SOLOS SALINOS diagnóstico e recuperação · 2016. 8. 8. · solos salinos : diagnóstico e...

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CPATSA/EMBRAPA DOCUMENTO INTERNO SOLOS SALINOS diagnóstico e recuperação Carlos R. Valdivieso S.)~ Consultor - rICA I~alho t?1~~ado no . Jr.~.J.o Sokvr..e Hé 1-0~ cLL.. Petrollna-Pernambuco 17. , re6~ ao 11A-v~ Agosto, 1983 v'Ú>()Rwdui-fYL fi tw e / ~zt

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CPATSA/EMBRAPA DOCUMENTO INTERNO

SOLOS SALINOS diagnóstico e recuperação

Carlos R. Valdivieso S .)~Consultor - rICA

I~alho t?1~~ado no. Jr.~.J.o Sokvr..e Hé 1-0~ cLL..Petrollna-Pernambuco 17. ,

re6~ ao 11A-v~Agosto, 1983 v'Ú>()Rwdui-fYL

fi tw e /~zt

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SOLOS SALINOS : diagnóstico e recuperaçao

CONTEODO

1--- INTRODUÇÃO

2 - GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA

3 - ORIGEM E FORMAÇÃO

4 - TIPO DE SAIS E SOLUBILIDADE

5 - DISTRIBUIÇÃO

6 - EFEITOS DOS SArs E RESPOSTA DAS PLANTAS

7 ....CARACTERIZAÇÃO7.1. ASPECTO FíSICO DOS SOLOS

7.2. VEGETAÇÃO ESPONTÂNEA

7 •3. ANÁLISE QU1MICl}....

8 ....MAPEAMENTO E PESQUISA

9 .•..CLASSIFICAÇÃO9.1. DE SOLOS

9.2, DE ÂGUASlQ .•..RECUPERAÇÃO

lQ .1. ' LAVAGEM - BALANÇO DE .ÂGUA,E SAIS

ro . 2. MELHORADORES QULMrCOS

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1 - INTRODUÇÃO

Salinidade e alcalinidade sao problemas inerentes a solos emregiões de clima árido e semi-árido principalmente, áreas clima-tologicamente secas caracterizadas por fortes déficits anuais deprecipitação (Evaporação anual - Precipitação anual) •

Esses solos áridos são de muita importância pela fertilidadenatural de uma boa porção deles e pela sua significação em supe~fície cultivável, 36% do total no mundo (Meester, 1979), em relação à sua potencialidade de irrigação.

2 - GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA

O problema de salinidade de uma região está intimamente ligado a sua geologia e geomorfologia.

À geologia em função dos tipos de rochas das quais os solossão provenientes através do processo de intemperização da rocha,erosã~ transporte e deposição.

Rochas acidas exemplo granito e gneiss liberam cloretos, sulr -

fatos e carbonatos de sódio e potãssio (formaçóes de cristalinodo NE do Brasill.

Rochas básicas como basalto, liberam sulfatos ede câlcio e magnésio.

carbonatos

À geomorfologia, em relação às formas que condicionam regi-mes hidrolõgicos diferentes, caracterizados principalmente portopografia e drenagem.

As. formações típicas ligadas ao problema de sais sao:

• Planos de inundação dos rios, geralmente com solos de tex-tura fina, baixos em altitude e de drenagem restrita. Fig.Ia.

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· "Abanicos" (leque) aluviais. Neles a tendência geral é adeposição de materiais grossos na parte alta ou ápice do"abanico" e os materiais finos nas partes baixas e planas.Mas a forma irregular de depósito, dos materiais (ex. camada impermeável se aproximando à superfície na base de "abanico") determinará condições de drenagem restrita que podedar origem à salinização. Fig. lb.

• • Deltas - Formação similar ao "abanico" aluvial, do rio quechegando ao mar perde energia e deposita seus sedimentosfinosfloculados pelos sais marinhos (de Ridder, 1971).Problemas de água subterrânea confinada e de intrusão marinha. Fig. 2.

3 - ORrGEM E FORMAÇÃU DE SOLOS SALINOS E S6DICOS

Como mencionado anteriormente os problemas de salinidade, a!calinidade e toxicidade são típicos de solos em regiões de climaárido e. semi-árido.

Solos Salinos: os quais tem um alto conteúdo de saisveis de. cloreto e sulfato, principalmente. As fontes dos

solú-sais

são:

Liberação de íons na inte.mperização da rocha parental eposteriormente transportado e depositado em camadas de so-lo (origem pedogenético ou residual) .

· Transporte eólico desde outras áreas salinas ou dospulverizadas do mar.

sais

~ A irrigaçã'o, importante pa!:"aa produção em áreas áridas ousemi-áridas, tambêm contribui ã salinização dos solos. Oseguinte exemplo ajuda a visualizar este caso: Dez mil me-tros cÚbicos de água com 100 mgrJl t de concentração salina,aplicados como irrigação por hectare anualmente (10.000m3Jha~anol significam um suprimento de 1 ton de sal p/ha-ano.

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Âguas normais de irrigação são as de concentração de 0,2 -0,3 g/l mas dependendo do caso podem ser usadas águas deaté 2g/1 ou ainda 6g/lt. (Kovda, 1977) •

• Âgua subterrânea de mineralização natural crítica ou len-çol freático alto originado por irrigação ineficiente podeatingir a zona de raizes por capilaridade e como consequencia da evaporação acumular sais nas camadas superiores doperfil do solo (salinização secundária). O seguinte exem-plo ilustra o perigo de salinização a partir do lençol fre.§.tico: Âgua freática de CE = 1.0 rnrnhos/cm (= 640 mg/l) a0.8 m de profundidade facilitará uma evaporação de 1 à 2mm;d (Fig. 6} alimentada por capilaridade o que significaum incremento de (2 rnm x 10-3 .1!L x 360 d x 640 ~. x 103 1

d nun ano 1 ~m2

x 10-9 ton) x 104 mmg ha

ton= 4,61 ha - ano

Um lençol freático alto podeou fluxo de água subterrâneatrico superior: canal, açudee a origem dos sais pode serprofundas) •

também ser criado por "Seepage"desde pontos de nível piezoméou área vizinha irrigada etc,

~da agua ou do solo ( camadas

Solos Sódicos: cujo alto sódio Ctrocável) adsorvido afetadireta ou indiretamente o crescimento das plantas, tem como fon-te da sua formação nas águas subterrâneas ou superficiais quecontém carbonatos e bicarbonatos de sódio.

As soluções de soda (Na2C03), origem de alcalinidade, saoformadas pela hidrólise de minerais alumínio-silicatos de sódiodurante a intemperização de rochas vulcânicas, a culminação doprocesso de alcalinização ê também residual ou secundário.

Desalinização na aus~ncia de cátions bivalentes é considera-da também uma fonte de sodificaçao (ou alcalinização) dos solos.

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4 - TIPOS DE SAIS ::E SOLUBILIDADE

A continuação listam-se os sais mais comumente encontradosrepartidos em duas colunas segundo se a solubilidade é alta oubaixa pela sua relação com o efeito nas plantas e a mobilidadedo sal no perfil do solo.

A solubilidade dos sais depende da temperatura e da presençade outros sais na solução do solo, aqui figuram só valores mé-dios a 200C.

Sais de Baixa Solubilidade de Alta Solubilidade

1.9

Na;C03 178 g/l

MgS04 262

Na2so4 186 (*)MgC12 353

NaCl 264

CaC12 450

(*)

CaC03MgC03caS04

0,0121 g/l

muito variável

Obtidos de T. Meester .1979 except

5 ....DISTRIBUIÇÃO DOS ~

Os sais movimentam~se com a umidade do solo proveniente dachuva, irrigação ou fluxos subterrâneos (Seepage). são caracte-r1sticas físicas importantes dos solos na distribuição dos sais,a infiltração e a ascensão capilar.

Distribuição Vertical

° movimento da umidade do solo é predominantemente verticalascendente ou descendente. Ascendente quando predomina a ascen-são capilar geralmente nos intervalos de rega ou solos sem irri-e Descendente quando predomina a infiltraçâo de águas de irriga-çâo ou chuva~ Estes movimentos de água condiciona distribuição

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de sais no perfil do solo dos representados nas Figuras N9 3.

Distribuição Horizontal

Devido à hetogeneidade dos solos e à anisotropia comumenteencontrada em depósitos aluviais, manifestam-se também grandesvariações a curtas distancias.

Localizam-se maiores concentrações nas depressões em terre-nos com micro-relevo, precisando eles da sistematização.

são comuns também as manchas localizadas de solos salinos onde intervem como fator determinante o manejo a nível de proprie-tário.

6 - EFEITO DOS SAIS E RESPOSTA DAS PLANTAS-- ----

Efeito dos sais nas plantas - Caracterizam-s.e como segue:

Efeito osmótico Um aumento da pressão osmótica diminui adisponibilidade de água. Em iguais condições de umidade nomesmo solo, a planta terá que fazer maior esforço paraobter água onde a concentração salina for maior. Logicamente o suprimento de nutrientes (através da água) vê-se limitado também.

A redução da água diminui o crescimento (efeito hormonal)einterfere no metabolismo reduzindo a fotos síntese ( Meiriand Shalhevet, 19731.Efeito de íons específicos - Geralmente com danos às célu-las e citoplasma. tons sódio e cloreto são absorvidos pe-las plantas e depositadas nas folhas e tecidos do que pro-duzirá queimaduras e desprendimento (queda) das folhas.

O boro é também um íon tóxico, achado geralmente emde cinzas vulcânicas.

~are as

S6dio (adsorvido)- trocável pode causar desordens nutri cio-nais no entanto o maior efeito pode ser indireto por limi-

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tações de solo criadas pelo sódio.

Efeito dos sais no solo - Em solos afetados por sais o sódiotrocável pode figurar em grandes percentagens, produzindo umrearranjo das partículas de argila que favorece a peptização daspartículas do solo e a consequente deteriorização da estrutura,vindo posteriormente a formar uma massa dura, compacta, impermeável a água e impenetrável pelas raízes : alcalinização.

o sódio, cátion monovalente, adsorvido expande ~ dupla capadifusa (campo elétrico e de distribuição de íons entre a partíc~Ia de solo e o ponto da solução do solo de equilíbrio entre aspartículas de solo e tornando a estrutura instável.

Diferentes tipos de sais tem efeito diferente, assim carbonatos de magnésio tem reação alcalina, de efeitos similares ao só-dio adsorvido. Uma concentração de 0.1% (1 mg/lt) de NaCl na so-lução do solo é já prejudicial às plantas em tanto que nos solospode-se ter até 25 mg/lt.

o efeito de Na2C03 pode ser anulado pelo gesso normalmentepresente nos solos de regiões áridas.

Respostas das plantas - A resposta das plantas à salinidadeê medida na sua tolerância ou sensibilidade. A tolerância dasculturas aos sais depende do estado de crescimento, da espécie evariedade, níveis nutricionais, práticas de irrigação e fatoresambientais ..

o desenvolvimento das culturas começa a ser afetado (cresci-mento detido} acima de um valor crítico de concentração de saismas, geralmente a germinação (e floração) são os estados de crescimento mais sensiveis (Hoffman G.J. et al, 1980).

A tolerância das culturas pode ser avaliada segundo os se-guintes critérios (Leon Bernstein, 1974):

. Capacidade da cultura para sobreviver num solo saJino

. Produtividade

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No entanto os resultados obtidos (laboratório e campos expe-rimentais) são sumamente relativos e de caráter local. A informação encontrada na bibliografia internacional é uma boa indicaçãoa se extrapolar'na ausência de trabalhos locais.

Fig. 8 representa os níveis de salinidade produzindo uma re-dução de 10, 25 e 50% da produtividade (relativa de algumas cul-turas} •

Hoffman propoe um quadro de locação de culturas segundo aresposta a níveis de salinidade dividindo estes em níveis de sensibilidade e tolerância : níveis de salinidade para culturas sensíveis, moderadamente sensíve~s, moderadamente tolerantes, tole-rantes e inapropriado para qualquer cultura (Fig. 9).

7 ~ CARACTERIZAÇÂO

Os sais ou as areas com solos afetados por sais podemser caracterizados por observações de campo e por determinaçõesanallticas de laboratório.

7.1. Aspecto Ffsico dos Solos :Aspecto, consistência e cor mostram fatos típicos elo-

quentes' tais como -: costras ou só manchas brancas, na superfície,no caso de sais solfiveis (NaCl principalmente). A cor pode, mu-dar a escuro quando associado ã peptização de matéria orgânica.

Sais de sulfato de sódio caracterizam-se pelo seu aspe~to fofo.

Sais higroscópicos como cloretos de cálcio e magnésio,em condições de umidade relativa do ar alta, mostram um aspectode léUTlaformada de uma mistura de solo e sais.

A presença de sódio trocável pode-se diagnosticar pelacamada superior de solo solto sem estrutura como po inertequando seco e consistência de lama, escorregadiça como sabão

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quando úmida.

Embaixo solo duro sem estrutura, compacto.

Nas paredes de uma trincheira formará uma seudo-estrutura bloco (rect.) angular tetraédrica.

7.2. Vegetação Espontânea:

Conhecem-se poucas tentativas de caracterizaçao dos so-los salinos e sódicos pela vegetação nativa existente. Distingu~se no entanto vegetação do tipo hidrofítica ou freatofitas acha-

.das indistintamente em solos normais e solos salinos; elas saode sistema radicular profundo e fornecem-se de água "'provenientede estratos profundos. Entre a vegetação arbórea os mais comunsnas áreas áridas do Peru (SUDRET, 1974) são da família das mimo-sâceas, acacia macracantha.

A vegetação arbustiva pode atingir até 2 m ou mais emsolos normais enquanto que em solos afetados com problemas desais, só 04 à Q,5 m. As espécies mais comuns no norte do Peru citada por SUDRET 1974 são a vallesia dichotona; o cryptocarpuspiriformis e o cappris ovalipolia, das famílias das solanáciasprincipalmente.

Mais comuns em solos salinos fortemente afetados sao ashalofitas de tipo herbáceo. Citadas por SUDRET, 1974 no norte doPeru e por Dodde Coupland, 1966 no Canadá como representativassão a salicornia (fruticosa ou rubra, respectivamente) da famí-lia das chenopiaceas e o Distichlis (spicata ou stricta respectivamentel. Merecem menção tambêm a caracterização vegetativa desolos salinos, de indicadoras de salinidade, em Richards, (1969).

7.3. Análise Química e Definição de Unidades7.3.1- Concentração do estrato de saturação (Cesl.- me-

dida no estrato da pasta de solo saturado ou em solos aquosas deproporções 1:1; 2:1; 2.5:1 ou 5:1. A concentração é exprimida emem gramas de sal por litro (g/ll, partes por milhão, (ppm) per-centagem (.% 1, miliequivalentes por litro ( meq/l ) ou

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por unidade de peso de solo (ex 100 gr.). Exprimida por unidadede volume ou peso de soluto, as equivalencias das unidades men-cionadas sao:

grjlt%

ppm

= 103 ppm4= 10 ppm

= (meqjlt) (peso equivalente)

Expressos por peso de sOlo,fazer-se-á a conver-sao auxiliados do valor necessariamente conhecido do conteúdo deumidade utilizada na soluçãó.

Outro mêdio de medida muito usado é a condutivi-dade elétrica, recíproco da resistência elétrica cuja unidade demedida é o MO, reciproco do ohm (resistência elétrica). Tambémé chamado siemen. As equivalências com as unidades anteriores P2.dem-se deduzir a partir da seguinte:

6 E12!,!!*CE xlQ =064

7.3.2- Câtions e ânions solúveis.- Cátions+2 + "" 1 tMg ,K. prlnclpa men e

Ân" . -2 - -210ns : C03 ' Cl ,.S04 expressos em miliequivalentes por litro.

C +2a , +Na ,

7.3.3- Cátions adsorvidos (trocáveis) ao complexo sortiVOe

C +2a , M +2 + K+9 ,Na, , expresso em meq/lOO gr.

7.3.4- Capacidade de troca de cácions CTC (meq/lOO gr).

7.3.5- pH.

Os valores de Percentagem de s6dio trocável,PST,v

do complexo solo são calculados facilmente tendo o resultado dasdeterminações 7.3.3 e 7.3.4 mas as vezes omite-se estas análises

·Ch.amado também total de sais solúveis TSS.CE.x lU6 = Condutividade elétrica expressa em micro rnho.

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e opta-se por uma aproximação a partir da Relação de Adsorção deSódio, RAS, da Solução do Solo.

A seguinte relação de PST foi determinada porRichards (1959} para o oeste dos Estados Unidos.

ESP 100 (- 00126 + 001475 RAS)=1 + (- 00126 + 001475 RAS)

A expressão da relação de adsorção de sódio e:+RAS = Na

Iíons expressos em meq/lt.

8 - MAPEAMENTO E PESQUISA

8.1. Mapeamento - Devido ao caráter localizado de manchas salinas em alguns casos e da não uniforme distribuição de sais po-de-se pensar num mapeamento de campo muito denso que resultariaoneroso de mais e irrealizáve1 desde o ponto de vista funcional.

Aceita-se uma densidade de pontos de amostramento de 1cada 250 m. onde devem-se coletar amostras de solo de níveis di-ferentes ex: 0-15, 15-30, 30-50 e 60-90 cm.

As observações podem ser planificadas em redes unifor-mes, quadrículas variando a densidade segundo previa interpreta-ção de campo ou fotografia aérea.

Em todas as amostras, CE e pH é medido. Uma parcela dasamostras, selecionadas criteriosamente (não mais de 60%), servempara determinação de câ+Lons ads'órvidos e/ou cátions e ânions solÚveis. A apresentação destes resultados deve ser feita em:

- mapas de salinidade CCEl da camada superior e de TSSdo perftl (zona de rafzesl por zonificação com faixasde salinidade ou grau de afetação tendo em conta o tipo de culturas; profundidade de raizes e tolerância.

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mapas de alcalinidade (PST) e/ou de íons tóxicos predominantes. Ex.: el.

perfis de salinidade em áreas problema.

8.2. Pesquisa - Os problemas de salinidade devem ser, parao seu estudo, enfocados a nível regional ou de bacia hidrológi-ca e a nível zona I ou local (área afetada).

• A nível de bacia pelas possíveis ligações com a hi-drologia e a germofologia dela para explicar a fontedo problema e melhor procurar alternativas de solu-çao.

A nível de área afetada, as linhas de pesquisa esta-rão orientadas : à adaptação e manejo de condiçõesde salinidade atual acei.ta e/ou controlada e à mudança a condiçôes melhoradas (recuperação).

Na primeira linha de pesquisa destacam-se como aspec-tos importantes de estudo :

Sensibilidade ou tolerância das culturas em diferen-tes estágios de crescimento.

Relação ou efeito de sais presentes na redução daprodutividade Cquantificaçao do dano a diferentes níveis de salinidade) •

Adaptação de culturas resistentes.

Prâticas de manejo de águas solo e planta, manejosculturais tincl. irrigação, fertilização, etc).

Na linha de pesquisas para melhoramento ou recuperação,são requeridas:

testes de lavagem de sais

- aplicação de corretivos

drenagem

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Os trabalhos de pesquisa referidos podem, segundo a conveniênci~ ser realizados a nível de:

laboratório, casas de vegetação ou em potes.

campos experimentais de 500 m2 ou áreas piloto de re-cuperação, de arredor de 15 ha.

campos ao acaso manejados por produtores e distribuí-dos na região cobrindo as variáveis ou parâmetros re-queridos.

Em alguns casos pode-se criar condições iniciais ótimasrequeridas de forma artificial.: salinização em blocos de 2 x 2ou 5 x 5 m,

A produtividade que é o parâmetro de avaliação nestestrabalh.os de pesquisa, é função de muitas variáveis : solo, tex-tura, estrutura, profundidade, salinidade, sÓdio, pH, profundidade do lençol, culturas, variedades, fertilidade, etc., que devemser reduzidos (condições controladas) para obter resultados sig-nificativos.

O trabalho de pesquisa de recuperação (métodos, mate-riais, tecnologias etcl em áreas piloto devem ser consideradasurna etapa absolutamente necessária antes da recuperação a escalamaior.

9 - CLASSIFICAÇÃO

9.1. De Solos:9.1.1- Sistema Taxonômico do Departamento de Agricultu-

ra dos Estados Unidos CMeester, 1979).

Orden : Aridisolos, aqueles de regime de umidadet8rrico seco e quente mas pode ser tam-bém xérico ou ústico, isto é, solos deregiões com inverno úmido e temperado everâo quente e seco.

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Suborden Argids, caracterizados por apresenta-rem horizontes argílicos ou nátrico.

são grandes grupos de solos desta sub-ordem: os Durargids, Paleargids, Na-trargids e Haplargids.

Suborden Orthids, sem horizonte argílico ou na-trico mas manifestando a presença de hQrizonte cálcico, gipsífero, carnbico (mQteadura, iluvição, no cementado).

9.1.2- Sétima aproximação:

Orden : Solos intrazonais, solos de caracterís-ticas regularmente bem desenvolvidas eque refletem a influência dominante defatores locais de relevo, rocha mae, ouidade, além do efeito normal de clima evegetação.

Suborden : Halomórfico - Solos salinos e alcalinos de drenagem imperfeito deáridas e depÓsitos litorais.

regiões

Grande grupo Solonchak - Solos com crosta sa-lina na superfície, solo cinza friável,salino embaixo formado sob condições á-ridas a sub-ÚIDidas, quente a fresc~ drenagem pobre e com vegetação arbustiva egrama halofítica principalmente.

Grande grupo : Solonetz - Com camada superiorfina friãvel em cima de uma camada duracolumnar, escura, altamente alcalinaformada sob condições sub-ÚIDidas a ári-das, clima quente ou fresco, de melhordrenagem que nos solonchaks, e com vegetação nativa halofítica.

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Grande grupo : Solod.

Problemas de sais são também achados nos mullisols(solos bruno humicos), entisols, inceptisols (frequentemente aluviais hydromorficos) e alfisols.

9.1.3- Classificação de graus de salinidade

Segundo Richards (1969):

Solos CE

Normais < 4 mmho/cmSalinos > 4

Salino-Sódicos > 4

Sódicos < 4

PST< 15< 15> 15> 15

pU

< 8.5

< 8.5'< 8.5

> 8.5

Na realidade, os limites de uma classe a outradependem de condições locais de solo, cultura, variedade e clima

9.2. Classificação de Âguas para Irrigação

Âguas de irrigação superficiais ou subterrâneas, águasdo lençol freático etc são classificadas segundo o sistema do laboratôrio de salinidade dos Estados Unidos, Richards L.A. 1969.

Como mostrado na Fig. 10 os parâmetros de classificaçãosão a condutividade elétrica, CE, e a relação de adsorção de só-dio RAS. Cada um destes parâmetros divididos em quatro regiõesde níveis baixo, médio, alto e muito alto.

A classificação é expressa como segue: CxSy os sub-índices x e y variando de 1 a 4. As 16 comb í.naçôee possíveis estãorepresentadas na Fig. 10.

Âguas de mais de 2000 micrornho (C3) é considerada sali-na e o seu uso é condicionado a cond.í.çôeaespeciais : necessida-des de práticas de controle de salinidade (excesso de água paralavageml e com culturas tolerantes.

Os níveis prejudiciais de sódio estão em relação a per-~eabilidade dos solos (textura, estrutural, à capacidade de tro-ca de câtions e à presença ou nao de gesso no solo. Níveis de

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RAS acima de 10 só podem ser usadas em solos de textura grossaou em solos orgânicos de boa permeabilidade Richards L.A. 1969.

As águas da maioria dos açudes do NE do Brasil, sãO C2S1•

10-- RECUPERAÇÃO

Meester 1979 agrupa os meios de recuperação de solos sali-nos e s5dicos em:

meios físicos aração profunda, subsolagem e inversão deperfil - medidas adotadas com a .finalidade,de melhoraras condições de infiltração e permeabilidade dos solos.meios biológicos : adição de matéria orgânica com o fimde promover e/ou intensificar a atividade biológica quepermita desenvolver uma melhor estrutura de solo.

meios químicos -:adição de corretivos químicos para tro-car o sódio adsorvido por íons de Ca.

meios hidrotécnicos .-:estes meios implicam lavagem dossais solúveis do perfil do solo e a sua evacuação por drenagem.

garantizar-se-á uma ação mais efetiva com a combinação adequadados meios mencionados.

10.1. Lavagem: Consegue-se com a aplicação de um excesso deágua de irrigação que deve perco lar através do perfil do solo,dissolver os sais e transportá-los a camadas mais profundas pa-ra serem evacuados por um sistema de drenagem.

O perfil do solo, especificamente a zona a dessalini-zar de nosso interesse, deve primeiro saturar para percolar.

A difusão molecular e a dispersao são os fenômenos re-conh.ecidos de importância na efetividade da umidade do solo noprocesso de dessalinização. A difusão molecular ocorre na fron-t.e Lr a entre duas soluções de diferentes con cerrt.r-açôes e a dis-

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persao é a mistura das soluções causada pela distribuição irre-gular de velocidades de fluxo das soluções devida à heterogene!dade do meio (distribuição de poros do solo). A combinação dosdois fenômenos chama-se desplazamento miscível (van der Molen,1976) •

o método de aplicaçao de água com fins de lavagem maisusado é de inundação embora alguns autores tenham provado umamaior efetividade com aspersão. Quando o nível de sais de soloo permita é conveniente incluir no programa de lavagem uma cul-tura que aceite as condições de excessos de água e sais parater um lucro que faça a etapa de rec~peraçao mais econômica. Oarroz por exemplo é uma cultura apropriada para a recuperaçaode solos salinos, especificamente solos de textura fina.

Modelos de Lavagem:Importante é determinar a quantidade de água necessá-

ria e o tempo requerido para a lavagem ou dessanilização de umperfi..l.Isto tem sido estudado com proposição de modelos teóri-cos baseados em fôrmulas matemáticas que aproxima ou explicamo processo. Os modelos discutidos por van der Molen 1974 são:

o reservatório simples que assume um desplazamentotipo piston da solução do solo pelo excesso de irri-gaçao.

o reservatório simples com bypass.O bypass represen-tando a água que passa pelas grietas diretamente aincrementar as águas subterrâneas sem contribuir nalavagem.

Reservatórios em sê rí.e , Cada reservatório assemelhando uma camada de solos.

Coluna cont1nua que integra os reservatórios ou camadas de solo analisando-os como um todo.

o desenvolvimento matemático dos modelos podem ser es-

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tudados na mencionada referência bibliográfica (van de,1974) •

Molen,

Eficiência de lavagem - Lógicamente não toda a água aplicada contribuirá à lavagem dos sais. Uma porção das águas perco-ladas irão diretamente às águas subterrâneas pelas grietas. Aeficiência de lavagem, é então a fracção (percentagem) da águade irrigaçao que se mistura com a solução do solo. Si Cr é a concentração da água de percolação:

Cr = Cfc(concentraçao da umidade do solo a capacidadede campo)

introduzindo a eficiência de lavagem:

Cr = fCfc + (1 - flCi

Testes de Lavagem :

Mais efetivo e recomendável é a determinação dos volu-mes necessários e o tempo requerido de lavagem mediante ·testesdiretos e locais de lavagem que mostrarão diretamente e em condições reais as dificuldades a encontrar ea eficiência de lavage~Esses testes podem ser feitos em campos representativos de solose grau de afetação. Os campos podem ser de 20 x 50 m ou 50 x 100m. Nesses campos deve-se:

medir as quantidades de água de entrada e saída.

fazer determinações analítico-químicas do perfil an-tes, durante e depois do processo de lavagem.

com a ajuda de piezómetros "observar" as cond í.çôos defluxo no perfil durante a lavagem.

Curvas de lavagem .•...Os '-resultados dos testes de lavagemmostram a dessanilizaçao desde um valor inicial de Ceo a um va-lor final de Cef em função da quantidade de água efetiva de lavagem na profundidade de solo requerido.

Os valores de C Cou CEl devem ser corregidos por um fa-tor constante (nível de equilíbrio de sais) que depende princi-

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palmente da qualidade de água de irrigação, para obter curvas dependentes exclusivamente das condições de solo. Fig. 11 mostraalguns exemplos de curvas de lavagem para diferentes tipos de so10 obtidos de Hülsbos e Boumans 1963 e Alva et aI 1976.

Desta maneira, curvas de lavagem pode-se obter a quantidade de água requerida para baixar a salinidade a um nível requ~rido que depende das culturas a se implantarem, e segundo os li-mites de percolação, eficiência de lavagem e um padrão ou programa de lavagem e culturas pode-se determinar o tempo necessáriopara atingir os níveis de recuperação procurados.

Requerimento de lavagem - Porção da água de irrigaçãonecessário para manter equilíbrio de sais. Pode-se calcular ana-liticamente com um balanço de águas e sais no perfil do solo (zona de raizes l •

balanço de águabalanço de sais

I + P + G = E + R + àWICi + PCp + GCg = RCr + ~z

r =p =G =E -

R =

!S.WC =

quantidade de água de irrigaçãoprecipitação efetivacapilaridadeevapotranspiraçãopercolaçãomudança na quantidade de água armazenada no perfil.concentração dos sais nas águas de irrigação, i'., dechuva, p ; de capilaridade, g ; de percolação, r.

A equação de balanço de água muda, para períodos longosde análises (um anol, a

r + P = E + R (-2)

onde R*~R - G = Requerimento de lavagem.

Aceitando que a concentração salina das águas de chuvaê zero, ademais para condições de equilíbrio

Cg = Cr ; e ~z ~ Q, entãorcr = R Cr (3)

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Resolvendo (2) e (3) equaçoes simultâneas obtém-se

R = (E - P)Ci

Cr - Ci

Substituindo Cr de (l).

R = (E - P}Ci

f CCfc - Ci)

Muito usado também é o termo fração de lavagem derivadoexclus~vamente da equação (3).

I CrFL = =R Ci

FAO, 1976 mostra resultados de experiências representa-das na Fig. 12.: Perfis de salinidade após a lavagem com diferentes frações de lavagem e uma água de irrigação de 1.0 mmhojcm.

lQ.2. Melhoradores Químicos: Corretivos adicionados ao solopara trocar o sôdio (monovalente) adsorvido por íons de cálcio(bivalentel .

Entre outros: conhecem-s.e:

• Sais solúveis de Ca : cloreto de Ca CCaC12l;(CaS04 2H201 e cal (CaC03) obtido de resíduostriais das usinas de cana-de-açúcar.

gessoindus-

. Substâncias formadoras de ácidos como o ácido sulfúrico (H2S04) ; enxofre (S) ; sulfato de ferro (FeS04).

De todos eles o mais usado é o gesso, ele é econômico efácil de conseguir.

Cálculo de gesso requerido:

S = PSTa - PSTf100

x CTC x Z x b x 86.1

S = gesso requerido em kgjha.

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PSTa = percentagem de sódio trocável atualPSTf = percentagem de s6dio trocável final requeridoCTC = capacidade de troca de cátions meq/100 gr

Z profundidade de solo (10 .•. 30 em)- ab densidade aparente em g/cm 3=

86.1 = peso equivalente do gesso mgJmeq

A seguinte análise dimensional esclarece as unidades decálculo usadas na fórmula anterior de cálculo de gesso requeridopara baixara PST de um nível PSTa à PSTf em Z em de profundida-de de um solo de b CgJcm3) de densidade aparente

meq100g

g mgmeq

mgx cm x x = =

= kgjha.

As quantidades aplicadas podem ser fracionadas para evitar excessos inefetivos tendo em consideração a solubilidade li-mitada do gesso. Ex.: 20 Tjha de gesso requerirá 10,000 m3 deágua para dissolver.

A Figura 13 mostra a variação da composição catióni-ca na zona de raizes em um solo argiloso salino-sódico recupera-do com a percolação de 17,000 3 de - 24 ton/ha dem agua e gesso(16 ton/ha antes da lavagem e 8 ton/ha depois) •

o metodo de lavagem considera em geral práticas como asistematização, subsolagem, aplicação de corretivo (gesso), lavagem por inundação de bacias de 5000 m2 com 5-7 cm de lâmina deágua por períodos de arredor de 30 dias.

Um sistema de drenagem subterrâneo artificial permitiráevacuar as águas de lavagem depois delas' cumprirem a sua funçãoe manter um nível máximo de lençol freático que não afete as culturas nem facilite a acumulação de sais.

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