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A éTICA DOS ANTIGOS

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Coleção Cátedracoordenada por gabriele Cornelli

• Platão: A construção do conhecimento José Gabriel Trindade Santos

• Introdução à “filosofia pré-socrática” André Laks

• A filosofia antes de Sócrates: Uma introdução com textos e comentárioRichard D. McKirahan

• Fílon de AlexandriaFrancesca Calabi

• Introdução à filosofia do mitoLuc Brisson

• A ética dos antigosMario Vegetti

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A ética dos antigos

mario Vegetti

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título originalL’etica degli antichi© mario Vegetti, itália, 2011isBn 978-88-4209344-2

tradução: José Bortolini

direção editorial: Claudiano Avelino dos Santosassistente editorial: Jacqueline Mendes Fontesdiagramação: Ana Lúcia Perfonciorevisão: Tiago José Risi Leme Caio Pereiracapa: Marcelo Campanhãimpressão e acabamento: PaULUs

© PaULUs – 2014 RuaFranciscoCruz,229•04117-091•SãoPaulo(Brasil) Fax(11)5579-3627•Tel.(11)5087-3700 www.paulus.com.br•[email protected]

ISBN978-85-349-4077-1

1ª edição, 2014

coleção com apoio:

DadosInternacionaisdeCatalogaçãonaPublicação(CIP)(CâmaraBrasileiradoLivro,SP,Brasil)

Vegetti, marioAéticadosantigos/MarioVegetti;traduçãoJoséBortolini.–SãoPaulo:Paulus,2014.–(Coleçãocátedra)Títulooriginal:L’eticadegliantichi.ISBN978-85-349-4077-1

1.Ética-Grécia2.ÉticaantigaI.Título.II.Série.

14-11665 CDD-170.938

Índices para catálogo sistemático:1.Éticagregaantiga:Filosofia170.938

Proíbe-se a reprodução, mesmo parcial, efetuada por qualquer meio, inclusive a fotocópia, mesmo para uso in-ternooudidático.Deacordocomalegislaçãoitaliana,afotocópiaépermitidaapenasparausopessoal,desde que não prejudique o autor. Portanto, qualquer fotocópia que evite a aquisição de um livro é ilícita e ameaça a sobre-vivênciadeummododetransmitiroconhecimento.Quemfotocopiaumlivro,quempõeàdisposiçãoosmei-osparafotocopiar,quemdealgummodofavoreceessapráticacometeumfurtoeageemprejuízodacultura.

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Sumário

aPresentaÇÃo da coLeÇÃo.............................................................. 11

Premissa................................................................................................... 13

Capítulo primeiroos inÍcios e as constantes.............................................................. 191.Entremoraleética:Homero,Sócrates,Aristóteles................................ 192.Asconstantes:afunçãodamoral............................................................ 213.Asconstantes:delimitaçãodosujeitomoral........................................... 224.Asconstantes:felicidadeevirtude........................................................... 27Nota.............................................................................................................. 29

Capítulo segundoo ProBLema da Ilíada: diaLética da moraL Pré-PoLÍtica... 311.Avirtudedaforça..................................................................................... 312.Acidadeimpossível.................................................................................. 383.EsquecerHomero?................................................................................... 51Nota.............................................................................................................. 54

Capítulo terceiroa moraL PoLitizada: aPogeU e crise........................................... 571.Oempreendimentosoloniano................................................................. 572.Tornar-seiguais:“acidadeeducaoshomens”......................................... 663.Anaturezadopoder:crisedamoralpolitizada....................................... 774.Acidadeperdidaeasuanostalgia........................................................... 89Nota.............................................................................................................. 92Bibliografia.................................................................................................... 94

Capítulo quartorUmo à interiorizaÇÃo da moraL: VentUra e desVentUra da aLma.................................................. 991.“Dionisoverdadealma”........................................................................... 992.Especialistas da alma: do dáimon ao verdadeiro eu..................................111

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3.Aalmacontrasimesma:falimentodo“verdadeiroeu”..........................1234.Aherançadaalma....................................................................................132Nota..............................................................................................................135Bibliografia....................................................................................................137

Capítulo quintoconfLito e recomPosiÇÃo: o Projeto da aLma e da cidade em PLatÃo...............................1391.ARepública e suas personagens................................................................1392.Acrise:cisãoeconflitodealmaecidade.................................................1443.Acidaderecomposta:hierarquiaejustiça...............................................1474.Ogovernodaalma...................................................................................1625.EducaçãoecondicionamentodaRepúblicaàsLeis.................................1716.OBemeabatalhadadialética.................................................................1757.Promessasdefelicidade............................................................................1828.Otempoeoespaço:adialéticadoplatonismoesuasheranças..............184Nota..............................................................................................................190Bibliografia....................................................................................................191

Capítulo sextorecomPosiÇÃo sem confLito: a ética de aristóteLes entre sociedade e natUreza........1951.Aautonomiadafilosofiaprática e a delimitação epistemológica da ética...................................................1952.ContraPlatão:doBemaosbens..............................................................2053.Felicidadeevirtude:aalma,afamília,acidade.......................................2104.Umaéticaentresociedadeenatureza.....................................................2225.Obomusodaspaixõeseaestruturadaaçãomoral...............................2256.“Prazeresmaravilhosos”:ateoria,aescola,ofilósofo.............................2427.Anacronismoea-historicidade:umaéticaparatodasasestações?..........251Nota..............................................................................................................256Bibliografia....................................................................................................257

Capítulo sétimoLiBerdades difÍceis: a PaixÃo e o destino.................................2611.Liberdadesdifíceis....................................................................................2612.Apaixãoérazão.......................................................................................2683.Apaixãoédoença....................................................................................2744.Asterapiasdapaixão................................................................................2845.Odestino:escravosousoldados..............................................................296Nota..............................................................................................................313Bibliografia....................................................................................................315

Índice

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Capítulo oitavoo mito do sáBio....................................................................................3191.Anormadescrita......................................................................................3192.OtourodeFálaris....................................................................................3263.Oarqueiroeoator...................................................................................3314.Aartedeviveredemorrer......................................................................3405.Oestoicismoapósosestoicos..................................................................347Nota..............................................................................................................350Bibliografia....................................................................................................350

Capítulo nonoo fim das VirtUdes e o êxodo da aLma......................................3531.Umaéticasemhistória:osprofessoresdefilosofiaeseusrivais...............3532.Novasnecessidades,novasrespostas.......................................................3573.Alémdasvirtudes:Plotino.......................................................................3594.Oretornodaalma....................................................................................3685.“SomentePlatãonãoestava”...................................................................373Nota..............................................................................................................373Bibliografia....................................................................................................375

BREVEATUALIzAçãOBIBLIOGRáFICA1996.......................................377

Índice dos aUtores e LUgares citados.....................................379

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NaCasadaAlma,vagueiamasPaixões–belas mulheres vestidas de seda,acabeçaornadadesafiras.da porta até o interior da casa,todasgovernamassalas.Namaior–de noite, quando arde-lhes o sangue – dançamebebem,oscabelossoltos.

fora das salas, pálidas e malvestidas,com vestes de um tempo fora da moda,vagueiam as Virtudes escutando amarguradasafestaquefazemasbêbadasetéreas.com os rostos colados aos vidros das janelas,observam em silêncio, pensativas,asluzes,osdiamanteseasfloresdadança.

C.Kavafis,Poesie segrete(1894)

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APrESENTAÇÃo dA colEÇÃo

a Coleção Cátedra deriva seu nome da Cátedra UNESCO Archai: as origens do pensamento ocidental, que quis em-

prestaraestacoleçãosuafilosofiadetrabalhoesuasensibilidadeparaosestudosdasorigensdopensamentoocidental.

a Unesco, patrocinando o grupo archai como sua cá-tedra, e tornando-o membro da rede UnitWin da UNESCO Chairs,reconheceuoimpactocientíficodesuasdiversasativida-des.Defato,Archaiatuahámaisdeumadécadacomocentrodeconsolidação de pesquisas, organização de cursos e seminários, epublicaçãode livrose revistas,comforteatuaçãonoâmbitonacional e internacional, procurando construir uma abordagem interdisciplinarquepermitafazercompreenderafilosofiaantigaemseucontextopolítico,econômico,religiosoeliterário.

em parceria com a Paulus, editora renomada e de grande alcance no mercado editorial brasileiro, a coleção visa disponi-bilizar, para um público brasileiro de especialistas e interessa-dos,cadadiamaisamploeexigente,monografias,comentários,traduções,compêndioseobrastemáticasqueexploremovastocampodopensamentoocidentalemsuasorigensgreco-romanas.

Gabriele Cornelli

diretor da coleção cátedracoordenador da cátedra Unesco archai

www.archai.unb.br

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PrEmiSSA

escrever uma história exaustiva da ética antiga é empre-endimentodifícil,nãosomentedefato(dadaavastidão

dosproblemasedaliteraturarelativa),mastambémporrazõesdeprincípio.

com efeito, não se pode escrever uma história das teorias éticas formuladaspelosfilósofos:atéPlatão,aéticanãopossuiqualquerautonomiada“sapiência”eda“filosofia”;comAristó-teles,essaautonomiaéreconhecidaà“filosofiaprática”,onde,todavia,aéticaestáestreitamenteassociadaàpolítica,dadoqueaprópriaÉticaaNicômacoédefinidaporseuautorcomoumtratadodepolítica.Nasfilosofiashelenistas,aéticaé,sim,con-sideradaumaparcelaautônomadafilosofia,porémestá ligadaà físicacomo(parausarumametáforaestoica)umafrutaestáligadaàsuaárvore.Finalmente,noneoplatonismo,aautonomiadaéticaénovamenteanulada.

Portanto, os espaços de autonomia são de tal forma redu-zidos que uma história não arbitrária das teorias éticas deveria acabar coincidindo amplamente com uma história de conjunto dopensamentoantigoe,aesteponto,nãodopensamentofilo-sófico,porqueelementosdeéticaestãobempresentestambémemsaberesdetipocientífico,comoamedicinaeatéaastrologia.

Por outro lado, que sentido teria semelhante história se se ignorasse o pano de fundo dos problemas morais da sociedade antiga,àqualevidentementeasteoriaséticasestãoestreitamentevinculadascomoníveldeinterpretaçãoedereflexão?Aspróprias

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noçõesdevirtude,decidade,delei,dealma,dedestino,depai-xão, de felicidade, das quais o pensamento ético ter-se-ia alimen-tado,nascem,defato,emâmbitoextrafilosófico,noterrenodaexperiência religiosa, política, social, e encontram suas primeiras expressõesculturaisnaslinguagensdapoesia,datragédia,dahis-toriografia.Umahistóriadasteoriaséticasdeveria,pois,integrar--se com a história das ideias morais e do seu contexto antropológi-codeconjunto.Nessesentido,fizeram-segrandestentativas:serásuficienterecordarasobras,tãodiversificadasentresi,deJaeger,Dodds,Adkins,Havelock,GerneteVernant.Todavia,dopontode vista cronológico, nenhuma delas ultrapassa o limiar do iV sé-culoa.C.,etodastendem,inevitavelmente,aprivilegiaroquadroantropológico,emvezdaespecificidadedodiscursofilosófico.

Pensar numa história da ética antiga que não ignorasse essas dificuldades,equeporoutroladonãoresultassesuperioràsforçastantodoautorquantodoleitor(comoteriasidoumahistóriadeconjunto do pensamento antigo integrada por uma história das ideiasmoraisedoseuquadroantropológico),pretenderiaentãopensarsobretudoemopções,seleções,privilégios.

Portanto, procurei isolar e focalizar lugares, momentos, ce-náriosdeencontroentreproblemasmoraisereflexãoética,cujosignificadomepareciadecisivotantoparaatradiçãoantigaquantoporsuasheranças.Naprimeirapartedolivro,dedicadaaosgran-des temas da virtude, da política, da alma, predominam inevitavel-mentefonteseideiasextrafilosóficas,queseentretecemcomosprimeirossegmentosdareflexãoteórica.Nasegundaparte,todoesse material é confrontado com as teorias éticas da época hele-nista e romana, que o rearticulam em torno dos nós cruciais da paixão,dodestino,dafelicidadeedasabedoria.Comodivisordeáguas, os dois capítulos centrais destinam-se a uma análise aproxi-mada dos dois maiores textos do pensamento ético antigo, aqueles textos de resto destinados a dominar também as suas heranças mo-dernas: a República dePlatãoeaÉticaaNicômacodeAristóteles.

desse modo, pareceu-me poder construir uma perspectiva deconjuntosuficientementearticuladaecompreensiva,embo-

Premissa

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rarenunciandoaumaimpossívelcompletude.Certo,tratou-sesempredeopções,easopçõessãodealgumaformaopináveis.Porexemplo,consagrou-sepoucoespaçoàtradiçãoatomista,deDemócritoaLucrécio,àsocráticaouàsvezesàplatônica,comoPlutarco e numênio; somente como pano de fundo é que esteve relegada a problemática religiosa da época imperial, tanto pagã quantojudaicaecristã.Conscientedessasseleções,oautordevepelo menos esperar que sirvam para a legibilidade do livro, e que ele seja avaliado também por aquilo que contém, e não somente poraquiloqueomite.

a organização da narrativa por cenários e por nós centrais apresentava, além disso, um difícil problema de ordem concei-tual.Ouseja,elacomportavaoriscodeconstruirumasériede“figuras”oude“estágios”, edestinadosa seultrapassaremre-ciprocamente, numa espécie de fenomenologia hegeliana onde a sucessão cronológica teria constituído (como acontece comfrequência)tambémoprincípiodeumasériedesuperaçõestele-ológicas,chegandoaculminarnumfim(oneoplatonismo)queteriaentãoresultadotambémo“fim”danarrativa.Pelocontrá-rio, dado que em minha opinião não nos encontramos aqui diante dahistóriadeum“progresso”lineardopensamentoético(comoderestosequeràqueladeuma“decadência”suadasorigens),setratavadeevitaressepossívelefeitodanarrativa.Portanto,nofimdecadacapítulo,indiqueiaquiloque,dasperspectivasedasideias analisadas, estava destinado a subsistir, a permanecer insu-perável,aretornarnatradiçãoantigaeemsuaposteridade.Issotornava-se necessário para mostrar como, na cultura antiga, as diversastradiçõespermanecemtenazmente,semquenemPlatãonemAristóteles,masnofundosequerHomeroeopensamentoda alma e da polis,sejamefetivamente“superados”porposiçõesnovas.E tornava-se tambémnecessáriopara fazervercomoopensamentoantigotransmitiuàreflexãoeaodebateéticoanóscontemporâneosumaherançaarticuladanumapluralidadedeposições,acercadasquaissecontinuaadiscutireatomarposi-ções.Somenteemalgumaépoca,comonoHumanismo,ounas

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suasnostálgicasreproposiçõesmaispróximasanós,temsidoo“clássico” no seu conjunto quem constituiu o fundamento deumaética.Masessavisãounitáriado“clássico”comportaesfor-ços de conciliação das diferenças e das alternativas, com forte caráter retórico e esteticista, que resultam improdutivos no plano historiográficoenemmesmoúteisparapensarcriticamenteoquantosubsistedesignificativonaherançaantiga.Nesses“epí-logos”acadacapítulo,opontodevistadaposteridade(tambémdaquelacontemporâneaanós)foi,portanto,assumidocomoex-plícitodestinatáriodanarrativahistoriográfica.

ao longo de todo o livro, aparece também outro interlocu-tormetacrônico,Aristóteles.Issonãoporqueasuaéticaconstitui,emminhaopinião,ovérticedoacontecimentonarrado.Masemvirtudedoseupoderdecodificação,interpretaçãoecríticadatra-diçãoprecedente,edaeficáciaconceitualqueelemantémsobreaposterior.Aristótelesgarante,emtodocaso,umnítidopontodevistafilosóficosobretemasmoraistambémdematrizextra-filosófica,eumaclarareferênciaanalíticanacomplexidadeenocaloràsvezesdesmedidodosdebateséticos.Era,portanto,justoatribuir-lhe uma função de algum modo meta-histórica, embora naturalmente essa meta-historicidade devesse ser interpretada, comoprocuramosfazeraseutempo.

tudo isso terá alcançado seu objetivo se o livro se mostrar pelo menos parcialmente apto para contribuir para uma melhor compreensão prospectiva dos problemas da ética antiga, e por-tanto por esse caminho também das remotas origens dos proble-masmodernos.

Visto tratar-se de livro que não contém notas, recorreu-se abundantementeàcitaçãodiretadasfontesnotexto.Asbibliogra-fiascolocadascomoapêndiceacadacapítulonãopretendem,deformaalguma,sercompletas.Sãodestinadasaprestarcontasdasreferênciasinterpretativasconservadasmaisdepertopresentes.foram citados preferencialmente trabalhos mais recentes, exce-to no caso de algumas obras necessárias por serem a seu modo “clássicas”,tambémparaproporaleitoreseestudiososnãoes-

Premissa

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pecializados itinerários de aprofundamento crítico efetivamen-tepercorríveissobreosdiversosproblemasdebatidos.Emtodocaso, procurou-se ter presentes todas as maiores áreas linguísticas eculturaisdapesquisahistoriográfica,semcederaousojálar-gamentedifundidodeprivilegiarumaprovíncia (nos casos detraduçõesitalianas,indicou-seentreparênteses,quandopareciaoportuno,adatadaediçãooriginal).

As “notas”, também colocadas como apêndice para cadacapítulo, são destinadas a oferecer aos leitores não especializa-dosasnecessáriasinformaçõesbiográficasebibliográficassobreosautorescitadosnotexto.Asabreviaturasusadasnotextosãoexplicitadasno“Índicedosautoresedoslugares”situadonofimdolivro.

outra coisa não me resta senão o prazeroso dever dos agra-decimentos.MateriaispreparatóriosdolivroforamapresentadosedebatidosnoIstitutodiStudiFilosoficideNápoles,noIstitutoBanfi deRégioEmília, na ScuolaNormale Superiore de Pisa,nasUniversidadesdeRoma,Turim,VenezaeCalábria.Agradeçoatodososquetornarampossíveisessasocasiõesdeencontroedeavaliação,queparticiparamnosdebatescomsugestõesúteis.Agradeçotambémàquelesamigos,comoChiaraCriscianiePier-luigiDonini,quelerameproficuamentecriticarampartesdoli-vro.OagradecimentoespecialaMartaCristianieEugenioLe-caldanoporseuencorajamentoinicial.Finalmente,todoomeureconhecimento para silvia, Valentina e matteo, que acompanha-ram,ajudaram,eàsvezessofreramcadadiadestelongotrabalho.

M.V.