FES Cap4 Parte1

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Fundações Profundas

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  • Fundaes e Estruturas de Suporte

    Jos A. Marques Lapa

    Captulo 4 Fundaes profundas e semi-profundas

  • 4. Fundaes profundas

    4.1. Classificao e tipos de estacas

    4.1.1. Cravadas e pr-moldadas

    4.1.2. Moldadas sem escavao

    4.1.3. Moldadas escavadas com molde

    4.1.4. Moldadas escavadas sem molde com lamas

    4.1.5. Moldadas escavadas sem molde sem lamas

    4.1.6. Vantagens e inconvenientes

    4.1.7. Outras consideraes

    4.2. Segurana e dimensionamento

    4.2.1. Segurana e dimensionamento geotcnico EC7

    4.2.2. Dimensionamento estrutural em BA

    4.3. Capacidade resistente sob aes verticais estticas

    4.3.1. Estacas compresso

    4.3.2. Mtodos analticos

    4.3.3. Mtodos semi-empricos

    4.3.4. Estacas trao

    4.3.5. Estacas sobre rochas

    4.4. Grupos de estacas

    4.5. Macios de amarrao e vigas de fundao

    4.6. Assentamentos sob aes verticais estticas

    4.7. Comportamento a aes horizontais estticas

    4.8. Comportamento a aes dinmicas

    4.9. Ensaios de carga

    4.10. Ensaios de integridade de estacas

    4.11. Patologias e reforos de estacas

    4.12. Outras fundaes indiretas

    4.12.1. Barretas

    4.12.2. Poos ou peges

    4.12.3. Micro-estacas

    4.12.4. Critrios de escolha de soluo

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  • Fundaes e Estruturas de Suporte

    Captulo 4 Fundaes profundas e semiprofundas

    4.1. Classificao e tipos de estacas

  • 4. Fundaes profundas: Estacas

    As estacas utilizam-se em geral para resistir a aes de compresso

    do solo, quando o terreno resistente est a profundidade superior a

    cerca de 6 a 8 metros.

    Podem funcionar por ponta, por atrito lateral (fuste) ou misto.

    As estacas so encabeadas por macios,

    podendo abarcar uma ou mais estacas,

    que neste caso funcionaro em grupo.

    Os macios so tambm

    normalmente ligados por

    vigas de fundao.

    Cabea

    Fuste

    Ponta

    4

  • 4. Fundaes profundas

    Tipos de fundao:

    Fundaes superficiais ou diretas Menos de 4 m

    (exemplos: sapatas isoladas, contnuas ou ensoleiramentos)

    Fundaes semi-profundas Entre 4 a 6 m

    (exemplos: peges ou poos)

    Fundaes profundas ou indiretas Mais de 6 m

    (exemplos: estacas, barretas, tubules)

    (Incluram-se as microestacas embora sejam muitas vezes

    utilizadas para pequenas profundidades)

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  • 4. Fundaes profundas

    Formas de Fuste

    Seco Transversal

    Ponta da Estaca

    - circular;

    - quadrada;

    - hexagonal;

    - octogonal;

    - triangular;

    - H;

    - I;

    -

    Geometria das estacas

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  • 4. Fundaes profundas

    Posio e disposio das estacas

    Quanto posio:

    verticais;

    inclinadas.

    Quanto disposio:

    isoladas;

    em grupo.

    Estaca vertical isolada

    Estacas inclinadas em grupo

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  • 4. Fundaes profundas

    Utilizao de estacas

    As estacas so usualmente utilizadas nas seguintes situaes:

    Quando as camadas de terreno com capacidade de suporte se encontram a grandes

    profundidades;

    Quando as camadas superficiais, embora tenham capacidade de suporte suficiente,

    so muito deformveis ou essas deformaes so muito variveis de ponto para ponto

    o que pode originar assentamentosdiferenciais;

    Quando haja a possibilidade de perda de suporte provocada pela eroso devida a

    gradientes hidrulicos elevados;

    Quando as camadas superficiais so suscetveis de experimentarem levantamentos e

    assentamentos cclicos, devido variao sazonal do teor em gua do solo;

    Quando as super-estruturas transmitem fundao cargasconcentradas, verticais

    e/ou horizontais, muito elevadas. No caso de serem cargas horizontais pode ser

    necessrio o uso de estacas inclinadas;

    Nas situaes em que as super-estruturas transmitam esforos de trao ou

    momentos que, ao ser insuficiente a carga vertical, provoquem traes.

    Em zonas urbanas como fundao de edifcios junto a zonas potenciais de escavao;

    Solos suscetveis a liquefao .

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  • 4. Fundaes profundas

    Comportamento, modo de funcionamento e aplicao

    Estacas de ponta A resistncia mobilizada na ponta da estaca. Terrenos

    atravessados pelo fuste da estaca com capacidade insuficiente e terreno onde

    esta se apoia na ponta, resistente e espesso;

    Estacas flutuantes A resistncia mobilizada ao longo do fuste por atrito ou

    adeso lateral. Resistncia do terreno onde se localiza a ponta da estaca,

    igual ou inferior do terreno atravessado pelo fuste (camada resistente a

    uma profundidade muito elevada). Assentamentos no desprezveis;

    Estacas mistas A resistncia mobilizada ao longo do fuste e na ponta da

    estaca. Combinao das anteriores.

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  • 4. Fundaes profundas

    Comportamento e modo de funcionamento

    > Fundao rgida de 1 ordem funcionamento de ponta

    desprezvel

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  • 4. Fundaes profundas

    Comportamento e modo de funcionamento

    > Fundao rgida de 2 ordem funcionamento de ponta e atrito lateral.

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  • 4. Fundaes profundas

    Comportamento e modo de funcionamento

    > Fundao flutuante unicamente atrito lateral

    Presso sobre a ponta desprezvel

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  • 4.1 Classificao e tipos de estacas

    Material Metal

    Madeira

    Beto Armado

    Modo de execuo Cravadas

    Moldadas s/ escavao

    Moldadas escavadas

    Extrao de

    terreno

    Com

    Sem

    Tipo de

    resistncia

    Ponta

    Fuste (flutuantes )

    Mistas

    Geometria do

    fuste e da seco

    Seco constante

    Seco varivel

    Circular

    Triangular

    Quadrada

    Tubular

    I, H

    Composta

    Tipos de classificao de estacas

    Cravadas ou

    pr -moldadas

    Metal, Madeira, BA

    Mega

    Moldadas

    (sem extrao )

    Franki

    Omega

    Moldadas escavadas

    com tubo moldador

    recuperado

    Moldadas escavadas

    com tubo moldador

    perdido

    Vara+balde / Trado

    Strauss

    Raiz

    Encamisada

    Moldadas escavadas

    sem tubo moldador

    sem lamas

    Moldadas escavadas

    com lamas bentonticas

    ou polmeros

    Trado contnuo

    Vara+Balde

    Trado curto

    Classificao mais utilizada

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  • 4.1 Classificao e tipo de estacas

    Classificao das estacas: metodologia de construo

    > A classificao das estacas pode ser realizada de diversas formas, como se verificou.

    > No tipo de classificao mais usual considera-se, por um lado, o efeito que a construo

    da estaca produz no terreno envolvente e, por outro lado, o modo como so instaladas.

    Deste modo distinguem-se dois grandes tipos de estacas:

    Estacas instaladas com deslocamento do terreno as estacas so instaladas sem

    extrao de terreno e por conseguinte comprime -se o solo envolvente de modo a

    criar o espao necessrio para a estaca;

    Estacas instaladas sem deslocamento do terreno as estacas so construdas

    aps a furao e com extrao do terreno.

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  • 4.1 Classificao e tipo de estacas

    Estacas no escavadas (instaladas com deslocamento do terreno)

    - Este tipo de estacas, ao serem instaladas, comprimem lateralmente o terreno ,

    provocando um aumento muito significativo da tenso horizontal bem como

    alteraes nas caractersticas do solo envolvente.

    - A instalao das estacas no terreno pode ser feita por:

    Pancadas de um martelo;

    Vibrao;

    Presso de macacos hidrulicos ou de cargas;

    Rotao.

    - Estas estacas podem ser divididas nos seguintes sub-grupos:

    Estacas cravadas pr-fabricadas estacas slidas ou ocas (com base fechada e

    solidarizada ao tubo oco) introduzidas no terreno at posio definida;

    -

    estacas construdas pela cravao de um tubo fechado na base (com um rolho

    solidarizado ao tubo oco); retirada do tubo com perda da ponta, ficando a base

    na posio previamente definida; enchimento, em simultneo, do vazio criado,

    com beto. A colocao da armadura pode ser antes ou logo aps a betonagem.

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  • 4.1.1 Estacas cravadas e pr-moldadas

    Estacas cravadas pr-fabricadas

    - A sua principal caracterstica reside no facto do solo perturbado pela

    cravao, ficar em contacto com a estaca pr -fabricada

    - Englobam-se neste tipo de estacas:

    Estacas constitudas por perfis de ao (ex. perfis H ou I);

    Estacas hlice de ao;

    Estacas de madeira;

    Estacas tubulares de ao ou beto (desde que a base esteja fechada para

    que no haja entrada de solo);

    Estacas pr-fabricadas de beto de seco cheia.

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  • 4.1.1 Estacas cravadas e pr-moldadas

    Cravadas metlicas

    17

  • 4.1.1 Estacas cravadas e pr-moldadas

    Cravadas de madeira

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  • 4.1.1 Estacas cravadas e pr-moldadas

    Cravadas de beto

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  • 4.1.1 Estacas cravadas e pr-moldadas

    Cravadas de beto

    Na cabea da estaca retira-se a ligao metlica e executam-se os macios de amarrao.

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  • 4.1.1 Estacas cravadas e pr-moldadas

    Pr-moldadas Mega

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  • 4.1.2 Estacas moldadas

    Estacas moldadas sem extrao de terreno

    - Habitualmente a execuo deste tipo de estacas inicia -se com a cravao de

    um tubo resistente que molda a forma da estaca, fechado na base com um

    tampo temporrio em ao ou com um rolho de beto.

    - Depois de colocada a armadura, o beto colocado no tubo medida que

    este vai sendo retirado, ficando a base ou o rolho imveis na posio definida

    na aplicao do tubo.

    - Neste tipo de estacas o beto fica em contacto direto com o solo, tendo o

    risco de se misturar com gua ou solo se o tubo for retirado de forma incorreta.

    Para evitar estas situaes o nvel de beto no tubo deve estar sempre acima da

    sua base.

    - Englobam-se neste tipo de estacas:

    Estacas Franki

    Estacas Omega

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  • 4.1.2 Estacas moldadas

    Estacas moldadas sem extrao do terreno

    Genericamente, efetuada a cravao do tubo de molde obturado na ponta, coloca -se a

    armadura e realiza -se a betonagem de baixo para cima enquanto se retira o tubo moldador em

    que a ponteira de beto ou ao fica perdida. A cravao do tubo moldador pode ser efetuada por

    rotao, percusso ou apiloamento, originando diferentes tcnicas.

    O tubo moldador pode tambm ser substitudo por uma sonda rotativa que desloca o terreno

    lateralmente, originando assim duas tcnicas diferentes de execuo.

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  • 4.1.2 Estacas moldadas

    Estacas moldadas Franki

    Introduo

    O processo construtivo da estaca tipo Franki tradicional consiste em cravar no terreno um tubo com a ponta fechada por uma "bucha" de brita e

    areia, batida por um pilo de queda livre que arrasta o tubo por atrito, obtendo-se ao final da cravao do tubo uma forma absolutamente estanque,

    sem extrao do solo.Base alargada

    Ao at ingir a profundidade desejada, o tubo levantado ligeiramente e mant ido imvel pelos cabos do bate-estacas, expulsando-se a bucha

    atravs de golpes de pilo, tomando-se o cuidado de deixar no tubo uma certa quant idade de bucha para garant ir a estanqueidade. Nesta

    fase, introduz-se beto seco sob golpes de pilo formando no terreno a base alargada.

    Armadura

    A armadura constituda por vares longitudinais e estribo em espiral soldado, mesmo que as aes a que a estaca venha a ser submetida no

    indiquem a sua necessidade, usa-se uma armadura mnima construtiva.

    Betonagem

    Uma vez colocada a armadura, executa-se a betonagem do fuste da estaca apiloando-se em pequenas quantidades ao mesmo tempo em que o

    tubo retirado do terreno, mantendo-se uma altura de beto dentro do tubo, suficiente para impedir a entrada de gua e do solo.

    Estaca com extrao de solo interior

    Em situaes especiais pode-se cravar numa primeira etapa o tubo com a ponta aberta (tubo cravado com trao dos cabos do bate-estacas) e o

    solo no interior do tubo retirado com auxlio de uma piteira.

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  • 4.1.2 Estacas moldadas

    Estacas moldadas Franki

    25

  • 4.1.2 Estacas moldadas

    Introduo

    O processo construtivo da estaca tipo Omega tradicional consiste em

    cravar no terreno um tubo com a ponta em trado de forma cnica que

    perfura o solo como um parafuso, com deslocamento lateral do solo. Por

    screw

    Betonagem

    Depois de atingir a profundidade desejada, procede-se extrao do

    trado mas com o mesmo sentido de rotao que o utilizado na

    perfurao, garantindo o deslocamento do solo. Atravs de bombagem

    pela haste tubular da sonda, introduzido o beto que vai preenchendo o

    espao deixado pelo trado.

    Armadura

    A armadura constituda por vares longitudinais e estribo em espiral

    soldado e instalada aps a betonagem. Isto pode ser um fator limitativo

    do comprimento da armadura e, tambm, pode impossibilitar o uso destas

    estacas quando sujeitas a esforos de trao ou quando utilizadas como

    elemento de conteno.

    As armaduras podem ser instaladas por gravidade, por compresso de

    um pilo ou por vibrao, sendo esta ltima a mais recomendada.

    Normalmente este aspeto construtivo, limita o comprimento da estaca a

    cerca de 20 metros.

    Outras solues semelhantes

    Normalmente apenas diferem no tipo de trado. Podem nomear-se as

    seguintes: Atlas, De Waal e Spire.

    Estacas moldadas Omega

    26

  • 4.1.2 Estacas moldadas

    Estacas moldadas Omega

    Trado cnico Omega e processo de perfurao

    27

  • 4.1.3 Estacas moldadas escavadas com molde

    Estacas escavadas (moldadas com escavao)

    Estacas

    moldadas

    escavadas Sem tubo

    moldador

    Com tubo

    moldador

    - Trado contnuo

    - Com lamas (Balde/trado)

    - Recupervel (Balde/trado, Strauss, Raiz)

    - Perdido (Balde/trado, Strauss)

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  • 4.1.3 Estacas moldadas escavadas com molde

    Estacas escavadas (com tubo moldador recupervel)

    Genericamente, efetuada a cravao do tubo de molde sem obturao na ponta, procede -se

    escavao no interior do tubo, com balde ou trado curto, coloca -se a armadura e realiza-se a

    betonagem de baixo para cima enquanto se retira o tubo moldador. A cravao do tubo moldador

    pode ser efetuada por rotao, percusso ou por ao do seu peso e a extrao do terreno pode

    ser efetuada durante a cravao do tubo ou no final dessa etapa, originando diferentes tcnicas.

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  • 4.1.3 Estacas moldadas escavadas com molde

    Estacas escavadas a balde ou trado (com tubo moldador recupervel)

    O tubo cravado por rotao e/ou percusso (morsa)

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  • 4.1.3 Estacas moldadas escavadas com molde

    Estacas escavadas a vara ou trado (com tubo moldador recupervel)

    O solo no interior do tubo extrado por

    grab (garras) suspenso, vara kelly (telescpica rotativa) com balde ou trado curto

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  • 4.1.3 Estacas moldadas escavadas com molde

    Estacas escavadas a vara ou trado (com tubo moldador recupervel)

    colocada a armadura no interior do tubo em que o solo foi totalmente extrado

    32

  • 4.1.3 Estacas moldadas escavadas com molde

    Estacas escavadas a vara ou trado (com tubo moldador recupervel)

    tremie bombagem efetuada a betonagem de baixo para cima

    33

  • 4.1.3 Estacas moldadas escavadas com molde

    Estacas escavadas a vara ou trado (com tubo moldador recupervel)

    Enquanto efetuada a betonagem os tubos vo sendo extrados

    34

  • 4.1.3 Estacas moldadas escavadas com molde

    Escavao com sonda

    Perfurao

    A perfurao efetuada com uma sonda designada por piteira

    posicionada dentro do primeiro tubo de revestimento (com a

    extremidade inferior dentada) e em golpes sucessivos, a piteira

    retirar o solo do interior, abaixo do tubo, que se introduzir aos

    poucos no terreno, por efeito do seu peso prprio.

    Quando o tubo estiver totalmente cravado, ser rosqueado um

    novo tubo na extremidade superior livre e reiniciado o trabalho

    da piteira. Este procedimento ser repetido at que se atinja a

    profundidade prevista para a perfurao ou as condies de

    suporte previstas para o terreno.

    Betonagem

    Ao atingir a profundidade desejada e procedida a limpeza do

    tubo, ser efetuada a betonagem com o beto a ser apiloado

    com o auxlio de um pilo metlico, visando a formao de um

    bolbo na base da estaca.

    Segue-se a betonagem do fuste da estaca com o beto e

    apiloamento, iniciando-se a remoo dos tubos de revestimento,

    com auxlio de um guincho mecnico.

    Armadura

    Antes da betonagem dos ltimos dois metros da estaca

    colocada a armadura.

    Estacas escavadas Strauss (com tubo moldador recupervel)

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  • 4.1.3 Estacas moldadas escavadas com molde

    Perfurao

    A perfurao realizada por rotao e percusso do tubo

    moldador com utilizao de gua ou ar comprimido.

    Essa perfurao processa-se com o tubo de revestimento

    munido na extremidade de uma coroa de perfurao

    adequada s caractersticas do terreno. O material

    escavado misturado continuamente com gua introduzida

    por dentro do tubo. Esse fludo juntamente com o solo

    escavado, reflui pelo espao entre o tubo e o terreno,

    permitindo uma perfeita lubrificao exterior do tubo e

    assim facilitando a penetrao do prprio tubo.

    Armadura

    Aps esta etapa e com o tubo ainda no furo, coloca-se a

    armadura. No caso de estacas muito profundas, a

    armadura pode ficar suspensa para ficar vertical.

    Betonagem

    O beto injetado sob presso aps a perfurao. Com o

    lanamento do beto no fundo, a gua ou a lama utilizada

    na perfurao vai sendo empurrada para cima at completa

    expulso. Durante a betonagem, procede-se a retirada do

    tubo (encamisamento), ao mesmo tempo em que se aplica

    presso no beto j lanado atravs de ar comprimido.

    Essa compresso realizada vrias vezes, at total

    execuo da estaca., acrescentando a cada vez a

    quantidade de beto necessrio para completar o

    preenchimento da tubagem.

    Devido utilizao de presso de betonagem, a estaca

    apresenta o fuste com rugosidade e expanses laterais

    proporcionando uma melhor resistncia por atrito lateral

    Estacas escavadas Raiz (com tubo moldador recupervel)

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  • 4.1.3 Estacas moldadas escavadas com molde

    Estacas escavadas encamisadas (com tubo moldador perdido)

    O tipo de perfurao e escavao semelhante das estacas com molde recupervel,

    s que na fase de betonagem no retirado o tubo moldador.

    37

  • 4.1.4 Estacas moldadas escavadas sem molde com lamas

    Estacas escavadas com balde ou trado curto, com lamas ou polmeros

    Genericamente, efetuada a cravao superficial de uma guia para a utilizao de um trado ou

    de balde, com trepano ou outra ferramenta de corte se necessrio, sendo o solo extrado por

    rotao do trado ou por corte do balde, sendo o volume ocupado por lamas bentonticas ou

    polmeros. Depois da escavao colocada a armadura e efetuada a betonagem com utilizao

    de tremie, de baixo para cima, sendo as lamas empurradas para o exterior onde so recuperadas

    para reutilizao aps limpeza de detritos.

    38

  • 4.1.4 Estacas moldadas escavadas sem molde com lamas

    Estacas escavadas com vara, balde ou trado curto, com lamas bentonticas

    O emprego das lamas bentonticas comeou nas perfuraes petrolferas, passando a serem utilizadas na execuo de

    estacas sem molde. A lama bentontica constituda fundamentalmente de gua e bentonite. A bentonite uma rocha

    vulcanica constituda de "montmorilonita", cuja frmula qumica MgCa.

    Trata-se de material tixotrpico, ou seja, em disperso fluidifica mudando o seu estado fsico por efeito de agitao e em

    repouso gelatinosa com ao anti-infiltrante.

    Atravs de centrais de reciclagem, a lama pode ser limpa de detritos da escavao e de beto e pode ser reutilizada em

    grande percentagem.

    Betonagem com escorrimento de lama de bentonite para aproveitamento em central

    recicladora de lama

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  • 4.1.4 Estacas moldadas escavadas sem molde com lamas

    Estacas escavadas com vara, balde ou trado curto, com polmeros

    O emprego dos polmeros recente devido a algumas restries ambientais relativamente s lamas bentonticas. O

    polmero biodegradvel sendo um material sinttico que funciona como uma rede com capacidade de segurar o solo.

    O polmero uma longa molcula formada pela adio da simples repetio de grupos denominados monomeros. Eles

    unem-se pelas extremidades de forma similar s ligaes dos elos de uma corrente. Quando a gua entra em contato com

    o polmero, as suas molculas so presas pelas longas cadeias do polmero fazendo com que sua estrutura inche dando

    maior viscosidade ao material.

    Execuo de estaca escavada com utilizao de polmeros

    40

  • 4.1.4 Estacas moldadas escavadas sem molde com lamas

    Estacas escavadas com vara e balde ou trado curto, com lamas ou polmeros

    Utilizao de vara telescpica kelly com balde com coroa de perfurao ou trado curto

    41

  • 4.1.4 Estacas moldadas escavadas sem molde com lamas

    Estacas escavadas com balde ou trado curto, com lamas ou polmeros

    42

  • 4.1.5 Estacas moldadas escavadas sem molde sem lamas

    Estacas escavadas a trado contnuo, sem lamas ou polmeros

    Genericamente, efetuada a escavao com ao de um trado contnuo, at profundidade

    desejada. O trado depois retirado, com rotao igual escavao, enquanto simultaneamente

    efetuada a betonagem pelo veio oco do trado. Depois da betonagem completa colocada a

    armadura por presso sobre o beto.

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  • 4.1.5 Estacas moldadas escavadas sem molde sem lamas

    Escavao por trado contnuo

    Estacas escavadas por trado contnuo sem lamas

    44

  • 4.1.5 Estacas moldadas escavadas sem molde sem lamas

    Escavao por trado contnuo e colocao de armadura aps betonagem

    Estacas escavadas por trado contnuo sem lamas

    45

  • 4.1.4 Escavadas sem molde sem lamas

    Sequncia de execuo de estaca escavada por trado contnuo (CCCIUA)

    Estacas escavadas por trado contnuo sem lamas

    46

  • 4.1.4 Escavadas sem molde sem lamas

    Sequncia de execuo de estaca escavada por trado contnuo (ESSUA)

    Estacas escavadas por trado contnuo sem lamas

    47

  • 4.1.6 Vantagens e inconvenientes

    > Estacas cravadas Vantagens

    - Rapidez de execuo;

    - Limpeza da obra;

    - Podem ser cravadas at prevista;

    - O terreno na ponta fica compactado e em contacto com esta;

    - Estabilidade em solos compressveis;

    - A estaca pode ser inspecionada antes da cravao;

    - Resistente a ataques qumicos;

    - Podem ser recravadas quando sujeitas a levantamento do solo;

    - O nvel fretico no afeta o processo construtivo;

    - Possibilidade de cravar grandes comprimentos;

    - Podem aumentar a compacidade relativa da camada granular da

    fundao;

    - situ tcnica e equipamento.

    48

  • 4.1.6 Vantagens e inconvenientes

    > Estacas cravadas Inconvenientes

    - Maiores custos;

    - Dificuldade na variao e ajuste de comprimento;

    - Podem ser danificadas pela utilizao de excessiva energia de

    cravao;

    - Espao em estaleiro antes da cravao;

    - No podem ser cravadas com grande dimetro ou em condies de

    limitao de p -direito;

    - Provocam rudo, vibraes e deformao no terreno;

    - Perturbao do terreno que pode levar a reconsolidao e

    desenvolvimento de atrito negativo nas estacas;

    - Levantamento e perturbao do terreno envolvente pode causar

    danos em estruturas vizinhas;

    - Impossibilidade de alargamento da base.

    49

  • 4.1.6 Vantagens e inconvenientes

    > Estacas moldadas Vantagens

    - Grande variedade de dimetros disponveis;

    - No causam vibraes importantes;

    - No causam rudo;

    - No existe o risco de levantamento do terreno;

    - O alargamento da base pode ir at dois a trs dimetros;

    - Atingem grandes profundidades;

    - Podem ser recolhidas amostras dos solos atravessados;

    - O dimensionamento da armadura no depende das condies de

    manuseamento e cravao.

    50

  • 4.1.6 Vantagens e inconvenientes

    > Estacas moldadas Inconvenientes

    - Dificuldade em garantir verticalidade;

    - Dificuldade na garantia das dimenses da seco transversal;

    - Existe a possibilidade de estrangulamento;

    - Pode dar-se arrastamento de finos;

    - H dificuldades de betonagem debaixo de gua;

    - O beto no pode ser inspecionado aps colocao;

    - Pode existir descompresso nos solos arenosos;

    - No se pode efetuar alargamento da base nos terrenos sem coeso.

    51

  • 4.1.6 Outras consideraes

    52

    Distncias entre estacas

    A distncia entre estacas depende do tipo de execuo, se as estacas so para

    agrupar ou se so isoladas.

    Exemplos de indicaes de algumas normas com espaamento mnimo

    recomendado entre estacas:

    d-dimetro da estaca

  • 4.1.6 Outras consideraes

    53

    Preos indicativos de custo de algumas solues:

  • 4.1.6 Outras consideraes

    54

    Preos indicativos de custo de algumas solues:

  • Fundaes e Estruturas de Suporte

    Captulo 4 Fundaes profundas e semiprofundas

    4.2. Segurana e dimensionamento de estacas

  • Fundaes e Estruturas de Suporte

    Captulo 4 Fundaes profundas e semiprofundas

    4.2.1 Segurana e dimensionamento geotcnico EC7

  • 4.2.1 Segurana e dimensionamento EC7

    57

    Eurocdigo 7 Projeto geotcnico

    Parte 1: Regras Gerais

    NP EN 1997-1

    Captulo 7 Fundaes por estacas

    Anexos

  • 4.2.1 Segurana e dimensionamento EC7

    58

    Relembrando:

  • 4.2.1 Segurana e dimensionamento EC7

    59

  • 4.2.1 Segurana e dimensionamento EC7

    60