Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos...

16
Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da cidade ANO 6 | Edición nº 65 | Maio de 2020 | Prezo 2 euros Medidas de apoio para os comerciantes da Mariña Páxina 9 Páxina 10 Páxina 13 Páxina 14 Ourense construirá un aparcadoiro disuasorio nas Lagoas Burela contará con nova estación depuradora A estación de autobuses de Lugo terá nova cuberta Entrevista Pilar García Negro “Nos últimos anos programouse unha exclusión do galego de todos os ámbitos máis profunda da que existía” Páxina 7 Páxina 10 Páxina 16 A Ribeira Sacra será candidata a Patrimonio Mundial da Unesco en 2021

Transcript of Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos...

Page 1: Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos e mais autênticos. Infelizmente, este ano de 2020, com a infame pandêmia que

Ourense construirá no barrio da Ponteo maior parque urbano da cidade

ANO 6 | Edición nº 65 | Maio de 2020 | Prezo 2 euros

Medidas deapoio para oscomerciantesda Mariña

Páxina 9

Páxina 10

Páxina 13

Páxina 14

Ourenseconstruirá unaparcadoirodisuasorio nasLagoas

Burela contarácon novaestacióndepuradora

A estación deautobuses deLugo terá novacuberta

Entr

evi

sta Pilar García Negro

“Nos últimos anosprogramouse unha exclusión do

galego de todos os ámbitosmáis profunda da que existía”

Páxina 7

Páxina 10

Páxina 16

A Ribeira Sacraserá candidataa PatrimonioMundial daUnesco en2021

Page 2: Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos e mais autênticos. Infelizmente, este ano de 2020, com a infame pandêmia que

NOVAS DO EIXO ATLÁNTICO | Maio de 20202

Opinión

FUCO PRADO

“Desde que me reformei vou todos osanos à minha terra para ver a festa dosMaios, pela que sempre tive grande

agarimo. Chego a Ourense no dia 28 ou 29de abril, no dia 30 vou dormir a PonteVedra, para no dia 1º ver os maios ali, emMarim e mais em Redondela”. No ano 1969escrevia isto o ourensano José Ramom eFernández-Ojea (Bem-Cho-Shei). No dia 3de maio, durante muitos anos, este galegode alma e coração, nunca faltava à convo-catória dos maios ourensanos.

Jamais lhe pagaremos o legado que nosdeixou, a sua excelente biblioteca e infini-dade de fotos e coplas desta formosa festade amor à vida, à natureza e ao amor.Festa que permanece, apesar de viver naépoca dos videojogos e telemóveis deúltima geração. Isto só se explica por ser afesta mais antiga, nascida já nos momentosfinais do Paleolítico, e, em concreto, no“magdaleniano”. Tendo grande esplendornas culturas médio-orientais e nas greco-latinas. Em Roma, por exemplo, duravatodo o mês de maio, período em que se or-ganizavam todas as festividades de honraa deuses e deusas relacionadas com a na-

tureza, o mundo vegetal, animal e humano.A segunda razão é que é a festa do amor, esem amor não há vida. A cidade de Ourense(“Auriensis”), que como todos sabem temorigem romana, foi um lugar onde a festateve sempre maior enraizamento. Por issotampouco deve admirar que sejam de

Ourense os maiores investigadores destafesta, como Clódio González Pérez, TaboadaChivite, Vicente Risco, Joaquim Lourenço,Filipe Seném López Gómez, J. A. Tarrio,Xavier Paz, e eu mesmo. E acima de todoseles Bem-Cho-Shei. Com quem concordoplenamente. Especialmente quando assinalaque esta era a festa na honra das deusasdo amor. Vénus em Roma, Afrodite naGrécia, Astarté no Egipto, Istar em Assíriae Milita na antiga Babilónia, que vem acoincidir quase com o território atual doIraque. Bem-Cho-Shei dizia ademais, e tam-bém em isso concordo, que a palavra “Maia”quer dizer em sânscrito “ilusão”. E esse é overdadeiro significado dos maios que secelebram na primavera em muitos lugaresdo planeta. “É a festa da ilusão e daalegria, da primavera e da juventude, datradição renovadora, da esperança e do re-lembro, das flores e das crianças, da prosae da poesia e, especialmente, da vida e doamor, tão profundamente ligados”, conti-nuava a dizer o nosso galego exemplar.

Houve uma época em que, com grandeacerto, a Câmara Municipal de Ourensecuidava a organização do ciclo anual das

festas populares, fomentando a participaçãoentre os escolares dos estabelecimentosde ensino da cidade. Para o qual enviavaàs escolas investigadores sobre as mesmas,que pronunciavam palestras sobre elas. Euia entusiasmado falar-lhes da que maisgosto, a dos “Maios”. Que temos que recu-

perar na cidade, voltando-a para o três demaio, como sempre foi. Todos os rapazesficavam surpreendidos quando lhe comentavaque a festa do Natal não era a mais antiga,como equivocadamente pensavam, senãoa dos Maios, surgida aos finais do Paleolítico.O ciclo básico das festas tem como cele-brações fundamentais, e em muitos casoscom um ciclo próprio das mesmas, os Ma-gustos, o Natal, o Entrudo, os Maios, oCorpo de Deus, as Fogueiras ou Cacharelasdo S. João e depois no verão as festas decada localidade. Por estarmos imersos nacultura cristã, em muitas das nossas festas,como é natural, há um senso profundo re-lacionado com o cristianismo e as suas fi-guras. Cada uma destas festas tão formosase tão importantes, deveriam incluir-se nocurrículo do ensino infantil, primário e se-cundário. Desenhando unidades didáticasglobalizadas e interdisciplinares, por meiodas quais se podem trabalhar todas asáreas e disciplinas do ensino: língua, ma-temática, história, ciências, geografia, eco-logia, teatro, jogos, música, plástica, edu-cação física, idiomas e educação artística.O meu livro A festa dos maios na escola,roteiro didático editado pela ASPGP em1998, apresenta, por exemplo, um planode atividades a desenvolver nas aulas eem todas as matérias sobre essa formosa

festa que é a dos Maios. Festa do amor eda vida, festa ecológica por antonomásia.Festa popular com grande interesse peda-gógico, pelo que é muito importante a re-alização de atividades culturais, didáticase educativas, de forma coordenada, nosnossos estabelecimentos de ensino, arredordela. Que, para que sobreviva, tem quepromover-se entre os mais novos. Ascrianças e jovens são o nosso futuro e oda nossa cultura própria. Na Galiza, ademaisde em Ourense, também se celebra estaformosa festa em Ponte Vedra, Marim, Vi-lagarcia, Redondela, Poio, O Barco, Verim,Alhariz, Laza, Carvalhinho e Monforte,entre outros lugares. Na comarca do Berço,e, em concreto, na localidade de VilaFranca ainda, por sorte, se celebram e seconservam os maios humanos, que são osmais antigos e mais autênticos. Infelizmente,este ano de 2020, com a infame pandêmiaque estamos a padecer, só podemos lembrarem fotos de anos anteriores a festa, poisem direto é de tudo impossível, ao nãopoder celebrar-se nos múltiplos lugaresnos que sempre se comemorou, com grandeparticipação popular e com o canto dascoplas diante de cada maio, interpretadaspelos grupos e coletivos participantes naelaboração dos maios artísticos, engebrese humanos.

Por José Paz Rodrigues (Professor aposentado da Universidade de Vigo, Presidente da ASPGP e Académico da AGLP)

A festa popular dos Maios é a mais antiga

Page 3: Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos e mais autênticos. Infelizmente, este ano de 2020, com a infame pandêmia que

3NOVAS DO EIXO ATLÁNTICO | Maio de 2020

EditorialPor Guillermo Rodríguez, Director

Colaboradores: GALIZA: Montserrat Rodríguez – Porto Ucha – Raquel Vázquez – C. Méixome – M. Xiraldez – Pérez

Lema – X. Glez. Mtnez. – M. Bragado – B. Iglesias (Mero) – Nemesio Barxa – Andrea Goro – AnxoMena – I. Otero Varela – Susi Rodríguez – Jesús Témez Fernández – Isidoro Gracia – Roberto CarlosMirás – Rafael José Adalid – Laura de Cáceres – Kiko Neves – Ramón Mariño – Manuel Estévez.

PORTUGAL: Manso Preto – João Martinho.MADRID: –Juan Louzán – BARCELONA: Fdez. Valdeorra – PAIS BASCO: Nicolás Xamardo.CANARIAS: Fco. Puñal. NOVA IORQUE: Fco. Alvarez (Koki)Fotografía: Hernández – A. Gutiérrez – M. Preto – Dpto. Propio.Humor: Tokio, Martirena – Pepe Carreiro – X. Marín – Xosé Manuel Fernández Montes (Her-

manager Producións) – Ignacio Hortas – Francisco Puñal –Felix Ronda – Fuco Prado – Sex.

Depósito legal: VG-138-2015

Imprime: Publicaciones Tameiga S.L.Publicidade: Departamento propio e axencias [email protected]ía: Hernández e departamento propioDeseño e maquetación: Fran Eiró

Director: Guillermo Rodríguez Fdez. T.658 58 50 49

[email protected]: Editorial NOVAS DO EIXO ATLÁNTICO S.L. Avda. Sarmiento Rivera, 4-4ºD

(36860 PONTEAREAS - GALIZA) - T. 986 64 12 69 [email protected]

Opasado 26 de abril celebrouse o83 aniversario do bombardeo deGernika. É sabido que a pintura

de Picasso, El Guernica, actualmente nomuseo Reina Sofía de Madrid, difundiu amasacre da Vila Foral en todo o mundo,bombardeada pola Legión Cóndor alemá epola Aviación Lexionaria italiana, que loi-taban a favor do bando fascista, sublevado

contra a República. Esta obra de arte, como todas as obras

mestras, apoia a dialéctica entre o singulare o universal: El Guernica, ao mesmotempo, faise universal desde Gernika euniversaliza Gernika. A pintura, tras unhaserie de vicisitudes, foi trasladada deNova York a España en 1981, durante omandato de Calvo Sotelo. Sabemos que

os deputados do PNV, no Congreso dosDeputados de Madrid (maio de 1988),solicitaron expoñer a pintura de Picassono País Vasco. O que non sabiamos éque, "grazas ao PNV", a pintura auténticanon está na Vila Foral, senón en Madrid.Teñamos en conta, como nos di JorgeOteiza nun artigo publicado no CorreoEspañol en 1988, que Pablo Picasso enviouunha mensaxe ao presidente Agirre parasolicitar a pintura por escrito, considerandoque pertencía aos vascos. Por que estasolicitude nunca chegou a Picasso? Debido

a que o "experto" en arte do Gobernovasco, o pintor Uzelay, asesor e directorde Belas Artes, informa ao Goberno vascode que El Guernica “es una mamarrachada,una tomadura de pelo.”. Estamos a falardo ano 1937. E aínda no ano 1962,Joseba Rezola, ex secretario de Defensae axudante do lehendakari Agirre, mani-festou a Oteiza e Basterretxea, convidadosa colaborar nun número especial da revistaGernika, con motivo do 25 aniversario dobombardeo, que " El Guernica no intere-saba”.

Gernika e El Guernica

Por Nicolás Xamardo González - Profesor Colaborador honorario da UPV / EHU

Homo homini lupus

Esta locución foi creada polo come-diógrafo latino Plauto (254 -184a.C.) na súa obra “Asinaria”. Como

contrapunto a esta frase Séneca escribiríaque “o home é algo sagrado para o home”.

Pero quen popularuizou a frase todospensamos que foi o filósofo inglés ThomasHobbes, a quen estudiamos algo candofomos estudiantes de bacharelato e logomáis tarde nas nosas lecturas.

Houbes fala do egoísmo humano que asociedade tenta corrixir para mellor facilitara convivencia. Aínda que a evolución hu-mana teña permitido que a especie humanacolonizara practicamente todo o planetaTerra hai autores que pensan que os indi-viduos son o peor inimigo para a propiaespecie.

Non seremos nós quen lle enmenden aplana. Non temos máis que deternos nasguerras que o individuo provoca, na fa-bricación de armas que van destinadasexclusivamente a matar conseguindo gran-des beneficios no seu tráfico. Os dirixentespolíticos (falaremos logo dos relixiosos)matan, violan, expolian, infrinxen todotipo de Dereitos Humanos que, curiosa-mente, teñen sido declarados co seu be-

neplácito. As guerras provocadas polasansias de poder destrúen millóns de per-soas a cada ano. A Segunda Guerra Mundialsuperou os 50 millóns de persoas mortas,máis os que quedaron lisiados para todaa súa vida restante, pero as actuaisguerras en Oriente Medio non se quedanatrás.

Grupos humanos practican o exterminioou eliminación sistemática doutros grupossociais polo sinxelo argumento de quepractican outra relixión ou credo ou per-tence a outro grupo étnico. Atentadosterroristas inducidos por grupos políticosque teñen como obxectivo destruír o ad-versario que consideran inimigo. As persoasque estiveron ou están desempeñandocargos políticos amparándose no que cha-man “Razón de Estado” atemorizan á po-boación para conseguir o seu controlsocial e así alcanzar os seus obxectivospolíticos ou militares. Os secuestros, asdesaparicións, a tortura, son métodoscotiáns; dánse en todas as latitudes eson aceptados por todos.

Asistimos ao tráfico ilegal de persoasadultas (prostitución) como de nenos/as(pederastia). Aquí non se salvan nin

sequera os que din falar e actuar en nomede Deus que nos últimos tempos nos veñenmostrando a súa cara máis sinistra. Quenía pensar, sen ser tildado de anticlerical,que sacerdotes, bispos e cardeais tiñan eteñen abusado de menores ao seu cargo.

Estamos asistindo a momentos nos que

parece que a especie humana, lean osnosos representantes políticos, foran ferasfamentas dispostas a saltarlle á gargantaaos seus adversarios políticos, véndooscomo inimigos a destruír. O Parlamentodo Estado máis parece un foso romanoque o lugar onde os individuos deben en-frontar as súas ideas para mellorar a so-ciedade a que dixeron estaban dispostosa servir. Aquí non lles vale que esteamospasando por momentos realmente serios,sanitariamente falando, que teñamos asnosas vidas nas mans dun descoñecidobicho (léase virus) que nos trae a todosde cabeza. Os nosos políticos, algúns, dis-paran contra o Goberno do país como sefora o inventor do tal virus. Os seus inte-reses de grupo político están por enribadas nosas vidas, as que, segundo parece,lles importan un pataco.

Efectivamente, tanto Hobbes como Plau-to teñen razón: homo lupus homini (ohome é un lobo para o home). Teñan coi-dado, tanto do virus coma dos políticos.Todos nos van facer dano.

Sexan felices se poden e saian á rúacon moito siso. As cousas non están comopara botar foguetes.

Page 4: Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos e mais autênticos. Infelizmente, este ano de 2020, com a infame pandêmia que

Nos Estados federais ou plurais daEuropa (Alemaña, Suiza, Austria, oReino Unido…) a xestión da pan-

demia axustouse á distribución do Poderentre os Gobernos centrais e os Gobernosterritoriais, ao mandato xuridico e lóxicoda subsidiariedade: os Gobernos próximoscoñecen moito mellor os recursos e as ne-cesidades do territorio e, ademáis, son osque contan cos medios persoais para en-frontar o perigo (sanitarios, servizos sociais,bombeiros, policías ou Protección Civil).

O Estado español xestiona a sanidadedescentralizadamente dende 2002 (1991 nocaso de Galicia, 1982 no de Catalunya e1988 no de Euskadi). Logo o Goberno centralera consciente da falla de medios e de “ex-

pertising” do Ministerio de Sanidade paraenfrontar a pandemia como Mando Único.Porén, acordaron esa desaquelada recentra-lización, que fracasou gravisimamente nasúa política de centralización de compras.

No desconfinamento, Pedro Sánchez ma-nifestou o seu propósito de continuar coestado de alerta até o 1 de xullo e de retero Mando Único, malia que esta decisión lleobrigara prescindir de moitos dos aliadosda investidura (ERC, EH BILDU, BNG) ebotar mán da dereita de Cs. Un troco desocios que vai dereitizar substancialmentea política social e económica contra osefectos financeiros da pandemia.

Por qué o Goberno do Estado está aelixir políticas máis ineficaces? Por qué

arrisca a súa política social e de rendas? Pri-meiro, pola mentalidade centralista da es-querda española. Despois, pola ideoloxíaunionista e recentralizadora da maioría dasdireccións do PSOE e do PSC. Non por acasoo ministro Salvador Illa copresidiu comomáximo representante do PSC a demostración

unionista, nomeadamente monopolizada poloextremismo, do 8-Ou de 2017 en Barcelona.

O 27-Ou de 2017 os senadores do PSOEe PSC, canda os de Cs e PP acordaron un

155 que supuxo a di-solución do Parlamentcatalán e o cesamen-to do Presidente daGeneralitat e do seuGovern. Daquela moi-tos constitucionalistasdenunciaron esta decisión, porque o 155podería, cando máis, limitar o autogoberno, nunca suspendelo ou suprimilo. A decisióndo Goberno do Estado foi aprobada polamaioría do Senado (PP-Cs e socialistas)

A aplicación do 155 en 2017 e doestado de alerta de 2020 amosa de vezquen é o Poder Soberano para o Madridpolítico, no sentido que lle deu o xuristafilonazi Carl Schmitt, Amosa de vez oprescindíbel para ese Madrid político-epara o deep state- da organización auto-nómica e, xa que logo, do dereito deGalicia a se gobernar por si propia.

NOVAS DO EIXO ATLÁNTICO | Maio de 20204

OpiniónPor Xoán Antón Pérez-LemaCadernos da viaxe

A ideoloxía por riba da eficacia.

As declaracións de Arturo Fasana, xes-tor de Xoán Carlos de Borbón pe-rante a Fiscalía suiza de Xenebra,

ratifican o absoluto desprestixio do anteriorXefe de Estado. Malia que, fronte os 100 MUSD da comisión do rei Abdallah da ArabiaSaudita de 2008. os 1,7 M € do agasallo de2010 do sultán de Bahrein son cuantitati-vamente moito menos relevantes.

Mais, con cravar un outro cravo no sar-tego da honestidade do antigo monarca,estas manifestacións amosan unha historiatrapalleira de serie B: disque Borbón yBorbón transportou os cartos nun maletínentre Abu Dhabi e Xenebra, prevaléndoseda súa cualidade de Xefe do Estado e, xaque logo, da ausencia obrigada de controis.En Xenebra llelos entregou ao seu xestorpara que éste os ingresase na conta da

Fundación panameña Lucum da banca Ma-ribaud. Lembremos que o único beneficiarioen vida da Fundación Lucum era o propioRei Emérito e que o seu fillo e actual Xefede Estado era beneficiario da devanditaFundación no caso de falecemento, atéque renunciou en marzo de 2019, un anoantes de informar deste affaire á opiniónpública.

Os feitos denunciados son gravísimos.Por moito menos hai ben de xente nacadea, comezando polo xenro do Rei Emérito.Arrepía pensar nestes níveis de corrupciónna Xefatura do Estado ao longo de 39 anos,que só comezan ser descobertos pola xu-risdición doutras democracias europeas.

Ninguén negará agora a necesidade ur-xente dunha investigación parlamentaria,como a que pediron hai unhas semanas

Compromís, PNV, EH Bildu, JuntsxCat, ERC,CUP e BNG. Porque o desprestixio da Mo-narquía española no contexto europeo euniversal é irreversíbel. E o desprestixioda Monarquía fire de morte o prestixio doEstado español. Unha ollada á mellor

prensa internacional é abondo para com-probalo.

Mais fronte tal pedimento o tripartitode dereitas e o PSOE xuntaron o seus

votos para lle furtar á cidadanía das dis-tintas nacións do Estado unha pescudaindependente que determine os concretosactos de corrupción do anterior Xefe doEstado. Pescuda que non habería prexudicara xudicial que lle cómpre á Sala do Penaldo Tribunal Supremo, malia que como avo-gado dubide moito de que un Tribunal tanpolitizado vaia mover un papel.

Porque a Monarquía de Xoán Carlos eFilipe de Borbón é a Institución queencarna e lle da sentido ao Deep State, ábaixa calidade democrática, á recentrali-zación política e económica, ao predominiodos sectores regulados do Ibex 35, áEspaña da grande banca, da grande dis-tribución eléctrica e do lobby construtor-concesional. A Institución que lle dasentido ao capitalismo de “amiguetes” eá España do palco VIP do Bernabeu.

A crise da Monarquía é a propia crisedo Estado.

Crise da Monarquía, crise do Estado

Das 600 persoas mortas pola Covid-19 en Galicia un 46% morreronnas residencias da terceira idade.

E máis do 25% nas residencias de Geriatrose demáis sociedades do greupo Domus Vi,sobranceando os 50 mortos dos 150 resi-dentes de San Lázaro-Santiago de Compos-tela e as 29 persoas mortas na Residenciade Aldán-Cangas (dun total de 100 infec-tados sobre 142 residentes), e 27 de Ba-rreiro-Vigo. A primeira non foi intervidapola Xunta e as outras dúas si.

Estes números chocan cos das residenciaspúblicas onde case non houbo infectadosnin, xa que logo, falecidos. E teñen moitoa ver coa xestión do servizo sociosanitario

que os distintos actores privados desen-volven no noso País diante da neglixenteactuación da Xunta de Galicia, na súatripla función de comitente dps contratospúblicos de xestión das residencias públicasde xestión privada, concertadora das prazasfinanciadas con fondos públicos nas resi-dencias de xestión privada e Adminitracióncompetente para a autorización de aperturae inspección do funcionamento dos ope-radores privados neste eido asistencial.

Ademais chove sobre mollado. O Consellode Contas denunciaba no seu informe de2017 que no 2014 houbo 65 actas de ins-pección e no 2015 57 que constatarongraves incumprimentos en residencias de

xestión privada. Moitos destes incumpri-mentos atinxían ao miolo da cuestión: oincumprimento dos ratios mínimos de persoal(0,35 traballadores/persoa dependente usua-ria). En ningún destes casos resolveríase adeficiencia nas seguintes visitas inspectoras.En ningún destes casos a Xunta seguiu unprocedemento sancionador nin impuxo san-ción ni medida correctora ningunha. Mentres,o presidente da Xunta, preguntado “adhoc” no decurso das súas comparecenciascotiáns durante esta tempada de pandemia,negou tres veces (como San Pedro no Evan-xeo) coñecer un informe que constitúe deseu unha das preocupacións anuais so-branceiras das persoas que ocupan un altocargo na Xunta de Galicia.

U-la causa da catástrofe humanitarianas residencias de xestión privada deDomus Vi e doutros operadores fronte á

ausencia de casos nas públicas do ConsorcioGalego de Servizos Sociais? Porqué no pri-meiro caso estase a gañar cartos, maliaque non se cumpran as ratios de asistenciae no segundo estase a coidar das persoasusuarias.

Cando semella que o perigo desta primeiraondada da Coivid-19 está a pasar faltaaínda un mea culpa do Presidente da Xuntaque permitiu, coa súa inacción, que existisenas circunstancias de base que permitironesta catástrofe humanitaria. E falta taménunha explicación pública do grupo DomusVi e da súa CEO viguesa.

Geriatros obtivo no 2018 unha marxepositiva de explotación de 15 M € sobre os85 M€ facturados. Gaña moito máis porusuario do que gasta na súa alimentación.Na vida existe moita máis causalidade cacasualidades.

A catástrofe humanitaria de Domus Vi

Page 5: Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos e mais autênticos. Infelizmente, este ano de 2020, com a infame pandêmia que

5NOVAS DO EIXO ATLÁNTICO | Maio de 2020

Galicia

Há pouco tempo em outro médiojornalístico escrevi sobre palav-ras. A palavra, que não é palavra,

escolhida como palavra espanhola do ano,emoji, e a palavra do ano na Galiza, quefoi “sentidinho”, e como precisamenteessas palavras do ano podiam definir aidiossincrasia de cada um. Infelizmente,volvo ás palavras; pensei que o importantenas manifestações dos políticos já seriamas declarações de propostas e intençõesou de conselhos para modificar atitudes ouprojetos, mas o principal que topo é denovo palavras... palavras não, palavrões,não palavras para falar senão palavras parainsultar, para desqualificar, para ameaçar,lançadas como obuses para ferir, paramatar. A impotência personificada no in-sulto.

Palavras que saem na boca de ilustresrepresentantes políticos do povo e da so-ciedade espanhola; personagens elegidospolos méritos que se lhe suponham. Aindame martilham algumas: Puta, indigno, as-sassinos, terrorista, tribunais, fuzilar, apor ellos, apologetas del terrorismo... nãoé estranho que com estes exemplos dosque em teoria seriam os pais da pátria po-dam gentes do povo pendurar carteis comoo que denunciava há poucos dias o atorKarra Elejalde num bar de Sevilha com oseguinte texto: “prohibida la entrada aperros y bascos”. Se os políticos nos enci-rram com seus proclamas o povo inflamadopode resultar muito perigoso. Alarmadocontemplei como a responsável do Cs cha-mava a desertar aos representantes e mi-litantes do Psoe, sem o mínimo rubor; re-almente isto sim que é indigno; podestratar de que a sociedade, o votante,escolha tua proposta fronte a outras econvencer ao eleitorado de que a melhoroferta é a do teu partido político e podesincluso desqualificar o programa dos outros

partidos em liza, mas assediar, ou sim-plesmente animar, aos representantes elei-tos por uma determinada ideologia ouproposta para trair a seus representados,trair a seu partido, parece-me filobusterismoconsciente ainda agravado com a frase,para algum desses representantes, de que“um soldo público não justifica tanta in-dignidade”; indignidade é promover a trai-

ção. Os palavrões voaram de uns aos outros

e os media, certamente, não forem nem“medianamente” benévolos ou indulgentescom os bárbaros anatemistas senão quereproduziram reiteradamente seus insultose sua valoração; porque os mesmos quechamaram assassinos e terroristas a váriosdeputados reclamaram airadamente, valo-rando como insultos ao monarca, que umdeputado de outra formação política, no

exercício legítimo de sua liberdade de ex-pressão, criticou-o de “autoritário”, ana-lisando um seu discurso. O espetáculo emprensa, radio e TV do rifirrafe político, dasdeclarações e do teatro bufo no Congressodesqualifica tanto aos protagonistas dosinsultos como aos que gregariamente osaplaudiam ou impediam com seus berrosque se expressasse com liberdade o depu-tado que estivesse no uso da palavra.

Agora valorei muito mais a palavra doano para os galegos: sentidinho. Porque

isso é o que se precisa na política doEstado. Lamentavelmente os deputadoseleitos por partidos das três extremas di-reitas, ainda que procedessem de territóriosperiféricos, forom igual de intransigentesem expressões ou ruídos que seus colegasda meseta; o problema não é a procedênciaterritorial senão a procedência política ouideologica. Lamentável. Só de desvergonha,falta de humanidade e da mínima educaçãose pode qualificar o desaprecio com que o

Vox Espinosa de losMonteros (a quemse supõe ter rece-bido uma boa edu-cação) chamou,numa entrevista doprograma de Ana Rosa no Congresso, “es-pecimem” a Echenique, de Podemos, maiscruel se temos em conta sua minusvalíafísica. Curiosamente os integrantes deestes grupos das três direitas som os quepulam póla educação privada e póla matériade religião como obrigatória nos colégios,precisamente os que com mais veemênciapateavam, berravam ou insultavam; nãoparece que nesses colégios privados recebammuito boa educação nem que o ensino dareligião lhes outorga-se respeito e caridadefronte ao outro, prova de que religião nãocontribui a formar cidadãos livres, asavessas converte-os na Fe, que é a obe-diência cega, e no ódio que destilam.Esses ativistas religiosos não amam a seupróximo, recrutam ovelhas e as que fogemdo rebanho as anatematizam ou fuzilamou queimam ou cortam o pescoço, pois detodo e de todos temos exemplos. A Igreja,como sempre, também polo médio nestetumulto. Com muito bom critério TWITERsuspendeu a conta de Vox por incitaçãoao ódio.

E também por incitação ao ódio, polasua zafiedade e mau gusto, polo quedenigra e avergonza a uma cidade e afalta de respeto consigo mesmo do Sr. Al-calde de Ourense, que chegou ao cargocom o apoio do PP á sua forza políticaD.O., abundantemente votada por cidadãode Ourense, também deveria ser suspendidoo Sr. Alcalde ou colocar nos Plenos umaartimanha que impedisse a audição detodos os palavrões, insultos ou descalifi-cações que dirige á bancada da oposição.O Sr. Alcalde está dando uma triste imagemde esta cidade que em algum tempochegou a ser a Atenas galega.

Quinta do limoeiro, março de 2.020

Palavras que identificam

Por Nemésio Barxa

Oalcalde de Santiago,Xosé Sánchez Bugallo,e o delegado do Go-

berno en Galicia, Javier Losada,mantiveron este venres unhaxuntanza telemática, na queeste lle explicou ao rexedor aampliación dos prazos do Xaco-beo 2021, que continuarán en2022. Así o acordou o Executivoen Consello de Ministros, poriniciativa do Ministerio de Cul-

tura e Deporte a través do seutitular, José Manuel RodríguezUribes.

Dentro do paquete de medidasvinculadas á pandemia da CO-VID-19, o Goberno decidiu am-pliar os prazos para os grandeseventos previstos como Aconte-cementos de Excepcional InteresePúblico, como é o caso do Xa-cobeo 2021. O Executivo esperaasí que o seu tirón se prolongue

e sirva para axudar á recuperacióneconómica de Galicia nun acon-tecemento que congrega millónsde visitantes.

A prórroga dun ano desteAcontecemento de ExcepcionalInterese Público implica que seprorrogan os beneficios fiscaisa todos aqueles que contribúantanto á programación como ádifusión do Ano Santo. As de-ducións son de ata un 90%, as

cifras máis altas que pode ofrecero Estado. Así, o Executivo fo-menta a participación do sectorprivado, pois os beneficios fiscaiscontribúen a potenciar tanto aaportación de fondos para a re-alización de actividades como adivulgación da celebración me-diante as campañas de publici-dade nas que se incorpora o lo-gotipo do acontecemento.

Así o expresou Javier Losada

nunha videoconferencia con XoséSánchez Bugallo, que agradeceuas xestións do Goberno. No en-contro telemático alcalde e de-legado do Goberno repasaronos investimentos vinculados aoCamiño de Santiago, que ten naactualidade 24 millóns de eurosdedicados á rehabilitación daCatedral, agora con obras naescalinata e na cripta do Obra-doiro.

O delegado do Goberno comunica ao alcalde de Santiago a ampliación dosprazos do Xacobeo 2021, que continuará en 2022

Page 6: Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos e mais autênticos. Infelizmente, este ano de 2020, com a infame pandêmia que

NOVAS DO EIXO ATLÁNTICO | Maio de 20206

EntrevistaMONCHO MARIÑO

-Que supuxo para ti que Cara-valho Calero teña o seu Día dasLetras Galegas?

Empezarei dicindo que a miñavisión tando do Día das Letrascomo da Real Academia Galega ébastante crítica. A min interé-sanme máis o tipo de homenaxesou celebracións que non dependando que decida un grupo de seño-res, porque a maioría son señorese de determinada idade. Creo quedeberiamos depender menos daRAG e do Día das Letras Galegas.Deberamos pensar en modelos decelebrar ou homenaxear máis des-centralizados e máis horizontais.Mais por outra parte, como sonpersoa de práctica reintegracio-nista e dado que Carvalho taménfoi académico, tamén me pareceque con este día tamén se cumpreou se repara unha débeda histó-rica. Tamén é unha resposta aoque era unha demanda moi es-tendida en toda a cultura galega.Estou distante mais tamén llevexo cousas positivas.-Escoller para este ano a Car-valho Calero podería incomodará Xunta?

Non creo, porque tanto os actosda Academia como da Xunta sonmoi institucionalizados e rituali-zados. O único que pode incomodarde Carvalho Calero é a ortografía,letra arriba, letra abaixo. A Xunta

vén dando nos últimos anos unhaapertura ao que é a lingua portu-guesa, polo menos de vistas paraafora. Entón, creo que dalgunhamaneira ese risco está controlado.Por outro lado, tamén podemosestar diante dunha estratexia daRAG para acabar coa cuestión deCarvalho e ese “pequeno problema”e para a Xunta pode funcionar damesma maneira. -Esa apertura da Xunta cara oportugués non é outra maneirade mostrar complexo de infe-rioridade a respecto da varie-dade ao norte do Miño?

A postura da Xunta sobre oportugués é a de lingua estran-xeira. Non se mira como variantedo galegoportugés. Vese comolingua estranxeira á que lle aplicancoa lei Paz-Andrade, onde tenunha certa valorización por cues-tións económicas e sociais ademaisde culturais. Mais considero queas persoas que consideran quegalego e portugués son a mesmalingua ou que debera ter máispresenza en Galicia, seguen man-tendo as mesmas posturas críticascoa Xunta sobre o galego.-Coa homenaxe a Carvalho Ca-lero, poderíase falar dun pasocara o entendemento das dúasposturas ortográficas?

Isto segue sendo unha home-naxe a unha persoa que quería

unha determinada ortografía asícomo que se falase dunha linguanacional e non autonómica. Seiso pode axudar a medio oulongo prazo a que haxa algúncambio na ortografía do galego,ou o uso en escolas e outroscontextos, son moi pesimista.Simplemente porque este é undía para estudar a unha persoa,coñecer a súa figura e para ooutro ano será outra persoa. Maisque haxa cambios na ortografíaoficial ou na maneira de escrebero galego, se segue dependendodo Instituto da Lingua Galega eda RAG, creo que non vai haberposibilidade de cambio.-Entón, a actitude do gobernoautonómico de cara o idiomado país...

É unha actitude de non facernada. Hai quen di que é unha ac-titude hostil e frontal contra ogalego. Non o vexo tanto así,pois o galego ten unha presenzano que se considera politicamentecorrecto. Ninguén di explicita-mente que está contra o galego.A política deste goberno e doutrosanteriores é a de deixar facer. Ogalego está nunhas condiciónsen desabantaxe con respecto aoespañol. Deixar facer permite quese perda número de falantes. Asestatísticas non menten, houboun descenso brutal de falantes,

sobre as competencias cada vezmáis xente sabe escreber melloren galego, mais temos unha bai-xada moi forte en competenciasorais. As actitudes negativas fron-tais desaparecen, mais temos ou-tros prexuízos novos como o queo galego prexudica para facer aselectividade. Cando a Xunta ofrecedatos sobre o galego, só podepresumir das competencias es-critas, do resto non pode presumir. -Pódese reverter esta situación?

Si, mais só cunha mudanza ra-dical do tipo de política e planifi-cación lingüística. Políticas activasen favor do galego, implementadassobre todo a través da educaciónobrigatoria. Porque aí é onde che-gas á maioría da xente. Co PPisto non interesa, tería que haberun cambio de goberno e poderimplantar cambios de políticas eun cambio de política moito máis

ambiciosa. Noutras CCAA as cousasfuncionan mellor, certo que as si-tuacións de partida son diferentes.En relación coa Xunta, esta sempreconsiderou o galego máis comoun problema, máis que un ob-xectivo a conseguir. Cando estabao bipartito foi moi sintomáticoque a Secretaría de Política Lin-güística estivese ocupada porunha persoa designada polo PSOE.Os socialistas temían que se esasecretaría a levaba o BNG, alingua podería ser unha cuestiónproblemática. Durante o bipartito,no sector educativo avanzousetimidamente e montouse a quese montou. Se ese goberno con-tinuase, teríase consolidado esaliña, tímida ao meu ver, de con-solidar o galego no ensino. Peca-ron de falta de ambición, en com-paración co actual goberno, eramoito máis positivo.

Entrevista a Isaac Lourido

“A Xunta considerou sempre o galego máis como unproblema que como un obxectivo”

Isaac Lourido é profesor na Universidade da Co-ruña, doutor en Teoría da Literatura e LiteraturaComparada pola Universidade de Santiago. Foi

Premio Carvalho Calero en 2014 por História literáriae conflito cultural. Bases para umha história sisté-

mica da literatura na Galiza. A súa postura tanto lin-güística como ortográfica fai que a súa opinión noano Carvalho Calero, sexa de importancia, tanto polaanálise da figura do homenaxeado como das postu-ras que este defendeu no seu día.

Page 7: Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos e mais autênticos. Infelizmente, este ano de 2020, com a infame pandêmia que

7NOVAS DO EIXO ATLÁNTICO | Maio de 2020

MONCHO MARIÑO

Entrevista

-Foi unha sorpresa para ti queCarvalho Calero sexa o home-naxeado no Día das Letras Ga-legas?

Si e non, por un motivo e éque por unha banda era unha ce-lebración xa demandada desdehai moitos anos por moitos denós, das persoas que estamosdentro do profesorado, da culturaen relación co galego. Así pois,pensamos que un ano máis ou unano menos, esta homenaxe caeríapolo seu propio peso. Pola outrabanda, debo lembrar e avisar deque con independencia da demo-rada decisión da RAG, xa viñamoscelebrando e recoñecendo comose merece a figura de CarvalhoCalero. En vida del tiven a opor-tunidade de participar na home-naxe que lle ofreceu a AsociaciónCultural Medulio de Ferrol. Despoisdo seu falecemento, en moitosactos públicos, artigos, simposios,na Galiza e fóra dela. Por iso digoque algúns, entre os que estou,non esperamos que ao final a RAGconcedese este día a Carvalhopara continuar recoñecendo a súafigura, facerlle xustiza, porque asúa obra e persoa son acredorasde todos os recoñecementos nosose porque a súa obra merece serlida e recordada por todos nós.-Estanse cumprindo as premo-nicións de Carvalho sobre o ga-lego como lingua de “liturxia”,só empregada para algúns mo-mentos concretos?

El escribira un artigo titulado“O uso do galego para todo”,que usei de base para o manifesto

da Plataforma Queremos Galegome pediu en vista ao Día das Le-tras Galegas. Foi un manifestoen forma de carta aberta a Car-valho Calero. Naquel artigo el xaavisaba da tentativa de “confinar”o galego, só como lingua literariaou limitadamente literaria, sópara poesía lírica. El dicía “teria-mos así nese suposto restritivo,unha lingua ritual, reservada,confinada, refreada, conxelada eacabaría asfixiada, reprimida, aca-darmada, consecuentemente unhalingua ferida de morte, unhalingua morta, un latín para espe-cialistas, unha lingua pronto inen-tilixíbel para o común dos gale-gos”. Por contra el defendía queo galego debera vivir máis alá dapráctica literaria, senón taméndos diferentes usos como o ad-ministrativo, coloquial ou xudicial.Concluía que “o galego ten queser a lingua normal de uso dosgalego”. Este diagnóstico non sóse cumpriu se analizamos a polí-tica oficial, senón que o fixo am-plamente. Durante a última décadaprogramouse a exclusión da nosalingua de todos os ámbitos eprogramouse unha españolizaciónde todos os ámbitos máis profundae contundente da que existía. -Como puido ser así?

A loita a prol do galego, encalquera das súas formas, viuseen moitas dificultades e entor-pecementos e imposicións repre-sivas e negativas. A alerta deCarvalho sobre o confinamentoda lingua, moitos de nós seguimosa tratar de conxurala en beneficio

da vida do idioma. El xa o dixera“o galego para viver tem que so-breviver”. Iso precisa dunha pro-tección e axuda pública institu-cional de todos os poderes públi-cos. Non pode quedar nunha loitagrupal, senón que necesita unsmecanismos favorables a esa pre-senza, que as institucións quetodos e todas pagamos deberanpór en práctica. De maneira queo seu diagnóstico e prognósticoestán máis vivos que nunca.-Desde hai unha década que sepide derrogar o decreto Feijóosobre a lingua. Estamos xa naagonía do galego?

Se nons cinguimos á etimolo-xía, si. A agonía era a pre-morte,a loita entre a vida e a morte.Iso é o que significa agonía. Es-tamos nunha crise, non estamosno sentido hoxe común da agonía,na acepción de tempo previo aunha morte. Por que digo isto?Porque os e as que facemos usodo galego existimos, non nos re-signamos ou que teña só un cul-tivo literario dentro dun circuíto.Non admitimos espazos estancose pechados para a súa utilización.Entón deberamos ter en conta osubstantivo que é “normalización”,que vén de “normalizar”, que vénde “normal” e este de “norma”. Enorma significa hábito e presenzaubícua, multifuncional. Os quedefendemos un uso non restrinxidodo galego poderemos ser unhaminoría, mais somos unha minoríaque quere deixar de selo. Non secomprace na súa limitada canti-dade, senón que quere ao galego

como lingua de todos os nososcompatriotas.-Estase exacervando o autoodioentre nós?

Por unha parte si, porque nun-ha situación de conflito lingüísticocomo o do galego, hai unha su-bordinación obxectiva da linguagalega na súa propia sociedade.Todo conflito é dinámico e senon se combaten as condutaspro-diglósicas, aumentarán porquea presión da lingua dominanteaumenta. No tempo actual taménse incrementou pola globalización,pois toda a propaganda oficialquere desnacionalizarnos, de fa-cernos cidadáns do mundo mun-dial, como se non tivesemos no-cións de orixes. A realidade hu-mana é que existen sociedadesdistintas e distintivas. A únicademocracia e internaciolanismo

democrático son os que recoñecena existencia de todos os pobosdo planeta. -E a relación entre o galego e oportugués poderá darse libre-mente algún día?

Partimos dunha realidade cien-tífica, o galego e o portuguésson a mesma lingua. O portuguésé o galego que puido converterseen oficial e moderno, dotado danecesaria institucionalización quegarante un estado independente.Podemos falar da mesma linguafalada en diferentes lugares, cogalego como matriz, o portuguésde Brasil ou doutros lugares domundo. Mais establecida esta ver-dade, a partir aí vainos a vidaaos que defendemos a nosa linguaa súa pervivencia digna, comolingua normal entre toda a socie-dade galega.

Entrevista a Pilar García Negro

“Nos últimos anos programouse unha exclusión do galego de todos os ámbitos máis profunda da que existía”

María Pilar García Negro ten abondo cu-rrículo como para falar con autoridadeda actual situación sociolingüística do

país. Non só pola súa traxectoria académica oupolítica, senón porque o feito de vivir en primeirapersoa a desafección cara o galego dentro do ám-bito educativo, político e funcionarial, levouna a

enfrontar máis dunha vez ataques virulentosdesde as propias insitucións que deberan velarpolo idioma. Aquí falamos con ella sobre o Día dasLetras que este ano lle foi outorgado a RicardoCarvalho Calero, quen coincidía con García Negrono perigo que supón que o galego quede comolingua litúrxica.

www.novasdoeixoatlantico.com

Page 8: Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos e mais autênticos. Infelizmente, este ano de 2020, com a infame pandêmia que

NOVAS DO EIXO ATLÁNTICO | Maio de 20208

Redacción A CORUÑAGalicia

Osecretario xeral do PSdeG,Gonzalo Caballero, explicouque a crise do coronavirus

puxo de relevo que “en Galicia faifalta un cambio” porque necesitamoster na nosa comunidade “un gobernoda Xunta que aposte polos servizospúblicos”, nomeadamente pola sani-dade, e “por non deixar a ninguénatrás”.

Por iso, o líder dos socialistas ga-legos apostou por retirar a Feijóo dogoberno de Galicia, porque foi “ocampión dos recortes” na sanidadepública. Así o reflicte o informe docomité de expertos sanitarios, quepon o foco na perda de máis de 1.100profesionais só na atención primariae nas case 1.000 camas hospitalariasque se perderon dende que o PPvolveu á Xunta.

Ademais, Gonzalo Caballero apostoupor poñer en marcha outro modelo

de residencias para os maiores fronteao modelo de “privatización” destescentros que impulsou Feijóo. Estasresidencias, explicou, perciben “moitosingresos” pero amosaron “moitas de-bilidades” no coidado e na proteccióndos nosos maiores durante a pandemia.De feito, case a metade dos falece-mentos a causa do coronavirus enGalicia déronse nas residencias, ondexa o Consello de Contas alertara deque moitas delas non contaban copersoal e os medios requiridos paraatender debidamente aos usuarios.

En paralelo, o secretario xeral doPSdeG, que é economista de profesión,sinalou que a política económica deGalicia ten que cambiar, posto que aXunta debe apoiar ás pemes, aos au-tónomos e aos asalariados, comoestán facendo dende tantos concellose dende o goberno de España paraestar “ao carón da cidadanía”. “Temos

que saír todos xuntos destacrise”, profundou.

“Nós temos un proxecto decompromiso coa sanidade pú-blica, co fortalecemento do es-tado do benestar e cunha polí-tica económica que non deixea ninguén atrás”, asegurou Gon-zalo Caballero, que recordouademais que estas receitas, queagora se comproban tan nece-sarias tralo paso da pandemia,son as que sempre figuraron noideario do PSdeG.

Mentres a dereita e a ultra-dereita alentan manifestaciónscomo a do barrio de Salamanca,o goberno de España está po-ñendo en marcha axudas paraautónomos “por primeira vezneste país”, abonando os sala-rios de centos de milleiros detraballadores, axudando ás em-presas para manterse a flote,impedindo os desafiuzamentos,

aumentando as becas e dispoñendounha renda mínima vital para combatertamén “a curva da desigualdade”.

Agora, nun contexto electoral queFeijóo decidiu “unilateralmente” e“rachando os acordos” que permitironaprazar os comicios previstos para o5 de abril, Gonzalo Caballero sinalouque “toca activarse” e traballar paradar a Galicia un goberno de progresoá fronte da Xunta.

Pola súa banda, o máximo dirixentedo PSdeG comprometeu que un go-berno progresista na Xunta fará dasanidade pública “a súa bandeira” e“rearmará” o sistema para dar unhaatención de calidade aos galegos eás galegas despois destes once anosde Feijóo.

Do empeoramento da sanidade pú-

blica saben os doentes, que viron au-mentar as listas de espera e compro-baron a saturación sistemática daslistas de espera; e sábeno tamén osprofesionais sanitarios, que protago-nizaron “folgas constantes” nesta dé-cada e ata “dimisións en bloque” nal-gunhas áreas sanitarias.

“Tras once anos de recortes, Feijóoestá escribindo as súas últimas páxinasá fronte da Xunta”, remarcou o res-ponsable do socialismo galego, quenasegurou que o PSdeG está “prepara-do” para dar a Galicia “un proxectode futuro” e que teña en conta que areconstrución “non pode deixar aninguén na cuneta”. “Hai que desa-loxar á dereita do goberno galego epoñer en marcha unha nova política”,concluíu.

Gonzalo Caballero: “En Galicia fai falta un cambio.Desta crise temos que saír reforzando a sanidade

e os servizos públicos”

Page 9: Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos e mais autênticos. Infelizmente, este ano de 2020, com a infame pandêmia que

9NOVAS DO EIXO ATLÁNTICO | Maio de 2020

Redacción OURENSE

Galicia

OPSdeG-PSOE de Ourensedenuncia a “noxentacomplicidade” de Alberto

Núñez Feijóo e Manuel Baltar coaestratexia do PP que busca tombaras axudas extraordinarias para au-tónomos, amas de casa ou traba-lladores en ERTE a causa daCOVID-19, ó non apoiar a prórrogado estado de alarma. Os socialis-tas denuncian a “irresponsabili-dade” e a “borracheira de poder”dos populares, que só teñen postoo seu foco no desgaste do Go-berno central adoptando “deci-sións deplorables” que implican afin destas axudas adoptadas porprimeira vez na historia “deixandosen protección social a millóns depersoas de súpeto”.

“O PP é experto en deixar naestacada ás persoas nas crises,

posto que foi o único que fixoentre 2011 e 2018”, unha decisión“inhumana e insolidaria que asociedade xa lles reprochou nasurnas varias veces”, sinalan. “Men-tres Feijóo, Baltar e o seu anexolowcost no Concello de Ourense,Gonzalo Pérez Jácome, só se adi-can á propaganda valeira anun-ciando sobres con billetes paraautónomos que nunca chegan, oexecutivo de Sánchez céntrasenos “feitos” e xa ingresou a mi-lleiros de autónomos e autónomasde Ourense a “prestación extraor-dinaria que cobrarán incluso candoretomen a súa actividade e sómentres estea en vigor o estadode alarma”, destacan antes deexplicar que o Goberno “taménestá a reintegrar as cuotas pagadasdesde marzo”.

O PSdeG denuncia a complicidadede Feijóo e Baltar para tombar

axudas a autónomos

OConcello de Ourenseconstruirá un aparca-doiro disuasorio de 600

prazas na rotonda das Lagoas,moi preto do centro da cidade.Un proxecto “moi necesario” si-nala o alcalde, Gonzalo Pérez Já-come, xa que permite “darresposta ás necesidades queexisten nesa zona. Trátasedunha actuación que formaparte do plan de investimentospor importe de 50 millóns deeuros anunciado polo grupo degoberno municipal, que tencomo obxectivo “reactivar aeconómica no Concello ante asituación provocada polo COVID-19”, comenta o rexedor.

O aparcadoiro disuasorio estaría

situado na zona do campus uni-versitario, xusto fronte ao edificiopolitécnico. Trátase da rotondadas Lagoas, emprazada dentro dopolígono da Zona 4 do Solo Ur-bano número 25 do Plan Xeral deOrdenación Urbana de Ourense,no subsolo da praza interior daurbanización que se está levandoa cabo, cunha superficie aproxi-mada de 7.000 metros cadrados,na zona da avenida de Otero Pe-drayo e rúa de Castelao, contiguaá residencia universitaria e áigrexa da Asunción.

Para o alcalde, o obxectivodo aparcadoiro disuasorio “édesconxestionar o tráfico rodadodo centro da cidade, xa que sehabilita a opción de aparcar os

vehículos a unha distancia atrac-tiva”. O custo da construcióndo aparcadoiro roldaría os 4 mi-llóns de euros e unha partesería asumida polos convenioscoa urbanización que se estápromovendo no mesmo punto.Por outra banda, e segundo secontempla no proxecto, en su-perficie do aparcadoiro cons-truirase unha praza-parque de7.000 metros cadrados.

Outra das cuestións técnicasfai referencia a que o aparcadoirotería tres niveis, todos soterrados,e para facilitar a súa accesibili-dade e comodidade, debido aoseu tamaño, contará con outrostantos accesos de vehículos, in-cluíndo unha rampla de caracol.

O Concello construirá un aparcadoirodisuasorio nas Lagoas

O aparcadoiro será de baixo custo e de titularidade municipal.

OBNG criticou a inaccióndo cogoberno munici-pal e o executivo ga-

lego ante a falta de probas nocorpo de bombeiros. A forma-ción nacionalista cualificou deescándalo que a plantilla tiveranque facer as probas na privada eadiantou que pedirá explica-cións á Xunta de Galiza.

Un bombeiro de Ourense deupositivo tras mostrar síntomasda covid-19. Nese momento, oBNG instou tanto ao gobernomunicipal como a Xunta de Galizaa facer probas masivas a toda aplantilla do corpo de bombeirosalegando que era “un servizo

esencial” para a cidadanía e xaarrastraban un cadro de persoalmoi escaso.

“É inadmisíbel que non sefixera a proba desde a adminis-tración galega a todos os bom-beiros deste parque” sinalou arepresentante do BNG, Noa Presas.Continuou explicando que é unservizo esencial que vela polaseguridade de milleiros de ou-rensáns e demóstrase que “siguehabendo unha convivencia do PPcoa sanidade privada. Non haiunha intervención pública realnos laboratorios privados” afirmouPresas aludindo á situación dealarma decretada polo goberno.

A Administración non fixo probas daCovid19 ós bombeiros

OMinisterio para a Transi-ción Ecolóxica e o RetoDemográfico avanza no

proxecto de “Finalización do sa-neamento do río Barbaña, me-llora EDAR de San Cibrao dasViñas fase II (Ourense), tal ecomo publica o BOE do 8 demaio, iníciase o procedemento deavaliación de impacto ambiental.

O citado proxecto dará comoresultado unhas actuacións desaneamento integral do río Bar-baña nas que o investimento es-timado alcanzará os 29.800.000de euros, financiado a través de

Fondos Europeos; aproximada-mente 12,8 mill/€ correspondená remodelación da EDAR, 3 mill/€aos colectores de augas fecais e14 mill/€ aos colectores deaugas pluviais e o seu tratamento”matizou José Antonio Quiroga,presidente da CHMS.

“Neste momento, a colabora-ción e implicación de todas asAdministracións e a conciencia-ción social e do tecido empre-sarial é clave para evitar os epi-sodios recorrentes de contami-nación ao río Barbaña”, concluíuo presidente.

Río Barbaña preto da desembocadura no río Miño.

Trinta millóns de euros para osaneamento integral do río

Barbaña

Page 10: Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos e mais autênticos. Infelizmente, este ano de 2020, com a infame pandêmia que

NOVAS DO EIXO ATLÁNTICO | Maio de 202010

Redacción Galicia

Os socialistas da cidadede Ourense amosan asúa sorpresa polo feito

de que o Goberno municipal “sededique a criticar, pública-mente, ao sector da cultura, nocanto de ofrecer alternativascreativas e innovadoras parapromover un eixo produtivo quepode ser clave na promoción eo desenvolvemento da cidadedespois da pandemia“. “A fallade competencia e liderado doconcelleiro Mario González sonpatentes, tanto na xestión dosrecursos municipais, como nanecesaria apertura ao mundo dacultura extra-muros da casaconsistorial”, sublíñase dende aformación socialista.

O PSdeG-PSOE afirma que

“Jácome e o seus atoparon nacrise do coronavirus a escusaperfecta para prolongar a lentaagonía da cultura na cidade,deixándoa morrer por inanición”,e utilizan “ataques constantesa un sector que precisa de apoiomunicipal nestes momentos decrise”.

Tal xeito de actuar evidencia,unha vez máis, o desprezo doco-goberno actual pola culturacoma un dos elementos quepode ser clave para o rexurdirde capital provincial. Unha mio-pía política particularmente gra-ve no centenario da publicacióndo primeiro número da revistaNós, iniciativa solicitada polosgrupos da oposición e esquecidapolo goberno municipal.

Os socialistas acusan deinacción cultural aobipartito do Concello

Oalcalde de Ourense,Gonzalo Pérez Jácome,deu a coñecer que, o

plan de obras que desenvolveráo Concello de Ourense e quemobilizará 50 millóns de eurosna cidade incluirá “unha obraabsolutamente emblemática nobarrio da Ponte”. O barrio conmaior número de habitantes dacidade, contará co parque máisgrande do centro urbano de Ou-rense con 18.000 metros cadra-dos, que superará a extensiónde espazos públicos como o Par-que de San Lázaro, que ten7.000, o Xardín do Posío, de14.000 ou o Parque Miño17.000 metros cadrados.

Este espazo verde público es-tará comprendido nun triángulo,entre as rúas de Xesús Pousa e

Basilio Álvarez e a Avenida dasCaldas. Nestas 1,8 hectáreas,construiranse, entre outros equi-pamentos, unha piscina de veránde 1.200 metros cadrados, tantopara adultos como para nenos,que será gratuíta e de acceso li-

bre a todos os cidadáns de Ou-rense. Será municipal e “darallesunha calidade de vida tremendaaos habitantes de todos os edi-ficios próximos da Ponte, xa queOira está a máis de 1 quilómetro”,indica o rexedor.

O obras custarán 5 millóns de euros e unha parte será sufragado por conve-nio polas promocións lindeiras.

Ourense construirá no barrio da Ponteo maior parque urbano da cidade

Odelegado territorial daXunta en Lugo, José Ma-nuel Balseiro, reuniuse

por videoconferencia coas distin-tas asociacións que agrupan aocomercio da Mariña para trasla-darlles as principais medidas deapoio que está a artellar o Go-berno galego para axudar ao sec-tor a afrontar as consecuenciaseconómicas derivadas da actualcrise sanitaria.

Na xuntanza estiveron presentesrepresentantes da Federación deComercio da Mariña, CCU de Viveiro,CCA Ribadeo-ACISA, CCA Burela eACIA de Foz. Tamén participou a

xefa territorial en Lugo da Conse-llería de Economía, Emprego e In-dustria, Pilar Fernández, e persoaltécnico do Instituto Galego dePromoción Económica (Igape).

Balseiro destacou a liña deapoios para facilitar liquidez in-mediata a autónomos e pemes. AXunta, a través do Igape, permiteacceder a préstamos de entre3.000 e 200.000 euros para cubriros seus gastos correntes, facturas,pago de salarios ou de alugueiros,entre outros. A Xunta bonificaráo 100% dos tipos de interese.

Por outra banda, a Adminis-tración autonómica tamén apro-

bou o aprazamento das cotas deamortización e xuros dos présta-mos formalizados coa Xunta –através do Igape e XesGalicia– eaprazou o pago de distintos im-postos de xestión autonómica,como é o caso de actos xurídicosdocumentados.

Tamén se avaliou a medida queservirá para adiantar parte da nó-mina aos traballadores afectadospor expedientes de regulacióntemporal de emprego (Erte) xaaprobados por parte da Adminis-tración autonómica pero que agoraestán á espera de que o Gobernolles pague as súas prestacións. A

Xunta avalará o adianto de 1500euros por traballador, cun topemensual de 750 euros, ata o mo-mento en que se produza o pagoda prestación estatal pendente.

Balseiro salientou que as me-didas económicas que está a arbi-

trar o Goberno galego para tratarde facer fronte aos efectos dacrise sanitaria parten do diálogoe do consenso e teñen como ob-xectivo máis inmediato dar liquidezás empresas e ás familias, pensandoao mesmo tempo no futuro.

Medidas de apoio para os comerciantesda Mariña

Videoconferencia de comerciantes e técnicos do Igape.

AConcellería de Medio Am-biente iniciou os traballosde mellora da estética da

cidade, que se están centrando naplantación de nova xardinería e naposta en valor dos distintos ele-mentos decorativos florais, caso

das xardineiras: retiráronse untotal de 58 para o seu lixado e pin-tado, de forma que poidan volverás rúas xa decoradas con planta detempada como begonias, caraveis(tajetes patula) e alegrías (sunpa-tiens), entre outras.

As actuacións abarcan espazossingulares da cidade coma a zonadas Burgas, zona vella, praza doBispo Cesáreo, Avda. Otero Pedrayoe a zona do parque de San Lázaro.Pero tamén espazos representa-tivos da trama urbana, como as

glorietas de Nexus, o accesoCentro, Nosa Señora da Saínzae Bonhome, zonas de grandetránsito de ourensáns e visi-tantes.

Estas actuacións realiza-raránse tamém en A Cuña-Mariñamansa, Polvorín-Cru-ceiro, Alfredo Brañas, Avenidade Santiago e Río Mao… Asíaté máis de 50 intervenciónsen toda a cidade.

O Concello mellora a estética da cidade e dos barrios

Page 11: Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos e mais autênticos. Infelizmente, este ano de 2020, com a infame pandêmia que

11NOVAS DO EIXO ATLÁNTICO | Maio de 2020

Opinión

“Todo o mundo sabe que eu professo emmatèria linguística as ideias tradicio-nais, as ideias de Castelão, e como

estas ideias são contrárias às ideias quereinam no mundo oficial, no aspecto cul-tural, pois não tenho muito predicamento,ao parecer, dentro desas esferas.”- Club delectura de poesía (2010)

A figura de D. Ricardo Carvalho Calero(Ferrol, 30 de outubro de 1910-Santiagode Compostela, 25 de marzo de 1990) foicontrovertida e polémica, tal e como re-flicten as palabras iniciais orixinarias dopropio autor, mais o paso do tempo, fixoque unha evolución notoria na cultura ga-lega permita que hoxe, no case cumpri-mento dos cento dez anos do seu nace-mento, Galiza honre o seu labor intelectual,académico e social.

Feitos como as súas aportacións á historialiteraria galega, a súa concesión como pri-meiro profesor e catedrático de Lingüísticae Literatura Galega na Universidade deSantiago de Compostela (USC), ou a in-fluencia dos seus pensamentos sobre o ga-lego, fixeron que a Real Academia Galega(RAG)seleccionase a dito autor como ho-menaxeado no Día das Letras Galegas 2020.

A pesar da longa cadea de méritos e vi-vencias que marcan a transcendencia vitalde Carvalho Calero, froito da súa partici-pación en múltiples institucións e entidadessociais e culturais, é destacable o puntode inflexión que para o mesmo supón o

estalido da Guerra Civil, a raíz da calingresa en prisión ata o ano 1941 motivoda súa postura a prol do bando constitu-cional. Deste xeito pódese afirmar queCarvalho Calero foi vítima da guerra e dasrepresalias da posguerra, sen embargo,nada diso impediu que o seu cometidochegara a bo porto. Así, tempo despois,no ano 1950 comeza a súa andaina no Co-lexio Fingoi (Lugo) da man de D. AntonioFernández, coa pretensión de fomentarunha renovación pedagóxica vangardista.O centro mixto con ensinanzas modernasde Fingoi nace cunhas iniciativas moiavanzadas, significando para o autor unhafonte de liberdade educativa, cultural eeconómica. Carvalho Calero cumpriu á per-fección co cometido inicial proposto parao centro, así, como profesor e director ex-cepcional, dotou a este dunha relevanteinnovación pedagóxica e incrementou ointerese dos seus e das súas discentespola cultura galega. A docencia do autorestivo impregnada polos principios edu-cativos da Institución de Libre Enseñanza(ILE), impulsada especialmente por Fran-cisco Giner de los Ríos (fundador principalno ano 1876) e o seu alumno predilectoManuel Bartolomé Cossío, quen se encargoude seguir fomentando o movemento tras ofalecemento de Giner. Dito movementopedagóxico concíbese como o máis im-portante a nivel europeo, e funcionou atamediados dos anos trinta cando se veu

prohibido polo fascismo español. No querespecta á metodoloxía imperante nocentro, destaca a ausencia de libros detexto, as representacións teatrais que selevaban a cabo que tiñan orixe tanto enobras do propio autor como doutras per-sonalidades destacadas como Castelao, asviaxes culturais ao mercado ou aos hortos,así como as clases musicais de gaita ecanto, onde unha vez máis se poñía de re-leve a cultura de Galiza.

Mais este centro ademais de supoñerun alcouve de innovación educativa dentrodo lóbrego horizonte do franquismo, taménsupuxo unha fonte de crecemento persoale intelectual para Carvalho Calero, levandoa cabo os seus primeiros libros de poesíae traballos inéditos sobre relevantes es-critores e escritoras galegos. Sen embargoo autor non só cultivou a poesía, e dedita etapa no Colexio de Fingoi consérvanseobras de toda tipoloxía literaria, destacandoentre elas: Anxo da terra (1950), A xenteda Barreira (1951), Sete poetas galegos(1955) ou Versos iñorados e ou esquecidosde Eduardo Pondal (1961).

É no ano 1965, cando o autor da porconcluída a súa etapa no centro lucensede Fingoi, abríndose paso na ensinanzapública, concretamente, comeza a exercerno Instituto Rosalía de Castro (Santiagode Compostela), ao mesmo tempo queemprende a docencia de Lingua Galega nauniversidade compostelá.

Así, aínda que os méritos de CarvalhoCalero, grazas á súa sabedoría e bo facerintelectual son múltiples no seu transcursovital, considérase fundamental homenaxearo seu paso polo Colexio de Fingoi, quedeixou unha pegada inalterable que con-tinúa a ser notoria na contemporaneidademanténdose as directrices docentes iniciadaspolo autor no centro educativo.

Hoxe sorrí Galiza e milleiros de galegosque festexan agradecidos o incesante es-forzo que Carvalho Calero impulsou a prolda nosa cultura, constituíndose como claromerecedor da honra que se lle concede eevitando que a súa esencia desapareza deentre nós.

Un paso á fronte na cultura galega: Ricardo CarvalhoCalero homenaxeado no día das Letras Galegas 2020

Fotografía tomada ao redor de 1930, etapa democidade do autor.

Por Lucía Lareo Pena

Do seu irmán Antón xa falei nestexornal, ao resumir textos sobre asIrmandades da Fala, nas que apa-

recía como fundador; porén de Ramónnunca falara e queríao facer agora. Non voudicir nada que non se saiba xa, pero resúl-tame grato facer estes pequenos resumosdivulgativos. O seu pai era un emigranteenriquecido e, a parte del, tivo outros tresfillos. Estudou bacharelato no Instituto deLugo e evitou facer o servizo militar, pormor da redención económica estipulada naépoca para a xente que tiña posibeis. Es-tudou Filosofía e Letras en Madrid e, nestaépoca, concebiu co seu irmán Antón acreación dunha asociación para loitar con-tra a marxinación e a estigmatización dalingua galega. O seu irmán casou con Mi-caela Chao (tamén fundadora das Irmanda-des da Fala) e el casou coa súa irmá TeresaChao. Xogou un papel activo nas Irmanda-

des e na organización da Irmandade coru-ñesa e ferrolá. Trasladouse a Cataluña paranegociar unha alianza para as eleccións defebreiro de 1918 coa “Lliga” catalanista deCambó. Intervén en numerosos mítines e

escribe en “A Nosa Terra”, defendendo oidioma como signo distintivo da nación ga-lega, defende tamén a praxe do monolin-güísmo, critica o centralismo e a políticaasimilista do Estado español, defende asobras do ferrocarril da costa, apoia o cata-lanismo,... Traballa como xerente da edi-torial “Céltiga”. Súmase ás teses deVicente Risco e ingresa na Irmandade Na-cionalista Galega. Durante a Ditadura dePrimo de Rivera é dos poucos que continuacoa actividade da ING en Viveiro, cen-trando o seu traballo no labor xornalístico.Colabora coa revista “Céltiga” de Bos Airese -entre outros- co xornal "Galicia", diri-xido por Valentín Paz-Andrade; sendotamén correspondente de diarios radicadosen Madrid como "Sol" e outros. Ingresana Organización Republicana Gallega Au-tónoma (ORGA), apostando pola mudanzade Réxime, seguindo as ideas do seu irmánAntón. En 1927 ingresa no Seminario deEstudos Galegos. Coa II República foi de-signado alcalde de Viveiro. Abandona ORGA

e afíliase ao PartidoGaleguista. Opúxoseá alianza do PG coaFronte Popular, se-guramente debidoas súas conviciónsrelixiosas (a dife-renza do seu irmánAntón, que era máislaico). En 1936, xunto con Antón, fundana Asociación de Escritores de Galicia. En1936 falece Antón (antes da sublevaciónfascista) e el e máis a súa dona Teresa fansecargo dos dous sobriños, que foron priva-dos da herdanza paterna polas novas auto-ridades. Eran tempos do terror, polo quereduce a súa actividade ao mínimo. No1942 trasládanse a Coruña, onde dá claseen colexios privados. Porén aínda así es-cribe artigos para a presa nacionalista doexilio, baixo un pseudónimo. En 1951 entrana RAG; falecendo en 1953 aos 63 anos. Éimportante termos memoria, porque nos faimenos débiles.

Por Ramón Coira Luaces

Ramón Vilar Ponte

Page 12: Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos e mais autênticos. Infelizmente, este ano de 2020, com a infame pandêmia que

Agora si, desapareceron todos os es-pazos propios durante tanto tempo,aqueles de seguridade, de consis-

tencia, de unidade das unións, de globa-lización espesa. Sería o momento depensar e analizar nos sufrimentos queteñen que soportar as persoas que veñenrefuxiadas, expoñendo a vida en cadapaso. Ou os que quedaron sen traballo,sen casa, sen apoios. Quizais desde esepensamento, seremos quen de rebobinar,de darnos conta do terrible erro que supónconfiscar a liberdade das persoas, confis-car o dereito da vida, do traballo, da vi-venda. Os dereitos individuais ecolectivos, como pobos e nacións. Seríabo que esta crise nos axudara a obter osentidiño perdido, impedindo que haxanegacionismos tan ousados. Raza, reli-xión, todo, é malo se non é o deles. Seríao momento de que a humanidade reco-brara a súa humanidade, aquela que lledeu nome. Recoñecendo o fracaso do sis-tema e da incorrecta aplicación. Porque no

seu nome matáronse miles de miles depersoas, aniquiláronse pobos, tirouse aolixo a multitude de diversidades quesomos, sen aceptar as diferencias e dassingularidades que temos. Vendéronnosodio e rancor, feridas que non curan. Nocanto deberiamos amolecer na compren-sión e o entendemento, lonxe do rigor es-tremo dunha lei inxusta, para volver aofavor e a reparación ou emenda. Cam-biando a hostilidade en favor do abrigo,do refuxio, do agasallo. Humanizar é civi-lizarse, empatizar con aquelas persoas quesofren, que incumpren a lei por esixenciasdun guión que fixeron os poderosos men-tres, hai xente, que morre na necesidade.Aquí e agora debera xurdir a comprensióne o entendemento, a proporcionalidade.Habería que saber na súa voz os argumen-tos, as eximentes que os levaron a fuxirdas súas casas. Lembrar que quen sofrepor mor dunha guerra, dunha catástrofe,dunha ditadura, da fame, enfermidade,medos, aburos e represalias, ten dereito a

unha man que axude. Agora é un bo mo-mento para reflexionar.

Quizais sexa, como di un artigo lidonestes días, que nos movemos para cambiarde eixo, agora para o do Este. Cansos,quizais, ou aburridos de ver o que pasapolo Oeste. No Este temos unha mesturafina de capitalismo e socialismo que nospide un cambio de pensamento cara aoque é “público” para ser eficientes na re-solución de problemas. O “neoliberalismo”parece ferido de morte e, se pode, teráque reaccionar diante dese novo modeloeconómico que abre máis camiños e abremáis as mentes. China venceu o virus,pero China é comunista! Coidado! De mo-mento na cadea de subministro, estásendo máis eficiente que calquera outrolugar do mundo. Por aquí todo quedaescaso e nos unidos estados de Américadin que o virus é chino, que é unhamentira, un bulo ou unha ameaza, paramolestar e ofender moito aos que teñencousas mellores que facer. Europa lenta elonxe daquela romántica irmandade! Sóse movían para ganancias, que non bene-ficios sociais. En todo caso, e como ex-cepción, haberá que estudar as condiciónsdas devolucións dos préstamos a paísesdese Norte europeo que non entende edeixa o Sur abandonado. O sistema colapsou

e deixa un enor-me baleiro que-rendo sobrevivirdo conto. Enten-den por fin a ne-cesidade de cam-biar, aplicar moi-tas reformas e ra-dicais, aceptando un papel máis activonas economías que deixen de man a pri-vatización de servizos básicos -non digamosenerxías, telefonías, saúde ou Centros de3ª idade- e facer, dunha vez, que os mer-cados laborais sexan moito máis segurose dignos, tamén máis competitivos. E isoque a min, iso de ser competitivos sábemea egoísmos de salón.

Dentro da desgraza, cómpre aproveitare xa sacar algunha aprendizaxe, conclusiónse capacidade de revisión para, logo,adoptar medidas convincentes e sensatas.Sequera non repetir erros. Seremos quende facelo? É moi improbable, a xulgarpolas derivas que levamos, cambaleándonose sen saber que camiño coller. É moidifícil acadar certa cordura por parte depolíticos e xestores de pimpón. Xa sabemosque só miran polo seu e no seu embigo.Hase saber o que o tempo nos depara,anque non convén perder a esperanza ouquizais algunha fe, a quen lle quede.

NOVAS DO EIXO ATLÁNTICO | Maio de 202012

OpiniónBaldomero Iglesias Dobarrio, Mero.

Parece un bo momento paraconsiderar-nos

Redacción

Araíz da singularidade do noso patri-monio inmaterial, o cal se podeconsiderar como a parte máis fráxil

dunha cultura, damos con moitas equiva-lencias paralelísticas, ben sexa con zonaslimítrofes ou con outras culturas espalla-das no tempo que aínda persisten no nosomaxín, mellor dito na nosa idiosincrasia.

Cales son as causas ou os motivos deque se produza compartimento cultural?De forma obvia, sinalaremos dous aspectosimportantes:

- Por un lado a orixe, ese espazo físicoque se compartiu, unha raíz cultural comúnque abrangue a diversos pobos.

- Por outra banda, podemos falar de ar-quetipos comúns en todo o universo.

Existían certos motivos históricos comoas loitas e as expansións, as cales axudabana que se producise certo suceso, a maisdoutros aínda hoxe en día presentes como

o comercio e as migracións.Prodúcese pigmentación entre diferentes

culturas: En todo momento no que hai unconglomerado de xente, os aspectos culturaispropios de cada un expándense, establécenselazos, é imposible pensar que non houbeseinteracción nunha convivencia común.

O Camiño de Santiago sempre foi unespazo de convivencia. Remontándonosséculos atrás, contemplamos como a cambiode axudar na casa do veciño, podíandurmir e comer, cando as hospedaxes eoutras paraxes non eran tan abundantes.Por consecuente, non se converte nunhahipérbole admitir o transvase do compar-timento patrimonial producido entre persoasde distintas culturas.

O mito de Breogán, que establece asorixes en Galicia dos celtas irlandeses, é omáis recoñecido polo público. Algúns ritose crenzas que teñen que ver sobre as

augas repítense: a capacidade de producircuración, ou a de outorgar fertilidade(como o baño das nove andas), son algúnsexemplos claros.

Pero hai outra serie de elementos quese ven representados nestes pobos:

Cidades asolagadas: Como Ys ou Lyonesselevan a fama, incluso engloban narraciónsartúricas. Aspecto que en parte nos lembranxa non a todas as cidades asolagadas quehai en Galicia, se non en concreto á Lagoade Antela, coa que algún autor tamén re-colleu unha lenda artúrica. Polo que nonsó se establece esa relación entre cidadesasolagadas, se non entre elementos para-lelos non tan secundarios.

Augas como porta ao inferno: No mo-mento en que cando nos contan sobrenove pozos habitados por demos, evócannosa personaxes míticos considerados demo-níacos que teñen relación con este mundoou gardan portas ao máis alá.

Crenzas e tesouros subterráneos: Asfadas na Bretaña francesa, os korrigans,os Leprechauns que posúen tesouros ago-chados baixo terra. Acción que rememoraa moitas historias da relación das mouras

e dos mouros cas/osveciños/as, nas quepor mor da avaricia,romper unha prome-sa... ese tesouronunca é conseguido.Desta forma, taméndamos conta sobre a presenza da trabe deouro, a cal aparece como elemento secun-dario nalgunha historia como en Escocia.

Relixión: Múltiples narracións nas queo malvado non consegue levar a bo portoo trato coas persoas da terra, resultandovencido polo enxeño popular. Asemade,historias relixiosas como as historias deSan Patricio ou a de Saint Pyran en Cor-nualles, son mostras da pegada relixiosaque sufriron tamén estas terras.

Serpes e monstros mariños: Serpes ala-das, dragóns ou mesmo o máis que famosomonstro do Lago Ness, preséntanse noutrasculturas.

Concluír aludindo aos múltiplos parale-lismos entre personaxes que encabezanestas narracións, os cales son expostos endiferentes obras por infinidade estudososda materia.

Por Rafael José Adalid Rodríguez

Algúns paralelismos da tradiciónoral con outras nacións celtas

www.novasdoeixoatlantico.com

Page 13: Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos e mais autênticos. Infelizmente, este ano de 2020, com a infame pandêmia que

13NOVAS DO EIXO ATLÁNTICO | Maio de 2020

Redacción LUGO

Galicia

AXunta de Galicia inxectouno primeiro trimestre doano 1.275.200 euros ao

conxunto dos concellos da Mariñaa través do Fondo de CooperaciónLocal, un orzamento que podeninvestir nas obras ou servizos queconsideren oportunos.

Neste sentido, o delegado te-rritorial da Xunta en Lugo, JoséManuel Balseiro, explicou que, aocontrario do que ocorre cos pro-gramas de subvencións finalistas,estas partidas non están condi-cionadas ao desenvolvemento dunproxecto ou iniciativa concreta,polo que os municipios podendestinalas ás medidas extraordi-narias postas en marcha para freara expansión do Covid-19.

O fondo abónase a todos osconcellos, en doce mensualidadesa mes vencido. A contía ingresadano primeiro trimestre inclúe ade-mais a liquidación do remanente

de exercicios anteriores.O delegado territorial subliñou

que, mediante este programa, aXunta “amosa un total respectopola autonomía municipal e unhavontade clara de axudar e de co-laborar con todos os concellos,porque o importante é poder darrespostas ás necesidades de todosos veciños e veciñas”.

A distribución do Fondo res-ponde a criterios obxectivos pac-tados coa Federación Galega deMunicipios e Provincias, entre osque destacan o número de habi-tantes -e singularmente de persoasmaiores de 65 anos-, a superficiedo concello ou a cantidade denúcleos de poboación.

Segundo estes parámetros, acomarca rexistra os datos que serecollen na seguinte táboa. Cóm-pre lembrar que todos os concellosda zona forman parte do grupode municipios de menos de 15.000

habitantes excepto Viveiro, quefoi o que percibiu a maior contía,158.200 euros.

A Xunta inxectou fondos de cooperaciónlocal aos concellos da Mariña

AConsellería de Infraes-truturas e Mobilidadeinstalou unha marque-

siña na estrada LU-152 no con-cello de Foz, para mellorar oservizo ás persoas usuarias dotransporte público. O novo re-fuxio está situado no lugar deVer, na parroquia de San Mar-tiño, onde ten parada a liña deautobús que cubre a ruta entreo municipio de Foz e Ferreira doValadouro.

Esta actuación enmárcase den-tro do Plan de mellora de refuxiosde paradas dos servizos de trans-porte público impulsado polaXunta, que incorpora marquesiñas

elaboradas con madeira de piñeiroe con deseños integrados napaisaxe, con versións adaptadasaos ámbitos rural e urbano.

En toda Galicia serán insta-ladas 180 novas marquesiñas,o que harmonizará esteticamenteeste recurso e incrementará asúa funcionalidade, dado quepara a elección do deseño tivé-ronse en conta factores como atransparencia, amplitude, posi-bilidade de adaptación ou a re-sistencia. Cumpren as normativasvixentes de prevención de in-cendios, resistencia de materiaisao lume, actos vandálicos e se-guridade viaria.

Marquesiña en Foz parausuarios do transporte público

A marquesiña xa está en servizo na estrada LU-152.

Aconselleira de Infraestru-turas e Mobilidade, a tra-vés de Augas de Galicia,

vén de reabrir o prazo de presen-tación de ofertas para a redac-ción do proxecto de construciónda nova estación depuradora deaugas residuais de Burela, cun in-vestimento de preto de 120.000euros. Este contrato ten por ob-xectivo definir as solucións ás de-ficiencias detectadas na actualestación depuradora e definir odeseño construtivo da novaplanta. Deste xeito, os traballosobxecto deste contrato deberánproxectar unha nova instalaciónque inclúa pretratamento, trata-mento biolóxico e desinfección.

A nova planta de tratamentode augas residuais situarase nazona de servizo do porto de Bu-rela, máis en concreto nunha par-cela duns 3.500 m2 nas inmedia-cións do novo viario de accesoao peirao. Neste sentido, ademaisdo proxecto que se redactará cocontrato para o deseño da nova

depuradora de Burela, a Xuntaestá a redactar o proxecto para amellora do sistema de saneamentodo municipio.

Saneamento no ConcelloNo caso do saneamento, de

competencia municipal, o Concelloconta cunha rede unitaria moidesenvolvida con graves deficien-cias produto da mala xestión dasaugas pluviais. Deste xeito, aíndaque ten separado algunhas redesde pluviais e pequenos mananciais

e regatos que estaban canalizadospola rede de saneamento, estána producirse desbordamentos narede polo importante caudal deinfiltracións na rede, incluso enperíodos secos.

Para resolver esta problemática,o proxecto no que traballa aXunta prevé a instalación dunhaestación de tratamento e bombeode augas residuais na zona por-tuaria para concentrar o caudalrecollido polos colectores da con-

Burela contará con nova estacióndepuradora de augas residuais

Porto de Burela en foto de Humberto Pool.

AXunta de Galicia inxectouno primeiro trimestre doano 1.117.100 euros aos

concellos das comarcas de Qui-roga, Chantada e Terra de Lemosa través do Fondo de Coopera-ción Local, un orzamento quepoden investir nas obras ou ser-vizos que consideren oportunos.O fondo abónase a todos os con-cellos, en doce mensualidades ames vencido. A contía ingresadano primeiro trimestre inclúe ade-mais a liquidación do remanentede exercicios anteriores.

O delegado territorial subliñouque, mediante este programa, aXunta “amosa un total respectopola autonomía municipal e unhavontade clara de axudar e de co-laborar con todos os concellos,

porque o importante é poder darrespostas ás necesidades dos ve-ciños”.

A distribución do Fondo res-ponde a criterios obxectivos pac-tados coa Federación Galega deMunicipios e Provincias, entreos que destacan o número dehabitantes -e singularmente depersoas maiores de 65 anos-, asuperficie do concello ou a can-tidade de núcleos de poboación.

Segundo estes parámetros, ascomarcas do sur lucense rexistranos datos que se recollen na se-guinte táboa. Todos os concellosda zona forman parte do grupode municipios de menos de 15.000habitantes excepto Monforte deLemos, que foi o que percibiu amaior contía, 217.800 euros.

Os concellos do Surrecibiron 1,1 millóns de

euros no trimestre pasado

Page 14: Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos e mais autênticos. Infelizmente, este ano de 2020, com a infame pandêmia que

NOVAS DO EIXO ATLÁNTICO | Maio de 202014

Redacción LUGOGalicia

Odelegado territorial daXunta en Lugo, José Ma-nuel Balseiro, mantivo

un encontro con representantesda Asociación Provincial de Em-presarios da Construción (Apec)no que puxo de relevo que as me-didas activadas pola Xunta bus-can moderar o impacto da crisedo coronavirus no sector e con-tribuír a que a recuperación dotecido empresarial sexa o máisrápida posible.

Neste sentido, Balseiro explicouque a Xunta traballa moi espe-cialmente en tres frontes: a reac-tivación da obra pública e dasaxudas de rehabilitación; a in-

xección de liquidez ás empresase autónomos a través da liña depréstamos bonificados e a cola-boración loxística para a comprade mascarillas dirixidas a reforzara seguridade dos traballadoresdeste sector.

20M€ en obras públicas Polo que respecta á primeira

das medidas, o delegado explicouque a Xunta, retomou obras pú-blicas que supoñen un investi-mento conxunto que supera o 20millóns de euros no conxunto daprovincia e comprométese a axi-lizar o pagamento das certifica-cións de obras xa presentadas.Ademais estuda a recuperación

das liñas de axudas para rehabi-litación de vivendas.

No ámbito económico o Igapepuxo en marcha unha nova liñapara inxectar liquidez a autónomose pemes coa que se busca mobilizar250 millóns de euros. A adminis-tración autonómica asume o pagoda totalidade dos xuros destasoperacións, que poden ser de entre3000 e 200.000 euros e que contancun prazo de amortización de ata4 anos, cun ano de carencia.

O encontro serviu para reiterara necesidade de ter a máximasensibilidade coas familias afec-tadas por un expediente de regu-lación temporal de emprego (ERTE)

e nese senso, explicáronse as me-didas postas en marcha pola Xuntapara axilizar a tramitación destesexpedientes e para anticipar opago das prestacións por desem-prego á espera de que o Gobernocentral as faga efectivas.

A Xunta colaborou coa Apecencargándose da subministraciónde 30.000 máscaras, entregadasao mesmo prezo ao que as adquirea administración autonómica. OGoberno galego creou un sistema

centralizado de compra e distri-bución tras constatar o desabas-tecemento do mercado e a difi-cultade das empresas para facersecon estes medios de protección.

“Desde a Xunta sempre se de-fendeu que á volta á actividadedo sector da construción e daobra pública debía facerse encondicións de máxima seguridadepara os traballadores. E seguimoscomprometidos nese obxectivo”-explicou Balseiro.

A Xunta impulsa a reactivación daobra pública

Balseiro e representantes dos constructores lucenses.

AXunta de Galicia iniciouás obras de mellora pre-vistas na estación de au-

tobuses de Lugo, que afectaránprincipalmente á cuberta e aosaneamento e contan cun orza-mento de 28.000 euros. As obrasteñen un prazo de execución dunmes e inclúen reparacións na cu-berta e no salón comedor dolocal de hostalería integrado noedificio. En concreto, vanse re-parar a tarima e a pintura do co-medor e impermeabilizarase azona da cuberta situada sobreeste espazo. Igualmente, realiza-rase unha inspección do estado

do saneamento e vaise substituíro colector de saneamento dosbaños da planta baixa así comoun treito da acometida á redexeral. Tamén se executarán ar-quetas de paso e reporase o so-lado que se vexa afectado.

Ao mesmo tempo estase a

traballar na elaboración do pro-xecto básico e de execución danova estación de autobuses in-termodal de Lugo, adxudicado opasado mes de xaneiro cun in-vestimento de 195.000 euros eun prazo de execución de oncemeses.

A estación de autobuses de Lugo teránova cuberta

AConsellería de Infraestru-turas e Mobilidade reto-mou as obras de reforma

e modernización da estación deautobuses de Sarria, ás que aAdministración autonómica des-tina 124.000 euros. O delegadoda Xunta en Lugo, José ManuelBalseiro, sinalou que os traba-llos reinícianse unha vez levan-tadas as restricións que oGoberno central impuxo ás acti-vidades non esenciais, entre asque estaban incluídas as obraspúblicas e de construción. Oproxecto que agora se reanudaafectará a elementos estrutu-rais, como cubertas, paramentose pavimentos, e tamén a aseose outras dotacións e servizos.Balseiro destacou que a actua-ción servirá para mellorar nota-blemente a estética e acomodidade da estación.

Entre outros traballos, reali-

zaranse reparacións na cubertado edificio e da dársena, cocambio de canlóns e de pezasdeterioradas, pintaranse os pa-ramentos verticais exteriores einteriores, realizaranse reformasnos aseos, reparacións no falsoteito, cambio de carpinterías emellora do muro de peche.

Tamén se acometerán reformasna instalación eléctrica e nossumidoiros, substituirase a can-telaría e instalaranse pantallasinformativas electrónicas con in-formación de interese sobre osservizos de autobús.

Esta é unha das obras que,polas súas características, podevolver a poñerse en marcha,pero sempre gardando as debidasmedidas de protección tanto in-dividual como de organizacióndo traballo para garantir a se-guridade dos traballadores e tra-balladoras.

AConsellería de Infraestrutu-ras e Mobilidade retomouas obras de remodelación

da estación de autobuses de Ri-badeo tras o período de suspen-sión da actividade polo estado dealarma.

A Administración galega des-tina 140.000 euros a estes tra-ballos, que afectarán a elementosestruturais da estación, como

como cubertas, paramentos e pa-vimentos; e inclúen melloras nainstalación eléctrica e na ilumi-nación, así como nos aseos enoutras dotacións e servizos.

As obras contemplan a mellorado pavimento na zona de circu-lación dos autobuses, a limpezade sumidoiros e o acondiciona-mento das portas exteriores dorecinto. Tamén se cambiarán as

luminarias da dársena por outrastipo LED.

No interior do edificio arran-xaranse falsos teitos, pintaranseparedes e acondicionaranse osaseos. Ademais, está previsto po-tenciar a información ós usuarioscoa instalación de paneis infor-mativos electrónicos para manteractualizadas as chegadas e saídasdos autobuses.

A estación de autobuses de Ribadeo sigue en obras

A Xunta moderniza a estaciónde autobuses de Sarria

Obras na estación de buses.

Page 15: Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos e mais autênticos. Infelizmente, este ano de 2020, com a infame pandêmia que

15NOVAS DO EIXO ATLÁNTICO | Maio de 2020

Page 16: Ourense construirá no barrio da Ponte o maior parque urbano da … · 2020. 6. 1. · mais antigos e mais autênticos. Infelizmente, este ano de 2020, com a infame pandêmia que

Oalcalde monfortino, JoséTomei, falou co directorde Turismo de España

(Turespaña), Óscar López, parafacerlle ver a importancia de re-cuperar a parte da fortaleza pro-piedade deste organismo. Tomefalou da importancia de que Tu-respaña asumise a rehabilitacióndeste tramo, pois cre que serviríapara "abrir o camiño a outros

futuros traballos na mesmaliña e por en valor dunha vez portodas a única fortaleza medievalque segue en pé en Galicia",destacou.

Turismo de España, que tutelaos paradores nacionais, enviou afinais de 2019 a un equipo deespecialistas para analizar o estadono que se atopa unha parte damuralla medieval de Monforte, a

que está integrada na contornado Parador de San Vicente doPino. A idea é rehabilitar un tra-mo, o comprendido entre a Torreda Homenaxe e un cubo da mu-ralla que se coñece co nome deOs Cregos.

O equipo de goberno do Concellode Monforte insiste desde o veránde 2017 ante a Consellería de Cul-tura da Xunta na necesidade de

levar a cabo traballos de rehabili-tación na muralla, sobre todoapoiándose nun estudo existentedesde hai doce anos no que se re-colle que hai zonas nas que a in-

tervención non sería excesivamentecustosa. Con todo, desde Culturanon se mostraron dispostos a ana-lizar cómo se podería levar a caboa intervención.

Acandidatura da RibeiraSacra logra finalmente dar oúltimo paso e estar entre as

24 propostas de inscrición elixidaspara ser presentada e sometida aestudo e debate na 45ª sesión doComité do Patrimonio Mundial daUNESCO, que se celebrará en sedeaínda por determinar durante2021. Así lle foi notificado polaUNESCO á Xunta de Galicia.

A paisaxe cultural galega acabade lograr ser aceptada como aproposta de España para esta se-sión, e entra en avaliación paraa súa posible inclusión na presti-xiosa Lista do Patrimonio Mundial,

da que xa forman parte na nosaComunidade, a Cidade Vella deSantiago, o Camiño Francés, osCamiños do Norte, a Muralla deLugo e a Torre de Hércules.

A Xunta de Galicia congratúlasedesta boa nova, froito do traballoe esforzo conxunto das adminis-tracións e a sociedade civil, eque abre importantes perspectivasde crecemento e desenvolvemento

sostible para este territorio; agra-decendo especialmente a partici-pación das deputacións de Ourensee Lugo, dos concellos da contornae das diferentes entidades locais,como o Consorcio de Turismo Ri-beira Sacra e o Consello Reguladorda Denominación de Orixe RibeiraSacra, entre outras, que, co seutraballo, lograron crear as condi-cións axeitadas para o desenvol-vemento do expediente.

O valor universal excepcionalNeste sentido, cómpre lembrar

que a devandita candidatura estábaseada nun profundo e impor-tante traballo técnico, impulsado

pola Dirección Xeral de PatrimonioCultural da Consellería de Culturae Turismo, no que se destaca ovalor universal excepcional destazona en base ao cumprimentodos criterios III, IV, e V das2017-Operational Guidelines.

A Ribeira Sacra constitúe unhatestemuña excepcional da cris-tianización do Occidente de Eu-ropa. Neste territorio desenvol-

veuse un movemento ascético deeremitas e anacoretas que ocu-paron os vales do Sil e do Miño,que co tempo foi substituído porunha fecunda implantación mo-nacal que chega até os nososdías. Precisamente, esta espiri-tualidade xoga un papel moi im-portante na candidatura.

Ademais, este territorio repre-senta tamén un exemplo únicodo monacato de Occidente e dasacralización do territorio, grazasa uns conxuntos arquitectónicosde extraordinaria singularidadeque ilustran 1500 anos de historia.O paso do eremitismo ao monacatoe a posterior expansión beneditinadeixou un bosque de igrexas queilustran a riqueza e variedade daarquitectura románica dos séculosXII e XIII.

Á marxe do importante patri-monio cultural e arquitectónico,a Ribeira Sacra tamén é unhapaisaxe viva e o máximo expo-ñente da relación entre home enatureza. Proba dista interaccióndo ser humano co medio son asmonumentais terrazas nas ladeirasdos canóns do Sil e o Miño paraa explotación dunha agriculturade subsistencia baseada no poli-cultivo. A esencia desta paisaxeantrópica atopámola con todosos seus matices nos terreos deribeira e bocarribeira.

O Plan Ribeira SacraA maiores do sólido proxecto

técnico, desde o Goberno galegoimpulsouse o Plan Ribeira Sacra.Plan de xestión da paisaxe cultural

2020-2023. Unha ferramenta parao desenvolvemento desta zona eque supón un paso relevante nocamiño cara á súa inclusión nalista do Patrimonio Mundial daUnesco.

Trátase dun instrumento deplanificación que comprometemáis de 34 millóns de euros arti-culado en sete programas e 35accións, que se desenvolverán en

25 concellos nos que viven máisde 60.000 persoas. O Plan con-templa melloras en eidos como opatrimonio e paisaxe cultural; aordenación do territorio; a con-servación dos valores naturais emedio ambiente; o desenvolve-mento económico sustentable, axestión do turismo; a educación,formación e investigación ou acomunicación e participación.

Editorial NOVAS DO EIXO ATLÁNTICO S.L.Avda. Sarmiento Rivera, 4-4ºD (36860 PONTEAREAS - GALIZA) T. 986 64 12 [email protected]

A Ribeira Sacra será candidata a PatrimonioMundial da Unesco en 2021

Castelo de Castro Caldelas (Ourense).

A Compañía. Colexio Escolapios en Monforte (Lugo).

Área de Interpretación Turística en Sober (Lugo).

Turespaña podería restaurar parte damuralla medieval de Monforte

Parador de Turismo de Monforte de Lemos.