Vicente Carducho - Diálogos de La Pintura (ed. 1866)

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e g
r i
t a
FIELMENTECOPIADA
2,
vocabuco
MI
lo posible
que yo l l e v a s e un dia
áVicente Carducho ásu casa de V.
para que viera los estudios que con tan incansable perseve
rancia
d e
yoá
nuestro resucitado
pintor, que
me indicara á quién d e bia d e d ic ar la segunda edicion d e
sus
que
me
contestaria:
«Dediquela
v. m. a l Sr. D. Manuel Remon Zarco el Valle, que eso y
mucho más
se merece.»
la
dedicatoria del l i b r o á que precede esta página, d e su afecti
simo amigo,
SEÑOR:
Los favores que V . M a g e s t a d ha hecho con
su
Arte de la
comun
narla con
cando e l pincel, significando á tantos Mundos
como Diosha colocado en la eminencia de su
gran Corona; q e sólo e l l a merece tener por
discípulos á
Reyes, Emperadores,yPríncipes;
deza,y postrado á los
Reales piés d e l a f e l i c i d a d
d eV.Magestad s u p l i c a r l e humildemente, como
verdadero siervo d e su RealypoderosaCasa,es
cuche
benignamente lo que se dice en estos ocho
D i á l o g o s , que se han id o
f a b r i c a n d o
con l a
me
ditacion
de mi estudio, m a n i f e s t a n d o
los
secre
tos
d e
i n e s t i m a b l e valor que
en
 
REY.
á
mero. Suplico
l a s
para quedarmi cuidado y
bien
de
Acebedo,Vicario
general d e e s t a v i l l a d e Madrid y su p a r t i d o ,
he v i s t o un l i b r o
intitulado Diálogos d e l Arte d e la Pintura, compuestos por
Vi
cencio
Carduchi,
pintor
Católico, l i b r e d e toda
censura en lo que toca ámuestra
Santa
se ha
los
más
famosos
Pintores
d e
los si
glos: d e las cuales podemos d eci lo que Orígenes contra
Celsum,hablandode otras que ensutiempo vió milagrosas:
Usque ad miraculum
se
ha querido aventajar con la pluma átodos cuantos han escri
to
con
toda erudicion y c l a r i d a d , y
congrandes
puntos
le
vantados d el Arte de la Pintura, así en lo práctico comoen lo
especulativo.
venga muyajus
tado lo que dijo Eliano, lib.9, cap. I I , d el celebrado Pintor Par
rasio: Ul Parrasius Pictor purpuream vesten gestaverit, e t co
ronam habuerit auream
l e
aquellos tiempos,
las
mismas insignias reales que e l l o s traian, vistiéndole d e púr
pura Realyponiéndole corona d e oro en la cabeza. Este es
mi
parecery
Francisco
Fr. MICAELAvELLAN,
 
su
partido, a t c . Porla presente por lo que ános
loca damos licencia
para que se pueda imprimir é imprima este libro intitulado
Diálogos
pin
Fe
Católica y buenas costumbres. Dada en Madrid á cinco dias del
mes de Octubre de mil y s e i s c i e n t o s
y t r e i n t a y dos a ñ o s .
LICENCIADo
VELAsco
YACEBED0.
Porsumandado.
estimacion suya, compuesto
artilado pincel,
Pintor de Su
Flo
rencia
t í f i c o de las
personas beneméritasy doctas deste Arte,pre
miándolos con el debido título, que animan á otros
á
que
estudien
y
cha variedad de doctrinasydocumentos scientíficos,
y estu
diosos, a d q u i r i d o s con
el trabajo ypropio
estudio, que en e l
discurso de su vida ha continuado para llegar á lo más que
ha pod id o d e lo excelente deste
Arte
profesores d e
l o
los pro
fesores d e las Artes del dibujo; se halla un verdadero camino
recto éinfalible para conducir
l , y para los doctosycuriosos, una copiosay
abundante noti
cieron siempre deste insigne Arte
d e la
porser cosa
se
ytodo
con
tanta
erudicion,
elocuencia,
luz para
que acierten á conseguirlo. De que juzgo dos cosas: la pri
mera,cuán bien y
sofoy Poeta Horacio
punctum,qui miscuit utile
l e d é l a
l i c e n c i a que pide, para que
con
estudios,y el deseo que tiene de aprovechar con él, dejando
empeñado
el
agradecimiento
dis
tantes espera d e premioyfavor, como quien siempre por l o
cuerdo, como cuerdo si no en lo
presente,
posteridad, que
Señor por
poder imprimir
ma,ni venda sin su consentimiento,
como
Juan
Noviembre de 1632años.
Secretario
d e los que ensuConsejo residen. Certifico que habiéndose
vistopor los s eñ ores d e d ic ho RealConsejoun libro intitula
d o, Diálogos d e la Pintura y
excelencias d e ella,
licencia
d e los dichos Señores fuéimpreso,tasaron cada pliego de l o s
d el
medio,y
ni
y
ponga al principio de cada libro de los
que
pedimiento
doy
años.
EN ALABANZA DEL AUTOR.
ferunt Apollinis
nunc
daret
Araroganti,
Si A p e l l e s S c r i p t o r , Pictor e t i p s e foret?
Sed cum
regulasque encomia t r a d a s ,
Pictor e t i l l u s t r i s ,
S c r i p t o r
e r i s q u e simul,
 
meritò
Vincentius
Artem
Cùm pene Naturæ p e r f i c i s Arte l e g e s .
Non e s t ,
r
Con tan vivos efectos,
Susmayoresmilagros
pleiteaste,
Que mucho,sí á los Cielos te apostaste?
No
 
Formas, que sin vivir, están hablando,
Avoces d e tus l í n e a s aclamando,
Vicencio
s i l a gloria
al
f i n , sin f i n l a gloria,
Que
la otra le es debida.
Por l o cual t r e s F i l i p o s
De sí mismos Lisipos,
Puessus acciones Almas
Pudieron e s c u l p i r en bronces de almas,
C on honrarles se honraron,
Que honores con honrarles
Ysu
patria
Florencia
Por consolar su mal s u f r i d a ausencia,
Comoá rogar le envia
Ycuando i n t e n t a consagrarle honores,
Se los
debe mayores,
Que
Pues hijas sábias le reconvenimos,
Y
por
Padre nos confesamossus deudoras.
Que
dice majestad nuestro s i l e n c i o ,
De severas nohablamos,
Si bien decimos,
Vida nos d i ó , mástan agradecida,
Que sivida nos dió, le damos vida.
 
accion del hombre (segun en
seña Séneca) es l a que hace en favor d e s u
Re
para solos
puede ser
demás.
Mi
natural
Patria
d e Florencia, Cabeza d e l a Toscana, yportan
tos
t í t u l o s i l u s t r e
en e l
España, yparticularmente en l
cuyas Reales mer
cedes me veo
honrado ( s i a l l í e s l a P a t r i a , don
demejor sucede
l o n e c e s a r i o á l a v i d a ) j u s t a -
mente me juzgo por
lo que debo á
l a o r i g i n a r i a , satis
faga
nociendo, pues,
y entender de
celoso
desu
fundamentos bastantes, á
razones contrarias. De
que r e s u l t ó , que reduciendo á l a pluma lo que
comenzó en la contradiccion (persuadido d e
algunos discípulos,
gos,
á l a
Pintura sin p r o f e s a r l a ,
desean
entender
su
nobleza)
reduje
á
e s t o s D i á l o g o s lo que me
pareció más digno
manifestará l a obra,
no en lenguaje c u l t o , sino Castellano, no en es
t i l o
R e t ó r i c o ,
s i n o p r o p r i o ,
para significarmisen
t i m i e n t o , másfundado en razon, que en
autori
dades, s i n e s c u s a r l a s á dónde parecieren nece
sarias, sólo deseo
d e
l a
mirable
d e sus partes, l a nobleza d e su calidad,
y
l o grato d e su e j e r c i c i o ,y
que como
una da
ma,d e cuyo
hermoso cuerpo se puede c o l e g i r l a
p e r f e c c i o n
del
d e
l a
b e l l e z a y g a l l a r d í a
d e
l a
t o , y l o
p e r f e c t o d e l a t e ó r i c a en que se
funda,
y
por alma.Y
aunque
 
Diálogos (si bien
e s t i l o del padre d e
la
sa
Platon) es hoy menos usado,lo juzgué
por
más
apto para explicar mi pensamiento,
pues i n t r o d u c i e n d o q u i e n propiamente dudey
pregunte, tienen mejor lugar l a s resolucionesy
respuestas divididas en los ocho Diálogos, en
que se comprende todo
podido
preguntando é
inquiriendo en
aprender
so,
cuidadoso en
l a d e f e n s a d e l l a , c o n t r a l o s que p r e t e n d e nem
padronarla como
obras,
descuido
pudiendo de
j a r
perpétuas l a s e j e c u t o r i a s
d e
su
noblezain
m e m o r i a l , ytan a n t i g u a como e l mundo en
habitamos, pues tiene por padres
a l
21
miento,yá
l a razon, por p a r i e n t a s cercanas á
l a s
c i e n c i a s n a t u r a l e s ,
y v i r t u d e s morales,ypor
t e s t i g o s
a u t é n t i c o s l a s DivinasyHumanas
L e t r a s
(con
quiense comunicayt r a t a ) , d e suerte lo ol
vidaron
todo,
que
ha resultado
fiaron
más
gloria
d e tan sublime ciencia en e l l a misma
(nunca ignorada,
estimada)
que en todos l o s p r i v i l e g i o s que
l e pudieranha
ber s o l i c i t a d o para
declararlas
cinco
pareceres
y
discur
sos,y
Ingenios desta
á quien l a Pintura deberá
e l reparo d e su ruina,
y l a
restauracion de sus
por s í nomerezca l a aprobacion d e
l o s doctos,
por e l l o s a l c a n c e
lo
s í pier
que s i
F i d i a s perpetuó su r e t r a t o por haber
l e e s c u l p i d o en
e l
Palas que
h a b í a h e c h o , y
T i c i a n o e l s u y o e n
o t r o d e l r e y
D. F e l i p e
I I ,
d e g l o r i o s a memoria: bien
podré
asegurar
e s t o s discursos, con que
e l
d e s c u b r i r á
qué
qué
LECTORES.
a d v e r t i r ,y e l que deseare seguir l a pinturaha
l l a r á con poco trabajo lo que he e s c r i t o con al-
guno,y para cuando l e importe, junto en pocos
p l i e g o s , lo que e s t á
esparcido
y quién l e dé luzy muestre
los medios c on q ue
más
scientíficamente llegue á conseguir
l a perfeccion que deseare,y e l verdadero cono
cimiento d e l Arte, para que l e a t r i b u y a d e
jus
 
ñía
Paso
nos e s t á
convidando á d i s c u r r i r , sobre lo que despues
que
peregrinacion,
la
á
siento,ydigo así.
Aristóteles, Príncipe
f í a , dijo que los hombres contemplandoyadmiran
d o las operaciones d e la naturaleza próbida en sus
causas,
se
dieron á f i l o s o f a ryá inquirir
con
entendidos,
ymeditados
 
--_---------
l u z , d e qu e l hombre (como
e l
mismo Filósofo
por su misma
n a t u r a l e z a p a r t i c i p a ;
pues
por
lo
divina,
asemejándose,
é
imitando
en e l entender
ordinario
pone
en los p r i n c i p i o s ,
no
les
Por e s a causa
no
lo
adquiere siempre,
cuanto la d i f i c u l t a d
de
materiatan
premio
acusando l a ociosidad,
mis
estudios
la Pintura,
debo l o s
conseguir los f i n e s .
Hállome hoy
e l
DlÁLOGO
PRIMERO.
25
proseguir para e l a c i e r t o d e mi pretension:y a s í
vuelvo con la humildad
d e discípulo, á
maestro.
M.
respuestas serán la doctrina,y
poner, para que yote responda con lo que la expe
r i e n c i a
y
D. Cuando sin dudar en la materia (que es pro
piedad
d e nuestra facultad, ajeno d e que pudiera haber
cosa
en
preguntéun
dia
pecular,
ymás
siempre
que
te
y
pinturas d e hombres p e r i t o s ; y en
l a
de
pectiva,prácticay t e ó r i c a . En
la Simetría trabajaba,
y en
la Fisonomía inquiria lo l í c i t o y no excusa
do. Anotaba
la conexion d e toda parte con e l todo:
aquella
tienen
e n t r e s í l a s lucesy
sombras,
yo t r a s i n f i n i t a s c o s a s ,
que se
eslabonan las
nen
un
e l s i t i o , forma,
tamaño,
acciones
á
los

dicos
Juan
Pablo
Lomazo,
Pomponio
Gaurico
manuscritos
doctísimos
de
Miguel
Ángel,
interiores
y
exteriores,
yáJuan
y Lomazo
d e pintura.
jardin
un
selecto
ramillete
y
como
vemos
debajo
todos e l l o s , cuya punta se determina
en e l centro del humor c r i s t a l i n o del o j o ,yla basis
en
la s u p e r f i c i e del objeto ó
cosa vista;
por
medio desta s u t i l í s i m a
a r t e se ven ejecutadas
emi
nentemente por hombres doctos
y c i e n t í f i c o s ,
sobre
cualquiera s u p e r f i c i e plana, cóncava,
ó convexa ó
se
leíá
especulado
y advertido, dió método
c i e r t o á l a inteligencia d e l o s cinco órdenes que l o s
antiguos
tiguasysus miembros d e por s í , reconociendo
su
no
ruinas
y
despojos
todas
las que
tuvo noticia habia en I t a l i a , áquien más
brevemen
libros leíde otras
artes, cienciasé h i s t o r i a s
divinasyhumanas que enriquecieron mimemoria,
afecto perseveré, no perdonando trabajos d ema
nos ni d e entendimiento,velandoy f i l o s o f a n d o ácosta
d e
lo que no era es
t u d i a r , repitiendo e l precepto d e (dibujar, especular
y
másdibujar),y
cípulos: Nulla d i e s sinelinea. Considerando que lo
que
e r a no menos
que hacer
en la
s u p e r f i c i e
cuerpos,y siendo muertosysin al
mue
miento, representen á la
engañen
á los sentidos, cuando venzan á l a s po
tencias:ytodo hecho con materias é
instrumentos
usándolos
con
tal
cienciay a r t i f i c i o , que lo producido sea
admirable
y
d e inestimable valor.Ycon toda esta a s i s t e n c i a y
p o r f í a ,
no
me oponian mayores piélagos de
d i f i c u l t a d e sydudas sin término,y oscuros abismos
d e confusion, causados quizá d e las diferencias y
varios
conocimiento,
des
l é j o s
las excelenciasy d i f i c u l t a d e s
del a r t e , cual
crepúsculo d e l a mañana que comien
za
con
alguna
oscuridad antes d e brotar e l aurora,
que despues descubrey distingue con la c l a r i d a d ,
lo que en confusion é
indeciso estaba; efectos
estudios bien
ser
ser
arte
l i b e r a l , c i e n t í f i c a
y
se debia atenderá l a imitacion
sin
y casi
extranjeras opinio
una
óprobable para
obrar con
entonces
Eminen
D.
Francisco B a r b e r i n o , Legado áLa
t e r e , ála
Católica
d e armas
cuyo benévolo temple parece inclinómásaplicada
mente los ingenios á e l l a ; adonde l a s
antiguas
y
mo
dernas
obras,
conceptos,
é inteligencia d e los que ejecutaron tan doctos sus
a r t í f i c e s , creyendo me serran medio, si no para
obrar, á lo menospara entender lo más levantado
del artey
d e su operacion.
tro,
verdadero
la pintura.
El deseo d e ver, apenas me dió lugará descansar,
pues creyendo estarmi a l i v i o en la s o l i c i t u d , luego
que
llegué le l i b r é en ella: que cualquiera intermi
sion
nime quiero empeñar
en
hacer r e l a c i o n d e l a s gran
dezas d e
ciudad; d e tantasytan grandes
r e l i q u i a s , tantas fábricas suntuosas, tantos tem
plos, o r a t o r i o s , c a p i l l a s , arcos,
colunas,
mauseólos,
teatros, p a n t e o n e s , pirámides
y
desengaño
monarquía.
Mas
hablando
á I t a l i a .
Roma.
parece que no pudo
t a s en cantidad
d e
goscomo de los romanos. Esto conocido en
el modo
vestidos,
nombres
mosos escultores Alejandro Polidoroydel
Anteme
doro Rodiata, junto á los baños d e Trajano. En l a s
siete cuevas ó siete salas se halló otro Laoconte
se
perfeccion;y
la estimacion merecida,
de
los
cuerpos,
que ya es imposible h a l l a r ,
por
haberse
tiene e l rey d e Inglaterra en
su
palacio.
man de Belvedere,
de mano de Polidoro, de quien
d e c i a e l excelente Michael Ángel, que habia apren
dido mucho. Vi
la tropa del
t o r o , que está en e l palacio del gran cardenal Far
nesio, que
Circe,
castigada
á
manos
ras
yanimales
en
un
pedazo
deza es más que del natural, que hicieron los cele
brados
ApolonioyTaurisio.
Hallé tambien
e l Hércules del ateniense Elioconis, en e l C a p i t o l i o ,
(hoy t r i b u n a l d e
l o s romanos) e l r e t r a t o d e
Marco
bronce.Ytras
PRIMERO. 31
muchas cosas pudiera r e f e r i r , que vi en
los
pala
c i o s , c a l l e s , plazasy casas d e recreacion,
si
fue
que triunfaron
preciosos despojos d e
que en
t e n i a n , como por la ostentacion
que
causaban en la entrada,yperpetuidad en la memo
r i a d e los moradores; demás d e las que se obraban
cada dia en
ser tanto
para
e l l o deputados.Ypor e embarazo se mandó
por edicto que l a s sacasen d e l a ciudad: ocasion que
(ayudada d e
bárbarasy los infortunios domésticos d e la primitiva
i g l e s i a causaron, como te diré en
otra ocasion)
ocultó muchas e s t á t u a s , que cada dia se van descu
briendo;
centáuro,y caballero en
que aú n á los
brutos
los griegos.
estátuas antiguas, pues las hay
modernas d e igual admiracion,
reparé en e l e n t i e r r o
ósepultura
gran
tan entendidos y tan
d e canónigös
32
DlÁLOGO
PRIMERO.
Pintura.
r e g u l a r e s d e
San
las acerta
y
e l sugeto en
Llá
Minerva,
nuestra
r e l i g i o s o s
dominicos;yporque estaba antiguamente junto á
este s i t i o e l templo d e
Minerva,
ciencias,
Y
pinturas, fuí áver e l
Juicio, que por mandadod e
Paulo I I I pintó en e l Vaticano e l mismo
Michael
Ángel,
perior en l a inteligencia, tan único n los desnu
d osy escorzos,ytan universal en
todo, que
cuantas
d i f i c u l t a d e s tenia e l más d i e s t r o
y
docto
pincel,y
la
tiendo,
tomaron
porsu
pastosidad.
de fe que ha
s i n ser imitable en lo perfecto
en los cuerposy
multitud de almas d el infierno la eterna confusion,
 
l a
h o r r i b i l i d a d
d e los demonios, l a barca
d e
condenados, y e l que feroz sacude
los remos, en que parece imitó
e l
á
Caron demonio conochi
Batte col
adagia.
Advirtiéronme, que e l Minos que pintó en e l in
fierno era retrato del Maestro de ceremonias
del
Papa, que en venganza d e c i e r t a injuriaóignorante
d e s c o r t e s í a d e
que Michael
Ángel e s t a b a o f e n d i d o , l e
pintó en el infierno; d e lo cual quejándose áSu
Santidad
caso,
que
no
tenia potestad en e l i n f i e r n o .
Tambien son admirables los Profetas
ySibilas
d e
la bóveda, la conversion d e San Pablo y e l marti
r i o
que están privados
a r t e , ysus o j o s ofuscados
en e l l a , sin ser
capaces
dias en ver las generales obras del
galante A r t í f i c e Rafael Saccio d e Urbino, particu
larmente las que se ven en las salas del Papa, pin
tadas
la
Escuela,
que es cuando l o s Teólogos ajustan la F i l o s o f í a yTeo
logía, con la Astrología, con
singular composicion
y pensamiento, tan bien ejecutadas en el d i b u j o ,
afectos
y
con
tanta
belleza
En la misma cuadra está otra gloria con la Santí
sima Trinidad,ysobre un
Ador
monte
Parnaso,yla
fuente
yalegran Cupidillos d e amores, que arrojan coro
nasypalmas
fingida di
vinidadymostrando en
l a
ternura d e los desnudos
la simplicidad d e los cuerpos: parte en que e s t e
ex
gracia. En medio está
á
dablemente coloridas, tan variamente adornadas,
que dejó en
están alrededor
los antiguosy
Ovidio,
V i r g i l i o , Ennio, Tibúlo,
Catúlo,
Propercioy e l cie
go Homero, que vuelto el r o s t r o a l
c i e l o , canta
l o s
á él
el
chos,
disposiciones, tan proprias fi
sonomías, tan acertados p e r f i l e s , que puede e l más
claro juicio
perfeccion.
en
d ió á los Frailes reformados deSan Francisco) vi la
Transfiguracion,
mássuperior estimacion
y a p r e c i o d e su incomparable ingenio,yen muerte
movia á
sujeto.
El tiem
po que e l cuerpo estuvo sin enterrar tuvo e s t a ad
mirable pintura á l a cabeza,
como
en
cion
vinculada que l e f a l t ó en la vida, pues murió
d e
t r e i n t a ys i e t e años;
que si no
su
juventud, lo fué d e su c i e n c i a . Su cuerpo está enun
suntuoso
la Redonda, con
e s t e e p i t a f i o que lo hizo e l Bembo:
D. O. M.
vETERvMQVE
AEMvLo,
PEXERIS, IVLII ll. ET LEONIS X. PONT. MAXIM. PICTURAE,
ET
INTEGROS, QV0 DIE Narvs
APR1LISM. D. XX.
quo
sospite
vinci,
Rerum
magna
parens,
oscuro d e Polidoroy
aquel
j o v i a l y t e r r i b l e modo; las d e fray Sebastiano del
Plomo, las d e
que
doctos A r t í f i c e s ,
ya al ó l i o , ya a l
fresco,ya altem
l a r g a
r e l a c i o n e l V a s s a r i en s u s
vidas. Lleváronme á la Academia
d e San Lúcas,
a l
de Rafael.
adonde s e e s t u d i a
e l a r t e y s a l e n sujetos ingenio
s o s ,yadmirables;
e f e t o s d e obras únicas
como l a s
contado. Holguéme ver una cuadra adonde
van poniendo los r e t r a t o s d e todos los que se ade
lantan en esta
muchos con e l hábito
d e C r i s t o , honrados d e los Pontífices por eminen
tes: digna faccion
á
Ro
Pavimento d e l
Domo, e n t a l l a d o
en
de mano
de Dominico
el adorno y
excelentes estátuas d e l a fuente d e la plaza, obra
d e Dominico
mayores honores, le arma
ron Caballero e l año d e 1353. En que no ponderó
tanto e l haberle honrado, pues hay
no
ensu Patria, que suele
sino
ingrata madrastra d e los ingenios d e sus h i j o s .
Llegué
ameno,político aseo, suntuosidad de edificiosydis
posicion d e c a l l e s , la hacen, no
sólo d e I t a l i a , sino
la máshermosa Ciudad d e E uropa; d e quien d i j o
Cárlos, Archiduque d e
que se mostrase
dias festivosy s o l e n e s .
Corre po r med i o della e l celebrado Arno, que es
h i j o del monte Apenino
y
mente
se
vuelven
hijos,
riberas, culti
ingenios que producen
d o
nas l e t r a s ,
como escribe
rales, se hallará
dieran materia para largos discursos:
pero
prosi
y adoré
que la sirven l o s
Religiosos
Servitas
1252,
y
para e l l o dispuso almaycuerpo con oraciones, d is
c i p l i n a s
y
ayunos,
confesó
prevenciones para tan sagrado empleo:y cuando
llegó ápintar e l r o s t r o del
Ángel, d i j o
en
su
decla
racion que casi fuera d e sí lo pintó, llevando e l pin
c e l y
Imágen, hechas todas las prevenciones, queriendo
comenzar
acudieron
con
muchos
velos
r i c a s ,
y
jamás se descubre si no es con órden del gran Du
que,
modo
Nunciata
de
Florencia.
 
y reverencia. Esta
con extraordinariay
a r t i f i c i o s a traza
de
d e mármol, todo tallado y embutido d e
o t r a s piedras finas, con mucho ingenio y arte; l a s
hojas d e bronce con empresas
d e los Médices; e l
A r t í f i c e fué e l advertido Michelozo, EscultoryArqui
t e c t o .
Toda
lámparas. Un
radores, Reyes
milagros: d e cera, pasta,
maderay d e
cuya inventiva
inventó
delas, petos,
morriones, que por antiguas tienen
b i z a r r a y extraordinaria forma, y para dibujadas
eran bien
unavi
e l e n t i e r r o del Bacho Bandineli
( e l
famoso Escultor)
mármol, con unaImágen d e
C r i s t o muerto, hecho d e su mano y en una tarjeta
estas
letras:
O. M.
BACCIVS BANDINELLVS DIVI IACOBIEQVES, SVBHAC SERVATORIS E n t i e r r o d e l b a c h o .
IMAGINEA SE
desengaño, sime
animó l
d i s c u r s o , en pensar que no es m o r i r , en e l que siem- -
p r e
emi
nencia.
En e l Cláustro están pintadas a l fresco, deAn drea
del
Sarto,
algunas
Religioso
ligenciay
aquel
modo secoy p e r f i l a d o con que obró a n t e s que v i e s e
l a s
d e Michael Ángel,
miento
d e Nuestra Señorayen l a d e los Reyes,
no
del presepio, que está pintado consecutivamente por
Alesio Baldo, con particular atencion devotamente,
s i bien debajo
yfatigada.
Hay
una Asuncion
d e l Roso, una V i s i t a c i o n de
Santa Isabel
frescoy
con
excelentes
pensamientosy
dibujo. C erc a d e a l l í me enseñaron
un Cláustro de
pintado d e Andrea del Sarto; el cual
se abre
 
obras,
otros á d i b u j a r l a s ,
no
chas leguas, movidos d e l a fama d e
aquellas
pintu
chachos que no
turas que hay en las Iglesias, Palacios
y calles:
mas
lo proprio:
Y
stá
t a n b i e n r e c i b i d o y u s a d o , que l o s e s t u d i a n t e s Pin
tores
y Esculturas públicas que los mismosque las paga
ron; porque
l l a Ciudad, que quiso defender que en la
Iglesia
una pintura
del Sarto,y no pudiendo los
muchachos
conven
c e r l e con ruegos, lo remitieron á las piedras,
tanto
c i a
lentes Pintores, que nadie las mira sino es para ala
barlas
quedaron
por acabar, se están hoy d e la misma manera, sin
que sea
ha
a t r e v i d o áponer sus
manos,
aunque
en
Altarun
cuadro
quedó
sin
aca
cultoyvenera
Nunciata
vi
la
historia del
Desposorio d e la V í r g e n ( d e que hice mencion)
d e
d e verla descubierta en
un dia festivo que queria
e l
con
grande
y
derribó e l
r o s t r o d e los desposadosylos d e sus compañeros,y
un pedazo de
le
habian r e p a r t i d o )
que
á dicho d e todos e r a l o mejor de
l a
con
tanto
concurso,
la guardan así sin llegará e l l a , c on h aber más d e
130 años
que se
que pintó admirablemente, con a r t e ysantidad; este
fué
muyparcial
la
Orden
con grande furia popular,
hizo
entonces voto d e tomar e l hábito s i escapaba con l a
vida, como lo h i z o . Las h i s t o r i a s
dicen
que a l Sa
bonarola l e quemaron públicamente; no sé s i fué sin
culpa, que
cada año, en
suplicio cubierto d e f l o r e s
en
señal
loy ejemplo d e todas las cúpulas que se hanvuel
to
desde
tino) d e nunca vista
grandeza, que con acomodadas
bola
d e metal q e está encima de la lanterna, en cuyo
ámbito
an
cho; tiene e l crucero 166,yd e largo toda la Igle
s i a l280 brazas.
La
cúpula
ó
media
naranja
pintó
d e figuras
unagrande
de
más d e un Luzbel d e tal tamaño, que hace parecer
l a s demás
y entonces su discípulo,ymozo d e diez
y
que despues
dió en
servicio del
Papa Gregorio
Felipe I I
llamado del
Rey d e Francia Enrique IV, s i bien siempre d e tan
corta
fortuna,
cuanto a s i s t e n t e
y en l o s
estudios d e nuestra facultad, que
ninguno
más
que
vene
racion se guarda d e más d e 300 años) estos versos:
Sepulcro Credidit vt Cima vos pictura castra tenere,
de Chimabue. Sie
de G i o t o , y
-----==---===--
 
aquella parte por público decreto,
ypor particular a f i c i o n e l magnífico Lorenzo d eMé
d e c i s , e l v i e j o , conun verso Latino que hizo Michael
Ángel S o l i c i a n o , para
animar á l o s e x c e l e n t e s en
cualquiera facultad ápretendertales honras.
Rui cuam
Natura deerat, quod defuit arti,
Plus licuil nulli pingere, nec melius.
Miraris turrium egregia, sacro a p r e sonante :
Hace quoque
Denique sum totus,
Hoc
nomen
longi
carminis
Latorre ó
vi(cuya traza y modelo fué
d e Chimabue,ypor tal obra l e honró la Ciudad y l e
hizc
su
estátuas
Z uc on, por
los
Venecianos
o f r e c i e r o n muchasveces lo que pesase d e plata,
aunque
es
mármol,
mayor
que
del
natural.
Vi e l Templo d e San Iuan, d e cuyas trespuer
tas d e bronce d e bajo
relieve, d e mano d e Lorenzo
Guiberti
las
dos; la otra d e Andrea Pisano. Dijo
Michael Ángel por h i p é r b o l e , eran dignas d e
s e r l o
del cielo.
un ministro del
Arte
y á la nacion Española, me llevó á l a Academia del
Disegno, d e
Academia
4 DlÁLOGO PRIMERO.
e d i f i c i o s suntuosos) celébrase aquel dia
con gran so
f i e s t a del Santo Evangelista,y Pintor
Patron d e aquella
Academia. Hiciéronme l a
y acogimiento que se puede
juzgar d e tan i l u s t r e
Ayuntamiento, notanto por la persona
que me apa
por e l privilegio
que gozan los foraste
ros, cuanto por ser discípulo d e un hijo d e aquella
Ciudad y
con la
ocasion lograron
su
deseo:ycomote
d i j e , juntaron la Academia con la solemnidad yce
remonias que manda e l e s t a t u t o ,
dispensando
ausencia,
te nombrarony e s c r i b i e r o n por Académi
co, digno
t i e n e concedidas á los que
llegan á alcanzar tan
Cónsul d e l l a .
Esto fué con tanto gusto y aplauso, que no f a l t ó
voto, como lo conté cuandote entregué
el
testimo
nio, sellado con las armasy empresa d e la Acade
mia, autorizado
Chanciller
d e l l a . Asisten á l o
o f i c i o s en parte eminente un se
ñor que preside en
Escultor,
yl o s demás A r t í f i c e s
sentados por su órden, segun la dignidad d e sus
grados en la
ingeniosay
im
 
á
para
que
premisas
ha
bian dado, despues d e una larga arenga que l e s ha
cian, exhortándolos
yanimándolos ála perseveran
cia d e l . e s t u d i a r , fuesen admitidos en e l cuerpo de l a
Academia, comoplantas
d e
quien se puede esperar
lleguen ád ar e l f r u t o digno y merecedor de s e r
Académico;
asientos
honrosos:
lugar
preemi
nente:
á
de todos los Hombres Eminentes de esta facultad,
adonde hay muchos dibujos, cartones,
modelos y
esta
s a l a sólo es permitido e n t r a r
á
muchos años de
de
Académicos.
que la adornan grande co
p i a d e estátuas, libros, globos, e s f e r a sy otros ins
trumentosMatemáticos. En esta Cátedra leen lec
ciones, no solo Pintores, mastambien Escultores,
Arquitectos
éIngenieros;
hácense
jase d el natural; para lo cual el Serenísimo gran
Duque (siempre aficionadísimo y protector)
d e su
cuida d e
 
se
Maestros
por turnos á enseñary
administrar á l o s que van á e s t u d i a r .
Los Académicos
fueren desta
Academia que
d an
nobles e l l o sysus h i j o s , cuando d e suyo no l o
sean, y dellos nombra su Alteza
un Pintor
conozcan
d e los casosyp l e i t o s d e estas Artes, sin que la Ius
t i c i a
o r d i n a r i a se meta
en cosa dellos;y son
f i e s t a con e l Presi
dente. Tienen para suCapillay entierro e l Capítulo
de los Servitas, adornado con traza ingeniosa de
E s t u q u e s
y P i n t u r a s
a l f r e s c o en p a r e d e s y
c i e l o ; y
enunos
nichos
unos
Santos
de
bulto,
de
mano
de
e x c e l e n t e s
hombres,ydebajo
demár
mol, esculpidos en e l l a trofeos del Arte:y cuando
muereun
A r t í f i c e que notenga sepultura propia, se
entierra
en
d e
a r t i f i c i o s a traza,
que en todo muestran aventa
jarse; pues
en invectivas
ejemplo. Pónenlos en la bóveda con un letrero d e
su nombre,
tar los dejaron haciendo
que es el d e los
Difuntos,
celebra
la
Academiasun
tuosas
 
c a s i
y
fué en
Gioto,
tratadas
gene
hermosa plaza ostenta
la grandeza de su dueño, adornada d e Colosos d e
mármol,
de v e i n t e ys e i s p i é s
de a l t o .
l uno e s
gigante,
echan
do
agua por sus bocinas. La taza ó mar deste car
ro
es
ochavada,
y
en
d os
algunos pescados,ytodos echando
agua con gran
d e copia.
unos
excelentes
referida.Áa mano derecha
d o áCaco,
e l
o t r o , que compitiendo, se puede dudar si l a supe
rioridady
precedencia
vid, fué por
sentaba
P r i n c i p i o
de
que lo está
s i
e l enojo
que contra Caco
debajo d e
sí ya rendido.
L o s d o s E s t i p i t e s ,
que tienen
la cadena
de lapuerta,
son fórmados
d e
humana forma,
nombre
que
d e
Sabinas,
Grupo
maravilloso,
todo
Duque
Fer-
dinando.
En
mano envió
del
Rey
Feli
casa
á no
f a c i l i t a r l o l a
grandeza,y
señor.
En e l Palacio haytantas,ytan graciosas c o s a s ,
que
Sólo reparé
d e
Poetas, I u r i s t a s y
Teólogos:y
no
brazas
y
ocho,
aunque
d e
Venecia es
del
Vati
cano,
ninguna
Tienen susAl
l a s
un
Químico
ó agua
adelante con
la obra,
d e
tan grandes
de
Escultores, de
Lapidarios, d e R e l o j e r o s .
4
Par. 2, l i b . 6.
Yen otra parte d e s t i l a t o r i a s ; y
para todo señalado
cultades; dignas acciones
d e aquellos Príncipes.
Fuera nunca acabar, si quisiera r e f e r i r todas las
grandezas, y singularidades deste Palacio :
y a s í
apresuraré e l paso al d e P i t t i , que porun corredor
se camina
modernas,
habian juntado, hoyme dicen
á San
Lorenzo, que es la I g l e s i a
á
donde
lo
Médices
tienen
su
y hacen l a s
honras d e
cros d e los Señores Iuliano,y Octaviano d e Médi
ces
(cuya lastimosa tragedia se lee en la P o n t i f i c a l )
hecha así la architectura, como la escultura del di
vino
mármol
de
del magnífico Señor Iuliano,
nificadas
al
porsu
eminencia
Latinos
y vulgares: entre e l l o s fuéron e s t o s :
La Notte che tu vedi in si dolci atti
Dormirfuda un Angiolo
d e la Noche, res
ponde a s í ,
d e las Musas:
Grato mi e l sonno, e piu l e s ser disasso,
Mentre che
ventura,
Pero
Sobre
la
y
sido
copiadas,
y
vacia
das d e i n f i n i t o s a r t í f i c e s . Enseñáronme aquella opu
lenta
l i b r e r í a , que tienen
a l l í
l e t r a s
divinas,
se
Micael
.
noventa; siempre d e entero,y permanente juicio, d e M i c a e l A n g e l .
usando d el hasta el último término, con mucha
perfeccion
l i b r o s )
yhabiendo llega
con
grande
e n t i e r r o en San
Pe
de Médices; de
terminó, que ya que no l e habia podido tener cerca
d e s u persona en vida, d e
honrarle
en
mo Micael;
y cuando
hurtar
á
F l o r e n c i a e n t r e
unos
fardos
micos aviso d e l l o , y
juntos
recibimien
toyhonras
ilus
t r e hombre. Nombraron Comisarios para e l e f e t o ,
consultando a l gran Duque e l
caso,
como cabeza y
protector d e la Academia; e l cual aprobóy o f r e c i ó
e l gasto que en e l l o
se
Metieron la caja con
e l
dia siguiente e l recibimiento, con e l secreto po
s i b l e ,
juntándose
teniendo prevenido un paño d e
terciopelo negro,
muchas
hombres
insig
nes juntos,y la noticia que ya se tenia d e
la muer
gente,y
d e
Artí
les de la observancia de San Francisco: estuvo el
depósito manifiesto;yfuéron tantos los versos que
cada dia amanecian
r e f e r i r l o s .
Tratóse de
en
San
Lorenzo,
negros,
ye l suelo, con muchas muertes, é h i s t o r i a s d e su
vida,y
hechos,
hallaban
 
singular
arquitectura, con mu
chas h i s t o r i a sy estátuas, en que se esmeraron l o s
, másfamososArtífices: encima una Fama con una
trompa de tres bocas, significando l a eminencia
que
quitectura. Aquíse adelantaron los
ingeniosos en
t i r a r todo lo que pudieron y en ostentar sus l e t r a s .
Fué Palestra singular. Oró, por mandado del gran
Duque, e l
el mundo por
obsequias suntuosísimamente
, con numerosísimo
Mandó su Alteza,
por
algunos dias, para que se gozasen todos. De e s t a s
honras, versos,
que anda impreso.
una
a r t i f i c i o s a , ygrande urna, y asentadas sobre e l l a
t r e s
señaló, l a Escultura, Pintura,y Arquitectura, y
sobre cuál
mu
mamente se determinó, que la tuviese la que más
hubiese usado;ysu r e t r a t o d e medio
cuerpo,
en
una
su empresa.
dome á
sacho, Gioto,
los demás d e aque
 
nido tanto en Florencia;
digo,
que hallé en e l l a el verdadero albergue d e nuestras
Artes, como
es darle lo que es suyo.
M.
Agradézcote la l i s o n j a , si
bien es mi
P a t r i a ;
s a l í d e e l l a tan d e poca edad, que casi no tengo
memoria
tan bien sabe honrará quien lo merece:y
casicomo
en
las
tienen aquellos Príncipes, como es e l Poggio Im
perial, Castello, Lambrogiana, Antimoni, Pratoli
no, que
Diana,
d e
ne
oro,
y
plata) e s t e Coloso tiene tal grandeza, que en l a s
piernas están escaleras acomodadas,
zonable aposento,
a l
fresco los
la cabeza está
n a r i c e s ,
yboca. Un r i o tiene e s t e
ameno
que con
a r t i f i c i o s o
a r b i t r i o se pasean
en
pas,y
otros
géneros
alam
adonde se crian todo género d e aves, y cone
jos,
y otras
 
comodidad:y
ha
torre
dedentro, y
f r a c a s o :
masGuillermo, Tudesco
nacion,
Ar
q u i t e c t o , poco experimentado en
e l fabricar d e aque
l l a tierra, remedió
e l
de s u e r t e que
e s t á s e g u r í s i
ma.No me pesó d e ver esta Ciudad, tan
celebrada
ver
Neptuno,
con tanta p e r f e c c i o n he
cho, cuanto puede la imaginacion desear. Repre
sentaba tambien aquella turbacion
mónstruos, con tanta perfeccion, que dignamente
ungrande Poeta le hizo este
epígrama,
un adorno,
con
deuna casa tan ilustre, como es la de M. Giovani
Gaddi:
Dum maris unda
soni e t vada f l e c t i t equos:
Mente quidem vates illum compevituterque,
Vincius est oculis, iureque vincit e o s .
Vi d os pinturas d e Becasumi, que
están
detrás
del Altar mayor, del Domo, d e lo mejor quejamás
hizo. Muchas cosasde Esculturavi de manodePe
 
te atajó este prodigio, sobornada
d e
l naturaleza,
d e
medio r e l i e v e , d e aquel caso
t n cruel,
gero, en
que por
d e hambre
muertos, el otro casi
puede t r a e r .
El padre ciego
con tanto dibujo, grandeza, ybuena manera,
con
d o este caso, el Dante con l a pluma
ó e l Vinchi
Poscia piu che “ l dolor pote i l digiuno.
Tomé el caminode Bolonia, sólo áver aquel cua
dro d e Santa Cecilia
d e
Rafael, que
anda
en
estam
pa, adonde se ve en su perfeccion la gracia, y e l
Arte;yque
con haber tanto tiempo que se acabó,
parece que pulsan las a r t e r i a s d e aquellas f i g u r a s .
Un San
mo suyo:y asimismo un Angel, que
todo
bre
la
del Papa
Julio II
Enseñóme un señor Conde una medalla de oro
d el retrato de Micael, de mano d el Caballero Leon
Leoni, aquel Escultor Aretino, padre d e Pompeyo
Leoni,
mos en Madrid, que hizo todas
las estátuas d e bron
ce, que están en
d e
los entierros,y en San Pablo d e Valladolid los del
Duque
era
un
ciego guiado por un perro, on este verso d e David:
Docebo i n i q u o s vias t u a s ,
e t impii
ad t e c o n v e r t e n t u r .
Vi muchas cosas excelentes
faccion tan
Academiaguar
quiso deshonestamente persuadir:ytambien guar
da unos retratos de Sofonisba, ent e lo s cuales el
uno es d e l a Reina doña Isabel, mujer
de
Felipe
hecho
sa
ber Pio IVáSofonisba, que l e deseaba tener d e su
mano,lo pintó excelentemente, y
accion
d e Octubre d e
l 5 6 l .
de
la
bas nobles
paso algunas
Ferrara.
Loreto.
d e l Verbo, cosa que
enternecey pasma. Pero tra
d e nuestra materia, t i e n e
l a I g l e s i a una puer
ta de bronce d e bajo r e l i e v e , moderna, excelentísi
ma cosa,
pintada
del
Pomarancho.
singularidad
del
s i t i o , las varias naciones que tratany contratan, la
novedad
Príncipes Japones, que pasaron á estas partes en e l
Pontificado
de ver en
ciudad tanta diversidad
d e r o s t r o s ,yen tra
j e s d e
los
que
la
es
levanten
y
á Palacio, casa
San Marco, cosa estupenda en grandeza, t r a z a , y
majestad. Todas
pintadas
del
Tintoreto,
de Pablo Veronés,y otros grandes A r t í f i c e s : masla
que
asombra
e l verla
das d e
h i s t o r i a s ,y r e t r a t o s d e
los Duques, que
cada año
fué honrado de
l a Señoría con la C amanigacomia, que es una ropa
que
como es
una grande sala
que se quemó,
d on de
rador.Todo este Palacio está adornadísimo deAr
quitectura,
y Escultura, y famosas e s c a l e r a s , yen
e l
patio d os pozos d e bronce con grandiosísimo or
natO.
púlpitos,
las
puertas
bronce,
Sansobi
no, d e quien es e l modelo de la torre,y loggia, d e
inusada
grandeza.
con
razon,
adonde
no
competia
con
la del a r t i f i c i o y exquisito modoyadorno d e tantos
diamantes, carbuncos,esmeraldas, balassi,sandas
t r o , y aquelgrande diamante, que sobre un pedestal
d e oro
Ter
Mocenigo,
r i q u e z a han juntado de
c o n q u i s t a s que han hecho,
y d e presentes que hantenido d e Reyes,y
Repúbli
más
adecuadaámi p r o f e s i o n , fué l a v a r i e d a d
y
excelen
cias d e las pinturas d e mosáico, que hayd e muchos
valientes
en
aquella facultad
d e h i s t o r i a s delTesta
mento Viejo,y otras
con
l e t r e r o s , que declaran su
s i g n i f i c a c i o n , que tal
vez
han
sas por venir;yme dijeron, que e l Abad Ioachin e
halló en Venecia en tiempo q ue se hizo toda
e s t a
obra,ypor su órden ytraza
ve
Márcos se enseña
 
60
DIÁLOGO
PRIMERO.
ta del Santuario se ven los d os F r a i l e s , que él ante
vió muchos años antes que
viniesen a l mundo,
ó
Roque,y otrasmuysuntuo
sas vi llenas de Pinturas de mano d e Ticiano, del
Veronés, d el Palma,
hombres Venecianos,
están colgados
de San Lúcas,ó Academia,adondese
juntan á e s t u d i a r , y
gobernar este Arte, con parti
cularprovidencia,
como
particular
para
 
á l o s
Y a q u e l l a Señoría acostum
bra honrar álos que llegan a l grado, que lo merece,
con el Hábito de
de o r o , colgado con medalla;
e s t o s llaman
Caballe
ros
de
para partirme, y
a s í
no pude verlo todo, que era cosa i n f i n i t a . Vine á
Padua,
no me quise detener; porque me contaron que e l
Duque
y
cosas
d e cantidad d e pinturas escogidas d e Rafael,
Mi
f i n d e todos
los
conocidos
por
tal
Señor,yque
no
s o , y descrédito suyo;
puesto
que
c o n s i s t i a no
en más q ue en tesoro
(que
el
sepulcro
está su re
t r a t o d e bronce, con este E p i t a f i o , con quien como
s i
s i n t i e r a , me lastimé del caso.
Ecce pacenhunc noris, sinon
los Pintores
célebres, dice:
Leonardo, Andrea
Monteña Giambelino.
D.
Vine
á Parma, á donde vi l a s p i n t u r a s que
hizo el
su
p a t r i a : como en Corezo las d e Antonio Corezo,
tan
tierno
ninguno
á
quien
Lombardía
debe
e l saber c o l o r i r , y e l modotan diestro d e hacer ca
b e l l o s con p a r t i c u l a r
g r a c i a . Hizo un epígrama (cuan
d o murió este excelentísimo hombre) Fabio Señi,
Caballero Florentino,
Annuit his v o t i s
summi regnator Olympi,
El iuuenen subiló sydera ad alta t u l i t ,
V p o s s e t melius Charitum simulacra r e f e r r e ,
Praesens, e l nudas cerneret inde Deas.
Fntierro
Parma.
Corezo.
lo s
doctos, como
bien
á
dónde llegó e l
ingenio d e s t e divino hombre; porque no hayApós
t o l en cuyo movimiento, accion, y aspecto no se
conozca
la
exte
riormente tiene, la turbacion, la santidad, la piedad,
la f i d e l i d a d , y
e l
d e
Iudas en su r o s t r o f a l s o ,y descortés,yple
beya postura. El r o s t r o del Salvador quedó por ha
cer, no
M.
Yo te la d i r é , yjuntamente otra cosa que
oí d e nopoca graciosidad,y
fué
que
como
Leonar
á
concebir
un hombre Dios,
ni en e l natural lo pudiese juntar, no l o quiso f i a r
d e su idea, ni
d e
su pincel,
del
concepto que devotos podian hacer, que así lo d i j o
a l
r i r
conceptos d e la Pintura, mástambien de la música,
y
adornado. No
con e l Prior d e aquel Convento
por
cuento gracioso.
Era e s t e P r i o r , por ventura,
más devoto que discre
á
volverse
sin
hacer
determinó d e i r s e
á quejar a l Duque, como lo hizo; e l Duque hizo lla
mará Leonardo,
y con templado modo l e d i j o : Se
pa que tenemos a l Padre Priormuy enojado,y a s í
demosle
Leonardo e l
sobre
su
concepto,
no obraba;y entendiese
que no era aquelloycavar
sobre e l ente
del Arte,ysus preceptos, con aquella a l t a f i l o s o f í a
que acostumbraba, concluyó
que d os cabe
zas l e faltaban que formar en su idea, que l e traian
con
muchísimo
cuidado;
y
porque
t i e r r a ,
ni en su
aquella
belleza c e l e s t i a l , para que é l
la
imitase,
ycomo d e t a l , indigno se rendia. La
o t r a
hombre tan ini
que d e aquello,
grandemente.
Frailes, en
señándome la p i n t u r a : d e e s t a me dicen hay una
copia en e l Refitorio del colegio del
Escorial, que
 
PRIMERO.
Alemania.
con l a c o p i a , ya que por
e s t a r
l a o r i g i n a l pinta
d a en la
de Francia
de
madera,yotras cosas, l l e v a r l a á su Reino,
consul
ingenieros,
Córte del Emperador, siempre con e l
f i n y deseo d e sabery preguntará hombres doctos,y
siempre
hallé
variedad
en
los pareceres.Yaunque
hallé cosas estupendas, así d e f á b r i c a s , como d e
otras materias,
ninguna fué
á nuestro
r i o ,
ve
dando la usada d e l l o s , quemandoy asolando to
d as
no lo
pudo alcanzar su bárbara y obstinada p e r t i n a c i a ,
mas infestaron este Arte,y aunque
duró esta
todas
las
Iglesias
agudos, huyendo
nas
columnillas muy delgadas, con mucha talla
d e hojas d e cardo, pocas luces,y mucha t r i s t e z a ,
s i n ninguna hermosura, a l f i n menguandosu poder,
se ha
d e los Romanos de las cinco órdenes, Toscana,Do
r i c a , I ó n i c a ,
C o r i n t i a , yComposita;tan proporcio
nadas,ytas ostentativas,
se hacen, imitando
d e las antiguas. En la Pinturay Escultura tambien
guardaron en lo que pudieron e l mbdo: y así en
Alemania no hallé cosa d e los naturales en quien
reparar; sólo
nes de
Señora,
ybuena proporcion:y
las que
v i b u e n a s , f u é r o n
l l e v a d a s
d e I t a l i a . En e l P a l a c i o
Imperial hayun
y
berto,y d e Lúcas
pe II a l Emperador,y la Leda,
cuyas
en Palacio.Yn e l Coro d e la Iglesia mayor
viunoslibros de luminacion de mano de loscele
brados
Oderigi
del
que
tan
Purgatorio que dice a s í :
Odissi a l u i non s e i tu O d e r i g i ,
L“honorda Gobbio, e t l ’ honor dique l“Arte.
C he aluminare, e chiamata in Parigi
Frate diss e g l i piu, ridon l e
carte,
mio in
En lo demás c o r r i por no
hallar e l
en
en
tidad y hermosura de los rostros, si bien se han
aventajado, con
mucha comunicacion que han
tenido los del Arte con las cosas d e I t a l i a , procu
rando su imitacion en e l dibujo,y
grandeza;y
hay
cosas e x c e l e n t e s ,yen l a materia de P a í s e s , y
extremadas
yhoy en par
t i c u l a r las obras de Pedro Pablo
Rubens,
vuelven por
su nacion
en grandeza,yvalentía,y
dan materia
En Francia hallé muchísimo bueno: así
d e
llevado
de toda
I t a l i a d e estátuasy pinturas; porque aquellos Reyes
siempre
siempre tuvo ocupados
cerca d e
su persona hombres
eminentes, que hacia l l e v a r , honrándolos, ypre
miándolos;
y
tuvo
muchos
años
a
Abad
Primatichio, a l Viñola, para que a l l í le
compra
en Francia
d e
Hércules,y
casa
mármol,
y
bronce,y
de
pinturas a l fresco d e Roso, del Abad
Primatichio,y a l o l i o las tienen d e Leonardo, d e
Rafael, d e Ticiano,y
hizo grande
d e todos los hombres eminentes d e cualquiera fa
cultad.
para
ocu
parle en una grande obra del mayor caballo d e
bronce que se hubiese v i s t o ,
yla mayor empresa
para lo
Yme contaron,
estando yo
en la
caso,y
fué,
que
hallándose muy á los fines d e sus dias,y d e edad
de setenta
tísimo Viático, entró e l Rey á verle,y estando ha
blando con él, con
gusto que s o l i a Su Majestad
hacerlo, l e dió un parasismo, anuncio d e l a muer
t e , y
acudiendo e l
saber,yprudencia, pues conociendo que
la
muerte
era forzosa, quizo gozar para e l l a , desta singular
ocasion, por ventura
el Rey su muerte á la medida d el amor
que le tenia, que era mucho,
ytal que
algun alle
mostraciones q ue con
eminente hacia,
Vasari
en
l a Majestad
par-
y dicen que el
severidad:
no de
hombres,
y así l e s debo
mayor e s t i m a c i o n .
Sentenciosa respuesta, no menor que la del Empe
rador Federico a l mismopropósito, cuando dijo á la
envidia,
ó
qué
el
la mejor cosa que he
v i s t o
d e su mano
aquellos
que nose puede desear más: copia tiene aquí
e l
bastian
Fr.
Bartolomé;
cosas que tiene hechas
Reino otra Ita
l i a .
edificó
á quien San
Gregorio d i r i g i ó sus Diálogos, que es d e San Juan
Bautista, vi pintada una h i s t o r i a d e los Longobar
dos, cuyas
ve
mos se us a en l a córte del Rey d e España, que son
guedejas en
bajo.
Y
fin
de
miintentolo
grado,
determiné volverme,y no ver e l Reino d e l a
Gran Bretaña,
convirtien
aquella
I s l a en un magnífico Museo d e s t a s
Artes.
Quién
pensara
estos estudios re
f e r i d o s , y d e haber visto tantas obras excelentes,y
consultado
una
conclusion f i j a y c i e r t a , para navegar seguro en
este mar
 
presencia ageno d e aquellas dudas,yseguro en l o s
a c i e r t o s del saber, presumiendo f i j a r por aquellos
medios la
aguja d e mi navegacion a l Norte d e
la
mistinieblas bastante luz,en la muchadetudoc
t r i n a y c i e n c i a .
M.
Universidad d e Paris
á aprender algunas Ciencias,
y a l cabo d e pocos dias se volvió á su patria, di
c i e n d o que en e l l a
gozaba con q u i e t u d , s a l u d , ha
cienda,y honor,y que en las Escuelas con grande
confusion
serenísimo ReyD.
excelentes
originales,
que
no
no
l o s
A r t í f i c e s con honras
y rentas particulares; y en la Asia, y en Africa
tiene personas
antigüedades
que
terradas,ypaguen
por
e l l a s e l precio que los
due
quisieren, estimando
e l coste que l e puede tener
hasta
juntando,y con
tanto gusto,
que me c e r t i f i c a n
que ya
rías, adornándolas con
d e
mucha
esti
que
anticipa
sus
Rey y irá Escorial
tener las originales,
c o p i a s .
Yo q u i s i e r a hubieras dibujado más,y
visto
me
nos,
f u é ,
especular,
ymás
prescribió
el d e Apeles: Nulla d i e s s i n e
l i n e a .
Ha s i d o
devaneo, s i bien
haceruna noticia para e l concepto, ó método
que
ver dibujos d e tu
mano
cosas
que
ibas
vien
do, para que sobre e l l o s con más propriedad fuera
mosdiscurriendo.
via
entre
cualquiera
dellas
me
llamaba
para
sí ,
desviándo
acudir
á
la
Pero
está a s í , no perdamos más tiempo; comienza, oh
Maestro,
menzando
desde
 
M. Esa fué la causa por qué jamás permití fuese
á
yahe
si
á
y a l
buenas r a í c e s , te ha turbado
y
pimpo
pides
responderé, mashoy no puede s e r , que es tarde,
mañana comenzarémos,
parte
o f r e z c o , y
exhorto á continuar en e l trabajo, que como d i j o
Menandro,
por e l t r a b a j o se alcanzan todas
l a s co
La delgadeza
za la oprime;y
cuando no te
llevase esta loable
s o l i c i t a r , pues
vemos que e l trabajoy honesta ocupacion refrena
los vicios, hace
t u s e s ,
e t bene t i b i e r i t . Vuelve las espaldas a l ocio
engendrador d e los vicios, que conducen á los po
cos años ámiserias ejemplares,
peste
bestias
desnudos
d e razon,yd e j u s t i c i a .
E s t e
d i b u j o á q u i e n
a pl i c a r o n e s e
mote agu
d e l t r a b a j o .
P s a l .
D. Ad ios que yo quedo bien entretenido.
M.
los
un amigomuy cuerdo, que siempre alababa á los
otros (porque á sí se alababa) porque si sabianme
n s
que él, honrar a l vencido mayor es la v i c t o r i a ,
y si sabia
á
a l contrario d e otrosmal
dicientes, que neciamente l e s parece que con l a s
f a l t a s que dicen
d e las
cierto faltarles la luz en sus
desacertadas t i n i e b l a s , engastados en la mismaig
norancia
y
amorproprio.
Á RESTAURAR; su EsTIMACloN, NobLEZA,Y
DIFicULTAD.
M. Niyo
al deseo d e s a t i s f a c e r t e . Ayerme d i j i s t e
tu cuidado,ycómote habias portado entus e s t u d i o s ,
cómo pasaste á I t a l i a ,
Flándes, Alemania,
y
Fran
cia; que v i s t e tantasytan heróicas obras d e Pintura,
Escultura,yArquitectura, que v i s i t a s t e ycomuni
caste con
raros ingenios en estas facultades, y
que cuando pensastevenir c i e r t o d e l a verdad,yapro
vechado
en
las
variedad en
peritos,
como
vuelves con otras mayores.
debes
seguir;
por
abrevia, ó d i l a t a e l
ca
timiento.
padre.
Prometeo,
h i j o d e I a p h e t .
D. Es
no
esta noche, ó por e l
cuidado en que estoy, ó por e l alborozo d e pensar.
que me
fuéron sus
Arte
c i e n t í f i c a .Y
ejando varias
Arte, como consta del suplemento d e las Corónicas,
porque
formó
imágenes
para
atraer
quieren que d os
d e
l a d r i l l o , e s c r i t a s con figuras muchas cosas impor
tantes á los posteriores.
ingeniosa
celebrado
crea
cion d e l937una estátua d e su r e t r a t o para su con
suelo,
y
gran pérdida. Otros
d e
Iaphet, como lo cuenta SanAgustin en e l l i b r o x v i I I
d e l a C iud ad d e Dios,y Eusebio afirma, haber sido
d e grande
que
r i z a r
tanto
la
una
y
las naciones.
Trismegistro antiguo e s c r i t o r ,
quiere
que
la
Pin
tura naciese con l a Religion, materia es toda bien
d i f i c u l t o s a
en e l ajustar e l
tiempo,yá dónde se co
menzó,y quiénes fuéron los primeros,y así lo du dó
Polidoro Virgilio,y P l i n i o , como lo r e f i e r e en sus
Apologéticos D. Iuan Buitron, en e l segundo dis
curso. Los Egipcios es c i e r t o que se
daban á enten
der por modo
elegante, con figuras
animales, como lo
AEgypty
per
f i g u r a s animalium sensus mentem effinge
bant:mas(bárbarayciegamente) dijeron que e l l o s
fuéron los
antes que l a
Griegos
d e
P i r r o ; yaunque son tan varios los pareceres desta
verdad, todos concuerdan
bra,
cado e l discurso del hombre
heróicos f i n e s , quehan
lucido en e l mundo.A estos p e r f i l e s exteriores, no
f a l t ó
quien se atreviese á
fuéron
admiracion, Ardice,y
neas, que
l o r , que
f a n o
pero é l ,
y o t r o s o b r a r o n contan poca
Plinio,
E g i p c i o s .
Griegos.
solo.
la
mujer,
y
puso
variedad
en
o t r a s c o s a s , á quien
s i g u i ó ,
yper
za,
c.
iccionóZenon
Cleoneo,
que
halló
llamaron Catagraphes:
y noblemente
l a
mostrar
los
dientes,
distinguir
l i ó
d e aquellas
t i n i e b l a s d e la
ignorancia
que
hasta
Olimpiada
noventa, de l a c r e a c i o n
d l
d e Christo. Despues
Apolodoro
Ateniense
explicó
las
z u m i s
H e r a c l e o n t e .
cípulo.
r e t r a t o d e la
que
puso
en
que
fi
guras,
yávoz
d e todos los A r t í f i c e s , es e l que supo
delinear
con
y
a f e c t o s i n t e r i o r e s ,
y e x t e r i o r e s .
E s t e
tó e l Genio d e los Atenienses, tan ingeniosamente,
como celebrado
e l l o s .
Pánfilo Maestro d e Apeles, fué e l que decia, que
s i n
Olimpiada ciento s i e t e .
Protógenes pretendió enmendar los defectos d e
naturaleza: y así retratando a l Rey Antígono, á
quien
d e
l a vista, hizo e l r e t r a t o
d e medio p e r f i l , del lado que la tenia e n t e r a .
Apeles
fué
en
que e l Latino llamó Vénus,y
los Griegos
Charite.
Despues fuéron A r i s t i d e s , Timomaco, Perseo, Pi
r e i c o , D i o n i s i o , Ludio Aurelio, Amulio
S i c i o n e ,
Eufra
n o r e ,
Atheniense, Mechopane, A n t i f i l o , Evandro,
y o t r o s
muchos d e que
han
hecho mencion P l i n i o , y o t r o s
Autores graves;
el LicenciadoGas
par d e los Rios en su noticia d e las Artes, l i b . 3, ca
pítulo 5,y o t r o s .Y
unque estos Artífices lucieron
señalaron
Pin
tura;
porque
en
Parrasio
en los p e r f i l e s , Perreico en animales, Adrea
en
paí
s e s , Pausa en n i ñ o s , Eutiquide en
c a r r o s ,
Sofo
que tuvo uno por eminencia, no lo tuvo otro en
aquel grado.
Felipo
Rey de Macedonia,y d e Alejandro su h i j o .
Yen Roma en tiempo de M. Valerio
Messala: mas
señalaron los
P i n t o r e s a n t i g u o s .
Estimacion
ron
favo
res d e los que gobernaron las Monarquías; que s i
bien d e muchos dellos recibieron grandes merce
des, d e
pecto d e
no haber hecho
que s
mision, reconocida en los ingenios inclinados á
estas
Artes,y
un
cimiento
(entonces
cabeza
cuela,y Erario d e las Ciencias,y d e las Artes)fué
r o n
l a s
c o n t í n u a s g u e r r a s ,
y o p r e s i o n e s q u e t u v i e r o n
d e
Astrogodos,y otras bárbaras naciones, opuestos á
la
bien
t o
de a c a b a r su s e r
y su nombre, a s o l a n d o
y
destru
yendo
las his
t o r i a s , que despues d e muchosy muy lastimosos
estragos, aquel
destruyó,y abrasó lo máslucido y rico d e su Mo
narquía, no
s i n
v i v i e n t e s : t a l fué su
f i e r e z a ,
é
inhumanidad,yá
no impedírselo e l c i e l o con particular amenaza,
hiciera lo
nos
cruel
Constantinopla
e r a a q u e l l o
blanco de to
empresa
honrosa
que por acabarla robótodaslas Pinturas,Esculturas,
y demás grandezas que de l o s o t r o s t i r a n o s h a b i a n
quedado, ynavegando con
con
l o s
S a r r a c e n o s , que
l a p r e s a , y l a vida l e q u i t a r o n ;
debido
SEGUNDO. 79
c a s t i g o ásu s a c r í l e g a p e r f i d i a . E s t o s ,
y o t r o s seme
jantes
que
ya
y sacos
quedaron
debajo de t i e r r a en bóvedas,yc u a r t o s b a j o s , que con
e l
despues
p o s t e r i o r e s , cavandoy
fabricando,
hallaron,y hallan
cada dia muchas estátuas, y cuevas, como te d i j e
ayer, y comunmente las llaman grutas.
Y
animales, y otras cosas impropriamente
puestas,
aunque con a r t i f i c i o ,
é
nombre
destas
grutas;
porque
en e l l a s se hallaron a l fresco,mo
s á i c o , y d e estuques,semejantes
pinturas
- desiertos d e las Artes, que sin reglas, ni preceptos
obraronindoctamente atentando, como lo está di
ciendo en Roma e l Arco d e
Constantino, que aunque
d e frag
la
ron
y lo mismo el
Templo d e San Iuan d e Letran,y o t r a s muchasfá
bricas que se toda I t a l i a ; y tan caidas
vinieron áestar estas Artes, que sólo por la necesi
d a se
usaba dellas por
l a Grecia) tan
agenos d e
c i e n c i a , ni a r t e , como
l o
inventaron,
He
considerado
e l progreso
fué todo d e
s i hubo Pintura, ó s i
la que hubo mereció
conocimiento, gusto, yprofesion della,
con las re
glasypreceptos c i e n t í f i c o sy demostrables, con ser
d e noblezayestimacion:y
basta esta noticia que te he dado del orígen ypro
greso
En
muchos años en Europa no hubo Pintores,
fuese por la razon a r r i b a r e f e r i d a , ópor l a s contínuas
guerras, en que generalmente en estas partes esta
ban ocupados por l o s V i s o g o d o s , y o t r a s b á r b a r a s y
extranjeras
naciones,
causas,
que
se
habia
que
para e l culto divino, y o t r a s
cosas
necesarias,
Magno
mudó
su
tantinopla; entre los cuales,
quién du da que
habria
quien satisfecho d e s í , á su parecer, ocupase e l
puesto
en e l Arte:ypor e l
consiguiente,
d e toda
a r t e , y estaban en una oscurísima t i n i e b l a
d e ignorancia sepultados (despues deste grande
e c l i p s e
destas
y á
bien de l240,
Iuan
padres
siempre en aquella
puede
e l agra
decimiento que Aristóteles
comenzaron
Credette
Chimabue
me
Si
che
t i n i e b l a s , salieron
algunos buenos
las pinturas,
se daban
y admiracion
y habian e s c r i t o , sin
du da con e l tiempo
se
y con
y
v i g i l a n t e e s t í
mulo conducian susobras gloriosamente, si bien con
manera seca y
perder d e vista los preceptos, é ideas concebidas:
que tal vez es
lo que
f a l t a en, hermoso y esparcido, gana en l o
corregido
y exacto del Arte.
N a c i m i e n t o En el año
d
(admirable
d e todo
mala manera que hasta entonces se habia
practica
buena,ydar
luzpara lo perfecto. Fué e l primero que cual o t r o
/ Cinon Cleoneo hizo escorzos, buenas proporciones,
ytintas; señaló pliegues en los paños con graciay
propiedad:
a f e c t o s , no platicada hasta
entonces; que
N o t o d a s l a s
c a s d i j o Ciceron:
No todas
las cosas aprende
e l Discí
:,u l o d e l M a e s t r o , s i n o que d e una s a c a
o t r a .
Al f i n
á
se debe
la buena Pintura, de
la misma manera queáAristó
t e l e s l a F i l o s o f í a ; y e l que dió principio
ála
segun
da
buenos Artífi
ces que l e sucedieron:y ansí lo celebra e l insigne
sin . Anibal
Caro,
con un e p i t a f i o que dice a s í :
Pinsi, e l la mia pittura a l ver su pari;
L“ atteggiai, l
l e diedi i l moto,
Le d i e d i a f f e t t o ; insegni
i l
a l t r i ,
e t
 
Tutti gli a l t r i , et vince Fidia,
El vince Apelle,
MicaelAngel Buonarroti,
Canusa,
d i ó p r i n c i p i o á
l a
edad,
y
nosé
si
ose
añadir
f i n á e l l a , como término
f i n a l
d e
la excelencia
c i e n t í f i c a destas
Artes, y e l
rinto,Zinon
Cleoneo,y
esta
d i s c i p l i n a ,
obrando lucidamente Pietro Perugino, e l granRa
f a e l d e Urbino
su
yAndrea del
Sarto, que
s i bien a l principio fuéron notados d e
la manera
seca, despues
las obras del
Micael
las d e
otros Griegos,yRomanosantiguos, se
partes Setentrionales,
Geró
Pintores
famosos
d e n u e s t r o s tiempos.
Escultores
famosos
que se señaló en pintar fuegos, noches,
res
ron
su
y otrosmu
chos;y e l que más se descolló sobre los o t r o s , fué
enAlemania el admirable que con
estupenda
grandeza
mostró
su
tan
que noperdonó cosa imitable, que
no
manifestase
de Holanda, y otros muchos d e aquellas naciones
con grande excelencia, y especulacion, como l a s
obras que viste
en
con
su
nombre.
El
FuéTi
l o s colores, con
aceptacion
Provincia
Tintoreto,
y los demás, cuya relacion remito a l Vasari, en sus
libros d e las vidas de
los Pintores,
adonde copiosa
y eruditamente trata d e e s t a materia.Yi bien al
gunos l e han querido calumniar, de haberse mos
trado largo en e s c r i b i r
d e
los Italianos,
d e
a l a . e r a n a o t r a s naciones,y en p a r t i c u l a r d e l o s Toscanos;
yo
que
fué l e g a l í s i m o ;
porque
en
hecho
de ver
d i b u j o d ad hasta su tiempo en ninguna parte del
mundo
dibujo con tanta gene
DÁioco secUNDo. 85
r a l i d a d , con tanto cuidado, ni con tanto aplauso y
asistencia, como en
llamó
patria
tuvo princi
El
año
paro d e l a virtud,
ypremiador de todas l a s Ciencias
y Artes, deseando que en
las
bosque d e Aténas, hizo en Florencia en su jardin
Academia,y estudio,y
l e tuvo lleno d e
estátuas
pudo
juntar.
Yun excelente e s c u l t o r , llamado Ber
t o l d o , para que como
maestro acudiese á l a
guia
y
regimiento
mancebos que se
su maña,
con las manos de Torrigiano, Escultor famoso, en
e l r o s t r o d e Micael Angel d on de dejó por toda la
vida la señal que
delin
cuente
á perder á I t a l i a , por
l i b r a r s e
del
rigurosoy
justo
castigo
que
el
p a t r i a d e l a
P i n t u r a .
Lorenzo de Médices
mente.
diaron en Italia, como ansimismo lo hicieron lo s
que han f l o r e c i d o en España, que fuéron Berrugue
te,
el
Mudo,
los demás conocidos
P i n t u r a , E s c u l t u r a por
sus obras d e Pintura, Escultura,y
Arquitectu
halla
la
una
decir
por mayor, d e
adónde podrás c o l e g i r , comotodas las
cosas tienen
recidas d e los Reyesy Monarcas; porque bien
a s í
como navíos, que
navegan, pero
fácilmente arri
llegar
ejemplo nos enseñó, cuando e l Prudente Rey D. Fe
E s c o r i a l lipe II, para
el Escorial (octava maravilla del mun
“o)hizo venir
P i n t o r e s ,
que
p e r f e c c i o n a s e n
aquella suntuosayrica obra;
per
sonas, hizo venir l a s obras, que adornan con admi
racion
aquel
Real
y
religioso
Monasterio.
L o q u e p i n t a r o n Los
que
zaro Tavaron Ginovés,
Bernardino del AguaVene
se señalaron Nicolás Granelo,y Fabricio Castelo
hermanos;
y
otros
quien e l
Padre Fray Ioseph
de Sigüenza en su Corónica d e San Lorenzo e l Real
hace
da
en
que
Majestad
r o ,y estimacion dellas, despertando ingenios raros
que se emplearon en cuidadosos estudios, cuyas
o b r a s a d m i r a b l e m e n t e d i e r o n m a t e r i a para grandes
alabanzas,
podrás hacer j u i c i o ,
advirtiendo juntamente, como
que l o s
aumentosydesmedras subeny
crecen hasta c i e r t o Todas las cosas
término,
señalado por la divina providencia,y des-
t i e n e n
p u e s v u e l v e n á b a j a r , p r o c e d i e n d o c o n e s t e ó r d e n
como rueda,
que ya
s i esta facultad d e la Pintura, generalmente ha
blando, se ha bajado, ó
subido desde Micael
acá, s i
bien para mí temo, no decline,ybaje átoda p r i s a :
no quiero manifestarme, por nod ar
materia
d e
a q u e l l a raya d e l dibujo; s i
bien,l e g a d o
en la imitacion, colorido, viveza,
países, frutas, a l d i b u j o d e
M i c a e l .
animales,y o t r a s cosas
(que a q u e l l o s
tuvieron por
demás cosas cientes, descuidaron de las circunstan
cias que la
especies.
de su d i b u j o , l o que Ápeles de l a g r a c i a que daba
á
sus
c o s a s
l e
i g u a l a s e n ,
ninguno d e los d e estos tiempos l e llegó en e l dibu
jo: no sé s i
por
ruina desta
asolaciones
Bárbaros,
y los ingenios,
sino del o c i o , v i c i o ,
ypereza, y d e
son los
macion á
puesto,y dignidad: mas porque nome f i o
d e mi c a l i f i c a c i o n , deseo la d e quien he tenido,y
tengopor
Maestro;
porque las h o n r a s , c a s o s , ysu
cesos que
singulares,ypara ser muy advertidos,y
Primero quisiera
decirte su d i f i c u l t a d , y s é r ,
su f i n y o b j e t o , para que fueras
concediendo lo que
que nome
grave,y
en
que tantos han dicho: mas dirétodo lo que meper
mitiere la modestia,y e l seryosu p r o f e s o r , c on que
me
disculpará
medida de lo
cuesta la cosa amada, defendién
dome las h i s t o r i a s , y autoridades d e los que han
escrito con estimacion del mundo.
la más
universal opinion
, se hallan
Moral;
la
Política
es
accidental
ysu inclinacion que le es propria, yintrínseca:y
e s t a s d os noblezas pertenecen á los nobles,yá los N o b l e a n a t u r a l
sábios
tumbres,yactos
honestos
másnoble que las demás
Que tenga,y
esté comprendida en la nobleza po- p i n t u r a
l í t i c a no hay quien l o dude, pues e s t á n l l e n a s l a s .
historias de cuánta estimacion
ha sido en losjuicios
con tan singulares
que es la
se
gunda, tampoco hay duda; porque l a C i e n c i a e s un 
conocimiento d e la cosa, mediante la causa, por l a
cual es: que es lo
mismo
que
saber,
se
profesa;y Arte es un hábito operativo D i f f i n i c i o n
d e l
recta razony órden d e las cosas fac
t i b l e s . ¿Qué juicio negará que se difundan ambas
definiciones en
ánima en
Nobleza moral.
Imaginibus.
po r f i n á
D i o s .
Card. Pale. en su
jante
á
Dios,
y
y lo que le toca á la Arte, es
lo
que
ylo
i r r a c i o n a l ; ypor esto mismo le conviene la
segun
d a nobleza,
que es la intrínsecay n a t u r a l .
Tambien l e pertenece l a nobleza moral, supuesto
que tiene por motivo,y objeto la virtudy honesti
dad, pues por
Criador, como
como lo refieren muchos Santos,
l o s C o n c i l i o s han mandado, se use d e s t e Arte con
e s t e fin:ypara
resguardo
l a s
d e que
se sacará plenaria s a t i s f a c c i o n : y dice a s í : De todas
l a s sacras Imágenes se saca fruto, nosólo porque se
amonestan a l pueblo los beneficios, dones
ygracias
se
d en gracias á D i o s ,
y compongan la
y
abrazar
la piedad. De las cuales palabras se saca
rá sin obstar lo contrario, que la nobilísima Arte d e
la Pintura tiene por su
fin á Dios, su Criador,ySe
ñor nuestro, comotenemos dicho,ysemejantemen
te
por las causas r e f e r i d a s del Concilio: tambien
mira a l prójimo, pues
se
po
la
Caridad.
Confirmadores d e los Oradores,y Historiadores, y
t a l vez superiores á e l l o s .
La
sagrada
Escritura
San B a s i l i o ,
doctores,y magníficas lenguas, y
ma balbuciente niño
lebérrimo martirio de
por
para
explicarse,ypara
lograrse,
dicho,
mismo
que e l dibujo material,
yv i s i b l e d e la Pintura, con
que han ilustrado todas las Monarquías, que
con
estas han manifestado e
d e las fuerzas del cuerpo,y e l valor del
áni
mo,
las
altura suprema del alma, del ingenio
s u t i l ,
d e la
pri
meros representantes d e los conceptos d e la mente,
y d e l a s estratagemas m i l i t a r e s . Todo l o cual en
modomás agradable á la v i s t a ,
nos
e f i c a c e s , que
los
y
27.
n o b l e z a por lo que
tiene
Provechos d e l d i b u j o .
Sentencia
Sentencia de Platon.
dar, consultando,tratando,
y ajustando con é l e l modo d e acometery r e t i r a r
para la defensay
yEstraton
así
lo
hacia
siempre,
cieron, lloraron
d e los
enseñary advertir
e l
su último yf a t a l término
su grandeza.
puesto,
debe
entre
todas las
facultades y d i c i p l i n a s , si bien pa
dece, como las demás, el accidente de mudarse la
estimacion por e l
joyas, pinturas,ysemejantes cosas, que
e l valor estimativo,
a c c i d e n t a l y e x t r í n s e c o :
bien
a s í como un r i c o y
excelente licor enun vaso tosco y de poco valor.
Así lo dijo e l Papa Pio I I , que la virtud y ciencia
en manosd e l o s Príncipes eranjoyas preciosas,yen
las d e los Caballeros oro d e subidos quilates,y en
las
d e los demás, acendrada plata.Ylaton d i j o
antes dél que los PríncipesySuperiores
fuéron
do
tados en su generacion d e c i e r t a mistion d e oro, y
l o s caballeros
d i j o despues e l Pontí
f i c e ; pero no jamás su s e r , ni d e a s i s t i r su
lísima, ingeniosísima esencia de grande estima
 
que dijo d e
l a s P r i v i l e g i o s
Pinturas
el
Papa Leon IX, en
la Sínodo general que d e l a p i n t u r a p o r
c e l e b r ó d e s p u e s de A d r i a n o l ,
 :
promulgó
los sacros C á no nes, que hablan d e l a s
Imágenes? que dice a s í :
C o n s t i t u i m o s . y confirmanos, que sean adoradas l a s s y n . v i i i , c a p . 3 .
Imágenes de Christo nuestro Señor, y las de sus Santos
con igual honor
que
l o s l i b r o s de l o s Santos Evangelios.
Yá quién se
Teología, si es á
la
Pintura
sagrada? El I l u s t r í s i m o Cardenal Paleoto cada . . . ,
en su l i b r o d e l a reformacion de
l a s Imágenes, d i c e ,
“n”
que
la
d e
oblacion y
s a c r i f i c i o ,yonsecuentemente miraytiene porob
jeto al mismo Dios (como queda dicho) d e donde
l a
p i n u a i n
r e c ib e e l s e r l a v e r d a d e r a n o b l e z a . Y
aunque
ra traer muchas autoridades y ejemplos para e l
caso, ceso por parecerme, que todo lo que yopodré
d e c i r , serán migajuelas mendigadas, adonde hay
expensas f e r t i l í s i m a s y abundantes que aprueben
este
asunto,
d e innunerable
pos
en
lengua
Castellana;
l i b r o
que e s c r i - ,,
bió, intitulado: Noticia
á
d on Iuan G a s p a r d e
l o s R i o s
d e Buitron
(raro
ingenio) en sus Discursos Apo- E l L i c e n c i a d o
l o g é t i c o s . don Iuan Buitron.
D. Oh cómo me alienta el o i r t e Oh
cómo
me
perseverante,
alumbradode
que siguiendo la
formados,yperdido casi e l sér d e hombres.
No me
me
comot a l , reen
gendrarás en mí nuevo sér,y me pasarás d e l a ig
norancia al saber, que lo vence todo.
M. No
me aguar
d a un amigo; pero mañana á l a misma hora
d e
y
yo
s a t i s f a c e r t e ; y en tanto darémos lugar
á
que
nos
á Belardo á
que cante y pinte con r e t ó r i c o s colores
dulcesy
amorosos
conceptos:y p