Guia de Especialidades MEDCEL 2013

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    GUIA DE

    ESPECIALIDADES

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    Organizadores:

    Alio G. B. BarbosaSandriani Darine Caldeira

    Dbora de Alencar SoransoFernanda Antunes Oliveira

    Victor Ales Rodrigues

    2013

    Proibida a reproduo total ou parcial.Os infratores sero processados na forma da legislao vigente.

    Direitos exclusivos para a lngua portuguesa licenciados Medcel Editora e Eventos Ltda.

    Av. Paulista, 1776 - 2 andar - So Paulo - Brasilwww.medcel.com.br

    (11) 3511 6161

    ISBN 978-85-7925-390-4

    Produo Editorial: Fma Rodrigues Morais - Viviane Salvador

    Coordenao Editorial e de Arte: Martha Nazareth Fernandes Leite

    Projeto Grfico e Diagramao:Fma Rodrigues Morais

    Arte:Thiago VanderlindeAssistncia Editorial:Denis de Jesus Souza

    Edio de Texto e Imagens: Taana Takiu Smerine

    Reviso Final:Henrique Tadeu Malfar de Souza

    Reviso:Hlen Xavier - Isabela Biz - Leandro Marns - Lvia Stevaux - Luiz Filipe Armani -

    Mariana Rezende Goulart

    Servios Editoriais: Andreza Queiroz - Eliane Cordeiro - Luan Vanderlinde - Vanessa Arajo

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    Dbora de Alencar Soranso

    Graduanda em medicina pela Universidade Anhembi-Morumbi.

    Fernanda Antunes Oliveira

    Graduada em medicina pela Universidade Santo Amaro (UNISA).

    Victor Ales Rodrigues

    Graduando em medicina pela Universidade Federal de So Paulo (Unifesp).

    ORGANIZADORES

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    Repriseonline24h/dia

    Presencial ou aovivo viainternet

    Contedobaseado em

    dados estascos

    Material didco

    enviado no inciodo curso

    Corpo docente90% FMUSP,UNIFESP eSTA. CASA

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    NOSSAS VANTAGENS*:

    ACLS

    Anbiocoterapia

    Radiologia

    Eletrocardiograma

    Emergncias Clnicas

    Urgncias e Emergncias Cirrgicas

    Terapia Intensiva

    Interpretao de Exames

    CURSOS DEATUALIZAO

    Clnica Mdica

    Clnica CirrgicaPediatria

    SIC NET

    PREPARATRIOSPARA RESIDNCIA:R3

    Pediatria

    Cardiologia

    Ginecologia e Obstetrcia

    Ofalmologia

    Ortopedia e TraumatologiaPREPARATRIOSPARA TTULOS DE

    ESPECIALISTAS

    *De acordo com o curso.

    Extensivo

    Extensivo Modular

    Extensivo Aplicado

    Intensivo

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    Habilidades Mdicas

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    NDICE

    1. A arte da medicina .......................................................................................................................7

    2. O recm-formado ........................................................................................................................8

    3. Residncia Mdica no exterior .................................................................................................... 9

    4. Acesso Direto

    1. Acupuntura ......................................................................................................................................... 11

    2. Anestesiologia ....................................................................................................................................13

    3. Cirurgia Geral ..................................................................................................................................... 154. Clnica Mdica .................................................................................................................................... 17

    5. Dermatologia ..................................................................................................................................... 19

    6. Gentca Mdica ................................................................................................................................ 21

    7. Ginecologia e Obstetrcia ................................................................................................................... 23

    8. Homeopata ....................................................................................................................................... 25

    9. Infectologia ....................................................................................................................................... 27

    10. Medicina de Famlia e Comunidade .................................................................................................29

    11. Medicina do Esporte .........................................................................................................................3112. Medicina do Trfego .........................................................................................................................33

    13. Medicina do Trabalho ........................................................................................................................ 35

    14. Medicina Fsica e Reabilitao ..........................................................................................................37

    15. Medicina Legal .................................................................................................................................. 39

    16. Medicina Nuclear ............................................................................................................................. 41

    17. Medicina Preventva e Social ............................................................................................................43

    18. Neurocirurgia ....................................................................................................................................45

    19. Neurologia ........................................................................................................................................4720. Ofalmologia .....................................................................................................................................49

    21. Ortopedia e Traumatologia ...............................................................................................................51

    22. Otorrinolaringologia .........................................................................................................................53

    23. Patologia e Patologia Clnica .............................................................................................................55

    24. Pediatria ........................................................................................................................................... 57

    25. Psiquiatria ......................................................................................................................................... 59

    26. Radiologia e Diagnstco por Imagem .............................................................................................. 61

    27. Radioterapia .....................................................................................................................................63

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    5. Clnica Mdica

    28. Alergia e Imunologia .........................................................................................................................65

    29. Cardiologia ........................................................................................................................................67

    30. Endocrinologia .................................................................................................................................. 69

    31. Gastroenterologia ............................................................................................................................. 71

    32. Geriatria ............................................................................................................................................ 73

    33. Hematologia e Hemoterapia ............................................................................................................75

    34. Medicina Intensiva ...........................................................................................................................77

    35. Nefrologia ......................................................................................................................................... 79

    36. Nutrologia ......................................................................................................................................... 81

    37. Oncologia Clnica .............................................................................................................................. 83

    38. Pneumologia .....................................................................................................................................85

    39. Reumatologia ....................................................................................................................................87

    6. Clnica Cirrgica

    40. Angiologia e Cirurgias Vascular e Endovascular ................................................................................ 89

    41. Cirurgia Cardiovascular ..................................................................................................................... 91

    42. Cirurgia de Cabea e Pescoo ........................................................................................................... 93

    43. Cirurgia do Aparelho Digesvo ......................................................................................................... 95

    44. Cirurgia do Trauma ...........................................................................................................................97

    45. Cirurgia Oncolgica ...........................................................................................................................99

    46. Cirurgia Peditrica .......................................................................................................................... 101

    47. Cirurgia Plsca .............................................................................................................................. 103

    48. Cirurgia Torcica .............................................................................................................................105

    49. Coloproctologia .............................................................................................................................. 107

    50. Urologia .......................................................................................................................................... 109

    51. Videolaparoscopia ..........................................................................................................................111

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    A ARTE DA MEDICINA

    A medicina tem como uma de suas razes mais conhecidas a desenvolvida por Hipcrates,considerado o pai da medicina. Ele viveu na Grcia Anga e l desenvolveu inmeras teorias e tevevrios discpulos sob seus ensinamentos. Foram eles uns dos pioneiros na arte de entender os sintomascausados pelas patologias.

    A parr da e medida que os sculos passavam, cada vez mais surgiam quesonamentossobre as prcas mdicas e o quo necessrias se faziam perante a populao. Na Idade Mdia, eracomum o mdico procurar curar pracamente todas as doenas ulizando o recurso da sangria, feito,principalmente, com a ulizao de sanguessugas. Porm, nesse perodo, os conhecimentos avanarampouco, pois havia uma forte influncia da Igreja Catlica, que condenava as pesquisas cienficas e asconsiderava prcas demonacas.

    No perodo do Renascimento Cultural, nos sculos XV e XVI, houve um grande avano da medicina.Movidos por uma grande vontade de descobrir o funcionamento do corpo humano, mdicos buscaramexplicar as doenas por meio de estudos cienficos e testes de laboratrio. Posteriormente, descobriu-seo funcionamento do sistema circulatrio, e mais ensinamentos foram construdos baseados na anatomiae na fisiologia.

    No sculo XIX, todo o conhecimento ficou mais apurado aps a inveno do microscpioacromco. Com essa inveno, Louis Pasteur conseguiu um enorme avano ao descobrir que asbactrias so as responsveis pela causa de grande parte das doenas.

    Atualmente, temos uma medicina moderna e em constante renovao por meio das pesquisas,nada comparvel a todos esses sculos de acmulo de conhecimento. uma medicina que proporciona

    maiores tcnicas de diagnsco, medicamentos mais potentes e capazes de melhor combater inmerasdoenas. Os procedimentos cirrgicos contam com instrumentos mais delicados e tcnicas cirrgicasmenos invasivas que propiciam melhoras mais rpidas no ps-operatrio.

    um cincia mutvel e que vai se construindo a cada descoberta realizada. por meio de estudosde dcadas e na prca mdica diria que a medicina se renova e quebra tabus. Mas, mesmo com asdiversas melhorias, muito ainda h de ser descoberto ou reestruturado. So as infinitas doenas queacometem o homem que ainda precisam de tratamento ou mesmo de diagnsco. Por isso, muito sefez, mas muito ainda se far por uma cincia to nobre e enriquecedora que a arte de curar, a medicina.

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    O RECM-FORMADO

    A medicina uma profisso construda aps 6 anos de estudo integral, passando por suas cadeirasbsicas, avanadas e pelo internato. So muitos anos de dedicao e de abdicao, mas sempre embusca do propsito de ser um estudioso da arte mdica, entender a base das doenas e, a parr disso,poder desenvolver tcnicas de diagnsco e tratamento, seja ele curavo ou paliavo.

    Aps esse embasamento, o recm-formado, e agora um jovem mdico, deve escolher e se dedicara um estudo de uma das vrias subdivises da medicina, seja ela a Clnica Mdica, a Cirurgia Geral, aGinecologia e muitas outras. Essa especialidade ser alcanada por meio de um estudo na ResidnciaMdica, que ter durao de acordo com o programa escolhido.

    durante a Residncia Mdica que o jovem mdico se tornar apto a exercer plenamente umarea com mais dedicao e com ensinamento mais aprofundado, deixando de ser generalista. Para que

    isso ocorra, o mdico deve estar consciente de suas escolhas e de que a rea que escolheu o preenchercomo profissional e pessoalmente, para que possa estar sasfeito diante das escolhas feitas.

    J ao concluir a especialidade, novos desafios surgem a esse jovem profissional, novas dificuldadesapresentam-se na carreira e outras tantas devem ser ultrapassadas para somente ento conseguir sefirmar, em um emprego em servio pblico ou privado, abrindo o prprio consultrio ou realizandoprocedimentos mais invasivos.

    Para o jovem mdico, o que permanece so os ensinamentos de construir aos poucos suacarreira, em bases slidas e com decises precisas, onde as escolhas tomadas iro refler no seu futuromais distante.

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    RESIDNCIA MDICA NO EXTERIOR

    Existe a possibilidade de esse recm-formado realizar a sua Residncia Mdica fora do pas. Esse um processo bastante complexo e varia de pas para pas.

    Aqui abordaremos apenas de maneira geral o tema, e como exemplo explicaremos os passosgerais para o ingresso nos Estados Unidos (EUA).

    O fato de haver uma avalio e de ser um processo extenuante no regra apenas para aquelesque saem daqui. Se um profissional de outro local desejar ingressar na carreira mdica em terrasbrasileiras, deve fazer uma validao de seu diploma, processo que sabidamente muito complicado.Para se ter uma ideia, o processo Revalida, que revalida os diplomas de mdicos formados fora do Brasil,j teve 1.184 candidatos, com apenas 67 aprovados (cerca de 5%).

    O consenso para atuar em outros locais a realizao de avaliaes de conhecimento bsico,

    clnico e prco, bem como o conhecimento aprofundado do idioma local. Alm disso, existem aspeculiaridades da medicina em cada local, nas condutas propriamente ditas ou nos aspectos legais eculturais. Dessa forma, essas parcularidades tambm so cobradas nas avaliaes para iniciar a carreiraem outros pases.

    Nos EUA

    O mdico formado fora dos EUA interessado em fazer Residncia nesse pas deve submeter-se aalguns exames a fim de se qualificar. Eles constam de um conjunto de provas concentradas nas reas deCincias Mdicas e Cincias Clnicas (o chamado USMLE).

    As avaliaes so dividas em etapas, os chamados steps, e funcionam da seguinte forma:

    - Step1: a 1 etapa do processo e tem como objevo avaliar se o candidato tem a capacidadede compreender e aplicar conceitos importantes das cincias bsicas para a prca mdica.De maneira geral, abrange os seguintes temas: Anatomia Humana, Fisiologia, Bioqumica,Farmacologia, Patologia, Microbiologia, Epidemiologia e Tpicos Interdisciplinares, comoNutrio, Genca e Envelhecimento.

    Os resultados, ento, so relatados com uma pontuao de 3 e outra de 2 algarismos. A pontua-o mnima para ser aprovado de 189, no escore de 3 algarismos. Teoricamente, a pontuaomxima de 300.- Step 2: essa a 2 etapa do processo. Tem o objevo de avaliar se o candidato possui

    conhecimentos, habilidades e compreenso da cincia clnica essencial para a prestao de

    assistncia ao paciente, sob superviso. O Step2 subdividido em 2 exames: Step2 CK (do ingls, Clinical Knowledge) um exame de mlpla escolha com o intuito de

    avaliar a clnica por meio de um conhecimento tradicional. O exame dura 9 horas e constudode 8 blocos de 46 perguntas cada. Uma hora dada para cada bloco de perguntas. Os temasinclusos nesse exame so as Cincias Mdicas, como Clnica Mdica, Cirurgia, Pediatria,Psiquiatria, Ginecologia e Obstetrcia.

    Step 2 CS (do ingls, Clinical Skill) um exame prco que pretende avaliar habilidadesclnicas simuladas com pacientes por meio de interaes, em que o examinando interage comdoentes padronizados retratados por atores. Cada examinando enfrenta 12 casos clnicos etem 15 minutos para concluir a anamnese e o exame clnico de cada paciente, e depois mais

    10 minutos para escrever uma nota descrevendo os resultados, o diagnsco diferencial e a

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    solicitao de exames complementares. O Step2 CS aplicado desde 2004 e, ao contrriodo Step1 e do Step 2 CK, deve ser obrigatoriamente feito nos Estados Unidos. O exame oferecido em 5 cidades americanas: Philadelphia (PA), Chicago (IL), Atlanta (GA), Houston (TX)e Los Angeles (CA).

    - Step 3: a 3 e lma etapa do processo e se desna a avaliar se o candidato consegue aplicardesacompanhado o conhecimento e a compreenso da Cincia Biomdica e clnica essencial

    para a prca da medicina. Os diplomados em escolas mdicas americanas normalmenterealizam esse exame no final do 1 ano de Residncia. Mdicos estrangeiros recm-licenciadospodero fazer o Step3 antes de comear na Residncia, em cerca de 10 estados americanos.

    O Step3 ocorre em 2 dias de exame. Cada dia de testes deve ser concludo dentro de 8 horas.O 1 dia de testes de escolha mlpla inclui 336 itens divididos em blocos, cada um constudode 48 itens. Examinandos devem preencher cada bloco dentro de 60 minutos. O 2 dia de testesde escolha mlpla inclui 144 itens, divididos em blocos de 36 itens. E os examinandos devemcompletar cada bloco dentro de 45 minutos.

    Por fim, fundamental possuir cartas de recomendao de professores de universidades americanas,

    inclusive especfica da rea em que est prestando. Isso importante para o momento colocao(placement), em que o candidato ir tentar finalmente ingressar nas universidades escolhidas. Isso pode serfeito por contato direto do mdico com os hospitais. Para saber dos hospitais numa determinada rea deespecializao, o mdico dever consultar o The Directory of Residency Training Programs. Alm de contatodireto, uma maneira de pleitear uma Residncia o servio nacional computadorizado de colocao emResidncias: o Naonal Resident Matching Program(NRMP).

    Aps esses procedimentos, o candidato aplica-se para algumas universidades e aguarda serchamado para entrevistas. Ento deve ranquear as universidades e estas fazem o mesmo. Os dados soento cruzados, obtendo-se o resultado final.

    FellowshipFellowship uma especializao realizada aps a Residncia Mdica, que tem por objevos a

    atuao clnica e/ou a pesquisa. Ofellowshipclnico (clinical fellowship) de modo geral pressupe umaResidncia Mdica feita nos Estados Unidos. Esse po defellowship, por envolver contato clnico com opaciente, requer tambm que o candidato siga as mesmas normas estabelecidas para uma Residncia,submetendo-se, inclusive, s provas.

    Observao e pesquisa

    Mdicos com Residncias completas podem passar uma temporada de observao e/ou pesquisaem hospitais ou clnicas, em programas menos formais que ofellowship, sem contato clnico com pacientes.A possibilidade de fazer isso, no entanto, depende de vrios fatores: primeiro, a endade precisa disporde tempo e de pessoal para acomodar o observador e/ ou pesquisador. Segundo, necessrio saberonde existe a possibilidade de fazer um desses programas. Geralmente, preciso ter um conhecimentopessoal com um profissional envolvido nos projetos. Sempre que o mdico estrangeiro pedir permissopara se incluir nesses projetos, ele dever esclarecer muito especificamente suas qualificaes e objevosprofissionais. Para o mdico que no tenha conhecimentos pessoais com profissionais de destaque, pedidosde orientao podero ser feitos diretamente para as faculdades de medicina.

    Esse foi o exemplo de Residncia Mdica nos EUA. Para maiores detalhes sobre outros lugaresdo mundo, devem-se procurar informaes nos programas de Residncia Mdica do pas em questo.Existem, ainda, diversas organizaes que trabalham apenas com programas de intercmbio e podem

    auxiliar os candidatos nos diversos trmites do processo.

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    1. IntroduoA Acupuntura a prca fundamental da Medicina Tra-

    dicional Chinesa (MTC), usada h mais de 4.000 anos noOriente e agora difundida no Ocidente. A Acupuntura temcomprovao cienfica no Brasil e est entre as 50 especia-lidades reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina(CFM), pela Associao Mdica Brasileira (AMB) e pela Co-misso Nacional de Residncia Mdica (CNRM).

    A tcnica baseia-se em energias que percorrem o corpo.Esses trajetos passam pelos rgos e vsceras e se exteriori-zam na pele e nas estruturas prximas, como tecido subcu-tneo, msculos, tendes e outras.

    Nesses trajetos foram mapeados pontos, que podem seralcanados por agulhas, permindo que sejam esmuladosou sedados, conforme o caso, para desbloquear a passagemda energia e permir sua circulao e distribuio pelo orga-nismo. Ficaro a critrio do mdico acupunturista selecionare fazer a combinao dos pontos mais adequados para colo-cao das agulhas no paciente, de acordo com as desarmo-nias e as caracterscas de cada indivduo.

    Residncia Mdica

    Entrada Acesso direto.

    Durao 2 anos.

    Rodzio nas reas

    - Clnica Mdica;- Ginecologia e Obstetrcia;- Ortopedia e Traumatologia;- Neurologia;- Dermatologia;- Reumatologia;- Eletrofisiologia;- Otorrinolaringologia;- Psiquiatria;- Ambulatrios;- PS.

    Mdia de vagas no pas

    23:- Nordeste: 14;- Centro-Oeste: 2;- Sul: 2;

    - Sudeste: 5.

    2. reas de atuaoA principal rea de atuao de um acupunturista em

    consultrio parcular. Empregos em hospitais, pblicos ouprivados, so bem incomuns. Outra possibilidade o ensinoem escolas mdicas, j que essa especialidade ainda possuipoucos locais de ensino no Brasil.

    3. Vantagens e dificuldades

    A - Vantagens

    Pouco invesmento inicial, j que no so necessrios equi-pamentos custosos para iniciar um consultrio. A clientela ex-clusivamente parcular, o que promove melhor remunerao.No h plantes, o que promove melhor qualidade de vida.

    B - Desvantagens

    Muitos pacientes ainda apresentam falta de confiana naespecialidade e, caso no apresentem efeito nas primeirassesses, acabam desanimando do tratamento; h a questoda qualificao profissional, j que a aplicao dessa arte mi-lenar, como na cirurgia, depende do correto diagnsco edo conhecimento aprofundado para se escolher bem o pro-

    cedimento; medo de agulhas.O que o tornar um bom acupunturista?

    - Gostar de trabalhar com as prprias mos;

    - Ser expertem uma rea mdica superespecializada;

    - Apreciar uma cincia milenar;

    - Ter uma excelente destreza manual.

    4. Situao atual e perspectivas

    O tratamento de acupuntura, atualmente, oferece efei-

    tos analgsico, an-inflamatrio leve, relaxamento muscu-

    ACUPUNTURA1

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    lar, ansiolco, andepressivo leve, alm de diversos outrosbenecios. Geralmente, quem procura o acupunturistaso casos crnicos, e cerca de 70% dessa populao pos-suem queixa de dores e muitos outros sintomas, de causasvariveis, o que traz um desafio a mais para o mdico. Dessaforma, h a necessidade de aprofundar o conhecimento emvrias especialidades mdicas.

    Essa uma rea em constante crescimento e promete,cada vez mais, campo para os especialistas que procuramessa modalidade mdica.

    Acupunturistas em avidade

    Cerca de 1.830 em 2012

    5. Estilo de vida

    A acupuntura promove uma ma qualidade de vida.Alm de ser uma rea que no possui plantes nem aten-dimento de urgncia, os profissionais que a escolhem geral-

    mente so adeptos da filosofia de medicina oriental e gostammuito do que fazem, o que contribui para a plena sasfaoprofissional. A remunerao tambm costuma ser boa, maisum fator posivo para um eslo de vida graficante.

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    1. IntroduoA Anestesiologia a especialidade mdica de acesso

    direto que estuda e proporciona ausncia ou alvio da dore de outras sensaes ao paciente que necessita realizarprocedimentos cirrgicos, sejam diagnscos, curavos oupaliavos.

    A especialidade vem a cada dia ampliando suas reasde atuao, englobando no s o perodo intraoperatrio,

    bem como os perodos pr e ps-operatrios, realizandoatendimento ambulatorial para avaliao pr-anestsica eassumindo um papel fundamental ps-cirrgico no acom-

    panhamento do paciente tanto nos servios de recuperaops-anestsica e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) quantono ambiente da enfermaria, atuando nos cuidados paliavos

    e no controle da dor at o momento da alta hospitalar.

    Residncia Mdica

    Entrada Acesso direto.

    Durao 3 anos.

    Mdia de vagas no pas

    508:- Norte: 27;- Nordeste: 87;- Centro-Oeste: 37;- Sul: 78;

    - Sudeste: 279.

    2. reas de atuao

    O anestesista atua em ambulatrios, fazendo triagem eavaliao de pacientes que iro se submeter a algum pro-cedimento cirrgico. Posteriormente, realiza procedimentosanestsicos nos centros cirrgicos; avalia pacientes em UTI eenfermarias para cuidados e controles da dor.

    O anestesista pode tambm trabalhar em equipes cirr-

    gicas especficas, como de cirurgias peditricas, gstricas,

    vasculares, ginecolgicas, entre outras.

    3. Vantagens e dificuldadesMdicos que buscam a Anestesiologia visam, na maio-

    ria das vezes, no ter tanto contato com pacientes, almde maior tranquilidade em sua atuao profissional noscentros cirrgicos. Os momentos de maior tranquilidadenesses ambientes tm feito aumentar a procura por essaespecialidade.

    As dificuldades encontradas so deparar com o tempotranscorrido em cada cirurgia, requerendo do anestesistamuita prca em lidar com os anestsicos disponveis, ea durabilidade de cada procedimento a ser realizado. Ou-

    tra dificuldade encontrada por esse profissional dentro dehospitais parculares sua insero nas equipes mdico--cirrgicas, instudas pelos cirurgies para obterem me-lhor entendimento e maior pracidade em sua atuao ci-rrgica, fazendo com que muitos anestesistas s trabalhemem hospitais pblicos.

    No se pode deixar de falar tambm sobre as intemp-ries de trabalhar em hospitais sucateados, que no ofere-cem boas condies para a realizao dos procedimentos.

    O que o tornar um bom anestesista?

    - Dominar os mecanismos de ao e efeitos dos anestsicos u-lizados em cada procedimento, de acordo com cada paciente e

    sua faixa etria;

    - Permanecer relaxado e confiante, mesmo sob extrema pres-so, como nas cirurgias de urgncia e de pacientes que sofreramtrauma;

    - Dominar a tcnica da intubao e do acesso venoso, centralou perifrico.

    4. Situao atual e perspectivas

    A Anestesiologia uma rea de suma importncia asso-ciada Cirurgia Geral e suas subespecialidades. Antes de seu

    desenvolvimento, os procedimentos cirrgicos requeriam

    ANESTESIOLOGIA2

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    muito sacricio por parte do paciente, que nha de suportarinmeras horas de intenso sofrimento e dor. Isso restringiaos procedimentos e muitos vinham a falecer de sua comor-bidade. A parr do surgimento dos anestsicos, a cirurgiapassou por um processo de grande crescimento, com in-meros procedimentos passveis de serem executados, e ospacientes passaram a usufruir de mais conforto e maior ex-

    pectava de terem seu problema solucionado.

    5. Estilo de vida

    A qualidade de vida um dos pontos fundamentais emuma carreira profissional, e essa especialidade tende a pro-porcionar uma tranquilidade profissional e pessoal, semmuitas dificuldades e demonstrando o quo sasfeito seest com a profisso escolhida.

    No comeo de todas as carreiras profissionais, temosmaior dificuldade de nos ajustar ao mercado de trabalho eultrapassar barreiras para s ento alcanar a estabilidadeto almejada.

    6. Subespecialidades

    - Estudo da dor.

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    1. IntroduoA Cirurgia Geral constui-se numa rea mdica complexa

    e especializada, envolvendo diversos procedimentos neces-srios para um adequado funcionamento dos rgos e siste-mas. Sendo a Cirurgia Geral embasada nesse pilar, os proce-dimentos realizados pelos especialistas incluem cirurgias nocomparmento abdominal, de cabea e pescoo, do trax,dos tecidos mole e musculoesquelco, trauma, oncologia edoentes em fase crca.

    Ao realizar uma Residncia em cirurgia, o mdico temcomo objevo desenvolver um aprendizado terico e pr-co a respeito dos cuidados clnicos e cirrgicos, bsicos eavanados, e da tecnologia atualizada para solucionar damelhor maneira as afeces de maior prevalncia popula-cional, nas diferentes reas cirrgicas.

    O programa de Residncia visa proporcionar conheci-mento na assistncia ambulatorial, em enfermarias, serviosde urgncia e emergncia, terapia intensiva e, tecnicamen-te, uma viso ampliada sobre o ato operatrio e seus diver-sos instrumentos.

    Residncia Mdica

    Entrada Acesso direto.

    Durao 2 anos.

    Rodzio nas reas

    - Cirurgia Geral;- Cirurgia do Aparelho Digesvo;- Coloproctologia;- Transplante;- Cirurgia do Trauma;- Cirurgia de Cabea e Pescoo;- Cirurgia Cardaca;- Cirurgia do Trax;- Urologia;- Cirurgia Vascular;- Cirurgia Peditrica;- Cirurgia Plsca;- Terapia Intensiva;

    - Tcnica Cirrgica.

    Mdia de vagas no pas

    1.070:- Norte: 68;

    - Nordeste: 181;

    - Centro-Oeste: 88;

    - Sul: 197;

    - Sudeste: 536.

    2. reas de atuao

    O cirurgio geral pode atuar em setores como a enfer-maria, fazendo visita em pacientes internados para pr e

    ps-operatrio, assim como realizar intervenes casonecessrio em algum momento da internao. Atua nopronto-socorro, atendendo urgncia e emergncias de pa-cientes que, por ventura, sofreram acidentes por diversosmecanismos, como automobilscos, motociclistas, atro-pelamentos, queimados e inmeras outras afeces. Podetrabalhar diretamente no centro cirrgico, realizando pro-cedimentos marcados elevamente em ambulatrio. Atuatambm avaliando os pacientes cirrgicos na Unidade deTerapia Intensiva (UTI).

    Diversos so os procedimentos que podem ser realiza-dos pelo cirurgio geral, pois portador de um conhecimen-

    to abrangente nesse campo. A seguir, alguns procedimentosrealizados por esse profissional:

    - Abdominal: apendicite, diverculite, pancreate,obstrues intesnais, herniorrafias ou hernioplasas, pa-tologias orificiais, esplenectomias, colecistectomias, gas-trostomias, gastroenteroanastomose, abordagem hepcae esplnica ps-traumasmos, paracentese, laparotomiasexploradoras;

    - Torcico:drenagem torcica, toracocentese, toracoto-mia de emergncia;

    - Membros superiores e inferiores:flebotomias, acesso

    venoso central, queimaduras.

    CIRURGIA GERAL3

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    3. Vantagens e dificuldades

    A vantagem proporcionada pela Cirurgia Geral a opor-tunidade de trabalhar no s com casos clnicos tratadosapenas farmacologicamente, como tambm com procedi-mentos mdicos mais invasivos.

    Uma das dificuldades encontradas nessa especialidade

    deparar com o tempo transcorrido em cada cirurgia, reque-rendo do cirurgio um bom preparo sico e emocional parasuportar a extensa carga horria, mantendo sempre muitocontrole e ateno nos procedimentos realizados.

    No se pode deixar de falar tambm sobre as intemp-ries de trabalhar em hospitais sucateados, que no ofere-cem boas condies para a realizao de procedimentos.

    O que o tornar um bom cirurgio?

    - Ser criavo, detalhadamente orientado, e cobrar de si mesmoalto padro de postura;

    - Permanecer relaxado e confiante mesmo sob extrema presso;

    - Ter uma ma destreza manual.

    4. Situao atual e perspectivas

    A Cirurgia Geral uma rea muito extensa e complexa,com longos anos de treinamento at que se possa estar aptoa realizar procedimentos invasivos nos pacientes que delesnecessitam. Com o passar dos anos, podemos notar queprocedimentos anteriormente indicados de imediato agoraso analisados e tratados conservadoramente, antes de serealizar qualquer po de abordagem cirrgica.

    Temos o surgimento e o desenvolvimento da Cirurgia Ro-bca, em que possvel proporcionar ao paciente menosagresso tecidual, mais intensa em cirurgias abertas, e maisdestreza nos movimentos realizados.

    5. Estilo de vida

    A qualidade de vida um dos pontos fundamentais emuma carreira profissional, demonstrando o quo sasfeito seest com a profisso escolhida, podendo-se conciliar profis-so, famlia, viagens e lazer.

    No comeo de todas as carreiras profissionais, temos

    maior dificuldade de nos ajustar ao mercado de trabalho eultrapassar barreiras para s ento alcanar a estabilidadeto almejada. Na Cirurgia Geral, no diferente; no come-o o profissional acaba tendo de fazer muitos plantes no-turnos e em diversos servios, at conseguir se fixar em umhospital que possa lhe oferecer mais estabilidade.

    6. Subespecialidades

    - Cirurgia Plsca;- Cirurgia Torcica;

    - Cirurgia Vascular;

    - Cirurgia Peditrica;- Urologia;- Proctologia;- Cancerologia Cirrgica;- Videolaparoscopia;- Trauma.

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    1. IntroduoA Clnica Mdica nasceu h 2.500 anos, na Ilha de Ks,

    na Grcia, com Hipcrates, o introdutor da anamnese comoparte inicial da consulta clnica. O clnico geral, em toda a suaformao, capacitado a desenvolver um raciocnio diag-nsco com o objevo de discernir aqueles mais apropria-dos para determinados pacientes. Portanto, a classificaomais apropriada para o clnico geral a de diagnoscador,tendo uma viso mais integral do paciente e um papel fun-damental na promoo da sade.

    Residncia Mdica

    Entrada Acesso direto.Durao 2 anos.

    Rodzio nas reas

    - Unidade de Internao em enfer-maria de Clnica Mdica Geral e deespecialidades, ambulatrio geral eem unidade bsica de sade, urgn-cia e emergncia, unidade de tera-pia intensiva, ambulatrio de ClnicaGeral, Especializada e unidade bsi-ca de sade;- Estgios obrigatrios: Cardiologia,Gastroenterologia, Nefrologia ePneumologia;- Cursos obrigatrios: EpidemiologiaClnica, Biologia Molecular Aplicada,Organizao de Servios de Sade.

    Mdia de vagas no pas

    1.498:- Norte: 55;- Nordeste: 247;- Centro-Oeste: 149;- Sul: 228;- Sudeste: 819.

    2. reas de atuao

    Geralmente, esse o profissional de 1 contato do pa-

    ciente, em prontos-socorros e no dia a dia do atendimento

    hospitalar e ambulatorial. No possui um pblico-alvo espe-cfico, j que sua atuao abrange todas as idades e mols-as. Uma das caracterscas da especialidade promovera sade e hbitos de vida saudvel. imprescindvel comointerconsultor, essencialmente para especialidades cirr-gicas, fazendo diagnscos de alteraes clnicas e acompa-nhamento conjunto de pacientes selecionados.

    3. Vantagens e dificuldades

    Como no incio de algumas carreiras, o clnico leva algunsanos para se estabilizar, principalmente se ver seu prprioconsultrio, pois no conseguir ter uma renda posiva atse tornar reconhecido. Outra dificuldade do clnico no Brasil que, diante de tantas especialidades, o generalista acabasubesmado e substudo pelo especialista, sem saber se asua queixa no seria resolvida simplesmente pelo clnico ge-ral. A vantagem que no faltam empregos para o clnico, quepode trabalhar em prontos-socorros e em enfermarias de Cl-nica Mdica, conseguindo obter bons salrios; porm, paraganhar mais, precisa trabalhar em 2 ou mais lugares. Trata-sede uma especialidade muito graficante, com reconhecimen-to da dedicao do profissional pelo paciente e por este con-

    tar com um mdico que o veja como um todo, com liberdadepara expressar e perguntar sobre suas mais diversas queixas.

    O que o tornar um bom clnico geral?

    - Ter um bom raciocnio diagnsco;

    - Saber lidar com o diagnsco e tratamento de doentes crnicos;

    - Gostar de desafios, para fazer diagnscos diceis;

    - Possuir uma viso abrangente do paciente.

    4. Situao atual e perspectivas

    A perspecva da carreira est em ascendncia, pois

    possui um grande nmero de vagas distribudas pelo pas,

    CLNICA MDICA4

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    a maior porcentagem concentrada na regio Sudeste. Comesses dados, temos no s a grande procura como tambma grande demanda pela especialidade, que essencial parao funcionamento da sade pblica brasileira. Atualmente,h grandes centros de referncia para a formao desse es-pecialista, alm de grandes locais de atuao.

    Clnicos gerais em avidade

    Cerca de 12.138 em 2012

    5. Estilo de vida

    O eslo de vida do profissional vai depender somente doque ele esver programando para sua vida. Pode ter umavida mais corrida, trabalhando em 3 ou 4 empregos, mas po-dendo ganhar bons salrios, ou pode trabalhar em apenas1 lugar ou ter um consultrio, levando, dessa forma, umacarreira um pouco mais tranquila, conseguindo conciliar aprofisso com outras avidades dirias, como famlia, via-

    gens e lazer.

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    1. IntroduoA Dermatologia a especialidade mdica que se ocupa

    do diagnsco e do tratamento clnico-cirrgico das doen-as que acometem a pele, maior rgo do corpo humano,sendo de extrema importncia para a proteo do organis-mo contra agravos externos. A especialidade engloba aindaas doenas que acometem os anexos cutneos como cabe-los, unhas e mucosas.

    O especialista nessa rea atua em todos os processosfisiopatolgicos que envolvem a pele, desde simples infec-es, reaes autoimunes e inflamatrias at tumores. Mas,alm de lidar com variadas afeces de pele localizadas ou

    sistmicas, essa especialidade atua na cosmiatria, visandoao estudo e aplicao de cremes manipulados para ofertarmelhorias aos que deles fazem uso.

    Residncia Mdica

    Entrada Acesso direto.

    Durao 3 anos.

    Mdia de vagas no pas

    164:- Norte: 10;- Nordeste: 21;- Centro-Oeste: 13;- Sul: 24;- Sudeste: 96.

    2. reas de atuao

    O dermatologista um profissional que atua em hospi-tais, realizando atendimento e intervenes em pacientesque venham a ser acomedos por doenas dermatolgicas.Trabalha, tambm, em consultrios parculares ou pblicos.

    3. Vantagens e dificuldades

    O mdico, ao decidir pela Dermatologia, tem a comodi-

    dade de j ter o acesso direto sua escolha sem ter de fa-

    zer outra rea como pr-requisito. Durante o seu 1 ano, oresidente faz Clnica Mdica, e os 2 anos subsequentes sovoltados para as afeces da pele. Uma das vantagens dessarea mdica a atuao em locais de trabalho mais tran-quilos, como consultrios parculares ou o sistema pblico.Associado boa prca mdica, esse profissional tende auma excelente tranquilidade no seu ambiente de trabalho.

    Uma das dificuldades encontradas nessa rea atualmen-te que h uma compeo estca entre profissionais deoutras reas, empregando-se de m f e agindo contra a boaprca da medicina. Esses, por sua vez, agem com fins ape-nas lucravos e no visam sasfao dos pacientes com

    o emprego de tratamentos adequados e de boa qualidade.O que o tornar um bom dermatologista?

    - Ser confiante e transmir confiabilidade ao paciente;

    - Manter uma boa relao mdicopaciente, pois dela depende-r o sucesso ou fracasso do tratamento;

    - Ter carisma e transmir fatos coerentes e viveis aos pacientes;

    - No fazer promessas ou esmular ideias fantasiosas frente aosresultados esperados;

    - No ser intempesvo e saber o momento certo de agir e parar;

    - Tomar condutas coerentes e, se for o caso, at individualizadasperante cada caso;

    - Buscar sempre estar atualizado frente s pesquisas em suarea de atuao.

    4. Situao atual e perspectivas

    Essa especialidade mdica vista como uma das maispromissoras, em que o profissional consegue se realizar pro-fissionalmente, sem tantas intempries na sua prca.

    Atualmente, uma das especialidades mais concorridasdentre todas da Residncia Mdica porque deixou de servoltada exclusivamente para as doenas da pele e passou aatuar com uma vertente mais estca. Isso ocorreu aps a

    melhoria e o desenvolvimento de equipamentos e a desco-

    DERMATOLOGIA5

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    berta de diversas substncias que proporcionaram a reradade camadas de clulas desvitalizadas para que se renovas-sem; tambm, h a aplicao de substncias no subcutneo,propiciando maior estabilidade pele.

    Parndo de uma anlise da sociedade a qual estamos vi-venciando, percebemos o quo se valorizam os parmetrosestcos e a boa sade, portanto essa uma rea mdica

    em constante mudana e estudo.

    5. Estilo de vida

    A Dermatologia , atualmente, uma das reas mdi-cas mais bem conceituadas no sendo de ofertar um bomcampo de atuao profissional, voltado para o atendimentoem consultrios parculares, o que proporciona ao mdicomaior comodidade em estabelecer seus horrios de traba-lho. Assim, esse profissional consegue manter uma atuaoprofissional sem que o impea de ter tempo para os seusafazeres.

    6. Subespecialidades

    - Cirurgia Dermatolgica;- Cosmiatria.

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    1. IntroduoEssa especialidade foi criada em 1977, no Hospital das Cl-

    nicas de Ribeiro Preto da Universidade de So Paulo, e sfoi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina em 1983.Os membros da Sociedade Brasileira de Genca, em 1986,fundaram a Sociedade Brasileira de Genca Mdica. As 60horas semanais da jornada de trabalho do residente so divi-didas desta forma: 40 horas de avidades roneiras dentro dagenca e 20 horas de plantes definidos a critrio do progra-ma, que decidir como e quando ulizar essas horas.

    De modo geral, essa especialidade permir que o mdico

    residente saiba o diagnsco patolgico e clnico das enfermi-dades gencas e das sndromes teratognicas, capacitando--o a realizar condutas clnicas e tratamento quando necess-rio, e tambm a fazer aconselhamentos gencos seguindoos princpios da bioca. Muitas vezes, o mdico genecistano cuidar apenas do paciente sindrmico, mas tambm seenvolver com a famlia e com parentes prximos para estu-d-los genecamente e procurar descobrir qual erro gencopermiu a criana ter nascido daquela forma, ou porque ocasal no consegue ter filhos, ou porque o beb no nasceu.Tambm ter contato com a parte de laboratrio, envolvendobioqumica, citogenca e genca molecular.

    Residncia MdicaEntrada Acesso direto.

    Durao 3 anos.

    Rodzio nasreas

    - Avidades prcas: Pediatria, Clnica M-dica, Neurologia, Endocrinologia, MedicinaFetal, atendimento clnico supervisionado depacientes do Servio de Genca (dismor-fologia, aconselhamento genco, gencapr-natal, tratamento de doenas gencas)e complementao laboratorial (Citogenca,Erros Inatos do Metabolismo e Biologia Mo-lecular);- Avidades tericas: seminrios, reviso bi-bliogrfica, sesses clnicas e pesquisas com-postas por mdulos nas reas de GencaBsica, Genca Clnica, Citogenca e Epide-

    miologia.

    Mdia devagas no pas

    18:- Centro-Oeste: 2;- Sul: 3;- Sudeste: 13.

    2. reas de atuao

    Est embasada na pesquisa sobre os transtornos da gen-ca humana. Trabalha com o diagnsco, tratamento e controledos distrbios hereditrios, alm disso faz parte da pequenaparcela de mdicos que estuda a barreira do conhecimento hu-mano, analisando os determinantes da variabilidade e heredi-tariedade no homem. O pblico-alvo dos mdicos genecistas

    so crianas com algum dismorfismo e toda a sua famlia, adul-tos que necessitem de aconselhamento genco, como testesde DNA para paternidade e criminalsca. Para o profissionalque se sente vontade trabalhando em laboratrios, essa uma rea que possibilita concrezar esse desejo, como os estu-dos cromossmico, metablico bsico e molecular.

    3. Vantagens e dificuldades

    A rea est crescendo e se desenvolvendo principalmen-te no fator tecnolgico relacionado ao diagnsco, preven-o e ao tratamento das sndromes gencas. Porm, faltam

    a insero e a comunicao entre outros profissionais mdi-cos com relao s questes da Genca na sade pblica.

    O que o tornar um bom genecista?

    - Gostar do funcionamento laboratorial;

    - Se dar bem com as cadeiras mdicas bsicas;

    - Ter raciocnio lgico para associar os achados clnicos com agama de sndromes gencas conhecidas.

    4. Situao atual e perspectivas

    Os defeitos congnitos passaram a ser a 2 causa de mor-

    talidade em 2000. Com isso, aumenta o papel do mdico ge-

    GENTICA MDICA6

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    necista dentro da sociedade. Apesar disso, a implantaode programas assistenciais de sade pblica no Brasil vemocorrendo de forma lenta. O pas est se desenvolvendo emrelao ao atendimento em Genca Clnica, abrindo portaspara um sistema de atendimento no qual a maioria da popu-lao tenha acesso a servios e procedimentos que permi-tam revelar o diagnsco da doena genca que possuem.

    Genecistas em avidade

    Cerca de 170 em 2012

    5. Estilo de vida

    O profissional de Genca geralmente vinculado agrandes servios de referncia. uma rea de atuao cujaspatologias so muito raras. Por isso, trabalha em regime am-bulatorial e de interconsultas hospitalares. Dessa forma, oprofissional tem muita qualidade vida por no fazer longas

    jornadas, pois deve cumprir as horas no servio como qual-

    quer outro mdico que trabalha em regime CLT. Obviamen-te, no h emergncias.

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    1. IntroduoA Ginecologia e Obstetrcia (GO) a especialidade clni-

    co-cirrgica que lida com os rgos reproduvos feminino,grvidos ou no, e so 2 especialidades combinadas em ape-nas 1. Esse treinamento prepara o mdico para ser perito notratamento cirrgico de todas as patologias clnicas envol-vendo rgos reproduvos femininos, e para o atendimentode gestantes e no gestantes.

    Residncia Mdica

    Entrada Acesso direto.

    Durao 3 anos.

    Rodzio nas reas

    - Ateno Bsica;- Urgncia e Emergncia;- Ambulatrios;- Unidades de Internao (Puerp-rio Normal, Puerprio Patolgico,Ginecologia em geral);- Centro Obsttrico;- Centro Cirrgico;- UTI;- PS Cirurgia;- Ultrassonografia.

    Mdia de vagas no pas

    797:- Norte: 42;

    - Nordeste: 130;- Centro-Oeste: 71;- Sul: 129;- Sudeste: 425.

    2. reas de atuao

    A GO uma rea extremamente ampla. Existe praca-mente todo po de atuao do profissional, que vai desdeatendimento de rona em consultrio at grandes cirurgias.O ginecologista obstetra pode trabalhar em hospitais pbli-cos e privados, em consultrios parculares, em unidades

    bsicas de sade como especialista, fazendo plantes, e

    tambm no meio acadmico. Dentro da especialidade, podeatuar de diversas formas, com todas as subespecializaesque a rea oferece, cada uma com suas parcularidades eformas de atuar.

    3. Vantagens e dificuldades

    As maiores vantagens da carreira so a extenso da rea,que permite ao mdico trabalhar pracamente com aquiloque mais gostar, e a quandade de oportunidades que sem-pre existe no mercado, mesmo em grandes centros e em ummercado repleto desses profissionais. Outro ponto o acessodireto: o profissional j entra na especialidade sem precisarde outras provas para chegar rea que almeja. Vale lembrar,tambm, o relato de muitos obstetras, que contam que noh vantagem maior do que trazer uma nova vida ao mundo.

    Por outro lado, existe a baixa qualidade de alguns profissio-nais, que acabam obliterando parte do brilho dessa especiali-dade. As grandes jornadas de trabalho, permeadas por diversosplantes e chamadas de urgncia, tambm contam como difi-culdade dessa rea de atuao. Existe ainda um senso comum,discuvel, de que as mulheres preferem ginecologistas mulhe-res, uma dificuldade maior para candidatos homens.

    O que o tornar um bom ginecologista/obstetra?- Gostar de trabalhar com as prprias mos;

    - Saber lidar com situaes de presso envolvendo assuntos de-licados;

    - Gostar de ver resultados imediatos;

    - Ter a capacidade de tomar atudes rpidas e seguras;

    - Gostar do cuidado de mulheres.

    4. Situao atual e perspectivas

    As melhores situaes de trabalho atualmente encon-

    tram-se fora dos grandes centros. Para se ter ideia da grande

    GINECOLOGIA EOBSTETRCIA

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    quandade de ginecologistas obstetras nas grandes cidades,em So Paulo essa a 2 rea com mais profissionais ematuao, cerca de 6.500 segundo o censo do CREMESP dedez/2011, atrs apenas de Pediatria, com cerca de 8.000.

    A mesma situao ocorre no Brasil como um todo, ondeexistem cerca de 23.600, 2 maior populao de especialistas.

    Apesar de todo esse conngente, sem dvida existe mer-

    cado para GO. A demanda pelo mdico da mulher e por obs-tetras nunca cessa, e os profissionais superespecializadosacabam sendo bem procurados no mercado.

    Ginecologistas/obstetras em avidade

    Cerca de 23.600 em 2012

    5. Estilo de vida

    Assim como em todas as carreiras mdicas, o incio davida profissional sempre dicil. Durante os anos de Resi-dncia, no h quase nada alm da sua formao.

    No segredo que o eslo de vida desse profissional noesteja entre os melhores. Poucos profissionais lidam apenascom a Ginecologia, por isso acabaro recebendo chamadasde urgncias de pacientes gestantes nos horrios mais inu-sitados.

    O profissional que acaba a Residncia provavelmentetrabalhar, inicialmente, com os plantes de Obstetrcia emhospitais ou servios pblicos, o que o levar a ter uma gran-de carga horria.

    Ao longo do tempo, passar a ter seus prprios pacientesem consultrio parcular e possivelmente em bons hospi-tais, o que levar a uma melhora da qualidade de vida e boa

    remunerao.

    6. Subespecialidades

    - Algia Plvica;- Climatrio;- Endocrinologia Ginecolgica;- Ginecologia Geral;- Ginecologia Infantopuberal;- Infeco Genital;- Mastologia;- Medicina Fetal;- Oncologia Clnica e Cirrgica;- Patologia do Trato Genital Inferior;- Planejamento Familiar;- Reproduo Humana;- Uroginecologia e Cirurgia Vaginal.

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    1. IntroduoHomeopaa (do grego hmoios + pthos= semelhante

    + doena) uma forma de terapia alternava iniciada porChrisan Friedrich Samuel Hahnemann (1755-1843) em1796, quando foi publicada a sua 1 dissertao sobre oassunto. Baseia-se no princpio similia similibus curantur(semelhante pelo semelhante se cura), ou seja, o trata-mento se d a parr da diluio e da dinamizao da mesmasubstncia que produz o sintoma num indivduo saudvel. AHomeopaa reconhece os sintomas como uma reao con-tra a doena. Esta uma perturbao de uma energia vital,e a Homeopaa provoca o restabelecimento do equilbrio.Trata-se do 2 sistema mdico mais ulizado no mundo.

    De fato, o tratamento homeopco consiste em fornecera um paciente sintomco doses extremamente diludas decompostos que so dos como causas em pessoas saud-veis dos sintomas que pretendem contrariar, mas potencia-lizados por meio de tcnicas de diluio e dinamizao queliberam energia. Desse modo, o sistema de cura natural dapessoa seria esmulado a estabelecer uma reao de res-taurao da sade por suas prprias foras, de dentro parafora. Este tratamento para a pessoa como um todo e nosomente para a doena.

    Desde 1978, uma das prcas alternavas esmuladas

    pela Organizao Mundial da Sade (OMS) para ser implan-tada em todos os sistemas de sade do mundo, em conjuntocom a medicina oficial, fato reforado pelo documento Estra-tgia da OMS sobre medicina tradicional 2002 2005. Toda-via, a OMS condena o uso da Homeopaa contra doenas gra-ves, como malria, tuberculose, AIDS, gripe e diarreia infanl.

    Chegou ao Brasil em 1840, com especialistas franceses,tornando-se rapidamente uma opo de tratamento me-dicina oficial vigente. Porm, s em 1980 a Homeopaa foireconhecida como especialidade mdica pela AssociaoMdica Brasileira (AMB), e, no ano seguinte, o Conselho Fe-deral de Medicina (CFM) a incluiu no rol de suas especialida-

    des. Em maro de 1996, foi reconhecida como especialidade

    pelo Conselho Federal de Medicina Veterinria. Em 1952,tornou-se obrigatrio o ensino da Farmacotcnica Home-opca em todas as faculdades de farmcia do Brasil. Em1966, foram publicadas vrias Portarias, com instrues deinstalao e funcionamento de farmcias homeopcas eA industrializao dos medicamentos; em 1976, foi oficiali-zada a Farmacopeia Homeopca Brasileira. Atualmente, aHomeopaa adentra as universidades e os cursos de gradua-o mdica, ora como disciplina opcional, ora fazendo parteda grade curricular.

    A Homeopaa oferecida como terapuca mdica narede pblica em vrios municpios brasileiros, amparadospela Portaria do Ministrio da Sade de maio de 2006, que

    recomenda o atendimento homeopco nas unidades bsi-cas de sade pblica.

    Para se tornar homeopata, preciso ser graduado nas reasde Medicina, Medicina Veterinria, Farmcia ou Odontologia.

    Residncia Mdica

    Entrada Acesso direto.

    Durao 2 anos.

    Mdia de vagas no pas 1:

    - Sudeste: 1.

    2. reas de atuao

    A Homeopaa uma especialidade mdica pouco difun-dida na cultura hospitalar de modo geral, pois a maioria daspatologias que acometem a populao de maior gravida-de e deve ser tratada com mais intensidade, fazendo-se usode medicamentos ou realizando procedimentos cirrgicos,fazendo que a Homeopaa tenha pouca atuao nesse m-bito. Entretanto, para pacientes estveis e que procurammelhora de sintomas inespecficos que no gerem uma pa-tologia de maior gravidade e, claro, para aqueles que creemno seu funcionamento, a Homeopaa ser de grande valia.

    Esse profissional pode atuar em hospitais, pblicos ou

    privados, em consultrios e ambulatrios mdicos.

    HOMEOPATIA8

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    3. Vantagens e dificuldades

    O especialista em Homeopaa tende a encontrar umacarreira mais tranquila, com um mercado de trabalho poucoconhecido, mas com muitas perspecvas de atuao. umprofissional diferenciado que busca auxiliar seu paciente deuma maneira especfica para seu problema, sem lhe acres-

    centar uma grande carga medicamentosa.Uma das dificuldades encontradas nessa rea, atualmen-

    te, que h uma compeo entre as diferentes reas deatuao, pois outras reas da sade podem trabalhar comohomeopata, como o veterinrio e o densta. Contudo, a par-r do reconhecimento dessa rea como especialidade e osurgimento da Residncia Mdica, isso vem deixando de serum empecilho.

    O que o tornar um bom homeopata?

    - Ser confiante e transmir confiabilidade ao paciente;

    - Manter uma boa relao mdicopaciente, pois dela depende-r o sucesso ou o fracasso do tratamento;

    - Ter carisma e transmir fatos coerentes e viveis aos pacientes;

    - No fazer promessas ou esmular ideias fantasiosas frente aosresultados esperados;

    - No ser intempesvo e saber o momento certo de agir e pararperante uma patologia mais grave e que carece de ateno;

    - Tomar condutas coerentes e, se for o caso, at individualizadasperante cada caso;

    - Buscar sempre estar atualizado diante das pesquisas em suarea de atuao;

    - Conhecer as tcnicas de manipulao das substncias.

    4. Situao atual e perspectivas

    uma especialidade que ainda tem muito para se desen-volver, tanto em tcnicas de manipulao quanto em reco-nhecimento pela classe mdica em geral e, consequentemen-te, entre os pacientes. Isso ocorre, muitas vezes, por falta deconhecimento e pela prpria classe mdica no reconhec-lae no indicar os servios prestados pelos homeopatas.

    5. Estilo de vida

    A Homeopaa uma rea mdica que tende a propor-cionar uma vida mais tranquila, pois o profissional que aescolhe tende a atuar em consultrios parculares e em al-guns hospitais, o que proporciona maior comodidade em es-tabelecer seus horrios de trabalho. Assim, esse profissionalconsegue manter uma atuao profissional sem impedi-lode ter tempo para os seus afazeres.

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    1. IntroduoInfectologia a especialidade mdica que se ocupa do

    estudo das doenas causadas por diversos patgenos, comoprons, vrus, bactrias, protozorios, fungos e animais. Por

    isso, tambm so conhecidas como doenas infectoparasi-trias (DIPs) ou Molsas Infecciosas e Parasitrias (MIPs).

    O infectologista atua na preveno primria das pato-

    logias, realizando educao em sade e vacinao e cons-cienzando a populao de sua atuao frente s doenas.

    Realiza a preveno secundria a parr dos tratamentos das

    doenas infecciosas e a preveno de incapacidade causada

    por elas.O infectologista o mdico especialista no diagnsco,

    tratamento e acompanhamento dos acomedos por doen-as infecciosas. No entanto, devido carncia desse espe-

    cialista em algumas regies e falta de informao da po-pulao sobre o seu papel, a grande maioria atendida por

    mdicos de outras especialidades.

    Por ser um especialista acostumado a lidar com doenaslocalizadas nos mais variados rgos do corpo, em geral o

    infectologista tambm tem uma viso global do paciente e

    frequentemente exerce a prca de Clnica Geral. um mdico que tem por objevo diagnoscar e tratar

    doenas infecciosas e parasitrias, realizar imunizao da

    populao, aconselhar na prescrio de anmicrobianos eatuar no controle da infeco hospitalar.

    Residncia Mdica

    Entrada Acesso direto.

    Durao 3 anos.

    Mdia de vagas no pas

    152:- Norte: 22;- Nordeste: 19;- Centro-Oeste: 11;- Sul: 22;

    - Sudeste: 78.

    2. reas de atuaoO mdico infectologista atua abordando uma ampla

    gama de doenas de todos os rgos e sistemas do orga-nismo, com foco na infeco e no no anatmico, como decostume entre as outras especialidades. Na prca do dia adia, existem algumas grandes areas de atuao do mdicoinfectologista, como a sndrome da imunodeficincia adqui-rida/HIV, medicina tropical, Comisso de Controle de Infec-o Hospitalar (CCIH) e doenas piognicas.

    Atuando nessas reas, esse especialista atende emprontos-socorros de hospitais gerais ou nos prprios hospi-

    tais de Infectologia, como o Instuto de Infectologia EmlioRibas, em So Paulo. Presta assessoria em todos os posde hospitais, em seus setores de controle de infeco dedoena, e auxilia outros mdicos em sua prca diria arespeito da ulizao de anbicos e da melhor cobertu-ra frente ao paciente e a sua afeco. Trabalha em enfer-marias e consultrios, atendendo os acomedos por doen-as infectocontagiosas.

    3. Vantagens e dificuldades

    O mdico, ao decidir fazer a especialidade, tem a como-didade de j ter o acesso direto sua escolha, sem ter deestudar outra rea como pr-requisito. Durante o 1 ano, oresidente faz Clnica Mdica e os 2 anos subsequentes sovoltados para as afeces infectocontagiosas. A vantagemdessa rea mdica ter sua atuao em diversos locais,como enfermarias, consultrios e prontos-socorros. Podeoptar por no fazer plantes noturnos e com isso, usufruirde maior flexibilidade em seus horrios durante o perododa manh.

    Uma das dificuldades encontradas nessa rea que o pa-ciente no tem informaes suficientes para, desde o incio,

    buscar auxlio desse profissional e tem de ser encaminhado

    INFECTOLOGIA9

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    GUIA DE ESPECIALIDADES

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    por outros quando se desconfia de alguma patologia infec-tocontagiosa. Essa situao acaba fazendo que o infectolo-gista s atue em hospitais de sua alada ou realizando inter-consultas solicitadas por outros especialistas.

    O que o tornar um bom infectologista

    - Ser confiante e transmir confiabilidade ao paciente;

    - Manter uma boa relao mdicopaciente, pois dela depende-r o sucesso ou fracasso do tratamento;

    - Ter carisma e transmir fatos coerentes e viveis aos pacientes;

    - No fazer promessas ou esmular ideias fantasiosas frente aosresultados esperados;

    - No ser intempesvo e saber o momento certo de agir e parar;

    - Tomar condutas coerentes e, se for o caso, at individualizadasperante cada caso;

    - Buscar sempre estar atualizado frente s pesquisas em suarea de atuao.

    4. Situao atual e perspectivas

    Essa especialidade mdica tem boa aceitabilidade porquem a escolhe, pois proporciona a sasfao de atuarclinicamente frente ao paciente, acrescido de um conheci-mento a mais a respeito de patologias infecciosas em queoutros profissionais no possuem tanta prca. Ter sempreum bom campo de atuao, principalmente em relao aogrande quadro de epidemia do vrus HIV e s comorbidadesassociadas ao seu agravo.

    5. Estilo de vida

    A Infectologia tende a proporcionar boa qualidade devida aos seus especialistas, pois ao atuar tm a comodidadede se abster de plantes noturnos e optar por trabalhar noperodo do dia e longe das portas de prontos-socorros. Issofaz que ele tenha tempo de se dedicar um pouco aos seusfamiliares e ao lazer, podendo conciliar a vida pessoal comseus horrios de trabalho.

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    1. IntroduoTrata-se da Residncia Mdica fundamentada na aten-

    o integral sade, por inserir o paciente na famlia e nacomunidade. Foi reconhecida pelo Ministrio da Educao,por intermdio da Comisso Nacional de Residncia Mdica,em 1981. Sua criao foi uma reao contrria tendnciado mdico especialista e consequente desumanizao doatendimento. Prestam atendimento mdico geral, integral ede qualidade aos indivduos, s suas famlias e s comunida-des, e criam um vnculo com a famlia mesmo sem nenhumindivduo adoecido. Quando um adoece, o mdico que sem-

    pre acompanha essa famlia ser o 1 a ser consultado.O programa de Residncia exige tempo integral, com umcumprimento de, no mnimo, 2.880 horas/ano.

    Residncia Mdica

    Entrada Acesso direto.

    Durao 2 anos.

    Rodzio nas reas

    - Ambulatrio, estgio em outrasespecialidades, visitas domiciliares,avidade terica, grupos, pesquisae plantes;- Unidade bsica, internao deadultos, internao de crianas,Gesto em Ateno Primria Sa-de, estgios obrigatrio-alterna-vos e estgio optavo.

    Mdia de vagas no pas

    402:- Norte: 41;- Nordeste: 69;- Centro-Oeste: 16;- Sul: 80;- Sudeste: 196.

    2. reas de atuao

    Atua em Ateno Primria Sade; o 1 contato que

    o paciente tem com o sistema de sade, principal agente

    da promoo, da preveno e do cuidado com mlplosproblemas. Tem como finalidade fazer o diagnsco pre-coce e responsvel por evitar que os indivduos busquemassistncia em ateno secundria ou terciria sem ne-cessidade, gerando um fluxo melhor dentro de todos osatendimentos mdicos. Procura-se atender os pacientesno ambiente domiciliar, promove um cuidado longitudinal,gerando a preveno de enfermidades, acompanhando deperto os doentes crnicos e garanndo a responsabilizaodo cuidado sade. Possui relao direta e connua coma comunidade.

    O pblico-alvo a comunidade e a famlia como um

    todo, desde os mais novos at os mais idosos.

    3. Vantagens e dificuldades

    Cria-se um vnculo com o paciente e seus familiares an-tes mesmo de eles adoecerem; quando isso acontece, o1 mdico a ser procurado o mdico de famlia e comu-nidade que esto acostumados a se consultarem. A reaest necessitando de profissionais habilitados. Por ser umaespecialidade nova e por se tratar de um generalista, aindano muito bem vista pelos acadmicos e outros colegasda rea.

    O que o tornar um bom mdico de famlia e comunidade?

    - Dominar a prca clnica em todo o espectro do ciclo vital doindivduo e da famlia;

    - Saber planejar, organizar e conduzir grupos terapucos e deeducao e sade;

    - Dominar conceitos de Epidemiologia e trabalhar com noo devigilncia sade;

    - Saber promover avidades mulprofissionais nas aes desade;

    - Saber ulizar o tempo a seu favor para realizar diagnscos,tratamento e organizao.

    MEDICINA DE FAMLIAE COMUNIDADE

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    4. Situao atual e perspectivas

    Tem-se aumentado a oferta de Residncia em Medicinade Famlia e Comunidade no Brasil, porm a procura porparte de mdicos recm-formados permanece baixa. Ape-sar das novas vagas ofertadas para Residncia, apenas 20%das vagas esto ocupadas. Necessita-se de maior divulgao

    e de sua atuao no mbito acadmico e entre os recm--formados.

    Mdicos de famlia e comunidade em avidade

    Cerca de 3.000 em 2012

    5. Estilo de vida

    O mdico de famlia e comunidade precisa cumprir umacarga horria de 40 horas semanais, entrando s 8 e saindos 17 horas, de segunda a sexta. O horrio pode ser flexibili-zado, dependendo da Unidade Bsica de Sade em que es-

    ver atuando. Pode trabalhar at em 2 unidades ao mesmotempo. Consegue conciliar o servio com outras avidadessemanais ou at mesmo trabalhar em outros locais. Esseprofissional no passa por muitas dificuldades no comeoda carreira, por sobrar vagas na rea, logo pode ser admi-do em um servio e desfrutar de uma carreira tranquila,podendo conciliar trabalho, famlia e lazer.

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    1. IntroduoA Medicina do Esporte uma especialidade mdica

    mundialmente reconhecida e, no Brasil, tem demonstradopresena crescente, cienfica ou instucionalmente, almde ser um campo profissional estabelecido. Os aspectosmdicos da avidade sica, estudados pela Medicina Espor-va (ME), e suas reas complementares, esto cada vez maispresentes na sociedade moderna.

    O sedentarismo e a obesidade so vistos como problemasde sade pblica e tm causado mais morbimortalidade doque muitas doenas e bitos. Contudo, so patologias total-

    mente passveis de preveno e a ME, entre outras especia-lidades mdicas, age sobre ambas, direta ou indiretamente.A sociedade moderna apresenta novas necessidades:

    nas reas da preveno, da terapuca, da promoo dasade, e tambm na do alto desempenho esporvo. Acom-panhando essa tendncia e a efeva expanso desse mer-cado profissional, faz-se necessria a formao de mdicosespecializados na rea.

    Residncia Mdica

    Entrada Acesso direto.

    Durao 3 anos.

    Rodzio nas reas

    - Clnica Mdica;

    - UBS;- Urgncias e Emergncias;- UTI;- Ambulatrio de Ortopedia e Trau-matologia;- Reumatologia;- Reabilitao;- Biomecnica Esporva;- Nutrio Esporva;- Avidades Fsicas para Crianas,Adultos e Idosos;- Avidades em Academia.

    Mdia de vagas no pas8:- Sul: 2;

    - Sudeste: 6.

    2. reas de atuaoA Medicina do Esporte organiza-se basicamente da se-

    guinte forma:- Clnica do Exerccio e do Esporte, em que h atendimen-

    to tanto de pessoas comuns, orientando avidades sicasnormais, como de atletas, em que deve haver um suportede alta complexidade devido alta exigncia. Aps o conta-to inicial, o mdico do esporte deve vivenciar o dia a dia doesporte, com as equipes e os atletas, supervisionando seutreinamento, realizando preveno de problemas clnicos eortopdicos, oferecendo suportes nutricional e psicolgico

    e atendendo intercorrncias mdicas, como o caso extremode morte sbita e sua preveno durante eventos espor-vos. Nessas avidades, o especialista tambm parcipa doapoio ao treinamento sico e tcnico das diferentes moda-lidades esporvas;

    - Ortopedia e Traumatologia do Exerccio e do Esporte,responsvel pela ateno clnica e cirrgica dos pacientescom leses esporvas. Esse atendimento deve, preferencial-mente, ser realizado por mdicos com a dupla formao em Medicina do Esporte e em Ortopedia e Traumatologia.Isso permite a assistncia global ao cliente e a compreensode suas necessidades como pracante da avidade sica;

    - Avaliao Funcional do Exerccio e do Esporte, queabrange a avaliao e o acompanhamento de indiv duosenvolvidos com a avidade sica em seus diferentes nveis,por meio de testes de funo das variveis e caracterscasfisiol gicas durante o esforo sico, como testesergoespiromtricos, curvas de lactato, testes neurofuncio-nais, dentre diversos outros;

    - Reabilitao no Exerccio e no Esporte, uma das princi-pais reas da ME. H a reabilitao de quem teve problemastemporrios e est retornando s avidades ou mesmo a-vidades que levam portadores de deficincia sica a se be-neficiarem, alm de dar apoio ao esporte compevo para

    deficientes, o esporte paraolmpico;

    MEDICINA DO ESPORTE11

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    - reas de Suporte ao Exerccio e ao Esporte, que mul-disciplinar, envolvendo Nutrio, Psicologia, Assistncia So-cial, Enfermagem e diversas outras que contribuem para aboa prca esporva de pessoas comuns e de atletas.

    3. Vantagens e dificuldades

    A principal vantagem da rea a pequena quandadede profissionais no mercado, o que abre um enorme lequede possibilidades. H grande carncia desses profissionaispara exercer suas funes em clubes, equipes, agremiaesesporvas e mesmo em escolas e no Programa de Sade daFamlia, onde o esmulo e a orientao adequada de avi-dade sica devem ser obrigatrios.

    As principais dificuldades so a pequena quandade devagas disponveis em todo o Brasil e a falta de conhecimentoda rea por grande parte das pessoas.

    O que o tornar um bom mdico do esporte?- Gostar de atendimento clnico;

    - Estar preparado para lidar com atletas e profissionais de todosos nveis;

    - Ter raciocnio lgico, visando relacionar os achados clnicoscom as principais patologias do aparelho locomotor ou do orga-nismo como um todo.

    4. Situao atual e perspectivas

    No h dvida da necessidade desse profissional no mer-cado. Cada vez mais, clubes, associaes esporvas, escolas

    e mesmo a populao em geral precisa de um profissionalcom as caracterscas do mdico do esporte. A pequenaquandade de profissionais deve atrair mais pessoas paraessa rea.

    Como perspecva mais imediata, os grandes eventosesporvos que teremos em nosso pas nos prximos anos,a Copa do Mundo e as Olimpadas, levaro a uma grandevisibilidade dessa especialidade. Com isso, em poucos anosteremos a consolidao definiva da rea e, com certeza, onmero de mdicos do esporte dever crescer.

    Mdicos do esporte em avidade

    Cerca de 420 em 2012

    5. Estilo de vida

    Por ser uma rea com poucos profissionais e uma gran-de demanda, deve haver propostas muito interessantes aosmdicos que a escolherem.

    O profissional tambm poder escolher a melhor manei-ra de levar seu codiano, decidindo as formas de atuao. Seescolher trabalhar em clubes de futebol ou de outros espor-tes, dever ter em mente que poder viajar constantemente

    acompanhando o clube.

    6. Subespecialidades

    - Traumato-Ortopedia Desporva;- Cardiologia do Esporte;- Medicina do Exerccio.

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    1. IntroduoA Medicina de Trfego o ramo da cincia mdica que

    trata da manuteno do bem-estar sico, psquico e social

    do ser humano que se desloca, qualquer que seja o meio.

    reconhecida como especialidade mdica pela Associao

    Mdica Brasileira, pelo Conselho Federal de Medicina e pela

    Comisso Nacional de Residncia Mdica. Prope-se, por-

    tanto, a estudar as causas do acidente de trfego, a fim de

    preveni-lo ou migar suas consequncias, alm de contri-

    buir com subsdios tcnicos para a elaborao do ordena-

    mento legal e a modificao do comportamento do usu-

    rio do sistema de circulao viria. Suas principais reas de

    atuao so Medicina de Trfego Prevenva, Curava, Legal,

    Ocupacional e Medicina de Viagem.

    A Medicina de Trfego surgiu em 1960, em um Congres-

    so de Medicina Legal em Nova York. Os mdicos legistas l

    reunidos, impressionados com o volume que chegava s

    suas mos, relatando as consequncias mais dramcas

    dos infortnios do trfego e sensibilizados por essa trgica

    evidncia, tomaram a histrica deciso de se reunir, ainda

    naquele ano, em San Remo, na Itlia, ocasio em que funda-

    ram a Associao Internacional de Medicina dos Acidentes e

    do Trfego (IAATM). O 1 congresso dessa associao acon-teceu em Roma, em 1963.

    Residncia Mdica

    Entrada Acesso direto.

    Durao 2 anos.

    Rodzio nas reas

    - Medicina do Trfego Ocupacional;- Medicina de Viagem;- Medicina de Trfego Areo;- Medicina do Trfego Aquco;- Medicina do Trfego Ferrovirio.

    Mdia de vagas no pas 2:

    - Sudeste: 2.

    2. reas de atuaoO mdico do trfego pode atuar em diversas reas:- Medicina do Trfego Prevenva, que idenfica fatores

    eolgicos dos acidentes, promovendo diversas aes a fimde reduzir a morbimortalidade por acidentes de trnsito.Dentre as aes, est o Exame de Apdo Fsica e Mental,de grande importncia para a conduo de veculos hoje;

    - A Medicina de Trfego Legal, que realiza percias, ava-liaes e colabora com o Poder Pblico para segurana detrnsito;

    - Medicina de Trfego Curava, que cuida do atendimento

    pr-hospitalar no local do acidente e do transporte da vma;- Medicina de Trfego Ocupacional, que cuida da

    preveno das doenas dos motoristas profissionais, sejamelas orgnicas ou psquicas;

    - Medicina do Viajante que, entre outras aes, visa oplanejamento da viagem, as doenas infectocontagiosasprevalentes no percurso etc.;

    - Medicina de Trfego Aeroespacial, que especializamdicos para trabalharem em empresas areas, no trans-porte areo de doentes, nos aeroportos etc.;

    - Dentre outros.

    3. Vantagens e dificuldades

    A principal vantagem da rea a grande demanda, prin-cipalmente no que diz respeito aos exames de apdo paraa direo, j que, a cada dia, mais condutores so formados.Tambm a grande flexibilidade de horrio que a carreira per-mite, pois h possibilidade de pequenas cargas horrias pelasemana, por exemplo.

    J uma das dificuldades consiste em acomodar essa faci-lidade de carga horria remunerao, o que pode levar afalta de atualizao e busca por novas oportunidades e co-

    nhecimento.

    MEDICINA DO TRFEGO12

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    O que o tornar um bom mdico do trfego?

    - Gostar de Epidemiologia e Medicina Legal;

    - Estar atento aos aspectos prevenvos da medicina;

    - Pensamento lgico e criavo.

    4. Situao atual e perspectivas

    Essa uma rea que tem crescido cada vez mais, j queso necessrios profissionais com as caracterscas que essaResidncia oferece, capacitado para as diversas avidades,como realizar os exames de apdo sica e mental paracondutores e candidatos a condutores exigidos pelo Cdigode Trnsito Brasileiro; atuar no atendimento pr-hospitalarde vmas de acidentes de trfego; atuar em empresas(pblicas, privadas, autarquias ou sindicatos) de transpor-te terrestre, marmo ou areo, na rea de segurana detrfego e sade ocupacional; atuar como orientadores deviagens; atuar em percias securitrias de vmas de aciden-

    tes de trnsito; orientar, analisar, realizar pesquisas e contri-buir na organizao educacional e legal do trnsito.

    Mdicos do trfego em avidade

    Cerca de 1.850 em 2012

    5. Estilo de vida

    Essa uma rea onde o profissional pode fazer seus ho-rrios da maneira que melhor lhe convier. Por ter diversasopes de atuao e carga horria diversificada, o eslo devida pode ser ideal para aqueles que querem conciliar o tra-

    balho e as diversas avidades do dia a dia.

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    1. IntroduoCom as reformas brasileiras em sua constuio e no

    seu modo de trabalho e o pas deixando de ser rural parase tornar urbano, vrias mudanas aconteceram a parr dadcada de 1920 no Brasil. Essas mudanas eram relaciona-das aos trabalhadores industriais, j que o governo precisa-va se preocupar com os acidentes de trabalho. Porm, s nofim da dcada de 1960 que se estabeleceu uma legislaoespecfica e se criou a Medicina do Trabalho, formalmentereconhecida como especialidade mdica pelo Conselho Fe-deral de Medicina em 2003. A Residncia tem durao de 2

    anos e no necessita de pr-requisitos e responsabiliza-sepela segurana dos trabalhadores e sua sade ocupacional.

    Residncia Mdica

    Entrada Acesso direto.

    Durao 2 anos.

    Rodzio nas reas

    - Ambulatrio de Clnica Mdica;- Oalmologia;- Dermatologia;- Otorrinolaringologia;- Pronto-Socorro Clnica Mdica;- Pronto-Socorro Cirurgia;- Ortopedia;- Reumatologia;

    - Pneumologia;- Fisiatria e Medicina de Reabili-tao;- Psiquiatria.

    Mdia de vagas no pas19:- Sul: 5;- Sudeste: 14.

    2. reas de atuao

    Possui um campo de atuao amplo, lidando semprecom empresas, empregados e empregadores. preciso ter

    uma boa formao em Clnica Mdica e conhecer conceitos

    e ferramentas sobre a sade pblica. Existem variadas for-mas de trabalho:

    - Na rede pblica e privada de servios de sade, parci-pando da ateno integral sade dos trabalhadores, com-preendendo aes de promoo e proteo da sade, pre-veno de doena, diagnsco, tratamento e reabilitao;

    - Em organizaes sociais e sindicatos de trabalhadores;- Em organizaes do Estado, parcularmente no mbito

    do Trabalho, da Sade e da Previdncia Social;- Em instuies de seguro, pblicas ou privadas, reali-

    zando percias mdicas para avaliao de incapacidade parao trabalho e concesso de benecios;

    - Para o sistema judicirio, como mdico perito tcnico;- Em instuies de formao profissional e produo do

    conhecimento.

    3. Vantagens e dificuldades

    Uma das vantagens a unio da Clnica Mdica com apreveno da sade e com o conhecimento sobre a sadepblica, que proporciona um ambiente de trabalho maistranquilo, quando comparado correria da clnica de prontoatendimento ou de clnicas generalistas. Alm disso, o servi-o no to cansavo e se pode ter uma jornada no muito

    longa e receber uma boa remunerao. Como todo incio decarreira, esta tem dificuldades para insero no campo detrabalho. Os obstculos do 1 momento so ingressar numaempresa e estabilizar-se financeiramente.

    O que o tornar um bom mdico do trabalho?

    - Ser um bom clnico;

    - Reconhecer sinais e sintomas relacionados ao trabalho;

    - Saber obter uma histria da exposio do seu paciente;

    - Saber diagnoscar e tratar doenas relacionadas ao trabalho;

    - Saber idenficar os principais fatores de risco condos no am-biente;

    - Dominar os conceitos e ferramentas da sade pblica.

    MEDICINA DO TRABALHO13

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    GUIA DE ESPECIALIDADES

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    4. Situao atual e perspectivas

    A especialidade no desperta o interesse dos recm-for-mados como uma carreira a ser seguida permanentemente.A maioria comea na rea para conseguir uma renda assimque se forma ou porque no conseguiu entrar no curso deResidncia que pretendia, deixando de lado, assim, as vrias

    oportunidades e qualidades que essa especialidade podeoferecer em longo prazo. Com um nmero cada vez maiorde grandes empresas e com as boas oportunidades de em-prego e carreira que podem surgir, a Medicina do Trabalhoest em grande ascenso no mercado.

    Mdicos do trabalho em avidade

    Cerca de 9.087 em 2012

    5. Estilo de vida

    Possui, como vantagem, uma grande flexibilidade de ho-

    rrios, optando por quantas horas ou mesmo quantos diasse quer trabalhar durante a semana. Com isso, possveldedicar-se somente carreira ou concili-la com outras a-vidades.

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    1. IntroduoA Medicina Fsica e Reabilitao ou Fisiatria foi firmada

    como Residncia em 1954. O especialista ir dedicar-se aocuidado, ao diagnsco, ao tratamento e preveno de trau-mas ou doenas que geram algum po de incapacidade. ummdico clnico que no atua cirurgicamente e tem por metarestaurar as funes que a doena prejudicou. Os mtodos detratamento so prprios, tentando evitar ao mximo levar o pa-ciente para a cirurgia, trabalhando juntamente com uma equi-pe mulprofissional. Para ingressar nessa rea, no necess-rio nenhum pr-requisito, e o curso tem durao de 3 anos.

    Residncia Mdica

    Entrada Acesso direto.

    Durao 3 anos.

    Rodzio nas reas

    - Centro de Reabilitao, Unidadede Internao e Hospital-dia, Labo-ratrio de Eletrofisiologia e OficinaOrtopdica, Reabilitao do Apare-lho Locomotor, Cardiorrespiratria,Neurofuncional, Infanl, Profissio-nal, do Atleta, do Paciente com DorCrnica e Urolgica; atuao emequipe mulprofissional. Meios si-cos e Cinesioterapia;- Eletroneuromiografia; Biomecni-ca; Neuroanatomia e Neurofisiolo-gia; Imagenologia; rtese/Prtese eFisiologia do Exerccio.

    Mdia de vagas no pas

    30:

    - Centro-Oeste: 3;- Sul: 4;- Sudeste: 23.

    2. reas de atuao

    Apresenta um campo de trabalho variado, podendoatender um paciente diariamente e pertencer a uma equipe

    mulprofissional ou como consultor de outras especialida-

    des. Os pacientes atendidos so das mais variadas idades,que por algum movo perderam a capacidade funcional dealgum rgo ou sistema. Durante o atendimento, o fisiatravisualiza o paciente como um todo, com um objevo biop-sicossocial, buscando melhorias na sua qualidade de vida.Depois de obter o diagnsco, procurar o melhor tratamen-to, visando sua recuperao total, ou, quando no for pos-svel, a diminuio do impacto da doena. Alm disso, tratadoenas crnicas e doenas agudas.

    3. Vantagens e dificuldades

    Ter um vasto campo de abrangncia, tanto na rea dediagnsco quanto na de tratamento, permindo alterna-vas para leses adquiridas ou transitrias, uma vantagemdessa carreira. Mas, como desvantagem, est o suporte fi-nanceiro, pois sem verba adequada o profissional no con-segue receitar as medicaes que so de alto custo nem u-lizar novas tecnologias.

    O que o tornar um bom mdico de reabilitao?

    - Saber lidar com o paciente como um todo;

    - Ser um bom clnico;

    - Saber lidar com uma equipe muldisciplinar;

    - Cuidar de doenas crnicas e agudas.

    4. Situao atual e perspectivas

    Essa uma especialidade de excelente qualidade e to-talmente de acordo com a literatura internacional, sendoextremamente respeitada. Novas tecnologias esto dispo-nveis no mercado, como toxina botulnica, esmulos dasfunes eltricas, biofeedback, tratamento farmacolgico eprescrio de rteses ou prteses. Porm, seu crescimentoest diminuindo devido ao aumento da expectava de vida,

    o que faz as pessoas procurarem menos esse especialista.

    MEDICINA FSICAE REABILITAO

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    GUIA DE ESPECIALIDADES

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    Mdicos de reabilitao em avidade

    Cerca de 600 em 2012

    5. Estilo de vida

    Como na grande maioria das especialidades da medici-

    na, o eslo de vida acaba sendo moldado pelo prprio pro-fissional, j que isso depende da dinmica de vida que elealmeja. Pode optar por trabalhar em menos locais e fazeroutros pos de avidades semanais, desfrutar de temposmaiores com a famlia e rar frias. Mas tambm possvelse dedicar somente carreira, trabalhando em mais de 1emprego e, com isso, com menos tempo livre para realizaroutras avidades.

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    1. IntroduoEsta uma das especialidades mais angas, inaugurada

    em 1918 pelo professor Oscar Freire de Carvalho. consi-derada uma rea de sobreposio entre o Direito e a Me-dicina. Recentemente, a especialidade viveu a mudana donome, sendo ento chamada de Medicina Legal e PerciasMdicas. Dessa maneira, uniu-se tambm a 2 sociedadesque congregam mdicos peritos, a Associao Brasileira deMedicina Legal e a Sociedade Brasileira de Percias Mdicas,formando ento a Associao Brasileira de Medicinal Legal ePercias Mdicas. A formao exige conhecimentos mdicos

    gerais amplos e noes de Direito.Residncia Mdica

    Entrada Acesso direto.

    Durao 3 anos.

    Rodzio nas se-guintes reas

    - Ambulatrio de Clnicas Especializadas (Cl-nica Geral, Cardiologia, Pneumologia, Neuro-logia, Reumatologia);- Ambulatrio de Psiquiatria;- Ambulatrio de Cirurgias Especializadas(Cirurgia Geral, Otorrinolaringologia, Oal-mologia, Coloproctologia, Cirurgia Plsca eUrologia);- Ambulatrio de Obstetrcia e Ginecologia;

    - Ambulatrio de Ortopedia e Traumatologia;- Estgio em Anestesiologia, Unidade de Te-rapia Intensiva, Urgncia e Emergncia e emPercias;- Ambulatrio de Medicina do Trabalho, Se-xologia Forense, Percia Previdenciria, Au-ditorias Mdicas, Percias Administravas,Percias de Acidente do Trabalho, PerciasCveis, Percias de Vnculo Genco e Reabili-tao Profissional;- Necropsia, Percia Necroscpica, Psicopa-tologia Forense, Avaliao Criminolgica Pe-nitenciria, Toxicologia Forense, Laboratriode Medicina Legal e Criminalista.

    Mdia de vagas

    no pas

    18:

    - Sudeste: 18.

    2. reas de atuaoEssa especialidade no visa tratar ou prevenir doenas;

    seu objevo a jusa. O profissional que a exerce tem umpapel essencial sobre a conservao dos direitos do ser hu-mano. Atua fornecendo a prova tcnica de natureza mdicae pericial, na qual realiza invesgaes prprias da cinciamdica. No processo civil, sempre que a prova depender deconhecimento tcnico ou cienfico, o juiz ser assisdo porum perito. Pode atuar nos exames clnicos, laboratorial, ne-croscpico e vistoria de local, tendo a oportunidade de tra-balhar tanto no setor pblico quanto no privado (empresasseguradoras possuem mdicos contratados para atuar comoperitos nos processos administravos internos).

    3. Vantagens e dificuldades

    Por muito tempo, essa especialidade foi vista comoquem cuida de cadveres. Essa viso fez que, ao longo dosanos, vesse uma baixa procura pela formao acadmicana rea. Felizmente, essa viso comeou a ser modificadacom a criao da Residncia Mdica em Medicina Legal naFMUSP em 2004, e, a cada ano, aumenta a procura de m-dicos por adequada formao acadmica na rea por meio

    da especializao.

    O que o tornar um bom mdico legal?

    - Ser um bom clnico geral;

    - Apreciar o Direito;

    - Dominar as leis presentes nessa rea;

    - Dominar critrios mdico-legais especficos de cada situaopericial.

    4. Situao atual e perspectivas

    Desde 2004, a especiali