A ImportâncIa do EnsIno da Fé Bahá’Í aos IndÍgenas e NatIvos da Terra

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A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA FÉ BAHÁÍ AOS INDÍGENAS E NATIVOS DA TERRA SELEÇÃO DE ESCRITOS BAHÁ’ÍS INCLUSO: MENSAGEM AOS ÍNDIOS E ESQUIMÓS BAHÁÍS DO CONTINENTE AMERICANO; POR ‘AMATUL-BAHÁ RÚHÍYYIH KHÁNUM Uma Compilação preparada pelo Departamento de Pesquisa da Casa Universal de Justiça

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Nesta importante compilação temos um belo conjunto dos escritos do Guardião desta sem paralela tarefa que nos é apresentada, para que nos inspiremos e nos estimulemos para ajudar-nos em nossa gloriosa obrigação de ensinar a Fé.Também aproveitamos o tema para incluir uma segunda seção nesta compilação que é uma carta daquela que foi a esposa do Guardião: ‘Amatu’l-Bahá Rúhíyyih Khánum. A autora desta carta, serviu à Fé com grande distinção durante muitos anos. Nasceu no Canadá numa família destacada por seus serviços e devoção à Fé e teve a grande honra de ter sido a esposa de Shoghi Effendi. No curso de suas viagens por todo o mundo, visitou várias tribos de povos indígenas no hemisfério ocidental. Uma tribo no Canadá – os “Blackfoot” – conferiu-lhe o título de “Mãe Abençoada”.

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A ImportâncIA do EnsIno dA Fé BAhá’í Aos IndígEnAs E nAtIvos dA tErrA

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© 2010 copyrightTodos os direitos em português reservados para:

EDITORA BAHÁ’Í DO BRASILCaixa Postal 108513800-973 Mogi Mirim SP

www.editorabahaibrasil.com.br

Preparado pelo Departamento de Pesquisa da Casa Universal de Justiça(órgão máximo da Fé Bahá’í, sediado em Haifa, Israel)

ISBN: 978-85-320-0213-6

1ª Edição: 2010

Titulo original: The Importance and Scope of the Teaching Work Among the Masses of Various Coun-tries and their Aboriginal and Indigenous Inhabitants (Teaching Among Aboriginal and Indigenous People).*

*Originalmente publicado sob o título de The Importance of Teaching Indigenous People, uma compilação com 11 textos de Shoghi Effendi e da Casa Universal de Justiça; publicado pela AEN dos Bahá’ís do Canadá; [Toronto, Ont, 1968]. Depois reeditado com mais textos como: Principles of Mass Teaching, 1971, 27 pp.; Mais tarde novamente reeditado com materais adicionais: A Special Measure of Love: The Importance and Nature of the Teaching Work Among the Masses, Wilmette, Baha’i Publishing Trust of USA, 1974, 33 pp. E por fim uma última edição em 1985, a qual gerou a tradução para o português em 1986 da publicação intitulada Captando a Centelha da Fé. Referência Bibliográfica:

I. Captando a Centelha da Fé; 1ª Edição; 1986.II. Mensagem aos Índios e Esquimós Bahá’ís do Continente Americano. 1a edição; 1975 Tradução:

de Leonora Armstrong.

Caso for imprimir o livro utilizar papel A4: 210 x 297 mm.

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Sumário

Prefácio

I. Extratos dos Escritos de Shoghi Effendi e de Cartas Escritas em seu Nome

II. Mensagem aos Índios e Esquimós Bahá’ís do Continente Americano; por ‘Amatu’l-Bahá Rúhíyyih Khánum

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Prefácio

Bahá’u’lláh veio para este dia para trazer justiça para toda a humanidade – justiça, a mais alta forma de amor de Deus para com seus seres humanos. As pessoas do mundo não foram concebidas para viver sem o dom da luz que está dentro do espírito delas. Esta luz deve ser compartilhada com os outros seres humanos depois que forem educados com os ensinamentos divinos de Bahá’u’lláh. Através destes ensinamentos, deverão obter guia e então, iluminar toda as regiões da Terra. ‘Abdu’l-Bahá escreveu uma promessa aos bahá’ís dos Estados Unidos da América e Canadá, num livro intitulado: As Epístolas do Plano Divino, aonde descreve a grande impor-tância de ensinar os indígenas. Muitas vezes, Shoghi Effendi, o Guardião, escreveu aos bahá’ís da América sobre a urgência deles em levar a Mensagem de Bahá’u’lláh aos indígenas. Sua última mensagem aos canadenses foi: “A longa conversão dos indígenas americanos... deve receber nos meses que se sucedem, um tal ímpeto que deixe atônito e estimule os membros de toda as comunidades bahá’ís através de todos os cantos do hemisfério ocidental.” Nesta importante compilação temos um belo conjunto dos escritos do Guardião desta sem paralela tarefa que nos é apresentada, para que nos inspiremos e nos estimulemos para ajudar-nos em nossa gloriosa obrigação de ensinar a Fé.

Também aproveitamos o tema para incluir uma segunda seção nesta compilação que é uma carta daquela que foi a esposa do Guardião: ‘Amatu’l-Bahá Rúhíyyih Khánum. A autora desta carta, serviu à Fé com grande distinção durante muitos anos. Nasceu no Canadá numa família destacada por seus serviços e devoção à Fé e teve a grande honra de ter sido a esposa de Shoghi Effendi. No curso de suas viagens por todo o mundo, visitou várias tribos de povos indígenas no hemisfério ocidental. Uma tribo no Canadá – os “Blackfoot” – conferiu-lhe o título de “Mãe Abençoada”.

Nesta carta Rúhíyyih Khánum fala da certeza dada pelas Escrituras Bahá’ís, que o futuro dos povos indígenas e esquimós é muito grande. Ela explica que são os crentes indí-genas e esquimós que melhor podem ajudar a cumprir essas promessas – levando a Fé de Bahá’u’lláh para seu próprio povo.

É com um sentimento de felicidade e privilégio que esta Editora divulga novamente esta inspiradora carta que Rúhíyyih escreveu para aqueles que ela considera como seus “mui-to queridos irmãos e irmãs”. Tenham todos uma boa leitura e estudo deste vibrantes textos.

Editora Bahá’í do Brasil

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iextratos dos escritos de shoghi effendi

e de cartas escritas em seu nome 1. “Que qualquer um que sinta o impulso, entre os participantes desta cruzada, que abrange todas as raças, todas as Repúblicas, classes e denominações da totalidade do hemisfério ocidental, se levante e, se as circunstâncias o permitirem, dirija a atenção em especial e, eventualmente, conquiste a adesão sem reservas das raças negras, indígena, esquimó e ju-daica, para a sua fé. Na presente hora, nenhum serviço mais meritório e louvável pode ser prestado à Causa de Deus, do que um esforço bem-sucedido para realçar a diversidade dos membros da comunidade bahá’í americana aumentando as fileiras da fé através do registro de membros destas raças. A mistura destes elementos, sumamente diferentes da raça humana, harmoniosamente entrelaçados na estrutura de uma fraternidade bahá’í, que a todos abrange, e assimilados pelo processo dinâmico de uma Ordem Administrativa divinamente designada, e todos contribuindo com sua parcela para o enriquecimento e glória da vida comunitária bahá’í, é certamente uma conquista bahá’í, é certamente uma conquista cuja contemplação deve alegrar e emocionar todo coração bahá’í.”(De uma carta escrita pelo Guardião aos crentes americanos, datada de 25 de dezembro de 1938)— Captando a Centelha da Fé, pp. 11-2.

2. “Número reduzido, falta de instrutores hábeis e modéstia de recursos, não devem desenco-rajá-los ou detê-los. Devem lembrar-se da história gloriosa da Causa, que... foi estabelecida por almas dedicadas que, em sua maioria, não eram nem ricas, nem bem educadas, mas cuja devoção, zelo e auto-sacrifício superaram todo obstáculo e conquistaram vitórias miraculosas para a fé de Deus. Tais vitórias espirituais podem agora ser conquistadas pelos amigos para a Índia e Burma. Que se dediquem - jovens e velhos, homens e mulheres, similarmente - e saiam, estabelecendo-se em novas cidades; que viajem e ensinem, a despeito de falta de experiência, e estejam assegurados que Bahá’u’lláh prometeu ajudar a todos aqueles que se levantem em Seu Nome. Sua força os sustentará; a própria fraqueza deles é sem importância.”(De uma carta datada de 29 de junho de 941, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual Nacional da Índia e Burma.)— Captando a Centelha da Fé, p. 13.

3. “Muitas são as almas que, nesta Santa Causa, sem meios materiais ou conhecimento, in-cendiaram os corações de outros com o amor divino e prestaram à fé serviços imperecíveis. O Guardião espera que possam fazer o mesmo.”(De uma carta datada de 5 de outubro de 1941, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assem-bleia Espiritual Nacional da Índia e Burma.)— Captando a Centelha da Fé, p. 13.

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4. “Não há dúvida que a Causa deve ser ensinada às classes mais pobres e lhes deve ser dada toda a oportunidade para segui-la. Mais particularmente, a fim de demonstrar ao povo nossa fundamental ausência de preconceito, tanto preconceito de classe como qualquer outro tipo de preconceito. Entretanto, ele sente que a questão eminente é confirmar pessoas de capaci-dade e habilidade reais - qualquer que seja o nível social a que pertençam - porque a Causa necessita agora, e sempre necessitará mais, progressivamente, de almas de grande habilidade, que possam apresentá-la ao público em geral, administrar seus sempre-crescentes afazeres e contribuir para seu progresso em todos os campos.”(De uma carta datada de 30 de outubro de 1941, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente)— Captando a Centelha da Fé, pp. 13-4.

5. “O que é talvez mais glorioso a respeito de nossas atividades atuais em todo o mundo, é que nós, um grupo de número reduzido, não possuindo apoio financeiro nem o prestígio de grandes nomes, estejamos, em nome de nossa amada fé, avançando num ritmo tão rápido, e demonstrando às gerações presentes e futuras, que são as qualidades dadas por Deus à nossa religião que a estão erguendo e não o apoio passageiro de fama e poder mundanos. Tudo isto virá mais tarde, quando tenha sido demonstrado, sem a menor sombra de dúvida, que o grau ergueu ao alto o estandarte de Bahá’u’lláh foi o amor, o sacrifício, e a devoção de Seus humil-des seguidores, e a mudança de Seus ensinamentos operaram em seus corações e suas vidas.”(De uma carta datada de 20 de junho de 1942, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assem-bleia Espiritual Nacional das Ilhas Britânicas)— Captando a Centelha da Fé, pp. 14-5.

6. “O contato inicial já estabelecido, nos anos finais do primeiro século bahá’í, em obediên-cia ao mandato de ‘Abdu’l-Bahá, com os índios Cherokee e Oneida na Carolina do Norte e Wisconsin, com os índios patagônios, mexicanos, incas e os maias, na Argentina, México, Peru e Yucatán respectivamente, deverá, à medida que as comunidades latino-americanas aumentam em estrutura e força, ser consolidado e expandido. Um esforço especial deve ser empregado a fim de assegurar a adesão irrestrita de membros de algumas de suas tribos à fé, sua subsequente eleição a seus conselhos, e seu apoio franco aos esforços organizados que terão de ser feitos, no futuro, pelas Assembleias Nacionais projetadas, para a conversão em grande escala das raças indígenas à fé de Bahá’u’lláh. Nem deve, qualquer um dos pioneiros neste estágio inicial da construção das co-munidades nacionais bahá’ís, descuidar-se do requisito prévio fundamental para qualquer empreendimento de ensino bem-sucedido, que é adaptar a apresentação dos princípios fun-damentais de sua fé ao ambiente cultural e religioso, às ideologias e ao temperamento das diversas raças e nações a quem são exortados a esclarecer e a atrair. As suscetibilidades destas raças e nações... diferindo largamente em seus costumes e padrões de vida, devem sempre ser cuidadosamente consideradas e, de maneira nenhuma, negligenciadas.”(De uma carta datada de 5 de junho de 1947, escrita em nome de Shoghi Effendi aos crentes americanos)— Captando a Centelha da Fé, pp.15-6.

7. “A razão primária para alguém se tornar bahá’í deve ser, naturalmente, porque veio a crer que as doutrinas, os ensinamentos e a Ordem de Bahá’u’lláh são as coisas corretas para este

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estágio da evolução do mundo. Os próprios bahá’ís, como um corpo, têm uma grande vanta-gem: eles estão sinceramente convencidos que Bahá’u’lláh está certo; têm um plano e estão tentando seguí-lo. Pretender, porém, que são perfeitos, que os bahá’ís do futuro não terão cem vezes mais maturidade, serão mais ponderados, mais exemplares em sua conduta, seria tolice.”(De uma carta datada de 5 de julho de 1947, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente)— Captando a Centelha da Fé, p.17.

8. “As notícias do mui bem-sucedido Congresso realizado em Santiago, o agradaram muito. Agora, que mais crentes latinos estão ativos e começando a assumir responsabilidades, o trabalho prosseguirá em uma base mais permanente, visto que pioneiros de uma terra estran-geira nunca podem substituir os crentes nativos, que devem sempre constituir o alicerce de qualquer desenvolvimento futuro da fé em seu país.”(De uma carta datada de 30 de janeiro de 1948, escrita em nome de Shoghi Effendi a umcrente)— Captando a Centelha da Fé, pp. 17-8.

9. “... Grande paciência tem que ser empregada ao lidar com os membros de algumas raças primitivas que são como crianças. Eles são inocentes de coração e certamente têm tido um péssimo exemplo, em muitos cristãos, de uma abordagem meramente mercenária à religião; mas logo que seus corações e mentes se tornam iluminados com a fé, podem se tornar ótimos crentes.”(De uma carta datada de 29 de abril de 1948, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual Nacional das Ilhas Britânicas)— Captando a Centelha da Fé, p. 18.

10. “Podemos, verdadeiramente, dizer que esta Causa capacita as pessoas a alcançar o impos-sível! Pois os bahá’ís, em toda a parte, na sua maioria, são pessoas sem grandes distinções quer seja de riqueza ou de fama, e, no entanto, quando fazem o esforço e saem em nome de Bahá’u’lláh para divulgar Sua fé, tornam-se, cada um, tão eficientes quanto um exército! Tes-temunhem o que Mustafá Roumie realizou em Burma e um punhado de pioneiros alcançou em década na América Latina! É a qualidade de devoção e auto-sacrifício que trás recompensas no serviço desta fé, em vez de meios, habilidade e apoio financeiro.”(De uma carta datada de 11 de maio de 1948, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual Nacional da Austrália e Nova Zelândia)— Captando a Centelha da Fé, p. 18.

11. “O trabalho que está sendo feito por diversos bahá’ís, incluindo nosso querido crente indígena que retornou dos Estados Unidos a fim de ser pioneiro entre seu próprio povo, ao ensinarem os índios canadenses, é um dos mais importantes campos de atividade sob sua jurisdição. O Guardião espera que dentro em breve muitos destes canadenses originais toma-rão parte ativa nos afazeres bahá’ís e se levantarão para redimir seus irmãos da obscuridade e desânimo em que caíram.”(De uma carta datada de 23 de junho de 1950, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assem-bleia Espiritual Nacional do Canadá)— Captando a Centelha da Fé, pp. 19-20.

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12. “Toda investida em novos campos, cada multiplicação de instituições bahá’ís, deve ser igualada por um entranhar mais profundo das raízes que sustentava a vida espiritual da comu-nidade e asseguram seu desenvolvimento sadio. Desta necessidade vital, sempre presente, a atenção jamais deve ser desviada, nem, sob quaisquer circunstâncias, deve ela ser negligen-ciada ou subordinada à tarefa não menos vital e urgente de assegurar a expansão externa das instituições bahá’ís. Que esta comunidade... possa manter o equilíbrio apropriado entre estes dois aspectos essenciais de seu desenvolvimento... é a esperança ardente de meu coração...”(De uma carta datada de 30 de dezembro de 1948, escrita em nome de Shoghi Effendi à As-sembleia Espiritual Nacional da Austrália e Nova Zelândia)— Captando a Centelha da Fé, p. 20.

13. “Shoghi Effendi está também extremamente ansioso para que a Mensagem alcance os habitantes aborígines das Américas. Estes povos, em geral oprimidos e incultos, devem re-ceber dos bahá’ís uma medida especial de amor e todo esforço deve ser feito para ensiná-los. Seu registro na Fé enriquecerá a eles e a nós, e demonstrará nosso princípio da Unidade da Humanidade muito melhor que palavras ou a ampla conversão das raças dominantes jamais o poderá.”(De uma carta datada de 11 de julho de 1951, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual Nacional da América Central e das Antilhas)— Captando a Centelha da Fé, p. 21.

14. “Sua Assembleia está solicitada a dirigir e salvaguardar as atividades de nossa Fé em uma área realmente vasta e impressionante. Mas a própria novidade do trabalho, a oportunidade para a conquista espiritual, a grande necessidade do povo, tanto de origem europeia como aborígine, de ouvir sobre Bahá’u’lláh, é estimulante e desafiante e deve suscitar o melhor em cada crente. O Guardião sente que esforços especiais devem ser feitos para registrar os povos primitivos da América do Sul na Causa. Estas almas, frequentemente tão exploradas e des-prezadas, merecem ouvir sobre a Fé e se tornarão uma grande vantagem da Fé quando seus corações forem esclarecidos.”(De uma carta datada de 11 de julho de 1951, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual Nacional da América do Sul)— Captando a Centelha da Fé, pp. 21-2.

15. “Ele ficou muito satisfeito ao ouvir sobre os passos iniciais que vocês tomaram para ensinar aos índios. Ele acrescenta uma sugestão (não sabe se é praticável ou não): pode-se fazer contato com índios que foram mais ou menos assimilados à vida do elemento branco do país e vivem em cidades ou as visitam? Estas pessoas, descobrindo os bahá’ís sinceramente desprovidos de qualquer preconceito – ou aquela atitude ainda pior, a condescendência – não somente poderiam se interessar por nossos ensinamentos, mas também poderiam nos ajudar a alcançar seu povo da maneira adequada. É um grande erro acreditar que porque as pessoas são iletradas ou vivem vidas pri-mitivas, são desprovidas ou de inteligência ou de sensibilidade. Pelo contrário, elas podem muito bem olhar para nós, com os males de nossa civilização, com sua corrupção moral, suas guerras ruinosas, sua hipocrisia e vaidade, como pessoas que merecem ser observadas tanto com suspeita como com desprezo. Devemos encontrá-los como iguais, desejando-lhes

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o bem, como pessoas que admiram e respeitam suas ascendências antigas, e que sentem que elas se interessarão, como nós o estamos, por uma religião viva e não pelas formas mortas das igrejas atuais.”(De uma carta datada de 21 de setembro de 1951, escrita em nome de Shoghi Effendi ao Comitê Nacional de Ensino das Américas)— Captando a Centelha da Fé, pp. 22-23.

16. “O Guardião ficou felicíssimo ao ouvir falar do excelente trabalho que alguns bahá’ís estão fazendo com os esquimós e índios, e considera seu espírito extremamente exemplar. Estão prestando um serviço muito maior do que eles mesmos têm noção, cujos resultados serão vistos, não só no Canadá, mas devido à sua repercussão, em outros países onde populações primitivas devem ser ensinadas.”(De uma carta datada de 8 de junho de 1952, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual Nacional do Canadá )— Captando a Centelha da Fé, pp. 23-4.

17. “Ele ficou especialmente contente de ver que membros de sua Assembleia têm viajado e entrado em contato com os amigos, num esforço para aprofundar sua compreensão do trabalho administrativo e também seu conhecimento da Fé em geral. Ele sente que especialmente agora, na América Latina, esta aproximação íntima, amorosa e amistosa, fará mais para promover o trabalho do que qualquer outra coisa. De fato, ele iria ao ponto de aconselhar a Assembleia a que evitasse inundar os amigos com circulares e boletins desnecessários. Devem ter sempre em mente a diferença genuína entre os povos do Sul e os povos do Norte; usar as mesmas técnicas, como aquelas adotadas nos Estados Unidos, seria desastroso porque a mentalidade e os antecedentes de vida são bem diferentes. Por mais que os amigos necessitem de adminis-tração, esta deve lhes ser levada de forma aprazível, pois, de outra forma, não serão capazes de assimilá-la e ao em vez de consolidar o trabalho, descobrirão que alguns dos crentes dele se alheiam. Sempre que se sentirem desencorajados, devem se lembrar de quantos anos levou para que a administração se estabelecesse tão bem quanto está agora na América do Norte. Os problemas se repetem e nos estágios primários, nos EE.UU., o corpo dos crentes estava muito imprecisamente unido, muitos dos amigos estavam, como o estão agora na América Latina, afiliados a vários cultos mais ou menos progressivos, dos quais haviam vindo para a Fé e dos quais não podiam ser subitamente desligados; tiveram que ser apartados e educados; a mesma coisa vocês devem fazer agora. Portanto, ele os urge a serem muito pacientes com os crentes e, através de consulta amorosa e educação, insistirem gradualmente que as velhas lealdades devem dar lugar ao grande e todo satisfatório vínculo que agora encontraram com Bahá’u’lláh e Sua Fé. Instrutores experientes são maior necessidade da Fé em toda a parte, e sem dúvida em sua área também. Uma alma sábia e dedicada pode muitas vezes dar vida a uma comunidade inativa, atrair novas pessoas e inspirá-las a maiores sacrifícios. Ele espera, que, além do que quer que sejam capazes de realizar durante os próximos meses, vocês sejam capazes de manter em circulação alguns, realmente bons, instrutores bahá’ís.”(De uma carta datada de 30 de junho de 1952, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assem-bleia Espiritual Nacional da América Central)— Captando a Centelha da Fé, pp. 24-6.

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18. “Ele avalia inteiramente o fato de que os fiéis ainda estão um tanto ligados aos diferentes cultos dos quais vieram; este é um problema com o qual a Fé sempre se defronta em uma nova região; existiu durante muito tempo na América e parece fazer parte do crescimento da Causa. Ele sente que sua Assembleia pode permitir-se ser paciente com os amigos, enquanto, ao mesmo tempo, os educa numa compreensão mais profunda da Causa. À medida que cresce a conscientização deles do verdadeiro significado de Bahá’u’lláh, eles se afastarão das velhas ideias e darão sua total adesão a Seus ensinamentos.” (De uma carta datada de 30 de junho de 1952, escrita em nome de Shoghi Effendi de Assem-bleia Espiritual Nacional da América do Sul)— Captando a Centelha da Fé, pp. 26-7.

19. “Regozijo compartilhar comunidades baha’ís Oriente Ocidente emocionantes relatórios façanhas alcançadas grupo heroico pioneiros bahá’ís labutando diversos amplamente espa-lhados territórios africanos... rememorativos similar episódios relatados Bíblia Atos rápida dramática propagação Fé intermédio rompedores alvorada Idade Heroica Dispensação Bahá’í. Realizações maravilhosas assinalando surgir estabelecimento ordem administrativa Fé América Latina eclipsadas. Façanhas imortalizando recentemente lançada cruzada continente Euro-peu ultrapassadas... Número africanos convertidos durante últimos quinze meses... origem protestante católica pagã letrados iletrados ambos sexos representando não menos dezesseis tribos ultrapassou marca duzentos. Raios efulgentes triunfante Causa Deus... rapidamente despertando continente pe-netrando ritmo acelerado regiões isoladas infrequentadas homens brancos envolvendo suas almas radiantes até agora indiferentes persistentes atividades humanitárias missões cristãs influência civilizadora autoridades civis.”(De um telegrama datado de 5 de janeiro de 1953, enviado por Shoghi Effendi a Assembleia Espiritual Nacional dos Estados Unidos)— Captando a Centelha da Fé, pp. 27-8.

20. “Eu saúdo com coração jubiloso a convocação do continente africano na primeira das quatro Conferências Intercontinentais de Ensino, que constituem os pontos culminantes das celebra-ções de âmbito mundial do Ano Santo que comemora o centésimo aniversário do nascimento da Missão do Fundador de nossa Fé. Dou as boas-vindas, com braços abertos, ao inesperado grande número de representantes da pura de coração e espiritualmente receptiva raça negra, tão ternamente amada por ‘Abdu’l-Bahá, por conversão à fé de Seu Pai, Ele, profundamente a ansiava e cujos interesses Ele tão ardentemente defendeu no decorrer de Sua memorável visita ao continente norte-americano. Lembro-me, nesta histórica ocasião, das significativas palavras proferidas pelo próprio Bahá’u’lláh que, como atestado pelo Centro do Convênio, em Suas Escrituras, ‘comparou os povos de cor à pupila negra do olho’, através da qual ‘brilha a luz do espírito’. Sinto-me especialmente satisfeito pela substancial participação nesta Confe-rência memorável, de membro de uma raça habitando em um continente que, na maioria dos casos, reteve sua simplicidade primitiva e permaneceu sem se contaminar pelos males de um flagrante materialismo feroz e canceroso, solapando a estrutura da sociedade humana, tanto no Oriente como no Ocidente, corroendo os órgãos vitais dos povos e raças conflitantes que habitam os continentes americano, europeu e asiático e, infelizmente, ameaçando de engolfar, em uma única convulsão catastrófica, a totalidade do gênero humano. Aplaudo a preponde-rância dos membros desta mesma raça em uma Conferência tão significativa, um fenômeno

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sem precedentes nos anais das Conferências Bahá’ís realizadas durante mais de um século, e um bom augúrio para uma multiplicação correspondente no número de representantes das raças amarela, vermelha e morena da gênero humano, habitando respectivamente no Extre-mo Ocidente e nas ilhas do Oceano Pacifico do Sul, uma multiplicação destinada, em última análise, a levar a um equilíbrio apropriado os diversos elementos étnicos abrangidos pela grandemente diversificada, mundialmente abrangente, Confraternidade Bahá’í.”(De uma mensagem datada de fevereiro de 1953, dirigida por Shoghi Effendi à Conferência Intercontinental Africana)— Captando a Centelha da Fé, pp. 28-30.

21. “Ele espera que, durante este próximo ano, vocês... se dediquem, tanto quanto possível, à consolidar as novas Assembleias (em Uganda) e a ajudar os novos crentes a gradualmente compreender melhor a Administração e sua aplicação na vida comunitária bahá’í. Tato, amor e paciência serão sem dúvida necessários e não se deve esperar que estes novos crentes façam tudo da mesma maneira que as antigas e testadas comunidades. Na verdade, individualidade de expressão, dentro da estrutura da Ordem Administrativa, é preferível a uma uniformidade grande demais.”(De uma carta datada de 26 de abril de 1953, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente)— Captando a Centelha da Fé, p. 30.

22. “Ele ficou muito feliz em saber que Charlottetown não só conseguiu o status de Assem-bleia, mas que os crentes lá são em sua maioria independentes economicamente, pois esta é uma base sólida para a expansão do trabalho em qualquer lugar, especialmente em um lugar tão difícil como este.”(De uma carta datada de 20 de junho de 1953, escrita em nome de Shoghi Effendi a Assem-bleia Espiritual Nacional do Canadá)— Captando a Centelha da Fé, p. 31.

23. “... Ele sente que uma grande força potencial reside nestes novos crentes africanos. Sem dúvida, o seu Comitê se defrontará com problemas, devido a inexperiência de algumas des-tas pessoas em assuntos administrativos, mas, através de orientação amorosa e da sabedoria daqueles que estão associados com eles no local, estas coisas menos importantes podem ser resolvidas satisfatoriamente e, o mais importante, o estabelecimento de Assembleias e Grupos, pode ser levado avante com sucesso.”(De uma carta datada de 4 de junho de 1953, escrita em nome de Shoghi Effendi ao comitê Britânico Africano)— Captando a Centelha da Fé, p. 31.

24. “Ao registrar novos crentes, devemos ser sábios e gentis, e não colocar tantos obstáculos em seu caminho que sintam ser impossível aceitar a Fé. Por outro lado, uma vez que lhes é outorgada a qualidade de membro na Comunidade dos seguidores de Bahá’u’lláh, deve lhes ser demonstrado que se espera deles que vivam de acordo com Seus Ensinamentos e que evidenciem os sinais de um caráter nobre de conformidade com Suas Leis. Muitas vezes, isto parece ser feito gradualmente, apesar do novo crente ter sido registrado.”(De uma carta datada de 25 de junho de 1953, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assem-bleia Espiritual Nacional das Ilhas Britânicas)— Captando a Centelha da Fé, p. 32.

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25. “Deve, à medida que ganha ímpeto, despertar os seletos e reunir os espiritualmente famin-tos entre os povos do mundo, assim como criar uma percepção da Fé não só entre os líderes políticos da sociedade de nossos dias, mas, também, entre os pensadores, os eruditos em outras esferas de atividade humana. Deve, à medida que se aproxima de seu clímax, levar a tocha da Fé a regiões tão remotas, tão atrasadas, tão inóspitas, que nem a luz do cristianismo ou do islamismo tenha, após a revolução de séculos, até agora alcançado. Deve, à medida que se aproxima de sua conclusão, preparar o caminho para a colocação, sobre uma fundação inexpugnável, da base estrutural de uma Ordem Administrativa, cuja estrutura deve, ao longo de Cruzadas sucessivas, ser laboriosamente erigida através de todo o globo e que deve reunir sob sua sombra protetora povos de todas as raças, idiomas, credos, cores e nações.”(De uma carta datada de 18 de julho de 1953, escrita por Shoghi Effendi à AssembleiaEspiritual Nacional dos Estados Unidos)— Captando a Centelha da Fé, pp. 32-3.

26. “... conquistar para a Fé novas recrutas, para o exército do Senhor das Hostes que vagaro-sa mas firmemente, avança ... é tão essencial para a salvaguarda das vitórias que o grupo de heroicos Conquistadores Bahá’ís estão conquistando no decorrer de suas diversas campanhas em todos os continentes do globo. Tal fluxo constante de reforços é absolutamente vital e de extrema urgência, pois nada além do vitalizante influxo de sangue novo, que irá reanimar a Comunidade Bahá’í mundial, pode salvaguardar os troféus que, com tão grande sacrifício e envolvendo o gasto de tanto tempo, esforço e riqueza, estão agora sendo conquistados em territórios virgens pelos corajosos Cavalheiros de Bahá’u’láh, cujo privilégio é o de constituírem a ponta de lança dos batalhões em avanço que, em diversos locais e em circunstâncias muitas vezes adversas e extremamente desafiadoras, estão competindo, uns com os outros, para a conquista espiritual dos territórios e ilhas ainda não conquistados na superfície do globo. Este fluxo, além disso, prognosticará e apressará o advento do dia que, como profetizado por ‘Abdu’l-Bahá, testemunhará a entrada em tropas de pessoas de diversas nações e raças no mundo bahá’í - um dia que, vista em sua perspectiva apropriada, será o prelúdio daquela hora desde há muito esperada quando uma conversão em massa por parte destas mesmas nações e raças, e com um resultado direto de uma cadeia de eventos, momentosos e possivelmente de natureza catastrófica e que por enquanto ainda não podem ser nem vagamente visualizados, subitamente revolucionará a sorte da Fé, transtornará o equilíbrio do mundo e reforçará um milhar de vezes a força numérica, assim como o poder material e a autoridade espiritual da Fé de Bahá’u’lláh.”(De uma carta datada de 18 de julho de 1953, escrita por Shoghi Effendi à AssembleiaEspiritual Nacional dos Estados Unidos)— Captando a Centelha da Fé, pp. 32-4.

27. “O amado Guardião ficou muito feliz ao saber do sucesso do instituto para ensinar as crianças indígenas. Ele sente que este é um ótimo método de implantar os ensinamentos da Fé nos corações e nas mentes de crianças pequenas, a fim de que possam crescer e se desen-volver em homens e mulheres fortes e viris que servirão à Causa. Da mesma forma, através deste trabalho, ele espera que serão capazes de atrair alguns dos pais.”(De uma carta datada de 18 de fevereiro de 1954, escrita por Shoghi Effendi a um crente)— Captando a Centelha da Fé, p. 35.

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28. “O espírito dos crentes africanos é muito comovente, muito nobre, e de fato apresenta um desafio a seus companheiros bahá’ís em todo o mundo. Parece que Deus dotou estas raças, vivendo no assim chamado continente ‘negro’, com grandes faculdades espirituais e, ademais, com faculdades mentais que, à medida que eles amadurecem na Fé, contribuirão imensamente para o todo, de um extremo ao outro do mundo bahá’í... Em seus comunicados aos bahá’ís de Uganda, tenham a bondade de assegurá-los das orações do Guardião, de sua profunda afeição por eles e dizer-lhes que está orgulhoso deles, de seu espírito e suas vitórias.”(De uma carta datada de 11 de maio de 1954, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual Nacional da África Central e Oriental)— Captando a Centelha da Fé, p. 36. 29. “... A total finalidade dos pioneiros ao saírem para a África é de ensinar às pessoas de cor e não às pessoas brancas. Isto não significa que devam recusar de ensinar às pessoas brancas, o que seria uma atitude tola. Entretanto, significa que devem constantemente ter em mente que é ao africano nativo que estão agora levando a Mensagem de Bahá’u’lláh em seu próprio país e não para pessoas do estrangeiro para que lá emigraram permanente ou temporariamente e são uma minoria, muitos deles, a julgar pelos seus atos, uma minoria muito desagradável.”(De uma carta datada de 4 de junho de 1954, escrita em nome de Shoghi Effendi ao Comitê Britânico Africano)

30. “A África está verdadeiramente despertando e se encontrando e, sem dúvida, tem a dar uma grande mensagem e uma grande contribuição a fazer para o progresso da civilização mundial. De acordo com o grau em que seus povos aceitaram a Bahá’u’lláh, serão eles aben-çoados, fortalecidos e protegidos.”(De uma carta datada de 4 de junho de 1954, escrita em nome de Shoghi Effendi ao Comitê Britânico Africano)— Captando a Centelha da Fé, pp. 36-37.

31. “Em relação com o trabalho de ensino em toda a área do Pacífico, ele acredita inteiramente que, em muitos casos, a sociedade branca é difícil de interessar por alguma coisa além de suas próprias atividades superficiais. Os bahá’ís têm que se identificar, por um lado, tanto quanto razoavelmente puderem, com a vida das pessoas brancas, a fim de não serem condenados ao ostracismo, criticados e eventualmente expulsos de seus arduamente conquistados postos de pioneiros. Por outro lado, devem ter em mente que o objetivo primordial de lá viverem, é de ensinar a Fé à população nativa. Devem fazer isto com tato e discrição, a fim de não perde-rem o direito à sua posição segura nestas ilhas que, frequentemente, são de tão difícil acesso. Julgamento correto, muita paciência e indulgência, fé e nobreza de conduta, devem distinguir os pioneiros e auxiliá-los no cumprimento do objetivo da sua jornada a estes lugares distantes.”(De uma carta datada de 16 de junho de 1954, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assem-bleia Espiritual Nacional da Austrália e Nova Zelândia)— Captando a Centelha da Fé, pp. 37-8.

32. “No trato com pessoas que ainda estão atrasadas com relação aos nossos padrões civiliza-dos, e em muitos casos guiados por um sistema tribal que tem fortes injunções próprias, ele

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sente que devem ser tanto diplomáticos como indulgentes... Não devemos ser demasiadamente rigorosos, impondo nossas opiniões a pessoas ainda vivendo em ordens sociais primitivas.”(De uma carta datada de 17 de junho de 1954, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assem-bleia Espiritual Nacional das Ilhas Britânicas )— Captando a Centelha da Fé, pp. 38-9.

33. “Acima de tudo, os maiores esforços devem ser exercidos por uma Assembleia para familiarizar os crentes recentemente registrados com as verdades fundamentais e espirituais da Fé, com as origens, os desígnios e propósitos, assim como o processo de uma Ordem Administrativa divinamente designada; de familiarizá-los mais amplamente com a história da Fé, de instilar neles uma compreensão mais profunda dos Convênios tanto de Bahá’u’lláh como de ‘Abdu’l-Bahá, de enriquecer sua vida espiritual, estimulá-los a um maior esforço e participação mais íntima no ensino da Fé como na administração de suas atividades, e de inspirá-los a fazer os necessários sacrifícios para a promoção de seus vitais interesses. Pois à medida que o corpo dos confessos partidários da Fé é aumentado, e a base da estrutura de sua Ordem Administrativa é ampliada, e a fama da ascendente comunidade se espalha por toda a parte, um progresso paralelo deve ser alcançado, para que os frutos já acumulados perdurem, na vivificação espiritual de seus membros e no aprofundamento de sua vida interior.”(De uma carta datada de 26 de junho de 1956, escrita por Shoghi Effendi à AssembleiaEspiritual Nacional do Canadá)— Captando a Centelha da Fé, pp. 39-40.

34. “Alguns dos territórios são, praticamente, exclusivamente árabes, com uma minoria euro-peia, de antecedentes muçulmanos e uma avançada civilização e cultura próprias. Devem ser abordados com métodos de ensino adequados à mentalidade do povo. Por outro lado, muitos dos outros países correspondem a um povo atrasado, do ponto de vista da civilização moderna, porém pessoas muito mais sensíveis a valores espirituais, na realidade muito mais preparadas para abraçar a Mensagem de Bahá’u’lláh e levantar-se em seu serviço, como vimos tão ma-ravilhosamente demonstrado durante os últimos quatro anos na história da Causa na África. Estas pessoas também devem ser ensinadas de uma maneira que sejam atraídas para a Causa. Os bahá’ís africanos já registrados requererão aprofundamento na Administração durante os próximos anos, a fim de melhor prepará-los para o dia que inevitavelmente virá quando cada protetorado, país e ilha, possuirá sua própria Assembleia Espiritual Nacional. De acordo com o grau do sucesso de sua Assembleia em assentar uma base firme na época presente, dependerá a rapidez do desenvolvimento da Fé nestes diferentes países e a presteza dos crentes de assumirem, independentemente, o seu trabalho bahá’í nacional. Como ele mencionou muitas vezes a peregrinos e em suas comunicações a amigos na África do Norte, ele deseja que se dê atenção especial nesta área aos berberes. De fato, todo esforço deve ser feito para registrar tantas minorias berberes na Fé quanto possível, assim como as outras raças entre os habitantes do país.”(De uma carta datada de 2 de julho de 1956, escrita em nome de Shoghi Effendi a Assembleia Espiritual Nacional da África Noroeste)— Captando a Centelha da Fé, pp. 41-2.

35. “O trabalho mais importante de todos é treinar os crentes africanos como instrutores e administradores, a fim de que possam levar a Mensagem para seus próprios povos e estar em

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condição de assentar bases firmes e duradouras para as futuras Assembleias em todas as partes destes vastos territórios. Toda outra atividade passa a ser insignificante comparada com esta. É apenas natural que a ajuda e conselho dos pioneiros seja necessária por algum tem-po ainda, devido a sua longa experiência na Fé e seu conhecimento mais profundo de seus Ensinamentos, em virtude não só do período de tempo que têm sido bahá’ís e capazes de estudá-los, mas ao fato de que tantos Ensinamentos estão em inglês e os puderam estudar. A tradução constante de mais literatura em línguas africanas é igualmente muito im-portante, pois os novos crentes estão prontos e ansiosos para aprender e têm que ter os meios colocados à sua, disposição. Ele espera que sua Assembleia venha a ser capaz de providenciar um fluxo de instruto-res itinerantes e de pioneiros que vá constantemente aos centros fracos nos novos territórios, para consolidar a Fé e estabelecer novas Assembleias, para ensinar e encorajar as pessoa e levar-lhes tanto a luz como o amor de Bahá’u’lláh.”(De uma carta datada de 4 de julho de 1956, escrita em nome de Shoghi Effendi a Assembleia Espiritual Nacional da África do Sul e Oeste)— Captando a Centelha da Fé, pp. 42-3.

36. “Sinto-me confiante que sua Assembleia postada agora no limiar de um período de expansão sem igual dará, através de seus altos esforços, um tremendo ímpeto ao processo histórico que foi posta em andamento nos anos recentes, e atrairá, através de suas realizações, as múltiplas bênçãos de Bahá’u’lláh. O caminho que é agora chamado a seguir é longo, íngreme e espinhoso. À medida que o trabalho no qual estão empenhados se desenvolve e é firmemente consolidado, indivíduos e instituições hostis à Fé e ciumentos de seu crescente prestígio, irão se esforçar ao máximo para solapar as bases que agora estão sendo assentadas por vocês e para extinguir a luz que tem sido acesa de modo tão brilhante, por pioneiros, residentes e crentes recentemente regis-trados, em toda a parte dos territórios agora incluídos dentro de sua jurisdição.”(De uma carta datada de 6 de julho de 1956, escrita por Shoghi Effendi a Assembleia Espiritual Nacional da África Central e Oriental)— Captando a Centelha da Fé, pp. 43-4.

37. “A questão de seu orçamento, levantada em sua carta, é de grande importância. Apesar do número que vocês representam e do entusiasmo dos bahá’ís, sua Assembleia tem que en-frentar o fato de que ela representa uma Comunidade muito pobre, financeiramente. Qualquer orçamento super-ambicioso, que importaria em um encargo financeiro opressivo sabre os amigos, seria sumamente imprudente, porque, a menos que seja alcançado, lhes dará no fim do ano um sentimento de intensa frustração. Ele acha que o que vocês delinearam é demasiado. Sua Assembleia terá que, parti-cularmente durante o primeiro ano de sua existência, ser menos ambiciosa com respeito a projetos envolvendo dinheiro, e devotar-se especialmente a encorajar os amigos, reforçando as bases das Assembleias locais, ajudando os Grupos a alcançarem o status de Assembleia, e aprofundando a educação dos amigos africanos na Fé sob todos os aspectos que possa. As outras Assembleias Espirituais Nacionais, como sabem, estão tendo seus próprios problemas financeiros; e, embora não haja objeção em apelar a elas para lhes darem alguma ajuda, o Guardião duvida muito que estejam em situação de aumentar mui substancialmente seus fundos atualmente.”

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(De uma carta datada de 6 de julho de 1956, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual Nacional da África Central e Oriental)— Captando a Centelha, pp. 44-5

38. “O Amado Guardião ficou muito feliz de rever o mapa, com suas anotações nele, mostrando o número de bahá’ís indígenas. Ele sente que esta é uma vitória real da Fé, já que o Mestre falou tantas vezes da força de caráter e capacidade latente dos povos originais do continente Americano. Portanto, o despertar de alguns deles é um decisivo momento histórico na ativi-dade da Fé, assim como na vida destas pessoas.”(De uma carta datada de 31 de julho de 1956, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente)— Captando a Centelha da Fé, p. 46.

39. “Ele sente que os persas podem dar suma assistência ao trabalho de ensino, onde quer que se estabeleçam; porém devem ir na qualidade de pioneiros e estabelecer residência onde possam prestar o melhor serviço para a Causa de Deus. Traz pouco benefício para a Fé ter grandes grupos de persas estabelecido em uma cidade e assim constituírem uma Assem-bleia. Quando eles se mudam, a Assembleia perece. O que necessitamos em todas as áreas são crentes nativos. Os pioneiros devem ser em minoria e auxiliar os nativos a ombrear as responsabilidades da Fé.”(De uma carta datada de 17 de fevereiro de 1957, escrita em nome de Shoghi Effendi a As-sembleia Espiritual Nacional da Pérsia)— Captando a Centelha da Fé, pp. 46-7.

40. “Estimular o processo da conversão tanto dos negros como dos índios americanos e as-segurar sua participação ativa na administração dos afazeres das comunidades bahá’ís; ...”(Da Mensagem à Convenção, datada de abril de 1957, escrita por Shoghi Effendi as quatro Convenções Bahá’ís Americanas)— Captando a Centelha da Fé, p. 47.

41. “Á medida que formulam seus planos e os realizam em prol do trabalho que lhes foi confiado no curso dos próximos anos, ele deseja que tenham em mente, particularmente a necessidade de ensinar os Maoris. Estes descobridores originais da Nova Zelândia são de uma fina raça e um povo admirado por suas nobres qualidades; esforço especial deve ser feito; não somente para contatar os Maoris nas cidades e atraí-los para a Fé, mas para ir a suas vilas e viver entre eles e estabelecer Assembleias nas quais pelo menos a maioria dos crentes sejam Maoris, se não todos. Isto, na realidade, seria um feito meritório.”(De uma carta datada de 27 de junho de 1957, escrita em nome de Shoghi Effendi a Assem-bleia Espiritual Nacional da Nova Zelândia)— Captando a Centelha da Fé, pp. 47-8.

42. “Ele espera que haja muito mais atividade de ensino durante o presente ano e que os bahá’ís latino-americanos sintam, cada vez mais, que esta é sua Fé e que, consequentemente, sua obrigação primordial é divulgá-la entre seu próprio povo. Por maiores que sejam os ser-viços prestados pelos pioneiros e por inesquecíveis que sejam os feitos por eles alcançados, não podem substituir o elemento nativo que deve constituir o alicerce da Comunidade, levar avante seus próprios afazeres construir suas próprias instituições, apoiar seus próprios fundos,

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publicar sua própria literatura, etc. A mãe dá à luz a criança, porém a criança tem que crescer por si mesma. Quanto mais velha se torna, quanto mais responsável é por seus próprios atos. Os amigos latino-americanos estão rapidamente atingindo a maioridade e estão mostrando isto pela maneira com que estão se levantando para servir à Fé, para demonstrá-la, para sacrificar-se por ela, para protegê-la e consolidá-la.”(De uma carta datada de 3 de julho de 1957, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual Nacional do Brasil, Peru, Colômbia, Equador e Venezuela)— Captando a Centelha da Fé, pp. 48-9.

43. “À medida que a situação no mundo, e em sua parte dele (África do Sul e Oeste), está progressivamente piorando, os amigos não podem perder tempo para se erguerem a níveis mais altos de devoção e serviço e, especialmente, de conscientização espiritual. É nosso dever redimir tantos de nossos semelhantes quanto nos for possível, cujos corações estão esclareci-dos, antes que alguma grande catástrofe os surpreenda, na qual serão ou irremediavelmente tragados ou surgirão purificados e fortalecidos e prontos para servir. Quanto mais crentes existirem para sobressair como faróis na escuridão, quando quer que este tempo chegue, tanto melhor; daí a suprema importância do trabalho de ensino nesta época... Como ele escreveu à Assembleia da África Central e Oriental, ele sente que os amigos devem ser muito cuidadosos para não colocar obstáculos no caminho daqueles que desejam aceitar a Fé. Se tornarmos os requisitos demasiadamente rigorosos, esfriaremos o entusiasmo inicial, repeliremos os corações e cessaremos de expandir rapidamente. O essencial é que o candidato a registro creia em seu coração na verdade de Bahá’u’lláh. Se ele é letrado ou iletrado, informado de todos os ensinamentos ou não, é totalmente irrelevante. Quando a chispa de fé existe, a Mensagem essencial lá está e, gradualmente, tudo o mais pode lhe ser adicionado. O processo de educar pessoas de diferentes costumes e origens deve ser feito com a maior paciência e compreensão, e não lhes devem ser impostas regras e regulamentos, exceto onde um fundamento essencial está em discussão. Ele está seguro que sua Assembleia é capaz de levar avante seu trabalho neste espírito e de inflamar os corações a flamejarem através do fogo do amor de Deus, em vez de apagar as primeiras fagulhas com baldes cheios de informações e regulamentos administrativos.”(De uma carta datada de 9 de julho de 1957, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual Nacional da África do Sul e Oeste)— Captando a Centelha da Fé, pp. 49-50.

44. “Ele sente que as metas que vocês mesmos estabeleceram para seu Plano de Sete Anos são excelentes. O trabalho mais importante de todos, naturalmente, é o de confirmar tantos novos crentes quanto possível, onde quer e quem quer que sejam, dando especial atenção aos africanos, que são o real propósito da presença dos pioneiros neste Continente.” (De uma carta datada de 14 de julho de 1957, escrita em nome de Shoghi Effendi a Assembleia Espiritual Nacional do Noroeste da África)— Captando a Centelha da Fé, p. 51.

45. “Não é suficiente trazer as pessoas à Fé; deve-se educá-las e aprofundá-las em seu amor por elas e no seu conhecimento de seus ensinamentos, após se terem declarado. Como os bahá’ís são poucos em número, especialmente os instrutores ativos, e há grande quantidade de trabalho a ser feito, a educação destes novos crentes é, frequentemente, tristemente negli-

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genciada e os resultados são vistos, como as resignações que tiveram recentemente.”(De uma carta datada de 18 de julho de 1957, escrita em nome de Shoghi Effendi a Assembleia Espiritual Nacional do Canadá)— Captando a Centelha da Fé, p. 52.

46. “A tarefa mais importante é, naturalmente, o trabalho de ensino; em todas as sessões sua assembleia deve lhe dar detalhada atenção, considerando tudo o mais de importância secun-daria. Não só devem ser desenvolvidas muitas assembleias novas, além de grupos e centros isolados, mas também atenção especial deve ser focalizada no trabalho de converter os índios a Fé. A meta deve ser assembleias totalmente de índios, de modo que estes habitantes originais da terra, tão explorados e reprimidos, possam perceber que são iguais e consortes nos afazeres da Causa de Deus, e que Bahá’u’lláh é o Manifestante de Deus para eles.— Captando a Centelha da Fé, pp. 52-3.

47. “O empreendimento importantíssimo, dirigido a conquistar a adesão irrestrita dos membros de várias tribos dos indígenas americanos à Causa de Bahá’u’lláh e a assegurar sua partici-pação ativa e constante na conduta de seus afazeres administrativos, deve, do mesmo modo, ser seriamente considerado e tenazmente levado avante.”(De uma carta datada de 28 de julho de 1957, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual Nacional da América Central e México)— Captando a Centelha da Fé, p. 53.

48. “À medida que formulam as metas que devem receber sua atenção indivisa durante os próximos anos, ele as urge a ter em mente a mais importante de todas, a saber, a multipli-cação das Assembleias Espirituais, dos grupos e dos centros isolados; isto assegurará tanto amplitude como profundidade às bases que estão assentando para os futuros Corpos Nacionais independentes. Os crentes devem ser solicitados a considerar individualmente as necessidades de sua região imediata, e de saírem para ser pioneiros em cidades e vilas distantes. Devem ser encorajados por sua Assembleia a se recordarem que pessoas modestas, muitas vezes pessoas pobres e obscuras, mudaram o curso do destino humano mais do que pessoas que principia-ram com riqueza, fama e segurança. Foi um Peneirador de Trigo que, nos primeiros dias de nossa Fé, se levantou e se tornou um herói e mártir, não os sábios sacerdotes de sua cidade!”(De uma carta datada de julho de 1957, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma das As-sembleias Espirituais Nacionais da América Latina)— Captando a Centelha da Fé, p. 54. 49. “Ele ficou especialmente feliz ao ver que alguns dos crentes indígenas estavam presen-tes à convenção. Ele atribui a maior importância ao ensino da Fé aos habitantes nativos das Américas. O próprio ‘Abdu’l-Bahá declarou quão grandes são suas potencialidades, e é direito deles, e o dever dos bahá’ís não-indígenas, assegurar que recebam a Mensagem de Deus para este dia. Um dos objetivos mais meritórios de sua Assembleia deve ser o estabelecimento de Assembleias Espirituais totalmente indígenas. Outras minorias devem, do mesmo modo, ser especialmente procuradas e ensinadas. Os amigos devem ter em mente que em nossa Fé, ao contrário de todas as outras sociedades, a minoria, para compensar o que pode ser encarado como um status inferior, recebe atenção especial, amor e consideração...”— Captando a Centelha da Fé, pp. 53-4.

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50. “Ele sente que aqueles que são responsáveis pela aceitação de novos crentes devem con-siderar que a qualificação mais importante e fundamental para a aceitação é o reconhecimento da posição de Bahá’u’lláh hoje em dia por parte do requerente. Não podemos esperar que pessoas que são iletradas (o que não e um reflexo de suas habilidades ou capacidades mentais) tenham estudado os ensinamentos, especialmente quando, para começar, tão pouca literatura encontra-se disponível em sua própria língua, e que captem todas as suas ramificações, do mesmo modo que um africano, digamos em Londres, é esperado de fazer. O importante é o espírito da pessoa, o reconhecimento de Bahá’u’lláh e de Sua posição no mundo neste dia. Os amigos, portanto, não devem ser demasiadamente rigorosos, ou descobrirão que a grande onda de amoroso entusiasmo com que as pessoas africanas se volveram para a Fé muitos deles já a aceitando, esfriará; sendo muito sensíveis, sentirão de alguma forma sutil, que são rejeitados, e o trabalho sofrerá. O propósito das novas Assembleias Nacionais na África, e o propósito de qualquer corpo administrativo, é o de levar a Mensagem às pessoas e alistar os sinceros sob o estandarte da Fé. Sua Assembleia não deve nunca perder isto de vista, nem por um momento, e deve prosseguir expandindo corajosamente o quadro de membros das comunidades sob sua jurisdi-ção e gradualmente educar os amigos tanto nos Ensinamentos como na Administração. Nada poderia ser mais trágico do que o estabelecimento destes grandes corpos administrativos vir a abafar ou atolar o trabalho de ensino. Os primeiros crentes, tanto no oriente como no ocidente, devemos sempre nos lembrar, praticamente nada sabiam comparado com o que o bahá’í médio sabe a respeito de sua Fé hoje em dia, no entanto, foram eles que deram seu sangue, aqueles que se levantaram e disseram: ‘Eu creio’, não exigindo provas e muitas vezes nunca tendo lido uma única palavra dos Ensinamentos. Portanto, aqueles responsáveis pela aceitação de novos registros devem estar seguros de uma coisa - que o coração do requerente foi tocado pelo espírito da Fé. Tudo o mais pode ser construído gradualmente sabre esta base. Ele espera que durante o próximo ano seja possível, cada vez mais, aos instrutores bahá’ís africanos circularem entre os recém-registrados bahá’ís e aprofundarem seu conhe-cimento e compreensão dos ensinamentos.”(De uma carta datada de 8 de agosto de 1957, escrita por Shoghi Effendi a Assembleia Espi-ritual Nacional da África Central e Oriental)— Captando a Centelha da Fé, pp. 55-7.

51. “Em primeiro lugar e antes de mais nada, o processo vital da conversão dos africanos deve adquirir um impulso tal que ultrapassará qualquer outro até então testemunhado na história bahá’í da África. Qualquer barreira impedindo a execução deste dever preeminente deve ser determinadamente eliminada. Simultaneamente, a emergência de novos centros, a conversão de grupos em Assembleias e a multiplicação das próprias Assembleias, deve ser acelerada a uma proporção sem precedentes... A instituição do Fundo Nacional, tão vital e essencial para o progresso ininterrupto destas atividades deve, particularmente, ser assegurado do entusiás-tico, sempre crescente e universal apoio da massa dos crentes, para cujo bem-estar e em cujo nome, estas atividades beneficentes foram iniciadas e foram realizadas. Todos, não importa quão modestos os seus recursos, devem participar. Do grau de auto-sacrifício envolvido nestas contribuições individuais dependerá diretamente a eficácia e a influência espiritual que estas instituições administrativas nascentes, chamadas à existência através do poder de Bahá’u’lláh e em virtude do Desígnio concebido pelo Centro de Seu Convênio, irão exercer. Um esforço

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continuado e tenaz deve, doravante, ser feito pela massa dos confessos sustentadores da Fé, cujo número em muito ultrapassa aquele de seus irmãos residindo nas áreas administradas pelas outras três Assembleias Espirituais Regionais, para capacitar as comunidades sob sua jurisdição a se tornar auto-suficientes e assegurar um fluxo continuo de fundos a Tesouraria que agora está em extrema necessidade de substancial apoio financeiro.”(De uma carta datada de 8 de agosto de 1957, escrita por Shoghi Effendi a Assembleia Espi-ritual Nacional da África Central e Oriental)— Captando a Centelha da Fé, pp. 57-9.

52. “O Mestre comparou os índios de seus países aos antigos nômades árabes por ocasião do aparecimento de Muhammad. Dentro de um curto período de tempo, tornaram-se exemplos destacados de educação, cultura e civilização para o mundo inteiro. O Mestre sente que ma-ravilhas similares ocorrerão hoje se os índios forem ensinados corretamente e se o poder do Espírito penetrar da maneira correta em suas vidas.”(De uma carta datada de 22 de agosto de 1957, escrita em nome de Shoghi Effendi a Assem-bleia Espiritual Nacional da América Central e México)— Captando a Centelha da Fé, p. 59.

53. “Ele ficou realmente muito feliz ao saber da maneira tão ativa com que os bahá’ís cana-denses se dedicaram a este importantíssimo assunto do ensino aos índios. Ele atribui a maior importância a este assunto, já que o Mestre falou da força latente de caráter destes povos e sente que quando o espírito da Fé tiver uma oportunidade de operar entre eles, produzirá resultados extraordinários.”(De uma carta datada de 19 de outubro de 1957, escrita em nome de Shoghi Effendi a As-sembleia Espiritual Nacional do Canadá)— Captando a Centelha da Fé, pp. 59-60.

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iimensagem aos índios e esquimós bahá’ís

do continente americano Por ‘amatu’l-bahá rúhíyyih Khánum

Meus irmãos e irmãs a quem amo de maneira especial,

Durante estes dias, quando me levanto antes do alvorecer e começo o Jejum que nos foi dado por Deus como um sinal a mais de Sua Misericórdia, nesta era de Bahá’u’lláh, meus pensamentos se estendem com especial intensidade a todos vocês, meus irmãos e irmãs na Causa de Deus.

Eu me lembro da minha visita, há alguns anos atrás, aos Navajos e aos Hopies, nos Estados Unidos, e aos índios “Blackfoot”, no Canadá os quais me deram o lindo nome indígena de Natu-Okcist (Mãe Abençoada) e, no ano passado, ao Chaco, aos amigos Guamis e Kunas no Panamá, aos povos Aymara e Quechua na Bolívia, Peru e Equador, aos irmãos e irmãs Mapue no Chile, aos povos amigos Mataco na Argentina, ao grupo de crentes Macá, no Paraguai, aos inúmeros irmãos e irmãs entre os Guajiras na Venezuela e Colômbia, e, aos meus queridos amigos Motolones nas montanhas perto de Valedupar, Colômbia, e não posso descrever o quanto desejo estar de novo com vocês. Ao escrever estas palavras, brotam lágrimas dos meus olhos, tão profundo é o meu amor por vocês, tão vivo o sentido de que somos verdadeiros irmãos e irmãs.

Ocorreu-me que muitos de vocês não estão conscientes do destino que Deus lhes concedeu para esta época, nem da Sua suprema misericórdia derramada sobre toda a humanidade, e esta é uma das razões pelas quais escrevo esta carta geral a todos os meus velhos amigos e aos inúmeros outros crentes índios e esquimós a quem não tive a oportunidade de conhecer ou visitar; a outra razão é de enviar-lhes meu amor e saudações na véspera de nosso Ano Novo Bahá’i, 21 de Março.

Meus Amigos, como posso lhes fazer conhecer as generosidades de Deus, o Todo-Poderoso, que estão sendo derramadas sobre seu povo neste dia? E vocês me perguntam: que povo? Nós, os Mapuches ou nós os Kunas? A resposta é uma resposta maravilhosa: o mundo está dividido em duas partes, duas metades; em uma destas metades que se estende entre dois mares viveram povos indígenas e esquimós por milhares de anos sem fim – esta metade era sua terra natal. Esta terra natal compreende uma distância tão vasta que um homem levaria

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pelo menos dois anos para caminhar de um extremo a outro, se ele pudesse caminhar todos os dias rapidamente e sem interrupção – mas já que há tantas montanhas, rios e desertos no meio, isto levaria mais de dez anos! Todas suas tribos e muitas centenas mais, não mencionei aqui porque não tive a felicidade de visitá-los; é um grande povo, o povo indígena do continente americano; o povo esquimó do extremo norte é um povo-primo diferente, porém também pertence ao que o homem branco chama “O Novo Mundo”, porque centenas de anos atrás, quando ele chegou de sua pátria e atravessou os mares até a terra natal de vocês, era para ele um “Novo Mundo”, mas para vocês, naturalmente, era um velho mundo, a sua própria terra.

Como vocês bem sabem, nós homens não somos sempre bondosos uns para com os outros, nós não nos amamos como irmãos, nós lutamos uns contra os outros e nos apossamos da terra, lares, zonas de caça uns dos outros, desde tempos imemoriais. Quando o homem branco pisou na metade do mundo indígena há centenas de anos atrás, ele lutou e venceu o índio. Isto vocês todos sabem. Mas não foi uma coisa boa o que ele fez, pois agiu como os homens do passado, tirando tudo que queriam dos povos que eram diferentes porque ele era o mais forte. A razão pela qual ele era mais forte, não foi porque seu caráter era mais nobre e me-lhor, mas sim porque suas armas eram mais novas e melhores e ele tinha a pólvora, que era desconhecida do índio. Isto é uma história muito comprida e nós não podemos nos estender aqui. A razão pela qual estou me referindo a isto é porque se vocês não se lembrarem destes fatos de sua própria história, fatos estes que vocês mesmos talvez não saibam, não poderão compreender quão grande são as boas-novas que Deus lhes enviou neste dia por intermédio de Seu Mensageiro Bahá’u’lláh, e não poderão entender a importância do que está escrito para vocês e sobre vocês nos Ensinamentos Bahá’ís.

Mas antes de lhes contar isto, quero lhes dizer que estou certa que dia virá quando o índio estudará e conhecerá a história de seu próprio povo: o homem branco já vem estudando há quatrocentos anos a história dos índios e quanto mais a estuda mais admira vocês. Vocês são uma raça grandiosa; seu povo no Novo Mundo, antes da chegada do homem branco, levantou grandes cidades e templos lindos. Vocês fizeram com suas próprias mãos estátuas maravilhosas, jóias e vasos de cerâmica, de ouro e prata, assim como vestidos e arranjos para cabelos feitos de contas e penas, tecidos de lã e de outros materiais. Tão lindos foram os ornamentos que vocês fizeram destes materiais que o homem branco colecionou-os em casas especiais onde milhares de pessoas pagam para entrar e os estudantes são conduzidos para lá para vê-los. Outras pessoas no mundo estão estudando cada vez mais a história indígena, descobrindo cidades e templos antigos escondidos nas selvas, nas montanhas e nas planícies, desterrando-os para que as pessoas possam visitá-las e se maravilharem da grandeza da obra dos índios.

Vocês nunca devem se sentir inferiores, um povo sem conhecimento, meus amigos, cada um de nós tem cinco dedos na mão. Sabemos que necessitamos de cada um dos nossos dedos. Neste mundo há homens de pele vermelha, preta, branca, morena e amarela (como costuma-mos chamar em nosso idioma) que são como dedos da mão, cada um necessário, cada um faz parte de nossa mão. Como seria prejudicado nosso trabalho se perdêssemos um dedo! Somos como os filhos de um só pai que colocou seus filhos em casas diferentes em todas as partes do mundo; neste dia o nosso Pai celestial, Bahá’u’lláh, veio à procura de Seus amados filhos. Ele lhes chama a Si, pois Ele preparou um grande banquete para celebrar Sua volta e quer que todos os Seus filhos estejam reunidos em Sua mesa para saborear juntos Sua

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generosidade. Vocês homens de pele vermelha, índios e esquimós do “Novo Mundo”, são alguns destes filhos e a voz de Deus lhes chama para participarem de Seu próprio quinhão neste momento. Isto não é uma pequena coisa, está é a maior coisa que aconteceu a vocês, isto está a brilhar sobre vocês como o sol num céu de meio-dia, portanto não fiquem cegos diante desta Luz abençoada.

Agora contar-lhes-ei o que está nos Ensinamentos Bahá’ís sobre este assunto que lhes concerne tão profundamente. Aquele que veio antes de Bahá’u’lláh, Seu Precursor, que era o que João Batista foi para Jesus Cristo, Aquele que O anunciou há mais de 125 anos, longe da terra de vocês, no outro lado do mundo, chamou o povo do Ocidente, e isto incluiu os índios bem como o homem branco a se levantarem e ajudarem a Deus e chegar a serem como irmãos na religião de Deus, que hoje em dia é a religião de Bahá’u’lláh. Este foi o primeiro chamado a vocês. Então, Bahá’u’lláh mesmo escreveu aos governantes do continente americano, terra natal de vocês, e exortou-os a reconhece-Lo como o enviado de Deus neste dia e também a serem justos e temerem à Deus e se lembrarem Dele. Foi uma grande honra para as nações do Novo Mundo que Bahá’u’lláh se dirigisse aos seus governantes naqueles tempos; há também outras palavras de Bahá’u’lláh sobre os povos do Ocidente, e vocês são parte dos muitos povos do Ocidente – em realidade os índios e não os homens brancos são o povo original e verdadeiro do Ocidente – assim podemos dizer que as Palavras de Bahá’u’lláh foram o segundo chamado para vocês.

O Amado Filho e sucessor de Bahá’u’lláh, Aquele que era conhecido como o Mestre, não só abençoou o “Novo Mundo” visitando-o, mas também viajou da costa leste à costa oeste nos Estados Unidos e Canadá. Ele escreveu muitas coisas maravilhosas sobre a grandeza e o futuro de sua terra natal e de seu povo. Entre essas coisas figuram estas palavras:

“O continente americano é aos olhos do Deus único e Verdadeiro, a terra em que os esplendores de Sua Luz serão revelados, onde os mistérios de Sua Fé serão desvendados, onde os retos habitarão e os livres se reunirão.”

Vejam quão grande é o futuro desta metade do mundo, que é a sua terra natal! Devido ao fato que ‘Abdu’l-Bahá já tinha uma idade avançada e saúde delicada, e por não haver aviões no seu tempo, Ele só pôde visitar a América do Norte. Ele disse aos seguidores de Bahá’u’lláh naquela parte de seu continente: “Sua missão é indescritivelmente gloriosa” e assegurou-lhes que se eles se esforçassem para levar a Mensagem de Deus que Bahá’u’lláh nos trouxe nesta época, a outros povos e nações, então todos cantariam louvores da grandeza dessa Comuni-dade Bahá’í Americana. Vocês, crentes índios e esquimós da América do Norte são membros dessa comunidade. Seu destino como bahá’ís é igual àquele dos outros bahá’ís, pois não há distinção. Esta firme promessa afeta a todos. E vocês, esquimós e índios bahá’ís do Alasca e Canadá, vocês índios bahá’ís da América Central e da América do Sul, formam parte destes povos a quem o Báb se dirigiu, a quem Bahá’u’lláh e Seu Filho, o Mestre chamado ‘Abdu’l-Bahá, se dirigiram, e muitas palavras de ‘Abdu’l-Bahá dirigidas aos bahá’ís do Ocidente são, podemos assim dizer, o terceiro chamado a vocês.

Mas seu povo, o povo indígena, foi escolhido por ‘Abdu’l-Bahá para receber uma promessa que de muitas maneiras é única, uma promessa profunda sobre cujas palavras vocês nunca

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poderão meditar suficientemente, e as quais eu creio que deveriam saber de cor. Sei que mui-tos de vocês enfrentam sérios problemas, injustiças, pobreza e falta de instrução. Se vocês pudessem ver com os olhos do espírito, vocês veriam que esta promessa de ‘Abdu’l-Bahá é como uma corda que se coloca nas mãos de um homem que caiu em águas profundas e não sabe nadar. Se vocês se prenderem a estas promessas, elas lhes tirarão das águas para um lugar de segurança, talvez não você mesmo, imediatamente, mas gradualmente, com toda certeza, seus filhos e netos; e isto não é melhor do que somente salvar-se a si próprio?

Foi isto que ‘Abdu’l-Bahá escreveu: “Deveis dar a máxima importância aos índios, os habitantes originários da América”, e a isso seguiu Sua promessa a vocês, que não há de falhar, “se estes índios se educarem e forem guiados corretamente, não poderá haver dúvi-da que por meio dos Ensinamentos Divinos eles serão tão esclarecidos que a terra inteira se tornará iluminada”. Porque foi que ‘Abdu’l-Bahá disse isto, uma coisa tão maravilhosa acerca de seu povo? Há mais de cinqüenta anos Ele escreveu aos bahá’ís da América do Norte – naqueles dias a Mensagem de Bahá’u’lláh não tinha alcançado a América Central e do Sul – instruindo-os para saírem e ensinarem esta Mensagem maravilhosa a outras nações e povos, e lembrou-lhes que numa era passada, quando Deus tinha enviado um dos Seus Divinos Mensageiros para educar os homens espiritualmente, aquele Mensageiro apareceu entre um povo muito atrasado e ignorante, porém o povo aceitou o Mensageiro de Deus e eles se educaram escutando Suas palavras; não sabiam ler nem escrever, mas aprenderam de cor as Palavras que lhes foram dadas e estas Palavras penetraram suas mentes e suas almas e encheram-nas com tanta luz e conhecimento que aquele povo se tornou grande e famoso e eles levaram a luz que receberam por toda parte do mundo, e ‘Abdu’l-Bahá compara seu povo àquele povo que mudou o mundo. Agora vocês podem ver quão grande é esta promessa de ‘Abdu’l-Bahá, pois Ele diz que, se vocês, índios, aceitarem a Mensagem de Bahá’u’lláh e levarem Suas palavras e Ensinamentos para dentro de suas mentes e almas, vocês serão um meio de derramar luz sobre o mundo inteiro. Que benção lhes foi dada, meus amigos! Este, podemos dizer, é o quarto apelo a vocês. Procurem entender o valor deste apelo!

‘Abdu’l-Bahá, de igual maneira, não se esqueceu dos irmãos e irmãs esquimós e prometeu que quando esta Mensagem de Bahá’u’lláh fosse compartilhada entre eles, o efeito será muito grande e sua influência alcançará grandes distâncias.

Agora vamos falar dos dias que estão mais perto de nós. Vocês sabem que Deus, neste dia, quando enviou o Pai para o nosso meio, nos abençoou como nunca. Antes Ele nos deu o Báb, o Arauto, Ele nos deu Bahá’u’lláh, o Pai, Ele nos deu ‘Abdu’l-Bahá, o filho de Bahá’u’lláh, para nos guiar e interpretar as palavras de Bahá’u’lláh e quando ‘Abdu’l-Bahá morreu, Ele designou para nós, como guardião, guia e intérprete de nossos Ensinamentos, Seu próprio querido neto mais velho, cujo nome era Shoghi Effendi. As palavras de Shoghi Effendi diri-gidas aos índios e esquimós são muito importantes, e, queridos amigos, este é o quinto apelo a vocês. Então vejam com que riqueza vocês foram abençoados por Deus neste dia!

No dia 21 de dezembro de 1947, há mais de vinte e um anos, Shoghi Effendi respondeu a primeira carta a ele dirigida por índios bahá’ís. Veio de um grupo da tribo dos índios Omaha, em Macy, Nebraska, nos Estados Unidos. Shoghi Effendi lhes escreveu de seu próprio punho dizendo:

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Mui Amados Colaboradores,Sua mensagem coletiva encheu meu coração de alegria e gratidão. Recebo com

alegria sua carta histórica e a considero como um marco na história da nossa Amada Fé. Orarei para cada um de vocês do fundo do meu coração e suplicarei ao Todo Poderoso que os abençoe, sustente e ajude a aprofundar seu conhecimento na Fé e promover efetivamente seus melhores interesses. Perseverem em sua tarefa e fiquem certos que Bahá’u’lláh lhes protegerá e guiará.

Seu verdadeiro irmão, Shoghi

Era costume de nosso Amado Guardião Shoghi Effendi dar instruções à sua secretária sobre o que devia responder na primeira parte da carta, e então Shoghi Effendi acrescentava de seu próprio punho uma mensagem especial. O que vocês acabam de ler é uma mensagem de Shoghi Effendi. Agora citarei o que eu, que fui sua esposa e agindo como sua secretária, escrevi na primeira parte daquela carta, porque esta carta era, segundo Shoghi Effendi, histórica, a primeira dirigida a irmãos e irmãs índios:

Queridos amigos bahá’is,Nosso querido Guardião recebeu sua carta de 22 de outubro com grande alegria e

me instruiu para respondê-la em seu nome. A população primitiva dos Estados Unidos era muito querida ao coração de ‘Abdu’l-Bahá e Ele predisse um grande futuro para os índios se eles aceitassem e se tornassem iluminados pelos Ensinamentos de Bahá’u’lláh.

Crer no Porta-Voz de Deus em Seu Dia confere grandes bênçãos não só aos indivíduos, mas também às raças, e ele espera que vocês que são agora contados entre os seguidores de Bahá’u’lláh, darão Sua Mensagem a muitos mais de sua tribo, e desta maneira apressarão para seu povo um futuro luminoso e feliz.

Podem estar seguros de que ele orará por cada um de vocês, que Deus possa abençoar e proteger suas vidas e aumentar seu número.

Com caloroso amor bahá’í,R. Rabbani

Tenho absoluta certeza que se cada um de vocês tivesse podido escrever ao nosso Guardião durante sua vida, ele teria respondido a cada um com o mesmo sentimento de amor que aqui expressou, a mesma alegria em recebê-los como irmãos e irmãs, as mesmas instruções para ensinar e difundir a Mensagem de Bahá’u’lláh entre as suas próprias tribos. Por conseguinte considerem, por favor, esta carta como sua própria.

Tão precioso era para Shoghi Effendi a adesão de membros que representavam as diferentes tribos de índios e esquimós, que guardava uma lista à parte de seus nomes e se sentia muito orgulhoso dela e se apressava em acrescentar cada nova tribo à medida que a notícia lhe che-gava de que um de seus membros havia se tornado seguidor de Bahá’u’lláh e havia aceito Sua Mensagem.

Agora quero compartilhar com vocês algumas das muitas palavras de Shoghi Effendi referindo-se aos índios e esquimós. Vocês devem se lembrar que, pelo fato de muitos de seus irmãos e irmãs bahá’is brancos terem vindo de cidades grandes, onde a maior parte das pessoas fre-

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qüenta escolas e sabe ler e escrever, eles foram em geral os primeiros a terem conhecimento de Bahá’u’lláh e aceitá-Lo, e esta é a razão pela qual Shoghi Effendi, tão repetida e insis-tentemente, pediu que eles saíssem e levassem a Mensagem de Bahá’u’lláh a outros povos, especialmente àqueles que viviam distantes e no campo. Shoghi Effendi impulsionou todos os bahá’ís – os índios bahá’ís também, como vocês vêem em sua carta dirigida aos índios Omaha – para o tempo todo ensinarem a Fé aos demais.

Em 1952, quando Shoghi Effendi recebeu a notícia de que no Canadá alguns dos bahá’ís estavam ensinando a Fé aos esquimós e aos índios, sua secretária escreveu, a seu pedido, à Assembléia Nacional Bahá’í do Canadá que “o Guardião ficou muito contente em saber do trabalho excelente que alguns bahá’ís estão fazendo com os esquimós e índios e considera seu espírito muito exemplar. Eles estão prestando um serviço muito maior que eles mesmos podem perceber, que por causa de suas repercussões, seus frutos serão vistos não só no Canadá, como também em outros países, onde a população primitiva deve ser instruída”.

Desde aqueles anos em que os primitivos índios e esquimós foram atraídos para a Fé e acei-taram Bahá’u’lláh, até o momento de seu falecimento em 1957, Shoghi Effendi se referiu a este assunto muitas vezes em cartas às Assembléias Nacionais Bahá’ís em todo o continente americano, que é sua terra natal. Em outra carta à Assembléia Canadense ele fala da “laboriosa, porém altamente meritória obrigação de aumentar firme e rapidamente o número de índios e esquimós americanos seguidores da Fé e assegurar sua participação ativa nas esferas de atividade bahá’í – administrativa e ensino – uma tarefa tão claramente destacada pela pena do Centro do Convênio (‘Abdu’l-Bahá) e para a realização da qual a Comunidade Bahá’í Canadense está destinada a desempenhar um papel tão preponderante”.

Numa carta à Assembléia Nacional do Alasca, Shoghi Effendi diz:

“Não deve ser descuidada sob nenhuma circunstância a obrigação vital de converter, tão rapidamente quanto possível, os esquimós e os índios americanos, os quais, à medida que o tempo passa, devem assumir parte notável na difusão da Fé e no estabelecimento de Sua Ordem ascendente naquelas regiões.”

Já em 1945, dois anos antes de receber a carta dos índios Omahas, a secretária de Shoghi Effendi escreveu em seu nome que “ele sempre esteve ansioso para que os índios fossem ensinados e alistados sob a bandeira da Fé, devido as notáveis afirmações do Mestre sobre as possibilidades de seu futuro e por representarem a população aborígene americana”.

Sua secretária escreveu para a Assembléia Nacional da América Central em 1951, que:

“Shoghi Effendi está muito ansioso para que a Mensagem chegue aos habitantes aborígenes das Américas. Esse povo, na sua maior parte menosprezado e inculto, deveria receber dos bahá’ís uma medida especial de amor e esforços, e não deveriam ser poupados esforços para ensiná-los. Sua adesão à Fé enriquecerá a eles e a nós e demostrará nosso princípio de unidade dos homens de maneira muito melhor do que as palavras ou a extensa conversão de raças dominantes jamais poderão fazer”.

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À Assembléia Nacional da América do Sul, ele escreveu naquele mesmo ano, através de sua secretária, expressando pensamentos similares:

“O Guardião sente que esforços especiais devem ser feitos para admitir os povos primitivos da América do Sul na Causa. Estas almas freqüentemente exploradas e desprezadas merecem saber sobre a Fé e chegarão a ser um grande valor para ela, uma vez que seus corações estejam esclarecidos.”

Em 1957, durante os últimos meses de sua vida, em cartas de grande importância dirigidas a diferentes Assembléias Nacionais Bahá’ís do continente americano - as últimas cartas que elas receberiam do seu Amado Guardião – ele deu novamente ênfase à extrema importância deste assunto, falando “da conversão há muito tempo aguardada” dos índios e dos esquimós para essa Fé, dizendo que devia dar-se novo ímpeto ao trabalho “da conversão dos índios americanos” e que devia receber a “atenção solícita e ininterrupta de todos aqueles” que eram principalmente responsáveis pela execução do plano que então se empreendia.

A secretária de Shoghi Effendi escreveu em seu nome para a Assembléia dos Estados Unidos que:

“Ele entendeu da parte de alguns peregrinos que chegaram depois da Convenção Anual e que estiveram presentes naquela ocasião, que havia muitos voluntários que se ofereceram para ensinar aos índios americanos. Esta é uma fase especialmente importante da atividade bahá’í e que foi tristemente negligenciada por muito tempo e ele solicita à sua Assembléia que faça de tudo que estiver ao seu alcance para facilitar àqueles crentes desejosos de ensinar aos índios a chegarem a seus postos com a maior brevidade possível”.

Às Assembléias Nacionais Bahá’ís da América Latina, durante os últimos anos de sua vida, ele escreveu de seu próprio punho que “Os esforços empreendidos para admitir um grande número de índios americanos sob a bandeira da Fé devem ser redobrados. Deve ser dado um grande ímpeto a tradução da literatura bahá’í para o espanhol, o português e idiomas indígenas; a tradução de literatura bahá’í em espanhol e línguas índio-americanas, sua publicação e disseminação deve de igual modo ser levada a cabo com eficiência e vigor. O importantíssimo empreendimento que visa ganhar para a Causa de Bahá’u’lláh a completa fidelidade dos membros das várias tribos de índios americanos e assegurar sua participação ativa e firme em conduzir os assuntos administrativos, deve ser, de igual maneira, conside-rada com seriedade e contínuo esforço. ...A aceleração do processo de converter tanto os negros como os índios americanos, e de encorajá-los a tomar parte ativa no ensino da Fé aos membros de suas respectivas raças e participarem eficazmente na administração de seus assuntos – estas constituem obrigações adicionais e vitais que não devem ser perdidas de vista sob nenhuma circunstância, nem menosprezadas por um momento sequer.”

Em 1957, Shoghi Effendi informou às Assembléias Nacionais Latino-Americanas por inter-médio de sua secretária que “devem concentrar especial atenção ao trabalho de converter os índios para a Fé. A meta deverá ser Assembléias compostas totalmente de índios de tal maneira que estes habitantes originais do lugar, há tanto tempo explorados e oprimidos, possa dar-se conta de que são iguais e co-associados nos assuntos da Causa de Deus, e que

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Bahá’u’lláh é a Manifestação de Deus para eles. ...Ele ficou especialmente contente de ver que alguns dos crentes índios estiveram presentes na Convenção. Dá a maior importância ao ensino da Fé aos habitantes originários da América. O próprio ‘Abdu’l-Bahá declarou que grandes são as suas potencialidades e é direito e dever dos bahá’ís, que não são índios, fazer com que eles recebam a Mensagem de Deus para este dia. Um dos objetivos mais dignos de sua Assembléia deve ser o estabelecimento de Assembléias Espirituais compostas totalmente de índios”.

Shoghi Effendi tinha um plano que seguiu ininterruptamente por anos a fio que visava não somente trazer o índio para dentro da Fé de Bahá’u’lláh, como também assegurar que quan-do ele se tornasse bahá’í exercesse seus direitos e privilégios e assumisse seus deveres e responsabilidades como qualquer outro bahá’í, de qualquer tribo ou raça, em qualquer parte do mundo. Em 1947, em uma carta detalhada aos bahá’ís norte-americanos, Shoghi Effendi demonstrou quanta importância dava para que as tribos indígenas em toda a extensão do Novo Mundo soubesse sobre Bahá’u’lláh e O aceitassem.

“O contato inicial já estabelecido nos últimos anos do primeiro século bahá’í em obediência ao mandato de ‘Abdu’l-Bahá, como os índios Cherokees e Oneidas da Carolina do Norte e Wisconsin, com os índios Patagões, Mexicanos e Incas e com os Mayas, na Argentina, México, Peru e Yucatán respectivamente, deve ser consolidado e expandido à medida que as comunidades bahá’ís latino-americanas aumentem em importância e força. Deve-se fazer um esforço especial para ganhar a adesão incondicional dos membros de algumas de suas tribos para a Fé, sua subsequente eleição para todos seus conselhos e seu apoio irrestrito aos esforços organizados que as projetadas Assembléias Nacionais terão que fazer para a conversão em grande escala das raças de índios para a Fé de Bahá’u’lláh.”

Shoghi Effendi não somente deu grande importância àqueles que saíram para ensinar aos índios e esquimós, que naqueles tempos eram principalmente bahá’ís pertencentes à raça branca, como ele anelava pelo dia em que vocês se levantassem e ensinassem esta Fé a seu próprio povo. Estas palavras escritas por sua secretária a seu pedido tornam isto muito claro:

“ele ficou feliz de ver o grande número de tribos que foram encontradas recentemente para o ensino da Fé. Neste momento, está muito ansioso para que estes contatos sejam transforma-dos para a Fé. Como sabem, ele dá a maior importância ao ensino dos índios americanos, e espera que seu Comitê se concentre em concretizar tais conversões entre estas tribos, de maneira que os mesmos novos crentes possam, por sua vez, ensinar ao seu próprio povo. Espera que vocês possam dar-lhes, num futuro próximo, um relatório sobre conversões feitas entre estas diversas tribos.”

Com estas palavras da secretária do Guardião escritas, em 1950, à Assembléia Nacional do Canadá, vê-se a alegria de Shoghi Effendi ao saber que um dos bahá’ís índios tinha viajado centenas de quilômetros para voltar à sua própria tribo e ensinar aos seus membros sobre esta boa Mensagem de Bahá’u’lláh:

“o trabalho de ensinar aos índios canadenses que vários bahá’ís estão fazendo, incluindo nosso querido crente índio que voltou aos Estados Unidos para servir como pioneiro entre seu

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próprio povo, é um dos campos mais importantes sob a sua jurisdição. O Guardião espera que em breve muitos índios canadenses tomem parte ativa nos assuntos e que se levantem para tirar seus irmãos da obscuridade e desânimo em que caíram.”

E agora, meus irmãos e irmãs, chego à parte da carta que me traz mais felicidade: o que é que vocês mesmos podem fazer para ganhar o agrado de Deus, para atrair Suas grandes bênçãos a seu povo, suas tribos, suas famílias e descendentes? Ensinem Sua Causa, este é o seu grande dever, este é o seu grande privilégio! Alguns de vocês são muito bem educados na América do Norte, não somente sabem ler e escrever em inglês, e na América Central e do Sul, sabem o espanhol e o português, mas além disso dominam suas próprias línguas nativas; e viram nas palavras do Guardião que ele dava tanta importância às suas próprias línguas que queria que os livros bahá’ís fossem traduzidos e publicado nelas. No entanto, sei que muitos de vocês, queridos amigos, não sabem ler nem escrever e alguém lhes está lendo estas palavras, ao escutá-las, um sentimento de tristeza penetra seus corações e vocês dizem consigo mesmos: “O que é que posso fazer, pobre que eu sou! ” Porém não há razão para esta tristeza e vou provar a vocês citando as palavras do Guardião, que baseava tudo o que dizia nas Palavras do nosso Pai Bahá’u’lláh. Nosso Guardião escreveu:

“Quão freqüentemente – e há muitos exemplos marcantes nos primeiros anos da história da Fé, na terra onde Ele nasceu – os mais humildes seguidores da Fé, sem preparação escolar e totalmente sem experiência, sem posição social e às vezes, ignorantes, foram capazes de ganhar vitórias para Sua Causa, ante as quais as realizações mais brilhantes dos eruditos, dos sábios e dos mais experimentados, se ofuscaram.”

Agora, no mundo de hoje, existe um grande aumento no número de escolas e muito mais pessoas sabem ler e escrever do que no passado, porém isto nunca deve ser confundido com sabedoria e conhecimento. Por milhares de anos a maior parte dos homens não pôde ler, nem escrever, mesmo os grandes chefes e líderes; até Jesus Cristo, o Filho de Deus, não sabia ler nem escrever, e muitos outros homens mais santos que existiram eram analfabetos. Não saber ler ou escrever era o normal e saber ler e escrever era muito excepcional. Portanto, nós não vamos nunca nos sentir envergonhados de não poder ler e escrever. Devemos tentar aprender a ler e escrever, se isto é possível, mas nunca nos considerar inferiores por não poder fazê-lo.

Meus amigos, observem o mundo que os rodeia! É certo que há muitas coisas grandes que o homem branco criou e muito disto é bom, porém observem tudo o que ele criou de mal. Que tal suas guerras terríveis, sua crueldade, sua má conduta, suas mentiras e enganos, imo-ralidade e falta de vergonha – porém lê e escreve muito bem! Nós devemos nos dar conta de que ser uma pessoa nobre, um homem bom ou uma mulher boa, não mentir, não roubar, não ser cruel é mais importante do que saber ler e escrever. E entristece-me ter que confessar que nas cidades do homem branco, com todo seu dinheiro e educação, sua conduta é muito pior do que a conduta de meus irmãos e irmãs índios nas aldeias, que são pobres, mas crêem em Deus; que são analfabetos, mas ainda crêem que o homem tem uma alma que continua depois da morte; e cujo padrão moral é mais elevado do que aquele do povo das cidades. Shoghi Effendi escreveu estas palavras, por intermédio de sua secretária, há muitos anos. Elas demonstram quão bem ele compreendia vocês e seus problemas e de que maneira falou aos bahá’ís brancos sobre vocês:

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“É um grande erro crer que porque as pessoas são analfabetas ou vivem de maneira primitiva sejam sem inteligência ou sem sensibilidade. Pelo contrário, elas podem muito bem nos observar com os males de nossa civilização, com a corrupção geral, as guerras ruinosas, a hipocrisia e presunção – como um povo que merece ser observado com suspeita e desprezo. Devemos encará-los como iguais, com boa vontade, pessoas que admiram e respeitam sua antiga ascendência e que sentem que se interessarão como nós por uma religião viva e não nas formas mortas das igrejas da atualidade.”

Portanto, amigos, eu lhes rogo que nunca se sintam envergonhados de vocês mesmos. Deus os criou um grande povo e através da Mensagem de Bahá’u’lláh os chama para enfrentar o grande destino que Ele preparou para vocês neste dia. Meditem sobre estas palavras maravi-lhosas de Bahá’u’lláh que promete a cada um de nós, que O aceite e O sirva com felicidade e alegria eternas:

“Ó Meus Servos! Não vos entristeceis se nesses dias e neste plano terrestre coisas contrárias a vossos desejos foram ordenadas e manifestadas por Deus, pois dias de extrema alegria, de deleite seguramente vos esperam. Mundos santos e espiritualmente gloriosos serão desven-dados ante vossos olhos.”

Nós, bahá’ís, pertencemos ao que Shoghi Effendi chamou de Irmandade Bahá’í. Ele nos disse que devemos chamar todos os homens a entrar neste grande sistema, nesta grande fraternidade de Bahá’u’lláh, pois ela foi destinada para todos, e foi feita por Deus neste dia para convir a todos. Não importa a cor de sua pele, sua religião anterior, sua crença política, a língua que fala ou a tribo e nação a que pertence, devemos chamar a todos para que venham até Bahá’u’lláh neste dia, aceitem Sua mensagem, recebam Suas Leis que trarão justiça e paz, amor e fraternidade para o mundo. Um dos ensinamentos fundamentais de Bahá’u’lláh é que esta fraternidade não é composta de homens que são todos iguais, mas sim de homens que são todos diferentes.

Pensem em seus próprios filhos! Como seria horrível se todos fossem exatamente iguais! Se cada um tivesse o rosto tão parecido com o outro que vocês não pudessem distinguí-los. Como é bom que eles sejam diferentes, que o nariz de um seja maior, os olhos de outro mais alongados, os lábios do terceiro mais cheios e as faces do quarto mais gordas! Assim nós, bahá’ís, acreditamos que é assim com os filhos de Deus, cada povo é diferente, cada um tem sua própria cor, sua própria língua, seus próprios traços, seus próprios dons e para Deus todos são Seus filhos. A nenhum Ele ama mais do que o outro. Cada um é querido e necessário na família do homem. Quando nós, os bahá’ís, ensinamos, devemos ensinar estas coisas. Shoghi Effendi disse:

“Nós, os homens de todas as raças, somos semelhantes ao fio do tecido. Cada fio é diferente e quando somos entrelaçados pelos ensinamentos de Bahá’u’lláh, então seu desenho, o grande desenho do Pai para hoje, se sobressairá e será visto em todo seu esplendor.”

Shoghi Effendi disse outra coisa que é de grande importância para vocês, índios e esquimós, que não são da raça branca. Nos últimos meses de sua vida, por intermédio de sua secretária, em uma carta dirigida a uma das Assembléias Nacionais de seu continente, disse que:

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“É muito salutar o grau em que, em todo o mundo, a Comunidade Bahá’í está se tornando representativa da vasta maioria da raça humana, em outras palavras, de pessoas não brancas.”

O que ele está dizendo aqui é muito importante e vocês devem pensar sobre isto profundamente, pois isto quer dizer que esta não é uma religião de brancos para os brancos, porém uma religião para todos os homens e a maioria dos homens não é branca. Nesta mesma carta ele exprime sua opinião importante sobre outro assunto:

“Vocês devem ajudar os crentes a darem-se conta de que, em última análise, o progresso da Fé depende de cada indivíduo. Os bahá’ís têm a tendência de dar importância demais a fazerem parte das Assembléias e Comitês. Este tipo de trabalho é essencial porque alguém tem de fazê-lo, mas não é o mais importante. A responsabilidade individual de ensinar a Fé é o mais importante de tudo, e isto foi claramente indicado pelo próprio Bahá’u’lláh.”

Talvez vocês, como todos nós, darão desculpas de que não estão preparados, que ignoram as Escrituras, que não têm facilidade para falar e chamar os homens a Deus, mas Shoghi Effendi já deu sua resposta a todas suas desculpas numa carta que ele escreveu, pouco antes de sair deste mundo, à Assembléia dos Estados Unidos, por intermédio de sua secretária:

“Não basta que os amigos dêem a desculpa de que seus melhores instrutores e os crentes exemplares se levantaram e responderam ao chamado para sair como pioneiros. Um “melhor instrutor” e “o crente exemplar” é afinal nada mais nada menos do que um bahá’í comum que se consagrou no trabalho da Fé, aprofundando seu conhecimento e compreensão das Suas Escrituras; colocando sua confiança em Bahá’u’lláh e levantando para serví-Lo da melhor forma que puder. A nós foi dada a certeza de que esta porta se abrirá diante de cada seguidor da Fé que bata com bastante força, por assim dizer. Quando a vontade e o desejo são suficientemente fortes, os meios serão encontrados.”

Em suas próprias palavras Shoghi Effendi expressou seu desejo para vocês. Ele desejou que os índios “fossem uma parte ativa no ensino da Fé aos membros de suas respectivas raças e participassem eficazmente na administração de seus assuntos”.

Há vinte e dois anos, Shoghi Effendi expressou seu desejo de que quando os países da América Latina estivessem preparados para ter suas Assembléias Nacionais próprias, a conversão em grande escala da raça indígena para a Fé devia ser empreendida. Este dia, amigos, já foi alcançado e já é tempo para seu povo ouvir sobre Bahá’u’lláh e aceitá-Lo aos milhares. Quem lhes contará a respeito d’Ele? A resposta, meus irmãos e irmãs, são vocês. Seus irmãos e irmãs bahá’ís brancos os ajudarão, porém, eu creio firmemente que a maior parte deste trabalho deve ser empreendido por vocês mesmos e há muitas razões para isto. Uma razão é que não falamos suas línguas, necessitaremos de muito tempo para aprendê-las e parece que não somos muito hábeis para aprender as línguas de outros povos. Outra razão é que o povo da cidade viveu tão longe das lindas selvas que Deus deu a todos os homens, que a maior parte deles se esqueceu de como nelas viver; muitos se tornarão fracos e adoecerão com facilidade se tiverem de andar demais ou ficar sem comida ou dormir onde não estão acostumados, ou se estiver quente ou frio demais. Portanto, vocês que são fortes e sabem falar suas próprias línguas, devem dar

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esta linda Mensagem de Bahá’u’lláh a seus companheiros índios e esquimós.

Sem dúvida lhes confortará e interessará saber que Bahá’u’lláh, embora fosse de família rica de grandes chefes, andou por florestas, dormiu no chão, vivia de um punhado de comida e agüentou pacientemente o calor e o frio extremos. Ele tinha a força do índio e não a fraqueza do branco. Portanto, amigos, vocês devem seguir as pegadas de Bahá’u’lláh e sair caminhando para ensinar ao seu próprio povo Suas boas novas neste novo dia em que estamos vivendo.

‘Abdu’l-Bahá, no mesmo período em que escreveu sobre a grandeza do destino de seu povo ao aceitarem a Mensagem de Bahá’u’lláh, também escreveu:

“Óh se eu pudesse viajar, mesmo a pé e na máxima pobreza a estas regiões e levantando o chamado de Yá Bahá-u-Abhá nas cidades, aldeias, montanhas, desertos e oceanos, promo-ver os ensinamentos divinos! Isto, ai de mim, eu não posso fazer. Quão imensamente eu me lastimo! Queira Deus que vós possais fazê-lo.”

Ele estava velho, no fim de Sua vida, quando escreveu estas palavras. Mas apenas falou para nós todos fazermos isto. Assim sendo levantem-se queridos amigos e atendam Seu chamado!

Quando estive na Bolívia, no ano passado, falei com alguns de meus novos irmãos bahá’ís índios e eles disseram que queriam ensinar a seus parentes e amigos esta Fé, mas que não sabiam nada sobre ela. Então como podiam? Eu lhes disse:

“Vocês sabem que é uma Mensagem de Deus, não sabem? E vocês sabem que seu propósito é unir todos os homens como irmãos e trazer paz para o mundo, não sabem? E vocês sabem que é uma coisa boa, não é? Então levantem-se e vão contar esta boa notícia aos outros. E se vocês acharem que eles estão ansiosos para ouvir mais, quando um de seus instrutores viajantes chegar para visitá-los, levem-no ao encontro destas pessoas que vocês acharam e que estão ansiosas para saberem mais a respeito de Bahá’u’lláh e Seus Ensinamentos e eles lhes contará mais.”

Esta é a única maneira, amigos, não há outra. E isto cada um de vocês pode fazer, e os outros que sabem mais os ajudarão; e à medida que ensinarem dar-se-á o grande milagre e vocês descobrirão que sabem mais ainda para ensinar. Esta é a promessa de Bahá’u’lláh, a de ajudar a todos aqueles que se levantem para serví-Lo.

Bahá’u’lláh nos ensinou tanto, e tudo é tão simples. Pensem no sol; é um só, e dá luz a tudo, em toda parte do mundo. Entretanto pensem na infinidade de coisas que crescem neste mundo por causa deste único sol e esta única luz. Se plantarmos batatas, elas crescerão por causa desta luz. Se plantarmos milho, ele crescerá por causa desta luz. Se plantarmos feijão, ele crescerá por causa desta luz. A luz do sol é a razão de todas estas coisas. Assim é também com a luz celestial de Bahá’u’lláh nos dias de hoje. Devemos fazer com que o povo se dê conta de que o sol de Deus já veio e está brilhando sobre todas as coisas e sobre todas as pessoas. Todos os detalhes de Seus Ensinamentos são como as mil coisas que crescem por causa da luz. Podemos dizer ao nosso próximo: “Aceite a luz. A resposta a suas perguntas está nos Ensinamentos de Bahá’u’lláh e eu tentarei lhe trazer logo alguém que lhe dará em detalhes

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as respostas às suas perguntas.” Este tipo de ensino todos vocês podem fazer. Até crianças pequenas podem ensinar deste modo.

Aumente gradualmente seu próprio conhecimento dos Ensinamentos de Bahá’u’lláh. Se você sabe ler, então leia o que puder dos livros bahá’ís, repetidamente. Se você não souber, então escute alguém quando estiver lendo ou falando sobre eles. Faça um esforço, um esforço grande se for necessário para ir à Institutos, classes, congressos e escolas bahá’ís para aprender mais e conhecer outros bahá’ís.

Porém, sobretudo, orem a Bahá’u’lláh para que Ele os esclareça e os guiem a Seu Serviço, e meditem sobre Suas palavras. Verão que mesmo algumas poucas palavras dEle são como uma semente que cresce em sua mente e em seu coração. A razão disto é que sendo Ele o Mensageiro de Deus, Suas palavras vivificam as almas dos homens. Tome por exemplo estas palavras d’Ele: “Vós sois todos as folhas de uma só árvore.” Se isto penetrar na sua mente e no seu coração, quando você encontrar um estranho dirá para si mesmo: “Ele é uma folha da mesma árvore que eu.” Isto fará com que você seja bondoso com ele. Se seu vizinho o aborrecer, você deve dizer consigo mesmo: “Suponho que ele é uma folha da mesma árvore que eu e devo ser paciente e tolerante!” Quando você vir um homem branco e se lembrar do passado, talvez sinta temor, indignação ou ressentimento; você dirá consigo mesmo, de acordo com Bahá’u’lláh: “Ele é uma folha e eu sou uma folha e todas as folhas de todas as árvores são mais ou menos do mesmo tamanho. Afinal de contas ele é um homem como eu, que pratica o bem e o mal, que vive e morre, e todos nós vamos ser recebidos pelo mesmo Deus no alto e julgados por Ele.“ E seu coração ficará mais tranqüilo e em paz. Em outras palavras, se você pensar sobre estas poucas palavras de Bahá’u’lláh, muitos novos pensamen-tos virão à sua mente e muitas ações melhores à sua vida. Você se tornará mais sábio e mais nobre através destas poucas palavras. E nós, bahá’ís, somos tão ricos porque temos milhares de Escritos de Bahá’u’lláh.

Se Deus quiser, sairei logo para uma longa viagem, para visitar outras folhas da nossa árvore, os irmãos e irmãs da raça negra da África. Por favor, orem para que minha visita seja de ajuda a eles e que eu tenha as forças necessárias para ir a estes lugares longínquos e vê-los, assim como visitei vocês quando estive em sua parte do mundo.

Envio a vocês meu amor profundo. Vocês estão sempre em meu pensamento e em meu co-ração, meus queridos e irmãos e irmãs.

RuhíyyihHaifa,16 de Março de 1969

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