA• Manutenção da medicação• Conquista da autonomia nos cuidados diários: uso do

banheiro, banho, troca de roupas, alimentar-se sozinha• Retomar o convívio social• Voltar para as atividades que desempenhava, como estudo de

línguas, teatro e coral• Iniciar um plano de trabalho remunerado• Aprender a se locomover sozinha sem precisar do auxílio dos

pais ou parentes• Modificar a crença de que não pode fazer nada sozinha: é

vulnerável e incapaz

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FASE FINAL

• Manutenção dos ganhos adquiridos• Consolidação do trabalho e convívio social• Aceitar sua limitação psíquica, porém sem distorções

catastróficas de que nada pode • Aceitar a diferença entre ela e os irmãos e perceber suas

qualidades como diferentes e não menores• Planejar seu futuro dentro de metas realistas, que inibirão

frustrações desnecessárias• Terapia de controle (acompanhamento contínuo devido ao

diagnóstico complexo)

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INCLUSÃO DE MEMBROS DO SISTEMA SOCIAL

PAIS• Orientações de como proceder no momento da crise• Orientações de como lidar com as outras questões

pertinentes à adolescência, incluindo a sexualidade• Comportamentos adequados dos pais para fortalecer a

independência de Ana• Opções de atividades rotineiras para ela• Baixar a ansiedade dos pais• Realizar o trabalho terapêutico em conjunto com a

família

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OBJETIVOS DO TRATAMENTO

• Recuperar a autonomia em cuidados pessoais• Desenvolver a competência social• Identificar as situações de alerta para o

desencadeamento de crises• Resolução de problemas: aprender a encontrar

soluções para suas dificuldades partindo dos problemas cotidianos mais básicos

• Melhorar a tolerância diante das adversidades, sentido-se menos vulnerável

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TÉCNICAS COGNITIVAS UTILIZADAS

• Maior comprometimento

• Uso de técnicas mais comportamentais• Controle de contingências: organização do ambiente e da rotina

• Programação de atividades: tarefas pessoais e profissionais• Tarefas graduadas: do mais fácil para o mais difícil• Estabelecimento de regras: o que é aceitável e o que deve ser

corrigido, mesmo durante o surto• Orientação familiar diretiva: como deveriam agir os familiares,

sugerindo comportamentos adequados/adaptados e extinguindo os comportamentos disruptivos

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TÉCNICAS COGNITIVAS UTILIZADAS

• Melhora da queixa inicial

• Possibilidade de utilização de técnicas cognitivas• Identificação de pensamentos: “Eu preciso fazer um curso

universitário para conseguir trabalhar”• Desafio de pensamentos e crenças: “você conhece alguém que

conseguiu trabalhar sem curso universitário?”• Uso de inventários: positivo/negativo, vantagens/desvantagens• Resolução de problemas: passo a passo bem detalhado e por escrito• Homework: uma tarefa por vez, considerando a habilidade,

motivação e capacidade de processamento da informação

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TRATAMENTO EEVOLUÇÃO DO CASO

• Ana ficou hospitalizada para desintoxicação• Atendimento residencial com orientação familiar• Atendimento da paciente e da família no consultório • Normalização gradativa das funções cognitivas básicas (raciocínio

lógico, memória, atenção)• Normalização da interação social e da verbalização• Recuperação da autonomia em cuidados pessoais• Diminuição da hiperproteção paterna através de intervenção

terapêutica• Alterações físicas: aumento de peso e queda de cabelos

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COMO ESTÁ ANA HOJE?• Remissão total do sintomas iniciais• Quadro estável com dosagem mínima de medicação• Namora há 4 anos e trabalhava em uma universidade• Procura novo emprego demonstrando independência• Trabalho terapêutico atual de fortalecimento da auto-estima

para melhorar seu grau de independência e bem-estar emocional

• Planos futuros concretos, inclusive no caso de morte de seus pais, com quem ainda mora.

• Estabelece bom contato interpessoal e tem facilidade de relacionamento interpessoal.

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Psiquiatria da Infância e Adolescência

Psicopatologia da Infância e Adolescência

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Psicopatologia Infantil

Transtorno em uma ou mais das seguintes áreas:

• comportamento manifesto;• estados emocionais; • relacionamentos inter-pessoais; • função cognitiva.

As anormalidades devem ser de duração e gravidade suficientes a ponto de causarem prejuízo funcional.

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Fonte de Fonte de InformaçãoInformação

Escola Pais

Criança

Diagnóstico

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Fatores de Risco

Fatores Familiares

• Dificuldades emocionais• Problemas escolares• Incapacidades constitucionais• Problemas inter-pessoais• Atraso na aquisição de habilidades específicas

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Fatores de RiscoGenéricos:

abuso na infânciaimaturidade emocionaleventos estressantes outrosapatia ou embotamento emocionalbaixa auto-estima falta de controle emocional

Fatores de Proteção (Resiliência)

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Avaliação Diagnóstica

• história do desenvolvimento dos sintomas• história desenvolvimental (temperamento, qualidade do

vínculo, etc)• história médica, escolar e social• exame do estado mental• intervenções estruturadas• avaliação neurológica, testagem psicológica• exame físico

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Transtorno de Ansiedade de Separação

Ansiedade excessiva em relação a sair de casa ou separação de figuras de vinculação

Medo de que algo ruim aconteça Recusa em ir a escola, em ir

dormir sozinho, pesadelos Queixas somáticas

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Transtorno de Ansiedade Generalizada

Ansiedade excessiva de difícil controleInquietação, cansaço, concentração reduzida,

irritabilidade , tensão muscular, alteração de sono

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Fobia Social

• Medo persistente e intenso de situações onde a pessoa julga estar exposta à avaliação de outros ou se comportar de maneira humilhante ou vergonhosa.

• Em jovens, a ansiedade pode ser expressada por choro, “acessos de raiva”, ou afastamento das situações sociais nas quais haja pessoas não familiares.

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Tratamento

• Abordagem multimodal, que inclui orientação aos pais e a criança, terapia cognitivo-comportamental, psicoterapia dinâmica, uso de psicofármacos e intervenções familiares.

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Depressão Maior Fase pré-verbal

• expressão facial• postura corporal • falta de resposta aos estímulos visuais e verbais• inquietação• choro freqüente• recusa de alimentos• perturbações do sono• apatia• perda de habilidades previamente adquiridas, com

regressão da linguagem

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Depressão Maior

Dos 2 aos 5 anosFreqüentes manifestações de dependência afetiva, ansiedade de separação e controle precário de impulsos(colocam-se freqüentemente em situações de perigo)

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Depressão

Idade Escolar (6 aos 12 anos)

• aparentam estarem tristes • choram à toa, podem ficar apáticas• falam sobre si mesmas em termos negativos• pensamentos suicidas • queixas inespecíficas e vagas• agitação psicomotora ou hiperatividade• dificuldade de concentração• queda no desempenho escolar

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Depressão MaiorAdolescentes

• isolamento social• sensibilidade exagerada à rejeição ou fracasso• pouca expectativa em relação ao futuro

A mortalidade por suicídio aumenta progressivamente através da adolescência e é a terceira principal causa de morte nessa idade.

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Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH)

Conceito

• É um problema do funcionamento de certas áreas do cérebro que comandam o comportamento inibitório (freio), a capacidade de executar tarefas de planejamento, a memória de trabalho (entre outras funções), determinando que o indivíduo apresente sintomas de desatenção, agitação e impulsividade.

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Quadro Clínico

• Hiperatividade• Impulsividade• Desatenção

Causas Vulnerabilidade genética+problemas ambientais

(gatilhos) = TDAH

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Diagnóstico

Contextualizar os sintomas na história de vida da criança.

• prejuízo clinicamente significativo• considerar duração,freqüência e intensidade dos

sintomas• sintomas em vários locais ao mesmo tempo• entendimento do significado do sintoma

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Tipos de TDAH

Predomínio de

Desatenção

Predomínio de

Hiperatividade/Impulsividade

Combinado

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Tratamento

Abordagem múltipla: Intervenções psicossociais e psicofarmacológicas.

• programas educacionais• psicoterapia de apoio• terapia cognitivo-comportamental• Medicação

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Transtornos Globais do Desenvolvimento(TGD)

• Desenvolvimento anormal da socialização e dos relacionamentos

• Tem início nos primeiros anos de vida• Geralmente associados a deficiência mental

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Autismo

A)1-Comprometimento qualitativo da interação social: a)comprometimento no uso de comportamentos não-verbais

para regular a interação social.b)fracasso ao desenvolver relacionamentos com seus pares c)ausência de tentativas espontâneas de compartilhar prazerd)ausência de reciprocidade social ou emocional

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Autismo

2-Comprometimento qualitativo da comunicação:

a)Atraso ou ausência total do desenvolvimento da linguagem falada

b) acentuado comprometimento da capacidade de iniciar ou manter uma conversa

c)uso estereotipado e repetitivo da linguagemd)ausência de jogos ou brincadeiras de imitação social

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Autismo

3- Padrões restritivos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades:

a) preocupação persistente com um ou mais padrões estereotipados de interesse

b) adesão inflexível a rotinas ou rituais específicos e não funcionais

c) maneirismos motores estereotipados e repetitivosd) Preocupação persistente com partes de objetos

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Autismo

B – Atrasos ou funcionamento anormal em pelo menos uma das seguintes áreas, com início antes dos 3 anos: interação social, linguagem para fins de comunicação social, jogos imaginativos ou simbólicos.

• Autismo 1/1000• Maior prevalência em meninos

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Síndrome de Rett

• Desenvolvimento de múltiplos déficits específicos após um período de funcionamento normal (5 meses)

• desaceleração do PC • perda de habilidades motoras (com movimentos de torcer

as mãos)• incoordenação da marcha ou dos movimentos do corpo• diminuição do interesse social• severo prejuízo da linguagem expressiva ou receptiva e

retardo psicomotor. • sexo feminino

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Síndrome de Asperger

• Comprometimento grave e persistente da interação social e desenvolvimento de padrões restritivos de interesses.

• Sem atraso na linguagem ou no desenvolvimento cognitivo.

• Vocabulário “rico” ou adulto.• Geralmente não há retardo mental• Mais freqüentemente em meninos

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TGD

• Transtorno Desintegrativo da Infância Regressão pronunciada em múltiplas áreas de funcionamento após um período de 2 anos de desenvolvimento aparentemente normal.

• Transtornos Globais do Desenvolvimento sem especificaçãoQuadros que não satisfazem os critérios para um TGD específico, como T. Autista de início tardio, quadros com sintomas atípicos, sintomas subliminares.