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Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014 Tabagismo materno na gestação e malformações congênitas em crianças: uma revisão sistemática com meta-análise Maternal smoking during pregnancy and birth defects in children: a systematic review with meta-analysis El tabaquismo materno durante el embarazo y las malformaciones congénitas en niños: una revisión sistemática y meta-análisis 1 Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, Brasil. Correspondência L. Zhang Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande. Rua Visconde de Paranaguá 102, Rio Grande, RS 96200-190, Brasil. [email protected] Dilvania Nicoletti 1 Leilane Droppa Appel 1 Pedro Siedersberger Neto 1 Gabriel Waihrich Guimarães 1 Linjie Zhang 1 Abstract This systematic review aimed to investigate the association between maternal smoking dur- ing pregnancy and birth defects in children. We performed an electronic search of observa- tional studies in the databases ovid MEDLINE (1950 to April 2010), LILACS and SciELO. We included 188 studies with a total of 13,564,914 participants (192,655 cases). Significant posi- tive associations were found between maternal smoking and birth defects in the following body systems: cardiovascular (OR: 1.11; 95%CI: 1.03- 1.19), digestive (OR: 1.18; 95%CI: 1.07-1.30), musculoskeletal (OR: 1.27; 95%CI: 1.16-1.39) and face and neck (OR: 1.28; 95%CI: 1.19-1.37). The strength of association between maternal smoking and birth defects measured by the OR (95%CI) is significantly related to the amount of cigarettes smoked daily ( χ 2 = 12.1; df = 2; p = 0.002). In conclusion, maternal smoking during pregnancy is associated with congenital malformations in children and this association is dose-dependent. Smoking; Pregnancy; Congenital Abnormalities Resumo Esta revisão sistemática teve como objetivo in- vestigar a associação entre fumo materno na gestação e as malformações congênitas em crianças. Uma busca eletrônica dos estudos ob- servacionais foi realizada nas bases de dados ovid MEDLINE (1950 até abril de 2010), SciELO e LILACS. Foram incluídos nesta revisão 188 es- tudos com um total de 13.564.914 participantes (192.655 casos). Foram encontradas associações positivas significativas entre fumo materno e malformações dos sistemas: cardiovascular (OR: 1,11; IC95%: 1,03-1,19), digestivo (OR: 1,18; IC95%: 1,07-1,30), musculoesquelético (OR: 1,27; IC95%: 1,16-1,39) e face e pescoço (OR: 1,28; IC95%: 1,19-1,37). A força de associação entre fumo materno e malformações medida pelo OR (IC95%) está relacionada significativamente com a quantidade diária de cigarros consumi- dos (χ 2 = 12,1; df = 2; p = 0,002). Concluímos que fumo materno na gestação está associado com maior risco de malformações congênitas em crianças e essa associação é dose-dependente. Hábito de Fumar; Gravidez; Anormalidades Congênitas 1 REVISÃO REVIEW http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00115813

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Tabagismo materno na gestação e malformações congênitas em crianças: uma revisão sistemática com meta-análise

Maternal smoking during pregnancy and birth defects in children: a systematic review with meta-analysis

El tabaquismo materno durante el embarazo y las malformaciones congénitas en niños: una revisión sistemática y meta-análisis

1 Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, Brasil.

CorrespondênciaL. ZhangFaculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande.Rua Visconde de Paranaguá 102, Rio Grande, RS96200-190, [email protected]

Dilvania Nicoletti 1

Leilane Droppa Appel 1

Pedro Siedersberger Neto 1

Gabriel Waihrich Guimarães 1

Linjie Zhang 1

Abstract

This systematic review aimed to investigate the association between maternal smoking dur-ing pregnancy and birth defects in children. We performed an electronic search of observa-tional studies in the databases ovid MEDLINE (1950 to April 2010), LILACS and SciELO. We included 188 studies with a total of 13,564,914 participants (192,655 cases). Significant posi-tive associations were found between maternal smoking and birth defects in the following body systems: cardiovascular (OR: 1.11; 95%CI: 1.03-1.19), digestive (OR: 1.18; 95%CI: 1.07-1.30), musculoskeletal (OR: 1.27; 95%CI: 1.16-1.39) and face and neck (OR: 1.28; 95%CI: 1.19-1.37). The strength of association between maternal smoking and birth defects measured by the OR (95%CI) is significantly related to the amount of cigarettes smoked daily (χ2 = 12.1; df = 2; p = 0.002). In conclusion, maternal smoking during pregnancy is associated with congenital malformations in children and this association is dose-dependent.

Smoking; Pregnancy; Congenital Abnormalities

Resumo

Esta revisão sistemática teve como objetivo in-vestigar a associação entre fumo materno na gestação e as malformações congênitas em crianças. Uma busca eletrônica dos estudos ob-servacionais foi realizada nas bases de dados ovid MEDLINE (1950 até abril de 2010), SciELO e LILACS. Foram incluídos nesta revisão 188 es-tudos com um total de 13.564.914 participantes (192.655 casos). Foram encontradas associações positivas significativas entre fumo materno e malformações dos sistemas: cardiovascular (OR: 1,11; IC95%: 1,03-1,19), digestivo (OR: 1,18; IC95%: 1,07-1,30), musculoesquelético (OR: 1,27; IC95%: 1,16-1,39) e face e pescoço (OR: 1,28; IC95%: 1,19-1,37). A força de associação entre fumo materno e malformações medida pelo OR (IC95%) está relacionada significativamente com a quantidade diária de cigarros consumi-dos (χ2 = 12,1; df = 2; p = 0,002). Concluímos que fumo materno na gestação está associado com maior risco de malformações congênitas em crianças e essa associação é dose-dependente.

Hábito de Fumar; Gravidez; Anormalidades Congênitas

1REVISÃO REVIEW

http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00115813

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Nicoletti D et al.2

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Introdução

As malformações congênitas apresentam elevada mortalidade e morbidade nas crianças. Estima- se que cerca de 5% dos nascidos vivos apresen-tem alguma anomalia do desenvolvimento 1. Nas últimas décadas, tem sido observada a crescente contribuição das malformações congênitas na mortalidade infantil 2,3. No Brasil, a proporção de óbitos infantis atribuíveis às malformações con-gênitas subiu de 9,7% em 1996, para 18,2% em 2008, com um aumento médio anual de 0,71% 3. Esse aumento pode ser por causa do melhor con-trole das doenças infectocontagiosas e carenciais e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3.

A maioria das malformações congênitas tem etiologia multifatorial. Além de fator genético, sua ocorrência pode estar relacionada à expo-sição da criança, ainda antes do nascimento ou mesmo de seus pais, a substâncias tóxicas, entre elas o tabaco 4. Durante a realização do presen-te trabalho, uma revisão sistemática com 101 estudos observacionais foi publicada, demons-trando associação entre tabagismo materno na gestação e diversas anomalias congênitas em crianças 5. Esta revisão, no entanto, não incluiu um número considerável de estudos relevantes 6,7,8,9,10,11,12,13,14. Além disso, os defeitos da pare-de abdominal tais como hérnia diafragmática e inguinal, gastrosquise e onfalocele que deveriam ser considerados como anomalias do sistema musculoesquelético de acordo com a 10a revi-são da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) 15 foram classificados como malforma-ções gastrointestinais.

A presente revisão sistemática teve como ob-jetivo investigar a associação entre fumo mater-no na gestação e as malformações congênitas em crianças, tendo sido estudada também a possível relação dose-resposta nessa associação.

Métodos

Foi realizada uma revisão sistemática com meta- análise. A condução da revisão e o relato dos re-sultados foram baseadas nas recomendações da MOOSE (Meta-analysis of Observational Studies in Epidemiology) 16. O protocolo da revisão foi avaliado e aprovado em 2010 por uma banca de qualificação composta por dois especialistas em Pediatria e um especialista em Epidemiologia.

Foram considerados elegíveis para esta re-visão estudos que investigam associação entre tabagismo materno na gestação e malformações congênitas em crianças. Foram excluídos os es-

tudos sobre associação entre fumo materno e malformações cromossômicas.

A busca eletrônica dos estudos foi realizada nas bases de dados Ovid MEDLINE (1950 até abril de 2010), SciELO e LILACS. A estratégia de busca dos estudos potencialmente relevan-tes para esta revisão nas bases de dados Ovid MEDLINE constitui-se de duas partes (Figura 1): a primeira (da linha #1 à linha #4) corresponde à estratégia de busca para identificar os estudos sobre tabagismo materno e a segunda parte (da linha #5 à linha #20) corresponde à estratégia para encontrar estudos relacionados com mal-formações congênitas. As referências bibliográ-ficas dos artigos obtidos com texto íntegro foram revisadas para identificar os estudos adicionais. Foi utilizado Google Tradutor (https://translate.google.com.br/) para tradução de dois artigos: um em Lituano e outro em Francês.

A seleção dos estudos foi realizada indepen-dentemente por quatros investigadores (duas duplas). O processo de seleção incluiu duas eta-pas: na primeira, o título e o resumo dos artigos identificados na busca eletrônica foram revisados para selecionar os estudos potenciais para essa re-visão. Foram obtidos os artigos com texto íntegro quando os dados contidos no título e no resumo satisfizerem os critérios de inclusão ou quando não houver dados suficientes para tomar decisão sobre sua inclusão. Na segunda etapa, foi realizada uma leitura dos artigos obtidos com texto íntegro para selecionar definitivamente os estudos, veri-ficando-se os critérios de inclusão e exclusão. As desconcordâncias entre os investigadores foram resolvidas pelo consenso. A extração de dados foi realizada por quatros investigadores com uso de formulário-padrão. Os dados extraídos foram veri-ficados entre os investigadores.

A meta-análise foi realizada com o programa Stata, versão 11.0 (Stata Corp., College Station, Estados Unidos). Foi aplicado o modelo de efei-tos aleatórios. A associação entre fumo mater-no na gestação e a presença de qualquer tipo de malformações congênitas em crianças foi ava-liada por odds ratios (OR) e intervalos de 95% de confiança (IC95%). Quando os estudos originais apresentaram mais de uma malformação, os resultados de cada malformação foram combi-nados para obter os dados de qualquer tipo de malformações. Foi utilizado OR ajustado sempre que possível.

As análises de subgrupos pré-definidas foram realizadas para investigar associação entre fumo materno na gestação e malformações congêni-tas em crianças de acordo com sistemas envol-vidos. A classificação das malformações congê-nitas foi baseada na CID-10. As análises de sub-

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TABAGISMO MATERNO NA GESTAÇÃO E MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM CRIANÇAS 3

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Figura 1

Estratégia de busca dos estudos nas bases de dados Ovid MEDLINE.

1. Smoking/

2. maternal smoking.mp. [mp=title, original title, abstract, name of substance word, subject heading word, unique identifier]

3. maternal tobacco.mp. [mp=title, original title, abstract, name of substance word, subject heading word, unique identifier]

4. maternal tobacco smoking.mp. [mp=title, original title, abstract, name of substance word, subject heading word, unique identifier]

5. birth defects.mp. or exp Congenital Abnormalities/

6. congenital heart defects.mp. or exp Heart Defects, Congenital/

7. exp Cleft Lip/ or exp Cleft Palate/

8. congenital anomalies.mp. [mp=title, original title, abstract, name of substance word, subject heading word, unique identifier]

9. congenital malformation.mp. [mp=title, original title, abstract, name of substance word, subject heading word, unique identifier]

10. oral cleft.mp. [mp=title, original title, abstract, name of substance word, subject heading word, unique identifier]

11. congenital digital anomalies.mp. [mp=title, original title, abstract, name of substance word, subject heading word, unique identifier]

12. neural tube defect.mp. [mp=title, original title, abstract, name of substance word, subject heading word, unique identifier]

13. esophageal atresia.mp. [mp=title, original title, abstract, name of substance word, subject heading word, unique identifier]

14. agenesis.mp. [mp=title, original title, abstract, name of substance word, subject heading word, unique identifier]

15. hypoplasia.mp. [mp=title, original title, abstract, name of substance word, subject heading wd, unique identifier]

16. congenital cryptorchidism.mp. [mp=title, original title, abstract, name of substance word, subject heading word, unique identifier]

17. birth anomalies.mp. [mp=title, original title, abstract, name of substance word, subject heading word, unique identifier]

18. congenital heart disease.mp. [mp=title, original title, abstract, name of substance word, subject heading word, unique identifier]

19. congenital urogenital anomalies.mp. [mp=title, original title, abstract, name of substance word, subject heading word, unique identifier]

20. congenital gastrointestinal anomalies.mp. [mp=title, original title, abstract, name of substance word, subject heading word, unique identifier]

21. or/1-4

22. or/5-20

23. 21 and 22

grupos pré-definidas foram utilizadas também para avaliar a potencial influência dos seguintes aspectos metodológicos nos resultados da meta- análise: delineamento da pesquisa (prospectivo vs. retrospectivo); tamanho da amostra (casos) (≤ 200, 200-1.000, 1.000-5.000, > 5.000); ajuste/emparelhamento dos fatores de confusão incluin-do idade da mãe (sim vs. não). Foram realizadas duas análises de subgrupos post hoc para avaliar potencial impacto da definição da exposição (fu-mo materno) e do período da exposição durante a gestação nos resultados da meta-análise. Para investigar a possível relação dose-resposta entre fumo materno na gestação e malformações con-gênitas em crianças, a análise foi estratificada em três categorias conforme a quantidade de cigar-ros fumados por dia (1-9, 10-19 e > 20).

A heterogeneidade dos resultados entre os estudos foi avaliada pela estatística I2; I2 > 75% indica heterogeneidade significativa 17. Possíveis causas da heterogeneidade foram exploradas

mediante análises de subgrupos citadas acima. O viés de publicação foi investigado usando o gráfico de funil e o teste de Egger 17.

Resultados

Das 1.043 citações identificadas pela busca ele-trônica, 129 estudos foram selecionados. Cin-quenta e nove estudos adicionais foram obtidos pela revisão dos artigos originais e pela revisão sistemática. Portanto, um total de 188 estudos (153 projetos ou bases de dados independentes) 6,7,8,9,10,11,12,13,14,18,19,20,21,22,23,24,25,26,27,28,29,30,31,32,

33,34,35,36,37,38,39,40,41,42,43,44,45,46,47,48,49,50,51,52,53,54,

55,56,57,58,59,60,61,62,63,64,65,66,67,68,69,70,71,72,73,74,75,76,

77,78,79,80,81,82,83,84,85,86,87,88,89,90,91,92,93,94,95,96,97,98,

99,100,101,102,103,104,105,106,107,108,109,110,111,112,113,114,

115,116,117,118,119,120,121,122,123,124,125,126,127,128,129,130,

131,132,133,134,135,136,137,138,139,140,141,142,143,144,145,146,

147,148,149,150,151,152,153,154,155,156,157,158,159,160,161,162,

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Nicoletti D et al.4

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Figura 2

Fluxograma da seleção dos estudos incluídos na revisão.

163.164,165,166,167,168,169,170,171,172,173,174,175,176,177,178,

179,180,181,182,183,184,185,186,187,188,189,190,191,192,193,194,

195,196 com um total de 13.564.914 participantes (192.655 casos com malformações congênitas e 13.372.259 controles sem malformações) foram incluídos nesta revisão (Figura 2). Vinte e nove estudos foram prospectivos (estudo de coorte ou caso-controle aninhado) e 159 foram retrospec-tivos (estudos de caso-controle ou estudos trans-versais). As características gerais dos 188 estudos incluídos são demonstradas na Tabela 1.

A Tabela 2 mostra os resultados individuais e combinados dos 188 estudos sobre associação entre fumo materno na gestação e qualquer mal-formação congênita em crianças. A meta-análise dos 188 estudos demonstrou que os filhos de mães fumantes na gravidez tiveram maior risco de ter algum tipo de malformações congênitas (OR: 1,18; IC95%: 1,14-1,22; p < 0,001; I2: 77,2%).

Nas análises de subgrupos de acordo com sistemas envolvidos, foram encontradas associa-ções positivas significativas entre fumo mater-no e malformações dos sistemas cardiovascular (OR: 1,11; IC95%: 1,03-1,19), digestivo (OR: 1,18; IC95%: 1,07-1,30), musculoesquelético (OR: 1,27; IC95%: 1,16-1,39) e face e pescoço (OR: 1,28;

IC95%: 1,19-1,37) (Figura 3). Outras análises de subgrupos mostraram que os estudos retrospec-tivos e aqueles com menor tamanho da amostra (≤ 1.000 casos) tiveram maiores valores de OR combinado. O uso ou não de ajuste/emparelha-mento nos estudos originais para controlar fa-tores de confusão, especialmente idade da mãe, não afetou significativamente os resultados da meta-análise (Tabela 3). Duas análises de sub-grupos post hoc foram realizadas para avaliar po-tencial impacto da definição do fumo materno e do período da gestação no qual a gestante foi exposta ao fumo nos resultados da meta-análise. Não houve diferença estatisticamente significa-tiva entre estudos nos quais o fumo materno na gestação foi definido explicitamente como con-sumo diário (n = 91; OR: 1,21; IC95%: 1,16-1,26) e aqueles sem definição clara (n = 97; OR: 1,17; IC95%: 1,11-1,23) (χ2 = 1,0; p = 0,32). Também não foi observada diferença estatisticamente signi-ficativa entre estudos nos quais a exposição ao fumo foi no primeiro trimestre da gestação (n = 80; OR: 1,22; IC95%: 1,17-1,29) e aqueles sem de-finição clara (n = 108; OR: 1,16; IC95%: 1,10-1,21) (χ2 = 2,1; p = 0,15).

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TABAGISMO MATERNO NA GESTAÇÃO E MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM CRIANÇAS 5

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1

Características gerais dos estudos incluídos.

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Adams

et al. 18

(1989)

Caso-

controle

Cinco áreas

da região

metropolitana de

Atlanta (Estados

Unidos)

Defeito cardíaco

conotruncal

Entrevista Primeiros 3

meses

83 1.303 Emparelhados: raça,

mês de nascimento,

local de nascimento

Akre et al. 19 (1999)

Caso-

controle

aninhado

Registro médico

de nascimento

e registro de

internação

(Suécia)

Criptorquidismo;

hipospádia

Entrevista Não

especificou

2.576 (criptor-

quidismo);

1.137

(hipospádia)

12.910

(criptor-

quidismo);

5.687

(hipospádia)

Ajustados: fatores

maternos (idade,

altura, paridade,

pré-eclâmpsia) e

fatores perinatais

(pluralidade, Apgar,

outras malformações);

Emparelhados:

sexo, mês e local de

nascimento

Alderman

et al. 20

(1991)

Caso-

controle

Registro

de defeitos

congênitos

do Estado de

Washington

(Estados Unidos)

Pé torto

congênito

Dados da

certidão de

nascimento

Não

especificou

124 1.438 Ajustados ou

estratificados: sexo da

criança, natimorto,

pluralidade, estado civil

Alderman

et al. 21

(1994)

Caso-

controle

Registro de

craniossinostose

do Colorado

(Estados Unidos)

Craniossinostose Entrevista

por telefone

Qualquer

período

212 291 Ajustados ou

estratificado: idade

materna, raça,

multiparidade, sexo

da criança, tipo de

craniossinostose

período de exposição

Ananijevic-

Pandey

et al. 22

(1992)

Caso-

controle

Estudo Belgrade

(Sérvia)

Malformações

gerais

Entrevista Não

especificou

113 195 Emparelhados: sexo,

idade gestacional,

idade materna, local de

nascimento

Aro et al. 23 (1983)

Caso-

controle

Registro de

malformações

congênitas da

Finlândia

Redução de

membros

Questio-

nário

estruturado

Não

especificou

453 453 Ajustados: idade

materna, uso de álcool;

Emparelhados: mês/ano

e local de nascimento

Bailey

et al. 24

(1970)

Coorte Hospital de

mulheres de

Christchurch

(Nova Zelândia)

Malformações

congênitas

Entrevista Não

especificou

58 1.116 -

Batra et al. 25 (2007)

Caso-

controle

Sistema de

relato resumido

de internação

do Estado de

Washington

(Estados Unidos)

Defeitos do septo

ventricular

Dados da

certidão de

nascimento

Não

especificou

2.898 11.186 Emparelhados: ano de

nascimento

(continua)

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Nicoletti D et al.6

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Beard

et al. 26

(1984)

Caso-

controle

Estudo de

Rochester,

Minnesota

(Estados Unidos)

Criptorquidismo - Não

especificou

113 226 Ajustados: idade

materna, peso ao

nascer, paridade, ano

de nascimentoBeaty

et al. 27

(2008)

Caso-

controle

Sistema de

informação

e registro de

defeitos de

nascimento

de Maryland

(Estados Unidos)

Fissuras orais Entrevista Não

especificou

121 86 -

Beaty

et al. 28

(2001)

Caso-

controle

Sistema de

informação

e registro de

defeitos de

nascimento

de Maryland

(Estados Unidos)

Fissuras orais Entrevista Concepção

e primeiro

trimestre

135 152 Ajustados: idade

materna, educação

materna/paterna

Bell &

Lumley 29

(1989)

Transversal Estatística de

morbidade

perinatal.

Victoria

(Austrália)

Malformações

congênitas

Entrevista

ou registro

médico

Segunda

metade da

gestação

7 5.550 -

Berkowitz

& Lapinski 30 (1996)

Caso-

controle

Estudo da

cidade de Nova

York (Estados

Unidos)

Criptorquidismo - Não

especificou

63 219 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, sexo,

local de nascimento

Biggs et al. 31 (2002)

Caso-

controle

Dados da

certidão de

nascimento

do Estado de

Washington

(Estados Unidos)

Criptorquidismo Dados da

certidão de

nascimento

Não

especificou

2.395 9.580 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, sexo

Bille et al. 32 (2007)

Caso-

controle

aninhado

Dados de coorte

nacional de

nascimentos da

Dinamarca

Fissuras orais Questio-

nário e

entrevista

por telefone

Primeiro

trimestre

189 836 Ajustados: idade

materna, classe social

Bird et al. 6

(2009)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos de

nascimento

(Estados Unidos)

Musculo-

esquelética

Entrevista Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

653 4.967 Ajustados: local

de nascimento,

suplementação de ácido

fólico, IMC, diabetes

maternoBitsko

et al. 33

(2007)

Caso-

controle

Vigilância de

fatores de risco

de defeitos de

nascimento de

Iowa (Estados

Unidos)

Malformações

congênitas

- Não

especificou

142 243 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento

Blatter

et al. 34

(1996)

Caso-

controle

Hospitais da

Holanda

Defeito no SNC Questio-

nário e en-

trevista por

telefone

Não

especificou

274 314 Emparelhados: local de

nascimento

(continua)

Page 7: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

TABAGISMO MATERNO NA GESTAÇÃO E MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM CRIANÇAS 7

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Botto et al. 35 (2001)

Caso-

controle

Programa

de defeitos

congênitos de

Atlanta (Estados

Unidos)

Malformações

cardíacas

Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

905 3.029 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento, raça

Bracken et

al. 7 (1978)

Caso-

controle

Hospitais de

Connecticut

(Estados Unidos)

Malformações

congênitas

Entrevista Primeiro 3

meses

1.369 2.967 -

Brouwers

et al. 36

(2007)

Caso-

controle

Centro de

urologia

pediátrica

(Holanda)

Hipospádia Questio-

nário

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

583 251 Ajustados: educação

materna/paterna,

local de nascimento,

hipospádia paterna,

tratamento infertilidade,

exposição à DES,

multiparidade,

suplemento vitamínico

periconcepcional,

exposição pesticida,

uso de medicamentos

paterno; Emparelhados:

mês/ano de nascimento,

local de nascimento,

sexo

Brouwers

et al. 37

(2010)

Caso-

controle

Hospital

universitário da

Holanda

Hipospádia Questio-

nário

Não

especificou

305 629 Ajustados: ano de

nascimento

Browne

et al. 38

(2007)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos de

nascimento

(Estados Unidos)

Malformações

cardíacas

Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

403 131 Ajustados: raça, local de

nascimento

Carbone

et al. 39

(2007)

Caso-

controle

Estudo Ragusa

(Itália)

Criptorquidismo;

hipospádia

- Não

especificou

91 203 Emparelhados: mês/

local de nascimento,

local de nascimento,

sexo

Cardy

et al. 40

(2007)

Caso-

controle

Estudo Talipes

(Reino Unido)

Equinovarus

congênito

Entrevista Não

especificou

194 60 Ajustados: ano de

nascimento, sexo

Carmi-

chael &

Shaw 41

(2000)

Caso-

controle

Programa de

monitoramento

de defeitos

congênitos

da Califórnia

(Estados Unidos)

Anencefalia Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

122 464 -

Carmi-

chael

et al. 42

(2003)

Caso-

controle

Programa de

monitoramento

de defeitos

congênitos

da Califórnia

(Estados Unidos)

Malformações

(cardiovasculares

e fenda facial)

Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

696 734 -

(continua)

Page 8: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

Nicoletti D et al.8

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Carmi-

chael et al. 43 (2005)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Hipospádia Entrevista Qualquer

período

437 1.225 Ajustados: idade

materna, raça,

educação materna,

paridade, história de

subfertilidade

Carmi-

chael et al. 44 (2008)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Craniossinostose Entrevista Qualquer

período

531 5.008 Ajustados: idade

materna, raça, educação

materna/paterna,

paridade, história de

subfertilidade, ingestão

de ácido fólico, IMC

materno, local do

estudo

Caton

et al. 45

(2008)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Hipospádia Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

755 2.044 -

Cedergren

et al. 8

(2002)

Caso-

controle

Região sudeste

da Suécia

Defeitos

cardíacos

Registros

médicos

Início da

gestação

264 515 -

Chambers

et al. 46

(2007)

Caso-

controle

Região sul

da Califórnia

(Estados Unidos)

Gastrosquise Registros

médicos

Primeiro

trimestre

102 117 -

Chevrier

et al. 47

(2008)

Caso-

controle

Hospitais da

França

Fissuras orais Questio-

nário

Primeiro

trimestre

240 236 Ajustados: local de

nascimento, sexo, raça

Chew

et al. 48

(1994)

Coorte Projeto

colaborativo

perinatal

(Estados Unidos)

Malformação de

olhos

Entrevista Não

especificou

1.658 37.133 Ajustados: idade

materna, raça, peso

ao nascer, local de

nascimento

Chris-

tensen et

al. 9 (1999)

Caso-

controle

Estudo nacional

da Dinamarca

Fissuras orais Entrevista Primeiro

trimestre

296 551 Ajustados: uso de

álcool materno,

suplementação

vitamínica

periconcepcional, local

de nascimento, mês/ano

de nascimento

Chris-

tianson 49

(1980)

Coorte Fundação plano

de saúde Kaiser

(Estados Unidos)

Anomalias em

todos os sistemas

Entrevista Primeiro

trimestre

2.547 12.138 -

Chung &

Myriantho-

poulos 50

(1975)

Coorte Projeto

colaborativo

perinatal

(Estados Unidos)

Hérnia inguinal - Não

especificou

713 51.482 -

Chung

et al. 51

(2000)

Caso-

controle

Banco de dados

de natalidade

(Estados Unidos)

Lábio leporino;

fenda palatina

Entrevista

e banco de

dados

Toda gestação 2.207 4.414 Ajustados: idade

materna, raça, educação

materna/paterna,

hipertensão materna,

peso ao nascer,

diabetes materno, sexo

(continua)

Page 9: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

TABAGISMO MATERNO NA GESTAÇÃO E MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM CRIANÇAS 9

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Cordier

et al. 52

(1992)

Caso-

controle

Estudo em

hospitais de

Marselha e Paris

(França)

Malformações

maiores

Entrevista Não

especificou

325 325 Ajustados: local de

nascimento

Correy

et al. 53

(1991)

Coorte Pesquisa sobre

uso de álcool

e tabaco da

Tasmânia

(Austrália)

Malformações

gerais

Entrevista Primeiro

trimestre

1.095 54.942 -

Croen

et al. 54

(2000)

Caso-

controle

Programa de

monitoramento

de defeitos

congênitos

da Califórnia

(Estados Unidos)

Holoprosencefalia Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

48 106 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento, sexo

Czeizel &

Vitez 55

(1981)

Caso-

controle

Registro de

malformações

congênitas da

Hungria

Onfalocele Entrevista Não

especificou

134 134 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local

de nascimento, sexo,

desfecho da gestação

Czeizel &

Nagy 56

(1986)

Caso-

controle

Registro de

malformações

congênitas da

Hungria

Fenda labial;

fenda palatina

Entrevista Toda gestação 1.088 752 Ajustados:

educação materna/

paterna, paridade;

Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento, sexo

Czeizel

et al. 57

(1994)

Caso-

controle

Registro de

anormalidade

congênitas da

Hungria

Redução de

membros

Questio-

nário

Exposição pré-

concepcional

e toda

gestação

537 537 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento, sexo

Czeizel

et al. 58

(2004)

Caso-

controle

Registro de

anormalidade

congênitas da

Hungria

Fenda orofacial;

malformações de

membros

Entrevista Toda gestação 1.346 1.346 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento, sexo

Costa

et al. 59

(2006)

Caso-

controle

Estudo do

hospital do

Rio de Janeiro

(Brasil)

Malformações

congênitas

Questio-

nários

Não

especificou

149 9.223 -

Damgaard

et al. 60

(2008)

Coorte Hospitais

universitários da

Dinamarca e da

Finlândia

Criptorquidismo Questio-

nário e

entrevista

Toda gestação 127 2.368 Ajustados: local de

nascimento, classe

social; Emparelhados:

sexo

Davies

et al. 61

(1986)

Caso-

controle

Estudo no

Hospital

Addenbrookes

(Reino Unido)

Criptorquidismo Registro

médico

Não

especificou

83 129 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento, sexo

De Roo

et al. 10

(2003)

Coorte Registro

de defeitos

congênitos

do Estado de

Washington

(Estados Unidos)

Fissuras orais Dados da

certidão de

nascimento

Toda gestação 608 297.530 Ajustados: raça, idade

materna, estado civil,

sexo

(continua)

Page 10: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

Nicoletti D et al.10

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Dickinson

et al. 11

(2008)

Caso-

controle

Programa de

monitoramento

de defeitos

congênitos da

Carolina do

Norte (Estados

Unidos)

Pé torto

congênito

Dados da

certidão de

nascimento

Toda gestação 443 4.492 Ajustados: idade

materna, raça, sexo,

tempo de início do pré-

natal

Draper

et al. 62

(2008)

Caso-

controle

Registro de

anormalidades

congênitas de

três regiões do

Reino Unido

Gastrosquise Entrevista Primeiro

trimestre

144 432 Ajustados: uso de

drogas ilícitas materna,

uso de drogas

vasoconstritoras,

IMC materno, estado

civil, uso de aspirina

materna, casa própria,

doenças maternas;

Emparelhados: idade

materna, local de

nascimento

Erickson 63

(1991)

Caso-

controle

Vigilância de

fatores de risco

de defeitos de

nascimento de

Atlanta (Estados

Unidos)

Malformações

gerais

Entrevista Não

especificou

4.908 3.024 Ajustados: raça, local de

nascimento, mês/ano de

nascimento

Ericson

et al. 64

(1979)

Caso-

controle

Conselho

nacional de

saúde da Suécia

Malformação

do SNC; fendas

orofaciais

Registros

hospitalares

Primeiro

trimestre

132 261 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local

de nascimento, idade

materna, parição

Evans

et al. 65

(1979)

Coorte

retros-

pectiva

Inquérito sobre

nascimentos em

Cardiff (Reino

Unido)

Todas as

malformações

congênitas

Registro de

nascimento

Qualquer

período

2.266 653.443 -

Fredrick

et al. 66

(1971)

Caso-

controle

Levantamento

de mortalidade

perinatal (Reino

Unido)

Doenças

cardíacas

congênitas

Questio-

nário

Segundo

e terceiro

trimestre

290 15.719 -

Feldkamp

et al. 12

(2008)

Caso-

controle

Rede de

malformações

congênitas do

Estado de Utah

(Estados Unidos)

Gastrosquise Certidão do

nascimento

Primeiro

trimestre

189 423.588 -

Felix et al. 67 (2008)

Caso-

controle

Centro de

referência

em cirurgia

pediátrica na

Holanda

Atresia de

esôfago; hérnia

diafragmática

Questio-

nário

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

105 192 Ajustados: idade

materna; Emparelhados:

mês/ano de nascimento,

sexo

Ferencz

et al. 68

(2008)

Caso-

controle

Estudo infantil

de Baltimore-

Washington

(Estados Unidos)

Malformações

cardiovasculares

Questio-

nário

Não

especificou

1.541 3.572 -

(continua)

Page 11: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

TABAGISMO MATERNO NA GESTAÇÃO E MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM CRIANÇAS 11

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Garcia

et al. 69

(1999)

Caso-

controle

Dados de

8 hospitais

públicos de uma

comunidade

de Valencia

(Espanha)

Malformações

congênitas

Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

261 161 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento

Goldbaum

et al. 70

(1990)

Caso-

controle

Registro de

nascimento

do Estado de

Washington

(Estados Unidos)

Gastrosquise Registro de

nascimento

Não

especificou

62 617 Ajustados: mês/ano de

nascimento, sexo, idade

materna, raça, estado

civil, ocupação materna,

rural/urbano, pré-natal,

aborto espontâneo

prévio, indução de

aborto prévio, ocupação

paterna; Emparelhados:

mês/ano de nascimento

Golding &

Butler 71

(1983)

Caso-

controle

Levantamento

de mortalidade

perinatal (Reino

Unido)

Anencefalia Registro de

nascimento

Início de

gestação

483 19.172 -

Grewal

et al. 72

(2008)

Caso-

controle

Hospitais da

Califórnia

(Estados Unidos)

Todas as

malformações

congênitas

Entrevista Exposição pré-

concepcional

e nos

primeiros dois

meses

1.351 620 -

Haddow

et al. 73

(1983)

Coorte Programa de

triagem de soro-

alfa-fetoproteína

materno

(Estados Unidos)

Gastrosquise Entrevista Segundo

trimestre

21 59.919 Ajustados: idade

materna, mês/ano de

nascimento

Hakin &

Tielsch 74

(1992)

Caso-

controle

Centros de

oftalmologia

pediátrica

em Baltimore

(Estados Unidos)

Esotropia;

exotropia

Entrevista

e dados

médicos

Toda gestação 377 377 Ajustados: idade

materna, idade paterna,

escolaridade materna,

consumo alcoólico,

estado civil, raça, peso

ao nascer, Apgar, idade

gestacional

Hearey

et al. 75

(1984)

Caso-

controle

Antioch-

Pittsburg,

Califórnia

(Estados Unidos)

Defeito no SNC Registros

médicos

Não

especificou

9 27 -

Heinonen 76 (1977)

Caso-

controle

Projeto

colaborativo

perinatal

(Estados Unidos)

Malformações Registros

médicos

Não

especificou

1.393 4.889 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento, sexo

Hemminki

et al. 77

(1981)

Caso-

controle

Registro de

malformações

congênitas da

Finlândia

Defeito no SNC Entrevista Não

especificou

3.300 3.300 Emparelhados: sexo

(continua)

Page 12: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

Nicoletti D et al.12

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Himmel-

berger

et al. 78

(1978)

Caso-

controle

Inquérito dos

trabalhadores de

saúde (Estados

Unidos)

Malformações Entrevista Primeiro

trimestre

1.369 9.724 Ajustados: idade,

paridade, exposição aos

gases anestésicos

Honein

et al. 80

(2000)

Caso-

controle

Dados de estudo

sobre defeitos

congênitos de

Atlanta (Estados

Unidos)

Craniossinostose Entrevista Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

44 3.029 Ajustados: raça, mês/

ano de nascimento,

local de nascimento

Honein &

Rasmussen 81 (2000)

Caso-

controle

Dados de estudo

sobre defeitos

congênitos de

Atlanta (Estados

Unidos)

Pé torto

congênito

Entrevista Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

346 3.029 Ajustados: sexo, parição

Honein

et al. 82

(2001)

Caso-

controle

Estatística

nacional de

natalidade

(Estados Unidos)

17 malformações:

SNC; digestivas;

musculo-

esqueléticas;

urogenitais; face

e pescoço

Dados na

certidão de

nascimento

Não

especificou

24.014

(SNC: 4.352;

digestivas:

1.312;

musculo-

esqueléticas:

12.293;

urogenitais:

819; face

e pescoço:

5.238)

6.134.773 Ajustados; idade

materna, raça,

escolaridade materna

Honein

et al. 83

(2007)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Fissuras orais Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

1.461 3.390 Ajustados: idade

materna, raça, paridade,

uso de álcool no

primeiro trimestre, uso

pré-concepcional de

ácido fólico, sexo

Hoobs

et al. 79

(2006)

Caso-

controle

Sistema de

monitoramento

de saúde

reprodutiva

do Arkansas

(Estados Unidos)

Defeitos

cardíacos

Entrevista Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

mês de

gestação

275 118 -

Hougland

et al. 84

(2006)

Transversal Centro médico

infantil (Estados

Unidos)

Gastrosquise Registros

médicos

Não

especificou

82 47.146 -

Jensen

et al. 85

(2007)

Coorte Coorte de

nascimento,

1984-1987

(Dinamarca)

Criptorquidismo Questio-

nário e

registros

médicos

Toda gestação 270 5.716 Ajustados: idade

materna, idade

paterna, tratamento de

infertilidade, paridade,

classe social, uso

de álcool materno,

peso ao nascer, idade

gestacional, peso da

placenta

(continua)

Page 13: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

TABAGISMO MATERNO NA GESTAÇÃO E MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM CRIANÇAS 13

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Johansen

et al. 86

(2009)

Caso-

controle

Registro médico

de nascimento

da Noruega

Fenda labial;

fenda palatina

Questio-

nário

Primeiro

trimestre

573 763 -

Jones

et al. 87

(1998)

Caso-

controle

Estudo de

Oxford (Reino

Unido)

Criptorquidismo Registro

médico

Inicio da

gestação

1.499 10.811 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento, sexo

Kallen 88

(1999)

Coorte Registro de

malformações

congênitas da

Suécia

Craniossinostose Entrevista Primeiro

trimestre

303 1.413.585 Estratificados: local

de nascimento, idade

materna, paridade,

educação materna

Kallen 89

(2000)

Coorte Registro de

malformações

congênitas e

registro médico

de nascimento

da Suécia (1983-

1996)

44 malformações:

SNC; cardíacas;

face e pescoço;

musculo-

esqueléticas;

digestivas;

urogenitais;

outras

Entrevista Primeiro

trimestre

27.670

(SNC: 856;

cardíacas:

13.266; face

e pescoço:

3.345;

musculo-

esqueléticas:

4.342;

digestivas:

1.241;

urogeni-

tais: 4.502;

outras: 118)

1.413.811 Ajustados: mês/ano

de nascimento, idade

materna, paridade,

educação materna

Kelsey

e tal. 90

(1978)

Caso-

controle

Dados de

nascimento de

5 hospitais de

Connecticut

(Estados Unidos)

Malformações Entrevista Primeiro

trimestre

1.370 2.968 -

Khoury

et al. 91

(1989)

Caso-

controle

Estudo de

caso-controle

de defeitos de

nascimento de

Atlanta (Estados

Unidos)

Fenda labial;

fenda palatina

Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e primeiro

trimestre

345 2.809 Ajustados: idade

materna, educação,

uso de álcool, uso de

tranquilizante, uso de

anticoncepcionais,

planejamento

gestacional, raça

Krapels

et al. 92

(2006)

Caso-

controle

Centros médicos

universitários da

Holanda

Fenda labial com

ou sem fenda

palatina

Entrevista Exposição pré-

concepcional

e primeiro

trimestre

349 222 -

Krauss

et al. 93

(2003)

Caso-

controle

Registro

de defeitos

congênitos do

Missouri (Estados

Unidos)

Microcefalia Entrevista Não

especificou

360 3.600 -

Kricker

et al. 93

(1986)

Caso-

controle

Dois estados da

Austrália

Redução de

membros

Entrevista Primeiro

trimestre

155 2.274 Emparelhados: data de

nascimento, local de

residência

(continua)

Page 14: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

Nicoletti D et al.14

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Kuciene &

Dulskiene 95 (2009)

Caso-

controle

Registros

médicos dos

hospitais e

clínicas da

cidade de

Kaunas (Lituânia)

Defeitos

cardíacos

Entrevista Não

especificou

187 643 -

Kullander

& Kallen 96

(1971)

Coorte Estudo do

hospital de

Malmö (Suécia)

Malformações Questio-

nário

Primeiro

trimestre

192 5.548 -

Kurahashi

et al. 97

(2005)

Caso-

controle

Hospital

universitário

de Hokkaido

e Hospital de

Chukyo (Japão)

Hipospádia Questio-

nário

Não

especificou

31 64 -

Kurahashi

et al. 98

(2005)

Caso-

controle

Hospital

universitário

de Hokkaido

e Hospital de

Chukyo (Japão)

Criptorquidismo Questio-

nário

Não

especificou

96 116 Ajustados: idade

materna, educação

materna, ano de

nascimento

Lam &

Torfs 99

(2006)

Caso-

controle

Programa de

monitoramento

de defeitos

congênitos

da Califórnia

(Estados Unidos)

Gastrosquise Entrevista Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

55 94 -

Leite &

Koifman 100 (2009)

Caso-

controle

Hospitais do

Rio de Janeiro

(Brasil)

Fissuras orais Entrevista Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

274 548 -

Li et al. 101

(1996)

Caso-

controle

Registro de

defeitos de

nascimento

do Estado de

Washington

(Estados Unidos)

Malformações do

trato urinário

Entrevista Toda gestação 118 369 Ajustados: renda

familiar, educação

paterna, suplementação

vitamínica

periconcepcional,

uso de drogas ilícitas

materna, parição, local e

ano de nascimentoLi et al. 102

(2006)

Caso-

controle

Sistema de

vigilância

de defeitos

congênitos da

província de

Shanxi (China)

Malformações do

tubo neural

Entrevista Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

158 226 -

Lie et al. 103 (2008)

Caso-

controle

Registro de

nascimento da

Noruega

Fissuras orais Questio-

nário

Primeiro

trimestre

573 763 -

Lieff et al. 104 (1999)

Caso-

controle

Estudo de

defeitos

congênitos da

Universidade de

Boston (Estados

Unidos)

Fissuras orais Entrevistas Toda gestação 1.479 2.295 -

(continua)

Page 15: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

TABAGISMO MATERNO NA GESTAÇÃO E MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM CRIANÇAS 15

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Linn et al. 105 (1983)

Caso-

controle

Hospital da

mulher de

Boston (Estados

Unidos)

Malformações Entrevista Não

especificou

579 11.861 Ajustados: paridade,

uso de anticoncepcional

oral, aborto espontâneo

prévio, classe social,

idade materna/paterna,

raça, escolaridade

materna/paterna,

religião materna

Little et al. 106 (2004)

Caso-

controle

Escócia,

Manchester

e Merseyside

(Reino Unido)

Fissuras orais Entrevista Primeiro

trimestre

190 248 Ajustados: sexo, raça,

mês de nascimento,

educação materna

Liu et al. 107 (2009)

Caso-

controle

Hospitais

municipais

da Província

de Shandong

(China)

Malformações

cardíacas

Entrevista Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

164 328 -

Lorente

et al. 108

(2000)

Caso-

controle

Registro de

anomalias

congênitas

europeu (França,

Itália, Holanda e

Reino Unido)

Fissuras orais Entrevista Primeiro

trimestre

161 1.134 Ajustados: local de

nascimento, idade

materna, uso de álcool

materno, classe social;

Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento

Lowe 109

(1959)

Coorte Maternidade

do hospital de

Birmingham

(Reino Unido)

Malformações Questio-

nário

Qualquer

período

23 1.800 -

Lubs 110

(1973)

Coorte

retros-

pectiva

Estudo do

Hospital Yale,

New Haven

(Estados Unidos)

Anomalias

maiores

Entrevista Não

especificou

102 4.067 -

Lumley

et al. 111

(1985)

Coorte Estudo sobre

uso de álcool

e tabaco da

Tasmânia

(Austrália)

Malformações Entrevista Não

especificou

251 10.112 Ajustados: idade

materna, uso de álcool

materno, paridade,

classe social

MacBird

et al. 112

(2009)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Onfalocele Entrevista Qualquer

período

168 4.967 Ajustados: local de

nascimento, diabetes

materna, IMC materno,

ingestão de ácido fólico

materna

Malik et al. 113 (2008)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Malformações

cardíacas

Entrevista Qualquer

período

3.067 3.947 Ajustados: sexo, raça,

idade materna, IMC

materno, ingestão de

ácido fólico e vitaminas

periconcepcional, uso

materno de álcool e

cafeína, história familiar

de malformação, local

de nascimento

(continua)

Page 16: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

Nicoletti D et al.16

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Malloy

et al. 114

(1989)

Caso-

controle

Registro

de defeitos

congênitos de

Missouri (Estados

Unidos)

Malformações Certidão de

nascimento

Não

especificou

10.223 277.844 Ajustados: idade

materna, raça, estado

civil, paridade,

escolaridade materna

Man &

Chang 115

(2006)

Caso-

controle

Banco de dados

da natalidade

(Estados Unidos)

Anomalia digital Entrevista Não

especificou

5.171 10.342 Ajustados: estado civil,

doenças maternas,

diabetes materno,

hipertensão materna,

parto prematuro

prévio, doença crônica

materna, sensibilidade

Rh

Mandira-

cioglu

et al. 116

(2004)

Caso-

controle

Estudo no

hospital de Izmir

(Turquia)

Defeitos do tubo

neural

Entrevista Não

especificou

44 88 Emparelhados: local de

nascimento, mês/ano de

nascimento

Martinez-

Frias et al. 117 (2008)

Caso-

controle

Estudo de

malformações

congênitas da

Espanha

Gastrosquise Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

45 690 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, sexo

McBride

et al. 118

(1991)

Caso-

controle

Registro de

anomalias

congênitas

(Canadá)

Criptorquidismo Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

244 488 Ajustados: idade

materna, educação

materna/paterna, raça,

uso de álcool materno,

cafeína

McDonald

et al. 119

(1992)

Caso-

controle

Levantamento

de fatores

ocupacionais

na gravidez

realizados

em Montreal

(Canadá)

Malformações

congênitas

Entrevista Primeiro

trimestre

1.928 87.389 Emparelhados: sexo

McGlynn

et al. 120

(2006)

Caso-

controle

aninhado

Projeto

colaborativo

perinatal

(Estados Unidos)

Criptorquidismo Entrevista Não

especificou

424 23.994 -

Miller et al. 121 (2009)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Atresia anorretal Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

464 4.940 -

Miller et al. 122 (2010)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Holoprosencefalia Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

59 4.999 -

Mitchell

et al. 123

(2001)

Caso-

controle

Estudo de caso-

controle da

Dinamarca

Fissuras orais Entrevista Primeiro

trimestre

296 559 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento

(continua)

Page 17: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

TABAGISMO MATERNO NA GESTAÇÃO E MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM CRIANÇAS 17

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Morales-

Suarez-

Varela

et al. 124

(2006)

Coorte Coorte nacional

de nascimento

da Dinamarca

Malformações

congênitas

Entrevista Primeiro

trimestre

3.767 73.001 Ajustados: idade

materna, uso de álcool

materno

Morgana

et al. 125

(2008)

Caso-

controle

aninhado

Estudo de

saúde e

desenvolvimento

infantil da

Califórnia

(Estados Unidos)

Criptorquidismo Entrevista Não

especificou

84 250 Emparelhados: raça,

mês/ano de nascimento,

sexo

Mori et al. 126 (1992)

Caso-

controle

Hospital

universitário em

Sapporo (Japão)

Criptorquidismo Entrevista Início da

gestação

104 104 Emparelhados: idade,

sexo

Mossey

et al. 127

(2007)

Caso-

controle

Regiões da

Inglaterra

Fissuras orais Entrevista

por telefone

Primeiro

trimestre

191 247 -

Munoz

et al. 128

(2006)

Caso-

controle

Sistema de

vigilância

epidemiológica

de defeitos do

tubo neural

(México)

Anencefalia Entrevista Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

mês de

gestação

151 151 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento

Mygind

et al. 129

(2002)

Transversal Dinamarca Malformações

congênitas

Entrevista Primeiro

trimestre

342 9.284 Ajustados: idade

materna, idade

gestacional

Niebyl

et al. 130

(1985)

Caso-

controle

Hospital da

criança de

Baltimore

(Estados Unidos)

Fenda labial;

fenda palatina

Entrevista Não

especificou

59 59 Emparelhados: raça,

idade materna

Noorgaard

et al. 131

(2009)

Caso-

controle

Registro nacional

de pacientes da

Dinamarca

Hipospádia Banco de

dados

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

1.591 14.900 -

Oddsberg

et al. 132

(2008)

Caso-

controle

Registro de

malformações

congênitas da

Suécia

Atresia do

esôfago

Dados do

pré-natal

Primeiro

trimestre

722 3.610

Ormond

et al. 133

(2009)

Caso-

controle

Estudo do

sudeste da

Inglaterra (Reino

Unido)

Hipospádia Entrevista

por telefone

Primeiro

trimestre

468 485 Ajustados: renda

familiar, idade

gestacional, peso

ao nascer, ingestão

de ácido fólico;

Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento, sexo

Parikh

et al. 134

(2002)

Caso-

controle

Registro de

nascimento

do Estado

do Colorado

(Estados Unidos)

Agenesia renal Dados da

certidão de

nascimento

Não

especificou

188 940 Emparelhados: mês/ano

de nascimento

(continua)

Page 18: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

Nicoletti D et al.18

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Parker

et al. 135

(2009)

Caso-

controle

Programa

de vigilância

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Pé torto

congênito

Dados da

certidão de

nascimento

Não

especificou

6.139 61.390 Ajustados: raça, idade

materna, paridade,

educação materna/

paterna; Emparelhados:

mês/ano de nascimento,

local de nascimento

Pierik et al. 136 (2004)

Caso-

controle

aninhado

Corte de

recém-nascidos

na cidade

de Roterdã

(Holanda)

Criptorquidismo;

hipospádia

Entrevista Não

especificou

134 313 -

Porter

et al. 137

(2006)

Caso-

controle

Hospitais do

Estado de

Washington

(Estados Unidos)

Hipospádia Dados da

certidão de

nascimento

Não

especificou

2.006 10.084 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, sexo

Preiksaet

al. 138

(2006)

Coorte Estudo do

hospital da

cidade de

Panevęžys

(Lituânia)

Criptorquidismo Questio-

nário

Não

especificou

69 1.135 Emparelhados: sexo

Queissur-

Luft et al. 139 (2002)

Coorte Sistema de

monitoramento

de defeitos

congênitos

de Mainz

(Alemanha)

Malformações

congênitas

maiores

Entrevista Não

especificou

2.144 28.796 -

Ramirez

et al. 13

(2007)

Caso-

controle

Estudo de base-

populacional

na Califórnia

(Estados Unidos)

Fissuras orais Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

431 299 -

Rantakallio 140 (1978)

Caso-

controle

aninhado

Coorte da

nascimento

do norte da

Finlândia

Malformações Entrevista Não

especificou

95 3.549 Emparelhados:

paridade, estado

civil, idade materna,

local de nascimento,

multiparidade

Reefhuis

et al. 141

(1998)

Caso-

controle

Estudo

EUROCAT

(Europa)

Pé torto

congênito

Entrevista

e registros

hospitalares

Qualquer

período

2.905 7.829 Ajustados: idade

materna, local de

nascimento, paridade,

mês/ano de nascimento

Robitaille

et al. 142

(2009)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Redução de

membros

Entrevista

por telefone

Não

especificou

527 4.956 -

(continua)

Page 19: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

TABAGISMO MATERNO NA GESTAÇÃO E MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM CRIANÇAS 19

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Rodriguez-

Pinilla

et al. 143

(2008)

Caso-

controle

Estudo

colaborativo de

malformações

congênitas

(Espanha)

Hipospádia Entrevista Não

especificou

2.393 12.465 Ajustados: idade

materna, educação

materna/paterna,

epilepsia materna,

doença crônica

materna, raça, história

de malformação

familiar, febre durante

a gestação, uso de

álcool materno,

suplementação

vitamínica

periconcepcional, uso

de medicação materna;

Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento, sexo

Romitti

et al. 144

(2007)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Fenda labial com

ou sem fenda

palatina

Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

1.748 4.094 -

Salemi

et al. 145

(2009)

Coorte

retros-

pectiva

Registro

de defeitos

congênitos da

Flórida (Estados

Unidos)

Gastrosquise Registro de

nascimento

Não

especificou

394 117.8147 Ajustados: idade

materna, estado

civil, raça, educação

materna/paterna,

paridade, local de

nascimento

Saxen 146

(1974)

Caso-

controle

Registro de

malformações

congênitas da

Finlândia

Fenda labial com

ou sem fenda

palatina

Entrevista Toda gestação 599 590 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento

Schmidt

et al. 147

(2009)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Defeito no SNC Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

768 4.143 -

Seidman

et al. 148

(1990)

Transversal Hospitais de

Jerusalém (Israel)

Malformações Entrevista Toda gestação 1.296 15.856 -

Shaw et al. 149 (1992)

Caso-

controle

Programa de

monitoramento

de defeitos

congênitos

da Califórnia

(Estados Unidos)

Malformações

cardiovasculares

Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

141 176 Ajustados: raça, idade

materna, educação

materna/paterna, uso

de álcool materno;

Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento

(continua)

Page 20: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

Nicoletti D et al.20

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Shaw et al. 150 (1996)

Caso-

controle

Programa de

monitoramento

de defeitos

congênitos

da Califórnia

(Estados Unidos)

Defeitos do tubo

neural

Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

538 539 Ajustados:

suplementação

vitamínica

periconcepcional, raça,

educação materna,

idade materna, uso de

álcool materno

Shaw et al. 151 (1996)

Caso-

controle

Programa de

monitoramento

de defeitos

congênitos

da Califórnia

(Estados Unidos)

Fenda labial com

ou sem fenda

palatina

Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

728 731 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento

Shaw et al. 152 (1999)

Caso-

controle

Programa de

monitoramento

de defeitos

congênitos

da Califórnia

(Estados Unidos)

Malformações Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

1.299 734 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento

Shaw et al. 153 (2000)

Caso-

controle

Programa de

monitoramento

de defeitos

congênitos

da Califórnia

(Estados Unidos)

Malformações

múltiplas

Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

112 194 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento

Shi et al. 154 (2007)

Caso-

controle

Estudo caso-

controle (Estados

Unidos e

Dinamarca)

Fenda orofacial Entrevista Toda gestação 1.378 1.435 -

Shiono

et al. 155

(1986)

Coorte Estudo Kaiser

de defeitos do

nascimento

(Estados Unidos)

Malformações

maiores

Entrevista Não

especificou

592 28.810 Ajustados: idade

materna, raça, uso de

álcool materno

Skelly

et al. 156

(2002)

Caso-

controle

Hospitais do

Estado de

Washington

(Estados Unidos)

Pé torto

congênito

Entrevista Não

especificou

239 356 Ajustados: idade

materna, raça, história

de malformação familiar

Slickers

et al. 157

(2008)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Agenesia ou

hipoplasia renal

Entrevista Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

73 859 -

Smedts

et al. 158

(2009)

Caso-

controle

Estudo HAVEN

(Holanda)

Defeitos

cardíacos

congênitos

Questio-

nário

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

276 324 -

Sorensen

et al. 159

(2002)

Caso-

controle

North Justland,

Dinamarca

Estenose

hipertrófica de

piloro

Dados da

certidão de

nascimento

Não

especificou

78 57.918 -

(continua)

Page 21: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

TABAGISMO MATERNO NA GESTAÇÃO E MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM CRIANÇAS 21

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Steinber-

ger et al. 160 (2002)

Caso-

controle

Estudo infantil

de Baltimore-

Washington

(Estados Unidos)

Defeitos

cardíacos

Entrevista Não

especificou

48 3.572 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento, sexo

Stoll et al. 161 (1997)

Caso-

controle

Estudo de

Strasbourg

(França)

Atresia anal Registros

hospitalares

Não

especificou

108 225.644 Emparelhados: sexo,

idade gestacional

Stoll et al. 162 (2001)

Caso-

controle

Estudo de

Strasbourg

(França)

Musculo-

esquelética

Registros

hospitalares

Não

especificou

105 105 Emparelhados: sexo,

idade gestacional

Suarez

et al. 163

(2008)

Caso-

controle

Projeto de

defeitos do tubo

neural do Texas

(Estados Unidos)

Defeitos do tubo

neural

Entrevista Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

175 221 Ajustados: idade

materna, educação, IMC

materno, uso de ácido

fólicoSzendrey

et al. 164

(1985)

Caso-

controle

Registro de

malformações

congênitas da

Hungria

Atresia esofágica Entrevista Não

especificou

160 160 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento, sexo

Tamura

et al. 165

(2006)

Caso-

controle

Estudo da

Província de

Cebu (Filipinas)

Fendas faciais Entrevista Não

especificou

74 283 -

Targett

et al. 166

(1977)

Coorte Maternidade do

hospital Mercy

(Austrália)

Malformações

maiores

Entrevista Não

especificou

122 2.878 -

Tata et al. 167 (2008)

Caso-

controle

Banco de dados

da rede de

saúde (Reino

Unido)

Malformações

congênitas

Registros de

nascimento

Toda gestação 3.995 23.156 Emparelhados: mês/

ano de nascimento,

local de nascimento,

multiparidadeThe et al. 168 (2007)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Atresia biliar Entrevista

por telefone

Não

especificou

62 4.094 -

Tikkanen &

Heinonen 169 (1991)

Caso-

controle

Registro de

malformações

congênitas

da Finlândia/

registro

cardíaco infantil

(Finlândia)

Malformações

cardiovasculares

Entrevista Primeiro

trimestre

573 1.055 -

To & Tang 170 (1999)

Caso-

controle

Departamento

de ginecologia

e obstetrícia

de um hospital

de Hong Kong

(China)

Malformações

congênitas

Registros do

pré-natal

Exposição pré-

concepcional

até o segundo

trimestre de

gestação

1.678 57.714 -

Torfs et al. 171 (1994)

Caso-

controle

Programa de

monitoramento

de defeitos

congênitos

da Califórnia

(Estados Unidos)

Gastrosquise Entrevista Primeiro

trimestre

110 220 Emparelhados: idade

materna

(continua)

Page 22: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

Nicoletti D et al.22

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Tornquist

et al. 172

(2002)

Caso-

controle

Registro de

crianças com

deficiência visual

(Suécia)

Hipoplasia do

nervo óptico

Entrevista Início da

gestação

125 2.109.316 Emparelhados: idade

materna, raça

Torp-

Pedersen

et al. 173

(2010)

Coorte Coorte nacional

de nascimentos

da Dinamarca

Estrabismo Entrevista Toda gestação 1.299 95.543 Ajustados: mês/ano

de nascimento, classe

social, idade materna,

cafeína

Tuohy

et al. 174

(1993)

Coorte

retros-

pectiva

Estudo nacional

de saúde da

criança da

Província de

Plunket (Nova

Zelândia)

Malformações

congênitas

Registros

médicos

Não

especificou

169 3.759 -

Under-

wood et

al. 175

(1965)

Coorte

retros-

pectiva

Hospitais de

Carolina do Sul

(Estados Unidos)

Malformações

maiores

Registros

hospitalares

Não

especificou

68 16090 -

van den

Boogaard

et al. 176

(2008)

Caso-

controle

Estudo de

defeitos de

fenda palatina

(Holanda)

Fenda labial com

ou sem fenda

palatina

Questio-

nário

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

181 132 -

van den

Eeden

et al. 177

(1990)

Caso-

controle

Registro de

nascimento

do Estado de

Washington

(Estados Unidos)

Malformações

gerais

Registros

médicos

Não

especificou

3.163 4.323 Ajustados: idade

materna, paridade.

Emparelhados: mês/ano

de nascimento, sexo

van Rooij

et al. 178

(2001)

Caso-

controle

Estudo de base-

populacional

em Nijimegen

(Holanda)

Fenda labial com

ou sem fenda

palatina

Questio-

nário

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

113 104 -

van Rooij

et al. 179

(2002)

Caso-

controle

Estudo de base-

populacional

em Nijimegen

(Holanda)

Malformações Entrevista

por telefone

Não

especificou

84 72 -

Verkerk

et al. 180

(1994)

Caso-

controle

Estudo de

obstetrícia

holandês

(Holanda)

Malformações

congênitas

Registros

médicos

Primeiro

trimestre

40 2.320 -

Virtanen

et al. 181

(2006)

Caso-

controle

Hospital

Universitário

Central de Turku

(Finlândia)

Criptorquidismo Entrevista

e registros

médicos

Não

especificou

125 1.159 Emparelhados: sexo

Wang

et al. 182

(2009)

Caso-

controle

Estudo da

cidade de

Shenyang

(China)

Fenda labial com

ou sem fenda

palatina

Entrevista Exposição pré-

concepcional

e no início de

gestação

586 1.172 -

(continua)

Page 23: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

TABAGISMO MATERNO NA GESTAÇÃO E MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM CRIANÇAS 23

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Wasser-

man et al. 183 (1996)

Caso-

controle

Programa de

monitoramento

de defeitos

congênitos

da Califórnia

(Estados Unidos)

Redução de

membros

Entrevista

por telefone

Primeiro

trimestre

178 481 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento

Watkins

et al. 184

(1996)

Caso-

controle

Estudo de

defeitos

congênitos de

Atlanta (Estados

Unidos)

Espinha bífida;

anencefalia

Entrevista Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

307 2.755 Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento, raça

Watkins

et al. 185

(2003)

Caso-

controle

Vigilância de

fatores de risco

de defeitos de

nascimento de

Atlanta (Estados

Unidos)

Malformações Entrevista Não

especificou

644 330 -

Werler

et al. 186

(2003)

Caso-

controle

29 hospitais nos

Estados Unidos

e no Canadá

Malformações

(gastrosquise e

atresia intestinal)

Entrevista

por telefone

Primeiro

trimestre

332 416 Ajustados: uso de

droga vasoconstritora,

educação materna/

paterna, renda familiar,

uso de medicação

materna, uso de álcool

materno, uso de drogas

ilícitas materna, idade

materna; Emparelhados:

mês/ano de nascimento,

local de nascimento

Werler

et al. 187

(2009)

Caso-

controle

26 cidades nos

Estados Unidos

e no Canadá

Microssomia

hemifacial

Entrevista

por telefone

Primeiro

trimestre

230 678 Ajustados: idade

materna, educação

materna, renda familiar,

paridade, raça, uso de

medicação materna,

diabete e hipertensão

materna

Werler

et al. 188

(2009)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Redução

transversa de

membros

Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

367 5.886 -

Werler

et al. 189

(2009)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Gastrosquise Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

514 3.277 Ajustados: idade

materna, educação

materna, renda

familiar, paridade, raça,

uso de medicação

materna, local de

nascimento, IMC

materno, uso de álcool

materno, ingestão de

ácido fólico, uso de

anticoncepcionais orais

(continua)

Page 24: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

Nicoletti D et al.24

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 1 (continuação)

Referência

(ano)

Tipo de

estudo

Local/Fonte

de dados

Tipo de

malformações

Exposição (fumo

materno)

Casos Controles Controle de

confundidores (ajuste/

emparelhamento)Coleta de

dados

Período da

gestação

Williams

et al. 14

(2004)

Caso-

controle

Estudo de

caso-controle

de defeitos de

nascimento de

Atlanta (Estados

Unidos)

Defeitos de septo

ventricular

Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

122 3.029 -

Wong-

Gibbons

et al. 190

(2008)

Caso-

controle

Estudo nacional

de prevenção

de defeitos

congênitos

(Estados Unidos)

Atresia de

esôfago com

ou sem fístula

traqueoesofágica

Entrevista

por telefone

Exposição pré-

concepcional

e no primeiro

trimestre

334 4.967 Ajustados:

multiparidade,

idade materna, raça,

educação materna/

paterna, diabetes

materna, tratamento

de infertilidade, uso de

álcool materno, duração

do tabagismo materno,

local de nascimento

Woods &

Raju 191

(2001)

Coorte Dados do

sistema de

saúde TriHealth

(Estados Unidos)

Malformações Entrevista Não

especificou

2.066 15.950 Ajustados: idade

materna, raça, diabetes

materno

Wyszynski

& Wu 192

(2002)

Caso-

controle

Banco de dados

de natalidade

(Estados Unidos)

Fissuras orais Banco de

dados

Primeiro

trimestre

2.029 4.050 Ajustados:

idade materna;

Emparelhados: mês/ano

de nascimento, local de

nascimento, sexo, raça

Yerushal-

my 193

(1971)

Coorte Estudo de

desenvolvimento

e saúde infantil

(Estados Unidos)

Malformações Questio-

nário

Não

especificou

1.329 11.754 -

Yerushal-

my 194

(1973)

Coorte Estudo de

desenvolvimento

e saúde infantil

(Estados Unidos)

Doença cardíaca

congênita

Questio-

nário

Não

especificou

115 14.616 -

Yuan et al. 195 (1995)

Caso-

controle

Programa de

monitoramento

de defeitos

congênitos

de Kanagawa

(Japão)

Atresia anal Entrevista Não

especificou

84 176 Emparelhados:

idade materna, sexo,

paridade, mês/ano de

nascimento

Zeiger

et al. 196

(2002)

Caso-

controle

Área

metropolitana

de Baltimore-

Washington

(Estados Unidos)

Craniossinostose Entrevista

por telefone

Não

especificou

42 182 Ajustados: raça, sexo;

Emparelhados: sexo

DES: dietilestilbestrol; IMC: índice de massa corporal; SNC: sistema nervoso central.

Page 25: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

TABAGISMO MATERNO NA GESTAÇÃO E MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM CRIANÇAS 25

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 2

Associação entre fumo materno na gestação e malformações congênitas em crianças: resultado dos 188 estudos com qualquer malformação congênita.

Referência (ano) Tipo de malformação OR IC95% Peso (%) *

Adams et al. 18 (1989) Defeito cardíaco conotruncal 1,13 0,71-1,81 0,35

Akre et al. 19 (1999) Criptorquidismo 1,19 1,06-1,33 0,99

Alderman et al. 20 (1991) Pé torto congênito 1,92 1,31-2,81 0,46

Alderman et al. 21 (1994) Craniossinostose 1,70 1,11-2,60 0,40

Ananijevic-Pandey et al. 22 (1992) Malformações gerais 1,58 0,96-2,60 0,32

Aro et al. 23 (1983) Redução de membros 1,30 0,89-1,90 0,46

Bailey et al. 24 (1970) Malformações congênitas 0,75 0,43-1,32 0,27

Batra et al. 25 (2007) Defeitos do septo ventricular 0,93 0,83-1,04 0,98

Beard et al. 26 (1984) Defeito geniturinário 1,00 0,50-2,00 0,19

Beaty et al. 27 (2008) Fissuras orais 1,04 0,51-2,12 0,19

Beaty et al. 28 (2001) Fissuras orais 1,77 0,86-3,65 0,18

Bell & Lumley 29 (1989) Malformações congênitas 0,80 0,44-1,46 0,24

Berkowitz & Lapinski 30 (1996) Criptorquidismo 1,24 0,59-2,61 0,17

Biggs et al. 31 (2002) Criptorquidismo 1,24 1,11-1,38 1,00

Bille et al. 32 (2007) Fissuras orais 1,50 1,05-2,14 0,50

Bird et al. 6 (2009) Musculoesquelética 1,44 1,04-2,00 0,54

Bitsko et al. 33 (2007) Malformações congênitas 1,61 1,00-2,60 0,33

Blatter et al. 34 (1996) Malformações do sistema nervoso central 0,95 0,68-1,32 0,54

Botto et al. 35 (2001) Malformações cardíacas 1,11 0,95-1,30 0,90

Bracken et al. 7 (1978) Malformações congênitas 1,09 0,96-1,25 0,95

Brouwers et al. 36 (2007) Hipospádia 0,90 0,61-1,32 0,45

Brouwers et al. 37 (2010) Hipospádia 1,50 0,97-2,32 0,39

Browne et al. 38 (2007) Malformações cardíacas 1,16 1,03-1,31 0,98

Carbone et al. 39 (2007) Criptorquidismo; hipospádia 1,33 0,55-3,18 0,13

Cardy et al. 40 (2007) Equinovarus congênito 1,37 0,72-2,61 0,22

Carmichael et al. 42 (2003) Malformações cardiovasculares e fenda facial 1,70 1,35-2,14 0,73

Carmichael & Shaw 41 (2000) Anencefalia 0,81 0,49-1,33 0,32

Carmichael et al. 44 (2008) Craniossinostose 1,03 0,80-1,33 0,68

Carmichael et al. 43 (2005) Hipospádia 1,00 0,76-1,31 0,64

Caton et al. 45 (2008) Hipospádia 0,88 0,72-1,10 0,77

Cedergren et al. 8 (2002) Defeitos cardíacos 1,19 0,86-1,66 0,54

Chambers et al. 46 (2007) Gastrosquise 1,37 0,63-2,96 0,16

Chevrier et al. 47 (2008) Fissuras orais 1,00 0,62-1,61 0,55

Chew et al. 48 (1994) Malformação de olhos 1,27 1,22-1,32 1,10

Christensen et al. 9 (1999) Fissuras orais 1,16 0,73-1,83 0,37

Christianson 49 (1980) Anomalias em todos os sistemas 1,05 0,96-1,15 1,03

Chung & Myrianthopoulos 50 (1975) Hérnia inguinal 1,45 1,25-1,68 0,95

Chung et al. 51 (2000) Lábio leporino; fenda palatina 1,35 1,18-1,54 0,92

Cordier et al. 52 (1992) Malformações maiores 0,80 0,53-1,20 0,42

Correy et al. 53 (1991) Malformações 0,94 0,82-1,08 0,94

Croen et al. 54 (2000) Holoprosencefalia 4,08 1,54-10,80 0,11

Czeizel et al. 58 (2004) Fendas orofaciais; malformações

congênitas de membros

1,27 1,11-1,45 0,95

Czeizel et al. 57 (1994) Redução de membros 1,68 1,26-2,24 0,61

Czeizel & Nagy 56 (1986) Fenda labial; fenda palatina 1,08 0,86-1,36 0,73

Czeizel & Vitez 55 (1981) Onfalocele 1,14 0,64-2,01 0,26

Costa et al. et al. 59 (2006) Malformações congênitas 1,15 0,73-1,81 0,36

Damgaard et al. 60 (2008) Criptorquidismo 0,88 0,53-1,47 0,31

Davies et al. 61 (1986) Criptorquidismo 1,38 0,73-2,61 0,22

(continua)

Page 26: Tabagismo materno na gestação e malformações ...€¦ · e, consequentemente, à redução de óbitos infan-tis por essas doenças 1,3. A maioria das malformações congênitas

Nicoletti D et al.26

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 2 (continuação)

Referência (ano) Tipo de malformação OR IC95% Peso (%) *

De Roo et al. 10 (2003) Fissuras orais 1,10 0,73-1,66 0,41

Dickinson et al. 11 (2008) Pé torto congênito 1,39 1,06-1,82 0,65

Draper et al. 62 (2008) Gastrosquise 1,70 1,11-2,61 0,39

Erickson 63 (1991) Malformações gerais 1,12 1,05-1,20 1,07

Ericson et al. 64 (1979) Malformações do sistema nervoso central;

fendas orofaciais

1,88 1,22-2,90 0,39

Evans et al. 65 (1979) Todas as malformações congênitas 0,96 0,88-1,04 1,04

Fredrick et al. 66 (1971) Doenças cardíacas congênitas 1,54 1,22-1,95 0,72

Feldkamp et al. 12 (2008) Gastrosquise 2,56 1,75-3,75 0,46

Felix et al. 67 (2008) Atresia de esôfago; hérnia diafragmática 0,58 0,30-1,13 0,21

Ferencz et al. 68 (2008) Malformações cardiovasculares 1,02 0,92-1,13 1,01

Garcia et al. 69 (1999) Malformações congênitas 4,25 1,57-11,50 0,10

Goldbaum et al. 70 (1990) Gastrosquise 2,00 1,05-3,80 0,22

Golding & Butler 71 (1983) Anencefalia 1,34 1,12-1,60 0,85

Grewal et al. 72 (2008) Malformações 0,81 0,57-1,17 0,49

Haddow et al. 73 (1983) Gastrosquise 2,10 0,92-4,80 0,14

Hakin & Tielsch 74 (1992) Esotropia; exotropia 1,56 1,15-2,12 0,58

Hearey et al. 75 (1984) Malformações do sistema nervoso central 4,00 0,64-24,99 0,03

Heinonen 76 (1977) Malformações 0,94 0,8-1,054 0,99

Hemminki et al. 77 (1981) Malformações do sistema nervoso central 1,61 1,27-2,04 0,72

Himmelberger et al. 78 (1978) Malformações 1,32 1,14-1,53 0,92

Honein et al. 82 (2001) Malformações 1,25 1,13-1,38 1,01

Honein et al. 83 (2007) Fissuras orais 1,20 0,98-1,47 0,79

Honein et al. 80 (2000) Craniossinostose 1,92 1,01-3,65 0,22

Honein & Rasmussen 81 (2000) Pé torto congênito 1,41 1,10-1,81 0,69

Hoobs et al. 79 (2006) Defeitos cardíacos 1,72 0,95-3,13 0,25

Hougland et al. 84 (2006) Gastrosquise 2,61 1,49-4,57 0,27

Jensen et al. 85 (2007) Criptorquidismo 1,08 0,84-1,39 0,68

Johansen et al. 86 (2009) Fenda labial; fenda palatina 1,52 1,21-1,91 0,74

Jones et al. 87 (1998) Criptorquidismo 1,04 0,85-1,27 0,80

Kallen 88 (1999) Craniossinostose 1,45 1,12-1,87 0,68

Kallen 89 (2000) Malformações 1,03 1,00-1,06 1,11

Kelsey e tal. 90 (1978) Malformações 1,09 0,96-1,25 0,70

Khoury et al. 91 (1989) Fenda labial; fenda palatina 1,48 1,16-1,89 0,43

Krapels et al. 92 (2006) Fenda labial; fenda palatina 1,12 0,75-1,67 0,41

Krauss et al. 93 (2003) Microcefalia 1,90 1,00-3,60 0,22

Kricker et al. 93 (1986) Redução de membros 1,10 0,67-1,81 0,32

Kuciene & Dulskiene 95 (2009) Defeitos cardíacos 1,48 0,82-2,67 0,25

Kullander & Kallen 96 (1971) Malformações 1,14 0,85-1,52 0,61

Kurahashi et al. 97 (2005) Criptorquidismo 1,04 0,50-2,12 0,19

Kurahashi et al. 98 (2005) Hipospádia 1,04 0,24-4,45 0,05

Lam & Torfs 99 (2006) Gastrosquise 1,96 0,98-3,92 0,20

Leite & Koifman 100 (2009) Fissuras orais 1,19 0,82-1,75 0,43

Li et al. 102 (2006) Malformações do tudo neutral 1,44 0,35-5,85 0,05

Li et al. 101 (1996) Malformações do trato urinário 2,30 1,18-4,49 0,21

Lie et al. 103 (2008) Fissuras orais 1,60 1,15-2,23 0,53

Lieff et al. 104 (1999) Malformações 1,27 1,10-1,46 0,94

Linn et al. 105 (1983) Todas as malformações 0,93 0,71-1,21 0,66

Little et al. 106 (2004) Fissuras orais 2,00 1,29-3,10 0,38

Liu et al. 107 (2009) Malformações cardíacas 5,13 0,98-26,71 0,04

Lorente et al. 108 (2000) Fissuras orais 1,42 0,92-2,20 0,39

(continua)

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TABAGISMO MATERNO NA GESTAÇÃO E MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM CRIANÇAS 27

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 2 (continuação)

Referência (ano) Tipo de malformação OR IC95% Peso (%) *

Lubs 110 (1973) Anomalias maiores 0,75 0,50-1,12 0,43

Lumley et al. 111 (1985) Todas as malformações 1,04 0,80-1,35 0,67

MacBird et al. 112 (2009) Onfalocele 1,20 0,79-1,82 0,41

Malik et al. 113 (2008) Malformações cardíacas 1,22 1,10-1,35 1,01

Malloy et al. 114 (1989) Malformações 0,98 0,94-1,03 1,09

Man & Chang 115 (2006) Anomalia digital congênita 1,31 1,18-1,45 1,01

Mandiracioglu et al. 116 (2004) Malformações do tubo neural 1,25 0,50-3,13 0,12

Martinez-Frias et al. 117 (2008) Gastrosquise 1,81 0,96-3,41 0,23

McBride et al. 118 (1991) Criptorquidismo 1,69 1,21-2,36 0,53

McDonald et al. 119 (1992) Malformações congênitas 1,07 0,98-1,17 1,04

McGlynn et al. 120 (2006) Criptorquidismo 1,05 0,87-1,27 0,82

Miller et al. 121 (2009) Atresia anorretal 1,15 0,91-1,45 0,73

Miller et al. 122 (2010) Holoprosencefalia 0,90 0,47-1,71 0,22

Mitchell et al. 123 (2001) Fissuras orais 1,21 0,91-1,60 0,62

Morales-Suarez-Varela

et al. 124 (2006)

Malformações congênitas 1,10 1,00-1,20 1,03

Morgana et al. 125 (2008) Criptorquidismo 0,71 0,46-1,10 0,38

Mori et al. 126 (1992) Criptorquidismo 1,00 0,49-2,05 0,18

Mossey et al. 127 (2007) Fissuras orais 2,40 1,59-3,62 0,42

Munoz et al. 128 (2006) Anencefalia 0,65 0,23-1,88 0,09

Mygind et al. 129 (2002) Malformações congênitas 1,19 0,94-1,51 0,72

Niebyl et al. 130 (1985) Fenda labial; fenda palatina 0,64 0,30-1,36 0,17

Noorgaard et al. 131 (2009) Hipospádia 0,87 0,77-0,99 0,96

Oddsberg et al. 132 (2008) Atresia de esôfago 0,89 0,70-1,13 0,71

Ormond et al. 133 (2009) Hipospádia 1,22 0,85-1,76 0,48

Parikh et al. 134 (2002) Agenesia renal 1,49 0,99-2,25 0,42

Parker et al. 135 (2009) Pé torto congênito 1,53 1,18-1,99 0,67

Pierik et al. 136 (2004) Criptorquidismo; hipospádia 1,45 0,92-2,29 0,37

Porter et al. 137 (2006) Hipospádia 0,93 0,82-1,05 0,97

Preiksa et al. 138 (2006) Hipospádia 1,58 0,94-2,65 0,31

Queissur-Luft et al. 139 (2002) Malformações congênitas maiores 1,00 0,83-1,20 0,84

Ramirez et al. 13 (2007) Fissuras orais 0,76 0,56-1,03 0,58

Rantakallio 140 (1978) Todas as malformações 0,86 0,55-1,33 0,38

Reefhuis et al. 141 (1998) Pé torto congênito 1,21 1,13-1,29 1,07

Robitaille et al. 142 (2009) Redução de membros 1,11 0,89-1,38 0,76

Rodriguez-Pinilla et al. 143 (2008) Hipospádia 0,86 0,77-0,96 1,00

Romitti et al. 144 (2007) Fenda labial; fenda palatina 1,37 1,20-1,57 0,95

Salemi et al. 145 (2009) Gastrosquise 0,97 0,74-1,28 0,64

Saxen 146 (1974) Fenda labial; fenda palatina 2,32 1,46-3,68 0,36

Schmidt et al. 147 (2009) Malformações do sistema nervoso central 0,90 0,73-1,10 0,80

Seidman et al. 148 (1990) Malformações 1,04 0,89-1,21 0,90

Shaw et al. 149 (1992) Malformações cardiovasculares 1,13 0,61-2,09 0,24

Shaw et al. 150 (1996) Defeitos do tubo neural 0,85 0,61-1,18 0,53

Shaw et al. 151 (1996) Fenda labial com ou sem fenda palatina 1,55 1,12-2,14 0,55

Shaw et al. 152 (1999) Defeitos do tubo neural 1,31 1,06-1,62 0,78

Shaw et al. 153 (2000) Malformações múltiplas 0,98 0,48-2,01 0,18

Shi et al. 154 (2007) Fenda labial; fenda palatina 1,28 1,09-1,51 0,89

Shiono et al. 155 (1986) Malformações 0,90 0,83-0,98 1,04

Skelly et al. 156 (2002) Pé torto congênito 2,21 1,51-3,23 0,46

Slickers et al. 157 (2008) Agenesia ou hipoplasia renal 2,12 1,27-3,51 0,32

Smedts et al. 158 (2009) Malformações cardíacas 0,81 0,54-1,21 0,43

(continua)

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Nicoletti D et al.28

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Tabela 2 (continuação)

Referência (ano) Tipo de malformação OR IC95% Peso (%) *

Sorensen et al. 159 (2002) Estenose hipertrófica de piloro 2,00 1,29-3,10 0,38

Steinberger et al. 160 (2002) Defeitos cardíacos 2,49 1,23-5,03 0,19

Stoll et al. 161 (1997) Musculoesquelética 1,18 0,61-2,26 0,22

Stoll et al. 162 (2001) Atresia anal 1,36 0,72-2,56 0,23

Suarez et al. 163 (2008) Defeitos do tubo neural 2,65 1,40-5,00 0,22

Szendrey et al. 164 (1985) Atresia esofágica 0,82 0,49-1,36 0,31

Tamura et al. 165 (2006) Fissuras orais 0,84 0,28-2,56 0,08

Targett et al. 166 (1977) Malformações maiores 1,33 0,92-1,92 0,48

Tata et al. 167 (2008) Malformações congênitas 0,99 0,92-1,06 1,06

The et al. 168 (2007) Atresia biliar 0,70 0,34-1,43 0,19

Tikkanen & Heinonen 169 (1991) Malformações cardiovasculares 1,00 0,78-1,27 0,70

To & Tang 170 (1999) Anomalias congênitas 1,32 0,94-1,85 0,53

Torfs et al. 171 (1994) Gastrosquise 1,51 0,93-2,46 0,33

Tornquist et al. 172 (2002) Hipoplasia do nervo óptico 1,61 1,08-2,40 0,43

Torp-Pedersen et al. 173 (2010) Estrabismo 1,26 1,11-1,42 0,97

Tuohy et al. 174 (1993) Malformações congênitas 1,18 0,85-1,63 0,54

Underwood et al. 175 (1965) Malformações maiores 0,78 0,46-1,33 0,29

van den Boogaard et al. 176 (2008) Fenda labial 1,57 0,92-2,67 0,29

van den Eeden et al. 177 (1990) Malformações gerais 1,00 0,91-1,10 1,02

van Rooij et al. 179 (2002) Espinha bífida/fenda facial 1,92 0,90-4,12 0,17

van Rooij et al. 178 (2001) Fenda labial; fenda palatina 1,12 0,58-2,16 0,21

Verkerk et al. 180 (1994) Malformações congênitas 1,12 0,59-2,11 0,22

Virtanen et al. 181 (2006) Criptorquidismo 0,41 0,23-0,72 0,26

Wang et al. 182 (2009) Fenda labial; fenda palatina 1,50 0,52-4,34 0,09

Wasserman et al. 183 (1996) Redução de membros 1,14 0,77-1,69 0,44

Watkins et al. 184 (1996) Espinha bífida; anencefalia 1,09 0,85-1,39 0,69

Watkins et al. 185 (2003) Malformações congênitas 1,36 0,96-1,93 0,50

Werler et al. 187 (2009) Microssomia hemifacial 1,62 0,86-3,06 0,22

Werler et al. 189 (2009) Gastrosquise 1,50 1,18-1,90 0,71

Werler et al. 186 (2003) Gastrosquise; atresia intestinal 1,31 0,96-1,78 0,57

Werler et al. 188 (2009) Redução transversa de membros 1,10 0,85-1,42 0,68

Williams et al. 14 (2004) Defeitos de septo ventricular 1,26 0,86-1,84 0,46

Wong-Gibbons et al. 190 (2008) Atresia de esôfago; fístula traqueoesofágica 1,68 0,99-2,86 0,29

Woods & Raju 191 (2001) Malformações congênitas 1,16 1,02-1,32 0,95

Wyszynski & Wu 192 (2002) Fissuras orais 1,12 0,96-1,30 0,91

Yerushalmy 193 (1971) Malformações congênitas 0,51 0,45-0,58 0,96

Yerushalmy 194 (1973) Malformações cardíacas 0,90 0,61-1,34 0,45

Yuan et al. 195 (1995) Atresia anal 1,32 0,59-2,95 0,15

Zeiger et al. 196 (2002) Craniossinostose 0,75 0,29-1,95 0,11

Meta-análise 1,18 1,14-1,22 100,00

IC95%: intervalo de 95% de confiança; OR: odds ratio.

* Peso de cada estudo que contribuiu para o resultado final da meta-análise.

A Figura 4 mostra a relação dose-resposta en-tre fumo materno na gestação e malformações congênitas em crianças. Sessenta estudos 6,7,8,9,11,

12,16,21,24,32,43,44,47,48,49,51,57,58,64,65,69,74,80,82,85,88,

89,90,91,92,99,100,101,103,104,107,108,113,115,119,121,122,123,

124,132,135,144,150,151,157,163,169,172,173,187,188,189,190,192 com um total de 12.137.944 participantes (103.107 casos) contribuíram os dados para a

análise, dos quais 11 foram estudos prospecti-vos. A força de associação entre fumo materno e malformações medida pelo OR (IC95%) está relacionada significativamente com a quantida-de diária de cigarros consumidos (χ² = 12,1; p = 0,002). Foram realizadas análises de subgrupos post hoc de acordo com delineamento da pesqui-sa, controle de feitos de confundidores e tama-

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TABAGISMO MATERNO NA GESTAÇÃO E MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM CRIANÇAS 29

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Figura 3

Fumo materno na gestação e malformações congênitas em crianças de acordo com os sistemas envolvidos.

Nota: pesos são de análise de efeitos aleatórios.

ES: tamanho de efeito; IC95%: intervalo de 95% de confiança; OR: odds ratio.

Tabela 3

Análises de subgrupos sobre associação entre fumo materno na gestação e malformações congênitas em crianças.

OR IC95% I2 (%) * Diferença entre subgrupos

1. Delineamento do estudo χ2 = 21,2; p < 0,00001

Estudos retrospectivos (n = 159) 1,21 1,17-1,26 69,70

Estudos prospectivos (n = 29) 1,08 1,01-1,17 90,20

2. Ajuste/emparelhamento pela idade da mãe χ2 = 0,06; p = 0,81

Não (n = 127) 1,19 1,13-1,25 76,50

Sim (n = 61) 1,18 1,13-1,24 78,80

3. Tamanho da amostra (casos) χ2 = 16,5; p = 0,0009

≤ 200 (n = 81) 1,31 1,20-1,43 49,60

> 200-1.000 (n = 61) 1,23 1,16-1,31 60,90

> 1.000-5.000 (n = 40) 1,09 1,03-1,15 89,00

> 5.000 (n = 6) 1,11 1,01-1,22 91,30

IC95%: intervalo de 95% de confiança; OR: odds ratio.

* I2 mede a heterogeneidade dos resultados entre os estudos (> 75% indica heterogeneidade significativa).

nho da amostra (casos). A relação dose-resposta estatisticamente significativa foi observada nos subgrupos de estudos com fatores de confusão controlados e naqueles com o número de casos entre 200 e 5.000 (Tabela 4). O delineamento da pesquisa não afetou substancialmente os resul-tados da relação dose-resposta.

A meta-análise cumulativa mostrou uma as-sociação estatisticamente significativa entre fu-

mo materno na gestação e malformações congê-nitas em crianças quando 40 estudos publicados até 1990 com um número total de 26.827 casos foram incluídos na análise (OR: 1,09; IC95%: 1,001-1,19; p = 0,035). O OR (IC95%) e os valores de p foram de 1,16 (1,10-1,23) e de < 0,001, res-pectivamente, quando 87 estudos publicados até 2000 com um total de 95.556 casos foram incluí-dos na meta-análise. O resultado da meta-análise

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Figura 4

Relação dose-resposta entre fumo materno e malformações congênitas em crianças.

Nota: pesos são de análise de efeitos aleatórios.

Teste para diferenças entre subgrupos (χ2 = 12; df = 2; p = 0,002).

ES: tamanho de efeito; IC95%: intervalo de 95% de confiança; OR: odds ratio.

Tabela 4

Análises de subgrupos post hoc sobre relação dose-resposta entre fumo materno na gestação e malformações congênitas em crianças.

1-9 cigarros/dia

OR (IC95%)

10-19 cigarros/dia

OR (IC95%)

≥ 20 cigarros/dia

OR (IC95%)

Diferença entre 3 grupos

de dose *

1. Delineamento do estudo

Estudos retrospectivos (n = 49) 1,25 (1,18-1,33) 1,31 (1,22-1,39) 1,47 (1,33-1,61) χ2 = 7,95; p = 0,002

Estudos prospectivos (n = 11) 1,05 (0,98-1,14) 1,19 (0,96-1,48) 1,28 (1,10-1,50) χ2 = 5,63; p = 0,06

2. Ajuste/emparelhamento pela idade

da mãe

Não (n = 32) 1,15 (1,05-1,26) 1,22 (1,12-1,33) 1,34 (1,18-1,53) χ2 = 0,89; p = 0,64

Sim (n = 28) 1,22 (1,15-1,30) 1,35 (1,24-1,48) 1,49 (1,31-1,68) χ2 = 9,37; p = 0,009

3. Tamanho da amostra (casos)

≤ 200 (n = 14) 1,60 (1,34-1,91) 1,66 (1,09-2,51) 1,76 (1,41-2,21) χ2 = 0,43; p = 0,81

> 200-1.000 (n = 28) 1,21 (1,10-1,34) 1,39 (1,26-1,54) 1,45 (1,24-1,69) χ2 = 5,42; p = 0,07

> 1.000-5.000 (n = 14) 1,10 (0,93-1,30) 1,19 (1,09-1,31) 1,42 (1,25-1,61) χ2 = 7,14; p = 0,03

> 5.000 (n = 4) 1,22 (1,00-1,25) 1,28 (1,17-1,41) 1,20 (0,98-1,46) χ2 = 3,25, p = 0,20

IC95%: intervalo de 95% de confiança; OR: odds ratio.

* O valor de p < 0,10 invés de 0,05 foi considerado estatisticamente significativo no teste de χ2 devido ao baixo poder estatístico por ter somente

3 grupos de dose.

manteve-se quase inalterado com inclusão de 101 estudos (97.099 casos) publicados entre 2001 e 2010 (Figura 5).

No gráfico de funil (Figura 6) foi encontrada uma leve assimetria devido à ausência dos estu-dos no canto inferior esquerdo, sugerindo a não publicação dos estudos com pequenas amostras

que demonstram efeito protetor do fumo mater-no contra malformações em crianças. O teste de Egger também mostrou evidência do efeito de “pequenos estudos” sugerindo a presença de viés de publicação (p < 0,001).

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TABAGISMO MATERNO NA GESTAÇÃO E MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM CRIANÇAS 31

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Figura 5

Meta-análise cumulativa sobre associação entre fumo materno na gestação e malformações congênitas em crianças.

Nota: pesos são de análise de efeitos aleatórios.

ES: tamanho de efeito; IC95%: intervalo de 95% de confiança; OR: odds ratio.

Figura 6

Gráfico de funil.

Discussão

A presente revisão sistemática com meta-aná-lise demonstrou que filhos de mães fumantes durante a gestação apresentam maior risco de

ter algum tipo de malformação congênita. Fo-ram evidenciadas associações significativas en-tre fumo materno na gestação e malformações congênitas dos sistemas cardiovascular, digesti-vo, musculoesquelético e da face e do pescoço.

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Nicoletti D et al.32

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(12):1-40, dez, 2014

Foram observadas também associações positivas entre fumo materno e malformações congênitas dos sistemas respiratório, nervoso e urogenital, porém essas associações não foram estatistica-mente significativas.

Foi encontrada, nesta revisão sistemática, uma relação dose-resposta estatisticamente sig-nificativa entre fumo materno na gestação e risco de malformações congênitas em crianças, isto é, quanto maior o número de cigarros fumados por dia pelas mães, maior o risco de ter filhos com algum tipo de malformação congênita. Verificou- se ainda que, todas as três doses de consumo diário de cigarros estavam associadas signifi-cativamente com maior risco de malformações congênitas comparadas com não fumantes, su-gerindo que o consumo regular de cigarros pela gestante, mesmo em pequena quantidade, po-de causar impacto adverso no desenvolvimento do feto.

Os mecanismos de ação do tabaco no aumen-to do surgimento de anomalias em bebês não são precisamente compreendidos. Acredita-se que a ação vasoconstritora da nicotina possa causar a redução do fluxo sanguíneo uteroplacentário 197. O monóxido de carbono liga-se à hemoglobina de modo que menos oxigênio estaria disponí-vel para a placenta. Também a injúria endotelial causada pelo tabaco aumenta o rompimento de neovasos da placenta levando à redução do apor-te sanguíneo fetal resultando em hipoxia, o que provavelmente resulta em morfogênese anormal fetal 198. Portanto, o somatório de exposição a to-xinas, hipoxia e isquemia celular resulta em pro-liferação celular anormal.

Aproximadamente um terço dos adultos brasileiros era fumante no final da década 1990; houve, contudo, uma redução de aproximada-mente 50% (de 34% para 18,2%) na prevalência de fumo nessa população no período entre 1989 e 2008 199. Vários fatores têm sido atribuídos para tal redução, incluindo políticas antitabaco e dis-ponibilidade de tratamento para cessação de fu-mar. Há uma preocupação especial com relação ao fumo na gestação por conta de sua associa-ção com diversos desfechos materno-fetais com baixo peso ao nascer, partos prematuros, mor-tes perinatais e malformações congênitas 200,201. Em países como os Estados Unidos e o Canadá, onde políticas governamentais antitabágicas são agressivas e são empregados investimentos maci-ços para se controlar o fumo durante a gravidez, a prevalência do fumo materno durante a gestação está atualmente em torno de 10 a 12% 202,203. Um estudo recente realizado em nove países na Amé-rica Latina (Argentina, Brasil, Equador, Guatemala e Uruguai), Ásia (Índia e Paquistão) e África (Repú-blica Democrática de Congo e Zâmbia) demonstra

a maior prevalência do fumo materno durante a gestação no Uruguai (18,3%), seguido pela Argen-tina (10,3%) e Brasil (6,1%) 204. Entretanto, alguns estudos locais no Brasil têm mostrado uma pre-valência de fumo ativo em torno de 20% entre as gestantes 201,205, muito maior do que a relatada nesse estudo multicêntrico internacional. Esses dados corroboram para ainda mais ações contra o uso do tabaco durante a gestação na América Latina, inclusive o Brasil.

Vários recursos estão disponíveis para fa-cilitar o abandono do tabagismo pela paciente como adesivos antitabaco e ansiolíticos como a bupropiona 197. Eles podem ser usados an-tes de a paciente engravidar. Por esse motivo, destaca-se a importância do aconselhamento pré-concepcional.

Uma revisão sistemática prévia também mostrou associação entre fumo materno na ges-tação e malformações congênitas em crianças 5. Comparado com aquela revisão, a presente revi-são incluiu 20 estudos adicionais 6,7,8,9,10,11,12,13,

14,24,43,79,83,95,99,102,103,122,125,188 com um acrésci-mo aproximadamente de 10 mil casos de malfor-mações e 800 mil de controles. Outra diferença entre duas revisões foi que 19 estudos sobre de-feitos da parede abdominal foram incluídos na meta-análise do sistema gastrointestinal na revi-são prévia, enquanto esses defeitos foram classi-ficados como malformações do sistema muscu-loesquelético pela presente revisão. Apesar des-sas diferenças metodológicas, as duas revisões apresentaram resultados semelhantes quanto à associação entre fumo materno na gestação e malformações dos sistemas cardiovascular, res-piratório, digestivo, nervoso, urogenital e mus-culoesquelético. A revisão prévia realizou uma meta-análise com 38 estudos nos quais todas as malformações foram combinadas e não mostrou associação significativa entre fumo materno e malformações congênitas (OR: 1,01; IC95%: 0,96-1,07). A meta-análise da presente revisão incluiu todos os 188 estudos, tanto com malformações combinadas juntos quanto com um determi-nado tipo de malformação, demonstrando uma associação estatisticamente significativa entre fumo materno na gestação e risco de ter algum tipo de malformação congênita em crianças (OR: 1,18; IC95%: 1,14-1,22).

A meta-análise cumulativa da presente revi-são mostra que já havia evidência da associação entre fumo materno na gestação e malformações congênitas em crianças, analisando os resultados de 40 estudos publicados até 1990 com um total de 26.827 casos de malformações (OR = 1,09; p = 0,035). A evidência da associação se tornou mais robusta com resultados de 87 estudos publica-dos até 2000 com um total de 95.556 casos (OR =

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1,16; p < 0,0001). Entre 2000 e 2010, mais de 100 estudos foram realizados envolvendo aproxi-madamente 100 mil casos de malformações; no entanto a inclusão desses estudos não alterou substancialmente os resultados da meta-análise. Esses dados indicam que as evidências sobre as-sociação entre fumo materno na gestação e mal-formações congênitas em crianças são convin-centes e não haja necessidade de mais estudos epidemiológicos para investigar a associação.

Alguns aspectos metodológicos devem ser considerados na interpretação dos resultados desta revisão sistemática. A heterogeneidade en-tre os resultados dos estudos incluídos nesta re-visão é esperada, tendo em vista as diferenças em relação ao delineamento da pesquisa, ao tipo de malformação e método utilizado para o diagnós-tico, à definição do fumo materno e ao controle de efeito dos fatores de confusão. Alguns desses fatores foram investigados mediante análises de subgrupos, cujos resultados sugerem que o tipo de malformação, o delineamento da pesquisa e o tamanho da amostra atuam como possíveis causas da heterogeneidade. A qualidade dos es-tudos incluídos não foi avaliada individualmente

por causa das limitações dos instrumentos atual-mente disponíveis 206, porém as potenciais influ-ências dos aspectos metodológicos dos estudos (delineamento da pesquisa, tamanho da amos-tra, controle de efeito dos fatores de confusão e definição da exposição) nos resultados da meta- análise foram investigadas pela análise de sub-grupos. A influência do fumo passivo na associa-ção entre fumo materno na gestação e malforma-ções congênitas em crianças não foi investigada devido à falta de informações na maioria dos es-tudos originais. Estudos futuros devem abordar essa questão. O gráfico de funil e o teste de Egger sugerem a presença do viés de publicação em ra-zão da não publicação dos estudos pequenos que demonstram efeito protetor do fumo materno contra malformações em crianças. Acreditamos que o número desse tipo de estudos é limitado e a ausência de dados desses estudos não afeta sig-nificativamente os resultados da meta-análise.

Com esta revisão sistemática com meta-aná-lise, evidencia-se que fumo materno na gestação está associado com maior risco de malforma-ções congênitas em crianças e essa associação é dose-dependente.

Resumen

Esta revisión sistemática se encargó de investigar la asociación entre el tabaquismo materno durante el em-barazo y las malformaciones congénitas en los niños. Se realizó una búsqueda electrónica de los estudios de observación en las bases de datos de ovid MEDLINE (1950 hasta abril de 2010), LILACS y SciELO. 188 estu-dios con 13.564.914 participantes se incluyeron en esta revisión. Se encontraron asociaciones positivas signifi-cativas entre el tabaquismo materno y malformacio-nes de los sistemas: cardiovascular (OR: 1,11; IC95%: 1.03-1.19), digestivo (OR: 1,18; IC95%: 1,07-1,30), mus-culoesqueléticos (OR: 1,27; IC95%: 1,16-1,39) y de cara

y cuello (OR: 1,28; IC95%: 1,19-1,37). La fuerza de la asociación entre el tabaquismo materno y los defectos de nacimiento, medidos por el OR (IC95%) está signifi-cativamente relacionada con la cantidad de cigarrillos fumados diariamente (χ2 = 12,1; p = 0,002). Llegamos a la conclusión de que el tabaquismo materno durante el embarazo se asocia con un mayor riesgo de malfor-maciones congénitas en los niños y esta asociación es dosis-dependiente.

Hábito de Fumar; Embarazo; Anomalías Congénitas

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Colaboradores

D. Nicoletti elaborou o projeto da pesquisa e a redação do artigo; participou também da seleção e avaliação dos estudos, da extração de dados e da interpretação dos resultados. L. D. Appel, P. Siedersberger Neto e G. W. Guimarães participaram da seleção e avaliação dos estudos e da extração de dados; apresentaram revisão crítica e aprovaram a versão final do artigo. L. Zhang foi responsável pela concepção do trabalho e pela análise e interpretação dos dados; forneceu orientações para elaboração do projeto e redação do artigo e aprovou a versão final do artigo.

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Recebido em 15/Jun/2013Versão final reapresentada em 30/Jun/2014Aprovado em 18/Ago/2014