Bacharelado em Odontologia Clinica Odontológica II
2012.2Heron Pinheiro*
Pedro Neiva*Ícaro Soares**
Samantha Peixoto**
Discentes da Faculdade Maria Milza*Docentes e orientadores da Faculdade Maria Milza**
MANEJO DE PACIENTES GESTANTE
GOVERNADOR MANGABEIRA-BAHIAMARÇO/2015
Fonte: http://www.odontoblogia.com.br/wp-content/uploads/2012/02/gestante-dentista.jpg<Acesso em 11 de Março de 2015>
Introdução:
O atendimento odontológico na gestante é dificultado, devido aos mitos. A gestação coloca a mulher no quadro de paciente em temporário risco odontológico. O pré-natal odontológico se torna importante visto a necessidade de quebra de paradigmas existentes.
O cirurgião dentista deve esclarecer a gestante as alterações hormonais e bucais, afim de evitar riscos.
A uma grande hesitação por parte do cirurgião na realização de procedimentos por diversos fatores.
Revisão de Literatura:
Nas décadas de 1950 e 1960 houve um aumento da incidência de bebes com mal formação dos membros. Evitar o risco para os agentes teratogênicos na fase de organogênese.
Fonte:http://1.bp.blogspot.com/-aiwk15LqGUI/ULTztTBJDYI/AAAAAAAAAGE/r2rOds1Pflo/s1600/bb.jpg<Acesso em 12 de Março/2015>
Objetivo:
Possibilitar o esclarecimento necessário sobre o uso de medicamentos na fase gestacional e correlacionado a isso o dever de esclarecer os mitos sem fundamentação cientifica o qual possibilita um atendimento com eficácia satisfatória.
Materiais e métodos:
Artigos acadêmicos publicados entre os anos de 2010 e 2015 no Brasil.
Fonte de pesquisa:
Google acadêmico; Scielo; Lilacs.
Resultados:
Surgimento de vários mitos envolvendo o tratamento de pacientes gestantes.
Alguns mitos são verdadeiros e outros falsos.
Os mitos surgem da desinformação das pacientes e da falta de orientação do cirurgião dentista.
Resultados:
Mitos em pacientes gestantes no cuidado odontológico:
Descuido da saúde bucal;Perda de cálcio nos dentes;Tomadas radiográficas
odontológicas;Aumento do número de cáries;
Resultados:
Mitos em pacientes gestantes no cuidado odontológico:
Gengivite;Doença periodontal;Anestésicos;Analgésicos;Antibióticos;
Resultados:Descuido da saúde bucal;
(verdadeiro) Gestantes têm problema para manter
adequada higiene oral devido às náuseas e enjoos matutinos durante o primeiro trimestre – gonadotropina coriônica humana e à hipoglicemia.
Outro fator é o foco da atenção
totalmente voltada para o bebê.
Resultados:
Perda de cálcio nos dentes para formação do bebê; (falso)
O conteúdo mineral dos dentes da
grávida não apresentam diminuição do teor de cálcio, mesmo que o feto necessite.
Resultados:
•Tomadas radiográficas odontológicas são prejudiciais ao bebê. (depende da radiação)
Resultados:
A exposição a mais de 10 rads, aumenta os riscos para o feto. (1 rad = 1.000 milirads)
A quantidade de radiação de uma tomada radiográfica
em odontologia , é de apenas 0,01 milirads, seriam necessários 100 mil raios-X dentários para que o bebê fosse exposto a 1 rad.
Especialistas recomendam que as gestantes adiem exames não urgentes para depois do parto.
O melhor período para a realização de um raio x, em caso de urgência e tratamento extremamente necessário é entre o 2º e 3 º trimestre de gestação.
(obs. Uso do colete de chumbo)
Resultados:
Durante os 9 meses de gestação, um bebê é geralmente exposto a cerca de 100 milirads de radiação natural do Sol.
Fonte; http://blog.saoluiz.com.br/wp-content/uploads/gravidez_29-semanas_22-jun-08_-104.jpg
Resultados:
Aumento do número de cáries (verdadeiro):
A gravidez geralmente está associada ao desejo de açúcar e à alimentação mais frequente.
Regurgitação ou vômitos durante a gravidez, principalmente nos 3 primeiros meses,quando o ácido clorídrico da mucosa gástrica ataca o esmalte do dente.
A saliva da gestante pode se tornar mais ácida e em menor quantidade.
Resultados:
Gengivite (verdadeiro)
gravidez, por si só, não causa gengivite.
Mudanças hormonais - estrógeno e a progesterona exercem influência sobre os tecidos periodontais :
- Resposta tecidual à placa - Alteração da composição da microbiota -Estímulo a citocinas inflamatórias
(prostraglandinas)
Edema, eritema intenso, certa tendência hiperplásica e maior tendência ao sangramento
Resultados:
Doença periodontal: (verdadeiro)
Deficiência na saúde bucal + gengivite pode levar a doença periodontal.
Fator de risco potencial para bebês prematuros e de baixo peso (risco 7 vezes maior)
hipermobilidade dos dentes também ocorre até o 8º mês. A hiperelasticidade do ligamento periodontal acompanha a de todos os ligamentos durante a gravidez. (hormonal)
Resultados:
Anestésicos 1ª escolha - lidocaína a 2% com vasoconstrictor: epinefrina
na concentração de 1:100.000 ou noradrenalina 1:50.000
Injeção lenta da solução com aspiração prévia.
Utilizar no máximo 2 tubetes (3,6 ml) de anestésico por sessão de atendimento.
Não usar: Benzocaína (anestésico tópico) Prilocaína - diminuem a circulação placentária e
apresentam o risco de metemoglobinemia e hipóxia fetal.
Felipressina (vasoconstrictor) quando em doses elevadas, pode estimular as contrações uterinas, devido à sua semelhança estrutural com a ocitocina.
Resultados:
Analgésicos – anti-inflamatórios
1ª escolha - paracetamol - dor leve a moderada em qualquer fase da gestação.
2ª escolha - dipirona sódica - risco de infecções por agranulocitose, redução de granulócitos no sangue.
Não usar: Os antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs), e ácido
acetilsalicílico (AAS -Aspirina) - tendência de causarem hemorragias na mãe e no feto.
Prolongamento do trabalho de parto, devido à inibição da síntese de prostaglandinas relacionadas às contrações uterinas. (3º trimestre)
Corticosteroides - em pacientes com diabetes melito ou hipertensão arterial.
Resultados:
Antibióticos: 1ª escolha -penicilina – só ataca estruturas
bacterianas, praticamente atóxicas (ex. amoxicilina e a ampicilina).
2ª escolha - cefalosporinas e macrolídeos - pacientes alérgicos às penicilinas.
Não usar: Eritromicina – hepatotóxico Tetraciclinas – malformações no esmalte do
bebê, retardo no crescimento, anemia hemolítica ou icterícia no neonato.
Conclusão:
É de fundamental importância que se desenvolva o conhecimento necessário para prescrição medicamentosa na fase gestacional, esclarecendo a gestante a respeito da correta higiene bucal e através da anamnese detalhada acompanhar as possíveis alterações bucais.
Referencias:
AMADEI, S. U., CARMO, E. D., PEREIRA, A. C. et al. Prescrição medicamentosa no tratamento odontológico de grávidas e lactantes. Rev. Gauch. Odontol. 2011; 59: 31-7.
OLIVEIRA J. F. M., GONÇALVES P. E. Verdades e mitos sobre o atendimento odontológico da paciente gestante. Rev. Port. Estomatol. Cir. Maxilofac. 2009; 50 (3): 165-71.
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