CONFLITOS NA IRLANDA ENTRE CATÓLICOS E PROTESTANTES

HISTÓRICO OS conflitos entre os católicos e

protestantes aconteceu em uma parte da Irlanda conhecida como Irlanda do Norte, especificamente em Belfast lugar de grande importância no conflito.

A Irlanda do Norte é uma nação constituinte do Reino Unido. Localiza-se, como seu nome sugere, no norte da Ilha da Irlanda, dividida com a República da Irlanda um país independente e soberano.

IRLANDA DO NORTE

O conflito da Irlanda do Norte tem suas raízes na dominação britânica da ilha da Irlanda. Tudo começa no ano de 1800, com o Act of Union (em inglês, ato de união ou unificação), posto em prática em 1 de janeiro de 1801, e que unificou os reinos da Grã-Bretanha e Irlanda, dando origem ao Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. O conflito tratava-se, em primeiro lugar, da população protestante, em favor de preservar os laços com a Grã-Bretanha, e do outro lado a população católica, em favor da independência ou a integração da província com a República da Irlanda, ao sul, país predominantemente católico.

O conflito na Irlanda do Norte  foi um conflito de grande violência, que causou grande perda de vidas durante a segunda metade do século XX.

“Fisicamente” os conflitos ocorreram diretamente entre os grupos Unionistas (Protestantes) que como o nome sugere era a favor da união, e o muito conhecido IRA (católicos), grupo nacionalista que lutava pela independência.

IRA O Exército Republicano Irlandês, mais

conhecido como IRA  foi um grupo paramilitar católico e reintegralista, que pretendia separar a Irlanda do Norte do Reino Unido. Outrora recorreu a métodos terroristas, principalmente ataques bombistas e emboscadas com armas de fogo, e tinha como alvos tradicionais protestantes, políticos unionistas e representantes do governo britânico. Ao longo de mais de duas décadas de luta armada, ocorreram mais de 3500 mortes.

O mais famoso episódio desse histórico conflito ocorreu em 30 de janeiro de 1972, quando soldados britânicos mataram 14 católicos que faziam parte de uma manifestação na cidade de Derry, na Irlanda do Norte, incidente conhecido como Domingo Sangrento. O movimento teve início com uma passeata de dez mil manifestantes que pretendiam em marcha pelas ruas católicas da cidade chegar até a Prefeitura. Antes disso, entretanto, os soldados ingleses partiram para ofensiva e disparam contra os manifestantes deixando 14 ativistas católicos mortos e 26 feridos. Após o "Domingo Sangrento", o IRA ganhou um número enorme de jovens voluntários, dando maior força a esse grupo guerrilheiro.

O espiral de violência durou desde o final da década de 1960 até a assinatura do Acordo de Belfast ou Acordo de Sexta-Feira Santa em 10 de Abril de 1998, que estabeleceu as bases para um novo governo, em que católicos e protestantes compartilhassem o poder. Pelo acordo, qualquer nova decisão sobre a soberania na Irlanda do Norte precisaria ser submetida a plebiscito. Até 1998 as ações do IRA são predominantes, quando, o acordo entre ingleses, católicos e protestantes irlandeses é firmado. Neste, os ingleses se comprometem a proporcionarem maior autonomia política e econômica para a Irlanda do norte, em troca de um cessar fogo do IRA.

O acordo acontece por intermédio do Sinn Fein, que significa nós sozinhos e é aprovado pelo IRA. Porém, o acordo só é concretizado de forma plena em 2001.

IRLANDA ATUALMENTE

Depois do acordo de paz que encerrou três décadas de conflito civil, a sociedade da Irlanda do Norte está mais heterogênea, a violência diminuiu, mas um governo ineficaz, a falta de uma política contra o sectarismo, a crise e a desigualdade econômica são uma ameaça ao processo de paz.A Irlanda do Norte aos poucos está mudando o cenário político. Apesar das divisões que persistem, a sociedade da Irlanda do Norte tornou-se mais diversificada e se mostra mais à vontade com as diferenças. Os protestantes, antes maioria, estão praticamente empatados com os católicos.