CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os...

38
Vieiros: Opinión CONTACTA CON VIEIROS NOVAS HOXE AO COMPLETO OPINIÓN NO ESCÁNER GALERÍAS FOTOGRÁFICAS ALGO ESPECIAL ANTERIORES COMUNIDADE AXENDA CHAT-CHAT- CHAT FOROS ENQUISAS POSTAIS TENDA LIGAZÓNS BUSCADOR NOVIDADES TOP100 DOSSIERS PUBLICIDADE QUE É VIEIROS MEDO AOS AVIÕES Artigos publicados de José Ramom Pichel: Quatro balas na recâmara [29/12/2006] Dedicado a Guadi Galego, Ugia Pedreira, Ramom Pinheiro e Pedro Pascual por tudo o aprendido e/ou desaprendido, que já não lembro bem. A bala da recâmara é a bala tímida, a importante, a surpresa final, a melhor trabalhada, a desejada, a temida, agochada trás das suas irmãs que já voaram. Na música na Galiza ultimamente há muitas balas na recâmara, que saíram ao mesmo tempo impredizível, após um trabalho de anos consistente, duro, sem possibilidade de ser raiado com a facilidade do passar do tempo. Uma música sobretudo autoral, reelaborada com ingredientes subcutáneos que nos atacam a dermis, que a redescobrem. Quando naqueles míticos anos 80 Golpes Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham autores, e provocar e desfrutar era o bem mais procurado descubri que era possível e-mocionar-se com quatro a um tempo. O meu campo era batido, semeado por umas balas de "movida" com sabor a vinilo. Foi o começo desta história. Liquidación de existencias (Cartafol de libros) (04/05/2006) Risotto verde tecnológico à galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica) (09/01/2006) Universidade pública: proibido pescar (04/10/2005) Bósnia 1995-2005. Don’t Forget (11/09/2005) A língua não é um MP3(II): se queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005) Se a nova Galiza virasse para as ilhas tecnológicas (02/12/2004) A língua não é um MP3, (I) (28/09/2004) Programar em Lua (07/07/2004) Os nossos ocos tecnológicos (21/06/2004) Patentar o Teorema de Pitágoras (09/06/2004) Os SMS estão comprimindo os nossos diálogos (01/06/2004) O hipertexto ficou feliz ao conhecer Cortázar e Mário Cesariny quando passeava por lisboa e paris, qualquer domingo (12/05/2004) José Ramom Pichel José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundador da plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto. © Vieiros http://vello.vieiros.com/opinion/opiniontodos.php?id=33&Ed=1 [09-03-2007 3:26:43]

Transcript of CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os...

Page 1: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

CONTACTA CON VIEIROS

NOVAS

HOXE AO COMPLETO

OPINIÓN

NO ESCÁNER

GALERÍAS FOTOGRÁFICAS

ALGO ESPECIAL

ANTERIORES

COMUNIDADE

AXENDA

CHAT-CHAT-CHAT

FOROS

ENQUISAS

POSTAIS

TENDA

LIGAZÓNS

BUSCADOR

NOVIDADES

TOP100

DOSSIERS

PUBLICIDADE

QUE É VIEIROS

MEDO AOS AVIÕES

Artigos publicados de José Ramom Pichel:

Quatro balas na recâmara[29/12/2006] Dedicado a Guadi Galego, Ugia Pedreira, Ramom Pinheiro e Pedro Pascual por tudo o aprendido e/ou desaprendido, que já não lembro bem.

A bala da recâmara é a bala tímida, a importante, a surpresa final, a melhor trabalhada, a desejada, a temida, agochada trás das suas irmãs que já voaram. Na música na Galiza ultimamente há muitas balas na recâmara, que saíram ao mesmo tempo impredizível, após um trabalho de anos consistente, duro, sem possibilidade de ser raiado com a facilidade do passar do tempo. Uma música sobretudo autoral, reelaborada com ingredientes subcutáneos que nos atacam a dermis, que a redescobrem. Quando naqueles míticos anos 80 Golpes Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham autores, e provocar e desfrutar era o bem mais procurado descubri que era possível e-mocionar-se com quatro a um tempo. O meu campo era batido, semeado por umas balas de "movida" com sabor a vinilo. Foi o começo desta história.

Liquidación de existencias (Cartafol de libros) (04/05/2006)

Risotto verde tecnológico à galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica) (09/01/2006)

Universidade pública: proibido pescar (04/10/2005)

Bósnia 1995-2005. Don’t Forget (11/09/2005)

A língua não é um MP3(II): se queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005) Se a nova Galiza virasse para as ilhas tecnológicas (02/12/2004)

A língua não é um MP3, (I) (28/09/2004)

Programar em Lua (07/07/2004)

Os nossos ocos tecnológicos (21/06/2004)

Patentar o Teorema de Pitágoras (09/06/2004)

Os SMS estão comprimindo os nossos diálogos (01/06/2004)

O hipertexto ficou feliz ao conhecer Cortázar e Mário Cesariny quando passeava por lisboa e paris, qualquer domingo (12/05/2004)

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/opinion/opiniontodos.php?id=33&Ed=1 [09-03-2007 3:26:43]

Page 2: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

CONTACTA CON VIEIROS

NOVAS

HOXE AO COMPLETO

OPINIÓN

NO ESCÁNER

GALERÍAS FOTOGRÁFICAS

ALGO ESPECIAL

ANTERIORES

COMUNIDADE

AXENDA

CHAT-CHAT-CHAT

FOROS

ENQUISAS

POSTAIS

TENDA

LIGAZÓNS

BUSCADOR

NOVIDADES

TOP100

DOSSIERS

PUBLICIDADE

QUE É VIEIROS

MEDO AOS AVIÕES

O hipertexto ficou feliz ao conhecer Cortázar e Mário Cesariny quando passeava por lisboa e paris, qualquer domingoUn artigo de: José Ramom Pichel[12/05/2004]

Se Mário Cesariny vi-se este artigo provavelmente não estaria dacordo. Ele ainda vive lá em Lisboa polo que aceito o desafio. Se ele gostar provavelmente as presuntas relações entre hipertexto e surrealismo não sejam tão certas como achei quando o escrevi. Infelizmente com Cortázar tenho mais sorte.

O hipertexto é um tipo de texto que liga páginas web (HTML) ou mesmo outro tipo de documentos. O hipertexto é num texto electrónico, quem liga um documento a outro. Mas o hipertexto já vivia noutros lugares. Na altura que André Breton jogava a fazer cadáveres esquisitos e na nossa língua ninguém queria jogar com ele, um jovem Mário Cesariny (1923-) auto-proclamado surrealista, também pintor, não se atreveu fazer cadáver esquisito mas Antologia, e depois do experimento, o hipertexto descobriu em Lisboa, lá mesmo, no coração da metrópole portuguesa onde se fala galego de Estremadura, que achara um sítio lindo onde viver: um cadáver esquisito. Neste as ligações entre os versos era uma ligação ambígua, imaginada polo leitor, que às vezes matava o/a autor/a do texto com os entre-versos criados.

E Mário Cesariny dizia: "É preciso dizer rosa em vez de dizer ideia/ é preciso dizer azul em vez de dizer pantera/ é preciso dizer febre em vez de dizer inocência/ é preciso dizer o mundo em vez de dizer um homem..." E o/a leitor/a dizia nos ocos entre-versos [É preciso dizer merda em vez de prestígio, É preciso ser violento em vez de aquecedor, É preciso preciso] e o hipertexto era isso.

Mas ele mesmo precisava novos rumos e novos lugares onde emocionar-se, e mais tarde nos 60 entre revoluções que nunca mais, e literatura cachimbo barbuda, o hipertexto em procura permanente, encontrou em Paris terra mítica um novo lugar onde viver. Lugar onde vivia uma "Maga", um "Oliveira" personagens do livro Rayuela de Cortázar rodeados todo o dia de jazz. Achou magnífico o novo lugar e o hipertexto caminhou por ruas da capital francesa cheias de actrizes e filósofos (o autor do artigo precisa de alguém encontrar uma actriz francesa da que não goste) e descobriu que em Rayuela respirava muito bem. O hipertexto decidiu meter-se então no romance, e converteu um romance em dous: O romance 1 que era sequencial e terminava no capítulo 56 ao chegar a um fim asteriscoso de três ***Fim. O segundo romance (com hipertexto) que começava no número 73 (72+1 é um bom número para nascer) e seguia a ordem que a Maga e o Oliveira acharam fundamentais para que tu ou eu ou ele ou ela ou nós, compreendêramos as suas vidas:

"Toco tu boca, con un dedo toco el borde de tu boca, voy dibujándola como si saliera de mi mano, como si por primera vez tu boca se entre-abriera, y me basta cerrar los ojos para deshacerlo todo y recomenzar... (-8)" .

O Hipertexto estava tão contente vivendo na ponte aérea "Rayuela" e "Antologia do cadáver esquisito", entre surrealistas e patafísicos, entre Lisboa e Paris, que não imaginava que 40 anos mais tarde num laboratório do acelerador de partículas do CERN na Suíça, dir-se-ia que foi descoberto por uns membros desse Centro. E foi apanhado dos seus livros-lar e posto num novo, esta vez em formato HTML -sem literatura- para ser utilizado polos primeiros navegantes da Net, que acharam magnífico o seu descobrimento. Mas nós sabemos que a Maga, o Oliveira e o Cadáver esquisito ainda acham em falta a sua companhia. Embora isso seria outra história.

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

ÚLTIMOS ARTIGOS DE José Ramom Pichel: Quatro balas na recâmara

(29/12/2006) Risotto verde tecnológico à

galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica) (09/01/2006)

Universidade pública: proibido pescar (04/10/2005)

Bósnia 1995-2005. Don’t Forget (11/09/2005) A língua não é um MP3(II): se

queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005)

Ver todos os artigos de José Ramom Pichel

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=36404&Ed=1 (1 of 2) [09-03-2007 3:26:49]

Page 3: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

Máis artigos de opinión

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=36404&Ed=1 (2 of 2) [09-03-2007 3:26:49]

Page 4: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

CONTACTA CON VIEIROS

NOVAS

HOXE AO COMPLETO

OPINIÓN

NO ESCÁNER

GALERÍAS FOTOGRÁFICAS

ALGO ESPECIAL

ANTERIORES

COMUNIDADE

AXENDA

CHAT-CHAT-CHAT

FOROS

ENQUISAS

POSTAIS

TENDA

LIGAZÓNS

BUSCADOR

NOVIDADES

TOP100

DOSSIERS

PUBLICIDADE

QUE É VIEIROS

MEDO AOS AVIÕES

Os SMS estão comprimindo os nossos diálogosUn artigo de: José Ramom Pichel[01/06/2004]

Um papiro nunca se poderia enviar a distância, mas as pombas voaram e os colombófilos transportavam seus papiros. O pai de Zipi e Zape era colombófilo. Provavelmente as pombas vivam mais tranquilas comendo pipas em esplanadas turistas. Mas nós encontramos os SMS e as pombas engordam e engordam.

Reconheço minha inicial desconfiança pola tecnologia telemovélica após observar lá polo ano 1995 professores da Faculdade de Informática de Madrid, passeando jeito John Wayne as suas pistolas polo oeste peninsular. Vinham à Corunha, governar saloons de actos, usando palavras estranhas, incorporadas desde chamadas de telemóvel. Ver-me no espelho das suas pernas jeito arco, na sua olhada batida por vento corunhês, prontos para receber polo aparelho ele, qualquer conversa, parecia-me um bom momento para pensar a sério na fugida tecnológica. Mas, não são sempre são bons os símbolos iniciais para rechaçar qualquer tipo de proposta. Não e sempre bom, achar que acabaremos todos comprando em Carrefour empurrando carrinha e tristezas qualquer um sábado de tarde, por ver que é lazer preferido dos meus vizinhos e amigos variados.

Com efeito, tinha de começar polo básico. E o básico era saber que também as rebeliões fazem-se com as mãos, de mãos dadas. As mãos servem para levantar piche das rias e das costas, para amar, para tocar piano dos outros, para sinalar à lua, para bater cabeça do que vê à lua, e também para espremer dedos e pensamento, falando e escrevendo escritas variadas e indignadas (segundo a ocasião) na tecnologia que nos oferecem os telemóveis.

E foi então quando achei que vivemos uma autentica revolução. De estremo a estremo: meu caro acompanhante. Não pola tecnologia em si, individualizada, mas com o suporte que dá, para poder produzir nela velhos conteúdos, dos que os seres humanos gostamos imenso: frio, calor, distancia, companhia, surpresa, etc. Podiamos expressar antes, na escrita, alegria :-), cumplicidade ;-), tristeza :-( ?. Três eixos do mal para a civilização na que vivemos. Quadratura do círculo. Quadratura de carinhas. Os emoticões não são quadrados, mas fecham o círculo quadrado dos telemóveis.

Seria possível Génova, Seattle, Porto Alegre, 13M sem este tipo de personagens?, Seria possível calar e calar a 0’20 cts a mensagem? Nunca foi tão barato ser crítico. Nunca foi tão caro o siléncio. Nunca estivo tão estendida a literatura entre a classe operária (que cada vez somos todos). Nunca foi até hoje um valor tão universal e positivo, que emissor e receptor comprimissem a mensagem falando do realmente importante: "podo dar-te qualquer um lunar que me sobre, ganharei na troca..."; "comprndo que gstes de aprnder quechua no natal, + não me fales qechua cerrado" "vou..espera ai...nao desligues telefone...chego"Nunca nos obrigaram ser tão sintéticos um para o outro, limitados polo comprimento da mensagem. Nunca escrevemos tanto. E os técnicos que inventaram a tecnologia (tecnólogos eles) não sabiam que além de negócio havia revolução e crónicas marcianas. E a revolução não sempre é em 25 de Abril. Mas as revoluções sempre têm qualquer um levantamento de dedos. E crónicas marcianas não é revolução. Boris baixa o dedo.

E os donos da tecnologia sabiam que o seu negócio transporta entre-águas novos jeitos de se comunicar. Porque os negócios são reflexivos e chamam por outros. E os SMS (Short Message System) definitivamente devolveram-me a acreditar na tecnologia como valor acrescentado e na comunicação e até na (r)evolução. E por enquanto eu acreditava de novo, os SMS, aguardavam polos seus irmãos maiores: o UMTS, transmissão de vídeo por telemóvel a preços

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

ÚLTIMOS ARTIGOS DE José Ramom Pichel: Quatro balas na recâmara

(29/12/2006) Risotto verde tecnológico à

galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica) (09/01/2006)

Universidade pública: proibido pescar (04/10/2005)

Bósnia 1995-2005. Don’t Forget (11/09/2005) A língua não é um MP3(II): se

queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005)

Ver todos os artigos de José Ramom Pichel

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=36693&Ed=1 (1 of 2) [09-03-2007 3:26:59]

Page 5: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

baratos desenvolvida por bolseiros baratos. E com este novo sistema a cadeia de exploração seguira. E enviaremos fotos e vídeos pola sua caminhada. Mas também inventaremos novos códigos, novos usos, novas viragens e novos jogos. E sem pernas arqueadas, ou também, e sem pombas, ou também, seguiremos à espreita, desta nova tecnologia para navegar com os nossos dedos digitais por novos mares.

Máis artigos de opinión

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=36693&Ed=1 (2 of 2) [09-03-2007 3:26:59]

Page 6: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

CONTACTA CON VIEIROS

NOVAS

HOXE AO COMPLETO

OPINIÓN

NO ESCÁNER

GALERÍAS FOTOGRÁFICAS

ALGO ESPECIAL

ANTERIORES

COMUNIDADE

AXENDA

CHAT-CHAT-CHAT

FOROS

ENQUISAS

POSTAIS

TENDA

LIGAZÓNS

BUSCADOR

NOVIDADES

TOP100

DOSSIERS

PUBLICIDADE

QUE É VIEIROS

MEDO AOS AVIÕES

Patentar o Teorema de PitágorasUn artigo de: José Ramom Pichel[09/06/2004]

Pitágoras não teria muito espaço no mundo contemporâneo 100% capitalista. Se algum cateto puidesse patentar o seu teorema cobrando a cada vez que um de nós o usa-se, o Pitágoras preferiria pensar que nunca fijo para a existência desse teorema. Séculos depois a União europeia por iniciativa da presidência da verde Irlanda quer começar a patentar o software. Não é o teorema de pitágoras, mas que seria do software sem Pitágoras e que seria da nossa sociedade sem o software. Querem fechar-nos o triângulo.

Na União europeia unindo votações a botão estão a discutir sobre a conveniência da patentabilidade do software. E até aquí, ficamos com os alarmes acessos, mas fagamos história desde o futuro: primeiro começaram polo software mas eu não era software, logo patentaram o hardware mas eu tão pouco o era, logo patentaram o firmware, e olhei para outro lado, e quando já parecia que tudo fora atingido, foi quando patentaram o humourware o humor que levamos todos dentro.

E cada vez que tinha um bom riso ou sorriso tinha de pagar a alguém que vivia em despacho gris, com fato gris, um homem ou mulher com título literário. E foi quando já não me tinha graça, desgraça. Comecei por pagar, primeiro os sorrisos completos, sorrisos claros, sorrisos alfa bocafechada e omega ensinodentado, mas quando me vinha a factura anual a pagar à companhia de advogados dessa empresa que nem conhecia o seu nome por uso e desfrute do meu riso, comecei a imaginar eu também poderia ter vocação patentadora, e patentar patentarei loguinho de clarear. Practiquei diante do espelho novos sorrisos gratuítos, impatentáveis, e mesmo sonhei com alguma vez patentar um meu, original, e pagariam todos por ele. Que bom achei. Apanhei caderno, e quando em reuniões familiares, ou em listas da internet lendo correios, um sorriso vinha à minha boca, modelava com um toque de dedos essa nova criança e criava e baptizava o novo sorriso close-up com títulos e a sua descrição: sorriso cínico: sem mostrar dentes alargar de tudo os lábios; sorriso jogador de mus: pôr lábios para beijo apertado e cara direita; sorriso arterisco: variante da do mus mas sem virar para direita, e por fim minha grande criação pensei: sorriso oriental: lábios para detrás de tudo simulando vergonha e paciência.

Com eles todos dirigi o novo caderno e os meus sorrisos demonstração cara a capital, oficina de patentes era albiscada lá no fundo da rua. Exercitei esses sorrisos uma e outra vez, tentando demonstrar que eu era o pai deles, todos fóram patentados menos um. O sorriso oriental já fora um dos primeiros em ser registado, China era um grande mercado. O sorriso mus, patentado por qualquer uma empresa da Espanha espanhola, o sorriso arterisco, patentado por uma estudante contemporânea.

E só ficava com a patente do meu sorriso cínico. Quase no enfarte. No entanto fiquei tranquilo, ao pensar nos bons benefícios que daria em todo o mundo. Mas nem imaginava um ano depois que este sorriso cínico, só foi facturado a aqueles homens e mulheres de despacho gris com título literario, que estavam a ganhar muita massa com outras patentes, patentando risos e conhecimento, patentado os programas e aplicações que geram os cérebros dos humanos, patentando a Pitágoras e seu teorema se puidesem, patentando em definitivo o software nosso de cada dia. O software livre ou proprietário, que fai possível tantas cousas do dia a dia como escrever este artigo, até que à qualquer União Europeia se lhe ocorra engaiolá-lo. Não vaia ser perigoso.

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

ÚLTIMOS ARTIGOS DE José Ramom Pichel: Quatro balas na recâmara

(29/12/2006) Risotto verde tecnológico à

galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica) (09/01/2006)

Universidade pública: proibido pescar (04/10/2005)

Bósnia 1995-2005. Don’t Forget (11/09/2005) A língua não é um MP3(II): se

queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005)

Ver todos os artigos de José Ramom Pichel

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=36820&Ed=1 (1 of 2) [09-03-2007 3:27:05]

Page 7: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

Máis artigos de opinión

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=36820&Ed=1 (2 of 2) [09-03-2007 3:27:05]

Page 8: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

CONTACTA CON VIEIROS

NOVAS

HOXE AO COMPLETO

OPINIÓN

NO ESCÁNER

GALERÍAS FOTOGRÁFICAS

ALGO ESPECIAL

ANTERIORES

COMUNIDADE

AXENDA

CHAT-CHAT-CHAT

FOROS

ENQUISAS

POSTAIS

TENDA

LIGAZÓNS

BUSCADOR

NOVIDADES

TOP100

DOSSIERS

PUBLICIDADE

QUE É VIEIROS

MEDO AOS AVIÕES

Os nossos ocos tecnológicosUn artigo de: José Ramom Pichel[21/06/2004]

Perder o tempo com vagões que já forom embora em boa hora é tarefa exclusiva para os galegos. Se perdemos a etapa indústrial quando já não está na moda. pois venha. Se Irlanda não é só verde e patentes e patacas, mas música e software que se exporta, e se nós verdes também obrigado, e música e software poderiam ser uma hipótese, então pois melhor não atalhar. pois venha. A tecnologia pôde ser um atalho, a nossa língua é um atalho, a nossa indústria tecnológica pois que não venha.

Há um ano e meio em Mugia Capital Génova escutei oração galega galega pronunciada por velho marinheiro, chamando com voz rouca imitada por tantos poetas, os voluntários que estavam a limpar a praia do COIDO de piche: "MORTOS DE FOME, DROGHADITOS", por fazer o trabalho grátis. Buscando nos ocos desta palavra de ordem, dei-me de conta que com efeito o velho tinha razão, que sim, que sim, que não tivemos etapa industrial.

E lá fui. Descubrir que nos contam os ocos é toda uma revelação. Isto já o descobriram os árabes, as vogais há que imaginá-las em um mar de consonantes. Mas nós tivemos de esperar polos correctores ortográficos que substituiram os humanos para imaginar e resolver os ocos erróneos. As línguas são outro conto. E o mistério do que encerram os ocos entre as palavras, é uma língua que também se aprende. A ambiguidade também. E os humanos gostamos dela. Às vezes o importante não são as palavras, mas os ocos. Os ocos são espaços ambiguos. Por todo isso, não todas as palavras e perguntas fazem sentido. A procura nos ocos, no mistério, não é técnica nova. Eis alguns exemplos.

Exemplo 1: o famoso algoritmo Woody Allen 2.0 aparecido no livro "Como acabar de vez com a cultura?" que serve para ler os irmãos Karamazov em aproximadamente 5 minutos. O método é simples para atingir este complicado objectivo: eliminar primeiro tudo menos os pronomes, depois eliminar os pronomes.

Exemplo 2: pensamento influido polo budismo zem: o importante não é o que se diz mas o que não se diz. Explorado já por Antón Reixa no CD-ROM Escarnio.

Exemplo 3: "If one asks another what a hacker is and the other man answers him. Neither of them knows it" Provérbio Hacker aparecido no número domln3 Ou s3j4 domln4d0 HACKER MAGAZINE do Brasil.

a frase pronunciada polo velho de Mugia na praia do Coido é espectacular. Desde um ponto de vista da pesquisa dos ocos. Do mistério das palavras. De resto é tristeza. O velho sabe que cá não houve muitas indústrias. O velho sabe que "MORTOS DE FOME, DROGHADITOS" vai ser compreendido polas massas da população. O velho sabe que não pronunciou a oração: "mortos de fome, peludos, droghaditos" ou "mortos de fome, comunistas, droghaditos" ou "mortos de fome, anarquistas, droghaditos" ou "mortos de fome, ecologistas, droghaditos", porque não seria compreendido. NÃO. Ele sabia desde o seu cérebro, desde o seu oco, que com efeito, na Galiza não tivemos época industrial.

No entanto, ele também sabia, que se de vez apontássemos com o dedo e com o futuro, cara a verde Irlanda fazendo porto lá na música e no software e na língua internacional que falamos e que não queremos aproveitar, o palavrão "Mortos de fame", passamos fome como eles, e o palavrão "Droghaditos", insulto post-industrial, acabaria doutro jeito. E teria de refazer a frase, esta vez sem ocos, construindo um novo texto oral para orgulho de todos e todas nós, MORTOS DE FOME, DROGHADITOS, LINUXEIROS!. Que vem sendo o

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

ÚLTIMOS ARTIGOS DE José Ramom Pichel: Quatro balas na recâmara

(29/12/2006) Risotto verde tecnológico à

galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica) (09/01/2006)

Universidade pública: proibido pescar (04/10/2005)

Bósnia 1995-2005. Don’t Forget (11/09/2005) A língua não é um MP3(II): se

queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005)

Ver todos os artigos de José Ramom Pichel

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=37014&Ed=1 (1 of 2) [09-03-2007 3:27:09]

Page 9: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

mesmo, mas indústria tecnológica já teriamos.

Máis artigos de opinión

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=37014&Ed=1 (2 of 2) [09-03-2007 3:27:09]

Page 10: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

CONTACTA CON VIEIROS

NOVAS

HOXE AO COMPLETO

OPINIÓN

NO ESCÁNER

GALERÍAS FOTOGRÁFICAS

ALGO ESPECIAL

ANTERIORES

COMUNIDADE

AXENDA

CHAT-CHAT-CHAT

FOROS

ENQUISAS

POSTAIS

TENDA

LIGAZÓNS

BUSCADOR

NOVIDADES

TOP100

DOSSIERS

PUBLICIDADE

QUE É VIEIROS

MEDO AOS AVIÕES

Programar em LuaUn artigo de: José Ramom Pichel[07/07/2004]

Brasil é uma potência em software livre. Disso estamos totalmente certos. Brasil não é só uma camisola. Disso também. Mas que desde o Brasil para o mundo e não desde esse formato colonial Galiza para o idem, a gente está a exportar uma linguagem de programação com a que podemos programar software e software. Disso não estamos tão certos. Medem também é no fundo um programador. Como sempre, os galegos tão pouco programaremos em Lua. Nunca ou quase nunca aproveitamos as vantagens que temos. Isso seria outro conto.

Os livros e as releituras são em muitos casos laços que absorvem o nosso tempo, ele tão escasso. O número de releituras é directamente proporcional à nostalgia que nos produz o presente. A mais saudade mais releitura. E assim foi mesmo, como eu reli e reli literatura audiovisual. Literatura de consumo maciço, Literatura nevoeiro, Literatura de domingo. E lá fui reler e reler o que o mestre do cíclico, o mestre das casualidades o palindromo por excelência MedeM, era capaz de me dizer desta volta.

E releio em voz alta: um escritor com inspiração perdida, uma trabalhadora num restaurante, uma valenciana que tem uma filha com o primeiro sem ele saber, um espaço na ilha de Formenteira onde a gente quer esquecer seu passado, um actor porno fugindo, sexo, Lucia, Lorenzo, Elena, Carlos. As casualidades aumentam a cada vez mais, Lucia conhece a Lorenzo quem anos atrás tivo sem ele saber uma filha com Elena, Lorenzo escreve um romance que não dá saído. Lorenzo namora de Lucia. Lorenzo descobre que tem uma filha e que a mai Elena estive procurando por ele. Que a sua filha está a brincar em Madrid onde ele vive em qualquer um parque perto da sua casa. Lá vai ver. Engata com quem cuida da sua filha e uma noite com a cuidadora um cão mata-a. Em profunda depressão ele é atropelado por um carro despistado. Lucia escapa à ilha. Começar de novo. Lá está Elena. Lá está Carlos. E todos sem saber a esquecer o mesmo passado ligado. Lorenzo aparece no final do filme após o coma. Elena nesse espaço de tempo deixa de receber por Internet "um conto cheio de vantagens" que lhe escrevia Lorenzo sem ela saber polo chat. Um conto cheio de vantagens "porque quando chega o final, não remata, senão que volta à metade do conto para que poidas trocar o seu rumo".

Isto é programação. Ajeitar a casualidade à lógica, e às vezes nem compreender porque funciona, modelá-la. Aplicar a um processo sequências, decisões, laços que se repetem, fins que não acabam. Se programar tem mérito, construir uma linguagem de programação com a que solucionar problemas, isso tem mais. MedeM também cria uma linguagem de casualidades, de laços, para solucionar problemas. Mas MedeM não é uma linguagem de programação. Porém ele fai software em formato roteiro de cinema. Criar software também é uma arte, uma arte engenhada. Casualmente li que no Brasil criaram uma nova linguagem de programação muito potente e rápida chamada Lua. Uma linguagem para fazer qualquer tipo de software, em qualquer uma plataforma (CD-ROM, Web, PDA, etc.). Um nome para tantas cadelas na Galiza. Mas nem intuía que uma semana depois de saber da existência desta nova língua, o mestre MedeM regalaria-me que a filha de Lorenzo, casualidade, também usava esse nome. Nem imaginava que o fim da releitura começaria de novo no meio. Que com efeito Lua era uma linguagem cheia de vantagens, e que a indústria do software na Galiza e em galego em vez de ter fim, poderia começar pola metade do conto. E quiçá mudar o seu rumo.

Máis artigos de opinión

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

ÚLTIMOS ARTIGOS DE José Ramom Pichel: Quatro balas na recâmara

(29/12/2006) Risotto verde tecnológico à

galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica) (09/01/2006)

Universidade pública: proibido pescar (04/10/2005)

Bósnia 1995-2005. Don’t Forget (11/09/2005) A língua não é um MP3(II): se

queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005)

Ver todos os artigos de José Ramom Pichel

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=37255&Ed=1 (1 of 2) [09-03-2007 3:27:14]

Page 11: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=37255&Ed=1 (2 of 2) [09-03-2007 3:27:14]

Page 12: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

CONTACTA CON VIEIROS

NOVAS

HOXE AO COMPLETO

OPINIÓN

NO ESCÁNER

GALERÍAS FOTOGRÁFICAS

ALGO ESPECIAL

ANTERIORES

COMUNIDADE

AXENDA

CHAT-CHAT-CHAT

FOROS

ENQUISAS

POSTAIS

TENDA

LIGAZÓNS

BUSCADOR

NOVIDADES

TOP100

DOSSIERS

PUBLICIDADE

QUE É VIEIROS

MEDO AOS AVIÕES

A língua não é um MP3, (I)Un artigo de: José Ramom Pichel[28/09/2004]

A música que é uma libertação também pesa, e por isso foi criado o MP3, para que a música comprimida neste formato de áudio pudesse viajar polos canais de comunicação. A língua da Galiza leva já muito tempo pesando e também comprimindo. Comprimindo a boca de todos, as preocupações de todos, os esforços de todos, os cartazes de todos, as revistas de todos, as cátedras de todos, as conversas de todos, e nunca as escolas de todos, e cada vez menos todos. A língua deveria ser um mercado, mas deixamos o mercado para os outros. E os anos e as gerações passam e todos nós rodeados de analistas.

Vi em todos estes anos tantos informes sobre a situação da língua, tantas soluções, tantos por-ai-não, tantos isso-é-inviável, tantas bibliografias, tantas reuniões sobre o idioma, tantas vezes a palavrita. Somos um povo reunido e povo reunido será sempre vencido. Mas quando decidimos trabalhar polo idioma, o primeiro que se nós ocorre pola santa "normalización" é fazer uma revista, melhor com poemas, o segundo -apôs seis números- fechá-la. Pais de revistas. Pais de analistas. E a análise já sabemos onde conduz: à parálise, e parálise permanente devia ser só o nome dum grupo punk. A língua na Galiza comprime-nos até a inteligência. O idioma não é um MP3 porque a sua música, imensa, as suas potencialidades imensíssimas, estão comprimidas e não num novo formato.

E ninguém se pergunta se a estratégia de naturalização do idioma que leva o galeguismo no seu conjunto é a mais ajeitada. Outra oportunidade perdida? Com efeito, outra oportunidade perdida para que nós fagamos novos projectos multiplicadores, para repensar se este caminho é o válido. Se qualquer cousa não funciona em vinte anos muda-se, a menos que não tenhamos realmente vontade de mudar as cousas. Reconheçamo-lo: somos uns estrategas fracassados. Esquecemos a melodia de Inovar ou morrer. Alguma estratégia nova fica por ai fóra.

E dou uma possível. Uma multiplicadora. Para já, uma rede de escolas em galego. Cooperativas de ensino privadas com curriculum comum e próprio. Gueto? já vivemos nele. Só vamos visibilizá-lo. Outra fórmula: ensino público com perfis linguísticos. Passeai por Gipuzkoa e veredes o resultado. Mas é evidente e já sabemos que caro, a Galiza é outra cousa, um processo mais complexo, coitadinho, em Euskadi e Navarra falam euskera porque são ricos não porque vinte pais e um professor são ikastola, que o de Catalunha, impossível, que em Flandres reintegraram o flamengo com o neerlandês e concorre com o francês mas..., que não nos deixam fazer, que somos assim, que em definitivo, que és muito novo (nem tanto), que metas isto bem na cabecinha, que a estratégia para naturalizar a língua é denantes morta que privada, denantes morta que inovada, denantes morta que cooperativizada, denantes morta que reintegrada, sempre analisada e paralisada.

Máis artigos de opinión

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

ÚLTIMOS ARTIGOS DE José Ramom Pichel: Quatro balas na recâmara

(29/12/2006) Risotto verde tecnológico à

galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica) (09/01/2006)

Universidade pública: proibido pescar (04/10/2005)

Bósnia 1995-2005. Don’t Forget (11/09/2005) A língua não é um MP3(II): se

queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005)

Ver todos os artigos de José Ramom Pichel

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=38592&Ed=1 [09-03-2007 3:27:20]

Page 13: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

CONTACTA CON VIEIROS

NOVAS

HOXE AO COMPLETO

OPINIÓN

NO ESCÁNER

GALERÍAS FOTOGRÁFICAS

ALGO ESPECIAL

ANTERIORES

COMUNIDADE

AXENDA

CHAT-CHAT-CHAT

FOROS

ENQUISAS

POSTAIS

TENDA

LIGAZÓNS

BUSCADOR

NOVIDADES

TOP100

DOSSIERS

PUBLICIDADE

QUE É VIEIROS

MEDO AOS AVIÕES

Se a nova Galiza virasse para as ilhas tecnológicasUn artigo de: José Ramom Pichel[02/12/2004]

Eduardo Pondal escrevia de pé muitos dos seus poemas olhando cara o norte insular polo elo do celtismo. E que o Eduardo achava no fundo da sua misoginia que a Irlanda feminina por artigo devia ser a nossa santa companhia. E começou tudo, a copiar a copiar tudo o que de lá viera, exércitos de bodhrãs, fitas clandestinas de grupos de Cork folque, que se o reel tem muitas concordâncias com ritmos galegos, que somos celtas, que eles bebem cerveja que nós pois não. De Irlanda copiamos tudo menos o seu passo da era patacocena à plasticocena tudo em tecnologia da informação empacotável e tudo sem passar pola grande indústria. Para os habitantes desta ilha chamada Galiza sem fazer caso os maiores, Irlanda não é nem campanha nem companha só santa companha polo medo que nos dá.

Galiza, ou seja, as suas elites, é uma ilha. Uma ilha desligada do mundo por terra, mar e ar e também poderia ser pola Internet. Mas nem todas as ilhas funcionam assim mesmo, um caso é a Irlanda, que usando o direito básico de todo habitantes de ilha a priorizar por onde dirigir sua navegação, priorizaram que o que mais sabiam ou que criam que sabiam, que bem sendo o mesmo, que era exactamente isso, navegar polos mares virtuais. Apanharam palavras-chave e arriba e lá vou, apostaram (terra de apostas) polas tecnologias da informação.

Em Irlanda as patacas estão bem e a turba mais, mas sem entrar em detalhes de onanismo e com a força de trabalhar e a mais-valia, acharam que os investimentos menores que há que fazer em tecnologias da informação era um futuro a sério e conseguiram que em menos dum século, o século de luta polos direitos das mulheres, a tecnologia da informação e tudo o que rodeia esta prioridade sua fosse não só desfrute das câmaras de TV ou de simpósios sobre o futuro, mas qualquer cousa real. Imediata.

Quando há uma ruptura a sério do laço de mercados potenciais o próprio sistema autogera conteúdos e novas necessidades. Priorizar, priorizar, rachar o laço. Verbos da primeira conjugação. As grandes companhias do sector das TIC começaram a instalar os seus centros de produção na verde Irlanda e deram-se de conta dum detalhe. Não só foi uma política activa polas tecnologias da informação. Em Irlanda pais bilingue diglósico coma nós falavam a língua do império grande no problem.

Mais abaixo na Estremadura espanhola após rachar o laço económico com um mercado potencial e não pensar em investir em feismo urbanístico, nem turistificação à morte, e com um ibarra que é um rio para os cabeçalhos da imprensa, apostaram também polo software livre criador de riqueça, que ninguém emigre, para que se entenda. E o Linex gerou-se e foi exportado a Andaluzia e mais tarde a terras de dom quijote. E Estremadura também é terra bilingue onde se fala uma variedade galego-portuguesa sendo percebida agora como a Irlanda do software livre. É pena que sempre olhando para Irlanda e logo para Estremadura nunca copiemos em pirateio benigno que Irlanda come patacas mas também cookies, que a Estremadura espanhola exporta o Linex a terras do Brasil, por suposto em português do Brasil. Somos uma ilha com tantas ideias como todo o mundo. Só resta, crer-se ilha com futuro e pensar em tecnologia apoiada no domínio das duas línguas românicas. Para que aqui se instale o futuro, para instalarmos o futuro com fita e tudo. E conjugar priorizar, deixar para o passado o verbo emigrar. Como em Irlanda.

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

ÚLTIMOS ARTIGOS DE José Ramom Pichel: Quatro balas na recâmara

(29/12/2006) Risotto verde tecnológico à

galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica) (09/01/2006)

Universidade pública: proibido pescar (04/10/2005)

Bósnia 1995-2005. Don’t Forget (11/09/2005) A língua não é um MP3(II): se

queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005)

Ver todos os artigos de José Ramom Pichel

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=39761&Ed=1 (1 of 2) [09-03-2007 3:27:26]

Page 14: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

Máis artigos de opinión

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=39761&Ed=1 (2 of 2) [09-03-2007 3:27:26]

Page 15: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

CONTACTA CON VIEIROS

NOVAS

HOXE AO COMPLETO

OPINIÓN

NO ESCÁNER

GALERÍAS FOTOGRÁFICAS

ALGO ESPECIAL

ANTERIORES

COMUNIDADE

AXENDA

CHAT-CHAT-CHAT

FOROS

ENQUISAS

POSTAIS

TENDA

LIGAZÓNS

BUSCADOR

NOVIDADES

TOP100

DOSSIERS

PUBLICIDADE

QUE É VIEIROS

MEDO AOS AVIÕES

A língua não é um MP3(II): se queredes chamamos-lhes koljosUn artigo de: José Ramom Pichel[25/02/2005]

De ser conscientes da palavra preconceito muito resolveríamos para a criação de futuros perfeitos, esse tempo preciso para o idioma. Todos temos colecção de preconceitos, uns de cor laranja, outros para pôr só nos Invernos, outros em forma de loros berrando ao nosso ser pirata, outros em empresário o último!. E na língua, em sair do labirinto no fundo, também muitos, e cada um com a sua própria receita da fio de lã que nos leve á saída mais curta. Se existe algum que a todos nos iguala é pensar que só desde o sector público vamos salvar o idioma.

Sem cair em adorador do Estado (espero não sê-lo) nos tempos que decorrem melhor Estado sólido que Estado gasoso das transnacionais. No entanto neste país de esquerdas cheio de adoradores do Estado como pai, de oposições como filho, e de funcionários como o estado último da matéria, a esquerda fica para as alfarrabistas e para as conversas nos restaurantes e recitais poéticos; e segue a acreditar no Estado como o maná mana mana. E sem pensar que a arte culinária frige as grandes bocas, cheias de grandes soluções para com o idioma, e que melhor um recital poético cada oito horas, um não deixa de matinar porque a esquerda, essa que lê a Gramsci, levanta ao punho qual mola porque mola, que se barbeia com tesouras, que devora os livros do passado porque o passado sempre foi melhor, que acredita nos planos quinquenais mas que vota cada quatro anos, discordâncias dos números, essa esquerda precisamente essa, não investe com esses salários estáveis de mais de mil e duzentos euros (muito pouco comum na Galiza), na criação de outras alternativas empresariais que realmente trabalhem por criar uma sociedade em galego.

Dizem sempre um gueto melhor não, mas depois correm e correm para meter os e as suas filhas em qualquer um infantário, e melhor que lhe falem em galego e conjunto vazio. E Zara não atende em galego, e as empresas que reaccionárias. O pior dos guetos é que não sejam visíveis polos que vivem neles. De puta matrix. Parece que a esquerda segue em preconceitolândia a viver no país das flores e para mim um concerto de mata hipis en las cíes. Mas quando alguém levanta a cabeça e tenta importar modelos doutras áreas, modelos empresariais que querem transformar desde a normalidade todos os sectores, modelos como os centros sociais das sete cidades, modelos como as escolas em galego de jeito cooperativo, cooperativas de serviços, cooperativas de cooperativas, ou simplesmente empresas queincorporam a língua como parâmetro de normalidade...então é quando esses mesmos que recitam a Karl de memória ou à social-democracia francesa, que fazem manifestos pedras de rosetta, que nunca emigram, que Madrid ou Barcelona ou Lanzarote melhor vamos nas férias, todos blogueiros, que ganharam um salário estável para toda a vida e não é de nescafê, que seguem a acreditar em que não devemos visibilizar o gueto, que o galego deve ser obrigatório, sempre os desejos como direitos naturais, dizem gueto melhor não.

Mas pensando, só um bocado, só um, imaginando que construíssemos miles de empresas em galego (mas empresas) e um consórcio que as unise a todas elas, poderíamos fazer um grande gueto. Um grande gueto cooperativo em forma de rede. Um guetto que não sirva só para as ocasiões e para financiar nenhuma derrota. E nós pola nossa parte diremos a toda esta esquerda que habita as nossas ruas, sim, que se querem, não teremos problema em chamar a cada um das nossas empresas polo nome de Koljos. Um futurista e vermelho nome para todos os preconceitos.

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

ÚLTIMOS ARTIGOS DE José Ramom Pichel: Quatro balas na recâmara

(29/12/2006) Risotto verde tecnológico à

galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica) (09/01/2006)

Universidade pública: proibido pescar (04/10/2005)

Bósnia 1995-2005. Don’t Forget (11/09/2005) Se a nova Galiza virasse para as

ilhas tecnológicas (02/12/2004)

Ver todos os artigos de José Ramom Pichel

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=41265&Ed=1 (1 of 2) [09-03-2007 3:27:31]

Page 16: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

Máis artigos de opinión

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=41265&Ed=1 (2 of 2) [09-03-2007 3:27:31]

Page 17: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

CONTACTA CON VIEIROS

NOVAS

HOXE AO COMPLETO

OPINIÓN

NO ESCÁNER

GALERÍAS FOTOGRÁFICAS

ALGO ESPECIAL

ANTERIORES

COMUNIDADE

AXENDA

CHAT-CHAT-CHAT

FOROS

ENQUISAS

POSTAIS

TENDA

LIGAZÓNS

BUSCADOR

NOVIDADES

TOP100

DOSSIERS

PUBLICIDADE

QUE É VIEIROS

MEDO AOS AVIÕES

Bósnia 1995-2005. Don’t ForgetUn artigo de: José Ramom Pichel[11/09/2005]

Quando pensava em Bósnia lembrava sempre um telejornal e uma notícia de sangue vermelha ex-comunista, em aprender geografia novamente graças às guerras, em como gostam os jornalistas da metáfora duma ponte bombardeada. Mas nem imaginava que também era um cheiro a iogurte e chevapi, um kebab que unia e une a federação croata-muçulmana e sérvia através da língua que o come, ou um pais cheio de estações de autocarro silenciosas, um pais cultíssimo e tolerante. Só depois de que calaram há dez anos o som franco-atirador e não tanto as minas que ainda tocam, sabemos felizmente também que Bósnia tem futuro nas mãos DJ duma mocidade que usa o hip-hop como método para não demorar-se.

Este ano é o décimo aniversário dos acordos de Dayton que figeram possível que a guerra kaput. E que rápido esquecemos que ali bombardeou-se uma ponte sobre o rio Neretva, que os criminosos de guerra Karadjic e Mladic ainda vivem agachados, dizem lá, agachados em qualquer uma igreja ortodoxa e barbuda, que a geração minha vive esculpida em menhires mortuários e que simplesmente quase não existe, que Bósnia é o único lugar heterodoxo com uma Mesquita que não aponta à Meca, que em Sarajevo há gente que prefere ouvir uns 40 principais balcânicos porque não se fala de política, que as tropas holandesas e os comissionados da ONU facilitaram o massacre de Srbenica.

Não é preciso lembrar que Espanha exportava na altura minas anti pessoa, e que assim foi denunciada, nem importa que nos lembremos deles porque a memória não envia melhores condições de vida a nenhuma parte. Não é preciso lembrar que esta guerra ruim, como qualquer outra, sucedeu muito perto do nosso tempo do nosso espaço, tanto para que não nós seja estranha, televisivamente familiar.

Não é preciso porque a juventude bósnia que conheceu o horror, ri como ninguém e assegura que não pode perder o tempo chorando, constrói um futuro a base de música e abertura ao mundo, com um olho na ilusão e o outro num equipamento de música electrónica. Não é preciso porque a juventude bósnia tem a ilusão por fazer, se calhar mesmo ainda sem chegar a fazer, de conhecer o desconhecido, de compartilhar em café turco com ele o único bem que todos por igual possuímos: o tempo.

Por isso é só por isto não podemos deixar que as bombas que tudo o simplificam, simplifiquem a nossa memória. O que precisamos é aumentar a cooperação para acabar com o esquecimento, aumentar os intercâmbios, e não só de cultura, dinamizar(-nos), acompanhar desde o outro extremo da Europa à força que lá se move entre eléctrico de Sarajevo, ponte de Mostar e mesa de DJ de Travnik. Porque é preciso que o "Don’t forget" que eles mostram ao entrar na cidade de Mostar seja raiva e sobretudo aprender deles para ir avante, muito avante.

Dedicado a Naez Dj de Travnik e o seu grupo Channel 4, Faruq e Mohammed de Mostar, Semir de Blagaj e Music de Sarajevo.

COMENTARIOS:

Hai 10 comentarios para esta nova. Le os comentarios e participa

Máis artigos de opinión

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

ÚLTIMOS ARTIGOS DE José Ramom Pichel: Quatro balas na recâmara

(29/12/2006) Risotto verde tecnológico à

galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica) (09/01/2006)

Universidade pública: proibido pescar (04/10/2005)

A língua não é um MP3(II): se queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005) Se a nova Galiza virasse para as

ilhas tecnológicas (02/12/2004)

Ver todos os artigos de José Ramom Pichel

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=44955&Ed=1 (1 of 2) [09-03-2007 3:27:36]

Page 18: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=44955&Ed=1 (2 of 2) [09-03-2007 3:27:36]

Page 19: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

CONTACTA CON VIEIROS

NOVAS

HOXE AO COMPLETO

OPINIÓN

NO ESCÁNER

GALERÍAS FOTOGRÁFICAS

ALGO ESPECIAL

ANTERIORES

COMUNIDADE

AXENDA

CHAT-CHAT-CHAT

FOROS

ENQUISAS

POSTAIS

TENDA

LIGAZÓNS

BUSCADOR

NOVIDADES

TOP100

DOSSIERS

PUBLICIDADE

QUE É VIEIROS

MEDO AOS AVIÕES

Bósnia 1995-2005. Don’t ForgetUn artigo de: José Ramom Pichel[11/09/2005]

Quando pensava em Bósnia lembrava sempre um telejornal e uma notícia de sangue vermelha ex-comunista, em aprender geografia novamente graças às guerras, em como gostam os jornalistas da metáfora duma ponte bombardeada. Mas nem imaginava que também era um cheiro a iogurte e chevapi, um kebab que unia e une a federação croata-muçulmana e sérvia através da língua que o come, ou um pais cheio de estações de autocarro silenciosas, um pais cultíssimo e tolerante. Só depois de que calaram há dez anos o som franco-atirador e não tanto as minas que ainda tocam, sabemos felizmente também que Bósnia tem futuro nas mãos DJ duma mocidade que usa o hip-hop como método para não demorar-se.

Este ano é o décimo aniversário dos acordos de Dayton que figeram possível que a guerra kaput. E que rápido esquecemos que ali bombardeou-se uma ponte sobre o rio Neretva, que os criminosos de guerra Karadjic e Mladic ainda vivem agachados, dizem lá, agachados em qualquer uma igreja ortodoxa e barbuda, que a geração minha vive esculpida em menhires mortuários e que simplesmente quase não existe, que Bósnia é o único lugar heterodoxo com uma Mesquita que não aponta à Meca, que em Sarajevo há gente que prefere ouvir uns 40 principais balcânicos porque não se fala de política, que as tropas holandesas e os comissionados da ONU facilitaram o massacre de Srbenica.

Não é preciso lembrar que Espanha exportava na altura minas anti pessoa, e que assim foi denunciada, nem importa que nos lembremos deles porque a memória não envia melhores condições de vida a nenhuma parte. Não é preciso lembrar que esta guerra ruim, como qualquer outra, sucedeu muito perto do nosso tempo do nosso espaço, tanto para que não nós seja estranha, televisivamente familiar.

Não é preciso porque a juventude bósnia que conheceu o horror, ri como ninguém e assegura que não pode perder o tempo chorando, constrói um futuro a base de música e abertura ao mundo, com um olho na ilusão e o outro num equipamento de música electrónica. Não é preciso porque a juventude bósnia tem a ilusão por fazer, se calhar mesmo ainda sem chegar a fazer, de conhecer o desconhecido, de compartilhar em café turco com ele o único bem que todos por igual possuímos: o tempo.

Por isso é só por isto não podemos deixar que as bombas que tudo o simplificam, simplifiquem a nossa memória. O que precisamos é aumentar a cooperação para acabar com o esquecimento, aumentar os intercâmbios, e não só de cultura, dinamizar(-nos), acompanhar desde o outro extremo da Europa à força que lá se move entre eléctrico de Sarajevo, ponte de Mostar e mesa de DJ de Travnik. Porque é preciso que o "Don’t forget" que eles mostram ao entrar na cidade de Mostar seja raiva e sobretudo aprender deles para ir avante, muito avante.

Dedicado a Naez Dj de Travnik e o seu grupo Channel 4, Faruq e Mohammed de Mostar, Semir de Blagaj e Music de Sarajevo.

COMENTARIOS:

Por certo, do mesmo xeito que non lle quito a razón en moitos aspectos (horror en Srbrenica, limpeza étnica contra croatas e musulmáns en Banja Lujka), teña a ben dicir que en Travnik só hai Musulmáns (houbo limpeza étnica contra serbios e croatas) e en Mostar xa non hai serbios, só croatas e Musulmáns. É curioso, saúda a xente só desas vilas....

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

ÚLTIMOS ARTIGOS DE José Ramom Pichel: Quatro balas na recâmara

(29/12/2006) Risotto verde tecnológico à

galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica) (09/01/2006)

Universidade pública: proibido pescar (04/10/2005)

A língua não é um MP3(II): se queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005) Se a nova Galiza virasse para as

ilhas tecnológicas (02/12/2004)

Ver todos os artigos de José Ramom Pichel

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=44955&Ed=1&cm=1 (1 of 3) [09-03-2007 3:27:40]

Page 20: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

Jairo (05/10/2005 17:36)

Imos por partes: resido en serbia dende hai xa 1 ano e medio, e con anterioridade vivín noutras partes da ex-Iugoeslavia. É certo que a comunidade internacional nin actuou con criterio nin está a actuar con criterio na rexión. Pero o motivo está claro: son todos como o Pichel, que veñen un mes e xa son quen de ser reputados balcanistas. Como se pode falar dun conflicto coñecendo unha soa parte? Estou abraiado... sr. Pichel, pregolle, se quere, que veña a Serbia. Invotolle a miña casa. Vexa, que do outro lado, as cousas non están nada claras. E dígollo, eu xa vivín en Croacia e en Bosnia.... Jairo (05/10/2005 17:34)

A respeito do anterior ainda que pareza um anúncio é um comentario AD HOMINEM!!! María (13/09/2005 13:23)

Nesta minha hora de café brasileiro, muito prazenteiro este artigo elaborado com os melhores aromas dum agora mesmo nostálgico bosanska kafa ( o café bósnio feito com gram de café do Brasil e preparado à turca). Pedir a este artigo uma rigorosa análise histórica-política do que se passou na Bósnia i Hercegovina no "conflicto"( sic) é demonstrar-se incapaz de saborear uma semblanza cheia de pouso lírico e de oportuna memória. María (12/09/2005 17:42)

Escribin onte aqui unha crítica a este artigo que foi eliminada por Vieiros. Non entendo a causa, non sendo como censura, dado que a crítica non era ad hominen. O artigo é moi indocumentado, propio de unha visión superficial do que foi o conflicto. YU (11/09/2005 13:30)

Fermoso artigo sobre umha realidade desconhecida na opulenta Europa que fai dez anos nom quixo saber do tragico destino dumha regiom exemplar pola convivencia de relixions e culturas. Os malintencionados (e fora de lugar) insultos dalgumha gente nom empanha a honestidade das palavras do autor do texto. Hvala! Ermin (10/09/2005 21:00)

Isso é Mario, ja está bem de tanta desqualificaçom gratuita, quem queira insultar que asine co seu nome proprio, nada de alcumes PauViola (10/09/2005 20:47)

Nom esquecemos os que temos boa memória e o peto valeiro de dinheiro alheio.... Pepinho (09/09/2005 18:19)

Enquanto eles não querem perder o tempo a chorar pois hai muito que fazer, nós deixamos de fazer para ter mais tempo para chorar. Parabéns polo artigo! Pablo (09/09/2005 13:57)

Obrigada por manter-nos espert@s, obrigada por tentar que nom esqueçamos, obrigada por pensar em el@s (e em nos). Obrigada por lembrar-nos o que -também- é um artigo de opiniom. Linda (09/09/2005 11:45)

Envía o teu comentario:

En Vieiros cremos que a verdade non é propiedade de ninguén, senón que se constrúe entre todos. Por iso, tamén estamos convencidos de que a participación dos lectores e lectoras engade outro valor aos contidos informativos. Pero este xogo ten as súas regras. O insulto, as descalificacións persoais e a linguaxe despectiva atrancan a comunicación libre. O diálogo establécese sobre as ideas, non sobre quen as emite. Por esta razón, eliminaremos os comentarios que non favorezan a liberdade e o razoábel intercambio de opinións. En beneficio da participación e do debate.

Nome:

Correo:

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=44955&Ed=1&cm=1 (2 of 3) [09-03-2007 3:27:40]

Page 21: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

Mensaxe:

Máis artigos de opinión

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=44955&Ed=1&cm=1 (3 of 3) [09-03-2007 3:27:40]

Page 22: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

CONTACTA CON VIEIROS

NOVAS

HOXE AO COMPLETO

OPINIÓN

NO ESCÁNER

GALERÍAS FOTOGRÁFICAS

ALGO ESPECIAL

ANTERIORES

COMUNIDADE

AXENDA

CHAT-CHAT-CHAT

FOROS

ENQUISAS

POSTAIS

TENDA

LIGAZÓNS

BUSCADOR

NOVIDADES

TOP100

DOSSIERS

PUBLICIDADE

QUE É VIEIROS

MEDO AOS AVIÕES

Universidade pública: proibido pescarUn artigo de: José Ramom Pichel[04/10/2005]

A transferência do conhecimento das Universidades à sociedade em geral é uma matéria realmente gris. Os organismos públicos são um rio no que convivem miles e miles de seres que geram recursos e que ninguém ou poucos se aproveitam. Um couto de pesca. Imaginemos que todos os recursos que se criam nas Universidades públicas tivessem por decreto licenças livres. Provavelmente o rio da investigação inundaria toda a sociedade em recursos e software aberto que geraria riqueza a universidades, empresas, organizações e pessoas em geral. E assim no sucessivo. No entanto, esperando por tempos novos, o rio do conhecimento universitário como qualquer outro rio nasce e morre no mesmo sítio, nasce com dinheiro público e desemboca na foz dos recursos privados.

As troitas são animais inteligentes que um pescador de rio admira, sempre escapando da beira, por se a espreita é descoberta. Sempre na sombra dos rios, saltando da água como golfinhos de rio, golfinhos de ria de Vigo de verão em barcos de Cangas. Levam inserido no chip cerebral o conhecimento das pedras, dos fundos, isoladas do mundo de ar, carregadas de alimento, sem imaginar o saborosas que ficam em qualquer uma tijola, um molho aproveitado por todos e todas.

As troitas são todas diferentes, umas ferozes, umas gente de mundo que gosta de fugir, obscuras, umas outras valentes. Cada rio com a sua troita e todas investigando por enquanto comem os fundos do rio. Todas trabalhando sem sabê-lo para o pescador que percorre carreiros de fentos na procura de compensar o colesterol que elimina, caminhando com o que quer conseguir pescando. Um fluxo entre o animal riquinho e o homem.

Como não se podiam pescar bem, com gosto, poucas ficavam, inventaram-se os coutos de pesca, onde só aqueles com licença para matar, apanhavam o troféu, com uma licença proprietária 007. Os coutos privados sempre como norma de vida, de esquerda e já não digamos direita.

A Administração pública, a Universidade, um rio cheio de troitas que vivem com o oxigénio financiado polos petos de todos, é um fluxo de vida, de gerar conhecimento, recursos, de investigar o fundo com os fundos, desde a investigação básica até a aplicada. Um rio do que poucos se aproveitam, da famosa transferência, da transferência de quem bota uma cana, que apanha o conhecimento acumulado, o saboroso que é apanhá-lo, usá-lo, reaproveitá-lo para o estômago de todos.

Mas se por acaso, qualquer um dia, alguém obriga-se a que todas as troitas levassem no lombo por exemplo o acrónimo GPL (General Public License) ou qualquer um outro, de tal jeito, que embora com coutos privados ou não, todo o que vai polo rio abaixo, uma troita de pé, qualquer empresa, organização pública ou privada, pudesse estender a cana e troita que apanhasse pudesse extrair o seu conhecimento associado, modificá-lo, melhorá-lo, implantá-lo na sociedade, sempre baixo uma licença livre, então nesse momento, todos os recursos gerados na Universidade, esse rio, passariam a ser livres, ou melhor não proprietários, e a sociedade nutrira-se desses saborosos alimentos que nadam nos nossos melhores centros de investigação, e provavelmente não voltaríamos cantar, quem a pudera colher.

COMENTARIOS:

Hai 15 comentarios para esta nova. Le os comentarios e participa

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

ÚLTIMOS ARTIGOS DE José Ramom Pichel: Quatro balas na recâmara

(29/12/2006) Risotto verde tecnológico à

galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica) (09/01/2006)

Bósnia 1995-2005. Don’t Forget (11/09/2005) A língua não é um MP3(II): se

queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005) Se a nova Galiza virasse para as

ilhas tecnológicas (02/12/2004)

Ver todos os artigos de José Ramom Pichel

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=45333&Ed=1 (1 of 2) [09-03-2007 3:27:46]

Page 23: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

Máis artigos de opinión

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=45333&Ed=1 (2 of 2) [09-03-2007 3:27:46]

Page 24: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

CONTACTA CON VIEIROS

NOVAS

HOXE AO COMPLETO

OPINIÓN

NO ESCÁNER

GALERÍAS FOTOGRÁFICAS

ALGO ESPECIAL

ANTERIORES

COMUNIDADE

AXENDA

CHAT-CHAT-CHAT

FOROS

ENQUISAS

POSTAIS

TENDA

LIGAZÓNS

BUSCADOR

NOVIDADES

TOP100

DOSSIERS

PUBLICIDADE

QUE É VIEIROS

MEDO AOS AVIÕES

Universidade pública: proibido pescarUn artigo de: José Ramom Pichel[04/10/2005]

A transferência do conhecimento das Universidades à sociedade em geral é uma matéria realmente gris. Os organismos públicos são um rio no que convivem miles e miles de seres que geram recursos e que ninguém ou poucos se aproveitam. Um couto de pesca. Imaginemos que todos os recursos que se criam nas Universidades públicas tivessem por decreto licenças livres. Provavelmente o rio da investigação inundaria toda a sociedade em recursos e software aberto que geraria riqueza a universidades, empresas, organizações e pessoas em geral. E assim no sucessivo. No entanto, esperando por tempos novos, o rio do conhecimento universitário como qualquer outro rio nasce e morre no mesmo sítio, nasce com dinheiro público e desemboca na foz dos recursos privados.

As troitas são animais inteligentes que um pescador de rio admira, sempre escapando da beira, por se a espreita é descoberta. Sempre na sombra dos rios, saltando da água como golfinhos de rio, golfinhos de ria de Vigo de verão em barcos de Cangas. Levam inserido no chip cerebral o conhecimento das pedras, dos fundos, isoladas do mundo de ar, carregadas de alimento, sem imaginar o saborosas que ficam em qualquer uma tijola, um molho aproveitado por todos e todas.

As troitas são todas diferentes, umas ferozes, umas gente de mundo que gosta de fugir, obscuras, umas outras valentes. Cada rio com a sua troita e todas investigando por enquanto comem os fundos do rio. Todas trabalhando sem sabê-lo para o pescador que percorre carreiros de fentos na procura de compensar o colesterol que elimina, caminhando com o que quer conseguir pescando. Um fluxo entre o animal riquinho e o homem.

Como não se podiam pescar bem, com gosto, poucas ficavam, inventaram-se os coutos de pesca, onde só aqueles com licença para matar, apanhavam o troféu, com uma licença proprietária 007. Os coutos privados sempre como norma de vida, de esquerda e já não digamos direita.

A Administração pública, a Universidade, um rio cheio de troitas que vivem com o oxigénio financiado polos petos de todos, é um fluxo de vida, de gerar conhecimento, recursos, de investigar o fundo com os fundos, desde a investigação básica até a aplicada. Um rio do que poucos se aproveitam, da famosa transferência, da transferência de quem bota uma cana, que apanha o conhecimento acumulado, o saboroso que é apanhá-lo, usá-lo, reaproveitá-lo para o estômago de todos.

Mas se por acaso, qualquer um dia, alguém obriga-se a que todas as troitas levassem no lombo por exemplo o acrónimo GPL (General Public License) ou qualquer um outro, de tal jeito, que embora com coutos privados ou não, todo o que vai polo rio abaixo, uma troita de pé, qualquer empresa, organização pública ou privada, pudesse estender a cana e troita que apanhasse pudesse extrair o seu conhecimento associado, modificá-lo, melhorá-lo, implantá-lo na sociedade, sempre baixo uma licença livre, então nesse momento, todos os recursos gerados na Universidade, esse rio, passariam a ser livres, ou melhor não proprietários, e a sociedade nutrira-se desses saborosos alimentos que nadam nos nossos melhores centros de investigação, e provavelmente não voltaríamos cantar, quem a pudera colher.

COMENTARIOS:

Para mim Lucia a relação universidade-empresa sempre deveria ser

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

ÚLTIMOS ARTIGOS DE José Ramom Pichel: Quatro balas na recâmara

(29/12/2006) Risotto verde tecnológico à

galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica) (09/01/2006)

Bósnia 1995-2005. Don’t Forget (11/09/2005) A língua não é um MP3(II): se

queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005) Se a nova Galiza virasse para as

ilhas tecnológicas (02/12/2004)

Ver todos os artigos de José Ramom Pichel

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=45333&Ed=1&cm=1 (1 of 4) [09-03-2007 3:27:49]

Page 25: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

como mínimo de cooperação em I+D+i, isto é, projectos financiados com fundos públicos para a investigação de interese para a sociedade. O problema é que a maior parte das empresas usam a universidade como lugar para baixar os custos utilizando bolseiros/as como mão de obra barata. Afinal isso é uma prática que acaba com tudo, porque baixa os preços ao resto das empresas. Para mim por tanto o dinheiro privado das empresas na Universidade teria de ser quase sempre baseado em I+D+i, que figesse possível que a Universidade investigue com fundos dignos (contratos) e que as empresas podam servir para dinamizar estes projectos posteriormente. Mas estes projectos deveriam ser por lei livres para que a sociedade puidesse aproveitar-se disto e também se puidessem gerar novos recursos apartir destes por empresas e Universidades. Obrigado Lucia. José Ramom Pichel (07/10/2005 09:51)

Se o conhecemento xerado polas universidades revirte nas empresas privadas, seria normal que estas pagasen pola investigacion. Esta e unha das razons polas que a Universidade Galega conta con poucos recursos. A falta de inversion privada ten outro problema, relacionado coa endogamia, que e que a investigacion non avanza moi rapido. As empresas privadas que financian proxectos coa universidade axudan a xeracion de resultados novos e a actualizacion da investigacion. Esta parte do modelo anglosaxon e a que mais falta na Galiza. O dinheiro privado non deberia ser nunca o unico medio de financiacion da universidade, pero deberia ter mais peso na galega lucia (06/10/2005 14:31)

Queria parabenizar publicamente a Celso, Paulo, Ernesto e Miguel polos plantejamentos e os argumentos deitados sobre o artigo. Gostei muito do dito por vo-los quatro. Penso que a partir do debate podemos melhorar as propostas. Sinto-me muito afortunado. Obrigado José Ramom Pichel (06/10/2005 11:54)

Caro Xabier, com efeito sou um recem chegado ao GPL e peço desculpas por isso. Outros já chegastes antes a todo do que eu. Simplesmente a ideia do artigo que penso que percebeche bem é precisamente que as universidades se estivessem obrigadas a liberar parte dos seus recursos e software as empresas tecnológicas que como bem sabes trabalham segundo a filosofia ou a tecnologia do momento, teriam que também passar-se. É uma ideia discutível de como se poderia rachar com o laço ou com o engarrafamento para a difusão do software livre. Cumprimentos José Ramom Pichel (06/10/2005 10:32)

Concordo mais com o Ernesto que com o José Ramóm. O problema principal da universidade espanhola (não existe uma "universidade galega") é a escaseza do conhecemento gerado, e não o "sequestro" de dito conhecemento. Um exemplo: a política da USC a respeito das patentes é, como pude comprovar recentemente, fomentar que os investigadores criem quantas mais melhor, embora sejam registadas individualmente, desentendéndo-se totalmete de proteger os interesses económicos da própria USC: isto é, o que querem é poder dizer ao final do ano: investigadores da USC criaram uma cheia de patentes. Ora, na minha opinião (sesgada) de investigador básico, o problema fundamental é uma carência de investigação básica que vêm de séculos. Temos pipetas Pasteur, placas de Petri, isqueiros Bunsen, constantes de Planck, mais nenhum tubo de Pereira (ou de Pérez, até). Enquanto na Europa começavam a pensar e investigar, nos Reinos de Espanha e Portugal andava-se ainda a discutir sobre o sexo dos anjos. suso (06/10/2005 09:51)

o que tiña que facer o seño pichel, e decirlle á sua empresa que libere o código das aplicacións, e non que vaia ensinando polo mundo o que é a GPL, mundillo por certo ao que chegou fai tres dias, e do que parece que quere vivir ao igual que no mundo do S. privativo. Cando faga iso, entón poderá a falar das cousas que di no artigo. Ata entón non será máis que un charlatán de feira. xabier (06/10/2005 04:18)

A impresa do Pichel recebeu moitos cartos públicos das universidades galegas para iniciativas de moi dubidosa cualidade e proxección social. ningures (05/10/2005 23:27)

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=45333&Ed=1&cm=1 (2 of 4) [09-03-2007 3:27:49]

Page 26: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

Caro Pablo, a "qualidade" é um certo valor do capital cultural bourdieano. O que tu propões segue a mesma lógica da universidade liberal. Não se pode "premiar" a "boa" investigação nem "castigar" a "má", porque, na minha opinião, só a história decide sobre esta "qualidade". E a história está a decidir que praticamente tod@s quant@s confiavam numa "universidade pública, gratuíta, de qualidade", etc. orientada a um outro modelo social claudicaram. A universidade é de facto o berço das elites que refusam questionar com coerência o sistema (não me excluo, obviamente). E é lógico. A única posição coerente das elites intelectuais "progressistas" seria o SUICÍDIO DE CLASSE, e duvido muito que estejam dispostas nem em posição de abordá-lo. Quando se vive da palavra, deixar de falar é muito difícil. Ou, melhor, começar a falar de outra maneira, noutros âmbitos. Saúde, Celso (05/10/2005 21:14)

Parabéns polo artigo, Pichel, e tamén para os comentaristas, que con outros enfoques e matices conseguen ampliar a cuestión a debate. Miguel Garea (05/10/2005 20:00)

Caro Celso, Do meu ponto de vista, o principal objectivo das universidades deveria ser produzir investigação de qualidade. Para poder "medir" a qualidade e assim poder premiar com mais dinheiro e com mais médios a boa investigação, as universidades que seguem o modelo anglosaxão não valoram a quantidade de publicações senão a proporção "número de citas por publicação". Não é um critério definitivo de qualidade, mas é, acho, melhor do que a simples medição por quantidade bruta. Mais uma cousa. Nos EUA, a endogámia não está permitida por lei. Trata-se portanto duma medida intervencionista que tem como objectivo melhorar a qualidade da produção científica. Em resumo, eu acho que o modelo universitário anglosaxão escolheu o melhor do liberalismo e do proteccionismo por forma a melhorar a investigação en quanto que o espanhol, como tu dizes, escholheu o pior. Um abraço, Pablo Gamalho (05/10/2005 16:29)

Parte da pergunta é: É a universidade galega, são os seus departamentos, um âmbito aberto, cómodo e acessível para que o particular da rua (com NIF ou com CIF) que tenta compartilhar o conhecimento gerado, for por motivos de interesse social ou simplesmente (e legitimamente, dado que procuramos uma sociedade economicamente ágil) de benefíco para a sua empressa? Se não o é, pode chegar a sê-lo? que ferramentas haveria que implementar? E não se fala apenas de código livre. Migel (05/10/2005 13:27)

Caro José Ramom, o desiderátum do teu artigo está muito bem exposto e organizado, mas acho que estás a falar doutra universidade e doutra sociedade. Há uma diferença entre GPL e NLAT (No License At All). Enquanto o "saber" se traduza em dinheiro, continuará a ser mercadoria. As publicações contam pontos para os aumentos de salário, dinheiros de investigação, etc. Tanto papel produzes ou possues (títulos), tanto vales, tanto che pagam. A hierarquia salarial nas universidades é detalhadíssima. ERNESTO: Nas mais "globalizadas" universidades europeias ou norte-americanas (EUA e Canadá) a relação saber-valor não é distinta. Simplesmente, polo geral elas aplicam com mais coerência o modelo liberal. Há menos endogamia porque há mais "concorrência". Entre o liberalismo e o intervencionismo, o sistema universitário espanhol escolheu o pior de cada modelo. Saúde! Celso (05/10/2005 12:28)

Caro Ernesto, na Universidade há de tudo, por um exemplo que me contas disso, podoche contar eu também outro de gente com muitos projectos interesantes e investigações muito boas. Não podemos geralizar nem para o bom nem para o mau, mas sim, penso que é interesante que a Universidade pública gere recursos livres para que quem os receber poda melhorar e que sigam sendo livres. Um abraço, José José Ramom Pichel (05/10/2005 10:25)

Ernesto tem razão. A endogámia, entre outros factores, está a paralizar a investigação nos países latinos-mafiosos: Portugal, Espanha e Itália. Todos com um índice superior ao 90% de doutores a trabalhar no recuncho onde fizeram o doutoramento. Mas o Pichel fala doutra cousa, que também é mui grave. Não tem sentido que a universidade (ou centros públicos como o Ramom

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=45333&Ed=1&cm=1 (3 of 4) [09-03-2007 3:27:49]

Page 27: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

Pinheiro) crie novas ferramentas e novos recursos que não podam ser usados por outras universidades ou empresas com total liberdade. Isto também paraliza a investigação. Os investigadores galegos são mui desconfiados. Têm medo que o que eles "criarom" acabe por aí em mãos de não se sabe quem. Temos de ultrapassar esta desconfiança, pois o que fazemos o fazemos com dinheiro público. Quanto ao software livre e aberto, as universidades vascas são um exemplo a seguir. Parabéns Pichel, pola tua alegoria truitil. Pablo Gamalho (05/10/2005 10:19)

Alén de constatar o terribelmente ofensivo dos "anónimos" anteriores, penso que o amigo Pichel non dá no alvo. Trabuca a natureza das troitas. Acredítalles capacidade e intereses investigadores. Desde cando ten a universidade española a capacidade de trasferir coñecemento á Sociedade? Na maior parte das Universidades a endogamia e o aillamento de toda intelixencia que non sexa local, no resto do mundo ás universidades globalízanse cando a persoal e ciencia, nas españolas o 95% do profesorado apenas saíu do natío en que medrou. Se collemos calquera programa de investigazón, de doutoramento, ollaremos con espanto coma nos últimos dez anos, apenas pasou o tempo por eles. Un ou dous novos e o resto os de sempre cos discursiños de sempre. Ai, é que por eles non pasan os anos! Ernesto Vázquez (05/10/2005 08:27)

Envía o teu comentario:

En Vieiros cremos que a verdade non é propiedade de ninguén, senón que se constrúe entre todos. Por iso, tamén estamos convencidos de que a participación dos lectores e lectoras engade outro valor aos contidos informativos. Pero este xogo ten as súas regras. O insulto, as descalificacións persoais e a linguaxe despectiva atrancan a comunicación libre. O diálogo establécese sobre as ideas, non sobre quen as emite. Por esta razón, eliminaremos os comentarios que non favorezan a liberdade e o razoábel intercambio de opinións. En beneficio da participación e do debate.

Nome:

Correo:

Mensaxe:

Máis artigos de opinión

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=45333&Ed=1&cm=1 (4 of 4) [09-03-2007 3:27:49]

Page 28: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

CONTACTA CON VIEIROS

NOVAS

HOXE AO COMPLETO

OPINIÓN

NO ESCÁNER

GALERÍAS FOTOGRÁFICAS

ALGO ESPECIAL

ANTERIORES

COMUNIDADE

AXENDA

CHAT-CHAT-CHAT

FOROS

ENQUISAS

POSTAIS

TENDA

LIGAZÓNS

BUSCADOR

NOVIDADES

TOP100

DOSSIERS

PUBLICIDADE

QUE É VIEIROS

MEDO AOS AVIÕES

Risotto verde tecnológico à galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica)Un artigo de: José Ramom Pichel[09/01/2006]

"Teoria em grego quer dizer um ser em contemplação".Gilberto Gil, Ministro de Cultura do Brasil

Ingredientes (todos os ingredientes devem ser open source) 400 g. de espinafres de política tecnológica de Irlanda.125 g. de cebola de prioridades estratégicas.200 g. de arrozes internacionais (galego-português, espanhol, inglês).200 g. de manteiga de I+D+i.1 colherada de molho investigadores internacionais.4 colheradas de molho investigadores galegos retornados.150 g. de caldo TIC em todos os estudos superiores200 g. de sal e pimenta de ensaio e erroUma pota de solo industrial tecnológico

Tempo estimado de realização: 25 anos Esta é uma receita básica para que se poda construir um futuro a partir do 2006 para a Galiza desde o ponto de vista das tecnologias da informação e comunicações (TIC). Poderiam-se fazer outras mas essas estão noutros livros. Mas em toda receita o mais importante para que vaia apanhando um sabor próprio é experimentar com o que melhor sabe um fazer. Porque só reelaborando é como se consegue fazer os melhores pratos, e ainda melhor aqueles tecnológicos. Por suposto, as quantidades são estimativas e dependeram afinal do acordo entre todas as partes que elaborem o seu conteúdo definitivo.

Primeiro: antes de elaborar o risotto deveremos olhar sempre para a Irlanda. Esta ilha possui muitos bons ingredientes de política tecnológica. O mais importante se calhar foi não tentar fazer na ilha indústrias já implementadas em lugares próximos como a Inglaterra. Pensou em fazer ponte à história, reactivar-se, passar da fome dos anos vinte ao /home dos computadores, da emigração americana de famílias Kennedy ao salto tecnológico sem passar polos anos da indústria pesada. Estes 400 g de espinafres de política tecnológica põe-se a ferver uns 6 meses a fogo lento sempre atentos a eles.

Segundo: para que o prato final funcione bem devemos antes abaratar o solo tecnológico para que nele se podam fazer todo tipo de pratos TIC. Deita-se numa pota de solo industrial tecnológico os 200g de manteiga de I+D+i botando acima uma cebola de prioridades estratégicas para que se misturem bem. Do resultado sairá que a cebola (com muitas camadas) estará atravessada polo I+D+i e só por aquele que seja importante para o sabor final. A manteiga I+D+i resultante que não se misturara deve ser separado e poderá usar-se como molho para posteriores questões de investigação básica e teórica.

Terceiro: A esta mistura vai-se-lhe acrescentar os arrozes internacionais para dar-lhe consistência nos mercados internacionais. Para isso previamente no arroz galego haverá que modificar a apresentação exterior do grão e trocar alguns deles por uns já presentes no resto das variedades portuguesa e brasileira. Mudando a aparência exterior do grão (a sua ortografia coma quem di) podera-se conseguir muito mais do que usando os grãos actuais. Esta capacidade do arroz galego é única no mundo. A isto haverá que somar a potencialidade de saber uma língua internacional como o espanhol e aprender de vez a potencia de ter um arroz inglês na nossa receita.

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

ÚLTIMOS ARTIGOS DE José Ramom Pichel: Quatro balas na recâmara

(29/12/2006) Universidade pública: proibido

pescar (04/10/2005)

Bósnia 1995-2005. Don’t Forget (11/09/2005) A língua não é um MP3(II): se

queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005) Se a nova Galiza virasse para as

ilhas tecnológicas (02/12/2004)

Ver todos os artigos de José Ramom Pichel

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=47037&Ed=1 (1 of 2) [09-03-2007 3:27:55]

Page 29: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

Feito o arroz com a cebola e a manteiga TIC deve acrescentar-se um quarto de caldo TIC nos estudos universitários que fará que se vaia abrandando todos os componentes do risotto fazendo mais fácil a integração dos universitários doutras disciplinas. Continua-se cozendo a fogo lento, remexendo de vez em quando, até que se absorvera todo o caldo. Pôde demorar a mistura entre 10 a 15 anos.

Quarto: a este caldo formado por arrozes, cebolas, etc., acrescenta-se-lhe por fim os espinafres irlandeses e deixa-se cozer com o toque final formado por 3 colheradas de vinho verde do Eixo Atlântico para que poda ter um sabor diferente e facilmente identificável polo mundo, 4 colheradas de molho investigadores galegos retornados e contratados e 1 colherada de molho de directores de investigação internacionais (galegos incluídos) com experiência.

Quinto: finalmente deixa-se outros 5 anos remexendo gradualmente o prato até que o arroz esteja terno. O resultado final devera ser sazonado ao gosto com sal e pimenta, utilizando sempre como método o ensaio e o erro.

Provavelmente este risotto verde tecnológico à galega nunca será uma receita que aparecerá nos livros brancos de cozinha, mas é seguro, que só haverá futuro para a tecnologia e quase com toda segurança para a Galiza se somos quem de saltar a história, copiar a Irlanda na política tecnológica, aproveitar a força de ser bilingues nos idiomas românicos mais falados do mundo galego-português e espanhol (fazendo no primeiro as trocas precisas para aproveitar-nos da vantagem económica de ter um idioma internacional), usar o I+D+i como manteiga entre as universidades e as empresas, ter estratégias priorizadas para o país (audiovisual, agricultura ecológica, aquicultura, música folque e tradicional, turismo cultural e de alto nível, etc.) sempre pensando no que já sabemos e não no que eles já dominam, e sobretudo cozinhar uma receita lançando-se a experimentar e errar, que só é, como poderemos comer todos.

COMENTARIOS:

Hai 25 comentarios para esta nova. Le os comentarios e participa

Máis artigos de opinión

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=47037&Ed=1 (2 of 2) [09-03-2007 3:27:55]

Page 30: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

CONTACTA CON VIEIROS

NOVAS

HOXE AO COMPLETO

OPINIÓN

NO ESCÁNER

GALERÍAS FOTOGRÁFICAS

ALGO ESPECIAL

ANTERIORES

COMUNIDADE

AXENDA

CHAT-CHAT-CHAT

FOROS

ENQUISAS

POSTAIS

TENDA

LIGAZÓNS

BUSCADOR

NOVIDADES

TOP100

DOSSIERS

PUBLICIDADE

QUE É VIEIROS

MEDO AOS AVIÕES

Risotto verde tecnológico à galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica)Un artigo de: José Ramom Pichel[09/01/2006]

"Teoria em grego quer dizer um ser em contemplação".Gilberto Gil, Ministro de Cultura do Brasil

Ingredientes (todos os ingredientes devem ser open source) 400 g. de espinafres de política tecnológica de Irlanda.125 g. de cebola de prioridades estratégicas.200 g. de arrozes internacionais (galego-português, espanhol, inglês).200 g. de manteiga de I+D+i.1 colherada de molho investigadores internacionais.4 colheradas de molho investigadores galegos retornados.150 g. de caldo TIC em todos os estudos superiores200 g. de sal e pimenta de ensaio e erroUma pota de solo industrial tecnológico

Tempo estimado de realização: 25 anos Esta é uma receita básica para que se poda construir um futuro a partir do 2006 para a Galiza desde o ponto de vista das tecnologias da informação e comunicações (TIC). Poderiam-se fazer outras mas essas estão noutros livros. Mas em toda receita o mais importante para que vaia apanhando um sabor próprio é experimentar com o que melhor sabe um fazer. Porque só reelaborando é como se consegue fazer os melhores pratos, e ainda melhor aqueles tecnológicos. Por suposto, as quantidades são estimativas e dependeram afinal do acordo entre todas as partes que elaborem o seu conteúdo definitivo.

Primeiro: antes de elaborar o risotto deveremos olhar sempre para a Irlanda. Esta ilha possui muitos bons ingredientes de política tecnológica. O mais importante se calhar foi não tentar fazer na ilha indústrias já implementadas em lugares próximos como a Inglaterra. Pensou em fazer ponte à história, reactivar-se, passar da fome dos anos vinte ao /home dos computadores, da emigração americana de famílias Kennedy ao salto tecnológico sem passar polos anos da indústria pesada. Estes 400 g de espinafres de política tecnológica põe-se a ferver uns 6 meses a fogo lento sempre atentos a eles.

Segundo: para que o prato final funcione bem devemos antes abaratar o solo tecnológico para que nele se podam fazer todo tipo de pratos TIC. Deita-se numa pota de solo industrial tecnológico os 200g de manteiga de I+D+i botando acima uma cebola de prioridades estratégicas para que se misturem bem. Do resultado sairá que a cebola (com muitas camadas) estará atravessada polo I+D+i e só por aquele que seja importante para o sabor final. A manteiga I+D+i resultante que não se misturara deve ser separado e poderá usar-se como molho para posteriores questões de investigação básica e teórica.

Terceiro: A esta mistura vai-se-lhe acrescentar os arrozes internacionais para dar-lhe consistência nos mercados internacionais. Para isso previamente no arroz galego haverá que modificar a apresentação exterior do grão e trocar alguns deles por uns já presentes no resto das variedades portuguesa e brasileira. Mudando a aparência exterior do grão (a sua ortografia coma quem di) podera-se conseguir muito mais do que usando os grãos actuais. Esta capacidade do arroz galego é única no mundo. A isto haverá que somar a potencialidade de saber uma língua internacional como o espanhol e aprender de vez a potencia de ter um arroz inglês na nossa receita.

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

ÚLTIMOS ARTIGOS DE José Ramom Pichel: Quatro balas na recâmara

(29/12/2006) Universidade pública: proibido

pescar (04/10/2005)

Bósnia 1995-2005. Don’t Forget (11/09/2005) A língua não é um MP3(II): se

queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005) Se a nova Galiza virasse para as

ilhas tecnológicas (02/12/2004)

Ver todos os artigos de José Ramom Pichel

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=47037&Ed=1&cm=1 (1 of 5) [09-03-2007 3:27:59]

Page 31: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

Feito o arroz com a cebola e a manteiga TIC deve acrescentar-se um quarto de caldo TIC nos estudos universitários que fará que se vaia abrandando todos os componentes do risotto fazendo mais fácil a integração dos universitários doutras disciplinas. Continua-se cozendo a fogo lento, remexendo de vez em quando, até que se absorvera todo o caldo. Pôde demorar a mistura entre 10 a 15 anos.

Quarto: a este caldo formado por arrozes, cebolas, etc., acrescenta-se-lhe por fim os espinafres irlandeses e deixa-se cozer com o toque final formado por 3 colheradas de vinho verde do Eixo Atlântico para que poda ter um sabor diferente e facilmente identificável polo mundo, 4 colheradas de molho investigadores galegos retornados e contratados e 1 colherada de molho de directores de investigação internacionais (galegos incluídos) com experiência.

Quinto: finalmente deixa-se outros 5 anos remexendo gradualmente o prato até que o arroz esteja terno. O resultado final devera ser sazonado ao gosto com sal e pimenta, utilizando sempre como método o ensaio e o erro.

Provavelmente este risotto verde tecnológico à galega nunca será uma receita que aparecerá nos livros brancos de cozinha, mas é seguro, que só haverá futuro para a tecnologia e quase com toda segurança para a Galiza se somos quem de saltar a história, copiar a Irlanda na política tecnológica, aproveitar a força de ser bilingues nos idiomas românicos mais falados do mundo galego-português e espanhol (fazendo no primeiro as trocas precisas para aproveitar-nos da vantagem económica de ter um idioma internacional), usar o I+D+i como manteiga entre as universidades e as empresas, ter estratégias priorizadas para o país (audiovisual, agricultura ecológica, aquicultura, música folque e tradicional, turismo cultural e de alto nível, etc.) sempre pensando no que já sabemos e não no que eles já dominam, e sobretudo cozinhar uma receita lançando-se a experimentar e errar, que só é, como poderemos comer todos.

COMENTARIOS:

A alén diso, a promoción dun turismo diferenciado, cun gran respecto pola paisaxe, os elementos culturais distintivos e a arquitectura tradicional Tampouco iso se dá na Galiza siag (13/01/2006 12:32)

En Irlanda observei, sen ser experto nesta cuestións que: 1. O milagre irlandés pode deberse en parte á boa xogada dos políticos do país priorizando o coñecemento e non o cemento 2. Sobre todo á presenza de capital norteamericano 3. E o facto de ser país independente, o que lle permitiu xogar ben coa fiscalidade 4. Fala inglés (Punto 2) 5. Inversións en formación e educación (e boa parte en informática) Si, e xa lles dera ter aos irlandeses o noso sistema de Saúde e Seg Social. Ata agora Galiza non parece reunir ningún destes factores. Mellor pensar por nós mesmos siag (13/01/2006 01:13)

O primerio que habería que conseguer sería que algúns personaxes deixaran de chupar subvencións e gañar concursos preasignados con remuneración esaxerada por realizar proxectos tecnolóxicos. Un calquera (12/01/2006 20:42)

Parte III...real. Por iso penso que non debemos deixar nas mans de instituciós "presionadas" pola conxuntura económica ou empresarial o noso futuro. Tócanos a nós espalla-lo coñecemento, alfabetizar e alfabetizarnos. Iniciativas como a vosa, coma a de Agnix, ou como a de CompostelaWireless, á que pertenzo con orgullo, son as que nos poden dar unha oportunidade a todos. Abramos a caixa das ideas. Liveremos as comunicaciós. Isa sí é a nosa luita. Noraboa polo portal que ven sendo unha referencia tamén para nós. Pakolas (11/01/2006 15:01)

Parte II (sigoo) Sempre andamos un pasiño por detrás do resto. E isto, aínda que nono pareza pódenos dar unha oportunidade ós que pretendemos facer da nosa Terra un lugar mellor ¿Por qué? Porque polo dagora, non nos convertemos aínda nas áridas zoas turísticas que sufrimos cando viaxamos polo extranxeiro, aínda as mega-empre$a$ andan a atisvar o que poderían vampirizar dos nosos xóvenes(sí o fan, pero estarás dacordo con que pode empeorar moito), e aínda non contamos cunha cobertura tecnolóxica Pakolas (11/01/2006 14:53)

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=47037&Ed=1&cm=1 (2 of 5) [09-03-2007 3:27:59]

Page 32: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

Parte I (sintoo) Querido e coñecido Xosé Ramóm: Lonxe de pretender califica-lo teu artigo, que podería bem seren motivado pola impotenza que sentimos moitos achegados ó eido da tecnoloxía e das comunicaciós, invítoche a facer unha reflexión. O panorama tecnolóxico na Galiza, é claro. E deficiente. Está retrasado coma case-que todo na nosa terra con respecto a sociedade actual. Non hai máis que pensar noutros campos como os industriais ou marítimos, dos que a duras penas vivimos dende sempre os montañeses deste noroeste noso. Pakolas (11/01/2006 14:52)

eu tamen vivo en Irlanda e o factor mais importante do desenvolvemento deste pais foi a politica de impostos. as empresas pagaban un 10% de imposto de sociedades que pasou este ano a ser do 12.5%. por iso neste pais non hai seguridade social nin infraestructuras decentes. e isa a Galiza que queremos??? a buscar outro modelo e outra cousa. tanta leria con Irlanda pero a maioria dos irlandeses non saben onde carallo esta Galiza. pensan que somos un apendice dos bascos. busquemos outros modelos de crecemento. pois eu (10/01/2006 21:45)

Boísimo o artigo e a aportación da biotecnoloxía mariña e da acuicultura intensiva tamén. Parécenme moi importantes, pero...nós, os habitantes da Gallaecia en sentido amplio tamén somos especialistas en vehículos autopropulsados (automoción, naval...) e en textil e organización empresarial (o modelo de inditex está a ser estudado por exemplo en Harvard). Esoutros son campos a estudar tamén, porque poden ter unha compoñente de i+d+i bestial. Dani (10/01/2006 21:10)

Parabéns José Ramom pelo metafórico, mas directo e claro, artigo. Curiosamente, na Revista Portugaliza deste primeiro semestre 2006 lançamos um monográfico sobre esta questão fulcral para o País, e publicamos uma interessante entrevista a Xoán M. Paredes e que poderiamos ligar com este artigo em Vieiros. Não deixem de ler. Cumprimentos. www.agal-gz.org/portugaliza Luís Magarinhos (10/01/2006 21:06)

Estou con Suso. O desenvolvemento de cultivos marinos si... Ai poderia haber negocio.A agricultura organica igual... O modelo irlandes non nos vale a nos. Isto aqui foi o Plan Marshall!!! ;-) Eu vivo en Irlanda e conhezo o tema de boa tinta, porque traballo no sector da informatica e telecomunicacions. Os factore do exito irlandes son 3 ou 4: 1)Falar ingles. 2)Ligazons moi fortes cos EEUU, onde todos din que tenhen raices irlandesas e se consideran irish-american ainda que o 99% do seu corpo sexa de Suecia...por ponher un exemplo. E asi os yankees prefiren montar os seus chiringuitos en Galway mellor que en Celanova...ainda que as infraestructuras sexan pateticas...E asi, os irlandeses danse un conto da ostia, e parece que isto e o demo, e venhen os xaponeses e montan as suas industrias farmaceuticas... 3) Estar na UE e servir de ponte para moitas multinacionais americanas entre UE e USA, e ter man de obra mais barata que o Reino Unido!!!! 4)Incentivos do governo as empresas... Eirin (10/01/2006 20:25)

Moi bo o artigo non o dubido, pero que se poda poñer en practica non o creo, para que adeprender a xente a cociñar, se o mellor e dar cartos a xente para que coman donde queiran, (xa sabemos a consecuencia, pan para hoxe e fame para mañán, pero dache votos). Ademáis os cartiños van para a suba do salario nun 10% para eles claro, mira que pronto se puxeron de acordo, para o que lles conven claro. Mentres os demais a velas vir. Anxo Lopan (10/01/2006 17:20)

Vejo-o factível. Só há uma coisa que parece não calhar (e nisso sim seremos como a Irlanda, pelos vistos): o arroz. Se seguirmos assim, acho que acabaremos todos comendo arroz espanhol. Portanto, uma proposta factível, mas de gume duplo (pode tentar mais dum político a deixar de comer arroz autóctone). Celebro o artigo, mas o que precisamos é também um lobby empresarial galeguista forte e com influência. políglota (10/01/2006 15:27)

Que feio estás na foto, meu filho.

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=47037&Ed=1&cm=1 (3 of 5) [09-03-2007 3:27:59]

Page 33: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

Carlos (10/01/2006 12:05)

Óptimo o arroz, presta. João M. (10/01/2006 11:33)

ligazón ao artigo sobre a patentabilidaed de programación: http://www.nosoftwarepatents.com/es/m/politics/members.html roxo (10/01/2006 10:10)

aquí tendes un interesante fio sobre o milagre Irlandés que tanto defende Pichel: http://bulma.net/body.phtml?nIdNoticia=2205 e aquí tendes outro artigo sobre as patentes da programación. Están collidos ao chou na rede, seguro que podedes buscar máis información sobre o miragre económico-tecnolóxico irlandés. dame que o Pichel esqueceu a súa participación na mesa galega contra a patentabilidade da programación ou as clases de SL que dabamos algunha xente "de gratis" na Casa Encantada. Ao mellor todo é por defender o modelo monopolistico de M$, ou ao mellor non. Quen sabe, a pota está no lume. roxo (10/01/2006 10:08)

Lamento não concordar com o artigo, embora é brilhante e contém algumas ideias muito boas. Por exemplo, aumentar o gasto em I+D+I, recuperar e captar investigadores, e recrutar directores de investigação internacionais. Mas o erro da receita está no ingrediente irlandês: não se lhe pode botar ao guiso cerveja Guinness, haverá que botar-lhe um chisco de aguardente... E sabido que um componhente fundamental do éxito irlandês é a aposta polas tecnologias informáticas. Essas são as indústrias que permitem "saltar" a etapa da indústria pessada. Mas isso puderam-no fazer os irlandeses porque partilham o idioma que o 99% da tecnologia da informática e computação utiliza: o inglês. Nos, simplesmente, não podemos competir lá. Por conseguinte, na receita do Ramóm, que têm todos os ingredientes ajeitados para o molho, falta o fundamental: o ingrediente principal (Por exemplo, este ingrediente principal poderia ser a biotecnologia marinha mais a acuicultura intensiva). E só um exemplo. Suso suso (10/01/2006 09:40)

Magnífico artigo e ideias. Parabéns, José Ramom ! Heitor (10/01/2006 02:41)

Das receitas que un ten de anotar no seu caderno. Boísimo. Que lle chegara aos chefs da alta cociña galega e que saiban (e queiran) tirar dela as mellores esencias. Eu pola miña parte hei procurar tela a man na cociña. Santi Moroño (09/01/2006 23:18)

porque hai xente que ten teima en copiar copiar copiar copiar... eu non quero saber nada dun modelo empresarial tecnolóxico que defende a capa e espada a patentabilidade da programación e a imposibilidae que os/as que non tivemos tanata "sorte" de que M$ mirase para nós (nen falta que fai) poidamos camiñar por un modelo aberto de compartición de coñecemento, non excluinte cun modelo empresarial xusto. Hai xente que non lembra que participou da mesa galega contra a patentabilidaed da programación roxo (09/01/2006 19:09)

Sr. Gamallo: Reincorporar os fugados ????? Ha, ha ha. Eonaviego (09/01/2006 17:30)

Parabéns polo artigo! Se no me engano, este governo deixou o orçamento para i+d+i no 0.9 do PIB (fronte o 0.7 do governo anterior). E uma subida significativa, que sitúa a Galiza perto da média nacional. Falta, no entanto, definir de forma mais pormenorizada as prioridades estratégicas assim como fortalecer a reincorporação de investigadores "fugados". Pablo Gamalho (09/01/2006 17:22)

Excelente artigo, do millor que leva aparecido en Vieiros en muito tempo! Emilio Borrazás (09/01/2006 16:04)

Concordo 100 % co anterior comunicante. Danme risa por nom dizer outra cousa aqueles que se adicam a criticar as minhas opiniòns alcumándoas de sectarias dando pé (como nom) a que outras opiniòns benevolentes coa situaçòm criminal na que se atopa Galiza podam ser tidas em conta como apropriadas, como ajeitadas

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=47037&Ed=1&cm=1 (4 of 5) [09-03-2007 3:27:59]

Page 34: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

à realidade actual de Galiza. Galiza segue mergulhada no abandono mais atroz apoiado por verdadeiros delinqüentes: autarcas capitalinos e carniça vária aborigem. Eonaviego (09/01/2006 15:28)

Volto para Valladolid despois duns días escasos pola Galiza de ferias, encontro con vellos amigos que veñen ao mesmo. Vermos aos pais mentres aínda vivan. O éxodo científico-cultural e tecnolóxico das nosas xentes continúa coma hai 100, 75, 50, 25 anos. Perdoa, mais coma xa dixo alguén, na Galiza só hai unha fábrica posíbel a 25 anos: de cadaleitos e maletas. Ernesto Vázquez Souza (09/01/2006 15:16)

Envía o teu comentario:

En Vieiros cremos que a verdade non é propiedade de ninguén, senón que se constrúe entre todos. Por iso, tamén estamos convencidos de que a participación dos lectores e lectoras engade outro valor aos contidos informativos. Pero este xogo ten as súas regras. O insulto, as descalificacións persoais e a linguaxe despectiva atrancan a comunicación libre. O diálogo establécese sobre as ideas, non sobre quen as emite. Por esta razón, eliminaremos os comentarios que non favorezan a liberdade e o razoábel intercambio de opinións. En beneficio da participación e do debate.

Nome:

Correo:

Mensaxe:

Máis artigos de opinión

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=47037&Ed=1&cm=1 (5 of 5) [09-03-2007 3:27:59]

Page 35: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Cartafol de libros

Edición xestionada por Héitor Mera

FORO

A sección onde deixares as túas opinións, comentarios ou suxestións e debater con outros internautas.

AS WEBS DE AQUÍ

Consulta no directorio de Vieiros as páxinas sobre literatura, editoriais e librarías

MEDO AOS AVIÕES

Liquidación de existenciasUn artigo de: José Ramom Pichel[04/05/2006]

Há livros que deveriam estar escritos já há tempo, uma escrita necessária, precisa, uma excepção. O livro publicado na Difusora de letras, artes e Ideias, "Liquidación de existencias" de Marcos Lorenzo é um livro básico. Básico, porque fica na melhor das bibliotecas possíveis, na das releituras, excepção porque a patafísica é um presente que todo o toca.

O autor, antropólogo social seguidor compulsivo do ludovitalismo, não decidiu ir à selva na procura da última tribo. Preferiu ficar na casa. Atreveu-se porém a explorar as tribos contemporâneas, com uma lupa pata. Por isso fijo uma exploração e revisão dos conceitos que nos rodeiam polos quatro pontos cardinais, reafirmou-se na patafísica como antídoto contra o inmobilismo, falou das tomas de terra, do sentir galego desde o ponto de vista e também como ponto de mira, um caderno de bitácora de duzentas vinta páginas, um disparar ratatatatatatatá contra os francoatiradores quotidianos, uma exploração de novos formatos para a escrita, uma beleza lírica pata.

O livro está atravessado por duas funcionalidades vitais, o "zumbido" e a "virutilla". O primeiro um momento continuo como de gráfica digital de todos um. O segundo um momento de discontinuidade na gráfica, uma pausa que o atravessa tudo. Aliás, pensamentos disparados com uma carga inteligente no extremo mesmo. Mas como um livro sempre reelabora o emprestado e elabora o pensado, eis os meus pensados, os meus emprestados.

O redondismo é mentira, com o zoom da palavra vemos pequenos pontos de discontinuidade rectos e de cor dúvidammmmmmmmmmmmmmmOs profetas contemporâneos pagam uma hipoteca e gostam da estetica das mesas redondas.MmmmmmmmmmmmmmOs verdadeiros escritores sabem que os dedos apoiados na cara devem fazer um ângulo exacto de 90ºMmmmmmmmmmmmmmTodos entendemos que a nota si e o do tocados ao mesmo tempo provoca uma tensão necessária.Tempos modernos.mmmmmmmmmmmmmmAs palavras podem apagar-se com um simple clique no OK.mmmmmmmmmmmmmmPapar uma borboleta. A beleza quando mastigada dá nojo.mmmmmmmmmmmmmma imediatez só pode reproduzir a mentira ou a verdade vai a 33 r.p.m.mmmmmmmmmmmmmmTem razão meu irmão juan carlos, aproveitar o tempo em que as actividades só estão limitadas polas ganas, não polas pernas, polo corpo.mmmmmmmmmmmmmmLisboa tem farmácias com o logótipo de jamiroquai. Um antídoto funky para os fados do bairro alto.mmmmmmmmmmmmmmGalegada I. Carmucha te quiero, o sea, te amo (Pintada real de Lugo)mmmmmmmmmmmmmmElvinha e Travessa de Vigo bairros cheios de menus de restaurante com manifestos mais alámmmmmmmmmmmmmmTão pouco entendemos essa obsesão por apreender, sequestraremos a dúvida sem pedir resgate por ela.mmmmmmmmmmmmmm

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

OUTROS ARTIGOS DE José Ramom Pichel: Quatro balas na recâmara

(29/12/2006) Risotto verde tecnológico à

galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica) (09/01/2006)

Universidade pública: proibido pescar (04/10/2005)

Bósnia 1995-2005. Don’t Forget (11/09/2005) A língua não é um MP3(II): se

queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005)

http://vello.vieiros.com/publicacions/opinion.php?id=49634&Ed=38 (1 of 2) [09-03-2007 3:28:13]

Page 36: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Cartafol de libros

A estação de autocarros de Lugo é o nosso museu de cera faccional.mmmmmmmmmmmmmmLiquidação de existências. Proibido não tocar.

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/publicacions/opinion.php?id=49634&Ed=38 (2 of 2) [09-03-2007 3:28:13]

Page 37: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

CONTACTA CON VIEIROS

NOVAS

HOXE AO COMPLETO

OPINIÓN

NO ESCÁNER

GALERÍAS FOTOGRÁFICAS

ALGO ESPECIAL

ANTERIORES

COMUNIDADE

AXENDA

CHAT-CHAT-CHAT

FOROS

ENQUISAS

POSTAIS

TENDA

LIGAZÓNS

BUSCADOR

NOVIDADES

TOP100

DOSSIERS

PUBLICIDADE

QUE É VIEIROS

MEDO AOS AVIÕES

Quatro balas na recâmaraUn artigo de: José Ramom Pichel[29/12/2006]

Dedicado a Guadi Galego, Ugia Pedreira, Ramom Pinheiro e Pedro Pascual por tudo o aprendido e/ou desaprendido, que já não lembro bem.

A bala da recâmara é a bala tímida, a importante, a surpresa final, a melhor trabalhada, a desejada, a temida, agochada trás das suas irmãs que já voaram. Na música na Galiza ultimamente há muitas balas na recâmara, que saíram ao mesmo tempo impredizível, após um trabalho de anos consistente, duro, sem possibilidade de ser raiado com a facilidade do passar do tempo. Uma música sobretudo autoral, reelaborada com ingredientes subcutáneos que nos atacam a dermis, que a redescobrem. Quando naqueles míticos anos 80 Golpes Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham autores, e provocar e desfrutar era o bem mais procurado descubri que era possível e-mocionar-se com quatro a um tempo. O meu campo era batido, semeado por umas balas de "movida" com sabor a vinilo. Foi o começo desta história.

Assim, vintecinco anos mais tarde, o presente ofereceu-nos, mais uma vez, quatro maravilhosos discos que nos baleiam os sentidos, todos de uma qualidade extrema, saídos nao por acaso de toda a geografia musical galega, já nao dos bairros de vigo, mas que partilham como aqueles, cantores e recursos, umas obras cheias de criaçao, letras excepcionais, misturas e reelaboraçoes contemporâneas, banhadas com algas verdes, regadas com águas de sifão, sublimadas com águas do mar do norte, deixando-nos a todos espidos.

Espido, 10.0, Marful e Nordestinas é sota, cavalo, rei e ás, os valores mais altos para jogar um bom tute na partida da contemporaneidade ecléctica. Um eclecticismo que surprende nesta terra onde a música folque tende a reivindicar o passado como futuro, ou que por vezes innova recuando.

Espido, 10.0, Marful e Nordestinas é música para viver o dia inteiro, as estaçoes todas, para incorporar-nos activamente, para saber que somos mundo.E pedindo, peço, um Espido para um verao de luz brilhante com quadro do Pedroso ao fundo, com uma guitarra e nao uma, mas a voz. Um Espido numa Praça das Praterias com espantosos turistas confundindo o altar do zebedeu com um cenário honesto a duo, com um atrevimento a duo, porque espir-se é sempre uma aventura rodeada de colcheas, mínimas, semibreves ou negras, que há para todos os gostos.

E pedindo, peço um 10.0 de versao de programa asentado definitivo, ensarilhado, batido polas algas verdes, com esse som particular, esses instrumentos que falam, essa voz que toca.

E pedindo, peço um Marful para uma dança de Tom Zê, filho da prática, filho da táctica, filha de maquiná, escrupulosamente sentida, necessária, com um cenário mágico de músicos que sabem que a soma de dous mais dous sao vinte e dous todos com sabor diatónico, com uma deusa no cenário.

E pedindo, peço um Nordestinas de piano de cauda absolutamente eficaz para compreender que o ataque das teclas brancas e pretas, binárias, forma um todo, um conjunto lógico de jazz, uma ferramenta para elevar aos altares as vozes de Guadi Galego e Ugia Pedreira distanciadas no cenário a 1.25m, que cria exactamente uma oitava entre cedeira e a marinha.

José Ramom Pichel

José Ramom Pichel Campos, nacido no 72 na cidade de Compostela ao terceiro dia exilou-se na

Travesa de Vigo (Vigo). Gosta desde meniño dos computadores e das linguas. Enxeñeiro informático pola UDC, cofundadorda plataforma polo galego na informática no ano 1994. É actualmente o director da área de enxeñaría lingüística da empresa imaxin|software, da que foi un dos seus fundadores no ano 1997. Tenta realizar artigos sobre as relacións entre sociedade e tecnoloxías da información para Bravu.net, Novas da Galiza e a revista electrónica Omnibus; tamén ten publicado varios artigos sobre terminoloxía no campo dos computadores. É membro de diferentes organizacións en defensa da língua. Acredita na sociedade civil, no entanto.

ÚLTIMOS ARTIGOS DE José Ramom Pichel: Risotto verde tecnológico à

galega (Receita para uma futura Galiza tecnológica) (09/01/2006)

Universidade pública: proibido pescar (04/10/2005)

Bósnia 1995-2005. Don’t Forget (11/09/2005) A língua não é um MP3(II): se

queredes chamamos-lhes koljos (25/02/2005) Se a nova Galiza virasse para as

ilhas tecnológicas (02/12/2004)

Ver todos os artigos de José Ramom Pichel

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=54981&Ed=1 (1 of 2) [09-03-2007 3:28:22]

Page 38: CONTACTA CON José Ramom Pichel VIEIROS Artigos publicados ... · Bajos, Siniestro Total, Os Resentidos e Aerolíneas federales compartilhavam recursos e cantantes, e as letras tinham

Vieiros: Opinión

E pedindo, peço que se continue a experimentar com a vantagem de poder ter um estúdio de música na casa para os novos criadores, que presentear MP3 é e-mulear concertos futuros, que a tecnologia informática é um oásis para a nova música.E pedindo, peço porque é Nadal, que haja comida para todos, que o IPC nao suba mais ainda a qualidade destes discos, que num país multicolor nasceu uma arnela baixo o sol, que desejava de te ver 33 r.p.m cada vez, que ileailererelelerelerelrerelele como queres que te queira, irrepetível, que lalim é o centro geográfico da galiza, que o diatónico também usa palhetas, que tenho contadas as balas da música de recâmara, e que contei quatro.

Máis artigos de opinión

© Vieiros

http://vello.vieiros.com/opinion/opinion.php?id=54981&Ed=1 (2 of 2) [09-03-2007 3:28:22]