A Civilização Industrial no século XIX

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A Civilização Industrial no século

XIX

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A superioridade Inglesa A Inglaterra foi a pioneira do arranque do processo da

industrialização, que na segunda metade do século XIX se estendeu a outros países.

Estes país, com um indústria fortemente mecanizada, manteve a sua hegemonia industrial e comercial, abastecendo o mundo de:o Bens de consumo, como têxteis de algodão e de lã;o Equipamentos, como máquinas e locomotivas ;o Tecnologia e capital para investimento em infraestruturas como vias férreas;

Contudo os Ingleses mantiveram a sua superioridade económica e técnica sobre as outras nações. O país possuía boas condições que justificam essa situação:o Maior frota mercante;o Matérias primas abundantes provenientes do sue território e das suas colónias .

Em 1873, os Ingleses detinham cerca de 1/3 do total de toda a produção industrial.

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A revolução nos transportes e a formação dos mercados nacionais e

internacionais A aplicação da máquina a vapor aos transportes ferroviários e

marítimos, iniciada na Inglaterra, constitui uma verdadeira revolução:o Nos transportes ferroviários, a partir de 1814 , com a aplicação da locomotiva a

vapor de Stephenson , o caminho-de-ferro rapidamente se estendeu por todo o país;

o Nos transportes marítimos e fluviais verificou-se a mesma revolução, sendo os grandes veleiros-clippers-substituídos gradualmente pelos navios a vapor- steamers.

o A melhoria da rede de transportes permitiu a deslocação de pessoas e mercadorias de forma mais rápida, a menor custo e para maiores distâncias. Tudo isto favoreceu o desenvolvimento do comércio, permitindo não só abastecer com maior facilidade as zonas do interior- até aí muito afastadas dos circuitos comerciais - , mas também escoar produtos para o litoral. Alargando-se, assim, os mercados nacionais.

As ligações intercontinentais favorecem o crescimento do comércio mundial.

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As novas fontes de energia e as novas

indústrias No final do século XIX, surgiram duas novas fontes de

energia:o O petróleo;o A electricidade;

Nessa altura verificou-se, também, o desenvolvimento:o Da indústria química, com a produção de corantes artificiais;o Da indústria metalúrgica, com a utilização de metais como o chumbo

para tatuagens e o cobre como condutor eléctrico; Isto foi a terceira fase da industrialização.

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A Expansão da Industrialização Outros países foram iniciando a sua industrialização, como:

o A Alemanha, rica em matérias primas;o Os Estados unidos da América que em finais do século XIX( 1870 )

ultrapassavam já os países europeus mais industrializados.o O Japão, que se distinguiu na produção têxtil.

O liberalismo económico O liberalismo económico, surgido nos finais do século

XVIII, foi-se impondo na europa, à medida que se ia abandonando o mercantilismo. Segundo esta teoria, do agrado da burguesia, devia existir inteira liberdade de produção e de comércio. Assim, os preços das mercadorias e os salários eram regulados pela lei da oferta e da procura.

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O capitalismo Industrial e Financeiro Com o desenvolvimento industrial e a necessidade de instalações e

maquinaria mais complexa, as empresas necessitavam de maior investimento de capitais. A partir do último quartel do século XIX, muitas empresas de tipo familiar, com dificuldades em realizar esses investimentos, foram dando lugar a sociedades anónimas (Empresa dirigida por uma administração escolhida pelos accionistas).

A concorrência feroz pela posse dos mercados levou a que muitas empresas se agrupassem em concentrações verticais ou horizontais. Estas estratégias de concentração empresarial visavam o estabelecimento de monopólios de produção e venda de produtos e tornaram muito difícil a subsistência das médias e pequenas empresas que não estavam associadas.

A crescente necessidade de capitais para investimento e a existência de lucros e poupanças, disponíveis para serem aplicadas, originaram o desenvolvimento do sector bancário. Frequentemente, a actividade industrial ficava dependente da concessão de empréstimos, e alguns bancos eram também accionistas de empresas. A ligação estreita entre indústrias e bancos deu origem ao capitalismo industrial e financeiro.

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Novos inventos que modificam o dia-a-dia

A diversificação da produção Industrial colocou à disposição dos consumidores toda a espécie de novos aparelhos produzidos em massa e vendidos a preços mais acessíveis, que entraram no quatidiano das populações. As rotinas de trabalho em casa alteraram-se com o aparecimento de novidades como a lâmpada, o fogão a gás ou a máquina de costura.

A vida nas cidades foi melhorada com a iluminação a gás e a electricidade e extruturação de redes de transporte. Surgiram novos espaços de diversão como o cinematógrafo, ou de consumo, comko os grandes armazéns, onde se vendia um pouco de tudo.

A partir do do fim do século XIX, as ruas foram invadidas por novos veículos, nomeadamente a bicicleta, o carro elétrico e o automóvel.

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Algumas invenções que transformaram o mundo

1800 Pilha eléctrica (Volta)1826 Primeira fotografia (Niépce)1826 Fogão a gás (Sharp)1834 Frigorífico (Perkins)1839 Vulcanização da

borracha(Goodyear)1869 Bicicleta (Guillemet)1876 Telefone (Bell)

Maquina de 1876 Máquina de escrever (Remington)

1877 Fonógarfo (Edison)1879 Lâmpada Elétrica (Edison)1886 Motor de explosão (Daimler)1888 Discos e gira-discos (Berliner)1895 Cinematógrafo (Lumière)

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A arquitetura do ferro

O crescimento das cidades e as preocupações urbanísticas levantaram alguns problemas que exigiram respostas eficazes como, por exemplo, a cobertura de grandes superfícies ou o alojamento de muitas pessoas em pequenos espaços. Para resolver esses problemas, a Revolução Industrial, colocou ao dispor da arquitetura materiais como o ferro e o vidro, sendo que o vidro construía estruturas sólidas mais leves e o vidro era usado como revestimento que permitia a entrada de luz natural.

Surgiu, assim, uma nova arquitetura marcada pelas estruturas metálicas e pelo seu fim utilitário.

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O Impressionism

o Impressionismo foi um movimento que surgiu na pintura

francesa do século XIX, vivia-se nesse momento a chamada Bella Epoque. O nome do movimento é derivado da obra "Impressão: nascer do sol" (1872), de Claude Monet.

Utilizavam um técnica de pequenas pinceladas, fortes e sobrepostas, de cores puras, as figuras surgiam sem contornos bem definidos, procurando, principalmente, impressionar a visão. Estes pintores procuravam transmitir, mais do que a realidade, a impressão causada por essa realidade.

Destacaram-se principalmente Édouard Manet, Claude Monet e Edgar Degas.

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Os novos modelos culturais No século XIX surgiram dois movimentos artísticos e

literários- o romantismo e o realismo. -O romantismo Desenvolveu-se na primeira metade do século, defendia a

tradição, a valorização dos heróis da história, o amor pela Natureza, a exaltação dos sentimentos e as emoções fortes, como os grandes dramas humanos ou os amores trágicos. Defendia as liberdades mas também a liberdade criativa, recorrendo à e à fantasia. Estas foram comuns a diversas expressões artísticas, como a pintura, a literatura ou a música.

Em Portugal, distinguiram-se escritores como Almeida Garrett e na pintura salientou-se Tomás de Anunciação.

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Os novos modelos culturais (continuação) -O realismo O realismo foi um movimento artístico e literário surgido nas

últimas décadas do século XIX na Europa, mais especificamente na França, em reação ao romantismo.1 Entre 1850 e 1900 o movimento cultural, chamado realismo, predominou na França e se estendeu pela Europa e outros continentes.

O desenvolvimento industrial e os problemas sociais por ele causados contribuíram para que os escritores e artistas se fossem progressivamente, afastando de uma visão mais romântica e se passassem a interessar mais pela realidade e pelas justiças que os rodeavam, descrevendo-as e criticando-as.

Alguns dos principais pintores realistas foram Courbet e Millet, na literatura destacaram-se Zola e Balzac.

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Revoltas e Guerras As invasões francesas, a Revolução Liberal de 1820 e a

guerra civil (1832-1834) provocaram uma grande instabilidade política, social e militar em Portugal. Os vintistas, defensores da Constituição de 1822, e os cartistas, defensores da Carta Constitucional de 1826, enfrentaram-se frequentemente em disputas políticas:o Na revolta de setembro de 1836, que restaurou a Constituição de 1822 e

deu origem à Constituição de 1838.o No golpe de Estado de Costa Cabral, em 1842, que repôs a Carta.o Na revolta popular da Maria da Fonte, em 1846.o Na guerra civil de Patuleia. A guerra terminou com a vitória cartista, em

junho de de 1847.

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As transformações nos transportes e comunicações

Os regeneradores defendiam que o progresso económico do reino só era possível com o desenvolvimento dos meios de transporte e das vias de comunicação. Durante o governo de Fontes Pereira de Melo, foram tomadas medidas como:o A construção de uma extensa rede ferroviária e uma melhoria na rede

viária, aumentando o número de estradas.o A construção de pontes metálicas.o A introdução do selo adesivo e do bilhete postal.

A modernização dos transportes e das comunicações facilitou quer o transporte de pessoas e mercadorias como a circulação mais rápida de novas ideias e informações.

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As transformações na Agricultura

Face à situação de atraso na agricultura, os governos regeneradores foram tomando medidas com vista à sua modernização:o Desbravamento de muitos terrenos baldios.o Introdução de novos instrumentos e de máquinas agrícolas.o Desenvolvimento da criação de gado.o Extinção dos morgadios e de alguns impostos a que estavam sujeitos os

camponeses. A agricultura teve, assim, algum desenvolvimento.

Contudo, não aconteceu em Portugal uma verdadeira revolução agrícola.

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A tímida industrialização

Portugal continuava com uma indústria pouco desenvolvida, devido:o A uma insuficiente rede de transportes.o À grande emigração para o brasil, que causou falta de mão-de-obra.o À existência de uma população pouco instruída.

Portugal, continuava atrasado comparativamente aos países mais industrializados.

A dependência face ao estrangeiro A modernização do reino no período da Regeneração exigiu grandes quantidades de dinheiro, o que levou Portugal a pedir empréstimos a outrospaíses. Para pagar os empréstimos e os respetivos juros, faziam-se novos empréstimos-o que contribuía para aumentar, ainda mais, a dívida externa. Esta dependênciaEconómica verificou-se, também, a nível do comércio externo.

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A ruína dos pequenos produtos

A agricultura portuguesa pouco produtiva levou uma difícil sobrevivência dos pequenos produtos.

Outros fatores agravaram ainda mais a difícil situação dos pessoas do campo, são:o O fim progressivo dos baldios.o A compra de terras aos pequenos proprietários pela burguesia

capitalista.o A concorrência de produtos estrangeiros.o A propagação de epídemas.

Assim, muitos agricultores viram-se forçados a fazer o êxodo rural.

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A Emigração O aumento populacional, as dificuldades dos pequenos

produtores agrícolas e o lento desenvolvimento da indústria originaram um surto de emgração principalmente para o Brasil, entrando muitas remessas para Portugal.

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Burgueses e proletários, classes médias e camponeses

Melhor alimentação, maiores cudados de higiene e melhorias na medicina

Aumento populacional

Novos meios de transporte

Mecanização na agricultura

Êxodo rural

Crescimento das cidades

Liberalismo económico

Contrastes e antagonismos sociais

nas cidadesEnriquecimento da alta burguesia:- Comercial- Financeira- Industrial- Agrícola

Desenvolvimento da classe média:- Média burguesia- Pequena burguesia

Aparecimento e

consolidação do

proletariado

Aparecimento de

doutrinas socialistas

Revoltas e protestos

Formação de sindicados

Miséria

+ +

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Fim