Informativo CSP Conlutas Nº 10

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INFORMATIVO QUINZENAL CSP-CONLUTAS Trabalhadores se mobilizam em defesa de seus direitos Unidade é fundamental para fortalecimento das lutas Foto: Fábio Rodrigues Boletim informativo nº 10 - primeira quinzena de março de 2011 Trabalhadores preparam manifesta- ções em defesa de seus direitos. No dia 13 de abril será a vez do funcio- nalismo público e no dia 28 de abril mobilizações ocorrerão em todos os estados do país. Da organização à ação Isto porquê, diferente das expecta- tivas e necessidades do povo traba- lhador brasileiro, a presidenta Dilma Rousseff iniciou seu mandato impon- do um salário mínimo de apenas R$ 545, aumentando os juros e anun- ciando outras medidas que atacam os direitos de nossa classe. As propostas do governo Dilma têm o objetivo de manter o superávit primário, arrochar o salário mínimo, atacar os serviços e servidores públicos. Propostas que visam honrar o pagamento da dívida pública que consome mais da metade do orçamento da União. Algumas ações realizadas em feve- reiro deram o pontapé inicial nas lutas. Cerca de 200 trabalhadores sem teto do MTST ocuparam o Ministé- rio das Cidades em Brasília no dia 24 de fevereiro. Só deixaram o pré- dio após a promessa de suspensão dos despejos no Rio de Janeiro, São Paulo e em Minas Gerais, e com a marcação de uma reunião na Secre- taria de Desenvolvimento Urbano e Habitacional do Distrito Federal, no dia 17 de março, cujo objetivo é dis- cutir construção de moradias às fa- mílias do MTST no Distrito Federal. No mês de março as mulheres trabalhadoras es- tão nas ruas, nas escolas, nas fábricas lutando con- tra o machismo e a exploração capitalista que as atinge de forma mais cruel. Os eventos mar- cam o 8 de Março – Dia Internacional da Mulher. MTST em Brasília A CSP-Conlutas fez pressão sobre os parlamentares e ocupou as galerias da Câmara e do Senado durante a vo- tação do salário mínimo. Nossa Central defende um reajuste de 62% imediato para o salário míni- mo e as aposentadorias, considerando quando os mesmos parlamentares que aprovaram os R$ 545 deram para si um reajuste com aquele índice. A CSP-Conlutas também partici- pou do ato em Brasília que lançou a campanha salarial dos servidores. Cerca de 300 representantes de inúmeras entidades e movimentos se reuniram em Brasília na última sema- na de fevereiro. A plenária reafirmou a necessidade de mobilização imedia- ta das entidades e definiu pela reali- zação de um ato público nacional em Brasília no dia 13 de abril e de atos nos estados no dia 28 do mesmo mês. A convocação foi da CSP-Conlutas, FST (Fórum Sindical de Trabalhado- res), Intersindical, COBAP, MTST e outras entidades. Contra o salário de R$ 545 Dias de luta em abril O Setorial de Mulheres da CSP-Conlutas está organizan- do um calendário de atividades para o decorrer da semana do dia 8 de março, já que a data ocorre em pleno carnaval. Veja o calendário no site da CSP-Conlutas, procure saber em sua cidade das atividades que estão sendo organizadas. CSP-Conlutas presente nas lutas que lembram o Dia Internacional da Mulher CSP-Conlutas marca presença nas galerias do Senado e da Câmara

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InformatIvo quInzenal CSp-ConlutaS

Trabalhadores se mobilizam em defesa de seus direitos

Unidade é fundamental para fortalecimento das lutasFoto: Fábio R

odrigues

Boletim informativo nº 10 - primeira quinzena de março de 2011

Trabalhadores preparam manifesta-ções em defesa de seus direitos. No dia 13 de abril será a vez do funcio-

nalismo público e no dia 28 de abril mobilizações ocorrerão em todos os estados do país.

Da organização à ação

Isto porquê, diferente das expecta-tivas e necessidades do povo traba-lhador brasileiro, a presidenta Dilma Rousseff iniciou seu mandato impon-do um salário mínimo de apenas R$ 545, aumentando os juros e anun-ciando outras medidas que atacam os direitos de nossa classe. As propostas do governo Dilma têm o objetivo de manter o superávit primário, arrochar o salário mínimo, atacar os serviços e servidores públicos. Propostas que visam honrar o pagamento da dívida pública que consome mais da metade do orçamento da União.

Algumas ações realizadas em feve-reiro deram o pontapé inicial nas lutas.

Cerca de 200 trabalhadores sem teto do MTST ocuparam o Ministé-rio das Cidades em Brasília no dia 24 de fevereiro. Só deixaram o pré-dio após a promessa de suspensão dos despejos no Rio de Janeiro, São Paulo e em Minas Gerais, e com a marcação de uma reunião na Secre-taria de Desenvolvimento Urbano e Habitacional do Distrito Federal, no dia 17 de março, cujo objetivo é dis-cutir construção de moradias às fa-mílias do MTST no Distrito Federal.

No mês de março as mulheres trabalhadoras es-tão nas ruas, nas escolas, nas fábricas lutando con-tra o machismo e a exploração capitalista que as atinge de forma mais cruel. Os eventos mar-cam o 8 de Março – Dia Internacional da Mulher.

MTST em Brasília

A CSP-Conlutas fez pressão sobre os parlamentares e ocupou as galerias da Câmara e do Senado durante a vo-tação do salário mínimo.

Nossa Central defende um reajuste de 62% imediato para o salário míni-mo e as aposentadorias, considerando quando os mesmos parlamentares que aprovaram os R$ 545 deram para si um reajuste com aquele índice.

A CSP-Conlutas também partici-pou do ato em Brasília que lançou a campanha salarial dos servidores.

Cerca de 300 representantes de inúmeras entidades e movimentos se reuniram em Brasília na última sema-na de fevereiro. A plenária reafirmou a necessidade de mobilização imedia-ta das entidades e definiu pela reali-zação de um ato público nacional em Brasília no dia 13 de abril e de atos nos estados no dia 28 do mesmo mês. A convocação foi da CSP-Conlutas, FST (Fórum Sindical de Trabalhado-res), Intersindical, COBAP, MTST e outras entidades.

Contra o salário de R$ 545 Dias de luta em abril

O Setorial de Mulheres da CSP-Conlutas está organizan-do um calendário de atividades para o decorrer da semana do dia 8 de março, já que a data ocorre em pleno carnaval. Veja o calendário no site da CSP-Conlutas, procure saber em sua cidade das atividades que estão sendo organizadas.

CSP-Conlutas presente nas lutas que lembram o Dia Internacional da Mulher

CSP-Conlutas marca presença nas galerias do Senado e da Câmara

Servidores públicos aprovam indicativo de greve para abril CSP-Conlutas apóia a Campanha Salarial dos servidores

Campanha Salarial

Nem Kadafi, nem intervenção na Líbia

Andes-SN

O 30º Congresso do ANDES-SN, realizado em Uberlândia de 14 a 20 de fevereiro, que come-morou os 30 anos da entidade, aprovou a filiação à CSP-Con-lutas. O relacionamento com os movimentos sociais e interna-cionalistas e a preservação da independência sindical foram reiteradamente citados como pontos convergentes entre o ho-rizonte de luta do ANDES-SN e o projeto da CSP-Conlutas.

Curtas

Foto

: UFR

PE

Não pagar a dívida

A CSP-Conlutas e outras entida-des integram a campanha promo-vida pelo Jubileu Sul “A dívida não Acabou! Você paga por ela! Auditoria já!”, cujo início foi fe-vereiro de 2011.O objetivo é unificar mais for-

ças e mostrar para toda a popu-lação o que de fato esta acon-tecendo, em relação à divida pública, além de denunciar que ela está sendo usada como me-canismo de especulação.

Ato em Brasília reuniu 5 mil servidoresDeslanchou a Campanha Salarial.

Junto com o indicativo de greve para a primeira quinzena de abril, os ser-vidores públicos federais aprovaram um calendário de mobilização que consta de um grande ato nacional com caravanas de todo o país em Brasília no dia 13 de abril.

Os funcionários da Fasubra já mar-caram greve para o dia 28 de março.

Os servidores entram na briga con-tra o corte de R$ 50 bilhões anuncia-do pelo governo que prevê ataques à categoria e prejuízos à população que depende de serviços públicos como saúde e educação.

Além disso, vão exigir o reajuste

salarial que o governo quer suspender por meio do Projeto de Lei 549/09 que prevê o congelamento salarial dos funcionários públicos por 10 anos. Também vão denunciar a ava-liação de desempenho (PLP-248/98) com intuito de demitir trabalhadores aprofundando as políticas de trans-ferências de serviços públicos para a exploração comercial pelas empre-sas privadas.

O funcionalismo federal demons-trou sua força no lançamento da Cam-panha Salarial 2011 em ato unitário que reuniu cerca de 5 mil funcioná-rios públicos em frente ao Congresso Nacional, no dia 16 fevereiro.

A ditadura líbia de Muamar Ka-dafi, há 42 anos no poder, pode ser o próximo regime a cair no mundo árabe. Intensos protestos são regis-trados em todo o país contra o dita-dor. A reação do governo foi extre-mamente sanguinária. Organizações dos direitos humanos estimam apro-ximadamente 400 o número de pes-soas mortas pelas forças de repres-são pró-regime.

O banho de sangue promovido pela ditadura Kadafi provocou mais fúria da população. Manifestações violentas se espalharam por todo

o país. Por outro lado, diplomatas, membros do governo líbio e da For-ças Armadas também abandonam o barco isolando Kadafi.

Fora intervenção militar - Apesar da brutalidade da repressão, os mani-festantes rejeitam a intervenção dos EUA no país, possibilidade que vem sendo discutida após a resolução do Conselho de Segurança da ONU recentemente. “Não à intervenção estrangeira, o povo líbio pode gerir isso sozinho”, estampava uma gran-de faixa nas manifestações.

Contra homofobia

Mais de 1.200 manifestan-tes tomaram a Av. Paulista em protesto contra a homofobia no último dia 19. Os recentes episódios de violência contra homossexuais ocorridos na-quela região levaram ativistas homossexuais e diferentes or-ganizações à realização de um grande ato público para exigir a aprovação do PLC 122/06 que criminaliza a homofobia. A CSP-Conlutas esteve presente.

Revolução Democrática