Tipos de argumentos indutivos

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Dois tipos de argumentos indutivos

Generalizações Previsões

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Generalização

As generalizações são argumentos em que uma conclusão geral ou universal é estabelecida a partir de uma amostra menos geral. A generalização consiste em atribuir a todos os membros de uma classe uma ou mais propriedades que um número limitado mas considerado representativo de membros da classe possui.

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Generalização

ExemploCada um dos cães que observei até hoje ladrava.

Logo, todos os cães ladram.

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Forma lógica do argumento

Alguns A são B.

Logo, todos os A são B.

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Previsões

As previsões são argumentos em que as premissas se baseiam em casos passados observados ou conhecidos e a conclusão se refere a casos particulares não observados.

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Previsões

Exemplos

1. Todos os banhistas desta praia observados até agora estavam queimados pelo sol. Logo, o próximo banhista que for observado estará queimado pelo sol. 2. Todos os 27 feijões que retirei deste saco são brancos.Logo, o próximo feijão que retirar deste saco é branco.3. Sempre que vou ao Terreiro do Paço, encontro a estátua de D. José. Logo, da próxima vez que lá for, encontrarei essa estátua.

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Previsões

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Forma lógica do argumento.

Alguns A são B.

Logo, o próximo A será B.

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As generalizações e as previsões devem obedecer às seguintes regras

Regra 1. A amostra deve ser ampla.

Quanto maior for a amostra observada mais forte o argumento será. A conclusão de que certa dieta é adequada para certa doença será menos forte se for baseada em dez observações e mais forte se for baseada em milhares.

Perguntar a 25 pessoas qual o partido em que vão votar não permite uma previsão adequada do resultado das eleições.

Regra 2. A amostra deve ser representativa.

Uma amostra relativamente grande pode ser a base de uma generalização mais fraca do que outra baseada numa amostra menor que contenha informação mais relevante. Um argumento baseado em quinhentas observações de doentes com nível etário, história clínica e hábitos alimentares diferentes é mais forte do que um argumento baseado na observação de mil doentes do mesmo escalão etário, de uma mesma região e com história clínica desconhecida. Não incluir numa sondagem eleitoral uma percentagem idêntica de homens e de mulheres e fatores como a idade, o grau de instrução e o meio em que se vive torna a amostra pouco representativa e pouco fiável a previsão do resultado eleitoral.

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Regra 3 – A amostra não deve omitir informação relevante.

Um argumento, mesmo sendo baseado numa amostra grande e relevante, será mau se omitir informação relevante. A generalização deve ser rejeitada se já forem conhecidos contraexemplos.Suponha que depois de ter contactado com noventa dos cem membros de uma seita, e destes só um não lhe ter parecido intolerante, formulava a seguinte generalização:

Oitenta e nove dos cem membros desta seita são intolerantes.Logo, todos os membros desta seita são intolerantes.

De acordo com as duas primeiras regras, o argumento é muito forte porque a amostra é grande e relevante. Mas, pela aplicação da terceira regra, concluímos que o argumento é fraco: deve ser rejeitado porque omitiu um contraexemplo, uma prova de que a conclusão é falsa.

Ao não cumprir estas ou alguma destas regras, incorremos nas falácias da generalização precipitada ou da previsão inadequada.

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Exemplos de generalização precipitada Concluir, após uma experiência amorosa falhada, que «as mulheres são a nossa desgraça»; concluir que as bebidas alcoólicas são prejudiciais porque um familiar morreu devido ao abuso de álcool; concluir que a marijuana é saudável por ser usada no tratamento de algumas doenças; concluir, depois de assistir aos distúrbios e estragos que os adeptos de futebol ingleses provocam quando se deslocam ao estrangeiro, que os ingleses são uns vândalos.

Exemplos de previsão inadequada Concluir que por até agora nenhuma mulher ter sido presidente do Benfica nenhuma mulher alguma vez o será e que se até agora nunca nevou em Cabo Verde nunca nevará.

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