Sistema Nervoso 2

35
Sistema nervoso O sistema nervoso se desenvolve a partir de células do ectoderma que, a segunda semana de gestação, formam uma superfície plana e espessa na região dorsal do embrião. Esse espessamento chamado placa neural, origina todas as células nervosas do sistema nervoso. As células na placa neural também originam a maior parte das células suporte do sistema nervoso (células da neuroglia). Com o desenvolvimento, a linha mediana da placa neural sofre uma invaginação. Ao mesmo tempo, a proliferação de células ao longo das margens da placa neural, produzem elevações. O resultado é a formação do sulco neural limitando em toda sua extensão pelas pregas neurais. O sulco neural se aprofunda a medida que as pregas neurais se elevam. Desta maneira, as pregas se aproximam e se fundem na linha mediana, convertendo o sulco em um tubo neural. O tubo neural se separa da superfície do ectoderma, e se desenvolve posteriormente em encéfalo e medula espinal. Além disso, as células do interior do tubo neural, enviam processos ás estruturas periféricas. Essas células e seus processos formam as células nervosas motoras dos sistemas nervoso somático e visceral (autônomo). Enquanto as pregas neurais estão se fusionando, as células do ectoderma existentes no ápice das pregas se movem lateralmente para formarem colunas de células em cada lado do tubo neural. As células nessas colunas são denominadas células da crista neural. Essas células desenvolvem

description

sistema nervoso central e periférico

Transcript of Sistema Nervoso 2

Sistema nervoso

O sistema nervoso se desenvolve a partir de clulas do ectoderma que, a segunda semana de gestao, formam uma superfcie plana e espessa na regio dorsal do embrio. Esse espessamento chamado placa neural, origina todas as clulas nervosas do sistema nervoso. As clulas na placa neural tambm originam a maior parte das clulas suporte do sistema nervoso (clulas da neuroglia). Com o desenvolvimento, a linha mediana da placa neural sofre uma invaginao. Ao mesmo tempo, a proliferao de clulas ao longo das margens da placa neural, produzem elevaes. O resultado a formao do sulco neural limitando em toda sua extenso pelas pregas neurais. O sulco neural se aprofunda a medida que as pregas neurais se elevam. Desta maneira, as pregas se aproximam e se fundem na linha mediana, convertendo o sulco em um tubo neural. O tubo neural se separa da superfcie do ectoderma, e se desenvolve posteriormente em encfalo e medula espinal. Alm disso, as clulas do interior do tubo neural, enviam processos s estruturas perifricas. Essas clulas e seus processos formam as clulas nervosas motoras dos sistemas nervoso somtico e visceral (autnomo). Enquanto as pregas neurais esto se fusionando, as clulas do ectoderma existentes no pice das pregas se movem lateralmente para formarem colunas de clulas em cada lado do tubo neural. As clulas nessas colunas so denominadas clulas da crista neural. Essas clulas desenvolvem conexes com o sistema nervoso central e com as estruturas perifricas, formando dessa maneira as clulas nervosas sensitivas contidas no interior dos nervos espinais e cranianos. Algumas clulas da crista neural migram para outros locais e se desenvolvem em clulas nervosas motoras do sistema nervoso simptico; em lemcitos que envolvem as clulas nervosas; ou em outras estruturas no relacionadas diretamente com o sistema nervoso. A poro anterior do tubo neural cresce mais rapidamente e origina o encfalo. Em torno da quarta semana de gestao, o encfalo apresenta a forma de trs vesculas preenchidas por lquido: o prosencfalo (encfalo anterior); o mesencfalo (encfalo mdio), e o rombencfalo (encfalo posterior). Durante o desenvolvimento subsequente, essa regio sofre vrias curvaturas ou flexuras e as vesculas ento se subdividem. Como resultado, em torno da quinta semana o encfalo consiste de cinco vesculas que se curvam firmemente entre s, em direo extremidade anterior do embrio. O prosencfalo se subdivide em duas vesculas: uma anterior, o telencfalo, e logo atrs dela, o diencfalo. O mesencfalo permanece inalterado, mas o rombencfalo se divide em metencfalo e miencfalo, a vescula mais posterior do encfalo. As cavidades nessas vesculas enceflicas tornar-se-o os ventrculos do encfalo adulto, e o lquido em seu interior, o lquido crebroespinal. A regio do tubo neural, posterior ao mielencfalo originar a medula espinal. Componentes do sistema nervoso

O tecido nervoso est constitudo por trs tipos de clulas que so diferentes estrutural e funcionalmente: neurnios (clulas nervosas), que transmitem impulsos nervosos; (lemcitos) que formam um envoltrio segmentado ao redor dos processos de vrios neurnios do sistema nervoso perifrico; e neuroglia (clulas gliais), que se especializam como um tecido de suporte entre os neurnios do sistema nervoso central.Os nervos do sistema nervoso perifrico, so constitudos por neurnios e lemcitos (clulas de Schwann), e os tractos do encfalo e da medula espinal so formados por neurnios e clulas da glia. No sistema nervoso perifrico alguns neurnios esto intimamente associados a receptores. Neurnios: so clulas altamente excitveis que se comunicam entre si ou com outras clulas efetuadoras, usando basicamente uma linguagem eltrica. A maioria dos neurnios possui trs regies responsveis por funes especializadas: corpo celular, dendritos e axnios.O corpo celular: o centro metablico do neurnio, responsvel pelasntese de todas as protenas neuronais. A forma e o tamanho do corpo celular so extremamente variveis, conforme o tipo de neurnio. O corpo celular tambm, junto com os dendritos, local de recepo de estmulos, atravs de contatos sinpticos. Dendritos: geralmente so curtos e ramificam-se profusamente, a maneira de galhos de rvore, em ngulos agudos, originando dendritos de menor dimetro. So os processos ou projees que transmitem impulsos para os corpos celulares dos neurnios ou para os axnios. Em geral os dendritos so no mielinizados. Um neurnio pode apresentar milhares de dendritos. Portanto, os dendritos so especializados emreceber estmulos.

Axnios: a grande maioria dos neurnios possui um axnio, prolongamento longo e fino que se origina do corpo celular ou de um dendrito principal. O axnio apresenta comprimento muito varivel, podendo ser de alguns milmetros como mais de um metro. So os processos que transmitem impulsos que deixam os corpos celulares dos neurnios, ou dos dendritos. A poro terminal do axnio sofre vrias ramificaes para formar de centenas a milhares de terminais axnicos, no interior dos quais so armazenados os neurotransmissores qumicos. Portanto, o axnio especializado emgerareconduziro potencial de ao.Tipos de Neurnios: So trs os tipos de neurnios: sensitivo, motor e interneurnio. Um neurnio sensitivo conduz a informao da periferia em direo ao SNC, sendo tambm chamado neurnio aferente. Um neurnio motor conduz informao do SNC em direo periferia, sendo conhecido como neurnio eferente. Os neurnios sensitivos e motores so encontrados tanto no SNC quanto no SNP.Portanto, o sistema nervoso apresenta trs funes bsicas:Funo Sensitiva: os nervos sensitivos captam informaes do meio interno e externo do corpo e as conduzem ao SNC;Funo Integradora: a informao sensitiva trazida ao SNC processada ou interpretada;Funo Motora: os nervos motores conduzem a informao do SNC em direo aos msculos e s glndulas do corpo, levando as informaes do SNC.

Classificao do neurnio quanto aos seus prolongamentos: a maioria dos neurnios possuem vrios dendritos e um axnio, por isso so chamados de multipolares. Mas tambm existem os neurnios bipolares e pseudo-unipolares. Nos neurnios bipolares, dois prolongamentos deixam o corpo celular, um dendrito e um axnio.Nos neurnios pseudo-unipolares, apenas um prolongamento deixa o corpo celular.Sinapses: Os neurnios, principalmente atravs de suas terminaes axnicas, entram em contato com outros neurnios, passando-lhes informaes. Os locais de tais contatos so denominados sinapses. Ou seja, os neurnios comunicam-se uns aos outros nas sinapses pontos de contato entre neurnios, no qual encontramos as vesculas sinpticas, onde esto armazenados os neurotransmissores. A comunicao ocorre por meio de neurotransmissores agentes qumicos liberados ou secretados por um neurnio. Os neurotransmissores mais comuns so a acetilcolina e a norepinefrina. Outros neurotransmissores do SNC incluem a epinefrina, a serotonina, o GABA e as endorfinas.Fibras nervosas: uma fibra nervosa compreende um axnio e, quando presente, seu envoltrio de origem glial. O principal envoltrio das fibras nervosas a bainha de mielina (camadas de substncias de lipdeos e protena), que funciona como isolamento eltrico. Quando envolvidos por bainha de mielina, os axnios so denominados fibras nervosas mielnicas. Na ausncia de mielina as fibras so denominadas de amielnicas. Ambos os tipos ocorrem no sistema nervoso central e no sistema nervoso perifrico, sendo a bainha de mielina formada por clulas de Schwann, no perifrico e no central por oligodendrcitos. A bainha de mielina permite uma conduo mais rpida do impulso nervoso e, ao longo dos axnios, a conduo do tipo saltatria, ou seja, o potencial de ao s ocorre em estruturas chamadas de ndulos de Ranvier.Nervos: aps sair do tronco enceflico, da medula espinhal ou dos gnglios sensitivos, as fibras nervosas motoras e sensitivas renem-se em feixes que se associam a estruturas conjuntivas, constituindo nervos espinhais e cranianos.

Diviso

Sistema nervoso central:

Sistema nervoso perifrico

O sistema nervoso central aquele localizado dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral); o sistema nervoso perifrico aquele que se localiza fora deste esqueleto. O encfalo a parte do sistema nervoso central situado dentro do crnio neural; e a medula localizada dentro do canal vertebral. O encfalo e a medula constituem o neuro-eixo. No encfalo temos crebro, cerebelo e tronco enceflico.

Sistema nervoso central

O sistema nervoso central est formado pelo encfalo e pela medula espinal, que se desenvolvem a partir do tubo neural. A medula espinal essencialmente uma extenso dos tractos nervosos do encfalo. Os neurnios da medula espinal transmitem mensagem do e para o encfalo, e a medula atua como um centro para a realizao de reflexos. Por motivos didtivos, a medula e o encfalo sero abordados como se fossem entidades separadas, mas ao mesmo tempo a inter-relao entre eles ser enfatizada.

Mesencfalo

Interpes-se entre a ponte e o cerebelo, do qual representado por um plano que liga os dois corpos mamilares, pertencentes ao diencfalo, comissura posterior. atravessado por um estreito canal, oaqueduto cerebral. A parte do mesencfalo situada dorsalmente ao aqueduto otecto do mesencfalo. Ventralmente, temos os doispednculos cerebrais, que por sua vez, se dividem em uma parte dorsal, otegmentoe outra ventral, abase do pednculo.

Telencfalo

O telencfalo compreende os dois hemisfrios cerebrais, direito e esquerdo, que juntos formam o crebro. Pelo seu desenvolvimento extensivo, o crebro envolve completamente o diencfalo e encobre grande parte do rombencfalo. O crebro apresenta uma camada externa de substncia cinzenta que est constituda principalmente por corpos neuronais e fibras amielnicas. Essa camada denominada crtex do crebro. Profundamente situados no interior de cada hemisfrio cerebral, existem estruturas adicionais de substncia cinzenta conhecidas como ncleos da base. A substncia cinzenta do crtex do crebro est separada dos ncleos da base pela substncia branca, que est constituda por tractos de fibras nervosas mielnicas. Uma cavidade preenchida por lquido cerebroespinal denominada ventrculo lateral est localizada no interior de cada hemisfrio cerebral.Os dois hemisfrios cerebrais so incompletamente separados pelafissura longitudinal do crebro, cujo o assoalho formado por uma larga faixa de fibras comissurais, denominada corpo caloso, principal meio de unio entre os dois hemisfrios. Os hemisfrios possuem cavidades, osventrculos laterais direitoeesquerdo, que se comunicam com o III ventrculo pelos forames interventriculares.Cada hemisfrio possui trsplos: frontal, occipital e temporal; e trsfaces: spero-lateral (convexa); medial (plana); e inferior ou base do crebro (irregular), repousando anteriormente nos andares anterior e mdio da base do crnio e posteriormente na tenda do cerebelo.

Sulcos e Giros:

Durante o desenvolvimento embrionrio, quando o tamanho do encfalo aumenta rapidamente, a substncia cinzenta do crtex aumenta com maior rapidez que a substncia branca subjacente. Como resultado, a regio cortical se enrola e se dobra sobre si mesma. Portanto, a superfcie do crebro do homem e de vrios animais apresenta depresses denominadas sulcos, que delimitam os giros ou circunvolues cerebrais. A existncia dos sulcos permite considervel aumento do volume cerebral e sabe-se que cerca de dois teros da rea ocupada pelo crtex cerebral esto escondidos nos sulcos.Em qualquer hemisfrio, os dois sulcos mais importantes so o sulco lateral e o sulco central.Sulco Lateral: o sulco que separa o lobo frontal do lobo temporal. Ele subdividido em ascendente, anterior e posterior.Sulco Central: separa o lobo parietal do frontal. O sulco central ladeado por dois giros paralelos, um anterior, giro pr-central, e outro posterior, giro ps-central. As reas situadas adiante do sulco central relacionam-se com a MOTRICIDADE, enquanto as situadas atrs deste sulco relacionam-se com a SENSIBILIDADE. Outro sulco importante situado no telencfalo, na face medial, osulco parieto-occipital, que separa o lobo parietal do occipital.

Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua localizao em relao aos ossos do crnio. Portanto, temos cinco lobos: frontal, temporal, parietal, occipital e o lobo da nsula, que o nico que no se relaciona com nenhum osso do crnio, pois est situado profundamente no sulco lateral.A diviso dos lobos no corresponde muito a uma diviso funcional, exceto pelo lobo occipital que parece estar relacionado somente com a viso.O lobo frontal est localizado acima do sulco lateral e adiante do sulco central. Na face medial do crebro, o limite anterior do lobo occipital o sulco parieto-occipital. Na sua face spero-lateral, este limite arbitrariamente situado em uma linha imaginaria que se une a terminao do sulco parieto-occipital, na borda superior do hemisfrio, incisura pr-occipital, situada na borda nfero-lateral, cerca de 4 cm do plo occipital. Do meio desta linha imaginaria parte uma segunda linha imaginaria em direo no ramo posterior do sulco lateral e que, juntamente com este ramo, limita o lobo temporal do lobo parietal.

Diencfalo

A segunda subdiviso do encfalo anterior o dencfalo. Uma vez que os hemisfrios cerebrais se estendem inferiormente e envolvem quase que completamente o diencfalo, ele no visvel pelo exterior do encfalo, exceto por uma poro que observada quando se evidencia a face inferior do encfalo. O terceiro ventrculo forma uma cavidade mediana no interior do diencfalo. As principais pores do diencfalo so o tlamo, o hipotlamo e o epitlamo.O diencfalo e o telencfalo formam o crebro, que corresponde ao prosencfalo. O crebro a parte mais desenvolvida do encfalo e ocupa cerca de 80% da cavidade craniana. O diencfalo uma estrutura mpar que s vista na poro mais inferior de crebro. III ventrculo: uma cavidade no diencfalo, mpar, que se comunica com o IV ventrculo pelo aqueduto cerebral e com os ventrculos laterais pelos respectivos forames interventriculares.Quando o crebro seccionado no plano sagital mediano, as paredes laterais do III ventrculo so expostas amplamente; verifica-se ento a existncia de uma depresso, o sulco hipotalmico, que se estende do aqueduto cerebral at o forame interventricular. As pores da parede, situadas acima deste sulco, pertencem ao tlamo; e as situados a baixo pertencem ao hipotlamo. Unindo os dois tlamos observa-se frequentemente uma estrutura formada por substncia cinzenta, aaderncia intetalmica, que aparece apenas seccionada.No assoalho do III ventrculo encontra-se, de anterior para posterior, as seguintes formaes:quiasma ptico, infundbulo, tber cinreoecorpos mamilares, pertencentes ao hipotlamo.A parede posterior do ventrculo, muito pequena, formada pelo epitlamo, que se localiza acima do sulco hipotalmico. Saindo de cada lado do epitlamo e percorrendo a parte mais alta das paredes laterais, h um feixe de fibras nervosas, as estrias medulares do tlamo, onde se insere a tela coriide, que forma o tecto do III ventrculo. A partir da tela coriide, invaginam-se na luz ventricular, os plexos coriides do III ventrculo, que se dispem em duas linhas paralelas e so contnuos, atravs dos respectivos forames interventriculares, com os plexos coriides dos ventrculos laterais.A parede anterior do III ventrculo formada pela lmina terminal, fina lmina de tecido nervoso, que une os dois hemisfrios e dispem-se entre o quiasma ptico e a comissura anterior. A comissura anterior, a lmina terminal e as partes adjacentes das paredes laterais do III ventrculo pertencem ao telencfalo. A luz do III ventrculo se evagina para formar quatro recessos na regio do infundbulo:- Recesso do infundbulo, acima do quiasma ptico;- Recesso ptico;- Recesso pineal, na haste da glndula pineal;- Recesso suprapineal, acima do corpo pineal.

Tlamo

O tlamo, com comprimento de cerca de 3cm, compondo 80% do diencfalo, consiste em duas massas ovuladas pareadas de substncia cinzenta, organizada em ncleos, com tratos de substncia branca em seu interior. Em geral, uma conexo de substncia cinzenta, chamada massa intermdia (aderncia intertalmica), une as partes direita e esquerda do tlamo. A extremidade anterior de cada tlamo apresenta uma eminncia, otubrculo anterior do tlamo, que participa da delimitao do forame interventricular.

A extremidade posterior, consideravelmente maior que a anterior, apresenta uma grande eminncia, opulvinar, que se projeta sobre oscorpos geniculados lateralemedial.O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva, e o lateral da via ptica, e ambos so considerados por alguns autores como uma diviso do diencfalo denominada demetatlamo.poro lateral da face superior do tlamo faz parte do assoalho do ventrculo lateral, sendo revestido por epitlio ependinrio (epitlio que reveste esta parte do tlamo e denominada lmina fixa). A poro medial do tlamo forma a parede lateral do III ventrculo, cujo tecto constitudo pelo frnix e pelo corpo caloso, formaes telenceflicas. A fissura transversa ocupada por um fundo-de-saco da pia-mter que, a seguir, entra na constituio datela coriide. A face lateral do tlamo separada do telencfalo pela cpsula interna, compacto feixe de fibras que ligam o crtex cerebral a centros nervosos subcorticais. A face inferior do tlamo continua com o hipotlamo e o subtlamo.Alguns ncleos transmitem impulsos para as reas sensoriais do crebro:Corpo (ncleo) Geniculado Medial transmite impulsos auditivos;Corpo (ncleo) Geniculado Lateral transmite impulsos visuais;Corpo (ncleo) Ventral Posterior transmite impulsos para o paladar e para as sensaes somticas, como as de tato, presso, vibrao, calor, frio e dor.Os ncleos talmicos podem ser divididos em cinco grupos:

-Grupo Anterior-Grupo Posterior-Grupo Lateral-Grupo Mediano-Grupo medialO tlamo serve como uma estao intermediria para a maioria das fibras que vo da poro inferior do encfalo e medula espinhal para as reas sensitivas do crebro. O tlamo classifica a informao, dando-nos uma idia da sensao que estamos experimentando, e as direciona para as reas especficas do crebro para que haja uma interpretao mais precisa.Funes do Tlamo:-Sensibilidade;-Motricidade;-Comportamento Emocional;-Ativao do Crtex;-Desempenha algum papel no mecanismo de viglia, ou estado de alerta.

Hipotlamo

uma rea relativamente pequena do diencfalo, situada abaixo do tlamo, com funes importantes principalmente relacionadas atividade visceral.O hipotlamo parte do diencfalo e se dispe nas paredes do III ventrculo, abaixo do sulco hipotalmico, que separa o tlamo. Apresenta algumas formaes anatmicas visveis na face inferior do crebro: o quiasma ptico, o tber cinreo, o infundbulo e os corpos mamilares. Trata-se de uma rea muito pequena (4g) mas, apesar disso, o hipotlamo, por suas inmeras e variadas funes, uma das reas mais importantes do sistemanervoso.O hipotlamo constitudo fundamentalmente de substncia cinzenta que se agrupa em ncleos. Percorrendo o hipotlamo existem, ainda, sistemas variados de fibras, como o frnix. Este percorre de cima para baixo cada metade do hipotlamo, terminando no respectivo corpo mamilar. Impulsos de neurnios cujos dendritos e corpos celulares situam-se no hipotlamo so conduzidos por seus axnios at neurnios localizados na medula espinhal, e em seguida muitos desses impulsos so ento transferidos para msculos e glndulas por todo o corpo.Funes do Hipotlamo:- Controle do sistema nervoso autnomo;- Regulao da temperatura corporal;- Regulao do comportamento emocional;- Regulao do sono e da viglia;- Regulao da ingesto de alimentos;- Regulao da ingesto de gua;- Regulao da diurese;- Regulao do sistema endcrino;- Gerao e regulao de ritmos circadianos.

Epitlamo:

Limita posteriormente o III ventrculo, acima do sulco hipotalmico, j na transio com o mesencfalo. Seu elemento mais evidente aglndulapineal, glndula endcrina de forma piriforme, mpar e mediana, que repousa sobre o tecto mesenceflico. A base do corpo pineal se prendeanteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam um plano mediano, acomissura posteriore acomissura das habnulas, entre asquais penetra na glndula pineal um pequeno prolongamento da cavidade ventricular, orecesso pineal.A comissura posterior situa-se no prolongamento em que o aqueduto cerebral se liga ao III ventrculo e considerada como limite entre o mesencfalo e o diencfalo. A comissura das habnulas interpe-se entre duas pequenas eminncias triangulares, ostrgonos da habnula. Esses esto situados entre a glndula pineal e o tlamo e continuam anteriormente, de cada lado, com asestrias medulares do tlamo. A tela coriide do III ventrculo insere-se, lateralmente, nas estrias medulares do tlamo e, posteriormente, na comissura das habnulas, fechando assim o III ventrculo.Portanto, o epitlamo formado por:Trgono da Habnula rea triangular na extremidade posterior da tnia do tlamo junto ao corpo pineal.Corpo Pineal uma estrutura semelhante a uma glndula, de aproximadamente 8mm de comprimento, que se situa entre os colculos superiores. Embora seu papel fisiolgico ainda no esteja completamente esclarecido, a glndula pineal secreta o hormnio melatonina, sendo assim, uma glndula endcrina. A melatonina considerada a promotora do sono e tambm parece contribuir para o ajuste do relgio biolgico do corpo.Comissura Posterior um feixe de fibras arredondado que cruza a linha mediana na juno do aqueduto com o terceiro ventrculo anterior e superiormente ao colculo superior. Marca o limite entre o mesencfalo e diencfalo.Com exceo da comissura posterior, todas as formaes no endcrinas do epitlamo pertencem ao sistema lmbico, estando assim relacionados com a regulao do comportamento emocional.

Meninges e Lquor

O tecido do SNC muito delicado. Por esse motivo, apresenta um elaborado sistema de proteo que consiste de quatro estruturas: crnio, mennges, lquido cerebrospinhal (lquor) e barreira hematoenceflica. Nesta pgina, abordarei as mennges e o lquido cerebroespinhal, estruturas que envolvem o SNC e so de extrema importncia para a defesa do nosso corpo.

Meninges

O sistema nervoso envolto por membranas conjuntivas denominadas meninges que so classificadas como trs: dura-mter, aracnide e pia-mter. A aracnide e a pia-mter, que no embrio constituem um s folheto, so s vezes consideradas como uma s formao conhecida como aleptomeninge; e a dura-mter que mais espessa conhecida comopaquimeninge.

Dura-mter

a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo muito rico em fibras colgenas, contendo nervos e vasos. formada por dois folhetos: um externo e um interno. O folheto externo adere intimamente aos ossos do crnio e se comporta como um peristeo destes ossos, mas sem capacidade osteognica (nas fraturas cranianas dificulta a formao de um calo sseo). Em virtude da aderncia da dura-mter aos ossos do crnio, no existe, no crnio, um espao epidural como na medula. No encfalo, a principal artria que irriga a dura-mter a artria menngea mdia, ramo da artria maxilar.A dura-mter, ao contrrio das outras meninges, ricamente inervada. Como o encfalo no possui terminaes nervosas sensitivas, toda ou qualquer sensibilidade intracraniana se localiza na dura-mter, que responsvel pela maioria das dores de cabea.

Aracnide

uma membrana muito delgada, justaposta dura-mter, da qual se separa por um espao virtual, oespao subdural, contendo uma pequena quantidade de lquido necessrio lubrificao das superfcies de contato das membranas. A aracnide separa-se da pia-mter peloespao subaracnideoque contem lquor, havendo grande comunicao entre os espaos subaracnideos do encfalo e da medula. Considera-se tambm como pertencendo aracnide, as delicadas trabculas que atravessam o espao para ligar pia-mter, e que so denominados de trabculas aracnides. Estas trabculas lembram, um aspecto de teias de aranha donde vem o nome aracnide.

Pia-mter

a mais interna das meninges, aderindo intimamente superfcie do encfalo e da medula, cujos relevos e depresses acompanham at o fundo dos sulcos cerebrais. Sua poro mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrcitos do tecido nervoso, constituindo assim amembrana pio-glial. A pia-mter d resistncia aos rgos nervosos, pois o tecido nervoso de consistncia muito mole. A pia-mter acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espao subaracnideo, formando a parede externa dos espaos perivasculares. Neste espao existem prolongamentos do espao subaracnideo, contendo lquor, que forma um manguito protetor em torno dos vasos, muito importante para amortecer o efeito da pulsao das artrias sobre o tecido circunvizinho. Verificou-se que os espaos perivasculares acompanham os vasos mais calibrosos at uma pequena distncia e terminam por fuso da pia com a adventcia do vaso. As pequenas arterolas so envolvidas at o nvel capilar por pr-vasculares dos astrcitos do tecido nervoso.

Lquor

um fluido aquoso e incolor que ocupa o espao subaracnideo e as cavidades ventriculares. A so funo primordial proteo mecnica do sistema nervoso central.Formao, absoro e circulao do lquor: sabe-se hoje em dia que o lquor produzido nos plexos coriides dos ventrculos e tambm que uma pequena poro produzida a partir do epndima das paredes ventriculares e dos vasos da leptomeninge. Existem plexos coriides nos ventrculos, como j vimos anteriormente, e os ventrculos laterais contribuem com maior contingente lquorico, que passa ao III ventrculo atravs dos forames interventriculares e da para o IV ventrculo atravs do aqueduto cerebral.Atravs das aberturas medianas e laterais do IV ventrculo, o lquor passa para o espao subaracnideo, sendo reabsorvido principalmente pelas granulaes aracnideas que se projetam para o interior da dura-mter. Como essas granulaes predominam no eixo sagital superior, a circulao do lquor se faz de baixo para cima, devendo atravessar o espao entre a incisura da tenda e o mesencfalo. No espao subaracnideo da medula, o lquor desce em direo caudal, mas apenas uma parte volta, pois reabsoro liqurica ocorre nas pequenas granulaes aracnideas existentes nos prolongamentos da dura-mter que acompanham as razes dos nervos espinhais.A circulao do lquor extremamente lenta e so ainda discutidos os fatores que a determinam. Sem dvida, a produo do lquor em uma extremidade e a sua absoro em outra j so o suficiente para causar sua movimentao. Um outro fator a pulsao das artrias intracranianas, que, cada sstole, aumenta a presso lquorica, possivelmente contribuindo para empurrar o lquor atravs das granulaes aracnideas.

Medula espinal

Abaixo do bulbo, o sistema nervoso central se continua como medula espinal. A medula desempenha duas funes principais: conduz os impulsos nervosos para o encfalo e do enecfalo; processa informaes sensitivas de uma forma limitada, tornando possvel o incio de aes reflexas estereotipadas (reflexos espinais) sem ao dos centros superiores do encfalo.A medula espinal atravessa o canal vertebral das vrtebras. Ela se estende desde o forame magno do crnio at o nvel da primeira ou segunda vrtebra lombar. At o terceiro ms do desenvolvimento, a medula espinal possui o mesmo comprimento da coluna vertebral. medida que o desenvolvimento continua, a coluna cresce em uma proporo maior a da medula. Como resultado, a medula espinal no ocupa toda a extenso do canal vertebral no adulto. Um delgado filamento fibroso das meninges espinais denominado filamento terminal se continua da ponta da medula espinal (o cone medular) ao cccix.Trinta e um pares de nervos espinhais se originam da medula e atravessam os forames intervertebrais das vrtebras adjacentes. Os nervos espinais que saem da coluna vertebral entre as vrtebras cervicais so denominados nervos cervicais; aqueles que saem entre as vrtebras torcicas so denominados nervos torcicos. Da mesma forma, lombares, sacrais e coccgeo so os nervos que saem pela coluna vertebral entre as vrtebras do mesmo nome. Cada poro da medula espinal que origina um par de nervos espinais denominada segmento da medula espinal. Por causa da diferena de crescimento entre a coluna vertebral e a medula espinal, os nervos espinais so tracionados para baixo medida em que a coluna se desenvolve. Como resultado, as razes dos nervos espinais inferiores percorrem alguma distncia para baixo, antes de atingirem o forame intervertebral correspondente. No final da medula espinal, o conjunto de razes nervosas lombares e sacrais possui a aparncia de um rabo de cavalo, e por isso que denominada cauda equina.

A medula espinal apresenta duas regies dilatadas. A intumescncia cervical est localizada na poro da medula que origina os nervos espinais destinados aos membros superiores. Esses nervos formam o plexo braquial. A intumescncia lombar se localiza na regio da medula que origina os nervos destinados aos membros inferiores. Esses nervos formam o plexo lombossacral.

Tronco enceflico

O tronco enceflico interpe-se entre a medula e o diencfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo, ou seja, conecta a medula espinal com as estruturas enceflicas localizadas superiormente. A substncia branca do tronco enceflico inclui tratos que recebem e enviam informaes motoras e sensitivas para o crebro e tambm as provenientes dele. Dispersas na substncia branca do tronco enceflico encontram-se massas de substncia cinzenta denominadas ncleos, que exercem efeitos intensos sobre funes como a presso sangnea e a respirao. Na sua constituio entram corpos de neurnios que se agrupam em ncleos e fibras nervosas, que por sua vez, se agrupam em feixes denominados tratos, fascculos ou lemniscos.Muitos dos ncleos do tronco enceflico recebem ou imitem fibras nervosas que entram na constituio dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexo com o tronco enceflico.O tronco enceflico se divide em: bulbo, situado caudalmente, mesencfalo, e a ponte situada entre ambos.

Bulbo

O bulbo ou medula oblonga tem forma de um cone, cuja extremidade menor continua caudalmente com a medula espinhal. Como no se tem uma linha demarcando a separao entre medula e bulbo, considera-se que o limite est em um plano horizontal que passa imediatamente acima do filamento radicular mais cranial do primeiro nervo cervical, o que corresponde ao nvel do forame magno.O limite superior do bulbo se faz em um sulco horizontal visvel no contorno deste rgo, sulco bulbo-pontino, que corresponde margem inferior da ponte. A superfcie do bulbo percorrida por dois sulcos paralelos que se continuam na medula. Estes sulcos delimitam o que anterior e posterior no bulbo. Vista pela superfcie, aparecem como uma continuao dos funculos da medula espinhal. A fissura mediana anterior termina cranialmente em uma depresso denominadaforme cego. De cada lado da fissura mediana anterior existe uma eminncia denominadapirmide, formada por um feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as reas motoras do crebro aos neurnios motores da medula. Este trato chamado detrato piramidal ou trato crtico-espinhal. Na parte caudal do bulbo, as fibras deste trato cruzam obliquamente o plano mediano e constituem adecussao das pirmides. devido decussao das pirmides que o hemisfrio cerebral direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfrio cerebral esquerdo controla o lado direito. Por exemplo: em uma leso enceflica direita, o corpo ser acometido em toda sua metade esquerda.Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior temos a rea lateral do bulbo, onde se observa uma eminncia oval, aoliva, formada por uma grande quantidade de substncia cinzenta. Ventralmente oliva, emerge do sulco lateral anterior, os filamentos reticulares donervo hipoglosso. Do sulco lateral posterior emergem os filamentos radiculares que se unem para formar osnervos glossofarngeoe ovagoalm dos filamentos que constituem a raiz craniana ou bulbar donervo acessrioque une se com a raiz espinhal.No bulbo localiza-se o centro respiratrio, muito importante para a regulao do ritmo respiratrio. Localizam-se tambm o centro vasomotor e o centro do vmito. A presena dos centros respiratrios e vasomotor no bulbo torna as leses neste rgo particularmente perigosas.Em razo de sua importncia com relao s funes vitais, o bulbo muitas vezes chamado de centro vital. Pelo fato de essas estruturas serem fundamentais para o organismo, voc pode compreender a seriedade de uma fratura na base do crnio. O bulbo tambm extremamente sensvel a certas drogas, especialmente os narcticos. Uma dose excessiva de narctico causa depresso do bulbo e morte porque a pessoa para de respirar.

Ponte

Ponte a parte do tronco enceflico interposto entre o bulbo e o mesencfalo. Est situada ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela trcica do esfenide. Sua base situada ventralmente apresenta uma estriao transversal em virtude da presena de numerosos feixes de fibras transversais que a percorrem. Estas fibras convergem de cada lado para formar um volumoso feixe, opednculo cerebelar mdio, que se penetra no hemisfrio cerebelar correspondente. Considera-se como limite entre a ponte e o pednculo cerebelar mdio (brao da ponte) o ponto de emergncia donervo trigmeo (V par craniano). Esta emergncia se faz por duas razes, uma maior, ou raiz sensitiva do nervo trigmeo, e outra menor, ou raiz motora do nervo trigmeo.Percorrendo longitudinalmente a superfcie ventral da ponte existe um sulco, osulco basilar, que geralmente aloja a artria basilar.A parte ventral da ponte separada do bulbo pelosulco bulbo-pontino, de onde emerge de cada lado, a partir da linha mediana, o VI, o VII e o VIII par craniano.O VI par, onervo abducente, emerge entre a ponte e a pirmide do bulbo. O VIII par craniano, onervo vestbulo-coclear, emerge lateralmente prximo a um pequeno lobo denominado flculo. O VII par craniano, onervo facial, emerge lateralmente com o VIII par craniano, onervo vestbulo-coclear, com o qual mantm relaes ntimas. Entre os dois, emerge o nervo intermdio, que a raiz sensitiva do VII par craniano.A parte dorsal da ponte no apresenta linha de demarcao com a parte dorsal do bulbo, constituindo ambas oassoalho do IV ventrculo.A ponte tem um papel fundamental na regulao do padro e ritmo respiratrio. Leses nessa estrutura podem causar graves distrbios no ritmo respiratrio.

Sistema nervoso perifrico

O sistema nervoso perifrico inclui todos os neurnios, exceto aqueles restritos ao encfalo e medula espinal, isto , exceto os neurnios do sistema nervoso central. Ele consiste de vias de fibras nervosas entre o sistema nervoso central e todas as estruturas do corpo. Pertencem ao sistema nervoso perifrico 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos espinais.Funcionalmente, o sistema nervoso perifrico est dividido em:Diviso aferente (sensitiva), cujas fibras nervosas transmitem impulsos de todas regies do corpo, inclusive as vsceras, para o sistema nervoso central.Diviso eferente (motora), que est subdividida em:Sistema nervoso somtico, cujas fibras levam impulsos do sistema nervoso central para os msculos esquelticos.Sistema nervoso visceral, que envia fibras motoras do sistema nervoso central para o msculo liso, cardaco e glndulas.Para a percepo da sensibilidade, na extremidade de cada fibra sensitiva h um dispositivo captador que denominadoreceptore uma expanso que a coloca em relao com o elemento que reage ao impulso motor, este elemento na grande maioria dos casos uma fibra muscular podendo ser tambm uma clula glandular. A estes elementos d-se o nome deefetor.Portanto, o sistema nervoso perifrico constitudo por fibras que ligam o sistema nervoso central ao receptor, no caso da transmisso de impulsos sensitivos; ou ao efetor, quando o impulso motor.As fibras que constituem os nervos so em geral mielnicas com neurilema. So trs as bainhas conjuntivas que entram na constituio de um nervo: epineuro (envolve todo o nervo e emite septos para seu interior), perineuro (envolve os feixes de fibras nervosas), endoneuro (trama delicada de tecido conjuntivo frouxo que envolve cada fibra nervosa). As bainhas conjuntivas conferem grande resistncia aos nervos sendo mais espessas nos nervos superficiais, pois estes so mais expostos aos traumatismos.Durante o seu trajeto, os nervos podem se bifurcar ou se anastomosar. Nestes casos no h bifurcao ou anastomose de fibras nervosas, mas apenas um reagrupamento de fibras que passam a constituir dois nervos ou que se destacam de um nervo para seguir outro.

Nervos cranianos

Doze pares de nervos cranianos se originam do encfalo. A maioria dos nervos cranianos so nervos mistos, compostos por fibras motoras e sensitivas. Alguns nervos transmitem apenas impulsos sensitivos. Os nervos cranianos que inicialmente se acreditava serem exclusivamente motores, na realidade apresentam alguns neurnios sensitivos provenientes de proprioceptores localizados nos msculos que inervam. Desta forma, eles levam informaes ao sistema nervoso central referentes a tenses de msculos especficos.Nos nervos cranianos, como nos nervos espinais, os corpos celulares dos neurnios sensitivos esto localizados nos gnglios localizados fora do sistema nervoso central. Alguns neurnios motores nos nervos cranianos suprem msculos estriados esquelticos. Esses neurnios, que esto sob controle da vontade, so denominados neurnios motores somticos. Outros neurnios motores nos nervos cranianos, no esto sob a ao da vontade; esses inervam no msculo liso, msculo cardaco ou glndulas, e so denominados neurnios motores viscerais.

Nervos espinais

Existem 31 pares de nervos espinais, sendo 8 cervicais, 12 torcicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccgeo. Com exceo do primeiro par de nervos cervicais, os nervos espinais deixam o canal vertebral atravs dos forames intervertebrais. O primeiro par de nervos cervicais emerge entre o osso occipital e o atlas. O segundo, at o stimo, emergem acima da vrtebra com qual se relacionam. O oitavo par de nervos cervicais emerge entre a stima vrtebra cervical e a primeira vrtebra torcica. Todos os outros pares de nervos espinais passam abaixo da vrtebra correspondente.Os nervos espinais so formados a partir da unio das razes ventral e dorsal que deixam ou entram na medula espinal. As razes ventrais apresentam axnios de neurnios motores que saem das colunas anterior e lateral da medula. Os corpos celulares desses neurnios motores esto localizados na medula espinal. As razes dorsais apresentam axnios de neurnios sensitivos que penetram nas colunas posteriores da medula.

Referncias bibliogrficasLivro: Anatomia humana bsica: Alexander P. SpenceWeb: http://www.auladeanatomia.com/neurologia/snervoso.htm#nervo