Adriana Duque | Iconos

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Exposição "Iconos" de Adriana Duque realizada na Zipper Galeria. De 18 de Março a 13 de Abril, 2014. Mais em: http://zpr.me/adrianaduque

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Rua Estados Unidos, 1494CEP 01427 001São Paulo - SP - Brasil+55 (11) 4306 4306www.zippergaleria.com.br

2a a 6a 10:00 - 19:00sábados 11:00 - 17:00

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Adriana Duque18 de março a 12 de abril de 2014

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Ser artista implica, entre outras questões, buscar um caminho próprio de ex-pressão em meio a um mar de referências de obras, escolas e outros artistas. Certos artistas e obras possuem o poder de catalisar e sintetizar determina-dos pontos que podem auxiliar outros artistas a criar conceitos e estéticas para suas obras que estão por vir.

Adriana Duque realiza um projeto no qual a fotografia surge umbilicalmente conectada à história da pintura. Mais especificamente, da pintura holandesa do período Barroco. “Certa vez, visitei o museu Groeninge, em Bruges, na Bélgica. Tive a oportunidade de ver as telas originais de pintores como Jan Van Eyck (c.1390 – 1441) e Hans Memling (c.1430 - 1494). Essa foi uma das experiências mais sublimes e motivadoras, que teve uma influência em todo meu trabalho fotográfico a partir de então”, relata Duque.

A problemática de partir de referenciais tão demarcados é sempre a mesma: no escopo de sua obra, conseguirá o artista diluir tais referências até que este-jam tão bem amalgamadas no organismo do seu trabalho que praticamente desapareçam, gerando assim um desdobramento com novos pressupostos?

Há um tênue e perigoso limite entre a referência que se dilui e fortifica a ambos os artistas, e o pastiche, no qual o fantasma do artista referenciado segue assombrando e tirando a energia do trabalho nele inspirado.

Duque aventura-se nesse território desafiando-se com mais um fator his-toricamente complexo: a fotografia que volta a citar escancaradamente a pintura. Os movimentos da vanguarda europeia do início do século XX buscaram justamente medir na fotografia sua autonomia como linguagem, fazendo um esforço brutal para separá-la da tradição da pintura acadêmica. Desde então, qualquer autor que volte a fotografar seguindo certos cânones pictóricos deve obrigatoriamente fazê-lo a partir dessa desconstrução tão propalada na história da arte. A obra de Duque pode ser vista como uma incitação corajosa a esse embate.

Entre a alusão explícita a um determinado período da pintura e o dilema da convivência da fotografia com a pintura, Duque cria um caminho original que resulta numa série de obras nas quais se destaca o grande impacto visual que surge justamente da imbricação meticulosamente articulada nas fronteiras da representação entre ambas as linguagens.

Mas seus retratos vão além disso: após criada a ambiência, a luz e a pose, são as referências ao seu próprio universo subjetivo e infantil que invadem a cena, em contraponto à postura e atmosfera dos personagens invocados pela pintura holandesa barroca.

Trata-se, na maioria dos casos, de tomar emprestada a ambiência sugerida pela construção pictórica barroca para que então a artista tenha a experiência de se transportar para esse lugar por meio de meninas que ela elege como uma espécie de alter ego de si mesma.

Nessa medida, a obra de Duque alcança também a dimensão de uma perfor-mance, de um gesto que deve ser vivido organicamente, como uma atitude de transferência por onde ecoam suas fantasias de princesa, flagradas na for-ma sutilmente irônica com que reabilita os ares de nobreza na representação. “Meu trabalho consiste em colocar em cena minhas lembranças, sonhos e, por que não, também as minhas frustrações”, confirma a artista.

A observação das fotografias de Duque pode levar, num primeiro momento, à errônea constatação de que suas fotografias tentam mimetizar ao máximo a luz, o adorno e a pose das pinturas às quais ela remete. Porém, é a partir desse jogo de iludir, dessa quase total similitude, que a artista introjeta da-dos que desconcertam e atualizam seus retratos. Suas Marias possuem um estranho e sedutor adorno que cobre a cabeça e tapa os ouvidos de suas pequenas princesas. Ao estudar detidamente o vestuário das personagens em enciclopédias e museus, Duque se deparou com coroas que formalmente remetem, no mundo contemporâneo, aos fones de ouvido que se tornaram acessório quase obrigatório das novas gerações.

Oras, os fones de ouvido utilizados hoje em dia no espaço público conferem ao seu usuário uma certa garantia de isolamento do entorno, uma forma de negar a presença, de manter o outro afastado. É a garantia de uma não pre-sença e de uma pretensa interiorização.

Duque conecta esse comportamento contemporâneo com a aura de impavidez e isolamento natural das infantes que habitam as paredes dos museus pelo mundo. Essas coroas revisitadas, ou espécie de fones de ouvidos que ganham adornos barrocos, funcionam como o osso que o macaco do filme 2001: Uma odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, atira ao espaço. Metáfora potente que conecta todas as gerações da humanidade, independentemente da época e dos costumes em que viveram. Esse é um dos detalhes, entre outros, pelos quais Duque sorrateiramente infiltra códigos que desestabilizam a aparente e falsa submissão a um padrão estético e comportamental de outrora.

Ao reunir referências com citações autobiográficas e suprimir limites entre pintura e fotografia, Duque cria obras de grande envergadura, das quais ricos simbolismos se desprendem para criar uma instância de enigmas e reflexões fecundas.

Eder Chiodetto

Jornalista, professor, curador e pesquisador de fotografia, Eder Chiodetto reali-zou, desde 2004, mais de 60 exposições no Brasil e no exterior. É também o curador do Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM-SP desde 2006. É autor de O Lugar do Escritor (Cosac Naify); Geração 00: A Nova Fotografia Brasileira (Edições SESC); Curadoria em fotografia: da pesquisa à exposição (E-book, Prêmio Marc Ferrez / Funarte); e German Lorca (Cosac Naify).

ICONOS

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Being an artist implies, among other matters, seeking one’s own path of expression amid an ocean of references to works, schools and other artists. Certain artist and works possess the power to catalyze and synthethise given points that might help other artists create concepts and aesthetics for their own future works.

Adriana Duque is conducting a project in which photography emerges umbilically connected to the history of painting. More specifically, to Dutch baroque painting. “I once visited the Groeninge museum in Bruges, Belgium. I had the chance to see the original paintings of painters like Jan Van Eyck (c.1390 – 1441) and Hans Memling (c.1430 - 1494). It was one of the most sublime and motivating experiences, which has had an influence on all my photography work ever since,” Duque says.

The challenge of drawing on such demarcated references is always the same: in the scope of her work, will the artist manage to dilute such references to the point that they are so well amalgamated into the organism of her own work that they practically disappear, thus creating an offshoot with new assumptions?

There is a tenuous and dangerous boundary between the reference that is diluted and strengthens both artists, and pastiche, in which the ghost of the reference artist still haunts and sucks out the energy of the work he or she has inspired.

Duque ventures into this territory tackling the challenge with another historically complex factor: photography that once again unashamedly cites painting. The European avant-garde movements of the early 20th century sought precisely to gauge their autonomy in photography as a language, making a brutal effort to separate it from the tradition of academic painting. Since then, any author who again photographs following certain pictorial canons must do so based on this so widely propagated deconstruction in the history of art. Duque’s work might be seen as a brave citing of this clash.

Between the explicit allusion to a certain period of painting and the dilemma of photography’s relationship with painting, Duque creates an original path that results in a series of works which highlight the substantial visual impact that emerges precisely from the meticulously articulated imbrication at the boundaries of representation between both languages.

But her portraits go beyond this: after creating the ambience, the light and the pose, there are references to her own subjective and infantile universe that invade the scene, counteracting the posture and atmosphere of the characters invoked by the Dutch baroque painting.

This is usually a case of borrowing the ambience suggested by the baroque pictorial construction so that the artist can then have the experience of transporting herself to that place through little girls who she elects as a kind of alter ego of herself.

Duque’s work, therefore, also attains the dimension of a performance, a gesture that should be experienced organically, like an attitude of transference whereby her princess fantasies are echoed, recorded in the subtly ironic form with which she rehabilitates the air of nobility in the representation. “My work consists of situating in the scene my memories, dreams and, why not, my frustrations,” the artist states.

Observing Duque’s photographs can lead, at first glance, to the mistaken finding that her photographs attempt to imitate to the maximum the light, adornment and pose of the paintings to which she refers. However, it is from this game of illusion, from this almost total similitude, that the artist interjects disconcerting information and updates her portraits. Her Marias possesses a strange and seductive adornment that covers the head and ears of her little princesses. Studying in detail the clothing of the characters in encyclopedias and museums, Duque found crowns whose shape resembled headphones that in the modern world have become an almost compulsory accessory to the young generations.

Now, the headphones used nowadays in public spaces block out the surroundings of the user, a kind of denying the presence of, or keeping others away. It is the guarantee of a non-presence and of an intended internalization.

Duque connects this contemporary behaviour to the aura of fearlessness and natural isolation of the infants who inhabit the walls of museums around the world. These revisited crowns, or kind of headphones that are bestowed with baroque adornment, serve the same purpose as the bone that the monkey throws into space in Stanley Kubrick’s film 2001: A Space Odyssey. A powerful metaphor that connects all generations of humankind, regardless of the era and customs which they lived. This is just one among many of the details through which Duque cunningly infiltrates codes that destabilise the apparent and false submission to an aesthetic and behavioural standard of another time.

By uniting references with autobiographic citations and suppressing the boundaries between painting and photography, Duque creates a large-scale work in which rich symbolisms are detached from the painting to create an instance of fecund reflections and enigmas.

Eder Chiodetto Journalist, teacher, curator and photography researcher, has chalked up more than 60 exhibition in Brazil and abroad since 2004. He has also been the curator of the Photography Collectors Club of the MAM-SP since 2006. He is the author of O Lugar do Escritor (Cosac Naify); Geração 00: A Nova Fotografia Brasileira (Edições SESC); Curadoria em fotografia: da pesquisa à exposição (E-book, Prêmio Marc Ferrez / Funarte); and German Lorca (Cosac Naify).

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Adriana DuqueManizales, Colombia 1968

Vive e trabalha em [lives and works in] Bogotá, Colômbia [Colombia]

Formação [Education]▶Artes Plásticas [Fine Arts]. Universidad de Caldas, Manizales, Colômbia [Colombia]

Exposições Individuais [Solo Exhibitions]2014 ▶Iconos. Zipper Galeria, São Paulo, Brasil [Brazil]▶Anthology of an Obsession. Witzenhausen Gallery, Amsterdam. Holanda. [Holand]▶The Other Side. Galería el Museo, Bogotá, Colombia [Colombia]

2010 ▶Infantes. Galeria Horrach Moya, Palma de Maiorca [Palma de Mallorca], Espanha [Spain]

2009 ▶Baroque Children. Museo Iglesia Santa Clara, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]

2005 ▶De Cuento en Cuento. Museo de Arte Moderno de Medellín, Medelín [Medellin], Colômbia [Colombia]

2001 ▶Paisajes. Alianza Francesa, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]

Exposições Coletivas [Group Exhibitions]2014 ▶International Meetings of Photography. Sofia, Bulgaria [Bulgary]▶The Other Side. Festival Internacional da Imagem, Águas da Prata, São Paulo, Brasil [Brazil]▶The Distaff Side. The Granary, The Collector’s Private Space in Sharon, Connecticut, EUA [USA]

2013 ▶Photoquai - Biennale de Photographie. Musée du Quai Branly, Paris, França [France]

2012 ▶Desnudando a Eva. Instituto Cervantes, Madri [Madrid], Espanha [Spain]

2011 ▶Fotografia Iberoamericana Contemporánea. Galeria El Museo, Bogotá [Bogota], Colômbia, [Colombia]▶SP-Arte. Galeria Horrach Moya, São Paulo, Brasil [Brazil]▶Hong Kong Art Fair Galeria Horrach Moya, Hong Kong, China [China]▶Sobre el Territorio: Arte Contemporáneo en Colombia. Cer Modern, Ancara [Ankara], Turquia [Turkey]

2010 ▶Madrid Foto. Galeria Horrach Moya, Madri [Madrid], Espanha [Spain]▶Art Brussels. Galeria Horrach Moya, Bruxelas [Brussels], Bélgica [Belgium]▶SP-Arte. Galeria Horrach Moya, São Paulo, Brasil [Brazil]▶Pulse Art Fair. Galeria Horrach Moya, Nova Iorque [New York], EUA [USA]▶Arte Fiera. Galeria Horrach Moya, Bolonha [Bologna], Itália [Italy]

2009 ▶ artBO. Galería Horrach Moya, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]▶Cinco Miradas Colombianas en Japón. Shaddai Gallery, Tóquio [Tokyo], Japão [Japan]▶Historias Intimas. Galería Mundo, Bogota [Bogotá], Colômbia [Colombia]

2008 ▶ artBO. Galería Alonso Garcés, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]

2007 ▶artBO. Galería Alonso Garcés, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]▶Fotografica. Galería Alonso Garcés, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]▶Fotología 5. Galería Alonso Garcés, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]

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2006 ▶Topologías: Materias en Tránsito. Casa de la Moneda, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]▶artBO. Galería Alonso Garcés, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]▶In Other Words. Center for Curatorial Studies Hessel Museum of Art, Bard College, Nova Iorque [New York], EUA [USA]▶Salón del Fuego. Fundación Gilberto Alzate Avendaño, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]

2005 ▶artBO. Galería Good Man Duarte, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]▶¿Se acabó el rollo? - Historia de la fotografía en Colombia 1950-2000. Museo Nacional, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]▶Salón Nacional de Artistas. Museo Universidad Nacional, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]

2004 ▶Fotología 3 - Mujeres. Museo Universidad de Salamanca, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]▶Salón Regional de Artistas. Museo de Arte Moderno, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]▶Salón de Arte Bidimensional. Fundación Gilberto Alzate Avendaño, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]

2002 ▶Realidad y Fantasía - Salón de Fotografía Contemporánea. Galería el Museo, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]▶Concéntricos y Excéntricos - Nuevos Nombres. Biblioteca Luis Ángel Arango, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]

2001 ▶Salón Nacional de Artistas, Cartagena, Colômbia [Colombia]▶IV Bienal del Caribe. Museo de Arte Moderno, Santo Domingo, República Dominicana [Dominican Republic]

2000 ▶Women of the World. White Columns, Nova Iorque [New York], EUA [USA]▶VII Bienal de Arte de Bogotá. Museo de Arte Moderno de Bogotá, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]▶IX Salón Regional de Artistas. Museo de Arte de Pereira, Colômbia [Colombia]

1999 ▶Bienal Internacional de Dibujo y Grabado. Museo de Bellas Artes, Taipé [Taipei City], China ▶Televisión - Muestra Internacional de Arte Digital. Museo de Arte Moderno de Bogotá, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]

1998 ▶XVIII Salón Arturo & Rebeca Rabinovich. Museo de Arte Moderno de Medellín, Medelin [Medellin], Colômbia [Colombia]

1996 ▶VI Salón Nacional de Arte Joven. Galería Santafé, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]

Prêmios [Awards]2006 ▶II Premio Colombo Suizo de Fotografía. Embaixada da Suiça [Switzerland Embassy], Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]

2002 ▶Primer Premio Salón Regional de Artistas. Museo de Arte de Pereira, Colômbia [Colombia]

2001 ▶Mención de Honor. Bienal del Caribe, Museo de Arte Moderno de Santo Domingo, República Dominicana [Dominican Republic]▶Primer Premio Ciclo de Fotografía Alianza Francesa, Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]▶Segundo Premio Salón Regional de Artistas, Museo de Arte de Pereira, Colômbia [Colombia]

1997 ▶Primer Premio XVII Salón Arturo & Rebeca Rabinovich, Museo de Arte Moderno de Medellín, Colômbia [Colombia]

Coleções Públicas [Public Collections]▶Coleção Regina Pinho de Almeida, São Paulo, Brasil [Brazil]▶Coleção 21c Museum Hotel, Louisville, EUA [USA]▶Coleção Museo de Arte Moderno de Medellín, Colômbia [Colombia]▶Coleção Fundación Gilberto Alzate Avendaño (FUGA), Bogotá [Bogota], Colômbia [Colombia]

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Realização I Accomplished by

Impressão I Printed by

Projeto Gráfico l Graphic Design

Fotos | Photos byGuilherme Gomes

© abril 2014

Maria 25(Série Iconos) [Iconos Series] 2014impressão fotográfica [photograph]Edição [Edition]: 1/5152 x 183 cm [59.9 x 72 in]

Maria 14(Série Iconos) [Iconos Series] 2014

impressão fotográfica [photograph]Edição [Edition]: 1/5

152 x 183 cm [59.9 x 72 in]

Maria 15(Série Iconos) [Iconos Series] 2014

impressão fotográfica [photograph]Edição [Edition]: 1/5

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Maria 16(Série Iconos) [Iconos Series] 2014

impressão fotográfica [photograph]Edição [Edition]: 1/5

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Maria 24(Série Iconos) [Iconos Series] 2014

impressão fotográfica [photograph]Edição [Edition]: 1/5

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Maria 18(Série Iconos) [Iconos Series] 2014

impressão fotográfica [photograph]Edição [Edition]: 1/5

152 x 150 cm [59.9 x 59 in]

Maria 23(Série Iconos) [Iconos Series] 2014impressão fotográfica [photograph]

Edição [Edition]: 1/5183 x 152 cm [72 x 59.9 in]

Maria 22(Série Iconos) [Iconos Series] 2014impressão fotográfica [photograph]

Edição [Edition]: 1/5152 x 183 cm [59.9 x 72 in]

Maria 17(Série Iconos) [Iconos Series] 2014impressão fotográfica [photograph]

Edição [Edition]: 1/5152 x 183 cm [59.9 x 72 in]

Maria 20(Série Iconos) [Iconos Series] 2014impressão fotográfica [photograph]Edição [Edition]: 1/5152 x 146 cm [59.9 x 57.4 in]

Maria 21(Série Iconos) [Iconos Series] 2014impressão fotográfica [photograph]Edição [Edition]: 1/5152 x 146 cm [59.9 x 57.4 in]

Maria 26(Série Iconos) [Iconos Series] 2014impressão fotográfica [photograph]Edição [Edition]: 1/5152 x 146 cm [59.9 x 57.4 in]

Maria 19(Série Iconos) [Iconos Series] 2014impressão fotográfica [photograph]Edição [Edition]: 1/5183 x 152 cm [72 x 59.9 in]

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