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F U E N T E S U N E S C O N ° 9 6 / D I C I E M B R E 1 9 9 7

I E A S Y O P I N I O N E S . . .

2. . . . . .

U.S.COME HOME!John GloverProfesor de HistoriaEvanston, Illinois (Estados Unidos)

Así pues, el ReinoUnido ha regresado a la UNESCO. ¿Pero quésucede con Estados Unidos que, especialmen-te a través de la comunidad científica y uni-versitaria, se beneficia en gran medida de unaparticipación en numerosas redes de coope-ración de la Organización y en proyectos comoel Comité Internacional de Bioética? Y sinembargo, Estados Unidos se niega a incorpo-rarse a la UNESCO como miembro de plenoderecho, rechazando así una cooperación in-ternacional -o más bien multinacional- que tanvital es para nuestro planeta, que "se está achi-cando".

Pero algunos norteamericanos -como se-ñala John Fobes, alma de la asociación "Ame-ricans for the Universality of UNESCO", enun número reciente de su boletín- "desean cla-ramente ampliar sus conocimientos de unmundo complejo e interdependiente y de loque le espera".

Su editorial del nº 93 está dedicada en granparte a los esfuerzos emprendidos para refor-mar el sistema de las Naciones Unidas y susinstituciones especializadas, sus objetivos ysus estructuras, en los umbrales del siglo XXI.En este sentido, Fobes añade: "Los progra-mas de la UNESCO tienen un vínculo espe-cial con el proceso consistente en repensar yrevisar los elementos claves del orden del díamundial: una nueva visión de la paz y de laseguridad, el futuro de la democracia, de lasociedad civil y de los derechos humanos; lanaturaleza de un desarrollo sostenible". Meparece impensable que Estados Unidos per-manezca -prácticamente solo- al margen deeste proceso.

SE ACABÓLA TRAVESÍADEL DESIERTOMargaret QuassVicepresidentaUK UNESCO ForumLondres (Reino Unido)

Su editorial del nº 93me empuja a expresar nuestro profundoagradecimiento a usted y a sus compañeros,por habernos permitido seguir en contacto conla UNESCO durante nuestros años de"travesía del desierto".

Los "Friends of UNESCO" (asociaciónque nació cuando el gobierno británico aban-donó la Organización y de la que soy miem-bro fundador) ha podido funcionar sólo gra-cias a la ayuda del personal de la UNESCO ya sus publicaciones.

Desde el retorno del Reino Unido al senode la Organización, hemos creado el "UKUNESCO Forum", destinado a servir decorrea de transmisión entre las ONG y el go-bierno, en espera de la formación de una nue-va comisión nacional.

Gracias por su revista, que es una autén-tica mina de información enormemente útil,y especialmente por sus editoriales, que tradu-cen con perspicacia los retos que debe asumirla UNESCO en puertas del siglo XXI.

AYUDA A LOSANIMADORESGraciela E. PérezVicepresidentaCentro UNESCO de formaciónMar del Plata (Argentina)

Nuestro centro, re-cientemente creado por un grupo de "anima-dores UNESCO", tiene, entre otros, el objeti-vo de crear una biblioteca que favorecerá nosólo la información y actualización de sociossino también de los estudiantes y ciudadanosde Mar del Plata.

Sus distintos artículos son de suma utili-dad para reforzar nuestra tarea de difusión delos propósitos de la UNESCO.

UNA APORTACIÓNHilaire TokploCentro SonghaiPorto Novo (Benin)

Su revista es muy in-teresante y consideramos que representa unaaportación valiosa al fondo documental denuestro centro de formación, producción einvestigación agrobiológica.

INNOVADORESRoberto Peláez MartínezMédicoCiego de Ávila (Cuba)

Hemos tenido laoportunidad de revisar algunos de los artícu-los de Fuentes que tratan sobre temas intere-santes y novedosos.

Trabajamos en un hospital psiquiátricoprovincial que brinda atención a más de400.000 habitantes. A pesar de nuestros limi-tados recursos, estamos realizando un granesfuerzo por mantener un adecuado nivel deinformación y su revista nos ayuda a hacerlo.

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Fuentes UNESCO

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o publicaciones

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P R I M E R P L A N O

3. . . . .

C i n c o a ñ o s d e s p u é s d e l a " C u m b r e d e l a T i e r r a d e R i o " l a s

c r í t i c a s f u e r o n e x t r e m a d a m e n t e a c e r b a s , e n v i s t a d e l a f a l t a

d e p r o g r e s o s r e a l e s . Y a n t e s d e q u e c u l m i n a r a n l o s d e b a t e s

e n l a C o n f e r e n c i a I n t e r n a c i o n a l d e K i o t o ( d i c i e m b r e d e 1 9 9 7 ) ,

c o n e l o b j e t o d e t o m a r m e d i d a s d e s t i n a d a s a r e d u c i r l a s

e m i s i o n e s d e g a s e s d e e f e c t o i n v e r n a d e r o , y a l o s p r o n ó s t i c o s

e r a n m u y p e s i m i s t a s .

C u a l q u i e r a l u m n o d e l a e s c u e l a p r i m a r i a , m e d i a n a m e n t e

c a p a z , c o m p r e n d e r í a l o s i g u i e n t e : 1 ) l a v o r a c i d a d e n e r g é t i c a

d e n u e s t r a s s o c i e d a d e s , y e n m e n o r g r a d o , e l u s o c r e c i e n t e

d e p r o d u c t o s q u í m i c o s e n l a a g r i c u l t u r a , p r o v o c a n c a d a v e z

m á s e m i s i o n e s e n l a a t m ó s f e r a d e g a s e s d e e f e c t o

i n v e r n a d e r o ( e s e n c i a l m e n t e d e C O 2 y u n p o c o d e m e t a n o ) ;

2 ) l o s m i l e s d e c i e n t í f i c o s q u e t r a b a j a n e n e s t e c a m p o d e s d e

h a c e a ñ o s a h o r a s o n c a t e g ó r i c o s : e s t a s e m i s i o n e s " a n t r ó p i c a s "

( c a u s a d a s p o r l a a c t i v i d a d h u m a n a , e n c o n t r a s t e c o n l a s

e m i s i o n e s " n a t u r a l e s " ) c o n t r i b u y e n a l c a l e n t a m i e n t o d e l

p l a n e t a ; 3 ) é s t o c a u s a y c a u s a r á d a ñ o s c u y a a m p l i t u d y

t é rm i n o s o n i m p o s i b l e s d e c a l c u l a r , p e r o q u e p o d r í a n s e r

d e s a s t r o s o s ; 4 ) d i s m i n u i r e s t a s e m i s i o n e s e s m á s q u e u r g e n t e ;

5 ) l o s p r i n c i p a l e s c o n t a m i n a d o r e s d e b e n h a c e r u n m a y o r

e s f u e r z o . E s m á s r a z o n a b l e q u e l o s p a í s e s i n d u s t r i a l i z a d o s ,

c o n s i d e r a d o s h i s t ó r i c a m e n t e c o m o l o s p r i n c i p a l e s r e s p o n s a b l e s

d e e s t e p e l i g r o , c o m i e n c e n a f r e n a r s u c o n s u m o d e e n e r g í a ,

e n v e z d e e x i g i r a l Te r c e r M u n d o q u e d e t e n g a

i n m e d i a t a m e n t e s u c r e c i m i e n t o .

F u e r a d e l a c o n j u g a c i ó n d e e g o s n a c i o n a l e s y d e l a

i n f l u e n c i a d e g r u p o s d e p r e s i ó n e n e r g é t i c o s , a l g u n o s

c o m e n t a r i s t a s h a n e v o c a d o " l a i r r a c i o n a l i d a d d e l o s

m e c a n i s m o s p o l í t i c o s " p a r a e x p l i c a r e l d e s f a s e s o r p r e n d e n t e

e n t r e u n p e l i g r o g r a v e e i d e n t i f i c a d o , y l a a u s e n c i a c a s i

t o t a l d e r e s p u e s t a s . P e r o e n l u g a r d e i n c r i m i n a r a l a p é r d i d a

d e r a z ó n p o l í t i c a ¿ n o d e b e r í a n e x a m i n a r s e , e n p r i m e r l u g a r,

l a s p o s i b i l i d a d e s d e a c c i ó n p o l í t i c a , c a d a v e z m á s

r e s t r i n g i d a s ?

Páginas 6 a 16

PÁGINAS E IMÁGENES . . . . . . 4

HECHOS Y GESTOS . . . . . . . . . . 5

S U M A R I O

T E M A C E N T R A L

AGENDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

PLANETA:

Redacción y difusión: FUENTES UNESCO, 7 place deFontenoy, 75352 Paris 07 SP. Tel. (33-1) 45 68 16 73.Fax: (33-1) 45 68 56 54.Esta revista de carácter informativo no es undocumento oficial de la UNESCO.ISSN 1014 5494

DESFASE

F U E N T E S U N E S C O

Todos los artículos pueden ser librementereproduc idos . La redacc ión agradeceráel envío de una copia del artículo elegido.Las fotograf ías s in e l s igno © estarána d i s po s i c i ón de t odo s l o s med i o s decomun i c a c i ón que l a s r equ i e r an .

F U E N T E S U N E S C O N ° 9 6 / D I C I E M B R E 1 9 9 7

LA TIERRA,UN MAR DE VIDA

Portada:© Charly Franklin/PIX

R e n é L E F O RT

Ciencias• EL DEBERDE APERTURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Patrimonio• NUESTROS ABUELOSLOS CHINOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

Reunión del Pacífico• MÁS POBREZA . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

Radio multimedia•EL SUR EN ÓRBITA. . . . . . . . . . . . . . . 22

En búsquedadel hombre perdido.

¡Basta!

Al Pacífico le cuestamucho desarrollarse.

T E X T O S E I M Á G E N E S

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4. . . . . .

LIBROS

GRANDES PRINCIPIOSDEL DERECHO DE AUTORY LOS DERECHOS CONEXOSEN EL MUNDO"Derecho de naturaleza híbrida,derecho reconocido a loscreadores de obras del espíritu,tales son pues las dos ideascentrales de este texto funda-mental", explica el eminenteespecialista en derecho de la

propiedad intelectual, ClaudeColombet. La UNESCO leencargó la realización de estemanual con el fin de enriquecerlos estudios en este campo,responder a una necesidad muysentida de los Estados y porque"casi todos los manualesexaminan situaciones naciona-les y los que estudian el derechode autor a nivel internacional,casi siempre abordan el temaúnicamente a la luz de lasconvenciones internacionales,sin lograr por ello cubrir todo eltema exhaustivamente", señalael prefacio de esta obra. Elprofesor Colombet hace unanálisis general de los princi-pios del derecho de autor yderechos conexos, tal y como sereconocen en todo el mundo.Los ejemplos citados por elautor tienen como finalidadcomparar las diferenteslegislaciones, y consecuente-mente, extraer los grandesprincipios del derecho de autor.Como material de apoyo a larealización de esta obra, elautor utilizó el Repertotiouniversal de derecho de autor,publicado por la UNESCO, las

Leyes y tratados de derecho deautor y derechos conexos,publicado por la organizaciónMundial de la PropiedadIntelectual (OMPI), el ABC delderecho de autor, y estudios dederecho comparado realizadospor la UNESCO, entre otros.

• Grandes principios delDerecho de Autor y losDerechos Conexos en elMundo, de Claude Colombet.Ediciones UNESCO/CINDOC,1997. Precio: 110 FF.

CUENTOS RUSOS"Señora mía, tengo 52 años.Hay quienes a esa edad ya sonabuelos. Tengo un buen empleo.No soy rico, pero podríamantener a una persona amaday a una familia... Tengo uncarácter tranquilo y serio. Nobebo, me gusta el orden y mivida podría ser consideradacomo ejemplar. Lo único quenecesito en esta vida es unhogar y una compañera. Tengocultura pero a pesar de ello,¿qué represento? Nada. Por lodicho, comprenderá usted quedeseo contraer matrimonio conuna persona digna". Estehombre representa uno de lostantos personajes creados porChejov, uno de los más grandesescritores rusos, conocedor desu país y de su gente. Estospersonajes, durante muchotiempo fueron "hombres

comunes de baja extracciónsocial, seres insignificantes,vulgares y mediocres, singrandes cualidades... tiposdespreciables, astutos, obtusos,provincianos, ignorantes..."

REVISTAS

MUSEUM INTERNATIONALPara Margaret Benton, directoradel Museo del Teatro deLondres, "la representación en

vivo sólo existe en el presente;es una comunicación momentá-nea e irrepetible entre el actor yel espectador". Entonces, losmuseos dedicados al arteescénico, tema del nº 194, ¿noesconden una "contradicción enlos términos, un intento deconservar lo inconservable?"Este número presenta esos"conservatorios de lo efímero",ya sea de Suiza, donde cuatrolenguas animan cuatroculturas, de Berlín, donde "ungran número de colecciones"sigue buscando un museo, o deIndia, cuyas artes del espectácu-lo son inseparables de lastradiciones religiosas y cultura-les.

EL CORREO DE LA UNESCO"¿La nostalgia de la islamaravillosa es una metáfora denuestra búsqueda de lo

absoluto?", se preguntan loseditorialistas del número dediciembre, titulado Las islas, unmundo aparte. Este númerorecorre, desde Islandia hasta elPacífico, pasando por las islas"donde se encuentran las aguasdel Ganges y del océano",aquéllas que hacen soñar, como"una sinuosa odisea íntima", yaquéllas muy reales pero que,por lo maravilloso que inspiran,alimentan nuestra imaginación.El número acaba con unaentrevista al escritorfrancohaitiano René Depestre,que hace un balance de su"trayectoria de nómada".

Las publicaciones de laUNESCO pueden adquirir-se en la librería y a travésde los agentes de venta deEdiciones UNESCO en lamayoría de los países. Loslibros y revistas se puedenconsultar en la bibliotecadepositaria de la UNESCOen cada Estado miembro.Informaciones y pedidosdirectos por correo, fax opor Internet: EdicionesUNESCO, 7 Place de Fon-tenoy, 75352, Paris O7 SP(France), tel.: (+33) 1)45684300; Fax (+33) 1)4568 5741, Internet:http://www.unesco .org/pu-blishing.

señala Guillermo MartínezRubio en la presentación de estaobra. Y durante la últimadécada del siglo XIX "sonprotagonizados por hombresmás cultos, más adinerados,pero igualmente triviales ypasivos..."Esta selección de once cuentos,que forma parte de la colecciónliteraria Letra Grande, es unaverdadera invitación a lalectura.

• Cuentos rusos, de AntonChejov. Colección Letra Grande.Ediciones UNESCO/EditorialPopular, 1996. Precio: 22 FF.

H E C H O S Y G E S T O S

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5. . . . . .

V i el fuego por mi cuerpo. Es-taba horrorizada. No paré de

correr". A sus 34 años, Kim Phucrecuerda el napalm que devorabala mitad de su cuerpo, cuando elfotógrafo Nick Ut captaba la fa-mosa imagen de la niña que huíade su pueblo survietnamita en1972, después de un ataque aé-reo norteamericano. Aunque lafoto ayudó a detener la guerra,Kim tuvo que pasar por 17 ope-raciones y sigue padeciendo."Pero llevo una vida normal" enToronto (Canadá), donde ella y sumarido encontraron asilo políti-co en 1992. Con dos niños, Kimno puede ni vivir en el pasado niolvidarlo. "Mi responsabilidad escompartir mi experiencia, paraque eso no vuelva a suceder nun-ca. Dios me ha dado el amor y elsentimiento del perdón".

Kim Phuc se convirtió enembajadora de buena voluntad dela UNESCO para la cultura depaz, en una ceremonia celebradaen la sede el 10 de noviembre."Quiero devolver lo que tantaspersonas me han dado para ayu-darme a curar". Tres días antes,había anunciado la creación de laFundación Kim, destinada a ayu-dar a los niños víctimas de la gue-rra.

Una familia unida y la fe cris-tiana hicieron de la niña una mu-jer decidida a ser médico. Pero en1984, Kim se ve atrapada por supasado y utilizada, dice ella, porlas autoridades vietnamitas comoun "símbolo del sufrimiento" confines propagandísticos. Dos añosmás tarde, reanuda sus estudiosen Cuba, donde conoce a su ma-rido, un estudiante vietnamita deingeniería. De regreso de la lunade miel, que pasan en Moscú, apro-vechan una escala en Canadá parasolicitar asilo político.

Aspiraba a una "vida tranqui-la", pero Kim es perseguida por

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KIM PHUC ES ALGUIENQUE SABE PERDONAR

los medios de comunicación. Re-ticente al principio, comprendeque eso podría convertirse en un"trabajo" que le permitiera a sumarido estudiar informática y ala pareja, fundar una familia. PeroKim acaba guardando las distan-cias con los periodistas. El sím-bolo del sufrimiento desapareció.

El instinto de supervivencia pudomás y ella se reconcilió con supasado.

En 1996, con motivo del Díade los Ex Combatientes, visita elMemorial de la Guerra de VietNam, en Washington, para depo-sitar un ramo de flores. Allí co-noce a John Plummer y le abrelos brazos en señal de perdón (alos con 24 años, este hombre di-rigió el bombardeo del pueblo deKim). Con benevolencia, ella ex-plica que, en realidad, él es una"víctima" de la guerra. "Él debesufrir emocionalmente. Yo no. Ya lo mejor es más doloroso aúnque mis sufrimientos físicos... Al-gunas personas se enfadaron por-que yo perdonara, pero yo sólopuedo ver las cosas como indivi-duo. Yo no puedo perdonar al Go-bierno norteamericano. Me ho-rroriza la política. Como emba-jadora de buena voluntad, meocuparé de seres humanos: de losniños inocentes que han sufridocomo yo".

Amy OTCHET

Es difícil imaginar cómo consigue Eduardo Portella com-

binarlo todo: a sus 65 años, ya espresidente de la Fundación Bi-blioteca Nacional Brasileña, con-cejal de Río de Janeiro, catedrá-tico de la Universidad Federal,presidente de la Organizaciónpara el Desarrollo de la Cienciay de la Cultura y director de laeditorial Tempo Brasileiro. Sinembargo, este ex minsitro de edu-cación, cultura y deportes asumeahora las funciones de presiden-te de la Conferencia General, elórgano director de la UNESCO.

Los lazos de Eduardo Portellacon la Organización se remontana hace casi dos décadas. En espe-cial fue director general adjuntode 1988 a 1993.

En su toma de posesión el 21de octubre, expresó su concep-ción de la misión de la UNESCO,el "órgano intelectual de la

NOMBRAMIENTOS:EDUARDO PORTELLA

● "Guardémonos de ver sólosus efectos negativos", exclamóJacques Rigaud, presidente deRTL (Radio-Télé-Luxembourg) yex subdirector general de laUNESCO, en un debate sobre

ONU": "el fomento, la transmi-sión, el reparto, la protección delo que el espíritu humano reco-noce que es lo mejor de sí mis-mo". Pero "si no quiere quedarseen la cuneta de la historia, [laOrganización] debe anticipar yprospectar. Igual que los ancia-nos indios, que pegaban sus ore-jas al suelo, estemos a la escu-cha, observemos las señales de lahistoria. No nos hablan de un fi-nal, sino sin duda de un reinicio,de una reconstrucción...".

PÀL PATAKIQuizás sea su formación de lin-güista lo que empuja a Pàl Pataki,de 51 años, a conceder tanta im-portancia «a la escucha de la gen-te». Este embajador, delegadopermanente de Hungría en laUNESCO, es desde el pasado no-viembre presidente del ConsejoEjecutivo de la Organización.

Conocido por su claridad deexpresión, en los próximos dosaños se marca la prioridad "dehacer más eficaz el trabajo", esdecir, de lograr que la UNESCO"actúe en sus ámbitos de compe-tencia", y de abrir y mantener un"diálogo permanente" dentro delConsejo Ejecutivo, así como conlos Estados miembros y la Secre-taría. Sus lemas son: "unidad,cooperación y respeto por lasdecisiones del Consejo Ejecutivo

y por las resoluciones de la Con-ferencia General". También de-sea que la UNESCO recupere su"universalidad". Dicho de otromodo, espera el regreso de Esta-dos Unidos y de Singapur y la lle-gada de los pocos países que to-davía no son miembros de la Or-ganización.

Sue WILLIAMS

la GLOBALIZACIÓN. Estedebate, celebrado en la Sede el18 de noviembre, trató sobre"la cultura en la prueba de laglobalización". Jacques Rigaudalertó contra su "demonización",

ya que podría convertir lacultura en "un yacimiento deempleos nuevos" y en piedraangular de una nuevaciudadanía. No obstante, semostró preocupado de ver que

"se deja la cultura a las leyesdel mercado" y de su "divisiónentre diversión para las clasespopulares y ‘alta cultura’ parauna élite": también es "unasunto público", añadió.

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YA NO EXISTE NINGUNA REGIÓN OCEÁNICA DONDE NO SEENCUENTRE LA HUELLA -A MENUDO CALAMITOSA-DE LA ACTIVIDAD HUMANA.AQUÍ, LAS RIBERAS DEL ÁRTICO(Foto © S. Fraser/S.P.L./Cosmos).

T E M A C E N T R A L

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7. . . . . . No es de extrañar que el océano haya

permanecido desconocido durante mu-cho tiempo. Se echara lo que se echara - ose sacara lo que se sacara-, nadie dudabade que sus aguas ondularían eternamente.

El mar alberga en su inmensidad lamayor parte de la vida de la Tierra. Puedeparecer absurdo pensar que se pueda mo-dificar el sistema que determina el clima,modela la química planetaria y constituyela base del aparato respiratorio de la Tie-rra.

Hace exactamente 50 años, la mayorparte de los mares permanecían intactos.Cuando el arqueólogo noruego Heyerdahly sus cinco compañeros viajaron de Perú aTahití en su Kon-Tiki, navegaron durantesemanas sin ver el menor barco, avión niresiduo.

BATAL LASin embargo, ya se observaban algunos sig-nos alarmantes. Los cazadores del Árticohabían exterminado una variedad de vacamarina y varias especies de ballenas pare-cían abocadas a la extinción; la batalla so-bre la pesca del bacalao y del arenque, cadavez más escasos en algunas partes del A-tlántico Norte, echaba chispas.

Mientras los astronautas dejaban sushuellas en la Luna, los residuos humanosempezaban a dejar manchas en alta mar.En 1970, Heyerdahl observaba, en una nue-va travesía, "muchas más manchas de pe-tróleo que de peces... Ni un solo día hemos

LA TIERRA, UN MAR DE VIDA¿El océano es inmenso? Sí, pero no inalterable. Y ese "corazón de agua" de la Tierra, que tambiénes el pulmón del planeta (ver más adelante), está sometido a numerosas agresiones y contaminaciones(pp. 8 y 9), que pueden alterar su influencia, especialmente sobre el clima mundial (pp. 11 y 12-13).Contiene la mayor variedad de especies animales y vegetales, pero su biodiversidad está amenazada(p. 10), mientras que la pesca excesiva afecta a la mayor parte de reservas de peces (p. 14).Los instrumentos jurídicos que permiten regular la explotación del océano tienen que evolucionary, sobre todo, aplicarse más (p. 15). Pero para actuar hay que sumergirse en ese sistema infinitamentecomplejo. La Comisión Oceanográfica Intergubernamental de la UNESCO (p. 16) lleva casi 40 añoshaciéndolo.

dejado de cruzarnos con objetos de plásti-co y otras basuras a la deriva".

"¿Y qué?", dicen las mentes escépticas.Pues pensémoslo bien, como destaqué re-cientemente en la revista norteamericanaTime (12-11-1997). Sin el corazón de aguaque es el océano, la Tierra resultaría tanestéril e inhóspita como Marte. Sin el mar,no habría ni bosques, ni prados, ni nubesrepletas de agua, ni vientos, ni seres hu-manos. Las aguas fluyen desde la eraglaciar, mientras que han aparecido y de-saparecido especies y ecosistemas. Peroesas aguas se enfrentan a un nuevo peli-gro: la presión de casi seis mil millones deindividuos. Aunque las mareas negras sonespectaculares, la atención se centra actual-mente en contaminantes menos visibles,abonos y otros productos químicos.

La pesca, antes artesanal, está ahoraaltamente tecnificada. En 1996, la UniónMundial de la Naturaleza elaboró la listade los numerosos animales marinos "ame-nazados", como el bacalao del Atlántico,el atún y el pez espada. ¿Cuántos de noso-tros saben que una red barredera de vieiraso una traína de gambas provocan tantosdaños en el mar como un tractor oruga enel bosque? Cuando algunos se preguntanpor la legitimidad de la explotación masi-va de la fauna y la flora de aguas profundas,tan poco conocidas, otros ya aprovechanese espacio de libertad para explotarlas.

Pero no todo está perdido. Mientras queen los últimos 50 años se acumulaba una

gran masa de conocimientos, la actividadhumana provocaba unas transformacionessin precedentes. Con organismos como laComisión Oceanográfica Interguberna-mental, los científicos recogen datos paraanimar a los responsables políticos y a suelectorado a actuar. La Convención de lasNaciones Unidas sobre el Derecho del Mary el Programa 21 aprobado en la Cumbrede Rio, definen el marco conceptual.

EQU I L I BR IOSe han tomado medidas para empezar acuidar de los sistemas que cuidan de noso-tros. Así, se han instituido 1.200 zonas pro-tegidas a lo largo de las costas. Cubren me-nos del 1% de los océanos, pero hace 25años no se protegía nada.

En 1998, Año Internacional del Océa-no, se tendrá la oportunidad de concentrar-se en los medios de alcanzar un equilibrioentre el uso del medio marino y su preser-vación. Pero como recuerda el directorgeneral, Federico Mayor, "hagamos lo quehagamos, el océano sobrevivirá de una uotra manera. Lo que es más problemáticoes saber si lo mantendremos en un estadoque garantice la supervivencia y el bien-estar de la humanidad. Y el tiempo apre-mia..."

Sylvia A. EARLEEx directora de investigación de la"National Oceanic and Atmospheric

Administration (NOAA)", Estados Unidos

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T E M A C E N T R A L

8. . . . . .

E l mar siempre ha sido un cubo de ba-sura. Visto como un mundo aparte, sin

limitaciones, capaz de limpiarlo todo, deevacuar, de depurar, recoge los residuos dela humanidad desde hace milenios. Pero¿podrá resistir por mucho tiempo unasagresiones que no cesan de multiplicarse?

Las investigaciones realizadas hace 20años bajo los auspicios de la Comisión Ocea-nográfica Intergubernamental, han reveladoque "ya no existe ninguna región oceánicadonde no se encuentre la huella de la activi-dad humana", afirma Tony Knap de la Es-tación de Investigación Biológica de lasBermudas. Los naufragios de petroleros,que periódicamente ocupan las portadas delos periódicos, son sólo la parte visible deliceberg y tienden a reducir su frecuencia.Más graves son los miles de toneladas de hi-drocarburos que se vierten de forma delibe-rada anualmente: marcan la estela de los bar-cos y los puntos de descarga y de almacena-miento, y se extienden cuando los petrole-ros vacían sus cisternas.

CARGAS POCO SEGURASEsta contaminación, no obstante, no es nimucho menos la peor amenaza para el en-torno marino. Incluso, según Knap, pare-ce que las concentraciones de alquitrán dis-minuyen en alta mar, gracias a las nuevastécnicas de transporte y de manipulaciónde los cargamentos de petróleo. En cam-bio, cada vez más barcos circulan cerca delas costas cargados con productos tóxicos,sustancias explosivas y residuos industria-les e incluso nucleares. A pesar del empleode instrumentos destinados a acotar losriesgos de accidente (como la convenciónMarpol de 1983), las tormentas siguen en-viando a la costa barriles y contenedoresperdidos de esos cargamentos poco seguros,señala la organización francesa Ifremer.

Pero, sobre todo, nunca se repetirá lobastante que en la tierra se origina cercadel 77% de la contaminación marina, se-gún el Fondo Mundial por la Naturaleza(WWF). Los principales responsables sonlas explotaciones agrícolas, las aguas re-siduales y los desechos domésticos, y laindustria. Por una parte, el estiércol, losabonos y los plaguicidas contaminan losríos, que los transportan hasta el mar. El por-centaje de elementos nutritivos se eleva y

N O H AYR A Z Ó N P A R AQ U E E L M A RS I G A S I E N D OU N M U L A D A R( F o t o ©S . F r a s e r /S c i e n c e p h o t ol i b r a r y /C O S M O S ) .

C o n t a m i n a c i ó n

DE LA TIERRA A LA MARMás de las tres cuartas partes de los contaminantes que deterioran los océanos proceden de la tierra.Y las nueve décimas partes se concentran cerca de las costas, donde los equilibrios ecológicos son frágiles.

provoca el fenómeno llamado "eutrofiza-ción", en el que la proliferación de algas pri-va a las demás plantas y a los animales de suespacio vital y de su alimento, hasta llegar aeliminarlos.

Además, las industrias vierten sus efluen-tes a los cursos de agua y gases tóxicos a laatmósfera. Se han encontrado restos deDDT hasta en la Antártida. En total, una

tercera parte de la contaminación atmos-férica acaba en los océanos, a través de lalluvia o por deposición directa. De los sie-te mil millones de toneladas de CO2 emiti-dos cada año por la actividad humana, se sabeque el océano absorbe al menos dos. ¿Hastacuándo podrá actuar como una esponja sinalterar sus grandes equilibrios?

Los restos de metales también sonomnipresentes. Se encuentra mercurio tan-to en la costa mediterránea como en altamar. Este metal es el único elemento quí-mico cuya introducción en el medio mari-no a través de la actividad humana ha pro-vocado la muerte de personas. Todavía serecuerda la bahía de Minamata (Japón),donde se virtieron 150 toneladas de mer-curio en los años 50 y 60: 48 personas fa-llecieron y otras 700 quedaron paralíticasdespués de la ingestión de peces contami-nados. Según Knap, cada vez se descubrenmás materias orgánicas e inorgánicas enel extremo final de la cadena alimentaria,en especial en las mamas de las ballenas yde los delfines. Por último, los plásticos,embalajes y equipos de pesca abandona-dos provocan cada año la muerte de millo-nes de animales, que los ingieren o se que-dan atrapados dentro. Estas formas de con-taminación desconocen las fronteras. Ante

la costa provenzal de Francia, por ejemplo,se ha encontrado una media de 2.000 objetosde plástico de origen italiano por km2 de mar.

De todos los entornos marinos, las re-giones costeras, que acogen a los dos ter-cios de la población mundial, son los másfrágiles. Y en ellas se concentra cerca del90% de las sustancias contaminantes. Ellitoral es una zona de intercambio de aguas

dulces y marinas, donde las importantesvariaciones del medio -temperatura,salinidad, oxígeno, etc.- obligan a los or-ganismos vivos a numerosas adaptaciones.Los equilibrios naturales pronto se venamenazados. El turismo es una causa des-tacada de su degradación. La proliferaciónde hoteles en las playas de Grecia y deTurquía, por ejemplo, ha eliminado nume-rosas zonas de puesta de tortugas marinas.También incrementa la cantidad de aguasresiduales y de residuos -cerca del 90% delos que se vierten al Mediterráneo no estántratados- y refuerza el fenómeno de eutrofi-zación. Otra amenaza es la acuicultura. EnAsia, los manglares son sustituidos por pis-cinas de cría, donde los peces se tratan conesteroides, antibióticos y plaguicidas queperjudican a las demás especies.

Durante mucho tiempo se pensó que loscontaminantes podían ser absorbidos porla inmensidad del océano, sin perjudicar alos ecosistemas. Pero algunas graves per-turbaciones, como la contaminación de lascadenas alimentarias y los desequilibriosecológicos que amenazan la biodiversidad,han mostrado lo contrario. Es hora de com-prender que el mar ya no puede ser nuestrocubo de basura.

Sophie BOUKHARI

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¿ E N Q U ÉM E D I D A S E

V E NA F E C TA D O S

L O S V E S T I G I O SP O R L A

C O N TA M I N A C I Ó NM A R I N A ?( F o t o ©

S . C o m p o i n t /S Y G M A ) .

Asma El Bakri es cineasta, alejandrinay una mujer de carácter. Su cólera

sube cuando habla de su niñez: "cruzabala bahía a nado y en el agua clara se veíanlos peces, las columnas antiguas. Todo hadesaparecido bajo la porquería. La ciudady su puerto, uno de los más bellos del Me-diterráneo, han sido asesinados".

Jean-Pierre Corteggiani, un egiptólogodel Instituto Francés de Arqueología Orien-tal (IFAO), que ha participado en lasexcavaciones submarinas de los restos delfaro de Alejandría, lo confirma: "Todo de-pende del viento. Cuando sopla del sur, losresiduos se van mar adentro y el agua escasi clara. Cuando viene del norte, comosucede a menudo, entran en el puertooriental: es un puré de guisantes, una granmancha oscura poco agradable en suspen-sión, de tres o cuatro metros de espesor.Una vez salí del agua con un preservativopegado a las gafas".

R E S I D U O S T Ó X I C O SEquipado con un lápiz y un papel, eloceanógrafo Usama Abul Dahab Al Rayis,de la Universidad de Alejandría, dibuja unpanorama sombrío. "La principal fuente decontaminación directa procede del colec-tor cercano al fuerte de Qaytbay. Expulsa250.000 m3 diarios de residuos industria-les y domésticos, que no han sido trata-dos. Tendría que cerrarse el año que vie-ne". Pero hay algo más complicado. Pri-mero, el colector general, que desembocaen el puerto occidental, el segundo de lacuenca mediterránea en tamaño, despuésde Marsella, es una mezcla de aguas resi-duales agrícolas procedentes del norte deldelta y de aguas industriales y domésticasque han pasado por dos centros de trata-miento -cuya capacidad es de 600.000 m3

diarios-, antes de acabar en el lago Mariut,al sur de la ciudad. Esos centros, construi-dos con la ayuda de la organización de de-sarrollo norteamericana USAID, eliminanlas suspensiones sólidas, pero no tratan elagua químicamente. Aunque la concentra-ción de contaminación es baja, la cantidades enorme: ocho millones de metros cúbi-cos al día. Después están todas las peque-ñas fuentes directas, como la fábrica MisrChemical Industry, que hasta hace pocovertía al puerto 35.000 m3 de cloro al día.

C o n t a m i n a c i ó n

ALEJANDRÍA, UN PUERTO A LA DERIVALa bahía de Alejandría, una de las joyas de la costa mediterránea, está asfixiada por una infinidad defuentes contaminantes. Es un desastre para los pescadores, el turismo y los arqueólogos submarinos.

Con la ayuda de Alemania, se la ha equi-pado con filtros. El canal de Mahmudeya,que hace 10 años desembocaba en el puer-to, fue taponado, pero cada día siguen fil-trándose 9.000 m3 de residuos tóxicos. Máshacia el oeste, donde se encuentran las pla-yas más bellas, la contaminación, esencial-mente petrolera, se debe al oleoducto Sumedy a los campos petrolíferos de Al Alamein.

En el extremo oriental de la ciudad, enla ensenada de Abukir, la estación de bom-beo de Tabia suelta 1,8 millones de metroscúbicos al día. El canal de derivación dellago Edkú, situado sobre el mar, vierte 3,5millones de metros cúbicos de residuos

agrícolas, poco tóxicos; sin contar las de-cenas de industrias (papeleras, refinerías,de abonos químicos) que se deshacen desus aguas residuales en el mar. Poco a poco,el croquis de Usama Abul Dahab Al Rayisha oscurecido hasta hacerse ilegible.

Las consecuencias son dramáticas. "Laensenada de Abukir está biológicamentemuerta. Sólo quedan algunos peces migra-dores. La costa oriental está un poco máslimpia, sobre todo gracias a la corriente,que arrastra la contaminación. Desde quese cerraron los principales colectores, hacecinco años, la fauna y la flora empiezan arecuperarse. El puerto oriental, que con-tiene la mayor parte de los restos antiguos,entre ellos el famoso palacio de Cleopatra,está altamente contaminado; igual que elpuerto occidental, donde los peces no sonaptos para el consumo".

Jean-Yves Empereur, el arqueólogo fran-cés que dirige el Centro de Estudios Alejan-drinos y bucea para estudiar los pecios deépoca tolemaica y romana, también informa

que los fondos están "completamente ne-gros y sin vida". Es difícil decir en quémedida se han visto afectados los vestigios.En cambio, el efecto sobre la pesca es con-tundente: Alejandría suministraba, no hacemucho, el 10% de los peces y gambas quese consumían en Egipto; ahora sus pesca-dores van a buscarlos a las costas libias.En cuanto al turismo, se resiente del esta-do de las playas.

La principal responsable es la demo-grafía. Cuatro millones de personas resi-den en Alejandría y seis millones en vera-no, cuando los egipcios acuden en buscadel frescor del litoral. A ello se añade la

inactividad de los responsables locales,como el antiguo gobernador, Ismail AlGawsaki, más preocupado por la especu-lación inmobiliaria que por el desarrollo.Su sucesor parece decidido a atajar los pro-blemas, pero hay demasiados.

Para Usama Abul Dahab Al Rayis, lasolución fácil y barata consiste en verterlas aguas que pasan por los dos centros detratamiento primario no al lago Mariut, queya está muy contaminado, sino al desierto.El objetivo de la operación es regar las tie-rras con el fin de crear un cinturón verdeen torno a Alejandría. "Sería una barreranatural contra la erosión marina, que nodejará de atacar la costa cuando el lagoMariut esté muerto". Según él, también ha-bría que mejorar la tecnología de las fábricasmás contaminantes, lo que resultaría menoscaro que construir unos centros de depura-ción total de las aguas residuales, dema-siado caros para Egipto.

Christophe AYAD,Alejandría

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Los océanos, que cubren el 70% de lasuperficie terrestre y tienen una pro-

fundidad media de cuatro kilómetros ymáxima de once, no sólo contienen la ma-yor parte del agua del planeta, sino tam-bién la mayor diversidad biológica. Se hanidentificado cerca de 300.000 especies,pero se cree que al menos 500.000 que vivenen las aguas profundas están por descubrir.

Como el 67% de la población mundial,la mayoría de los habitantes marinos pre-fieren vivir cerca de las costas, que les ofre-cen una mayor diversidad de hábitats y decondiciones de vida, y prefieren los arre-cifes de coral y los manglares.

Los 600.000 km de arrecifes de coralde los mares tropicales y subtropicales, sontambién una de las mayores y más antiguasestructuras creadas por organismos vivos.Allí se encuentra la mayor concentraciónde especies conocidas. Los 3.000 km. dela Gran Barrera de coral australiana, porejemplo, albergan a 500 especies de cora-les y alimentan a 2.000 especies de peces.Estos arrecifes son el equivalente marinode nuestras selvas tropicales húmedas.

Los manglares, por su parte, constitu-yen uno de los ecosistemas más producti-vos de la Tierra. Estas zonas húmedas, pre-sentes en las regiones tropicales y subtro-picales, están formadas por comunidadesde vegetales, sobre todo mangles, que es-tán adaptados a la vida en las aguas tur-bias de los estuarios. Sirven de zona dedesove y de alimento de innumerables es-pecies de peces; el 80% de los recursospesqueros dependen, directa o indirecta-mente, de ellos.

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D E M A N G L E S ,A L G O M U YR A R O N E NF I L I P I N A S

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B i o d i v e r s i d a d

MUNDOS PERDIDOSArrecifes de coral y manglares acogen la mayor parte de especies marinas. Pero su explotaciónsistemática amenaza a esos ecosistemas y a sus habitantes.

Estos hábitats -arrecifes de coral, man-glares y plantas herbáceas marinas- de-sempeñan también una función decisivapara las poblaciones, almacenando y reci-clando los elementos nutritivos, regulan-do el equilibrio acuático, protegiendo lastierras de la erosión.

Aunque pueda parecer asombroso queel ser humano logre modificar unos siste-mas de tal envergadura, las pruebas de des-trucción de los hábitats marinos se acumu-lan: la acuicultura, la producción de arroz,el desarrollo de los cultivos intensivos y latala indiscriminada para la producción decarbón vegetal, devastan los bosques de

mangles, por no hablar de su desecación enbeneficio de las ciudades y de la industria, nidel desvío de las corrientes de agua dulce.

Los científicos calculan que la mitadde los bosques de mangles del planeta, unos120.000 km2, ya ha sido destruida. Sólo enel sureste de Asia, Tailandia ha perdido el27% de sus mangles, Malasia, el 20% yFilipinas, el 45%. En Indonesia, el 60% delos bosques de mangles permanecen intac-tos, pero esta proporción seguirá disminu-yendo, ya que 840.000 hectáreas del estedel país han sido declaradas zonas de re-población y de cría de gambas y de pecesen agua salobre. Estas pérdidas representanun déficit de unos 4,7 millones de toneladasde peces y de 1,5 millones de toneladas degambas para la industria pesquera, sin con-tar los recursos que aún no se han calculado.

Asimismo, el 10% de los arrecifes decoral ha sufrido una degradación irrever-sible y este porcentaje podría pasar al 30%en 20 años si no se actúa. En especial son

víctimas de los métodos destructivos depesca, como el uso de cianuro y de bom-bas de fabricación casera, de la extracciónde coral para la producción de cal y de larecolección incontrolada, especialmente depeces ornamentales y de especies deinvertebrados. A ello se suman la sedimen-tación causada por el desmonte salvaje, lacontaminación industrial y agrícola y elvertido de aguas residuales no tratadas.

La introducción de especies foráneastambién perjudica mucho a los ecosistemasmarinos. Algunas zonas cerradas, como elmar Báltico y el mar Negro, resultan espe-cialmente vulnerables. Una medusa delAtlántico (la Mnemiopsis leidyl), por ejem-plo, es originaria de estuarios de Norteamé-rica. Según los especialistas, fue introdu-cida en el mar Negro por el deslastre delos petroleros procedentes de los puertosamericanos. No se le conoce ningúnpredador en esta región; se alimenta deplancton, sobre todo de huevos de peces yde alevines, y su población estalló en los añosochenta, alcanzando los cinco kilos por me-tro cuadrado de columna de agua en 1991.

I G N O R A N C I AAunque el riesgo es más importante en lasaguas litorales y en los estuarios, todo elmundo marino está amenazado. Según es-tudios recientes, la vida marina presentauna menor capacidad de resistencia de loque se creía, y el bajo número de extincio-nes conocidas demuestra simplemente quemuy pocos biólogos se interesan por ella.

Nuestra ignorancia de los mecanismos,de las funciones y de la salud de los ecosis-temas no justifica que se aplace la adop-ción de medidas. El principio de precau-ción se impone. Para preservar la biodiver-sidad marina hay que conservar la diversi-dad del hábitat y de los paisajes costeros.Protegerlos es sólo un aspecto de la estra-tegia necesaria. Tal vez hay que realizarsobre todo una gestión integral de las zo-nas marinas y costeras que garantice unaconservación y un uso sostenibles de susrecursos, que sean capaces de responder anuestras necesidades y de garantizar la inte-gridad de esos ecosistemas.

Calestous JUMASecretaría de la Convención

sobre la diversidad biológica

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( I l u s t r a c i ó n S . R a h m s t o r f ) .

Aguas profundasdel Atlántico Norte

Capade hieloinvernal

E l calentamiento del planeta se ha con-vertido en una preocupación cada vez

mayor de los gobiernos. Este mes se reú-nen en Kioto (Japón) para debatir medidasdestinadas a reducir las emisiones de ga-ses de efecto invernadero (v. editorial p.3).

Además del aumento de las tempera-turas globales y de la modificación de losesquemas de precipitaciones, existe otroriesgo de cambio climático causado por elser humano: quizás estemos alterando lascorrientes oceánicas que hacen posible lasuavidad del clima europeo desde hace10.000 años. Esto es lo que han revelado lasinvestigaciones llevadas a cabo por dos cien-tíficos de la Universidad de Berna (Suiza):Thomas E. Stocker y Andreas Schmittner(v. Nature, vol. 388, 28 de agosto de 1997).

Las causas de preocupación sonsimples. Los océanos transportan enor-mes cantidades de calor por todo el pla-neta, que benefician especialmente alnorte del Atlántico Norte. Este calor,soltado a la atmósfera, calienta los vien-tos que soplan sobre Europa. No son lascorrientes oceánicas movidas por los vien-tos las que transportan la mayor parte, sinolo que se denomina la circulacióntermohalina. Ésta se debe a las diferenciasde temperatura y de salinidad (y por con-siguiente de densidad) del agua del mar, yactúa como un gigantesco movimiento deinversión, a veces llamado "cinta transpor-tadora del Atlántico", provocado por aguasfrías y, por consiguiente, densas. Así, exis-ten aguas de superficie cálidas que circu-lan hacia el norte a través del Atlántico.Cuando sueltan su calor, se hacen más frías(más densas) y se hunden en las altas lati-tudes, antes de volver al sur a una profun-didad de dos o tres kilómetros.

Pero la cuestión es que la fuerza de estacirculación depende de pequeñas diferen-cias de densidad, que a su vez dependende un sutil equilibrio, en el Atlántico Nor-te, entre el enfriamiento en altas latitudesy el aporte de las lluvias, las nevadas y losvertimientos de los ríos. Esta agua dulcees menos densa que el agua salada y ca-liente procedente del sur. Por eso tiende afrenar la inversión. Como en muchos sis-temas naturales, todo esto no funciona demodo simple y lineal. Al principio no su-cede gran cosa: la circulación elimina el

C l i m a

EL OCÉANO ESTÁ QUE ARDESegún investigaciones recientes, el calentamiento climático podría llevar a una ruptura de la circulaciónoceánica en el Atlántico. Las principales responsables son las emisiones de gases de efecto invernadero.

agua dulce continuamente y la sustituyepor una agua más salada que procede delsur. Pero en un momento dado, la circula-ción se interrumpirá.

Gracias a las huellas contenidas en lossedimentos del fondo del océano y en elcasquete glaciar de Groenlandia, sabemosque tales rupturas ya se han producido. Lasllegadas de agua dulce al Atlántico provo-caron períodos fríos que duraron cientosde años. El último se remonta a unos11.000 años.

La posibilidad de una ruptura, pues, esmuy real. El calentamiento del planeta ac-tuará sobre las aguas superficiales y au-mentará las precipitaciones en las altas la-titudes Norte, lo cual reducirá la densidaddel agua, frenará la "cinta transportadora"y llevará al Atlántico al borde de la ruptu-ra. ¿Pero hasta qué punto?

Ahí las cosas se complican. Los cien-tíficos debaten sobre varios esquemas, nin-guno de los cuales proporciona previsio-nes cuantitativas exactas. Sin embargo,Stocker y Schmittner han descubierto unprincipio clave: la estabilidad de la circu-lación del océano no depende únicamentedel nivel final de los gases de efecto inver-nadero de la atmósfera: también influye suvelocidad de crecimiento. Pueden tolerarseniveles más importantes si se alcanzan máslentamente. Las implicaciones políticasson claras: si empezamos rápidamente a

reducir esas emisiones, la seguridad y laresistencia climáticas serán mayores.

No se puede prever con seguridad lasconsecuencias de una ruptura de la circu-lación termohalina en el Atlántico. Unaruptura relativamente repentina, digamosdentro de 20 años, podría provocar unacaída de las temperaturas de unos 10oC enEscandinavia. Cerca de Islandia, el enfria-miento de las aguas superficiales llegaríaa los 5oC u 8oC.

En el otro extremo, los estudios mues-tran que una circulación más lenta o un parode la misma, en el contexto de uncalentamiento global durante el próximosiglo, tan solo provocaría un enfriamientomoderado o un pequeño calentamiento dela atmósfera por encima de Europa. Elcalentamiento global compensaría pocoo mucho la reducción del transporteoceánico de calor, provocada por la len-ta disminución de la circulación oceánica.

Todavía se sabe menos sobre los po-sibles efectos en otras regiones. Pero es

casi seguro que Europa sería la más afec-tada y es seguro que un cambio radical dela circulación oceánica tendría consecuen-cias desastrosas sobre los ecosistemas ma-rinos y la pesca. Incluso pequeñas fluctua-ciones de las corrientes han provocado lacaída de las reservas de peces y de las po-blaciones de aves marinas. Recientementese ha comprobado en las costas de Suda-mérica con El Niño (v. pp. 12-13). Una dis-minución de la circulación termohalina de-bilitaría también la capacidad del océanode absorber el dióxido de carbono, princi-pal responsable del calentamiento provo-cado por el efecto invernadero.

Un cambio importante de las corrien-tes oceánicas implica unos riesgos que nin-gún país del Atlántico Norte estaría dis-puesto a correr. Aunque los modelos climá-ticos no pueden predecir la vulnerabilidadde la circulación oceánica, sugieren quepuede superarse el punto crítico durante elpróximo siglo.

Sabemos, pues, lo suficiente como paradarnos cuenta de que corremos grandesriesgos si seguimos contaminando la at-mósfera al ritmo actual.

Stefan RAHMSTORFInstituto de Investigación sobre el Clima,

Potsdam

Corrientedel AtlánticoNorteGulf Stream

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12. . . . . .

El Niño es sin duda el fenómeno que mejor ilustra los lazos estrechos que unen a los océanos, el clima yla vida sobre la tierra. Sus causas siguen siendo un misterio, pero los científicos continúan afinando las

UN AÑO NORMAL...

UNA CRIATURA TERRIBLE

...UN AÑO CON EL NIÑO

CÁLIDO FRÍO ALISIO

(Fuente: COI)

(Fuente: COI)

ESTEOESTE

COSTAS DESUDAMÉRICA

ESTEOESTE

COSTAS DESUDAMÉRICA

El "Niño Jesús", bautizado así por unospescadores peruanos, perplejos ante lasfuertes tormentas y la falta de anchoas queobservaban regularmente en Navidad, esuna anomalía climática caprichosa queasola el Pacífico ecuatorial. El Niño afectaduramente a los países tropicales, desdeAmérica Central hasta el sureste asiático,pasando por el África austral. En los añosnormales, los alisios soplan de este a oeste,empujando las cálidas aguas de superficiehacia Australia e Indonesia y desencade-nando una acumulación de nubes portado-ras de lluvia. Paralelamente, una corrientede agua fría procedente de la Antártidasube a la superficie frente a las costasorientales de Sudamérica, arrastrando loselementos nutritivos que iniciarán la cade-na alimentaria que nutre a las famosasanchoas de Perú y a sus pescadores.

En un año en que intervenga El Niño, losalisios son débiles e incluso cambian dedirección, soplando hacia el este en lugarde soplar hacia el oeste. Las aguas cálidasde las costas australianas invierten su cur-so y se dirigen a Sudamérica, llevandonubes y lluvia. Las sequías se abaten sobreel este de Australia e Indonesia, provocan-do a veces incendios forestales. El aguafría del Atlántico no sube.

Los científicos no saben exactamentecómo es posible que una subida de la tem-peratura de las aguas del centro del Pacífi-co genere problemas varios meses mástarde en el otro extremo del globo. Aparen-temente, a causa de las corrientes marinas,los efectos de El Niño se dejan sentir en elnorte hasta Alaska y Japón, y en el surhasta la Antártida. Las anomalías de tem-peratura pueden trastocar las corrientesaéreas, dando origen a otro mecanismo,llamado "teleconexión", causa de inunda-ciones en la Europa central y de sequías enel África austral.

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13. . . . . .

previsiones sobre su frecuencia e intensidad. Y es que se necesita el máximo de información paraprepararse para un fenómeno que se extiende desde las costas colombianas hasta Zimbabwe.

LAS SEQUÍAS AFECTAN A LA PRODUCCIÓN DEMAÍZ DE ZIMBABWE

FenómenosEl Niño

Producciónde maíz

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EL CLIMA DE UN AÑO CON EL NIÑO (Fuente: Boletín de la OMM, Vol. 47).

EL PALUDISMO EN COLOMBIA

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FenómenosEl Niño

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Los efectos pueden ser devastadores. Se-gún las estadísticas del Instituto Oceano-gráfico y Atmosférico de Estados Unidosreferentes al fenómeno El Niño en 1982-1983, cincuenta personas fallecieron y26.000 se quedaron sin techo como conse-cuencia de las inundaciones ocurridas enBolivia, cuyos daños se elevaron a 300millones de dólares. En el otro extremo, lasequía se abatió sobre el África austral,Filipinas e Indonesia, provocando dañosque se elevaron a unos dos mil millones dedólares, sin contar el sufrimiento humanocausado por el hambre y la enfermedad.

Aunque los científicos todavía no sa-ben por qué ocurren esos cambios, hanlogrado grandes progresos en la previsiónde la frecuencia y la intensidad de aconte-cimientos que se producen a un ritmo dedos a siete años. Satélites y balizas flotan-tes vigilan la fuerza y la dirección de losvientos, así como las temperaturas del aguay su nivel. Los científicos reúnen entoncesesos datos en unos programas de simula-ción, realizados por ordenadores muy po-tentes. Un fenómeno El Niño dura entre 14y 22 meses, pero las influencias regionalesy los cambios producidos por la actividadhumana también entran en cuenta.

Con un sistema de alerta se puedecontraatacar. Cuando les sorprendió el fe-nómeno en 1987, los campesinos brasile-ños del noreste sólo habían recogido el10% de su producción de cereales habi-tual. En 1992, se prepararon sembrandovariedades resistentes a la sequía y reco-gieron el 80% de la producción.

Los casos de paludismo, que se multipli-can con El Niño, en países como Colombia

son más difíciles de prever: los inviernos,más suaves, ofrecen un entorno ideal parala reproducción de los mosquitos.

Todo indica que El Niño 1997-98 seráuno de los más graves del siglo. Pero lasadvertencias de los científicos no sirven demucho si no surten efecto en los gobiernos,agricultores, médicos... y pescadores pe-ruanos, que esperan sus anchoas para Na-vidad.

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14. . . . . .

La pesca excesiva no es un problemanuevo. La primera conferencia sobre

este tema se celebró en Londres en 1946.En aquella época, sólo afectaba al Atlánti-co Norte y al Pacífico Norte, que produ-cían más de las cuatro quintas partes delas pescas registradas y conocidas. Desdeentonces, la sobreexplotación se ha exten-dido a todas las zonas oceánicas, a medidaque se desarrollaban nuevos tipos de pro-pulsión, materiales para las redes, técni-cas de congelación y tecnologías sofisti-cadas, como la localización y el pilotajepor satélite. Recientemente, Estados Uni-dos hizo pública una base de datos confi-dencial que ofrece la topografía delos fondos marinos con una extraor-dinaria precisión. Todos estos ins-trumentos han permitido que losbarcos se alejen cada vez más delas costas y pesquen en zonas y aprofundidades hasta ahora inacce-sibles. Los barcos son ahora capa-ces de almacenar esa informaciónen su ordenador de a bordo, de ba-jar su red con la ayuda de instru-mentos electrónicos y de capturarvarias toneladas de peces en un soloarrastre.

La evolución del derecho delmar, con la creación de las zonaseconómicas exclusivas (ZEE, véa-se p. 15), también ha modificado elpanorama. A partir de los años se-tenta, el esfuerzo de pesca aumen-tó exponencialmente en las ZEE,porque los países en desarrollo obtuvieronayudas para desarrollar su flota y no siem-pre redujeron otro tanto la actividad de losextranjeros, autorizada a cambio de dere-chos de pesca en divisas o practicada ile-galmente por barcos piratas. Es el caso demuchos países africanos, como Senegal.

El resultado ha sido que las capturaspasaron de 20 millones de toneladas a fi-nes de los años cuarenta, a cerca de 110millones en 1995. Actualmente, el 60% delas grandes reservas de pescado del mun-do necesitan una gestión mejor: el 25%están plenamente explotadas y el 35%,sobreexplotadas. El mecanismo de lasobreexplotación es sencillo: cuanto másaumentan las capturas, más se reduce eltamaño de los peces, ya que se disminuye

L A P E S C A S E H A C O N V E R T I D O E N U N A V E R D A D E R A I N D U S T R I AQ U E U T I L I Z A L A S T E C N O L O G Í A S M Á S S O F I S T I C A D A S

( F o t o © B . G y s e n b e r g h / C O S M O S ) .

P e s c a e x c e s i v a

PESCAR EN RÍO REVUELTOA falta de una normativa que limite el esfuerzo de pesca y ante el crecimiento de la potenciay del número de barcos, los recursos pesqueros se están agotando.

su esperanza de vida al añadir la causa demuerte que es la pesca. Los animales delarga vida y crecimiento lento (bacalaos,ballenas, etc.) son los más vulnerables. Porencima de cierto grado de explotación secaptura a los peces antes de que hayan te-nido tiempo de reproducirse: existe unasobreexplotación biológica, que a menudova seguida de una extinción económica (lareserva ya no es rentable).

¿Quién tiene la culpa? El verdaderoproblema es de tipo institucional: no estáprevisto en las legislaciones nacionales elimpedir ir a pescar. En la mayoría de paí-ses, ya no es posible entrar en un bosque

con un camión y talar árboles para vender-los. En el mar, cualquiera puede comprarun barco, contratar a pescadores y cogerpeces donde le parezca. Además, a falta decualquier autoridad supranacional, los Es-tados son reticentes a aceptar una limita-ción de su propia expansión para dejar si-tio a los recién llegados. La alta mar perte-nece a todo el mundo. Actualmente, variospaíses grandes, como China, reivindican suparte del pastel. Si su flota se suma senci-llamente a las flotas existentes, la pescaexcesiva empeorará a ciencia cierta.

En el caso de algunos pescados, comoel atún, los países intentan ponerse deacuerdo fijando unas cuotas de pesca en elmarco de comisiones multilaterales. Peroéstas sólo tienen el poder que los Estados

les quieren dar. Éstos analizan las recomen-daciones de los científicos, pero tambiéndeciden a partir de las presiones de la in-dustria. Así, muy a menudo, las cuotas sehan fijado en el límite superior o por enci-ma de lo que los estudios preconizaban. Porotra parte, las comisiones no tienen nin-gún poder de vigilancia real: no tienen niautoridad ni lanchas para detener a losinfractores. Y los sistemas de vigilancia delos gobiernos son en su mayoría auténti-cos coladores, a veces corruptos.

Para bloquear la pesca habría que re-ducir el número de barcos a medida queaumentara su potencia. El costo social se-

ría enorme. Y resulta que aquéllosque quieren que las reservas se re-cuperen, no están dispuestos a queaumenten sus impuestos. Canadá,que tuvo que decretar una mora-toria sobre la pesca de bacalao,paga unos 70 millones de dólaresanuales para evitar que sus pesca-dores emigren a las grandes ciu-dades.

A pesar de estos obstáculos,los gobiernos y la industria han en-tendido que era necesario un cam-bio. Se han visto obligados por laevolución cultural global hacia laconservación del medio ambien-te, el miedo ante la disminuciónde la cantidad y del tamaño de lospeces, la violencia de los distur-bios provocados por los pescado-res y la presión de los consumido-

res. Desde comienzos de los años noven-ta, se admite la pesca excesiva. Los Esta-dos aceptan también que la principal difi-cultad procede del acceso libre y gratuitoa los recursos. En algunos países, comoAustralia, Noruega y Canadá, los barcosreciben ahora unas cuotas de captura indi-viduales. Es un paso en la buena dirección.Otro se dio en 1995, cuando los Estadosmiembros de la FAO aprobaron el Códigode Conducta para una Pesca Responsable,que ratifica un principio importante, opues-to al que prevalecía hasta entonces: quedaprohibida toda pesca que no esté explíci-tamente autorizada. Habrá que ver si se tras-ladará a las legislaciones nacionales durantelos próximos años.

Serge GARCIA, FAO

T E M A C E N T R A L

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F U E N T E S U N E S C O N ° 9 6 / D I C I E M B R E 1 9 9 7

15. . . . . .

S i nos preparamos para celebrar el AñoInternacional del Océano, es en gran

parte gracias a la evolución del derecho delmar. Fue la histórica intervención de Mal-ta en la ONU, en 1967, la que desencade-nó el proceso que conduciría a la entradaen vigor, en 1994, de la Convención sobreel Derecho del Mar.

La Convención se basa en dos princi-pios fundamentales, derivados de la natu-raleza del océano, donde todo circula y es

interactivo. El primero reconoce que los pro-blemas del espacio oceánico están imbricadosy deben considerarse como un todo. El se-gundo es el de patrimonio común de lahumanidad. Si bien la Convención ha al-canzado la cifra récord de 159 firmas, mu-chos opinan que las legislaciones naciona-les y los acuerdos regionales todavía tienenque llevar esos principios a la práctica.

La Convención establece zonas econó-micas exclusivas (ZEE) a 200 millas ma-rinas de las costas. Esto es especialmenteimportante para los países en desarrollo,que, antes, se limitaban a ver desde suscostas cómo los barcos del Norte, bienequipados, iban a la pesca de los benefi-cios que representan, por ejemplo, sus ri-cas reservas de peces. Más allá de los lí-mites de las jurisdicciones nacionales, laConvención declara que la zona de losgrandes fondos, donde se han localizadoimportantes recursos minerales, son patri-monio común de la humanidad.

Una autoridad internacional debía prote-gerlos y gestionarlos en beneficio de todos,incluidas las generaciones futuras. Así, elprincipio combina el desarrollo económico,

¿ H A S T A C U Á N D OO N D E A R Á L AB A N D E R A D E L AB E N E V O L E N C I A ?( I l u s t r a c i ó n ©J . N i c h o l l s / T H ES T O C K M A R K E T )

D e r e c h o d e l m a r

EL ACUERDO INACABADOSe habrán necesitado 30 años para que el océano sea reconocido como patrimonio comúnde la humanidad. Pero queda mucho por hacer para que este principio se traduzca en hechos.

la preservación del medio ambiente, la se-guridad y la ética. Esta nueva situaciónno debía restringir las tradicionales liber-tades de pesca en alta mar, de navegaciónni de vuelo, tan importantes a los ojos delas grandes potencias marítimas. Pero lascuestiones relativas al océano están tanestrechamente ligadas, que esta distinciónno podía durar. El pescado no conoce fron-teras. Por consiguiente, la pesca incontroladadestruye no sólo los recursos de alta mar,

sino los de las ZEE. Lo mismo ocurre conla contaminación.

Por eso cada vez se admite más que elespacio oceánico en conjunto es nuestro pa-trimonio común. De ahí que hayan apareci-do acuerdos como el de 1995 sobre los pecesmigradores y fronterizos (que están a caba-llo entre las ZEE y los grandes fondos). Tam-bién se están preparando programas regio-nales para controlar la contaminación.

Siguiendo el enfoque "centrado en elser humano" propugnado a todas voces enla Cumbre de Rio de 1992, cada vez nosconcentramos más en la gestión de las zo-nas costeras. En resumen, para prevenir lacontaminación marina, el derecho del marha hecho una incursión en tierra firme.

Todo esto es fruto de la toma de con-ciencia de que somos los administradoresdel océano, no sus propietarios. Por ello,nuestro deber es gestionar sus recursos yrepartirlos a través de organismos como laAutoridad Internacional de los FondosMarinos, que se creó en 1994 para gestio-nar y regular la exploración y la obtenciónde nódulos de manganeso que se hallan enel fondo de los océanos Pacífico e Índico.

Tienen hasta 20 cm de diámetro y contienengrandes cantidades de hierro y de mangane-so, además de metales más valiosos, comoel cobre, el níquel y el cobalto. Generarongrandes esperanzas en el ámbito económi-co, pero resultaron decepcionantes debidoal elevado costo de explotación y a la dismi-nución de los precios de los metales. Esto lecortó las alas a la Autoridad, aunque le que-da una función en la exploración y la pro-tección de otros recursos que tienen un for-midable potencial, como lo que se deno-mina los recursos genéticos del mar: bac-terias por las que se interesan empresas far-macéuticas, químicas y biotecnológicas deEstados Unidos, Francia y Japón.

T ESORO ESCOND IDOLos hidratos de metano podrían represen-tar otro tesoro escondido. Estos pequeñoscristales de hielo que combinan carbono ymetano en las grandes profundidades, pue-de que contengan más del doble del carbo-no que se encuentra en el planeta. Podríanconstituir una formidable fuente de energíaen el próximo siglo y una bomba de efectoretardado para el medio ambiente: en casode mal uso, el metano podría escaparse ala atmósfera y provocar estragos, ya quees un poderoso gas de efecto invernadero.

Tenemos que asegurarnos que la Auto-ridad de los Fondos Marinos y la Conven-ción permanezcan en sintonía con la cien-cia y la tecnología. Los Estados partes de-ben reunirse cada tres años. ¿Por qué no seamplía su mandato para que hagan un se-guimiento de la Convención y de su evo-lución? Ciertamente, algunos pueden tenerla tentación de saltarse el principio del pa-trimonio común a cambio de beneficios acorto plazo. Pero a largo plazo, todos los Es-tados, tanto del Norte como del Sur, debenrespetar esta base de reparto y ampliarla.

La Convención sobre el Derecho delMar es una obra inacabada y queda muchopor hacer. Ésta será la tarea de las genera-ciones del siglo XXI. Pero 1998 ofrece unabuena ocasión de hacer balance, reforzarel trabajo iniciado en los últimos 30 añosy fomentar el conocimiento de las genera-ciones presentes, para que lo transmitan alas siguientes.

Elisabeth MANN BORGESEInstituto Internacional de los Océanos

F U E N T E S U N E S C O N ° 9 6 / D I C I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

COASTAL ZONE SPACE: Prelude to con-flict? Trata sobre los problemas de las zo-nas costeras: población, turismo, pesca,contaminación, etc, de Edward D. Gold-berg, UNESCO, 1994, 138 pp., 85 FF.

IOC TECHNICAL SERIES: publicacionesrecientes: Design and Implementation ofHarmful Algae Monitoring Systems (vigi-lancia de las algas nocivas, nº 44, 1996);IGOSS Plan and Implementation Pro-gramme 1996-2003 (plan y aplicación delproyecto IGOSS, nº 43, 1996).

16. . . . . .

E l nivel del mar está subiendo realmen-te? En caso afirmativo, ¿cuánto? y

¿qué consecuencias tendrá? ¿Los agricul-tores tienen que prepararse para una esta-ción seca o húmeda? ¿Cómo reaccionaránlas reservas de pescado en caso de modifi-cación del clima?

Todas estas preguntas se las hacen lospaíses costeros de todo el mundo. Sólo unmejor conocimiento de los océanos y desu función en el mantenimiento del equili-brio del planeta permitirá responderlas.

Ésta es la labor de la Comisión Oceano-gráfica Intergubernamental de la UNESCO(COI), creada en 1960, que actualmenteagrupa a 125 Estados miembros. A travésde un complicado conjunto de redes queconectan a especialistas del mar y oceanó-grafos de todo el mundo, persigue el obje-tivo de armonizar las investigaciones conel fin de comprender mejor el régimen delos océanos: en efecto, todo lo que les su-cede en una parte del mundo puede tenerenormes repercusiones en todo el resto. Eltsunami que azotó a Chile en 1960 provo-có, en Japón, 180 víctimas 24 horas mástarde, cuando una ola de nueve metros seestrelló contra sus costas.

Es casi seguro que podría evitarse estenegativo balance si el fenómeno se repi-tiera hoy, gracias al sistema de alerta porlos tsunamis instalado en el océano Pacífi-co, que conecta a 31 detectores de seísmosy 53 estaciones mareográficas, y permite

O c e a n o g r a f í a

OPERACIÓN VIGÍAEstudio, alerta, previsión, son las tres funciones principales de los programas oceanográficosde la UNESCO. Su objetivo: proteger a las personas y su calidad de vida.

que los científicos detecten un terremotoen el momento en que se produce y pre-vean la llegada de todo tsunami que puedadesencadenar.

Igual que este sistema de alerta, todoslos programas de la COI -vigilancia de lacontaminación marina, modificaciones delnivel del mar y de los flujos oceánicos,estudio de la influencia de los océanos enel cambio climático, desarrollo de mode-los de explotación de las costas y forma-ción en ciencias del mar- se fundamentanen una convicción: la gestión, la evalua-ción y la previsión del entorno marino,basadas en la observación sistemática alargo plazo y en la anticipación de los fe-nómenos oceánicos, constituyen la piedraangular de la prosperidad económica, deuna mejor calidad de vida e incluso de laprotección de las vidas humanas y de susbienes.

A IS LADOSSin embargo, estos programas están más omenos aislados. La COI espera llenar laslagunas mediante un ambicioso programamundial lanzado a comienzos de los añosnoventa con la Organización Meteoroló-gica Mundial (OMM), el Programa de lasNaciones Unidas para el Medio Ambiente(PNUMA) y el Consejo Internacional deUniones Científicas (CIUC).

El Sistema Mundial de Observación delos Océanos (GOOS) debe funcionar como

una especie de OMM de los océanos, ex-plotando los datos suministrados por todaslas redes existentes para prever la evolu-ción del entorno marino y responder a cues-tiones muy concretas, como las menciona-das más arriba. Se trata fundamentalmen-te de crear un servicio oceanográfico na-cional en todos los Estados costeros. Re-cogidos y redistribuidos por todo el mun-do, esos datos también servirán para hacerpronósticos muy precisos a partir de pre-visiones regionales.

El GOOS empieza a entrar en su faseoperativa con una serie de proyectos pilo-tos que ponen a prueba su eficacia y con laincorporación a él de sistemas existentes.La Red para la Observación Océano-At-mósfera en los Mares Tropicales, por ejem-plo, que constituye la base de las previsio-nes referentes a El Niño, gracias a las bo-yas dispersas por el Pacífico ecuatorial,debe incorporarse al GOOS. También sehan establecido asociaciones con organis-mos operativos como EuroGOOS, queagrupa 22 agencias de 14 países europeos,y NEARGOOS, desplegado por el norestede Asia; otras están estudiándose.

Una empresa tan ambiciosa no se llevaa cabo en dos días y se calcula que elGOOS no será plenamente operativo has-ta el 2005. Pero ante la envergadura de estereto, ¿qué son siete años de espera?: unagota de agua en el océano.

S. W.

Como sucede con un gran número de pu-blicaciones científicas, la mayor parte delmaterial informativo que publica la UNES-CO sobre este ámbito está realizado en in-glés.

WEB DE LA COI: reuniones, publicaciones,informes, así como información sobre elAño Internacional del Océano, puedenobtenerse en <http://www.unesco.org/ioc>.

UNDERSTANDING THE INDIAN OCEAN -Perspectives on oceanography: esta obralanza una mirada al saber tradicional y al es-tado actual del conocimiento oceanográfico

de este océano, al mismo tiempo que su-giere orientaciones futuras para su estudioy control. Realizado por T.S.S. Rao y RayC. Griffiths, 190 pp, disponible a comien-zos de 1998, 240 FF.

POISSONS DE L'ATLANTIQUE DU NORD-ESTE ET DE LA MÉDITERRANÉÉ (1989) yCATALOGUE DE POISSONS DE L'ATLAN-TIQUE ORIENTAL TROPICAL (1991): dosobras, en inglés y francés, que ofrecen elinventario por familias, de todos los pecesregistrados en esas regiones, con su des-cripción, sus hábitats y sus zonas predilec-tas.

INFORMACIÓN COMPLEMENTARIA…

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CD-ROM

Ediciones UNESCO, División de Ventas,7, Place de Fontenoy, 75352 Paris 07 SP.

(Disponibles en inglés, versiones Macintosh y Windows).

Fishes of the North-Eastern Atlanticand the Mediterranean

(Peces del Atlántico del Nordestey del Mediterráneo)

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Marine Lobsters of the World(Bogavantes)

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North Australian Sea Cucumbers(Cohombros de mar)

400 FF

Todo el mundo marinoen

P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N ° 9 6 / D I C I E M B R E 1 9 9 7

18. . . . . .

¿Qué es intolerable en ciencia? ¿Los inves-tigadores tienen una responsabilidad espe-cífica como hombres de ciencia y ciudada-nos? En caso afirmativo, ¿cómo se define ya quién tienen que rendir cuentas: al gobier-no o a la sociedad civil?

Estas preguntas alimentaron un vivodebate durante un seminario regional sobrela ciencia, los científicos y la tolerancia,organizado por la UNESCO y la Universi-dad de São Paulo (Brasil) y celebrado del18 al 21 de noviembre. Cerca de 130 cientí-ficos de 15 países de las dos Américas par-ticiparon en él, en el marco del seguimientodel Año Internacional de la Tolerancia (1995).

Este siglo ha sido testigo de una pro-funda transformación de la función de loscientíficos, que han participado como nun-ca antes en el auge de la sociedad humanaen todos los ámbitos: desde la medicina yla alimentación hasta la forma de hacer laguerra, desarrollar la industria y gestionarel medio ambiente. Algunos hitos decisivos,como la invención de la bomba atómica y,más recientemente, las perspectivas abier-tas por la genética, han concentrado las mi-radas en su responsabilidad ética.

D E C I S I O N E S P O L Í T I C A SAlgunos son reticentes a remitir sus inves-tigaciones a la crítica. "¿Qué va a entenderun profano o un investigador procedente deotra disciplina?", se oye decir todavía, se-gún los participantes. Para cambiar las men-talidades, los científicos deben aceptar laidea de pluridisciplinariedad, es decir, laaplicación de una gran variedad de disci-plinas científicas en el tratamiento de unproblema concreto. "El hecho de trabajarcon expertos de especialidades distintas...nos ayuda a superar los límites de los para-digmas de cada campo científico", resumióJosé Eduardo Martinho Hornos, del Insti-tuto de Física de São Carlos. Está amplia-mente demostrado que los equipos pluridis-ciplinarios pueden suministrar conocimien-tos fundamentales para tomar las decisio-nes políticas correctas. "Las consecuenciasde decisiones perjudiciales para el medio am-biente y la sociedad, tomadas unilateralmentepor los poderes públicos, han marcado lahistoria reciente de Brasil, escribe MaurizioTuffani, del periódico A Folha da São Paulo.Un ejemplo es la central hidroeléctrica de

C i e n c i a s

EL DEBER DE APERTURAPara asumir su responsabilidad ética, los científicos debenexponerse a la crítica de sus colegas y del público.

Balbina, al norte de Manaus, capital delEstado de Amazonas. Durante años, cien-tíficos y especialistas en medio ambientelucharon contra ese proyecto, señalando queno provocaría los beneficios sociales desea-dos, a pesar de su elevado costo para lasfinanzas públicas y para el medio ambien-te. En vano. Se construyó la presa en elUatama y la central comenzó a funcionar.Pero desde entonces, la sequía que asolavarias partes de Brasil, incluida ésta, redujotanto el nivel del río que hay que cortar elsuministro de electricidad de la ciudad du-rante algunas horas cada día".

La reciente Declaración Universal so-bre el Genoma Humano y los Derechos Hu-manos (ver Fuentes nº 95) aparece comoun modelo, debido a su enfoque abierto ypluridisciplinario de problemas científicosque, algún día, afectarán necesariamente a

la vida de la gente de mil maneras. Como

"Lo que pasa con Mobius, es que cree que cada

pregunta sólo tiene una respuesta".

© S y d n e y H a r r i s

" En a l guno s pa í s e s , a l a s n i ña s y l a smu j e r e s t odav í a s e l e s n i ega e l a c c e s o al a e s c ue l a y a l a edu ca c i ón , v i o l ando unode l o s d e r e cho s má s e l emen ta l e s d e l s e rh u m a n o " , a f i r m a F e d e r i c o M a y o r e n l ai n t r odu c c i ón de un paque t e i n f o rma t i v os o b r e l a I G U A L D A D D E L O S S E X O S . E lma t e r i a l , e n f o rma de f i c h e r o que puedeamp l i a r s e c on i n f o rmac i ón p r o c eden t e del a UNESCO y de s u s c o l abo rado re s ,exp l i c a l a po l í t i c a d e l a UNESCO " enfavo r de l d e sa r r o l l o d e l po t en c i a l d e l a smu j e r e s " , que r ep r e s en t an l o s do s t e r c i o sde l o s ana l f abe t o s y de l a s p e r s ona s quev i v en en l a pob r e za ab so l u t a .

Estas son las preguntas lanzadas el 16de noviembre por el director general,durante el Día Mundial de laTOLERANCIA: "¿Estoy lo bastanteseguro de mi identidad para aceptarla del prójimo? ¿Hay que ser tolerantecon la intolerancia? ¿Cómo se puededesarmar el odio y calmar laviolencia?" Él desea un debate "en lafamilia, en la escuela, entre amigos,en los lugares de convivencia, deaprendizaje y de intercambio", sobrecómo "practicar la tolerancia", "esavirtud incómoda y sin embargoindispensable para la vida en común".

☞ U n i d a d d e P r o m o c i ó n d e l a C o n d i c i ó nde l a Mu j e r y de I gua l dad de l o s S exo s .

solicitaron los participantes, habría que tra-tar la pobreza y las desigualdades de lamisma manera. Fijémonos en la energía.Si la reflexión y la planificación se funda-mentaran en una posición ética -si se con-siderara como un derecho y una forma dereducir las desigualdades-, se sembraría lasemilla de nuevos modelos de gestión.

El coloquio terminó con la creación deuna red panamericana para la tolerancia yla solidaridad, la cuarta de este tipo des-pués de las del Mediterráneo, Asia-Pacífi-co y África, todas ellas basadas en el mis-mo principio: sólo el espíritu de toleranciapermitirá superar las diferencias de pensa-miento, de opinión y de creencia que divi-den a la humanidad.

F U E N T E S U N E S C O N ° 9 6 / D I C I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

19. . . . .

P O R L A P I S TA D E L A S C A R AVA N A S(F o t o © J e a n - F r a n ç o i s B a u m a r d ) .

"Casi todo el mundo ha olvidado el Hom-bre de Pekín. Si se quiere recuperar el in-terés por el sitio hay que encontrar nue-vos restos", opina Marc Albouy, inspectorgeneral de Électricité de France (EDF),responsable de mecenazgo científico y tec-nológico. El 25 de noviembre, él presentóen la UNESCO el primer análisis geofísicodetallado de un sitio prehistórico chino, quecontenía restos de un Homo erectus de500.000 años de antigüedad.

"En 1921, Otto Zdansky, estudiante depaleontología de la Universidad de Uppsa-la (Suecia), descubrió en Choukou-tien, a 40 km de Beijin, el pri-mer diente de un homínidoantiguo de China, explica elcélebre paleoantropólogofrancés Yves Coppens, queapadrina el proyecto. Peroante las amenazas de inva-sión, "la excavación tuvo quecerrarse unos años más tarde;14 cráneos y fragmentos de crá-neo, 11 mandíbulas, 147 dien-tes, siete fémures, dos húmeros,una clavícula y un lunatum re-presentan el extraordinariobalance de una primera fasede 17 años de investigacio-nes". Esta colección seperdió desgraciada-mente en 1941. Las ex-cavaciones llevadas a cabodespués de la guerra fueron poco fructífe-ras. Por eso hoy sólo quedan moldes delHombre de Pekín.

Su descubrimiento marcó una etapaimportante de la comprensión de nuestrahistoria: demostró que, hace medio millónde años, "el Homo erectus ya había domi-nado el fuego y elaborado una variedadde útiles mayor de lo que pensábamos",explica Coppens. Nuevos hallazgos po-drían permitir precisar el lugar de China,de donde "el hombre migró hacia Américay Australia", en la historia del poblamiento.

Esos hallazgos son más que probablesa la vista de la información proporcionadapor EDF en el marco de un acuerdo de co-laboración con la UNESCO. "En este tra-bajo participaron cinco técnicos duranteun mes, sin contar el análisis de los resul-tados, y costó en total 800.000 FF" (unos

P a t r i m o n i o

NUESTROS ABUELOS LOS CHINOSUn análisis minucioso del sitio prehistórico del Hombre de Pekínpermite presagiar nuevos descubrimientos.

150.000 dólares), explica Albouy. Se escu-driñaron unas treinta hectáreas con las téc-nicas más avanzadas: medidas electromag-néticas, microgravimétricas, etc. Como re-sultado de ello, se localizaron cuatro zonasque contienen sedimentos cuaternarios, unade las cuales es prioritaria y está situadabajo el punto donde se descubrió el Hom-bre de Pekín. "Allí todavía hay 20 metrosde sedimento, que podrían contener a sus'primos' o a sus 'antepasados'", resume Al-bouy.

A petición de China, la UNESCO re-cuperó hace dos años el interés por el

sitio, inscrito en la Lista del Patri-monio Mundial en 1987. Se ela-

boró entonces un proyecto desalvaguarda de 2,5 millones

de dólares para proteger lascavernas amenazadas por

la erosión (1998-2000),crear un museo de

prehistoria einfraestructuras

para los visitantes(2000-2001) y, por

último, reanudar lasexcavaciones (2001-2002).

"No se podíahablar de investi-gación mientraslos estudios no

revelaran nada, expli-ca Azedine Beschauch, que si-

gue este proyecto en la UNESCO. Ahoraque se tienen resultados prometedores, pa-saremos las excavaciones delante del mu-seo". EDF considera indispensable estainflexión, para evitar que toda la operaciónchoque contra un hueso: su financiación.Albouy opina que "costará mucho reunirel dinero para revalorizar el lugar antesde encontrar otros vestigios". La UNESCOcuenta con el mecenazgo empresarial paraavanzar. "'Mondial Assistance' sigue ayu-dándonos. 'Matra' declara estar interesa-da, así como otras empresas que trabajan enChina, confiesa Beschauch. Las excavacionesse reanudarán en cuanto sea posible, segu-ramente bajo los auspicios de un equipo in-ternacional coordinado por el profesorCoppens y sus colegas chinos".

Luz de l f u t u r o en e l e s pe j o de l pa sado :c on e s t e t í t u l o c omo gu i ño a l a poe s í aá rabe , un f o l l e t o p r e s en t a l a a c c i ónde l a UNESCO en l a REG IÓNÁ R A B E .L a ayuda a l a e s c o l a r i z a c i ón de 49m i l l one s de n i ño s en 1991 ; p r og ramase s t re l l a s d e c on s e r va c i ón de l pa t r imon i ocu l t u r a l , c omo e l d e l a Med i na de F e z ;p r oye c t o s p i l o t o s d e i r r i ga c i ón en t i e r r a sá r i da s ; un apoyo a l a s po l í t i c a s d ei nve s t i ga c i ón que pe rm i t an c omprende rme j o r l a s t r an s f o rmac i one s s o c i a l e s enuna r eg i ón en p l ena mu ta c i ón ; yp rog ramas de f omen to de l a i gua l daden t r e hombre s y mu j e r e s .É s t o s s on s ó l o a l guno s de l o s numero so sá m b i t o s d e i n t e r v e n c i ó n d e l aO rgan i za c i ón en e s t a r eg i ón un i f i c aday a l m i smo t i empo t an d i v e r s a ,que a l b e rga 260 m i l l one s de hab i -t an t e s .

Más de 400 horas de película sefilmaron durante las cuatroexpediciones llevadas a cabo por laUNESCO en las RUTAS DE LA SEDA,entre 1992 y 1994.A partir de esas miles de imágenes,acaba de realizarse un documentalde 90 minutos. Esta películacoproducida por la UNESCO, Arte(cadena pública franco-alemana) yNorddeutscher Rundfunk (cadenapública alemana), y titulada Por lapista de las caravanas, el lugar detodos los encuentros, se emitirá porArte el próximo febrero. Está previstaotra película sobre la Ruta delesclavo.

S. B.

P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N ° 9 6 / D I C I E M B R E 1 9 9 7

Lo s 600 g rabado s de REMBRANDT quee l c o l e c c i on i s t a D im i t r i Rov i n sk i l e gó en1895 a l mu seo E rm i t age de SanPe t e r s bu rgo , nun ca s e hab í an expue s t o .En t r e j un i o y o c t ub r e de 1997 s er e s t au ra ron uno s 80 g rabado s en e lma r co de l p r oye c t o E rm i t age UNESCO ,l anzado en 1994 , f i nan c i adomayo r i t a r i amen t e po r l o s Pa í s e s Ba j o s yde s t i nado a o f r e c e r a s i s t en c i a a l c é l eb r emuseo . E s t o s g r abado s s e p r e s en t a r on po rp r ime ra v e z a l púb l i c o en una expo s i c i ónque s e c e l eb ró en l a Ca sa de Rembrand ten Ams t e r dam , de l 31 de o c t ub r e a l 30de nov i embre .

SUDÁFRICA es el Estado número 150que ratifica la Convención sobre laProtección del Patrimonio Mundial. Elministerio sudafricano encargado delmedio ambiente y del turismo empezóa establecer el inventario de los sitiosdel patrimonio del país, que sepresentará a la UNESCO. Sudáfricarecuperó su puesto en la UNESCO en1994 al llegar al poder NelsonMandela, después de haberla aban-donado en 1956.

20. . . . . .

☞ P r o g r a m a p a r a e l d e s a r r o l l ode l a Eu ropa c en t r a l y o r i en t a l .

En el Pacífico "se vende el futuro para so-brevivir hoy", resume Senipsi Langi Kavali-ku, viceprimer ministro de Tonga.

Él presidió la "Reunión del Pacífico"celebrada en la sede de la UNESCO el 1o

de noviembre, durante la Conferencia Ge-neral. El objetivo de este encuentro era ha-cer un inventario de las necesidades de estaregión y examinar qué podría hacer la Or-ganización en los campos de la educación,la cultura y la comunicación, para mante-ner su ayuda al desarrollo de esa parte delmundo.

Las islas del Pacífico están formadas por22 países y territorios repartidos por 30 mi-llones de kilómetros cuadrados de océano,nada menos que un tercio de la superficiede la Tierra. Hasta las distancias dentro deun país son impresionantes. Kiribati, porejemplo, ocupa dos husos horarios y se ex-tiende por casi cinco millones de kilóme-tros cuadrados.

D I V E R S I D A D I N C O M PA R A B L ELa región es una encrucijada cultural de una"diversidad incomparable", opina LangiKavaliku. Sus sólo siete millones de habi-tantes hablan nada menos que 1.200 lenguasy aun más dialectos, es decir, una cuarta par-te de los idiomas del mundo. En algunoslugares, los establecimientos humanos se re-montan a la prehistoria, mientras que otrosexisten desde hace poco tiempo.

Los problemas de la región son los mis-mos que sufren muchos países en desarro-llo. Pero su grado de vulnerabilidad la dis-tingue de la mayor parte de ellos. Se tratade islas-naciones aisladas y, fundamental-mente, pequeñas, situadas en medio de unocéano donde los excesos de la naturalezaalcanzan el paroxismo. Tifones, ciclones, se-quías, terremotos, erupciones volcánicas,tormentas tropicales y tsunamis son fenó-menos habituales.

Después están las catástrofes causadaspor el ser humano: la contaminación de lasescasas y valiosas aguas subterráneas porel uso cada vez más sistemático de abonosy plaguicidas, el rápido aumento de la ur-banización, la erosión de los suelos debidaa la deforestación. "Si la tala continúa a esteritmo, constata Edna Tait, directora de laoficina de la UNESCO de Apia, la capital deSamoa, los bosques tropicales del Pacífico

R e u n i ó n d e l P a c í f i c o

MÁS POBREZALas islas del Pacífico ocupan un tercio de la superficie del planetay tienen todos los problemas de los países pobres. Inventario.

habrán desaparecido dentro de 20 años".Por no hablar de la amenaza del aumentodel nivel del mar, ni del eterno problemade las montañas de residuos que acompa-ñan la modernización y el crecimiento de-mográfico, que se eleva al 2,3%.

De los 14 Estados miembros de laUNESCO de la región, cuatro se encuen-tran entre los más pobres del mundo:Samoa, Vanuatu, Kiribati y Tuvalu. Segúnla Universidad del Pacífico Sur, 50 niñosde menos de cinco años mueren cada díaen la región y cada año 1.200 mujeres fa-llecen en el parto. El índice de suicidio delos adolescentes es uno de los más eleva-dos del mundo y el analfabetismo afecta a1,4 millones de habitantes. Si el crecimien-to demográfico continúa al mismo ritmo,Edna Tait opina que se necesitarán tresmillones de empleos adicionales para ab-sorber a los candidatos al trabajo.

La situación parece aún más dramáticasi se examina país por país. Según EdnaTait, "hasta el año 2000 la mitad de la po-blación de las islas Marshall tendrá me-nos de 15 años; actualmente, la mitad dela de Tuvalu tiene menos de 19 años".

M O N E TA R I Z A C I Ó N I N A C A B A D AEstas islas-naciones tienen unas economíasde pequeña escala. Los impactos exterio-res se ven amplificados por el paso pro-gresivo de un modo de vida basado en par-te en la autosuficiencia, a un sistemamonetarizado. Según un informe australia-no publicado a comienzos de este año, sólotres de los pequeños Estados insulares delPacífico tienen capacidad para seguir sien-do económicamente independientes. Esuna región "pobre en liquidez": la labor dela mayoría de gobiernos se fundamenta enunas poblaciones reducidas y en una baseeconómica aún más modesta. No obstan-te, intentan proporcionar unas infraestruc-turas equivalentes a las de países más gran-des.

Para Langi Kavaliku, "nuestros únicosrecursos verdaderos son los seres huma-nos y el océano". Pero incluso su capaci-dad de explotar esos recursos es limitada.La falta de tecnología y de personal prepa-rado impide el acceso a las zonas econó-micas exclusivas ampliadas, que puedencubrir decenas de millones de kilómetros

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P L A N E T A

Los participantes trabajan ahora en unplan de actuación basado en las priorida-des definidas durante la Reunión, para locual desean reforzar la colaboración con laUNESCO. Encabezan la lista la educación,en especial secundaria, superior y técnica,así como la enseñanza profesional; la con-servación del patrimonio cultural e históri-co; el desarrollo de la capacidad de investi-gación en ciencias sociales y de los recur-sos científicos y técnicos, con vistas a crear

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E L S E C T O RI N F O R M A L E S E LÚ N I C O R E C U R S O

P A R A L AM AY O R Í A D EL O S P A P Ú E S

( F o t o © R o l a n dS e i t r e / A G E N C E

E R N O U LTF E A T U R E S ) .

cuadrados de océano. La dependencia res-pecto del trabajo asalariado se desarrolla,en cambio, rápidamente. Al mismo tiem-po, los puestos de trabajo son escasos. EnKiribati, el número de puestos de trabajoasalariados ha aumentado al ritmo de 293por año y la mano de obra, en 1.200 per-sonas. En Papúa Nueva Guinea, la pobla-ción activa aumenta en 35.000 personasanuales, mientras que se crean 1.000 em-pleos.

Ton l e Sap , No r d V i d zeme y Bo sawa s s onl a s p r ime ra s RESERVAS DE LAB IOSFERA d e c l a r ada s en Camboya ,L e t on i a y N i c a r agua . Su c r ea c i ón l aap robó l a o f i c i na de l C on se j oI n t e rna c i ona l d e Coo rd i na c i ón de lP r og rama s ob r e e l Hombre y l a B i o s f e r a(MAB) , r eun i do en l a UNESCO de l 27 a l2 9 d e o c t u b r e .A s im i smo ap robó l a c r ea c i ón de o t r a s13 r e s e r va s en A rge l i a , Ch i na ,F r an c i a , I t a l i a , Mongo l i a , N í ge r, Ru s i a ,E s paña y Ta i l and i a , l o que e l e va a 352e l númer o t o t a l d e r e s e r va s de 87pa í s e s .

Acaba de establecerse el PREMIOLITERARIO UNESCO-FRANÇOISEGALLIMARD. Dotado con 20.000dólares, premiará a un autor demenos de 35 años cuya obra,publicada menos de dos años antes,"intente expresar las tensiones y lasesperanzas de nuestra época ycontribuya así a construir un mundomejor".Financiado personalmente porFrançoise Gallimard, nieta de GastonGallimard, fundador de la célebreeditorial francesa, se otorgarácada año el 23 de abril, DíaMundial del Libro y de los Derechosde Autor.

E l f l au t i s t a y mus i c ó l ogo ho l andé s F r an sB rüggen , e l au s t r a l i ano F r ank Ca l l away,p r o f e s o r y apó s t o l d e una " au t én t i c ademoc ra c i a de l a mús i c a " , a s í c omo e lC e n t r o d e M ú s i c a s Á r a b e s yMed i t e r r ánea s de S i d i Bu Sa i d ( Túnez ) ,s on l o s ga l a r donado s c on e l P r em io de l aMÚS ICA UNESCO/C IM ( Con se j oI n t e rna c i ona l d e l a Mú s i c a ) .Fue ron s e l e c c i onado s en t r e 70 c and i da t o sde t odo s l o s r i n c one s de l mundo yr e c i b i e r on s u p r em io en una c e r emon i aque t u vo l uga r en Aqu i s g r án (A l eman i a )e l 29 de nov i embre .

R e u n i ó n d e l P a c í f i c o

Se prevé que esta diferencia siga au-mentando. Edna Tait explica, por ejemplo,que, en las islas Salomón, "en 1990, ha-bía siete personas por cada puesto de tra-bajo; en Fiyi, cuatro. Según las estima-ciones del PNUD, en 2010 habrá nuevepersonas en edad de trabajar por cadaempleo en el sector formal, en las islasSalomón, y cinco en Fiyi". Paralelamente,a falta de una mano de obra cualificada,los expatriados suelen ocupar las mejoresplazas. El resultado de esta situación es quemuchos isleños emigran a donde el sol máscalienta, fundamentalmente a los "vecinos"grandes y ricos: Australia y Nueva Zelan-da.

"Todos estos elementos agravan losproblemas, pero también afectan a las so-luciones, opina Langi Kavaliku. Si tene-mos que mejorar la calidad de vida desdecero, eliminar la pobreza, alcanzar un de-sarrollo sostenible, una auténtica demo-cracia, un buen gobierno, adquirir el sen-tido de la responsabilidad, la libertad deelección, una prensa libre y responsable ygarantizar el respeto de los derechos hu-manos, nuestra prioridad debe ser el de-sarrollo humano, el conocimiento y la in-formación".

unas condiciones de vida duraderas que ten-gan en cuenta a las comunidades autóctonasy los conocimientos tradicionales; y porúltimo, el fomento de una cultura del man-tenimiento.

A pesar de las dificultades, Edna Taites optimista. "Muchos Estados del Pacífi-co tienen poblaciones menos importantesque muchas ciudades occidentales y orien-tales. Sin embargo, intentan responder a susnecesidades básicas -como la sanidad, laeducación, la vivienda, la energía, el agua,la eliminación de las aguas residuales- y,en la mayoría de casos, establecer unasconexiones aéreas y marítimas para tenerun vínculo con el mundo exterior".

"Las posibilidades económicas de de-sarrollo son limitadas. Pero se han hechomuchas cosas en los sectores público y pri-vado. Lo importante no es que 1,4 millonesde habitantes no sepan leer, sino que losdemás sepan. Lo importante no es que hayaproblemas de contaminación y de aguasresiduales, sino que haya tantas cosas be-llas y limpias. Lo importante no es que losgobiernos luchen porque tienen poco dine-ro, sino que hagan tantas cosas con lo pocoque tienen".

S. W.

P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

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"Lo que seduce de Worldspace es la agre-sividad de su mercadotecnia", afirma Arn-aud Littardi, director de negocios de "Ra-dio France Internationale" (RFI). Esta acti-tud se debe sin duda, en gran parte, al vo-luntarismo casi misionero y a la tenaz ha-bilidad del amo de la empresa, Noah Sama-ra. "Si tienes que zamparte un elefante, nopuedes darle sólo un mordisco, bromea estenorteamericano musulmán de 41 años, deorigen sudano-etíope. Tienes que comérte-lo trocito a trocito". Lleva siete años traba-jando infatigablemente para quedarse conel mercado de la radio digital mundial porsatélite. Un proyecto colosal, comparable asu apetito de hombre de negocios y a susambiciones de hombre de bien.

Su principio es ofrecer una radio de ri-cos a una audiencia de pobres; su misión:curar a África "de una enfermedad sin dudamás grave que el sida", como es "la faltade infraestructura para democratizar lainformación". Como el mercado no seconsideraba suficientemente solvente, el pro-yecto se amplió a los demás países del Sur.

O F E RTA L I M I TA D ACon claridad, Worldspace permitirá ofreceruna multitud de programas emitidos porsatélite de forma digital -con un sonido dela calidad de un CD-, a unos cuatro milmillones de habitantes de esos países, has-ta las regiones aisladas. Cada satélite esta-rá dotado de tres paquetes de 100 canales,que permitirán la difusión de una centenade cadenas en estéreo. Será una revoluciónen unas regiones donde la oferta es muy li-mitada: mientras que en Norteamérica, 270millones de personas pueden escuchar 9.000emisoras (una por cada 30.000 habitantes),la totalidad de la zona cubierta por Worlds-pace sólo incluye 2.000 (una por dos millo-nes). "Además de ofrecer los programas delas radios internacionales, nos gustaríacrear un escaparate para las culturas lo-cales. Actualmente, las cadenas del Nortedominan el Sur. Pero yo estoy seguro de queocurren cosas fantásticas en Kenia que inte-resan a los senegaleses", defiende Samara.

Las emisiones serán captadas directa-mente por pequeños receptores portátiles,equipados con una miniantena de satélite ycon una pantalla en color para la recepciónde datos multimedias (texto, imagen, sonido).

EL SUR EN ÓRBITAPara paliar el déficit de acceso a la información de los paísesdel Sur, Worldspace lanza la radio digital planetaria por satélite.

Podrán conectarse a un microordenador yrecibir mensajes personales gracias a uncódigo. Cuatro grupos japoneses (Hitachi,Matsushita, Sanyo y Victor) acordaron re-cientemente producirlos y comercializar-los. Gracias a los 850 millones de dólaresque la empresa -que tiene su sede en Was-hington- pudo reunir entre unos inverso-res cuya identidad oculta celosamente, seencargó la construcción de tres satélites algrupo francés Alcatel y se firmaron contra-tos de lanzamiento con Arianespace. El pri-mero se pondrá en órbita encima de Áfricaen el segundo semestre de 1998 y los demás,encima de Asia y de Latinoamérica en 1999.

"La alianza del satélite y lo digital tie-ne mucho futuro, resume Littarde. Pero haytres grandes incertidumbres. La primerava ligada a los resultados tecnológicos delsistema. No estamos seguros de la calidadde la recepción en las zonas urbanas. Pue-de que la señal quede bloqueada por losedificios, los túneles... Worldspace respon-de que existen soluciones, como la reemi-sión terrestre (emisores que reproduzcanla señal para reemitirla)". Pero esto elevaríael costo y el sistema sería demasiado caro.

I N C E RT I D U M B R E SLa segunda incertidumbre, la mayor, es siexiste mercado para los receptores. "Es unaapuesta en la medida en que todas las nue-vas tecnologías, como la televisión en co-lor y el vídeo, han entrado en el mercadode manera piramidal: primero los paísesdesarrollados, después las capas acomo-dadas de los países en desarrollo, luegolas demás. Pero Worldspace quiere hacer-lo al revés. Por otra parte, a la analógicaaún le esperan buenos momentos, sobretodo en África, donde se necesitará tiem-po para renovar el parque de receptores.Todo dependerá de su precio de venta".Noah Samara lo calcula en 200 dólares paraempezar, "una cantidad enorme para lamayor parte de africanos. Pero aunque nobajara nunca, hay 300 millones de hoga-res que pueden pagar el precio fuerte ennuestra zona de cobertura. Y basta convender 10 millones de receptores para queel precio se reduzca en un tercio, 20 millo-nes para que baje a la mitad, etc. Deberíaquedar por debajo de la barrera de los 50dólares dentro de cinco años".

L o s P R E M I O S C I E N T Í F I C O S D E L AUNESCO f u e r on en t r egado s e l 5 denov i embre en una c e r emon i a c e l eb radaen l a S ede . L o s ga l a r donado s s on e lb i ó l ogo Do ra i r a j an Ba l a sub raman i an( I nd i a ) ; l o s m i c r ob i ó l ogo s É t i e nne Pay s(Bé l g i c a ) y She i kh R i a z zud i n ( Pak i s t án ) ;e l ma t emá t i c o Yong - Chuan Chen ( Ch i na ) ;e l f í s i c o Ma r c o s Mo sh i n sky y l a b i ó l ogaE s t he r O roz co (Méx i c o ) ; p o r ú l t imo , e ld epa r t amen to de C i en c i a s d e l Med i oAmb i en t e de l a Un i v e r s i dad de A l e j and r í a( Eg i p t o ) , a s í c omo e l d epa r t amen tof o r e s t a l d e S r i L anka y s u si n ve s t i gado r e s . F ue ron p r em iado s po r s u sapo r t a c i one s a l a d i vu l ga c i ón c i en t í f i c a ,l a m i c rob i o l og í a , l a b i o l og í a c e l u l a r, l a sma t emá t i c a s , l a e s t r u c t u r a nu c l ea r y l ac on s e r va c i ón de l med i o amb i en t e .

FINLANDIA aumenta suscontribuciones extrapresupuestarias ala UNESCO. Dentro de su política decooperación para el desarrollo,decidió conceder prioridad, en lospróximos años, a los siguientesámbitos: educación, derechoshumanos, eliminación de la pobreza yrespeto del medio ambiente. Este año,1,26 millones de dólares sedestinarán al Sector de la Educación ycerca de 200.000 dólares, alPrograma Internacional para elDesarrollo de la Comunicación.

R a d i o m u l t i m e d i a

K A L I N G A , E L P R E M I O M Á S A N T I G U O , PA R AB A L A S U B R A M A N I A N , E L V E T E R A N O .

( F o t o U N E S C O / I n e z F o r b e s ) .

F U E N T E S U N E S C O N ° 9 6 / D I C I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

23. . . . . .

Por último, sigue diciendo Littardi,"qué precio están dispuestos a pagar losdifusores para estar presentes en esos sa-télites. Si quisiéramos reservar una capa-cidad en los tres, costaría varios millonesde dólares anuales. Y no podemos contarcon los ingresos por publicidad, que sonbajos para los difusores internacionales.Para nosotros, una inversión como ésta

ONG y gobiernos trabajan para seleccio-nar los mejores programas de fomento dela paz, de la sanidad, del medio ambientey de los derechos de las mujeres y de losniños", resume Samara. Es un reto delica-do. Bernard Loing, presidente de la asocia-ción Atena de educación a distancia, quetrabaja con la fundación, comenta la expe-riencia llevada a cabo en Europa a fines de

Pa ra que s e puedan en s eña r LOSDERECHOS HUMANOS e n l a s au l a s , l aUNESCO a c aba de ed i t a r un Manua lpa ra l a edu ca c i ón en l o s d e r e cho shumano s . E l manua l t r a t a de sde l o sde r e cho s c i v i l e s y po l í t i c o s ha s t a l o sde r e cho s e c onóm i c o s y s o c i a l e s , d e sde e ld e r e cho a una v i da p r i v ada ha s t a l al i b e r t ad de r eun i ón y de a s o c i a c i ón , yexp l i c a l o s p r i n c i p i o s f undamen ta l e s enl o s que s e ba san l o s d e r e cho s de l s e rhumano . De s t i nado a l p r o f e s o rado dep r ime r y s egundo g rado s , s e pond rá ap rueba en 1 .000 de l a s 4 . 000 e s c ue l a sa so c i ada s de t odo e l mundo . A l f i n a l d el a ob ra , un c ue s t i ona r i o de e va l ua c i ónpe rm i t i r á que e l p r o f e s o rado pa r t i c i p een l a nueva ed i c i ón de l manua l , d e l af o r m a m á s d e m o c r á t i c a .

La FUNDACIÓN ROCKEFELLERconcedió 100.000 dólares al InstitutoInternacional de Planificación de laEducación de la UNESCO, con el finde apoyar las actividades de laAsociación para el Desarrollo de laEducación en África. Esta suma, quese concede por un año, sirve parafinanciar la compra de manualesescolares y de material pedagógico,la formación de profesorado y larecogida de datos estadísticos sobrela educación en África.

R a d i o m u l t i m e d i a

L O S T R E SS AT É L I T E S

P E R M I T I R Á NL L E G A R A

C U A T R O M I LM I L L O N E S D E

H A B I TA N T E S E NL O S PA Í S E S E N

D E S A R R O L L O(©Wor ld space ) .

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organización de las Naciones Unidaspara la Educación, la Ciencia y la Cultura (tel: 33 145681673; fax: 33 1 45685654). Las edicionesen inglés y francés se realizan enteramente en lasede; las ediciones en español y catalán, con el Cen-tro UNESCO de Cataluña, Mallorca 285, 08037 Bar-celona, España; la edición en chino, con la AgenciaXINHUA, 57 Xuanwumen Xidajie, Beijing, China;la edición en portugués, con la Comisión Nacionalpara la UNESCO, Avenida Infante Santo nº 42, 5º,1300 Lisboa, Portugal.Responsable de la publicación: R. Lefort. Re-dactores: S. Williams, S. Boukhari, A. Otchet. Se-cretaria de redacción: C. Mouillère. Versión enespañol: L. Sampedro (París), E. Kouamou (Bar-celona). Compaginación: G. Traiano. F. Ryan. Se-cretaría y difusión: D. Maarek.Fotograbado e impresión en los talleres de laUNESCO. Distribución a través de los servicios es-pecializados de la UNESCO.

sólo será válida si se disipan las dos pri-meras incertidumbres. Como radio públi-ca alimentada por el dinero de los contri-buyentes, RFI no puede permitirse esosriesgos. De modo que estamos en un com-pás de espera". No son los únicos. Si bienWorldspace ya ha alquilado canales a va-rias radios nacionales de los tres continen-tes y ha alcanzado acuerdos de colabora-ción con algunos grandes grupos, comoBloomberg (medio de comunicación nor-teamericano especializado en informacióneconómica), falta convencer a la mayoríade los difusores. "Hemos negociado me-nos del 20% de nuestra capacidad, reco-noce Samara. En líneas generales, somosrentables alquilando el canal a 50 dólarespor hora. Pero también contamos con ingre-sos procedentes del reparto de las entradaspublicitarias con los difusores y de la ventade suscripciones a servicios personales".

Asimismo parece que cuenta con losproveedores de fondos internacionales,gracias a la Fundación Worldspace, crea-da en 1997 con un donativo de la empresade 1,5 millones de dólares. Su finalidad esencontrar socios para poner el 5% de loscanales al servicio de programas de edu-cación a distancia y de desarrollo, paraempezar en África. "Worldspace, la UNES-CO y otras organizaciones internacionales,

los años ochenta, gracias al satélite Olym-pus. "Habíamos estudiado bien el segmen-to ascendente (la oferta), pero no las nece-sidades en el suelo. Sabíamos enviar, porejemplo, un programa de química de se-gundo curso de carrera, pero no quién ibaa captarlo. No queremos más eso. Hacenfalta programas adecuados a la demanda".

Por eso ha habido consultas con los mi-nistros de educación africanos, con exper-tos y profesionales de la comunicación.Aunque aún se está lejos de conocer el con-tenido de los programas, las prioridadesestán marcadas: la formación de los maes-tros de las regiones aisladas y las ciudadespequeñas, y la formación profesional y con-tinua, especialmente para las mujeres quedeseen montar un negocio. Pero todavía nose ha cerrado ningún acuerdo con Worlds-pace para saber quién financiará el alquilerde los canales y la compra de los recepto-res. "La fundación es realmente lo que nosdistingue de las demás empresas, aseguraSamara. Hacer negocios es interesante perono inspira. Se convierte en algo fantásticocuando se combina con la acción social.La gente piensa, equivocadamente, quehacer el bien no es compatible con ganardinero. Yo creo lo contrario".

Sophie BOUKHARI

El GRAN PREMIO INTERNACIONAL DEL ENTORNO MARINO será otorgado

el próximo 19 de enero. Con este premio, destinado a una persona o a una institución, se pretende iniciar las

celebraciones del Año Internacional del Océano. El papel que desempeñan las comunidades locales en la

gestión del PATRIMONIO NATURAL, en Asia del Sudeste, el Pacífico Occidental, Australia y

Nueva Zelandia, centrará los debates durante el seminario que se realizará en Huay Kha Khaeng (Tailandia)

del 19 al 23 de enero. Un taller internacional sobre la ENSEÑANZA SUPERIOR EN

AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE tendrá lugar en Caracas (Venezuela) los días 28 y 29 de

enero, con el fin de elaborar un plan de acción para la reforma y el desarrollo de este sector. El tema de la

sesión de formación de formadores organizada en Bamako (Malí) del 1o al 6 de febrero, será la sensibilización

de las madres en la EDUCACIÓN DE LOS NIÑOS PEQUEÑOS. El conocimiento y la

explotación de los ARCHIVOS EUROPEOS DE LA TRATA DE ESCLAVOS darán

lugar a una reunión de expertos y de historiadores, en Copenhague (Dinamarca) del 4 al 8 de febrero próximo.

Para iniciar la campaña de financiación del programa EL DEPORTE POR LA PAZ EN

AMÉRICA CENTRAL, se realizará una mesa redonda con donantes potenciales, internacionales y

pr ivados , en San Sa lvador los d ías 5 y 6 de febrero. COLONIZACIÓN DE LA

DESCOLONIZACIÓN: un coloquio sobre la relación entre creatividad y colonización alrededor de

la obra del sicoanalista Octave Mannoni, reunirá historiadores, sicoanalistas, filósofos y escritores, en la Sede,

los días 7 y 8 de febrero. La conservación y la utilización sostenible de los recursos genéticos de las

PLANTAS SILVESTRES ÚTILES PARA LA AGRICULTURA Y LA

ALIMENTACIÓN serán el objeto de una reunión de expertos en la Sede del 11 al 13 de febrero.

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicación)

El PRÓXIMO TEMA CENTRAL tratará sobre las repercusiones sociales de la globalización y

sobre las investigaciones que lleva a cabo la UNESCO a través de su programa "Gestión de las Transformaciones

Sociales", en temas como las migraciones, la explosión urbana y la participación de las comunidades rurales.

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U N E S C OFUENTES