O OBREIRO APROVODA

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7/30/2019 O OBREIRO APROVODA http://slidepdf.com/reader/full/o-obreiro-aprovoda 1/108 O Obreiro Aprovado O Obreiro Aprovado Marcos de Souza Borges Marcos de Souza Borges (Coty) (Coty) Digitalizado por: guerreira HTTP://SEMEADORESDAPALAVRA.QUEROUMFORUM.COM 

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O Obreiro AprovadoO Obreiro Aprovado

Marcos de Souza BorgesMarcos de Souza Borges

(Coty)(Coty)

Digitalizado por: guerreira

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"Procura apresentar-te forte a Deus, aprovado,

como obreiro que não tem de que se envergonhar,

que maneja bem a Palavra da verdade." (II Tm

2:15)

APRESENTAÇÃO

Pr . Marcos de Souza Borges , o Coty e sua esposa Pra .Raquel têm um casa l de f i lhos , Gabr ie l e Bárbara . E les são

membros do Minis tér io Ágape e t rabalham atualmente comodire tores de uma base miss ionár ia de JOVENS COM UMAMISSÃO em Almirante Tamandaré na grande Curitiba.

E stão no campo mi ss ioná rio desde jane ir o de 1986,quando fundaram o Min is té rio Ágape em Cur it iba, e vêmatuando nacionalmente e internacionalmente com intercessão,tre inamen to , a conselhamento , mobil ização mis si onár ia ,

impactos de evangelismo e conquista de cidades, edif icação eimplantação de igrej as e t ambém de mui tas out ras formascontinuam servindo interdenominacionalmente o corpo deCristo.

Eles também têm desempenhado um expressivo ministériona á rea de cura e l iber tação, inves tindo na r es tauração defamíl ias e igrejas bem como na formação de conselheiros elibertadores.

Pr. Marcos é também autor dos l ivros: "A Face oculta doAmor", "O Avivamento do Odre Novo" e "A Oração do Justo".

SUMÁRIOAPRESENTAÇÃO.........................................................................2

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SUMÁRIO........................................................................................2

PREFÁCIO.......................................................................................3

Introdução........................................................................................7

"Procur a apresen tar-te a Deus"... e não aos homens ........20

"Procur a apr esentar- te ... aprovado, como obreiro .........31

Entendendo a provação..............................................................52

Diagnosticando o estado de reprovação...............................68

Respondendo as provas de Deus.............................................83

PREFÁCIO

Exis tem t rês t ipos de pessoas que a Bíbl ia a f i rma queDeus está constantemente à procura. Deus está procurando por 

intercessores:

"E busquei dentre eles um homem que levantasse

o muro, e se pusesse na brecha perante mim por

esta terra, para que eu não a destruísse; porém a

ninguém achei. " (Ez 22:30)

Ele também procura adoradores:

"Mas a hora vem, e agora é, em que os

verdadeiros adoradores adorarão o Pai em

espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais

que assim o adorem. " (Jo 4:23)

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A escassez de intercessores dest rói a terra , enquanto aescassez de adoradores entristece os céus. E por fim, o próprioJesus afirma a necessidade de obreiros:

"Então d isse a seus d iscípulos: Na verdade , as eara é grande, m as os obreiros são poucos .

Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande

trabalhadores para a sua seara. " (Mt 9:38, 39)

A escassez de obreiros determina o fracasso da igreja emrelação à grande colhei ta . Quando a igreja deixa de colher ,

Satanás o faz, a largando as por tas do inferno e assolando asociedade.

E ste texto apr esen ta o cl amor que sob reca rregava ocoração de Jesus. Mediante um mundo de necessidades, ele sedepara com a demanda de obre i ros , pessoas que es t ão nãoapenas dispostas, mas legit imamente afinadas com a vontadede Deus para desempenharem o mais nobre serviço a que um

ser humano pode se envolver. Pessoas que vão transformar odestino eterno de tantas outras.

Uma importante questão é que a mobi l ização deste t ipode cont ingente é precedida por um processo de qual i f icaçãoque poucos cor respondem ou se p ropõe a submete r. Jesusdesfecha esta conclusão dizendo:

"Muitos são os chamados, mas poucos os

escolhidos. " (Mt 22:14)

Há uma longa distância entre ser chamado e ser  escolhido. A abordagem deste material se resume em percorrer este estreito caminho, onde tantos tem fracassado.

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E sta a fir ma tiva de J esus r evela um e feit o funil. Demuitos sobram poucos. Is to mostra como o mundo espir i tualimpõe um processo de seleção. Ou seja, muitos são chamados,todos são provados, porém, poucos são os aprovados.

 Não é de qualquer jeito, ou do nosso jeito que vamoscaminhar no chamado de Deus . É impor tante entender , queapesar de nós sermos os chamados, o chamado é de Deus e nãonosso.

A pes ar de tudo que env olve o tratamento de Deus, pessoas chamadas estão diante da maneira mais sublime esignif icat iva de viverem as suas vidas. Aceitar o chamado deDeus s igni fi ca concordar com a grande rea lidade que não

sabemos a melhor forma de vivermos nossas própr ias vidas ,mas o Senhor sabe.

A procura de Deus deve se encontrar com a nossa procura, e a nossa procura deve se encontrar com a procura deDeus. Desta intercessão emerge um genuíno minis tér io que pode, até mesmo, afetar toda uma geração. Este foi o grandeapelo do mais incansável obreiro do reino de Deus:

"Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como

obreiro que não tem de que se envergonhar que

maneja bem a Palavra da verdade. " (II Tm 2:15)

Este l iv ro , a lém de possu ir um caráter c irúrgico , i rá

 prover uma radiografia da personalidade sob um ângulo muito pouco observado, que revelará suas deficiências básicas emotivacionais, apontando para uma erradicação de tudo aquiloque sustenta os mais graves quadros de reprovação.

 Nos bastidores da sua alma, uma grande revoluçãoespir i tual está prestes a romper. Uma mudança profunda quecertamente será percebida por quem mais interessa: O Deus a

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quem amamos. En tre nes ta l eitu ra com os o lhos abe rtos,ouvidos atentos e acima de tudo um coração responsivo!

Pr. Marcos de Souza Borges

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Introdução

 Antes de ser obreiro ...

"Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como

obreiro que não tem de que se envergonhar que

maneja bem a Palavra da verdade. " (II Tm 2:15)

Antes de Paulo mencionar sobre a postura de obrei ros ,ele aborda duas situações fundamentais que não podem ser, emhipótese alguma, negl igenciadas. Ele fa la sobre "procurar"atender estas condições: "Procura apresentar- te a Deus ( 1 ) ,aprovado ( 2 ). . . " . Isto é o que vamos tratar, respectivamente,nos dois primeiros capítulos.

O objetivo primário de alguém que "procura" ésimplesmente encontrar. A questão é que algumas coisas estãomais escondidas do que imaginamos. Também, pode-se levar um tempo maior que o esperado para serem obt idas . Comoveremos, só depois de vinte anos no deser to em Padã Arã éque Jacó atingiu estas condições, restaurando seusrelacionamentos e redimindo sua identidade.

 Na verdade, indispensavelmente, antes de fazer qualquer coisa para Deus precisamos de um encontro com estas

realidades. Este processo vai até os porões da alma eliminandoa vergonha e todas as demais impurezas que bloqueiam o fluir do Espírito Santo.

Surge, então, uma capacidade divina de manejar bem a palavra da verdade que se expressa através de um estilo devida que prevaleceu sobre cada estado crônico de reprovação.

Sob esta perspectiva, a Palavra de Deus não é a "espadado pregador" , porém, como Paulo a fi rma , ao mencionar a

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armadura de Deus, é a "espada do Espíri to Santo", que apenascorta através de nós na mesma profundidade que cortou a nósmesmos:

"Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e maiscortante do que qualquer espada de dois gumes, e

penetra até a d ivisão de alm a e e spí rito, e de

 juntas e medulas, e é apta para discernir os

pensamentos e intenções do coração." (Hb 4:12)

ENTENDENDO O JUÍZO DE DEUS 

"Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e

admirai-vos: porque real izo em vossos dias uma

obra, que vós não crereis, quando vos for

contada. " (Hc 1:5)

Quantos podem dizer um grande aleluia para estatremenda mensagem profét ica? Quantos acreditam nesta obrainacredi tável que Deus, de repente , es tá por real izar na sua própria vida? Algo de maravilhar, de admirar e espantar atodos. Uma obra, também, de proporções tão grandes que seria percebida entre as nações.

O que Deus r ea lizar ia que quando alguém f os se noscontar seríamos incapazes de acreditar que tal coisa pudessees tar a contecendo? A que tipo de mil ag re, p romessa ouintervenção divina o profeta se refere?

À primeira vista, tudo isto parece algo muito desejável .As expec ta tivas inc it adas aqu i tornam este ver sí cu lo umarealidade ainda mais assustadora. Esta é a grande surpresa de

Deus para pessoas, ministérios, cidades e nações.

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 Na verdade, poucos discernem este texto. Ou seja, amaior ia até crê neste versículo, porém de u ma man eirato ta lment e equivocada e desalinhada em re lação ao s eucontexto original . Na verdade, esta é uma das profecias maisdistorcidas da Bíblia pelos crentes. Seria, portanto, de extrema

relevância, se compreendêssemos melhor os bast idores desta promessa em palco.

Depois de um tempo de muita excelência e prosperidadeque cu lminou no re inado de Davi e Sa lomão, a nação , aos poucos, no decorrer das gerações, vai entrando em expressivadecadência e começa a ser adver t ida de mui tas formas e por  mui tos profetas . Vêm, então, uma terr ível fase , onde parece

que a idolatria e a impiedade definitivamente triunfariam.Esta foi, então, a resposta que Deus deu à oração

desesperada do profe ta Habacuque, quando este c lamava ereclamava do silêncio divino e da sua aparente insensibilidademediante tanto pecado e injus tiça pra ticados impunemente pela "nação santa" (Hb 1:1-4).

Só as pessoas que vêem o pecado com os olhos de Deus

 podem entender de fato este texto. Na verdade, o que está em pauta, é uma forte intervenção divina através de um grande juízo que surpreenderia a todos, o que se cumpriu quandoJerusalém foi a rrasada e o povo l evado em cat ivei ro paraBabilônia.

 Normalmente, o pecado, não apenas trás uma dinâmica deescravidão, como também um terrível processo de

insens ib ili dade moral, dureza de coração , s eguido pelacauterização da consciência. I sto torna a inda mais d if íc il ,radical e desafiante o ofício p rofético.

Dois desafios proféticos

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1. Levar o povo a crer na obra do juízo de Deus,

destruindo as falsas convicções

Invar iavelmente , as pessoas rel ig iosas estão à cata de profecias abençoadas. Elas não estão interessadas em ouvir eentender o coração de Deus e por isso não toleram a palavra profética quando são advertidas.

Seus ouvidos es tão programados para não ouvi r aqui loque contraria seus interesses e desejos.

Quanto mais insistimos nesta posição, tanto mais

aceleramos e intensif icamos o juízo de Deus, e o pior , menoscremos neste juízo vindouro e maiormente seremossurpreendidos por ele.

Qual seria, de fato, esta obra tão admirável , referida por Habacuque, que ninguém creria? A resposta não é outra senãoum terrível tempo de julg amen to divino. A nação seriadestruída e exilada! Um duro p rocesso para tratar com as mais

 profundas raízes da apostasia e idolatria. Este princípiotambém ensina e adverte que temos uma forte tendência para aincredulidade quando a questão é o juízo de Deus!

Milagres não transformam nosso caráter , o juízo de Deuss im. O ju ízo sempre começa pe la casa de Deus . Es te é um princípio de ação do reino moral. No primeiro capítulo deHabacuque Israel é julgado, no segundo, Babilônia é julgada e

no t erce iro as nações são julgadas. Começou por I srae l eatingiu todo o mundo.

Antes dos avivamentos de ordem mundial causados pelostestemunhos de Mesaque, Sadraque e Abdenego na fornalha, et ambém de Danie l r evelando o sonho de Nabucodonosor ,decifrando a mensagem para Beltessasar e depois na cova dosleões, Israel experimentou o maior julgamento da sua história,até então. Foi num contexto de juízo e purificação que o Deus

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de Is rae l fo i g lor i f icado e conhecido, por vár ias vezes , emtodas as nações do mundo!

Chega uma hora em que Deus t ra ta severamente comnosso orgulho, nossa obst inação, nossas t radições , nossos pecados costumeiros, por mais que aparentemente estamos"bem" espiri tualmente. Todo t ipo de segurança que descarta oquebrantamento e a humildade é uma armadilha queconstruímos para nós mesmos.

Deus estava chamando o povo a uma purif icação, porémfoi ignorado. Vez após vez os profe tas tentaram avisar um povo ensurdecido e obstinado. A classe religiosa estava tãosegura em si mesma que qualquer profecia neste sent ido era

totalmente absurda. Desprezaram os verdadeiros profe tas.Estavam tão acomodados com seu est ilo de vida pecaminoso ereligioso que seriam inevitavelmente pegos de surpresa!

Isto sempre acontece quando se pratica uma"espir i tual idade" que tolera a imoral idade e a corrupção. O juízo tarda, mas não falha, como Deus disse a Habacuque:

"Pois a visão é ainda para o tempo determinado, e

se apres sará at é o f im . A inda que se dem ore,

espera-o; porque certamente virá, não tardará."

(Hc 2:3)

Pensando bem, a obra mar avilho sa de Deus fo i, naver dade , mar av ilhosamen te hor rível. Um j ulgamento deespantar a todos. O povo foi saqueado, o templo que era t idocomo um amuleto que garantia a proteção divina foi arruinado,os f i l hos f o r am l evados ca t i vos , o s mur os e a s po r t a s dacidade queimados e destruídos.

 Ninguém acreditava que tamanha destruição e escravidão poderiam sobrevir. Todo povo exilado numa terra estranha,com uma l íngua estranha e com deuses ainda mais estranhos.

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Apen as desta forma é q ue Israel aprendeu a abominar aidolatria que praticaram por tanto tempo.

O primeiro t ipo de incredulidade que Deus quer quebrar  nas nossas vidas é em relação ao seu juízo.

Aquela visão ot imista e romântica da nossa rel igiosidadeque nos torna insens íve is ao nosso pecado prec isa ca i r por  terra. Nosso conceito de prosperidade normalmente é fal ido.São atalhos que muitas vezes nos levam a perder a direção deDeus.

Gostamos das soluções rápidas , milagre iras , no est ilomicroondas. Mas, i s to contrar ia nossa própr ia natureza, que

exige um processo para se desenvolver.Quanto mais as pessoas se concentram nestas soluções

momentâneas para resolver os problemas agudos e a l iviar ador, mais esta at i tude contribui para piorar o caráter crônicoda situação.

Quanto mais pensamos que tudo tem que dar do nosso jeito, mais surpreendidos seremos pelo tratamento de Deus.

 Não é fácil quebrar aquela falsa convicção de que Deus estáconosco quando na verdade estamos é obstinados.

 Ninguém acreditava que Jerusalém fosse entregue aosinimigos e levados para a " te rra da confusão": Babilônia . Ninguém suportava a idéia que o templo pudesse ser  profanado e destruído, e os seus vasos roubados. A cidadesanta humilhada, ferida e cativa.

Quando Jeremias profet izava contra Jerusalém, is to erain te rp re tado pelos líder es da nação como sac rilégio , umterr ível absurdo. Mas s implesmente, para surpresa de todos,foi o que aconteceu!

Poucos homens, como Jeremias, Habacuque, Ezequie l,acred it aram nes ta obra admirável . O povo intei ro est avaenganado! Os líderes da nação estava m dis traídos ! Os

sacerdotes es tavam errados! É terr ível pensar que Deus está

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conosco de uma forma, quando ele es tá de outra totalmenteoposta!

Es te é o maior t rauma que a lguém pode sof rer . I r parauma terra es t ranha. Permanecer num lugar que não é o lugar  onde as promessas vão se cumprir . Aprender a ser um peixefora d'água não é fácil .

O processo de Deus mudar determinadas convicçõeserradas que temos é extremamente doloroso, mas necessário.Envolve muitas des ilusões. O pro ble ma é que algumasdes ilusões matam não apenas as f al sas convicções, comotambém as verdadeiras.

Mesmo após o tempo prescri to para o cat iveiro terminar,os exi lados a inda permaneciam na inérc ia gerada por tantadecepção e sofrimen to. Aqui entra o segundo desafio profético.

2. Levar o povo a acreditar na restauração

Agora os profetas de Deus tinham um novo desafio: fazer o povo acreditar na restauração de Deus. Esta foi uma tarefatão difícil quanto a de fazer o povo acreditar no juízo.

Basta ler Neemias, Ageu, Zacar ias , para entendermos oesforço que é necessário ser empreendido para restaurar a féde pessoas abatidas e desiludidas pelo julgamento divino.

Toda pessoa e ministério tem seu momento de perturbação, desilusão e incredulidade. Este tempo muitasvezes é longo. Um bom exemplo des ta rea l idade aconteceucom João Bat is ta , o apóstolo do avivamento. Ele es tava tãodepr imido e per turbado dent ro daquela pr i são que todas assuas convicções vacilaram.

Mesmo depois de te r v i s to o Espí r i to Santo em formacorpór ea de pomba desce r sobr e J esus , confi rmando sua

ident idade mess iânica , e de haver dec larado abertamente a

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t odos que es t avam d ian te do Corde i ro de Deus que t i r a o pecado do mundo, vendo cumprido o que Deus lhe falara (Jo1:33), ainda assim, ele havia perdido a fé na sua missão maior que era ser o precursor do Messias . Sua vida parecia vazia esem sent ido naquela pr i são . É como você , t a lvez , es te ja se

sentindo agora!A ve r dade é que t odos nós pa s samos po r s i t uações e

 provas como estas. Porém, aqui estão as maioresoportunidades de sal tarmos na fé , correndo nas pegadas dasgazelas , conqu istando lugares ainda mais elevados . O problema é poucos conseguem perceber estas oportunidadesque tem o poder de nos lançar para o topo da dependência de

Deus.

 Algumas lições acerca do juízo divino

- Deus sempre tem um plano de resgate que é e laboradoantes de sermos entregues ao cativeiro. Antes da destruição dotemplo de Salomão, no capí tulo quarenta do l ivro do profeta

Ezequiel , Deus já havia dado a planta do novo templo a ser  restaurado.

Aqui entendemos o princípio onde o Cordeiro de Deus foiimolado antes da fundação do mundo. Deus nunca ageirresponsavelmente. Ele está pronto para lidar com os desviosda raça humana. O objetivo f inal do juízo não é destruir , masreconstruir de acordo com o propósito original.

- Todo ju ízo qu e experimenta mos é um atestado doinvestimen to de Deus . Depois que Deus j ulga a lguém, o próximo passo é que ele vai usar este alguém. A identidade, aconsc iência e o propós i to ganham clareza e profundidade e podemos edificar sobre o alicerce adequado. Entendemosmelhor quem somos em Deus e onde devemos chegar.

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Compreendemos que as t r ibulações são importantes nodesempenho da nossa missão. Aquele ot imismo e romantismoegoíst icos são substi tuídos por uma motivação inegociável detão somente glorif icarmos a Deus, não importa se é pela vidaou pela morte, pela abundância ou pela escassez, pelo sucesso

ou pelo "fracasso". A cruz tem os seus paradoxos.

- Reconstrui r é mais di f íc i l que construi r , porém exis teum out ro p rinc íp io aqu i. O que você r econst ró i é sempremelhor que o que você construiu. A experiência é a mestra dasabedoria. A glória da segunda casa é sempre maior que a da primeira. tudo que você aprendeu com a destruição será usado

na reconstrução.

- " O j u s t o v i v e r á p e l a f é " ( H c 2 : 4 ) . E s t a é t a l v e z a principal lição que aprendemos quando somos trilhados pelot ra tamento divino. Aprendemos a temer e t remer d iante da palavra que procede da boca de Deus.

Aprendemos que única fonte de di reção e segurança é a palavra de Deus. Ela está acima de todas as circunstâncias, pressões, opressões e situações.

"Mil ca irão ao teu lado e dez mi l à tua direi ta ,

mas tu não serás atingido. " (Sl 91:7)

Quantos podem confiar nesta verdade apesar de vivermosnum tempo onde tantos es tão abalados e atingidos pelaincredulidade e desistência?

Exi st e um lugar de p ro teção. Alguns t em achado est elugar . São os que se submetem ao t ra tamento de Deus comfidelidade. Homens como Daniel, Neemias, Ezequiel,

Sadraque, Mesaque, Abdinego e tantos outros, que mesmo no

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cat ivei ro mant iveram a sua f idel idade e exper imentaram o poder manifesto de Deus.

Eles prevaleceram mediante as condições maisdesfavoráveis . Entenderam a just iça divina, confessaram asculpas da nação e as iniqüidades dos pais. Se compadeceramdaquela geração e intercederam pela restauração do povo quese encontrava em total assolação. Fizeram toda a diferença!

O CONHECIMENTO DINÂMICO DE DEUS 

Este texto expressa uma visão apr imorada , nua e c rua ,

sem i lusões, de como Deus age conosco, para que possamos,realmente, conhecê-lo:

"Vinde, e tornemos para o Senhor porque e le

despedaçou e nos sarará; fez a ferida, e a l igará.

Depois de dois dias nos dará a vida: ao terceiro

dia nos ressusc itará, e v iveremos d iante dele.

C onheçam os, e pross igamos em conhecer aoSenhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a

nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que

rega a terra. " (Os 6:1-3)

O Deus que fere e que cura

O grande drama da cura de Deus é que ela, na maioria dasvezes, é precedida por uma ferida, também de Deus. Antes deum cirurgião remover um tumor, ele precisa usar o bisturi paracortar. Não se pode curar sem operar e não se pode operar semferir . Esta é uma lei óbvia para quem trata responsavelmentedas raízes dos problemas das pessoas.

P reci samos conhecer a Deus nes te sen tido . É comum

 pularmos os dois primeiros versículos do texto mencionado,

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fugindo do seu contexto e teorizar ou racionalizar oconhecimento divino. Porém, conhecer a Deus na essência, éexperimentar o que Oséias experimentou. O conhecimento deDeus começa com as fer idas que ele mesmo abre em nossasvidas: " . . . e le despedaçou, e nos sarará , fez a fer ida , e a

ligará." 

Toda pessoa e ministério poderosamente usados por Deus precisa poder dizer o que Paulo disse: "Trago no meu corpo as

marcas de Cri sto" . Da mes ma forma, Isaías descreve oMessias como "fer ido de Deus" . Jacó, também, foi a t ingido pela espada do anjo do Senhor.

Deus s abe como nos f e r i r no pon t o ce r t o . E l e t em a

 perícia de um exímio cirurgião.

Existe, porém, uma diferença entre a ferida e a cicatr iz.A c i ca t r i z nada ma i s é que a f e r i da cu r ada . A mar ca e alembrança existem, porém, a dor, a vergonha, avulnerabilidade foram totalmente superados.

É importante mencionar, não apenas as "feridas de Deus",mas as "cicat r izes de Deus" . Acima de tudo Deus é um Deusde c ica t r izes . A essência da unção mess iânica é res taurar acana quebrada e reacender o pavio que fumega. Cada cicatr izde Deus r ep resen ta uma tremenda gama de exper iênc ia s profundas que redunda num conhecimento divino legít imo e palpável. Isto pode ser perfeitamente traduzido pelas palavrasde Jó após todo o seu sofrimento:

"Eu te conhecia só de ouvir mas agora os meus

olhos te vêem. Por isto me abomino, e me

arrependo no pó e na cinza". (Jó 42:5, 6)

Conhece r a Deus não é mer amen t e s e r um expe r t emBíb lia e teologia . Na ver dade, na mesma p roporção que

alguém torna-se um exímio defensor de suas doutr inas , pode

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também assimilar uma tendência de tornar-se não ensinável ,independente, fechado para a diversidade e anti-sinérgico.

Este t ipo de bloqueio engessa o crescimento e peca contraa p rogr es siv idade da r evel ação d iv ina. E ste é o doentio processo de tradicionalização da mente.

É crucialmente necessário manter uma postura deflexibilidade capaz de não desprezar o "velho" como também,não nos fechar para o "novo" de Deus:

"E disse- lhes: Por i sso, todo escriba que se fez

d iscípulo do reino dos céus é semelhante a um

homem, proprie tário, que t ira do seu tesourocoisas novas e velhas". (Mt 13:52)

Segundo Oséias , conhecer progressivamente a Deus é o processo onde Deus fere, trata da ferida, cicatriza, vivifica eressuscita. Em cada processo cirúrgico, Deus vai removendotudo aqui lo que impede nossa fé em relação ao seu caráter .Quanto mais esta fé cresce, tanto menos valorizamos as crisesc ir cuns tanc ia is . A adoração e uma per spec tiva sól ida dagrandeza de Deus brotam poderosamente em nossas vidas.

O cânt ico de Habacuque: o espír ito do verdadeiroadorador 

" Ainda que a f igueira não flo resça, nem haja

fruto nas v ides ; a inda que falhe o produto da

oliveira, e os campos não produzam mantimento;

ainda que o rebanho seja exterminado da malhada

e nos currais não haja gado. Todavia eu me

alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha

salvação. O Senhor Deus é a minha força, ele fará

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os meus pés como os da corça , e me fará andar

sobre os meus lugares altos." (Hc 3:17-19)

Este é o espírito do cântico de Habacuque! Ainda que não

estamos vendo as possibilidades de crescimento e frutificação,a inda que não sen t imos a unção , a inda que es t amos sendoconfrontados com a escassez de recursos e resul tados, a indaque muitos estejam nos abandonando, todavia, Deus permanece fiel e digno da nossa fidelidade! Isto, realmente, éadoração!

Es te é o p rocesso pe lo qua l vamos conhecer a Deus e

colocar em Deus e em mais nada ou ninguém a nossaconfiança e sat isfação. Então o Senhor será nossa força, nosfa rá s altar e caminha r por luga res a lto s, ac ima dos ma iselevados obstáculos. O l ivro de Habacuque começa com umainter rogação e termina com uma exclamação. Deus desejatransformar todas as nossas perguntas em respostassurpreendentes de fé !

Fidelidade deve existir , não apenas quando tudo vai bem,mas quando tudo vai mal. Tem um di tado que diz: "quando onavio afunda os ra tos caem fora" . É assim que Deus prova econhece quem é quem. Quem é você?

Só nos momentos de prova é que você saberá!

Adoração é o saldo posi t ivo de fé deixado pelas provasde Deus. Aqui nasce não apenas uma nova canção, mas é onde

o espí r i to de um verdadei ro adorador é for jado. Es ta fo i a postura profética de Habacuque.

Só pessoas que compreendem o poder do t ra tamento deDeus a lcançam es te n ível de f é e adoração . S ão pes soascuradas, que tem cicat r izes de Deus em suas vidas , pessoassadias que adquir i ram a integr idade necessár ia para servir aDeus e suportar as pressões de um verdadeiro reavivamento!

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"Eu ouv i , Senhor a tua fama, e t emi ; av iva , ó

Senhor a tua obra no meio dos anos; faze que ela

seja conhecida no meio dos anos; na ira lembra-te

da misericórdia. " (Hc 3:2)

 No círculo evangélico, avivamento é uma das palavrasque estão na moda, em al ta. Porém, percebemos que a maioriadas pessoas não entendem bem as implicações pessoais de umavivamento. Se você realmente deseja e aspira o avivamento,se você quer a vinda de Deus para sua vida, igreja esoci edade, você p rec is a r esponder a es ta per gunta que o profeta Malaquias faz:

"Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem

subsi st irá, quando e le aparecer? Poi s e le será

como o fogo do ourives e como o sabão de

lavandeiros. " (Ml 3:2)

V ocê vai suportar a purificação de Deus? Você vaisubsistir diante da sua correção? Vai agüentar o fogo purificador e a limpeza que ele quer fazer? Quando elecomeçar a lavar toda a roupa suja, desencardindo nossa alma,será que vamos suportar? Você ainda quer um avivamento?Um que comece por você???

Capítulo 1

"Procura apresentar-te a Deus"... e não aoshomens

Esta primeira si tuação fundamenta-se principalmente noaspec to motivacional do s er viço. A ação in tenciona l do

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coração é t ão impor tante quanto o desempenho e a t arefaministerial exercida.

O "para quem" estamos fazendo é tão relevante como "oque" es tamos fazendo . A questão não é só f azer . É v italfocal izar e d iscipl inar a mot ivação do nosso desempenhominis ter ia l em agradar a Deus antes mesmo que servi r aoshomens.

Esta é uma questão de al icerce. O crescimento aparentese f undamen ta numa base que n inguém pode ver por queencontra-se enterrada. Esta é uma importante lei daedif icação. Quando pensamos em al icerces , entendemos quetambém é necessár io crescer para baixo. Is to aponta para o

trabalho de Deus nas nossas motivações. Sem este fundamentoaquilo que estamos construindo fica comprometido.

D eus é capaz de avaliar a intenção de cada esfo rço praticado. Deus vê além daquela impressão externa quecausamos nas pes soas . Obv iamente , e le conhece nossasintenções mais íntimas.

"Deus não vê como o homem vê, pois o homem vê

o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha

para o coração. " (I Sm 16:7)

Esta fo i uma adver tência fe i ta a um profe ta que t inha profunda sensibilidade à voz de Deus e uma depurada

capacidade de discernimento. Até Samuel estava deixando-seenganar pe las aparências . Es te , porém, é um er ro que Deus jamais comete. Na verdade, é tão fácil enganar as pessoas,quan to i mpossível enganar a Deus. Ele sonda e d is ce rnenossas intenções mais profundas.

É des ta forma que a tes tamos para Deus nosso f racassomoral e o adoecimento emocional. Uma motivação corrompida

 já condena uma obra antes mesmo de ser começada. É uma

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casa sem al icerces ou com al icerces subdimensionados. Por  um lado as coisas acontecem, mas por outro vão tornando-secada vez mais instáveis e vulneráveis.

Chegará o momento em que a frágil resistência do

al icerce exibirá sua insuf iciência sendo esmagada pelo peso próprio da obra. Esta é uma questão "matemática". Defato, apesar das coisas no mundo espir i tual não funcionaremde forma imediata, elas funcionam

com extrema precisão.

Sempre que uma construção desaba muita gente morre emachuca. Da mesma forma, todo inves timento minis terial

atr avés de motivações doentia s e obscu ra s não apenas ésuicídio, como pode destruir a muitos.

 Nossa motivação é crucial no que tange a sermosqua li fi cados como obrei ros. O que inspi ra nossas ações emotiva nosso serviço é tão relevante quanto a própria ação e oserviço em si . Na verdade, todo esforço ínt imo no sentido deimpressionar homens nos desqualifica perante Deus.

Quando va lor i zamos mai s a op in ião humana do que aaprovação divina, exibimos uma motivação espir itualmentecorrompida que compromete nosso serviço.

 A LEI DOS DOIS ALTARES 

Em várias ocasiões na Bíblia, percebemos a necessidadede se levantar dois t ipos de al tares: um escondido ou ínt imo eo outro público ou testemunhal; um para Deus e outro para as pessoas. O primeiro altar fala do testemunho que Deus dáacerca de nós e o segundo al tar fala do testemunho que damosacerca de Deus.

Existe, porém, uma importante seqüência a ser obedecida.O al tar ínt imo sempre precede o al tar do testemunho. Esta é a

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lei dos dois altares. Ou seja, antes de sermos apresentados aoshomens, precisamos nos apresentar diante de Deus.

A afirmação dos homens não vale muita coisa quando nãotemos a aprovação divina . A vida ín t ima com Deus sempre precede a vida pública com os homens.

Sempre que invertemos esta seqüência transgredimos estalei. Aqui, entendemos porque tantas pessoas, da mesma formaque se levantam com uma aparência que impressiona,subitamente "desaparecem".

Sem uma vida íntima com Deus, agregamos umainconsistência que mais cedo ou mais tarde nos fará vítimas da

vida públ ica e da imagem que tentamos sustentar perante as pessoas, Esta foi a terrível transgressão de Saul que odesqualificou como rei. Mesmo depois de desobedecer a Deus,ele ain da continu ava ma is preocup ado com sua imag em pública, do que

com a sua situação diante de Deus:

"Ao que disse Saul: Pequei; honra-me, porém,

agora diante dos anciãos do meu povo, e diante de

I srael, e volta com igo, para que eu adore ao

Senhor teu Deus." (I Sm 15:30)

A Bíblia nos adverte que não podemos basear nossa vida

numa aparência sem consistência. Impressões superficiais queconvencem a opinião públ ica duram muito pouco. Por tanto,não se pode ev i t a r a des t ru ição daqui lo que é aparen te . Écomo a erva e a sua f lor sob o impacto caust icante do "Sol daJustiça":

"Pois o sol se levanta em seu ardor e faz secar a

erva; a sua f lor cai e a beleza do seu aspectoperece.. . " (Tg 1: 11)

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Aparente ou permanente? Este é o grande dilemamotivac iona l. A r eceita da consis tência espir itual é umcompromisso pessoal, íntimo e constante com a

vontade revelada de Deus:

".. . aquele que faz a vontade de Deus, permanece

para sempre. " (I Jo 2:17)

Motivações e princípios

Sacrifican do no altar íntimo nós revela mos nossasmotivações e sacrificando no altar público expressamos nossosvalores e princípios. Motivações por natureza tem um caráter  ocu lto, enquanto que nossos valores e p rinc íp ios t em umcaráter evidente, comportamental.

Da mesma forma que é fácil perceber os valores e princípios de uma ação, pode ser extremamente difícildescobrir a motivação.

Do ajustamento sinérgico entre as motivaçõessanti ficadas do coração e os princ ípios d iv inos pra ticadosdepende a consi stência da per sona lidade e a in teg ridadeespiritual.

Por mais que nossas motivações sejam certas, se o princípio é errado, o resultado será morte. Igualmente, por mais que agimos com o princípio correto, porém se amot ivação é er rada e cor rompida , o resul tado também serámorte.

Davi teve uma motivação correta ao trazer de volta a arca para Jerusalém, porém agiu com o princípio errado colocando-a nos lombos de bois e não nos ombros dos sacerdotes.

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O pr inc íp io ens ina que o sace rdo te ca r rega o peso daresponsabilidade de conduzir a presença de Deus.

Este princ ípio foi quebrado. No primeiro t ropeço dos bois, Uzá colocou sua mão na arca para que esta não caísse.Estava tentando ajudar. Novamente vemos alguém muito bemintencionado, porém, quebrando um princípio. Ele não estavaautorizado a tocar na arca.

Por mais bem intencionado que Davi e Uzá est ivessem,Uzá morreu fulminado.

De outra sorte, ou azar, Ananias e Safira ofereceram aosapóstolos uma grande oferta de uma propriedade que

venderam. Estavam prat icando o princípio de dar. O princípioestava totalmente correto.

Porém, eles não estavam dando l ivremente. Eles queriamem troca reconhecimento público. Queriam tanto impressionar a todos que não tiveram a sinceridade de coração de dizer que precisavam de parte daquele dinheiro. Então eles falaram quees tavam dando tudo, quando na verdade re t iveram par te do preço da propriedade. Mentiram não só aos homens, mas aoEspír ito Santo. Ambos morreram. Fico imaginando quantosAnanias e Safira já estão mortos ou morrendo dentro de nossasigrejas.

O ALTAR ESCONDIDO E O ALTAR PÚBLICO 

O altar secreto do quarto e a recompensa pública quevem de Deus

"Mas tu , quando orares , entra no teu quarto e ,

f echando a porta, ora a teu Pai que está em

secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te

recompensará publicamente, " (Mt 6:16)

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O quar to pode ser def in ido como qualquer lugar onderot inei ramente desfrutamos de uma privacidade com Deus.Den tro do quar to , somos nós mesmos , exe rc itamos to taltransparência e podemos derramar nosso coração comsinceridade.

A ltar é o luga r onde nos sa von tade é quebr an tada esimplesmente damos a Deus tudo que ele es tá pedindo. É umlugar de sacr i f íc ios , onde oferecemos a Deus a lgo que noscusta e que lhe é agradável e verdadeiro.

A palavra "sacrif ício" em lat im signif ica "tornar santo",

Todo al tar é um local onde somos poderosamente tocados etransformados p ela voz de Deus, Este é o mais elevado princípio de santificação pessoal, No "altar do quarto"oferecemos u ma parte do nosso dia, do noss o tempo, e, portanto, da nossa vida, buscando a face de Deus eexaminando as Escrituras.

Este altar secreto não se constrói na igreja, ou através dacomunhão com os i rmãos , mas no quar to , a sós com Deus ,Jesus es tá expl icando o poder de uma vida devocional e dorelacionamento pessoal com o Pai.

É no qu arto que vamos ter as mais fortes e íntimasrevelações e exper iências . No quar to aprendemos a apoiar anossa fé numa dependência total de Deus e não de pessoas.

A consciência pessoal que Deus é a nossa fonte

inesgotável determina a l inha da matur idade. Mui tas vezesa limentamos uma expecta tiva nas pessoas que dever ia ser  canalizada apenas para Deus.

Isto é aceitável durante um espaço de tempo como recém-convert idos, porém se perdura, podemos nos condenar a umavida espiritual imatura e que oscila de acordo co m ascircunstancias , Sempre que dependemos mais de pessoas do

que de Deus nos expomos a mui tas decepções que tendem anos fragilizar ainda mais.

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Uma vida ministerial "pública" bem sucedida nada mais éque o efei to espir i tual do relacionamento pessoal e da vidasecreta com Deus,

O campo das ovelhas e o campo de batalha

"Disse mais Davi : O Senhor que me l ivrou das

garras do leão, e das garras do urso, me l ivrará

da mão deste fil isteu. Então disse Saul a Davi:

Vai, e o Senhor seja contigo, " ( l Sm 17: 37)

A qui te mos o altar so litário do ca mpo das ovelhas precedendo o testemunho no campo de batalha, quando o heróide guerra dos f i l isteus, que afrontava o exérci to de Israel , foi publicamente derrubado. Antes de vencer Golias, Davi, noanonimato, venceu as garras de um leão e de um urso. Antesde se impressionar com a presença int imidadora do gigante ,Davi hav ia se impress ionado com a grandeza de Deus . Naverdade, quem venceu Golias não foi Davi, mas orelacionamento que ele t inha com Deus.

Davi sabia como fazer da solidão do campo umaoportunidade constante de desfrutar da presença divina. Istofez dele um verdadeiro adorador. Não havia ninguém mais aoredor para querer impressionar ou que pudesse corromper suamotivação. Sua vida de adoração era pura e legítima.

Antes de tomar a espada de Gol ias , Davi recebeu umaharpa de Deus. A harpa de Deus recebemos no altar oculto e aespada do gigante recebemos no al tar do testemunho, quandoDeus nos recompensa publicamente.

Es ta é a unção de Davi ; a harpa de Deus numa mão e a

espada do g igan te na ou t ra . Des ta fo rma e le r epreendeu e

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venceu o principado demoníaco que vinha perturbando o rei eo governo da nação por tanto tempo:

"E quando o espír i to mal igno da parte de Deus

vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocavacom a sua m ão; en tão Saul s en tia alí vio, e s e

achava melhor e o espír ito mal igno se ret irava

dele. " ( l Sm 16:23)

Depois de Davi ter vencido a Golias, expondo sua cabeçaà multidão, o rei impressionado com o feito tentou se informar 

sobre quem era aquele rapazinho que surpreendera a todos. Omais interessante é que ninguém sabia ou podia dizer quem eraDavi:

"Quando Saul viu Davi sair e encontrar-se com o

fi l isteu, perguntou a Abner, o chefe do exército:

De quem é f i lho esse jovem, Abner? Respondeu

Abner: Vive a tua alma, ó rei , que não sei . Disse

então o rei: Pergunta, pois, de quem ele é f i lho, "

( I Sm 17: 55, 56)

Davi era um desconhecido, um "Zé Ninguém" para oshomens. Porém, apesar de não ser conhecido pelos homens era

muito bem conhecido de Deus!Quando Golias desafiou todo o exército pedindo: ".. . dai-

me um homem, para que nós dois pelejemos " ( I Sm 17:10) ,Deus ouviu a o ração de Gol i as e deu- lhe Davi . Apesar detambém ter s ido desprezado pelo gigante , era a arma secretade Deus.

Esta é a bênção do Vale do Carvalho, o altar do

testemunho, onde Deus recompensa nosso relacionamento comele, e nos entrega publicamente os nossos inimigos. Este vale

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Esta dec isão interna de mudança estabelece uma novadi reção que nos reconci l ia com a verdade e o propós i to deDeus. A inconstância é substituída pela firmeza edeterminação. Um novo posicionamento que concorda com avontade divina é f irmemente estabelecido. Somos conduzidos

a vi tórias inesperadas e surpreendentes ! É aqui que o pecadoe a corrupção se ajoelham diante do poder do Espíri to Santo.A par t i r de um arrependimento genuíno, "não é você que vaideixar o pecado", "é o pecado que vai te deixar".

O al tar do Jordão é um dos principais marcos de Deus navida de uma pessoa. Este bat ismo de arrependimento tambémfo i celebr ado por dois a lta re s: um e scond ido no le ito do

Jordão e o outro fora do Jordão com pedras tiradas do leito dorio.

O altar escondido fala da experiência íntima, da mudançade coração e mental idade, a que o próprio Deus testemunhouque aconteceu conosco:

"Amontoou Josué também doze pedras no m eio do

Jordão, no lugar em que pararam os pés dos

sacerdotes que l evavam a arca do pacto ; e a li

estão até o dia de hoje. " (Is 4:9)

Este al tar é só para aqueles que pisaram o le i to seco doJordão. Depois que as águas vol taram a percorrer o le i to do

rio, ninguém mais podia ver aquele altar, senão Deus.O al tar públ ico, por sua vez, é o tes temunho que damos

do que Deus fez, de como ele realizou o milagre da mudançaem nossas vidas. É simplesmente o fruto de uma experiência pessoal e íntima com Deus:

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"Tirai daqui, do meio do Jordão, do lugar em que

est iveram parados os pés dos sacerdotes, doze

pedras, levai-as convosco para a outra banda .. . "

(Js 9:3)

T oda tr aves sia na v ida, toda mudança espir itual deendereço e mentalidade é marcada por estes dois altares. Tudocomeça com o t es t emunho que Deus dá ace rca de nós e secomple ta com o tes temunho que damos acerca de le . Es ta é , portanto, a primeira parcial do princípio de nos apresentar diante de Deus.

Capítulo 2

"Procura apresentar-te ... aprovado, comoobreiro ...

Antes de s er um obr eir o, é também necessár io es tar  aprovado. Como observ amos no título aci ma, a palavra"aprovado" p recede a palavr a " ob reir o" . Obedecer e staseqüência é essencial. Uma pessoa que não está aprovada podecomprometer não apenas sua vida, como também a obra querealiza.

E sta s egunda s ituação aborda a necess idade de umaqualif icação. Obviamente que a primeira si tuação, t ratada nocapítulo anterior, é um pré-requisito para esta.

O ponto de partida da obra de Deus são as nossasmotivações. Em primeiro lugar precisamos alinhar nosso perfilmotiv acional com o temor de Deus, em segundo lugar  estarmos aprovados e, só então, desempenhar nosso serviço aoSenhor.

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A rigor , antes de mais nada, é importante entender quenós somos a obra de Deus. Estamos em construção. Somos otemplo que o Espírito Santo está edificando. O lugar que Jesusestá preparando na eternidade para nós (Jo 14:2 ) está dentrode nós mesmos : é o nosso homem interior que se exteriorizará

em glória num corpo celestial ( I Co 15:40-54).Aquel a " mansão" que você esper a mora r no céu es tá

sendo invis ivelment e constr uída den tr o de você mesmo,através da visível obra e t ransformação que o Espír i to Santoestá fazendo em sua vida, em vir tude da sua maleabi l idade,quebrantamento e submissão à vontade divina.

Em se tratando de servir a Deus, o mais importante não é

fazer, mas deixar Deus fazer em nós. Quando Ele faz em nós,ce r t amente t ambém fa rá o mesmo a t r avés de nós . De fa to ,existe uma enorme diferença entre você fazer a obra de Deus eDeus fazer a obra dele através de você. Por isto é tãoimportante o princípio da cooperação.

" Porque nós somos cooperadores de Deus; vós

sois lavoura de Deus e edif ício de Deus. " (I Co

3:9)

 A questão básica da aprovação

Gostaria de propor uma pergunta: Qual é a primeira coisaque temos que fazer para sermos aprovados diante de Deus?Dê uma paradinha na leitura e tente responder.. .

Invariavelmente, quando pergunto às pessoas o que temosque fazer par a s ermos apr ovados d ian te de Deus, quasesempre, ouço muitas respostas redundantes.

Alguém logo responde: obediência! Outros asseguram:temos q ue temer ao Senhor! Ainda ou tro s afirmam com

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certeza: para .sermos aprovados temos que andar em santidade! Viver por fé! . . .e ass im vamos ouvindo respostas cada vezmais "espirituais", mas que fogem da simplicidade da pergunta.

Alguns se aprox imam mais d izendo que é necessá rio passar na prova. Porém, antes de passar na prova precisamosfazer a prova . Então, a pr imei ra coisa a fazer para sermosaprovados é s implesmente: a prova! Ninguém pode ser  aprovado numa prova que não fez! Só existe um caminho paraa "aprovação": a provação, testes, tentações, etc. !

"Bem-aventurado o homem que su porta aprovação; porque, depois de aprovado, receberá a

coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o

amam. " (Tg 1:12)

Quantas vezes fazemos promessas e votos para Deus quenão cumprimos? Falamos: Deus, eu vou crer em t i! . . . Eu vou

obedecer meu chamado ministerial! . . . .Eu vou ser f iel a t i com minhas f inanças! . . . Vou ganhar 

muitas almas para o teu reino! . . .

Porém, quando a pr imeira necessidade surge, entramosem co lapso . A pr imei ra d i f i cu ldade no chamado vem, e j á pensamos em desistir: "talvez não seja bem isto o que Deustenha para mim". Quando as pessoas que nos ajudam

financei ramente se esquecem de nós , ou o sa lár io encolhe ,esmorecemos e f icamos fer idos e desanimados. Aos poucos,nos acomodamos ao ritual da igreja, aos cultos, aos semináriose congressos e nos esquecemos dos que se perdem. Cada vezque somos provados em relação aos propósitos queestabelecemos, simplesmente fracassamos.

A verdade é que muitas provas vão acontecen do de

maneira natural e sutil no decorrer da nossa vida. Porém, cada

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resposta insuficiente ou inadequada que damos a estas provasimpõe amarras espirituais que, paulatinamente, nos distanciamda possibi l idade de conquis tar o sonho de Deus e cumprir oseu propósito.

Se, de fato, almejamos ser um obreiro no Reino de Deus, precisamos nos matricular na escola do Espírito Santo, tendo adispos ição de sermos t ra tados e edi f icados pe la Palavra deDeus. Esta escola dura a vida intei ra e o Espír i to Santo têmum currículo especial, dinâmico e apropriado para cada um denós.

 Nossas motivações mais íntimas, nossa fé e perseverança,nossas convicções e sentimentos, nosso conhecimento, nosso

chamado e min is té rio serão provados mediante toda sor tec ir cuns tânc ias espec if icamente con trár ias. Deus nunca ésuperficial banalizando nossas falhas de caráter e asdistorções que ainda temos na nossa personalidade. Acima det udo , a f é é uma muscu l a t u r a que não pode de i xa r de s e r  exercitada.

"E sabem os que todas as coisas contribuem

 juntamente para o bem daqueles que amam a

Deus, daqueles que são chamados por s eu decreto.

" (Rm 8:28)

E ste texto apon ta par a a necess idade de quebra r um

sofisma que muitos tenta m su stentar. Ou sej a, quandoatendemos ao chamado de Deus, mesmo andando emobediência, não quer dizer que só acontecerão coisas positivase animadoras. O centro da vontade de Deus não nos isenta das provas, das dificuldades e das resistências oferecidas pelomundo espiritual.

Quando Paulo fala: " . . . mas em todas estas coisas somos

mais que vencedores, por aquele que nos amou " (Rm 8:37), oque ele quis dizer realmente com isto?

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Ele es t ava se r e fe r indo a vencer o que? O que se r i am"todas estas coisas"? Signif ica a resistência que está por vir ,aquilo que vai nos testar consistentemente.

Gostamos da idéia de que somos vencedores sem ter quelutar , ou de sermos aprovados sem ao menos fazer a prova .Porém is to não é correto e não funciona desta forma. Paulo,então, explica:

" .. . quem nos s eparará do am or de Cris to? a

tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a

fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?" (Rm

8:35)

Se você está passando por alguma destas situações, entãovocê está diante da tremenda oportunidade de não duvidar doamor de Deus e tornar-se um vencedor.

A at i tude cer ta de concordar com o caráter de Deus emcada prova funciona como uma senha que dest ranca por tas erompe as nossas f ron te i r as . A v i tó r i a de Jesus p rec i sa se r  endossada em cada luta que passamos através de umaidentificação com o seu caráter.

Bas icament e, é neces sár io um despr endi mento par aenfrentar qualquer situação. Encarar tudo como um acréscimo,ou seja, saber absorver a parte boa de toda e qualquer  adversidade. Sem este entendimento abortamos a real

 possibilidade de sermos "aprovados".

 A desintegração do caráter - A síndrome dadebilidade moral crônica

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Vivemos num mundo debilitado e degeneradomoralmente. A decadência está em alta. O moral relativou-se a ponto de tolerar e ser confundido com o imoral.

Faceamos uma aguda inversão de valores que,absurdamente, é t ida como avanço cultural e modernidade.

O pior é que isto está entrando para a igreja econtaminando-a. Pessoas que ace it am a deb il idade mora lcrônica se amoldam às circunstâncias imorais querot ineiramente as afrontam. Acabam se conformando com osvalores iníquos do presente século.

Em muitas igrejas o crescimento tem sido acompanhado

 pela mundanização. A ética da personalidade em detrimento daética do ca ráte r, onde os p rincíp ios bás icos que r egem omundo espir i tual são ignorados e violados, deixando tantoscrentes à mercê das a taduras satânicas . O problema é que aignorância não nos i senta das conseqüências e punições daquebra da lei .

Um es t i lo de v ida embalado pe la ignorânc ia mora l dálugar ao caos social. É quando somos indulgentes com pecadoschamando- os de " fr aquezas" . Começa pela to le rânc ia ao pecado, segue a conivência, vem a insensibilidade e por fimuma consciência danif icada, que compromete o a licerce dav ida. O pecado to rna- se , confo rtave lmente , u rna r otinanatural.

 Nesta geração onde as verdadeiras leis e valores estãosendo relativados, a conivência com a fraqueza moral tem sidoum cheque-mate na mensagem e na integr idade da igreja . Aavalanche de males emoc ion ais que es tá debilitando asociedade atual, nada mais é que um efeito colateralsintomático da desintegração moral e de uma "prosperidade" permissiva.

Alguns pensam que certas debilidades fazem parte da sua personalidade. Muitas pessoas, dentre elas, obreiros, líderes e

 pastores, têm abraçado sua fraqueza moral como um vício

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evangélico, e estão tentando convencer a Deus que jánasceram moralmente débeis, que eles são assim mesmo e nãotem jeito.

Porém, na verdade , esta debil idade de espír ito produzimpiedade e maldade , Es ta fa l ta de força mora l dá lugar aodiabo, profanando a obra de Deus e t razendo escândalos edestruição.

Definindo a derrota

O que é derrota? Sob a perspectiva da aprovação, podemos abreviadamente definir derrota como sendo: "uma

vida cíclica de reprovações" (Fig, 01). Ciclo é algo vicianteonde nos vemos obrigados a voltar sempre no mesmo po nto.

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Quando alguém enfrenta um ponto de prova e sucumbe,obrigatoriamente terá que retornar a esta mesma questão. Cadavez que fazemos uma prova e não somos aprovados, precisamos fazê-la de novo.

Esta si tuação obrigatória de voltar ao ponto do fracassodefine a lei da prova, da qual ninguém escapa.

Do confronto com esta lei emerge um caráter de

obediência ou uma alternativa de falência moral.Portanto, a desgastante dinâmica de passar rotineiramente

 por uma mesma situação, que vez após vez, nos subjuga,constrói um quadro de derrota . Ou seja; é quando fazemos a prova e tomamos bomba! Então fazemos a prova novamente etomamos mais uma bomba! Repet imos a prova e de repenteuma nova reprovação! Cada vez, vamos sendo vencidos mais

faci lmente por aquele ponto de prova e convencidos por umsentimento de fracasso. Como Jesus replicou:

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"Em verdade, em verdade vos digo que todo

aquele que comete pecado é escravo do pecado. "

(Jo 8:34)

Sentimo-nos vencidos e sem esperança. Isto tem sido umadízima periódica na vida de muitos, levando-os àdesintegração espiritual, apatia e apostasia.

Desta forma estes pontos específ icos de prova tornam-segigantes internos que nos subjugam, construindo fortalezasque acreditamos serem intransponíveis.

Precisamos aprender com Davi a sal tar estas muralhas evencer estes inimigos.

A Bíblia nos conta como Golias, o mais famoso herói dosf i l i s teus , desaf iou a qualquer homem do exérci to de Israel aen fr en tá- lo num combate pes soal . Cada d ia e le v inha nomesmo horário e f ixava sua afronta humilhando e esmagando psicologicamente a todos:

"Chegava-se, pois, o fil isteu pela manhã e à tarde;

e apresentou-se por quarenta dias. " ( l Sm 17:16)

Esta é um es t ra tégia f r ia e ca lcul i s ta , onde o in imigo

implanta uma mentalidade de derrota. Cada guerreiro de Israeltinha que "engolir" duas reprovações por dia. Eram derrotados pela manhã e pela tarde a cada dia! Golias impôs um processocíclico de reprovação pessoal e coletiva simultaneamente.

Mediante as terr íveis afrontas do gigante , dia após dia ,cada guerreiro, t inha que aceitar o fracasso, se acovardando.Aquilo tornou-se uma rotina de humilhação, destruindo a auto-es tima de cada um dos homens do exér cito de S au l. Is torepresentou mais que uma derrota; foi um massacre!

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"E todos os hom ens de Israel, vendo aquele

homem, fugiam, de diante dele, tomados de pavor

" ( l Sm 17:24)

Cada af ronta públ ica de Gol ias impunha um profundosentimento de impotência que imobilizava a todos. Já estavam,não apenas, conformados com a s ituação de der ro ta , mastotalmente int imidados , desesperados e apavorados. I sto perdurou quarenta dias ininterruptos, até que Davi foi enviado por Deus. Temos aqui um verdadeiro quadro de derrota

espiritual.Es te episódio revela a s i tuação de mui tos , que quando

estão na igreja, junto com todos, mostram-se dispostos a tudo.Oram, louvam, pregam e t es temunham com ardor . Porém, pessoalmente, sozinhos diante dos gigantes internos da ira, daimpaciência com o cônjuge, da pornograf ia , das dívidas , . . .não podem se contr olar , encont ram- se desac red it ados evencidos.

Definido o trauma

 Na dinâmica desta vida cíclica de reprovações reside overdadeiro ponto onde se concentram as nossas enfermidades.É impossível fa lar de derrota sem falar em t rauma. Áreas dederrota são áreas traumatizadas.

Cada reprovação s igni fica uma machucadura. Sob esta perspectiva, podemos definir o trauma como sendo: "oresul tado de fer idas e reprovações concent radas no mesmo ponto".

Quando era criança, uma das minhas diversões prediletasera andar de carr inho de rol imãs. Havia uma grande ladeira

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onde descíamos apostando corrida. Os acidentes eraminevitáveis. De repente joelhos e cotovelos estavam em carnev iva. E ra r espir ar f undo , s egur ar a dor e desce r de novoacreditando no sucesso.

Porém, um tombo, mai s cedo ou mais t arde , acabavaacontecendo novamente. O mesmo cotovelo ralado, estavaagora, sem a casca e dolorosamente ferido.

Uma fer ida em cima de outra fer ida . . . A dor e o medo,imediatamente, superava o prazer pela diversão!

Esta é uma forma bem prá t ica de def in i r um t rauma: équando você machuca em cima de um machucado que já havia

sido machucado! Só de pensar, em alguém encostar neste localsobre-a t ingido, j á dói ! Um ter r íve l medo de ser novamenteferido se instala, como um mecanismo automático de defesa.

Psicologicamente, este ponto vai sofrendo umafragil ização constante, tornando-se cada vez mais susceptívela colapsos onde a própria estrutura pode se romper, como umosso que se quebra , produzindo danos permanentes , ou derecuperação mais demorada.

Temos visto pessoas que depois de fazer cincovest ibulares mal sucedidos, desistem de vez dos seus sonhos profissionais. O mesmo acontece em muitas outras situaçõesonde nossas habilidades são testadas.

T udo is to também descr eve como se encon tr a a v idamoral e emocional da maioria das pessoas. Na verdade, o que

 podemos constatar, é que todos já lutaram ou estão lutandocom áreas de trauma e derrota.

O processo do aprofundamento da ferida

Rei te rando, cada c ic lo de r eprovação impõe um novogolpe sob re a f er ida. O n ível da dor vai in tens if ic ando e

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ap ro fundando cada vez que o mesmo per fil de p rova nossubjuga. Vai-se ferindo o que já estava ferido. Este quadro deder ro ta funciona a tr avés de um t ipo de "efei to parafuso"aprofundando a dor e as raízes do estado de reprovação (Fig.02).

Moralmente falando, podemos definir a profundidade dotrauma conto sendo a "verg onha". A intensidade des tavergonha e constrangimento espir i tual pode ser determinada pela distância entre a primeira e a última reprovação, comodemonstra o diagrama.

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[Milindrosidade - Retraimento - Vulnerabilidade]

Existe um t ipo de vergonha que é saudável e promove adecência, porém existe esta outra vergonha que é umescrav izante sentimen to que vem como resultado des te

 processo crônico de debilitação moral, abusos sofridos, perdastatuadas por um sen timento de injus ti ça , i nfer io ridade eamargura. Por mais que tentamos fugir , aquela mesma coisasempre nos persegue e repete.

I nvar iavel mente , onde exis te e ste tipo de ver gonhaespiritual também existe muito medo, culpa e dor. A vergonhamoral que atormenta nossa memória estabelece a profundidadeque este c ic lo de reprovações crônicas tem cavado na nossaalma.

Paulo insis te que é necessár io es tarmos diante de Deusnão apenas como obreiro, mas "como obreiro que não tem deque s e envergonhar . " É f undamen ta l l idar mos com estavergonha da alma. Precisamos apresentar esta mesma posiçãoe d isposição de consc iência com a qua l J esus encar ava econfrontava toda habilidade acusadora de Satanás:

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"... aí vem o príncipe deste mundo, e ele nada tem

em mim. " (Jo 14:30)

Dimensionando a profundidade do trauma

O t rauma, invar iavelmente, f ragi liza a personalidade ,comprometendo também a formação do caráter.

Podemos esp ecificar isto dizend o qu e quanto mais profundo o trauma, tanto maior é a milindrosidade, oretraimento e a vu lnerabilidade.

Esta seqüência estabelece uma estratégia de ataque ondeemocionalmente somos lançados num abismo.

Essa aspiral da reprovação nos suga com a força de umtornado.

1. Mil indrosidade

Quando estamos com uma região do corpo t raumat izadaqualquer esbarrãozinho por menor que seja é extremamentedoloroso. Depois de sofrer vár ios impactos na mesma regiãoou vár ias rejeições numa mesma área, a mil indros idade seinstala e começa a "fazer parte" da personalidade.

A pessoa torna-se proprietária de uma área hipersensível,o que afeta seus relacionamentos, tornando-os instáveis. Estasár eas h iper sensíveis também desequilib ram o humor e otemper amen to da pes soa, f azendo del a alguém de d if íc ilconvivência.

Algumas pessoas são tão mel indrosas que é necessár io

uma g inás ti ca t remenda para conseguir uma aprox imaçãomaior e tocar no seu problema. Uma correção bem

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in tencionada pode s er d ra stic ament e in te rp retada comorejeição e agressão.

Desta forma, a milindrosidade pode comprometer  espiritualmente a pessoa ainda mais, conduzindo-a a um maior nível de ret raimento, o que só piora e torna a s i tuação aindamais perigosa.

2. Retraimento

O retraimento engessa a pessoa num comportamento onde

a f e r i da pa s sa a s e r o e i xo da v i da . Você s abe como i s t ofunciona: quando alguém ameaça encostar no "machucado emcima do machucado que já t inha sido machucado", a tendênciaé se afastar ab rup tamente da possibilid ad e d o toqu e. Atendência natural é retrair, fugir, afastar, inibir. . .

Minha esposa conta um episódio da sua infância quandoao ser levada no dent is ta , na pr imeira dis t ração de sua mãe,

ela fugia e voltava sozinha para casa. A dor apavora as pessoas, levando-as a fugir.

Certa vez, meu amigo Salomão Cutrim, me falou algo que jamais poderia imaginar: Coty, você só pode ser consideradoum missionário aprovado na Rússia depois de ir ao dentista!Porquê? Logo per gunte i. Com um sorr iso s em g raça e lerelatou suas dolorosas experiências de ter que tratar de algum

dente por dentistas, um tanto quanto indelicados, e sem tomar nenhum tipo

de anes tes i a ! Não é f ác i l se expor a a lgo ass im, masalgumas vezes, simplesmente, não há outra opção.

Alguém já disse que Deus opera "sem anestesia". permita-me contar uma piadinha de crente: Um homem passouem frente uma igreja pentecostal e começou a ouvir os gri tos

das pessoas lá dentro. Era uma reunião a portas fechadas e sua

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cur iosidade aumentou ainda mais . Ele f icou parado por unsinstantes ouvindo os berros, o choro e o c lamor do povo, a téque tomou coragem e se aproximou do diácono à porta:

Moço! O que est á acontecendo a í den tro? O d iácono prontamente respondeu: Deus está operando! Ele,curiosamente questionou: Mas, Ele não dá anestesia ???

Pode parecer que não, mas a dor emocional é ainda maiscontundente que a dor f ísica. A pessoa começa a se isolar . Osrelacionamentos obrigatoriamente tornam-se superficiais . Amotivação preponderante é não deixar ninguém se aproximar.Alguns juram dentro de si mesmos : ninguém vai se aproximar suficientemente para poder ferir-me novamente!

O medo de ser fe r ido, o pavor de uma nova re je ição, avergonha do t rauma e da culpa, acaba levando a pessoa parauma jur isdição de t revas , ocul tamento de pecados e sol idãoespiritual.

Tenho atendido muitas pessoas que estão li teralmente em prisões espirituais por causa de abuso sexual, prática deaborto, tentat ivas de suicídio, casos de adul tér io, prát ica dehomossexual ismo, pornograf ia , homicídios e a í por d iante.Situações em que as pessoas recusam-se a expor.

Um dos piores tipos de ocultismo é o "ocultismoevangél ico" , onde acredi tamos que devemos encobri r nossos pecados e vergonhas. O problema é que Satanás é quem regees ta jur i sdição. E le é o pr ínc ipe das t revas . Todo pecado etrauma quando não são submetidos à luz f icam sob o poder deuma impiedosa exploração demoníaca.

Por tanto , o re t ra imento , ao mesmo tempo que t rás umce rto "confo rto emoci onal ", também i mpõe uma te rr ívelvulnerabil idade. Este passa a ser nosso ponto fraco predileto pelo inimigo sempre que ele decide nos atingir.

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3. Vulnerabil idade

O trauma, por def inição, passa a ser um ponto cada vezmais f raco. É um a lvo crescente que o d iabo só encont rará

facilidades em acertá-lo!Em muitos aconselhamentos quando fazemos uma "l inha

do tempo" em re lação à v ida da pessoa , percebemos golpesque se r epe tem obedecendo um mesmo padrão de a t aque eobjetivo.

Podemos perceber que sempre há determinada área quefoi duramente perseguida e golpeada repet idamente. Alguns

desde cedo foram per seguidos com d iscr iminação rac ia l,outros com abuso sexual e imoralidade, outros com abandonoe t ra ição, e tc . De tempo em tempo, com pessoas e s i tuaçõesdiferentes, a mesma agressão vem para aprofundar a ferida.

Sob o aspecto da batalha espir i tual , o t rauma obedece aum sen t ido ro t ine i ro de a t aque . É como uma lu ta de box .Depois que um dos lutadores conseguiu abrir o supercí l io do

seu oponente, ele passa a acertá-lo apenas naquele ponto. Maisdois golpes sobrepostos na mesma região ferida, e oadversário é fulminantemente nocauteado. Tornou-sevulnerável.

O processo de espiritualização da ferida

Ainda que a superfície da si tuação pode ser encoberta, eos out ros nem imaginem o que es tá acontecendo, dent ro da pessoa, a dor se aprofunda cada vez que ela convive com ofracasso diante da prova.

A falência da alma impõe também um processo de morteespir i tual lenta . Is to expl ica a apat ia e depressão espir i tual

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que assola a vida de mui tos . O t rauma tem um terr ível poder  de penetração na alma cada vez que ele se repete.

 Na mesma proporção que a dor se aprofunda e enraíza,muitas tendências comportamentais nocivas se manifestam. Ésó uma ques tão de causa e e fe i to , r a i z e f ru to . Di s to podeemergir um sutil processo de espiritualização da ferida.

Imagine uma pessoa envolvida com alcool ismo, drogas,imora l idade , e tc . que acabou de se conver ter . Junto com aconversão a Jesus, ela acaba também incorporando o rótulo decrente.

Mui tas pessoas na igrej a def inem super fi ci almente o

crente como alguém que não bebe, não fuma, não vai mais aos bailes e boates, não pratica imoralidade, etc. Lógico que estascoisas são inconvenientes, mas a abst inência delas é imposta para satisfazer o novo padrão religioso adotado, porém, semconsiderar as suas raízes causadoras e sustentadoras.

Por exemplo, suponhamos que esta pessoa recém-convert ida t enha sof rido um doloroso processo de t ra içãoconjugal , ou foi violentamente abusada sexualmente na suainfância. Esta dor residual alojada na sua memória ferida nutrenão só as cadeias pecaminosas , como também as inf luênciasdemoníacas que afloram no seu comportamento.

Enquanto esta vergonha não for removida através de umtra tamento adequado e suf ic ientemente profundo, a pessoacont inua sujei ta a var iados t ipos de mecanismos de defesa ecompensação em busca de alívio para a dor emocional e moralque sente, o que só reforça o proble ma espiritu al que aconfronta.

Como esta pessoa, agora, tornou-se crente , sent indo-seobrigad a a aban donar o s compor tamen tos mundanos, atend ência é migrar do "v ício mundano" para um "v íciogospel" , evangél ico. Algumas se refugiam na música, outrasnas atividades da igreja, outras em estudos teológicos, etc.

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Cometemos um grave erro de discipulado quandotratamos apenas dos pecados e vícios das pessoas sem l idar  com a dor emociona l e a ve rgonha mora l que es t a pessoacarrega. Cortamos a planta e deixamos a raiz.

Cer tamente o problema vai re tornar e se manifestar , sóque, agora, de forma mais "evangélica", "espir itual" , porém aseiva procede de uma raiz contaminada.

Des ta ra iz de vergonha e dor pode emergi r um intensoativismo religioso. Apesar de tornar-se uma pessoat remendamente prestat iva, sua inspi ração vem da carênciaemocional e da tentativa angustiante de compensar ou maquiar a vergonha que sente. Ao mesmo tempo em que a pessoa serve

aos propósitos de Deus, também encontra- se sob forte perseguição demoníaca.

 Na verdade, este ativismo religioso é espiritualmente passivo. É o disfarce da ferida. Por mais que a pessoaimpressiona pelo que faz, espir i tualmente falando, tudo is to produz um resultado mínimo no mundo espiritual. Amotivação doent ia dest rói a ef ic iência espir i tual da pessoa.

Por mais que a pessoa galgue posições devido ao seu ativismo,sua vida está minada e sua obra comprometida.

Este quadro de derrota e fragil idade funciona como umaarma dormente que pode ser a t ivada caso a pessoa comece areagir e ameaçar o esquema imposto pelo inimigo. Enquanto a pessoa fica quietinha, nas trevas, tudo bem. O inimigo até permite um certo crescimento. Porém, quando esta pessoa

reage e começa a fazer a lgo que r ep resen ta uma ameaça,satanás ativa sua fortaleza atingindo seu ponto vulnerável.

Quantos casos como este temos presenciado? Pessoas sãolevan tadas de fo rma ráp ida e ca r i smát i ca e de r epen te umgrande escândalo destrói tudo. Muitos que ignoram este sut i lesquema de espir itua lização da fer ida f icam sem entender:Como pôde aquela pessoa tão espir i tual , tão at iva, cai r num

erro tão grave e absurdo como este?

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 As fortalezas espirituais da mente

Estas áreas de derrota são o alicerce sobre o qual Satanáscons trói internamente suas for ti ficações em nossas v idas . Normalmente estas fortalezas malignas alojam-se nos pensamentos e manifestam-se através de mentalidades.

Uma das def in ições lite rais par a e sta s " fo rta leza s"espir itua is da mente pode ser i lust rada da seguinte forma:"uma casa construída por pensamentos, a qual abriga espíritos

de natureza correspondente".As for ta lezas espi r i tua is são fe i tas de pensamentos ou

mental idades que se apó iam no f racasso, na impotência edesesperança que sentimos em relação à pecados que praticamos. É quando permitimos argumentos que se baseiamna incapacidade de evitar aquilo que sabemos, claramente, ser contra a vontade de Deus.

Cada vez, que a tentação nos encara, abaixamos a guarda,nos despimos de cada peça da armadura, deixando o pecadoentrar . Tornamo-nos indefesos, como uma cidade sem muros perante o que parece ser uma sólida e irresistível ação doinimigo infil trado em nossa mente.

D esta forma, algun s estão com a vida s entimen taltraumatizada, colecionando princípios quebrados e

relacio namen tos feridos ; outros com a vida financeiraacumulada de dívidas, fraudes e defraudações; outros, ainda,com a v ida con jugal i mped ida por adu lté rio s ocu lto s ousituações sexuais nunca resolvidas; etc.

Ou seja , cada vez que aquele t ipo de tentação aborda a pessoa, a pessoa cede e aquele apelo vai se tornando cada vezmais forte, construindo um condicionamento espir itual que

 pode ser traduzido por cadeias pecaminosas e cativeirosespirituais.

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Reiterando, uma for ta leza espir i tual da mente pode ser  definida como um estado espiri tual profundo de desesperançae incredul idade onde sustentamos argumentos que sabemosserem claramente contrários à vontade e ao conhecimento deDeus.

Instala-se uma cr ise exis tencial entre o saber e o viver ,entre o conhecimento e a prática, ou seja, uma incapacidade deadicionar à verdade, a fé e obediência. Prevalece, apenas, uma profunda sensação de inferioridade espiritual e depressão, quenos confo rma com a derr ota . I sto p rec is a s er e pode s er  superado!

O ponto da dor - o princípio da cura

O ponto da dor é exatamente aquela s i tuação que fer iu profundamente nossa memória, a qual nos lembramos comangust iante vergonha, e ao mesmo tempo, com indescr i t ível

r aiva ou ind iferença , onde não queremos que n inguém seaproxime. Este é o ponto mais profundo do ciclo dereprovações crônicas.

Tentamos nos proteger de todas as formas e de todas as pessoas, até mesmo de Deus. Mas é exatamente neste pontoonde não quere rmos que n inguém chegue é que Deus quer  chegar. Este é o ponto da cura.

 No ponto da dor é que reside o princípio e o ponto dacura! Sem expor es te ponto é impossível um arrependimentoou uma mudança de pensamentos em relação às for ta lezasespirituais da mente que nos aprisionam.

O grande golpe redent ivo sobre a culpa e a vergonha ésimplesmente expô-las em confissão a pessoas que tenham aunção divina para orar por nós . Todo ar rependimento , todo

dese jo genuíno de mudança é acompanhado pela conf i ssão,reconciliação e restituição.

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Capítulo 3

Entendendo a provação

J á que o caminh o da aprovação s ão as provações, éal tamente importante entender o papel das provas divinas emnossas vidas. Em cada prova reside a oportunidade de reverter situações de derrota e construir não só hábitos, mas um caráter de obediência em pontos onde desenvolveu-se uma rot ina defracassos.

À medida que a desobediência dá lugar à obediência, a féé edif icada e as def ic iências espir i tuais são supr idas por umsenso sobrena tura l de segurança que vem da dependênc iadivina.

Gostaria de mencionar pelo menos três objetivos

 principais das provas divinas que, obviamente, também trazem benefícios espirituais de caráter pessoal:

1. Nos expor el iminando as impurezas

"Tira da prata a escória , e sairá um vaso para o

fundidor. " (Pv 25:4 )

O fogo tem o poder de manifestar as impurezas para queelas possam ser e l iminadas. Pr imariamente, uma prova vem para trazer à luz o que está em trevas, libertando-nos dah ipocri si a e o rgulho , gerando humi ldade, t ransparênc ia e

coerência. As máscaras caem e começamos a descobrir o poder e a satisfação libertadora que existe na transparência.

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 Não temos que carregar o excessivo peso de pecadossecretos e fraquezas ocultas que nos apavoram com a possibilidade de rejeições. Quanto mais tentamos proteger nossas feridas e vergonhas, mais nos afastamos da verdade, dal iberdade e da fe l ic idade . O medo de ser novamente fer ido

acen tua- se e a a lma to rna-se enca rce rada. Tomamos umcaminho oposto à vereda do justo que é como a luz da auroraque vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.

A realidade é que Deus conhece muito bem a grossa cascade religiosidade e jus tiça própria que usamos para nosrelacionar com as pessoas, impondo um ambiente de trevas ecegueira espiritual.

Ele também conhece a pessoa débi l e fer ida que está ládentro desta casca, e sabe como nos t i rar desta prisão e destecond icio namen to emocio nal onde já nos v icia mos numrelacionamento hipócrita, superficial e até mesmo mentiroso.

Freqüentemente tenho encontrado pessoas que chegam aacredi tar nas própr ias ment i ras . Aqui entra o ef ic iente papeldas provas que vem para desmoronar a falsa aparência que tão

habilidosamente construímos.Invariavelmente este processo é doloroso e muitas vezes

humilhante. Porém, Deus vai t ratar com as nossas vergonhas.Isto é algo com o qual Ele não negocia.

O objet ivo é que venhamos a ser : " . . .como obreiro quenão tem do que se envergonhar.. "

Onde há vergonha também existe culpa, medo e dor. Estet ipo de vergonha é s intoma de pecados, t raumas e maldiçõesnão resolvidos. O objetivo é produzir uma iniciativavolun tá ri a de t ransparênc ia e humildade onde o est ado dederrota começa a ser subvertido.

O nível de acusação e condenação demoníaca queso fremos é p roporcional à ver gonha que ai nda nutr imos

inter iormente . A Bíblia garante que quando nos expomos,quando andamos na luz, os relacionamentos são restaurados e

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 Agindo no espírito oposto

"Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos;portanto, sede prudentes como as serpentes e

simples como as pombas. " (Mt 10:16)

Esta declaração de Jesus expressa um dos mais elevados princípios de batalha espiritual. Ele ensina o grande segredode não reagir, mas d e agir no espírito opo sto ao ataque

oferecido contra nós.Só venceremos situações de ódio e inimizade com perdão,

s i tuações de avareza agindo com generosidade, s i tuações deimpurez a demonstrando pureza e retidão, situações demaledicência com palavras abençoadoras e assim por diante.. .

Des ta f or ma, amontoamos b ra sa s sob re a cabeça da pessoa, discernindo e desarmando a inspiração maligna que amanipula. Caso contrário, tudo que conseguimos é infernizar  ainda mais a situação.

Es ta d i sc ip l ina de a lma, que concei tuamos de domínio próprio, é o fruto produzido pelo Espírito Santo em nossasvidas, mediante um estilo de vida marcado peloquebrantamento e renúncia.

Para ser prudente como as serpentes , que é um símbolodo própr io Satanás , é necessár io ser uma ovelha , e não umlobo , no meio de lobos . Não podemos p i sa r no t e r reno doinimigo aceitando suas provocações e lutando contra carne esangue. É necessár io domínio própr io. Satanás sempre entra pela brecha do descontrole.

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"Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre

a vossa ira; nem deis lugar ao Diabo. " (Ef  

4:26,27)

Podemos irar e não pecar. A ira não é pecado. A ira é umsent imento que desempenha o importante papel de quebrar anossa indiferença em relação à injustiça.

P or ém, e ste p ico emoci onal , cogita , também, com a possibilidade de descontrole e pecado.

Quando alguém invade nossa privacidade ou prat ica umainjustiça e presenciamos is to, automat icamente nos i ramos.

Porém, is to deve nos conduzir não mais que ao exercício deum zelo equilibrado e justo.

A i ra , t ambém, deve durar momentaneamente . E la nãodeve ser conservada além do l imite de tempo suficiente para produzir em nós uma ação justa que aquela situação requer.

 Ninguém deve dormir irado, senão o ressentimento seinstala , produzindo ações injustas . É o que Paulo quer dizer  com: "não se ponha o sol sobre a vossa ira ".

C a d a d i a q u e p a s s a , c a d a v e z q u e o s o l s e p õ e s e mvencermos a ira, o coração ressente, o corpo adoece e a almadescontrola, exibindo atitudes implacáveis.

A ira, como qualquer outro sentimento ou desejo, precisaestar espiritualmente sob controle. O exercício deste

comportamento faz frut if icar o domínio próprio. Quando istonão acontece, ou seja, quando ao invés de dominarmos a ira ouqual quer s en timento que s ej a, somos dominados , então,abr imos a por ta do descont role dando lugar ao pecado e aodiabo.

O domínio própr io precisa ser exerci tado mediante umadiversificada gama de provas. Este é o caminho para uma vidalivre e uma personalidade estável.

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A lei do domínio próprio assegura que se não dominamosa nós mesmos também não dominaremos as adversidades, e senão dominamos as adversidades não dominaremos as potestades.

Através destas provas onde nossas reações instantâneassão provadas lidamos com as brechas de descontroleconstruindo uma armadura espiri tual que nos torna incólumesnos confrontos e combates, Nossa armadura é tão vulnerávelquanto o nosso domínio próprio!

Aqui entra a proatividade, que é a capacidade deconstruir uma ação de acordo com os valores que acreditamos,independentemente da p rovocação receb ida. Na verdade ,

mora lmente f al ando , n inguém pode nos f er ir sem o nosso próprio consentimento!

3. Testar a nossa disposição de obediência a longo prazo

"E te lembrarás de todo o caminho pelo qual oSenhor teu Deus tem te conduzido durante estes

quarenta anos no deserto, a f im de te humilhar e

te provar para saber o que estava no teu coração,

se guardarias ou não os seus mandamentos. " (Dt

8:2)

A provação incorpora um outro propósito onde o fator aser ressaltado é o tempo. Este é um aspecto fundamental paragerar perseverança e caráter.

Perseverança produz caráter e caráter produz perseverança. Desta integração emerge a consistênciaespir i tual de uma pessoa. Por tanto, em termos de caráter , otempo desempenha um papel indispensável no processo de

aprovação da fé.

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Perseverança é a matéria-prima do caráter . Aqui entra oconceito de paciência que é a base do caráter e o baluarte da perfeição. A perfeição divina nunca esteve ligada com rigidez,in to lerância e per fecc ionismo, mas com a pac iência e seusderivados.

O mais importante de qualquer vitória obtida é acapacidade de mantê- la, ou seja , de passar a viver de acordocom esta nova realidade, mantendo o território conquistado.

LIDANDO COM A PREVENÇÃO 

Quando falamos de provas, a nossa tendência natural étemer estas circunstâncias que irão lidar com a dor e o traumadas nossas der ro tas, f azendo sub ir toda escór ia da a lma.Au tomat icament e, uma f or te "mura lha de p revenção" s emanifesta quando percebemos a vulnerabil idade das nossasferidas. A tendência é sermos facilmente subjugados ao medo

e à fuga embarreirando a alma.A maior causa de reprovação é o próprio medo de sermos

 provados, bem como a indisponibilidade de lidarmos comáreas ín t imas de der rota . Quanto mais nos fechamos, maissomos sufocados por estas barreiras. Quanto mais tememos eevitamos as provas, tanto mais a raiz da derrota se fortalece eaprofunda, aprisionando a alma.

Lidando com o medo das provas

Pessoas aprovadas sempre encaram as p rovações comaber tu ra, g ra tidão , s abedor ia e ousad ia . Em cada p rova podemos exercitar estes elementos mencionados em

detrimento do medo. Esta predisposição pode afetar totalmente

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o ambiente espir i tual , onde, ao invés de sermos int imidados, passamos a intimidar.

A Bíbl ia nar ra quando Paulo es tava em Cesaré ia e um profeta de Deus chamado Ágabo, faz um ato profético emalusão ao seu futuro. Não era o tipo de profecia que as pessoasgostam de ouvir . Pegando o cinto de Paulo e amarrando suas próprias mãos, ele profetiza:

".. . I sto d iz o Esp ír ito Santo: Ass im os judeus

l igarão em Jerusalém o homem a quem pertence

esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios."

(At 21: 11)

Aquilo deixou todos apavorados , Eles começaram ainterceder com Paulo para que ele desist isse do seu intento deir a J er usalém, P or ém, consc iente da p resença de Deus,sabendo que esta ser ia a es t ratégia para tes temunhar diantedos governantes, ele responde:

"... Que fazeis chorando e magoando-me o

coração? Porque eu estou pronto não só a ser

preso , mas a inda a morrer em Jerusalém pelo

nome do Senhor Jesus. " (At 21:13 )

Que estupenda maneira de encarar uma provação, Paulonão de ixou espaço a lgum para o medo e in t imidação, pe locontrário, ele chega a dar um xeque-mate na morte expondo-sea tudo por causa de Jesus.

E ste n ível de ousad ia desmont a qua lque r a rgumen todemoníaco, Isto chega a dar terremoto no inferno e ataque docoração em Satanás! Is to deixa o diabo "endemoniado", num

estado de choque e perplexidade. Como parar uma pessoa quesimplesmente não acredita mais nas int imidações demoníacas

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e que encontra-se plenamente consciente da sobreexcelentegrandeza do poder de Deus sobre sua vida?

Desta forma, Paulo demonst ra a grande vantagem que podemos ter sobre Satanás, mesmo enfrentando situações ondesua própria vida corria risco.

Faceando terr íveis provas e grandes confl i tos, mediantetodas as possibilidad e de fugir de Deus, Davi acaboudescobrindo que, na verdade, não eram possibilidades de fuga,mas impossibilidades de fuga.

A preocupação cen t ra l de Davi não e ra a p rova que o

confrontava, ou a capacidade do inimigo at ingi- lo, mas seucoração diante de Deus . E le mesmo se exor ta a não fugi r eenfrentar a situação:

"Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde

fugirei da tua presença? Se subir ao céu, tu a í  

estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali

estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar

nas extremidades do mar ainda ali a tua mão me

guiará e a tua destra me susterá . Se eu disser:

Ocultem-me as trevas; torne-se em noite a luz que

me c ircunda; nem a inda as trevas são escuras

para t i , mas a noite resplandece como o dia . . . "

(Sl 139: 7-11)

Da mesma forma, quando Jacó em toda sua "esper teza" ,enganou o i rmão , lud ibr iou o pa i , que e ra cego e se pôs afugir . Deus deixou bem claro que ele poderia fugir de todos, porém não dEle:

"Eis que estou contigo, e te guardarei por ondequer que fores, e te farei tornar a esta terra; pois

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não te deixarei até que haja cumprido aquilo de

que te tenho falado. " (Gn 28:15)

E s t a é uma l i ç ão que , ma i s cedo ou ma i s t a r de , t odo

homem de Deus apr ende. É i mpresci nd ível a d isposiçãonatural de enfrentar com uma at i tude t ranqüi la e posi t iva as provas. Quando você se apresenta aprovado diante de Deus,Deus apresenta você aprovado diante dos homens.

A novidade de vida e a dinâmica de uma vida espir i tualabundante par tem des te pr inc ípio . Porém, o que mais se vêhoje, dentro das igrejas, são pessoas com uma vida espir i tual

gasta, buscando desculpas para fugir dos desafios de Deus oudesist ir . Pessoas passivas, vencidas pelo medo e indispostas acorrer riscos pelo reino de Deus. Gente intimidada ederrotada.

Assevera- se que noventa por cen to das pessoas est ãoapenas procurando desculpas, enquanto apenas dez por centoestão determinadas a pagar o p reço da r esponsab il idade e perseverança. Fala-se demais sobre "prosperar" e de menossobre "perseverar" . Não se engane, não exis te prosper idadesem aprovação e não existe aprovação sem perseverança!

Portanto, uma pessoa continuamente reprovada,cer tamente vai cai r na est agnação, na insensibi lidade , nodesânimo, no sono espir i tual . Assim sendo, const i tui -se um"suicídio esp ir itua l" quando nós t en tamos ignorar cer tasderrotas e passamos a fugir das provas de Deus.

O medo emocional e a prevenção

A Bíbl ia ens ina um pr inc ípio que rege uma a t i tude demedo emocional e prevenção:

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"O temor do ímpio virá sobre ele. " (Pv 10:24)

Podemos definir o medo emocional através de umcomportamento exageradamente prevent ivo. Is to indica que,

de alguma forma, convivemos com uma forte dor ou decepçãoque ainda não conseguimos superar.

O medo emocional gera vulnerabilidade e avulnerabil idade gera medo, desequil ibrando a personalidade.A l iberdade é t rocada por uma postura defensiva, a t ravés daqual construímos muitos bloqueios.

A tendência é que estas prevenções passem a reger todo

nosso comportamento, mesmo que não admitamos. De repente,nos pegamos dei xando de ir a a lgum l ugar s imp le smente porque alguém com quem ficamos magoados está ali . Jesusdeixa de ser o centro, e esses bloqueios passam a ser o eixo decada comportamento, manipulando nossas vidas.

Muitas vezes teremos que enfrentar e resolver si tuaçõesdo passado que sus tentam um sa ldo espi r i tua l negat ivo em

determinados relacionamentos. É necessár io nos f lexibi l izar  desarmando estes bloqueios através das confissões erestituições que se fazem necessárias.

Freqüentemente digo para as pessoas nestes labir intos dav ida que é melhor f icar "vermelho" um pouquinho do que"amarelo" a vida inteira.

L embro-me de um d iál ogo que tive com um que rido

irmão. Sua mãe, a vida inteira o tratou de uma forma horrível,levando-o a desenvolver um grande ódio que além decont aminar seus r el ac ionamentos, o cegou em r elação àrebelião e desonra que ele praticava.

Quando disse que deveria part ir dele uma retratação coma mãe para que aquele b loqueio fosse vencido, e le re lu touirredutivelmente. Aquilo seria demasiadamente vergonhoso e

"injusto" para seu orgulho.

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Então paraf rasee i : é melhor você f icar "vermelho" um pouquinho do que "amarelo" a vida inteira. Sua respostaimediatamente foi : "mas . . . amarelo é uma cor bonita". Gostode amarelo! É minha cor predileta!

Fiquei surpreendido e ao mesmo tempo chocado,imaginando como a lgumas bar re ir as podem tornar- se t ãoresistentes e aparentemente impossíveis de serem superadas.Rindo da sua resposta, argumentativamente inteligente, porémemocion alme nte burra, finalment e arrematei: o grand e problema, é que o inferno está cheio de gente "amarela"!

A prevenção é uma forma de idolatrar os ressentimentos,as decepções e as rejeições. É uma declaração emocional que

temos fracassado mediante a responsabilidade de perdoar. Istofaz germinar o medo de ser novamente fer ido ou re je i tado,impondo barreiras e dificuldades que inviabilizam acapacidade de relacionar , engessando o temperamento numa postura espinhosa.

O medo emocional abre uma brecha no mundo espir i tual para sermos atacados, ou seja, onde temos medo e prevenção,

seremos atacados. Jó experimentou esta realidade dizendo: "Oque eu mais temia, isto me sobreveio". Estes pontos tornam-seáreas de profunda debilidade espiritual que nosvulnerabilizam.

Agindo des ta forma , tudo que conseguimos , é tornar  ainda mais convidativos os ataques demoníacos.

Através das prevenções construímos uma si tuação sólidade derrota, fortalecendo as cadeias espirituais que nos prendem. Quando o medo recalca a fé é sinal que estamosdando ouvidos às mentiras de Satanás.

Cada p revenção que es tabe lecemos em nossas v idasto rna- se não apenas um alvo, mas o pon to de par tida dotratamento de Deus. Cada barreira precisa ser derrubada, cadamuro des tru ído! É exatamente nes tes ponto s que estão

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enraizados o quadro de derrota onde sustentamos a dinâmicade uma vida cíclica de reprovações.

 A nossa "Alemanha" 

Há muitos anos at rás ouvi uma mensagem sobre perdãominis trada por Loren Cuningham, fundador da Jocum. Elecontou um forte testemunho sobre sua amiga Coren Tem Boomque nunca mais me esqueci.

Mui tos de nós conhecemos a t rágica h is tór ia da Coren

através do seu l ivro e f i lme, "O Refúgio Secreto" . Ela e suafamíl ia foram ví t imas dos campos de concentração nazis tasdurante a Segunda Guerra porque abrigavam os judeus perseguidos pelo nazismo salvando suas vidas.

Seu pai e i rmã morreram no campo de concent ração, porém ela foi sobrenaturalmente liberada numa data previamente prometida por Deus. Obviamente que as

atrocidades vividas durante anos naquele campo deconcentração nunca abandonaram sua memória.

 Na mensagem, o Pr. Loren conta como Deus,estranhamente, falou para ele comprar uma mala de viagens elevá-la de presente para a Coren. Ele simplesmente obedeceu,e quando vis i tou sua amiga entregando-lhe o presente f icousurpreso que aquele era exatamente o dia de seu aniversário.

O mais in te re ssan te er am os p lanos que Deus v inhacompart i lhando com a Coren: "Minha f i lha, eu vou te levar   por muitas nações do mundo para você contar o seutestemunho e muitos serão salvos e abençoados".

Como confi rmação, e la r ecebe de presente uma mala,logo do Loren, um pastor que já esteve, l i teralmente, em todosos países do mundo.

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Porém, quando Deus a chamou para esta nova fase de suavida, ela colocou uma condição diante de Deus:

"Senhor , eu i r e i pa ra qua lquer lugar do mundo que oSenhor me enviar, menos para a Alemanha! "

Prontamente a voz de Deus veio fo rtemen te ao s eucoração: A Alemanha é o primeiro país para onde eu estou teenvi ando! Aqu ilo a deixou angus ti ada e com medo . S ua prevenção estava sendo diretamente confrontada, e,certamente, precisava ser eliminada.

Alguma vez você j á t r avou uma queda de braços comDeus? Advinha quem sempre ganha e quem sempre perde?

Depois de refutar muito, obviamente, ela acabou cedendo.Feitos os contatos, as portas se abriram faci lmente para

que ela es t ivesse na Alemanha. Após a pr imeira minis t raçãonuma grande igreja, ela foi procurada por um senhor já idoso.

Aquele homem a abordou e repentinamente ela oreconhece como um dos exatores do campo de concentração.Um cl ima pesado tomou conta da s i tuação. Ele com os olhos

em lágrimas, agora , como um i rmão em Cri sto, começa a pedir-lhe perdão por tanto sofrimento causado.

A vida dela, volta como num fi lme, diante de lembrançasdemasiadamente dolorosas. Raiva, vergonha, medo, tudo semistura o vem à tona. Enquanto o homem esperava seu perdãocom a mão estendida, e la parecia não ter forças para vencer  suas emoções traumatizadas.

De repente , a voz de Deus retumba no seu espír i to: " foi para isto que eu te trouxe aqui! Faça a escolha certa, que eu teajudo!" Numa a ti tude de f é, r enegando seus t raumas, e laestendeu a mão para o seu algoz, perdoando-lhe e recebendo-ocomo irmão!

Ins tantaneamente e la sen tiu como que uma descargaelét r ica passando pelo seu corpo e a lma arrancando todas as

 prisões! O campo de concentração que ainda permanecia

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dentro dela já não existia mais! A voz de Deus veionovamente: "minha f i lha, agora você está aprovada e pronta para as nações"!

Eu não sei qual é a sua "Alemanha", mas, provavelmente,você sabe, e, com certeza, Deus também sabe.

A verdade é que Deus quer dest rui r nossas prevenções.Es ta é uma pr ior idade inegociável em re lação ao seu plano para cada um de nós.

Deus quer nos fazer pessoas livres, por mais que isto sejadoloroso para nós mesmos. A plena l iberdade em Cristo, umadisponibi lidade i rr es tr it a, um coração sem bar re ir as são

fundamentais para desfrutarmos da verdadeira autor idadedivina, como também vivermos segundo o curso do r io da suaunção.

Manejando bem a palavra da verdade

"E maravi lhavam-se da sua doutrina, porque os

ensinava como tendo autoridade, e não como os

escribas. " (Mc 1:22)

O que significa manejar bem a palavra da verdade?

Ser ia i s to você te r uma l íngua de pra ta e uma ora tór ia

requintada? Será que basta apenas uma habilidad e deexposição bíbl ica com muita informação, boa interpretaçãotextual, grandes ilustrações e uma excelente h omilética?

Obviamente, cada uiva destas coisas têm o seu grau deimpor tânc ia , mas es tão longe de def in ir o que r ealmen tesignifica manejar bem a palavra da verdade.

A questão maior aqui n ão é ap enas manejar bem "a palavra", porém, manejar bem "a palavra da verdade".

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A d ife rença en tre es tes dois te rmos é equ ivalente àdiscrepância que existe entre a hipocrisia e a coerência.

Mesmo pregando o Evangelho, podemos estar ment indoem relação às nossas própr ias vidas . Cada vez que usamos oEvangelho como uma capa de sant idade que dis farça nossaincoerência e ocul ta nossos pecados, tentando provar o quenão somos, praticamos a mentira, e não a verdade.

Quando ministro ou escrevo todas estas coisas para você, por certo, tenho sido e continuo sendo profundamente provadoe examinado por cada palavra e pr incípio revelado. Is to nosaproxima não apenas da verdade, como também de umrelacionamento genuíno com Deus, construindo confiança e

confiabilidade.

 Na verdade, só manejaremos bem "a palavra da verdade",se esta mesma palavra t iver t ransformado as nossas v idas .Quando ministramos uma palavra que nos provou et ransformou, diante da qual fomos aprovados, es ta palavra,com certeza, vai transformar outros!

Es ta é a pa lavra de poder e sabedor ia que assume umaconotação profé ti ca , f azendo com que a r evelação d iv ina penetre como uma espada no coração das pessoas. Esta palavraé mais que a mens age m de um preg ado r: é a "espada doEspír ito" que nos tr ansfo rma e tr ansf orma a out ros pelarenovação da mente. É a verdade dita com verdade qu edesencadeia o princípio da unção e da revelação.

 Não importa quantos cursos e seminários você já fez,quan tos t ítu los você colec iona , qual é o tamanho da suaigreja . .. , apenas pessoas aprovadas estão espir itua lmenteaptas a "manejar bem a palavra da verdade".

Muitas pessoas têm algum t ipo de poder . Poder vem deuma pos ição ou de um títu lo , por ém, au to ri dade vem docaráter . A legít ima autoridade é conferida por Deus a pessoasaprovadas . I s to mui t as vezes vem de um processo longo e

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 profundo de tratamento. Por isto, Deus prova o quanto for necessário uma pessoa:

".. . pois tu, ó justo Deus, provas os corações e os

rins. " (Sl 7:9)

Enquanto o coração é a sede das nossas mot ivações, osrins significam a sede do nosso discernimento.

Enquanto o coração bombeia o sangue, que é a vida, osrins fil tram o sangue, garantindo a saúde do corpo.

Provar tem uma for te conotação de pur i f icar . É de ondevem a palavra castigo, que apesar de ser uma palavraamedrontadora, no latim significa "purificar pelo sofrimento",embutindo um sentido de correção.

Deus não negocia seu padrão de sant idade . O caminho para o conhecimento de Deus se baseia numa vida sem barreiras. Nossas motivações e o nosso discernimento

 precisam ser cada vez mais provados e refinados :

". . . conhece o Deus de teu pai e serve-o com um

coração perfeito e com alma voluntária ." ( I Cr

28:9)

Capítulo 4

Diagnosticando o estado de reprovação

Uma pessoa reprovada não é uma pessoa que Deus va i

desprezar e jogar fora, mas antes de tudo é uma pessoa que elequer aprovar. Obviamente, Deus é a pessoa que mais nos ama

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e ele es tá disposto a invest i r de todas as formas necessár iasem nossas vidas. A palavra reprovação, por mais dolorosa queseja, também embute a perspectiva de uma nova chance.

Porém, o primeiro passo para sermos aprovados éreconhecer que estamos ou temos sido reprovados. Éindispensável sermos sinceros conosco mesmos. Semhumildade e quebrantamento seremos quebrados, o que alémde piorar a situação, pode li teralmente nos destruir.

Pau lo deixou um impor tante conse lho que se encaixanesta realidade:

"Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis nafé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis

quanto a vós mesmos, que Jesus está em vós? Se

não é que já estais reprovados. " (II Co 13:5)

Obedecendo este conselho vamos tentar traçar aradiografia espir i tual de uma pessoa reprovada, evidenciandoos s in tomas mais comuns que qual i f icam uma pessoa nes tasituação.

SINTOMAS DE UMA PESSOA REPROVADA

1. Desconfiança crônica e general izada

Invariavelmente, uma pessoa reprovada deixou-se at ingir  tanto pelas decepções da vida que não consegue mais confiar  nas outras pessoas. Uma desconfiança general izada passa areger os relacionamentos.

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Aquele ve lho di tado: "ga to esca ldado tem medo a té deágua f r ia" . Todos que representam aquela c lasse de pessoascom quem ela se decepcionou, passam a ser  discriminadamente uma ameaça.

 Na época do apóstolo Paulo haviam muitos impostores,tan to no judaísmo como no c ris tianismo que acaba ra denas cer. Sob es ta mes ma perspectiva é qu e ele precisouconf ron ta r e a l e r t a r a ig re j a em Cor in to em re lação a e l emesmo:

"Posto que buscais prova de que em mim Cristo

fa la , o qual não é fraco para convosco , antes époderoso em vós. " ( lI Co 13:3)

Ainda que Deus estava usando Paulo com poder , mui tas pessoas não conseguiam confiar nele. Simplesmentedesconfiavam temerariamente. Foram facilmente envenenados pelos perseguidores de Paulo. Eles, então, queriam mais

 provas de que Paulo era legitimamente um homem de Deus.Havia tanta desconfiança infundada, que Paulo apresenta estefato, como um sintoma de um possível es tado de reprovaçãodaquelas pessoas que o estavam julgando.

Quando temos uma atitude contínua de reprovar edesconfiar levianamente das pessoas, i s to é um for te indíciode que o pro ble ma está em nós. Muitas coisas na nossa

 personalidade encontram-se distorcidas.A própria infidelidade é a principal raiz da desconfiança!

Quando não somos f ié is em a lguma coisa, a tendência étransferir isto para os outros. Vemos os outros como somos.

Cada vez que j ulgamos a lguém ou uma s ituação s emconhecimento de causa, o único padrão que na verdade usamos para tal julgamento é o nosso próprio coração. Neste caso,

tudo que conseguimos é revelar quem somos. Nosso

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 julgamento frívolo e precipitado apenas provê um retrato donosso homem interior. Com certeza, existem abusos einjustiças ainda não resolvidos.

 Naquilo que fomos feridos passamos a ferir e adesconf ia r general izadamente, o que só r eforça e r evela asituação de reprovação em que nos encontramos.

2. Estagnação e Desânimo

Isto vem como resultado de um stress espiritual.

Obviamente uma pessoa reprovada, como já definimos, éa lguém que não fo i aprovado e por i s to va i ser submet ida auma nova prova.

Dependendo de como nos pos ic ionamos, i sto pode serepetir tanto que vai provocar em nós um profundo estado dedesgaste, que pode ser t raduzido nestas palavras: desistência,es tagnação e desânimo. Invar iavelmente, o processo, de vezapós vez, fazer a prova e ser desaprovado, impõe uma situaçãointerna de stress espiritual que adoece a esperança e esmaga aauto-estima.

A partir disto, qualquer esforço espiritual édemas iadamen te pesado, d if íci l, c ansa tivo e a té mesmoinsuportável. Um grão zinh o de areia passa a pesar umatonelada. Não agüentamos mais c inco minutos com a Bíbl iaaberta ou dois minutos de oração já nos fatiga.

Perdemos totalmente o interesse pelos perdidos . Estaesmagante carga de desincent ivo espir i tual sempre coexis tecom situações sérias de reprovação.

Devido à falta de maleabilidade, inferioridade e acima detudo orgulho, nos esquivamos do tratamento de Deus. Isto nos

t i r a do cur so da vontade d iv ina e em conseqüênc ia a v ida

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espir i tual torna-se um terr ível fardo. Nada vai f luir . A unçãoesgota! Várias situações começam a travar.

Podemos até agüentar isto por um tempo, porém adesis tência e a apat ia acabam se instalando. Todo estado derepr ovação cr ôn ica adoece a consc iênc ia e abala a fé . Oresultado final é a estagnação.

A apostasia muitas vezes acontece de uma maneira passiva e sutil . Apesar de muitos freqüentarem uma igreja, jádesis t i ram a mui to tempo de uma vida comprometida com avontade e a verdade de Deus.

Este mecanismo sut i l de apat ia e desânimo é também o

estágio prel iminar das mais terr íveis apostasias que pessoas praticam. A palavra profética nos alerta que estes últimos diasseriam marcados principalmente pela apostasia.

 Não devemos menosprezar esta possibilidade que começadespercebidamente através de um estado de reprovação que vaiganhando força através deste processo crescente de estagnaçãoe morte espiritual.

3. Ressentimento e Prevenção

Estas duas coisas normalmente andam juntas econtr ibuem dec is ivamente para nos obs tina rmos na nossavontade própria. Todo ressentimento cria bar re iras . Estas prevenções e barreiras, por sua vez, acabam construindo sériosconf lit os com o d is cer ni mento da von tade de Deus. Umaconfusão interna e muitas dúvidas existenciais se estabelecem.

A pessoa não consegue te r uma genuína convicção davontade e da direção divina. De repente, a pessoa percebe quesó sabe o que ela não quer para s i , pois es tá dominada peloressentimento e prevenção.

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Comumente ouvimos uma confissão t ípica que ret rata a prevenção: "Eu não sei bem o que Deus tem para mim, só seique ir para determinado lugar, ou fazer determinada coisa, oufalar com tal pessoa, jamais!" A pessoa escolhe a vontade deDeus para ela.

Acaba fazendo da p rópri a von tade a voz de Deus . Éinduzida pelas prevenções que construiu no coração a escolhaserradas na vida que podem acabar custando um preço muitoalto. Na verdade, ela está sendo guiada pelas suas feridas, asquais idolatra e insistentemente defende com unhas e dentes emil razões!

Para cada razão que just i f ica nossa mágoa, Satanás nos

acrescenta out ras t an tas, e com i sto muitos conseguem afaçanha de espir i tual izar suas feridas e barreiras. De algumaforma, estas pes soas vêm falhando em resolver muitosconflitos.

 Na caminhada espiritual acontecem muitos "Guetsêmanis"e "Ca lvár ios" onde somos t ra ídos e abandonados , quando precisamos enfrentar muitas decepções. Um peso de angústia e

morte começa a nos esmagar. Aconteceram muitas coisas quenão esperávamos e que ninguém gostaria que tivesseacontec ido. Mas , s implesmente , não exi st e como vol ta r otempo e precisamos agora tomar uma decisão.

É aqui que muitos fazem a pior escolha de não superar osacidentes de percurso e prosseguir sem barreiras para o prêmioda soberana vocação em Cristo.

Cada vez que sonegamos o per dão , que fa lhamos emrenunc ia r pa ra Deus o sen t imento de in jus t i ça e pe rda , dealguma forma, nossas vidas tornam-se terrivelmenteaprisionadas, o que denuncia um forte estado de reprovação.

4. Ati tude de Fuga

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Pessoas f e r idas t endem a fug i r . Fugi r é uma das mai sfor tes tentações para alguém que se encontra num estado dereprovação.

Qualquer s ituação de dor, s ej a e la de cunho f ís ico,emocional ou moral , invariavelmente impõe uma dinâmica defuga. A tendência é buscar al ívio e conforto. Apesar disto ser  um mecanismo natural de defesa, pode se tornar algo perigoso, principalmente, quando evitamos que a ferida seja tratada, passando a viver irresponsavelmente de subterfúgios e paliativos.

Por mais que a dor é temporariamente amenizada nestasescapadas, o foco da fer ida só piora , apontando apenas para

doses cada vez maiores dos narcó ti cos emocionai s. Des taforma muitos se tornam viciados e condicionados à fuga.

Aparentemente é mui to mai s f ác il sai r pela t angente,evitando qualquer t ipo de aproximação que ameace confrontar o trauma. O caminho largo é também o caminho que pode ser  eternamente longo e penoso.

Vamos evi tando o processo de cura e is to só prolonga oestado de enfermidade e exploração demoníaca.

Medo e fuga se unem, estabelecendo uma dinâmica quenos enclausura no estado de derrota. A fuga é o lado oposto dasolução. É o princípio da antiresolução de confl i tos. Quantoma is f ug imos ma is nos d is tanciamos da so lução. Fugi r éaf as ta r- se da r esolução da nos sa p rópria v ida e s ituaçãoespiritual.

F reqüen temente a tendemos pes soas que vêm de uma peregrinação numa série de igrejas. Cada vez que um problema as aflige, ao invés de agirem com humildade ematur idade, elas fog em deixando um ras tro de feridas,re lacionamentos dest ruídos e por tas fechadas. Quando Deuscomeça a levá-las ao ponto onde elas precisam ser t ratadas, agrande tentação é desist ir e fugir . Abortam as oportunidades

de crescimento.

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Assim sendo, nunca perseveram em nada e estão sempreevi tando os desaf ios que poder iam tornar a vida vi tor iosa esaborosa. Muitas delas mudam o "chamado" de acordo com assuas própr ias conveniências , o que não passa de uma formasutil de espiritualizar o processo de reprovação e fuga.

Para elas é mais fáci l e cômodo mudar de igreja do queencarar e resolver de uma vez por todas o foco daquilo que asaf l ige. Obviamente que em cada uma destas mudanças, e lascarregam consigo uma bagagem espiritual contaminada que é a profecia de novas e maiores dificuldades. É impossível sair mal de um lugar sem entrar mal em outro. O problema não estános lugares por onde têm passado, mas nelas mesmas.

Certamente, mais cedo ou mais tarde, para se realinharemcom os benefícios de uma vida l ivre, estas pessoas precisarãovoltar em cada uma destas si tuações e resolver o que não foiresolvido.

Um exemplo clássico de um fugit ivo foi Moisés. No seuzelo irracional de proteger seu povo, abriu uma terrível feridaem sua v ida ao assass ina r um homem eg ípc io . Escondeu onegócio e começou a andar em t revas. Não durou muito e foiatacado novamente no mesmo ponto, agora por umcompatr io ta . Aquilo o t raumati zou de t al forma que o f ezdesistir de tudo, transformando-o num fugitivo.

"Mas o que fazia injustiça ao s eu próxim o orepetiu, dizendo: Quem te constituiu senhor e juiz

sobre nós? Acaso queres tu matar-me como ontem

mataste o egípcio? A esta palavra fugiu Moisés, e

tornou-se peregrino na terra de Midiã, onde gerou

dois filhos. " (At 7:27-29)

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Antes de l ibertar o povo de Israel, Moisés precisava ser  l ivre . Quando Deus , depois de quarenta anos pede que e levol te ao Egi to , não era apenas por causa de I s rae l , mas por  causa dele mesmo.

A vo l t a de M oi sé s pa r a l i be r t a r o povo de I s r ae l doca tiveir o do Eg ito dete rminou sua cura . Mesmo j á tendo passado quarenta anos sendo profundamente tratado por Deusno "Seminário do Pastor Jetro", precisou voltar neste ponto edeixar de ser um fugitivo.

Outro fugitivo na Bíblia foi Caim. Temos aqui uma triste

cena que demonstra a atitude de um fugitivo.São aqueles que não querem de forma alguma negociar a

 possibilidade de se abrirem, quebrantar, admitir o erro ecorrigir o que precisa ser corrigido.

"Eis que hoje me lanças da face da terra; também

da tua presença ficarei escondido; serei fugitivo e

vagabundo no terra; e qualquer que me encontrar

matar-me-á. O Senhor porém, lhe disse: Portanto

quem matar a Caim, sete vezes sobre ele cairá a

vingança. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para

que não o ferisse quem quer que o encontrasse. "

(Gn 4:14,15)

Caim, depois de ter sua oferta rejeitada, sendo reprovado por Deus, incendiou-se de inveja em relação ao irmão que foraaceito. Advertido sobre as motivações sombrias que assolavamseu coração acabou assassinando o própr io i rmão por nãosuportar o seu sucesso. Porém, friamente, negou o feito, amouas t revas . Por mais que Deus tentou t razê- lo para a luz, e le preferiu a vida de mentiras !

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O perf i l de Caim ref le te um al to percentual de pessoasdentro da igreja que vivem no ocultismo, fugindo da verdade.Ao se r p rovado e r eprovado por Deus , Ca im tornou-se umfugit ivo, se colocando agora como vít ima. Ao invés de temer ao Senhor, se acovardou diante das responsabi lidades que

deveria assumir.Por desconhecer o coração de Deus , achando que E le

ser ia mui to duro , dec idiu fugi r . É des ta forma que mui tosabandonam o p lano d iv ino par a suas v idas e começam avagabundear pela terra! A par t i r dis to não conseguem mais perseverar em nada. Caem facilmente na autocondenação: nãose per doam e perdem a capac idade de confiar no car áte r  

 perdoador de Deus. Tornam-se desnorteados na vida.

Da mesma forma, podemos mencionar o profeta Jonas, ohomem que fug iu mais r áp ido na Bíb li a. No cap ítulo um,vers ículos um e dois temos o chamado de Deus para Jonaslevar uma mensage m ao pov o d e Nín ive. Já no terceiroversículo, ele foge:

"Fugiu Jonas da face de Deus. " (Jn 1:3)

"Coincidentemente", uma tempestade açoitou o navio emque fugia . Daquele lugar cômodo onde dormia no porão donavio , fo i l ançado ao mar , engol ido por um grande pe ixe e

levado para o coração dos mares.Só então, ele resolve orar! Se f lexibil iza diante da tarefa

receb ida e muda de idé ia r etomando seu des tino origina l.Depo is de três dias, o peixe o vo mita em Nínive, onde,finalmente, ele cumpre sua missão.

Imag ine como ele chego u na terra do seu ch amad o,vomitado por um peixe, com um cheiro insuportável!

Este é o tipo de submarino que ninguém quer viajar!

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Espero que você não tenha que ir para o seu chamado de"peixe".

Fugir de Deus nunca é uma boa idéia . Por mais que nosdistanciamos do que nos fere ou envergonha, teremos que cedoou tarde, voltar naquele ponto, onde f icamos algemados pelareprovação.

5. Ingratidão e Crítica

A gratidão é o termômetro que mede nossa saúde

espiri tual . Quando não existe gratidão é porque existem áreasinfeccionadas que precisam ser tratadas.

A gratidão é a l inha que precisamente distingue a pobrezada misé r i a . A Bíb l i a f a l a que o pobre , Deus o f ez , porém,quem faz o miserável é a ingrat idão! Neste mesmo sent ido éque a misér ia d o rico po de ser terrivelmen te pior qu e a pobreza do pobre.

A grat idão é um dos maiores segredos da prosper idade.Toda pessoa murmuradora e ingrata está no caminho oposto aocaminho da prosperidade . Mui tas pessoas são lançadas namiséria e ruína porque pagam o bem com o mal, a bênção commaldição e cospem no prato que comeram. Agem comdescarada ingra tidão. Este é um dos p iores s in tomas quedetermina um quadro de reprovação.

Existem a lgumas pessoas, que quase sempre, estamoscar regando-as nas cos tas . São f racas e dependentes e usamestas plataformas para manipular. Sempre estão precisando dea lgumas coi sa e nos desdobramos para a tendê- las de boavontade. Porém, numa ún ica situação, ond e n os vemo simposs ibil it ados de a judá-las , e las se revelam vomi tando aingratidão : "você nunca me ajuda! Você está falhando comigo

!" . . .

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Pessoas , a té mesmo, mater ia lmente, são l ançadas namisér ia por causa de ingrat idão e t ra ição. Lembro-me de umevangel ismo numa praça no cen tro de Belo Hor izon te , noinício da minha vida cristã.

F izemos uma roda e começamos um tempo de louvor eadoração quando uma mendiga de rua se aproximou pedindouma ajuda. Tudo que eu t inha era a lgumas moedas no bolso,que prontamente coloquei em sua mão. Fiquei chocado quandoela o lhou para a s moedas , em seguida o lhou para mi m evomitou sua insatisfação: só isso ?!

Uma indignação me sobreveio, e, num lance de inst into,arranquei o dinheiro da mão dela , dizendo: se is to não serve

 para você, para mim com certeza servirá! Passei a entender como a ingratidão sustenta o espírito de miséria.

Mui tas pessoas estão tendo suas v idas des truídas pelaingra t idão e depois querem des t ru i r a v ida dos out ros pe lacrí ti ca . Toda pessoa ingra ta torna-se crí ti ca e toda pessoacrítica é também ingrata.

 Na verdade, sempre que uma pessoa não é aprovada numacircuns tância , mais cedo ou mais tarde vai ext ravasar i stoatravés de murmuração e cr í t ica . A cr í t ica i r responsável é ovômito da ingratidão.

Uma pessoa ingrata é a lguém que está cega para o bemque tem recebido. Não consegue perceber o esforço que outrostem feito para abençoá-la. Na verdade, a ingratidão transformaa pessoa num "saco sem fundo".

 Nada é suficiente e por isto está sempre insatisfeita.

Quando a ênfase à crítica é maior que a ênfase aoincent ivo temos o s intoma da fer ida e reprovação. A pessoanão enxerga soluções, apenas defeitos. Os o lhos estãoentravados. Quando uma pessoa começa a ver só problemas edefei tos num lugar ou nas pessoas com quem ela convive, a

lei tura que se faz e o diagnóst ico espir itual a que se chega éque ela mesma é quem está reprovada.

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6. Vanglória ou Isolamento

Temos aqui dois pecados sérios que têm um alto potencial para afastar as pessoas e destruir a comunhão. Estas pessoas, literalmente, estão ceando sem discernir o corpo deCr is to e por i sto mu it as dela s, como P au lo d is se , v ivemdoentes e outras até morrem prematuramente.

Vanglória e isolamento são reações em extremos opostosque consolidam o fracasso espiritual. Estas atitudes,

invar iavelmente, são tentativas es tratégicas com intui to de"disfarçar" ou "encobrir" o quadro interno de reprovação.

Desta forma, os relacionamentos tornam-se insuportáveisdevido à asquerosidade da vanglór ia , ou serão l i teralmentedecepados pela solidão do isolamento.

O pr incipal mot ivo que sustenta es tes comportamentosmentirosos é a vergonha moral e o orgulho.

Algumas pessoas escolhem o caminho da obscuridadetornando-se i r reconci l iáveis . Pior que qualquer pecado, é asituação de ocultá-lo ou disfarçá-lo.

Lembro- me de uma excelente p ess oa q ue trabalhouconosco. Apesar de todo potencial e carisma, infelizmente, elahavia desenvolvido também uma vida de lesbianismo. Apesar de todas as chances que ela teve para se expor e ser ajudada,ela contraiu urna capacidade demoníaca de encobrir asituação, conciliando uma dose certa de isolamento e ativismoespiritual.

Obviamente, chegou o tempo em que as coisascomeçaram a vir a luz. Mesmo assim esta pessoa se recusava aadmitir os fatos, o que acabava acontecendo apenas depois deunta contundente acareação com testemunhas.

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O p i o r da s i t uação , ao meu ve r , não e r a o pecado dohomossexual ismo, mas a a t i tude descarada de ment i r , o quetornou a s i tuação int ratável . Não havia como estabelecer umrelac ionamento de confi ança , v is to que a verdade est avatotalmente ausente.

Esta é uma das coisas que tenho aprendido emaconselhamento. Não me impor to em ajudar pessoas com"pecados cabeludos", desde que e las sejam s inceras e nãomintam. Quando alguém começa a mentir no aconselhamento,então, prefiro não perder mais o meu tempo com esta pessoa.

Algumas pessoas falsas são verdadeiras devoradoras donosso tempo. Es tão sempre a l i t entando t ransfer i r para nós

suas responsabilidades, fal tando com a verdade. Desperdiçamo tempo delas e o nosso, t rabalhando intensamente no campoda libertação da igreja. Tenho constatado que um dos principais motivos pelo qual muitos crentes não são libertos é por que eles também não são verdadeiros. Sonegam ou mentemacer ca de in fo rmações que dete rminar iam a ef icácia e a profundidade do processo. Assim, muitos deles apesar de

 passarem por inúmeras libertações, nunca são livres, e nem poderiam ser mesmo.

A maneira de disfarçar a reprovação é através davanglór ia onde a pessoa passa a se auto-af i rmar em busca dereconhecimento. A pessoa se esconde atrás do ativismo, ou deuma posição de l iderança ou até mesmo usa sua performanceministerial para compensar fracassos morais e emocionais.

Alguns se colocam, por exemplo, como profetas . Falamem nome do Senhor , mas no fundo, tudo não passa de umatentativa perigosa de se auto-firmarem através daespir i tual idade. Estão tentando manipular respeito espir i tual .O que temos é um show de carnalidade. Querem recompensar o seu estado de reprovação, tentando provar uma condição quenão possuem. São pessoas que não suportam a possibilidade dareputação ser arranhada. Paulo rechaça esta atitude:

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"Porque não é aprovado quem a si mesmo s e

louva, mas s im aquele a quem o Senhor louva. "

( II Co 10:18)

Disfarçar redunda numa prá tica aberta da h ipocri sia eorgulho, o que cauteriza a consciência. A pessoa aciona paras i mesma uma queda repent ina de um lugar tanto mais a l toquanto e la quis se pos ic ionar pe lo orgulho. Escândalos sãoconcebidos por este t ipo de comportamento.

A maneira de encobrir a reprovação é através doisolamento. Isto pode acontecer de formas bem sinistras.

A pessoa s implesmente evi ta a comunhão para que osoutros não tenham conhecimento da s i tuação da qual e la seenvergonha e tanto teme que seja descoberta.

Este é um caminho suti l para a apostasia. Toda a pessoaque abandona a comunhão, es tá evidenciando seu estado dereprovação.

De vez em quando encontramos aqueles queespir itua lizam sua pos ição com Deus dizendo: Não sou deigreja nenhuma! Não me submeto a homens, apenas a Deus!Estas pessoas , na verdade , estão profundamente doentes ecar regam um legado de r eprovação! Ninguém pode ser deJesus e não ser do Corpo de J esus!

O utros, de forma ainda mais sinistra se afasta m dacomunhão dizendo: Hoje não vou ao culto para ver se o pastor 

sente a minha falta! Só que, ao invés de sentir a falta, o pastor sente um suave al ívio e nem percebe a ausência da pessoa! Acena pode i r se repet indo, e em pouco tempo a pessoa es tátotalmente isolada, apagada, e finalmente apostatada.

"Se andarmos na luz, como ele na luz está, temos

comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus

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seu F i lho nos pur i f i ca de todo pecado . " ( I Jo

1:7)

Uma comunhão abençoada com as pessoas é conseqüência

de anda rmos na luz, com s incer idade e tr ansparênc ia , etambém es te é o requis i to bás ico para que nossos pecadossejam resolvidos e purificados pelo sangue de Jesus.Vanglória e isolamento sentenciam um estado de reprovação.

Capítulo 5

Respondendo as provas de Deus

Para concluir , gostaria de fazer uma síntese em relação atudo que t ra tamos até aqui . A maneira como respondemos às provas divinas determina o índice de desenvolvimento da

 personalidade, como também a índole emocional e o caráter agregado.

Mediante as provas, existem basicamente três opções que podemos fazer, ou seja, três princípios que podemos acionar de acordo com as nossas própr ias escolhas : O pr inc ípio dadesaprovação, o pr inc ípio da reprovação ou o pr inc ípio daaprovação.

I . A DESAPROVAÇÃO 

O princípio de colher o que semeia

"Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer;pois tudo o que o hom em sem ear is so tam bém

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cei fará . Porque quem semeia na sua carne , da

carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no

Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. " (Gl

6:7, 8)

Este pr imei ro pr inc ípio s in te t iza a h i s tór ia da v ida deJacó: o enganador que foi enganado. Desde o seu nascimento,quan do Jacó seg uro u no calcanhar d o seu irmão, ele j ádemonstrava uma índole di f íc i l . Era um compet idor . Estava pronto a conseguir o que queria, ser abençoado, sem importar os meios usados para isto.

Usava me ios to ta lmen te car na is e pecaminosos par aalcançar até mesmo as bênçãos espiri tuais que almejava. Jacóé aquele t ipo de gente "muito esper ta" , que sempre tem quelevar van tagem em tudo e a lcançar seus objet ivos não seimportando em pisar nos que estão no seu caminho. É quandocolocamos nossos interesses acima do propósito e do processodivino.

Primeiramente ele seduziu o irmão, levando-o,verbalmente, a vender sua primogenitura em troca do sustentocircunstancial que tanto precisava. Depois o enganou com aajuda da mãe, roubando a bênção que lhe cabia como f i lho primogênito. Para isto também enganou o pai, que já estavacego, incorrendo numa séria transgressão:

" Mald ito aquele que f izer que o ceg o erre docaminho. " (Dt 27:18).

Uma jogada após a outra, e, pelo menos, aparentemente,conseguiu concret izar seu objet ivo. Conseguindo tudo quequeria através de uma conduta desonesta e manipuladora, elecriou sérios problemas.

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Jurado de morte pelo irmão ofendido, ele resolveu isto deuma maneira simples: fugindo. No seu caminho de fuga, Deuso avisa: Jacó, você não pode ser abençoado do seu jeito! Você pode fugir de todos, menos de mim:

"Eis que estou contigo, e te guardarei por onde

quer que fores, e te farei tornar a esta terra; pois

não te deixarei até que haja cumprido aquilo de

que te tenho falado. " (Gn 28:15)

Seu procedimento exibia uma grave distorção de caráter .

Deus deixou claro que estaria no seu encalço, e que ele ter iaque voltar, mais cedo ou mais tarde, para resolver a situação.

Totalmente desaprovado , Deus o env ia para a f amosa"escola do quebrantamento" , nada menos que vinte anos no"Seminár io do Pastor Labão". Uma situação duradoura projetada especialmente para aqueles que se acham espertosdemais e acima dos princípios que regem o mundo espir i tual .

A ignorância moral de Jacó exigia um tratamento severo. Esteseminário é o tempo e o local onde Deus confronta nosso jeitooportunista, golpista, sagaz e manipulador de ser e agir.

Labão é um dos piores modelos de l iderança que a Bíbliaexibe. Um pai realmente perverso. Praticou a fria crueldade detrair a própria f i lha na noite de núpcias. Raquel esperou seteanos para poder casar-se com seu amado noivo e na noi te de

núpcias sua irmã ocupa seu lugar!Sem nenhum esc rúpulo , Labão explorou Jacó, usou e

abusou de suas f i lhas , l ançando-as na mor ta l a rena de umcasamento polígamo, sempre em busca de interessesf inanceiros . Labão incorpora a expressão máxima de alguémque quer conseguir seus objetivos a qualquer preço. Portanto,d i an t e de L abão , a a s t úc i a de J acó nem con t ava . S e J acó

 julgava-se um grande enganador, Labão era PHD na arte deenganar!

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Jacó enganou o seu i rmão e achou que s implesmente poderia fugir que tudo já estaria resolvido. Deus desaprovou asua a t i tude , e por pra t icamente v inte anos , Jacó colheu osf rutos daqui lo que e le havia semeado. Um processo lento eduradouro de desaprovação. Por todo este tempo ele pôde ver 

a si mes mo através d e Labão, para, então , fin almente,santificar suas motivações e resgatar sua identidade.

A grande e fatal verdade é que Deus tem um Labão paracada Jacó! Esta é a le i do espelho, Ele sabe como fazer comque nos enxerguemos. Nosso maior problema não é o Labãoque está fora de nós, mas o que está dentro! Tudo que precisamos é de um "espelho"!

Deus foi cavando no coração de Jacó até ele entender que precisava voltar ao ponto de partida e resolver o conflitocr iado com seu irmão . Não import a quan to tempo tenha passado, teremos que voltar no ponto onde fomosdesaprovados por Deus e refazer a prova.

Jacó , depoi s de enganar seu i rmão , deu uma vo l t a devinte longos anos no deser to de Padã-Arã, e então, precisou

ace it ar a cor reção d iv ina, vol ta r l á t rá s, encarar o i rmão,humilhar-se diante dele, e pelo menos, da sua parte, restaurar  o relacionamento. Só então, Jacó foi aprovado. Sua identidadefoi restaurada. Seu nome passou a ser o nome da nação gerada por Deus: Israel, Ele perpetuou a promessa da vinda doMessias, e assim, permitiu que a palavra de Deus se cumprisseem sua vida.

Tudo que plantamos vamos colher . Ninguém escapa decolher o que semeia! Se semeamos na carne, vamos cei far acorrupção como um atestado de desaprovação. Se semeamosno esp í r i to , vamos ce i f a r v ida e paz como um a tes t ado deaprovação.

É necessár io enf rentar e resolver toda pendência . Não podemos escapar das precisas leis que governam o mundo

esp ir itua l. Não impor ta quão bem conseguimos d is fa rçar  nossos erros, ou para quão longe conseguimos fugir , estamos

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algemados à desaprovação. E a melhor opção é re tornar no ponto da derrota, onde "perdemos o machado", por maisdoloroso que isto seja.

Cavando nos vales

Há muito tempo atrás ouvi o Pr . José Rego do N. Júnior  (Zezinho), que consider o e sp irit ualmen te como um pai ,fa lando sobre "cavar nos va les" . I s to se encaixa mui to bemaqui . Deus vai nos levar ao profundo do nosso coração onde

está o ponto da cura. Aqui aprendemos que também se cresce para baixo, restaurando e edificando os alicerces. Isto pode parecer um pouco desanimador, porém é extremamentenecessário e benéfico.

"E a mão do Senhor estava sobre mim al i , e e le

me disse: Levanta-te, e sai ao vale, e a l i fa larei

contigo, " (Ez 3:22)

 Nos lugares baixos da vida é onde vamos entender a vozde Deus. A voz de Deus confronta a al t ivez, a passividade, aimpureza, a sequidão espir itual , a es ter il idade, desnudandotudo que ficou em oculto:

"A voz do Senhor quebra os cedros; . . . Ele faz o

Líbano saltar como um bezerro .. . A voz do

Senhor lança labaredas de fogo. A voz do Senhor

f az tremer o deserto; o Senhor f az trem er o

deserto de Cades. A voz do Senhor faz as corças

dar à luz, e desnuda as florestas . , ." (Sl 29:5-9)

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O vale é onde nossas trevas começam a ser confrontadas.Muitas vezes estamos nos lugares al tos da vida, sentindo-nos por cima, mas de repente, Deus nos leva ao vale, Ali seremostratados e tudo que está em t revas será confrontado. No valenão exis tem subterfúgios . A única outra opção panorâmica,além do vale, é olhar para cima (Fig. 03).

O vale significa aquelas situações onde a derrota tão bemmaquiada começa a deprimir a vida. É quando o nosso pecadonos acha e todo sucesso que conseguimos através dasagacidade começa a despencar sobre a nossa cabeça. Pedaço a pedaço começa a cair sobre nós mesmos. Tudo que não estavasobre a rocha da Palavra de Deus começa a desmoronar . As

 provas de Deus começam a queimar tudo que é palha! No fundo do vale, começamos a nos enxergar. Só que,

quando pensamos que já acabou, então Deus nos fala: "agoracomece a cavar nes te va le" . . . O processo é mais longo queimaginávamos (Fig. 04).

Reclamamos: S enhor! Aqu i j á e stá mu it o baixo, nãoquero descer mais que isto! Então cavamos, e Deus começa a

most ra r o que e stava ente rr ado no nos so cor ação . Fo rte s provas e situações contrárias vão desvendando ainda mais as

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raízes das nossas fer idas . A revelação de Deus começa a vi r  sobre nossas vidas. Obviamente, somos incapazes de ver o queestá enterrado. Porém quanto mais Deus cava em nossas vidas,mais enxergamos!

Cavamos mais e chegamos na tampa do bueiro da nossaa lma. Numa f igura de l inguagem, começam a aparecer todasorte de coisas repugnantes: "baratas", "lagartixas","crocodi los" , e tc . Tudo "evangél ico" , é c laro! Começamos anos ver com os olhos de Deus. Entendemos a necessidade deen fr en tar e sta s cois as que e stavam a tanto tempo em nósmesmos e para as quais estávamos cegos.

 Novamente Deus ordena: Cave ainda mais! Entãotentamos res i s t i r : Senhor! I s to é mui ta humi lhação ! Entãocavamos e mais coisas vão surgindo. Provas e si tuações aindamais intensas abalam nossas profundezas.

Deus continua: cave mais! Ainda não foi o suficiente.

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Quando pensamos que não havia mais je i to das coisas piorarem, então surpreendentemente tudo piora. Parece atécoincidência. Lembra-se das perdas de Jó? Nos sentimos indoem direção ao fundo do fundo.

Uma forte convicção de pecado nos atinge. Entãofinalmen te, nos ab rimos t otal mente par a a humi lhação econsent imos: Senhor , cavare i e descere i o quanto o Senhor  quiser! Tudo que f icou mal resolvido e des truído torna-seclaramente evidente. Entendemos onde ele está querendo noslevar . Nos dispomos a vol tar com o Espír i to Santo em cadauma des tas s ituações , enf rentando cada t rauma, fazendo asres ti tu ições necessár ias, rever tendo toda condição em que

envergonhamos a Deus ou que fomos envergonhados. Neste momento percebemos que lidamos com a raiz da

dor, que exposta à luz do Dia se dissipa! Uma sensação sólidade paz e descanso começa inundar a alma.

Exper imentamos uma t rans formação sobrena tura l no profundo do coração!

De repen te , con templando o fundo daque le buraco novale, percebemos algo se movendo. São as águas de Deus, um poderoso fluir do Espírito Santo que começa a brotar. Ain tens idade da fon te va i aumentando , e a s águas passam aencher e preencher o que havia sido cavado, nível a nível vaisubindo a té que , não só o buraco, mas todo o va le torna-senum grande manancial.

Aquele imenso buraco na alma, finalmente, após atingir oobje t ivo de expor a mais ín t ima ra iz da fer ida , conver te-senuma divina fonte de suprimento. Uma infinidade de pessoas passam a se alimentar destas águas que jorram de uma personalidade sarada. O vale é aplainado. As águas de Deusnivelam os caminhos tortuosos da alma. Cumpre-se a palavra profética:

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" .. . Vo z do que c lam a no deser to: Preparai o

caminho do Senhor; endireitai as suas veredas.

Todo vale se encherá, e se abaixará todo monte e

o uteiro ; o que é to rtuoso se endireitará, e os

caminhos escabrosos se aplanarão; e toda a carne

verá a salvação de Deus. " (Lc 3:4-6)

"O Senhor te guiará continuamente, e te fal tará

até em lugares áridos, e fortif icará os teus ossos;

serás como um jardim regado, e como um

manancial, cujas águas nunca falham. E os que de

t i procederem edif icarão as ruínas antigas; e tu

levantarás os fundamentos de muitas gerações; eserás chamado reparador da brecha, e

restaurador de veredas para morar " (Is 58:11,12)

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É quando a alma es buracada pela dor da derrota setransforma numa fonte divina, um manancial de onde brota orio de Deus para saciar os sedentos. Um dos grandes segredosacerca das águas do avivamento é que elas vêm de baixo!

Es te fo i o l egado de Jacó . Desaprovado por Deus , e l edesce ao vale da vida. Sem saber, ao fugir, Jacó desce ao vale.Primeiramente, cavou sete anos trabalhando por Raquel , masnão pode tê - la . Cava mais se te anos pe la mulher que a indaamava. Depois de quatorze anos, continua cavando, agora , pelo salário, que por mais de dez vezes foi mudado por Labão.Indo em direção ao fundo, Deus o leva finalmente ao Jaboque.

Ali ele está disposto a dar a vida pelo irmão que

enganara. Se vulnerabil iza diante de Deus. Estava disposto are tr at ar a s ituação com o E saú , a inda que is to cus ta sse a própria vida. Se dispõe a enfrentar o grande trauma da suavida, onde tudo começara. Após cavar tanto, atinge o ponto dat ransformação! Na ra iz da fer ida res ide também o ponto dacura absoluta.

I I . A REPROVAÇÃO 

O princípio de andar em círculos

O grande problema de andar em círculos é que apesar de

todo esforço empreendido, você não sa i do lugar em que seencontra. Se vo cê está num deserto, is to significa umasituação ainda mais desconfortável.

Como vimos no exemplo de Jacó, a desaprovação além denos levar a colher o que semeamos, e la pode nos conduzir auma situação ainda pior e mortal: a reprovação crônica!

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O caminho do deserto

Um dos p rincipais obj etivos do deser to é quebra r ocondicionamento imposto por mental idades de escravidão. O

deserto é um caminho espiri tual , que invariavelmente, está narota da terra da promessa.

Depois de 430 anos de escravidão no Egito sendosoberbamente tratados por Faraó, Israel torna-se, f inalmente,um povo livre. Este tempo de deserto é a t ipologia do processo pós-libertação. Muitos ignoram que é depois de uma grandel iber tação que vem a par te mai s d if íc il . Depoi s do Egi tosempre vêm o deserto.

Por mais que a pessoa está livre, a personalidadecont inua def or mada . É indispensável subme te r- se a um processo de educação e reeducação da mente rompendo ocondicionamento imposto durante todo o período do cativeiro,mantendo o te rr itó rio conqu is tado. É nes te pon to que amaioria fracassa!

 Na verdade, tirar o povo do Egito não foi o mais difícil.O desaf io de Deus e ra constr uir no co ração de Is rae l umcaráter de obediência voluntár ia a e le . A voluntar iedade é aalma da l iberdade. O serviço, a renúncia, a submissão quandonão es tão condicionados a uma recompensa determinam aliberdade do coração.

Assim sendo, o deserto é o lugar espiri tual de deixarmos

Deus mudar nossa mentalidade, quebrar os p aradig masimpos tos por Satanás , pelo pecado, pelas r ej ei ções , pelosespí r i tos te r r i tor ia i s , e tc . Quanto maior o tempo em que a pessoa ficou condicionada a mentalidades e comportamentoscontrár ios à verdade e à vontade de Deus, mais r igoroso é odefinhamento espiritual.

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O princípio da f isioterapia: uma simples analogia

Imagine alguém que f icou com sua perna engessada por  três meses devido a uma fratura. Naturalmente, cada momento

deste tempo de engessamento vai inibindo toda perspectiva del iberdade e mobi lização. Vai -se acostumando e tomando aforma da situação até que conformamos totalmente com aquelecondicionamento imposto pelo gesso.

Quando a pessoa tira o gesso, a sensação é muitoagradável . I sto r ef le te o poder de uma l iber tação. Porém,apesar da perna já es tar concer tada , a es t ru tura óssea es táenfraquecida, a musculatura definhada e o poder demovimentação ainda consideravelmente inibido.

Será necessário uma fisioterapia, um processo gradativode exerc íc ios para r ecuperar os movimentos e o con trolemotor. Este processo além de ser demorado, exige discipl ina.Aqui aprendemos a paciência de ser um paciente. A disciplinaé um dos mais importantes princípios da cruz, o qual,infelizmente, a maioria dos crentes recusam.

É interessante, que mesmo depoi s que a r ecuperaçãofísica já aconteceu, alguns ainda continuam mancando. Estãocom o ges so na men t e ou a i nda com a du r a l embr ança dotrauma sofrido na fratura. Este cacoete da alma é sinal de umasevera seqüela que ainda deve ser eliminada.

É necessár io super ar a s ituação e stando novamen te

disposto a correr r iscos e se expor diante dos novos desafiosda vida. A tendência de um osso quebrado é se tornar a indamais forte devido à calcificação.

 A restauração da alma

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Quando pensamos em termos de uma personal idade queficou engessada em traumas, abusos, injustiças ecomportamentos ou menta lidades pecaminosas , o processo pode ser ainda mais estreito de superar. É aqui que muitos quesofreram libertações tremendas na vida começam a fracassar, e

fracassar, e fracassar.. . até perecerem no deserto.Em contrapartida, entender este tempo de deserto com um

coração responsívo pode nos levar brevemente à nossa herançaem Canaã, onde vamos pisar nossos inimigos e desfrutar domelhor de Deus.

Quando entendemos a necessidade desta "f isioterapia naalma", e começamos a exercitar diligentemen te nossas

escolhas na direção de construir um caráter de obediência emáreas que t ivemos um his tór ico de derrota , rever temos estequadro mais rápida e facilmente que imaginávamos.

Ponha-se no lugar de um daqueles israel i tas que passousua vida inteira sendo tratado como escravo.

Cada parte da alma estava engessada por todos aspectosimpostos pela injusta vida de escravidão. Eram humilhados,sobrecarregados, abusados, forçados, e tudo isto sem nenhumtipo de incentivo ou recompensa.

 Não faziam mais que a obrigação! O grito de rebelião erasempre sufocado pelo chicote dos exatores e por impiedosas erígidas punições!

 Nesta plataforma de rejeição está a raiz da rebelião, que

manifesta-se a t ravés de uma insat isfação calada e fa lada. A perspectiva do líder como um exator, que impunha ocumprimento perfeccionista do trabalho na ponta do chicote,deforma o conceito de lei e autoridade. Liderança passa a ser  sinônimo de ameaça e injustiça.

Este foi o grande drama que Moisés teve que enfrentar aoliderar todo aquele povo. Amargura e murmuração jorram da

visão deformada do princípio de autoridade.

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É importante mencionar que os mesmos 40 anos que Deus precisou para transformar Moisés no deserto, no "Semináriodo Pr. Jetro", ele também demorou para transformar o povo deIsrael . A transformação do povo está diretamente vinculada àtransformação do líder !

O maior desaf io não fo i t i ra r o povo da escravidão doEgito, mas tirar o Egito e a escravidão do povo. Deus precisoude dez milagres para tirar o povo de Israel do Egito e de vintemi lagres no deser to , o dobro, para t i ra r o Egi to do povo deIsrael.

Continuavam servindo a Deus com a menta lidade queserviam a Faraó. A mente havia sido fortemente tatuada com

um referencial de l iderança escravagis ta imposto por Faraó.Substi tuir este conceito de l iderança egípcio pelo conceito da paternidade divina custou quarenta anos de deserto. Naverdade, apenas a outra geração começou a assimilar isto.

 Andando em círculo no deserto:

 A mortal reprovação crônica

Quando Deus t i rou o povo do ca t ive i ro do Egi to e darot ina da escravidão, o caminho a ser tomado foi o deser to.Muitas provas e milagres aconteceram. Ao mesmo tempo em

que Deus mostr ava sua d is cip lina a tr avés de p rovas, el etambém revelava sua graça através de milagres jamais vistos.Po rém, apesar de todo cuidado de Deus com o povo, por  diversas vezes eles foram desaprovados e reprovados. Você pode conferir isto estudando o livro de Números. Mesmoassim prosseguiam em direção à terra prometida.

Vem, então, um teste f inal , quando precisaram sondar at er ra de Canaã . Foram escolhidos doze homens , que e ram príncipes e líderes de cada uma das tribos de Israel. Diante

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das cidades for t i f icadas e da bel icosidade dos cananeus, dezdaqueles espias voltam com o coração totalmente desfalecidoe vencido pela incredulidade. Foram conquistadosinteriormente pelo medo dos moradores da terra a ser  conquistada.

Ao enfrentar a prova mais importante de suas vidas, elesf racassaram. Contaminaram o povo com a reportagem quederam, derretendo o coração de todos. Imediatamente, a ordemdivina foi retornar ao deser to , onde o insucesso espir itua lcomeçara.

"Quanto a vós, porém, virar-vos, e part i para odeserto , pelo caminho do Mar Vermelho. " (Dt

1:40)

 Não tinham ainda aprendido o suficiente. O caráter aindanão estava suficientemente firme para suportar esta nova etapada vida que envolver ia conquis tas bem maiores na te r ra de

Canaã.Se não podiam vencer seus própr ios medos e dese jos ,

como ir iam derrotar cidades fort if icadas e exérci tos ferozes?Se ainda estavam lutando com a própria carne, como poderiamderrubar as hostes espir i tuais da maldade e os poderes destemundo tenebroso?

Precisaram voltar lá atrás, naqueles pontos, onde vinham

sendo der rotados , vez após vez . Deus , então , os levou paraonde o p roblema começou: o deser to , que e les tanto nãoqueriam.

Toda aquela geração, exceto Josué e Calebe, t iveram um"f im t rágico" . E les andaram em c í rculo , de reprovação emreprovação, até morrerem. Esta é a contundente lei do deserto:Ou você sai aprovado, ou você não sai !

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O dese r t o é o cemi t é r i o dos que não en t r am na t e r r a prometida. Se consultarmos um mapa sobre a jornada do povode Israel no deserto, veremos que eles fizeram exatamente umcírculo que tangenciou o Mar Vermelho e a Terra Prometida.Ficaram no deserto até que toda aquela geração foi destruída!

Esta tem sido a rotina na vida de muitos crentes.

Ora avis tam a te r ra promet ida , e se animam. Ora es tão beirando o Egito! Nunca passam nas provas do deserto.Acabam fracassando neste conflito que Paulo assim descreve:

"Pois não faço o bem que quero, mas o mal que

não quero, esse pratico . . . Miserável homem quesou ! Quem me livrará do corpo desta morte ?"

(Rm 7:19,24)

Espero que Deus possa contar com você nesta geração enão tenha que esperar a próxima!

I I I . A APROVAÇÃO 

O princípio da submissão ao tratamento de Deus

Aprovação é mais que vencer as provações, é vencer asdesaprovações e r eprovações , o que normalmente é mai sdif íc i l . Precisamos terminar bem, cumprir o tempo de Deus,deixando com que a correção divina cumpra em nós todos osseus desígnios.

A dinâmica da vontade de Deus requer a motivação certa,o lugar cer to, o tempo cer to, a t ravés dos pr incípios cer tos e

debaixo da l iderança certa. Resumindo, sob muitos detalhes e

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circunstâncias, é necessário tomar uma decisão afinada com ocoração de Deus.

 A aprovação de Jacó:

Princípios de tomada de decisão

1. Impelido pela palavra de Deus: Aprovado no semináriode Labão.

Quando nos encontramos num tempo e local det ratamento divino, nunca devemos forçar uma saída rápida efác il buscando com i sto a tender a nossa comodidade. Naverdade, isto seria uma forma de fuga, que ap enas n osenquadra no rol dos reprovados. Diante das provas, oimediatismo é sempre uma forte tentação.

Para lidar co m situações de reprovação temos queaprender a conviver com a lguns incômodos temporár ios. Énecessário descartar todo tipo de subterfúgio ondeespiri tual izamos nos sa s bar re ira s, usando at é mesmo, a palavra e o nome de Deus em vão, o que certamente sóacarreta piores conseqüências sobre as nossas vidas . É vi ta lque a pa lavra de Deus venha genuinamente , conf i rmando eassinalando claramente a mudança a ser feita:

"Disse o Senhor então, a Jacó: Volta para a terra

de teus pa i s e para a tua parente la ; e eu sere i

contigo. " (Gn 31:3)

Jacó saiu de Padã-Arã impelido pela Palavra de Deus.

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Ele esperou vinte anos sendo opr imido pe lo seu sogro .Apesar dos quatorze anos sem salário e depois, por mais seisanos, sofrer vários golpes que traziam desvantagensfinanceiras, Jacó tornou-se mais rico que Labão. Estava acimade Labão, acima do dinheiro, acima das rejeições e injustiças!

Era , agora , um homem li vre , que apr endeu a r espe itar e perdoar as pessoas. Um homem amadurecido e aprovado naescola do quebrantamento! Com um coração cer to , t endo oselo da grat idão em sua vida, mesmo tendo passado por tudoaquilo, estava pronto a continuar com Labão!

Jacó não estava chateado ou ressentido com Labão, muito pelo contrário, na verdade, era Labão e seus filhos que

estavam contrariados com Jacó:

"Jacó, entretanto, ouviu as palavras dos filhos de

Labão, que diz iam: Jacó tem levado tudo o que

era de nosso pai, e do que era de nosso pai

adquiriu ele todas estas riquezas. " (Gn 31:1)

Quando Labão não te incomoda mais, significa que a horade Deus para a mudança se aproxima! Esta é a evidência que oLabão que exis t ia dentro de nós foi arrancado e vencemos aetapa do deserto.

2. Autorizado pelas autoridades em questão

A bênção de Maanaim: A prova de sujeitar-se à l iderançade um líder injusto.

Apesar de Deus falar claramente para Jacó retornar para ater ra de seus pa is , e le não teve coragem de comunicar sua partida. Não acreditou que a palavra de Deus seria poderosa

 para quebrar qualquer relutância da parte de Labão.

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Realmente , Labão já se sent ia o dono de Jacó. Era umlíder dominador e injusto. Manipulou Jacó todo aquele tempousando as próprias f i lhas e depois o fez oferecendo salário, oque não deixou de ser uma forma de co mprá-lo.

Aparentemente, tudo indicava que Labão ir ia impedir dealguma forma que Jacó "saísse do seu ministério", onde faziao t rabalho mais pesado. Acredi to que todo homem de Deus precisa passar pelo crivo desta prova: a prova de submeter-seà liderança de um líder injusto.

Dav i pas sou pela mesma s ituação , s endo durament e perseguido por Saul, durante aproximadamente doze anos, umre i enciumado que t en tou ma tá -lo por vár ias vezes e de

diversas formas.

Você já teve um l íder ass im? Que te persegue, que nãogosta quando o seu ministério desponta, que tenta impedir seucrescimento, que abertamente usa sua vida para obter  vantagens pessoais , que quer controlar tudo, que se sente nodi re i to de v iver a sua v ida e age como se fosse o seu dono,usando irresponsavelmente de ameaças e até mesmo palavras

de maldição, que está obcecado no que você pode contr ibuir   para os seus interesses pessoais e não interessado na vontadede Deus se cumprir na sua vida?

Se você j á passou ou es t á passando por uma s i tuaçãocomo es ta, p rovavel mente , e stá no caminho cert o! D igo provavelmente, porque você está enfrentando uma das provasmais importantes da sua vida. Isto pode fazer a diferença entre

você ser um Davi ou um Saul na sua liderança, um Jacó ou umLabão com seus liderados.

Jacó acaba fazendo uma decisão incorreta, e apesar de ter a palavra de Deus, mais uma vez, e le foge. Sorratei ramente,e le a juntou suas esposas , f ilhos, r ebanhos, bens e foi -seembora sem que ninguém pudesse perceber.

D epois de três dias, Labão sente sua ausência e se

enfurece ao descobrir que Jacó o abandonara. Decidiu, então,

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 persegui-lo como alguém que vai à cata de algo que lhe pertence. Havia uma terrível decisão no coração de Labão dematar Jacó. Se Jacó não f icasse com ele , também não f icar iacom ninguém!

Porém, no caminho da sua impiedosa perseguição a Jacó,que viajava lentamente devido ao grande rebanho queconduzia, Deus se manifesta a Labão e o repreende duramente:

"... Guarda-te, que não fales a Jacó nem bem nem

mal. " (Gn 31:29)

Labão a lcança Jacó e depois de resolverem a s i tuação,eles fazem um pacto de sal:

"Respondeu-lhe Labão: Estas f i lhas são minhas

filhas, e estes f ilhos são meus filhos, e este

rebanho é meu rebanho, e tudo o que vês é meu; e

que farei hoje a estas minhas f i lhas, ou aos f i lhosque elas t iveram ? Agora pois vem, e façamos um

pacto , eu e tu ; e s i rva e le de tes temunha entre

mim e ti . Então tomou Jacó uma pedra, e a erigiu

como coluna .. . Disse, pois, Labão: Este montão é

hoje testem unha entre m im e ti. Por isso f oi

chamado Galeede. " (Gn 31:43 -45, 48)

Jacó estava aprendendo de uma vez por todas uma coisafundamental para ser aprovado: "nunca fugir".

 Na verdade, o próprio Labão reconhecia que o Senhor oabençoara por causa de Jacó:

"... pois tenho percebido que o Senhor meabençoou por amor de ti. " (Gn 30:27)

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Depois disto, legitimamente liberado por Labão,continuando sua jornada , Jacó chega num lugar chamadoMaana im, onde t em uma exper iênc ia t remenda com Deus.Percebeu que estava amparado pelo acampamento de anjos .Deus e stava conf ir mando , que agora, as cois as e stavamnovamente em segurança:

"Jacó também seguiu o seu caminho; e

encontraram-no os anjos de Deus. " (Gn 32:1)

A Bíblia nos confronta dizendo que devemos submeter e prestar contas não apenas diante dos líderes bons e justos,como também dos maus e injustos . Sempre quando passamosnesta estreita prova, vamos estar amparados sobrenaturalmente pelos anjos de Deus.

Porém, quando prec ipi tamos e agimos sem o temor doSenhor, acabamos perdendo o rumo. Nos sentimos ofendidos eofendemos. Ao invés de encont rar os anjos de Deus , somosachados por legiões de demônios. Des ta f orma podemosabortar tudo que Deus já vinha fazendo até aquele ponto.

É in teressante notar como Deus não permi t iu que Jacócometesse o mesmo erro que havia comet ido com Esaú. Jacósaiu fugido de Labão, mas não conseguiu i r mui to longe. Sódepois de ter feito um pacto com seu sogro, é que ele

realmente estava liberado por Deus.

3. Coragem para obedecer: voltando no ponto do trauma

"Disseram-lhe os discípulos: Rabi, ainda agora os

 judeus procuravam apedrejar-te, e tornas para

lá ? Jesus respondeu: Não há doze horas no dia ?

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Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a

luz deste mundo. " (Jo 11:8-9)

Mui tas vezes será necessá rio vol ta r em lugares onde

alguém, lit er al mente , t en tou nos des tr uir . Lógico , que énecessário fazer isto, sempre, em virtude de umdiscernimento , que só a pa lavra revelada de Deus pode nosdar.

Jesus nunca fugia de nada. Ele sabia enfrentar todas estassituaçõ es ameaç ad oras, confrontando to da intimidaçãodemoníaca. Podia discernir quando o mundo espir i tual estava

aberto ou fechado, movendo-se na vontade do Pai.

"Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e

pratica as primeiras obras; e senão, brevemente

virei a ti, e removerei do seu lugar o teu

candeeiro, se não te arrependeres. " (Ap 2:5)

Depois de tanto tempo, Deus estava lembrando Jacó doseu problema com o irmão, quando havia sido jurado de morte.Este terrível impasse, que o levara a abandonar a casa dos paisa inda era um espinho na sua consc iência . Prec isava vol ta r  naquele ponto.

V inte anos s em falar com o irmão não é uma coisa

simples de se resolver. A Bíblia, sabiamente, explica que : "Oirmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade

 forte. " (Pv 18:19)

A inimizade tem sido um dos maiores ataques de Satanáscontra a igreja e principalmente contra os pastores. Existe umalto percentual de pastores que não se falam, mesmo morandona mesma cidade.

Devido a desavenças e def raudações não resolvidas,l íderes passam a sus tentar uma in imizade no coração que é

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encoberta sut i lmente, mas por baixo desta casca a ferida estáviva.

Este t ipo de si tuação muitas vezes perdura por anos e até por gerações, construindo as mais terríveis barreirasdenominacionais, sustentando um clima maligno de divisão ecr í t icas que subtrai a autor idade terr i tor ia l e corporat iva daig rej a. Ma is cedo ou mais ta rde, t er á que acontece r umareconciliação, ou estas pessoas serão vítimas da lei do deserto.

 Aprovado no Vale de Jaboque

Jacó se posicionou diante do terrível medo econstrangimento que barrou seu relacionamento com Esaú.

Entendeu que aquela terr ível prevenção espir i tual era omaior inimigo. Mesmo correndo r isco de vida, pois recebeu anotíc ia que seu ir mão v inha con tr a ele acompanhado dequatrocentos homens, ele decidiu voltar no ponto da derrota!

Decidiu que nunca mais seria um fugitivo. Estava prontoa r et ra ta r aquela s ituação que tanto o fendera s eu ir mão.Depoi s de env ia r a lguns presentes para Esaú, a tr avés dosfamiliares, que foram na frente, divididos em dois grupos, eledes ceu sozinho ao Vale de Jab oque. Estes são aquelesmomen tos que não adianta ped ir o ração par a n inguém, éapenas você e Deus:

"Jacó, porém , f icou só; e lutava com ele um

homem até o romper do dia. " (Gn 32:24)

 Neste vale, depois de tanto cavar, é que ele encontraria o ponto das águas, o fluir transformador de Deus.

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 Não só Jacó seria transformado, mas ali também estava achave da transformação do coração de Esaú.

Jacó começou a lu t a r com o an jo do Senhor . Mas , nareal idade, o inimigo a ser vencido estava dentro dele mesmo.Precisava morrer de uma vez por todas para a sua identidadede enganador.

Ali, na verdade, foi o calvário de Jacó, onde foifa ta lment e f erido na sua carnali dade. A e spada de Deusa le i jou de uma vez por todas suas t endênc ias ca rna i s e a smotivações cor rompidas . As f er idas de Deus s empre s ãocirúrgicas . De fato, a l i , a a lma de Jacó sofreu uma profundacirurgia, um transplante de identidade.

Foi desta forma que ele viu Deus face a face. Você aindaquer um encontro face a face com Deus?

Mesmo Jacó estando ferido e sem forças, aquele anjo comquem l utar a es tr anhamente expl ica que e le lu tou e f oi ovencedor da luta. Mas, como ele poderia ter vencido, se estavavis ivelmente at ingido pela espada do anjo e profundamenteferido pelo bisturi divino? Aqui entendemos que só vencemosquando somos totalmente vencidos pelo Esp ír ito San to . Éneste paradoxo que reside o ponto da transformação! Foi nesteinstante, que finalmente, ele deixou de ser Jacó, e passou a ser Israel:

"Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; porque

tens l utado com Deus e com os hom ens e t ensprevalecido. " (Gn 32:28)

S ince ramen te, esper o que você pos sa te rminar es taleitura, totalmente derrotado pela cruz e vencido pelo EspíritoSanto . Enquanto formos " in imigos da c ruz" nossa índolecontinuará nos privando da nossa genuína identidade em Deus.

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 Não é difícil concluir que a raiz dos problemas que maisa tormenta ram Jacó não es t ava em Esaú e mui to menos emLabão, porém, nele mesmo. Invar iavelmente, enf rentamosmuitas resistências que são meramente um efei to colateral deum estado pessoal de reprovação.

O problema não são as pessoas ou as circunstâncias queinsistem em serem desfavoráveis. Começamos a orar para queestas pessoas possam mudar o seu posicionamento. Oramos por milagres que alterem a ordem natural das circunstânciasque nos afligem.

Mui tos es tão lu tando em oração dizendo: Senhor , Nãoagüento mais o meu marido . . . , não suporto mais as cobranças

da minha esposa . . . , nem a rebel ião do meu f i lho . . . , aquele jeito do meu pastor me incomoda .. . , não aturo mais a avarezado meu pat rão . . . , a imatur idade do meu l íder de cé lula . . .Muda eles Senhor!

Porém, o que primeiramente p reci sa ser mudado, é anossa oração: "Deus, que eu seja o milagre e não as pessoas!Que eu seja o milagre e não as circunstâncias ! Muda a mim !"

De repente, isto começa a surtir um poderoso efeito.

D este quebrantamento interio r, um forte mover doEspírito Santo começa a jorrar. Nossa religiosidade é rompida.Um ambiente de paz e revelação nos envolve.

Quando a nossa índole é transformada, as pessoas mudame as circunstâncias se transformam ao nosso redor.

Deus t ransformou a Jacó quando ele resolveu não maisfugi r de Esaú, nem de Labão, nem da mor te . S implesmenteabraçou a c ruz, e , f inalmente, foi aprovado por Deus. E lealcançou um lugar de paz e vitória em todos os seusrelacionamentos. Jacó, de enganador, passou a ser chamado deIsrael, Príncipe de Deus.

Quando a índole de Jacó foi t ransformada, a a t i tude de

Esaú mudou:

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"Então Esaú correu-lhe ao encontro, abraçou-o,

lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou; e eles

choraram. " (Gn 33:4)

A ntes d e Esaú ser transformado, Jacó p recisou ser  t ransformado. Nós precisamos ser o milagre, e não os outros,ou a s c ir cuns tância s. Quando somos tr ansf or mados pel aaprovação divina, esta vitória permeia com um poder  t ransformador e sobrenatural as pessoas e c i rcunstâncias aonosso redor.

E sta é a mat emát ica de Deus, uma equação s imp les , porém poderosa:

PROVADOS + APROVADOS = TRANSFORMADOS!

FIM