Parsons - O Sistema das Sociedades Modernas

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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Pós-Graduação em Educação Disciplina Sociologia da Educação Profª. Drª. Magali Reis Doutorandos: Aílton Reis Ana Consuelo Ramos Gisele Boucherville Maria Helena Morra

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Pontifícia Universidade Católica de Minas GeraisPós-Graduação em Educação

Disciplina Sociologia da EducaçãoProfª. Drª. Magali Reis

Doutorandos:Aílton Reis

Ana Consuelo RamosGisele BouchervilleMaria Helena Morra

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TALCOTT PARSONS

Os Sistemas da Sociedades ModernasSão Paulo: Pioneira, 1974

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T. Parsons (1902-1979) foi seguramente o sociólogo norte-americano mais conhecido em todo o mundo.

Parsons trabalhou no Departamento de Sociologia na Universidade de Havard entre 1927 a 1973 e no Departamento de Relações Sociais.

Talcott Edgar Frederick Parsons13/12/1902 – 08/05/1979

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Em geral, seus críticos entenderam-no como um pensador conservador, preocupado basicamente com o bom ordenamento da sociedade, sem ter muita tolerância para com a desconformidade ou a dissidência dos que podiam manifestar-se contra ela.

Talcott Parsons e o funcionalismo estrutural

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Considera-se que a concepção social dele tenha sido influenciada diretamente pelo antropólogo Bronislaw Malinowski, fortemente marcado pela biologia, daí verem em Parsons um admirador da organização de um formigueiro, no qual o papel dos indivíduos (das operárias à rainha-mãe) esta devidamente pré-determinado e ordenado em função da manutenção e aperfeiçoamento de um sistema maior.

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Bronislaw Malinowski-Antropólogo inglês, de origem polaca, nascido em 1884, em Cracóvia, e falecido em 1942, no Connecticut.

Foi o fundador da escola funcionalista, defendendo que todos os elementos de uma dada cultura (crenças, rituais, objetos, etc.) têm uma função e um sentido específicos dentro do sistema cultural em que se integram.

Entre outros estudos, publicou Myth in Primitive Psychology (1926), Sex and Repression in Savage Society (1927) e A Scientific Theory of Culture (1944).

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A obsessão de Parsons era determinar a função que os indivíduos desempenhavam na estrutura social visando a excelência das coisas. Era um estudioso da Estratificação Social não da mudança ou da transformação.

Intelectual do fordismo

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Parsons, que também foi tradutor da obra de Max Weber e seu difusor nos Estados Unidos, foi contemporâneo das linhas de montagem, a Scientific Management, o chamado Gerenciamento Científico, introduzidas por F.Taylor (1856-1915) e por Henry Ford (1863-1947), cujas espantosas modificações no processo produtivo, verdadeiramente revolucionárias, foram necessárias à produção em massa.

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A nova maneira de produzir os manufaturados começou a ser adotada em larga escala a partir da Primeira Guerra Mundial, difundindo-se de modo impressionante nos anos de 1920 por boa parte do mundo. Pode-se então dizer que Talcott Parsons foi, antes de tudo, o intelectual orgânico (termo gramisciano) das novas técnicas produtivas adotadas pelas industrias: o taylorismo e o fordismo. 

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Desinteressando-se dos aspectos da transformação social sua inclinação deu-se em favor do equilíbrio e do consenso. Naturalmente que isso o posicionou a entender o indivíduo como expressão das estruturas, as quais ele devia manter e preservar. Caso isso não ocorresse entravam em ação os mecanismos do Controle Social (moral, ética, sistema jurídico e penal, etc.), como um instrumento preventivo, corretivo ou coercivo.

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O objetivo de qualquer sociedade, pois, como ele defendeu no seu mais conhecido livro The Social System (O Sistema Social, 1952) era alcançar a homeostasis, a manutenção da estabilidade, do equilíbrio permanente, fazendo com que só pudéssemos entender uma parte qualquer a ser estudada em função do todo. Se bem que a organização de formigueiro pudesse atraí-lo, seguramente foi a racionalidade da produção fabril quem determinou a concepção da Teoria Social dele.

Em busca da estabilidade ideal

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Expressões como “adaptação”, “integração”, “ manutenção”, largamente utilizadas por Talcott Parsons, colocam-no claramente no campo conservador do pensamento sociológico, alguém que via a política apenas como um instrumento de garantia do bom andamento do todo, jamais como instrumento da transformação.

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O pensamento parsoniano foi visto também como expressão da sua época, especialmente os Estados Unidos dos anos de 1950-60. Além de ter sido testemunha da revolução gerencial dos anos 20, ele, atingindo a maturidade intelectual no período do após-guerra, momento em que os Estados Unidos viviam uma situação de estabilidade e cooperação (resultado do clima patriótico e das necessidades ideológicas da Guerra Fria), fez por tornar inevitável que sua teoria privilegiasse a coesão, a adaptação, e a estabilidade familiar.

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Esquema da visão funcionalista da sociedade.

Adaptação (base material)

Objetivos a alcançar (sistema

político)

Integração (sistema educacional)

Manutenção pela educação dos

modelos culturais (na família/pela elite

do poder)

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Capitulo I

Tipo moderno de sociedades > Ocidente (Europa – metade ocidental do Império Romano, ao norte do Mediterrâneo) >

Sociedade da cristandade ocidental > O sistema das sociedades modernas (p.11).

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Raízes intelectuais do livro: Idealismo alemão de Hegel a Marx e Weber Hegel

Hegel > teoria complexa da evolução societária geral Hegel, Marx > fechamento temporal muito definidoWeber > modernidade ocidental & outras civilizações (p.11)

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Sistema moderno (para além da Europa) > ColonizaçãoNo Japão > Ocidente como modeloO Ocidente Moderno tem, ou não, significação universal?Ciência + belas artes + sistema racional de direito + capitalismo burguês racional = “sistema sociocultural singular com capacidade adaptativa sem igual” (p.12)

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Evolução orgânica > Evolução da sociedade > Evolução da cultura humana

“Os desenvolvimentos na Teoria Biológica e nas Ciências Sociais criaram bases sólidas para a aceitação da continuidade fundamental da sociedade e da cultura como parte de uma teoria mais geral da evolução dos sistemas vivos” (p.12).

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Capitulo II

Orientações teóricas

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Subsistemas

SocialCulturalPersonalidadeOrg. Comportamental

Funções primárias

IntegraçãoManutenção de PadrãoRealização de ObjetivoAdaptação

Ação

“Esta tabela apresenta o esquema mais simples dos subsistemas primários e suas referências funcionais para o Sistema Geral de Ação, do qual o sistema social é um dos quatro subsistemas primários, o concentrado na função integradora” (p.16).

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Sistemas de ação (ambientais) para a ação em geral

o Ambiente físico (fenômenos > Física, Química e o mundo de organismos vivos)

o “Realidade última” (“problema do sentido” de Weber)

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Interpenetração

Sistemas de ação (ambientais) para a ação em geral

Ambiente físico (fenômenos > Física, Química e o mundo de organismos vivos)

“Realidade última” (problema do sentido de Weber)

XSubsistemas de ação (Social, Cultural,

Personalidade e Organismo Comportamental)

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A interpenetração pode ser caracterizada por meio da interiorização de objetos sociais e normas culturais pela personalidade do indivíduo e, também, pelo conteúdo aprendido da experiência, organizado e guardado nos mecanismos de memória do organismo, “(...) tal como ocorre com a institucionalização dos componentes normativos de sistemas culturais como estruturas constitutivas de sistemas sociais. (...) É em virtude das zonas de interpenetração que podem ocorrer processos de intercâmbio entre sistemas” (p.17).

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Os sistemas sociais são “’abertos’, participando de um intercâmbio contínuo de recepções e apresentações com seus ambientes. Além disso, pensamos que sejam internamente diferenciados em várias ordens de subcomponentes que também participam continuamente dos processos de intercâmbio” (p.17).

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“A estrutura dos sistemas sociais pode ser analisada através de quatro tipos de componentes independentemente variáveis: valores, normas, coletividades e papéis” (p.18).

Valores > manutenção de padrão dos sistemas sociaisNormas > integração dos sistemas sociaisColetividades > realização de objetivo (dois critérios: status definido de participação e diferenciação entre os participantes nessa coletividade)Papéis > função adaptativa (interpenetração entre sistemas sociais e a personalidade)

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O Conceito de Sociedade“Definimos a sociedade como o tipo de sistema social caracterizado pelo nível mais elevado de autossuficiência com relação ao seu ambiente, onde se incluem outros sistemas sociais. No entanto, a autossuficiência total seria incompatível com o status de uma sociedade como um subsistema de ação. Para sua continuidade, qualquer sociedade depende de um sistema de ‘recepções’ que a atingem através de intercâmbio com seus sistemas ambientais. Portanto, a autossuficiência, com relação aos ambientes, significa estabilidade de relações de intercâmbio e capacidade para controlar estes últimos em benefício do funcionamento societário. Esse controle pode variar, desde a capacidade de impedir ou “enfrentar” perturbações, até capacidade para conformar, de maneira favorável, as relações ambientais” (p.19).

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Sociedade e ambiente físico

Ambiente físico > significação adaptativa > fonte de recursos humanos > Produção (divisão de trabalho)

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Ambiente físicoX

Autossuficiência da sociedade

Funcionamento econômico > tecnologia

Funcionamento político > uso organizado de forças (militares e policiais)

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Personalidades (interpenetração)X

Autossuficiência da sociedade

“Uma sociedade só pode ser autossuficiente na medida em que de modo geral seja capaz de ‘contar’ com as realizações de seus participantes como ‘contribuições’ adequadas para o funcionamento societário. Tal como ocorre nos outros intercâmbios necessários para a auto suficiência, essa integração entre personalidade e sociedade não precisa ser absoluta. No entanto, não se pode dizer que uma sociedade seja autossuficiente se a grande maioria, de seus participantes for ‘alienada’” (p.20).

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PersonalidadesX

Sistema cultural e Sistema Social

Nível Social: (padrões de valor = representações coletivas – consenso)Nível Cultural: valores relacionam-se ao conhecimento empírico, aos sistemas simbólicos expressivos e estruturas simbólicas dos sistemas religiosos. Os valores são legitimados principalmente em termos religiosos (p.21).

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“Portanto, no contexto de legitimação cultural, uma sociedade é autossuficiente na medida em que suas instituições são legitimadas por valores que seus participantes aceitam com relativo consenso e que, por sua vez, são legitimados por sua coerência com outros elementos do sistema, sobretudo seu simbolismo constitutivo” (p.21).

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“É fundamental lembrar que os sistemas culturais não correspondem exatamente aos sistemas sociais, onde se incluem as sociedades. Os sistemas culturais mais importantes geralmente se tornam institucionalizados em diferentes padrões, em certo número de sociedades, embora também existam subculturas dentro das sociedades. Por exemplo, o sistema cultural centralizado na cristandade ocidental tem sido, com muitas restrições e muitas variações, comum a todo o sistema europeu de sociedades modernizadas” (p.21)

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Relações entre sociedades

“(...) todas as sociedades que denominamos ‘politicamente organizadas’ participam, com várias outras sociedades, de ‘relações internacionais’ de vários tipos; amistosos ou hostis. (...) um sistema social pode interferir na estrutura social e nos participantes ou na cultura de duas ou mais sociedades” (p.22).

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Subsistemas Componentes Aspectos de processo Função primária

(estrut. básicos de desenvolvimento (categorias sistema sociais) funcionais)

Comunidade societária (subsistema normas inclusão integração integrador de uma sociedade)

Manutenção de padrão ou fiduciário valores generalização de valores manutenção de Padrão (sistema cultural > realidade última)

Governo (subsistema de realização de coletividade diferenciação realização de objetivos objetivos – personalidades)

Economia (organismo papeis ascensão adaptativa adaptação comportamental – mundo físico)

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O Núcleo: A Comunidade Societária Pouco conhecida (discutida em termos religiosos e políticos e não sociais)Função integradora (definir obrigações de lealdade)“A lealdade é uma prontidão para responder a chamados adequadamente ‘justificados’ em nome da coletividade ou da necessidade e interesse ‘públicos’” (p.24).

“Uma comunidade societária é uma rede complexa de coletividades interpenetrantes e lealdades coletivas (...). O sistema de normas, que governa as lealdades, precisa integrar os direitos e as obrigações de várias coletividades e seus participantes não apenas entre si, mas também com as bases de legitimação da ordem como um todo” (p.25).

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A Comunidade Societária e o governoO governo > “órgão especializado da sociedade que está no núcleo da política” (p.29).Responsabilidade para a manutenção da integridade da comunidade societária contra ameaças generalizadas (inclui a função de coerção e participação na função de interpenetração)Refere-se ao executivo – ações para defender o interesse “público” (controle territorial, manutenção da ordem pública)

No nível das sociedades integralmente modernas há uma tendência de que o poder de liderança política dependa do apoio de partes amplas da população (p.29).

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A Comunidade Societária e a Economia“Mesmo quando não há interferência dos problemas de lealdade coletiva, obrigações impostas e moralidade, a ação de um indivíduo ou de uma coletividade, será desaprovada se for desnecessariamente descuidada ou de ‘esbanjamento’” (p.30). O aspecto normativo nesse sentido “fica claro na regulamentação do uso de trabalho como um fator de produção em sentido econômico. O compromisso com a força de trabalho inclui uma obrigação de trabalhar eficientemente dentro das condições legítimas de emprego” (p.30).

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Métodos de integração em sociedades cada vez mais diferenciadosO sistema jurídicoDireito: “código geral que regula a ação das unidades de uma sociedade que, para elas, define a situação”. (p.31).Sistemas jurídicos modernos: componentes constitucionais escritos (EUA) e não-escritos (Grã-Bretanha) (p.31).

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Participação na Comunidade Societária“O governo não pode simplesmente ‘governar’, mas precisa ser legitimado para governar uma comunidade relativamente comprometida, ao assumir responsabilidades pela manutenção de sua ordem normativa” (p.33).

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Participação na Comunidade Societária / Cidadania

1a fase: modelo legal ou civil que definia a fronteira entre a comunidade societária e o governo.2a fase: participação nos problemas públicos, institucionalização do direito ao voto.3a fase: caracterizada pelo interesse “social” pelo “bem-estar” dos cidadãos (responsabilidade pública sobre a saúde e educação para a população).

“É notável que a difusão da educação para círculos cada vez mais amplos da população, bem como a elevação dos níveis da educação, tenham estado muito ligadas ao desenvolvimento complexo de cidadania” (p.35).

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Comunidade Societária, Sistemas de Mercado e Organização Burocrática“A categoria econômica refere-se, acima de tudo, ao desenvolvimento de mercados e a instrumentos monetários essenciais às funções que, como já notamos, pressupõem a institucionalização sob novas formas de contrato e relações de propriedade. Por isso, dependem dos ‘direitos’ de cidadania, pois uma economia que seja puramente ‘administrada’ por repartições ou pelo governo central violaria a liberdade de grupos particulares para participar, autonomamente, de transações de mercado” (p.35).

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Organização de associaçõesTendências das associações• Busca de igualitarismo manifestado pela

cidadania• “Livre arbítrio” (decisão para aceitar e

conservar a participação). • Importância das instituições processuais.

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Associações“Juntamente com o desenvolvimento de associação no governo, tem havido uma grande proliferação de associações em outros setores da sociedade. Os partidos políticos se ligam aos processos governamentais, mas também a muitos tipos de ‘grupos de interesse’ associados, os quais, quase todos representam diferentes coletividades operativas” (p.30).

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Processos de mudança evolutivaDiferenciação (interação conjunta)Ascenção adaptativaInclusãoGeneralização (na aplicação a sistemas sociais

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Processos de mudança evolutivaDiferenciação (interação conjunta) “É a divisão de uma unidade ou estrutura num sistema social, em duas ou mais unidades ou estruturas que diferem em suas características e significação funcional para o sistema” (p.40).Ascenção adaptativa: “é o processo pelo qual uma amplitude maior de recursos se torna disponível para as unidades sociais, de forma que seu funcionamento pode ser liberado de alguma das restrições de seus predecessores”(p.40).

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Processos de mudança evolutivaInclusão: “A maior complexidade de um sistema que passa por diferenciação e ascensão necessariamente apresenta problemas de integração. De modo geral, tais problemas só podem ser enfrentados pela inclusão de novos mecanismos, unidades e estruturas no esquema normativo da comunidade societária (p.40).Generalização (na aplicação a sistemas sociais): Os processos de diferenciação, de ascensão e inclusão “precisam ser complementados por generalização de valor, para que as várias unidades da sociedade conquistem legitimação adequada e modos de orientação para seus novos padrões de ação. (...) Quando a rede de situações socialmente estruturadas se torna mais complexa, o padrão de valor precisa ser apoiado num nível mais elevado de generalidade, a fim de assegurar estabilidade social” (p.40).

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Capitulo III

Fundamentos Pré-Modernos das Sociedades Modernas

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Discute o desenvolvimento da inovação cultural nas pequenas sociedades

“ germinativas” de Israel e Grécia da Antiguidade.

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Fontes Hebraicas e Gregas

Seu foco foi o Cristianismo. Como um sistema cultural , o cristianismo revelou-se capaz de, a longo prazo, absorver componentes fundamentais da cultura secular da Antiguidade e de forma matriz a partir da qual foi possível a diferenciação de uma nova ordem de cultural secular.

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Onde se incluem seus componentes seculares - pôde conservar diferenciação mais claras e coerente, em relação aos sistemas sociais com os quais tinham relações de interdependências, do que as culturas antecedentes.

Por causa dessa diferenciação com relação à sociedade, a cultura cristã passou a servir como uma força inovadora mais eficiente no desenvolvimento do sistema sociocultural total do que qualquer outro complexo cultural até então criado.

A cultura cristã

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A evolução inclui interação contínua entre o sistema cultural e social, bem como entre seus respectivos componentes e subsistemas.

Nesta perspectivas, o Império Romano adquire uma dupla significação para a nossa análise.

⇚⇛ Em primeiro lugar, constituía o principal ambiente social em que o cristianismo se desenvolveu.

Como a sociedade romana tinha um imenso debito com relação à civilização grega a influencia grega entrou no sistema moderno , não apenas “culturalmente”, através da teologia cristã e da cultura secular do Renascimento, mas através da estrutura da sociedade romana, sobretudo no oriente , onde as classes educadas continuaram helenizadas depois da conquista por Roma.

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⇚⇛Em segundo lugar, o legado das instituições romanas foi incorporando aos fundamentos do mundo moderno;

Começaremos esta análise com esquemas das duas “pontes” sociais básicas entre o mundo antigo e o moderno: o cristianismo e algumas instituições do Império romano.

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Cristianismo Inicial O Cristianismo surgiu como um movimento de seita no judaísmo da Palestina. No entanto ele rompeu com essa sociedade étnica e religiosa: o acontecimento decisivo foi a decisão de Paulo de que o gentio poderia tornar-se cristão sem juntar-se à comunidade judaica e sem obter o direito judaico.

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se desenvolveu como um grupo religioso associativo independente de qualquer comunidade.

Sua missão foi com os mais humildes – artesãos, pequenos comerciantes e assim por adiante – que não estavam ligados pelo tradicionalismo de grupos camponeses e nem por interesses adquiridos das classes superiores no status quo.

A Igreja cristã Inicial

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Que foi mais do que um profeta . Cristo é humano e divino – o único filho criado por Deus Pai, mas também um homem de carne e sangue.

Trindade – as três pessoas – Uma ordenação teológica que não existiam no judaísmo profético. Foi aqui que a cultura grega apresentou contribuição decisiva.

O novo elemento foi o Cristo

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Os teólogos cristãos do século III ( sobretudo os padres alexandrinos Orígenes e Clemente ) mobilizaram recursos muito desenvolvidos da filosofia, para lidar com tais problemas intelectuais complexos.

A indiferença cristã em relação aos interesses mundanos foi posta a prova, à medida eu a população era convertida.

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No século IV Constantino se converteu e adotou o cristianismo como religião do Estado. A partir daí a Igreja tornou se instrumento da autoridade política secular.

É significativo que, nessa época, se tenha estabelecido o monasticismo.

O movimento monástico estabeleceu outro tipo de movimento “ germinativo” dentro do cristianismo, exercendo uma grande e crescente influencia , tanto na igreja e na sociedade.

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A estruturação institucional da missão para o mundo, em que o monasticismo desempenhou por toda a parte um papel importante, passou a ligar-se fundamentalmente, com amplo processo de diferenciação entre o ramo ocidental e o ramo oriental da igreja.

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Em primeiro lugar, uma parte muito legitima foi estabelecida no nível teológico mais elevado, par a “cidade dos homens” distinta da “cidade de Deus”.

Em segundo lugar ,com o estabelecimento da ordem beneditina, o monasticismo ocidental passou a ter interesse muito maior para os problemas do mundo.

A Igreja do Ocidente consolidou um sistema episcopal “ universal” centralizado sob a sede romana.

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Em terceiro lugar, a organização da Igreja foi consolidada através dos sacramentos. O sacerdócio foi transformado em cargo.

O legado Institucional de Roma A legitimação do Regime de Carlos Magno

gerou em tornou da sua relação com a Igreja.

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Dentro deste esquema institucional a grande síntese medieval se caracterizou por diferenciação entre igreja e estado – no sentido medieval do termo. Essa diferenciação chegou a ser definida como existente entre as armas espirituais e temporais da missão cristã.

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A Igreja adotou grande parte do Direito Romano para a regulamentação de seus problemas, através do Direito Canônico.

Base territorial das institucional é um componente fundamental das sociedades modernas que deve mais ao legado romano do que a qualquer outra fonte.

Um legado institucional básico do mundo antigo foi o modelo de organização municipal.

Direito Romano

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A sociedade Medieval

O período muito consideravel de desenvolvimento desigual e de transição entre o fim da Idade Média e a primeira cristalização da sociedade moderna, resultou , em grande parte, da sutil combinação, na sociedade medieval, de aspectos que favoreciam a modernização e de aspectos basicamente incompatíveis com a modernidade.

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A tendência geral do feudalismo era a eliminação de uma base universalista de ordem, em favor de lealdades particularistas, originalmente “tribais” e locais.

Para os camponeses o sistema feudal estabeleceu a sujeição hereditária através da instituição da servidão.

A partir do século XI

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A organização territorial do estado, estreitamente ligada ao principio da monarquia, ganhava constantemente importância, embora de maneira desigual.

Em seu desenvolvimento completo, a aristocracia foi um fenômeno do fim da Idade Media.

Depois do século XI

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Admitimos que , em termos gerais, a estrutura social da igreja era a principal ponte institucional entre a sociedade ocidental antiga e a moderna.

A natureza do componente religiosos na organização urbana se demonstrava, de maneira mais tangível, pela catedral, que nunca era apenas um edifício; era uma instituição que, tanto como sede do bispado e como foco do cabido da catedral.

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Principal inovação de Gregório foi sua insistência quanto ao celibato do clero secular.

Qualquer fosse a moralidade sexual dos padres seculares não poderiam ter herdeiros.

O papado de Gregório VII, no final do século XI

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A Diferenciação do Sistema Europeu

O ambiente social do sistema europeu consistia de relações com outras sociedades, e que variavam muito de acordo com a localização geográfica.

A Espanha ocupada pelos os mouros durante maior parte do Império Medieval;

Os poloneses , os ciganos e os croatas se tornaram fundamentalmente católicos.

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Portanto havia uma ampla diferença Ocidente-Oriente nos ambientes limítrofes da Europa.

A Italia desempenhou um papel especifico na constituição da sociedade medieval – continha a sede da Igreja católica – maior área de influencia católica.

As instituições romanas estavam mais firmemente enraizadas na Itália e, por isso , puderam recuperar-se mais rapidamente depois de um mínimo de feudalismo.

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Renascimento e a Reforma

O renascimento provocou uma cultura secular muito desenvolvida que se diferenciava da matriz fundamentalmente religiosa.

A arte renascentista voltou-se cada vez mais para temas seculares

O Renascimento não foi, fundamentalmente, um movimento de síntese; ao contrário foi um período de rápida inovação cultural

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Capitulo IV

A primeira Cristalização do Sistema Moderno

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Inicio do sistema de sociedades modernas século XVII na comunidade societária, sobretudo a significação da religião para a legitimação da sociedade.

Depois de a Reforma ter destruído a unidade religiosa da cristandade ocidental, surgiu uma divisão relativamente estável - um eixo norte-sul

A Contra Reforma impôs uma aliança muito estreita entre a Igreja e Estado.

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O resultado do conflito entre Reforma e contra Reforma foi um duplo passo para a pluralização e a diferenciação. A ala anglo-holandesa era mais adiantada, precursora do futuro.

A pluralização religião era parte de um processo de diferenciação entre sistema cultural e o societário, capaz de reduzir a rigidez e a sua interpenetração.

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De modo geral, nesse período a cultura secular encontrava no protestantismo um solo mais adequado do que o catolicismo.

A Região Noroeste da Europa A Inglaterra, a França e a Holanda, cada

uma delas de uma forma diferente, assumiram a liderança do sistema de poder no século XVII

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Essas três nações foram as “ pontas de lanças” da modernidade inicial.

Religião e a Comunidade Societária

Na Inglaterra do século XVII, a diferenciação do sistema religioso com relação à comunidade societária não poderia ocorrer sem a grande participação na política.

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Quanto a tolerância religiosa, a Holanda do século XVII foi consideralvemente mais longe do que na Inglaterra.

A França de maneira ainda mais radical do que a Holanda, não conseguiu resolver o seu problema religioso.

O resultado da grande luta da reforma foi a vitória do cristianismo romano e a supressão do movimento protestante.

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O Governo e a Comunidade Societária

Na realidade , a filiação religiosa e a étnica foram bases primárias em que a sociedade européia se dividiu em unidades territoriais políticas no inicio da época moderna.

Dentro de uma comunidade societária , as diferenças regionais e étnicas são atravessadas por eixos verticais de diferenciação baseada em poder prestigio e riqueza.

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A Economia e a Comunidade Societária

Em primeiro lugar, tinha diminuído a proporção de camponeses que eram rendeiros individuais ou mesmo proprietário independentes.

Em segundo lugar, as classes proprietária de terras tendiam a “desfeudalizar-se.”

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Conclusão

Nossa principal tese é que a Inglaterra tinha-se tornado, por volta dos fins do século XVII a sociedade mais diferenciada no sistema europeu tendo avançado mais nessa direção, do que qualquer sociedade anterior

Na Inglaterra o compromisso religioso especifico estava diferenciado do consenso moral ao nível societário.

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Surge um compromisso comum com valor de conhecimento racional do mundo.

O século XVII foi um período de consideravel progresso econômico.

Houve aumentos progressivos na “ extensão de mercado” tanto na interna quanto externamente, para cada unidade Política.

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Capitulo V

A Era das Revoluções

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A Revolução IndustrialNo século XVIII ocorreram mudanças denominadas revolução industrial e revolução democrática. A primeira na Grã-Bretanha e a segunda na França, 1789.A revolução industrial fazia parte da tendência ativista de valor, pois grandes aumentos de produtividade econômica exigiam extraordinária extensão de divisão de trabalho social. Assim, pode-se ver mudanças tecnológicas, econômicas e sociais.A chave estrutural para a revolução industrial é a extensão do sistema de mercado e diferenciação no setor econômico da estrutura social.A organização ou companhia fica entre o trabalhador e o mercado de consumo.O governo e a economia são interdependente, a qual inclui o intercâmbio de dinheiro e poder entre o sistema de mercado e o sistema de organização formal.

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A Revolução DemocráticaFoi parte do processo de diferenciação entre o governo e a comunidade societária.Teve como acontecimento determinante a Revolução Francesa, cujo slogan Liberté, Égalité, Fraternité, representava a nova concepção de comunidade.Thomas Marshall analisou a igualdade de participação por meio de três componentes básicos: civil, político e social.Com relação a Revolução Francesa o primeiro componente de igualdade é a universalidade do eleitorado. O segundo representa certa forma de igualdade de condição social como um aspecto de justiça social e, o terceiro, sugere uma síntese das outras duas, em certo sentido é corporificação final das consequências.

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A revolução industrial e democrática enfraqueceram as instituições do sistema moderno inicial. A primeira estimulou a economia e a segunda a administração.Os Estados Unidos constituíram um solo fértil, tanto para a revolução democrática quanto para a industrial.

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CAPÍTULO VI

A Nova Sociedade de Vanguarda e a

Modernidade Contemporânea

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A estrutura da Comunidade SocietáriaO pluralismo religioso das treze colônias e a cultura racionalista, influenciada pelo Iluminismo, preparam o ambiente para a primeira Emenda Constitucional.Este pluralismo formou a base da tolerância e inclusão de elementos não-protestantes. A educação secular teve um papel definitivo para essa característica.A população norte-americana era em sua maioria não-aristocrática em sua origem, e não criou uma aristocracia.

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Também não possuía uma classe industrial, como o nível de consciência de classe do operariado industrial europeu.Os negros ainda estão no primeiro estágio de inclusão.A língua é um foco decisivo para a participação étnica. É difícil ver como os interesses católicos romanos poderiam ter sido defendidos se a população com essa religião se dividisse em grupo de fala diferente.

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Por isso, os Estados Unidos conservaram o inglês como a língua comum da comunidade societária sem um sentimento difuso de que represente a imposição de uma hegemonia anglo-saxônica.A nação independente optou por uma forma republicana de governo ligada a comunidade societária por meio da eleição.A comunidade societária deve ser articulada com os sistemas religiosos e políticos, assim como também com a economia.O esquema constitucional acentua muito os critérios universalistas de cidadania, que se desenvolveu em estreita ligação com a revolução democrática e, em linhas gerais, com o esquematizado por Marshall para a Grã-Bretanha.

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Assim, parece correto dizer, que pelo menos em princípio, a nova comunidade societária passou a ser definida como sociedade de iguais e, se comparada com as sociedade medievais, assume um caráter totalmente novo.

Um aspecto desta nova sociedade é difusão da educação primária. Assim, um aspecto básico da revolução educacional foi a contínua extensão da educação, para além da alfabetização básica, para toda a população. Decorre daí, a expansão da educação secundária.

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A acentuação dada, nos Estados Unidos a um padrão associativo de desenvolvimento, favoreceu a imitação inicial da revolução educacional e extensão maior do que em qualquer outra sociedade.O princípio hereditário foi lentamente afastado. O século XX inaugurou uma nossa fase na transição de estratificação hereditária atribuída para a estratificação totalmente não-atribuída.

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Nesse contexto, temos: na revolução industrial a ideologia exaltava a busca de interesse pessoal par ao progresso econômico; na revolução democrática havia a ideologia da igualdade política entre os cidadãos e na revolução educacional há uma sintetização das outras duas a partir da igualdade de oportunidades e igualdade na cidadania.A revolução educacional proporciona a ascensão geral. A profissão liberal, é por excelência, a acadêmica, isto é, a que pretende transmitir o conhecimento.

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Manutenção de Padrão e Comunidade SocietáriaA manutenção do padrão é exigência de qualquer sociedade. Dentro dele está, em primeiro lugar, a manutenção dos valores institucionalizados e, em segundo, a conformação dos compromissos motivacionais adequados de indivíduos na sociedade.A sociedade norte-americana e, em formas pouco diversas outras sociedades modernas, mantém intensos compromissos morais que sobreviveram ao pluralismos religioso e à secularização e forma até fortalecidos por esses dois movimentos.A dependência da família para status ou renda, com relação ao que ganha na profissão, dá valor muito grande a mobilidade de residência.

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É os sistema educacional e não a família, que cada vez mais serve como fonte direta de trabalho para a economia. Também é o sistema educacional e não a família, que cada vez mais determina a distribuição dos indivíduos no sistema de estratificação.A revolução educacional é o clímax de mudanças semelhantes entre a comunidade societária e o sistema de manutenção de padrão e, por meio deste, o sistema cultural.

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O Governo e a Comunidade SocietáriaQuando o cargo eletivo é um complemente da cidadania, o governo se diferencia da comunidade societária, e os membros dessa comunidade se tornam eleitores.A escolha entre a centralização que acentua a eficiência coletiva e a descentralização, que permite a “representatividade”, liberdade de expressão e realização de interesses para os grupos, é um dilema geral para as associações democráticas.

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A difusão da burocracia tanto particular quanto pública, tem sido um sinal distintivo da última fase de modernização na Europa do século XIX.As profissões liberais participam cada vez mais da área comercial, outras áreas do setor privado e do governo.Hoje o padrão colegiado talvez seja mais integralmente institucionalizado no mundo acadêmico que, ao contrário do que muitos pensam, não dá lugar à burocratização, embora a educação superior tenha recentemente passado por uma expansão extraordinária.

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gisele

“Ao passar para a fase contemporânea , a economia se afastou do modelo clássico, delineado na ideologia capitalista do século XlX.” (p.130)

Se encontra sujeita não apenas ao controle institucional, mas também a sistema de coerção, regulamentação, contratos, práticas oligopolistas, e redistribuição de recursos através de impostos.

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“O sistema de mercado é ainda subsistema autônomo e diferenciado da sociedade norte-americana”. (p. 130)

“Sob dois aspectos o padrão norte americano de capitalismo foi bem sucedido.” (p. 130)• O programa de elevados salários instituídos por Henry

Ford sem pressão dos sindicatos.• A utilização do conhecimento cientifico para a

produção industrial ( apesar de este ter surgido inicialmente na Alemanha).

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Também fortaleceram o crescimento econômico nos EUA:

Sistema jurídico Sistema baseado em emprego e não na propriedadeMão de obra femininaMovimento sindical democratizado diferente do movimento socialista.Funções de competência e responsabilidades estimulados pela educação, principalmente aumentando do numero de pessoas na educação superior.Maior consumo de bens.

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“O novo tipo de comunidade societária dos Estados Unidos, mais do que qualquer outro fator isolado, justifica que lhe demos a primazia na ultima fase de modernização. [...] Institucionalizou uma amplitude muito maior de liberdade do que qualquer sociedade anterior” [...] (p. 139)

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“Evidentemente, existem deficiências importantes. Uma delas é certamente a guerra, ou o perigo de guerra [...]No entanto, existe um contexto claro em que o problema de igualdade-justiça é central nos Estados Unidos: a existência de considerável pobreza, combinada com a grande maioria negra [...]” ( p. 140)A “burocracia” tornou-se um proeminente símbolo negativo [...] (p.141)

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O autor fala das 3 revoluções na sociedade moderna: Revolução Francesa, Revolução Industrial e a revolução educacional. Essa ultima cita o autor que os estudantes da nova esquerda ( New Left) desempenharam um papel análogo de revolução.

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“O principio da igualdade chegou a um novo nível de difusão e generalidade. [...] Uma comunidade societária composta basicamente por iguais parece ser o “fim da linha” no longo processo de destruição da legitimidade de algumas bases antigas e particularistas de atribuição de participação.Algumas ideologias radicais atualmente muito aceitas parecem exigir que a igualdade autentica elimine totalmente todas as distinções hierárquicas de status [...]” (p. 144)

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A principal direção do desenvolvimento societário moderno encaminha-se para o padrão essencialmente novo de estratificação [...] portanto os resultados diferentes do processo educacional competitivo deve ser legitimado através de interesse societário”. [ p. 145]

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“[...] o direito de censurar os norte americanos por sua insensibilidade no tratamentos dos negros, ou que pequenos países independentes bradem contra o imperialismo. Deste ponto de vista, a institucionalização inter-societária de um novo sistema de valores, onde se inclui sua significação para a estratificação, se torna decisivo.” (p. 147)

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Novos Contrapontos

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A União Soviética

-ditadura do proletariado.-revolução industrial diminuiu seu ritmo de crescimento.-poucos aspectos da revolução democrática.- Regime czarista maior do que qualquer relação

igreja-estado do ocidente.- Emprego e liberdade restritas.- Desigualdade- Família , divorcio, poupança.

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- Sistema de decisões hierárquicas substituiu o mercado.

- Dificuldade entre o direito do governo e o direito do cidadão.- Embora universalizou o direito ao voto,

esse se restringe ao sim e não. O partido sua liderança é auto-escolhida.

- Instabilidades intrínsecas na ditadura do partido comunista.

- Embora a educação formal atingisse uma minoria com seu esforço atingiu a educação de massa e esta entre os mais educados países do mundo moderno.

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A Nova Europa

-A França, o foco original da revolução democrática, ficou para traz na revolução industrial.- Embora a Alemanha tenha sido pioneira na

previdência social e tenha sido a sede de movimentos sindicais ativos, sua revolução democrática foi retardada e limitada as oportunidades para educação superior.

- O novo sistema democrático alemão depois de 15 anos deu lugar ao movimento nazista, que parece ter sido somente uma perturbação sociopolítica.

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- As relações franco-alemãs foram nucleares para as perturbações que iniciaram as 2 guerras mundiais.

- França, Alemanha e Itália intelectuais proeminentes ligados a aristocracia e a igreja.

- Embora a revolução industrial e a revolução democrática ainda sejam fortes na nova Europa, revolução educacional será a mais importante.

- A inquietação estudantil surgiu tanto nas sociedades capitalistas quanto nas sociedades socialistas.

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Modernização das Sociedades Não – Ocidentais

-Japão se tornou modernizado sem cultura ou população europeia.-Regime tolerava concentração de renda nas firmas zaibatsu.- Apesar de ajustamento entre elementos autóctones

e os estrangeiros criou-se grave tensão.- Depois da guerra, sob influencia dos EUA criou

regime parlamentar democrático.

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O declínio dos impérios colonialistas a partir da guerra fria, criou um clima para o aparecimento do bloco do terceiro mundo, como fator de estabilidade no mundo e na difusão do modernismo. (p. 166)

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Agradecemos a todos atenção!