SOBRE EL CONTEXTO HISTÓRICO Y LA OBRA CRÍTICO-LITERARIA DE ENRIQUE DIEZ CAÑEDO

FRANCISCO ABAD

U .N . E . D .

RESUMEN

Este artículo apunta varias de las condiciones históricas en que se desa­r ro l ló la obra crítico-literaria de Enrique Diez-Canedo, coincidente c o n la cr i ­sis española del siglo xx. Se ordenan algunas ideas crítico-literarias del autor, subrayándose su perspectiva formalista.

PALABRAS CLAVE

Edad de Plata, crisis española del siglo xx, clásicos, ensayo, krausismo, novela, r ima.

ABSTRACT

This article adresses var ious historical circumstances af fect ing Enr ique Diez-Canedo's literary cri t icism, co inc id ing w i t h the Spanish 20th century crisis. Some o f the author's l i terary-crit ical concepts are systematized, especially his formalist perspective.

K E Y WORDS

Silver Age, Spanish 20th century crisis, classics, essay, Krausism, nove l , rhyme.

RÉSUMÉ

Cet article signale certaines des condi t ions historiques au mi l ieu desquelles s'est dévelopée l 'oeuvre cr i t ique et littéraire d'Enrique Diez-Canedo, auteur d'ont l 'oeuvre coïncide avec la crise espagnole d u XXe siècle. Nous présentons

CAUCE, Revista de Filologia y su Didáctica, n° 22-2}, 1999-2000 /págs. 17-38

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FRANCISCO A B A D

certaines des idées critiques et littéraires de l'auteur, tout en soulignant leur perspective formaliste.

M O T S - C L É

Époque d'Argent de la littérature espagnole, crise espagnole du XXe siècle, classiques, essai, krausisme, roman, rime.

I . IN T R O D U C C I Ó N

E n r i q u e D i e z - C a n e d o n a c i ó e n 1879, y su vida adu l t a y d e escr i tor c o i n c i d e s o b r e t o d o c o n el r e i n a d o d e Alfonso X I I I y la S e g u n d a R e p ú ­bl ica e s p a ñ o l a ; u n lus t ro m á s t a rde d e a c a b a d a la g u e r r a e n E s p a ñ a mori r ía e n México .

N o s e n c o n t r a m o s p u e s e n los a ñ o s d e la crisis e s p a ñ o l a de l s iglo xx q u e d e s e m b o c a r á e n la g u e r r a civil d e 1936/1939, e i n t e l e c t u a l m e n t e e n la s e g u n d a pa r t e d e la E d a d d e Plata d e nues t r a cu l tura , p e r í o d o q u e n o s o t r o s c r e e m o s y d e f e n d e m o s q u e a r ranca d e s d e hac ia 1868.

Los e s t u d i o s o s s u e l e n hab l a r de l l l a m a d o Siglo d e O r o e s p a ñ o l e n t a n t o e t a p a d e in igua lab le e s p l e n d o r , y A m é r i c o Cas t ro re t rot ra ía a la Baja E d a d Media y a 1492 el o r i g e n d e la crisis e s p a ñ o l a c o n las m a t a n ­zas y la e x p u l s i ó n final d e los judíos ; p o r nues t r a p a r t e p e n s a m o s q u e la crisis e s p a ñ o l a q u e t i ene c o m o sal ida la g u e r r a d e 1936 h a d e exp l i ­ca rse e n el c o n t e x t o d e t o d a la E d a d C o n t e m p o r á n e a , y q u e la E d a d d e Plata q u e o c u p a m á s d e m e d i a cen tu r i a d e cu l tura e s p a ñ o l a d e b e p o n e r s e e n p a r a n g ó n c o n el Siglo d e O r o . N o c a b e ava lora r só lo los t i e m p o s g lo r iosos de l p a s a d o á u r e o , s ino q u e q u e d a p o r ava lora r t a m ­b i é n e n la conc i enc i a colect iva e s p a ñ o l a la re levanc ia d e o t r o e s p l e n ­d o r e n la cul tura , el d e hac ia 1868 a 1936.

La o b r a crítico-literaria d e En r ique D i e z - C a n e d o co inc ide s e g ú n dec i ­m o s c o n los a ñ o s de l rey Alfonso X I I I y d e la S e g u n d a Repúbl ica , y a e s e c o n t e x t o his tór ico y d e cul tura v a m o s a aludir; él s e refiere e n sus escr i tos e fec t ivamente a Giner , a Ga ldós , a Valle y Azor ín y Baroja, a M e n é n d e z Pidal o a R a m ó n Pé rez d e Ayala, Alberti o Garc ía Lorca.

D e s d e h a c e a ñ o s v e n i m o s o c u p á n d o n o s d e d is t in tos a u t o r e s d e la "Edad d e Plata", cuya ot ra cara la cons t i t uye el exi l io d e 1939/1939; a h o r a v a m o s a refer i rnos a u n o d e los escr i tores d e e s e exi l io .

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SOBRE EL C O N T E X T O H I S T Ó R I C O Y LA OBRA CRÍTICO-LITERARIA.. .

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LA CRISIS ESPAÑOLA DE 1 9 0 9 / 1 9 1 7 - 1 9 3 6

T r e s g e n e r a c i o n e s i n t e l e c t u a l e s e n p a r t i c u l a r s e h a l l a n p r e s e n t e s e n

l a v i d a e s p a ñ o l a d e l p r i m e r t e r c i o d e l s i g l o xx: l a s c o n o c i d a s c o m o

g e n e r a c i ó n d e l N o v e n t a y o c h o , d e 1 9 1 4 y d e l V e i n t i s i e t e .

S e t r a t a d e a u t o r e s n a c i d o s r e s p e c t i v a m e n t e e n t r e 1 8 6 1 - 1 8 7 5 , 1 8 7 6 -

1 8 9 0 , y 1 8 9 1 - 1 9 0 5 , y s u s n o m b r e s s o n b i e n c o n o c i d o s : U n a m u n o , Va -

l l e - I n c l á n o B a r o j a p o r u n l a d o , O r t e g a , M a r a ñ ó n o A z a ñ a y P é r e z d e

A y a l a p o r o t r o , y J o r g e Guillen, P e d r o S a l i n a s o F e d e r i c o G a r c í a L o r -

c a p o r e l o t r o . La a c u m u l a c i ó n d e la o b r a d e l o s a u t o r e s d e e s t a s g e n e ­

r a c i o n e s , m á s l a d e la o b r a d e l o s a u t o r e s d e c i m o n ó n i c o s q u e a ú n v i ­

v í a n y e s c r i b í a n , m á s l a d e l a d e q u i e n e s e m p e z a b a n a e s c r i b i r

( g e n e r a c i ó n d e 1 9 3 6 ) , d a a t o d o e l p r i m e r t e r c i o d e l s i g l o xx ( n o s ó l o

a l o s a ñ o s v e i n t e , s e g ú n s e e s t i m a a v e c e s ) u n r e l i e v e m á x i m o q u e

c o i n c i d e c o n u n a c r i s i s p o l í t i c a , s o c i a l y e s p i r i t u a l e n e l p u e b l o e s p a ­

ñ o l y e n s u s d i r i g e n t e s a la q u e n o s e s u p o e n c o n t r a r o t r a s a l i d a q u e

l a g u e r r a c iv i l , q u e e n u n a f o r m a u o t r a d e j a r í a s u i m p r o n t a h a s t a

m u c h o t i e m p o m á s t a r d e ; l a b u e n a h i s t o r i o g r a f í a p r o c u r a r á e s t a b l e c e r

la c o h e r e n c i a o d i a l é c t i c a e n t r e t a l c r i s i s y l a s a c t i t u d e s d e l o s a u t o r e s

q u e l a v i v i e r o n y q u e e n a l g u n o s c a s o s i n c i d i e r o n e n e l l a c o n s u a c t u a ­

c i ó n p ú b l i c a .

Ya J a i m e V i c e n s , e n u n a s p á g i n a s b e l l a s d e l o s a ñ o s f i n a l e s d e s u

v i d a , h a b l ó e n p r i m e r t é r m i n o d e "la c r i s i s d e 1 9 0 9 " y a p u n t ó c ó m o l a

d e m a g o g i a d e l o s p o l í t i c o s d e p r i n c i p i o s d e s i g l o h i z o q u e a l d e j a r l u e ­

g o a b a n d o n a d o s a l o s o b r e r o s e n l o s s u c e s o s d e j u l i o d e e s e a ñ o 9 ,

e l o b r e r i s m o s e s i n t i e s e d e s e n c a n t a d o y s e e n c o n t r a s e p r e d i s p u e s t o

h a c i a e l a n a r c o s i n d i c a l i s m o ; a d e m á s l a b u r g u e s í a s a l i ó e s c a r m e n t a d a y

s u s p i r ó p o r u n a p o l í t i c a d e m a n o d u r a y o r d e n p ú b l i c o 1 . La v i o l e n c i a

a p a r e c í a g e s t á n d o s e n í t i d a m e n t e e n la v i d a s o c i a l e s p a ñ o l a , y t o d o e l

t i e m p o q u e v a d e s d e 1 9 1 7 a la g u e r r a l o c o n s i d e r a e l p r o p i o V i c e n s

c o m o e l d e "la c r i s i s d e l s i g l o xx" : " D e s d e 1 9 1 7 - e s c r i b e a l a l e t r a -

E s p a ñ a s e d e b a t e e n e l s e n o d e u n a p r o f u n d a c r i s i s h i s t ó r i c a " 2 .

E n t r e l o s c o m p o n e n t e s q u e d e f i n i e r o n ta l s i t u a c i ó n c r í t i c a p r o l o n ­

g a d a d u r a n t e m á s d e v e i n t e a ñ o s - s o n l o s a ñ o s q u e c o i n c i d e n j u s t a -

1 J. Vicens Vives, dir., Historia social y económica de España y América, Barce­lona, Teide, IV/II, 1959, p. 398. Cf. también entre otras cosas Xavier Cuadrat, Socialis­mo y anarquismo en Cataluña (1899-1911), Madrid, Ediciones de la Revista de Tra­bajo, 1976; José Álvarez Junco, El emperador del Paralelo. Lerroux y la demagogia populista, Madrid, Alianza, 1990.

2 Loe. cit., p. 406.

FRANCISCO ABAD

m e n t e , p o r e j e m p l o , c o n la ac t iv idad l i teraria d e Garc í a Lo rca - , s e e n c u e n t r a n el de l an t ic le r ica l i smo y el d e la i n t e r v e n c i ó n de l Ejército e n la v ida civil y polí t ica; e n e s t e s e n t i d o n u e s t r o a u t o r e s t a m p a u n a s l íneas p rec i sa s q u e d e s e a m o s r ecoge r : "El mili tar e s p a ñ o l se s in t ió d e n u e v o l a n z a d o a la pol í t ica e n d e f e n s a d e u n a ideo log ía c o n c r e t a , v in­c u l a d a al m a n t e n i m i e n t o de l o r d e n p ú b l i c o y d e la u n i d a d nac iona l . C u a n t o m á s a t a c a d o s se s in t i e ron p o r las fuerzas soc ia les y esp i r i tua­les e n p r e s e n c i a , m á s y m á s se inc l ina ron hac ia s o l u c i o n e s s i m p l e s y ta jantes" 3 .

Los p r o n u n c i a m i e n t o s mil i tares v e n í a n ya de l O c h o c i e n t o s , y e n e s tos a ñ o s volvía d e n u e v o el Ejército al espír i tu d e los p r o n u n c i a ­m i e n t o s act ivos c o n la mira p u e s t a e n la cen t ra l i zac ión pol í t ica y el c o n s e r v a d u r i s m o , y e l lo m e d i a n t e s o l u c i o n e s tajantes: Ejército, Iglesia y s ec to re s b u r g u e s e s d e u n a pa r te , y o b r e r i s m o p o r otra , a y u d a n a e n t e n ­d e r las po l a r i zac iones soc ia les d e u n e s t a d o d e t ens ión . S e g ú n se h a d i c h o g rá f i camente , la s o c i e d a d pol í t ica (Ejército, e tc . ) v i e n e a auxi l iar e n ta les s i t uac iones a las c lases d o m i n a n t e s q u e e s t án p e r d i e n d o el c o n ­trol d e la s o c i e d a d civil 4 .

La v io lenc ia se e s t a b a h a c i e n d o p r e s e n t e d e s d e 1909, y s eña l a el m i s m o Vicens - e n p a l a b r a s t e ñ i d a s d e e m o c i ó n , y n o se o lv ide q u e p u b l i c a d a s e n 1 9 5 9 - q u e tal " ape l ac ión a la v io lenc ia c o m o m e d i o d e reso lve r p r o b l e m a s secu la re s só lo p o d í a induc i r a s e m b r a r el pa í s d e ru inas mate r ia les y m o r a l e s " 5 . En rea l idad t o d a la his tor ia e s p a ñ o l a c o n ­t e m p o r á n e a h a e s t a d o l lena d e t e n s i o n e s pol í t icas y soc ia les ( los resu l ­t a d o s d e las d e s a m o r t i z a c i o n e s , e tc . ) , y la v io lenc ia - m u y p r e s e n t e e n e t a p a s de l s iglo x ix - h a t r a ído e n e fec to a la v ida e s p a ñ o l a d e la p r e ­s e n t e cen tur ia m u c h a s ru inas mate r ia les y d e s d e l u e g o m o r a l e s : la rui­n a mora l de r ivada de l r e s u l t a d o d e la g u e r r a civil p r á c t i c a m e n t e se h a e x t e n d i d o - n o e n lo pol í t ico , p e r o e n lo social y e n las m e n t a l i d a d e s s í - has ta el final de l s ig lo 6 .

3 Ibídem, p. 408. 4 Adaptamos al caso una observación de Manuel Tuñón de Lara, "Rasgos de cri­

sis estructural a partir de 1917", en el volumen de actas La crisis del Estado español 1898-1936, Madrid, Ed. Cuadernos para el Diálogo, 1978, pp. 15-40: p. 15.

5 Op. cit., p. 410. 6 Sobre los comportamientos colectivos de fraternidad o cainismo en la vida con­

temporánea española, cf. José María Jover, La civilización española a mediados del siglo xix, Madrid, Espasa-Calpe, 1991. Todo el índice de cuestiones planteadas en este tra­bajo puede resultar de utilidad - c o n algún añadido- para hacerse cargo de la España contemporánea entera.

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SOBRE EL C O N T E X T O H I S T Ó R I C O Y LA OBRA CRÍTICO-LITERARIA.

D e s d e l u e g o nues t r a n a c i ó n n o se e n c u e n t r a a is lada , y los h e c h o s

ex te r io res h a n inc id ido , a s i m i s m o , e n la e x a c e r b a c i ó n d e las dificulta­

d e s i n t e r n a s 7 .

E N EL CONTEXTO EUROPEO

En sus c lases y escr i tos , el prof. J o s é María J o v e r h a e n f o c a d o d e s ­

d e h a c e m u c h o s a ñ o s el p r i m e r te rc io del s iglo xx e n t a n t o é p o c a d e

la historia e s p a ñ o l a p r e s id ida p o r la v io l enc ia 8 . Se trata d e u n a ac t i tud

m e n t a l d e la s o c i e d a d a c o r d e c o n el O c c i d e n t e e u r o p e o y n o d e a lgo

casticista exp l i cab l e p o r s u p u e s t a s p e c u l i a r i d a d e s h i s p a n a s q u e se r e m o n ­

t a n a u n p a s a d o b a s t a n t e a n t i g u o . J o v e r a c o s t u m b r a a e x p l i c a r los

h e c h o s e s p a ñ o l e s e n su c o n t e x t o e u r o p e o , lo q u e e f ec t ivamen te p a r e ­

ce m á s a d e c u a d o c o n la rea l idad: 1808, 1898, etc. , s o n a c o n t e c i m i e n ­

tos i n t e rnac iona l e s y n o e x p l o s i o n e s y man i f e s t ac iones casticistas; lo

m i s m o o c u r r e c o n las ac t i tudes colec t ivas d e las p r i m e r a s d é c a d a s d e

n u e s t r o siglo, s e g ú n a p u n t a e n par t icular : el i m p a c t o d e la idea d e la

p r imac ía d e la v ida

es part icularmente evidente (escribe) en los movimientos totalitarios de derecha -naz ismo, fasc ismo- y guardará u n estrecho parentesco c o n la apología de la violencia. [...] Es la violencia lo que da el tono tanto a las relaciones humanas c o m o a las relaciones internacionales [ . . . ] . En el p lano de las relaciones sociales, el recurso a la "acción directa" - es decir, a la v i o l e n c i a - da la tónica al per íodo. La obra de Jorge Sorel Reflexiones sobre la violencia (1908) [...] servirá de inspiración simultá­neamente al mov imien to bolchevique y al m o v i m i e n t o fascista. [...] La quiebra del "opt imismo progresista" profesado p o r los hombres del siglo xviii y del xix, n o podía ser más completa 9 .

7 Al impacto en la conciencia española de la vida europea se ha referido el pro­pio Vicens, quien señala en un párrafo cargado de síntesis: "Sin la primera guerra mun­dial no se habría ensanchado el foso ideológico entre derechas (germanófilos) e izquier­das (aliadófilos), ni se habría desencadenado la huelga general de 1917, ni se habría iniciado la sangrienta carrera del pistolerismo barcelonés. Sin el ejemplo del fascismo italiano el Ejército no se habría atrevido a cercenar la Constitución de 1876 [...]. Sin el hundimiento económico de Wall Street y el colapso de los mercados internacionales, no habría sido tan brusca la caída de la dictadura de Primo de Rivera y su substitu­ción por la II República. La sincronización es aún más notoria desde 1931- Gran par­te del desasosiego de los espíritus entre esta fecha y la de 1936 fue provocado por la subida al poder de Hitler en 1933 [...]" íop. cit., p. 409).

8 Nos remitimos desde luego a sus escritos, así como a las clases que durante siete cursos hemos tenido gusto en seguirle en el Colegio Libre de Eméritos de Madrid.

9 Citamos según J. M. Jover y G. Gómez-Ferrer, Historia ilustrada de España. Vol. 9: La época de Alfonso XIII, Madrid, Ed. Debate, 1998, pp. 89-90.

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FRANCISCO A B A D

La v i o l e n c i a e s u n t a l a n t e g e n e r a l e u r o p e o d e l a é p o c a , y , a s i m i s m o ,

e n c u e n t r a m o t i v o s e n la p r o p i a h i s t o r i a e s p a ñ o l a : u n o s y o t r o s f a c t o ­

r e s d e s e n c a d e n a n u n a c r i s i s q u e s e m a n i f i e s t a d e s d e 1 9 0 9 y q u e l l e v a

a la g u e r r a c iv i l d e t r e s a ñ o s .

E n p a r t i c u l a r e l a n t i c l e r i c a l i s m o e s u n o d e l o s c o m p o n e n t e s e n q u e

la v i o l e n c i a s e m a n i f i e s t a e n l a c r i s i s e s p a ñ o l a : la I g l e s i a n o s e m o s t r ó

c o m p r e n s i v a n i c o n l a c i e n c i a m o d e r n a n i c o n l a s r e i v i n d i c a c i o n e s o b r e ­

r a s , y a p a r e c i ó v i n c u l a d a a s í a l a s i n s t a n c i a s p o d e r o s a s y a u t o r i t a r i a s .

H a y u n t e x t o d e g r a n v a l o r t e s t i m o n i a l e n t o r n o a "e l p r o b l e m a r e l i ­

g i o s o - s o c i a l d e E s p a ñ a " , y e s e l p e q u e ñ o l i b r o q u e c o n e s e t í t u l o p u b l i ­

c ó e l P. F r a n c i s c o P e i r ó e n 1 9 3 6 , y e n e l q u e e s t u d i a - s e g ú n é l m i s ­

m o d i c e - l o s v e i n t e o v e i n t i c i n c o a ñ o s i n m e d i a t a m e n t e a n t e r i o r e s , e s

d e c i r , t o d o s l o s d e e s t a c r i s i s d e d u r a c i ó n m e d i a d e e n t r e 1 9 0 9 y la

g u e r r a c iv i l .

E L PROBLEMA RELIGIOSO C O M O PROBLEMA SOCIAL

La " P a r t e P r i m e r a " d e l l i b r o d e l P a d r e P e i r ó a p a r e c e d e d i c a d a a "La

c r i s i s r e l i g i o s a . C a u s a s y o r í g e n e s " , y e n la m i s m a m a n t i e n e e l a u t o r

q u e E s p a ñ a a t r a v i e s a u n a g r a v e c r i s i s s o c i a l y r e l i g i o s a . La c r i s i s s o c i a l

s e h a l l a - m a n i f i e s t a - e n l a o p o s i c i ó n e n t r e l a s c l a s e s t r a b a j a d o r a s y l a s

r e s t a n t e s c l a s e s d e l a s o c i e d a d , y s o n s i g n o s d e l a m i s m a " l a s c o n t i ­

n u a d a s h u e l g a s , l o s r e p e t i d o s a t r a c o s , l o s a s e s i n a t o s f r e c u e n t e s d e la

c i u d a d y la a n a r q u í a d e s e n f r e n a d a q u e r e i n a e n l o s c a m p o s " 1 0 .

P o r o t r a p a r t e y e n l o q u e r e s p e c t a a l p r o b l e m a r e l i g i o s o , o c u r r e

q u e e n l a s c i u d a d e s d e m á s i m p o r t a n t e m a s a d e o b r e r i s m o i n d u s t r i a l

( m e n c i o n a a B i l b a o , S e v i l l a , M a d r i d y B a r c e l o n a ) , " s e e n c u e n t r a n g r a n ­

d e s c o n t i n g e n t e s d e p o b l a c i ó n e n p l e n o p a g a n i s m o " , y t a l e s c o n t i n g e n ­

t e s n o c o n c i b e n s i n o q u e l o s b u r g u e s e s s o n r i c o s y a p e g a d o s a la I g l e ­

s i a , y l o s p r o l e t a r i o s s o n p o b r e s y s i n r e l i g i ó n 1 1 . P a r a n u e s t r o a u t o r l a

c r i s i s r e l i g i o s a a c o m p a ñ a a l a c r i s i s s o c i a l , y a q u e e n l a s c o n c i e n ­

c i a s p o p u l a r e s s e h a i d e n t i f i c a d o a l a b u r g u e s í a m á s p o d e r o s a c o n la

i g l e s i a :

La m a s a t r aba j ado ra - c o m p r u e b a y e x p l i c a - h a a p o s t a t a d o d e la re l ig ión . [...] Si s e p i e n s a e n la t e n a c i d a d c o n q u e los a g i t a d o r e s m a n -

1 0 P. Francisco Peiró, El problema religioso-social de España, Madrid, Ed. Razón y Fe, 1936, p. 11. Hemos logrado encontrar esta obra en librería de viejo.

11 Ibídem, pp. 14 y 16.

2 2

SOBRE EL CONTEXTO HISTÓRICO Y LA OBRA CRÍTICO-LITERARIA.

t ienen encendida la lucha de clases y presentan los sentimientos, los intereses, los ideales de las otras clases de la sociedad contrapuestos a los de la clase obrera, se comprende fáci lmente que la re l ig ión se haya conver t ido también en cuestión de clases y se considere por los obre­ros c o m o cond ic ión específica de las clases burguesas, y por consi­guiente la hagan objeto de los mismos odios que sienten hacia esas cla­ses reputadas c o m o enemigas 1 2 .

I g l e s i a s e h a c e i g u a l a b u r g u e s í a , a n o o b r e r i s m o , y e n c o n j u n t o e s t a ­

m o s - e n l a c o n c i e n c i a p r o l e t a r i a - a n t e l o s g r u p o s p r i v i l e g i a d o s e i n m o -

v i l i s t a s : e n e f e c t o e l p r o b l e m a s o c i a l l l e v a a l p r o b l e m a r e l i g i o s o .

El P a d r e P e i r ó d i a g n o s t i c a q u e l a s m a s a s o b r e r a s h a n c a í d o e n

a p o s t a s í a , y a n t e t a l a p o s t a s í a d e l a s c l a s e s t r a b a j a d o r a s r e c o n o c e " q u e

e n E s p a ñ a s e p u d r e u n a v e r d a d e r a l e g i ó n d e p e r s o n a s , d e d o s a d o s

m i l l o n e s y m e d i o , e n u n a v e r d a d e r a m i s e r i a " 1 3 , y r e c u e r d a h e c h o s c o n o ­

c i d o s p o r o t r a s f u e n t e s c o m o l a e s c a s e z d e l o s s a l a r i o s , la d u r a c i ó n d e

la j o r n a d a l a b o r a l - e n l o s c a m p o s , d e s o l a s o l - , o l a i n s a l u b r i d a d d e

l a v i v i e n d a 1 4 . I n s u f i c i e n c i a d e l o s s a l a r i o s , m a l a s c o n d i c i o n e s d e v i v i e n ­

d a , m a l a a l i m e n t a c i ó n y a u m e n t o d e l a s e n f e r m e d a d e s , e t c . , f o r m a b a n

c i e r t a m e n t e u n c í r c u l o i n f e r n a l y v i c i o s o .

A l a m i s e r i a m a t e r i a l i n d i c a n u e s t r o a u t o r q u e s e a ñ a d í a e n e l o b r e ­

r o "la c o n c i e n c i a d e u n a i n j u s t i c i a " 1 5 , y e n d e f i n i t i v a a d m i t e e l P. F r a n ­

c i s c o P e i r ó q u e "las masas obreras no han encontrado en la Iglesia lo

que tenían derecho a esperar"16: d e a h í s i n d u d a la a g u d i z a c i ó n d e l

p r o b l e m a a n t i c l e r i c a l .

E s t a a c t i t u d q u e p a r e c e v e r a z y h o n e s t a d e n u e s t r o a u t o r e n c u a n ­

t o a s a b e r p e r c i b i r y r e c o n o c e r l a s i m p l i c a c i o n e s d e l p r o b l e m a s o c i a l

e n e l p r o b l e m a r e l i g i o s o , v a a c o m p a ñ a d a e n é l p o r u n a s c o n s i d e r a ­

c i o n e s q u e l l a m a r í a m o s " d e l a r g a d u r a c i ó n " e n l a s q u e s e m u e s t r a m á s

i n t e g r i s t a : r e m i t e e l s e n t i m i e n t o a n t i c l e r i c a l a l " s e d i m e n t o d e i r r e l i g i o s i ­

d a d d e p o s i t a d o e n [ n u e s t r o p u e b l o ] s i n i e s t r a m e n t e p o r t o d o u n l a r g o

p r o c e s o d e r e v o l u c i o n e s p o l í t i c a s y r e l i g i o s a s q u e l l e n a t o d a la h i s t o ­

r ia d e E s p a ñ a e n e l s i g l o x i x " 1 7 . E s t a m o s a n t e o t r a d e l a s d e s c a l i f i c a ­

c i o n e s y p r e t e r i c i o n e s d e n u e s t r o O c h o c i e n t o s - e n t e n d i d o a q u í e n s e n ­

t i d o t e m p o r a l a m p l i o - q u e t a n t o s e h a n r e p e t i d o y q u e t a n t o h a n c a l a d o

12 Ibídem, p. 17. 13 Ibídem, p. 19. 14 Ibídem, p. 20. 15 Ibídem, p. 22. 16 Ibídem, p. 24. Subrayado nuestro. 17 Ibídem, p. 36.

2 3

FRANCISCO A B A D

e n l a m e n t a l i d a d c o l e c t i v a d e la c u l t u r a e s p a ñ o l a ; e l P a d r e P e i r ó d e d i ­

c a c u a t r o p á g i n a s d e s u t e x t o a e n u m e r a r la s u c e s i ó n d e h e c h o s d e

" i r r e l i g i o s i d a d " q u e v a n e n l a h i s t o r i a e s p a ñ o l a d e s d e q u e C a r l o s III r e i ­

n a b a e n Ñ a p ó l e s h a s t a l a q u e m a d e i g l e s i a s d e m a y o d e 1 9 3 1 1 8 . N u e s ­

t r o a u t o r r e s p o n s a b i l i z a a s í a l a I g l e s i a d e q u e l o s o b r e r o s n o h a y a n

e n c o n t r a d o e n e l l a l o q u e t e n í a n d e r e c h o m o r a l y d e j u s t i c i a a e s p e ­

rar , p e r o a l a v e z y u n t a n t o c o n t r a d i c t o r i a m e n t e d e s p l i e g a u n p e n s a ­

m i e n t o c o n t r a r r e v o l u c i o n a r i o q u e l e l l e v a a d e s c a l i f i c a r e l s e g m e n t o d e

la E s p a ñ a m o d e r n a q u e v a d e s d e h a c i a 1 7 3 4 / 1 7 5 9 h a s t a l a S e g u n d a

R e p ú b l i c a : s e t r a t a c i e r t a m e n t e d e l s e g m e n t o m u c h a s v e c e s m e n o s a t e n ­

d i d o p o r l o s e s t u d i o s o s d e d i f e r e n t e s d i s c i p l i n a s ( d e s d e l u e g o l a s f i l o ­

l ó g i c a s ) , p u e s e n la c u l t u r a e s p a ñ o l a s e h a t r a t a d o d e t i e m p o s p r e t e r i ­

d o s : a ñ o s d e p e n s a m i e n t o l i b e r a l - h u b o , s e g ú n s e s a b e p o r l a s m o n o g r a f í a s

d e J o s é A n t o n i o M a r a v a l l y A n t o n i o E l o r z a , u n a i d e o l o g í a l i b e r a l e n l a

I l u s t r a c i ó n e s p a ñ o l a - , d e m e n o r a u g e l i t e r a r i o e x c e p t o e n l o s n o v e l i s ­

t a s d e l a R e s t a u r a c i ó n y e n l a E d a d d e P l a t a , e t c . El f r a n q u i s m o o f i c i a l

l l e g ó a m a n t e n e r i n c l u s o q u e e l s i g l o xix e r a u n a c e n t u r i a q u e n o d e b i e ­

r a h a b e r e x i s t i d o e n t r e n o s o t r o s , y a c a s o l a m e n t a l i d a d d e l a s o c i e d a d

e s p a ñ o l a n o f u e d e l t o d o i m p e r m e a b l e a t a l c o n d e n a 1 9 .

L A VIDA INTELECTUAL EN LOS TIEMPOS DE CRISIS

E n s u s p á g i n a s y a m e n c i o n a d a s s o b r e l a c r i s i s e s p a ñ o l a d e l p r i m e r

t e r c i o d e l s i g l o xx , J a i m e V i c e n s e s t a m p a b a e s t a s l í n e a s q u e c i t a m o s

a u n q u e r e s p o n d e n a u n a o b s e r v a c i ó n c o m ú n ; a l u d e V i c e n s a l r e g i o n a -

1 8 Francisco Peiró escribe por ejemplo en esas cuatro páginas aludidas: "No se olvide que por nuestro pueblo han pasado en poco más de un siglo las revoluciones más violentas y sanguinarias, y que la generación nuestra es la heredera de aquella otra generación envenenada por los ministros de Carlos III, de quien decía Pío VI que eran hombres sin religión [...]. Que nuestra generación ha heredado el virus ponzo­ñoso de la doctrina que propagaron los clérigos ilustrados de Carlos IV, conocidos para eterno vilipendio con el nombre de afrancesados [...]. Que en el siglo xix lleváronse a cabo revoluciones como la del 34 [...] y luego por fin vino la revolución de Barce­lona en julio del 35 [...]. No se olvide que después de la revolución del 34 se verifi­có la desamortización religiosa [...]. Recuérdese que esta revolución y estos hechos vandálicos se repitieron el 48, el 54 y por fin el 69 y el 70, [...] todo lo cual ha rever­decido en el siglo xx en los días luctuosos de la Semana trágica de Barcelona de 1909 y en los tan inmediatos a nosotros de mayo de 1931" (ibidem, pp. 36-39).

1 9 José María Jover tiene anunciado un libro de conjunto dedicado justamente a la 'España moderna, 1759-1931, libro que en buena medida tiene ya hecho en la suma de sus artículos (generalmente extensos) publicados.

2 4

SOBRE EL CONTEXTO HISTÓRICO Y LA OBRA CRÍTICO-LITERARIA.

l i s m o e n t a n t o a s u n t o m u y d e b a t i d o , y d i c e a s i m i s m o : "El s e g u n d o e p i ­

c e n t r o d e l o s c o n f l i c t o s i d e o l ó g i c o s d e l m o m e n t o r a d i c a e n l a U n i v e r ­

s i d a d . [...] La c i e n c i a e s p a ñ o l a s a c u d i ó e l m a r a s m o e n q u e h a b í a v i v i ­

d o , y s o b r e t o d o e n l o s c a m p o s d e la f i l o l o g í a , a r q u e o l o g í a , h i s t o r i a ,

a r t e , m a t e m á t i c a s y c i e n c i a s n a t u r a l e s l a b r ó p r o f u n d o s s u r c o s q u e la

e m p a l m a r o n c o n l a e x t r a n j e r a . El e u r o p e í s m o g a n ó u n a n e t a v i c t o r i a ,

e s p e c i a l m e n t e a t r a v é s d e l o s p r o f e s o r e s e d u c a d o s e n A l e m a n i a y l o s

p a r t i d a r i o s d e l a c i e n c i a g e r m á n i c a . D e e s t e p e r í o d o , y g r a c i a s a u n a

p l é y a d e d e h o m b r e s i l u s t r e s ( M e n é n d e z P i d a l , A . C a s t r o , P. B o s c h G i m -

p e r a , C . S á n c h e z A l b o r n o z , T o r r o j a , R e y P a s t o r , e t c . ) , a r r a n c a l a c o n s ­

t i t u c i ó n d e l a c i e n c i a e s p a ñ o l a m o d e r n a " 2 0 . E n e f e c t o d e e s t o s m a e s ­

t r o s c i t a d o s s u r g e la c i e n c i a e s p a ñ o l a d e l s i g l o x x a l m e n o s e n f i l o l o g í a :

e l C e n t r o d e E s t u d i o s H i s t ó r i c o s d e d o n R a m ó n l l e v ó a c a b o u n a l a b o r

l i n g ü í s t i c a e h i s t ó r i c o y c r í t i c o - l i t e r a r i a , q u e h a s u p u e s t o e l f u n d a m e n ­

t o p r i n c i p a l d e t o d o l o q u e s e h a h e c h o m á s t a r d e , s i b i e n c o n e l p a s o

d e l t i e m p o a l g u n o s e s f u e r z o s i n d i v i d u a l e s ( e l d e E m i l i o A l a r c o s e n f o n o ­

l o g í a y g r a m á t i c a , l o s d e l o s e s t u d i o s o s l i t e r a r i o s d e l B a r r o c o - E m i l i o

O r o z c o - o d e l O c h o c i e n t o s - M a r i a n o B a q u e r o G o y a n e s - , e t c . ) , h a n

r e s u l t a d o t a m b i é n i n f l u y e n t e s .

T a l c o m o q u e d a a p u n t a d o y a , e l r e t o q u e t i e n e n a n t e s í l o s e s t u ­

d i o s o s e s e l d e a n a l i z a r e n s u u n i c i d a d e l e s p l e n d o r i n t e l e c t u a l y l a c r i ­

s i s s o c i a l y p o l í t i c a e s p a ñ o l a d e l a s d é c a d a s i n i c i a l e s d e l s i g l o . M á s e n

g e n e r a l , e l e s t u d i o s o d e v a r i a s m a t e r i a s f i l o l ó g i c a s ( h i s t o r i a d e l a s i d e a s

e s t é t i c a s , h i s t o r i a d e l a l e n g u a y d e l a s i d e a s l i n g ü í s t i c a s , . . . ) h a r á b i e n

e n e s t u d i a r la E d a d M e d i a y l o s s i g l o s x v i y XV I I , p e r o , a s i m i s m o , l o s

t i e m p o s p o s t e r i o r e s .

E n e s t a é p o c a d e la v i o l e n c i a e s c r i b i ó E n r i q u e D i e z - C a n e d o ; é l a t e n ­

d i ó a l o e s p e c í f i c o d e la s e r i e l i t e r a r i a , y n o s p u d o d e j a r a s í o b s e r v a ­

c i o n e s p e n e t r a n t e s y c e r t e r a s .

II. D O N FRANCISCO G I N E R

A v a r i a s d e l a s c u m b r e s i n t e l e c t u a l e s y m o r a l e s d e l p r i m e r t e r c i o

d e n u e s t r a c e n t u r i a s e r e f i e r e C a ñ e d o e n s u s c r í t i c a s l i t e r a r i a s y g l o s a s :

a G i n e r , a G a l d ó s , a B a r o j a , M e n é n d e z P i d a l o G a r c í a L o r c a .

E n c o n c r e t o p a r t e d e l o s a r t í c u l o s p u b l i c a d o s p o r E n r i q u e D i e z -

C a n e d o e s t á n r e c o g i d o s e n t r e s t o m o s d e Conversaciones literarias, q u e

2 0 Op. cit., pp. 4 1 9 - 4 2 0 .

25

FRANCISCO ABAD

e n e d i c i ó n a u m e n t a d a d a t a n d e 1964. S e i n i c i a n e s t a s Conversaciones c o n la s e m b l a n z a "El m a e s t r o " , d e d i c a d a p r e c i s a m e n t e a d o n F r a n c i s ­

c o G i n e r d e l o s P a o s , f i g u r a c l a v e d e t o d a la E d a d d e P l a t a e s p a ñ o l a

y p e n s a d o r q u e l l e v a b a e n s í e l o p t i m i s m o e d u c a t i v o i l u s t r a d o d e q u e

m e d i a n t e la i n s t r u c c i ó n s e m e j o r a a l h o m b r e y a la s o c i e d a d .

J u s t a m e n t e d e s t a c a n u e s t r o c r í t i c o la c a l i d a d d e m a e s t r o d e d o n

F r a n c i s c o : "La c u a l i d a d d e m a e s t r o - e s c r i b e - e s e l r a s g o s a l i e n t e d e s u

f i s o n o m í a . [...] N o l o e s q u i e n q u i e r e , s i n o a q u e l q u e h a r e c i b i d o c o n

e l s e r , d o n d e m a g i s t e r i o " 2 1 . E n v e r d a d d e n a d i e c o m o d e é l s e h a

d i c h o q u e e r a e l m a e s t r o e n la E s p a ñ a c o n t e m p o r á n e a , y s u t r a z a l l e ­

g a h a s t a la g u e r r a c iv i l : q u i e n e s s e l e v a n t a r o n e n a r m a s i b a n e n c o n ­

t r a d e l e s p í r i t u d e G i n e r , y c a s i n a d a m á s q u e p o r l a d e f e n s a d e s u s

p r i v i l e g i o s 2 2 .

C a ñ e d o d e s t a c a l a i m p r o n t a d e la e n s e ñ a n z a g i n e r i a n a e n e l d e s a ­

r r o l l o d e la p r o p i a i n d i v i d u a l i d a d d e c a d a u n o , y d i c e a s í :

Maestro viene a ser más que nadie aquel que despertó en noso­tros algo que dormía, aquel que nos ensanchó los horizontes del v iv i r y del pensar, aquel en una palabra que tal vez sin enseñarnos nada concreto nos puso en camino de descorrer por nosotros mismos algo del ve lo que nos encubre la propia personal idad, que nos h izo ver lo más conforme a nuestra naturaleza y nos decidió a seguirlo sin desmayo.

De estos úl t imos fue d o n Francisco Giner para cuantos a él se l le­garon.

Su persona tenía tal atractivo que desde el pr imer m o m e n t o cauti ­vaba 2 3 .

2 1 Enrique Diez-Canedo, Conversaciones literarias. Primera serie: 1915-1920, Méxi­co, Joaquín Mortiz, 1964, p. 9.

2 2 De las ideologías, estereotipos e intereses de los vencedores de la guerra tra­ta ahora Michael Richards, Un tiempo de silencio. La guerra civil y la cultura de la represión en la España de Franco, 1936-1945, Barcelona, Crítica, 1999, quien recuer­da cómo se decía que España se había contagiado e "'infectado' durante los siglos xvm y xix", y que la guerra de 1936 compendiaba "la historia de doce siglos". Richards inter­preta por su parte, parafraseando a veces las fuentes: "El período comprendido entre 1936 y 1945 fue testigo de una brutal represión, asociada a una rápida reclamación del poder por parte de las élites sociales. Dichas élites no dudaron en respaldar la vio­lencia y se caracterizaban por tener una determinada visión del futuro, que eso sí, venía a reciclar en gran medida el pasado. [...] Después de la guerra, no podía per­mitirse que el espíritu extranjero contaminara la vida del Estado español, como se había tolerado que ocurriera tras los derramamientos de sangre de 1808. [...] El "virus" extran­jero del liberalismo [...] constituía una infección que era preciso eliminar" (pp. 5, 7, 25-26 y 49).

23 Op. cit., p. 10.

26

SOBRE EL CONTEXTO HISTÓRICO Y LA OBRA CRÍTICO-LITERARIA.

N o s e t r a t a b a d e l m a e s t r o i n f a n t i l y j u v e n i l q u e a m p l í a y c o m p l e ­

t a la o b r a p a t e r n a , sino de quien nos descubre y nos abre en riqueza

hacia las posibilidades del vivir y del pensamiento y con ello nos con­

duce a conocernos mejor y a ser más nosotros mismos: a q u í r e s i d e e l

v e r d a d e r o m a g i s t e r i o , y d e e s t a c l a s e - t e s t i m o n i a D i e z - C a n e d o - e r a d o n

F r a n c i s c o G i n e r . E r a d e l a c l a s e d e l o s q u e e n e l p r i m e r m o m e n t o c a u ­

t i v a n y e s t i m u l a n n u e s t r a p e r s o n a l i d a d h a c i a l a r i q u e z a d e l a a u t e n t i c i ­

d a d p e r s o n a l y d e l o m e j o r .

G i n e r p o s e í a i n i g u a l a d a m e n t e e l d o n d e m a g i s t e r i o , i n s i s t e n u e s t r o

c r í t i c o , y t a l f u e s u o b r a e n e l m u n d o : l a e j e m p l a r i d a d y a u t o r i d a d

m o r a l q u e t u v o p e n e t r a l u e g o e n l a E s p a ñ a c o n t e m p o r á n e a h a s t a l a

g u e r r a c iv i l . C a ñ e d o e s c r i b e t a m b i é n :

Era d o n Francisco Giner eso que rara vez se encuentra, u n conse­jero, u n amigo aun para el que por pr imera vez le veía p o r aquel d o n de magisterio innato que nadie habrá poseído en grado más eminente que él. Y este magisterio ejercíalo de manera tan espontánea, tan c o m u ­nicativa de p u r o afectuosa, tan exenta de t o d o empaque y sombra de autor idad que, con ser tanta la suya, se le hablaba c o m o a u n amigo, c o m o a u n hermano u n poco mayor. Esto fue lo pr inc ipa l de su obra en el m u n d o 2 4 .

G i n e r h i z o m u c h o s e s c r i t o s ( q u e p o r s e r f i g u r a t a n r e l e v a n t e d e b i e ­

r a n a n a l i z a r s e i d i o m á t i c a m e n t e ) , p e r o l o q u e s u b r a y a n u e s t r o c r í t i c o e s

o t r a c o s a : s u d o n d e m a g i s t e r i o , q u e é l p r a c t i c a b a e n c u a n t o d o n d e

a m i s t a d y d e c o n s e j o , o s e a , e n c u a n t o d o n d e d o s d e l a s p l e n i t u d e s

d e l o h u m a n o . La a u t o r i d a d m o r a l d e d o n F r a n c i s c o d e r i v a b a d e e s a

c a p a c i d a d d e m a g i s t e r i o i n n a t o a c a s o i n i g u a l a d a m e n t e p o s e í d a .

L A CRÍTICA LITERARIA DE A Z O R Í N

E n r i q u e D i e z - C a n e d o s e r e f i e r e e n o t r o a r t í c u l o a l a s R e a l e s A c a ­

d e m i a s ( d e la L e n g u a , d e l a H i s t o r i a . . . ) , y d i s c r i m i n a e n e l l a s a q u i e ­

n e s t r a b a j a n d e q u i e n e s n o t r a b a j a n , a l o s q u e s a b e n d e v e r d a d d e l a

m a t e r i a a t e n d i d a y a l o s q u e s a b e n m u y p o c o d e e l l a y p u d i e r a s e r

q u e t o m a s e n a l a A c a d e m i a a l a q u e p e r t e n e c e n c o m o u n e s c a p a r a t e

d e l a v a n i d a d : " C o n t a d e n [ las A c a d e m i a s ] q u i é n e s s o n l o s q u e e d i f i ­

c a n , l o s q u e v e r d a d e r a m e n t e c o n s t r u y e n a r t e o c i e n c i a , e l o c u e n c i a o

24 Ibídem, pp. 10-11.

2 7

FRANCISCO ABAD

f i l o so f í a , y v e d l o s e s c o n d i d o s e n t r e l o s i n n u m e r a b l e s " i n d i v i d u o s d e

n ú m e r o " y " s o c i o s c o r r e s p o n d i e n t e s " q u e n o h a n d e s e m p e ñ a d o n u n c a

m á s f u n c i ó n q u e l a m e r a m e n t e o r n a m e n t a l " 2 5 .

A u n q u e l o s t r a b a j o s a c a d é m i c o s m a l p u e d e n c o n o c e r s e d e s d e f u e ­

r a , c i e r t a m e n t e a v e c e s h a t r a s c e n d i d o l a l a b o r h o n r a d a , c o n s t a n t e y

h u m i l d e q u e h a n l l e v a d o a c a b o d i f e r e n t e s m i e m b r o s d e l a s A c a d e ­

m i a s ; c o m o e n t o d a c o l e c t i v i d a d , e s d e s u p o n e r q u e h a y a e n c a d a u n a

d e e s t a s C o r p o r a c i o n e s m i e m b r o s l a b o r i o s o s y o t r o s q u e l o s o n m e n o s ,

y c o m o t a m b i é n o c u r r e s i e m p r e e n c u a l q u i e r a g r u p a c i ó n h u m a n a , e s

d e s u p o n e r q u e l a s a p a r i e n c i a s n o c o i n c i d a n a b s o l u t a m e n t e s i e m p r e

c o n la r e a l i d a d .

L í n e a s m á s a d e l a n t e y e n e l m i s m o a r t í c u l o - q u e C a ñ e d o e s c r i b i ó

e n 1 9 1 6 - , e l a u t o r s e p r o n u n c i a s o b r e l a i n u t i l i d a d d e l a s A c a d e m i a s ,

p u e s d i c e : " N o s e t i e n e e n c u e n t a q u e s o n n o u n a v e s t i d u r a , e s d e c i r ,

a l g o n e c e s a r i o , s i n o u n a c o n d e c o r a c i ó n : i n ú t i l v a n i d a d , p o m p a d e c o r a ­

t i v a " 2 6 . E n e s t a l í n e a p a r a D i e z - C a n e d o q u i e n e s e s t é n e n u n a A c a d e m i a

y l o v a l g a n , y a t r a b a j a r á n p o r f u e r a , y n o p i d a m o s e n t o n c e s a c a d a

A c a d e m i a s i n o " d e c o r o y a p a r i e n c i a " 2 7 .

L u e g o d e s u e s c e p t i c i s m o a c e r c a m á s b i e n - i n t e r p r e t a m o s - d e m u c h o s

a c a d é m i c o s q u e p r o p i a m e n t e a c e r c a d e l a s A c a d e m i a s , n u e s t r o c r í t i c o

d e d i c ó d o s a r t í c u l o s a F e l i p e T r i g o c o n m o t i v o d e s u d e s a p a r i c i ó n , y

e n e l l o s l o c a r a c t e r i z a d e s d e l u e g o e n c u a n t o e s c r i t o r n a t u r a l i s t a , p e r o

a l a v e z e s t a b l e c e s u i d e a l i s m o y m a n t i e n e d e e s t a f o r m a :

Escr i tor na tu ra l i s t a s e le h a l l a m a d o a b o c a l l ena . Si s e l l ama n a t u ­ralista a t o d o escr i to r q u e s e d e t i e n e e n e s c e n a s y e v o c a c i o n e s e ró t i ca s c l a ro es tá q u e m e r e c e s in d u d a tal d e n o m i n a c i ó n Fe l ipe Tr igo . P e r o o c u ­r re q u e e n él e s o s de t a l l e s , q u e a b r u m a n a v e c e s t o d o u n l ib ro c o n p r o f u s i ó n b a r r o c a , n o s o n m á s q u e o r n a m e n t o y si a c a s o p i e z a d e c o n ­v icc ión , p o r q u e Fe l ipe Tr igo , al l a d o d e u n t e m p e r a m e n t o real is ta a la e s p a ñ o l a v is ib le a las c la ras e n s u s f o n d o s y e n las m á s d e s u s f iguras acceso r i a s , e s u n f o r m i d a b l e ideal i s ta q u e s u e ñ a n a d a m e n o s c o n refor­m a r el o r d e n soc ia l d e n u e s t r o p l a n e t a , d e s p r e n d i é n d o l o d e t r a b a s y p r e o c u p a c i o n e s y a s e n t á n d o l o e n b a s e s d e i g u a l d a d y s i n c e r i d a d 2 8 .

25 Ibídem, pp. 22-23. 26 Ibídem, p. 24. 27 Ibídem, p. 25. Irónicamente expresará dos años más tarde que Azorín ya iba

teniendo algún mérito positivo para ser académico: la de ser subsecretario. 28 Ibídem, p. 26.

2 8

SOBRE EL CONTEXTO HISTÓRICO Y LA OBRA CRÍTICO-LITERARIA.

A T r i g o l o p r e s e n t a b a e l c r í t i c o e n c u a n t o a n h e l a b a la r e f o r m a d e l

o r d e n s o c i a l y v i t a l , l o q u e e s t á j u n t o a s u n a t u r a l i s m o l i t e r a r i o y l o s

e s t u d i o s o s n o d e b e n d e s a t e n d e r , a u n q u e l e s e ñ a l a p o r o t r o l a d o u n

e s t i l o e l o c u t i v o " l l e n o d e f ó r m u l a s f á c i l m e n t e p a r o d i a b l e s " 2 9 . C o n s i d e r a

a l n o v e l i s t a e n d e f i n i t i v a e n t a n t o u n i n n o v a d o r q u e n o a l c a n z ó p r o ­

p i a m e n t e e l l o g r o , y a s í p a r e c e i n d i c a r l o a l e s c r i b i r : " S e p r o p u s o s a c a r

a l a n o v e l a e s p a ñ o l a d e l e s p í r i t u e s t r e c h o , u n p o c o r e g i o n a l h a s t a e n

l o s m a e s t r o s i n d i s c u t i b l e s , q u e la c a r a c t e r i z a , y e l e v a r l a h a s t a u n c o s ­

m o p o l i t i s m o a ú n n o a l c a n z a d o ; s e p r o p u s o f l e x i b i l i z a r l a e x p r e s i ó n , a l e ­

j a r l a d e l c a s t i c i s m o m u e r t o , d a r l e s a b o r v i v o , h a c e r l a v e h í c u l o d e s e n ­

t i m i e n t o s n u e v o s . N o f u e s u y a la c u l p a s i n a d a d e e s t o l o g r ó " 3 0 . T r i g o

p e d í a u n a e v o l u c i ó n v i t a l y s o c i a l , y e n la s e r i e l i t e r a r i a a p a r e c e e n

c u a n t o p r e t e n d e i n n o v a r s o b r e l o s n o v e l i s t a s a n t e r i o r e s : n o c o n s i g u i ó

u n a o b r a n i u n e s t i l o l o g r a d o s : " F l a q u e ó - a b u n d a C a ñ e d o - [...] e n e l

p e n s a m i e n t o y e n e l e s t i l o . C r e y ó q u e a l g o e n u n a o b r a l i t e r a r i a p o d r í a

s u s t i t u i r s e e n e l l u g a r s u m o q u e e s t á r e s e r v a d o a la b e l l e z a , y f u e p o r

e s o m i s m o u n e s c r i t o r i n c o m p l e t o " 3 1 .

A n a l i z a m á s e l c r í t i c o y a p u n t a c ó m o F e l i p e T r i g o n o b u s c ó q u i z á

s i e m p r e la b e l l e z a l i t e r a r i a , y e s o l e h i z o s e r u n e s c r i t o r i n c o m p l e t o :

c o n a f a n e s i n n o v a d o r e s , n o s e l o g r ó p o r n o h a b e r a h o n d a d o e n la

e s p e c i f i c i d a d d e l o l i t e r a r i o y p e r m a n e c i ó e n c u a n t o u n a u t o r i n c o m ­

p l e t o . T a l e s t i m a c i ó n la e n m a r c a D i e z - C a n e d o e n la i d e a d e q u e l a p e r -

v i v e n c i a l i t e r a r i a d e l o s t e x t o s o c u r r e p o r s u e l a b o r a c i ó n p r o p i a m e n t e

a r t í s t i c a , l o q u e é l e s t i m a b a n o o c u r r í a e n e l c a s o d e e s t e n o v e l i s t a 3 2 .

La l i t e r a t u r a p e r d u r a p o r l o l i t e r a r i o y a d e m á s l l e v a e n s í u n c o n t e n i ­

d o e x t r a l i t e r a r i o , d e f i e n d e e l c r í t i c o , q u i e n s e ñ a l a q u e T r i g o n o a l c a n ­

z ó p l e n a m e n t e e l c o m p o n e n t e l i t e r a r i o d e s u d i s c u r r i r .

A A z o r í n l e d e d i c a n u e s t r o a u t o r u n a r t í c u l o e n 1 9 1 7 c u a n d o la

c a s a C a l l e j a e d i t a s u s Páginas escogidas, y s e ñ a l a c o n a g u d e z a q u e l e e

b i e n y q u e p o n e e n r e l a c i ó n l o l e í d o c o n la v i d a , t o d o e l l o e n t o n o

l í r i c o : " A z o r í n h a l e í d o a l g u n o s l i b r o s , p e r o l o s h a l e í d o b i e n , y l e j o s

d e r e l a c i o n a r u n o s l i b r o s c o n o t r o s , h a e n l a z a d o c a d a u n o c o n la v i d a

p r o c u r a n d o e x t r a e r d e é l l o a p r o v e c h a b l e y e x i s t e n t e . A s í h a e n c o n -

29 Ibídem, p. 28. 30 Ibídem, pp. 28-29. 31 Ibídem, p. 33-3 2 "Las obras escritas con propósito meramente literario -mantiene en concreto

Cañedo-, si logran plena realización, son las que tienen tan solo posibilidades de super­vivencia. Lo demás, su alcance ético, o político, o social, se les da por añadidura" (ibí­dem, p. 31).

29

FRANCISCO ABAD

t r a d o l u g a r e s v i v o s y e x p r e s i v o s e n t o m i t o s o l v i d a d o s , e n a u t o r e s q u e

s o n , y a é l l e p a r e c e n , d e m u y s e c u n d a r i o v a l o r " 3 3 . A z o r í n e s u n l í r i ­

c o s i e m p r e , c a r a c t e r i z a D i e z - C a n e d o , y e n t a n t o c r í t i c o s e ñ a l a l o s g é r ­

m e n e s f e c u n d o s q u e s e d a n e n m u c h o s a u t o r e s ; p o d r í a m o s d e c i r q u e

f u e un filólogo lírico, e n c u a n t o a m a b a l o s t e x t o s y l o s b u s c a b a a u n ­

q u e e s t u v i e s e n o l v i d a d o s . A z o r í n l l a m ó l a t e n c i ó n s o b r e l o s c l á s i c o s

o l v i d a d o s , y s u b r a y a b a e n e l l o s c o n t o n o l í r i c o l a s a c t i t u d e s y p r o b l e ­

m a s v i t a l e s q u e p l a n t e a b a n .

E n c o n c o r d a n c i a c o n l a c a r a c t e r i z a c i ó n d e A z o r í n e n c u a n t o l e c t o r ,

C a ñ e d o e s c r i b i r á q u e l a g e n e r a c i ó n o m o v i m i e n t o d e 1 8 9 8 r e i v i n d i c ó

l o f u n d a m e n t a l d e l a p a t r i a : " h o n r a b a n - d i c e v e i n t e a ñ o s m á s t a r d e d e

e s a f e c h a - l a s é p o c a s e n q u e s e f o r m ó n u e s t r o e s p í r i t u : l a s p r i m i t i v a s

e n q u e s e i n i c i ó e l c a r á c t e r y e l h a b l a " 3 4 .

SOBRE LA NOVELA

S e ñ a l a n u e s t r o c r í t i c o q u e e n V i c e n t e B l a s c o I b á ñ e z s e d a f a c i l i d a d

y l a x i t u d e n l a e s c r i t u r a , l o q u e n o e s t i m a f a v o r a b l e m e n t e 3 5 ; e n c u a n ­

t o a l g é n e r o n o v e l í s t i c o d e s t a c a c o m o s u f u n d a m e n t o l a c a p a c i d a d d e

f a b u l a c i ó n o i n v e n t i v a , y e l l o e n e f e c t o p a r e c e s e r a s í : "¡La i n v e n t i v a .

É s t a e s la g r a n c u a l i d a d , l a m u s a d e la n o v e l a , l a q u e h a y q u e c o r t e ­

jar, p o r q u e s i e l l a s e l o g r a , t o d o l o d e m á s v i e n e p o r a ñ a d i d u r a " 3 6 ; l a

f a b u l a c i ó n v i e n e a c o n s t i t u i r la e s e n c i a d e l o n o v e l í s t i c o , q u e c o n s i s t e

p u e s e n t a l c a p a c i d a d i n v e n t i v a . La e s t e t i c i d a d n o v e l e s c a r e s i d e m u c h o

e n v e r d a d e n la c a p a c i d a d f a b u l a d o r a d e s p l e g a d a p o r e l a u t o r , s e g ú n

s u b r a y a C a ñ e d o .

E n o t r o e s c r i t o m e n c i o n a l o s l i b r o s r e c i e n t e s e n 1 9 1 8 d e P a l a c i o

V a l d é s , " l o s d e s u e v o l u c i ó n e s p i r i t u a l i s t a " , y c i e r t a m e n t e o c u r r e t a l r a s ­

g o e n P a l a c i o , y m u y v i s i b l e m e n t e e n G a l d ó s ( q u e e s c r i b e Misericor-

33 Ibídem, pp. 53-54. 34 Ibídem, p. 98. Sobre el 98 y los primitivos españoles vid., por ej., Francisco

López Estrada, Los "primitivos" de Manuel y Antonio Machado, Madrid, C.U.P.S.A., 1977, obra no obstante no siempre claramente expresiva.

3 5 "Una obra excesivamente larga -razona- indica mayor apresuramiento que otra mucho más reducida y prieta. Pesar y elegir, componer, en una palabra, es lo que exi­ge tiempo. La extensión por sí sola nada quiere decir; puede ser abundancia y rique­za, o facilidad y laxitud. Y en Blasco Ibáñez, novelista poderoso y fértil, de inventiva lozana y clara visión, es pecado que lo extenso de sus relatos corresponda más bien a las segundas causas que a las primeras" (ibídem, p. 117).

36 Ibídem, p. 146.

30

SOBRE EL C O N T E X T O H I S T Ó R I C O Y LA OBRA CRÍTICO-LITERARIA.

dia, o Nazarín, e t c . ) , e n l a P a r d o B a z á n (La quimera, . . . ) ; e l e s p l r i ­

t u a l i s m o d e l o s n o v e l i s t a s d e l r e a l i s m o - d i g a m o s p a r a e n t e n d e r n o s -

e s u n h e c h o v i n c u l a d o a la t r a y e c t o r i a g e n e r a l d e l a c u l t u r a : s e t r a t ó

d e la c r i s i s d e l p o s i t i v i s m o , u n a c r i s i s q u e a s i m i s m o s e m a n i f e s t ó , p o r

e j e m p l o , e n la c i e n c i a l i n g ü í s t i c a c o n l o s e s c r i t o s t e m p r a n o s d e V o s s -

l e r y c o n e l M e n é n d e z P i d a l d e Orígenes del español. La c r i s i s d e l a

m e n t a l i d a d p o s i t i v a l l e v a a l e s p i r i t u a l i s m o d e n u e s t r o s n o v e l i s t a s , a s u

i n t e r é s p o r la f i g u r a d e S a n F r a n c i s c o , e t c . , y l l e v a t a m b i é n a l o q u e

s e c o n o c e c o m o " i d e a l i s m o l i n g ü í s t i c o " , e s d e c i r , a l r e c h a z o e n t a n t o

ú n i c o f a c t o r e x p l i c a t i v o d e l n a t u r a l i s m o c i e g o d e l a s l e y e s f o n é t i c a s .

S e o c u p a , a s i m i s m o , D i e z - C a n e d o d e La pipa de kif d e V a l l e - I n c l á n ,

l i b r o q u e c a l i f i c a d e " d e s o l a d o r a e s t a m p a [...] c h i l l o n a e n l o a l e ­

g r e , d e s e s p e r a d a m e n t e s o m b r í a e n l o s m á s d e s u s t o n o s " 3 7 , y e n l a t é c ­

n i c a d e l m i s m o d e s t a c a la i m p o r t a n c i a v i s i b l e d e s u s r i m a s d i f í c i l e s , la

q u e a c u d e p r i m e r o e n l a p a l a b r a e x t r a v a g a n t e y d e s p u é s e n o t r a u s u a l 3 8 .

CUATRO NOVELISTAS

E n s u i d e a d e q u e l o a r t í s t i c o y la n o v e l a i m p o r t a n p o r l a e s t e t i -

c i d a d y l o d e m á s - e l c o n t e n i d o q u e s e a l u d e - l e s v i e n e i n e v i t a b l e m e n t e

c o m o a ñ a d i d o , E n r i q u e D i e z - C a n e d o s e o c u p a d e P é r e z d e A y a l a y e s t i ­

m a q u e l o b u e n o d e s u s l i b r o s e s q u e l a s i d e a s s e e n c u e n t r a n e n e l l o s

p o r a ñ a d i d u r a , y q u e s o n a n t e t o d o " n a r r a c i o n e s v i v a s d e h e c h o s e n c a r ­

n a d o s e n f i g u r a s t a n n e c e s a r i a s y e v i d e n t e s e n e l m u n d o c r e a d o p o r

e l n o v e l i s t a , c o m o l o s h o m b r e s e n e l m u n d o d e t o d o s " 3 9 . E s t a m o s p o r

t a n t o a n t e p e r s o n a j e s n o v e l e s c o s n e c e s a r i o s , e s d e c i r , v e r o s í m i l e s y q u e

c o n v e n c e n , y a n t e u n a n a r r a t i v i d a d o f a b u l a c i ó n " v i v a " , e s t o e s , c o n ­

s i s t e n t e y p o d e r o s a . U n a f a b u l a c i ó n c o n s i s t e n t e f u n d a m e n t a d a e n p e r ­

s o n a j e s v e r o s í m i l e s c a r a c t e r i z a a l a n o v e l í s t i c a d e R a m ó n P é r e z d e A y a -

l a s e g ú n e n t i e n d e n u e s t r o c r í t i c o , q u i e n e n g e n e r a l p i e n s a q u e e n e f e c t o

l a n o v e l a e s c a p a c i d a d f a b u l a d o r a p r o p i a m e n t e l i t e r a r i a . La o b r a d e a r t e

v e r b a l r e s i d e e n u n a r t i f i c io , e n u n a c r e a c i ó n f o r m a l q u e n o c o i n c i d e

c o n l o r e a l a u n q u e e n ú l t i m o t é r m i n o r e m i t e a l o r e a l ; C a ñ e d o c o n ­

c r e t a e s t a c o n c e p c i ó n e n P é r e z d e A y a l a y a n a l i z a :

37 Ibídem, p. 219-38 Ibídem, p. 218. 3 9 Enrique Diez-Canedo, Conversaciones literarias. Segunda serie: 1920-1924, Méxi­

co, Joaquín Mortiz, 1964, p. 42.

31

FRANCISCO ABAD

E n las novelas del señor Pérez de Ayala no hallaremos como en otras esa aspiración a reproducir la vida diaria, a retratar el tipo, el len­guaje corriente de los hombres, que suele ocasionar tantos fracasos [... y que] no es por s í suficiente para constituir obra de belleza. Todo nove­lista aun el más apegado al reflejo de lo real transforma, deforma, crea. Lo malo es dejarse engañar por las cosas y creer que se expresan como ellas son. He aquí un peligro que no lo será nunca para el autor de Belarmino y Apolonio y que no excluye, antes bien exige imperiosa­mente la observación de lo externo y la verdad como norma expresi­va, que advertimos en éste y en la generalidad de los l ibros del señor Pérez de Ayala 4 0.

T e n e m o s así que la obra artística se consigue mediante una crea­

ción o artif icio, y para expresar las cosas ha de hacerse tal composi­

ción y l legar a ese art i f icio, que es el que hace expres iva a la realidad:

lo real por s í m i s m o no es expres ivo , s u expresiv idad se consigue en

el arte. De esta manera opera Pérez de Ayala, inventando artíst ico-art i-

f iciosamente el mundo de s u s novelas, l o cual no quiere decir que esas

novelas no remitan a lo h is tór ico. E l autor logra una ve ros im i l i t ud no

só lo abstracta o casi abstracta y vagamente realista, s i n o conforme con

la realidad específica, es decir, con la h is tor ia , con lo "externo" (al decir

l i teral de Cañedo).

U n a autora de la que se ocupa nuest ro crít ico es doña E m i l i a Par­

do Bazán, y nota cómo ella "fue acaso la pr imera en ver el vue lo de

la escuela natural ista, en relatar s u s gestas y señalar s u s t r i un fos " , l o

que bien se sabe; además "por ella también nos asomamos al vasto

paisaje de la novela rusa , y a través de ella v i n o a noso t ros u n ref le­

jo del retorno idealista que se in ic ió en las l i teraturas del v ie jo conti­

nente al agotarse las posib i l idades del na tu ra l i smo" 4 1 . E s e retorno es el

esp i r i tua l i smo que señala la c r i s i s del pos i t i v i smo inmediatamente ante­

r i o r y al que ya hemos aludido; desde luego en tal esp i r i tua l i smo hay

que registrar a doña E m i l i a , cuyo texto La revolución y la novela en

Rusia resul ta m u y representativo al respecto 4 2 .

Queda dicho que la c r i s i s de la cultura del pos i t i v i smo se mani ­

fiesta en u n ideal ismo o esp i r i tua l i smo v i s ib le en la novela española o

en la manera de trabajar en las ciencias humanas; a la vez e inmedia-

40 Ibídem, p. 43. 41 Ibídem, p. 50. 4 2 Emilia Pardo Bazán, Obras Completas. Tomo 33: La revolución y la novela en

Rusia, Madrid, Administración [:] Calle de San Bernardo, 37, principal, s[in] a[ñol.

3 2

SOBRE EL CONTEXTO HISTÓRICO Y LA OBRA CRÍTICO-LITERARIA...

33

t a m e n t e d e s p u é s se af i rmará la idea d e la p r imac í a d e la v ida q u e infor­m ó a los to ta l i tar ismos y la v io lenc ia de l p r i m e r te rc io d e s i g l o 4 3 .

D i e z - C a n e d o a l u d e t a m b i é n al f e m i n i s m o d e la c o n d e s a d e P a r d o B a z á n y lo c o n s i d e r a l imi tado , p u e s ap rec i a q u e "casi se r e d u c e a p r o ­c l amar la l ibre a sp i r ac ión a ca rgos in te lec tua les y h o n o r e s " 4 4 .

A Gabr ie l Miró lo ava lora m u c h o n u e s t r o crí t ico, q u i e n lo cons i ­d e r a c r e a d o r t a n t o d e p e r s o n a j e s c o m o d e est i lo: "En su p r o s a se r e c o ­n o c e al p u n t o - m a n i f i e s t a - el a c e n t o d e u n escr i tor d e raza . Y bas ta a t isbar e n u n a p á g i n a le ída a la v e n t u r a la s i lueta d e u n p e r s o n a j e e p i ­sód i co , o segu i r c o n c u i d a d o a t ravés d e u n o s c u a n t o s cap í tu los el desa r ro l lo d e u n carácter , p a r a c o n v e n c e r s e d e q u e h a y e n él u n a vir­t u d c r e a d o r a p o r la cua l h e m o s d e con ta r l e e n t r e los m e j o r e s " 4 5 . Su c r eac ión d e pe r sona j e s y d e est i lo d a n la m e d i d a literaria d e Gabr ie l Miró, a q u i e n C a ñ e d o de s t aca e n t r e los me jo re s d e los escr i to res d e los a ñ o s ve in te .

Más e n par t icu la r lo carac ter iza e n c u a n t o a u t o r q u e n o a p u r a s i tua­c i o n e s ni de ta l les , p u e s "su r ea l i smo es tá d o n d e h a d e estar: e n la m a n e r a d e ace rca r se a las a lmas , d e ver las p o r d e n t r o " , y a u t o r q u e a d e m á s e x p r e s a r á "lo reve lador , lo caracter ís t ico, s a l t a n d o d e i m p r e s i ó n e n i m p r e s i ó n " 4 6 . C a ñ e d o a c u ñ a los c o n c e p t o s d e r e a l i s m o d e lo in te ­rior o r ea l i smo d e a l m a s y d e i m p r e s i o n i s m o d e lo carac ter í s t ico e n su anál is is d e Gabr ie l Miró, y v e r o s í m i l m e n t e es tas c o n c e p t u a c i o n e s suyas h a n e s t i m u l a d o l u e g o a o t ros crí t icos q u e s e h a n re fer ido b i e n al rea­l i smo d e las a l m a s o b i e n al i m p r e s i o n i s m o d e lo caracter ís t ico: e n t r e e l los a D á m a s o A lonso .

C a ñ e d o esc r ibe a s i m i s m o a la m u e r t e d e d o n J o s é O r t e g a Munil la , a q u i e n t i e n e p o r "figura m u y r e l evan t e d e las le tras p a t r i a s " 4 7 ; c o n J u a n Valera lo carac ter iza c o m o escr i tor d e forma castiza, descr ip t iva , y a la v e z d e n t e y p r o f u n d a , y des t aca a s i m i s m o las c rón icas pe r iod í s t i cas q u e h izo : O r t e g a Munil la trajo así a la p r o s a per iod ís t ica e s p a ñ o l a "el a l m a d e las ' cosas v i s t a s ' " 4 8 .

4 3 Algo tiene que ver con el espiritualismo de fines del Ochocientos lo planteado por Lily Litvak, Transformación industrial y literatura en España (1895-1905), Madrid, Taurus, 1980.

44 Op. cit., p. 53. 45 Ibídem, p. 73. 46 Ibídem, p. 76. 47 Ibídem, p. 136. 48 Ibídem, p. 137.

FRANCISCO A B A D

O t r o a r t í c u l o d e n u e s t r o c r í t i c o s e r e f i e r e a l a s n o v e l a s d e R a m ó n

P é r e z d e A y a l a Luna de miel, luna de hiél y Los trabajos de Urbano y

Simona, q u e c r e e s e s i n t e t i z a n e n u n ú n i c o t í t u l o , e l s e g u n d o , y a q u e

l o s p r o t a g o n i s t a s " n o v e n n i u n m o m e n t o e m p a ñ a d a d e n t r o d e s í l a

f a z m e l o s a d e l a l u n a q u e i l u m i n a s u s a m o r e s " 4 9 . D e e s t a m a n e r a l o

q u e h a c e P é r e z d e A y a l a e n l a s p r e s e n t e s o b r a s ( a n a l i z a C a ñ e d o ) e s

p o e t i z a r a c e r c a d e l a m o r 5 0 ; p o r e l e s t i l o r i c o d e v o c a b l o y g r a c i o s o d e

c o n s t r u c c i ó n - d i c e e n f in e l c r í t i c o - a l g u n a s p á g i n a s d e t a l e s t e x t o s q u e

e n r e a l i d a d c o n s t i t u y e n u n o s o l o , " s o n , d e p o r s í , v e r d a d e r o s t r o z o s d e

a n t o l o g í a " 5 1 .

SOBRE LOS CLÁSICOS

E n e l m e s d e a b r i l d e 1923 e s c r i b e E n r i q u e D i e z - C a n e d o s o b r e l o s

m a n u a l e s l i t e r a r i o s , y p i d e q u e e n e l l o s s e t r a t e a l o s a u t o r e s c l á s i c o s

c o m o si f u e r a n h o m b r e s v i v o s , y s e c o n s i d e r e a l o s a u t o r e s v i v o s c o n

e l m i s m o r e s p e t o . La i d e a d e la v i g e n c i a p e r e n n e d e l o s v e r d a d e r o s

c l á s i c o s la e x p o n e a s í :

A los m a n u a l e s n u e s t r o s n o h a l l e g a d o a ú n t o d a v í a e s e c o n c e p t o d e la h is tor ia l i teraria q u e i n f o r m a el m a n u a l f r ancés e n lo q u e t i e n e d e m á s e s t i m a b l e : e n la a p r e c i a c i ó n d e l c lás ico , m i r á n d o l e c o m o a u n a u t o r d e l d ía . Si e n él n o h a y u n a p a l p i t a c i ó n ac tua l - e s decir , e t e r n a - n o e s b u e n c lás ico . Si n o n o s c o n m u e v e , n o s d iv ie r t e o n o s irrita, n o e s b u e n c l á s i c o 5 2 .

L o s c l á s i c o s r e s u l t a n p u e s e x p r e s i v o s e n t o d o t i e m p o , y a l a v e z a

l o s a u t o r e s v i v o s h a y q u e t r a t a r l o s c o n r e s p e t o : t a l e s l a d o b l e o p c i ó n

c r í t i c a q u e p r o p o n e n u e s t r o a u t o r .

M u e r e J a c i n t o O c t a v i o P i c ó n , y C a ñ e d o l e d e d i c a a s i m i s m o u n

a r t í c u l o : r e s u m e c ó m o " p e r t e n e c i ó p o r s u s a ñ o s a la g r a n g e n e r a c i ó n

d e n o v e l i s t a s d e n u e s t r o s i g l o xix, la q u e h i z o e n t r a r e n l a s l e t r a s e s p a ­

ñ o l a s , t a m i z á n d o l o m u c h o , e l e s p í r i t u d e l n a t u r a l i s m o f r a n c é s " , y c ó m o

d e l a s n o v e l a s q u e h i z o ( y q u e o b t u v i e r o n g r a n r e s o n a n c i a a l p u b l i ­

c a r s e ) s e r e c u e r d a n " m á s q u e l o s i n c i d e n t e s d e la t r a m a y l a s v i r t u d e s

d e la p r o s a , c i e r t a s f i g u r a s f e m e n i n a s " 5 3 .

49 Ibídem, pp. 139-140. 50 Ibídem, p. 141. 51 Ibídem, p. 143-52 Ibídem, p. 154. 53 Ibídem, pp. 220-221.

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SOBRE EL C O N T E X T O H I S T Ó R I C O Y LA O B R A CRÍTICO-LITERARIA..

SOBRE GÉNEROS Y MÉTRICA

Los ar t ículos d e e n t r e 1 9 2 4 y 1 9 3 0 d e Conversaciones literarias figu­r a n e n u n te rcer v o l u m e n d e las m i s m a s . Al g losa r a A n d r e n i o se refie­re al e n s a y o e n t a n t o g é n e r o o s u b g é n e r o , y d ice d e tal man i f e s t ac ión literaria: " G é n e r o f ronter izo c o n t o d o s los d e m á s , v o t o par t icu la r e n t o d o t e m a e specu l a t i vo , t o d a s las fo rmas le s o n a s e q u i b l e s a u n el ver ­so" , y a s i m i s m o esc r ibe q u e e s g é n e r o q u e me jo r se de l imi ta p o r exc lu ­s ión " c o m o g é n e r o d i scurs ivo q u e n o e s p r i n c i p a l m e n t e nar ra t ivo , d ra ­má t i co , lírico u o ra to r io , a u n q u e d e t o d o e l lo s u e l e pa r t i c ipa r " 5 4 . Se trata e n efec to d e u n g é n e r o d i scurs ivo q u e s u p o n e u n v o t o pa r t i cu ­lar, y q u e n o e s f u n d a m e n t a l m e n t e lírica, na r r ac ión , d r a m a ni ora tor ia . Es u n g é n e r o c o n c o n t e n i d o d e i dea s y p e r s p e c t i v a s p e r s o n a l e s , y s e c a n t e c o n los d e m á s g é n e r o s y q u e p u e d e par t i c ipa r e n a lgo d e a lgu­n o s d e e l l o s 5 5 .

C a ñ e d o s a l u d a e n o t r o escr i to a "los p o e t a s j ó v e n e s d e E s p a ñ a " c o n exac t a s p e r c e p c i o n e s , y así en t r e los m i s m o s a Garc ía Lorca ( " h o m ­b r e d e s e n t i d o s de sp i e r t o s , e n p e r p e t u a c o m u n i c a c i ó n c o n las cosas" ) , a P e d r o Salinas ("en p e r p e t u o g o z o d e c u e r p o y d e a lma , e n p e r p e t u o sufrir y e n p e r p e t u o anhe la r" ) , o a J o r g e Gui l len , q u i e n rev ive "el pr i ­m o r formal d e n u e s t r o X V I I " 5 6 .

H a y u n ar t ículo e n el q u e el crí t ico p o s t u l a c o m o p r inc ip io he r -m e n é u t i c o q u e "a t o d o el q u e e sc r ibe s o b r e a lgo p a l p i t a n t e h a y q u e leer le e n t r e l íneas" , y d e es ta m a n e r a h a y q u e leer le c o n a t enc ión , p u e s lo q u e se n o s d ice n o es tá m u c h a s v e c e s d e s n u d o y p a t e n t e , s e g ú n s e ñ a l a 5 7 ; s e trata c i e r t a m e n t e d e a lgo e l e m e n t a l : h a y q u e leer e n t r e l íneas , a u n q u e n o p o r s u p u e s t o p a r a h a c e r dec i r a u n t ex to lo q u e n o d ice , p e r o sí pa r a s a b e r e n t e n d e r l o b i en : d e o t ra m a n e r a p u e d e q u e se n o s e s c a p e n a v e c e s cosas , c o n t e n i d o s y ma t i ces .

Surge t a m b i é n e n las p á g i n a s d e D i e z - C a n e d o el G losa r io d e E u g e ­n i o d 'Ors , y n u e s t r o crí t ico d i ce d e es ta m o d a l i d a d gené r i ca : "En u n a g losa es tá la e s enc i a d e u n ar t ículo s in el desa r ro l lo d ivu lgador , lo pe r -

5 4 Enrique Diez-Canedo, Conversaciones literarias. Tercera serie: 1924-1930, México, Joaquín Mortiz, 1964, p. 18.

5 5 A propósito, asimismo, de otros escritos de don Eduardo Gómez de Baquero dirá también Cañedo años más tarde: "No se le escapan al autor [esto es, a Andrenio] los peligros del ensayo, que considera "como una lírica de las ideas", y [...] "como una elegante escuela de sofistas"" (ibídem, p. 198).

56 Ibídem, pp. 25-33. 57 Ibídem, pp. 130-134.

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FRANCISCO ABAD

s o n a l d e u n e n s a y o sin su a p r e s t o s o l e m n e " 5 8 . Def ine así las g losas o r s i anas c o m o e n s a y o s e n abrev ia tu ra ; se trata d e a lgo d i scurs ivo d e t o n o p e r s o n a l , y q u e a v e c e s - i n d i c a - cons t i t uyen e p i g r a m a s .

Si la g losa e s p u e s u n e n s a y o m u y a b r e v i a d o se e m p a r e n t a c o n las man i f e s t ac iones p r i m e r a s de l e n s a y o , c o n las silvas d e var ia l ecc ión : "Nada h u m a n o les e s a j eno - e s c r i b e el c r í t i co- . Son c o m o las "silvas d e var ia lecc ión" q u e [...] r e c o g e n m á s q u e c u r i o s i d a d e s y e j emp los , [...] d a t o s y a d v e r t e n c i a s " 5 9 .

A p r o p ó s i t o - p o r o t ra p a r t e - d e "el v e r s o e n el t ea t ro" e sc r ibe Diez -C a n e d o :

El octosílabo exige una rima demasiado frecuente, y la r ima es u n o de los más tiránicos artif icios del verso. [...] El octosílabo corre tan ráp i ­do , que el refrenarlo es di f íc i l . La r ima me parece [...,] b ien manejada, juego gracioso, pero hasta en el juego es de recomendar el b u e n t ino . En ú l t imo caso, inconveniente o v i r tud , creo que el verso corto y la r ima frecuente c o m o lo exigen las combinaciones métricas usuales en nuestro teatro, nos conducen c o n su clara música a una conformac ión dramática en que lo pr imero que se pierde es la sobr iedad 6 0 .

El o c t o s í l a b o e s u n v e r s o co r to o m e n o r , y d e es ta m a n e r a l leva a la r ima f recuente ; C a ñ e d o d u d a d e q u e surja así u n i n c o n v e n i e n t e o u n a v i r tud p o é t i c o s , p e r o e n t o d o c a s o p i d e el b u e n t i n o e n e s a r ima c o n s t a n t e m e n t e p r e s e n t e .

N u e s t r o crít ico se refiere al t ea t ro , y sug ie re u n e l e m e n t o d e e x c e ­s o e n n u e s t r o d r a m a t ra ído p o r e sa r ima c o n s t a n t e a q u e c o n d u c e el oc tos í l abo : "se e n v u e l v e el d r a m a e s p a ñ o l e n c a p a d e m a s i a d o ampl i a , y le p r e o c u p a d e m a s i a d o la ca ída d e los p l i e g u e s " 6 1 .

En gene ra l la cues t i ón de l o c t o s í l a b o y la d e la q u e se h a l lama­d o r ima a c u c i a d o r a q u e el oc to s í l abo impl ica , su rge al t ratar d e la r e v o ­luc ión poé t i c a d e Garc i laso : Garc i l a so c i e r t a m e n t e s u p u s o u n a r evo lu ­c i ó n li teraria e n t r e o t ras c o s a s p o r h a b e r sus t i t u ido el ca rác te r m á s s o n o r o y a p e n a s m e l o d i o s o de l v e r s o co r to de l Cua t roc i en tos (oc tos í ­l a b o , hemis t i qu io s de l ar te m a y o r ) , p o r u n v e r s o la rgo y m e l o d i o s o . E n el t ea t ro e s p a ñ o l a c a b a m o s d e ve r c ó m o D i e z - C a n e d o e s t i m a b a q u e c o n el oc tos í l abo y la r ima f recuen te se p r o d u c e u n c o m p o n e n t e d e p é r d i d a d e la s o b r i e d a d si e sa r ima n o p o s e e b u e n t ino .

58 Ibídem, p. 140. 59 Ibídem, p. 141. 60 Ibídem, p. 195. 61 Ibídem.

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SOBRE EL C O N T E X T O H I S T Ó R I C O Y LA OBRA CRÍTICO-LITERARIA.. .

M E N É N D E Z P IDAL Y VALLE-INCLÁN

En 1928 D i e z - C a n e d o esc r ib ió u n p a r d e v e c e s s o b r e M e n é n d e z Pidal . C o n be l las y jus tas p a l a b r a s lo l lama "maes t ro d e la filología r o m á n i c a q u e e s jefe y c a b e z a d e la m o d e r n a e s c u e l a e s p a ñ o l a d e e ru ­d i c i ó n " 6 2 , la e s cue l a filológica e his toriográfica de l "Cent ro d e Es tud ios His tór icos" d e la J u n t a p a r a A m p l i a c i ó n d e Es tud ios ( T o m á s N a v a r r o T o m á s , A m é r i c o Cas t ro y los Alonso , e tc . , o S á n c h e z A l b o r n o z , J o s é María Lacar ra . . . ) , y e sc r ibe t a m b i é n ca rac t e r i zándo lo :

Director de la Real Academia Española, autor idad f i lo lógica umver­salmente acatada, erudi to sin quiebra, revelador de la literatura espa­ñola en proporc iones que lo conoc ido antes de él se reduce a muy poco en comparac ión c o n lo que su magisterio nos ha d a d o 6 3 .

D o n R a m ó n era ya a la a l tura d e final d e los a ñ o s ve in t e y a u n an tes , a sus c i n c u e n t a y t an to s a ñ o s , c i e r t a m e n t e u n a a u t o r i d a d filoló­gica un iversa l y u n e s t u d i o s o s in q u i e b r a e n m á s d e u n s en t i do : p o r la senci l lez e n t r e g a d a c o n na tu r a l i dad e i n c a n s a b l e m e n t e al t rabajo lejos d e la c o n s t a n t e p r e s e n c i a púb l i ca ( a c a s o u n o d e los m o t i v o s p o r los q u e Or t ega y Gasse t y él n o se e n t e n d i e r o n ) , p o r la só l ida e rud i c ión , p o r el c o m b i n a r e n a r m o n í a ex ig ida p o r los h e c h o s la historia, la len­g u a y la l i teratura, p o r la c r e a c i ó n d e u n a e s c u e l a impar , . . .

Valle-Inclán p u b l i c ó el t o m o novel í s t ico "¡Viva mi dueño!" , y n u e s ­t ro crít ico se refiere a la ser ie d e El ruedo ibérico s e ñ a l a n d o q u e Valle la afronta " p e n d i e n t e d e t o d o mat iz p e r s o n a l , d e t o d o m o v i m i e n t o d e carácter, a p l i c a d o a la a g u d e z a e n el r e t r a t o " 6 4 . C a ñ e d o p e r c i b e q u e e n la t rayector ia literaria de l a u t o r ga l l ego h a d e e s t imarse u n a e x p a n s i ó n c r e a d o r a d e s d e las Sonatas, y enjuicia q u e e n e fec to se e s t a b a c u m ­p l i e n d o e n él u n a g r a n d e z a de l g e n i o : "Es e r r ó n e o el n e g a r s e a adve r ­tir la e x p a n s i ó n d e su g e n i o l i terario e n las ' c o m e d i a s b á r b a r a s ' , e n la o b r a lírica, e n los ' e s p e r p e n t o s ' "; qu i zá es ta v a l o r a c i ó n d e la t r ayec to ­ria e n t e r a d e Valle-Inclán y d e la g r a n d e z a artística q u e a l c a n z ó e n t o d o s los g é n e r o s fue d e las p r i m e r a s y fue d e s d e l u e g o c la r iv idente .

A s i m i s m o des t aca D i e z - C a n e d o el va lo r p lás t ico d e la escr i tura d e Valle: "su i m a g i n a c i ó n li teraria e s d e ca l idad p ic tór ica - d i c e - , y e l lo se

62 Ibídem, pp. 222-223 63 Ibídem, p. 223- "Gracias a él -había dicho y a - se ha incorporado a la histo­

ria de las letras españolas más de una provincia hasta aquí casi inexplorada" (ibídem, p. 220).

64 Ibídem, p. 230.

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FRANCISCO ABAD

adv ie r t e e n las dis t intas e t a p a s d e su labor"; e n c o n c r e t o la o b r a últi­m a "se a t i ene a u n a v ib rac ión d e co lo res , a u n h o r m i g u e o d e fo rmas q u e r e c u e r d a las r ea l i zac iones de l pun t i l l i smo" 6 5 . Po r e n c i m a d e t o d o s los c o n t e m p o r á n e o s suyos , Valle-Inclán s o b r e s a l e e n e s t e va lo r p lás t i ­c o o p ic tó r ico d e su i m a g i n a c i ó n literaria, s u b r a y a n u e s t r o crí t ico.

FINAL

A Valle-Inclán, p o r e j e m p l o , se le e n t i e n d e e n el c o n j u n t o d e las c o n d i c i o n e s cu l tura les e h is tór ico-pol í t icas d e la E s p a ñ a de l p r i m e r ter­c io d e siglo, c o n d i c i o n e s a a l g u n a s d e las cua les q u e d a h e c h a refe­renc ia aqu í . Po r lo d e m á s y e n gene ra l , D i e z - C a n e d o fue u n crí t ico ( s e g ú n h e m o s e m p e z a d o a ve r ) a t e n t o a la espec i f ic idad li teraria q u e h a c e d e a l g u n o s d i scur sos v e r b a l e s o t ras t an tas o b r a s artíst icas.

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65 Ibidem, p. 234.