Sartre Jean Paul - Alrededor Del 68

8/13/2019 Sartre Jean Paul - Alrededor Del 68

http://slidepdf.com/reader/full/sartre-jean-paul-alrededor-del-68 1/351



C R I S T A L D E L T I E M P O



J E A N - P A U L S A R T R E

A L R E D E D O RDEL 68

S i T U A T I O N S , VI I I

T i a d u c t i ó n d e

E D U A R D O G U D I Ñ O K I E F F E R

4

E D I T O R I A L L O S A D A , S. A .B U E N O S A I R E S



T í t u l o o r i g i n a l

Siiualioiis, VIII

Autour de 6S

@ É d i t i o n s G a l U i i K u d ,

P a r í s , 1 9 7 2

Q u e d a h e c h o e l d e p ó s i t o q u e p r e v i e n e l a l e y 1 1 . 7 2 3

© E d i t o r i a l L o s a d a , S . A .l U i e n o s A i r e s , 1 9 7 3

I l u s t r ó l a c u b i e r t a

S I L V I O B A L D E S S A R I

PRINTICD IN ARGENTINA

IMPRESO EN JA ARGENTINA



T E T N A M E L T R I B U N A L R USSELL



" Y A N O H A Y D I Á L O G O P O S I B L E '

J E A N - P A U L SARTRE. — Sí o no: se t rata de saber s i e s t am os ap u n t o d e c ae r e n la t r amp a más gr an d e q u e la s p r op agan d ash a y a n i n v e n t a d o j a m á s . ¿ Q u é d i c e n l o s n o r t e a m e r i c a n o s ? Q u e

in t e n s i f i c an la gu e r r a d e V ie t n am, q u e b omb ar d e an e l Nor t e , q u eu t i l i z an gase s e n e l S u r , p ar a p e r mi t i r u n a n e goc iac ión . E n sue n o r m i d a d , e s t o e s b a s t a n t e i m p r e s i o n a n t e . P o r q u e , r e f l e x i o n e n :¿q u é q u ie r e d e c ir ? S e h ac e s i e mp r e la gu e r r a p ar a f in a l i z ar e nl a p a z , c i e r t a m e n t e . E n una p az . L a q u e se e l ige . E n una n e g o c iac ión . L a q u e se q u ie r e imp on e r . Ah or a b ie n , e l p r ob le ma e ssab e r s i s e b u sc a u n r e g lame n t o q u e se su p on e ac e p t ab le p or e lad ver sar io , o s i se qu iere destru ir a e se adver sar io p ara q ue su s

s u c e s o r e s a c e p t e n u n r e g l a m e n t o q u e s e a u n a c a p i t u l a c i ó n . E lg o b i e r n o d e W a s h i n g t o n d e c l a r a : e s p e r a m o s u n s i g n o d e b u e n av o l u n t a d d e l V i e t n a m d e l N o r t e . E s n e c e s a r i o t r a d u c i r : e s p e r a m o s q u e e l V i e t n a m d e l N o r t e s e c o n f i e s e v e n c i d o , n o s s u p l i q u eq u e d e t e n g a m o s l o s b o m b a r d e o s , y p r o m e t a n o a y u d a r m á s a lV i e t c o n g . E s t o q u i e r e d e c i r c l a r a m e n t e q u e l o s n o r t e a m e r i c a n o se s t á n a f a v o r d e l a e x t e n s i ó n d e l a g u e r r a . H a y q u e c o m p r e n d e r lo. E s u r g e n t e . D e s p u é s d e h a b e r c o m p r e n d i d o , h a y q u e s a c a r

c o n c l u s i o n e s . E s l o q u e y o h e h e c h o .P o r s u p u e s t o , e x i s t e n n o r t e a m e r i c a n o s q u e c o m p r e n d e n , q u e

c on d e n an e s t a p o l í t i c a y q u e p r o t e s t an c on t r a e l la . E s t os son lo sq u e me r e p r oc h an h ab e r an u lad o la s c on f e r e n c ias q u e d e b ía p r o n u n c i a r e l m e s p r ó x i m o e n E s t a d o s U n i d o s . H a b í a s i d o i n v i t a d oh ac e u n añ o p or la Un ive r s id ad d e Cor n e l l , d e l E s t ad o d e Nu e vaY o r k . U n a d e l a s U n i v e r s i d a d e s m á s a n t ig u a s , m á s s e r i a s d e l o sE s t a d o s U n i d o s . A l l í h u b i e r a e n c o n t r a d o n u m e r o s o s a m i g o s .

S on lo s p r o f e sor e s d e Cor n e l l q u ie n e s h an e n v iad o r e c ie n t e m e n t e a l P r e s i d e n t e J o h n s o n , u n a c a r t a a b i e r t a d e n u n c i a n d o s u



10 Vieinam: El Tribunal Russell

p o l í t i c a e n V i e t n a m , y q u i e n e s h a n o r g a n i z a d o u n a m a n i f e s t a c i ó n

d e p r o t e s t a e n l a p e q u e ñ a c i u d a d v e c i n a d e I t h a c a . Y o h a b í a a c e p t a d o l a i n v i t a c i ó n . E n p r i n c i p i o p o r l a c a l i d a d d e d i c h a U n i v e r s id a d . Y a d e m á s p o r q u e c o n s t a t a b a e l d e s a r r o l l o , e n l o s E s t a d o sU n i d o s , d e u n a m i n o r í a a c t i v a , s i m p á t i c a , q u e p a r t i c i p a b a j u n t oa l o s n e g r o s e n l a l u c h a c o n t r a l o s d i s c r i m i n a c i o n e s r a c i a l e s . E nC o r n e l l m e h u b i e r a s e n t i d o p e r f e c t a m e n t e b i e n .

E n e s a é p o c a , l o s n o r t e a m e r i c a n o s y a h a c í a n l a g u e r r a e n V i e t n a m , e s v e r d a d . P e r o e s a g u e r r a n o t e n í a a ú n e l c a r á c t e r q u e h a

t o m a d o d e s d e h a c e u n m e s . C u a n d o l o s E s t a d o s U n i d o s d e c i d i e r on s os t e n e r e l gob i e r n o d e D i e m, e n 1954 , d e s p u é s d e l a d e r r o tad e l o s f r a n c e s e s , f u e e v i d e n t e m e n t e p a r a a s e g u r a r s e p o s i c i o n e se s t r a t é g i c a s e n e l E x t r e m o O r i e n t e . P e r o s e p u e d e d e c i r q u e e ne s e m o m e n t o , m á s b i e n m e t i e r o n l a c a b e z a e n u n a v i s p e r o q u e s eh i c i e r o n c ó m p l i c e s d e u n a d i c t a d u r a . D e s p u é s c a y e r o n e n l a t r a m pa . La s i tu ac i ón n o h a c e s ad o d e d e gr ad ar s e , d e añ o e n añ o , ys e e n c o n t r a r o n c a d a v e z m á s p r e s i o n a d o s . I n c l u s o s e h u b i e r a

p od i d o s i mp at i z ar c on e l l o s , s i s e l o s h u b i e r a v i s to i n te n tar s a l i rd e e s e av i s p e r o , b u s c an d o s o l u c i on e s s ob r e l a s c u a l e s u n gob i e r n os u d v i e t n a m i t a , d e m o c r á t i c a m e n t e e l e g i d o , h u b i e r a p o d i d o e s t a rd e ac u e r d o .

En l u gar d e e s o , c u an d o s e h i z o e v i d e n te q u e l o s s ob r e s a l tosd e e s a d i c tad u r a n o c or r e s p on d í an s i n o a r i va l i d ad e s p e r s on a l e se n e l s e n o d e u n a c h u s ma c or r omp i d a , y q u e e l r é g i me n e r a d e t e s t a d o p o r e l c o n j u n t o d e l p u e b l o v i e t n a m i t a , e l l o s s e r e h u s a r o n

a s ac ar l a s c on s e c u e n c i as y e l i g i e r on l o q u e yo l l amar í a u n aac t i tu d d e " d i ve r si ón " . M an te n i d o s e n ja q u e p or e l F . N . L . ' e ne l S u r , d i r i g i e r on s u s go l p e s c on tr a u n p a í s ve c i n o .

M i l i t a r m e n t e e s t o n o t i e n e n i n g ú n s e n t i d o , p o r q u e n o p u e d ep e r m i t i r l e s l o g r a r l a v i c t o r i a e n e l S u r . E l c o m a n d o n o r t e a m e r i cano mismo es t ima que só lo de l 10 a l 20 % de las armas y de lasm u n i c i o n e s d e l F . N . L . l e l l e g a n d e l V i e t n a m d e l N o r t e . A ú ns u p on i e n d o q u e u n a b ar r e r a i n fr an q u e ab l e s e a l z ar a e n tr e e l

N or te y e l S u r , l a c omb at i v i d ad d e l F . N . L . n o s e ve r í a s e r i a m e n t e d i s m i n u i d a . E s o i m p l i c a r í a s i m p l e m e n t e , p a r a é l , u n c a m b i o d e tác t i c a y l a i n te n s i f i c ac i ón d e s u s e s fu e r z os p ar a p r oc u -



Ya no hay d iálogo posible 11

rarse las armas a l l í donde ya cons igue muchas: en las un idadesd e l e j é r c i t o g u b e r n a m e n t a l s u r v ie t n a m i t a .

Po l í t icamente , la agres ión contra e l Norte e s una ignomin iaque modif ica e l carácter mismo de la guerra .

L E NO UV E L OB S E RVAT EUR . — Es una diferencia cuantHafJvn.

Las operaciones se extendieron a otros blancos, con otros med ios,

pero el objetivo sigue siendo el mism o.

—^Precisamente no. A part ir de c ierto punto, como todos saben,la cant idad se transforma en ca l idad . Los bombardeos de l Nortehan dado a la guerra que los norteamer icanos hacen a l lá un nue

vo ros tro . Kepresentan un sa l to cua l i ta t ivo irrevers ib le en la med id a e n q u e p o n e n b r u t a lm e n t e e n e v id e n c ia , e l h e c h o d e q u e la ses tructuras de la soc iedad norteamer icana reposan sobre e l imoe-r ia l i s m o . H a s t a e n t o n c e s , l a s i t u a c ió n e n V i e t n a m t e n ía u n a s p e c t op o l í t i c a m e n t e y m o r a lm e n t e p o s i t i v o , e n e l s e n t id o d e q u e e l V ie t cong iba ganando y la pos ic ión norteamer icana se hac ía cada vezmás insos ten ib le . Era pos ib le , para un europeo , v ia jar a los Esta dos Unidos porque se ten ía la impres ión de que un per íodo der e f lu j o im p e r ia l i s t a s e p r e p a r a b a y q u e lo s n o r t e a m e r ic a n o s e m

pezaban a darse cuenta de l absurdo de su po l í t ica .Los bombardeos han cambiado todo . A part ir de a l l í , me d i

c u e n t a d e q u e lo s n o r t e a m e r ic a n o s n o h a b ía n c o m o r e n d id o n a d a ,y que no pod ía haber un lenguaje común entre e l los y nosotros .Pero no hay d iscus ión pos ib le s i no se acepta , en pr inc ip io —cosaq u e la m a y o r p a r t e d e l o s h o m b r e s d e i z q u ie r d a n o r t e a m e r ic a n o sm is m o s n o e s t á n d i s p u e s t o s a h a c e r —, p o n e r e n c u e s t ió n e l c o n j u n t o d e l a p o l í t i c a im p e r ia l i s t a n o r t e a m e r ic a n a , n o s o la m e n t e e ne l Vie tnam s ino también en Amér ica de l Sur , en Corea , en todo

e l tercer mundo , y s i no se admite que esa po l í t ica no podrácambiar s ino con e l t ras tocamiento comple to de las e s tructurasde la soc iedad a me r icana . Pa ra un in te le c tua l eur ope o so l idar iod e l t e r c e r m u n d o , h o y e s im p o s ib l e s o l i c i t a r a l De p a r t a m e n t o d eEstado una v isa para ir a lo s Estados Unidos . S i va , sea lo quefuere que d iga a l lá , la gente de l tercer mundo lo condenará ,porque nad ie va a lo de su enemigo . La reacc ión de mis amigosc u b a n o s e s a e s t e r e s p e c t o s ig n i f i c a t iv a . H a c e a lg u n o s m e s e s m edec ía n: Vaya a Es tado s Un ido s , por supu esto , y hab le de Cuba .



, 2 Vicii\am: El Tribuna l Russell

D e spué s de l o s bo m ba r de o s de l V ie tna m de l N o r te , t o do s m edicen: "¿Qué ir ía a hacer a l lá?"

— No es el Departam ento de Estado quien lo ha invitado, sinolas intelectuales que forman precisamente parte de esa "minoríaactiva" de la cual hablaba usted recién. Lo que usted hubiera

•,)odido decir allá, habría sido reprodu cido por la prensa y hubiera tenido cierta repercusión .

— ¿ A qu ié n l e hub ie r a ha b la do ? Hubie r a da do c inc o c o nfe r e n -f ias en una univers idad, ante un públ ico de es tudiantes y deprofesores . No habr ía ex is t ido un verdadero d iá logo , puesto quef i l o s hub ie r a n e s ta do , e n pr inc ip io , de a c ue r do c o nm ig o . Ha br ía nestado a l l í a lgunas personas de derecha , por supuesto , que es tar ían encantadoras y d ir ían —usted conoce e l fair play a m e -

¡ icnno—: "Tiene todo su derecho a opinar" . Ciertos d iar iosha br ía n pub l i c a do e x tr a c to s de m i s c o nfe r e nc ia s — die z l íne a s po raquí , ve inte l íneas por a l lá— y eso ser ía todo . Eso no producir íaM Í una arruga en la superf ic ie de la v ida po l í t i ca norteamericana .En revancha se podr ía dec ir que Sartre , "premio Nobel", entrec o m i l l a s , ha v e n ido a d i s c u t i r s e r e na m e nte , e n l o s Es ta do s U n i dos, entre personas que se respetan , acerca de la po l í t i ca norte a m e r ic a na e n V ie tna m . Eso e s l o que no qu ie r o .

V o y a h a c e r u n a c o m p a r a c ió n . I m a g i n é m o n o s q u e F a u l k n e r ,

premio Nobel s in comi l las , haya s ido inv i tado a dar conferenc iase n un c i e r to núm e r o de un iv e r s ida de s f r a nc e sa s , e n l o m á s c a ndente de la guerra de Alger ia . En 1957 , por e jemplo . Y supon-tram os que ha y a v e n ido e n e l m o m e nt o de Sa k ie t . Y o l e s pr e g unt o : ¿ qué im po r ta nc ia hub ie r a t e n ido su v o z ? A lg uno s d ia r io sl iabr ían publ icado pasajes de lo que é l d i jera , quizá de modoatenuado, y la mayor parte de la gente habr ía pensado , en laFr a nc ia a pa s io na da de e n to nc e s : " ¿ Po r qué s e m e te e s t e e x t r a njero? S i acepta venir aquí : ¿con qué derecho condena nuestra

iiolítica? De to do s m o do s , l o s no r te a m e r ic a no s no t i e ne n n ing unalecc ión para darnos , con sus co lonias ocul tas como Puerto Ri c o . . . " Pu e d e n e s ta r s e g ur o s de que l a g e n te ha br ía r e a c c io na dode e sa m a ne r a . La pr o te s ta de Fa u lkne r ha br ía s ido p inc ha da dea nte m a no . ¿ Po r qué ? Po r que v in i e ndo a Fr a nc ia , ha br ía a c e p tado e l conjunto de l s i s tema en e l cua l se inscr ib ía la po l í t i cafrancesa en Arge l ia .



Y a no hay diálogo posible 13

— Vale decir que son los norteamericanos quienes deben tratar

de abrir los ojos sobre Vietnam. Esa izquierda norteamericana

muy embrionaria, que prácticamente no tiene tribima en la pren

sa , habría recibido su ayuda si usted le prestaba su voz allí mism o.

— El p ro b l em a n o re s i d e en sa b er s i y o l e a y u d a r í a m á s om e n o s y e n d o a l l á . L a v e r d a d e s q u e n o p u e d o a y u d a r l a e n a b s o l u t o . P o r q u e s u p e s o p o l í t i c o , d e s g r a c i a d a m e n t e , e s n u l o . N o e se l l a q u i e n i m p o n d r á l a s n e g o c i a c i o n e s . N o m á s q u e l a i z q u i e r d af r a n c e s a , q u e s i e n d o m u c h o m á s f u e r t e n o o b t u v o p o r s u s p r e s i o n es l a n eg o c i a c i ó n en A rg e l i a . E l a su n t o s e re so l v i ó en t re t re sp a r t e s : d e G a u l l e , e l e j érc i t o y e l F . N . L . , a p o y a d o p o r l a p o b l a c i ó n a r g e l i n a d e l a s c i u d a d e s . N o s o t r o s h e m o s h e c h o a m e n u d om a n i f e s t a c i o n e s c a l l e j e r a s . E r a n u e s t r o p a p e l p o r q u e é r a m o sf ra n cese s . Eso s i rv i ó p a ra m o s t ra r a l o s a rg e l i n o s q u e , co n t o d o ,e x i s t í a u n a m i n o r í a f r a n c e s a q u e r e c o n o c í a e s a g u e r r a c o m oi n i c u a . P e r o r e c o n o z c a m o s q u e n o o b t u v i m o s r e s u l t a d o s r e a l e s .O b i e t i v a m e n t e , n u e s t r a p o s i c i ó n n o h a s e r v i d o d e n a d a .

E n E s t a d o s U n i d o s t a m b i é n h a y u n a o p o s i c i ó n . E s c a d a v e zm á s a c t i v a . En c i er t o m o d o , l o q u e e l l a h a ce en l a l u ch a co n t rae l r a c i s m o d e m a n d a m u c h a m á s f u e r z a y c o r a j e o u e l o a u e l al u c h a c o n t r a l a g u e r r a e n A r g e l i a d e m a n d a b a a l o s f r a n c e s e s ,

a ú n c u a n d o a y u d a r a n d i r e c t a m e n t e a l F . N . L . I r a l ?.uv parap a r t i c i p a r en u n a m a rch a d e l o s n eg ro s , e s a rr i e sg a rse a l l i n ch a m i e n t o y a l a m u e r t e . D o s e s t u d i a n t e s b l a n c o s d e l n o r t e f u e r o nm u er t o s e l v era n o p a sa d o en M i s s i s s i p p i . U n - p a s t o r y u n a j o v enl o h a n s i d o h a c e p o c o s d í a s e n A l a b a m a . S i n e m b a r g o , h a y c a d av ez m á s b l a n co s d i sp u es t o s a co rrer e se r i e sg o . P o n en en e sou n a v a l e n t í a s o r p r e n d e n t e .

S u a c c i ó n n o e s v a n a , c i e r t a m e n t e , e n l a m e d i d a e n q u e o b l i g a n

a l o s n o r t e a m e r i c a n o s a t o m a r c o n c i e n c i a d e l a o p r e s i ó n r a c i s t aq u e e x i s t e e n s u p r o p i o p a í s . C e n t e n a r e s d e n e g r o s h a n s i d o m u e r t o s en e l S u r . C o sa q u e n u n ca h a h ech o m u ch o ru i d o . P ero q u e u n ai n v en b l a n ca , q u e u n p a s t o r b l a n co s ea n a se s i n a d o s , e s o t ra co sa .R e c u e r d e n u s t e d e s q u e l a g e n t e y a h a s i d o m u y s e n s i b l e , e nF r a n c i a , a l t e s t i m o n i o d e H e n r i A l l e g , p o r q u e e r a e l p r i m e r f r a n cés d e l cu a l sa b í a m o s co n cer t eza q u e h a b í a s i d o t o r t u ra d o . Lag e n t e h a b í a t e r m i n a d o p o r a d m i t i r q u e u n m u s u l m á n l o f u e r a ,

p ero e so l o s a f ec t ó d e a l g u n a m a n era .



14 Vietnam: El Tribunal Rxissell

E n su l ucha , l o s a n t i rra c i s t a s no r t ea m er i ca no s t i enen a dem á s e l

a p o y o — a l m e n o s v e r b a l — d e l g o b i e r n o . H a y u n f e n ó m e n o d ee q u i l i b r i o q u e s e o b s e r v a a m e n u d o e n l o s E s t a d o s U n i d o s : c u a n do e l g o b i erno endurece su po l í t i ca i m per i a l i s t a ex t er i o r , s em ues t ra m á s l i bera l en l a i n t er i o r , en e l p l a no ra c i a l . H o y l am o v i l i za c i ó n de l a o p i n i ó n púb l i ca po r l a l ucha a nt i rra c i s t a , a l en t a da po r e l g o b i erno , s i rv e a J o hnso n d i s t ra y endo l a a t enc i ó nd e l o q u e h a c e e n V i e t n a m .

P o r e s o l o s n o r t e a m e r i c a n o s q u e t o m a n d i r e c t a m e n t e p o s i c i ó n

c o n t r a l a p o l í t i c a d e l o s E s t a d o s U n i d o s e n V i e t n a m , s o n m u c h om e n o s n u m e r o s o s q u e l o s q u e p a r t i c i p a n e n l a l u c h a a n t i r r a c i s t a .F o r m a n u n a m u y p e q u e ñ a m i n o r í a d e i n t e l e c t u a l e s , s i b i e n n ot o d o s p o l i t i z a d o s , a l m e n o s " m o r a l i z a d o s " , a n e c o m p r e n d e n l aa bsurda po l í t i ca y l a i g no m i n i a de l o que su pa í s ha ce a V i e t na m .É s t o s s o n t o t a l m e n t e i m p o t e n t e s . U n o d e e l l o s m e h a e s c r i t o :"En tonces, si usted no viene, si corta toda com unicación, ¡es quenos considera como los condenados de la tierra ". P i e n s o , e n

e f e c t o , q u e u n h o m b r e d e l a i z a u i e r d a n o r t e a m e r i c a n a q u e t i e n euna v i s ión c lara de su s i tuación , que se ve a i s lado en un pa í se n t e r a m e n t e c o n d i c i o n a d o p o r l o s m i t o s d e l i m p e r i a l i s m o y d e la n t i c o m u n i s m o , p i e n s o q u e e s e h o m b r e , a l c u a l r i n d o h o m e n a j e ,e s un co ndena do de l a t i erra . É l desa prueba t o t a l m ent e l a po l í t i ca que s e ha ce en su no m bre , pero su a cc i ó n e s t o t a l m ent ei ne f i ca z , a l m eno s en l o i nm edi a t o .

— Si debe sobrevenir un día una transformación de la política

norteamericana , será sin embargo necesario que provenga delinterior.

—^Eso de pe nd e . En e l aspe cto rac ia l , por c i erto q ue s í . Y a see j erce una pres i ó n que ha da do resu l t a do s . E s e l ca so de l o sn e g r o s , p o r s u p u e s t o , p e r o t a m b i é n d e l o s b l a n c o s a n e c o m i e n za n a pe l ea rse en t re e l l o s . Y l a o p i n i ó n púb l i ca e s t á ca da v e zm á s s e n s i b i l i z a d a a n t e e s t e p r o b l e m a . S e r á n n e c e s a r i o s a u i z áv e i n t e , t re i n t a a ño s pa ra que l a s i t ua c i ó n ra c i a l s e no rm a l i ce

m á s o m e n o s e n E s t a d o s U n i d o s . P e r o e l m o v i m i e n t o n o s e d e t endrá , po rque l o s neg ro s no s e de j a rá n o l v i da r nunca m á s .

N o s o t r o s t a m p o c o p o d e m o s a p o r t a r n i n g u n a a y u d a a l o s a n t i



Ya no hay diálogo posible 15

p a r a n a d a . La so c i e d a d n o r t e a m e r i c a n a h a p r o d u c i d o su s m i t o s ysu ideo log ía , e s a part i r de esos mi tos y de esa ideo log ía —y con

t r a e l l o s — q u e d e b e r á f o r m a r s e u n n u e v o p e n s a m i e n t o n o r t e a m e r i c a n o . E s e p e n s a m i e n t o n o v e n d r á d e E u r o p a .E l c a so d e V i e t n a m e s m u y d i f e r e n t e . En p r i m e r l u g a r , h a y

q u e a c t u a r d e n t r o d e l o s t r e s m e se s . En t o n c e s e s i m p e n sa b l e ,e n l a h o r a a c t u a l , q u e l a s f u e r z a s d e i z q u i e r d a n o r t e a m e r i c a n a s l o g r e n m o d i f i c a r u n a p o l í t i c a q u e , u n a v e z m á s , e s t á r e g i d a p o re s t r u c t u r a s m u y p r o f u n d a s . La s e n s i b i l i d a d d e l a o p i n i ó n n o r t e a m e r i c a n a n o p u e d e s e r p r o v o c a d a s i n o p o r u n a c r i s i s a g u d a : d e sa s t r e m i l i t a r , a m e n a z a g r a v e d e g u e r r a m u n d i a l . La ú n i c a m a

n e r a q u e t e n e m o s d e c o n t r i b u i r a e sa s e n s i b i l i z a c i ó n , e s m a r c a i .

u n a c o n d e n a b r u t a l , g l o b a l d e l a p o l í t i c a n o r t e a m e r i c a n a e n V i e t nam, y t ra tar de provocar , a l l í donde es pos ib le —es dec ir enE u r o p a — m a n i f e s t a c i o n e s d e p r o t e s t a .

— Ciertos periódicos han sostenido que u s í e d condenaba con

más gusto a los norteam ericanos que a los soviéticos.

— ^ A t e n i é n d o se a l o s h e c h o s e s u n a s i m p l e m e n t i r a . H e c o n d e n a d o , c o n M e r l e a u - P o n t y , e n m i r e v i s t a Les Temps Modernes,

l o s c a m p o s d e t r a b a j o s t a l i n i s t a s c u a n d o su e x i s t e n c i a f u e d e

m o s t r a d a . H e c o n d e n a d o v i o l e n t a m e n t e l a i n t e r v e n c i ó n s o v i é t i c a e n Bu d a p e s t , e n u n a e n t r e v i s t a p a r a L'Express, de la cu al loe se n c i a l h a s i d o r e p r o d u c i d o p o r l a m a y o r p a r t e d e l o s d i a r i o s .

D e t o d a s m a n e r a s , e s t a a c u sa c i ó n e s a b su r d a . N o so m o s p a s tores y no se t ra ta de repart i r por igua l acusac iones y censuras ,n i d e d a r e l m i sm o n ú m e r o d e s e r m o n e s m o r a l e s a l Es t e y a lOeste . Es necesar io saber de qué lado se es tá , s in perder dev i s t a q u e l a a p r e c i a c i ó n c r í t i c a e s u n d e b e r d e l i n t e l e c t u a l .

S i e l g o b i e r n o n o r t e a m e r i c a n o , r e c o n o c i e n d o e l e r r o r d e l o s g o

b i e r n o s q u e l o h a n p r e c e d i d o , h u b i e r a r e t i r a d o d e V i e t n a m su s e x p e r t o s m i l i t a r e s y su s so l d a d o s , n o h u b i e r a s i d o e l ú l t i m o e na p r o b a r l o y e n p e n sa r q u e a l g o e m p e z a b a a c a m b i a r e n l o s Es t a d o s U n i d o s . P e r o s e p r o d u j o l o c o n t r a r i o : l a s e s t r u c t u r a s e c o n ó m i c a s y so c i a l e s d e Es t a d o s U n i d o s r e c l a m a b a n l o p e o r — s ino es seguro es lo más probable—; y lo peor es lo que ha suced i d o . En c o n c r e t o , l a i n t e r v e n c i ó n n o r t e a m e r i c a n a e n V i e t n a m d e lN o r t e d e b e s e r c o m p r e n d i d a e n e l c o n j u n t o d e l a p o l í t i c a e x t e r i o r d e l o s Es t a d o s U n i d o s .



1 0 V i i T i i í i i i i : El Tribunal K i i s s c í l

Pero l a apues t a no e s s ó l o Vi e t nam. S i l o s nor t eamer i canos erane c h a d o s d e S a i g ó n , e s o h u b i e r a t e n i d o s e g u r a m e n t e r e p e r c u s i o nes en t odo e l t ercer mundo , l o que i mpl i car í a a t érmi no f i j oc o n v u l s i o n e s e n A m é r i c a L a t i n a . L a fi n a li d a d e s m a n t e n e r p o rl a f uerza e l conj unt o de l s i s t ema de opres i ón .

H e e s t a d o e n E s t a d o s U n i d o s e n o t r o t i e m p o . T u v e a m i g o s

a l l í . Pero no era l o mi s mo . Nort eamér i ca s a l í a de l a guerra y aúns i yo no aprobaba todo lo que ve ía , era di ferente . Hoy se t rata deun ac t o de agres i ón ne t o , c í n i co , carac t er i zado , s i n j us t i f i cac i óny aun s i n coar t ada s er i as . Y además querr í a dec i r que , de modogenera l , no hay que cons i derar a Nort eamér i ca como e l cent ro de lm u n d o . ¿ E s l a p o t e n c i a m á s g r a n d e d e l m u n d o ? S e a . P e r o a t e n c ión . Es t á muy l e j os de s er e l cent ro . Cuando s e e s europeo s et i ene aún e l deber de no cons i derar l a como e l cent ro . Se debemi rar , mani f es t ar s u i n t erés , probar s u s o l i dar i dad con t odos l o sv i e t nami t as , l o s cubanos , l o s a f r i canos , t odos l o s ami gos de l t er cer mi n i do que acceden a l a ex i s t enc i a y a l a l i ber t ad y quep r u e b a n c a d a d í a , p r e c i s a m e n t e , q u e l a m a y o r p o t e n c i a d e l m u n do es i ncapaz de i mponer s us l eyes , que e s l a más vu l nerab l e ,y q u e e l m u n d o n o l a h a e l e g i d o c o m o c e n t r o d e g r a v e d a d . L o sE s t a d o s U n i d o s e v o l u c i o n a r á n , p o r s u p u e s t o , l e n t a m e n t e , m u ylentam.ente . Pero más s i uno se l es res i s te que s i s e l e d ir igens e r m o n e s .

Le Nouvel Observateur, 1' de abril de 1965



U N N O R T E A M E R I C A N O E S C R I B E A S A R T R E

C o m o se l o h a c í a n o t a r su en cu es t a d o r , n o so n l o s Es t a d o sU n i d o s q u i e n e s h a n i n v i t a d o a l s eñ o r S a r t r e a v i s i t a r l o s . H a b l e mos c laro : e l señor Sartre (y lo d igo con gran pena) no es muyc o n o c i d o e n t r e n o s o t r o s — h á b l e n n o s d e M a u r i c e C h e v a l i e r , d e

Br i g i t t e Ba rd o t ¿ p ero S a r t re? — . S i h u b i era v en i d o , l a g ra n m a y o r í a d e l o s d i a r i o s n o h u b i era re t en i d o l a s i n f o rm a c i o n es d ep ren sa re l a t i v a s a su e s t a d a .

N o e s p u es "A m ér i ca " q u i en s e i n t eresa b a en e s t a v i s i t a . E ls eñ o r S a r t re h a b í a s i d o i n v i t a d o , a t í t u l o p r i v a d o , p o r u n g ru p od e u n i v ers i t a r i o s , a d a r u n a s er i e d e co n f eren c i a s so b re u n t em asea l i t era r i o , s ea f i l o só f i co . P i en so h a b er f recu en t a d o b a s t a n t ea l s eñ o r S a r t re p a ra co m p ren d er su p u n t o d e v i s t a : p a ra u nescr i t o r co m p ro m et i d o , n o era cu es t i ó n d e d a r co n f eren c i a s l i t e ra r i a s , cu a n d o l a su er t e d e l m u n d o e s t á en j u eg o .

S ó l o q u e h a y u n a co sa : m e p a rece q u e e l s eñ o r S a r t re t i en eu n a m a n era u n p o co e sp ec i a l d e en ca ra r e l co m p ro m i so . É l r e co n o ce q u e ex i s t e , en l o s Es t a d o s U n i d o s , "una minoría activa"cen t ra d a so b re ( o so s t en i d a p o r) u n i v er s i d a d e s t a l e s co m o a q u e l l a q u e l o h a b í a i n v i t a d o . C o n f i e sa t en er a l l í n u m ero so s a m i g o s .Les co n ced e q u e t i en en co ra j e . C o n t o d o h a t erm i n a d o p o r d e j a r l o s ca er p a ra p ro t e s t a r co n t ra a q u e l l o s co n q u i en es "y a n oh a y d i á l o g o p o s i b l e" , p ero q u e — co m o en t o d o d i á l o g o d e so rd o sq u e s e re sp e t a — n o e s t á n en co n d i c i o n es d e o í r l o .

¿ P o r q u é e l s eñ o r S a r t re h a p re f er i d o o p o n er su n eg a t i v a aa q u e l l o s q u e i g n o ra n h a s t a su n o m b re , en l u g a r d e v en i r a d a rsu a p o y o a a q u e l l o s en t re q u i en es , n o s d i ce é l , "me hubierasentido perfectamente bien"? N o h a y s i n o u n a re sp u es t a p o s i b l e . E l s eñ o r S a r t re h a q u er i d o p erm a n ecer p u ro . "Un hombre



18 Vieinam: El Tribunal Russell

como yo" declaia, n o v a "alo del enemigo: la gente del tercer

mundo ( m e ) condenaría"; "¿qué dirían mis amigos cubanos?" .P as ó p or a l t o e l t i emp o d e H oed erer , q u e t en ía l a s man os s u c ias" h as t a e l cod o" . H oy , s u cread or q u e s e h a vu e l t o j u i c io s o , p on d erad o , h a p re f er id o u n ge s t o q u e , au n q u e o f en d a a "la minoríaactiva", l e p er m i t e h ac er b u en a figu ra en o t ra p ar t e .

Es u n a lá s t in ia . N os h u b iera gu s t ad o q u e e l s eñ or S ar t re v i n i era a comp ar t i r s u p an e s p ir i t u a l con n os o t ros . N os h u b ieragu s t ad o o í r l o q u e t en ía q u e d ec i rn os s ob re F lau b er t o K an t .

P ara n os o t ros , f í j en s e u s t ed es , e s o h u b iera rep res en t ad o u n a f or m a d e c o m p r o m i s o . U n o s e c o m p r o m e t e a h a b l a r a s u s " a m i g o s "y a ú l t imo min u t o , p orq u e e s os amigos s e en cu en t ran en u n p a í scu ya p o l í t i ca gu b ern amen t a l n o s e ap ru eb a , u n o s e d a cu en t ad e q u e h ay o t ros amigos q u e q u izá n o comp ren d er ían . Y s in emb argo , p orq u e u n o s e comp ren d e a s í mi s mo y comp ren d e s u spropias razones , uno se d ice tanto peor (o a lguna cosa más sar -t rean a) y va a e s e lu gar a p es ar d e t od o . Y s e h ab la d e F l au b e r t

o d e K an t , y s e exp l i ca p or q u é , aú n cu an d o la s u er t e d e l mu n d os e j u ega , h ay lu gar p ara h ab lar d e e l l o s . Y re s u l t a q u e en t re e lp ú b l i co h ay u n e s t u d ian t e ( " d e d erech a" , como u s t ed d i ce ) , q u eentrevé , por pr imera vez , c ier tas luces sobre la é t ica , la respons a b i li d a d , l a f r a te r n i d a d h u m a n a s . E v i d e n t e m e n t e , u n e s t u d i a n t en o e s m u c h o c u a n d o s e p u e d e d e c i r b i e n f u e r t e " n o " a u n m o n t ó n d e s o r d o s ( y a l g u n o s a m i g o s ) . . . p e r o a n t e v a r i o s m i l l o n e sd e f ran ces e s .

E l s eñ or S ar t re n os d i ce q u e h a e s t ad o en Es t ad os U n id os enotro t iempo y se excusa por eso . " iVo era lo mism o. Am érica salíade la guerra y aún si yo no aprobaba todo lo que veía, era diferente". Es o p are ce s ob re t od o t au t o lóg ico . C lar i f iq u e m os . Y p i en s e n u s t e d e s , p a r a e m p e z a r , q u e e s e x a c t a m e n t e i g u a l : l o s " a m i g o s "que Sartre haya podido encontrar aquí en 1947, aquí es tán tod av ía ; l o s " s in vergü en zas " t amb ién ; n o s on lo s ac t os d e u n go b iern o como e l d e l o s Es t ad os U n id os l o s q u e camb ian a l in d i

v id u o — n o más q u e lo q u e e l s eñ or S ar t re h a s id o camb iad o( au n q u e re s p on s ab le ) p or S ak ie t . P ero s i h ay camb io , e s p orq u eo t r o s h a n c o n t i n u a d o m a n t e n i e n d o v i v o e l p e n s a m i e n t o d e u n



Un norteamericano e s c r i b e a Sartre 19

P o r o t r a p a r t e l a s i t u a c i ó n e s m u c h o m á s c o m p l e j a q u e l o q u e

p e r m i t i r í a n c r e e r l a s d i s t i n c i o n e s , u n p o c o s i m p l i s t a s , d e l s e ñ o rS a r t r e . H a b l a r , p o r e j e m p l o , d e "homb res de izquierda norteame-r í c n n o s" , q u e n o e s t á n c e r c a d e "cuestionar el conjunto de lapolítica imperialista norteam ericana" , es ve rn os con o jos verdad e r a m e n t e d e m a s i a d o f r a n c e se s . S i e l s e ñ o r S a r t r e v i a j a r a y m i r a r a u n p o c o m á s g e n e r o sa m e n t e , sa b r í a q u e e sa s i d e a s e sc l e r o -sa d a s " d e d e r e c h a " o " d e i z q u i e r d a " so n l a h e r e n c i a d e l s i g l o x i xe u r o p e o , q u e n o h a s i d o c o r r e so o n d i d o e n l o s Es t a d o s U n i d o s . ( Yp o r e so b i e n h u b i e r a p o d i d o h a b l a r d e c o n f i a n z a a e s t u d i a n t e s

—^y pro fesor es— qu e no t i e ne n part idos que l e s t ra sm i tan susc o n s i g n a s . )

Hubiera ev i tado a traerse la i ron ía de la suerte que qu iere nu .^ ,j u s t a m e n t e d e e n t r e l o s r e p r e se n t a n t e s d e l S u r c o n s e d e e n W a sh i n g t o n , s e h a y a n e l e v a d o l a s V O C R S más fuertes contra la pol í t i c a a c t u a l d e l g o b i e r n o e n e l S u d - Es t e A s i á t i c o — ¡ v o c e s d ep e r so n a l i d a d e s m u c h o m á s c a l u r o sa m e n t e a d q u i r i d a s e n u n a c e sa c i ó n d e " l a e sc a l a d a " q u e e n u n a m a n i f e s t a c i ó n e n S e l m a oe n M o n t g ó m e r y

Y apuesto que s i e l señor Sartre hubiera recorr ido e l va l l ed e l O h í o o l a s g r a n d e s l l a n u r a s , h u b i e r a e n c o n t r a d o a l m e n o su n g r a n j e r o ( y u s t e d e s sa b e n a o u é p u n t o s e p u e d e s e r c o n se r v a d o r e n e so s p a r a j e s ) , p a r a d e c i r l e q u e s e s e n t í a m á s so l i d a r i ode l Vie tcong que de Sa igón porque la t i erra es s i empre la t i erra ,y u n c a m p e s i n o s i g u e s i e n d o u n h e r m a n o a u n q u e l o s g o b i e r n o ?traten de d i suad ir lo .

D e c i r c o n e s t o q u e e so s " a i s l a d o s" so n "condevados de la tierra", e s v e r d a d e r a m e n t e c o n f e r i r l e s u n s e n t i d o d e l a b su r d o q u e

l o s so b r e p a sa . H a c e r d e se n r a i z a d o s e x i s t e n c i a l e s d e l a s Troyanasp a se t o d a v í a — ¿ p e r o d e u n g r a n j e r o d e l M e d i o O e s t e ? Y p a r ac o m p l i c a r t o d a v í a l a s c o sa s h a y " l i b e r a l e s" d e l a "gente de laizquierda", qu e arr ie sga n su p ie l en e l Su r y qu e es tar ía n perf e c t a m e n t e d e a c u e r d o c o n e l s e ñ o r S a r t r e p a r a a d m i t i r q u e , alos o jos de los Estados Unidos , se t ra ta sobre todo de "asegurarse posiciones estratégicas en Extremo Oriente", y qu e pensar ían ,e n su m a , q u e e so n o d i f i e r e m u c h o d e l o q u e t r a t a n d e a se g u r a r se C h i n a y l a U . R . S . S .

Y d e sp u é s d e t o d o e so e l s e ñ o r S a r t r e ( c u y a l ó g i c a m e c u e s t a



20 Vietnam: El Tribunal Rxissell

segu ir ) nos d ice que , de todos modos , la opos ic ión no s irve paranada . Al f in de cuentas , e l juego se juega entre los gob iernos .S in duda es verdad: un d ía los d ir igentes se dan cuenta que han¡do tan le jos en la pru eba de fuer za c om o pod ían perm it ír se lo ,y t o d o s e a r r e g la a l r e d e d o r d e u n a m e s a . Pe r o e n t o n c e s : ¿ d ó n d ee s t á e l e s c r i t o r c o m p r o m e t id o , t o d a v ía e n t e r a m e n t e o c u p a d o e nd e c i r " n o " y e n p r e s e r v a r s u in t e g r id a d ? Un o s e p r e g u n t a , a lf in de cuentas , s i e l conferenc iante que hab laba de Kant o deF la u b e r t e r a m u c h o m á s r id í c u lo o s i , e n s u m a , h a c ía m e n o s p a r ainf luenc iar sobre la op in ión públ ica . ¿Es tan poca cosa enseñara lo s j ó v e n e s a f o r m u la r p r e g u n t a s ?

¡ H a y t a n t a s m a n e r a s d e e n c a r a r e l c o m p r o m is o y l a a c c ió np o l í t ic a S e p o d r ía , p o r e j e m p lo , t e r m in a r d e u n a b u e n a v e z c o nla s f r o n t e r a s ( e s u n a id e a m á s b i e n n o r t e a m e r ic a n a ) , p a r t i e n d ode l pr inc ip io de que es mucho más d i f íc i l de encontrar a lgo quecr i t icar a l vec ino , cuando forma parte de la fami l ia . Pero paraq u e la s f r o n t e r a s c a ig a n , s e r ía n e c e s a r io p r im e r o Q u e m u c h o sm á s n o r t e a m e r i c a n o s p u d i e r a n c o n o c e r u n J e a n - P a u l S a r t r e , l e e r lo y c o m p r e n d e r lo .

En lu g a r d e l v i e j o b u e n o d io q u e r e a n im a y c u e s t a t a n p o c o( h a s t a e l m o m .e n t o e n q u e c u e s t a d e m a s ia d o ) s e p o d r ía q u iz áe m p e z a r p o r l a d o c u m e n t a c ió n : h a b la r l a l e n g u a d e l v e c in o , v e rpor sus o jos , conv iv ir con é l y d ia logar con é l —antes de juz gar l o— . F o r m a d o s e n s e m e j a n t e e s c u e l a , s e e n c o n t r a r á n q u i z áu n d ía h o m b r e s c o n m á s a m p l i t u d d e c r i t e r io e n e l g o b ie r n o ,y e n e s e m o m e n t o la p a r t id a e s t a r á j u g a d a .

Es un poco por eso que yo , norteamer icano , tra to de dar le la ré p l ica , señor Sartre , en Par ís y en una lengua que no es la mía .

D . I . GROSSVOGEL ( P r o f e so r de L e t r a s e n Co r ne l l , y m i e m br o de l g r upo que ha b í a i nv i t a doa J . - P . S a r t r e ) .



S A R T R E R E S P O N D E

E l s e ñ o r G r o s s v o g e l d i c e q u e l e c u e s t a s e g u i r m i l ó g i c a : m ed o y c u e n t a . C u a n d o m e h a l e í d o , l a p a l a b r a i m p e r i a l i s m o d e b i óescapárse l e : se t rata no obs tante de una po l í t i ca prec i sa , fun

d a d a s o b r e i n t e r e s e s m á s p r e c i s o s a ú n y d e t e r m i n a d a p o r e s t r u c t u r a s e c o n ó m i c a s y s o c i a l e s q u e é l d e b e r í a c o n o c e r . N o d i c euna pa labra de eso . A ce pt a la idea de que su gob iern o qu ierea s e g u r a r s e p o s i c i o n e s e s t r a t é g i c a s , y a g r e g a q u e l o s o t r o s g o b iernos hacen otro tan to: ah í e s tá l a madre de l borrego; se har e e m p l a z a d o a u n a c i e r t a e m p r e s a d e e x p l o t a c i ó n , d e o p r e s i ó ny d e a g r e s i ó n p o r l a m u y g e n e r a l " r a z ó n d e E s t a d o " . Q u e d a p o ro p o n e r l e u n i d e a l i s m o i n d i v i d u a l i s t a : e s o e s l o q u e e l s e ñ o r G r o s s voge l no deja de hacer . Hubiera s ido necesar io i r a l lá , hab lar

d e F l a u b e r t o d e K a n t , y n o h u b i e r a l o g r a d o y o m á s q u e e n c e n d e r u n a " l u z é t i c a " e n u n o j o n o r t e a m e r i c a n o , e s o b i e n v a l d r í a e lv i a j e . Y b ie n , n o : p a r a e n c e n d e r e s a l u z n o b a s t a l a a p r o x i m a c ión ind irec ta; hay que mostrar a l os e s tud iantes l a soc i edadn o r t e a m e r i c a n a e n s u v e r d a d . E s a e s c u e s t i ó n d e l s e ñ o r G r o s s v o g e l — a u n q u e é l p a r e z c a d e m a s i a d o p r u d e n t e p a r a r e c o n o c e r l o —y no mía .

P o r l o d e m á s , n o e s v e r d a d q u e l o s " s i n v e r g ü e r z a s " d e 1 9 4 7

h a y a n s e g u i d o s i e n d o s i n v e r g ü e n z a s , y q u e l a g e n t e d e b i e n h a y as e g u i d o s i e n d o b u e n a . E l c u r s o d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s c a m b i aa l o s h o m b r e s : e l b o m b a r d e o d e S a k i e t h a c a m b i a d o a q u e l l o s d elos f ranceses que lo aceptaron en s i l enc io ; l os bombardeos deV i e t n a m d e l N o r t e c a m b i a n a l o s n o r t e a m e r i c a n o s q u e lo s a c e p t a ny p o r e j e m p l o , e l s e ñ o r G r o s s v o g e l q u e — c u a l q u i e r c o s a q u e é lp i ense en e l fondo de s í mi smo—, no ha escr i to una pa labra ens u c a r t a p a r a c o n d e n a r l o s . Y q u é i n g e n u o o p t i m i s m o : l o s f u t u

r o s h o m b r e s d e E s t a d o v i a j a n , s e d o c u m e n t a n , o b s e r v a n l a s e o s -



22 Vietnam: El Tribunal Russell

t u m b r e s d e l o s p a í s e s e x t r a n j e r o s y " l a p a r t i d a e s t á j u g a d a " :cua ndo l l eg a n a l po der no t i enen en v i s t a s i no l o un i v ersa l yd e j a n d e r e p r e s e n t a r l o s i n t e r e s e s d e g r u p o s p a r t i c u l a r e s .

E s t a ca r t a t i ende a dem o s t ra r que e l d i á l o g o — co n e l s eño rG r o s s v o g e l a l m e n o s — s e r í a u n d i á l o g o d e s o r d o s . L a s r a z o n e sd e m i n e g a t i v a n o t e n g o p o r q u é r e p e t i r l a s a q u í . E l s e ñ o r G r o s s v o g e l — l a s h a y a c o m p r e n d i d o o n o — n o h a d is c u t i d o u n a s o l a . Y ol e d i r í a so l a m ent e que e s có m o do pero a bsurdo ex p l i ca r e s t an e g a t i v a p o r e l o d i o : n o e x p e r i m e n t o n i n g u n o y h a c i a n a d i e , yso bre t o do po r do sc i en t o s m i l l o nes de ho m bres : e so m e a g o t a r í a .E n cua nt o a l a pureza , no m e i m po rt a . Se t ra t a de e l eg i r y deperm a necer f i e l a su e l ecc i ó n: e s l o que he hecho .

Le Nouvel Observateur, 8 de ab ril de 1965



E L C R I M E N

E l f i l ó so fo in g lé s B er tran d R u sse l l acab a d e p resen tar , en L on d r e s , en e l curso de una conferenc ia de prensa , e l " tr ibunal internac ional" que é l ha tomado la in ic ia t iva de const i tu ir , paraju zgar e l comp ortamien to d e la s fu erzas n or teamer ican as en V ie t n a m . Y o f o r m o p a r t e ^ A q u í e x p l i c o p o r q u é s i m p l e s c i u d ad a n o st i en en e l d erech o , h oy , d e er ig i r se en " ju eces" .

L E N O U V E L OBSERVATEUR. S e ha dicho del "tribunal" de BertrandRussell que no podría prestar sino una parodia de justicia, porqueestaba compu esto de personalidades partidistas, hostiles a la polí

tica norteamericana y cuyo veredicto era conocido por adelantado. Según un periodista inglés, "sucederá como en «Alicia enel País de las M aravillas»: primero saldrá la condena y luego elproceso".

J E A N - P A U L S A R T R E . Estos son los l ímites y e l sent ido de lo quen u es tro " tr ib u n a l" s e p rop on e h acer . P ara n oso tros n o se t ra tad e ju zgar s i l a p o l í t i ca n or teamer ican a en V ie tn am es n e fas ta —loq u e n o p resen ta n in gu n a d u d a p ara la mayor ía d e en tre n oso t r o s — , s ino de ver s i , bajo la leg is lac ión internac ional , e l la cae

e n t r e l o s " c r í m e n e s d e g u e r r a " .C on d en ar , en e l s en t id o ju r íd ico , l a lu ch a d e l imp er ia l i smo

n or teamer ican o con tra lo s p a í se s d e l t e rcer mu n d o q u e in ten ta e s cap ar d e su d om in io , n o t en d r ía s en t id o . E s ta lu ch a n o e s en e fec to

1 C o m o a s í t a m b i é n S i m o n e d e B e a u v o i r , L a u r e n t S c h w a r tz , L e l ioB a s s o ( I ta l i a ) , L á z a r o C á r d e n a s (M é x i c o ) , S to k e l y C a r m i c h a e l y D a v eD e l l i n g e r (E s ta d o s U n i d o s ) , V l a d i m i r D e d i j e r (Y u g o s l a v i a ) , I s a acD e u t s c h e r (G r a n B r e ta ñ a ) , G u n th e r A n d e r s y P e te r W e i s s (A l e m a n i a ) ,J o s u é d e C a s tr o (B r a s i l ) , A m a d o H e r n á n d e z (F i l i p i n a s ) , S h o i c h i S a k a -

t o ( J a p ó n ) y M a h m u d A l í K a s u r l ( P a k i s t á n ) .



24 Vietnam: El Tribunal RxLSsell

s ino la t ranspos ic ión, en e l p lano internacional , de la lucha declases , y es tá determinada por la es tructura de los grupos presentes .

La po l í t i ca i mper i a l i s t a e s una rea l i dad h i s t ór i ca neces ar i a ye l l a e s capa , por e s e hecho , a t oda condena j ur í d i ca o mora l . So l o

puede combat í r s e l a , s ea t ant o como i n t e l ec t ua l , mos t rando s umecani s mo, s ea po l í t i cament e , t ra t ando de s us t raers e a e l l a ( cos aque , a pes ar de l as apar i enc i as , e l gob i erno f rancés no ha hechor e a l m e n t e ) , s e a p o r l a l u c h a a r m a d a . R e c o n o z c o q u e s o y , c o m oot ros mi em bros de l t r ibuna l , u n adv ers ar i o dec l a rad o de l i mper i a l i s mo, y que me s i ent o s o l i dar i o de t odos aque l l os que l ocombat en . Y e l compromi s o , des de e s t e punt o de v i s t a , debe s ertotal . Cada uno ve e l conjunto de la lucha y se a l inea de unl ado o de l o t ro , s egún mot i vac i ones que van des de s u s i t uac i ónobj e t i va a una c i er t a i dea que é l s e hace de l a v i da humana . Aes t e n i ve l , s e puede od i ar a l enemi go de c l as e . Pero no s e l op u e d e juzgar en e l s ent i d o j ur í d i co de l t érm i no . I nc l us o e s d if í c i l , s i no i mpos i b l e , en t ant o que uno s e mant enga en e l punt ode v i s t a purament e rea l i s t a de l a l ucha de c l as es , encerrar a s uspropi os a l i ados en l í neas j ur í d i cas y de f i n i r r i guros ament e l o s

cr í menes com et i dos por s u gob i erno . Es t o s e ha v i s t o b i en co ne l prob l ema de l os campos s t a l i n i s t as . O b i en s e hac í an acercade e l l o s j u i c i os mora l es , l o que e s t aba compl e t ament e a un l adode l a cues t i ón , o b i en no s con t en t áb am os con ev a l u ar l o pos it iv o y l o nega t i vo de l a po l í t i ca de S t a l i n . A l g u n os dec í a n:'•JBS lo positivo lo que lo lleva ; ot ros : es lo negativo . T a m p o c oese era e l buen terreno.

En concreto: s i e l desarrol lo de la h i s tor ia no es d ir ig ido pore l derecho y l a mora l —que por e l cont rar i o s on s us product o s —, es as dos s uperes t ruct uras e j ercen s obre e s e des arro l l o una

acc i ón en re t orno . Es e s o l o que permi t e j uzgar a una s oc i edad

en f unc i ón de cr i t er i os que e l l a mi s ma ha es t ab l ec i do . Es , pues ,a b s o l u t a m e n t e n o r m a l p r e g u n t a r s e , e n u n m o m e n t o d e t e r m i n a do, s i ta l acc ión no desborda e l dominio de lo útil y de lo ne

fasto , para caer baj o l a ég i da de una j ur i s prudenc i a i n t ernac i o nal que se ha cons t i tuido poco a poco.

Marx escr ibía a lgo parecido, en uno de los prefacios del Capi tal ; Nosotros somos los últimos a quienes se puede acusar de



Eí crimen 25

condenar a los burgueses, puesto que esthnamos que, condicio

nada por el proceso del capital y de la lucha de clases, su con

ducta es necesaria. Pero hay momentos, con todo, en que ellos

abusan .

Todo e l problema res ide en saber s i , hoy , los imper ia l i s tasa b u s a n . C u a n d o T a l l e y r a n d d i c e : Es más que un crimen, es un

error , r e s u m e m u y b i e n l a m a n e r a de l a c ua l s i e m p r e se ha ncons iderado , en e l curso de la h i s tor ia , las acc iones po l í t i cas :e l l a s po d í a n s e r há b i l e s o to r pe s , ú t i l e s o ne fa s ta s : pe r o e s c a pa ba n s i e m pr e a l a s a n c i ó n jur í d i c a . N o e x i s t í a un a política cri

minal .

Y de s pué s , e n N ür e m be r g , e n 1 9 4 5 , a pa r e c i ó po r pr i m e r a v e zl a n o c i ó n d e crimen político . Era sosp ech osa , por sup ues to ,pue s s e t r a ta ba de i m po ne r l a l e y de l v e nc e do r a l v e nc i do . Pe r ol a c o nde na de l o s j e f e s de l a A l e m a ni a na z i po r e l t r i buna l deN ü r e m b e r g n o t e n í a s e n t i d o s i n o i m p l i c a b a : t o d o g o b i e r n o q u e ,e n e l po r v e n i r , c o m e ta a c to s c o nde na b l e s , s e g ún ta l o c ua l a r t í c u l o de l a s l e y e s de N ür e m be r g , s e r á jus t i c i a b l e po r un t r i bun a l a n á l o g o .

N u e s tr o t r ibuna l no s e pr o po n e h o y s i no a p l i c a r a l i m pe r i a l i s m o c a p i ta l i s ta s us pr o p i a s l e y e s . E l a r s e na l de l a jur i s pr u

de nc i a no s e l i m i ta , po r o t r a pa r te , a l a s l e y e s de N ür e m be r g ;a n t e r i o r m e n t e h u b o e l p a c t o B r i a n d - K e l l o g g ; l a c o n v e n c i ó n d eG e n o v a y o t r o s a c u e r d o s i n t e r n a c i o n a l e s .

I ns i s to una v e z m á s : no s e t r a ta a qu í de c o nde na r una po l í t i c aen nombre de la h i s tor ia , de juzgar s i e sa po l í t i ca e s o no contrar ia a los intereses de la humanidad, s ino de dec ir s i cae bajol a s d i s po s i c i o ne s de l e y e s e x i s t e n te s . Po r e j e m pl o , s e pue de c r i t i c a r l a po l í t i c a a c tua l de F r a nc i a , s e pue de s e r to ta l m e nte o po

s i tor a e l la , como lo soy yo , pero no se la puede c las i f i car dec r i m i na l . E s o no t e ndr í a s e n t i do . Se l o hub i e r a po d i do ha c e r ,

e n r e v a nc ha , dur a nte l a g ue r r a de A r g e l i a . L a to r tur a , l a o r g a n i z a c i ó n de c a m po s de r e a g r upa m i e nto , l a s r e pr e s a l i a s s o br epo b l a c i o ne s c i v i l e s , l a s e j e c uc i o ne s s i n ju i c i o pr e v i o , e r a n a s i m i l a b l e s a c i e r to s c r í m e ne s c o nde na do s e n N ür e m be r g . S i e n e s aé p o c a s e hu b i e s e c o n s t i tu i do un t r i buna l c o m o é s t e de l c ua lB e r tr a nd R us s e l l ha t e n i do l a i de a , y o hub i e r a c i e r ta m e nte a c e p

ta d o fo r m a r pa r te . E l he c h o de q ue no s e . l o h a y a : c o ns t i tu i do



26 Vietnaví: El Tribunal Russell

en t o n ces p o r F ra n c i a , n o s i g n i f i ca q u e n o s e l o d eb a co n s t i t u i r

h o y p o r l o s E s t a d o s U n i d o s .— Se les preguntará hajo qué derecho, puesto que es el derecho lo que invocan, se erigen ustedes en jiieces, cosa que noson...

— E n e f e c t o . E n e s e m o m e n t o s e d i r á q u e c u a l q u i e r a p u e d ej u z g a r c u a l q u i e r c o s a . Y a d e m á s ¿ l a e m p r e s a n o c o r r e e l r i e s g od e c a e r p o r u n a p a r t e e n e l id e a l i s m o p e q u e ñ o b u r g u é s ( u nc i e r t o n ú m e r o d e p e r s o n a l i d a d e s c o n o c i d a s e l e v a u n a p r o t e s t ae n n o m b r e d e l o s g r a n d e s v a l o r e s ) , p o r o t r a e n e l f a s c i s m o s e g ú n u n a s p e c t o v e n g a d o r q u e r e c o r d a r í a a A r s é n e L u p i n y t o d al a l i t e ra t u ra f a c i s t a ? A e so re sp o n d er í a , en p r i n c i p i o , q u e n o s et r at a d e c o n d e n a r J o q u e f u e r e a u n a p e n a c u a l q u i e r a . T o d oj u i c i o q u e n o e s e j e c u t o r i o r e s u l t a e v i d e n t e m e n t e i r r i s o r i o . M ev e o m a l c o n d e n a n d o a l p r e s i d e n t e J o h n s o n a m u e r t e . M e c u b r ir ía de r id ícu lo .

N u e s t r a f i n a li d a d e s o t ra . E s e s t u d i a r e l c o n j u n t o d e d o c u m e n t o s e x i s t e n t e s s o b r e l a g u e r r a d e V i e t n a m , d e h a c e r v e n i r a t o d o s l o s t e s t i g o s p o s i b l e s — n o r t e a m e r i c a n o s y v i e t n a m i t a s — , y d ed e t e r m i n a r e n n u e s t r a a l m a y c o n c i e n c i a s i c i e r t a s a c c i o n e s c a e nb a j o l a s l e y e s d e l a s q u e h e h a b l a d o . N o i n v e n t a r e m o s n i n g u n an u e v a l e g i s l a c i ó n . D i r e m o s s o l a m e n t e , s i l o e s t a b l e c e m o s , a q u e l l o d e l o cu a l y o n o p re j u zg o : "Tal o tales actos, com etidos entales lugares, representan una violación de tal o tales leyes internacionales y son, en consecuencia, crímenes. Y he aquí losresponsables". L o q u e , s i u n v e r d a d e r o t r i b u n a l i n t e r n a c i o n a l

ex i s t i era , t o rn a r í a a é s t o s re sp o n sa b l e s p a s i b l e s d e t a l o t a l sa n c i ó n , e n v i r t u d , p o r e j e m p l o , d e l e y e s a p l i c a d a s e n N ü r e m b e r g .N o s e t ra t a , p u es , en a b so l u t o , d e m a n i f e s t a r l a rep ro b a c i ó n i n d i g n a d a d e u n g ru p o d e h o n es t o s c i u d a d a n o s , s i n o d e d a r u n ad i m en s i ó n j u r í d i ca a a c t o s d e p o l í t i ca i n t ern a c i o n a l , a f i n d eco m b a t i r l a t en d en c i a d e l a m a y o r í a d e l a g en t e a n o h a cer s i n oj u i c i o s p rá c t i co s o m o ra l e s so b re e l co m p o rt a m i en t o d e u n g ru p osoc ia l o de un gobierno .

— ¿Eso no lo lleva a admitir que hay una manera condenablede hacer la guerra y otra que no lo sería?

— ¡ A b s o l u t a m e n t e n o L a l u c h a d e l i m - p e r i al is m o c o n t r a c i e r



E l crimeri 21

Opongo a eso con todas mis fuerzas , en la medida de mis débi lesm ed i os , p ero n o t en go p or q u é d ec i r s i h ay u n a b u en a y u n a

m al a m an era d e l l evar a cab o d i ch a l u ch a . E n verd ad , au n q u el as p ac í f i cas b u en as gen t es d e n u es t ras s oc i ed ad es d e con s u m oq u i eran i gn orar l o , s e l u ch a en t od as p ar t e s , e l m u n d o e s t á enl l a m a s y p o d e m o s t e n e r u n a g u e r r a m u n d i a l d e u n m o m e n t o ao t r o . T en go p or q u é t om ar p ar t i d o en l a l u ch a , p ero n o t en gop or q u é h u m an i zar l a . D eb em os s o l am en t e t ra t ar d e s ab er s i ,en e l desarrol lo de es ta lucha , hay gentes que "abusan" , s i lap o l í t i ca i m p er i a l i s t a cae b a j o l eyes d i c t ad as p or e l i m p er i a l i s m om i s m o .

S e p u ed e p regu n t ar , ev i d en t em en t e , s i e s p os i b l e l l evar a cab ou n a gu erra d e rep res i ón i m p er i a l i s t a s i n v i o l ar l eyes i n t ern ac i on a l e s . P ero e s e n o e s n u es t ro a s u n t o . C om o s i m p l e c i u d ad an o ,com o f i l ó s o f o , com o m arx i s t a , t en go e l d erech o d e p en s ar q u eese t ipo de guerra l l eva s iempre a la ut i l i zac ión de la tortura ,a l a creac i ón d e cam p os d e con cen t rac i ón , e t c . C om o m i em b rod e l "T r i b u n a l " d e B er t ran d R u s s e l l , e s o n o m e i n t eres a . D eb osolamente t ratar de saber s i hay l eyes "que son v io ladas parare i n t rod u c i r l a n oc i ón j u r í d i ca d e cr i m en i n t ern ac i on a l .

E s n eces ar i o p regu n t arn os s i l a s i d eas , s i n em b argo j u s t a s , q u et e n e m o s d e l a p o l í t i c a — c o m o p o r e j e m p l o q u e h a y q u e j u z gar l a d es d e u n p u n t o d e v i s t a rea l i s t a , q u e e s t á d e t erm i n ad a p oru n a re l ac i ón d e f u erzas , q u e h ay q u e t en er en cu en t a e l f i n p er s e g u i d o , e t c . — , d e b e n c o n d u c i r n o s , c o m o m u c h a g e n t e l o h ahecho en t i empos de Sta l in , a no cons iderar la po l í t i ca s ino bajoe l ángulo de la e f i cac ia , y a aceptar una compl ic idad pas iva noj u zgan d o l o s ac t os d e u n gob i ern o s i n o en u n a p ers p ec t i va p rác t i ca . ¿A cas o u n h ech o p o l í t i co n o t i en e t am b i én u n a e s t ru c t u ra

ét ico - jur íd ica?E n e s e t erren o , n u es t ros j u i c i o s n o p u ed en s er f orm u l ad os d e

a n t e m a n o , a ú n s i e s t a m o s c o m p r o m e t i d o s c o m o i n d i v i d u o s e nl a l u ch a con t ra e l i m p er i a l i s m o . I n s i s t o : yo com b at o e l gob i ern od e d e Gau l l e con m i b o l e t a d e vo t o , p ero n o s e m e ocu rr i r í ala idea de dec ir que la po l í t i ca gaul l i s ta es cr iminal . Se puedeh ab l ar , con i n d i gn ac i ón , d e cr i m en a p rop ós i t o d e l a s u n t o B enB ark a , p ero n o veo q u é l ey ap l i car í am os s i q u i s i éram os con d en ar a l gob i ern o f ran cés en e s t e cas o . E s t o t a l m en t e d i f eren t e



2 3 V i e i t m f i i : El Tribunal Russell

c u a n d o S Q t ra ta d e ju zgar ta l ac to d e gu erra d e lo s n or teamer ica n os en V ie tn am, ta l b omb ard eo , ta l op erac ión ord en ad a d esd e lo sa l to s man d os . Q u erer con s t i tu ir u n verd ad ero t r ib u n a l y p ro n u n c iar p en as , s er ía ac tu ar como id ea l i s ta s . P ero t en emos e ld e r e c h o d e r e u n i m o s , c o m o c i u d a d a n o s , p a r a d e v o l v e r s u f u e r z a

a la n oc ión d e cr imen d e gu erra , mos tran d o q u e tod a p o l í t i cap u ed e y d eb e ser ju zgad a ob je t ivamen te y en fu n c ión d e cr i t e r io s ju r íd icos q u e ex i s t en .

C u an d o en u n mi t in s e gr i ta : "La guerra de Vietnam es -uncrimen", se es tá en e l do m ini o de lo pas io nal . Esta gue rra esc i er tam en te con trar ia a lo s in ter e se s d e la in m en s a may or ía d elo s h omb res , p ero ¿e s ju r íd icamen te cr imin a l? E s e so lo q u e t ra taremos d e d e termin ar , s in p od er d ec ir p or ad e lan tad o cu á le ss e r á n n u e s t r a s c o n c l u s i o n e s .

H ay casos en lo s q u e la v io lac ión d e l d erech o in tern ac ion a lap arece c laramen te . C u an d o e l gob iern o d e Á fr ica d e l S u r , q u et i en e u n s imp le man d ato sob re e l S u d oes te a fr i can o , r eh u saap l i car u n a d ec i s ión d e la s N ac ion es U n id as q u e l e ord en a ab an d on ar e se t err i tor io , s e co loca ab ier tamen te en u n a s i tu ac ión d ed e l i n c u e n c i a i n t e r n a c i o n a l . T o d o e l m u n d o s e d a c u e n t a .

E n V ie tn am la s i tu ac ión e s d i f eren te : a l l í s e p rod u cen c i er to sh ech os q u e se p u ed en e s tab lecer . N u es tro p rop ós i to e s ver s icaen b a jo la l ey .

— Algunos le reprochan no juzgar a los vietnamitas al mism otiempo,que^a los norteamericanos, y dirán que esos crímenes deguerra son cometidos por amb os bandos.

—Me n iego a co locar en e l mismo p lan o la acc ión d e u n gru p od e camp es in os p ob res , acosad os , ob l igad os a h acer re in ar en tresu s f i l a s u n a d i sc ip l in a d e h ierro , y aq u e l la d e u n e jérc i to in men so so s ten id o p or u n p a í s su p er - in d u s tr ia l i zad o d e d osc ien to s mi l lon es d e h ab i tan te s . P or o tra p ar te n o son lo s v i e tn ami

t a s q u i e n e s h a n i n v a d i d o A m é r i c a , n i q u i e n e s h a c e n c a e r u nd i l u v i o d e f u e g o s o b r e u n p u e b l o e x t r a n j e r o . D u r a n t e l a g u e r r ad e A rge l ia , s i emp re me reh u sé a h acer u n p ara le lo en tre e l t e rror i smo o la b omb a , q u e era la ú n ica arma q u e p ose ían lo sarge l in os , y la s acc ion es y exacc ion es d e u n r i co e j érc i to d e q u i n i e n t o s m i l h o m b r e s o c u p a n d o t o d o e l p a í s . E s l o m i s m o e nV i e t n a m .



• El crimen 29

— Esta posibilidad que le será ofrecida, en el curso de "proceso", de poner en evidencia las norm as jurídicas aplicables ala política de todo gobierno: ¿puede desembocar en una acciónmás amplia contra la política norteamericana en Vietnam?

— E v i d e n t e m e n t e . P e r o é s o s ó l o p o d r á v e n i r d e s p u é s . S e r á a

p ar t i r d e l o s r e s u l t ad o s d e n u es t ra in ve s t i ga c i ón s i e l l a conc l u y e e n u n a c o n d e n a — , q u e s e p o d r á n o r g a n i z a r m a n i f e s t a c i o n e s , r e u n i o n e s , m a r c h a s , c a m p a ñ a s d e f i r m a s . N u e s t r o p r i m e rt r a b a j o s e r á d e e d u c a c i ó n , d e i n f o r m a c i ó n , y n u e s t r a s " a u d i e n c i a s " s e r á n e v i d e n t e m e n t e p ú b l i c a s .

S e n o s h a r e p r o c h a d o h a c e r l e g a l i s m o p e q u e ñ o - b u r g u é s . E sv e r d a d y a c e p t o l a o b j e c i ó n . ¿ P e r o a q u i é n q u e r e m o s c o n v e n cer? ¿A las c ia s e s q u e e s t án en lu ch a con t ra e l cap i t a l i s mo y

q u e y a e s t á n c o n v e n c i d a s ( " c r í m e n e s " o n o ) d e q u e h a y q u eb at i r s e h as t a e l f in con t ra e l imp er ia l i s mo , o a e s a f ran j a mu ya m p l i a d e l a c l a s e m e d i a q u e a c t u a l m e n t e s e e n c u e n t r a v a c i l a n t e ? S o n l a s m a s a s p e q u e ñ o - b u r g u e s a s a l a s q u e h a y q u e s a cu d ir y d es p er t ar h oy , p orq u e s u a l ian za — aú n en e l p lan o in t er ior— con la c la s e ob rera e s d e s eab le . Y e s p or med io d e ll e g a l i s m o q u e s e l e p u e d e n a b r i r l o s o j o s . P o r o t r a p a r t e t a m p o co e s malo record ar a l a s c la s e s t rab aj ad oras , q u e h an s id o arras

t r a d a s m u c h a s v e c e s a n o c o n s i d e r a r s i n o l a e f i ca c i a , q u e h a yu n a e s t ru c t u ra é t i co j u r íd i ca d e t od a acc ión h i s t ór i ca . En e l p e r í o d o p o s t - s t a l i n i s t a e n q u e v i v i m o s , e s m u y i m p o r t a n t e t r a t a rd e p o n e r e n e v i d e n c i a e s t a e s t r u c t u r a .

—¿Cómo explica u s t e d que las manifestaciones contra la guerra de Vietnam, hayan sido más numerosas y vigorosas en Alemania Occidental, en Inglaterra, en Italia y en Bélgica que enFrancia?

— H a y e n e f e c t o , e n F r a n c i a , u n a c i e r t a i m p e r m e a b i l i d a d d el a c o n c i e n c i a p e q u e ñ o - b u r g u e s a y a ú n , a v e c e s , d e l a c o n c i e n c i ao b r e r a . E s o p r o v i e n e , c r e o , d e q u e n o s o t r o s a p e n a s e s t a m o s s a l i e n d o d e u n l a r g o p e r í o d o d e g u e r r a s c o l o n i a l e s . H e m o s e s t a d om u c h o t i e m p o " b l o q u e a d o s " a c e r c a d e t o d o s l o s p r o b l e m a s d ei m p o r t a n c i a m u n d i a l — e n p a r t i c u l a r a q u e l l o s d e l t e r c e r m u n d o — , p o r q u e é r a m o s n o s o t r o s q u i e n e s o p r i m í a m o s a I n d o c h i n a ,d e s p u é s a A r g e l i a . E r a u n a é p o c a , r e c u e r d e n u s t e d e s , e n q u e e l

in u n d o en t ero s e in q u ie t ab a p or e l d e s arro l lo d e l a s armas a t ó -




m i c a s . L o s f r a n c e s e s nu nc a s e pr e o c upa r o n por e s o . N un c a c o m

pr e nd i e r o n que s u pa í s , que a br i g a ba ba s e s no r te a m e r i c a na s e n s uterr i tor io , s er ía aniqui lado como los o tros en caso de guerra a tóm i c a . N o l o c o m p r e n d i e r o n p o r q u e s u a t e n c i ó n e s t a b a c o n s t a n t e m e n t e m o v i l i z a d a p o r n u e s t r o s p r o b l e m a s c o l o n i a l e s .

H a y o tr a r a z ó n de l a a pa t í a fr a nc e s a : e s l a c o n fus i ó n q ue l o g r ó c r e a r de Ga u l l e ha c i e ndo pa s a r po r una v e i -da de r a po l í t i c aa n t i - i m p e r i a l i s t a u n a a f i r m a c i ó n d e i n d e p e n d e n c i a p u r a m e n t ev e r ba l . E l d i s c ur s o de Phno m Pe nh , e s s ó l o pa l a br a s , pue s to que

de Ga ul l e , c o nde na ndo l a po l í t i c a no r te a m e r i c a na , no l o g r a c o ns e g u i r e n e l i n t e r i o r , l o s m e d i o s e c o nó m i c o s pa r a e s c a pa r de l at u t e l a n o r t e a m e r i c a n a .

Pe r o e l he c ho de que de Ga u l l e s e a e l ún i c o j e f e de E s ta doc a p i ta l i s ta que de nunc i a l a po l í t i c a de l o s E s ta do s U ni do s , dabue na c o nc i e nc i a a l o s f r a nc e s e s . E l m i s m o c i uda da no que , ho s t i la l a i nde pe nde nc i a de A r g e l i a , ha s i do de m a s i a do f e l i z c ua ndoun j e f e v e ne r a do pus o f i n a una g ue r r a i m po s i b l e de g a na r , e s tá

ho y m uy c o nte nto de que l a s pa l a br a s de f i n i t i v a s de l g r a n ho m bre , c o n e l c ua l s e ide n t i f i c a n , pr o v e a n una jus t i f i c a c i ó n a s up a s i v i d a d : Puesto que de Gau lle se mu estra tan firme sobre

Vietnam , es inútil que yo haga má s .

Si l o s pa r t i do s de i z qu i e r da e s tuv i e r a n un i do s , de be r í a n da rpr ue ba de que l a a m bi c i ó n g a uU i s ta de ha c e r de F r a nc i a una dv e r s a r i o s e r i o de l i m pe r i a l i s m o no r te a m e r i c a no , no t i e ne s e n t i do pue s to que no s e a po y a s o br e una po l í t i c a i n te r i o r c a pa z de

l i b e r a r n o s r e a l m e n t e d e l a e m p r e s a n o r t e a m e r i c a n a .H o y , F r a n c i a n o e s s i n o u n a e s c l a v a r e b e l d e q u e p e r m a n e c es um i s a a l o r de n no r te a m e r i c a no . E l e s ta do m a y o r de l a O . T . A . N .se i rá a ins ta lar a o tra parte , s ea , pero los nor teamer icanos puedende ja r o br e r o s f r a nc e s e s s i n t r a ba jo do nde y c ua ndo qu i e r e n , pue d e n p a r a l i z a r n u e s t r a e c o n o m í a r e ti ra n d o s o l a m e n t e s u s c o m p u t a do r a s , pue de n e j e r c e r pr e s i o ne s e no r m e s c o ntr a l a s c ua l e s no se n c o n t r a m o s s i n d e f e n s a .

E l pr i m e r punto de un pr o g r a m a de i z qu i e r da de be r í a s e r l u char , por un a po l í t i ca de inv ers ion es pr ior itar ias — en g ran part e púb l i c a s — c o ntr a l a i nv a s i ó n de c a p i ta l e s no r te a m e r i c a no s .



El crimen 31

t rar a sus soc ios a pract i car la misma po l í t i ca . El los también , pore l m o m e n t o , e s t á n d o m i n a d o s p o r e l p o d e r í o e c o n ó m i c o a m e r i c a n o , pero es fac t ib le imaginar que c i er tos pa í ses , I ta l ia pore j e m p l o , s e r í a n l l e v a d o s a r e v i sa r su a c t i t u d s i F r a n c i a p r a c t i c a r a u n a p o l í t i c a d e v e r d a d e r a i n d e p e n d e n c i a e c o n ó m i c a .

P o r e l m o m e n t o , e s t a m o s e sp e r a n d o q u e l a i z q u i e r d a s e u n a .Y n o v e o q u e s e l l e n e e l f o so q u e s e p a r a l o s p a r t i d a r i o s y l o sa d v e r sa r i o s d e l P a c t o d e l A t l á n t i c o . E l p r o b l e m a e s t á e n p a r t ee n m a s c a r a d o p o r q u e l o s c o m u n i s t a s h a n h e c h o a l g u n a s c o n c e s i o n e s p a r a l a s e l e c c i o n e s , p e r o p e r m a n e c e p l a n t e a d o y c o n t i n ú a p a r a l i z a n d o l a i z q u i e r d a . Tu v i m o s d e e l l o u n e j e m p l o p e r f e c t o c u a n d o G u y M o l l e t , e n l a ú l t i m a p r i m a v e r a , q u i so d a r u n am oc ión de c en su ra co ntra la po l í t i ca ex tran jera de l gob ierno . Ln'=;c o m u n i s t a s e s t a b a n m o l e s t o s p o r a u e c i e r t o s a sp e c t o s d e e sa n o h ' -t i c a l e s c o n v i e n e n , y d i j e r o n : "Condenem os preferiblemente elconjunto de la política gubernamental, mostrando aue nn es mássatisfactoria en el interior que en el exterior". G u y M o l l e t s en e g ó .

En m i o p i n i ó n , l a o p o s i c i ó n a l P a c t o d e l A t l á n t i c o d e b e r í a s e re l pr inc ipa l cr i t er io de una po l í t i ca de i zqu ierda . Hasta d ir íaque e l único punto en común entre la no'^íc ión abst i -a^ta de d -^Gaul le , y lo que deber ía ser la ac t i tud de la i zqu ierda , e s lar e i v i n d i c a c i ó n d e l a so b e r a n í a n a c i o n a l . S o b e r a n í a q u e e s n e c e s a r i o r e c o n q u i s t a r n o p a r a d e f e n d e r l a c e l o s a m e n t e — p o d e m o sa so c i a r n o s a o t r o s p a í s e s i g u a l m e n t e so b e r a n o s y c o n s t i t u i r o r g a n i sm o s i n t e r n a c i o n a l e s a l o s c u a l e s s e a b a n d o n e n c i e r t o s p o d e r e s — s i n o p a r a o p o n e r l a a l i m p e r i a l i s m o n o r t e a m e r i c a n o q u eq u i e b r a , e n t o d a s p a r t e s , l a s e s t r u c t u r a s n a c i o n a l e s .

— Supongamos que la izquierda se una: ¿qué podría realizarde eficaz en el caso Vietnam?

— P o d r í a e n p r i n c i p i o m o v i l i z a r l a o p i n i ó n . N o e s f á c i l , p e r nh a y p a í se s d o n d e h a s i d o p o s i b l e h a c e r l o . En F r a n c i a , u n a h u e l g a d e c i e r t a a m p l i t u d d e se n c a d e n a d a e n o c a s i ó n d e r e i v i n d i c a c i o n e s e c o n ó m i c a s , p e r o c u y o m o t i v o r e a l f u e r a l a o p o s i c i ó n al a p o l í t i c a d e l o s n o r t e a m e r i c a n o s e n V i e t n a m , e s i n c o n c e b i b l e . EnJ a p ó n — d e a l l í v e n g o — h u b o e l 2 1 d e o c t u b r e u n a h u e l g a g e n e r a l "contra el imperialismo norteamericano". N o d igo qu e hay at e n i d o u n é x i t o c o m p l e t o , p e r o t u v o l u g a r .



3 2 Vietnam: El Tribunal Rtisscll

Lo s f r a n c e s e s t a m b ié n , p o r s u p u e s t o , e s t á n " c o n t r a " l a g u e r r ad e V ie t n a m , p e r o n o s i e n t e n q u e l e s c o n c i e r n a . No s a b e n q u earr iesgan ser arras trados a un conf l ic to mundia l por e l desarro l lod e u n a lu c h a q u e s ó lo in t e r e s a a l o s n o r t e a m e r ic a n o s . De G a u l l e

s í lo sabe . Me sent í muy impres ionado por la reacc ión de los japon e s e s a n t e e l d i s c u r s o d e P h n o m P e n h . D i j e r o n : "De Gaulle hateitido miedo". Q u e r ía n d e c i r q u e é l h a b ía m e d id o d e r e p e n t ee l pe l igro de ver su pa ís des tru ido por a lgo que no le concern ía .Era , en e fec to , un d iscurso de miedo y , desde ese punto de v i s ta ,un buen d iscurso . Pero un s imple gr i to de a larma no s irve param u c h o .

No s o t r o s d e b e m o s c o n c e b ir n u e s t r a lu c h a , h o y , e n l a p e r s p e c t iv a d e u n a d u r a b le h e g e m o n ía n o r t e a m e r ic a n a . E l m u n d o n o e s t á

d o m in a d o p o r d o s g r a n d e s p o t e n c ia s s in o p o r u n a s o la . Y l a c o ex is tenc ia pac í f ica s irve a los Estados Unidos . Es grac ias a lac o e x i s t e n c ia p a c í f i c a y a l d i f e r e n d o c h in o - s o v i é t i c o —é s t e r e s u l t a n t e e n g r a n p a r t e d e a q u é l la —, q u e lo s n o r t e a m e r ic a n o s p u e d e n b o m b a r d e a r V ie t n a m c o n t o d a t r a n q u i l id a d . H a h a b id o , e sind iscut ib le , un re troceso en e l campo soc ia l i s ta , deb ido a las r i va l idades que lo desgarraban y a la po l í t ica in ic iada porJr u s c h o v . Es a s í c o m o lo s n o r t e a m e r ic a n o s s e s i e n t e n h o y c o nla s m a n o s l ib r e s , a l p u n t o q u e e l p r e s id e n t e Jo h n s o n h a d e j a d o

e n t e n d e r e n u n r e c i e n t e d i c u r s o , q u e n o p e r m i t i r ía a l o s c h in o sd e s a r r o l la r s u a r m a m e n t o a t ó m ic o m á s a l l á d e c i e r t o p u n t o . Es t aaterradora y c ín ica amenaza no hubiera pod ido ser profer ida s iJo h n s o n h u b ie s e e s t a d o s e g u r o d e q u e la U .R .S .S . a c u d ir ía e na y u d a d e Ch in a .

Es t a h e g e m o n ía a c t u a l d e l o s Es t a d o s Un id o s n o e x c lu y e , s ine m b a r g o , u n a c i e r t a v u ln e r a b i l id a d . A f a l t a d e u n e n f r e n t a -m ie n t o d i r e c t o c o n e l c a m p o s o c ia l i s t a —d e m a s ia d o g r a v e m e n t e

d iv id id o —, la s o lu c ió n p u e d e v e n ir d e u n a la s i t u d d e l a s m a s a sn o r t e a m e r ic a n a s y d e u n a in q u ie t u d d e l o s d i r ig e n t e s d e Wa s h in g t o n , a n t e l a r e p r o b a c ió n c r e c i e n t e d e l m u n d o e n t e r o y e npart icu lar de todos sus a l iados .

— ¿Cree usted que gestos como el de David Mitchell, ese jovennorteamericano que se negó a servir en Vietnam invocando lasleyes de Nürem herg, pueden contribuir a una toma de conciencia de los norteamericanos?



El crimen 33

— E s p r e c i s a m e n t e d e l g e s t o d e D a v i d M i t c h e l l y a l g u n o s o t r o squ e na c ió la idea de nu es tr o t r ibuna l . N ue s tr a enc ues ta , s ic o n c l u y e c o n l a c u l p a b i l i d a d d e l o s E s t a d o s U n i d o s , d e b e p e r m i t i r a t o d o s l o s j ó v e n e s n o r t e a m e r i c a n o s q u e c o m b a t e n l a p o l í t i c a d e J o h n s o n , i n v o c a r n o s ó l o l a s l e y e s d e N ü r e m b e r g s i n ot a m b i é n e l j u i c i o d e u n c i e r t o n ú m e r o d e h o m b r e s l i b r e s q u en o r e p r e s e n t a n a n i n g u n a p o t e n c i a , a n i n g ú n p a r t i d o . V a l e m u c h o m á s q u e n o s o t r o s n o r e p r e s e n t e m o s n a d a . L o q u e i n v a l i d aa los o jos de lo s neo-naz i s l o s ju ic ios de Nüremberg , e s que fue r o n p r o n u n c i a d o s p o r v e n c e d o r e s c u y o d e r e c h o s e a p o y a b a e nla fuerza . Nosotros , por e l contrar io , no somos mandatar ios den i n g ú n p o d e r , y n a d i e p o d r á d e c i r q u e i m p o n e m o s n u e s t r a l e y

a g e n t e s q u e t e n e m o s b a j o l a b o t a . S o m o s i n d e p e n d i e n t e s p o r q u e s o m o s d é b i l e s . Y n u e s t r a p o s i c i ó n e s f u e r t e p o r q u e n o b u s c a m o s m a n d a r a l g u n a s p e r s o n a s a l a c á r c e l , s i n o h a c e r r e n a c e re n la- o p i n i ó n p ú b l i c a , e n u n m o m e n t o s i n i e s t r o d e n u e s t r a h i s t o r i a , l a i d e a d e q u e p u e d e n e x i s t i r p o l í t i c a s o b j e t i v a m e n t e yj u r í d i c a m e n t e c r i m i n a l e s .

Le Nouvel Observateur, 3 0 de no v i em br e de 1 96 6



C A R T A A L P R E S I D E N T E D E L A R E P Ú B L I C A

Jueves 13 de abri l de 1967 .

Se ño r P r e s i de nte de l a R e públ i c a :

M e pe r m i to l l a m a r s u a te nc i ó n s o br e l o s he c ho s s i g u i e n te s :E l t r i buna l c o ns t i tu i do e n no v i e m br e ú l t i m o po r i n i c i a t i v a de

l o r d R us s e l l , e s pe r a m a nte ne r s u s e g unda s e s i ó n e n P a r í s de s dee l 26 de abr i l ha s ta pr inc ip ios de m ay o . Has ta ah ora na da hac íapr e v e r que e l g o b i e r no f r a nc é s s e o po ndr í a —s o br e to do po r que

no se as i s t i rá a los debates s in inv i tac ión . Pero un inc identenos hace pensar de pronto que la ac t i tud de los poderes públ icosha c a m bi a do .

E l pr e s i de nte de l a s s e s i o ne s e s e l s e ño r V l a d i m i r D e d i j e r , y u g o s l a v o , que e n l o s ú l t i m o s m e s e s ha he c ho v a r i o s v i a j e s br e v e sa P a r í s . D e s e a ndo pe r m a ne c e r a qu í m á s t i e m po e n o c a s i ó n de l apr ó x i m a s e s i ó n , ha pe d i do a nue s tr a e m ba ja da de I ng l a te r r a— d o n d e é l s e e n c u e n t r e a c t u a l m e n t e — q u e l e a c u e r d e u n a v i s a

de e s tada . Pero no só lo e sa v i sa l e ha s ido negada , s ino que l eha s ido re t irada su v i sa de tráns i to .

E l s e ño r D e d i j e r nunc a s e i nm i s c uy ó e n na da que to c a r a a l o sasuntos inter iores o exter iores de Franc ia , y la prueba es e sav i sa de tráns i to de la cua l s e ha benef ic iado has ta hace pocosdías . T e ne m o s pue s a l g una s r a z o ne s pa r a t e m e r que l a ne g a t i v aque acaba de oponérse le , haya s ido mot ivada por e l deseo deimpedir que e l tr ibunal tenga su sede en Par í s . Quiero creer ,

s e ño r P r e s i de nte de l a R e públ i c a , que nue s tr a s a pr e ns i o ne s s o nv a na s , y que no no s e n te r a r e m o s de l a s de c i s i o ne s de l g o b i e r node modo indirec to , por la ac tuac ión de las embajadas o de los



Carta al Presidente de la Repúb lica y respuesta 35

l en tendido , y que se acordará una v isa de es tada a l señor De -

d i jer , como as í a lo s o tros miembros de l jurado que neces i taránd e e l l a s , y a l a s p e r s o n a s e x t r a n j e r a s q u e d e s e e n t e s t im o n ia ra n t e n o s o t r o s . En e s t a s c o n d ic io n e s , m e h e t o m a d o la l ib e r t a d d el l e v a r e s t o s h e c h o s a s u c o n o c im ie n t o .

Le r u e g o , s e ñ o r Pr e s id e n t e d e l a Re p ú b l i c a , q u ie r a t e n e r ab ie n a c e p t a r l a s s e g u r id a d e s d e m i m u y a l t a c o n s id e r a c ió n .

J E A N - P A U L S A R T R Epres idente

de l Tr ibunal Russe l l

R E S P U E S T A D E L P R E S I D E N T E D E L A R E P Ú B L I C A

P a r í s , 19 de abril de 1967

M i q u e r id o m a e s t r o :

Por su car ta de l 13 de abr i l me ruega us ted examinar e l casod e l s e ñ o r V la d im ir De d i j e r y , m á s g e n e r a lm e n t e , e l d e l a s p e r sonas l lam ad as , por u n t í tu l o u o tro , a par t ic ipar en los trabajosd e l " Tr ib u n a l Ru s s e l l " .

Lo s a n im a d o r e s d e l " Tr ib u n a l Ru s s e l l " s e p r o p o n e n c r i t i c a r l ap o l í t i c a d e l o s Es t a d o s Un id o s e n V ie t n a m . No h a y e n e s o n a d aque pueda l levar a l gob ierno a res tr ing ir su l iber tad normal de

reunión y de expres ión . Por o tra parte , us ted sabe lo que e lgob ierno p iensa de la guerra en Vie tnam y lo que he d ichos o b r e e l l a p ú b l i c a m e n t e y s i n e q u í v o c o s . I n d e p e n d i e n t e m e n t ede l hecho de que la p luma y la pa labra son l ibres entre nosotros ,n o s e r ía c u e s t ió n d e m a n t e n e r a l m a r g e n a p a r t i c u la r e s q u ie n e s ,además , sos t ienen sobre e l t ema tes i s vec inas a la pos ic ión o f i c ia l de la Repúbl ica francesa .

Tampoco es de l derecho de reunión n i de la l iber tad de ex pres ión que aquí se tra ta , s ino de l deber —tanto más imper ioso

para Franc ia cuando ha tomado , en e l fondo , e l part ido que ya



36 Vietnam : El Tribunal Russell

se sa b e — d e v e l a r p a r a q u e u n Es t a d o c o n e l c u a l e l l a m a n t i e n er e l a c i o n e s y q u e , a p e s a r d e t o d a s l a s d i v e r g e n c i a s , p e r m a n e c es i e n d o su a m i g o t r a d i c i o n a l , n o s e a , e n n u e s t r o t e r r i t o r i o , o b j e t od e u n p r o c e d i m i e n t o d e s o r b i t a d o d e d e r e c h o y u s o s i n t e r n a c i o

n a l e s .Ta l p a r e c e s e r e l c a so d e l a a c c i ó n q u e e m p r e n d e n l o r d R u sse l ly su s a m i g o s , d e sd e q u e c u e n t a n c o n d a r u n a a p a r i e n c i a j u d i c i a l a su s i n v e s t i g a c i o n e s y e l n i v e l d e u n v e r e d i c t o a su s c o n c l u s i o n e s . N o e s a u s t e d a q u i e n d e b o e n se ñ a r q u e t o d a j u s t i c i a ,e n su p r i n c i p i o c o m o e n su e j e c u c i ó n , p e r t e n e c e só l o a l Es t a d o .S i n c u e s t i o n a r l o s m ó v i l e s q u e i n sp i r a n a l o r d R u sse l l y su sa m i g o s , m e e s n e c e s a r i o c o n s t a t a r q u e n o e s t á n i n v e s t i d o s d en i n g ú n p o d e r n i e n c a r g a d o s d e n i n g ú n m a n d a t o i n t e r n a c i o n a l ,y q u e n o p o d r í a n p o r l o t a n t o l l e v a r a c a b o n i n g ú n a c t o d ejust i c ia .

P o r e s o e l g o b i e r n o c u m p l e e n o p o n e r s e a q u e s e m a n t e n g ae n n u e s t r o t e r r i t o r i o u n a r e u n i ó n q u e , p o r l a f o r m a q u e r e v i s t e ,s e r í a c o n t r a r i a a l o q u e p r e c i s a m e n t e d e b e m o s h a c e r r e s p e t a r .

A g r e g a r í a q u e , e n l a m e d i d a e n q u e a l g u n a s d e l a s p e r s o n a sr e u n i d a s a l r e d e d o r d e l o r d R u s s e l l p u e d e n t e n e r u n c r é d i t o m o r a l , a f a l t a d e u n a m a g i s t r a t u r a p ú b l i c a , n o m e p a r e c e q u e p u e d a n d a r m a y o r p e s o a s u s a d v e r t e n c i a s r e v i s t i e n d o u n a t o g ap r e s t a d a p o r l a s c i r c u n s t a n c i a s .

Q u i e r a u s t e d r e c i b i r , q u e r i d o m a e s t r o , l a s e g u r i d a d d e m i d i s t i n g u i d a c o n s i d e r a c i ó n .

C . D E G A U L L E

Le Monde, 25 de ab ril de 1967



S A R T R E A D E G A U L L E

JEAN-PAUL SARTRE. - En e f ec to , he e scr i to a de Gaul l e acercad e l h i s t o r i a d o r y u g o s l a v o V l a d i m i r D e d i j e r . H e a q u í p o r q u é :

V l a d i m i r D e d i j e r e s u n o d e l o s m i e m b r o s d e l T r i b u n a l f u n dado por l a in i c ia t i va de Lord Ber trand Russe l l , y ha s ido e l eg idoc o m o p r e s i d e n t e d e l a s s e s i o n e s . Y o m i s m o s o y p r e s i d e n t e e je c u t i v o p e r o , c u a n d o n o s r e u n a m o s , s e r á D e d i j e r q u i e n d i r ig i r álas s e s iones de t rabajo y noso tros , a su l ado , no seremos s inoj u r a d o s .

V l a d i m i r D e d i j e r s e h a t r a s l a d a d o v a r i a s v e c e s a L o n d r e s , e ne l c u r s o d e l o s ú l t i m o s m e s e s , p a r a e n c o n t r a r s e c o n B e r t r a n dR u s s e l l y o t r o s m i e m b r o s d e l t r i b u n a l . U n a v i s a d e t r á n s i t o f r a n c e s a l e p e r m i t í a d e t e n e r s e c a d a v e z e n P a r í s p o r v e i n t i c u a t r oh o r a s . E n s u ú l t i m o v i a j e , h a c e u n o s d i e z d í a s , h a s o l i c i t a d o al a e m b a j a d a d e F r a n c i a e n L o n d r e s q u e l e o t o r g a r a n o y a u n av i sa de t ráns i to s ino una de e s tada , para poder as i s t i r a l a pr i mera reunión de l Tr ibuna l , prev i s ta para e l 26 de abr i l , en Par í s .N o s ó l o s e l e h a n e g a d o , s i n o q u e s e l e r e t i r ó s u v i s a d e t r á n s i to . D i c h o d e o t r o m o d o : s e t r a n s f o r m a b a e n u n i n d e s e a b l ee n F r a n c i a .

E r a g r a v e p o r q u e e l T r i b u n a l n o p o d í a r e u n i r s e s i n s u p r e s i dente de s e s ión , y porque e sa dec i s i ón era contrar ia a l a s s e g u r i d a d e s i n d i r e c t a s q u e s e n o s h a b í a n d a d o . H a b í a m o s r e a l i z a d o c u a t r o s o n d e o s c e r c a d e p e r s o n a l i d a d e s p r ó x i m a s a l g o b i e r n o , y s e n o s d e j ó e n t e n d e r c a d a v e z q u e p o d r í a m o s t e n e rs e d e e n F r a n c i a s i n d i f i c u l t a d e s . U n o d e l o s m i e m b r o s d e l T r i b u n a l s e h a b í a i n c l u s o h e c h o c o n f i r m a r e s a a u t o r i z a c i ó n o f i c i o s a ,d o s d í a s a n t e s d e l a s u p r e s i ó n d e l a v i s a d e D e d i j e r .

E l T r i b u n a l m e p i d i ó e n t o n c e s q u e e s c r i b i e r a — e n s u n o m b r e ,



3 8 V i e t n a m : El Tribunal RtLssell

e v i d e n t e m e n t e , y n o a t í t u l o p e r s o n a l — u n a c a r t a a l g e n e r a l d e

G a u l l e . L o h i c e . D e c í a c o n c r e t a m e n t e : N a d a i n d i c a b a h a s t a a q u íq u e e l g o b i e r n o s e o p u s i e r a a q u e e l T r i b u n a l t u v i e r a s e d e e nF r a n c i a , p e r o e l i n c i d e n t e q u e a c a b a d e p r o d u c i r s e e n L o n d r e sp a r e c e m o s t r a r q u e l o s p o d e r e s p ú b l i c o s h a n c a m b i a d o d e o p i n i ó n ; n o p u e d o c o n c e b i r q u e s e a m o s i n f o r m a d o s d e e s e c a m b i opo r la a c tua c ió n de l o s s erv i c io s co ns u la res y me a trev o a e s pera rque s e a co rda rá n v i s a s no s ó lo a Ded i jer , s ino a to da s l a s pers o na s que s erá n l l a ma da s a t ener a s i en to en e l Tr ibuna l o a t e s t i

m o n i a r a n t e é l . S u b r a y a b a , p o r o t r a p a r t e , q u e D e d i j e r n u n c as e ha b ía inmis cu ido , n i de cerca n i de l e jo s , en l o s a s unto sf r a n c e s e s .

V e i n t i c u a t r o h o r a s m á s t a r d e , r e c i b í a l a c a r t a q u e u s t e d e s h a nl e í d o . D e G a u l l e m e l l a m a m i q u e r i d o m a e s t r o . E s p a r a h a c e rno ta r , creo , que en t i ende d i r ig i r s e a l e s cr i to r , no a l pres idented e u n t r i b u n a l a l q u e n o q u i e r e r e c o n o c e r . Y o n o s o y m a e s t r om á s q u e p a r a l o s m o z o s d e c a f é q u e s a b e n q u e e s c r i b o : e n c o n

c r e t o e s b i e n a l r e p r e s e n t a n t e d e l T r i b u n a l a q u i e n d e G a u l l er e s p o n d e .

S u carta es , po r o tr a pa rte , ta n po co pr ivada , qu e h a s idos eg u ida , do s d ía s des pués , po r o tra de l pre fec to de po l i c ía quec o m i e n z a a s í , r e t o m a n d o l o s m i s m o s t é r m i n o s d e d e G a u l l e :

Como í i s t ed sahe, el gobierno ha estimado que la reunión en

Franc ia de un organism o intitulado 'tribuna l internaciona l con

tras los crímenes de guerra en Vietnam ', constituye una ma ni

festación desorbitada del derecho y los usos internacionales...

Y e l p r e f e c t o d e p o l i c í a m e i n f o r m a q u e l a s r e u n i o n e s q u e h a b í a m o s pr ev i s to e s tá n pro h ib ida s . Co ns ide ro pue s a l a ca r ta de deG a ul l e —que po r o tra pa r te ha s ido , des pués , pub l i ca da po r d i s po s i c ió n de l g o b ierno —, co mo una ca r ta púb l i ca a l a cua l debor e s p o n d e r p ú b l i c a m e n t e .

La ca r ta de de G a ul l e e s tá co ns tru ida , co mo lo e s tá n a menudos u s d i s c u r s o s , e n d o s p a r t e s : d e G a u l l e c o m i e n z a p o r d e c i r pero

sí, naturalmente , p a r a c o n c l u i r l u e g o c o n u n evidentemente

no . El pero sí, naturalmente , es e l parág rafo sobre e l h ec h o



Sartre a de G a u l l e 3 9

República francesa . E sta p rot es t a d e l i b era l i s m o m e i m p res i on at an t o m en os cu an t o rec i en t e s i n c i d en t es e s t ab l ecen , p or e l con

t rar i o , q u e e l gob i ern o en t i en d e d e ah ora en ad e l an t e p roh i b i rl a s m an i f e s t ac i on es p op u l ares y l i b res con t ra l a gu erra d eV i e t n a m .

E j e m p l o : e l c o m i t é V i e t n a m n a c i o n a l , q u e n o t i e n e n a d a q u ever con e l T r i b u n a l , h ab í a a l q u i l ad o l a s a l a d e l t ea t ro m u n i c i p a ld e I s s y - l e s - M ou l i n eau x p ara ce l eb rar a l l í var i a s reu n i on es . N oob s t an t e , h a rec i b i d o d e l p re f ec t o d e Hau t s - d e - S e i n e u n a car t acon ceb i d a a s í : Nos vemos obligados a prohibir esas reuniones

porque no sería normal ni legal que una reunión de carácter

político tuviera lugar en un teatro mun icipal . E s u n a re s p u es t ap a r t i c u l a r m e n t e c ó m i c a , p o r q u e n u m e r o s a s r e u n i o n e s p o l í t i c a sh an t en i d o ya l u gar en e s e t ea t ro y en m u ch os o t ros . L as au d i en c i a s d e l com i t é V i e t n am n ac i on a l p u d i eron l l evars e a cab o f i n a l m en t e en e l m i s m o P ar í s , en l a S a l a P l eye l , p ero l a d ec i s i ónd e l p re f ec t o d e Hau t s - d e - S e i n e , agregán d os e a l a p roh i b i c i ón d e l

T r i b u n a l R u s s e l l , e s s i gn i f i ca t i va d e l a vo l u n t ad d e f ren ar l om ás p os i b l e e l d es arro l l o d e l o s m ov i m i en t os d e m as a con t ra l ag u e r r a d e V i e t n a m .

E s e cam b i o n e t o d e l a ac t i t u d d e l gob i ern o s e exp l i ca , en m iop i n i ón , p or d os razon es . L a p r i m era e s q u e l a s p res i on es n or t e am er i can as s on cad a vez m ás f u er t e s . P ara n o h ab l ar s i n o d e lT r i b u n a l , e s m u y p r o b a b l e q u e e l v i c e p r e s i d e n t e H u m p h r e y ,cu an d o s e en con t ró con d e Gau l l e h ace q u i n ce d í a s , h aya i n s i s t i d o s ob re l a i m p ort an c i a q u e l o s n or t eam er i can os a t r i b u í an a lh ech o d e q u e n o p u d i éram os t en er s ed e en F ran c i a . Y l o s m ed i osd e ch an t age d e l o s E s t ad os U n i d os , a p es ar d e l a p o l í t i ca d e

i n d ep en d en c i a , s on n u m eros os . L a econ om í a f ran ces a n o e s t á

cad a vez m en os l i gad a a l a econ om í a n or t eam er i can a , com o s en os q u i ere h acer creer : l o e s t á cad a vez m ás . B as t ar í a , p or e j em plo , q u e l o s n or t eam er i can os d e j aran d e a l q u i l ar a F ran c i a s u sgran d es com p u t ad oras p ara d es organ i zar t od a n u es t ra econ om í a .Y t i en en o t ros ve i n t e m ed i os p ara h acer l o m i s m o .

A c t u a l m e n t e , e l g o b i e r n o e s m u c h o m á s v u l n e r a b l e a l a s p r e s i on es n or t eam er i can as — y és t a e s l a s egu n d a razón d e s u com p l e t o cam b i o d e ac t i t u d — q u e s u f racas o en l a s ú l t i m as e l ecc i o n e s , l e j os d e ob l i gar l o , com o c i er t o s i n gen u os l o h an p en s ad o , a




una "apertura a la i zquierda" , lo cons tr iñe a buscar nuevos apoyos en la derecha , de l lado de los "at lant i s tas" . La prohib ic ióndel Tribunal es una grac iosa conces ión a Lecanuet y a Giscard ,d e q u i en es d e Gau l l e t en d rá cad a vez m ás n eces i d ad .

" L E N O U V E L O B S E R V AT E U R " . — De Gaulle presenta sobre todo

n n argumen to de estadista. ¿Laoposición a la guerra de Vietnam?Es al gobierno a quien com pete ocuparse de ella — y se ocupa.Déjelo hacer, él no necesita de usted. Pero ese gobierno tiene,con todo, responsabilidades frente a sus aliados, y no puede dejarcondenar a uno de ellos en su territorio bajo una parodia dejusticia.

— R es p on d eré a l o s d os p u n t os : e l "d é j em e h acer" y l a "p arod i ade jus t ic ia" .

E l p r i m ero e s e l m ás i m p ort an t e . T rad u ce l a con cep c i ón q u e

t iene de Gaul le de l poder pol í t i co . Para é l , e l gobierno no debeap oyars e en e l p a í s s i n o m an t en ers e p or s ob re é l , s i n h acer l op ar t i c i p ar j am ás d i rec t am en t e d e l a s acc i on es q u e em p ren d e ,Pero un país no se l imi ta a su gobierno . La act i tud que cons i s teen con d en ar en p a l ab ras y t érm i n os m es u rad os l a p o l í t i ca d e J n sE s t ad os U n i d os , m i en t ras s e p roh i b e a l a s m as as m an i f e s t ar d i rec t am en t e s u op os i c i ón a l a gu erra d e V i e t n am , e s ab s o l u t am en t e an t i d em ocrá t i ca .

L o m i s m o p as ó en e l m om en t o d e l a O . A . S . E l gob i ern o com

b at í a s o l i t ar i am en t e , con s u s • ' b arb ou zes " , p ero a l m i s m o t i em p ohacía go lpear con cachiporra a los que gr i taban "los de la OA .S.asesinos". I n c l u s o m a t ar a och o en e l s u b t err án eo C h aron n e .T od o e l gau U i s m o e s t á a l l í : e l j e f e t i en e s u s i d eas s ob re V i e t n am ,l a s e x p r e s a o p o r t u n a m e n t e e n s u s d i s c u r s o s — a g r e g a n d o q u e e si n cap az , p or e l m om en t o , d e h acer n ad a q u e re s u l t e e f i caz— ,pero s i a lgo no quiere es que su punto de v i s ta sea popular izado,sos ten ido por las masas , porque eso lo l igar ía a e l las , cosa porla au e s iente , en e l fond o, e l m ás profu nd o horror .

A h ora e s t á t am b i én e l argu m en t o f orm al s ob re e l cu a l d eGau l l e ap oya l a s egu n d a p ar t e d e s u re s p u es t a : n os o t ros n osh ab r í am os con s t i t u i d o en t r i b u n a l "de derecho desorbitado". Es tavez ch ocam os con l a con cep c i ón gau l l i s t a d e l a j u s t i c i a : e s t a n onuede ser , s egún lo escr ibe en su carta , s ino "de Es tado" . E lEs tado ex i s te pr imero , después se da sus ins t i tuc iones y e l ige los



Sartre a de Gaulle 41

h o m b r e s p a r a h a c e r l a s f u n c i o n a r . E l j u é z s e t r a n s f o r m a e n t o n c e se n un r e pr e s e nta nte de l po de r y é l E s ta do pue de , c o m o s e v i oe n e l ca so B e n B ar ka y e n o tros , e jercer sob re é l u na pres iónd i r e c ta . E s to c o nduc e a una s um i s i ó n c o m pl e ta de l a m a g i s t r a tu r a a l E s ta do .

L a v e r da de r a jus t i c i a de be e x tr a e r s u po de r a l m i s m o t i e m pode l Es tado y de las masas . Es por o tra parte as í como fue conc e b i d a e n e l m o m e n t o d e l a R e v o l u c i ó n F r a n c e s a : e l s i s t e m a d ejur a do s fue c r e a do pa r a ha c e r pa r t i c i pa r a l c i uda da no e n l aj u s t i c i a ,

P e r o n i s i qu i e r a s e t r a ta de e s to pue s to que no s o tr o s no pr e t e n d e m o s , a u n q u e d e G a u l l e f i n j a c r e e r l o , s u b s t i t u i r n o s a u n ajus t i c i a que y a e x i s t i r í a . E s te c a s o s e da r í a s i no s r e un i é r a m o s

pa r a juz g a r a un c i uda da no pr i v a do , c u l pa b l e , a nue s tr o s o jo s ,de un c r i m e n c ua l qu i e r a , c ua ndo e n e f e c to e x i s t e n t r i buna l e sp a r a j u z g a r l o .

N o s o t r o s n o s p r o p o n e m o s o t r a c o s a . P o r e m p e z a r , n o n o s e n d o s a r e m o s n i n g u n a to g a , n i s i q u i e r a s i m b ó l i c a : l o s j u r a d o s ~ d eG a u l l e d e b i e r a sa b e r l o — n o l a l l e v a n . O r g a n i z a r e m o s s i m p l e m e n t e l a s a u d i e n c i a s d e u n p r o c e s o q u e d e b e r í a n o r m a l m e n t e t e n e rl ug a r a nte un t r i buna l i n t e r na c i o na l que no e x i s t e . Ha s ta a ho r a ,

l a s n a c i o n e s o c c i d e n t a l e s h a n h e c h o l o p o s i b l e p a r a i m p e d i r l ac r e a c i ó n de d i c ho t r i buna l , y ho y r e hus a n a nue s tr o o r g a n i s m oe l de r e c ho de l l e v a r a c a bo —s i n jue c e s , s i n v e r e d i c to —, l a i n s t r u c c i ó n d e l p r o c e s o d e l a g u e r r a d e V i e t n a m ,

¿ P o r qué ? po r que e s a s na c i o ne s no qu i e r e n a n i ng ún pr e c i oque l a po l í t i c a s e a e nc a r a da ba jo e l á ng u l o de l de r e c ho , de l ac r i m i na l i da d , l o que pe r m i t i r í a a l o s pue b l o s juz g a r l o s a c to s des u g o b i e r no s e g ún o tr o s c r i t e r i o s que l o s de l a ha b i l i da d o l ato r pe z a , de l a e f i c a c i a o l a i ne f i c a c i a . Ha e x i s t i do N ür e m be r g ,p o r s u p u e s t o , p e r o h a e x i s t i d o t a m b i é n a p r e s u r a m i e n t o , d e s p u é sde a p l i c a r l a l e y de l v e nc e do r a l v e nc i do —l e y jus ta , po r unav e z —, e n d i s o l v e r e l t r i buna l , po r t e m o r de v o l v e r s e a e nc o ntr a ru n d í a e n é l . . . e n e l b a n q u i l l o d e l o s a c u s a d o s . D u r a n t e l a g u e r r a de A r g e l i a , po r e j e m pl o , e s e t r i buna l hub i e r a t e n i do m uc hata r e a que r e a l i z a r ,

¿ P o r q u é n o s d e s i g n a m o s a n o s o t r o s m i s m o s ? P r e c i s a m e n t epo r que na d i e l o ha he c ho . Só l o po d í a n ha c e r l o l o s g o b i e r no s o



42 Vietnam: El Tribunal Rv^sell

l o s p u eb los . C laro q u e lo s gob iern os q u ieren con s ervar la p os ib i

l id ad d e comet er cr ímen es d e gu erra s in correr e l r i e s go d e s erj u z g a d o s : n o i b a n e n t o n c e s a c r e a r u n o r g a n i s m o i n t e r n a c i o n a lh ab i l i t ad o p ara h acer lo . En cu an t o a l o s p u eb los , s a lvo en cas od e r e v o l u c i ó n , n o n o m b r a n t r i b u n a l e s . N o p o d í a n e n t o n c e s d e s i g n a r n o s .

E l Tr ib u n a l , p or o t ra p ar t e , n u n ca p en s ó en d i c t ar con d en asn i l a s p ron u n c iará : s e l imi t ará a p res en t ar l a s con c lu s ion es q u eh ab rá ob t en id o d e la s d ep os i c ion es d e l o s t e s t igos , y d e l o s

i n f o r m e s d e l a s c o m i s i o n e s d e e x p e r t o s , a l g u n o s d e l o s c u a l e s y ah a n v i a j a d o a V i e t n a m d e l N o r t e . L a s c o n c l u s i o n e s e s t a b l e c e r á n ,s í o no , s i ta l o ta l acc ión l levada a cabo por e l e j érc i to norte a m e r i c a n o c o n s t i t u y e u n c r i m e n d e g u e r r a s e g ú n l e y e s i n t e r n a c ion a le s ex i s t en t e s y , s i l a r e s p u es t a e s a s í , p rec i s arán con q u ép e n a s h a n s i d o s a n c i o n a d o s e n N ü r e m b e r g c r í m e n e s d e l a m i s m an a t u r a l e z a . P o r o t r a p a r t e e l T r i b u n a l n o j u z g a r á s e g ú n l a s l e y e sa p l i c a d a s e n N ü r e m b e r g s o l a m e n t e , p u e s s o n i n s u f i c i e n t e s . S e

r e f e r i r á i g u a l m e n t e a l p a c t o B r i a n d - K e l l o g g y a l a c o n v e n c i ó nd e G e n o v a , q u e l o s n o r t e a m e r i c a n o s n o r e s p e t a n e n V i e t n a m .A ú n as í , l a j u r i s d icc ión s egu irá s i en d o in s u f i c i en t e . Lo q u e

h ar ía f a l t a , a d ec i r verd ad , e s q u e lo s j u r i s t as s e r eu n ieran y ,s in in t en c ión d e ap l i car la a u n a gu erra en p ar t i cu lar , con s t i t u y e r a n u n a l e g i s l a c i ó n i n t e r n a c i o n a l , e m b r i o n a r i a p o r e l m o m e n to , y q u e u n a c o r t e i n t e r n a c i o n a l p e r m a n e n t e s e a l a e n c a r g a d ad e a p l i c a r l a e n c u a l q u i e r o p o r t u n i d a d . L a s c o n c l u s i o n e s a l a sc u a l e s l l e g a r e m o s n o t e n d r í a n n i n g ú n i n t e r é s s i c o n t i n u a r a ns i en d o la s d e a lgu n as p ers on as : e s n ece s ar io q u e s ean ra t i f i cad asp o r l a s m a s a s a q u i e n e s n o h a r e m o s m á s q u e i n f o r m a r c o n e lm á x i m o d e h o n e s t i d a d .

L e s d o y u n e j e m p l o : e l d e l a s b o m b a s " g o y a v e s " \ e s a s p e q u é -ñ a s b o m b a s a b a l i n e s q u e n o p u e d e n d e s t r u i r n i n g u n a i n s t a l a c i ó nm i l i t ar o in d u s t r ia l , n i n in gu n a ob ra d e art e , y q u e s on ú n ica m e n t e " a n t i p e r s o n a l e s " . U n a c o m i s i ó n d e l T r i b u n a l f u e a r e a l i z a ren cu es t as en e l lu gar p ara ver e l emp leo q u e h acen d e e l l a s l o sn o r t e a m e r i c a n o s , y c u á l e s s o n s u s e f e c t o s . L a p r e n s a y a h a b í a

i B o m b a s d e f r a g m e n t a c i ó n c o n s t i t u i d a s p o r m á s d e 1 0 .0 00 b a l i n e s



Sartre a de Gaulle 43

h ab lad o d e e so , p ero d e man era vaga . S in reve lar a la op in iónu n a cosa q u e e l la ign orab a , e l T r ib u n a l l e someterá u n in formed eta l lad o y exac to q u e la con ven cerá más aú n .

N u es tra in ten c ión e s p u e s in formar a la op in ión a l m ism ot i e m p o q u e n o s i n f o r m a m o s n o s o t r o s m i s m o s , d e s e a n d o q u e l ag e n t e e x p e r i m e n t e i g u a l e s s e n t i m i e n t o s q u e n o s o t r o s a n t e e lemp leo d e l n ap a l y d e la s b omb as d e f ragmen tac ión , y q u es a q u e n d e e l l o l a s m i s m a s c o n c l u s i o n e s q u e n o s o t r o s .

Dicho es to , para tocar a las masas , ser ía necesar io que losi n f o r m e s d e n u e s t r a s c o m i s i o n e s f u e r a n a m p l i a m e n t e d i f u n d i d o s

y la prensa podría , aquí , jugar un gran papel . Sé que a lgunosp er iód icos , en tre e l lo s Le Nouvel Observateur, e s tarán a n u es t ro lad o . P ero sé tamb ién q u e la mayor ía d e lo s o tros n o con sa grar ían a l t ema s in o a lgu n as l ín eas , y lu ego ce sar ían ráp id amen ted e h ab lar d e é l . S erá n ecesar io , p u es , q u e e s ta camp añ a d ei n f o r m a c i ó n l a h a g a m o s n o s o t r o s m i s m o s . C u a n d o h a y a m o s r e c o g id o tod os lo s t e s t imon ios y tod os lo s in formes d e exp er tos , yex tra íd o n u es tras con c lu s ion es , p u b l i caremos u n l ib ro b lan coy , a l mismo t i emp o , in ten taremos p or tod os lo s med ios d e q u e

d i sp on d remos , d e p rovocar man i fe s tac ion es , mov i l i zac ión d e s in d ica tos , d e e s tu d ian te s , y n os lan zaremos a u n a camp añ a d e f i r mas en la e sp eran za d e q u e n u es tras con c lu s ion es s ean ra t i f i ca d a s . I remos h as ta e l f in d e n u es tro comp romiso , y e s en ton cescu an d o la acc ión d e l T r ib u n a l tomará su verd ad ero sen t id o .

P e r o , rep i to u n a vez más , n o su s t i tu iremos a n in gú n T r ib u n a le x i s t e n t e y n o p r e t e n d e m o s t a m p o c o s e r e s e t r i b u n a l i n t e r n a c i o n a l q u e d eb er ía ex i s t i r . S omos " p ar t i cu lares" , como h a d ich od e G au l l e , q u e h an tomad o u n a in ic ia t iva y q u e in forman mien

tras s e in forman , p ara record ar a lo s gob iern os q u e la s masas sonla fu en te d e tod a ju s t i c ia . P or lo d emás , s i d e G au l l e n os p roh ib ed ir ig i rn os a la s masas , mien tras a f i rma q u e t i en e sob re la gu errad e V ie tn am u n a p os ic ión " vec in a" a la n u e s tra , e s p orq u e lafu en te d e su p od er n o e s p op u lar , p orq u e é l n o rec ib e su au to r id ad d e la s masas , a s í como la s ú l t imas e l ecc ion es —d on d e h as id o min or ía— lo h an p rob ad o .

D e G a u l l e s i m u l a c r e e r q u e n o p o d e m o s h a c e r n a d a m á s q u elevan tar u n t e s t imon io q u e tomar ía p eso a cau sa d e n u es tro" créd i to mora l" . E so e s u n a b roma , N o . so tros n o p od emos con ten -



4 4 Vietnam: El Tribunal Russell

tam os , como é l , con . u n a p ro te s ta q u e p re con ice e l r e t i ro d e la st rop as n or teamer ican as y la organ izac ión d e u n a con su l ta en trev i e t n a m i t a s . N o s o t r o s t e n e m o s q u e p r e s i o n a r p a r a q u e s e d e c l a re n e tamen te q u e n o h ay s in o u n agred id o en e s ta gu erra , y q u eese agred id o e s H o C h i Min h .

— ¿Qué política eficaz podría llevar a cabo contra la guerra deVietnam un gobierno que no se contentara con palabras, y quisiera realmente actuar?

— E n p r i m e r l u g a r d e b e r í a a l i n e a r s e r e s u e l t a m e n t e j u n t o a H oC h i Min h y e l F . N . L . , ad op tan d o lo s p re l imin ares q u e son p arae l lo s con d ic ion es d e tod a n egoc iac ión , y q u e n o h acen s in o re su mir lo s acu erd os d e G en ova .

L u ego ser ía n ecesar io q u e e se gob iern o d ec id iera a lo s gob ier

n os d e p a í se s ex tran jeros , a ad op tar la misma p os ic ión y a con d u c ir con é l u n a acc ión comú n .S ien d o lo q u e son h oy In g la terra , A leman ia e I ta l ia , s é q u e

eso ser ía d i f í c i l , p ero n o o lv id en q u e u n gob iern o só lo e s fu er tes i s e ap oya en la s masas . S i u n gob iern o f ran cés d e i zq u ierd a ,so s ten id o p or la s masas , s e d ec larara n e tamen te h os t i l a la acc iónd e lo s n or teamer ican os en V ie tn arn , e s s egu ro q u e la s masas d el o s p a í s e s v e c i n o s s e v e r í a n " c o n t a m i n a d a s " y a c t u a r í a n d e m a n e r a m á s e f i c a z s o b r e s u p r o p i o g o b i e r n o . A c t u a l m e n t e , c o m o n o

h ay verd ad era d emocrac ia en E u rop a , s e t ra ta d e gob iern o ag o b i e r n o . E n u n s i s t e m a r e a l m e n t e d e m o c r á t i c o , l a s m a s a s s i r v e nd e in termed iar io en tre u n gob iern o y o tro .

— ¿ Pero cree usted que las masas europeas, y en particular lasmasas f ran cesas , puedan ser actualmente movilizadas contra laguerra de Vietnam?

— M u c h o m á s d e l o q u e y o m i s m o p e n s a b a . T e n g o l a i m p r e s ió n d e q u e l a o p i n i ó n h a c a m b i a d o . R e c o n o z c a m o s l o s h e c h o s : e s ecamb io se d eb e en p ar te a d e G au l l e . P ero la gen te h a cre íd o

q u e d e G au l l e i r ía h as ta e l f in en su con d en a , y la h an tomad oen ser io , m ien tra s é l só lo b u sca p ro p on erse co m o cam p eó n d e lt ercer mu n d o . A mi cr i t er io , s i h oy u n gob iern o d e i zq u ierd a q u i s i era mov i l i zar la s masas , l o lograr ía . Miren lo q u e su ced e enG r a n B r e t a ñ a : a ú n c o n W i l s o n g r a n d e s m a n i f e s t a c i o n e s h a n t e n id o lu gar ; miren lo q u e su ced e en é l Jap ón : a p esar d e la in f lu en c ia n or teamer ican a u n a h u e lga gen e ira l h a s id o d esa tad a .



Sartre. a de Gaulle 45

h u e lga q u e n o f u e u n éx i t o en u n c i en p or c i en t o p ero q u e a lm e n o s t u v o l u g a r . H o y e n F r a n c i a n o e s t a m o s e n e s e p u n t o , p e r ol a g e n t e c o m i e n z a a i n q u i e t a r s e .

Q u i s i e r a a ú n s u b r a y a r l o s i g u i e n t e : p a r a p r o h i b i r n o s t e n e r

s ed e en F ran c ia d e G au l l e evoca , en t re o t ras cos as , l a amistadtradicional q u e n os l i ga a Es t a d os U n id os . E s o s ign i f i ca c lara m e n t e , c o m o l o h e d i c h o r e c i é n , q u e a p a r t i r d e l m o m e n t o e n q u es e t r a t a d e j u z g a r d e s d e u n p u n t o d e v i s t a m o r a l , l o s g o b i e r n o sn o f u n c i o n a n . H a y u n e s f u e r z o g e n e r a l p a r a s u p r i m i r l a n o c i ó nd e mora l id ad d e la p o l í t i ca .

E s o m e c h o c a t a n t o m á s c u a n t o e n t o d o s l o s p a í s e s s o c i a l i s t a sq u e h e v i s i t ad o , d e s d e p r in c ip ios d e l a d e s e s t a l in i zac ión , e l p r i

m e r p r o b l e m a q u e s e h a f o r m u l a d o h a s i d o : c ó m o r e i n t r o d u c i re n e l m a r x i s m o ( y , p o r c o n s e c u e n c i a , e n l a p o l í t i c a ) , e l e l e m e n t od e m o r a l i d a d . E s m u y e v i d e n t e q u e e n O c c i d e n t e e s e p r o b l e m an o s e p lan t ea en n in gu n a p ar t e , y q u e la p o l í t i ca n o e s s in ou t i l i t ar ia e in t ere s ad a .

— ¿Hay algún otro país ya dispuesto a recibirlos?— N o . V a r i o s p a í s e s n o s h a n p r o h i b i d o y a t e n e r s e d e e n s u

t e r r i t o r i o , y t e m o q u e c h o c a r e m o s c o n o t r a s n e g a t i v a s : c i e r t o sg o b i e r n o s s e r í a n d e m a s i a d o fe l i c e s i n v o c a n d o a l a d e l g e n e r a ld e G a u l l e p a r a j u s t i f i c a r l a s u y a . Q u i z á a ú n s e a p o s i b l e q u e n o sv e a m o s o b l i g a d o s a r e u n i m o s e n u n b a r c o , a n c l a d o f u e r a d e a g u a st err i t or ia l e s , como los d e l a s rad ios p i ra t as in g le s e s . En t od o cas o ,l o q u e e s s e g u r o e s q u e n o s r e u n i r e m o s .

P a r a d o j a l m e n t e , es a s d i f ic u l t a d e s q u e n o s i n t e r p o n e n f u n d a nl a l e g i t i m i d a d d e n u e s t r o T r i b u n a l y , a d e m á s , p r u e b a n u n a c o s a :t i e n e n miedo d e n o s o t r o s . P o r c i e r t o n o d e B e r t r a n d R u s s e l l , q u et i e n e n o v e n t a y c u a t r o a ñ o s , n i d e n u e s t r o s a m i g o s . S i f u é r a m o ss i m p l e m e n t e u n a d o c e n a d e i n t e l e c t u a l e s b o b o s q u e p r e t e n d e nr i d i c u l a m e n t e e r i g i r s e e n j u e c e s , n o s d e j a r í a n a c t u a r t r a n q u i l a m e n t e .

¿ P o r q u é t i e n e n m i e d o d e n o s o t r o s ? P o r q u e p l a n t e a m o s u np r o b l e m a q u e n i n g ú n g o b i e r n o o c c i d e n t a l q u i e r e p l a n t e a r s e : e ld e l c r i m e n d e g u e r r a . U n a v e z m á s t o d o s q u i e r e n r e s e r v a r s e e lp o d e r c o m e t e r l o .

Le Nouvel Observateur^ 26 de ab ril de 1967



D O C E H O M B R E S S I N C Ó L E R A

E l "T r i buna l In t erna c i o na l co nt ra l o s cr í m enes de g uerra enVi e t na m " , crea do po r e l f i l ó so f o i ng l é s B er t ra nd Russe l l , ha ce l e bra do su pr i m e ra se s i ó n e n E s t o co l m o de l 2 a l 12 de m a y o . H ar e s p o n d i d o p o r l a a f i r m a t i v a y u n á n i m e m e n t e a l a s d o s p r e g u n t a s que s e ha b í a f o rm ul a do : ¿ so n l o s no r t ea m er i ca no s cu l pa b l esd e a g r e s i ó n a l V i e t n a m ? ¿ H a n r e c u r r i d o a b o m b a r d e o s " t e r r o r is tas" pa ra quebra r l a res i s t en c i a d e la po b l a c i ó n ? Aq uí r e l a t ocó m o esa una n i m i da d ha s i do l o g ra da .

J E A N - P A U L S A R T R E . — N o e s v e r d a d q u e s e h a y a h e c h o s i le n c i oso bre l o s t ra ba j o s de l "T r i buna l Russe l l " . L a m a y o r pa r t e de l o sper i ó d i co s ha n pub l i ca do un a r t í cu l o so bre l a s e s i ó n i na ug ura l ,ha n da do l ueg o a l g uno s de t a l l e s so bre l a s depo s i c i o nes y ha npresent a do , a l f i n , nues t ra s co nc l us i o nes . H a s t a l a t e l ev i s i ó nf ra ncesa ha d i cho a l g una s pa l a bra s en sus bo l e t i nes i n f o rm a t i v o s .T o do s , s i n em ba rg o , so s l a y a ro n l o e senc i a l : e l dra m a que t uv o

l u g a r e n E s t o c o l m o d u r a n t e a l g o m á s d e u n a s e m a n a , u n d r a m aque no ha s i do v i v i do so l a m ent e po r l o s m i em bro s de l T r i buna l ,s i no po r t o do s a que l l o s que ha n seg u i do nues t ro s deba t es , co m p r e n d i d o s l o s p e r i o d i s t a s n o r t e a m e r i c a n o s . Y l a m a n e r a e n q u eh e m o s ll e g a d o a n u e s t r a s c o n c l u s i o n e s , m e p a r e c e f i n a l m e n t e t a ni m p o r t a n t e c o m o e s a s c o n c l u s i o n e s e n s í m i s m a s .

E n e l s eno de l pro p i o T r i buna l , po r supues t o , e s do nde e l dra m ah a s i d o m á s se n s i b l e . E s t á b a m o s a l lí u n a d o c e n a d e h o m b r e s q u e

se co no c í a n po co o na da , y que no sa b í a n en a bso l u t o a do ndei ba n a l l eg a r . E n pr i nc i p i o , t o do s éra m o s ho s t i l e s a l a po l í t i cade E s t a do s Uni do s en V i e t na m , pero e so no era su f i c i en t e pa ra



Doce hombres sin cólera 47

y o no es ta ba d isp ue sto a dec lai :ar , a l com ien zo , que . e l bo m ba rde oa po b la c io ne s c iv i l e s e r a s i s t e m á t i c o y de l ibe r a do . Sa b ía que l o s

c iv i l e s e r a n m a ta do s , pe r o a s í suc e de e n to da s l a s g ue r r a s y hub ie r a po d ido l l e g a r a l a s i g u i e n te c o nc lus ió n : l o s no r te a m e r ic a n o s s o n d e m a s i a d o n e g l i g e n t e s , n o t o m a n b a s t a n t e s p r e c a u c i o n e s ,s e bur la n de l a s " r e ba ba s" e n sus o pe r a c io ne s c o ntr a o b je t iv o sm i l i t a r e s — c o s a s q u e y a h u b i e r a c o n d e n a d o — . D e h e c h o , h e d e s c ub ie r to po c o a po c o , a l c o r r e r de l a s a ud ie nc ia s , una c o sa b i e nd i s t in ta . M e he e n te r a do — c o nf i e so que no l o sa b ía — de que l o sn o r t e a m e r i c a n o s e f e c t u a b a n e n V i e t n a m d e l N o r t e r a i d s t e r r o r i s ta s c o n o b je t iv o " ps i c o - so c ia l " ( c o m o se d i c e e n l a j e r g a e s t r a

t é g i c a ) , e s d e c i r d e s t i n a d o s ú n i c a m e n t e a q u e b r a r l a m o r a l d e l apo b la c ió n . Lo que r e su l tó im po r ta nte , pa r a m í , e s e l pa sa je dee s t a i d e a v a g a , y a i n s o p o r t a b l e : " S e m a t a n n i ñ o s , m u j e r e s ya nc ia no s e n V ie tna m " , a e s ta ide a pr e c i sa y o d io sa : " Se l o ha c ea pr o pó s i to " .

L a u r e n t S c h w a r t z h a d e m o s t r a d o m u y b i e n , e n e l c u r s o d e l ac o n f e r e n c i a d e p r e n s a d e l v i e r n e s ú l t i m o , q u e a d o p t a n d o p ú b l i c a m e n t e t a l c o n c l u s i ó n , c a d a m i e m b r o d e l T r i b u n a l a s u m í a u n ag r a n r e spo nsa b i l ida d: a r r i e sg a ba e n e f e c to c ubr i r de r id í c u los i m u l t á n e a m e n t e a l T r i b u n a l y a s í m i s m o s i d e s m e n t i d o s c o n v i n c e n t e s l e e r a n o p u e s t o s p o r e l g o b i e r n o n o r t e a m e r i c a n o . Q u ee s o n o h a y a a s u s t a d o a n i n g u n o d e n o s o t r o s , q u e m i a v a n c e d ee so s d i e z d ía s ha y a s ido e l de to do s l o s de m á s , que s e ha y a l l e g a do a l a una n im ida d , e l ú l t im o d ía , e n nue s t r a s c o nc lus io ne s ,e so e s l o que m e pa r e c e s i g n i f i c a t iv o .

E s a u n a n i m i d a d n o h a b í a s i d o p r e v i s t a e n a b s o l u t o . T a n p o c ola e spe r á ba m o s que , l a v í spe r a de l r e su l ta do , d i s c u t im o s l a r g a

m e nte , e n s e s ió n pr iv a da , pa r a sa be r ba jo qué fo r m a pr e se n ta r í a m o s n u e s t r a s c o n c l u s i o n e s : ¿ d i r í a m o s s i m p l e m e n t e q u e h a b í a ns ido a do pta da s " po r un a m a y o r ía de ta n t o s v o to s" , o pe r m i t i r ía m o s a l a m i n o r í a e x p r e s a r s e p a r a d a m e n t e s u p u n t o d e v i s t a ?A l g u n o s p e d í a n i n c l u s o q u e c a d a j u r a d o p u d i e r a m o t i v a r i n d i v i d u a l m e n t e s u v o t o .

La d i s c us ió n fue m uy r ig ur o sa y e l c a r á c te r in t e r na c io na l de lTr ibuna l no fa c i l i t a ba e l a c ue r do , e n l a m e d ida e n que l a s r e g la sde pr o c e d im ie nto d i f i e r e n de un pa í s a o t r o . Lo s jur a do s f r a nc e se s s e pr o nu nc ia n po r m a y o r ía , po r e j e m plo , e n ta n t o que l o s



4 8 Vietnam : El Tribunal Russell

n o r t e a m e r i c a n o s n o p u e d e n h a c e r l o s i n o p o r u n a n i m i d a d . S o b r ees as cu es t i on es d e f orm a e s t u v i m os d i v i d i d os . E l l a s l l egaron at om ar u n a i m p ort an c i a t an gran d e , d u ran t e t od os n u es t ros t ra bajos , q u e n u n ca t u v i m os ocas i ón d e h ab l ar en t re n os o t ros d e l

f on d o d e l p rob l em a . A u n q u e p arezca cu r i o s o , cad a u n o d e n os o t ros i gn orab a h as t a ú l t i m o m om en t o c óm o s e p ron u n c i ar í a l am ayor p ar t e d e l o s d em ás . ¿C óm o p od í a yo s ab er l o q u e h ab í apasado, dui -ante esos d iez d ías , en e l esp ír i tu de un norteameri can o p ac i f i s t a y n o v i o l en t o com o D ave D e l l i n ger , en e l d e o t ron or t eam er i can o com o Og l es b y , en e l d e u n p ak i s t an o com o M ah m u d A l í Kas u r i , en e l d e u n f i l i p i n o com o A m ad o Hern án d ez ,en e l d e u n i n g l é s com o I s aac D eu t s ch er , en l o s d e t an t os o t rosq u e m e h ab í an p arec i d o b as t an t e re s ervad os a l p r i n c i p i o? T od os

h a b í a m o s l l e g a d o c o n n u e s t r a ó p t i c a p a r t i c u l a r , i n e v i t a b l e m e n t em arcad a p or l a s t rad i c i on es y l o s p rob l em as p ar t i cu l ares d en u es t ro p a í s d e or i gen . F u e ad em ás p or e s a razón q u e cad a u n oe s t a b a t a n p r e o c u p a d o e n p r e s e r v a r s u s d e r e c h o s .

D u r a n t e l a ú l t i m a n o c h e , p u e s , d i s c u t i m o s m u c h o t i e m p o yd e b o d e c i r q u e n o a v a n z á b a m o s m u c h o . E n t o n c e s t u v e una i d ea— era yo q u i en p res i d í a aq u e l d í a— y d i j e : "P ara f ac i l i t ar l a sc o sa s , p o d r í a m o s v e r d e s d e y a q u i é n e s s o n a q u e l l o s q u e t i e n e ni n t en c i ón d e re s p on d er ' s í ' a l a s p regu n t as q u e n os s on f orm u

l a d a s : — ¿ H a y a g r e s i ó n n o r t e a m e r i c a n a ? ¿ H a y b o m b a r d e o d e l i b erad o d e c i v i l e s ?— , b a j o re s erva d e q u e s e en con t rará u n af o r m a d e r e d a c c i ó n q u e c o n v e n g a a c a d a u n o " .

V ot am os y s e l ogró l a u n an i m i d ad . É s t a f u e u n a s orp res a p arat od o e l m u n d o , y s ob re t od o i m a gran em oc i ón p orq u e re s o l v í ad e u n g o l p e e l p r o b l e m a d e l a " l e g i t im i d a d " d e l T r i b u n a l . Y o l oh a b í a d i c h o a n t e s : p r o b a r í a m o s n u e s t r a e x i s t e n c i a s o b r e l a m a r ch a . S i e l T r i b u n a l t en í a éx i t o , e s p orq u e t en í a d erech o d e re

u n i r s e ; s i f racas ab a e s p orq u e n o t en í a e s e d erech o .Y e l T r i b u n a l h a t en i d o éx i t o , n o s ó l o p orq u e t od os s u s m i em b ros h an s i d o con ven c i d os , s i n o p orq u e t od os aq u e l l o s q u e s i gu i e ron sus t rabajos , as i s t ido a las ses iones , o ído los t es t imonios , lof u e r o n t a m b i é n . H a t e n i d o é x i t o p o r q u e n i n g ú n d e s m e n t i d o s e r i od e l gob i ern o n or t eam er i can o l e h a s i d o op u es t o . A l con t rar i o , e lP en t ágon o s e h a v i s t o ob l i gad o a ad m i t i r l a u t i l i zac i ón d e b om -



D o c e hombres sin cólera 4y

b a s d e f ra g m en t a c i ó n "a n t i - p erso n a l " en V i e t n a m d e l N o r t e , l oq u e h a s t a e l m o m e n t o n o h a b í a h e c h o .

S . L A F A U R I E . — Un diario inglés ha escrito que había en el senodel Tribunal — como en Washington pero en posiciones inver

sas—, "halcones" ^ "palomas" , "duros" y "blandos". ¿Esa fisuraera real?

—^No ex i s t í a . Y o h e s i d o c i t a d o co m o " d u ro " , p o r e j em p l o , yV l a d i m i r D e d i j e r c o m o " b l a n d o " . R e s p o n d e r í a s i m p l e m e n t e q u em i s r e l a c i o n e s c o n D e d i j e r , p r i m e r o i m p e r s o n a l e s p u e s t o q u e n ol o c o n o c í a , s e t r a n s f o r m a r o n m u y r á p i d a m e n t e e n u n a v e r d a d e r aa m i s t a d , a ú n re f o rza d a p o r u n a cu erd o co m p l e t o so b re ca s i t o d o sl o s p u n t o s en d i s cu s i ó n . P ero , so b re t o d o , l a d i s t i n c i ó n en t re

" d u r o s" y " b l a n d o s " n o t ie n e n i n g ú n s e n t i d o . ¿ Q u é e s u n " d ur o" ?¿ A l g u i e n q u e h a d e c i d i d o c o n d e n a r d e a n t e m a n o , s i n e s c u c h a rl o s t e s t i m o n i o s? E n t o n ce s y o so y u n " b l an d o " , y l o éra m o s t o d o s .N u e s t r a u n a n i m i d a d r e s u l t a a s í t a n t o m á s i m p r e s i o n a n t e .

N u es t ra p r i n c i p a l p reo cu p a c i ó n h a s i d o n o so l o reu n i r , s i n ot a m b i én e sco g er y co n t ro l a r l a s i n f o rm a c i o n es . N o n o s co n f o r m a m o s c o n l o s d o c u m e n t o s p r o v i s t o s p o r l o s v i e t n a m i t a s d e lN o r t e . Lo s h i c i m o s v er i f i ca r en e l l u g a r , ca d a v ez q u e p u d i m o s

p o r n u e s t r o s p r o p i o s i n v e s t i g a d o r e s . L o s v i e t n a m i t a s n o s d i j e r o n , p o r e j em p l o , q u e u n a cen t en a d e h o sp i t a l e s h a b í a s i d o b o m b a r d e a d a p o r l o s n o r t e a m e r i c a n o s . U n a d e n u e s t r a s c o m i s i o n e sd e i n v es t i g a c i ó n s e t ra s l a d ó a l l u g a r y h a p o d i d o v er i f i ca r , en8 pr ov i nc ias , 35 de lo s casos qu e n os e ran , c i tados . L o qu e esaco m i s i ó n v i o co rresp o n d í a ca d a v ez a l o q u e d escr i b í a n l o s i n f o r m e s v i e t n a m i t a s .

L o m i s m o c o n l a s b o m b a s b a l i n e s . L a d e m o s t r a c i ó n q u e J e a n -P i erre V i g i er h a h ech o d e su i n e f i ca c i a co n t ra l o s o b j e t i v o sm i l i t a r e s e r a i r r e f u t a b l e y s e a p o y a b a e n c o m p r o b a c i o n e s h e c h a se n e l l u g a r : p o r e j e m p l o , q u e u n b a l í n n o p u e d e h u n d i r s e m á sd e 1 0 a 2 0 cen t í m et ro s en u n sa co d e a ren a , l o q u e i n c l u so h a cea e s a s a r m a s i n e f i c a c e s — c o n t r a r i a m e n t e a l o q u e p r e t e n d e e lP e n t á g o n o — c o n t r a l o s p u e s t o s a n t i a é r e o s . S ó l o p u e d e n s e r v i rp a ra m a t a r g en t e , a l a za r , en u n en o rm e sec t o r .

U n i n v es t i g a d o r j a p o n és n o s h a d ec l a ra d o q u e h a b í a v i s t o l o sm a p a s u t i l i za d o s p o r p i l o t o s n o r t ea m er i ca n o s , so b re l o s cu a l e sc i e r t o s e m p l a z a m i e n t o s e s t a b a n m a r c a d o s c o n u n a c r u z , u n a d e




e l l a s cerca de una i g l e s i a que ha s i do bo m ba rdea da . Desca r t a m o ses t a pa r t e de su t e s t i m o ni o , pues no po d í a m o s sa ber s i e sa s cru ces quer í a n dec i r "o bj e t i v o s a bo m ba rdea r" o "a t enc i ó n: i g l e s i a " .

D e s c a r t a m o s t a m b i é n l o s t e s t i m o n i o s f i l m a d o s d e p r i s i o n e r o sn o r t e a m e r i c a n o s e n V i e t n a m . E l s o n i d o e r a t a n m a l o q u e s e n o shub i era po d i do a cusa r — un per i ó d i co l o h i zo , po r o t ra pa r t e— ,d e h a b e r " t r u c a d o " l a b a n d a .

Un d í a s e no s sug i r i ó ped i r a l o s v i e t na m i t a s que no s env i a ra nu n a v i a d o r p r i s i o n e r o . E r a u n a p r o p o s i c i ó n e v i d e n t e m e n t e i r r e a l i za b l e , po rque se v e m a l un pr i s i o nero de g uerra l l eg a ndo aS u e c i a e n t r e d o s g e n d a r m e s y v o l v i e n d o a p a r t i r d e l m i s m o m o d o . P ero no f ue po r e so que recha za m o s l a pro pues t a : f ue po rquee l T r i buna l no e s t á pa ra j uzg a r a l o s i nd i v i duo s , s i no pa ra de t er minar s i ta l po l í t i ca es o no una po l í t i ca de agres ión , s i ta l método de g uerra ca e o no ba j o l ey es i n t erna c i o na l es .

E s c u c h a m o s , e v i d e n t e m e n t e , a t e s t i g o s n o r v i e t n a m i t a s . E s t u v o e l p r e s i d e n t e d e l a S u p r e m a C o r t e d e H a n o i , e l s e ñ o r P h a m

Va n B a ch , y e l co ro ne l H a Va n L a u , m i em bro de l a co m i s i ó n dei n v e s t i g a c i ó n n o r v i e t n a m i t a s o b r e c r í m e n e s d e g u e r r a . E s t u v i e r o n t a m b i é n s i m p l e s c i u d a d a n o s — u n c o m e r c i a n t e q u e m a d o c o nna p a l m , un a de cu y a s o re j a s s e ha b í a " derre ti do " y un o de cu y o sbra zo s e s t a ba peg a do a l cuerpo , una j o v en que t en í a una ba l ae n l a c a b e z a , u n n i ñ o a t r o z m e n t e q u e m a d o , y m u c h o s m á s , v e n i do s pa ra co nt a r l o que ha b í a n v i s t o y su f r i do .

T o d o s t e s t i m o n i a r o n c o n u n a d i g n i d a d , u n a m o d e r a c i ó n , u n a

ex a c t i t ud i m pres i o na nt es . N i uno so l o t ra t ó de t ra ns f o rm a r a lT r i b u n a l e n r e u n i ó n p o l í t i c a . N o h i c i e r o n m á s q u e e x p o n e r l o shecho s , y cua ndo no sa b í a n l a respues t a a una de nues t ra s pre g u n t a s l o d e c í a n f r a n c a m e n t e : " Y o n o s é " .

— ¿Por qué no ha habido testimonios de norteamericanos ajavor de su país?

— L o s n o r t e a m e r i c a n o s v i n i e r o n a t e s t im o n i a r " e n c o n tr a " . E npa rt i cu l a r e l h i s t o r i a do r G a br i e l K o l ko , qu i en dem o s t ró m uy

c l a r a m e n t e q u e l a a g r e s i ó n n o r t e a m e r i c a n a a V i e t n a m n o h a b í ac o m e n z a d o c o n e l e n v í o d e u n c u e r p o e x p e d i c i o n a r i o s i n o m u c h oa n t e s , desde e l d ía s iguiente de la guerra , cuando se esbozó la




ha s i do dec i s i vo para e l l ogro de l a unani mi dad s obre e l pr i merpunt o de l a d i s cus i ón .

S i n o e s c u c h a m o s a n o r t e a m e r i c a n o s v e n i d o s p a r a d e f e n d e r as u pa í s , e s porque n i nguno s e pres ent ó . Dos abogados s uecos hane s c r i t o e s p o n t á n e a m e n t e a l T r i b u n a l p a r a p r o p o n e r l e p l e i t e a rpor l a caus a de l os Es t ados Uni dos . No acept amos s u o f rec i mi ento . H e a q u í p o r q u é . S u p o n g a m o s q u e h u b i e r a n h e c h o p a p i l l anues t ros t e s t i moni os : era t ant o mej or para l os Es t ados Uni dos yhu bi é ra m os deb i do i nc l i nar nos an t e e s o . Era un r i e s go qu e t odo sa c e p t á b a m o s a l p r i n c i p i o . P e r o s u p o n g a m o s q u e l o s d o s a b o g a d o sno hubi eran l ogrado convencer , que has t a s e hubi eran r i d i cu l i

z a d o a n t e l a a c u m u l a c i ó n d e p r u e b a s q u e n o s o t r o s a p o r t á b a m o s :e l g o b i e r n o n o r t e a m e r i c a n o y l a p r e n s a h u b i e r a n c l a m a d o d ei n m e d i a t o q u e e r a u n g o l p e a r m a d o , y q u e h a b í a m o s e s c o g i d oe x p r e s a m e n t e a " a p r o v e c h a d o r e s " p r e s t o s a d e s i n f l a r s e . P a r anos ot ros e s e s enc i a l que t oda pers ona que venga a de f ender l apos i c i ón nort eamer i cana ant e e l Tr i buna l repres ent e , de cercao de l e j os , a l o s Es t ados Uni dos . Renovaremos nues t ro ped i doa l gob i erno nort eamer i cano . Pero us t ed ha v i s t o l a res pues t a l am e n t a b l e q u e n o s h a d a d o D e a n R u s k y q u e p r u e b a s u m e d i o

c r i d a d . S i h u b i e r a h a b l a d o c o m o h o m b r e d e e s t a d o , h u b i e r ap o d i d o d e c i r t r e s c o s a s . O b i e n ( r e s p u e s t a e v i d e n t e m e n t e i n c o n c e b i b l e ) : "Es e Tr i buna l e s l eg í t i mo y env i amos a a l gu i en paraque nos de f i enda" . O b i en: "Es e Tr i bua l e s i l eg í t i mo y no env i a m o s a n a d i e " . O b i e n : " A u n q u e e s e T r ib u n a l s e a p e r f e c t a m e n t ei l eg í t i mo , pero en razón de l a publ i c i dad que van a t ener s usaudi enc i as , env i amos a a l gu i en para que l e i mpi da l l enar l e l acabeza a l a gent e" . S i un port avoz de l os Es t ados Uni dos hubi eral l e g a d o d i c i e n d o : " s o n u s t e d e s u n h a t o d e b r i b o n e s , p e r o p u e d e nhacer daño y vengo a reduc i r a l a nada s us ment i ras " , l o habr í a m o s a c e p t a d o . E l h e c h o d e q u e l o s E s t a d o s U n i d o s n o h a y a ne n v i a d o a n a d i e y q u e e l P e n t á g o n o h a y a d e b i d o h a c e r u n a c o n f e s i ó n e m b a r a z o s a , p r u e b a q u e e l g o b i e r n o n o r t e a m e r i c a n o n ot i e n e i n t e n c i o n e s d e p l e i t e a r p ú b l i c a m e n t e p o r s u c a u s a .

— ¿Cuá l es la opinión de los miem bros norteamerican os delTribunal sobre la evolución de la situación en los Estados Unidos?

* "No tengo ganas de ir a hacer travesuras con un anciano inglés de94 años."




— S o n b a s t a n t e p e s i m i s t a s . T o d o s m e h a n d i c h o q u e e l m o v i m i en t o d e re s i s t en c i a a l a gu erra n o d e j a d e re f orzars e , p ero q u el o s s on d eos i n d i can , a l m i s m o t i em p o , q u e l a p op u l ar i d ad d eJ o h n s o n d e s c i e n d e c u a n d o p a r e c e q u e q u i e r e f r e n a r e l e s f u e r z om i l i t a r e n V i e t n a m . E l l o s l o e x p l i c a n a s í : J o h n s o n h a p e r d i d o

ya e l ap oyo d e l a s " p a l om as " y d e t od os aq u e l l o s q u e s e op o n ens i n c e r a m e n t e a l a g u e r r a ; a q u e l l o s q u i e n e s y a n o s e d e j a n e n g a ñ ar p or s u s h i p ó cr i t a s " i n i c i a t i vas d e p az" y q u e s e h an vu e l t oi r r e c u p e r a b l e s p a r a é l . E n c o n t r a p e s o , t i e n e a c t u a l m e n t e e l a p o y od e l o s " h a l c o n e s " y d e l a d e r e c h a , ñ e r o n o p u e d e c o n s e r v a r l os i n o a con d i c i ón d e n o "a f l o j ar" j am ás . E s t o e s l o q u e l o em p u j aa ace lerar más y más la esca lada y es lo que , a los o jos de losn or t eam er i can os a q u i en es h e v i s t o , t orn a l a s i t u ac i ón t err i b l e m e n t e p e l i g r o s a .

— ¿Cree usted que los trabajos del Tribunal puedan tener unaijifluencia sobre la opinión norteamericana?

— P o r e l m o m e n t o p i e n s o q u e e s t a i n f l u e n c i a e s n u l a , a u n q u eel New York Times h a y a d a d o c u e n t a c o n r e l a t i v a o b j e t i v i d a dd e c i e r t a s d e p o s i c i o n e s . P e r o r e u n i r e m o s e n u n l i b r o l o s t e s t i m o n i o s y d o c u m e n t o s q u e r e c o g i m o s e n E s t o c o l m o . Q u i s i é r a m o sh a c e r d e é l u n a p u b l i c a c i ó n c o m p l e t a , q u e r e p r e s e n t a r í a a l m e n o s d o s g r u e s o s v o l ú m e n e s in octavo; y s o b r e t o d o p e n s a m o s

e n r e u n i r e x t r a c t o s e n u n a " c o l e c c i ó n d e b o l s i l lo " . Y a t e n e m o so f r e c i m i e n t o s d e v a r i o s e d i t o r e s e n d i f e r e n t e s p a í s e s , c o m p r e n d i e n d o lo s E s t a d o s U n i d o s . E s t o y s e g u r o d e q u e t o d o s l o s n o r t e a m e r i c a n o s q u e c o m p r a r á n e s e l i b r o s e s e n t i r á n c o n m o v i d o s . Yp i e n s o t a m b i é n q u e m u c h o s l o c o m p r a r á n .

— En Francia los comu nistas han man ifestado una cierta reserva con respecto al "Tribunal Russell". ¿Por qué? ¿Es la posición antichinoísta del P.C. lo que los retiene para sostenerlosmás abiertamente?

— Qu i zá h a h ab i d o , a l p r i n c i p i o , u n a re s erva d e e s e t i p o , p eroe s t a b a f u n d a d a s o b r e u n m a l e n t e n d i d o q u e n e c e s a r i a m e n t e v aa d i s ip ars e . Y o n o con oz co l a s op i n i o n e s p o l í t i ca s d e t od os l o sm i e m b r o s d e l T r i b u n a l , p e r o n i n g u n o d e e l l o s , e n n i n g ú n m o m e n t o , h a m a r c a d o c o n s u c o m p o r t a m i e n t o q u e f u e r a " p r o " o" a n t i " c h i n o . P o r e j e m p l o , n u n c a t u v i m o s q u e m o d e r a r a a l g u i e n




q u e h u b i era q u er i d o p o l i t i za r n u es t ra s d e l i b era c i o n es . E l p ro b l e m a n i s i q u i era s e p l a n t eó .

Le h a ré n o t a r , p o r o t ra p a r t e , q u e l a " re serv a " d e l o s co m u n i s t a s n o e s t a n g ra n d e p u es t o q u e u n m i em b ro d e l p a r t i d o , e l

s eñ o r M a t a ra s so , p res i d í a n u es t ra co m i s i ó n j u r í d i ca , y q u e o t rom i em b ro d e l p a r t i d o , J ea n - P i erre V i g i er , h a h ech o a n t e e l Tr i b u n a l u n a d e l a s d ep o s i c i o n es m á s i m p res i o n a n t es .

H a b í a , a l p r i n c i p i o , e s ev i d en t e , u n a c i er t a d esco n f i a n za re s p e c t o a n o s o t r o s . E r a l e g í t i m a . A l g u n o s t e m í a n q u e n u e s t r a sr e u n i o n e s c o n c l u y e r a n e n u n m i t i n p o l í t i c o p r o l o n g a d o d u r a n t ed iez d ías . Pero , a l cabo de dos d ías , l a part ida ya es taba ganada .E l P . C . su eco n o s h a d a d o su p l en o a cu erd o . E l ó rg a n o o f i c i a l

d e l P . C . i t a l i a n o , L' Unitá, d i o cu en t a d i a r ia y l a r g a m en t e d en u es t ra s s e s i o n es . E l p a r t i d o l a b o r i s t a t u rco n o s h a en v i a d o u nte le f frama de so l idar idad to ta l . De Po lon ia , de Checos lovaquia ,d e Bu l g a r i a , d e R u m a n i a , s e n o s h a n p ed i d o a r t í cu l o s y en t re v i s t a s .

— Se ha anunciado, hace alaunos días, que usted había rechazado una invitación para asistir al Congreso de Escritores Sovié

ticos. ¿Fue por razones políticas?— ^Por em p eza r , s e t ra ta d e u n a i n f o rm a c i ó n eq u í v o ca . Y o n o

"rech a cé" u n a i n v i t a c i ó n . In d i q u é a l o s so v i é t i co s q u e a ca b a b ad e p a s a r v a r i a s s e m a n a s c o m p l e t a m e n t e a l e j a d o d e m i t r a b a i o ,y q u e n o p o d í a v o l v er a sa l i r a h o ra . N o h a y n i n g u n a s eg u n d ai n t en c i ó n p o l í t i ca en m i d ec i s i ó n . A t a l p u n t o q u e s i g o s i en d ou n o d e l o s v i cep res i d en t e s d e l a C . O . M . E . S . , e sa o rg a n i za c i ó nq u e a g ru p a a l o s e s cr i t o res d e l Es t e y d e Eu ro p a O cc i d en t a l . LaC . O . M . E . S . h a b í a s id o s e r i a m e n t e s a c u d i d a e n e l m o m e n t o d e lca so S i n i a v sk i - D a n i e l ; h o y , a n t e l a g ra v ed a d d e l a s i t u a c i ó n , h a

d ec i d i d o re t o m a r su s co n g reso s y t en g o l a i n t en c i ó n d e p a r t i c i p a r en e l l o s .

— ¿Cuán do debe tener lugar la próxima sesión del "TribunalRussell?"

— ^P ro b a b l em en t e en o c t u b re . ¿ D ó n d e? N o l o sa b em o s a ú n . P o d r í a m o s r e u n i m o s n u e v a m e n t e e n E s t o c o l m o , p e r o q u i z á n o d e b a m o s a b u sa r d e l a h o sp i t a l i d a d su eca . E l g o b i ern o su eco s eo p o n í a a q u e v i n i ér a m o s , l a l e y n o l e p erm i t í a im p ed í rn o s l o , n o s

ha ( Je jado hacer por un respeto a la democrac ia a l cua l r indo




h o m e n a j e . E n F r a n c i a l a s i t u a c i ó n e r a l a m i s m a , s a l v o e l r e s p e t o ;

E n e l c u r s o d e n u e s t r a p r ó x i m a s e s i ó n e x a m i n a r e m o s t r e sp u n t o s : ¿ u t i l i z a n l o s n o r t e a m e r i c a n o s e n V i e t n a m a r m a s p r o h i b i d a s p o r l a s c o n v e n c i o n e s i n t e r n a c i o n a l e s , e n p a r t i c u l a r a r m a sq u í m i c a s ? ¿ H a n i n f l i g i d o , e n c i e r t o s c a s o s , m a l o s t r a t o s a s u sp r i s io n e r o s ? ¿ C o m e t e n a c t o s ( r e a g r u p a m i e n t o d e p o b l a c i ó n e nc a m p o s , d e s t r u c c i ó n s i s t e m á t i c a d e c u l t i v o s , e t c . ) q u e p u e d e nh a c e r l o s a c u s a r d e g e n o c i d i o ? S o b r e e s a s t r e s c u e s t i o n e s n o t e n g oa ú n n i n g u n a o p i n i ó n . E n o c t u b r e p o d r é h a c e r m e u n a . P e r o m e

b a s t a y a , p a r a c o n d e n a r l a p o l í t i c a n o r t e a m e r i c a n a , q u e e l T r i b u n a l h a y a e s t a b l e c i d o d o s c r í m e n e s : e l d e a g r e s i ó n y e l d et e r r o r i s m o p o r b o m b a r d e o s i s t e m á t i c o d e l a p o b l a c i ó n c i v i l . Ys i l a s e s i ó n d e o c t u b r e s e d e s a r r o l l a c o m o l a q u e a c a b a m o s d em a n t e n e r , c r e o s i n c e r a m e n t e q u e y a n a d i e p e n s a r á e n p l a n t e a re l p r o b l e m a d e n u e s t r a " l e g i t i m i d a d " .

D e c l a r a c i o n e s r e c o g i d a s p o r S e r g e L a f a u r i e .

Le Nouvel Observateur, 24 de m ay o de 1967



T R I B U N A L R U S S E L L

2 de mayo de 1967,p o r l a m a ñ a n a .

D I S C U R S O I N A U G U R A L

N ue str o Tr ibunal se ha cons t i tu ido por in ic ia t iva de lord Bert rand Russe l l , para dec id ir s i l a s acusac iones de "cr ímenes deg u e r r a " c o n t r a e l g o b i e r n o d e l o s Es t a d o s U n i d o s , c o m o a s í t a m b i é n c o n t r a l o s d e C o r e a d e l S u r , N u e v a Ze l a n d i a y A u s t r a l i aen ocas ión de l conf l i c to v ie tnamita , son just i f i cadas . En es tase s i ó n i n a u g u r a l , e l Tr i b u n a l p r e t e n d e h a c e r c o n o c e r su o r i g e n ,su f u n c i ó n , su s f i n e s y su s l í m i t e s ; e n t i e n d e e x p l i c a r se s i n a m b a

ges sobre la cuest ión de aque l lo que se ha dado en l lamar su" l e g i t i m i d a d " . En 1 9 4 5 s e r e g i s t r ó u n h e c h o a b so l u t a m e n t e n u e v o e n l a h i s t o r i a ; l a a p a r i c i ó n , e n N ü r e m b e r g , d e l p r i m e r Tr i b u n a l In t e r n a c i o n a l c o n v o c a d o p a r a j u z g a r l o s c r í m e n e s c o m e t i d o sp o r u n a p o t e n c i a b e l i g e r a n t e . H a s t a e n t o n c e s , p o r c i e r t o , h a b í aa l g u n o s a c u e r d o s i n t e r n a c i o n a l e s , c o m o e l p a c t o Br i a n d - K e l l o g g ,q u e i n t e n t a b a n l i m i t a r e l jus ad hellum, p e r o c o m o n i n g ú n ó r g ano hab ía s ido creado para hacer los ap l i car , l a s re lac iones entrel a s p o t e n c i a s c o n t i n u a b a n r e g i d a s p o r l a l e y d e l a j u n g l a . N o

podía ser de o tro modo: las nac iones que hab ían constru ido sur iqueza sobre la conquis ta de grandes imper ios co lon ia les , noh u b i e r a n t o l e r a d o q u e s e j u z g a r a n su s a c c i o n e s e n Á f r i c a y e nAsia . A part i r de 1939 , la fur ia h i t l er iana h izo correr a l mundota l pe l igro que los a l iados , horror izados , dec id ieron juzgar yc o n d e n a r , s i r e su l t a b a n v e n c e d o r e s , l a s g u e r r a s d e a g r e s i ó n y d econquis ta , l a s sev ic ias contra los pr i s ioneros , l a s tor turas , l a spráct i cas rac i s tas l lamadas "de genoc id io" , s in darse cuenta de



5c Vietnam : El Tribunal Russell

Q U c s e con d en ab an a s í m i s m os , con e s a i n i c i a t i va , p or s u s p rác t i cas en las co lonias .

P or e s t a razón , e s d ec i r a l a vez p orq u e s an c i on ab a l o s cr í m en es n az i s y p orq u e , d e m an era m ás u n i vers a l , ab r í a e l cam i n oa u n a verd ad era j u r i s d i cc i ón q u e p erm i t i r í a d en u n c i ar y con d en ar l o s d e l i t o s d e gu erra a l l í d on d e s e p rod u cen y s ean q u i en esf u eren l o s au t ores , e l T r i b u n a l d e N ü rem b erg s i gu e s i en d o l am an i f e s t ac i ón d e e s t e cam b i o cap i t a l : l a s u s t i t u c i ón d e l jus adbelUim por e l jus contra bellum.

D e s g r a c i a d a m e n t e , c o m o s u c e d e c a d a v e z q u e u n ó r g a n o n u e v os e crea p or ex i gen c i a s h i s t ór i cas , e s e t r i b u n a l n o e s t ab a exen t od e d e f ec t os graves . S e l e h a rep roch ad o h ab er s i d o n ad a m ás q u eu n s i m p l e diktat d e l o s ven ced ore s a l o s ven c i d os y q u e n o f u e rav e r d a d e r a m e n t e i n t e r n a c i o n a l : u n g r u p o d e n a c i o n e s j u z g a b a aotro . ¿ H u b i e r a v a l i d o m á s s e l e c c i o n a r l o s j u e c e s e n t r e c i u d a d a no.' ; d e p a í s e s n eu t r os ? N o s é . P e ro e s s egu ro q u e , au n q u e l a sd e c i s i o n e s h a y a n s i d o p e r f e c t a m e n t e j u s t a s d e s d e e l p u n t o d ev i s t a é t i co , e s t án m u y l e j o s d e h ab er con ven c i d o a t od os l o sa l em an es . Y e s t o s i gn i f i ca q u e l a l eg i t i m i d ad d e l o s m ag i s t rad osy d e s u s s en t en c i a s p erm an ece h as t a h oy d i s cu t i d a . Y q u e s e h ap od i d o d ec l arar q u e , s i n l a f or t u n a d e l a s arm as h u b i era s i d od i f eren t e , u n t r i b u n a l d e A xe h u b i era con d en ad o a l o s a l i ad osp or e l b om b ard eo d e D res d e o p or e l d e Hi ros h i m a .

E s t a l eg i t i m i d ad , n o ob s t an t e , n o h u b i era s i d o d i f í c i l d e f u n d am en t ar . Hu b i era b as t ad o q u e e l organ i s m o cread o p ara j u zgara los naz i s sobreviv iera a esa of ic ina part icu lar , o que la Organi zac i ón d e l a s N ac i on es U n i d as , s acan d o t od as l a s con s ecu en c i asd e l o q u e s e acab ab a d e h acer , l o h u b i era con s o l i d ad o com oT r i b u n a l P e r m a n e n t e p o r u n v o t o d e s u A s a m b l e a G e n e r a l . E s eT r i b u n a l h u b i era e s t ad o h ab i l i t ad o p ara con ocer y j u zgar t od asl a s acu s ac i on es d e cr í m en es d e gu erra , aú n s i e l acu s ad o f u erae l gob i ern o d e a l gu n o d e l o s p a í s e s q u e , a t ravés d e s u s m ag i s t rad os , h u b i era d i c t ad o s en t en c i a en N ü rem b erg . A s í l a u n i ver s a l i d ad i m p l í c i t a en l a i n t en c i ón or i g i n a l s e d es p ren d i ó n e t a m en t e . A h ora b i en , s e s ab e l o q u e s u ced i ó : ap en as f u e j u zgad oe l ú l t i m o a l em án cu l p ab l e , e l T r i b u n a l s e d es van ec i ó en e l a i rey n ad i e oyó h ab l ar n u n ca m ás d e é l .

¿E s en t on ces q u e n os o t ros s om os t an p u ros ? ¿N o h a h ab i d o



Tribunal Russell 57

n u n c a c r í m e n e s d e g u e r r a d e s p u é s d e 1 9 4 5 ? ¿ N o s e r e c u r r i ój a m á s a l a v i o l enc i a , a l a a g res i ó n? ¿ No hubo nunca prá c t i ca s" g e n o c i d a s " ? ¿ N i n g ú n g r a n p a í s i n t e n t ó q u e b r a r p o r l a f u e r z al a s o b e r a n í a d e u n a p e q u e ñ a n a c i ó n ? ¿ N o h u b o o p o r t u n i d a d d e

d e n u n c i a r a n t e t o d a l a t i e r r a l o s O r a d o u r y l o s A u s c h w i t z ?U s t e d e s s a b e n l a v e r d a d : e n e s t o s v e i n t e ú l t i m o s a ñ o s , cj] g r a nh e c h o h i s t ó r i c o d e l m u n d o e s l a l u c h a d e l t e r c e r m u n d o p o r s ul i b e r a c i ó n : l o s i m p e r i o s c o l o n i a l e s s e h a n d e s m o r o n a d o , e n s ul u g a r n a c i o n e s s o b e r a n a s s e h a n a f ir m a d o o h a n c o n t i n u a d o u n aa n t i g u a y t r a d i c i o n a l i n d e p e n d e n c i a , r o t a p o r l a c o l o n i z a c i ó n .T o do e so s e ha hecho en e l su f r i m i ent o , e l sudo r y l a sa ng re .U n T r i b u n a l c o m o a q u e l d e N ü r e m b e r g s e h a t o r n a d o u n a n e c e

s i d a d p e r m a n e n t e . A n t e s d e l j u i c i o a l o s n a z i s l a g u e r r a n o t e n í al e y e s , l o h e d i c h o . E l T r i b u n a l d e N ü r e m b e r g , r e a l i d a d a m b i g u a ,n a c i ó s i n d u d a a l g u n a d e l d e r e c h o d e l m á s f u e r t e , p e r o a l m i s m ot i e m p o a b r e u n c i c l o d e f u t u r o c r e a n d o u n p r e c e d e n t e , e l e m b r i ó nd e u n a t r a d i c i ó n . N a d i e p u e d e v o l v e r s e a t r á s , i m p e d i r q u e é lh a y a s i d o , n i p u e d e i m p e d i r q u e , c u a n d o u n p e q u e ñ o p a í s p o b r ee s o b j e t o d e u n a a g r e s i ó n , s e r e t o r n e c o n e l p e n s a m i e n t o a s u ss e s i o n e s y s e d i g a : e s s i n e m b a r g o e s o , j u s t a m e n t e e s o l o q u e

e n N ü r e m b e r g s e h a c o n d e n a d o . A s í l a s d i s p o s i c i o n e s a p r e s u r a d a s e i n c o m p l e t a s t o m a d a s p o r l o s A l i a d o s e n 1 9 4 5 , d e s p u é s a b a n d o n a d a s , h a n c r e a d o u n a v e r d a d e r a l a g u n a e n l a v i d a i n t e r n a c i o n a l . U n o r g a n i s m o q u e h a c í a f a l t a c r u e l m e n t e h a a p a r e c i d os e h a a f i r m a d o e n s u p e r m a n e n c i a y s u u n i v e r s a l i d a d , h a d e f i n i d o i r r e v e r s i b l e m e n t e l o s d e r e c h o s y d e b e r e s , p a r a d e s a p a r e c e rd e j a n d o u n v a c í o q u e e s T i e c e s a r i o l l e n a r y q u e n a d i e l l e n a .

H a y d o s f u e n t e s d e p o d e r , e n e f e c t o . L a p r i m e r a e s e l E s t a d o

c o n s u s i n s t i t u c i o n e s . P u e s b i e n , e n e s t e p e r í o d o d e v i o l e n c i a l am a y o r p a r t e d e l o s g o b i e r n o s , s i t o m a r a n s e m e j a n t e i n i c i a t i v a ,t e m e r í a n q u e e l l a s e v o l v i e r a a l g ú n d í a c o n t r a e l l o s m i s m o s ,e n c o n t r á n d o s e e n e l b a n q u i l l o d e l o s a c u s a d o s . Y a d e m á s , c o nm u c h o , l o s E s t a d o s U n i d o s s o n u n p o d e r o s o a l i a d o : ¿ q u i é n o s a r í a p e d i r l a r e s u r r e c c i ó n d e u n T r i b u n a l c u y a p r i m e r a g e s t i ó ns e r í a e v i d e n t e m e n t e o r d e n a r u n a e n c u e s t a s o b r e e l c o n f l i c t ov i e t n a m i t a ?

L a o t r a f u e n t e e s e l p u e b l o , e n p e r í o d o r e v o l u c i o n a r i o , c u a n d ocambia s u s i n s t i t u c i o n e s . P e r o , a u n q u e l a l u c h a s i g a s i e n d p i m -



58 Vietnam: El T r ib u n a l R u sse l l

pla ca b le , ¿ d e qué m o do , l a s m a s a s , enca s i l l a da s po r f ro nte ra s ,l o g ra r ía n un ir s e e impo ner a l o s d i f erentes g o b ierno s una ins t i t u c i ó n q u e s e r í a u n a v e r d a d e r a magistratura popularl

El Tr ibuna l Rus s e l l ha na c ido de e s ta do b le y co ntra d ic to r iac o n s t a t a c i ó n : l a s e n t e n c i a d e N ü r e m b e r g h a h e c h o n e c e s a r i ala ex i s tenc ia de una ins t i tuc ió n des t ina da a inv es t ig a r l o s cr í menes de g uerra y , s i e l l o s t i enen lug a r , a juzg a r lo s ; n i l o sg o b ierno s n i l o s pueb lo s e s tá n ho y en co nd ic io nes de crea r la .

E s t a m o s p e r f e c t a m e n t e c o n s c i e n t e s d e q u e n a d i e n o s h a c o n v o cado , p e r o s i h e m o s t o m a d o l a i n i c i a t i v a d e r e u n i m o s , e s p o r q u es a b e m o s t a m b i é n q u e nadie podía o t o r g a r n o s u n m a n d a t o . C i e r t a m e n t e , n u e s t r o T r i b u n a l n o e s u n a i n s t i t u c i ó n . P e r o n o s u s t i t u y e a n in g ú n po der ins t i tu ido : e s e l r e s u l ta d o , po r e l co ntra r io ,d e u n v a c í o y d e u n l l a m a m i e n t o . N o h e m o s s i d o r e c l u t a d o s n ii n v e s t i d o s d e p o d e r e s r e a l e s p o r l o s g o b i e r n o s , p e r o h e m o s v i s t orec i én que a que l la inv es t idura en Nüremberp no ba . s tó na ra da r

a l o s m a g i s t r a d o s u n a l e g i t i m i d a d i n c o n t e s t a b l e . . . E l T r i b u n a lRus s e l l e s t ima a l co ntra r io que s u l eg i t imida d pro v iene a l a v ezde s u per fec ta impo tenc ia y de s u un iv ers a l ida d .

S o m o s i m p o t e n t e s : e s l a g a r a n t í a d e n u e s t r a i n d e p e n d e n c i a .Na da no s a y uda , s a lv o e l co ncurs o de l o s co mi té s de a po y o ques o n , c o m o n o s o t r o s m i s m o s , r e u n i o n e s d e p e r s o n a s p r i v a d a s . N or e p r e s e n t a n d o n i a g o b i e r n o n i a p a r t i d o a l g u n o , n o p o d e m o sr e c i b i r ó r d e n e s : e x a m i n a r e m o s l o s h e c h o s " e n n u e s t r a a l m a y

concienc ia" , como se d ice , o , s i lo pref ieren , con abso luta l ibertadd e e s p í r i t u . N a d i e d e e n t r e n o s o t r o s p u e d e d e c i r , h o y , c ó m o n u e s tro s deba tes ev o luc io na rá n , y s i r e s po nderemo s po r s í o po r noa l a s a c u s a c i o n e s , o s i n o r e s p o n d e r e m o s , e s t i m á n d o l a s q u i z áf u n d a d a s p e r o i n s u f i c i e n t e m e n t e p r o b a d a s . L o q u e e s s e g u r o ,e n t o d o c a s o , e s q u e n u e s t r a i m p o t e n c i a , a u n q u e r e s u l t e m o s c o n v en c id o s po r l a s pru eba s a po r ta da s , no s pro h ibe d i c ta r s en ten c ia .¿ Q ué po dr ía s ig n i f i ca r , en e fec to , una co ndena , a unque s ea l a

m á s l e v e , s i n o t e n e m o s l o s m e d i o s p a r a h a c e r l a e j e c u t a r ? N o sl imi ta remo s pues , l l eg a do e l ca s o , a dec la ra r : ta l o ta l a c to ca ee n e f e c t o b a j o l a j u r i s d i c c i ó n d e N ü r e m b e r g , e s e n t o n c e s , s e g ú n



Tribunal Russell 59

c i ó n , e n s u s i n v e s t i g a c i o n e s t a n t o c o m o e n s u s c o n c l u s i o n e s , q u eh a c e r s e n t i r a t o d o s l a n e c e s i d a d d e u n a i n s t i t u c i ó n i n t e r n a c i o n a lqu e é l no t i e ne n i l os m ed ios n i l a am bic ión de reempla zar , yc u y a e d e n c i a s e r í a r e s u c i t a r e l jus co ntra hellum, m u e r t o a l n a c e re n N ü r e m b e r g , y s u s t i t u i r l a l e y d e l a j u n g l a p o r r e g l a s é t i c a sy j u r í d i c a s .

P o r e l h e c h o m i s m o d e s e r s i m p l e s c i u d a d a n o s h e m o s p o d i d o ,c o o p t á n d o n o s d e m a n e r a a m p l i a m e n t e i n t e r n a c i o n a l , d a r a n u e s t r o T r i b u n a l u n a e s t r u c t u r a m á s u n i v e r s a l q u e l a q u e p r e v a l e c i óe n N ü r e m b e r g . N o q u i e r o s o l a m e n t e d e c i r q u e u n m a y o r n ú m e r od e p a í s e s e s t á n a q u í r e p r e s e n t a d o s : e s e p u n t o d e v i s t a p r e s e n t a

r í a m u c h a s l a g u n a s a c o l m a r . P e r o , s o b r e t o d o , m i e n t r a s l o s a l e manes de 1945 no f iguraban s ino en e l banqui l lo de los acusadoso , a l o sumo, en la barra como t e s t igos de cargo , ahora var iosj u r a d o s s o n c i u d a d a n o s d e l o s E s t a d o s U n i d o s : e s t o s i g n i f i c aq u e v i e n e n d e u n p a í s d o n d e l a p o l í t i c a m i s m a e s t á e n d i s c u s i ó ny q u e t i e n e n , e n c o n s e c u e n c i a , u n a m a n e r a p r o p i a d e c o m p r e n der la , y , cua lqu iera sea su aprec iac ión , una re lac ión ín t ima consu pat r ia , sus ins t i t uc iones y sus t rad ic iones , de las cua le s l asc o n c l u s i o n e s d e l T r i b u n a l l l e v a r á n n e c e s a r i a m e n t e l a m a r c a .

C u a l q u i e r a s e a s i n e m b a r g o n u e s t r a v o l u n t a d d e i m p a r c i a l i d a d y d e u n i v e r s a l i d a d , e s t a m o s m u y c o n s c i e n t e s d e q u e el la n ob a s t a p a r a l e g i t i m a r n u e s t r a e m p r e s a . L o q u e e n v e r d a d q u e r e mos e s que su l eg i t imac ión sea re t rospec t iva o , s i s e pre f i ere ,a posteriori. D e h e c h o , n o t r a b a j a m o s p o r n o s o t r o s m i s m o s n i p o rn u e s t r o ú n i c o e j e m p l o , y n o p r e t e n d e m o s i m p o n e r n u e s t r a s c o n c l u s i o n e s d e g o l p e . E n v e r d a d d e s e a m o s , g r a c i a s a l a c o l a b o r a c i ó n d e l a p e r s o n a , m a n t e n e r u n c o n t a c t o c o n s t a n t e e n t r e n o s o t r o s y l a s m a s a s q u e , e n t o d a s p a r t e s d e l m u n d o , v i v e n d o l o r o -s a m e n t e l a t r a g e d i a d e V i e t n a m . D e s e a m o s q u e e l l a s s e i n s t r u y a n c o m o n o s o t r o s n o s i n s t r u i m o s , q u e d e s c u b r a n c o n n o s o t r o sl o s i n f o r m e s , l o s d o c u m e n t o s , l o s t e s t i m o n i o s , q u e l o s v a l o r e n yse hagan d ía a d ía , con nosot ros , su op in ión . Cuale squ iera ques e a n l a s c o n c l u s i o n e s , q u e r e m o s q u e n a z c a n d e s í m i s m a s , e nt o d o s a l m i s m o t i e m p o q u e e n n o s o t r o s ; a n t e s q u i z á . E s t a s e s i ó ne s u n a e m p r e s a c o m ú n c u y o t é r m i n o f i n a l s e r á , s e g ú n l a s p a l a bra s de un f i l ósof o , una ver da d deven ida . S i l as m asa s rati fi can nues t ro j u ic io , e s t e j u i c io se conver t i rá en verdad . Y nosot ros .




e n e l m o m e n t o m i s m o e n q u e d e s a p a r e z c a m o s f r e n t e a e l l a s q u es e t ran s f orm arán en gu ard i an as y s o s t én d e aq u e l l a verd ad ,n o s o t r o s s a b r e m o s q u e h a b r e m o s s i d o l e g i t i m a d o s y q u e e s ep u e b l o , m a n i f e s t á n d o n o s s u a c u e r d o , d e v e l a u n a e x i g e n c i a m á sp ro f u n d a: l a d e q u e u n verd ad ero "T r i b u n a l con t ra l o s cr í m en esd e gu erra" s ea cread o a t í t u l o d e organ i s m o p erm an en t e , e sd ec i r q u e e s os cr í m en es p u ed en s er en t od as p ar t e s y en t od om o m e n t o d e n u n c i a d o s y s a n c i o n a d o s . E s t a s ú l t i m a s a p r e c i a c i o n es p erm i t en re s p on d er a u n a cr í t i ca q u e n os h ac í a , s i n m a l evo l en c i a , p or o t ra p ar t e , u n p er i ód i co p ar i s i en s e : ¡"Qué ex t rañ o t r i -b i m a l : h a y j u r a d o s y n o h a y j u e z " E s v e r d a d : n o s o m o s s i n oj u rad os , n o t en em os e l p od er d e con d en ar n i d e ab s o l ver an ad i e . P or l o t an t o , n o h ay m i n i s t er i o p ú b l i co . Y h ab l an d o co

rrec t am en t e , t am p oco h ab rá ac t a d e acu s ac i ón . E l s eñ or M at a ras s o , p res i d en t e d e l a C om i s i ón J u r í d i ca , va a l eer l e s u n i n f orm es ob re l o s agrav i os q u e s erán con s i d erad os : l o s j u rad os , a l f i n a ld e l a s e s i ón , t en d rán q u e p ron u n c i ars e s ob re e s os agrav i os : ¿e s t á nf u n d ad os o n o? S i n em b argo , l o s j u eces ex i s t en en t od as p ar t e s :s on l o s p u eb l os , en p ar t i cu l ar e l p u eb l o n or t eam er i can o . Y e sp ara e l l o s q u e n os o t ros t rab aj am os .

Tribunal Russell,

Edic iones Gal l imard, Par í s , 1967



D E N Ü R E M B E R G A E S T O C O L M O

E l Tribunal Russell e s c o n s i d e r a d o ilegal p o r e l c o n j u n t o d eg o b i e r n o s o c c i d e n t a l e s . Y e l g e n e r a l d e G a u l l e , a l r e h u s a r l e l aa u t o r i z a c i ó n p a r a t e n e r s e d e e n F r a n c i a , h a r e s u m i d o l a o p i n i ó ng e n e r a l d e l o s " p o d e r e s " c o n e s t a s p a l a b r a s : " T o d a j u s t i c i a p e r t e n e c e a l e s t a d o " . S i n e m b a r g o e s t e o r g a n i s m o — c r e a d o p o r l ai n i c i a t i v a d e u n s o l o h o m b r e , f i l ó s o f o c é l e b r e p e r o s i m p l e c i u d a d a n o d e s p r o v i s t o d e c a r g o s p ú b l i c o s — , d e s p u é s d e s u s e s i ó ne n E s t o c o l m o y d e s u s p r i m e r a s c o n c l u s i o n e s , y a n o n e c e s i t ap r o b a r s u legitimidad. E s s o b r e e s t a a p a r e n t e c o n t r a d i c c i ó n q u eq u i s i e r a r e f l e x i o n a r , a q u í , c o n u s t e d e s .

E l 1 0 d e m a y o d e 1 9 6 7 , a l f i n a l i z a r n u e s t r a p r i m e r a s e s i ó n ,

l e í m o s l a s c o n c l u s i o n e s d e l T r i b u n a l a n t e l o s p e r i o d i s t a s : " 1 ^¿ E l g o b i e r n o d e l o s E s t a d o s U n i d o s h a c o m e t i d o a c t o s d e a g r e s i ó nc o n t r a V i e t n a m e n l o s t é r m i n o s d e l a l e y i n t e r n a c i o n a l ? Sí p o ru n a n i m i d a d . 2"? ¿ H u b o b o m b a r d e o s d e l i b e r a d o s s i s t e m á t i c o s y ag r a n e s c a l a s o b r e o b j e t i v o s p u r a m e n t e c i v i l e s ? Sí p o r u n a n i m i d ad " . Y c u a n d o la s ú l t i m a s p a la b r a s fu e r o n p r o n u n c i a d a s , c u a n d o e l a u d i t o r i o — c o m p r e n d i d o s l o s c o r r e s p o n s a l e s d e p r e n s a —s a l u d ó e s a s c o n c l u s i o n e s d e p i e , c o n v e i n t e m i n u t o s d e a p l a u s o s ,

c o m p r e n d i m o s q u e algo s e h a b í a p r o d u c i d o o , s i s e p r e f i e r e , q u ed u r a n t e e s o s d i e z d í a s d u r a n t e l o s c u a l e s h a b í a m o s o í d o y p r e g u n t a d o s i n p a u s a a i n f o r m a n t e s , t e s t i g o s y v í c t i m a s , s e l e c c i o n a d o y c r i t i c a d o d o c u m e n t o s , e x a m i n a d o p r u e b a s m a t e r i a l e s ,a s i s t id o a p r o y e c c i o n e s d e f o t o s y d e f i l m s t o m a d o s p o r n u e s t r a sc o m i s i o n e s d e e n c u e s t a e n e l c u r s o d e s u s m i s i o n e s , h a b í a t e n i d ol u g a r u n p r o c e s o i r r e v e r s i b l e i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e n o s o t r o s ,q u e n o s h a b í a c o n d u c i d o a t o d o s , j u r a d o s y p ú b l i c o , h a s t a e s ep u n t o s i n r e t r o c e so , h a s t a e s a s r e s p u e s t a s — d a d a s por nadie a




p r e g u n t a s f o r m u l a d a s por n a d i e — q u e s e m a n i f e s t a r o n d e p r o n

to , a l lá , c o m o u n a d e t e r m i n a c i ó n r e a l d e l a o b j e t i v i d a d h i s t ó r i c a .¿ Q u é h a b í a s u c e d i d o , e n s u m a ? T a n s ó l o q u e e l r e s u l t a d o d e

n u e s t r a e m p r e s a , e s c a p á n d o s e n o s p o c o a p o c o , s e h a b í a v u e l t oso bre e l l a pa ra l eg i t i m a r l a a posteriori y q u e , a l m i s m o t i e m p oq u e n o s d e s i g n a b a o b j e t i v a m e n t e c o m o j u r a d o s , n o s l i b e r a b a d ea p r e n s i o n e s , d e r e l a c i o n e s i n t e r n a s a ú n m u y s u b j e t i v a s , d e f i n i é n d o n o s c o m o u n a r e u n i ó n d e h o m b r e s c o m u n e s q u e p o d í a n , e nc u a l q u i e r m o m e n t o , s e r r e e m p l a z a d o s p o r o t r o s h o m b r e s — i g u a l

m e n t e c o m u n e s — , y q u e s e r e s u m í a n e n e l s i m p l e p o d e r h u m a n ode dec i r s í o no co n co no c i m i ent o de ca usa .

E n e f e c t o , c u a n d o n o s r e u n i m o s p o r p e d i d o d e l o r d B e r t r a n dR u s s e l l , n o s c o n o c í a m o s m u y p o c o o n a d a . E n a q u e l l o s p r i m e r o sd í a s d e E s t o c o l m o , c u a n d o f u e n e c e s a r i o d e c i d i r u n p r o c e d i m i e n t o j u r í d i c o , e s a i g n o r a n c i a r e c í p r o c a — n o m b r e s y o b r a s e r a n , p o rü u p u e s t o , c o n o c i d o s p o r t o d o s , p e r o n o l o s h o m b r e s — n o s s e p a r a b a p r o f u n d a m e n t e . E s q u e v e n í a m o s d e t o d a s p a r t e s : d e l a s

F i l i p i n a s , d e C u b a , d e T u r q u í a , d e P a k i s t á n , d e l J a p ó n , d e E u r o p a O c c i d e n t a l y a ú n d e l o s E s t a d o s U n i d o s . L a d e l e g a d a c u b a n an o representaba a s u g o b i e r n o p u e s t o q u e s e s o b r e e n t e n d í a q u en o r e p r e s e n t á b a m o s a n a d i e : a u n q u e e s a h e r o í n a d e la R e v o l u c i ó n e s t a b a d e p e r f e c t o a c u e r d o c o n e l p r o c e s o r e v o l u c i o n a r i oq u e t r a n s f o r m a b a l e n t a m e n t e y s e g u r a m e n t e a s u p a í s , e l l a n oh a b í a s i d o e n v i a d a n i e l e g i d a p o r F i d e l , p o r m á s q u e q u i s i e r a aF i d e l y q u e F i d e l l e b r i n d a r a s u c o n f i a n z a . S u j u i c i o , c u a l q u i e r a

q u e f u e s e , n o c o m p r o m e t í a a s u p a í s , p e r o s a b í a m o s q u e s u j u i c i o s er í a , i nc l uso en e s t a reg i ó n nó rd i ca t a n l e j a na de l Ca r i be ,e l d e l a s m a s a s c u b a n a s q u e s e a l i n e a r o n j u n t o a C a s t r o , e n p o c a sp a l ab r a s , q u e t e n d r ía — a u n q u e e s t r i c t a m e n t e p r i v a d o — u n a d im e n s i ó n c o l e c t i v a . P o r e l c o n t r a r i o l o s d e l e g a d o s d e l a s F i l i p i n as , e l J a p ó n , E u r o p a , E s t a d o s U n i d o s , e t c . h a b í a n v e n i d o , am e n u d o c o r r i e n d o s u s p r o p i o s r i e s g o s y p e l i g r o s , c o n t r a l a v o l u n t a d d e s u s g o b i e r n o s . H a s t a e n s u d e c i s i ó n d e p a r t i c i p a r d e l

T r i b u n a l y d e r e s p o n d e r a l a s p r e g u n t a s p l a n t e a d a s , e l l o s e s t a b a n d e t e r m i n a d o s p o r l a s c o n t r a d i c c i o n e s d e s u s s o c i e d a d e s , c u y ai n f r a e s t r u c t u r a p e r m a n e c í a c a p i t a l i s t a y s e c a r a c t e r i z a b a n , e n



_ . . ^ - „ _ f . „ . . - . _ , _ - . , ^ . .

De Nüremberg a Estocolmo 63

h ech o a su man era y , aú n cu an d o p er ten ec ieran a u n a agru p ahción poh't ica —que, por otra parte , no ten ía n i la vo luntad n i e l

p od er d e d ar le s u n man d ato—, tod o lo q u e se p od ía d ec ir d ee l lo e s q u e su ap rec iac ión d e lo s d eb ate s e s tar ía en p ar te con d i c ion ad a , q u izá , p or lo s p r in c ip io s , l o s ob je t ivos fu n d amen ta le s ylo s h áb i to s men ta le s d e e sa agru p ac ión , y q u e e l lo s n o p od íanp re ten d er , a l p r in c ip io , exp resar la op in ión d e la to ta l id ad d ela s c la se s t rab ajad oras en su s p a í se s . P or lo d emás , au n q u e e sosp a í se s s e p arec ieran en lo ab s trac to p or su s e s t ru c tu ras fu n d amen ta le s , d i f er ían p ro fu n d amen te p or su h i s tor ia y p or la n a tu ra leza concreta de su economía , es dec ir , en concreto , por sus

re lac ion es d e p rod u cc ión , p or lo s con f l i c to s h u man os , l a s in s t i tu c ion es y lo s p rob lemas in ter iores y ex ter iores q u e se l e s p lan teab an . A s í cad a u n o d e n oso tros e s tab a d ob lemen te s ep arad od e lo s d emás : e l gru p o p o l í t i co d e l q u e u n o eman ab a o a l cu a le s t a b a m á s c e r c a n o , n o r e p r e s e n t a b a n e c e s a r i a m e n t e s i n o a u n ap ar te d e la s masas t rab ajad oras , y la rep resen tab a a su man era;l a s u rgen c ia s , l a s p os ib i l id ad es , e l p rop io d esarro l lo econ ómico ,la s re lac ion es d e fu erza q u e re su l tab an d e e l lo y e l a sp ec to p ar t i cu lar d e la lu ch a d e c la se s , en p ocas p a lab ras la evo lu c ión

h i s tór ica q u e n os h ab ía p rod u c id o en n u es tra s in gu lar id ad d ein d iv id u o s soc ia le s , tod o — in c lu id a la b arrera d e la s l en g u a s—con tr ib u ía a vo lcar a cad a u n o en u n a e sp ec ie d e su b je t iv id adn a c i o n a l — s i n h a b l a r d e s u b j e t i v i d a d p e r s o n a l — y a h a c e r n o sex tran jeros tod os p ara tod os .

¿C ómo comp arar , p or e jemp lo , a D ave D e l l in ger , d e lo s E s ta d os U n id os , p ac i f i s ta y n o v io len to , a l p oe ta f i l ip in o H ern án d ezq u e p erman ec ió añ os en p r i s ión p or h ab er comb at id o p or la s

armas e l e s tab lec imien to en F i l ip in as d e l n eo - co lon ia l i smo n or te amer ican o? ¿C ómo comp arar lo , en su p rop io p a í s , a l o t ro ju rad o ,C a rm ich ae l , q u e n o p u d o ven ir a E s toco lm o p ero q u e se h izorep resen tar , p ar t id ar io d ec larad o d e la v io l en c ia como re sp u es ta d e la p ob lac ión n egra a la v io l en c ia p erman en te d e lo s rac i s ta s b lan cos? C u r iosamen te , l o q u e más n os s ep aró a l p r in c ip io—y q u e n os s ep arab a aú n la n och e q u e p reced ió a l vo to f in a l—,fu eron la s su p eres tru c tu ras y , p ar t i cu larmen te , u n a d e e l la s : l ain s t i tu c ión ju r íd ica . T an tas reg la s d i f eren te s . E ra n ecesar io n o

ob s tan te e s tab lecer la s n u es tras . ¿Q u é e l eg ir? P ara n o c i tar s in o



64 Viciiiatn: El Tribuval Russell

u n e j e m p lo , l o s Es t a d o s Un id o s p id e n a s u s j u r a d o s q u e s e p r o n u n c i e n p o r u n a n i m i d a d . E n F r a n c i a b a s t a c o n l a m a y o r í a .

S o b r e e s t e ú l t i m o p u n t o d e b a t i m o s l a r g a m e n t e . P a r a a l g u n o se l v o t o d e b ía s e r u n á n im e , p a r a o t r o s , m á s n u m e r o s o s , b a s t a b ac o n q u e u n a m a y o r í a s e p r o n u n c i a r a . A l g u n o s q u e r í a n q u e l o s

m i e m b r o s d e l a m i n o r í a p u d i e r a n d e c l i n a r s u s n o m b r e s y h a s t am o t i v a r p ú b l i c a m e n t e s u s v o t o s . M e n c i o n o e s t a d i s c u s i ó n , q u et o m ó a m e n u d o u n t o n o m u y v i v o , p o r q u e e l l a n o p u e d e s i g n if icar s ino una cosa: desconfiábamos los unos de los otros. N o p o rc i e r t o c o m o personas: la z o s d e a m is t a d d u r a d e r o s q u e s e a n u d a r o n e n E s t o c o l m o e n t r e h o m b r e s q u e n u n c a s e h a b í a n e n c o n t r a d o a n t e s . A d e m á s n o s e s t i m á b a m o s p o r q u e c o n o c í a m o s n u e s t r o p a s a d o . Na d ie d u d a b a d e q u e c a d a u n o , l l e g a d o e l m o m e n t o ,s e d e c id i e r a e n s u a lm a y c o n c i e n c ia . S i m p l e m e n t e , p r o d u c

t o s d e r e g io n e s y h a s t a d e c o n t in e n t e s d iv e r s o s , n in g u n o d e n o s o t r o s n o p o d ía n i s iq u ie r a p r e s e n t i r e l c o n j u n t o d e l o s p r o c e s o s q u e e n c a m in a r ía n a s u v e c in o a l a d e c i s ió n d e f in i t i v a . Y , a ú ns in s a b e r t o d a v ía c u a l s e r ía s u p r o p io j u i c io , c a d a u n o d e s e a b ag a r a n t i z a r s e y g a r a n t i z a r a l o s q u e l e h a b ía n d a d o s u c o n f ia n z a ,c o n t r a u n a im p r e v i s ib l e d e c i s ió n q u e l e s e r ía im p o s ib l e r a t i f i c a r . S e d i j o , e n l a p r e n s a o c c id e n t a l , q u e h a b ía e n t r e n o s o t r o s

h a lc o n e s y p a lo m a s : e s o n o e s v e r d a d s i s e e n t i e n d e c o m ot a l q u e , p a r a a lg u n o s d e n o s o t r o s , l a s u e r t e e s t a b a e c h a d a d ea n t e m a n o . Pe r o e s c i e r t o q u e lo s j u r a d o s r e c e la b a n e n t r e e l l o s ,c a d a v e z , d e s p u é s d e u n g e s t o o u n a p a la b r a m a l in t e r p r e t a d o s ,p e n s a n d o q u e e l o t r o e r a d u r o o b la n d o y q u e c a d a u n o q u e r ía p r e s e r v a r l a l ib e r t a d y l a e s p o n t a n e id a d d e l o s v o t o s .

N u n c a a b o r d a m o s e n t r e n o s o t r o s e l f o n d o d e l p r o b l e m a ; n u n c a d e b a t im o s , f u e r a a p u e r t a c e r r a d a , f u e r a e n c o n v e r s a c io n e sp r iv a d a s , a c e r c a d e l a c u lp a b i l id a d n o r t e a m e r ic a n a o d e l o s t e s t i m o n io s a p la s t a n t e s q u e a c a b á b a m o s d e o í r : e s a r e s e r v a n o f u e e l

e f e c t o d e u n a d e c i s ió n c o l e c t iv a s in o m á s b i e n d e u n a e s p e c i ed e t e m o r y d e t i m i d e z . N u e s t r a s d i s c u s i o n e s , a m e n u d o m u yá s p e ra s , v e r s a b a n e x c l u s i v a m e n t e s o b r e n u e s t r o s t a t u s j u r í d i c o.Y s i n e m b a r g o e l T r i b u n a l v i v í a i n t e n s a m e n t e : e n e l c u r s o d eesas largas jornadas lo que nos acosaba s in cesar , lo aue to m a b a c u e r p o l e n t a m e n t e b a j o n u e s t r o s o j o s y n o s o b s e d í a d e s p u é s , e r a a q u e l lo d e l o q u e n o h a b lá b a m o s n u n c a , e s e c o n j u n t o




i r r e f u ta b l e y t e r r i b l e d e p r u e b a s l e n t a m e n t e , p a c i e n t e m e n t e a c um u l a d a s , q u e n o d e p e n d í a d e n i n g u n o d e n o s o t r o s y q u e t e r m i n a b a p o r c r e a r , p o r é l m i s m o , u n o b j e t o a u t ó n o m o , h o r r o r o s o ,i n s o s t e n i b l e : l a g u e r r a d e a g r e s i ó n c o n d u c i d a p o r e l g o b i e r n o y

l a s f u e r z a s a r m a d a s d e l o s E s t a d o s U n i d o s c o n t r a V i e t n a m . P o c oa p o c o v o l a b a e n p e d a z o s l a f a c h a d a m e n t i r o s a q u e e l p r e s i d e n t e J o h n s o n y s u s c o l a b o r a d o r e s h a b í a n c o n s t r u i d o a p r e s u r a d a m e n t e p a r a e n g a ñ a r a s u p r o p i o p u e b l o : l a s f a l s i f i c a c i o n e s d el a h i s t o r i a e r a n e n c e g u e c e d o r a s , s e v e í a d e s p l o m a r s e e l p o b r ea p a r a t o j u r í d i c o p e n o s a m e n t e l e v a n t a d o p a r a p r o b a r q u e l a p o l í t i c a n o r t e a m e r i c a n a n o c o n t r a d e c í a l a C a r t a d e l a s N a c i o n e sUnidas ; l o que aparec ía , por e l contra igo y a p l ena luz , era lac í n i c a a p e l a c i ó n a l a f u e r z a b r u t a , l o s r a i d s t e r r o r i s t a s i n d u d a

b l e m e n t e d i r i g i d o s c o n t r a l a p o b l a c i ó n c i v i l , e l e m p l e o d e n u e v a s a r m a s , i n e f i c a c e s c o n t r a l o s s o l d a d o s o l o s o b j e t i v o s m i l i t a res , c u i d a d o s a m e n t e p u e s t a s a p u n t o p a r a a b a t i r l o s c a m p e s i n o se n e l t r a b a j o r u r a l , e l e n c a r n i z a m i e n t o d e l o s a v i o n e s s o b r e l a se s c u e l a s , l o s h o s p i t a l e s y l e p r o s e r í a s , l o s l u g a r e s d e c u l t o . E s t á b a m o s a ú n s e p a r a d o s p o r n u e s t r a s d i s c u s i o n e s s u b j e t i v a s c u a n d o y a , s i n t e n e r e n c u e n t a n u e s t r a s d i v i s i o n e s i n d i v i d u a l e s , s o c i a l e s o n a c i o n a l e s , l a realidad objetiva — n o s u n í a — y n o l o

s a b í a m o s .L a ú l t i m a n o c h e , n o h a b í a m o s a v a n z a d o g r a n c o s a s o b r e e l

p l a n f o r m a l y j u r í d i c o : ¿ m a y o r í a o u n a n i m i d a d ? ¿ C ó m o r e d a c t a r l o s t e x t o s q u e s e r í a n s o m e t i d o s a v o t a c i ó n ? e t c . P a r e c í a i m p o s i b l e l l e g a r a u n a c u e r d o . E n t o n c e s e l q u e p r e s i d í a a q u e l l at a r d e t u v o u n a i d e a . P i d i ó — a t í t u l o d e s o n d e o — : " B a j o r e s e r v ad e q u e s e e n c u e n t r e u n a f o r m a r e d a c c i o n a l q u e c o n v e n g a a c a d au n o , p o d r í a m o s v o t a r p a r a s a b e r q u i é n e s t i e n e n l a i n t e n c i ó n d e

r e s p o n d e r « s í » a l a s p r e g u n t a s q u e n o s s o n f o r m u l a d a s " . V o t a m o s , p u e s , y e n e s e i n s t a n t e r e c i b i m o s a l g o c o m o u n s h o c k , l oq u e s e p o d r í a l l a m a r l a e v i d e n c i a s o r p r e s a : é r a m o s u n á n i m e se n d e c l a r a r a l g o b i e r n o n o r t e a m e r i c a n o c u l p a b l e d e l o s d o s c r í m e n e s d e g u e r r a q u e s e l e i m p u t a b a n .

D i j e q u e s e t r a t a b a d e u n a s o r p r e s a : e s p o r q u e d u d á b a m o sd e l o s d e m á s y d e n o s o t r o s m i s m o s , e n c e r r a d o s c o m o e s t á b a m o se n e l c í r c u l o i n f e r n a l d e l a s u b j e t i v i d a d ; l a e m p c i ó n f u e i n c l u s ot a n f u e r t e c o m o p a r a q u e . l a s l á g r i m a s a c u d i e r a n a lo s o j o s d e




a l g u n o s j u r a d o s . P e r o , e n e l m i s m o m o m e n t o , e s a u n a n i m i d a d

n os l ib e r ab a d e lo su b j e t ivo y n os r e ve lab a la ve r d ad d e e sal a r g a m a d u r a c i ó n : m i e n t r a s n o s o t r o s n o s c r e í a m o s d i v i d i d o s ,c ad a u n o r e ac c ion ab a e n s i l e n c io c omo t od os lo s d e más . S ob r el a s d e p o s i c i o n e s , l a s e x p o s i c i o n e s , l o s d o c u m e n t o s , n o t u v i m o st od os s in o u n a so la e igu a l man e r a d e p e n sar : n u e s t r a u n id adc o le c t iva —t an r igu r osa q u e se p od ía ve r e n e l la c as i u n a identidad—, n o e s t ab a e n n oso t r o s n i e n la p e q u e ñ a sa la d on d e sel l e vab an a c ab o la s s e s ion e s a p u e r t a c e r r ad a; s e h ab ía h e c h o

fuera de nosotros , en la gran sa la de l Tr ibunal , por ese obje toq u e l o s i n v e s t i g a d o r e s y l o s t e s t i g o s h a b í a n p a c i e n t e m e n t e r e c on s t r u id o y q u e n o e r a más q u e e l s e n t id o mismo d e aq u e l lagu e r r a y d e la p o l í t i c a c r imin a l d e l gob ie r n o d e lo s E s t ad osUn id os . Fr e n t e a e sa gu e r r a p u e s t a a l d e sn u d o , f r e n t e a l r e c u r soc í n i c o d e l a f u e r z a n e g l i g e n t e m e n t e c a m u f l a d o p o r a r g u m e n t o sad usum internum, e sas f am osas d i f e r e n c ias q u e n o s h ab íanp r e o c u p a d o t a n t o — h i s t o r i a s n a c i o n a l e s , c u l t u r a s , h o r i z o n t e s p o

l í t i c os , p r ob le mas p r op ios d e c ad a u n o d e n u e s t r os p a í se s— n os e h a b í a n s o s t e n i d o n i u n i n s t a n t e . L a e v i d e n c i a — p r i m e r o u n aau r or a y d e sp u é s , p oc o a p oc o , u n a i lu min ac ión — e r a t a l q u eh a b í a h e c h o d e n o s o t r o s h o m b r e s i n t e r c a m b i a b l e s . U n o s q u i n c eh omb r e s d e lo s c u a le s c ad a u n o p od ía r e e mp laz ar a c u a lq u ie rotro , y a q u ie n o t r as q u in c e p e r son as e l e g id as n o imp or t a c óm o,n o i m p o r t a d ó n d e , h u b i e r a n p o d j d i r e e m p l a z a r . E r a c u e s t i ó nd e v e r : n o s o t r o s h a b í a m o s v e n i d o y h a b í a m o s v i s t o . N o , s i n e m

b a r g o , n u e s t r o a c u e r d o n o s e l i m i t a b a a e s o . N o e n t e r a m e n t e .Hab ía s id o n e c e sar io r e sp on d e r a d os p r e gu n t as d e or d e n j u r í dico . Nu e s t r a in d ign ac ión an t e la s f o t os d e h osp i t a l e s ar r asad oso a n t e l a s v í c t i m a s — e n t r e o t r a s u n n i ñ o c u y o s m u s l o s e s t a b a nr o íd os p or e l n ap a lm— e r a la misma e n t od os , y su v io l e n c ia su f r id a igu a lme n t e p or t od os . Pe r o e se sob r e sa l t o é t i c o n o c on t ab ae n e s t e c aso : n o p od íamos l ib e r ar n os d e é l n i d e n oc h e n i d ed ía , p e r o n o e r a e so lo q u e se n os p r e gu n t ab a . E n lo s h e c h osh a b í a l e y e s i n t e r n a c i o n a l e s q u e d e f i n í a n p r e c i s a m e n t e c i e r t o sac t os c omo c r íme n e s d e gu e r r a , y n oso t r os d e b íamos d e c id ir s i



ti3 Vietnam : El Tribunal Russell

Russe l l , la junción creó a su órgano. C u a n d o l a u n a n i m i d a d n o sd e s p o j ó a l f i n d e n u e s t r a s s u b j e t i v i d a d e s d e m a s i a d o p a r l a n c h í n a s , c u a n d o n o s c o n v e r t i m o s e n no importa quién, s e n t i m o s a lm i s m o t i e m p o q u e e l T r i b u n a l h a b í a c o n q u i s t a d o s u l e g i t i m i d a d .

A l g ú n t i e m p o m á s t a r d e , e n u n m i t i n , a a l g u i e n q u e m e p r e g u n t ó " ¿ P o r q u é d e c i d i e r o n ustedes c o n s t i t u i r e s e T r i b u n a l ys e r j ur a do s? " , p u d e r e s p o n d er : " S i m p l e m e n t e p o r q u e u s t e d , usted n o l o h a h e c h o " . E n l o o b j e t i v o , u n a p r e g u n t a s e h a b í a i n s cr i p t o , a s í com o s u re s p u es t a ; s ó l o f a l t ab a q u e h om b res v i v i en t e sv i n i e r a n a p r e s t a r a é s t a su d e s n u d o p o d e r d e a f i r m a c i ó n . Y ,p u e s t o q u e e s e s o l o p o d e r e r a r e q u e r i d o , e s c a p á b a m o s d e g o l p ea l rep roch e d e p arc i a l i d ad q u e s e n os d i r i g i ó t an a m en u d o en t e sd e n u e s tr a p r i m e r a s e s ió n , y m u c h o m e n o s f r e c u e n t e m e n t e d e s

p u é s . C i e r t a m e n t e , p e n s á b a m o s t o d o s o c a s i t o d o s ( a l g u n o s j u r a d o s q u e n o e r a n m a r x i s t a s u s a b a n o t r a t e r m i n o l o g í a ) , q u ee l i m p er i a l i s m o d eb í a s er com b at i d o y q u e e s u n a em p res a d i r i g i d a , com o l o h a d i ch o e l C h e Gu evara , con t ra l a h u m an i d ade n t e r a . P e r o n u e s t r a s c o n v i c c i o n e s p o l í t i c a s im p o r t a b a n p o c o .H a y a s p e c t o s p r o f u n d a m e n t e n e f a s t o s d e l c a p i t a l i s m o m o n o p o -l í s t i co q u e n o s on , s i n em b argo , cr í m en es en e l s en t i d o j u r í d i cod e l t é r m i n o . L a s i n v e r s i o n e s n o r t e a m e r i c a n a s e n e m p r e s a s f r a n c e s a s s o n p e r j u d i c i a l e s p a r a F r a n c i a , p o n e n e n p e l i g r o s u i n d e

p e n d e n c i a y a m e n a z a n a l a c l a s e o b r e r a c o n u n d e s e m p l e o a r t i f i c i a l , c u y o o r i g e n p u e d e s e r , e n t o d o m o m e n t o , u n a d e c i s i ó nt o m a d a e n N u e v a Y o r k y n o u n p r o b l e m a d e m a n o d e o b r a n a c i d o d e u n a cr i s i s rea l a e s ca l a n ac i on a l . E s n eces ar i o l u ch arc o n t r a s u m u l t i p l i c a c i ó n : d e s d e e s e p u n t o d e v i s t a l a s c l a s e st r a b a j a d o r a s p u e d e n e n c o n t r a r a l i a d o s h a s t a e n c i e r t o s m e d i o sd e l a b u r g u e s í a n a c i o n a l , s e p u e d e fo r z a r la m a n o d e l g o b i e r n oy ob l i gar l o , en n om b re d e l a p l en a s ob eran í a q u e re i v i n d i ca , af r e n a r e s a a f l u e n c i a d e c a p i t a l e s e x t r a n j e r o s . P e r o a u n q u e l a s

c o n s e c u e n c i a s d e e s t a c o r r i e n t e s e a n , e n e f e c t o , i n h u m a n a s , n os e t r a t a d e d e f i n i r l a j u r í d i c a m e n t e c o m o u n c r i m e n : e n p r i n c i p i o p orq u e s e t ra t a d e u n p roces o m ás q u e d e u n a praxis, l u e g o p o r q u e n o h a y l e y , e n l a F r a n c i a b u r g u e s a , q u e p u e d a a p l i c á r s e le . P e r o e n l a g u e r r a d e V i e t n a m h a y a c t o s , h a y a g e n t e sr e s p o n s a b l e s , h a y l e y e s r e l a c i o n a d a s c o n e s o s a c t o s . N u e s t r a p o s i c i ón p o l í t i ca n o cu en t a m ás q u e n u es t ra i n d i gn ac i ón é t i ca , s e




t rata de enunc iar un ju ic io de derecho . Que la guerra de Vie t nam sea in jus ta es a lgo que hoy cas i nad ie , en Europa , pone end u d a e n t r e l o s g o b i e r n o s q u e s e h a c e n c ó m p l i c e s b a j o l a p r e s i ó ne c o n ó m i c a d e l o s E s t a d o s U n i d o s : s ó l o n o s c o r r e s p o n d í a d e c i d i rs i l a l ey in ternac ional l a condena y a qué t ipo de sanc iones see x p o n í a n l o s r e s p o n s a b l e s . P o r e s t a r a z ó n s o s t e n g o q u e n o e r ae n a b s o l u t o n e c e s a r i o p a r a j u z g a r , e n E s t o c o l m o , c o m o n o s o t r o sl o h e m o s h e c h o , p e r t e n e c e r a l c l a n d e a q u e l l o s q u e l u c h a n a c t i v a m e n t e c o n t r a e l i m p e r i a l i s m o : b a s t a b a c o n v e n i r a e s c u c h a ry a o b s e r v a r . P o r s u p u e s t o q u e u n p a r t i d a r i o d e c l a r a d o d e l aA l i a n z a A t l á n t i c a h u b i e r a v a c i l a d o , s i n d u d a , p o r p o l í t i c a , e nc o n d e n a r a J o h n s o n y a s u s c ó m p l i c e s . P e r o h u b i e r a e s t a d o d e

acuerdo con nosotros en su corazón , en secre to . A la inversa ,n o b a s t a b a c o n d e n a r e s t a g u e r r a p o l í t i c a m e n t e y m o r a l m e n t ep a r a t e n e r , d e s d e l a a p e r t u r a d e l j u e g o , u n a o p i n i ó n f o r m a d a .Ci taré mi caso: por mi parte me parec ía , en genera l , que res p o n d e r í a q u e s í a l a p r i m e r a c u e s t i ó n . P e r o e r a p o r r a z o n e sv a l e d e r a s , i n s u f i c i e n t e s s i n e m b a r g o s o b r e e l p l a n o j u r í d i c o : y op e n s a b a s i m p l e m e n t e —^y l o p i e n s o t o d a v í a — q u e n o s e p u e d el l a m a r defensiva a u n a g u e r r a q u e u n p a í s m a n t i e n e a m i l e s d e

k i l ó m e t r o s d e s u s c o s t a s , p o r m e d i o d e u n c u e r p o e x p e d i c i o n a r i oy d e a v i o n e s c u y a s m i s m a s b a s e s e s t á n e n p a í s e s e x t r a n j e r o s .A l l l e g a r a E s t o c o l m o c o m p r e n d í m i i g n o r a n c i a : p a r a d e c i d i r

e r a n e c e s a r i o c o n o c e r y d i s c u t i r t o d a l a h i s t o r i a d e V i e t n a m d e s de 1945 , y l a de la po l í t i ca norteamer icana en e l Sudes te as iá t i c o a p a r t i r d e l a m i s m a f e c h a . S o b r e l a s e g u n d a c u e s t i ó n , p o re l contrar io , no t en ía op in ión prec i sa: sab ía que los c iv i l e s mor í a n c a d a d í a p o r c e n t e n a s , v í c t i m a s d e l o s b o m b a r d e o s n o r t e a m e r i c a n o s . E s t o s o l o b a s t a b a p a r a h a c e r m e o d i a r e s a g u e r r a .

P e r o v e a n u s t e d e s : l a p r o p a g a n d a n o r t e a m e r i c a n a e s t a l e n E u r o p a , y l a p r e n s a b u r g u e s a s e h a c e c ó m p l i c e t a n u n á n i m e m e n t eq u e , m á s q u e a u n a v o l u n t a d d e l i b e r a d a , y o a t r i b u í a e s a s m a s a c r e s a u n a i n d i f e r e n c i a c r i m i n a l . S i h a b í a c o n s e r v a d o e s e e s t a d o d e e s p í r i t u , h u b i e r a d e b i d o r e s p o n d e r n o a l s e g u n d o c a r g ode la acusac ión . Mi op in ión , en ese caso , proven ía s in duda dee s a t i m i d e z , d e e s e e s f u e r z o t e m e r o s o p a r a n o c r e e r e n l o p e o rq u e e s c a r a c t e r í s t i c o d e l a p e q u e ñ a b u r g u e s í a , m i c l a s e d e o r i

g e n . P a r a h a c e r m e c a m b i a r d e i d e a f u e n e c e s a r i a n a d a m e n o s




que 1^ insosten ib le . lu z q u e . s e . de sp ren di ó bruscamenteL d e loS

h e c h os r e p or t ad os y , sob r e t od o , d e la s r e lac ion e s d e e xp e r t ossob r e la b omb a d e f r agm e n t ac ión . T od o se or d e n ó an t e m is o j os ,i m p l a c a b l e m e n t e , t o d o d e n u n c i ó l a i n t e n c i ó n c r i m i n a l . M i s t e mor e s d e e se e sp ír i t u d e c on c i l iac ión p e r e z osa , t od o f u e b ar r id o :aq u e l lo e r a e l In f i e r n o , u n In f i e r n o p r e f ab r ic ad o . Hab ía q u e d e c ir lo : yo p od ía j u z gar .

L o sé : mu c h os d e n u e s t r os amigos se h an in t e r r ogad o sob r e lau t i l id ad d e n u e s t r o T r ib u n a l . L a gu e r r a d e agr e s ión q u e lo s E s

t a d o s U n i d o s h a c e n e n V i e t n a m , q u e r e s u m e m u y b i e n l a " D o c t r i n a T r u m a n " y q u e e s p o r s í m i s m a — c o m o e l i n t e r v e n c i o n i s m o p e r m a n e n t e d e l o s " y a n k e e s " e n A m é r i c a L a t i n a — l a e x p r e s ión d e la s e s t r u c t u r as p r o f u n d as d e e sa soc ie d ad b asad a e n u nc ap i t a l i smo mon op o l í s t i c o , c on s t r e ñ id o a e xp or t ar s in c e sar su sp r od u c t os y su s c ap i t a l e s . He aq u í e l h e c h o: h ay q u e d e n u n c iar la , an a l i z ar la , mos t r ar su s in ac e p t ab le s c on se c u e n c ias y c omb at i r la e n e l t e r r e n o d e lo s h e c h os op on ié n d o le , p or e j e m p lo , e n

t od os lo s p a í se s q u e h an f i r mad o e l Pac t o At lán t i c o , l a s u n ion e sp o p u l a r e s m á s a m p l i a s q u e h a r á n p r e s i ó n s o b r e s u s g o b i e r n o sr e s p e c t i v o s p a r a q u e é s t o s , l l e g a d o e l m o m e n t o , s e v e a n o b l i g a d os a r omp e r e l b loq u e oc c id e n t a l ab an d on an d o la A l ian z a y laO. T . A . N . ¿Qu e p ar a e so se n e c e s i t a e l c on c u r so d e lo s j u r i s t a s?¿Qu é n os imp or t a , d e sp u é s d e t od o , u n a l e g i s lac ión in t e r n ac io n a l c u yos p r om ot or e s h an s id o , c as i e n t od os lo s c asos , gob ie r n osq u e , a p e sar d e la f ac h ad a l e van t ad a p or la s d e moc r ac ias b u r

g u e s a s , n o r e p r e s e n t a b a n a s u s p u e b l o s ? ¿ J u r í d i c a m e n t e , d i c e nu s t e d e s , e s t a g u e r r a e s u n c r i m e n ? Y d e s p u é s ¿ Q u é n o s i m p o r t as i e l azar quiere que c ier tos de sus aspectos entren en contrad ic c ión c on c i e r t as e s t ip u lac ion e s q u e t u v ie r on lu g ar e n la c u m b r e ? L a p h i loxe r a n o e s c r imin a l : s e la c omb at e , s in e m b ar go ,porque es dañina . Nos basta , para luchar contra e l la , que es tao p e r a c i ó n n o r t e a m e r i c a n a s e a d a ñ i n a p a r a l a e s p e c i e h u m a n a yn os p on ga a l b or d e d e u n c on f l i c t o mu n d ia l . ¿E l T r ib u n a l d e u s

t e d e s , c on su s min u c ias , n o p r oc e d e e n e l f on d o c on u n l e ga l i smop e q u e ñ o b u r g u é s ?



D e Nüremberg a Estocolmo 71

s in e m b a r g o : e s e n t o n c e s p o r q u e e l l a s n o m e c o n v e n c ie r o n . H o ym e c o n v e n c e n m e n o s t o d a v í a . Y v o y a i n t e n t a r d e c i r p o r q u é .

En p r in c ip io s e s o b r e e n t i e n d e q u e n u e s t r o s t r a b a j o s n o p r e t e n d e n s u s t i t u i r n in g u n a d e l a s n o r m a s p r e s e n t e s d e l a lu c h acontra e l imper ia l i smo y la agres ión de los Estados Unidos cont r a V ie t n a m . D ir ía in c lu s o q u e n i s iq u ie r a p r e t e n d e n agregarsecomo un combate de o tra espec ie pero de l mismo t ipo de e f ica c ia . De m o s t r a r é m á s a d e la n t e e l o b j e t iv o q u e e n c a r á b a m o s om á s b i e n que es encarado a través de nosotros. Pe ro , en pr inc i pio, p a r a t o m a r la s c o s a s e n s u p e r f i c i e , m e p a r e c e —c u a n d o n ohay o tra jus t i f icac ión— que habr ía que aceptar ese reproche y

a s u m ir n u e s t r o " l e g a l i s m o " . S i e l p e q u e ñ o b u r g u é s e s l e g a l i s t a ,después de todo , ¿por qué no ganar lo para la un ión de las masascontra e l imper ia l i smo hac iéndo le saber que es tá cub ier to porla lega l idad?

Pe r o n o s e t r a t a s o la m e n t e d e é s t o . E i r e m o s m á s a d e la n t e s in o s d e t e n e m o s e n h a c e r n o t a r q u e la p r o p a g a n d a p o l í t i c a n o e sjamás o ída por las m asa s ( sa lvo — y aún as í— en los casos d ee x t r e m a u r g e n c ia , a p r o p ó s i t o d e p e l ig r o s q u e la a m e n a z a n d i r e c t a m e n t e ) , s i e s a p r o p a g a n d a n o c o m ie n z a p o r d e v e la r l a d i mens ión é t ica de los ac tos que inv i ta a combat ir . La guerra deArge l ia , en tre nosotros , era ante todo , para mi l lares de franceses que protes taban contra e l la , la suc ia guerra . Hoy , la s fo tosq u e p o d e m o s v e r e n lo s a f i c h e s q u e d e n u n c ia n la p o l í t i c a d eE s t a d o s U n i d o s e n V i e t n a m , s o n hechos q u e s e n o s p r e s e n t a n ,p o r s u p u e s t o . Pe r o e s o s h e c h o s s o n lo s m á s a d e c u a d o s p a r a s u s c i t a r e n n o s o t r o s u n a c o n d e n a m o r a l : u n a m a d r e , d e s p u é s d e u nbombardeo , t iene en brazos a su h i jo muerto ; en o tra parte sonv i e t n a m i t a s m u y j ó v e n e s , e s q u e l é t i c o s , q u e c a m i n a n c o n m u l e tas , t r i s t e s v í c t im a s d e l o s b o m b a r d e o s y e l h a m b r e im p u e s t o spor e l agresor . Es a e s te n ive l e lementa l y profundo , a la vez ,q u e s e c o n m u e v e la o p in ió n p o p u la r . H a y u n a m o r a l d e l a sm a s a s , s im p le y r e v o lu c io n a r ia , q u e , a n t e s d e t o d a e d u c a c ió np o l í t i c a , e x ig e q u e la s r e la c io n e s e n t r e l o s h o m b r e s s e a n h u m a n a s y c o n d e n a la e x p lo t a c ió n y l a o p r e s ió n c o m o a c c io n e s r a d i c a lm e n t e m a la s , a n t e s a ú n d e q u e n a z c a n la s o r g a n iz a c io n e s q u ec o m b a t i r á n e l procesus de l cua l e sas acc ion es han surg ido . Esamora l t iene razón c u a lq u ie r a q u e s e a , v e n g a d e d o n d e v e n g a la



7 2 Vietnam : El Tribunal Russell

op erac i ón q u e s e en cara ; t i en e u n a d i m en s i ón é t i ca p orq u e l apraxis, au n q u e con d i c i on ad a p or l a s c i rcu n s t an c i a s an t er i or es ,en gen d ra e l l a m i s m a l a é t i ca en l a m ed i d a en q u e l a s i m p u gn as ob rep as án d o l as h ac i a u n f i n q u e t od av í a n o ex i s t e . L a praxise s u n h e c h o y e s m á s q u e u n h e c h o : h u m a n a e n l a m e d i d a e nque se arranca de las s i tuac iones dadas para hacer la h i s tor ia ,s e o frece d e l m i s m o m o d o a l j u i c i o d e l a s m a s as q u e l a ap rec i a rán d es d e e l f on d o d e s u m i s er i a , s egú n q u e s u ob j e t i vo l e j an os ea re f orzar n u es t ra a l i en ac i ón o acercar l a l i b erac i ón d e l h om b r e . E n n u es t ro t i em p o , s e d i ce , l a m ora l e s l a p o l í t i ca . N ad am ás verd ad ero p ero e s o n o s er í a p os i b l e s i , m ás p ro f u n d am en t e ,la po l í t i ca no fuera la moral —al menos para las c lases t rabaj ad oras — . E n o t ros t érm i n os , h ay u n a é t i ca y s on l a s m as asq u i en es s on s u s gu ard i an as ; l o s gob i ern os , cu a l e s q u i era q u es e a n , d eb en res p on d er d e s u s ac t os an t e e l l a s . E n e s t e con f l i c t od e l S u d es t e a s i á t i co , e s t á c l aro q u e e l h ero í s m o i n cre í b l e d e l o sv i e t n am i t as y s u en carn i zam i en t o p ara recon q u i s t ar s u s ob e ran í a , p re f i gu ra a l o s o j o s d e l o s o t ros p u eb l os e l ad ven i m i en t od e l h o m b r e l i b e r a d o . D e e s e a d v e n i m i e n t o e s t a m o s b i e n l e j o sa ú n , pero e l valor d e l a i n d e p e n d e n c i a v i e t n a m i t a , v i e n e p r im e r o , a n u es t ro s o j o s , d e aq u e l l o q u e e l l a s im b o l i za , l a ad m on i c i ón y , en e s t o s t i em p os s om b r í os y con f u s os , u n p as o q u e n osacerca : l a v i c t or i a d e V i e t n am p rob ará q u e e l h om b re e s p os i b l e .N o h a c e f a l t a m á s p a r a c o m p r e n d e r q u e l a e m p r e s a n o r t e a m e r i can a , a l con t rar i o , e s ob j e t o an t e t od o d e u n a con d en ac i ón ra d ica l : s i t r iunfara , probaría que e l hombre es un sueño y quen o h a y e n e l m i m d o n a d a m á s q u e l a cosa, es dec ir la gan anc iay s u s s erv i d ores .

E s t a d i m en s i ón é t i ca d e l o s m ov i m i en t os p op u l ares e s cap i t a l :l e j o s d e s er u n a s p ec t o s u p eres t ru c t u ra l , con s t i t u ye l a f u erzaorig inal y la cohes ión . Bas ta que ex i ja , para ser r igurosa , e l

p od er reve l ars e p or con cep t os exac t os y j u i c i o s p rec i s o s . M e h ap d s ad o , m u y a m en u d o , en m í t i n es , e s cu ch ar a u n orad or t ra t ard e "cr i m i n a l " l a p o l í t i ca d e l o s E s t ad os U n i d os . A l f ragor q u el e re s p on d í a , u n o s e d ab a cu en t a d e q u e h ab í a d ad o en e l b l an co . P ero e l au d i t or i o s e q u ed ab a con l a s gan as , s en t í a vagam en t e q u e e s e ca l i f i ca t i vo , en p r i n c i p i o rec i b i d o con u n a e s p ec i e d ea l egr í a , p erd í a p o t e n c i a a m ed i d a q u e reve l a b a s u a m b i gü ed a d .



D e Nüremberg a Estocolmo 73

¡ T a n t a s c ó s á s s o n " c r i m i n a l e s " y s e p a r e c e n t a r i p o c o e n t r e s íUn d o c t o r m e d e c í a a y e r : " S i s u m e d i c o n o l e p r o l i i b e t u r n a r ,¡ es un cr im ina l " ¿<c¿ue re lac ión es t ab lece r e n tr e e se e sp ec ia l i s iau n p o c o d e m a s i a d o i n d u l g e n t e y e l g e n e r a l W e s t m o r e l a n d V L a sp a l a b r a s s e u s a n , s e d e b i l i t a n : " c r i m i n a l " , d e a c u e r d o ; p e r o e ne l m i t i n l o s p a r t i c i p a n t e s e x i g e n m á s q u e u n a v a g a d e n o t a c i ó né t i c a q u e s e t r a n s f o r m a , e n s u s c a b e z a s , a f a l t a d e r i g o r , e n u nm a l e s t a r s u b j e t i v o : l o q u e e l l o s q u i e r e n e s q u e l a s e n t e n c i a p r o n u n c i a d a , d e p a s o , p o r e l o r a d o r , t o m e y g u a r d e p e r m a n e n t e m e n t e e l c a r á c t e r d e u n a determinación objetiva.

H e a q u í p r e c i s a m e n t e , m e d i j e a n t e s d e r e s p o n d e r a l o r d R u s s e l l , p a r a q u é e s t e t r i b u n a l debe ser v ir . L as m as as s i e n te n r iorror

a n t e l a g u e r r a q u e l o s n o r t e a m e r i c a n o s i i a c e n a e s e p e q u e ñ o p u e b l o h e r o i c o y p o b r e ; c u a n d o q u i e r e n s a b e r s i e s u n c r i m e n , s i g n i f i c a q u e d e s e a n e n t e r a r s e d e q u é l e y e s u n i v e r s a l e s l o c o n d e n a n . Yb i e n : e s a s l e y e s e x i s t e n y e s a p a r t i r d e e l l a s q u e n o s o t r o s e x a m i n a r e m o s l o s h e c h o s y d a r e m o s l a s r e s p u e s t a s . E l l e g a l i s m oe s p e q u e ñ o b u r g u é s c u a n d o l a l e g i s l a c i ó n e s b u r g u e s a , i r ^ e r o r e s u l t a j u s t a m e n t e q u e l a s l e y e s i n t e r n a c i o n a l e s , a p e s a r d e s uo r i g e n , s i r v e n a i n t e r e s e s p o p u l a r e s . E s t o e s l o q u e e x p l i c a r é

r á p i d a m e n t e a q u í . A n t e s d e l a S e g u n d a G u e r r a M u n d i a l , e n t r el a s n a c i o n e s , e r a l a l e y d e l a j u n g l a .

C i e r t o q u e e n 1 9 1 8 s e h a b í a i n s i s t i d o b l a n d a m e n t e p a r a j u z g a ra G u i l l e r m o 11. P e r o h a b í a b a s t a d o q u e H o l a n d a n e g a r a l a e x t r a d i c i ó n : l o s a l i a d o s d e j a r o n d e p e n s a r e n e s o . Y , p o r o t r a p a r t e ,¿ d ó n d e e s t a b a n l a s l e y e s q u e h u b i e r a n p e r m i t i d o d i c t a r s e n t e n c i a ? N o h a b í a n i u n a . L a a g r e s i ó n n o e r a c o n d e n a d a e n n i n g u n ap a r t e . M á s t a r d e , e l p a c t o J á r i a n d - K e l l o g g a p a r e c i ó c o m o u n p r o

g r e s o p e r o , c o m o n i n g ú n ó r g a n o h a b í a s i d o p r e v i s t o p a r a h a c e r l o a p h c a r , e l a c u e r d o q u e d o e n l e t r a m u e r t a . N a d a d e s o r p r e n d e n t e e n e s t o ; l a s n a c i o n e s c o l o n i a l i s t a s q u e h a b í a n c o n s t r u i d os u r i q u e z a s o b r e l a a g r e s i ó n , l a m a s a c r e d e p o b l a c i o n e s c i v i l e sy e l p i l l a j e e n r e g l a d e p a í s e s c o l o n i z a d o s , n o h u b i e r a n t o l e r a d oq u e s e j u z g a r a n s u s a c c i o n e s s e g ú n c r i t e r i o s u n i v e r s a l e s . V i n oH i t l e r q u e t u v o l a i n s o l e n c i a d e a p l i c a r a l o s e u r o p e o s , e n E u r o p a , e l t r a t a m i e n t o q u e e l l o s h a c í a n s u f r i r , e n s u s c o l o n i a s , aa q u e l l o s a q u i e n e s l l a m a b a n l o s i n d í g e n a s .

L o s A l i a d o s , h o r r o r i z a d o s , d e c i d i e r o n d e s d e 1 9 42 c r e a r u n c o n -




j u n t o d e l e y e s q u e l e s p e r m i t i e r a c o n d e n a r a l o s n a z i s . A s í , d e

r e p e n t e , e l d e r e c h o i n t e r n a c i o n a l q u e s e l i m i t a b a t o d a v í a a r e g l a m e n t a r l a g u e r r a , f u e l l a m a d o a prohibirla. E l e s ta tuto de lT r i b u n a l d e N ü r e m b e r g e s h i s t ó r i c o p u e s t o q u e e l jus ad bellum

s e t r a n s f o r m a e n é l e n jus contra bellum: la agres ión es dec la r a d a c r i m e n d e g u e r r a . E s t e c r i m e n e s p o s i b l e y , e n N ü r e m b e r g ,l o s j u e c e s l o h a n c a s t i g a d o . L a l e g i s l a c i ó n f u e t a n e x a c t a m e n t ec o n c e b i d a p a r a s a n c i o n a r l o s d e l i t o s d e H i t l e r q u e l o s a l i a d o sn o s e a p e r c i b i e r o n d e q u e , a l m i s m o t i e m p o y c o n e l m i s m oh e c h o , c o n d e n a b a n l o s s u y o s . G u e r r a s d e a g r e s i ó n y d e c o n q u i s t a s , m a s a c r e s d e c i v i l e s , e j e c u c i o n e s s u m a r i a s , s e v i c i a s c o n t r a l o s p r i s i o n e r o s , t o r t u r a s , g e n o c i d i o : h e a q u í l o q u e e n t o n c e sf u e d e n o m i n a d o crímenes. C o n t o d o d e r e c h o : p e r o e s a s e s t i p u l a c i o n e s e x p l o s i v a s , d e s p u é s d e h a b e r p e r m i t i d o s e n t a r a G o e -r i n g e n e l b a n q u i l l o d e l o s a c u s a d o s , a r r i e s g a b a n l l e v a r a l m i s m o b a n q u i l l o , s e g u i d a m e n t e , a S a l a z a r p o r s u p o l í t i c a e n A n g o l ao — q u i e n s a b e — a u n m i n i s t r o f r a n c é s o i n g l é s . E l m i e d o h a b í al l e v a d o a l o s g o b i e r n o s a l i a d o s a c r e a r u n a l e g i s l a c i ó n d e v a n guardia que , b i en ut i l i zada , s erv ía a l o s in tereses de l o s opr i m i d o s . E n e l T r i b u n a l d e N ü r e m b e r g s ó l o l o s o f i c i a l e s y l o s a l t o sf u n c i o n a r i o s e n v i a d o s p o r s u s g o b i e r n o s t e n í a n d e r e c h o a c o n s t i tu i r se . P ero , por una vez , s in saber lo , no representaban a l apar a t o d e l E s t a d o , e n m a n o s d e l a s c l a s e s d o m i n a n t e s : j u z g a b a nen nombre de las masas n o s o l a m e n t e a l o s n a z i s s i n o p a r a s ie m

p r e y p o r t o d a s p a r t e s a t o d o s l o s h o m b r e s q u e s e l e s a s e m e j a r a n .H a b l a n d o d e l c r i m e n i n t e r n a c i o n a l s u p r e m o — l a a g r e s i ó n — e lp r o c u r a d o r g e n e r a l J a c k s o n , q u e s e e x p r e s a b a e n n o m b r e d e l o sE s t a d o s U n i d o s , p r o n u n c i ó h a s t a e s t a s p a l a b r a s i m p r u d e n t e s :

P o r m á s q u e e s t e d e r e c h o s e a p l i q u e p o r p r i m e r a v e z a l o s a g r e s o r e s a l e m a n e s , e l m i s m o n o p o d r í a — s i s e q u i e r e v e r l o s e r v i ra todo f in út i l— exc lu i r o tras ap l i cac iones y debe condenar l aa g r e s i ó n c o m e t i d a p o r c u a l q u i e r n a c i ó n , c o m p r e n d i d a s a q u e l l a s

q u e a q u í l l e v a n a c a b o l o s d e b a t e s .S e c o m p r e n d e q u e , d e s p u é s d e h a b e r j u z g a d o a l ú l t i m o c u l




q u e l l e v a b a n a c a b o l o s d e b a t e s " , n o h a b í a o t r o m e d i o q u e s u pr imir e l único órgano ca l i f i cado para juzgar las . E l Tr ibuna l ha

muerto , a ses inado por aque l lo s que lo crearon: e s to s ign i f i ca quen o p o d í a s o b r e v i v i r — a m e n o s d e c o n v e r t i r s e e n u n j u g u e t e d ó c i l y un poco r id í cu lo en manos de la s grandes po tenc ias— s inoc o m o tribunal revolucionario, e l e g i d o p o r l a s m a s a s p a r a j u z g a ra l o s j e f e s d e e s t a d o a n t e d e m a n d a d e l o s p u e b l o s . S e a c o m of u e r e , s i n e m b a r g o , n o p u e d e i m p e d i r s e q u e h a y a e x i s t i d o n iq u e l a s m a s a s , c u a n d o u n p e q u e ñ o p a í s p o b r e e s a t a c a d o p o runa nac ión r i ca y poderosa , no se d igan: pero s i e s e s to l o queé l c o n d e n a b a c o m o c r i m e n s u p r e m o d e g u e r r a . Un o r g a n i s m o

que hac ía fa l ta terr ib l emente aparece , se a f i rma en su perman e n c i a y e n s u u n i v e r s a l i d a d , d e f i n e i r r e v e r s i b l e m e n t e l o s d e r e c h o s y l o s d e b e r e s d e j a n d o d e s p u é s u n v a c í o q u e es necesarioc o l m a r . F a n t a s m a , e s e T r i b u n a l s e c o n v i r t i ó e n ó r g a n o d e l a sm a s a s , o m á s b i e n e n s u n e c e s i d a d . A é l l o r e c l a m a n c u a n d oe l la s s i enten , en un mi t in , f rente a un a f i che , e sa sorda insa t i s facc ión de la que he hablado .

De é l r e c l a m a n l a u n i v e r s a l i z a c i ó n y l a o b j e t i v a c i ó n d e s u sindignac iones é t i cas . Porque la é t i ca , en e s te caso , encuentra su

f ina l idad y su p l ena rea l i zac ión en la jurisdicción. E l jus contrabellum e x p r e s a l a v o l u n t a d p o p u l a r , e l n a c i o n a l i s m o y e l i n t e rn a c i o n a l i s m o d e l a s c l a s e s t r a b a j a d o r a s . L o q u e e l l a s e x i g e n ,s i e m p r e s i n t e n e r c l a r a m e n t e c o n c i e n c i a , e s q u e é l s e m a n i f i e s t ec o m o su De r e c h o , l a r e g l a a b s o l u t a q u e p e r m i t e c o n d e n a r o b j e t i v a m e n t e a l o s a g r e s o r e s n o r t e a m e r i c a n o s . S i l o s g o b i e r n o s h a nd a d o v a c a c i o n e s a l a l e g a l i d a d d e Nü r e m b e r g , e s p o r q u e s i r v e na l o s i n t e r e s e s d e l a s c l a s e s d o m i n a n t e s y p o r q u e e s t a s q u i e r e n ,en r igor , condenar la s guerras que hacen o tros , pero reserván

dose e l derecho , cuando lo cons ideran út i l , de empujar a su paísa h a c e r su guerra .

E l T r i b u n a l Ru s s e l l n a c i ó p o r q u e e r a r e c l a m a d o . No c i e r t a m e n te porque se l o e sperara con conoc imiento de causa n i , sobret o d o , ba jo la forma que ha tomado . Nac ió como pudo , de l a ne ces idad que se sent ía entre l a s masas de ver que una l eg i s lac iónuniversa l y ra t i f i cada por todos l o s gobiernos —pero que per m a n e c i ó m u e r t a p o r q u e n o p o d í a v i v i r s i n s e r r e v o l u c i o n a r i a — ,s e a p l i c a r a d e s p u é s d e e n c u e s t a s y r i g u r o s a m e n t e a l a s a c c i o n e s



76 Vietnam : El Tribunal Riissell

prec i s as de l gob i erno nort eamer i cano en e l conf l i c t o de Vi e t nam.Nac i ó porque l os pueb l os quer í an que s e u t i l i zaran l os concept os exac t os —el de agres i ón , por e j empl o—, que equ i pos de j u r i s t as s e hab í an es f orzado por de f i n i r s i n ambi güedad paraac l arar e s os acont ec i mi ent os os curos y s angr i ent os . Nadi e l e o t or

g ó s u m a n d a t o . ¿ Q u i é n l o h u b i e r a h e c h o ? N i l o s g o b i e r n o s , t o d o smás o menos cómpl i ces , que pre f i eren e l s i l enc i o ant e t odo . N il as mi s mas mas as , d i v i d i das por s us f ront eras , pres ent ando l auni vers a l i dad que s e l e s n i ega . Pero , l e j os de s us t i t u i r s e a unpoder i ns t i t u i do , e l Tr i buna l s urg i ó de e s e vac í o y de e s e l l amado . P o r q u e , c o m o l o h e m o s v i s t o , s i l a s l e y e s i n t e r n a c i o n a l e sreclaman s er ap l i cad as a l a po l í t i ca de l gob i ern o de J oh ns o n es ,en verdad , a caus a de l a ex i genc i a popul ar . A l f i na l i zar nues t ras e s i ó n d e E s t o c o l m o , h e m o s r e c i b i d o u n a p r i m e r a l e g i t i m a c i ó n :e n l a m i s m a m e d i d a e n q u e , p o r n u e s t r a u n a n i m i d a d , n o s h a b í a m o s c o n v e r t i d o e n s e r e s c o m u n e s e i n t e r c a m b i a b l e s , e n l a m e d i d a e n q u e c u a l q u i e r a p o d ía r e e m p l a z a r n o s , c o m p r e n d i m o s q u en o s h a b í a m o s t r a n s f o r m a d o e n l o s v e r d a d e r o s r e p r e s e n t a n t e s d el as mas as , e s dec i r que hab í amos us ado de l puro derecho dej u z g a r q u e p e r t e n e c e i n a l i e n a b l e m e n t e a c a d a u n o y a t o d o sen e l s eno de l pueb l o , y que e s e l f undament o de t oda s ent enc i a .N o s o t r o s — h o m b r e s d e l a m a s a — j u z g a m o s p o r l a masa y, s in

n i n g u n a d u d a , antes de s u acuer do . P er o nu es t ro j u i c i o no hal ogrado aún t oda s u verdad: e s neces ar i o ahora pres ent ar l o al os pueb l os , con s us mot i vos y f i na l i dades . S i e l l o s l o ra t i f i can ,s e conver t i rá en el juicio de ellos y en e l los a lcanzará toda suo b j e t i v i d a d . S a b r e m o s e n t o n c e s q u e n u e s t r a l e g i t i m a c i ó n e s t o t a l y que l as mas as , a l pres t ar l e s u acuerdo , deve l an una ex i g e n c i a m á s p r o f u n d a : q u e u n v e r d a d e r o t r i b u n a l s e a c r e a d o c o n t ra l os cr i mi na l es de guerra . Un t r i buna l que emane de e l l a s yqu e dé a s us ex i g en c i a s é t i cas un a d i m en s i ón j ur í d i ca . Un t ri

b u n a l r e v o l u c i o n a r i o .

Tricontinental, 3 de dic iem br e de 1967



E L G E N O C I D I O

A l a s e x t a p r e g u n t a q u e l e f u e f o r m u l a d a : " ¿ E s e l g o b i e r n od e l o s E s t a d o s U n i d o s c u l p a b l e d e l c r i m e n d e g e n o c i d i o c o n r e s p e c t o d e l p u e b l o v i e t n a m é s ? " , e l " T r i b u n a l I n t e r n a c i o n a l c o n t r a

l o s c r í m e n e s d e g u e r r a " r e u n i d o e n R o s k i l d e , D i n a m a r c a , d e l 2 8d e n o v i e m b r e a l 1? d e d i c i e m b r e d e 19 67 , h a r e s p o n d i d o u n á n i m e m e n t e " s í " . H e s i d o e n c a r g a d o p o r e l T r i b u n a l d e r e d a c t a rl a s m o t i v a c i o n e s d e e s t a r e s p u e s t a . H e l a s a q u í :

I

L a palabra " g e n o c i d i o " e x i s t e d e s d e h a c e p o c o t i e m p o : f u e e lj u r i s t a L e m k i n q u i e n l a f o r j ó e n t r e l a s d o s g u e r r a s m u n d i a l e s .L a cosa e s v i e j a c o m o l a h u m a n i d a d y n o h a h a b i d o , h a s t a a h o r a ,n i n g u n a s o c i e d a d c u y a e s t r u c t u r a l a h a y a p r e s e r v a d o d e c o m e t e re s t e c r i m e n . Q u e d a q u e t o d o g e n o c i d i o e s u n p r o d u c t o d e l a h i s t o r ia , y q u e l l e v a l a m a r c a d e l a c o l e c t i v i d a d d e d o n d e h a s u r g i d o . E s t e q u e t e n e m o s q u e j u z g a r e s e l h e c h o d e l a m á s g r a n d ep o t e n c i a c a p i t a l i s t a d e l m u n d o c o n t e m p o r á n e o : c o m o t a l e s n e c e s a r i o i n t e n t a r c o n o c e r l o — d i c h o d e o t r o m o d o — : e n t a n t o c u a n

t o e x p r e s a a l a v e z l a s i n f r a e s t r u c t u r a s e c o n ó m i c a s d e e s a p o t e n c i a , s u s f i n e s p o l í t i c o s y l a s c o n t r a d i c c i o n e s d e l a c o y u n t u r ap r e s e n t e .

N o s o t r o s e n p a r t i c u l a r d e b e m o s i n t e n t a r c o m p r e n d e r q u é e sla - infenctón de genocidio e n l a g u e r r a q u e e l g o b i e r n o n o r t e a m e r i c a n o l l e v a a c a b o c o n t r a V i e t n a m . E l a r t í c u l o 2 d e l a C o n v e n c ión de 1948 de f ine , en e fec to , e l genoc id io a par t i r de la in tenc ió n . L a C o n v e n c i ó n s e r e f e r í a t á c i t a m e n t e a c r í m e n e s m u y



78 Vietnam: El Tribunal Rvssell

rec i en t e s : H i t l er h a b í a p ro c l a m a d o su v o l u n t a d d e l i b era d a d eex t erm i n a r a l o s j u d í o s ; h a c í a d e l g en o c i d i o un me dio políticoy n o s e l o o cu l t a b a . E l j u d í o d eb í a s er co n d en a d o a m u er t e v i n i era d e d o n d e v i n i e se , n o p o r h a b er em p u ñ a d o l a s a rm a s o p o rh a b e r e n t r a d o e n u n m o v i m i e n t o d e r e s i s t e n c i a , sino porque erajudío. P e ro e l g o b i ern o n o r t ea m er i ca n o se h a cu i d a d o m u ch o d eh a cer p ro c l a m a c i o n es t a n c l a ra s . In c l u so h a p re t en d i d o q u e v o laba a l socorro de sus a l iados , lo s v ie tnameses de l sur , a tacadosp o r l o s co m u n i s t a s d e l n o r t e . ¿ N o s e s p o s i b l e , e s t u d i a n d o l o s

h ech o s , d escu b r i r a l l í o b j e t i v a m en t e e sa i n t en c i ó n p a sa d a en s i l en c i o ? ¿ Y p o d em o s , d esp u és d e e se ex a m en , d ec i r q u e l a s f u erza sa rm a d a s d e l o s Es t a d o s U n i d o s m a t a n a l o s v i e t n a m i t a s en V i e t na m por la senc i l la , razón d e qu e son v ie tn am ita s? E s lo qu e see s t a b l ecerá d esp u és d e u n re su m en h i s t ó r i co : l a s e s t ru c t u ra s d el a s h o s t i l i d a d es d e l a g u erra s e t ra n s f o r m a n a l m i sm o t i em p oque la s in fraes tructuras de la soc iedad . Entre 1860 y nuestrosd ías e l sent ido de la s host i l idades y de lo s objet ivos mi l i tares ha

ca m b i a d o p ro f u n d a m en t e , y l a co n c l u s i ó n d e e sa m et a m o rf o s i se s p r e c i s a m e n t e l a g u e r r a " e j e m p l a r " q u e l o s E s t a d o s U n i d o sh a cen a V i e t n a m . 1 8 5 6 : co n v en c i ó n p a ra p reserv a r l o s b i en es d el o s n eu t ra l e s . 1 8 6 4 : en G en o v a s e i n t en t a p ro t eg er a l o s h er i d o s .1899, 1 9 0 7 en La H a y a , d o s co n f eren c i a s t ra t a n d e reg l a m en t a rlos conf l i c tos . No es por casua l idad s i l o s pur i s tas y lo s gob iernosm u l t i p l i ca n l o s co n t a c t o s p a ra "h u m a n i za r l a g u erra " en v í sp era sd e l a s d o s m a sa cres m á s a t erra d o ra s q u e l o s h o m b res h a y a n co n o c i d o j a m á s . V . D ed i j er h a d em o s t ra d o m u y b i en en su o b ra Onmilitary conventions, q u e l a s so c i ed a d es ca p i t a l i s t a s e s t á n , a lm i sm o t i em p o , en t ra n ce d e a l u m b ra r e se m o n s t ru o : l a g u errat o t a l — q u e l a s ex p resa en su v erd a d — . Eso s e d eb e a q u e :

19 La s co m p et e n c i a s en t re n a c i o n e s i n d u s t r i a l i za d a s , q u e s ea rreb a t a n l o s n u ev o s m erca d o s , en g en d ra n e sa h o s t i l i d a d p erm a nente que se t raduce en la t eor ía y en la práct i ca por lo que sel l a m a " n a c i o n a l i s m o b u r g u é s " .

2"? E l de sar rol lo d e la indu stria , qu e es e l orige n d e e so s ant a

g o n i sm o s , b r i n d a e l m ed i o d e re so l v er l o s en p ro v ec h o d e u n od e l o s co m p et i d o res , p ro d u c i en d o m a q u i n a r i a s ca d a v ez m á smasivamente m o rt í f era s .



El genocidio 79

dis t inguir entre e l fondo y e l f rente , entre la población c iv i l y losc o m b a t i e n t e s .

3*? A pa re ce n m ás ob jet iv os m i l i tare s —^próximos a las c iudad e s — : la s fabricas que, au nq ue no trab ajen para e l e jérc i to , cons ervan a l menos parc i a l ment e e l pot enc i a l económi co de l pa í s .Luego l a des t rucc i ón de e s e pot enc i a l e s j us t ament e e l f i n de lconf l i c t o y e l medi o para ganar l o .

49 Por e s t a razón , t odo e l mundo es movi l i zado: e l campes i nose bate en e l f rente , e l obrero es un so ldado de segunda l ínea ,l as campes i nas reempl azan a s us hombres en e l campo . En e l

e s f u e r z o total que mant i ene una nac i ón cont ra o t ra , e l t rabaj adort i ende a conver t i r s e en combat i ent e porque , f i na l ment e , e s l apot enc i a económi ca más f uer t e l a que t i ene más pos i b i l i dadesd e g a n a r .

59 E n f in , l a evo l uc i ó n de m ocrá t i ca de l os pa í s es b urgu es est i ene por efecto interesar a las masas en la v ida pol í t i ca . El lasno cont ro l an l as dec i s i ones de l poder , y s i n embargo t oman pocoa poco conc i enc i a de s í mi s mas . Cuando un conf l i c t o e s t a l l a , yan o s e s i e n t e n e x t r a ñ a s a é l . R e p e n s a d o , a m e n u d o d e f o r m a d o p o r

l a propaganda , é l s e t rans f orma en una de t ermi nac i ón é t i ca del a comuni dad ent era: en cada nac i ón be l i gerant e , t odos o cas it o d o s , des pués de mani pul ac i ones , s on l os enemi gos de t odos l o sc i udadanos de l a o t ra . La guerra acaba de t o t a l i zars e .

6"? Es a s mi s m as s oc i ed ades en p l eno crec i mi en t o t ecno l óg i co ,no ces an de ens anchar e l t erreno de s us compet enc i as mul t i p l i c a n d o l o s m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n E l f a m o s o One World de losamer i canos ex i s t í a ya hac i a f i nes de l s i g l o x i x , cuando e l t r i go

argent i no acabó de arru i nar a l o s granj eros i ng l es es . La guerrat o t a l ya no e s s o l ament e l a guerra de t odos l o s mi embros de unacomuni dad nac i ona l cont ra t odos aque l l os de o t ra : s erá t o t a ltambién po rq ue corre e l r i esg o de abrasar la t ierra . A s í la guerrade l as naciones (bu rgu esa s ) — d e la cual e l conf l i c to de 1914 ese l pr i mer e j empl o , pero que amenazaba a Europa des de 1900—no es la invención de un ho m br e o de un gob i ern o , s i no l a s im pl eneces i dad de un es f uerzo t o t a l i t ar i o que s e i mpone , des de pr i n -c'^^ios de s iglo, a aquel los que quieren cont inuar la pol í t ica por

otros medios . En otros t érminos , la opción es c lara: nada deguerra o e s a guerra . Es esa guerra l a que h i c i eron nues t ros pa -



so Vietnain: El Tribuna l Russell

I I

S in e m b a r g o , d e s p u é s d e 1 8 3 0 y d u r a n t e t o d o e l ú l t im o s ig lo ,

h u b o m u c h o s g e n o c i d i o s f u e r a d e E u r o p a ; a l g u n o s d e e l l o s e r a nla e x p r e s ió n d e e s t r u c t u r a s p o l í t i c a s a u t o r i t a r ia s y l o s o t r o s— a q u e l l o s d e l o s c u a l e s n e c e s i t a m o s p a r a c o m p r e n d e r l o s a s c e n d i e n t e s d e l i m p e r i a l i s m o e s t a d o u n i d e n s e y l a n a t u r a l e z a d e l ag u e r r a d e V ie t n a x n — e n c u e n t r a n s u o r ig e n e n la s e s t r u c t u r a si n t e r n a s d e l a s d e m o c r a c i a s c a p i t a l i s t a s . P a r a e x p o r t a r m e r c a d e r ía s y c a p i t a l e s , l a s g r a n d e s p o t e n c ia s —e n p a r t i c u la r I n g la t e r r a y F r a n c i a — s e c o n s t i t u y e n e n i m p e r i o s c o l o n i a l e s . E l n o m b r e c o n q u e l o s f r a n c e s e s d e s i g n a b a n s u s " c o n q u i s t a s " : P o s e s i o

n e s d e D i t r a m a r , in d ic a c la r a m e n t e q u e n o h a b ía n p o d id o o b t e n e r la s s in o p o r g u e r r a s de agresión. S e v a a busc ar a l advers ar ioa s u c a s a , e n Áf r i c a , e n As ia , e n r e g io n e s s u b d e s a r r o l la d a s , yl e j o s d e h a c e r u n a " g u e r r a t o t a l " , q u e s u p o n d r ía a l p r in c ip iou n a c i e r t a r e c ip r o c id a d , s e a p r o v e c h a d e u n a s u p e r io r id a d d ea r m a s absoluta p a r a n o c o m p r o m e t e r e n e l c o n f l i c t o s in o u nc u e r p o e x p e d i c i o n a r i o . É s t e v e n c e f á c i l m e n t e — s i l o s h a y — a

d res . y l o s g o b ie r n o s —q u e la v i e r o n v e n ir s in t e n e r l a in t e l i g e n c ia o e l c o r a j e p a r a e v i t a r la — h a n t r a t a d o v a n a m e n t e d en u m a n i z a r l a .

S i n e m b a r g o , e n a q u e l p r i m e r c o n f l i c t o m u n d i a l , l a i n t e n c i ó n

g e n o c i d a n o a p a r e c e s i n o e s p o r á d i c a m e n t e . S e t r a t a p r i m e r o— c o m o e n l o s s i g l o s p r e c e d e n t e s — d e r o m p e r e l p o d e r í o m i l i t a rd e \m p a í s a u n q u e la f in a l id a d d e f o n d o s e a a r r u in a r s u e co n o m í a . P e r o , s i e s v e r d a d q u e y a n o s e s a b e d i s t i n g u i r n e t a m e n t ea los c iv i le s de los so ldados , e s raro —^por esa misma razón— ques e t o m e , s a lv o a lg u n o s r a id s d e t e r r o r , a l a p o b la c ió n s e ñ a la d a m e n t e c o m o b l a n c o . P o r o t r a p a r t e l o s p a í s e s b e l i g e r a n t e s — a lm e n o s l o s q u e l l e v a n a c a b o la g u e r r a — s o n p o t e n c ia s in d u s t r ia l e s , l o q u e im p l i c a , a l e m p e z a r , u n c i e r t o e q u i l ib r io : c a d a u n a

p o s e e , e n l o r e f e r e n t e a p o s i b l e s e x t e r m i n a c i o n e s , u n a f u e r z a d ed isuas ión , e s dec ir e l poder de ap l icar la ley de l ta l lón , e so exp l i c a q u e s e h a y a c o n s e r v a d o , e n e l s e n o d e l a m a s a c r e , u n a e s p e c i ed e p r u d e n c i a .



£1 geno cid io 81

l o s e j érc i tos regu lares , pero como esa agres ión s in pre tex to pro 'voca e l od io de la s pob lac iones c iv i l e s , como és tas son reservasd e i n s u r g e n t e s o d e s o l d a d o s , l a s t r o p a s c o l o n i a l e s s e i m p o n e npor e l t error , e s dec ir por masacres renovadas s in cesar . Esas

m a s a c r e s t i e n e n c a r á c t e r d e g e n o c i d i o ; s e t r a t a d e d e s t r u i r " u n ap a r t e d e l g r u p o " ( é t n i c a , n a c i o n a l , r e l i g i o s a ) p a r a a t e r r o r i z a re l resto y cLesestTUCturar l a s o c i e d a d i n d í g e n a . C u a n d o l o s f r a n c e s e s , d e s p u é s d e h a b e r e n s a n g r e n t a d o A r g e l i a , e n e l s i g l o p a s a do, i m p u s i e r o n a e s a s o c i e d a d t r i b a l — d o n d e c a d a c o m u n i d a dpose ía la t i erra ind iv i sa— e l uso de l Código Civ i l , que oa la sr e g l a s j u r í d i c a s d e l a p r o p i e d a d b u r g u e s a y o b l i g a a c o m p a r t i il a s h e r e n c i a s , d e s t r u y e r o n s i s t e m á t i c a m e n t e l a i n f r a es t r u c tu r ae c o n ó m i c a d e l p a í s y l a t i e r r a p a s ó r á p i d a m e n t e d e e s a s t r i b u sc a m p e s i n a s a m a n o s d e m e r c a d e r e s d e b i e n e s v e n i d o s d e l am e t r ó p o l i s . D e h e c h o , l a c o l o n i z a c i ó n n o e s u n a s i m p l e c o n q u i s t a— c o m o l o f u e e n 1 8 7 0 l a a n e x i ó n p o r A l e m a n i a d e A l s a c i a yL o r e n a — ; e s u n g e n o c i d i o c u l t u r a l : n o s e p u e d e c o l o n i z a r s ml i q u i d a r s i s t e m á t i c a m e n t e l o s r a s g o s p a r t i c u l a r e s d e l a s o c i e d a di n a i g e n a , n e g a n d o a l m i s m o t i e m p o a s u s m i e m b r o s e l i n t e g r a r s ea l a m e t r ó p o l i s y b e n e f i c i a r s e c o n s u s v e n t a j a s . E l c o l o n i a l i s m oes , e n e f e c t o , u n s i s t e m a : l a c o l o n i a v e n d e a p r e c i o s d e f a v o r

m a t e r i a s p r i m a s y u l t r a m a r i n o s a l i m e n t i c i o s a l a p o t e n c i a c o l o n i z a d o r a q u e l e v e n d e , e n r e t o r n o , a i p r e c i o d e l m e r c a d o m u n d i a l ,p r o d u c t o s i n d u s t r i a l e s . E s t e e x t r a i i o s i s t e m a d e i n t e r c a m b i o sn o p u e d e e s t a b l e c e r s e s a l v o s i e l t r a b a j o e s i m p u e s t o a u n s u b -p r o i e t a r i a d o c o l o n i a l p o r u n s a l a r i o d e h a m b r e . S e d e d u c e , n e c e s a r i a m e n t e , q u e l o s c o l o n i z a d o s p i e r d e n s u p e r s o n a l i d a d n a c i ón a l , s u c u l t u r a , s u s c o s t u m b r e s , a v e c e s h a s t a s u l e n g u a y v i v e n ,e n l a m i s e r i a , c o m o s o m b r a s a l a s q u e t o d o r e c u e r d a s i n c e s a rs u " s u b h u m a n i d a d " .

S i n e m b a r g o s u v a l o r d e m a n o d e o b r a c a s i g r a t u i t o l o s p r o t e ge, e n c i e r t a m e d i d a , c o n t r a e l g e n o c i d i o . E l T r i b u n a l d e N ü r e m b e r g i b a a n a c e r , c u a n d o l o s f r a n c e s e s m a s a c r a r o n e n S é t i f as e t e n t a m i l a r g e l i n o s . N a d i e s e d i o c u e n t a e n t o n c e s , t a n c o r r i e n t ee r a l a c o s a , d e j u z g a r a n u e s t r o g o b i e r n o c ó m o s e i b a a j u z g a ra l o s n a z i s . P e r o e s a " d e s t r u c c i ó n i n t e r n a c i o n a l d e u n a p a r t e d e lg r u p o n a c i o n a l " n o p o d í a a m p l i f i c a r s e s i n p e r j u d i c a r l o s i n t e r e s e s d e l o s c o l o n o s . E x t e r m i n a n d o a e s e s u b - p r o l e t a r i a d o , s e




I I I

E s ta s o bs e r v a c i o ne s no s pe r m i te n c o m pr e nde r que l a e s t r uc tur a de l a s g ue r r a s c o l o n i a l e s s e ha t r a ns fo r m a do de s pué s de l aSe g unda Gue r r a M undi a l . Ha c i a e s a é po c a , e n e f e c to , l o s pue b l o sco lonizados , e sc larec idos por e se conf l i c to y sus inc idenc ias sobrelos " Imper ios" , y luego por la v ic tor ia de Mao Tsé Tung , de ter m i n a r o n r e c o n q u i s t a r s u i n d e p e n d e n c i a n a c i o n a l . L o s c a r a c t e r e sde l a l uc ha e s ta ba n t r a z a do s de a nte m a no : l o s c o l o no s t e n í a n l as upe r i o r i da d de l a s a r m a s , l o s c o l o n i z a d o s la de l nú m e r o . (A úne n A r g e l i a —c o l o n i a de po b l a c i ó n ta nto c o m o de e x p l o ta c i ó n—,la re lac ión en ese p lan era de 1 a 9 . ) Durante las dos guerrasm undi a l e s , m uc ho s de a que l l o s ha b í a n a pr e nd i do e l o f i c i o m i l i t a r ,

t r a ns fo r m á ndo s e e n a g ue r r i do s c o m ba t i e n te s . N o o bs ta nte , l ae s c a s e z y l a po br e z a —a l m e no s a l pr i nc i p i o — de l a s a r m a s ,e x i g í a n q u e l a s u n i d a d e s c o m b a t i e n t e s f u e r a n d e n ú m e r o r e s t r i ng i do . Su a c c i ó n ta m bi é n e s ta ba d i c ta da po r e s a s c o nd i c i o ne so bje t i v a s : t e r r o r i s m o , e m bo s c a da s , ho s t i g a c i ó n de l e ne m i g o , po rl o ta n to m o v i l i da d e x tr e m a de l o s g r upo s de c o m ba te que de b í a ng o l pe a r de i m pr o v i s o y de s a pa r e c e r de i nm e di a to : e s o no e r apos ib le s in e l concurso de toda la poblac ión . De a l l í e sa famosa

s i m bi o s i s e n tr e l a s fue r z a s de l i be r a c i ó n y l a s m a s a s po pu l a r e s :aqué l las , organizando en todas par tes las re formas agrar ias , e lpo de r po l í t i c o , l a e ns e ña nz a ; é s ta s s o s t e n i e ndo , a l i m e nta ndo , e s c o nd i e ndo l o s s o l da do s de l e j é r c i to l i be r a do r y dá ndo l e s us jó v e nes para cubr ir las pérdidas . No es por casua l idad s i la guerrapopular aparece , con sus pr inc ip ios , su e s trateg ia , su tác t ica , sust e ó r i c o s , e n e l m o m e nto e n que l a s po te nc i a s i ndus tr i a l e s l l e v a nla guerra to ta l a l abso luto por la producc ión indus tr ia l de la

f i s ión de l á tomo . Tampoco es por casua l idad s i e l la t i ene porr e s u l ta do l a r u i na de l c o l o n i a l i s m o . L a c o ntr a d i c c i ó n que ha da dola v ic tor ia a l F .L .N . arge l ino , la encontramos en todas par tes

hub i e r a n a r r u i na do a s í m i s m o s . P o r no po de r l i qu i da r l a po b l a c ión arge l ina n i poder integrar la , los franceses perdieron la guerra de Arge l ia .



El genocidio 8 3

I V

E x i s t e n s i n e m b a r g o c a s o s e n q u e l a r e s p u e s t a - g e n o c i d i o a l ag u e r r a p o p u l a r n o e s f r e n a d a p o r c o n t r a d i c c i o n e s i n f r a e s t r u c t u -r a l e s . E l g e n o c i d i o t o t a l s e d e v e l a e n t o n c e s c o m o e l f u n d a m e n t oab so lu to d e la e s t ra te g ia an t i - gu er r i l la . Y , en c i er ta s c i rcu n s tan cias , p u e d e i n c l u s o p r e s e n t a r s e c o m o e l o b j e t i v o a l o g r a r — i n m e d i a t a o p r o g r e s i v a m e n t e — . E s p r e c i s a m e n t e l o q u e s e h ap r o d u c i d o e n l a g u e r r a d e V i e t n a m . S e t r a t a d e u n n u e v o m o

m e n t o d e l p r o c e s o i m p e r i a l i s t a , q u e s e a c o s t u m b r a a l l a m a r

( c o m o l o h a c e e n e l m i s m o m o m e n t o l a b o m b a d e h i d r ó g e n o ) .C on tra lo s p ar t id ar io s so s ten id os p or la p ob lac ión en tera , l o s

e j é r c i t o s c o l o n i a l e s n o p u e d e n h a c e r n a d a . N o t i e n e n s i n o u nmed io d e e scap ar a l a sed io q u e lo s d esmora l i za y s e arr ie sga at e r m i n a r e n u n D i e n - B i e n - P h u : e s " s u p r i m i r e l a g u a d e l b o c a l " ,e s d ec ir la p ob lac ión c iv i l . D e h ech o , l o s so ld ad os d e la metróp o l ia p r e n d e n p r o n t o a c o n s i d e r a r c o m o s u s e n e m i g o s m á s t e m i b l e s ae sos camp es in os s i l en c io sos , p or f iad os , q u e a u n k i lómetro d e u n ae m b o s c a d a n o s a b e n n a d a , n o h a n v i s t o n a d a . Y p u e s t o q u e e sla u n id ad d e tod o u n p u eb lo lo q u e t i en e a l e j érc i to c lá s i co enjaq u e , l a ú n ica e s t ra teg ia anti-guerrilla p os i t iva e s la d es tr u cc ión

d e e se p u eb lo , o d ich o d e o tro mod o d e lo s c iv i l e s , d e la s mu jeresy d e lo s n iñ os . T or tu ra y gen oc id io : h e ah í la re sp u es ta d e lo sm e t r o p o l i t a n o s a l a l z a m i e n t o d e l o s c o l o n i z a d o s . Y e s a r e s p u e s t a ,n oso tros lo sab emos , n o va le n ad a s i n o e s rad ica l y to ta l : aq u e l lap ob lac ión d e termin ad a , u n i f i cad a p or su e jérc i to d e p ar t id ar io s ,p o l i t i zad a , b rava , n o se d e jará in t imid ar más , como en lo s b e l lo st i e m p o s d e l c o l o n i a l i s m o , p o r u n a m a s a c r e " p a r a d a r e l e j e m p l o " .A l con trar io , só lo s e logrará a s í au men tar su od io : n o se t ra tap u es d e a terror izar s in o d e liquidar f í s i c a m e n t e a u n p u e b l o . Yc o m o e s o n o e s p o s i b l e s i n l i q u i d a r a l m i s m o t i e m p o l a e c o n o m í aco lon ia l y , p or v ía d e corresp on d en c ia d irec ta tod o e l s i s t emaco lon ia l , l o s co lon os s e en loq u ecen , l o s metrop o l i tan os s e d e jantragar h omb res y d in ero en u n con f l i c to s in so lu c ión , l a s masasm e t r o p o l i t a n a s t e r m i n a n p o r o p o n e r s e a l a c o n t i n u a c i ó n d e u n agu erra b árb ara , l a s co lon ias d an lu gar a E s tad os sob eran os .



B4 Victnatn: El Tribunal Russell

n e o c o l o n i a l i s m o p o r q u e s e d e f i n e c o m o u n a a g r e s i ó n c o n t r a u nan t i gu o p a í s co l on i zad o q u e ya h a ob t en i d o s u i n d ep en d en c i a ,p ara s om et er l o d e n u evo a l a reg l a co l on i a l . A l p r i n c i p i o s e a s e gu ra — p or e l f i n an c i am i en t o d e u n p u t s ch o p or cu a l q u i er o t ra

j u g a r r e ta — , q u e l o s n u e v o s d i r i g e n t e s d e l E s t a d o n o r e p r e s e n t a rán l o s i n t eres es d e l a s m as as s i n o aq u e l l o s d e u n a d e l gad a cap ad e p r i v i l eg i ad os y , en con s ecu en c i a , aq u e l l o s d e l cap i t a l ex t ran j e r o . E n V i e t n a m s e r á l a a p a r i c i ó n d e D i e m , i m p u e s t o , m a n t e n i do , arm ad o p or l o s E s t ad os U n i d os , s u d ec i s i ón p roc l am ad a s erárech azar l o s acu erd os d e Gen ova y d e con s t i t u i r e l t err i t or i ov i e t n am és s i t u ad o a l s u r d e l p ara l e l o d i ec i s i e t e en E s t ad o i n d e p e n d i e n t e . L a c o n s e c u e n c i a s u r g e n e c e s a r i a m e n t e d e e s t a s p r e m i s as : h ace f a l t a u n a p o l i c í a y u n e j érc i t o p ers i gu i en d o p or t od asp ar t e s a l o s an t i gu os com b at i en t e s q u i en es , f ru s t rad os en s uv i c t or i a , s e d es i gn an p or ah í m i s m o y antes d e t o d a r e s i s t e n c i ae f e c t i v a c o m o l o s e n e m i g o s d e l n u e v o r é g i m e n ; e n p o c a s p a l a bras, e s e l r e i n o d e l t e r r o r q u e p r o v o c a u n n u e v o a l z a m i e n t o e ne l s u r y v u e l v e a e n c e n d e r l a g u e r r a p o p u l a r . L o s E s t a d o s U n i d o s : ¿ c r e y e r o n j a m á s q u e D i e m a p l a s t a r í a l a r e v u e l t a a n t e s d en acor? E n t od o cas o , n o t ard an en en v i ar exp er t os , d es p u és t ro pas: h e l o s aq u í m et i d os en e l con f l i c t o h as t a e l cu e l l o . Y n osr e e n c o n t r a m o s c a s i m u y c e r c a d e l e s q u e m a d e l a g u e r r a q u eHo C h i M i n h l i b rab a con l o s f ran ce s es , au n q u e e l go b i e rn o n o r t e am er i can o d ec l are , a l p r i n c i p i o , q u e n o en v í a s u s t rop as m ás q u ep or gen eros i d ad , y p ara cu m p l i r s u s d eb eres f ren t e a u n a l i ad o .

E s t o e s l a ap ar i en c i a . P ero an a l i zan d o l a s cos as a f on d o , vem osq u e en t re e s os d os con f l i c t o s h ay u n a d i f eren c i a d e n a t u ra l eza :l o s E s t ad os U n i d os , a l con t rar i o d e l o s f ran ces es , n o t i en en i n t e r e s es e c o n ó m i c o s e n V i e t n a m . O m á s b i e n sí : e m p r e s a s p r i v a d a sh a n h e c h o a l l í a l g u n a s i n v e r s i o n e s . P e r o n o s o n t a n e l e v a d o scom o p ara q u e n o s e p u ed a , l l egad o e l ca s o , s acr i f i car l o s s i nm ol es t ar a l a n ac i ón n or t eam er i can a en s u con j u n t o , n i l e s i on arv e r d a d e r a m e n t e l o s m o n o p o l i o s . D e m o d o q u e , n o p r o s i g u i e n d oel conf l i c to por razones de orden directamente e c o n ó m i c o , e lg o b i e r n o d e E s t a d o s U n i d o s n o t i e n e p o r q u é n e g a r s e a p o n e r l ef i n p or l a e s t ra t eg i a ab s o l u t a , e s d ec i r p or e l gen oc i d i o . E s t o n ob as t a p ara p rob ar q u e d i ch o gob i ern o p rac t i ca e l gen oc i d i o , s i n os i m p l em en t e q u e n ad a l e i m p i d e p rac t i car l o .



El genocidio 85

E n l o s h e c h o s , y s e g ú n l o s m i s m o s n o r t e a m e r i c a n o s , e s e c o n f l i c t o t i e n e d o s o b j e t i v o s . R e c i e n t e m e n t e R u s k h a d e c l a r a d o : n o sd e f e n d e m o s a n o s o t r o s m i s m o s . Y a n o e s D i e m , e l a l i a d o e np e l i g r o , n i K y a q u i e n s e s o c o r r e g e n e r o s a m e n t e : s o n l o s Esta

dos Unidos q u e e s t á n en p e l igr o en S a igón . Es o s ign i f i ca ev id en t emen t e q u e s u p r imer ob j e t ivo e s mi l i t ar : s e t ra t a d e cercar laC h i n a c o m u n i s t a , e l o b s t á c u l o m a y o r p a r a s u e x n a n s i o n i s m o . A s íp u e s n o d e j a r á n e s c a p a r a l S u d e s t e A s i á t i c o . H a n p u e s t o a s u sh omb res en e l p od er en Ta i lan d ia , con t ro lan d os t erc ios d e Laosy a m e n a z a n i n v a d i r C a m b o y a . P e r o e s a s c o n q u i s t a s s e r á n v a n a ss i en cu en t ran f ren t e a e l l o s u n V ie t n am l ib re y u n id o d e t re in t ay u n m i l l o n e s d e h o m b r e s . E s p o r e s o q u e l o s j e f e s m i l i t a r e s

h ab lan d e b u en a gan a d e " p os i c ión l l ave" , e s p or e s o q u e D eanR u s k d ice , con u n a comic id ad in vo lu n t ar ia , q u e la s f u erzas armad a s d e l o s E s t a d o s U n i d o s s e b a t e n e n V i e t n a m " p a r a e v i t a r u n at ercera gu erra mu n d ia l " ; o e s a f ras e n o t i en e s en t id o , en e f ec t o ,o h ay q u e en t en d er la as í : " p ara ganarla". En s u m a: e l p r im ero b j e t i v o e s t á c o m a n d a d o p o r l a n e c e s i d a d d e e s t a b l e c e r u n a líneade defensa del Pacífico. N ece s id a d q u e , p or o t ra p ar t e , n o p u ed eimp on ers e s in o en e l cu ad ro d e la p o l í t i ca gen era l d e l imp er ia

l i s m o .E l s e g u n d o o b j e t i v o e s e c o n ó m i c o . E l g e n e r a l W e s t m o r e l a n d

lo h a d e f in id o en e s t os t é rmin os , a f in e s d e oc t u b re ú l t imo: " H ac e m o s l a g u e r r a e n V i e t n a m p a r a d e m o s t r a r q u e l a g u e r r i l l a n oes p os i t i va" . ; , P ara d emos t rar a quiénl ¿ A l o s m i s m o s v i e t n a m i t a s ? E s o s e r í a m u y s o r p r e n d e n t e : ¿ H a y q u e m a l g a s t a r t a n t a sv i d a s h u m a n a s y t a n t o d i n e r o p a r a c o n v e n c e r a u n a n a c i ó n d ec a m p e s i n o s p o b r e s , q u e l u c h a a m i l e s d e k i l ó m e t r o s d e S a n F r a n

c i s c o ? Y , s o b r e t o d o : ¿ q u é n e c e s i d a d h a b í a d e atacarla, d e p ro vocar la a lu ch ar p ara p od er lu ego ap las t ar la y mos t rar l a in u t i l id ad d e s u comb at e , cu an d o lo s in t ere s e s d e l a s gran d es comp añ ías s on a l l í cas i d e s p rec iab le s ? La f ras e d e W es t more lan d — comola d e R u s k c i t ad a más arr ib a— d eb e s er comp le t ad a . Es a losotros a qu ien se qu iere probar que la guerr i l la es inef icaz . At o d a s l a s n a c i o n e s e x p l o t a d a s y o p r i m i d a s q u e p o d r í a n v e r s et e n t a d a a l i b e r a r s e d e l y u g o y a n k e e p o r u n a g u e r r a p o p u l a r ,l l e v a d a a c a b o p r i m e r o c o n t r a s u s e u d o g o b i e r n o y l o s

compradores s os t en id os p or u n e j érc i t o n ac ion a l , lu ego con t ra la s " f u er -



'86 Vietnam: El Tribunal Russell

V

L as dec larac iones de e s tad i s ta s nor teamer icanos carecen de l afranqueza de aque l la s que Hi t l er h i zo en sus t i empos . Pero e sque esa f ranqueza no es ind i spensable : bas ta con que hablen

z a s e s p e c i a l e s " d e l o s E s t a d o s U n i d o s y f i n a l m e n t e c o n t r a l o s

G . I. E n s u m a : e n p r i m e r l u g a r , a l a A m é r i c a L a t i n a . Y d e u n am a n e r a m á s g e n e r a l a t o d o e l t e r c e r m u n d o . A G u e v a r a , q u ed e c í a : " h a c e n f a l t a m u c h o s V i e t n a m " , e l g o b i e r n o n o r t e a m e r i c a n o r e s p o n d e : " T o d o s s e r á n a p l a s t a d o s c o m o y o a p l a s t o e s t e " .E n o t r o s t é r m i n o s , su guerra, an te todo , com o valor de ejemp lo.U n e j e m p l o p a r a t r e s c o n t i n e n t e s y q u i z á p a r a u n c u a r t o : d e s p u é s d e t o d o G r e c i a t a m b i é n e s u n a n a c i ó n c a m p e s i n a ; s e a c a b ade co locar a l l í l a d i c tadura en su lugar y e s bueno prevenir : sum i s i ó n o l i q u i d a c i ó n r a d i c a l . D e e s t e m o d o e s e g e n o c i d i o e j e m p l a rse d i r ige a l a hu m an ida d e nte ra ; por e sa adve r ten c ia e l 6 % delos hombres e speran l l egar a contro lar s in demas iados gas tos e l94 % res ta nte s . B i e n e nt en did o , s er ía pre fe r ib l e — para la pro p a g a n d a — q u e l o s v i e t n a m i t a s s e s o m e t i e r a n a n t e s d e s e r a n i qui lados . E s to todav ía no es s eguro y , s i V ie tnam fuera borradodel mapa, la s i tuación ser ía más c lara: se podría creer que la

s u m i s i ó n s e d e b e a a l g ú n d e s f a l l e c i m i e n t o evitable. Pe ro s i eso spa i sanos no s e deb i l i tan n i un ins tante y s i pagan su hero í smoc o n u n a m u e r t e inevitable, l a s gue rr i l l a s qu e toda v ía e s tán porn a c e r s e r á n c o n m á s s e g u r i d a d d e s a n i m a d a s . E n e s t e p u n t o d en u e s t r a d e m o s t r a c i ó n , t r e s h e c h o s h a n q u e d a d o e s t a b l e c i d o s : l oque quiere e l gobierno de l o s E s tados Unidos e s una base y une j e m p l o . P a r a l o g r a r s u p r i m e r o b j e t i v o puede, s in otra di f i cul tad que l a res i s t enc ia de l o s mi smos v i e tnami tas , l iqu idar a todo

un pueblo y e s tab lecer l a Paz Americana s o b r e u n V i e t n a mdes i er to ; para l ograr e l s egundo debe rea l i zar —al menos parc ia l m e n t e — e s e e x t e r m i n i o .



El genocidio 87

r e sp o n d e r l e s q u e t a l c o sa n o e x i s t i ó n u n c a y q u e e s t á n m o s t r a n d oTnuy b ien , por esas acusac iones s in pruebas , que han tomado

p a r t i d o . En v e r d a d , d i c e e l g o b i e r n o n o r t e a m e r i c a n o , n u n c a h i c i mos o tra cosa que proponer a los v i e tnamitas —de] norte o de lsu r — e s t a o p c i ó n : o t e r m i n a n l a a g r e s i ó n o l o s d e s t r o z a m o s . N oes necesar io hacer notar que es ta propos ic ión es absurda puestoq u e la agresión e s n o r t e a m e r i c a n a , y c o n se c u e n t e m e n t e , só l o l o sn o r t e a m e r i c a n o s p u e d e n d a r l e f i n . Y e s t e a b su r d o n o e s s i n c á l c u l o : e s h á b i l f o r m u l a r s i n p a r e c e r q u e s e f o r m u l a u n a e x i g e n c i aq u e l o s v i e t n a m i t a s n o p u e d e n sa t i s f a c e r . D e t a l m o d o q u e d a ndueños de dec id ir e l cese de los combates . Pero a pesar de todo

se t r a d u c i r í a : d e c l á r e n se v e n c i d o s o " l o s h a r e m o s r e t r o c e d e r ala edad de p iedra" , y as í resu l ta que e l segundo t érmino de laa l t e r n a t i v a e s e l genocidio. Se ha dic ho : gen ocid io , s í , pero co?i-dicional. ¿ Es e s t o j u r í d i c a m e n t e v á l i d o ? ¿ Es s i q u i e r a c o n c e b i b l e ?

S i e l argumento tuv iera un sent ido jur íd ico , e l gob ierno de losEs t a d o s U n i d o s e sc a p a r í a a l a a c u sa c i ó n d e g e n o c i d i o . P e r o c o m olo ha hecho notar Matarasso , e l derecho , a l d i s t ingu ir la in tenc ión de los m ot iv os , no da luga r a esa escapa tor ia : u n gen oc id io— so b r e t o d o s i s e l o h a e m p r e n d i d o d e sd e m u c h o s a ñ o s a t r á s—

b i e n p u e d e t e n e r p o r m o t i v a c i ó n u n c h a n t a g e . S e p u e d e m u ybien dec larar que se lo dejará s in e f ec to s i l a v í c t ima se somete ,esas son mot ivac iones y e l ac to no deja de ser —sin res tr i cc iónp o s i b l e — u n g e n o c i d i o p o r l a i n t e n c i ó n . En p a r t i c u l a r c u a n d o— c o m o e n e s t e c a so — u n a p a r t e d e l g r u p o e s a n i q u i l a d a p a r aob l igar a la que queda a la sumis ión ,

P e r o o b se r v e m o s m á s d e c e r c a y v e a m o s c u á l e s so n l o s t é r m i nos de la a l t ernat iva . Al Sur , e s ta es la e l ecc ión: se incendian lasa l d e a s , s e so m e t e a l a p o b l a c i ó n a b o m b a r d e o s m a s i v o s y d e l i

b e r a d a m e n t e m o r t í f e r o s , s e d i sp a r a so b r e e l g a n a d o , s e d e s t r u y el a v e g e t a c i ó n p o r m e d i o d e d e f o l i a n t e s , s e e s t r o p e a n l o s c u l t i v o scon fumigac iones tóx icas , se ametra l la a l azar y por todas partes ,se mata , se v io la , se p i l la : e s to es genoc id io en e l sent ido másr i g u r o so . D i c h o d e o t r o m o d o : l a e x t e r m i n a c i ó n m a s i v a . ¿ C u á le s e l o t r o t é r m i n o ? ¿ Q u é d e b e h a c e r e l p u e b l o v i e t n a m é s p a r aescapar a es ta muerte a troz? Unirse a las fuerzas armadas deEstados Unidos o de Sa igón y dejarse encerrar en a ldeas es t ra t ég icas , o en esas o tras a ldeas de la v ida nueva que no d i f i eren



88 Vieuiain: El Trihuna l Russell

de las pr imeras s ino por e l nombre: en suma, campos de concent r a c ió n . No s o t r o s c o n o c e m o s e s o s c a m p o s p o r n u m e r o s o s t e s t i

m o n io s : e s t á n r o d e a d o s d e a la m b r a d a s , e n e l l o s n o s e s a t i s f a c e nla s n e c e s id a d e s m á s e l e m e n t a l e s : s u b -a l im e n t a c ió n , f a l t a t o t a ld e h ig i e n e , l o s p r i s io n e r o s s e a m o n t o n a n e n t i e n d a s o e n e x ig u o sr e d u c t o s d o n d e s e a h o g a n , l a s e s t r u c t u r a s s o c ia l e s s o n d e s t r u id a s :lo s m a r id o s s e p a r a d o s d e s u s m u j e r e s , l a s m a d r e s d e s u s h i j o s ,l a v id a f a m i l ia r —t a n r e s p e t a d a p o r l o s v i e t n a m i t a s — y a n o e x i s te ; como las parejas son d is locadas la nata l idad ha bajado , todap o s ib i l id a d d e v id a r e l i g io s a o c u l t u r a l e s s u p r im id a . Aú n e ltrabajo —el trabajo para reproducir su v id a y la de los su yo s— ,

le s e s n e g a d o . Es o s d e s g r a c ia d o s n i s iq u ie r a s o n e s c la v o s : l ac o n d ic ió n s e r v i l n o h a im p e d id o u n a c u l t u r a p r o f u n d a e n t r e l o snegros de los Estados Unidos; aqu í e l grupo es reduc ido a l e s tadod e c o n g lo m e r a d o , a l a p e o r v id a v e g e t a t iv a . Cu a n d o q u ie r e ns a l i r , l o s l a z o s q u e s e r e e s t a b le c e n e n t r e e s o s h o m b r e s a t o m iz a d o sy aso lados por e l od io no pueden ser s ino políticos: as í se reag ru -p a n c la n d e s t in a m e n t e p a r a r e s i s t i r . E l e n e m ig o lo a d iv in a . Re s u l t a d o : e s o s m is m o s c a m p o s s o n d o s o t r e s v e c e s r a s t r i l l a d o s :aún allí l a s e g u r id a d n o s e a d q u ie r e n u n c a y l a s f u e r z a s a t o m i -

zadoras se e jercen s in descanso . S i , por azar , se l ibera a unaf a m i l ia d e c a p i t a d a , n iñ o s c o n u n a h e r m a n a m a y o r , o u n a j o v e nm a d r e , e l l o s v a n a e n g r o s a r e l s u b p r o le t a r ia d o d e l a s g r a n d e sc iu d a d e s : l a h e r m a n a m a y o r o l a m a d r e , s in m e d io s , c o n b o c a sq u e a l im e n t a r , a c a b a n e n la d e g r a d a c ió n p r o s t i t u y é n d o s e a l e n e m i g o . Lo que acabo de descr ib ir , y que en e l Sur es la suer te deun tercio d e l a p o b la c ió n , s e g ú n e l t e s t im o n io d e M . Du n c a n , n oe s s in o o t r a e s p e c i e d e g e n o c id io c o n d e n a d o p o r l a Co n v e n c ió nde 1948:

" At e n t a d o g r a v e a l a in t e g r id a d f í s i c a o m e n t a l d e l o s m ie m b r o s d e l g r u p o . "

" S u m is ió n in t e n c io n a l d e l g r u p o a c o n d ic io n e s d e e x i s t e n c iaq u e c o n d u c ir á n a s u d e s t r u c c ió n f í s i c a o p a r c ia l . "

" M e d id a s t e n d ie n t e s a d i f i c u l ta r l o s n a c im ie n t o s e n e l s e n o d e lg r u p o . "

" T r a n s f e r e n c i a f o r z a d a d e n i ñ o s . . . "En o tros términos no es verdad que la e lecc ión osc i le entre la

s u m is ió n y l a m u e r t e . Po r q u e la s u m is ió n , e n e s a s c i r c u n s t a n c ia s .



El genocidio 89

n o d e t i e n e a l g e n o c i d i o . D i g a m o s q u e h a y q u e e l e g i r e n t r e l am u e r t e v i o l e n t a i n m e d i a t a y l a m u e r t e l e n t a a t é r m i n o d e u n ad e g r a d a c i ó n f í s i c a y m e n t a l . O m á s b i e n n o hay elección, n o h a yc o n d i c i ó n q u e l l e n a r : e l a z a r d e u n a " o p e r a c ió n " , a v e c e s e lp á n i c o , d e c i d e n e l t i p o d e g e n o c i d i o q u e c a d a u n o s u f r i r á .

¿ E s d i f e r e n t e e n e l N o r t e ?P o r u n a p a r t e , e s l a exterminación: no só lo e l r i e s go co t id ian o

d e m u e r t e s i n o t a m b i é n l a d e s t r u c c i ó n s i s t e m á t i c a d e i n f r a e s t r u c t u r a s e c o n ó m i c a s : d e s d e d i q u e s h a s t a f á b r i c a s d e l o s c u a l e s " n oh a y q u e d e j a r p i e d r a s o b r e p i e d r a " . A t a q u e s d e l i b e r a d o s c o n t r al a p o b l a c i ó n c i v i l y , e n p a r t i c u l a r , r u r a l . D e s t r u c c i ó n d e h o s p i t a

l e s , e s c u e l a s , l u g a r e s d e c u l t o , e s f u e r z o s o s t e n i d o p a r a a b o l i r l a sr e a l i z a c i o n e s d e v e i n t e a ñ o s d e s o c i a l i s m o . ¿ S ó l o p a r a a t e r r o r i z a rl a p o b l a c i ó n ? P e r o e s o n o p u e d e l o g r a r s e s i n o p o r l a e x t e r m i n a c i ó n c o t i d i a n a d e u n a p a r t e c r e c i e n t e d e l g r u p o . Y a d e m á s e s em i s m o t e r r o r i s m o , e n s u s c o n s e c u e n c i a s p s i c o s o c i a l e s , es un genocidio: ¿ q u i é n s a b e s i , e n t r e l o s n i ñ o s e n p a r t i c u l a r , n o d e t e r m i n a c o n f u s i o n e s m e n t a l e s q u e d a ñ a r á n p o r u n t i e m p o o p a r as i e m p r e s u i n t e g r i d a d ?

E l o t r o t é r m i n o e s l a c a p i t u l a c i ó n . E s o s i g n i f i c a q u e a c e p t e n

q u e s u p a í s s e a c o r t a d o e n d o s , y q u e l a d i c t a d u r a d e l o s n o r t e a m e r i c a n o s , d i r e c t a m e n t e o p o r i n t e r p ó s i t a s p e r s o n a s , s e i m p o n g aa s u s c o m p a t r i o t a s y m á s a ú n : a m i e m b r o s d e s u f a m i l i a d e l o sq u e l a g u e r r a l o s h a s e p a r a d o . E s a i n t o l e r a b l e h u m i l l a c i ó n ¿ p o n d r í a f i n a l a g u e r r a ? E s o e s t á l e j o s d e s e r s e g u r o : e l F . N . L . y l aR . D . V . , a u n q u e f r a t e r n a l m e n t e u n i d o s , t i e n e n u n a e s t r a t e g i a yu n a t á c t i c a d i f e r e n t e s p o r q u e s u s s i t u a c i o n e s e n l a g u e r r a s o nd i f e r e n t e s . S i e l F . N . L . c o n t i n u a r a l a g u e r r a , l o s b o m b a r d e r o s

n o r t e a m e r i c a n o s , a p e s a r d e l a c a p i t u l a c i ó n d e l a R . D . V . , c o n t i n u a r í a n d e s t r o z á n d o l o s . P e r o s i l a g u e r r a d e b i e r a c e s a r , n o s o t r o ss a b e m o s — p o r d e c l a r a c i o n e s o f i c i a l e s — q u e l o s E s t a d o s U n i d o ss e m o s t r a r í a n m u y g e n e r o s a m e n t e d i s p u e s t o s a p r o v e e r m o n t a ñ a s d e d ó l a r e s p a r a l a r e c o n s t r u c c i ó n d e l a R . D . V . E s o s i g n i f i c am u y e x a c t a m e n t e q u e d e s t r u i r í a n , p o r e s a s i n v e r s i o n e s p r i v a d a s ,o p o r p r é s t a m o s c o n d i c i o n a l e s , t o d a l a b a s e e c o n ó m i c a d e l s o c i a l i s m o . Y t a m b i é n e s o e s u n g e n o c i d i o : s e c o r t a e n d o s t r o z o s u np a í s s o b e r a n o , s e o c u p a u n a d e l a s d o s m i t a d e s d o n d e s e r e i n a

p o r , e l t er r or , s e a r r u i n a la . e m p r e s a t a n c a r a m e n t e p a g a d a . d e l




o t ro p o r u n a p res i ó n eco n ó m i ca y , a t ra v és d e i n v ers i o n es ca l cu l a d a s , s e l o t i en e b a j o l a b o t a ; e l g ru p o n a c i o n a l "V i e t n a m " n oha s ido físicamente e l i m i n a d o y s i n em b a rg o n o ex i s t e y a : s e l oh a s u p r i m i d o e c o n ó m i c a m e n t e , p o l í t i c a m e n t e y c u l t u r a l m e n t e .

Ta n t o a l N o r t e co m o a l S u r n o h a y e l ecc i ó n s i n o en t re d o st i p o s d e a b o l i c i ó n : l a m u er t e co l ec t i v a o l a d i sg reg a c i ó n . Lo m á ss i g n i f i c a t i v o e s q u e e l g o b i e r n o n o r t e a m e r i c a n o h a p o d i d o e x p e r i m en t a r l a re s i s t en c i a d e l F . N . L . y l a d e l a R . D . V . : sa b e q u e l a

d e s t r u c c i ó n — a m e n o s d e s e r t o t a l — p e r m a n e c e r á i n e f i c a z : e lF r e n t e e s m á s p o d e r o s o q u e n u n c a ; e l V i e t n a m d e l N o r t e e si n q u e b r a n t a b l e , ^ o r e s a m i s m a r a z ó n l a e x t e r m i n a c i ó n c a l c u l a d a d e l p u eb l o v i e t n a m és n o p u ed e t en er p o r f i n a l i d a d s i n o h a cer l o ca p i t u l a r : e e , o f r e c e l a p a z d e l o s v a l i e n t e s s a b i e n d o q u en o l a a cep t a rá , y e sa a l t ern a t i v a d e f a ch a d a e sco n d e l a v erd a d erai n t e n c i ó n d e l l e g a r p r o g r e s i v a m e n t e a l e s c a l ó n m á x i m o d e l ae sca l a d a , e s d ec i r e l g en o c i d i o t o t a l . S e n o s q u errá o b j e t a r q u ee l g o b i ern o d e l o s Es t a d o s U n i d o s h u b i era p o d i d o i n t en t a r l l eg a ra e se o b j e t i v o d e i n m ed i a t o , l i m p i a n d o e l V i e t n a m d e t o d o s l o sv i e t n a m i t a s p o r u n a Blitzkrieg. P e r o , a d e m á s d e q u e e s a e x t e r m i n a c i ó n su p o n e l a p u es t a en s i t i o d e u n d i sp o s i t i v o co m p l i ca d o— y , p o r e j em p l o , l a crea c i ó n y l a l i b re d i sp o s i c i ó n en Ta i l a n d i ad e b a ses a érea s q u e a co r t en en c i n co m i l k i l ó m et ro s e l r eco rr i d od e l o s b o m b a rd eo s— e l f i n e sen c i a l d e l a " e sca l a d a " era y s i g u es i en d o h a s t a h o y , p rep a ra r p a ra e l g en o c i d i o a l a o p i n i ó n b u r g u e s a . D e s d e e s t e p u n t o d e v i s t a , l o s n o r t e a m e r i c a n o s h a n s a l i d o

m u y b i e n : l o s b o m b a r d e o s r e p e t i d o s y s i s t e m á t i c o s d e b a r r i o sp o p u l o s o s d e H a i p h o n g y H a n o i q u e h a c e d o s a ñ o s h u b i e r a nl e v a n t a d o v i o l e n t a s p r o t e s t a s , t i e n e n h o y l u g a r e n m e d i o d e u n ae s p e c i e d e i n d i f e r e n c i a g e n e r a l q u e s u r g e d e l t u é t a n o m á s q u ed e l a a p a t í a . La v u e l t a e s t á j u g a d a : l a o p i n i ó n t o m a co m o u n ap r e s i ó n s u a v e m e n t e y c o n t i n u a m e n t e a c r e c e n t a d a l o q u e e s , e nrea l i d a d , u n a p rep a ra c i ó n d e l o s e sp í r i t u s a l g en o c i d i o f i n a l . ¿ Esp o s i b l e e s e g e n o c i d i o ? N o . P e r o e s o d e p e n d e d e l o s v i e t n a m i t a s ,

de e l lo s so los , de su coraje , de la admirable e f i cac ia de sus organi za c i o n es . En l o q u e co n c i ern e a l g o b i ern o d e l o s Es t a d o s U n i d o s ,n a d i e p u ed e d esca rg a r l o d e su cr i m en b a j o p re t ex t o d e q u e l a



El genocidio 91

V I

La in ten c ió n se desp rend e de los hech os . Y , com o lo ha d ichoM . A y b a r , e l l a r e su l t a n e c e sa r i a m e n t e premeditada. P u e d e s e r

que , en o tros t i empos , e l genoc id io haya s ido l l evado a cabo bruscamente , en un go lpe de pas ión , en e l curso de luchas t r iba les ofeudales : e l genoc id io ant iguerr i l la , producto de nuestra época ,supone una organ izac ión , bases y por lo tanto compl ic idades( só l o t i e n e l u g a r a d i s t a n c i a ) , u n p r e su p u e s t o a p r o p i a d o : e s n e c e sar io entonces que se haya re f l ex ionado sobre é l y que se loh a y a planificado.

¿ S i g n i f i c a e so q u e su s a u t o r e s h a y a n t o m a d o c l a r a m e n t e c o n c ienc ia de su vo luntad? No se puede dec id ir sobre es to : ser ía

necesar io sondear las entrañas y la mala f e pur i tana hace mi l a g r o s . Q u i z á c i e r t o s c o l a b o r a d o r e s d e l D e p a r t a m e n t o d e Es t a d oe s t á n t a n h a b i t u a d o s a m e n t i r se , q u e l o g r a n i n c l u so i m a g i n a rq u e d e se a n e l b i e n d e V i e t n a m . D e sp u é s d e l a s r e c i e n t e s d e c l a r a c i o n e s d e su p o r t a v o z , s e p u e d e su p o n e r q u e e so s h e c h o s i n g e n u o sso n c a d a v e z m e n o s n u m e r o so s : " so m o s n o so t r o s q u i e n e s n o s d e f endemos , y aunque e l gob ierno de Sa igón nos los rogara , nod e j a r í a m o s V i e t n a m , e t c " D e t o d o s m o d o s , n o t e n e m o s p o rq u é p r e o c u p a r n o s d e e se j u e g o d e l e s c o n d i t e p s i c o l ó g i c o . La v e r

dad se encuentra sobre el terreno, en e l rac i sm o de los comba-

pu lar , p rodu cto d e . nues tra épo ca , . res pu esta . a la agr es ión irn:

p e r i a l i s t a y r e i v i n d i c a c i ó n d e so b e r a n í a e n u n p u e b l o c o n sc i e n t ede su un idad , dos ac t i tudes son pos ib les : e l agresor se re t i ra ,h a c e l a p a z r e c o n o c i e n d o q u e t o d a u n a n a c i ó n e n t e r a s e y e r g u econtra é l ; o b ien , consc iente de la ine f i cac ia de la es t ra teg iac lás i ca , recurre , s i puede s in l e s ionar sus in tereses , a la ex termi nac ión pura y s imple . No hay o tras opc iones: pero esa opc ión ,a l m e n o s , e s s i e m p r e posible. Pu est o que las fuerzas arm ada s del o s Es t a d o s U n i d o s s e i n c r u s t a n e n V i e t n a m , p u e s t o q u e i n t e n s i f i c a n l o s b o m b a r d e o s y l a s m a sa c r e s , p u e s t o q u e i n t e n t a n so m e t e r

La o s y p r o y e c t a n i n v a d i r C a m b o y a c u a n d o p u e d e n r e t i r a r se , n ocabe duda de que e l gob ierno de los Estados Unidos , a pesar desus h ipócr i tas denegac iones , ha optado por e l genoc id io .



92 Vientaví: El Tribuna l Rrissell

t i e n t e s n o r t e a m e r ic a n o s . Po r c i e r t o , e s e r a c i s m o —a n t in e g r o , a n t í -a s iá t i c o , a n t im e x ic a n o — e s u n d a t o f u n d a m e n t a l q u e t i e n e o r íg e nes profundos y que ex is t ía , la tente o ac tua l , mucho antes de lconf l ic to v ie tnamés . La prueba es tá en que e l gob ierno de los

Estados Unidos se ha rehusado a ra t i f icar la Convenc ión contrae l genoc id io : lo que no s ign i f ica que tuv iera , desde 1948 , lain t e n c ió n d e e x t e r m in a r p u e b lo s s in o —s e g ú n s u s p r o p ia s d e c la r a c io n e s — q u e e s e c o m p r o m is o h u b ie r a s id o c o n t r a r io a l a l e g i s l a c ió n in t e r n a d e n u m e r o s o s Es t a d o s f e d e r a d o s . D ic h o d e o t r om o d o —p u e s t o d o t i e n e r e la c ió n —, lo s d i r ig e n t e s a c t u a le s p i e n s a n t e n e r l a s m a n o s l ib r e s e n V ie t n a m p o r q u e s u s p r e d e c e s o r e sh a n q u e r id o t o m a r p r e c a u c io n e s c o n e l r a c i s m o a n t in e g r o d e l o sb lancos de l sur . Sea como fuere , desde 1965 , e l rac ismo de los

so ldados yankees , de Sa igón a l Para le lo 17 ' ' \ se exaspera: lo sj ó v e n e s n o r t e a m e r ic a n o s t o r t u r a n , u s a n s in r e p u g n a n c ia e l t e l é f o n o d e c a m p a ñ a , d i s p a r a n s o b r e m u j e r e s d e s a r m a d a s p o r e l p la cer de hacer un b lanco , go lpean a puntap iés a los her idos v ie t nameses en los te s t ícu los , cor tan las ore jas de los muertos parah a c e r s e t r o f e o s . Lo s o f i c ia l e s s o n p e o r e s : u n g e n e r a l s e v a n a g lo r ia b a —d e la n t e d e u n f r a n c é s q u e h a t e s t im o n ia d o s o b r e e s o e ne l Tr ibunal— de cazar los Vid desde lo a l to de su he l icóptero yde d isparar les con su fus i l , en los arroza les . No se tra taba , por

s u p u e s t o , d e c o m b a t i e n t e s d e l F .N .L . , q u e s a b e n p r o t e g e r s e , s in od e c a m p e s in o s q u e c u l t i v a b a n s u a r r o z . Ca d a v e z m á s , e n e s o se s p ír i t u s c o n f u s o s , e l " V ie t c o n g " y e l v i e t n a m i t a t i e n d e n a c o n f u n d i r s e . Y s e d i c e c o m ú n m e n t e : " S ó l o h a y b u e n o s v i e t n a m i t a sm u e r t o s " . O , a l r e v é s p e r o q u e v i e n e a s e r l o m i s m o : " To d ov ie t n a m i t a m u e r t o e s u n V ie t c o n g " . Lo s c a m p e s in o s s e p r e p a r a na hacer la cosecha de arroz a l sur de l para le lo IV? . Aparecens o ld a d o s n o r t e a m e r ic a n o s q u e in c e n d ia n s u s c a s a s y q u ie r e n t r a s la d a r lo s a u n a a ld e a e s t r a t é g i c a . Lo s c a m p e s in o s p r o t e s t a n . ¿ Q u é

o t r a c o s a p u e d e n h a c e r , l a s m a n o s d e s n u d a s c o n t r a e s o s m a r c ia n o s ? D ic e n : " E l a r r o z e s t a n h e r m o s o , q u e r e m o s q u a d a r n o s p a r acomer nues tro arroz" . Nada más , y e so bas ta para exasperar alo s j ó v e n e s y a n k e e s : " ¡ S o n lo s v i e t c o n g s q u ie n e s l e s h a n p u e s t oeso en la cabez a ¡Son e l los qu iene s le s ha n ense ña do a resi s t ir " .Es o s s o ld a d o s t i e n e n e l e s p í r i t u p e r d id o a t a l p u n t o q u e t o m a np o r v io l e n c ia " s u b v e r s iv a " l a s d é b i l e s r e c la m a c io n e s q u e s u p r o -



El genocidio 93

p ia v io l en c ia h a s u s c i t ad o . En e l p r in c ip io d e e s o h ay s in d u d au n a d e c e p c i ó n : e l l o s v e n í a n p a r a s a l v a r a l V i e t n a m , p a r a l i b e rar lo d e l o s agres ores comu n is t as ; y s e ap erc ib en d e in med ia t o d eq u e lo s v i e t n ami t as n o lo s q u ieren : d e l p ap e l s en t ad or d e l ib e

r a d o r e s p a s a n a l d e o c u p a n t e s . E s c o m o u n c o m i e n z o d e t o m ad e c o n c i e n c i a : n o n o s q u i e r e n , n o t e n e m o s n a d a q u e h a c e r a q u í .P e r o l a i m p u g n a c i ó n n o v a m á s l e j o s : c a e n p r e s a s d e l a r a b i ay s e d i c e n q u e u n v i e t n a m i t a e s , p o r d e f i n i c i ó n , u n s o s p e c h o s o . Ye s o e s verd ad , d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e l o s n eoco lon ia l i s t as :c o m p r e n d e n v a g a m e n t e q u e , e n l a g u e r r a p o p u l a r , l o s c i v i l e s s o nl o s ú n i c o s e n e m i g o s visibles. D e p r o n t o e m p i e z a n a d e t e s t a r l o s ; e lrac i s mo h ace e l r e s t o : s e d e s cu b re con rab ios a a l egr ía q u e e s os

h omb res a q u ien es p re t en d ían s a lvar , e s t án a l l í p ara s er mat a dos . N o h a y u n o s o l o q u e n o s e a c o m u n i s t a e n p o t e n c i a : l a p r u e b aes q u e od ian a l o s yan k ees . A p ar t i r d e a l l í , r een con t ramos enes as a lmas os cu ras y t e l egu iad as , l a verd ad d e la gu erra d e V ie t n am: e l l a s e ime a l a s d ec larac ion es d e H i t l e r . És t e mat ab a a l o sj u d í o s p o r q u e e r a n j u d í o s . L a s f u e r z a s a r m a d a s d e l o s E s t a d o sU n i d o s t o r t u r a n y m a t a n h o m b r e s , m u j e r e s y n i ñ o s d e l V i e t n a mporque son vietnamitas. A s í , c u a l e s q u i e r a q u e s e a n l a s m e n t i r a s

y la s p recau c ion es verb a le s d e l gob iern o , e l e s p ír i t u d e gen oc id ioe s t á en la cab eza d e l o s s o ld ad os . Y e s e s a s u man era d e v iv i rla s i t u ac ión d e l gen oc id io en la cu a l e l gob iern o lo s h a ech ad o .E l t e s t i g o M a r t i n s e n , u n j o v e n e s t u d i a n t e d e v e i n t i t r é s a ñ o s q u eh a b í a " i n t e r r o g a d o " d u r a n t e d i e z m e s e s a p r i s i o n e r o s y q u e n os o p o r t a b a s u s r e c u e r d o s , n o s h a d i c h o : " Y o s o y u n n o r t e a m e r i c a n o med io , me p arezco a t od os l o s e s t u d ian t e s , y h e aq u í q u e s oyu n c r i m i n a l d e g u e r r a " . Y t e n í a r a z ó n d e a g r e g a r : " C u a l q u i e r a

h u b iera s id o como yo , en mi lu gar" . S u ú n ico error era a t r ib u irs u s cr ím en es d egrad an t e s a l a in f lu en c ia d e la gu erra , en gen era l .N o : n o d e l a gu erra ab s t rac t a y n o s i t u ad a , s in o d e esa gu erra ,l l e v a d a a c a b o p o r l a m á s g r a n d e p o t e n c i a c o n t r a u n p u e b l o d ecamp es in os p ob res , q u e s e hace vivir p o r a q u e l l o s q u e l a l l e v a na cab o como ú n ica re lac ión p os ib l e en t re u n p a í s s u p er in d u s t r ia l i zad o y u n p a í s s u b d es arro l lad o , e s d ec i r como u n a re lac ión d eg e n o c i d i o q u e s e e x p r e s a a t r a v é s d e l r a c i s m o . L a ú n i c a r e l a c i ó n— a men os d e cor t ar en s eco e i r s e .

La gu erra t o t a l s u p on e u n c i er t o eq u i l ib r io d e f u erzas , u n a




c ie r t a r e c ip r oc id ad . L as gu e r r as c o lon ia le s s e l l e vab an á c ab o s in

r e c ip r oc id ad , p e r o e l in t e r é s c o lon ia l l imi t ab a lo s ge n oc id ios . E lge n oc id io p r e se n t e , ú l t imo r e su l t ad o d e l d e sar r o l lo d e s igu a l d elas soc ie d ad e s , e s l a gu e r r a total l le va d a ha:sta el f in po r una solade las partes sin la meno r reciprocidad.

E l g o b i e r n o n o r t e a m e r i c a n o n o e s c u l p a b l e d e h a b e r i n t e n t a d oe l ge n oc id io mod e r n o , n i s iq u ie r a d e h ab e r lo se l e c c ion ad o , d eh ab e r lo e l e g id o e n t r e o t r as r e sp u e s t as p os ib le s y e f i c ac e s a lag u e r r i l l a . N o e s c u l p a b l e — p o r e j e m p l o — d e h a b e r l e o t o r g a d o

su p r e f e r e n c ia p or m ot i vo s d e e s t r a t e g ia o d e e c on o m ía . D e h e c h o ,e l ge n oc id io se p r op on e c omo la única reacción posible a la insu r r e c c ión d e todo un pueblo c on t r a su s op r e so r e s ; e l go b ie r n on or t e ame r ic an o e s c u lp ab le d e h ab e r p r e f e r id o , d e p r e f e r i r t od av ía u n a p o l í t i c a d e agr e s ión y d e gu e r r a , t e n d ie n t e a l ge n oc id iotota l , a una pol í t ica de paz , la ún ica que sea de in tercambio , puese l l a h u b i e r a n e c e s a r i a m e n t e i m p l i c a d o l a r e c o n s i d e r a c i ó n d e l o so b j e t i v o s p r i n c i p a l e s q u e l e i m p o n e n l a s g r a n d e s c o m p a ñ í a s i m

p e r ia l i s t a s , p or in t e r me d io d e su s gr u p os d e p r e s ión . E s c u lp ab led e p r ose gu ir y d e in t e n s i f i c ar la gu e r r a , au n q u e c ad a u n o d e su sm i e m b r o s c o m p r e n d a c a d a d í a m á s p r o f u n d a m e n t e , p o r l o s i n f or me s d e lo s j e f e s m i l i t ar e s , q u e e l ú n ic o mod o d e ve n c e r e s" l i b e r a r " a l V i e t n a m d e t o d o s l o s v i e t n a m i t a s . E s c u l p a b l e u s a n d o la a s t u c ia , l o s r od e os , min t i e n d o y min t i é n d ose , d e c om p r om e t e r se c ad a min u t o u n p oc o más , a p e sar d e la s e n se ñ an z as d e e sae xp e r ie n c ia ú n ic a e in sop or t ab le , e n u n a v ía q u e lo l l e va a u np u n t o s in r e t or n o . E s c u lp ab le , s e gú n su p r op ia c on f e s ión , d ec on d u c ir a sab ie n d as e sa gu e r r a ejemplar p ar a h ac e r d e l ge n oc id io u n d e sa f ío y u n a ame n az a p ar a t od os lo s p u e b los . He m osvis to que uno de los fac tores de la guerra tota l ha s ido e l crec i m i e n t o c o n s t a n t e d e l n ú m e r o y l a v e l o c i d a d d e l o s m e d i o s d et r an sp or t e : d e sd e 1914 la gu e r r a n o p u e d e q u e d a r loc a l i z ad a , e sn e c e sar io q u e se e x t i e n d a a l mu n d o . E n 1967 e l p r oc e so se in t e n s i f ica , los lazos de l One World, e se un iver so a l cua l los Estad osU n i d o s q u i e r e n i m p o n e r s u h e g e m o n í a , n o c e s a n d e a j u s t a r s e .Por e sa r az ón , d e la c u a l e l gob ie r n o n or t e ame r ic an o t i e n e p e r



L A C O A R T A D A

" LE N O U V E L O B SE R V A T EU R " . — La prensa lo proclama, las inves

tigaciones lo dem uestran, los dirigentes del régimen se felicitaronpor ello: Francia se "despo litiza". Su juventud se alejaría nosolamen te de los partidos y de las. ideologías, sino de las ideasdirectamente. No tendría más que un dios, la técnica, y no soñaría sino con el bienestar.

JE AN- P AUL SARTRE. — P r i m ero e s n eces ar i o s ab er d e q u é s e h a b l a . S i s e t ra t a d e cu ad ragen ar i o s , e s u n a cu es t i ón com p l e j a . P eros i s e h ab l a d e gen t e j oven h ay q u e d i s t i n gu i r . Qu e ex i s t e u n a

cierta despol i t i zac ión es c ierto , pero se debe dec ir en re lac ióna q u é ép oca . D u ran t e l o s q u i n ce añ os q u e s i gu i eron a l a l i b era c i ón , l a t en s i ón p o l í t i ca en F ran c i a n o d ecayó n u n ca . Hu b o reac c i ón con t ra l o s cu a t ro añ os d e ocu p ac i ón y d e co l ab orac i ón , d es p u é s l a s d o s g u e r r a s c o l o n i a l e s q u e m a n t u v i m o s : e n I n d o c h i n ay en A rge l i a . E s as s i t u ac i on es d e con f l i c t o ab i er t o ob l i garon al a gen t e a u n a t om a d e con c i en c i a p o l í t i ca . D es d e h ace d os añ os ,e s d ec i r d es d e l a i n d ep en d en c i a d e A rge l i a , n o h ay cr i s i s n ac i o n a l q u e p on ga d i rec t am en t e en j u ego e l p orven i r d e l p a í s y s e

con s t a t a , en e f ec t o , u n a d es p o l i t i zac i ón d e l a j u ven t u d .Pero es to no es tan c ierto s i s e compara la s i tuac ión actual con

l a d e an t es d e l a gu erra . L a m ayor p ar t e d e l a gen t e j oven q u een cu en t ro h oy , e s i n f i n i t am en t e m ás con s c i en t e d e l a s rea l i d ad esp o l í t i ca s , au n q u e n o p er t en ezca a n i n gú n p ar t i d o , q u e l a gen t ed e m i gen erac i ón .

L a p oHt i ca era p ara n os o t ros a l go m u y d i f eren t e . P or u n l ad oe s t a b a n l a s p e r s o n a s c o m o S i m o n e d e B e a u v o i r y y o , p o r e j e m p l o ,q u e s e i n t eres ab an d e b as t an t e l e j o s y s i n com p ren d er gran cos a ;



100 Francia

p or o t ro l ad o e s t ab an l o s i n s cr i p t os , com u n i s t a s , " j u ven t u d esp a t r ió t ic a s " o m o n á r q u i c o s , y a d e m á s l o s b u e n o s m u c h a c h o s q u eeran s oc i a l i s t a s p orq u e ya l o h ab í an s i d o s u s p ad res . S e p er t en e c í a a gru p os , s e d i s cu t í a , p ero n ad i e — s a l vo q u i zá l o s com u n i s

t a s — , t en í a u n a con c i en c i a c l ara d e l o s verd ad eros p rob l em asp o l í t i co s , o q u e s e l l am ab a u n com p rom i s o p o l í t i co era , l a m ayor í a d e l a s veces , u n com p rom i s o m ora l .

A ú n a l n i ve l d e l a p ren s a h ay u n cam b i o , u n p rogres o con s i d e r a b l e . L o s h e b d o m a d a r i o s m á s l a m e n t a b l e s d e h o y a b o r d a nm á s p r o b l e m a s c o n c r e t o s q u e l o s d e a n t e s . U s t e d e s r e c u e r d a n e lcas o d e V i o l e t t e N o z i ér e , q u e h ab í a a s e s i n ad o a s u p ad r e . H oyn o s e p od r í a s i l en c i ar q u e s u p ad re h ab í a ab u s ad o d e e l l a . Hacea l g u n o s m e s e s , l a t e l e v i s i ó n g u b e r n a m e n t a l h a p e r m i t i d o q u e u n

p s i q u i a t ra e s t u d i ara , a p rop ós i t o d e l ca s o d e l a s h erm an as P ap i n ,e l p rob l em a d e l a con d i c i ón s oc i a l d e l s erv i c i o d om és t i co .

L o m i s m o s u c e d e e n e l d o m i n i o p o l í t i c o . L a g e n t e e s t á m u c h om e j o r i n f o r m a d a q u e a n t e s . A ú n l a p r e n s a g u b e r n a m e n t a l l e d ae l m í n i m o d e e x p l i c a c i o n e s s o b r e l o s g r a n d e s p r o b l e m a s p o l í t i c o so e c o n ó m i c o s . T o d o e l m u n d o s a b e , m á s o m e n o s , p o r e j e m p l o ,q u é e s e l M e r c a d o C o m ú n y q u é r e p r e s e n t a p a r a la e c o n o m í af ran ces a . N o h ab í a n ad a d e e s o an t es d e l a gu erra . L a i gn oran c i ad e l a s cu es t i on es econ óm i cas era t o t a l en e l gran p ú b l i co . N os

o t ros rep e t i m os en coro , d es p u és d e 1918 y d u ran t e añ os : "A l e m an i a p agará" , s i n p regu n t arn os j am ás s i p od í a p agar y s i n u es t ras ex i gen c i a s n o f avorec í an l a con s t i t u c i ón d e l p ar t i d o n az i .

— En 1936, sin embargo, en el mom ento del Frente Popular, losproblemas fueron planteados.

— M u y m a l . H u b o u n a t o m a d e c o n c i e n c i a b r u t a l , e n l a b a s e ,s ob re e l p l an d e l a s re i v i n d i cac i on es , q u e s e t rad u j o p or u n am are j ad a p op u l ar . P ero e l l a f u e b l oq u ead a a l n i ve l d e l o s d i r i gen t es . P ara n o a t error i zar a l a c l a s e m ed i a , n ad i e s e a t rev i ó ap l an t ear e l p rob l em a s ob re e l verd ad ero t erren o , q u e era e l d el a l u ch a d e c l a s e s . L os e s t ad os m ayores y l a p ren s a ah ogaron e lcaso . P a r a m u c h a g e n t e j o v e n q u e h u b i e r a e n c o n t r a d o a l l í u n aocas i ón d e h acer s u ap ren d i za j e p o l í t i co , e l F ren t e P op u l ar , af a l t a d e an á l i s i s , d e i n f orm ac i on es , d e s an t o y s eñ a , ap arec i óc o m o u n a b e l l a a v e n t u r a : e l l o s e n c o n t r a b a n " j u s ta s " l a s r e i v i n d i -



La coartada lúl

cac ion es d e l a s mas as , p ero n o comp ren d ían la s ra í ce s p ro f u n d asd e la s e s t ru c t u ras d e l a s oc i ed ad f ran ces a .

— S e estaba quizá men os informado, pero se tenía más fe. Se

salía a la calle.— S e s a l ía a men u d o p or razon es p as ion a le s , mora le s . En e lcas o S acco -V an ze t t i , e ra l a mu er t e d e d os in ocen t e s l o q u e ap arec ía como u n e s cán d a lo , mu ch o más q u e e l s en t id o p o l í t i co d es u c o n d e n a , b a s t a n t e v a g o p a r a m u c h a g e n t e . Y s i n e m b a r g o ,d ecen as d e mi l e s d e p ers on as man i f e s t aron en la ca l l e con t ras u e j e c u c i ó n .

H ab ía men os gen t e en F ran c ia p ara p ro t e s t ar con t ra la e j ecu c ión d e lo s R os emb erg , en 1952 . Es verd ad . P ero lo s q u e s e b a t i e ron p or lo s R os emb erg eran más con s c i en t e s d e l o q u e d e f en d ían .N o s e p r e o c u p a b a n s o l a m e n t e p o r s a l v a r d o s i n o c e n t e s . S a b í a nq u e J u l i u s y E t h e l R o s e m b e r g e r a n c o m u n i s t a s , y q u e a c a u s ad e e s o s e l o s h ab ía con d en ad o a mu er t e . S e d i s cu t ía l a razón d el o s j u e c e s . N o h a b í a m e n o s p a s i ó n e n l a p r o t e s t a d e l a g e n t ein f ormad a , y e l s en t id o p o l í t i co d e l h ech o era mej or comp ren d i d o , in c lu s o en t re aq u e l lo s q u e n o s a l ían a l a ca l l e .

— Com prender mejor, pero mostrarse menos decidido a actuar,

es con todo una forma de despolitización.— Es verd ad , p ero e s imp or t an t e marcar lo s l ími t e s d e e s a d es

p o l i t i zac ión y d e n o con f imd ir la con la f a l t a d e p as ión q u e t od oe l m u n d o c o n s t a t a . L o s j ó v e n e s q u e e n c u e n t r o t i e n e n q u i z á l ac a b e z a m e n o s c a l i e n t e q u e a n t e s p e r o , l o q u e m á s m e i m p r e s i o n a ,e s q u e e l l o s e s t á n a m e n u d o , p o l í t i c a m e n t e , e n e l m i s m o p u n t oq u e y o . S u p u n t o d e p a r t i d a e s m i p u n t o d e l l e g a d a . N o v i e n e n ap ed irme l ecc ion es s in o a d i s cu t i r , en p i e d e i gu a ld ad , con migo .

C on ocen t an b ien como yo lo s p rob lemas econ ómicos o l o s d e l o sp a í s e s s u b d e s a r r o l l a d o s . T i e n e n t o d a u n a v i d a a n t e e l l o s p a r acon s t ru ir s ob re la b as e q u e e s mi p u n t o f in a l .

P o r o t r a p a r t e , n a d i e s e i n f o r m a n u n c a d e m o d o a b s o l u t a m e n t e p as ivo . Es n eces ar ia u n a c i er t a p as ión p ara l e er t od o , comoe l lo s h acen , p ara in t ere s ars e en lo s p rob lemas d e l Bu ru n d i o l aM a l a s i a . A l o s v e i n t e a ñ o s , l e s a s e g u r o q u e y o j a m á s m e h u b i e r ap reocu p ad o p or lo q u e p as ab a en u n p a í s d e A s ia . N o s e me

h ab r ía ocu rr id o la id ea d e q u e e s o p od ía con cern irn os a t od os .Los q u e s e in t ere s an s on u n a min or ía , p or s u p u es t o , p ero e s a



i 0 2 Francia

m i n o r í a e s s i n e m b a r g o b a s t a n t e g e n t e . I n f i n i t a m e n t e m á s , e nt o d o c a s o , q u e h a c e t r e i n t a a ñ o s . E n t r e l o s e s t u d i a n t e s , p o r e j e m p l o , l a U . N . E . F . r e p r e s e n t a u n h o g a r d e p o l i t i z a c i ó n y a g r u p ac e r c a d e 1 0 0 . 0 0 0 e s t u d i a n t e s , q u e s a b e n q u e h a y u n a i n t e r d e p e n d e n c i a d e t o d o , q u e l o q u e p a s a e n e l o t r o e x t r e m o d e l m u n d ot i e n e i m p o r t a n c i a p a r a s u p r o p i a v i d a .

N o s o t r o s t e n í a m o s u n a e x c u s a : l a i n t e r d e p e n d e n c i a d e l o sh e c h o s h i s t ó r i c o s e r a , e n n u e s t r o t i e m p o , m u c h o m e n o s m a n i f i e s t a . H o y s a b e m o s q u e l o s f o c o s d e i n c e n d i o p u e d e n a p a r e c e rn o imp or t a d ón d e , y q u e c ad a u n o d e e l lo s —Ch ip r e , Cu b a , Con g o — p u e d e a r r a s t r a r u n c o n f l i c t o m u n d i a l . A s í e l a j u s t e o b j e t i v od e l a z o s p l a n e t a r i o s q u e s e h a o p e r a d o d e s p u é s d e l a ú l t i m a g u e r r a , t i e n e p o r c o n s e c u e n c i a n e c e s a r i a u n a p r o f u n d i z a c i ó n d e l ac o n c i e n c i a p o l í t i c a d e c a d a u n o d e n o s o t r o s .

— Esa conciencia d e solidaridad planetaria puede engendrartambién un sentimiento de impotencia. ¿Cóm o se podría actuar

sobre lo que suceda en China , en Rusia, en el Tercer M ujoido?—E sa e s la t r am p a , y lo s d iar ios h ac e n t od o p ar a q u e c a igam ose n e l l a . S e n o s a p l a s t a c o n e l p e s o d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s m u n d i a l e s b a j o l o s q u e c a e m o s i r r e m e d i a b l e m e n t e . S e c o n d u c e a l ag e n t e j o v e n a d e c i r s e : " B u e n o , e l m u n d o e s t á d i v i d i d o e n d o sb l o q u e s y e l t e r c e r m u n d o s e d e s p i e r t a , p e r o n o s o m o s n o s o t r o sq u i e n e s p o d e m o s h a c e r q u e s e v a y a o s e q u e d e J r u s c h o v , n oh a c e r e l e g i r a J o h n s o n o a G o l d w a t e r . ¿ C u á l e s n u e s t r o s i t i o a l l í

d e n t r o ? N i n g u n o . S ó l o p o d e m o s m i r a r d e l e j o s " . Y a p a r t i r d e lm o m e n t o e n q u e s e p e r s u a d e a l a g e n t e d e q u e n o h a y n i n g u n ae f i c a c i a e n e l c o n o c i m i e n t o , é s t e s e t r a n s f o r m a e n e l s i m p l es u c e d á n e o d e l a a c c i ó n i m p o s i b l e . C o n o z c o p e r s o n a s q u e s o n a s í .N o h a c e n n a d a p e r o s e i n f o r m a n d e t o d o c o n a v i d e z . S e d i c e n :" ¡ Y o , a l m e n o s , s é p o r q u é r e v e n t a r é b a j o u n a b o m b a a t ó m i c a "

H a y u n f a c t o r i n d i s c u t i b l e d e d e s p o l i t i z a c i ó n . P e r o l a p o l í t i c a¿ q u é e s ? P a r a m í n o e s u n a actitud q u e e l in d iv id u o p u e d e t om ar

o a b a n d o n a r s e g ú n l a s c i r c u n s t a n c i a s , s i n o u n a dimensión de lap e r s o n a . E n n u e s t r a s s o c i e d a d e s , s e haga o no pol í t ica , uno nacep o l i t i z a d o : n o p u e d e h a b e r v i d a i n d i v i d u a l o f a m i l i a r q u e n o



La coartada 103

c ionan: que se deje l l evar por e l curso de las cosas o que tra ted e o r i e n t a r l a s , h a y n e c e s a r i a m e n t e u n a e f i c a c i a c o l e c t i v a q u e

c o n l l e v e u n e n s a n c h a m i e n t o r e a l y u n a s o c i a l i z a c i ó n d e s u p e r s o n a . A h o r a b i e n , s e h a q u i t a d o a l a j u v e n t u d e l s e n t i m i e n t o d e q u ep o d í a a c t u a r a e s c a l a m u n d i a l s i n e x p l i c a r l e c ó m o p o d í a h a c e r l oen su prop io pa ís .

E s o n o s u c e d e p o r c a s u a l i d a d . D e c i r q u e l a j u v e n t u d e s t á d e s po l i t i zada , es desear que lo es té y t rabajar para que se despo l i t i cec a d a v e z m á s . E l h e c h o d e q u e l a g e n t e j o v e n s e i n t e r e s e m e n o sd i r e c t a m e n t e e n e l c o m b a t e p o l í t i c o s i r v e d e coartada para apart a r l a m á s a ú n d e é l . H a y d o s m a n e r a s d e h a c e r l o . L a p r i m e r a

p o n e d e r e l i e v e l a p r o p a g a n d a : c o n s i s t e e n p r e s e n t a r i n c a n s a b l e m e n t e , m i e n t r a s s e s i m u l a a f l i c c i ó n , l a i m a g e n d e u n a j u v e n t u dd e s e n c a n t a d a , c í n i c a , p o l í t i c a m e n t e i n ú t i l e i n e f i c a z . E n e s e e s p e -i o p i n t a d o q u e s e l e t i e n d e , e l j o v e n c r e e f i n a l m e n t e r e c o n o c e r s e .Se d ice : "S i todos los o tros son as í , s in duda yo también lo soy" .E s u n a p r o p a g a n d a n o t a b l e m e n t e b i e n h e c h a .

E l s e g u n d o m é t o d o e s u n a m i s t i f i c a c i ó n q u e s e a p o y a e n u n am a n i o b r a e c o n ó m i c a . S e t r a t a d e l l e v a r a c a b o c o n l a j u v e n t u dl o q u e s u c e d e e n E s t a d o s U n i d o s c o n l a s m u j e r e s . L o s n o r t e a m e

r i c a n o s s e h a n a p e r c i b i d o q u e e l a m a d e c a s a e s m u c h o m e j o rc o n s u m i d o r a q u e l a m u j e r q u e t r a b a j a a f u e r a . S e a s i s t e e n t o n c e sa u n a c a m p a ñ a e n l a p r e n s a , p a r a d e v o l v e r a l a m u j e r a l h o g a r .S e p e r s u a d e a l " a m a d e c a s a " d e q u e e s " c r e a d o r a " p a r a d a r l e e lg u s t o d e " i n v e n t a r s u i n t e r i o r " , e s d e c i r d e c o m p r a r — c r e y é n d o s e o r i g i n a l — l o s m i s m o s a r t í c u l o s q u e s u v e c i n a p a r a a d o r n a r s eo a d o r n a r s u h o g a r .

E n F r a n c i a , u t i l i z a n d o e l f e n ó m e n o " y e y é " , s e h a q u e r i d o h a c e rd e l a j u v e n t u d u n a c l a s e d e c o n s u m i d o r e s . A p r o v e c h a n d o q u e

l o s a d o l e s c e n t e s o b t i e n e n m á s d i n e r o d e b o l s i l l o q u e a n t e s , s e h a nf a b r i c a d o p r o d u c t o s e s p e c i a l m e n t e p a r a e l l o s — S a lu t les copains,Chouchou, m i l l o n e s d e d i s c o s , e t c . — h a c i é n d o l e s c r e e r q u e e r a ne l l o s m i s m o s q u i e n e s l o s f a b r i c a b a n . E n c o n c r e t o , l o q u e s e d ap a r a c o n s u m i r a l o s j ó v e n e s e s c u i d a d o s a m e n t e c o n t r o l a d o p o re l g o b i e r n o y p o r l o s p a p a s . L a s c a n c i o n e s , p o r e j e m p l o . P i e n s oen és ta : Nous danserons jusqu'á minuit.. y en otra : Attends

' Baüa remos hasta viediaiioche...



104 Francia

moi, je n'ais pas l'áge..¿Por qu é has ta m edia no che ? ¿Por quéno hasta las cuatro de la mañana? No son los ado lescentes qu ie nes han dec id ido a l respecto : e s la defensa paterna l que apareceh a s t a e n su t í m i d a p a s i ó n . ¿ Y q u i é n d e c i d e q u e l a p e q u e ñ a e n a

morada "no t i ene la edad" s ino la madre que l e proh ibe sa l i rso l a ? Esp é r a m e : n o t e n g o s i n o d i e c i s é i s a ñ o s . C u a n d o t e n g a d i e c i o c h o n o s c a sa r e m o s y m e h a r á s c u a t r o h i j o s . Esa s p r u d e n t e slocuras son la revue l ta de los jóvenes contro lada por papá ym a m á . L o s c a n t a n t e s s o n " t e e n a g e r s " . . . p e r o b a j o l i b e r t a d v i g i lada .

N a t u r a l m e n t e , n o s i e m p r e r e su l t a : l a j u v e n t u d r e a l e s m u c h om á s e m a n c i p a d a q u e e so . Te r m i n a p o r d a r se c u e n t a d e q u e su s" ído los" la t ra ic io nan en pro vec ho d e papá . S e logra con tod o

m a n t e n e r l a i l u s i ó n p e r m i t i e n d o a l o s j ó v e n e s r o m p e r a l g u n o ss i l lones y voc i f erar en las sa las de conc ier to . El los t i enen la imp r e s i ó n d e h a c e r u n a r e v o l u c i ó n . En r e a l i d a d , s e l o s e s t á e n g a ñ a n d o .

— Ya sea el efecto de esa mistificación, de la propaganda ode una decepción más profunda, el hecho es que una parte muygrande de la juventud se desinteresa hoy de la lucha política.¿Es posible imaginar una inversión de esa evolución?

—^Les he d icho que la po l í t i ca era una d imens ión permanente .

Es t o y c o n v e n c i d o q u e l a d e sp o l i t i z a c i ó n d e u n j o v e n s i e m p r ees só lo aparente . No puede t raduc ir s ino una fa l ta de luc idez .Ese j o v e n l l e g a a u n a so c i e d a d v i e j a , d o n d e l o s l u g a r e s e s t á no c u p a d o s , y su s i t u a c i ó n , a l p r i n c i p i o , e s n e c e sa r i a m e n t e m a l a .Le s r e c o r d a r é l a s p a l a b r a s d e m i a m i g o N i z a n : " Yo t e n í a v e i n t ea ñ o s , n o p e r m i t i r é q u e n a d i e d i g a q u e e s l a e d a d m á s h e r m o sad e l a v i d a " . Ese s e n t i m i e n t o e x i s t e b a j o t o d o s l o s r e g í m e n e s . Esa l g o q u e e l j o v e n e x p e r i m e n t a s i e m p r e , p o r q u e l a j u v e n t u d e su n a l u c h a . ¿ C ó m o v a a r e a c c i o n a r é l ? A n t e s , c u a n d o p a p á l o

moles taba , se pasaba a la i zqu ierda . Era cómodo y románt ico .P e r o l a i z q u i e r d a h a p e r d i d o su e n c a n t o . C o m o l a d e r e c h a t a m p o c o e s m u y a t r a c t i v a , e l j o v e n r e sb a l a h a c i a e l c i n i sm o . P u e d ep o n e r se a r o m p e r v i d r i e r a s y a p e l e a r se a g o l p e s d e c a d e n a d eb ic ic l e ta . Eso será un acto po l í t i co , aunque é l no lo sepa . Esoquerrá dec ir : "Quiero romper es ta soc iedad que me n iega mi

* E s p é r a m e , no tengo la edad.,.



La coartada 105

l u g a r , q u i e r o s e r u n h o m b r e " . P u e d e t a m b i é n r e f u g i a r s e e n l af a m i l i a y d e c i r : " A m í , l o q u e m e i n t e r e s a e s f u n d a r u n h o g a ry t e n e r u n b u e n o f i c i o " .

E s t a d e s p o l i t i z a c i ó n n o s i g n i f i c a q u e e s e j o v e n h a y a s i d o c a s t r a d o d e s u s r e i v i n d i c a c i o n e s p o l í t i c a s , p e r o s í q u e s e h a l o g r a d oe s c o n d é r s e l a s . E s e n e s t e s e n t i d o q u e l a j u v e n t u d s i g u e s i e n d ou n a f u e r z a p o l í t i c a e n p o t e n c i a , y q u e h a y q u e t r a t a r d e a y u d a r l a a t o m a r c o n c i e n c i a d e s u s r e i v i n d i c a c i o n e s . N o s e t r a t a d ed e c i r a l o s j ó v e n e s : " E s t á m u y m a l s e r d e s p o li t iz a d o " , s i n o d ed e c i r l e s : " u s t e d e s s o n p o l í t i c o s a p e s a r d e u s t e d e s m i s m o s . S uactitud política, h o y , e s j u s t a m e n t e l a d e s p o l i ti z a c i ó n , e s a d i m i s i ó n q u e p e r m i t e a u n a m i n o r í a ' d e a d u l t o s ' h a c e r c o n t r a u s t e

d e s l a p o l í t i c a q u e e l l o s q u i e r e n y q u e u s t e d e s n o q u i e r e n . N ose trata , para ustedes , de ' entrar en la arena' —^ya es tán en e l la ,h a g a n l o q u e h a g a n — , s i n o d e d e c i r y d e h a c e r l o q u e realmenteq u i e r e n " .

L a d e s p o l i t i z a c i ó n n o e s p u e s u n a c u e s t i ó n d e h e c h o ; e s e l r e s u l t a d o d e u n a l u c h a q u e l l e v a n a c a b o e l E s t a d o , l a g r a n i n d u s t r ia y e l comerc io con sus aparatos de propaganda y de d i fus ión .Y e l p a p e l d e l a i z q u i e r d a , h o y , d e b e s e r o r g a n i z a r l a c o n t r a

o f e n s i v a .— Esta no resulta facilitada por lo que se ha llamado "la mu erte de las ideologías", que priva a la izquierda de uno de sus principales factores de unidad. Las desviaciones dogm áticas a lascuales se ha asistido han dado incluso a la palabra "ideología",ante los ojos de mu cha gente, un valor peyorativo.

— U s t e d e s n o p u e d e n h a c e r a l u s i ó n s i n o a l a i d e o l o g í a m a r x i s -ta . H o y n o c o n o z c o o t r a : n o e s p o r s u f i r m e z a s i n o p o r s u a u s e n

c ia que br i l l a l a ideo log ía burguesa . Va de por s í que l a s d i sc i p l i n a s a n t r o p o l ó g i c a s , t a n t o e n E s t a d o s U n i d o s c o m o e n E u r o p a ,h a n p r e c i s a d o s u s m é t o d o s y a d q u i r i d o i m p o r t a n t e s c o n o c i m i e n to s . ¿ P e r o q u é e s u n a ideologíal E s u n p e n s a m i e n t o s i n t é t i c op r o d u c i d o e n n o s o t r o s p o r h e c h o s s o c i a l e s , y q u e i n t e n t a v o l v e rs o b r e e l l o s p a r a r e u n i r l o s e n l a u n i d a d m á s o m e n o s r i g u r o s ad e u n a m i s m a v i s i ó n . P u e d e s e r , a c t u a l m e n t e , q u e u n o p r e t e n d as e n t i r s e d i s g u s t a d o d e l d o g m a t i s m o m a r x i s t a , o q u e s e q u i e r ah a c e r n o s c r e e r q u e e l m a r x i s m o h a s i d o s u p e r a d o , q u e d e s d e

h a c e t i e m p o s e h a t o m a d o d e é l l o m e j o r d e j a n d o c a e r l o s p u n -



106 Francia

t o s d e v i s t a e r r ó n e o s . E s u n a a c t i t u d d e e s p í r i t u : v a l e l o q u ev a l e n t o d a s l a s a c t i t u d e s . C o m o m e d e c í a u n d í a e l C h e G u e v a r a : " N o e s c u l p a m í a s i l a r e a l i d a d e s m a r x i s t a " . Q u e r í a d e c i rq u e n o s e s u p e r a r á e l m a r x i s m o — y s u e x p l i c a c i ó n d e l a h i s t o r i a p o r l a l u c h a d e c l a s e s — , e n t a n t o n o s e h a y a n d e s t r u i d ol a s e s t r u c t u r a s e c o n ó m i c a s y s o c i a l e s q u e e n g e n d r a n p r e c i s a m e n t e e s a l u c h a , y q u e h a n d a d o n a c i m i e n t o a l a i d e o l o g í a q u e d ac u e n t a d e e l l a .

— Si mu cha gen te no cree ya en el valor del marxismo, esquizá porque él ha parecido encam arse por mu cho tiempo enla experiencia soviética. Las dificultades y los fracasos de esaexperiencia, se han volcado sobre el marxismo mism o.

— L a g e n t e n o h a c o m p r e n d i d o l o q u e q u i e r e d e c i r u n a e n c a r n a c i ó n . S e l o s a b í a a n t e s , s i n e m b a r g o , c u a n d o s e d e c í a : " ¡ Q u éh e r m o s a e r a l a R e p ú b l i c a b a j o e l I m p e r i o " . E l s o c i a l i s m o n op u e d e s e r p u r o s i n o e n idea, o, q u i z á , m u c h o m á s t a r d e , s i l l e g a r aa s e r e l r é g i m e n d e t o d a s l a s s o c i e d a d e s . M i e n t r a s s e e s p e r a , s uencarnación e n u n p a í s p a r t i c u l a r i m p l i c a q u e é l d e b e h a c e r s ey q u e s e d e f i n e p o r u n a i n f i n i d a d d e r e l a c i o n e s c o n e l r e s t o d e lmundo . Por ese l ado , s i l a rea l idad se for ja , l a pureza de la ideas e a l t e r a . U n a f r a s e m u y s i m p l e d e u n m a l i a n o e s c l a r e c e e s t ep e n s a m i e n t o : " P a r a j u z g a r t o d a s l a s d i f i c u l t a d e s d e l M a l í s o c i a l i s t a , p i e n s e n q u e é l d e b e m a n t e n e r r e l a c i o n e s e c o n ó m i c a s ys o c i a l e s c o n p a í s e s a f r i c a n o s d e e s t r u c t u r a y r é g i m e n t o t a l m e n t ed i f e r e n t e s . N u e s t r o s o c i a l i s m o e s t á c o n d i c i o n a d o p o r e l h e c h o d e

q u e s o m o s u n p a í s c o n t i n e n t a l s i n n i n g u n a s a l i d a a l m a r . " A .p a r t i r d e a l l í , l a s d i f i c u l t a d e s c o m i e n z a n ; p a r a e n d e r e z a r l a s s ec o r r e e l r i e s g o d e d e s v i a r e l m o v i m i e n t o o d e f i j a r l o . P e l i g r o sr e a l e s p e r o q u e n o c a r a c t e r i z a n a l r é g i m e n : m a r c a n s i m p l e m e n te contra qué d e b e l u c h a r e l c i u d a d a n o , q u é c o n c e s i o n e s s o n p o s i b l e s p r o v i s o r i a m e n t e , c u á l e s s o n d e f i n i t i v a m e n t e i m p o s i b l e s .

E l m a r x i s m o c o m o m é t o d o c r í t i c o y d i a l é c t i c o e s p r e c i s a m e n t ee l i n s t r u m e n t o q u e p e r m i t e a l m o v i m i e n t o c o m p r e n d e r s e y c o n

t r o l a r s e . D e s g r a c i a d a m e n t e s u c e d e m u y s e g u i d o — c u a n d o l ai d e o l o g í a m a r x i s t a e s o f i c i a l — , l a m i s m a c o s a q u e c o n c i e r t o sh i j o s d e F r e u d c u y o s r e c u e r d o s h e l e í d o . L e y é n d o l o s , p o d r í a c r e e r



La coartada 107

c o n e l p s i c o a n á l i s i s . Ap l i c a r l e e l m é t o d o a n a l í t i c o l e s p a r e c ía in

c o n c e b ib le , p u e s t o q u e e r a é l q u ié n lo h a b ía in v e n t a d o .Po r e s a m is m a r a z ó n , n in g u n a t e o r ía m a r x i s t a h a s id o h e c h a

e n e l in t e r io r d e l p a r t id o s o v i é t i c o . I n d iv id u a lm e n t e s e e n c u e n t r a n s o v i é t i c o s q u e d i c e n c o s a s m u y in t e r e s a n t e s s o b r e l a m a n e r a q u e h a n v iv id o p s i c o ló g i c a m e n t e l a é p o c a s t a l in i s t a . Lo s p a r t id o s d e l o e s t e —c o m o e l p a r t id o i t a l i a n o — h a n t r a t a d o d e d a ru n a in t e r p r e t a c ió n d e l s t a l in i s m o . Pe r o h a s t a a h o r a n a d a h a s id oin t e n t a d o e n lo s p a í s e s d e l Es t e : s e c r e e r ía q u e e l m a r x i s m o , c o nla soc ia l izac ión de los medios de producc ión , ha perd ido su va lor

teór ico y práct ico .E l r i e s g o s e r ía e n t o n c e s e l o p o r t u n i s m o . En é l c a e r ía m o s n e

c e s a r i a m e n t e , a f i r m a n d o u n d o g m a t i s m o e s t e r e o t i p a d o — p o r m i e d o a l r e v i s io n i s m o —, lo q u e l l e v a r ía a b u s c a r l a s s o lu c io n e s a l ab u e n a d e D io s , e m p ír i c a m e n t e , e n e l in t e r io r d e u n a s o c i e d a dque no se pensar ía a s í misma. Este e s e l r ie sgo: creo que loss o v ié t i c o s d e h o y s o n c o n s c i e n t e s d e é l .

— Hay una idea que se acrecienta cada vez m ás, y es aue los

-problemas — y por consecuencia las soluciones— son iinalmente

las mism as en todas las sociedades industriales, ya sean socialistas o capitalistas.

— Pa r a a f i r m a r lo , s e r ía n e c e s a r io p r o b a r q u e h a v u n a lu c h a d ec lases en los pa íses soc ia l i s tas , e s dec ir que los pr iv i leg ios acordados a a lgunos se e s tra t i f ican . Eso no sucede en abso lu to : hayd e s ig u a ld a d e s m u y r e a l e s , p e r o e l d in e r o g a n a d o p o r u n d i r e c tor de fábr ica , en la U.R.S .S . , no puede re invert ir se en n ingunap a r t e : s e gasta y n o p u e d e r e c o n s t i t u i r s e o a u m e n t a r s e e n t r e s u sm a n o s p a r a d e v e n ir l a b a s e d e u n p o d e r d e c la s e .

S e escand al iza a los sov ié t ic os cuan do se f ing e cre er qu e e ld in ero pued e , en tre e l los , confer ir e l poder . Éste , d ic en e l lo sfuera de toda propaganda , no per tenece a los r icos s ino a los« fun c ion ar ios de a l to n ive l» . Y c ier t am ente , e sos func ionar iosd e a l t o n iv e l t i e n e n n u m e r o s o s p r iv i l e g io s , p e r o , e n l a m e d id am is m a e n q u e e l r é g im e n e s a u t o r i t a r io , e x i s t e u n a e s t a b i l id a ds o c i a l , m o v i m i e n t o s , d e s g r a c i a s , u n c o n s t a n t e l l a m a m i e n t o q u ehace sub ir a rec ién l legados desde la base a la c ima. S i deb ierahaber conf l ic tos en la U.R.S .S . , e l lo s tomar ían e l a specto de unreformismo y no de una rev o lu c ión . N o habr ía un a c lase que



La coartada 109

g ren en e l s i s t em a . S i l o s t ra b a j a d o res reh u sa n e se co m p ro m i sore f o rm i s t a , s i l l ev a n su s re i v i n d i ca c i o n es h a s t a e l f i n a l , s i rv i én dose de cada conces ión para arrancar de e l la o tra nueva en lap ersp ec t i v a d e u n co n t ro l co m p l e t o d e l a p ro d u cc i ó n , e l l o s m a n

t i en en e l co m b a t e en e l t e rren o d e l a l u ch a d e c l a se s , l o t ra n s f o rm a n en o f en s i v a y e l p o d er b u rg u és co m p ren d erá q u e n o s eex i g e d e é l su adaptación s i n o su abdicación.

•— Mucha gente acepta hoy la idea de que el poder debe serpersonalizado, que es necesario, en la lucha política, oponer unhombre a otro hombre.

— S ea m o s c l a ro s : e so q u i ere d ec i r o p o n er D ef f erre a d e G a u l l e .Es a b su rd o . D e G a u l l e e s u n m i t o , D e f f erre e s u n h o m b re . E lp r i m ero t i en e p res t i g i o , e l s eg u n d o n o l o t i en e . N a d i e p u ed e re p ro ch a r a D e f f erre ca recer d e p res t i g i o . Eso n o t i en e i m p o r t a n c i a . Q u i ere d ec i r s i m p l em en t e q u e n o p o d r í a o p o n erse a d eG a u l l e s i n o co m o l a en ca rn a c i ó n d e u n a p o l í t i ca y d e u n p ro grama prec i so —^justamente lo que no hace .

S o b re e s t e t erren o u n a p ren sa d e i zq u i erd a p o d r í a j u g a ru n p a p e l i m p o r t a n t e . U n o d e l o s p r i n c i p a l e s f a c t o res d e d esp o l i t i za c i ó n , e s e l s en t i m i en t o d e i m p o t en c i a y d e a i s l a m i en t o . H a ye n F r a n c i a c e n t e n a s d e m i l e s d e h o m b r e s , e s p e c i a l m e n t e e n p r o

v i n c i a , q u e s e s i e n t e n p e r d i d o s p o r q u e n o e n c u e n t r a n n i n g ú ne c o , en su m ed i o , a su rev u e l t a co n t ra e l r ég i m en . S o n a q u e l l o sl o s q u e h a y q u e rea g ru p a r y a y u d a r p ro v ey én d o l e s l a s ex p l i c a c i o n e s y l o s a r g u m e n t o s q u e n o s i e m p r e e n c u e n t r a n s o l o s .H a y q u e d e v o l v e r a l a g e n t e e l s en t i m i en t o d e q u e la a cc i ó nes p o s i b l e , h a cer l e s co m p ren d er q u e p u ed en l u ch a r a su n i v e l ,en su c iudad , contra e l s i s tema de d i s tr ibuc ión , contra lo s a lza m i en t o s d e p rec i o s a b u s i v o s , co n t ra l a i n t o x i ca c i ó n p o r l a p ro

p a g a n d a o f i c i a l , e t c . Lo i m p o r t a n t e n o e s i m p o n er l e s u n a i d eo l o g í a , s i n o m o v i l i za r l o s .Y n o s e l l eg a rá a e so co n t en t á n d o se co n " i n f o rm a r l e s" . La t ra r t i -

p a m á s p e l i g r o s a e s l a d e l o b j e t i v i s m o . E x a m i n a r u n p r o b l e m as i n i n d i ca r l a d i recc i ó n en l a cu a l p o d r í a re so l v érse l o , e s t o d a v í aco n t r i b u i r a l a d esp o l i t i za c i ó n . La i n f o rm a c i ó n d eb e a b r i r se so b re l a a cc i ó n . La i zq u i erd a s e l l a m a b a a n t a ñ o "e l p a r t i d o d e lm o v i m i e n t o " , n o " e l p a r t i d o d e l a n á l i s i s " .

S i n c a e r e n e l m a n i q u e í s m o , h a y q u e s u b r a y a r la i n t r a n s i g e n -



110 Francia

c ia . Al f in y a l cabo toda pos ic ión de izquierda , en la medida

en que e s co ntra r ia a l o que s e in ten ta incu lca r a l co njunto dela s o c i eda d , s e encuentra s i endo "es ca nda lo s a " . Es o no qu ieredec ir que haga fa l ta buscar e l escándalo , lo que ser ía absurdo eine f i ca z , s ino que no ha y que t emer lo : s i l a po s i c ió n to ma da e sjus ta , é l debe l l eg a r po r a ña d idura , co mo un s ig no , co mo la s a nc ió n na tura l de una a c t i tud de i zqu ierda .

L a d e s g r a c i a e s q u e m u c h o s h o m b r e s d e i z q u i e r d a s u e ñ a n s e rr e c o n o c i d o s p o r l a d e r e c h a . N o s e s i e n t e n v e r d a d e r a m e n t e s e g u

r o s s i n o c u a n d o u n h o m b r e d e d e r e c h a l e s h a d i c h o : " B u e n o ,¡us ted e s de i zqu ierd a pe ro e s un bu en t ipo " Se e s s o c ia l i s ta— p o r e j e m p l o — p e r o p a t r i o t a . D e e s e m o d o , u n o s e s i e n t e v e r d a d e r a m e n t e u n i v e r s a l . E s o d a u n a i z q u i e r d a q u e t r a t a d e " c o m p r e n d e r " l a s p o s i c i o n e s d e l a d e r e c h a e s p e r a n d o q u e é s t a h a r álo mis mo a s u re s pec to . En mi o p in ió n , e s un eng a ño .

P e r s o n a l m e n t e m e r e p r o c h o h a b e r s i d o , e n m i s a r t í c u l o s , d e m a s i a d o r e s p e t u o s o c o n d e G a u l l e . N o h a b í a q u e t e n e r e n c u e n

ta e l hecho de que é l era re s pe ta do po r un g ra n número defra nces es y deno ta r re s pe to po r e s e re s pe to . Era neces a r io a ta c a r l o a b i e r t a m e n t e c o m o a u n p e r s o n a j e d a ñ i n o .

— ¿Acaso el papel del periodista no consiste, para hacer comprender al lector lo que quiere explicársele, en tomarlo allí donde se encuentra?

—Creo que a menudo , cua ndo s e l o bus ca a l l í do nde s e en cuentra , a l l í se lo deja . La prensa actua l , en todo caso , parece

c o m p l a c e r s e m u c h o a h u n d i r l o d o n d e e s t á .Y s in emba rg o , s e puede des per ta r l a co nc i enc ia po l í t i ca de l a

g ente a pa r t i r de cua lqu ier a co ntec imiento , s i s e l o to ma en s uto ta l ida d . Lo s hecho s má s co t id ia no s s o n s us cept ib l e s de unain terpre ta c ió n en pro fund ida d . E l a ná l i s i s e s un ca s o po l i c ia l , po re j e m p l o , p u e d e s e r m u c h o m á s r e v e l a d o r d e l a n a t u r a l e z a d eu n a s o c i e d a d q u e u n c o m e n t a r i o s o b r e u n c a m b i o d e g o b i e r n o .

H a y , en l a i zqu ierda , un re f l e jo de mo j ig a ter ía , de v erg üen

za a nte to do lo que co nc i erne a l a s ex ua l ida d y a l cr imen . Sede ja a l a prens a de derecha la ex p lo ta c ió n "de l a s na lg a s y l as a ng re" . Es un erro r . No ha y po rqué s upr imir c i er to t ipo de in



La coartada 111

b i e n , es dec ir de hacer , a part i r dé la crón ica po l i c ia l , un anáhs i ssoc io lóg ico de la soc iedad .

— Las reacciones de la prensa ante su negativa a recibir el Premio Nobel han sido diversas. ¿Lo han sorprendido?

—^Algunas me d iv ir t i eron , tan incre íb les eran los mot ivos quem e a t r i b u í a n . ¿ P o r q u é h e r e c h a z a d o e s e p r e m i o ? P o r q u e e s t i m o q u e t i e n e , d e sd e h a c e c i e r t o t i e m p o , u n c o l o r p o l í t i c o . S i h u b i e r a a c e p t a d o e l N o b e l — y a ú n s i h u b i e r a h e c h o u n d i s c u r soi n so l e n t e e n Es t o c o l m o , l o q u e h u b i e r a s i d o a b su r d o — , m e h a b r í a n r e c u p e r a d o . S i h u b i e r a s i d o m i e m b r o d e u n p a r t i d o , d e lp a r t i d o c o m u n i s t a , p o r e j e m p l o , l a s i t u a c i ó n h u b i e r a s i d o d i f e

r e n t e . In d i r e c t a m e n t e , e s a m i p a r t i d o q u e e l p r e m i o h u b i e r as ido o torgado; a é l , en todo caso , l e hubiera pod ido serv ir . Peroc u a n d o se t r a t a d e u n h o m b r e a i s l a d o , a ú n s i t i e n e o p i n i o n e s" e x t r e m i s t a s" , s e l o r e c u p e r a n e c e sa r i a m e n t e , d e c i e r t o m o d o ,c o r o n á n d o l o . Es u n a m a n e r a d e d e c i r : " F i n a l m e n t e , e s d e l o sn u e s t r os " . Y o n o p o d í a a c e p t a r e s o .

La m a y o r p a r t e d e l o s p e r i ó d i c o s m e h a n a t r i b u i d o r a z o n e sp e r so n a l e s : y o e s t a b a o f e n d i d o p o r q u e C a m u s l o h a b í a o b t e n i d oa n t e s q u e y o . . . T e n í a m i e d o d e q u e S i m o n e d e B e a u v o i r s e p us i e r a c e l o s a . . . l o m e n o s e s q u e y o e r a u n a l m a b e l l a q u e r e h u s a b a t o d o s l o s h o n o r e s p o r o r g u l l o . Te n g o u n a r e sp u e s t a b i e n s i m p l e : s i t u v i é r a m o s u n g o b i e r n o d e F r e n t e P o p u l a r , c o m o y od e s e o , y é l m e h u b i e r a h e c h o e l h o n o r d e o t o r g a r m e u n p r e m i o ,l o h u b i e r a a c e p t a d o c o n p l a c e r . N o p i e n so e n a b so l u t o q u e l o sescr i tores deban ser caba l l eros andantes y so l i tar ios , a l contrar io . P e r o n o d e b e n d e j a r se a r r a s t r a r a u n a v i sp e r o .

Lo q u e m á s m e h a m o l e s t a d o , e n e s t a h i s t o r i a , so n l a s c a r t a s

de los pobres . Los pobres , para mí , son la gente que no t i ened i n e r o p e r o q u e e s t á l o su f i c i e n t e m e n t e m i s t i f i c a d a c o m o p a r aa c e p t a r e l m u n d o t a l c u a l e s . Esa g e n t e e s l e g i ó n . M e h a n e sc r i t oc a r t a s a f l i g e n t e s : " D e n o s e l d i n e r o q u e u s t e d r e c h a z a " .

En e l fondo , lo que escandal i za es que ese d inero no haya s idog a s t a d o . C u a n d o M a u r i a c e sc r i b e e n su b l o c d e n o t a s : " Yo l out i l i cé para rehacer mi sa la de baño y la cerca de mi parque" ,e s u n t a i m a d o : sa b e q u e n o p r o v o c a r á n i n g ú n e sc á n d a l o . S i h u b iera d i s t r ibu ido ese d inero , hubiera chocado más a la gente .



112 Francia

R e c h a z a r l o e s i n a d m i s i b l e . U n n o r t e a m e r i c a n o h a e s c r i t o : " S im e d a n c i e n d ó l a r e s y l o s r e c h a z o , n o s o y u n h o m b r e " .

Y des pués e s tá l a i dea de que un e s cr i to r no m erece e s e d i n e r o . E l e s cr i to r e s un pers o na je s o s pecho s o . N o t ra ba ja , g a na

d i nero e i nc l us o puede s er rec i b i do , s i qu i ere , po r e l r ey deSuec i a . Es o y a e s e s ca nda l o s o . S i , a dem á s , recha za e l d i nero queno ha m erec i do , e s e l co l m o . Se co ns i dera na tura l que un ba nquero t eng a d i nero y no l o dé . P ero que un e s cr i to r pueda re cha za r l o , e s i na cepta b l e .

To do e s to e s e l m undo de l d i nero , y l o s v í ncu l o s co n e l d i neros i e m p r e s o n f a l s o s . Y o r e c h a z o v e i n t i s é i s m i l l o n e s y s e m e h a c e nrepro ches , pero a l m i s m o t i em po s e m e ex p l i ca que m i s l i bro ss e v e n d e r á n m e j o r p o r q u e l a g e n t e v a a d e c i r s e : " ¿ Q u i é n e s e s t ec h i f l a d o q u e e s c u p e s o b r e s e m e j a n t e s u m a ? " . M i g e s t o , p u e s , v aa repo r ta rm e d i nero . Es a bs urdo , pero na da puedo ha cer .

L a p a r a d o j a e s q u e , r e c h a z a n d o e l p r e m i o , n o h e h e c h o n a d a .E r a a c e p t á n d o l o q u e h u b i e r a h e c h o a l g o , q u e m e h u b i e r a d e j a d orecupera r po r e l s i s t em a .

Le Nouvel Observateur, 19 de no vie m br e de 1964



• ' R E C H A C E M O S E L C H A N T A G E "

" LE NO UVE L O B SE RVAT E UR" . — Durante un año y medio — d e s p u é sdel lanzamiento de la operación "M onsieur X"— nos hemos po

dido preguntar si Gastón Defferre conseguiría o no imponersecomo candidato del partido socialista en las elecciones presidenciales. Eso no sólo es c o s a hecha, sino que Defferre se presentaahora como el candidato de una "Federación" que debe reagru-par alrededor de la S.F.I.O., el M.R.P., los radicales y todos losgrupos no com unistas o centristas que quisieran adherirse. Losdefferristas dicen: « Es ta vez salimos del desierto. No soñam osmás con la toma del poder: la preparamos. Tenem os una opor

tunidad real de reunir bastante gente como para tener la mayoría — suponiendo que el partido comun ista, o al menos unagran parte de los electores com unistas, se verán obligados a seguirnos— y de meter la mano en los mecanismos del estado.Hecho esto, podremos a p l i c a r n u e s t r o p r o g r a m a , que es un program a de izquierda. Nuestra solución es la única "eficaz". Rechazar la "Federación" es condenarse a permanecer en una oposición eternam ente minoritaria, y por lo tanto eternam ente im

potente.»— ¿Qué piensa usted de esta tesis? ^J E A N - P A U L S A R T R E . — Q u e SU S a uto res s e en treg a n a un cha n -

t a g e t í p i c a m e n t e g a u l l i s t a . S e n o s d e c í a h a s t a a q u í : " V o t e n a d eG a u l l e p o r q u e n o t i e n e n n i n g ú n o t r o p a r a p o n e r e n s u l u g a r " .H o y s e e n t r e g a n a l m i s m o c h a n t a j e e n e l i n t e r i o r d e l a i z q u i e rda : "Vo ten a Def ferre po rque e s l a ún ica ma nera « e f i ca z» dev o ta r" .

Y o p r e g u n t o s o l a m e n t e : " ¿ E fi ca z p a r a h a c e r q u é ? " . U n p ro g ra ma no v a l e s ino po r l a s fuerza s que l o s o s t i enen . S i De f ferrel l eg a un d ía a l po der (no en 1 9 6 5 , po r s upues to , no ha y n ing una



114 Francia

chance , pero después de la desapar ic ión de de Gaul le , en 1972) ,

é l hará la po l í t i ca de la gente que lo ha e leg ido . ¿Quién será e sag e n t e ? S e l o p u e d e s a b e r m i r a n d o h a c i a d o n d e a c t u a l m e n t eDef ferre busca sus votos . No e s en la i zqu ierda , y e l e j emplo del a s e l e c c i o n e s m u n i c i p a l e s d e M a r s e l l a e n f e b r e r o ú l t i m o l o p r u e ba b ien . Marse l la e s un só l ido bas t ión soc ia l i s ta pero , con todo ,hay en los barr ios obreros e l 80 % de la gente que vota por losc o m u n i s t a s . T o d a s l a s c o n d i c i o n e s d e e s o q u e s e p r e t e n d e r e a l i z a r — e s d e c i r u n r e a g r u p a m i e n t o " m a y o r i t a r i o " d e i z q u i e r d a —e s t a b a n a l l í r e u n i d a s . N a d a i m p e d í a a D e f f e r r e j u g a r e s a c a r t aa l l í . P e r o é l h a p r e f e r i d o b u s c a r l o s v o t o s d e c o m p l e m e n t o q u en e c e s i t a b a e n l a d e r e c h a , e n t r e l o s i n d e p e n d i e n t e s , l a U . N . R .

A ú n a d m i t i e n d o q u e l a s a l i a n z a s q u e h a c o n c l u i d o e n M a r s e l l afueran más l e jos , a la derecha , que las que nos propone ahoracon la "Federac ión" , queda que toda la operac ión Deferre e s tád ir ig ida contra los comunis tas . E l ob je t ivo , en 1965 , no e s vencer

a de Gaul le ( se ha renunc iado a e so ) , s ino l l egar ante s que losc o m u n i s t a s . S e p o d r í a d e c i r l e s e n t o n c e s : " U s t e d e s v e n q u e n oe x i s t e n , o a l m e n o s q u e s o n m i n o r í a e n e l m i s m o s e n o d e l a iz q u i e r d a . N o l e s q u e d a m á s q u e v o l v e r a r e u n i r s e c o n n o s o t r o s " .S i la d irecc ión de l P . C . r ehusara inc l inarse , se t endr ía la e spe ranza de ver a los e l ec tores comunis tas un ir se en masa , en nombre de la "e f i cac ia" , a la "Federac ión" . Eso e s lo que e l los l la m a n " d e s b l o q u e a r " e l p a r t i d o c o m u n i s t a y " r e i n t e g r a r l o " a l a

v ida po l í t i ca .E s u n s u e ñ o . E l p a r t i d o c o m u n i s t a — q u e s i g u e s i e n d o u n p a r

t i d o d e c l a s e — n o s e a l i n e a r á j a m á s s o b r e u n a f o r m a c i ó n c e n t r i s t a c u y o p r o g r a m a n o r e s p o n d e a n i n g u n o d e s u s o b j e t i v o s .Por e l contrar io , se endurecerá , y e s t rechará la autor idad cent r a l i s t a s o b r e s u s m i l i t a n t e s .

T o d a p o l í t i c a q u e t o m a c o m o p u n t o p r e v i o l a e x c l u s i ó n d e lpar t ido comunis ta , que qu iere robar le sus e l ec tores y has ta sus

m i l i t a n t e s o r e d u c i r l o a l p a p e l d e f u e r z a d e c o m p l e m e n t o , v u e l ve necesar iamente a e l eg ir sus apoyos en la derecha y a re su



"Rechacem os el chantage" l í5

— En m i o p i n i ó n l o s c o m u n i s t a s t i e n e n r a z ó n , y n o v e o p o rqué se vac i lar ía en t ener razón junto a e l los . P ienso en e f ec to

que , con de Gaul l e , l a s cartas es tán sobre la mesa . Sabemos qu iénestá detrás de é l en e l p lano económico , sabemos cuá l e s su pol í t i ca , sabemos que hay que luchar contra e l la de todas las man e r a s . El enemigo t i ene e l ros tro descubier to . Él no nos hab lad e " p o l í t i c a d e p r o g r e so " s i n o d e " p l a n d e e s t a b i l i z a c i ó n " . Y n o so tros sabemos muy b ien qu ién corre con los gastos de la po l í t i cade es tab i l i zac ión .

C o n D e f f e r r e e s t a m o s e n u n u n i v e r s o d e m á sc a r a s , d e pa la bras - t rampa . Se nos anunc ia , por e j emplo , una po l í t i ca de "cre

c imiento s in in f lac ión" . ¿Qué qu iere dec ir eso? En e l s i s t err . sac tua l —en e l caso de l "P lan" def f err i s ta no es cuest ión de camb i a r l o — , c o n l o s m o v i m i e n t o s d e c a p i t a l e s q u e c o n o c e m o s , e l d e sa r r o l l o d e l a s i n v e r s i o n e s n o r t e a m e r i c a n a s , n u e s t r o d e se q u i l i br io comerc ia l , nuestras insuf i c i enc ias t écn icas , crec imiento s ig n i f i c a n e c e sa r i a m e n t e u n a c i e r t a d o s i s d e i n f l a c i ó n .

— Para Defferre, crecimiento sin inflación deb e ser posible enel cuadro de un "contrato nacional de progreso", que impl icauna "política de rentas" y una disciplina aceptada por toda íes

categorías económicas.— N o " a c e p t a d a " , j u s t a m e n t e . Im p u e s t a . E l c o n t r a t o q u e s e n o sofrece no es ta l puesto que las partes contratantes no es taránen condic iones de igua ldad . De un lado es tarán las c lases med ias y e l patronato "evo luc ionado" , que es tarán en e l poder , deotro las masas a las cua les se ped irá ra t i f i car e l contrato nac io n a l e n n o m b r e d e l " r e a l i sm o " .

Hay que ana l i zar es ta noc ión de rea l i smo, que es tá en la basede toda la operac ión Deferre . Es un so f i sma v ie jo como e l mundo .

En c o n c r e t o , s e b a u t i z a c o m o r e a l i sm o a u n p e s i m i sm o f u n d a menta l , y cuando se t ra ta luego de hacer andar la máquina—cualqu iera que sea , aún una máquina f i losó f i ca—, se recubreese pes imismo de un opt imismo s in s ign i f i cac ión . En f i loso f ía .H u m e h a h e c h o e so : c o m e n z ó p o r u n p e s i m i sm o d e l c o n o c i m i e n to ta l que se v io ob l igado a in troduc ir luego , para dar cuentasde l pensamiento y de la c i enc ia , un opt imismo de la natura leza ,es dec ir de las "constantes natura les" , favorec iendo c i er tas aso c i a c i o n e s .



116 Francia

Co n l o s d e f f e r r i s ta s s u c e d e lo m i s m o . S e p a r t e d e l p e s i m i s m oa b s o l u t o : " S e a m o s r e a l i s t a s : l a i z q u i e r d a y a n o t i e n e n a d a q u eh a c e r . E n t o n c e s p a s é m o n o s a l a d e r e c h a . P o r q u e e s n e c e s a r i oh a c e r a l g o , n o i m p o r t a q u é . F o r m e m o s e n t o n c e s u n g r a n p a r t i do, s i n u n i d a d p r o f u n d a p e r o q u e v a a t r a t a r d e f o r m a r s e u n a .

Ese par t ido será centr i s ta (e s dec i r de derecha porque e l centro, si Q u i e r e g o b e r n a r , d e b e b u s c a r a l i a n z a s e n l a d e r e c h a ) . Ys e r á « d i n á m i c o » . Aq u í , p a r a q u e e l s i s t e m a f u n c i o n e , h a y q u er e i n t r o d u c i r e l o p t i m i s m o : e s t a n d o m u e r t a l a i z q u i e r d a , s e v a ar e a l i z a r i g u a l m e n t e e l m u n d o s i n c l a s e s . T o d o s l o s h o m b r e s d eca l idad , cua lquiera sea su n ive l soc ia l , van a reunirse y a dec i d i r entre e l l o s d e l p r o g r e s o d e l a e x p a n s i ó n s i n i n f l a c i ó n . No h a b r á lucha . ; .No e s a c a s o e l i n t e r é s d e t o d o e l m u n d o ? " .

E l f a s t i d i o e s q u e h a y u n a l u c h a . S e l a p u e d e e n m a s c a r a r c o npa labras , pero no se l a puede supr imir . Y l o que carac ter i za a l ai zquierda , e s J u s t a m e n t e q u e e l l a r e c o n o c e l a e x i s t e n c i a d e c o n f l i c to s d e i n t e r e s e s t a l e s , e n e l s e n o d e u n a n a c i ó n , q u e n o p u e d e n t r a d u c i r s e s i n o p o r u n a l u c h a p e r m a n e n t e d e c l a s e s . Q u i z áhaga fa l ta rede f in i r lo s , mostrar que e l carác ter de l a lucha noes de l t odo e l m i s m o , q u e l a c o m b a t i v i d a d e s a v e c e s m á s g r a n d ee n l o s p e q u e ñ o s e m p l e a d o s q u e e n c ie r t o s o b r e r o s c a l i f i c a d o s . . .T o d o e s t e m a a e s t u d i a r . Q u e d a q u e h a y u n a l u c h a p e r m a n e n t ey q u e l o s c o n f l i c t o s e n t r e a s a l a r i a d o s y e m p l e a d o r e s n o s e t e r m i n a n j a m á s p o r u n a r m i s t i c i o . Un a v e z f i r m a d o e s t e a r m i s t i c io — en fav or de un os o de o tros— , la gue rra se re in i c ia .

E n la p e r s p e c t i v a d e l o s t e c n ó c r a t a s q u e e s t á n d e t r á s d e D e f f e rre , e s t a l u c h a d e s a p a r e c e . T o d o e l m u n d o c o l a b o r a . S e t o r n a i n ú t i l —^leemos en lo s fo l l e to s de l c lub Jean Moul in— que la masas e a p o r t a d o r a d i r e c t a d e r e i v i n d i c a c i o n e s : s e h a r á n l a s c o s a s p o re l la , se l a in tegrará a l conjunto . Ta l e s e l fo so que se ha cavadoe n t r e l a f u n c i ó n d e d i r e c c i ó n y l a s i t u a c i ó n d e p r o p i e t a r i o , a u e

la noc ión d e " p r o p i e d a d c o l e c t i v a " h a p e r d i d o t o d o s u s e n t i d o .S i e s n e c e s a r i o , c o n t o d o , c o n s e r v a r l a , s e p o d r á h a b l a r — a l m e n o s J e a n - J a c q u e s S e r v a n - S c h r e i b e r l o h a c e — d e u n a a p r o p i a c i ó nc o l e c t i v a d e l o s m e d i o s d e p r o d u c c i ó n p o r l a s c l a s e s m e d i a s . ( F ó r m u l a q u e n o t i e n e n i n g ú n s e n t i d o , a m e n o s q u e s i g n i f i q u e e ltr iunfo de un grup o tecno crá t i co l i gad o a l gra n capi ta l , y q u e



"Rechacem os el chantage" 117

será so s t en i do po r l a s c l a ses m ed i a s en l a m ed i da en que é s t a ss e b e n e f i c i e n d e l a e x p a n s i ó n . )

A l o s s i nd i ca t o s , s e l e s ha ce no t a r que no t i enen so l a m ent eun ro l de pro t es t a s i no "respo nsa b i l i da des" . Deben co nv er t i r se

e n g e s t o r e s . ¿ D e q u é m a n e r a ? M a n t e n i é n d o s e t r a n q u i l o s . N o t i e nen po der de dec i s i ó n pero s e l o s co nsu l t a . P ueden i r en buscade l o s o rg a n i sm o s g uberna m ent a l e s ca l i f i ca do s pa ra dec i r l e s :"Di g a n , pues , e s un po co m o l es t o que e l po der a dqu i s i t i v o noa u m e n t e " . S e l e s r e s p o n d e r á : " E s v e r d a d , p e r o n o p o d e m o s h a c e rna da so bre e so . E n l a perspec t i v a « H o r i zo nt e 8 0 » e so dura rá t o d a v í a d u r a n t e d o s a ñ o s . A g u a n t e n . "

¿ Q ué se l e p i de a l pa t ró n , a l m i sm o t i em po ? Q ue sea "de

buena f e" . ¿ Q ué qu i ere dec i r e so , l a "buena f e" de un pa t ró nrespec t o a sus o brero s? ¿ E n qué g ra do e sa v i r t ud — a ún s i é ll a po see a t í t u l o i nd i v i dua l y en su v i da pr i v a da — j ueg a un pa p e l e c o n ó m i c o e n l a s r e l a c i o n e s d e l e m p l e a d o r q u e b u s c a r e d u c i r sus co s t o s de pro ducc i ó n , co n sus em pl ea do s que rec l a m a nnecesa r i a m ent e sa l a r i o s super i o res? E l pa t ró n e s de buena f e ensus re l a c i o nes co n e l a sa l a r i a do , cua ndo l o s i n t ereses de l ca p i t a ls e ex presa n c l a ra m ent e po r su bo ca . S i a cept a e l co nt ra t o Def f e

rre , e s de m a l a f e co m o e l l o bo que se v i s t e de a bue l i t a pa rac o m e r s e m e j o r a C a p e r u c i t a R o j a .Se b l a nd i rá l a a m ena za de l a na c i o na l i za c i ó n ( po ra ue se co n

serv a l a pa l a bra en e l pro g ra m a — es t í p i co — pero de j a ndo delad o la cosa . La . " nac iona l i za c ión" se convier , te en fue rza de d i sua s i ó n: s i rv e pa ra o b l i g a r a l o s em presa r i o s reca l c i t ra nt es ai n t e g r a r s e a l p l a n . B a j o e s a f o r m a , n a d a m u y n u e v o : M u s s o l i n i ,e n l o s b u e n o s t i e m p o s d e l f a c i s m o , u ti li z a b a f r e c u e n t e m e n t e e s aa m e n a z a ) . P e r o e s t á c l a r o , s i l a " F e d e r a c i ó n " s e h a c e c o n e lM.R .P . , que e sa a rm a no será j a m á s em pl ea da .

¿ Dó nde e s t a rá e l so c i a l i sm o , en t o do e s t o ? L o s i nsp i ra do res deD e f f e r r e , l a s g e n t e s d e l c l u b J e a n M o u l i n , h a n " m o d e r n i z a d o "l a pa l a bra de t a l m o do que y a no qu i ere dec i r na da . T o da v í aa sus t a a l M.R .P . , de a l l í l a s d i f i cu l t a des que encuent ra n l o s so c i a l i s t a s p a r a f o r m a r s u " F e d e r a c i ó n " . P e r o l o s d e m a g o g o s q u ero dea n a Def f erre no t i enen m i edo de l a s pa l a bra s . Sa ben v a c iar las de su sustancia o poner o tras en su lugar . E l soc ia l i smo,en su l eng ua j e , de j a de t ener po r o bj e t i v o l a a pro p i a c i ó n co l ee -



118 Francia

t i v a d e l o s m e d i o s d e p r o d u c c i ó n , d e b e d e s d e a h o r a e n a d e l a n t e

d e s a r r o l l a r s e " e n e l i n t e r i o r d e l c a p i t a l i s m o " , y s u o b j e t o s e c o n v i e r t e e n e l e s t a b l e c i m i e n t o d e l a " J u s t i c i a s o c i a l "¿ Q u é e s l a j u s t i c i a s o c i a l ? E s o n o q u i e r e d e c i r n a d a . T o d o d e

p e n d e d e l g r u p o , d e l a c l a s e q u e h a c e r e i n a r a l a j u s t i c i a . E nu n a s o c i e d a d d a d a — e n t a n t o q u e l a s c l a s e s d e s f a v o r e c i d a s n ot i e n e n l a f u e r z a d e q u e b r a r s u s e s t r u c t u r a s — l a j u s t i c i a s o c i a ls e d e f i n e a p a r t i r d e l a s i n s t i t u c i o n e s q u e e x p r e s a n p o r s í m i s m a s u n a c i e r t a r e a l i d a d f u n d a m e n t a l — q u e e s e c o n ó m i c a y s o

c i a l — . E s a " j u s t i c i a " s u p o n e p u e s q u e e s a s i n s t i t u c i o n e s s e a na p l i c a d a s e n s u " p u r e z a " , e s d e c i r q u e s e l a s d e s e m b a r a z a d eu n a p r o l i f e r a c i ó n p a r a s i t a r i a — d e b i d a a i n t e r e s e s p r i v a d o s — q u el a s d e s v í a y o s c u r e c e , y q u e s e c o n v i e r t e n e n l a p u r a e x p r e s i ó nd e l o s i n t e r e s e s g e n e r a l e s d e l a c l a s e d o m i n a n t e . N a t u r a l m e n t e ,a e s e c u a d r o t a n a m p l i o s e p u e d e , s i n t o c a r e l c o n j u n t o , a p o r t a rc i e r t o s a r r e g l o s .

P o c a g e n t e s o s t e n d r í a q u e d e G a u l l e h a c e r e i n a r l a j u s t i c i a

s o c i a l . P e r o m u y b i e n s e p u e d e c o n c e b i r q u e c o n l a s m i s m a si n s t i t u c i o n e s , l o s m i s m o s p a t r o n e s , l a m i s m a c l a s e e n e l p o d e r ,s e t o m e u n c i e rt o n ú m e r o d e m e d i d a s d e o r d e n q u e p e r m i t a n ,p o r e j e m p l o , e l e v a r e l n i v e l d e v i d a d e l o s v i e j o s , q u e e s p a r t i c u l a r m e n t e a b o m i n a b l e . U n c a p i t a l i s m o q u e q u i s i e r a d a r s e a i r e sr e f o r m i s t a s , p o d r í a m u y b i e n h a c e r d e s u e r t e q u e l o s v i e j o s n ov i v a n m á s c o n 2 0 . 0 0 0 f r a n c o s p o r m e s , y q u e l a s c o n d i c i o n e s d ev i d a d e l o s a g r i c u l t o r e s s e a n e l e v a d a s e n l a s r e g i o n e s m á s d e s

h e r e d a d a s . E s m u y f a c t i b l e e n e l i n t e r i o r d e l s i s t e m a c a n i t a l i s t a .E s i n c l u s o , p r e c i s a m e n t e , l o q u e s e l l a m a e l n e o - c a p i t a l i s m o : u nc a p i t a l i s m o q u e s e h a d a d o c u e n t a d e q u e h a b í a q u e t r a t a r d es u p r i m i r l a s i n j u s t i c i a s m á s f l a g r a n t e s p o r q u e e l l a s c o n s t i t u í a nu n f a c t o r d e r e b e l i ó n , d e r e v u e l t a .

E n s u m a , s e p r o p o n e a l a c l a s e o b r e r a a c e p t a r e l s i s t e m a t a lc u a l e s , a c a m b i o d e u n a p r o m e s a d e m e j o r a m i e n t o l i m i t a d o d es u s c o n d i c i o n e s d e v i d a . U n o d e l o s c r í m e n e s d e l c o m u n i s m o i n t e r n a c i o n a l , h a e s c r i t o e l i n e f a b l e M o n n e r o t , e s h a b e r i m p e d i d oa l a b u r g u e s í a i n t e g r a r s u c l a s e o b r e r a . N o e s d e m a s i a d o t a r d e :



"Rechacemos c í cha nta ge" 119

¿Cóm o lograr qu e ella se le aproxime y que esté en condicionesde participar en él? Se vuelve al argum ento dejferrista de la

eficacia. Un lector nos escribe esta semana: "En suma, ustedesprefieren constituir la extrema derecha —despreciada por los comun istas— en el interior de un agrupam ienio comun izante sinporvenir, en lugar de ser la extrema izquierda — respetada y aúntemida por Defferre— de una «Federación» q u e puede suceder ade Gaulle".

— Es e x a c t a m e n t e l o q u e y o d e s c r i b í a r e c i é n : p e s i m i s m o s o b r el a i zq u i erd a , op t i m i s m o s ob re l a d erech a . ¡ S i s o s t en em os l a can d i d a t u ra d e D e í f erre , s erem os t em i d os p or e l m i s m o D ef f erre

¿T em i d os p or q u é? P od r í am os s er l o s i , com o l a n u n or í a d e l p ar t i d o s oc i a l i s t a b e l ga , p or e j em p l o , rep res en t áram os u n a c i er t af u erza ob rera q u e p u d i era a l i ar s e a l o s com u n i s t a s , y p res i on arcon c i er t o p es o en l a l u ch a . ¿P ero cóm o q u i eren u s t ed es q u e u ncon j u n t o d e gen t e q u e h ab r í a acep t ad o rom p er con e l p ar t i d ocom u n i s t a y q u e h ab r í a d es i l u s i on ad o a l o s ob reros — l os cu a l e sc o m p r e n d e n m u y b i e n d e q u e s e t r a t a — p u e d a n s e r t e m i d o s p o rD ef f erre d es p u és d e i n t egrars e a s u " í ' eacrac j óu "? E l razon am i en t o e s ab s u rd o . S erem os com o l o s gau U i s t a s d e i zq u i erd a .

¿A cas o d e C i aul ie p as a n oc h e s d e i n s om n i o d i c i én d os e : " ¡ B u enD i o s , q u é h a r á V a l l o n m a ñ a n a p o r l a m a ñ a n a " ? E s r i d í c u l o . E n t rar en l a " F ed era c i ón " e s ven d e rs e en n om b re d e l a e f i cac i a :R ep i t o : h ay q u e rech azar e l d i l em a , h ay q u e rech azar e l ch an t age gau l l i s t a , aú n cu an d o s ea D ef f erre q u i én l o h aga .

— Defferre lo hace, sin embargo, en nombre de un programacuyas bases — independencia frente a Estados Unidos, mun icipalización de terrenos para construir, reforma de la enseñanza,etc.— corresponden a los objetivos de la izquierda.

— T om em os e l p r i m er p u n t o : i n d ep en d en c i a f ren t e a l o s E s t ad os U n i d os . Y p ar t am os d e u n a con s t a t ac i ón : l a s i n vers i on esn or t eam er i can as en F ran c i a s on t a l e s q u e n i n gu n a p o l í t i ca s an aes ya p os i b l e : e s t am os en e l cam i n o d e l e s t ran gu l am i en t o eco -

. n ó m i c o .

D ef f erre t i en e razón en h acern os n o t ar q u e u n a p o l í t i ca ex t er i or q u e p re t en d e recon q u i s t ar l a i n d ep e - i d en c i a n ac i on a l n ot iene n ingún sent ido mientras no se tomen, a l ruvel de las in fraes tructuras económicas , las medidas propias para combat ir la



120 Francia

a f lu e n c ia d e c a p i t a l e s e x t r a n j e r o s . ¿ Pe r o q u é p r o p o n e é l? De nu nc ia con jus t ic ia e l caso B ul l ^ Pe ro cu and o se tra ta de sacarlas conc lus iones (¿nac iona l izac ión o no?) se e scapa por la tange nte , nos en v ía a las ca len das (H or izo nte 80) y pr e te nd e d iri

g irse a los o tros pa íses de l M ercad o Co m ún para que form en ,con Franc ia , una un ión bastante fuer te para oponerse a la pe n e t r a c ió n n o r t e a m e r ic a n a . ¿ A q u ié n p id e e s o ? A Ale m a n ia , q u ed e b e su r e n a c im ie n t o a l a s in v e r s io n e s n o r t e a m e r ic a n a s y c u y oj u e g o p o l í t i c o r e p o s a s o b r e l a a l i a n z a c o n Wa s h in g t o n . Es u n afarsa .

É l p la n t e a c o r r e c t a m e n t e l a c u e s t ió n , p e r o p a r a la s r e s p u e s t a ss a l t a b r u s c a m e n t e a Eu r o p a . Es e n e l c u a d r o d e u n a Eu r o p a q u en o e x i s t e —y q u e n o t i e n e m a n e r a d e r e a l i z a r s e — q u e é l p r e

t e n d e r e s o lv e r e l p r o b le m a . Po r l o d e m á s ¿ c ó m o d e t e n e r , e s p e rando que e l la " se rea l ice" , la a f luenc ia de cap i ta les norteamer i c a n o s q u e j u s t a m e n t e l a h a r á n m á s im p o s ib l e d ía a d ía ? H a y q u eleer e l d i scurso a los norteamer icanos que é l ha pronunc iadod u r a n t e s u e s t a d a e n N u e v a Y o r k . L e s p i d e m u y g e n t i l m e n t eq u e s e m u e s t r e n c o m p r e n s i v o s . " U s t e d e s n o t i e n e n i n t e r é s e ninvert ir de ta l modo entre nosotros . Eso es lo que produce lahu ida de vues tro oro y la ca ída de l dó lar . Sean buenos e in te l i g e n t e s ; p o n g a n u n f r e n o a e s t a c a r r e r a d e in v e r s io n e s y d é j e n n o s in v e r t i r a n o s o t r o s m is m o s " .

Lo s n o r t e a m e r ic a n o s s e r i e r o n c o n g a n a s . Po r q u e a l o s m o n o p o l io s p r iv a d o s q u e in v i e r t e n e n Fr a n c ia n o l e s im p o r t a n a d aque e l ero huya —por o tra parte t ienen sobre eso una teor íad i f e r e n t e — d e s d e e l m o m e n t o e n q u e r e a l i z a n e n o r m e s b e n e f i c ios . La id e a d e u n a c o m p e t e n c ia e c o n ó m ic a c o n lo s Es t a d o s Un i dos , e n l a a m is t a d , c o n A le m a n ia c o m o s o c io p r in c ip a l , e s s im p le m e n t e u n a id e a l o c a . Ta n t o m á s c u a n t o De f f e r r e e n t i e n d em o s t r a r s e f i e l , p o l í t i c a y m i l i t a r m e n t e , a l a t la n t i s m o .

Pr o p o n e u n o r g a n i s m o s u p r a n a c io n a l , c o m p o r t a n d o la l im i t a c ión consent ida de cada soberan ía nac iona l . Contra e l pr inc ip iono tengo nada , a condic ión de que se d iga en qué Europa setrata , cuáles son, en cada país , las fuerzas en e l poder, s i e l acuerdo entre los contratantes e s profundo o superf ic ia l y qué po l í t ica

' Caso Bull: E m pr e sa f r a nc e sa de c o m put a do r a s c uy a s a c c i o ne s f ue r o nadquir idas por la I .B .M. (N. del T.)



"Rechacemos el chantage" 121

d e " S u p e r E s t a d o " s e e n t i e n d e l l e v a r a c a b o . A h o r a b i e n , t a lc o m o l o c o n c i b e D e f f e r r e , e s t e o r g a n i s m o e s e x a c t a m e n t e e l q u el o s E s t a d o s U n i d o s d e s e a n : d o m i n a r á A l e m a n i a ; e l a t l a n t i s m o— so b re e l d o b l e p l a n o d e l a eco n o m í a y d e l a p o l í t i ca m i l i t a r—

será re f o rza d o .S u p o l í t i ca s er í a , p u es , m u ch o m á s p e l i g ro sa p a ra n o so t ro s q u e

l a d e d e G a u l l e . D e G a u l l e d e j a v e n i r l a s i n v e r s i o n e s n o r t e a m e r i c a n a s p e r o h a h e c h o , p o l í t i c a m e n t e , r a n c h o a p a r t e . E n c i e r t om o d o e s u n a c o m e d i a a b s t r a c t a y s i n v e r d a d e r a t r a s c e n d e n c i a .P e r o , d e o t r a m a n e r a , e s t a c o m e d i a d e i n d e p e n d e n c i a n o s p e r m i t e e n c a r a r l a s c o n d i c i o n e s d e u n a i n d e p e n d e n c i a r e a l , y p o d e m o sco n ceb i r q u e u n co n j u n t o d e f u e i - za s s e i n sp i re en su re s i s t en c i a

n a c i o n a l i s t a a l a t u t e l a n o r t e a m e r i c a n a p a r a r e c o n s i d e r a r l o sp r o b l e m a s e c o n ó m i c o s . C o n l o q u e n o s p r o p o n e D e f f e r r e — a c e p t a c i ó n p ro v i so r i a d e l a d es i g u a l d a d d e F ra n c i a y d e Eu ro p a co nl o s E s t a d o s U n i d o s , n e g a t i v a d e e n c a r a r e l p r o b l e m a d e l a s i n v e r s i o n e s n o r t e a m e r i c a n a s , s u m i s i ó n t o t a l a l a t l a n t i s m o — n o sv e r í a m o s c o m p l e t a m e n t e a t a d o s .

— Si la vía "reformista" que nos propone Defferre es una mistificación ¿qué queda? ¿La revolución?

— ^To d o e l m u n d o n o s d i ce : " l a rev o l u c i ó n e s i m p o s i b l e" , y e lp a r t i d o c o m u n i s t a m i s m o l o r e c o n o c e i m p l í c i t a m e n t e . M u y b i e n .C u a l q u i era s ea m i p u n t o d e v i s t a p erso n a l , q u i ero a cep t a r p o ru n m o m e n t o l a h i p ó t e s i s . A h o r a b i e n : h a y d o s t i p o s d e r e f o r -m i s m o . E s t á e l q u e n o s p r o p o n e D e f f e r r e , q u e ' s e h a c e d e n t r o d e lcu a d ro d e l a s e s t ru c t u ra s , s i n t ra s t o rn a r l a s , y q u e n o t i en d e s i n oa r e a l i z a r c i e r t o n ú m e r o d e c a m b i o s — e n e l d o m i n i o d e l a p o l í t i ca ex t ra n j era , d e l a ex p a n s i ó n i n d u s t r i a l , d e l a s p r i o r i d a d es

s o c i a l e s y e c o n ó m i c a s . N o p u e d e l l e v a r s e a c a b o — d a d a s l a s f u e r za s q u e l o so s t i en en — s i n e l a cu erd o d e l o s p a t ro n es .

P e r o h o y o t r o , q u e y o l l a m a r í a r e f o r m i s m o r e v o l u c i o n a r i o . E s t ev i en e d e a b a j o . Es e l r e su l t a d o d e re i v i n d i ca c i o n es v i c t o r i o sa sq u e a l t era n l a e s t ru c t u ra d e l a so c i ed a d . Es e l f ru t o d e u n a l u ch ap erm a n en t e d e l a c l a se o b rera q u e o b t i en e , en ca d a e t a p a , n o só l oa u m en t o s d e sa l a r i o s s i n o u n a v a n ce m á s g ra n d e so b re l a g e s t i ó n ,u n a a m p u t a c i ó n r e a l d e l o s p o d e r e s d e l p a t r ó n . E s u n r e f o r m i s m oq u e n o p ro g resa a l r i t m o q u e l a s co n ces i o n es d e l a b u rg u es í a en



122 Francia

el poder quiere otorgar, s ino al de las victorias que la c lase obreirac o n s i g u e .

R en u n c iar a l ib rar e s e comb at e , e s r e s ign ars e a l a mu er t e d e l ai zq u ierd a . S e l o s d i ce q u e e s o e s cos a h ech a y q u e lo s p ar t id os d ei zq u ierd a e s t án en t ran ce d e reven t ar . Q u izá . P ero e s o n o q u iered ec i r q u e la lu ch a s oc ia l , en la b as e , h aya camb iad o d e s ign i f i ca c ión , n i q u e h aya d i s min u id o d e v io l en c ia . Y d es d e e s e p u n t o h ayq u e vo lver a p ar t i r .

L e Nouvel Observateur, 17 de ju ni o d e 1965



¿ T E R M I N A R C O N L A I Z Q U I E R D A O C U R A R L A ?

J E A N - P A U L S A R T R E . — L a o p e r a c ió n De f f e r r e h a f r a c a s a d o p o r

q u e s e f u n d a b a s o b r e u n a n á l i s i s p o l í t i c o f a l s o . Er a u n a c c m b i -n a c ió n d e e s t a d o s m a y o r e s . S e t r a t a b a , s e n o s d e c ía , d e " c o m i s c a rl a s s i g la s " d e u n c i e r t o n ú m e r o d e p a r t id o s p a r a s u m a r s u sc l i e n t e la s . I b a n a a p o d e r a r s e d e l a s c a j a s m a r c a d a s " S .F . I .O ." ," M .R .P . " , y e c h a r e l c o n t e n id o e n la g r a n b o l s a d e l a " F e d e r a c i ó n " . Era absurdo . Al reabr ir e l saco , se hubieran aperc ib ido d eq u e e s t a b a v a c í o a m e d i a s . A n i v e l m u n i c i p a l ¿ p o r q u é les elect o r e s s o c ia l i s t a s q u e s e a l i a r o n c o n lo s c o m u n i s t a s e n f e b re roú l t i m o p a r a g a n a r l e a u n a l i s t a M . R . P . , h u b i e r a n v o t a d o la vezs i g u i e n t e p o r u n c a n d i d a t o M . R . P . p r e s e n t a d o p o r l a " F e d e r a c i ó n " ? ¿ Y p o r q u é u n e l e c t o r d e l M . R . P . , p a r a q u i é n e l s o c i a l i s m or e p r e s e n t a d e s d e h a c e v e i n t e a ñ o s " e l e n e m i g o " , v o t a r í a e n dic i e m b r e p r ó x i m o p o r G a s t ó n D e f f e r r e ? P r e f e r i r í a c i e n v e c e s dars u v o t o a d e G a u l l e , o a u n h o m b r e c o m o P in a y .

La o p e r a c ió n h u b ie r a p o d id o t e n e r u n s e n t id o s i s e h u b ie r ah e c h o s o b r e u n p r o g r a m a d e i z q u ie r d a c o n p o s ib i l id a d e s d e r e a l i z a c i ó n . H e m o s v i s t o l a s e m a n a ú l t i m a q u e e s e n o e r a e l caso.

E l p r o g r a m a D e f f e r r e e s u n a p o m p a d e j a b ó n . S e a n u n c i a n loso b j e t iv o s p e r o n o s e d i c e n i c ó m o n i c u á n d o s e lo s alcan.-:ará.S e h a c e in c lu s iv e u n a o p e r a c ió n m u y h á b i l , q u e c o n s i s t e e n f i j a r s e c o m o o b j e t iv o s c o s a s q u e s e s a b e t e n d r á n n e c e s a r ia m e n t elu g a r s o p e n a d e c a t á s t r o f e s . Po r e j e m p lo , De f f e r r e h a l e íd o — ose ha le ído por é l— en las obras de prev is ión económica , que en1980 los ag r ic u l t ore s n o rep res en tar án m ás de l 7 % de la pob lac ió n t r a b a j a d o r a . Lo s c á l c u lo s d e m o g r á f i c o s , l a c o m p a r a c ió n c o nlas o tras soc iedades , e l e s tud io de la s i tuac ión agr íco la ac tua l lo

d e m u e s t r a n . ¿ Q u é d i c e De f f e r r e ? Q u e la p r o p o r c ió n d e a g r i c u l -



124 Francia

tores debe re du cir se a l 7 % de la po bla ció n en 1980 y qu e c ons u p la n e s t á s e g u r o d e l o g r a r lo .

O t r o e j e m p lo : e s n e c e s a r io q u e h a y a 8 m i l l o n e s d e a lo j a m ie n tos constru idos de aquí a 1980 . Es impresc ind ib le , en e fec to , s i se

q u i e r e n e v i t a r c o m p l i c a c i o n e s g r a v e s . Y D e f f e r r e a n u n c i a : " L o st e n d r e m o s " . ¿ Có m o ? No lo d i c e . An u n c ia l a m u n ic ip a l i z a c ió n d elos terrenos para constru ir , pero es ta medida no puede bastarp a r a p r o v o c a r e l e n o r m e m o v im ie n t o d e in v e r s io n e s e n e l a lo j a m ie n t o q u e s e r ía n e c e s a r io .

E l o b j e t iv o d e l o s t e c n ó c r a t a s q u e a c o n s e j a n a De f f e r r e , e nc o n c r e t o , e s n o r t e a m e r ic a n iz a r n o s . Co n s t a t a n q u e e l in g r e s o in d iv id u a l e s t r e s v e c e s m á s e l e v a d o e n No r t e a m é r ic a q u e e nFr a n c ia y c o n c lu y e n : e s e e s e l f in a l o g r a r . Pe r o n o e s v e r d a d

que e l f in de la izqu ierda sea so lamente e levar e l n ive l de v idade la gente . Es e s to también, p e r o e s a e l e v a c ió n d e b e s e r e l" s i g n o " de o tra cosa , e l resu l tado de una transformación de lase s t r u c t u r a s s o c ia l e s .

" L E N O U V E L O R S E R V A T E U R " . — Sucede que la izquierda, por elmom ento, sigue siendo minoritaria en Francia. Es esa constatación lo que hace decir a los defferristras que la única m anera dearrancar el poder a la derecha y de obtener un cierto número decambios en Francia, es obtener el apoyo del centro para un pro

grama reformista.—Es e l " r e a l i s m o " d e l o s t e c n ó c r a t a s , d e q u e h a b lé e l o t r o d ía :

" la i z q u ie r d a s e m u e r e , p a s é m o n o s a l a d e r e c h a " . E l v e r d a d e r orea l i smo es o tra cosa . Es como dec irse : "La izqu ierda es tá gravem e n t e i n f e r m a . P u e s t o q u e f o r m a m o s p a r t e d e e l la , v a m o s a h a c e rt o d o s n u e s t r o s e s f u e r z o s p a r a r e a n im a r la . H a y u n t r a b a j o a r e a l i z a r p a r a im p e d ir q u e e l l a d e s a p a r e z c a : h a g á m o s lo , a ú n s i l a sp o s ib i l id a d e s d e é x i t o a c o r t o p la z o s o n e s c a s a s " .

Lo q u e h a y q u e r e c h a z a r , e s e l c h a n t a j e d e u r g e n c ia q u e n o sh a c e n lo s t e c n ó c r a t a s : " La i z q u ie r d a t i e n e p o c a s p o s ib i l id a d e s d el e v a n t a r s e m u y r á p i d a m e n t e d e l a s e n f e r m e d a d e s q u e s u f r e . ¡ E n t e r r é m o s la p r o n t o " ¿ Po r q u é ? H a y q u e t r a t a r d e s a lv a r la , a u n q u ee s o t o m e t i e m p o . Q u e s e r e c u e r d e e l t i e m p o q u e h a s id o n e c e s a r iop a r a r e c o n s t r u ir u n a i z q u ie r d a d e s p u é s d e l f r a c a s o d e l a Co m u n a :t r e in t a a ñ o s . H u b o u n m o m e n t o d e c o n f u s ió n , d e s p u é s d e l aComuna, pero los obreros no se d i jeron: "Todo es tá perd ido ,



¿Terminar con la izquierda o curarla? 125

d e p o n g a m o s l a s a r m a s " . S e h a n r e o r g a n i z a d o l e n t a m e n t e y , e n1900, e l an arco - s in d ica l i s mo e s t ab a en la cú s p id e d e s u p o d er .La c las e ob rera f ran ces a n o h a s id o n u n ca t an agres iva n i t anf u e r t e c o m o e n e s e m o m e n t o .

Q u e n o v e n g a n a d e c i r n o s h o y q u e " t o d o e s t á p e r d i d o " p o r q u euna ser ie de c ircunstanc ias h is tór icas ( la guerra de 1939-1945,la s gu erras co lon ia l e s q u e h an s egu id o , e l p e s o d e l o s mi l i t are sen la v id a p o l í t i ca f ran ces a , e l f in y l a s s ecu e las d e l " s t a l in i s mo" ) ,h a n ' l l evad o a l o s p ar t id os d e i zq u ierd a a s u p u n t o d e d iv i s ió nmás a l to y a su n ive l de e f icac ia más bajo . Eso qu iere dec ir ,s i m p l e m e n t e , q u e e s n e c e s a r i o e m p e z a r a t r a b a j a r .

— Usted dice que no estamos apurados. Desde hace veinte años,sin emb argo, el tiempo parece sobre todo trabajar contra laizquierda, no solamente en Francia sino en Europa.

— N o es a s í en t od as p ar t e s . Tomen I t a l ia : yo n o p i en s o q u ela i zq u ierd a i t a l i an a , con lo s e f ec t ivos d e l p ar t id o comu n is t a yd e lo s s oc ia l i s t as d e i zq u ierd a , e s t é p ar t i cu larmen t e en f erma . Ese l gob iern o q u ien lo e s t á , p orq u e N en n i s e d e j ó arras t rar a u n aemp res a d e e s t i l o " d e f f err i s t a" . En F ran c ia , e l t i emp o t rab aj arácon t ra la i zq u ierd a s i n o h acemos n ad a , l a s erv i rá s i lu ch amos .

S o l a m e n t e l a s i l u s i o n e s n o s ir v e n p a r a n a d a . Y a e s t i e m p o d ead mi t i r q u e " e l r ey e s t á d es n u d o" , e s d ec i r q u e la i zq u ierd af ran ces a , t a l como la en carn an s u s organ izac ion es p o l í t i cas , e s t ámor ib u n d a . Es p or o t ra p ar t e l a ú n ica cos a razon ab le q u e Deff e rre h aya d ich o en e l con gres o d e l a S . F . I . O : D i j o a l o s s oc ia l i s ta s : " M íren s e en e l e s p e j o : n o t i en en más d e 70 . 000 in s cr ip t osy s e h an t ran s f ormad o en u n p ar t id o d e ge s t ión q u e h a ren u n c iad o a cas i t od os s u s ob j e t ivos " . Es u n h ech o . En lo s o t ros p ar

t id os i gu a lmen t e , como en lo s s in d ica t os , l o s ap arat os s e h ane s c l e r o s a d o , a h o n d á n d o s e e n s u s d i v i s i o n e s , y d e b i l i t á n d o s e m u c h o e n l a m e d i d a e n q u e , p r o g r e s i v a m e n t e , h a n p e r d i d o c o n t a c t oc o n l a s m a s a s .

E l r e s u l t ad o e s q u e la i zq u ierd a n o t i en e n in gu n a p os ib i l id add e t o m a r e l p o d e r e n u n p o r v e n i r i n m e d i a t o . U n l e c t o r m e e s cr ib e : " U s t ed t i en e s e s en t a añ os y u n a s i t u ac ión con f or t ab le ,p u e d e p e r m i t i r s e e n c a r a r , s i n r e m o r d i m i e n t o s , l a v i c t o r i a d e l

s o c i a l i s m o e n u n a tr e i n t e n a d e a ñ o s . P e r o y o q u e t e n g o v e i n t eañ os voy a v iv i r d u ran t e e s os p róx imos t re in t a añ os y n o q u iero



126 Francia

e s p e ra r . ¿ Q u é p u e d o h a c e r ? " C i e r t a m e n t e n o p a s a r s e a l a d e r e

cha para conqui s tar e l poder , como Def ferre nos inv i ta a hacer .Eso no apresurar ía n i en un d ía e l adven imiento de l soc ia l i smo .

" ¿ E n t o n c e s ? " m e e s c r i b e o tr o . " ¿ U s t e d a c e p t a q u e la i z q u i e r d an o t e n g a n i n g u n a p e r s p e c t i v a d e e f i c a c ia i n m e d i a t a ? " Y o n o l oacepto: yo lo cons ta to . S i s e me d i jera que un frente popular vaa l l e g a r a l p o d e r e l a ñ o p r ó x i m o , e s t a r í a e n c a n t a d o . D e s g r a c i a damente no se tra ta de e so .

E s t o n o q u i e r e d e c i r q u e n o h a y a n a d a q u e h a c e r , e v i d e n t e

m e n t e . P o r q u e s i l o s p a r t i d o s d e i z q u i e r d a y l o s s i n d i c a t o s — q u en o s o n s i n o s u p e r e s t r u c t u r a s — n o c u m p l e n m á s s u p a p e l , l a sl u c h a s s o c i a l e s c o n t i n ú a n , t a n i n t e n s a s c o m o a n t a ñ o . Y l a c o m b a t i v i d a d d e l a s c l a s e s e x p l o t a d a s s i g u e s i e n d o g r a n d e . R e c u e r d e n u s t e d e s l a h u e l g a d e f u n c i o n a r i o s q u e p r á c t i c a m e n t e p a r a l izó e l país , en 1953, la de los mineros , hace dos años , y la deP e u g e o t , e l m e s p a s a d o . S i e s a s h u e l g a s s e s a l d a r o n t o d a s , e nd e f i n i t i v a , c o n f r a c a s o s ( a ú n s i a l g u n a s r e i v i n d i c a c i o n e s f u e r o nsat i s fechas ) e s porque las organ izac iones obreras no han sab idodar le s una sa l ida po l í t i ca . En c i er tos casos , e l l as s implementetra ic ionaron , com o la C .F . T .C . y F .O . , en 1953 , po rqu e acep taro nu n c o m p r o m i s o e n e l m o m e n t o e n q u e l a C . G . T . s e a p r e s t a b a ae x t e n d e r l a b a t a l l a a l s e c t o r p r i v a d o . C a d a v e z q u e h a y u n acr i s i s soc ia l s er ia , s e cons ta ta que la un idad se hace a l in s tantee n l a b a s e . P e r o a l n i v e l d e l o s e s t a d o s m a y o r e s , l a s d i v i s i o n e s

p a r a l i z a n t e s p e r s i s t e n .Los par t idos no han sab ido , por o tra par te , s egu ir la evo luc ión

de la lucha obrera cuyo carác ter no e s en abso lu to e l de antaño .Y ''a n o s e p e l e a s i e m p r e — a u n q u e m u c h o s l o h a g a n a ú n — p o r l asa t i s facc ión de neces idades e senc ia l e s , s ino para obtener par t i c i p a c i ó n e n l a g e s t i ó n d e l a e m p r e s a . T a m b i é n h a y q u e a d a p t a rl a l u c h a a l a s n u e v a s t é c n i c a s d e l c a p i t a l i s m o m o d e r n o , a l ahuman engineering qu e a l i en a a l ind iv id uo m á s aú n en e l un i

ver so de la "organ izac ión" , dándole la i lu s ión de un contac toc o n l o s d i r i g e n t e s d e l a e m p r e s a . L o s c o m u n i s t a s i t a l i a n o s h a nconoc ido e s te prob lema en los años 50 , pero han sab ido adaptar



¿Tdrminar con la izquierda o cxirarla? 127

de la base . Es en las fábr icas , en los camnos donde podrá renaceru n a c o r r i e n t e d e i z q u i e r d a a u t é n t i c a . E l l a n o d e b e r á m a n i f e s t a r se por la a f i rmación de pr inc ip ios —a los pr inc ip ios se los cono

c e — s i n o p o r l a l u c h a c o t i d i a n a . La i z q u i e r d a q u e h e m o s c o n o c i d o s e c r e ó a l n i v e l d e l a s m a sa s . H o y m u e r e p o r h a b e r p e r d i d oc o n t a c t o c o n e l l a s . M i e n t r a s l o s p r o b l e m a s q u e s e p l a n t e a n al a s c l a se s e x p l o t a d a s h a n c a m b i a d o — a u n q u e l a e x p l o t a c i ó n p e r m a n e z c a — , l o s p a r t i d o s y l o s s i n d i c a t o s n o s e h a n m o v i d o . Laizqu ierda no renacerá , como fuerza po l í t i ca , s i no vue lve a serlo qu e era an tes : e l re f l e jo y e l ins tru m en to de com ba te de lab a se .

— ¿Y si no renaciera nunca?—^En la m ed ida e n que los con f l i c tos s oc ia les s ig an s i en do con

f l i c tos reales, y m i e n t r a s c o n t i n u e m o s v i v i e n d o e n u n a s o c i e d a dd e e x p l o t a c i ó n , e s i n e v i t a b l e q u e u n d í a l a i z q u i e r d a r e su c i t e .Y a n o te n d r á e l r o s t r o q u e l e c o n o c e m o s , li b r a rá q u i z á c o m b a t e sd i f erentes , pero su obje t ivo será e l mismo: poner f in a la ex p lo tac ión . Ahora b ien , la soc iedad neo -cap i ta l i s ta en la cua l v iv i m o s n o e s p a r a n a d a i n v u l n e r a b l e . Y a n o e s l o q u e G r a m sc il l a m a b a u n a so c i e d a d " h e g e m ó n i c a " , e n l a c u a l l a c l a se d i r i g e n t ee s t a n p o d e r o sa q u e p u e d e n o só l o i m p o n e r su s p r o p i o s v a l o r e sa l a s c l a se s e x p l o t a d a s , s i n o q u e p u e d e h a c e r l o c o n su c o m p l i c idad to ta l. Es e era , por e j e m plo , e l caso en la an t ig üe da d de l aA t e n a s i m p e r i a l . H o y , a ú n e n N o r t e a m é r i c a — c o n t r a r i a m e n t e al a s a p a r i e n c i a s— , n o e s u n a so c i e d a d h e g e m ó n i c a . S u h e g e m o n í ar e p o sa , e n e f e c t o , so b r e su s p o s i c i o n e s i m p e r i a l i s t a s q u e m a n t i e n e e n A m é r i c a d e l S u r y o t r a s p a r t e s d e l m u n d o . Lo q u e s e v eo b l i g a d a a h a c e r h o y p a r a sa l v a r e sa s p o s i c i o n e s — e n V i e t n a m ,e n S a n t o D o m i n g o — , l a o b l i g a t a m b i é n a d e se n m a sc a r a r se , yas i s t imo s a un a cosa que no se hab ía produc ido e n dec en ios : e l

d e sp e r t a r d e l o s i n t e l e c t u a l e s n o r t e a m e r i c a n o s , q u e s e i n su r g e ncontra la po l í t i ca de su gob ierno .

La b u r g u e s í a f r a n c e sa e s h o y i n c a p a z d e " i n t e g r a r su c l a seobrera" , y lo será cada vez menos en la medida en que no pueda

• r e s i s ti r a l c r e c i m i e n t o m a s i v o d e l a s i n v e r s i o n e s n o r t e a m e r i c a n a se n F r a n c i a . Es t a c o l o n i z a c i ó n e c o n ó m i c a p o r l o s Es t a d o s U n i d o sle imped irá pract i car la po l í t i ca d e pru den c ia q ue co ns i s t e , pore j e m p l o , e n p r e t e n d e r q u e n o h a y a n u n c a d e m a s i a d o d e se m p l e o



128 Francia

e n e l p a í s . P o r q u e e l l a h a b r á p e r d i d o su p o d e r d e d e c i s i ó n . C u a n d o u n m o n o p o l i o n o r t e a m e r i c a n o p r o p i e t a r i o d e u n a f á b r i c a e nF r a n c i a , d e c i d e q u e t i e n e i n t e r é s e n r e d u c i r l a p r o d u c c i ó n d e e saf á b r i c a o m o d i f i c a r l a , n o s e o c u p a d e sa b e r s i e so c o m p r o m e t e

o no la es tab i l idad soc ia l en Franc ia . Eso se ha pod ido consta tary a e n e l d o m i n i o d e l a e l e c t r ó n i c a , c o n e l c a so Bu l l . Y s e p r o d u c i r á e n o t r a s p a r t e s . La ú n i c a m a n e r a d e b l o q u e a r l a i n v a s i ó nd e c a p i t a l e s n o r t e a m e r i c a n o s s e r í a n a c i o n a l i z a r l a i n d u s t r i a . Lab u r g u e s í a fr a n c e sa n o l o h a r á j a m á s . Es o s i g n i f i c a q u e s e r á m e n o s c a p a z t o d a v í a q u e o t r a d e a d o r m e c e r l a r g o t i e m p o su c l a seo b r e r a , d i s t r i b u y é n d o l e l a s m i g a s d e su " p r o sp e r i d a d " .

— Adm itamos que la izquierda esté tan lejos del poder comono lo ha estado nunca. ¿Qué puede hacer para acercarse?

—^Por e l momento no se puede hacer gran cosa . Pero eso noq u i e r e d e c i r q u e n o t e n g a n a d a q u e h a c e r . E l l a p u e d e , p o r h u e l gas , p o r u n e n f r e n t a m i e n t o c o n t i n u o c o n e l p o d e r , o b t e n e r v i c t o r i a s p a r c i a l e s y u n m e j o r a m i e n t o d e l a s c o n d i c i o n e s d e v i d a d el a s c l a se s e x p l o t a d a s . En e se d o m i n i o n i n , e ; ú n é x i t o e s v a n o , a u n q u e n o a b r a d i r e c t a m e n t e l a r u t a d e l p o d e r .

E n c u a n t o a n o s o t r o s — q u e s o m o s i n t e l e c t u a l e s — n o p o d e m o sh a c e r s i n o u n a c o sa : a y u d a r a l a c l a se e x p l o t a d a — a a u i e n e lc a p i t a l i s m o h a l o g r a d o p r o v i s o r i a m e n t e d i v i d i r h a c i é n d o l a " s a l

t a r" — a t o m a r c o n c i e n c i a d e su o b j e t i v o r e a l y d e su u n i d a d .N o s o t r o s n o r e s o l v e r e m o s l o s p r o b l e m a s p o l í t i c o s . N o s e r e m o sn o s o t ro s q u i e n e s d a r e m o s n a c i m i e n t o a u n n u e v o F r e n t e P o p u l a r , o a u n a " F e d e r a c i ó n " d e i z q u i e r d a ; n o s e r e m o s n o so t r o sq u i e n e s o p e r a r e m o s u n r e a g r u p a m i e n t o d e o r g a n i z a c i o n e s o b r e r a s q u e l e s d e v o l v e r á su e f i c a c i a p o l í t i c a . N u e s t r o t r a b a j o e se x p o n e r l o s p r o b l e m a s r e a l e s d e l a c l a se o b r e r a . P o r q u e e l c o m b a t e s e l i b r a c o t i d i a n a m e n t e y c o t i d i a n a m e n t e p u e d e s e r g a n a d o .A e s t e r e sp e c t o , p i e n so q u e u n d i a r i o c o m o Le Nouvel Observa

teur d e b e r í a a c o r d a r m á s e sp a c i o q u e e l q u e o t o r g a a c u e s t i o n e sd e l t r a b a j o . D e e s t e m o d o p u e d e , a l a v e z q u e i n t e r e sa r a su sl e c t o r e s , m o v i l i z a r l o s y g a n a r o t r o s n u e v o s .

— El próxim o plazo político e s la elección p residencial, dentrode seis meses. ¿Qué se puede esperar?

— N o h a y f a l t a d e c e r t e z a so b r e e l r e su l t a d o : d e G a u l l e s e r ár e e l e g i d o . P e r o s e r ja d ? i m p o r t a n c i a c a p i t a l p a r ji el fviturp q u e



¿Terminar con la i zqu ierda o curarla? 129

l a s o r g a n i z a c i o ne s y l o s pa r t i do s de i z qu i e r da —S . F . I . O . , P . S . U . ,P . C . — , pr e s e nta r a n un c a nd i da to c o m ún . E s o no pe r m i t i r í a a l ai z q u i er d a c o n t a r v e r d a d e r a m e n t e , p u e s m u c h o s e l e c t o r e s e n g a

ña do s v o ta r á n una v e z m á s po r de Ga u l l e , pe r o s e r í a un c o m i e nz o .Cons idero que los soc ia l i s tas s e han tra ic ionado a s í mismos ,

e n s u ú l t i m o c o ng r e s o , a c e pta ndo l a o pe r a c i ó n que l e s pr o po n í aD e f f e r r e . P e r o e l f r a c a s o de e s a o pe r a c i ó n pue de s e r s a l uda b l epara e l los . En h i s tor ia , los errores se rescatan . Hac iendo apare c e r no s o l a m e nte l a i m po s i b i l i da d a c tua l , s i no l a i r r e a l i da d funda m e nta l pa r a e ns a nc ha r l a i z qu i e r da ha c i a l a de r e c ha , e n no m br e de l a e f i c a c i a , s e pue de fa v o r e c e r un r e a g r upa m i e nto de l a

i z qu i e r da v e r da de r a que , e s e s í t e ndr í a un s e n t i do . L a s po s i b i l i da de s de un i da d e x i s t e n e n l a ba s e , pe r o e s ne c e s a r i o que e l l a ss e r e a l i c e n ta m bi é n a e s c a l a de l a s o r g a n i z a c i o ne s po l í t i c a s pa r aque l a s m a s a s to m e n c o nc i e nc i a de s u fue r z a . E s o e s l o que s uc e d ió en 1936: las grandes hue lgas que aseguraron e l poder de lai z qu i e r da fue r o n po s i b l e s po r que l a c l a s e o br e r a e nc o ntr ó br us c a m e nte e l r e f l e jo de s u un i da d pr o funda e n l a a l i a nz a que s eha b í a he c ho , e n l a c ús p i de , e n tr e l a s o r g a n i z a c i o ne s que l a r e

p r e s e n t a b a n .Un candidato de la i zquierda deber ía , en todo caso , no so la m e n t e d u r a n t e l a c a m p a ñ a p r e s i d e n c i a l p e r o t a m b i é n d e s p u é s ,c o m o j e f e de l a o po s i c i ó n , t o m a r po s i c i ó n a b i e r ta m e nte , d i r e c ta m e nte , e n to da s l a s l uc ha s s i nd i c a l e s , s o s t e ne r to do s l o s c o m ba te sde l a c l a s e o br e r a , y no c a l l a r s e pr ude nte m e nte , c o m o l o ha c í aD e f f e r r e , pa r a no a s us ta r a una i m a g i na r i a c l i e n te l a " c e ntr i s ta " .

S i l o s pa r t i do s de i z qu i e r da no l o g r a r a n pr e s e nta r un c a nd i dato común, a pesar de la ocas ión que l e s o frece e l fracaso de la

" F e de r a c i ó n" ; s i D e f f e r r e s e m a ntuv i e r a (¿ pe r o e n no m br e dequ i é n? ) , s i hub i e r a v a r i o s o t r o s c a nd i da to s que s e pr o c l a m a r a nde l a i z qu i e r da , e n to nc e s v o ta r í a c o m uni s ta . E s o no s i g n i f i c a queyo desee ver a l par t ido comimis ta acceder so lo a l poder , s inoque t e ng o po r i l u s o r i o a to do r e a g r upa m i e nto que no s e h i c i e r acon é l y a lrededor de é l .

— Usted es muy pesimista. M uchos lo consideran incluso comoun derrotista.

—L o s v e r da de r o s de r r o t i s ta s s o n a que l l o s que no s pr o po ne n—c o m o D e f f e r r e — a c a ba r c o n l a i z qu i e r da ba jo pr e te x to de



130 Francia

c u r a r l a . ¿ E s s e r p e s i m i s t a c o n s t a t a r u n e s t a d o d e c o s a s a l a r m a n

te? Y o s e l o h e d i cho , l o he e scr i to , no soy e l ún ico en pe nsa r lo :l a i z q u i e r d a e s t á e n f e r m a . P e r o c r e o q u e n o p u e d e m o r i r . L ai z q u i e r d a n o e s u n a " i d e a g e n e r o s a " d e i n t e l e c t u a l e s . U n a s o c i e d a d d e e x p l o t a c i ó n p u e d e e m p e ñ a r s e e n v e n c e r e l p e n s a m i e n t oy l o s m o v i m i e n t o s d e i z q u i e r d a , y a ú n , p o r p e r í o d o s , r e d u c i r l o sa l a i m p o t e n c i a : p e r o n o l o s m a t a r á n u n c a p o r q u e e s e l l a m i s m aq u i e n l o s s u s c i t a .

Le Nouvel Observateur, 24 de ju n io de 1965



E L C O N T R A G O L P E

" L E NOUVEL OBSERVATEUR". — ¿Cóm o explica usted que de Gaulle haya sido puesto en "ballottage"? ^

— J E A N - P A U L S A R T R E . — En p r i n c i p i o u n f e n ó m e n o n o p o l í t ic o

ha jug ad o: la apar ic ión en la t e l e v i s ión d e can dida tos de la opos i c ión , con los cua les los e l ec tores han t en ido un contacto d irec to .S u j u v e n t u d y su f í s i c o h a n se r v i d o a M i t t e r r a n d , y m á s t o d a v í aa Le c a n u e t . Y , p o r c o m p a r a c i ó n , l a g e n t e q u e n o p e n sa b a e nj u z g a r l o d e sd e e se p u n t o d e v i s t a , h a e n c o n t r a d o q u e d e G a u l l ec o m e n z a b a a s e r b i e n v i e j o .

P e r o e l e m p l e o q u e h a h e c h o d e l a t e l e v i s i ó n e l g o b i e r n o g a u l l i s t a l o h a p e r j u d i c a d o : d i sp e n sa n d o , d u r a n t e s i e t e a ñ o s , u n ai n f o r m a c i ó n y u n a p r o p a g a n d a e n s e n t i d o í i n i c o , e l g o b i e r n o

h a b í a c r e a d o u n a a t m ó s f e r a so p o r í f e r a . La g e n t e d o r m í a . Es l oque los gauUistas quer ían , pero eso se ha vue l to contra e l los :es tupefacta a l ver , por pr imera vez , cr i t i car a de Gaul l e , l a gentese h a d e sp e r t a d o . S i l o s g a u l l i s t a s h u b i e r a n s i d o m á s a s t u t o s , e nl u g a r d e c e r r a r t o t a l m e n t e l a t e l e v i s i ó n a l a o p o s i c ió n , l e h a b r í a ne n t r e a b i e r t o l a p u e r t a . S i M i t t e r r a n d , Le c a n u e t u o t r o s h u b i e r a np o d i d o , d e t i e m p o e n t i e m p o , h a b l a r e n l a t e l e v i s i ó n , su b r u sc aa p a r i c i ó n h u b i e r a p r o d u c i d o u n c h o q u e m u c h o m e n o s v i o l e n t o .U n p o c o d e l i b e r a l i sm o a p a r e n t e d e l o s g a u l l i s t a s , e n l u g a r d e

serv ir a l adversar io , como e l los t emían , lo hubiera por e l contrar io usado .

Y , p o l í t i c a m e n t e f a t i g a d a p o r s i e t e a ñ o s d e g a u l l i sm o , u n am a sa d e e l e c t o r e s h a a d h e r i d o a l a s d o s o p o s i c i o n e s q u e s e h a b í a n

•creado , la una a la i zqu ierda , la o tra a la derecha . Más que

^ Ballottage: s i s t e m a e l e c t o r a l q u e s u p o n e u n a s e g u n d a v o t a c i ó n ,cua ndo n in g ún ca nd ida to t i en e s im ple m a y o r ía , o sea e l 51 % de lo sv o to s . (.N. del T.)



132 Francia

Mitterrand, es Lecanuet , part idar io de l a t lant i smo y de la Europade los Se i s , quien ha sacado parte de l e lectorado gaul l i s ta . Esé l , en con cre t o , q u i en h a p rovocad o e l "b a l l o t t age" .

—¿P iensa usted que, si de Gaulle es elegido en la segunda

vuelta, como puede preverse, esta experiencia llevará al gobiernoa "liberalizar" la información?

— E s p oco p rob ab l e . L os gau l l i s t a s t i en en m i ed o d e l p ú b l i co ysu fracaso no los l iberará de eso . Y además , con la edad, deGau l l e s e t orn a m ás r í g i d o . C ad a vez l e f a l t a m ás d u c t i l i d ad .Hace d i ez añ os , j am ás h u b i era com et i d o e l e rror m on s t ru os o q u econ s t i t u í a e l d i s cu rs o d e l 4 d e n o v i em b r e ( "Y o o e l cao s " ) . E rrorque ha cre ído reparar con e l d i scurso sobre la "marcha de laf e l i c i d ad " , y q u e s egu ram en t e s e l e i n c i t ó a p ron u n c i ar , p ero q u ecarec ía de ca lor y de l cual s e notó sobre todo que contradec íaa l p reced en t e . Ot ro error q u e p ru eb a i gu a l m en t e u n a e s c l eros i s :de Gaul le ha or ientado toda su campaña sobre la cr í t i ca de laIV9, cu an d o en rea l i d ad era l a V F l o q u e s e c u es t i on ab a .

— Tanto como el fracaso del gaullismo, provocado en especial

por la "subida" de Lecan uet, la sorpresa ha sido el éxito deM itterand, que ha tenido más votos de los que se podía esperar.

¿Piensa usted qu e el éxito tendrá prolongaciones y que la unidad

de la izquierda se man tendrá?

— L a i zq u i erd a , en e f ec t o , p arece h ab er d es p er t ad o d e u n m u yl argo s u eñ o . P ero a t en c i ón , l a u n i d ad d e l a i zq u i erd a d e l a cu a lu s t e d e s h ab l an e s , p or e l m om en t o , f i c t ic i a . S ob re e l 32 % d e l o se l ec t ores q u e h an vo t ad o p or M i t t erran d , l a m ayor p ar t e vo t ós o l a . H i c i eron u n ac t o d e d em ocrac i a ab s t rac t a . L a i zq u i erd aes t od av í a u n m agm a . E l e l ec t orad o d e i zq u i erd a n o t i en e u n i d adorgán i ca , l o s vo t os q u e h a ob t en i d o M i t t erran d s on aq u e l l o s d el o s e l ec t ores a t om i zad os . D e t od os m od os , e l h ech o d e q u e h ayat en i d o s i e t e m i l l on es y m ed i o , p u ed e p ro t eger a l a i zq u i erd a d e lp e l i gro q u e l a am en aza con s t an t em en t e : aq u e l d e ver a s u d ere cha ( soc ia l i s tas y radica les ) , dejar la para a l iarse a l centro .

V ot ar p or M i t t erran d , en l a s egu n d a vu e l t a com o en l a p r i m era ,es contr ibuir a crear , contra esa derecha de la i zquierda , v inaf u erza d e d i s u as i ón . S i M i t t erran d n o h u b i era t en i d o s i n o c i n com i l l on es d e vo t os , l a d erech a s oc i a l i s t a h u b i era d eb i d o vo l cars er á p i d a m e n t e h a c i a L e c a n u e t p a r a a h o g a r u n g r a n m o v i m i e n t o



El contragolpe 133

centr i s ta , dado que ante sus o jos e s taba la prueba de que todac o l a b o r a c i ó n c o n e l P . C . e s i m p o s i b l e .

E s e p e l i g r o h a s i d o d e s c a r t a d o — a l m e n o s p r o v i s o r i a m e n t e —

p o r e l é x i t o d e l d o m i n g o , p e r o n o l o s e r á d e f i n i t i v a m e n t e s i n oc u a n d o l a i z q u i e r d a h a y a l o g r a d o u n a u n i d a d r e a l . E s a u n i d a ds u p o n e u n a c u e r d o d e t o d a s l a s o r g a n i z a c i o n e s d e i z q u i e r d a s o b r e u n p r o g r a m a m í n i m o p r e c i s o . L o s 28 p u n t o s d e M i tt e r r a n ds o n u n a s i m p l e e n u m e r a c i ó n d e m e d i d a s . U n p r o g r a m a c o h e r e n t es u p o n e q u e s e e s t a b l e z c a n l a s p r i o r i d a d e s d e s p u é s d e h a b e r l a se s t u d i a d o e n t a n t o q u e e l l a s d e p e n d e n u n a s d e o t r a s , e s d e c i rc o l o c a n d o a l a c a b e z a l a s o p c i o n e s f u n d a m e n t a l e s .

I g u a l m e n t e , l a a c t i t u d c o n r e s p e c t o a l a t l a n t i s m o . H o y , e n

F r a n c i a , l a p o l í t i c a e x t e r i o r c o m a n d a a l a p o l í t i c a i n t e r i o r . T o d os e r á d e t e r m i n a d o p o r e l f r a c a s o o e l é x i t o d e n u e s t r a l u c h a c o n t r a l a h e g e m o n í a n o r t e a m e r i c a n a . L a i z q u i e r d a , s o b r e e s t e p u n t oe s e n c i a l , s e e n c u e n t r a l e j o s d e e s t a r u n i d a . E n t r e l o s e l e c t o r e s d eM i t t e r r a n d , u n o s a p r u e b a n l a r e s i s t e n c i a d e d e G a u l l e a l a h e g e m o n í a n o r t e a m e r i c a n a , a u n q u e l a e n c u e n t r a n d é b i l ( y , e n e f e c to , d e G a u l l e n o h a c e m á s q u e g e s t o s ) , o t r o s a c e p t a n t o d a s l a sc o n s e c u e n c i a s d e l a t l a n t i s m o . A h o r a b i e n , é s t e e s i n c o m p a t i b l e

c o n l a c o e x i s t e n c i a p a c í f i c a , c u y a p r i m e r a c o n d i c i ó n e s l a d e s i n t e g r a c i ó n d e l o s b l o q u e s . E s n e c e s a r i o q u e s e d e f i n a , d e s p u é s d eu n a d i s c u s i ó n y c o n m u c h a e x a c t i t u d , u n a p o l í t i c a d e d e s p r e n d i m i e n t o f r e n t e a l o s E s t a d o s U n i d o s , q u e v a p o r o t r o l a d o a l ap a r d e u n a p o l í t i c a d e i n v e r s i o n e s . A ú n n o e s t a m o s a l l í .

L o m i s m o p a r a E u r o p a . E s n e c e s a r i o p r i m e r o d e c i r c o n q u i é ns e l a q u i e r e h a c e r . N o e s s e r n a c i o n a l i s t a n e g a r s e a e n c a r a r l o sa b a n d o n o s d e l a s s o b e r a n í a s e n e l c u a d r o d e l a E u r o p a d e l o sm o n o p o l i o s . Y s i n e m b a r g o e s e s o l o q u e m u c h o s h o m b r e s d e

i z q u i e r d a n o s p r o p o n e n . P o r e l m o m e n t o , l a E u r o p a d e l o s p u e b los e s un mi to . La rea l idad e s l a Europa de Erhard y de lo sd e m ó c r a t a - c r i s t i a n o s i t a l i a n o s . Y a q u í , t a m b i é n , e s n e c e s a r i o q u el a i z q u i e r d a h a g a u n a n á l i s i s d e l a s i t u a c i ó n — q u e n o h a h e c h on u n c a .

— ¿Qu é papel puede jugar Mitterrand en el establecimiento deun programa que sería aceptado por todos?

— N o e s e l h o m b r e l o q u e c u e n t a . C u a n d o s e e l i g e u n h o m b r ep a r a s i m b o l i z a r l a u n i d a d , e s s i e m p r e p a r a e n m a s c a r a r l a i m p o -



134 Francia

s i b i li da d de a c u e r do s . D e to d o s m o do s , c o n s u 3 2 % de v o t o s ,

Mit te r rand 'es b a s t a n t e fuerte para reuri ir loé h o m b r e s e n t r e l o sc ua l e s e s o s a c ue r do s de be n i n te r v e n i r , e s de c i r l o s r e pr e s e nta nte sde l a s fo r m a c i o ne s po l í t i c a s o r g a n i z a da s . P e r o no s o n l o s e s ta do sm a y o r e s s o l o s qu i e n e s po d r á n c o nfe r i r s u un i d a d a l a i z q u i e r d a .E l t r a ba jo de be ha c e r s e e n l a ba s e .

L o que c ue nta , pa r a e l fu tur o , e s e l c o ntr a g o l pe que pr o v o c a r ás o b r e l o s a p a r a t o s y l o s m i l i t a n t e s e l é x i t o d e l d o m i n g o . P a r t i e n d o d e u n d a t o i n e r t e — e l r e s u l t a d o b r u t o d e l e s c r u t i n i o —

s e r á n e c e s a r i o q u e t o d o s a q u e l l o s q u e e s t á n c o m p r o m e t i d o s e nl a a c c i ó n po l í t i c a de n un c o nte n i do r e a l a una un i da d a ún i l u s o r i a .— ¿Piensa usted que el tiempo trabaja para la izquierda?— C i e r t a m e n t e n o , s i l a i z q u i e r d a n o t r a b a j a p a r a e l t i e m p o .

T a l c o m o s e e nc ue ntr a ho y , e s tá fue r a de c ue s t i ó n que a c c e daa l po de r . T o do l o que pue de y de be ha c e r , po r e l m o m e nto , e sc o m e nz a r a c r e a r s e e s t r uc tur a s s ó l i da s pa r a pr e pa r a r s e a da rla cara a cr i s i s que no pueden de jar de produc irse , a la sa l idao a l a m u e r t e d e d e G a u l l e . Q u i z á h a y a e n t o n c e s u n a a m e n a z ade fa s c i s m o : l o s g a u l l i s ta s , una v e z s i n j e f e , no s e de ja r á n de s p o s e e r f á c i l m e n t e .

A l a r g o p l a z o , una i z qu i e r da r e na c e r á , c ua l qu i e r a s e a l a s ue r ted e l o q u e c o n o c e m o s h o y , p o r q u e l a e x i s t e n c i a m i s m a d e l ai z qu i e r da e s l a m a ni f e s ta c i ó n de un c o nf l i c to de c l a s e s que s et r a ta de e nm a s c a r a r , pe r o que s i g ue s i e ndo una r e a l i da d .

E l é x i t o d e l d o m i n g o e s d e u n a i m p o r t a n c i a c o n s i d e r a b l e . S il a i z qu i e r da s a be e x p l o ta r l o , pue de pe r m i t i r l e r e a l i z a r e n f i n

s u un i da d s o br e un pr o g r a m a de a c c i ó n pr e c i s o , l o g r a r c ua ndol a s pr ó x i m a s e l e c c i o ne s l a to ta l i da d de s us v o to s —l o que no hatenido lugar e s ta vez— y de l l egar as í , s in e s tar en e l poder , ajug a r un pa pe l de i m po r ta nc i a r e a l y t e ne r pe s o s o br e l a s de c i s i o ne s de l g o b i e r no . P e r o no e s ta m o s s i no e n e l punto de pa r t i da .H a y u n e n o r m e t r a b a j o p o r h a c e r q u e e s t á a p e n a s b o s q u e j a d o , ypa r a e l c ua l l a i z qu i e r da de be e nc o ntr a r l o s m e d i o s ne c e s a r i o s .

L e Nouvel Observateur, 8 de d ic ie m b re de 19G5



L A S B A S T I L L A S D E R A Y M O N D A R O N

S . L A F A U R I E . — Después de la última gran man ijestación estudiantil, en la noche del 11 al 12 de junio, quien ha visto alzarselas barricadas no sólo en el Barrio Latino sino en todo París, haexperimentado un cambio muy neto de opinión. Mu cha genteque hasta ese mom ento había man ifestado su simpatía por losestudiantes, ha considerado que ellos "exageraban" y aue su"violencia estéril" dañaba su propia causa...

J E A N - P A U L S A R T R E . — S í , p orq u e la op in ión p ú b l i ca f ran cesa

— c o m o t o d a s l a s o p i n i o n e s p ú b l i c a s — e s t o n t a . Y e s t o n t a p o r q u ees tá ma l in formad a , y e s tá ma l in formad a p orq u e la p ren sa n oh ace su t rab ajo . N ad ie h a in ten tad o exp l i car a la op in ión p ú b l i ca e l s en t id o d e e s ta v io l en c ia d e lo s e s tu d ian te s q u e n o e s , enr e a l i d a d , n a d a m á s q u e u n a " c o n t r a - v i o l e n c i a " . C o n t r a - v i o l e n c i an o só lo ocas ion a l con tra lo s p o l i c ía s q u e lo s h an p rovocad o d e l i b e rad am en te , s in o con tra u n a soc ied a d q u e lo s op r im e (d e e s toh a b l a r é l a s e m a n a p r ó x i m a ) . H a y g e n t e q u e y a t r a t a d e e x p l i car la : son lo s miemb ros d e lo s cu a troc ien tos comi té s d e acc ión

r e v o l u c i o n a r i a q u e m a n t i e n e n d i s c u s i o n e s p ú b l i c a s y q u e h a c e n ,en la ca l l e , e l t rab ajo q u e d eb er ía h acer la p ren sa . O f ic ian d ec o n t r a v e n e n o , y d e b o d e c i r q u e l o s e n c u e n t r o e x t r a o r d i n a r i o s .L os veo t rab ajar en mi b arr io , f r en te a la e s tac ión Mon tp arn asseo f ren te a l q u iosco d e p er iód icos d e la en cru c i jad a R asp a i l - Mon t -P arn asse .

T ien en d os tác t i cas . L a p r imera con s i s t e en p rovocar u n a d i s cu s ión en tre u n b u en t ip o , más b ien b lan d o , p ero d e i zq u ierd a ,y d e u n e x c i t a d o d e d e r e c h a . L o s p e a t o n e s s e a m o n t o n a n , c a d au n o se p on e a d ec ir lo su yo y , cu an d o e l d eb a te e s tá b ien en ca min ad o , lo s miemb ros d e l comi té d e acc ión se re t i ran , d e jan d o



13 6 Francia

a les o tros d i scut ir entre e l los . Eso s iempre hace b ien porque lav i o l en c i a ev i d en t e d e l exc i t ad o d e d erech a , ayu d a a l a gen t e acon s i d erar d e o t ro m od o l a v i o l en c i a e s t u d i an t i l .

E l o t ro m ét od o — q u e m e p arece m ej or— con s i s t e en exp l i car

d i rec t am en t e a l a gen t e l o q u e p as a . N o s i em p re e s f ác i l . V eo am e n u d o m u j e r e s j ó v e n e s q u e n o t i e n e n m u c h a v o z , a f r o n t a r ap eq u eñ os p ou j ad i s t a s ro j os d e có l era . E l t on o e s a vec es m u ya l to , p ero n u n ca s e i n t ercam b i an go l p es . N ad i e p i en s a en e s o .E s n a t u ra l m en t e e l j oven f a s c i s t a q u i en h ab l a m ás a l t o , p ero cont od o d eb e re t om ar a l i en t o d e t i em p o en t i em p o . E n t on ces l achica de voz frági l lanza una répl ica , p lantea una pregunta y e lfasc i s ta se ve obl igado a dar una respues ta en la cual es ta l lasu mala fe .

T od os aq u e l l o s q u e a s i s t en a e s t a s d i s cu s i on es s e i m p res i on anpor la suavidad, por la pac iencia con la que es tos jóvenes expl i can e l s en t i d o d e s u acc i ón . Hacen rea l m en t e u n t rab aj o ad m i rab l e y e s t oy s egu ro d e q u e s i h u b i era h ab i d o com i t é s d e acc i ónpor todas partes , en la ca l l e , la mañana de l 12 de junio , muchosp ar i s i en s es h u b i eran reacc i on ad o m u y d i s t i n t o an t e l a s m an i f e s t ac i on es d e l a n och e .

¿Qu é p as ó e s a n och e? L a m i s m a cos a q u e en t od as l a s m an i f e s t ac i on es p reced en t es q u e h ab í an " s a l i d o m a l " : l o s e s t u d i an t es

n o h i c i eron s i n o re s p on d er a l a s p rovocac i on es d e l a p o l i c í a .D es d e e l p r i n c i p i o d e l m es d e m ayo , t od as l a s m an i f e s t ac i on esau t or i zad as s e d es arro l l aron en ca l m a; n o h u b o v i o l en c i a s ene l las s ino cuando la po l ic ía t rató de impedir a los es tudiantesd es f i l ar o q u i s o d i s p ers ar s u s agru p am i en t os . E l d i ez d e j u n i o ,u n l i c e í s t a d e l a U n i ó n d e J u v e n t u d e s C o m u n i s t a s m a r x i s t a s -l en in i s tas , que había venido a mani fes tar su so l idar idad con losob reros en h u e l ga d e F l i n s , f u e ah ogad o en e l S en a , en M u reau x ,por la pol icía .

D i go b i en : p or l a p o l i c í a . P oco i m p ort a — com o l o s t e s t i m on i osp arecen i n d i car l o— q u e n o h aya s i d o d i rec t am en t e arro j ad o a lagu a . C u an d o u n os q u i n ce j óven es d ec i d en zam b u l l i r s e en e lS en a , e l i g i en d o l a h u i d a m ás p e l i gros a , p orq u e e s t án cercad ospor las fuerzas de la po l ic ía y a lgunos de sus camaradas se dejanya cas t igar sa lvajemente bajo sus ojos , s e debe dec ir , s i uno deel los mueire, ql ié la responsabi l idad de la pol icía es total . La



Las Bastillas de Raym ond Aron 139

r e a l i z a d o . P a r a L e n i n e s l a m a s a e n t e r a q u i e n a c t ú a , p e r o c o n t r o l a d a p o r e l P a r t i d o q u e i m p u l s a y d e c i d e . P a r a R o s a L u x e m -

b u r g o t a m b i é n e s l a r h as a, p e r o s i n l a r e g l a m e n t a c i ó n d e l p a r t ido, c o n l o s j e f e s s u r g i e n d o y d e s a p a r e c i e n d o , e n c a d a e t a p a , d el a m a s a m i s m a , q u e l o s r e a b s o r b e d e s p u é s .

E s t á c l a r o q u e l a c o n c e p c i ó n d e C o h n - B e n d i t — a u n q u e é lt e n g a h o r r o r d e q u e s e l a a s o c i e a u n a " e s c u e l a " c u a l q u i e r a —e s t á m á s p r ó x i m a a l a d e Ro s a L u x i e m b u r g o q u e a l a s o t r a s d o s .N o p i e n s a n i u n i n s t a n t e e n h o m b r e s s u p e r i o r e s o e n s u p e r h o m b r e s q u e c o n d u c i r í a n a l a m a s a . P i e n s a q u e l a m a s a e n g e n d r a ,d e t i e m p o e n t i e m p o , p e q u e ñ o s g r u p o s d e h o m b r e s q u e j a m á s

s o n " j ef es " p e r o q u e p u e d e n d e s e n c a d e n a r — e n c i er t o s m o m e n t o s p r i v i l e g i a d o s e n l o s q u e s u a c c i ó n c o r r e s p o n d e a u n a e x i g e n c i a p o p u l a r p r o f u n d a — u n m o v i m i e n t o d e m a s a q u e l o s s o b r e p a s ay l o s e n v u e l v e e n s e g u i d a . ; . D ó n d e e s t á n N i e t z s c h e y C a r l y l e a l l íd e n tr o ? ¡ M e g u s t a rí a m u c h o q u e P r i o u r e t m e lo e x n h q u e

— El poder — es clásico— experimentaba la necesidad de haceralgo para tranauilizar su clientela y probar que no se quedabainactivo ante la "subve rsión". Eligió en tonces g o l p e a r lo avemás se parecía a conductores: los miembros de "amm ísculos"

que habían sido, para la opinión pública, la s estrellas de la protesta.

— E s u n a m e d i d a g r o t e s c a y v e r g o n z o s a . S e d i s u e l v e n " a p a r a tos" q u e n i s i q u ie r a e x i s t e n . L o s m i e m b r o s d e l o s " g r u p ú s c u l o s "s o n t a n p o c o e s t r e l l a s q u e la o p i n i ó n p ú b l i c a n o c o n o c e — a p a r t ed e l d e C o h n - B e n d i t — e l n o m b r e d e n i n g u n o d e e l l o s . S o n m i l i t a n t e s q u e p r o s e g u i r á n s u t r a b a j o d e i n f o r m a c i ó n y d e e x p l i c a c i ó n , e n l a c l a n d e s t i n i d a d , s i e s n e c e s a r i o . P o r l o d e m á s , e lg o b i e r n o s e e n s a ñ a , c o m o s i e m p r e , c o n l o s m á s d é b i l e s . S e e x p u l s a

u n p u ñ a d o d e e x t r a n j e r o s , e n t r e l o s c u a l e s h a y d o s p i n t o r e s q u ev i v e n e n F r a n c i a d e s d e h a c e d i e z a ñ o s y u n o d e l o s c u a l e s h ao b t e n i d o e l p r e m i o d e l a B i e n a l d e V e n e c i a . L o m i s m a h a b í ap a s a d o , d u r a n t e l a g u e r r a d e Ar g e l i a , c o n l o s " 1 2 1 " . L a r e p r e s i ó nh a b í a c a í d o s o b r e a l g u n o s p r o f e s o r e s y s o b r e d o s o t r e s d e s g r a c ia d o s a q u i e n e s s e i m p i d i ó e n c a r n i z a d a m e n t e , d u r a n t e t r e s a ñ o s ,a c t u a r e n l a t e l e v i s i ó n , p e r o l o s e s c r i t o r e s p o c o c o n o c i d o s n u n c af u e r o n m o l e s t a d o s .

En la cúspide , pues , e s tá l a po l í t i ca de l a cobardía . Pero , a l



140 Francia

m i sm o t i e m p o , s e l a n z a a l a b a se u n l l a m a d o a l c r i m e n . P o r q u ee l l l amado de de Gaul l e a la creac ión de comités de acc ión c ív icae s e x a c t a m e n t e e so . Es u n a m a n e r a d e d e c i r a l a g e n t e : a g r ú pense en sus barr ios para moler a go lpes a aque l los que , en suo p i n i ó n , e x p r e sa n o p i n i o n e s su b v e r s i v a s o t i e n e n u n a c o n d u c t ap e l i g r o sa p a r a c o n e l g o b i e r n o . Eso y a s e h a p r o d u c i d o . C o n o z c oa l m e n o s d o s c a so s d e p e r so n a s q u e h a n s i d o g o l p e a d a s , e n P a rís, por grupos de ant iguos paraca id i s tas de c iv i l o aún de un i forme . ¿Y a qu ién se pone a la cabeza de los comités de acc iónc í v i c a ? ¡ A R o g e r F r e y : e l h o m b r e q u e d e j ó a se s i n a r a Be n Ba r k a

Es t e l l a m a d o a l c r i m e n l a n z a d o p o r e l p r e s i d e n t e d e l a R e p ú b l i ca no ha s ido por o tra parte , una respuesta a la v io lenc ia del o s e s t u d i a n t e s . E l v i e j o r e c i é n s e e n o j ó c u a n d o M i t t e r r a n d yM e n d é s - F r a n c e p u s i e r o n , p o l í t i c a m e n t e , s u p o d e r e n j u e g o . H a s t aa l l í , é l e r a v a g a m e n t e b e n d e c i d o r , s i n c o m p r e n d e r n a d a , e sp e r a n d o q u e l a s c o sa s s e c a l m a r a n , p e r su a d i d o d e q u e v o l v e r í a at o m a r l a s e n su s m a n o s . Es c u a n d o l a p o s i b i l i d a d d e u n r e l e v op o l í t i c o s e p r e c i só , n o p o r u n a g u e r r a c i v i l — c i e r t a m e n t e M e n d é s - F r a n c e y M i t t e r r a n d n o a p e l a b a n a e so — , s i n o e n e l c u a d r ode las ins t i tuc iones , que e l genera l v io a l ro jo Entonces d i jo asus part idar ios : " Basta de r i sas : ah ora g o lpee n" .

— Roger Priouret evocaba también, en su artículo, el peligrofascista. Mino ría actuante p or mino ría actuante, escribía, sonquizá los paracaidistas los mejor colocados para tomar el poder.

— Im a g i n e m o s q u e l o s p a r a c a i d i s t a s t o m e n e l p o d e r . ¿ C ó m oh a r í a n p a r a c o n d u c i r l a m a q u i n a r i a e c o n ó m i c a ? P o r q u e i n d u d a b l e m e n t e h a b r í a u n a h u e l g a g e n e r a l . ¿ Ir í a n e l l o s a b u sc a r a l o sobreros uno por uno a sus domic i l ios , para l l evar los a la fábr icapor fuerza? Se puede lanzar a los paraca id i s tas contra los obreros de un a fábr ica ocupa da . Per o las fábr icas , e s ta vez , e s t ar ánvac ías . La hue lga se hará en casa , y los paraca id i s tas no podr ían

h a c e r n a d a . Ta n t o m á s c u a n t o n o s e r á c u e s t i ó n d e q u e e l c o n t i n gente d i spare sobre los obreros: los so ldados jóvenes no lo harán jamás .

Lo s q u e a g i t a n l a a m e n a z a f a sc i s t a , h o y , n o l o h a c e n m á s quep a r a d e sm o v i l i z a r a l a g e n t e . E l f a sc i sm o n o s e i m p r o v i sa c o nt r e s r e g i m i e n t o s d e p a r a c a i d i s t a s . Es n e c e sa r i a u n a so c i e d a d ,como la de Grec ia , donde los t rabajadores es tán d iv id idos y



Las Bastillas de Raymon d Aron 141

a i s lad os , d on d e t od as l a s emp res as e s t án in vad id as y v ig i l ad as ,donde la derecha, b ien armada, se prepara para e l go lpe deEs t ad o d es d e h ace añ os . O h ace f a l t a u n a s oc i ed ad t rab aj ad a

d es d e mu ch o t i emp o p or u n p ar t id o f as c i s t a , como lo f u eron laI t a l ia d e M u s s o l in i y l a A leman ia d e H i t l e r . P ero n o s e d a d eu n d ía p ara e l o t ro u n go lp e d e Es t ad o f as c i s t a en u n p a í s comoFrancia . Y s i se lo da , dura quince d ías .

La " amen aza f as c i s t a" n o s i rve más q u e p ara a t error i zar a l ager l t e y h acer l e acep t ar e l man t en imien t o d e l r ég imen d e t u rn o .D e G au l l e h a h ab lad o d e " s oc i ed ad en mu t ac ión " . P ero h ace t od olo q u e p u ed e , d e s d e q u e e s t á en e l p od er , p ara imp ed ir e s a mu t a

c i ó n . Y co m p r en d e t an m al e l carác t er d e l a r ev u e l t a q u e acab ad e p rod u c ir s e , q u e la exp l i ca ú n icamen t e p or la v i e j a t eor ía d ela imi t ac ión , d e l " con t ag io" d e l a v io l en c ia .

H a c e c i e n a ñ o s q u e s e e x p e r i m e n t a , c o n c a d a e x p l o s i ó n p o p u lar , e l m i s m o as om b ro : " ¡ C ómo ¡ H e aq u í u n p a í s f e l iz , d on d elos e s t u d ian t e s y l o s ob reros gozan d e t od as l a s l ib er t ad es , d on d e e l n ive l d e v id a s e e l eva regu larmen t e y , d e go lp e , e s os e s t u d ian t e s , e s os ob reros , d e s p rec ian d o s u in t eré s más c laro , o lv id an

do la a legr ía de v iv ir que t en ían la v í spera , se encoler izan yro m p e n tod o ¡ Es in exp l i cab le " . O , a l me n os , s e p i en s a , e s o n op u ed e exp l i cars e s in o p or la ag i t ac ión d e a lgu n os exc i t ad os cu yaf i e b r e — c o m o u n a e n f e r m e d a d — s e t r a s m i t e m i s t e r i o s a m e n t e ao t ros c iu d ad an os y p rovoca u n a exp los ión in con t ro lad a d e lam a s a . U n m o v i m i e n t o " i n c o n tr o l a d o " p o r e P p o d er , e s u n m o v i mien t o q u e n o t i en e f in a l id ad , q u e n o t i en e s en t id o , q u e n o t i en d emás q u e a l a d e s t ru cc ión p or la d e s t ru cc ión mis ma .

Es t án , p or s u p u es t o , l a s r e iv in d icac ion es " l eg í t imas " , l o s au men t os d e s a lar ios , p or e j emp lo . A lgu n as s e o t organ d e b u en avo lu n t ad . Es t a vez , n o ob s t an t e , l o s ob reros h an p ed id o d emas ia das y se le s han acordado en medio de l pánico , para hacerb aj ar s u f i eb re . D e G au l l e , en s u malh u mor , h a t en id o e l d e s carod e d ec i r f ran camen t e en la t e l ev i s ión — lo q u e n i s iq u iera en t ra b a en s u s in t ere s e s — q u e la s ven t a j as ob t en id as n o eran s in o" ap aren t e s " , p u es t o q u e s e l a s an u lar ía en p ocos mes es con e la l za d e l o s p rec ios . Tan t o p eor p ara lo s ob reros : n o t en ían más

q u e e s p e r a r s e r e n a m e n t e l o s a u m e n t o s d e s a l a r i o s " n o r m a l e s "p rev i s t os p or e l gob iern o .



142 Francia

En cuanto a las reivindicaciones "ilegítimas" —congestión, po

der obrero, cambio de estructuras de la sociedad— ni siquiera

se quiere oír hablar de ellas porque traducen simplemente una

locura de la clase obrera, inconsciente ante sus verdaderos in

tereses.

Lo que hay que explicar a la gente es que la violencia "incon

trolada" tiene un sentido, que no es la expresión de una volun

tad de desorden sino la aspiración de un orden diferente.

Tomemos el caso de los estudiantes, puesto que son ellos quie

nes han desencadenado el movimiento. ¿Qué es lo que quieren?Se responde: "un poder estudiantil". Eso es lo mismo que no

decir nada, en tanto no se intente definir su posición en la Uni

versidad y en la sociedad.

Esa posición no es en absoluto la que fue nuestra, hace treinta

o cuarenta años. Cuando yo tenía veinte años ya protestábamos

contra el sistema de los cursos ex cathedra. Pero éramos pocos

y nos tomábamos, lamentablemente, como una élite. Éramos

veinticinco en la Escuela Normal —una promoción—, teníamosuna biblioteca maravillosa, turnos para trabajar, dormitorios

para dormir, un poco de dinero de bolsillo para divertirnos. Esti

mábamos que los libros eran mejores que los cursos —era cier

to — y nuestra manera de manifestarlo consistía simplemente

en no asistir a los cursos.

Fui a la Sorbona una sola vez en un año, cuando los estudian

tes de derecha decidieron boicotear el curso de un profesor

cuyas ideas no les gustaban. Ese día todos los normalistas, quejamás ponían los pies allí, se desparramaron por la Sorbona.

No sofocábamos porque éramos pocos. Trabajábamos con ins

trumentos perfectos, entre nosotros. Preparé la prueba de opo

sición de segunda enseñanza con Nizam, Maheu —que está ahora

en la Unesco—, Aron, Simone de Beauvoir. Se podía discutir con

los profesores de la escuela y había rebeldías perpetuas, pero

todo eso pasaba en una atmósfera de ocio aristocrático.

Hoy las cosas son completamente diferentes. Los estudiantesson tan numerosos que no pueden tener más, con los profesores,

las relaciones directas —ya difíciles— que nosotros teníamos



Las Bastillas de Raymond Aron 143

n a j e t o t a lm e n t e in h u m a n o e in a c c e s ib l e q u e l e s d a u n c u r s o d e lc u a l n o c o m p r e n d e n q u é in t e r é s p u e d a t e n e r p a r a e l l o s . E l p r o f e s o r d e f a c u l t a d e s c a s i s i e m p r e —lo e r a t a m b ié n e n m is t i e m p o s — un señor que ha hecho una tes i s y que la rec i ta todo e lr e s t o d e s u v id a . Es t a m b ié n a lg u ie n q u e p o s e e u n p o d e r a l c u a le s t á a d u s t a m e n t e a t a d o : e l d e im p o n e r a l a g e n t e , e n n o m b r e d eun saber que ha acumulado , sus prop ias ideas , s in que aque l losq u e lo e s c u c h a n t e n g a n e l d e r e c h o d e r e f u t a r la s . Ah o r a b i e n ,u n s a b e r q u e n o e s c o n s t a n t e m e n t e c r i t i c a d o , s o b r e p a s á n d o s e yreaf irmándose a part ir de esa cr í t ica , no t iene n ingún va lor .Cu a n d o Ar o n , e n v e j e c id o , r e p i t e in d e f in id a m e n t e a s u s e s t u d ia n

tes las ideas de su tes is , escr ita antes de la guerra de 1939, s inq u e a q u e l lo s q u e l a e s c u c h a n p u e d a n e j e r c e r s o b r e é l e l m e n o rcontro l cr í t ico , e jerce un poder rea l , pero que c ier tamente noe s t á f u n d a d o s o b r e u n s a b e r d ig n o d e e s e n o m b r e .

¿Qué es e l saber? Es s iempre a lgo que no es lo que se cre ía ,q u e n o t e r m in a n u n c a d e s o l id i f i c a r s e p o r q u e u n a n u e v a o b s e r v a c ió n , u n a n u e v a e x p e r i e n c ia h a n s id o h e c h a s c o n m e j o r e sm é t o d o s o m e j o r e s i n s t r u m e n t o s . Y l u e g o e s a s n u e v a s e x p e r i e n c ias son a su vez re fu tadas por o tros sab ios , unos re tardatar ios ,

o t r o s m á s a v a n z a d o s . S i e m p r e s u c e d e a s í . La t e o r ía d e E in s t e inn a c ió d e u n a r e f l e x ió n s o b r e l a e x p e r i e n c ia d e M ic h e l s o n y M o r -ley , que contradec ía los pos tu lados de la f í s ica de Newton . Dea l l í s a l i ó l a r e la t iv id a d e in s t e n ia n a , a s im is m o r e f u t a d a t r e in t aa ñ o s m á s t a r d e .

Pe r o lo s e s t u d ia n t e s , s e d i r á , n o p u e d e n c r i t i c a r ú t i lm e n t e l ae n s e ñ a n z a d e u n p r o f e s o r p o r q u e , p o r d e f in i c ió n , a ú n n o s a b e nnada . En pr inc ip io , e l que no sabe nada sabe s iempre un pocom á s d e l o q u e p a r e c e , c o m o a q u e l e s c la v o a q u ie n S ó c r a t e s h a c e

r e d e s c u b r ir u n t e o r e m a d e m a t e m á t i c a . Y lu e g o , s o b r e t o d o , l acu l tura no puede trasmit ir se sa lvo que se de je que la gente , ent o d o m o m e n t o , t e n g a la p o s ib i l id a d d e d i s c u t i r .

H e r e a l i z a d o , a e s t e r e s p e c t o , d o s e x p e r i e n c ia s m u y s ig n i f i c a t i v a s . Cu a n d o e r a p r o f e s o r d e l l i c e o d e La o n , t u v e c o m o a lu m n o sa h i jos de grandes exp lo tadores agr íco las para los cua les uncentavo era un centavo , una mesa era una mesa , un toro eraun toro . No era cues t ión de hacer los sa l ir de e se buen sent idom a t e r ia l i s t a . En t o n c e s m e d i j e q u e e r a n e c e s a r io c o m e n z a r e l



Ul Francia

a ñ o a r t i l l á n d o l o s u n p o c o y e x p l i c á n d o l e s e i i d e a l i sm o k a n t i a n o .S u r e s i s t e n c i a f u e e m p e c i n a d a . La i d e a d e q u e l a r e a l i d a d l l a m a da exter ior es tá const i tu ida por la un idad in terna de nuestrae x p e r i e n c i a l e s e r a i n so p o r t a b l e . D e sp u é s d e u n m e s d e d i s c u s i ó n ,n o o b s t a n te , m e d i je r o n : " ¡ H e m o s c o m p r e n d i d o " . Y m e e n v e n e naron la v ida todo e l res to de l año porque , a todo lo que yoi n t e n t a b a e x p l i c a r l e s , m e o p o n í a n K a n t : h a b í a n a s i m i l a d o t a nb i e n q u e v o l v í a n s i e m p r e a é l .

Más tarde , en revancha , en e l l i ceo Pasteur de Par í s , d ic t é curso s ex cathedra. Lo s a l u m n o s n o d i s c u t í a n n a d a . Q u e e l u n i v e r sof u e r a u n a r e a l i d a d e x t e r i o r o u n a su c e s i ó n e n c a d e n a d a d e r e p r e se n t a c i o n e s , q u e l o s h i j o s d e se a r a n su p a d r e o a su m a d r e ¿ p o rq u é n o ? To d o l e s c a í a p e r f e c t a m e n t e . Lo s p e r i ó d i c o s y l o s d i a r i o sl o s h a b í a n b a r n i z a d o d e u n a f a l sa c u l t u r a . N o i m p u g n a b a n n a d ay , a f in de año , no sab ían nada . La ún ica manera de aprender ,e s d i s c u t i r . Es t a m b i é n l a ú n i c a m a n e r a d e t r a n s f o r m a r se e nh o m b r e . U n h o m b r e n o e s n a d a s i n o e s u n i m p u g n a d o r . P e r otambién debe ser f i e l a a lgo . Un in te lec tua l , para mí , e s e so :a lgu ien que es f i e l a un conjunto po l í t i co y soc ia l , pero que noc e sa d e d i s c u t i r l o . P u e d e su c e d e r , p o r su p u e s t o , q u e h a y a u n ac o n t r a d i c c i ó n e n t r e su f i d e l i d a d y su c u e s t i o n a m i e n t o , p e r o e soe s a l g o b u e n o , e s u n a c o n t r a d i c c i ó n f r u c t u o sa . S i h a y f i d e li d a ds i n d i s c u s i ó n , l a s c o sa s n o m a r c h a n : y a n o s e e s u n h o m b r e l i b r e .

L a U n i v e r s i d a d e s t á h e c h a p a r a f o r m a r h o m b r e s i m p u g n a d o r e s . D i c h o d e o t r o m o d o , u n h o m b r e d e c u a r e n t a y c i n c o a ñ o sd e b e r í a sa b e r q u e l a s i d e a s q u e s e h a f o r m a d o , d e sp u é s d e h a b e rd i sc u t i d o a q u e l l a s d e l a s p e r so n a s q u e l o h a n i n s t r u i d o y a y u dado , serán d i scut idas a su vez , en c inco años , por aque l los aq u i e n é l m i sm o i n s t r u y e y q u e l e d i r á n : " Eso y a n o e s a s í , e so tra cosa" . Éste es , en e l fondo , e l pr imer s igno de envejec i m i e n t o . T i e n e l u g a r e n t r e l o s t r e i n t a y c i n c o y l o s c u a r e n t a yc inc o años . Pe ro s i, de sp ué s de hab er d ic ho lo que se t en ía q ue

d e c i r , u n o a p r e n d e a i m p u g n a r se c o n l o s o t r o s , e n t o n c e s s e p u e d ep r o l o n g a r u n p o c o su e d a d m a d u r a , su v i d a ú t i l .

A h o r a b i e n , n o so t r o s t e n e m o s a ú n h o y , e n l a U n i v e r s i d a d ,e so s i s l o t e s r i d í c u l o s q u e so n l o s c u r so s ex cathedra, h e c h o s p o rse ñ o r e s q u e n o s e d i s c u t e n j a m á s . P o n g o m i m a n o e n e l f u e g o :R a y m o n d A r o n n o s e h a . d i s c u t i d o n u n c a a s í m i sm o y e s p o r



Las Bastillas de Raymond Aran 145

eso que a mis o jos e s ind igno de ser profesor . No es e l ún ico ,e v i d e n t e m e n t e , p e r o e s t o y o b l i g a d o a h a b l a r d e é l p o r q u e é l h ae s c r i t o m u c h o e n e s t o s ú l t i m o s d í a s . E s p e c i a l m e n t e e s t o : " E si n c o n c e b i b l e q u e l o s e s t u d i a n t e s p a r t i c i p e n d e u n m o d o u o t r o

e n l a e l e c c i ó n d e l d o c e n t e " . ¿ P o r q u é ? P o r q u e e l p o d e r f u n d a d os o b r e e l s a b e r d e b e , s e g ú n A r o n , t r a s m i t i r s e d e d o c e n t e a d o c e n t e ,d e a d u l t o a a d u l t o . D e b e s e r c o n f e r i d o d e s d e a r r i b a , d e l m i s m om o d o q u e e r a n l o s n o b l e s , b a j o e l A n t i g u o R é g i m e n , y n o l o sb u r g u e s e s , q u i e n e s t e n í a n e l p o d e r d e e n n o b l e c e r a a l g u i e n .

E s n o r m a l , e x p l i c a A r o n , p o r q u e l o s e s t u d i a n t e s n o s a b e n n a d a :l o s e s t u d i a n t e s d e p r i m e r a ñ o n o p u e d e n j u z g a r l o s c u r s o s d e u ns e ñ o r a q u i e n a ú n n o h a n o í d o . A q u í h a g o n o t a r u n a c o s a : y e s

q u e l a m a y o r í a d e l o s p r o f e s o r e s q u e , e n u n a f a c u l t a d , e l i g e na o t r o , n o p e r t e n e c e n a l a d i s c i p l i n a q u e e s e o t r o e n s e ñ a y n ot i e n e n n i n g u n a i d e a d e l v a l o r d e s u s c u r s o s . D i c h o e s t o , n o h a ys i n o l o s e s t u d i a n t e s d e p r i m e r a ñ o p a r a p r o n u n c i a r s e s o b r e l ae l e c c i ó n d e u n p r o f e s o r . E s t á n l o s d e s e g u n d o y t e r c e r a ñ o , q u eh a n e s c u c h a d o s u c u r s o y q u e s a b e n b i e n l o q u e p i e n s a n d e é l .T o d o s d e b e n v o t a r j u n t o s .

A r o n d i c e a d e m á s : " E s i n c o n c e b i b l e q u e l o s e s t u d i a n t e s e j e r z a n d e u n a m a n e r a o d e o t r a l a f u n c i ó n d e e x a m i n a d o r " . ¿ E nn o m b r e d e q u é ? ¿ P or q u é l o s e s t u d i a n t e s s u p e r i o r e s n o s e r í a na d m i t i d o s , l l e g a d o e l c a s o , p a r a j u z g a r a l o s d e c u r s o s i n f e r i o r e s ?E s t a n c o n c e b i b l e , a l c o n t r a r i o , q u e a m e n u d o h a s u c e d i d o e nE u r o p a , e n p e r í o d o s d e g u e r r a o d e r e v o l u c i ó n , q u e e s t u d i a n t e sr e e m p l a c e n a p r o f e s o r e s q u e h a b í a n s id o m u e r t o s o q u e h a b í a nd e b i d o h u i r .

A ú n s i s e t r a t a d e h a c e r p a r t i c i p a r e n u n j u r a d o d e e x á m e n e sa e s t u d i a n t e s d e l m i s m o n i v e l q u e a q u e l l o s c u y o s c o n o c i m i e n t o s

s e v e r i f i c a n , l a o p e r a c i ó n n o t i e n e n a d a d e a b s u r d o , p u e s t o q u eu s t e d e s s a b e n c o m o y o c u á l e s l a i m p o r t a n c i a , e n u n e x a m e n , d e lh u m o r , d e l a s m a n í a s i n t e l e c t u a l e s , d e l a s o b s e s i o n e s d e l p r o f e s o r . S i s e h a l e v a n t a d o c o n e l p i e i z q u i e r d o , d a r á u n a m a ñ a n ad e a p l a z o s a p e r s o n a s q u e h u b i e r a n t e n i d o s o b r e s a l i e n t e s p o r l at a r d e . Y a d e m á s é l t i e n e s u s o p i n i o n e s . M e a c u e r d o d e G u r v i t c h ,p o r e j e m p l o : s i u s t e d n o l e r e c i t a b a s u c u r s o d e s o c i o l o g í a e x a c t a m e n t e c o m o é l l o h a b í a c o n s t r u id o , c o n a ) , b ) , c ) . . . e s ta b a

l i s t o . O t r o e j e m p l o : L a c h e l i e r , q u e d e c í a : " M i e n t r a s y o s e a p r e -



1.16 Francia

s i d e n t e . d e l j u r a d o . d e o p o s i c i ó n , e l q u e e n u n a c o p i a h a b l e d e

H e g e l n o s e r e c i b i r á " . Y L a c h e l i e r i m p i d i ó , e f e c t i v a m e n t e , d u r an t e a lgu n os añ os , q u e la f i l o so f ía d e He ge l s e in t r od u j e r a e nFr an c ia , mie n t r as s e e xp an d ía e n In g la t e r r a y e n I t a l ia . De lm i s m o m o d o B r u n s c h w i g — e s c u c h á b a m o s s u s c u rs o s e n l a S or b o n a p o r q u e l o e n c o n t r á b a m o s m á s m a l i g n o q u e l o s o t r o s — n is i q u i e r a c i t ó l o s n o m b r e s d e H e g e l y d e M a r x e n s u s d o s p r i m e r os l ib r os , y n o c o n sa gr ó s i n o oc h o p ág i n a s a H e g e l e n e l te r c e r o ,s i e m p r e s i n u n a p a l a b r a s o b r e M a r x .

E s a e s l a e n s e ñ a n z a i n c o n t r o l a d a e i n c o n t r o l a b l e q u e s e n o sd ab a , y q u e se n os d a aú n . E s p or e so q u e e s n e c e sar io q u e lo se s t u d ian t e s , n o só lo d e l añ o d e e s t u d io e n c u r so s in o d e l añ os igu ie n t e , e s t é n a l l í p ar a , s i e s n e c e sar io , c or r e g ir u n e r r or , c omp e n s a r u n m o v i m i e n t o d e h u m o r , y q u e e l p r o f e s o r s e p a q u e e sj u z gad o a l mismo t i e mp o q u e j u z ga . T od o e s t á a l l í : s i e l q u ej u z g a n o e s a s u v e z j u z g a d o , n o h a y v e r d a d e r a l i b e r t a d .

T a m p o c o l a h a y c u a n d o — e s e l c a s o a c t u a l — t o d o s l o s e x á m e n e s s e c o n v i e r t e n e n c o n c u r s o s . E s u n a s i m p l e c u e s t i ó n d en ú m e r o . D e s d e e l m o m e n t o e n q u e h a y " d e m a s i a d o s " e s t u d i a n t e s y s e h a d e c id id o n o ad mit i r u n c i e r t o n ú me r o , s e e s t á f r e n t ea u n c o n c u r s o . C u a n d o l o s e s t u d i a n t e s d i c e n "No más exámenes"eso s i g n i f i c a e n r e a l i d a d : "No más concursos; no más de universidad que sirva para fabricar un 5 % de élite con un 95 % dedesecho". P i d e n l o i n v e r s o : u n s i s t e m a q u e p e r m i t a a l 100 %d e lo s c iu d ad an os c u l t ivar se , s in q u e lo s me d ios d e e sp e c ia l i z ar se ,d e l l e g a r a s e r u n m a t e m á t i c o o u n c a r d i ó l o g o , s e a n n e g a d o s d et a l mod o .

E s e l s i s t e m a a c t u a l d e s e l e c c i ó n l o q u e h a y q u e s u p r i m i r . Ye s o n o e s i m p o s i b l e , c o m o l o p r u e b a n l o s p r o g r e s o s h e c h o s e nl a l u c h a c o n t r a u n a s e l e c c i ó n a n t a ñ o c o n s i d e r a d a c o m o " n a t u r a l " :a q u e l l a — p o r l o b a j o — d e l o s n i ñ o s r e t a r d a d o s . H a c e t r e i n t a a ñ o s ,c u an d o se t e n ía u n h i j o r e t ar d ad o , s e lo in t e r n ab a e n V i l l e -

É v r a r d o e n e l c a m p o ; q u e d a b a d e f i n i t i v a m e n t e f u e r a d e t o d o ,p e r o n o r e t ar d ab a a lo s o t r os n iñ os . Hoy se h an p u e s t o a l d íat é c n ic as d e r e c u p e r ac ión q u e p e r mi t e n r e in t e gr ar a la soc ie d ad a l



L a s Bastillas de Raym ond Aron 147

pequeño salvaje", se l e d i ce : "Tú eres un hombre, la cultura tepertenece, puedes trabajar con los demás". Y c u a n d o s e l e s a b eayudar , l o l ogra .

A o t r o n i v e l , e s e x a c t a m e n t e l a m i s m a r e v o l u c i ó n l a q u e h a yq u e h a c e r e n l a U n i v e r s i d a d . E s n e c e s a r i o q u e l o s d o c e n t e s s ei m p o n g a n c o m o t a r e a n o s ó l o d e s c u b r i r e n t r e l a m a s a d e s u se s t u d i a n t e s a q u e l l o s q u e l e s p a r e c e n d i g n o s d e i n t e g r a r s e e n u n aé l i t e , s ino de hacer que t oda la masa acceda a la cu l t ura . Esos u p o n e , e v i d e n t e m e n t e , o t r o s m é t o d o s d e e n s e ñ a n z a . E s o s u p o n eque uno se in t ere sa en t odos sus e s t ud iant e s , que uno t rat a dehacerse comprender por t odos , que uno los e scucha t ant o co ino

l e s h a b l a . E s o s u p o n e q u e n o s e c o n s i d e r e y a , c o m o A r o n , q u epensar so lo de t rás de su e scr i t or io —y pensar la misma cosad e s d e h a c e t r e i n t a a ñ o s — r e p r e s e n t e e l e j e r c i c i o d e l a i n t e l i g e n c i a . E s o s u p o n e s o b r e t o d o q u e c a d a d o c e n t e a c e p t e s e r j u z g a d oe i m p u g n a d o p o r a q u e l l o s a q u i e n e s e n s e ñ a , q u e s e d i g a : "Ellosme ven desnudo". Es incó m odo para é l , pero e s neces ar io quepase por e so s i qu iere vo lver a ser d igno de enseñar . Es necesario , a h o r a q u e F r a n c i a e n t e r a h a v i s t o a d e G a u l l e d e s n u d o , q u el o s e s t u d i a n t e s p u e d a n v e r a R a y m o n d A r o n d e s n u d o . N o s e l e

d e v o l v e r á n s u s v e s t i m e n t a s s i n o a c e p t a l a i m p u g n a c i ó n .

Le Noiwel Observateur, 19 de ju ni o de 1968.Declaracione,<; recogidas por Sorge Lafaurie.



L A I D E A N U E V A D E M A Y O D E L 6 8

S . LAFAURIE. — E s t a semana los conservadores triunfan: casitodos los huelguistas han retomado el trabajo, la Sorbona, símbolo de la "ana rquía estudiantil", es ocupa da por la policía, ylos franceses acaban de votar en la primera vuelta, en calma, más

o menos po r los mismos hombres. Aparte de las ventajas materiales, no desdeñ ables pero sin duda efímeras, obtenidas por losobreros, parece no quedar gran cosa del gran movimiento queha sacudido a Francia durante un mes. ¿Es verdad esto? ¿La"revolución de mayo", aún fracasada, no deja en su surco algunos elementos positivos?

J E A N - P A U L S A R T R E . — Y o he p art i c ipa do , e l o t ro d ía , en la Ciud a d U n i v e r s i t a r i a , e n u n d e b a t e e n t r e e s t u d i a n t e s so b r e l a s t r a n s f o r m a c i o n e s p o s i b l e s d e l a U n i v e r s i d a d , y u n o d e e l l o s c o m e n z ó

su i n t e r v e n c i ó n a s í : " C a m a r a d a s , h a y q u e r e c o n o c e r q u e n u e s t r aa c c i ó n d e l m e s d e m a y o e s u n f r a c a s o . . . " H a c e q u i n c e d í a s , e nla Sorbona , n i s iqu iera lo hubieran dejado acabar su f rase y seh u b i e r a t e n i d o q u e i r e n m e d i o d e a b u c h e o s . Es t a v e z , n o h u b os i lb idos . Ni una protes ta : se lo dejó cont inuar .

En c i e r t a m a n e r a , e f e c t i v a m e n t e , e l m o v i m i e n t o h a f r a c a sa d o .P e r o h a f r a c a sa d o so l a m e n t e p a r a l o s q u e h a n c r e í d o q u e l ar e v o l u c i ó n e s t a b a a l a l c a n c e d e l a m a n o , q u e l o s o b r e r o s s e g u i r ían a los es t ud ian tes hasta e l f in , qu e la acc ión des enc ade nad a

e n N a n t e r r e y e n l a S o r b o n a d e se m b o c a r í a e n u n a p o c a l i p s i sso c i a l y e c o n ó m i c o q u e p r o v o c a r í a n o so l a m e n t e l a c a í d a d e lr é g i m e n , s i n o t a m b i é n l a d e s i n t e g r a c i ó n d e l s i s t e m a c a p i t a l i s t a .Er a u n su e ñ o y C o h n - Be n d i t , p o r e j e m p l o , n o p e n só n u n c a e ne s o . "La revo luc ión no se hará en un d ía y la un ión de obrerosy e s t u d i a n t e s n o e s p a r a m a ñ a n a . N o h e m o s d a d o m á s q u e u np r i m e r p a so . D a r e m o s o t r o s . "



L a idea nueva de mayo del 68 149

M u c h a g e n t e j o v e n l o c o m p r e n d e . L o s j ó v e n e s s a b e n q u e n os e h ace caer u n rég imen con 100 . 000 e s t u d ian t e s d e s armad os , p ormás va l i en t e s q u e e l l o s s ean : h an s id o e l d e t on ad or d e u n gran

movimien t o , l o s erán q u izá en e l f u t u ro , p ero ah ora s e t ra t a d econ t in u ar la lu ch a b aj o o t ras f ormas . La d i s cu s ión era ap as io nante , la otra tarde , porque e l la se re fer ía a los medios de dar al a r e v u e l t a p r o l o n g a c i o n e s p o s i t i v a s .

S e m a n i f e s t a r o n d o s p u n t o s d e v i s t a . U n o s d e c í a n : " H a y q u ep e l e a r s e p a r a i m p o n e r u n a 'universidad crítica' au t o -d i r ig id a ,en la cu a l e l v ín cu lo d ocen t e - e s t u d ian t e y e l v ín cu lo d e t od osc o n l a c u l t u r a s e r á n f u n d a m e n t a l m e n t e t r a n s f o r m a d o s " . E n e l

cas o d e e s t u d ios d e med ic in a , p or e j emp lo — algu n os gru p os d ees t u d ian t e s p rep aran ya p royec t os p rec i s os — , n o s e t ra t ará s o la m e n t e d e a s i m i l a r u n c i e r t o n ú m e r o d e c o n o c i m i e n t o s , s i n o d ep l a n t e a r a l m i s m o t i e m p o e l p r o b l e m a d e l a r e l a c i ó n m é d i c o -en f ermo, d e l o s v ín cu los en t re l o s méd icos en t re s í y , f in a lmen te , d e l p ap e l d e l a med ic in a en la s oc i ed ad . Los e s t u d ian t e s s eránl l evad os a red e f in i r e l l o s mis mos la p ro f e s ión q u e h an e l eg id o ,a dec id ir s i e l médico debe ser un t écn ico de un t ipo part icu lar

q u e t rab aj a a l s erv i c io d e u n a c las e , o u n h omb re q u e p er t en ecea la masa y ha s ido l lamado por e l la para curar la . Se sobreent i en d e q u e la f orma d e la en s eñ an za y e l con t en id o mis mo d e ls ab er s erán mod i f i cad os p or u n camb io d e d e f in i c ión , y ya n os erá e l mi s mo méd ico d e h oy q u ien l l egará a l t é rmin o d e s u se s t u d io s . Lo m is m o e n la s o t ras d i sc ip l in as :" la ad q u i s i c ión d e lsaber correrá s ie m pr e a la par con un a re f l ex ión cr í t ica sobr e laut i l idad soc ia l de ese saber , tanto que la un ivers idad ya no fabr i c ar á h o m b r e s " u n i d im e n s i o n a l e s" — e m p l e a d o s a d m i n i s t r a ti v o sd ó c i l e s , a l i e n a d o s d e l s i s t e m a b u r g u é s — s i n o h o m b r e s q u e h a b r á nrecob rad o la s d os d imen s ion es d e l a l ib er t ad : l a in s erc ión en las o c i e d a d y l a i m p u g n a c i ó n s i m u l t á n e a d e e s a s o c i e d a d .

A lo s q u e p rop on en e s t e id ea l u n iver s i t ar io , o t ros l e s r e s p on d e n : " La U n ivers id ad cr í t i ca n o e s r ea l i zab le . V ean la d e Ber l ín ;h a q u ed ad o a l margen , a i s lad a como u n q u i s t e en la s oc i ed ada leman a . ¿Y q u é Es t ad o cap i t a l i s t a acep t ará f in an c iar u n a u n i ver s id ad cu yo f in con f e s ad o s er ía d emos t rar q u e la cu l t u ra e san t í cap i t a l i s t a? M ás q u e la U n ivers id ad cr í t i ca , h agamos la c r í t i ca d e l a U n ivers id ad . Es t a U n ivers id ad n os l a van a reh acer



150 Francia

m á s o m e n o s t a l c o m o e r a . N o l a a b a n d o n e m o s , c o n t i n u e m o sen e l l a h a c i en d o u n a cr í t i ca v i g o ro sa — s i e s n ecesa r i o p o r l av i o l en c i a — d e l sa b er q u e a l l í s e d i sp en sa y d e l o s m ét o d o s d ee n s e ñ a n z a " .

La s d o s a c t i t u d es , en m i o p i n i ó n , n o so n i n co n c i l i a b l e s . M ep a rece q u e p o d r í a h a b er , en l a u n i v ers i d a d , " s ec t o res cr í t i co s" .N o s e p o d rá i m p ed i r q u e l o s e s t u d i a n t e s d e m ed i c i n a , s i e s t á nresu e l t o s , h a g a n u n t ra b a j o p ro f u n d i za d o so b re l o q u e p o d r í a s eru n a v e r d a d e r a m e d i c i n a s o c i a l : e l l o s p u e d e n o b t e n e r p a r a e s osa l a s y u n o rd en a m i en t o d e h o ra r i o s d e e s t u d i o . N o s erá i m a" f a cu l t a d d e m ed i c i n a cr í t i ca " p ero h a b rá , en su s en o , u n a a v a n za d a d o n d e p o d rá h a cerse u n a i n v es t i g a c i ó n p o s i t i v a .

La p o s i c i ó n q u e co n s i s t e en d ec i r : "E l g o b i ern o n o e s u n i n t er l o cu t o r v á l i d o ; e s t a m o s d ec i d i d o s a n eg a rn o s a t o d o l o q u eé l p ro p o n g a " , m e p a rece p e l i g ro sa , p o rq u e e l g o b i ern o p u ed e d e c i r en t o n ces : "En e sa s co n d i c i o n es , h a g o l o q u e q u i ero " . V a l em á s b a t i r se p a ra i m p o n er re f o rm a s q u e co rro erá n u n p o co e l

ed i f i c i o d e l a U n i v ers i d a d b u rg u esa , q u e d eb i l i t a rá n e l s i s t em aen t ero , y s erv i r se l u eg o d e e so co m o d e u n t ra m p o l í n p a ra p ed i ro t ra co sa . Es l a t eo r í a d e l " re f o rm i sm o rev o l u c i o n a r i o " d e G o rz ,q u e p e r m i t e m a n t e n e r u n a e v o l u c i ó n c o n s t a n t e r a d i c a l i z a n d oca d a v ez u n p o co m á s l a re i v i n d i ca c i ó n .

Y y o so y o p t i m i s t a en cu a n t o a l a ev o l u c i ó n d e l a U n i v ers i d a df ra n cesa — co n t ra r i a m en t e a l o s q u e h a b l a n y a d e su "co n g o l i -za c i ó n "— p o rq u e t en g o l a m a y o r co n f i a n za en l o q u e h a rá n e l

co n j u n t o d e l o s e s t u d i a n t e s y e l cu erp o d o cen t e f ra n cés , q u e e sn o t a b l e y v a l e m u ch o m á s q u e e l d e o t ro s p a í s e s . N o v eo p o rq u é n o l l eg a r í a n a so l u c i o n es . Lo q u e l o s e s t u d i a n t e s p i d en e sco n serv a r , b a j o u n a f o rm a u o t ra , en e s t ru c t u ra s co n q u i s t a d a s oco n ced i d a s , u n p o d er d e p ro t e s t a .

C reo q u e u n g ra n n ú m ero d e p ro f e so res so n ca p a ces d e a cep tar lo . Después de todo , la o tra tardé , yo es taba con lo s es tud iant e s y p ro p u se u n a d i s cu s i ó n so b re l a "U n i v ers i d a d cr í t i ca " . F o r

m u l é p reg u n t a s , m e l a s re sp o n d i ero n , r e sp o n d í a m i v ez , o t ro simpugnaron lo que yo había d icho , y todo eso en s i l enc io , con uno rd en p er f ec t o . Les a seg u ro q u e s i e so h u b i era s i d o u n a c l a se



L o idea nueva de viayo del 68 151

m e aco rda ba n . .Si. m e Irabieran d icho:. . " Salga" , no . hub iera , . ten i d o m á s r e m e d i o q u e i r m e , m i e n t r a s q u e e n l a a n t i g u a U n i v e r s i d ad era yo q u i en h u b i era p od i d o h acer s a l i r a l o s e s t u d i an t es .P ero p or o t ra p ar t e e l p od er "o t orgad o" d e l q u e yo d i s p on í a — eld e u n m e d i a d o r q u e d e b e t o m a r s e e l t r a b a j o d e i m p o n e r s e i n t e r e s a n d o a a q u e l l o s a q u i e n e s h a b l a, h a c i é n d o s e c o m p r e n d e rp or e l l o s — , era i n f i n i t am en t e m ás s a t i s f ac t or i o q u e n o i m p ort aq u é p o d e r " d e d e r e c h o " . M e s e n t í a m u c h o m á s " s o b e r a n o " c u a n d o ob t en í a e l s i l en c i o , q u e s i h u b i era p ron u n c i ad o u n d i s cu rs o d ed i s t r i b u c i ón d e p rem i os , con e l p re f ec t o a m i i zq u i erd a y e l d i rec t or a m i d erech a , f ren t e a l o s e s t u d i an t es p e t r i f i cad os . S i a

u s t e d l o i m p u g n a n , a ú n v i o l e n t a m e n t e , p e r o s i t a m b i é n l o e s cu ch an , u s t ed e s t á m u ch o m ás con t en t o n o s ó l o d e s í m i s m o s i n od e s u s e s t u d i an t es , q u e s i é s t o s l o e s cu ch aran en u n res p e t o ob l i g a t o r i o . E s m u c h o m á s e s t i m u l a n t e .

C on t rar i am en t e a l o q u e s e q u i ere h acer creer , l o s e s t u d i an t esn o s e reh u s an a q u e s e l e s en s eñ e a l go ; p i d en s i m p l em en t e e lderecho de d i scut ir lo que se l es enseña , de ver i f i car que esos e m an t en ga en p i e , d e a s egu rars e d e q u e n o s e l e s h ace p erd ers u t i em p o . U s t ed es n o s e i m ag i n an l a can t i d ad d e t on t er í a s q u em e e n s e ñ a r o n c u a n d o y o e r a e s t u d i a n t e . . .

— El principal problema, para los estudiantes, si no quierenque los resultados positivos de su movimiento queden limitadosa la Universidad, es lograr establecer un contacto directo conlos trabajadores. En el mes de mayo, ese contacto ha sido muydifícil. ¿Puede ser más fructuoso en las "universidades de verano"?

— S e h a h ab l ad o m u ch o s ob re e s e p u n t o l a o t ra t ard e . U n osd ec í an : "L os e s t u d i an t es van a p on ers e a l s erv i c i o d e l o s t ra b a j ad ores p ara en s eñ ar l e s l o s con oc i m i en t os q u e l e s p erm i t i rán«reac t u a l i zars e» o acced er a u n a ca l i f i cac i ón p ro f e s i on a l s u p e r i or" . Ot ros : "L os e s t u d i an t es n o t i en en n ad a q u e en s eñ ar a l o st rab aj ad ores , t i en en t od o q u e ap ren d er d e e l l o s " . E n l o s h ech os ,e s u n error f orm u l ar u n e s q u e m a p rev i o y d ec i d i r q u i én en s e ñ ará q u é a q u i én . C om o s i em p re , t od o e l m u n d o t i en e cos as q u eap ren d er d e t od o e l m u n d o . L o m ás i m p ort an t e , en m i op i n i ón ,en e s as u n i vers i d ad es d e veran o , s erá ap ren d er a con ocers e . P or que s i los es tudiantes no saben cas i nada de la v ida de los obre -



152 Francia

ros , l a r e c íp r o c a n o e s m e n o s v e r d a d e r a . E l o b r e r o c r e e t o d a v íaq u e e l e s t u d ia n t e e s u n t ip o q u e t i e n e e l " h u m a n i s m o " a s u d i s p o s i c ió n , q u e c o m p r e n d e m e j o r c i e r t a s c o s a s p o r q u e s e l e h a ne x p l i c a d o m e j o r y p o r q u e t i e n e t i e m p o p a r a a p r e n d e r . Es o e r a

v e r d a d e n m is t i e m p o s : y a n o lo e s . E l e s t u d ia n t e , h o y , e s a l gu ien a qu ién se ceba , como se ceba a los gansos , con un saberb ie n o r i e n t a d o q u e d e b e d a r l e s c a p a c id a d e s b i e n d e t e r m in a d a s .Y es ta fa l sa cu l tura n i s iqu iera la rec ibe en e l lu jo y e l oc io— m u c h o s e s t u d i a n t e s l l e v a n u n a v i d a m u y d i f í c i l — s i n o e n l aa n g u s t i a , p o r q u e n u n c a s a b e s i s e r á i m p l a c a b l e m e n t e e l i m i n a d o ,a l c a b o d e a lg u n o s a ñ o s , p o r u n p r o c e s o d e s e l e c c ió n d e s t in a d oa n o d e s p r e n d e r d e l a m a s a n a d a m á s q u e u n a p e q u e ñ a é l i t ed e e j e c u t iv o s . Cu a n d o u n o b r e r o t r a t a a u n e s t u d ia n t e d e " h i j o

d e r i c o " , l a m a y o r p a r t e d e l a s v e c e s , e s p o r q u e n o lo c o m p r e n d e , p o r q u e n o s a b e n a d a d e l a m a n e r a e n q u e é l v iv e .

I n v e r s a m e n t e , l o s e s t u d ia n t e s i g n o r a n t o d o d e l t r a b a j o m a n u a l y q u iz á n o s e r ía m a lo q u e e s t e v e r a n o h u b ie r a , a l m i s m ot i e m p o q u e " c u r s o s p a r a o b r e r o s " e n la s u n iv e r s id a d e s —s i l o so b r e r o s l o d e s e a n —, " s t a g e s " d e l o s e s t u d ia n t e s e n l a s f á b r i c a s .Es o e x i s t e y a e n p a í s e s c o m o la Ch in a y Cu b a , d o n d e s e h ac o m e n z a d o a c o m p r e n d e r l o q u e e s e l v e r d a d e r o s o c ia l i s m o .

D e t o d a s m a n e r a s l a s g e n t e s , s a l v o q u e s e a n d e l m i s m o a m

b i e n t e o q u e c o m a n j u n t a s , n u n c a t i e n e n n a d a q u e d e c i r s e . S ó l op u e d e n h a c e r c o s a s j u n t a s . C u a n d o e s t u v e p r i s i o n e r o , d u r a n t el a ú l t i m a g u e r r a , m e e n t e n d í a a d m i r a b l e m e n t e c o n l o s o b r e r o sy c a m p e s in o s q u e e s t a b a n c o n m ig o . S i h u b ie r a id o a h a b la r l e sa s u s f á b r i c a s o a s u s g r a n j a s , c o n m i l e n g u a j e d e m a s ia d oa b s t r a c t o d e in t e l e c t u a l , m e h u b ie r a n v u e l t o l a e s p a ld a . Pe r o ,e n e l c a m p o , h a b l á b a m o s e l m i s m o l e n g u a j e p o r q u e t e n í a m o sq u e h a c e r l a s m i s m a s c o s a s , p o r q u e r e a c c i o n á b a m o s j u n t o s — n os i e m p r e d e l a m i s m a m a n e r a , cla ro —• a n t e l o s m i s m o s a c o n t e

c im ie n t o s . Cr e o q u e n o h a b r á v e r d a d e r o s v ín c u lo s e n t r e l o se s t u d ia n t e s y l o s o b r e r o s m ie n t r a s n o t r a b a j e n j u n t o s , y e n l a su n iv e r s id a d e s y e n la s f á b r i c a s .

— Muchos comunistas, ortodoxos o no, continúan pensando quelos obreros tienen razón al desconfiar de los estudiantes — cuyasreivindicaciones, dicen, no tienen n ada que ver con las suyas—y de no seguirlos en su "aventurerismo pequeño burgués".



La idea nueva de mayo del 68 153

—E l o tr o d í a , e n e f e c to , e n l a C i uda d U ni v e r s i ta r i a , un c o m un i s ta v i n o a de c i r : E l m o v i m i e n to e s tud i a n t i l no e s r e v o l u c i o na rio po rq u e: 1^, n o t ie ne id eo log ía re vo luc ion ar ia; 2*?, ni s iqu iera h a sacu did o a l ré g i m en ; 3'>, e s de carác ter aná rqu ico po rq uec ua ndo l a bur g ue s í a s e r e be l a s i e m pr e da c o m o r e s u l ta do l aa na r qu í a ; 4 ° , s ó l o l o s o br e r o s pu e d e n ha c e r l a r e v o l uc i ó n po r quee l los son los productores .

T o do e s o fue r e c i b i do c o n a buc he o s . E l de s g r a c i a do a pe na spo d í a ha c e r s e o í r , pe r o ha b í a que r e s po nde r l e . D i j e l o s i g u i e n te :s i e s ne c e s a r i o t e ne r una i de o l o g í a r e v o k i c i o na r i a pa r a ha c e r l ar e v o l uc i ó n , e n to nc e s s ó l o e l pa r t i do c o m uni s ta c uba no po d í a ha c e r l o y C a s tr o no po d í a . A ho r a b i e n , no s ó l o e l P . C . c uba no no

ha he c ho l a r e v o l uc i ó n , s i no que s e ne g ó a un i r s e a l a hue l g ag e n e r a l d e s a t a d a e n s u m o m e n t o p o r l o s e s t u d i a n t e s y l o s m i e m br o s de l a r e s i s t e nc i a de l a s c i uda de s . L o que ha y de a dm i r a b l een e l caso de Cas tro e s que la teor ía nac ió de la exper ienc ia , enl ug a r de pr e c e de r l a . R e l e a n e l d i s c ur s o pr o nunc i a do po r C a s tr oa nte e l t r i buna l que l o juz g a ba de s pué s de l a ta que f r us tr a doc o ntr a e l c ua r te l de M o ne a da : a l l í s e e nc ue ntr a l a v o l unta d de mocrát ica de abat ir a Bat i s ta porque es un d ic tador , ideas de

r e fo r m a s s o c i a l e s a ú n ba s ta n te v a g a s , pe r o n i n g u na e s t r uc tur ai de o l ó g i c a . E s e n l a g ue r r a , e n e l c o nta c to c o n l o s c a m pe s i no s ,do nde s e fo r m a l a do c tr i na r e v o l uc i o na r i a de C a s tr o . M á s ta r de ,s i n t i e ndo qu i z á que a s u m o v i m i e nto l e f a l ta ba n ba s e s t e ó r i c a s ,é l s e a c e r c ó a l o s c o m uni s ta s . Pe r o c ua ndo v i o l o s do g m a s c e r r a do s que e l l o s que r í a n i m po ne r l e , l o s e r r o r e s que l e ha c í a nc o m e te r , r e to m ó s u i nde pe nde nc i a y , de pr o nto , s u i de o l o g í a s ep r o f u n d i z ó .

T r a n s p o n g a m o s : n a d a i n d i c a q u e l a g e n t e q u e c o m i e n z a u n ar e v o l uc i ó n e n F r a nc i a de ba t e ne r , pa r a t r i unfa r , una do c tr i nay a he c ha . A l c o ntr a r i o , s i l o s e s tud i a nte s ha n f r a c a s a do , e s e npa r te po r que e l P . C . f r a nc é s , c o n s u c o nc e pc i ó n c e r r a da de l m a r -x i sm.o y sus respues tas a todo —sacadas de ta l o cua l texto deL e n i n — h a f r e n a d o s u m o v i m i e n t o .

N o e s q u e l o s j ó v e n e s r e v o l u c i o n a r i o s n o t e n g a n d o c t r i n a s— i n c l u s o t i e n e n m u c h a s , y b i e n d i f e r e n t e s , a u n q u e t o d a s s ep r o c l a m e n m á s o m e n o s s u r g i d a s d e l m a r x i s m o — , p e r o a c e p ta n s o m e te r s us i de a s a l a pr ue ba de l a a c c i ó n . Y to do s s e une n .



154 Francia

a l pa r e c e r , e n l a i de a m uy i m po r ta nte de l " do b l e po de r " queC o hn - B e nd i t ha l a nz a do d i c i e ndo : " N o po dr e m o s g a na r s i no s ec r e a un s e g undo po de r f r e n te a de Ga u l l e , y e s e po de r s ó l o po dr á funda r s e e n una un i ó n de o br e r o s y e s tud i a nte s " . ¿ Que nofunc i o nó e s ta v e z ? P o r c i e r to , no e s a l o s e s tud i a nte s a qu i e ne sha y que r e pr o c há r s e l o .

T e r c e r p u n t ó d e l a a r g u m e n t a c i ó n c o m u n i s t a : e l m o v i m i e n t oe s tud i a nt i l e s a na r qu i s ta po r que r e pr e s e nta una r e be l i ó n bur g ue s a . í M uy b i e n ¿ C ó m o e x p l i c a r , e n to n c e s , l a r e v ue l ta de l o s

e s tud i a nte s c he c o s l o v a c o s y e s l a v o s , que ha n na c i do e n un r é g imen soc ia l i s ta y de los cua les la mi tad son h i jos de obrerosy c a m pe s i no s ? ¿ Qué r e c l a m a n e s o s h i jo s de t r a ba ja do r e s ? L om ism o, en genera l , -que los e s tu di an tes fr an cese s , e s dec ir la li be r ta d de c r í t i c a y de a u to de te r m i na c i ó n . C a l i f i c a r de " a na r qu i s ta s " a pe r s o na s que r e c l a m a n , c o ntr a l o s bur ó c r a ta s s ta l i n i s ta s y l o s t e c nó c r a ta s de l a s o c i e da d de c o ns um o , que l o sho m br e s de je n de s e r pr o duc to s u o b je to s pa r a t r a ns fo r m a r s e

v e r d a d e r a m e n t e e n d u e ñ o s d e s u s d e s t i n o s , e s p e g a r u n a e t i q u e t a e n v e n e n a d a a u n m o v i m i e n t o a l c u a l s e q u i e r e p e r j u d i c a rp o r q u e e s n u e v o , p o r q u e e s a u t é n t i c a m e n t e r e v o l u c i o n a r i o , p o r q u e a m e n a z a a l o s v i e j o s m e c a n i s m o s . L o q u e r e c l a m a n l o s j ó v e ne s r e v o l uc i o na r i o s , bur g ue s e s o no , no e s l a a na r qu í a s i no ,m u y e x a c t a m e n t e , l a d e m o c r a c i a , u n a d e m o c r a c i a s o c i a l i s t a v e r da de r a que a ún no s e ha l o g r a do e n n i ng una pa r te .

U l t i m o a r g um e nto , e n f i n : s ó l o l o s o br e r o s pue de n ha c e r l a

r e v o l u c i ó n . R e s p o n d o q u e n o h a y u n s ó l o e s t u d i a n t e p o l i t i z a d oque ha y a d i c ho nunc a o tr a c o s a . N a d i e de jó de r e pe t i r : " N o s o t r o s po de m o s s e r e l de to na do r , pe r o l a r e v o l uc i ó n s ó l o s e r á he c hapo r e l c o njunto de l a s c l a s e s t r a ba ja do r a s : o br e r a y c a m pe s i n a " . P a r a que l o s e s tud i a nte s pue da n s e r e l de to na do r , s i n e m ba r g o , e s ne c e s a r i o que ha y a una c o nv e r g e nc i a e n tr e s us r e i n -v i nd i c a c i o ne s y l a s de l o s t r a ba ja do r e s . L o s c o m uni s ta s l o n i e g a n ,a f i r m a ndo que l o s e s tud i a nte s de ho y , po r s e r h i jo s de bur g ue

ses —^lo son , en e fec to , en u n 90 %— no p ue de n ex pr esa r s inol o s m i s m o s i n te r e s e s de c l a s e que s us pa dr e s .E s o e s d a r p r u e b a d e u n m a r x i s m o e s t r e c h a m e n t e m e c á n i c o .



L a idea nueva de mayo del 68 155

d e c l a s e d e l o s . o b r e ro s , p o r q u e . s u s p r o b l e m a s e n c u a n t o ^ h o m b r e sd e c u l t u r a , s a b i o s , m i e m b r o s d e p r o f e s i o n e s l i b e r a l e s , e r a n i g u a l

m e n t e p r o b l e m a s d e a l i e n a c i ó n . E s o y a e r a c i e r t o e n l a é p o c ad e M a r x . Y l o e s m á s a c t u a l m e n t e , c u a n d o l o s e s t u d i a n t e s d e s c u b r e n q u e s o n t r a t a d o s c o m o o b j e t o s d u r a n t e s u s a ñ o s d e e s t u dio , p a r a se r t r a t ad o s i g u a l m e n t e c o m o o b j e t o s c u a n d o s e t ra n sf o r m a n e n e j e c u t i v o s . C o m p r e n d e n e n t o n c e s q u e s e l e s r o b a s ut r a b a j o c o m o s e l e s r o b a e l d e l o s o b r e r o s , p o r m á s q u e e s os u c e d a d e o t r a m a n e r a . E s p o r e s o q u e l o s e s t u d i a n t e s y l o so b r e r o s e s t á n h o y m u c h o m á s c e r c a u n o s d e o t r o s q u e s u s p a d r e s .

•—H a habido algo muy nuevo en la crisis del mes de mayo:el movimiento no nació, como siempre había sucedido en el pasado, de una crisis econó mica , social o política grave, sino deuna reivindicación profunda, de carácter "libertario", sobre lacual sólo se injertaron luego las reivindicacio nes ma teriales.

— ^Al v i e j o m o t o r d e l a s r e v o l u c i o n e s , q u e e r a l a n e c e s i d a d d e s n u d a , v i e n e e n e f e c t o a s u c e d e r u n a e x i g e n c i a n u e v a q u e e s l ad e l i b e r t a d . H u b o xma é p o c a e n l a q u e e l p r o b l e m a e r a a n t et o d o e l d e l a a p r o p i a c i ó n c o l e c t i v a d e l o s m e d i o s d e p r o d u c c i ó n ,p o r q u e l a p r o p i e d a d y l a d i r e c c i ó n d e l a e m p r e s a s e c o n f u n d í a n .E s e l p e r í o d o q u e v a d e s d e e l n a c i m i e n t o d e l c a p i t a l i s m o f a m i l i a r a l a a p a r i c i ó n d e s o c i e d a d e s a n ó n i m a s y d e m o n o p o l i o s . E ne s e m o m e n t o s e c o n s t r u y e n l a s g r a n d e s d o c t r i n a s s o c i a l i s t a s . D e s c a n s a b a n t o d a s e n l a n e c e s i d a d d e p o s e e r p a r a p o d e r d i r i g i r .

H o y , l a c l a s e m e d i a s e h a t r a n s f o r m a d o , d e s d e q u e p u e d ed i r i g i r s i n p o s e e r . E s e l r e i n o d e l a t e c n o c r a c i a : l o s p r o p i e t a r i o s ,a c o n d i c i ó n d e c o b r a r d i v i d e n d o s , d e l e g a n a e s p e c i a l i s t a s , a a d m i n i s t r a d o r e s c o m p e t e n t e s , e l c u i d a d o d e d i r i g i r l a s e m p r e s a s .L a r e i v i n d i c a c i ó n , a l m i s m o t i e m p o , h a c a m b i a d o d e c a r á c te r :y a n o e s e l p r o b l e m a d e l a p r o p i e d a d e l q u e e s t á e n p r i m e r

p l a n o — s e l o e n c o n t r a r á m á s t a r d e , n a t u r a l m e n t e , p u e s c o n t i n ú a s i e n d o f u n d a m e n t a l — s i n o e l d e l p o d e r . E n l a s o c i e d a d d ec o n s u m o , n o s e p i d e y a e n p r i m e r t é r m i n o p o s e e r , s i n o p a r t i c i p a r e n l a s d e c i s i o n e s y c o n t r o l a r .

L o q u e r e p r o c h o a t o d o s a q u e l l o s q u e h a n i n s u l t a d o a l o s e s -d i a n t e s , e s n o h a b e r v i s t o q u e e l l o s e x p r e s a b a n u n a r e i v i n d i c a c i ó n n u e v a : l a d e l a s o b e r a n í a . E n l a d e m o c r a c i a , t o d o s l o s h o m bres deben ser soberanos , e s dec ir poder dec id ir , no so los y cada



156 Francia

u n o en su r in cón s in o ju n tos , sob re lo q u e h acen . E n lo s p a í se socc id en ta le s e s ta sob eran ía ex i s t e en lo s p ap e le s : tod os lo s n or t e a m e r i c a n o s , c o m p r e n d i d o s l o s n e g r o s , s o n s o b e r a n o s p u e s t o q u et i en en d erech o a vo tar . P ero la sob eran ía e s n egad a en lo s h e

ch os y e s p or e so q u e ap a rece la re iv in d icac ión d e u n " p od er"—p od er n egro , p od er e s tu d ian t i l , p od er ob rero .L o m i s m o s u c e d e e n m u c h o s p a í s e s s o c i a l i s t a s d o n d e l o s i n d i

v i d u o s p e r m a n e c e n s o m e t i d o s a l a s n e c e s i d a d e s d e l a p r o d u c c i ó n .R ecu erd o u n car te l d e p rop agan d a q u e se ve ía p or tod os lad os enP o lon ia , d e sp u és d e l r e torn o d e G omu lk a a l p od er , en 1956 , yq u e p roc lamab a: " L a tu b ercu los i s f r en a la p rod u cc ión " . E so p ar t í a d e u n b u e n s e n t i m i e n t o p u e s t o q u e q u e r í a d e c i r : " C ú r e s e " .P ero la formu lac ión era reve lad ora . N o era cu e . s t ión s in o d e u n

o b j e t o — l a . t u b e r c u l o s i s — y d e l a p r o d u c c i ó n d e o b j e t o s . E n t r ea m b o s e l t u b e r c u l o s o y e l p r o d u c t o r n o e x i s t í a n m á s . E s c o n t r ae s t a d e s h u m a n i z a c i ó n q u e l o s e s t u d i a n t e s y l o s j ó v e n e s o b r e r o sp o l a c o s , c h e c o s , y u g o s l a v o s , f r a n c e s e s , a l e m a n e s — q u e v i v e n b a j or e g í m e n e s m u y d i f e r e n t e s — s e r e b e l a n . Y a n o q u i e r e n q u e sue x i s t e n c i a d e p e n d a d e l o b j e t o q u e p r o d u c e n o d e l a f u n c i ó n q u el l en an , s in o d ec id ir e l lo s mismos q u é e s lo q u e van a p rod u c ir ,q u é u t i l i zac ión se h ará , q u é p ap e l van a d esemp eñ ar en la so c i ed ad .

S o n l o s e s t u d i a n t e s q u i e n e s s i n t i e r o n y f o r m u l a r o n e s o p r i mero , p ero tu v ieron su f i c i en te s con tac tos , a p esar d e tod o , conjóven es ob reros como p ara q u e é s to s s e d i j eran : " ¿P or q u é n on oso tros? S i e so s t ip os rech azan la v id a q u e se l e s d a h ech a:¿ p o r q u é n o r e c h a z a r í a m o s l a n u e s t r a ? " . T o n g o e l a c e n d r a d osen t imien to d e q u e e se rech azo d e la con d ic ión p ro le tar ia p orl o s j ó v e n e s , h a s i d o l a n o v e d a d m á s i m p o r t a n t e d e t o d o l o q u ep a s ó e n m a y o .

— Usted ha hablado de la revolución cubana. Ella fue facilitada porque Batista aparecía ante todo el pueblo cubano comoun tirano. No es el caso de de Gaulle. El carácter opresivo delrégimen gaullista es eocperimentado de manera muy desigual ysiempre ha habido, desde hace quince años, una parte de la claseobrera que vota por él.

— E s e v i d e n t e . B a t i s t a s u b i ó a l p o d e r c u a n d o l o s n o r t e a m e r i -r i can os d ec id ieron , p or razon es in ter iores , r ed u c ir con s id erab le -



La idea nueva de mayo del 68 157

m e n t e s u s c o m p r a s d e a z ú c a r c u b a n o . P a r a l a e c o n o m í a c u b a n aeso era una ca tás t ro fe y s i gn i f i caba l a ru ina de una cant idadd e p e q u e ñ a s e m p r e s a s . P a r a s a l v a r l o s g r a n d e s p l a n t a d o r e s ym a n t e n e r e l o r d e n , e r a n e c e s a r i a u n a d i c t a d u r a .

E n u n a s o c i e d a d d o n d e n o h a y u n a c r i s i s e c o n ó m i c a d e e s et ipo , s e e n c u e n t r a s i e m p r e m u c h a g e n t e , e n t o d a s l a s c l a s e s ,q u e p r e f i e r e e l m a n t e n i m i e n t o d e l r é g i m e n e n s u l u g a r , y c u y on i v e l d e c o n c i e n c i a p o l í t i c a s i g u e s i e n d o p o c o e l e v a d o . N o p u e d ep e d i r s e a u n p e q u e ñ o c o m e r c i a n t e , d a d o s s u s i n t e r e s e s y s u t i p od e c u l t u r a , q u e n o t e n g a c o n f i a n z a e n d e G a u l l e . É l s e i m a g i n aq u e d e G a u l l e d e f i e n d e a l a s p e q u e ñ a s e m p r e s a s c o n t r a l a s g r a n d e s , q u e q u e r r í a n d e v o r a r l a s . E s o e s f a l s o . E n r e a l i d a d , d e G a u l l ei m p u l s a a l a c o n c e n t r a c i ó n y e s e l g r a n p a t r o n a t o q u i e n h a

h e c h o s i e m p r e t o d o p a r a m a n t e n e r u n s e c t o r d e p e q u e ñ a s e m p r e s a s , q u e l e s d e j e u n a p o s i b i l i d a d d e m a l t h u s i a n i s m o y l e p e r m i t a m a n t e n e r l o s p r e c i o s d i c i é n d o s e : " N o q u e r e m o s a r r u i n a ra l o s p e q u e ñ o s " . P e r o e l p e q u e ñ o c o m e r c i a n t e n o p u e d e d a r s ec u e n t a d e e s o . P a r a é l , d e G a u l l e s i g u e s i e n d o e l e s c u d o c o n t r al o s m o n o p o l i o s .

C o n l o s o b r e r o s e s d i f e r e n t e . S i e m p r e h a h a b i d o e n t r e e l l o s ,d e s d e 1 8 4 8 y l a s m a s a c r e s d e l a C o m u n a , u n a c i e r t a i n d i f e r e n

c ia para con l a po l í t i ca , que reposa sobre l a idea de que "e soss o n t o d o s p e r r o s " . C u a n d o N a p o l e ó n I I I t o m ó e l p o d e r , l o s o b r e r o s n o p r o t e s t a r o n m u c h o . E n e l p l e b i s c i t o d e 1 8 5 2 m u c h o s v o t a r o n p o r é l . ¿ P o r q u é ? P o r q u e l o s r e p u b l i c a n o s q u e l o s i n v i t a b a n a v o t a r c o n t r a e l p r í n c i p e - p r e s i d e n t e e r a n l o s m i s m o s q u el o s h a b í a n m a s a c r a d o t r e s a ñ o s a n t e s . L a p o l í t i c a c o n t i n u ó s i e n d o d e s p u é s , p a r a m u c h o s o b r e r o s , u n m u n d o a p a r t e q u e n o l e sc o n c i e r n e . T o d o e l a n a r c o - s i n d i c a l í s m o d e p r i n c i p i o s d e s i g l o n a c i ó d e a l l í , y d e é l q u e d a n m a r c a s p r o f u n d a s e n l a m e n t a l i d a d

obrera .

N o h a y q u e c o n f u n d i r a l b u r g u é s q u e v o t a p o r d e G a u l l e p o r q u e v e e n é l s u p r o t e c t o r , c o n e l o b r e r o q u e h a b l a d e l " p a d r ed e G a u l l e " y l e d a s u v o t o p o r q u e n o l e g u s t a l a " c o c i n a " d e l o sp a r t i d o s , c u a l e s q u i e r a q u e s e a n , y n o l e i m p o r t a n a d a l a p o l í t i ca . E l un iverso de l obrero e s e l t rabajo . E l d ía en que hayaq u e h a c e r l a h u e l g a g e n e r a l l a h a r á , p e r o c o n s u s p r o p i o s j e f e s ,e s d e c i r c o n s u s d i r i g e n t e s s i n d i c a l e s . Y s i e l r é g i m e n c a e , t a n t o



158 Francia

mejor . Mientras , espera , e l juego de la po l í t i ca no l e in teresa .

' — Se atribuye a de Gaulle la intención, si triunfa en las elecciones legislativas, de organizar en algunos m eses una elección

presidencial a la cual no se presentaría. Hab ría elegido su re

tiro y evitado — ese hubiera sido el caso si se hubiese retirado

hace tres semanas— una partida a la Louis-Philippe .

— S i su s ca n d i d a t o s o b t i en en e l 8 0 % d e l o s v o t o s en l a s e lec c i o n es en t o n ces , en e f ec t o , s erá S i l a q u i en d i g a a su p u eb l o :

H e a q u í q u e y a h e h ec h o m u c h o b i en y m e v u e l v o a ca sa .Pero s i l a mayoría gau l l i s ta no es s ino de l 53 o e l 55 %, segu irás i en d o u n a p a r t i d a a l a Lo u i s - P h i l i p p e , a ú n s i d e G a u l l e l a re t a rd a t re s m eses p a ra sa l v a r l a s a p a r i en c i a s .

Tanto s i é l se va como s i no se va , lo importante es preservart o d o l o p o s i b l e e l s er d e l g ra n m o v i m i en t o d e m a y o . E l C h eG u e v a ra h a d i ch o : C u a n d o en l a ca l l e p a s a n co sa s ex t ra o rd i n a r i a s , e s l a rev o l u c i ó n . N o so t ro s n o t u v i m o s l a rev o l u c i ó n ,p ero p a sa ro n co sa s ex t ra o rd i n a r i a s q u e d eb em o s t ra t a r d e d e f e n d e r .

H a y q u e i m p ed i r e l a p l a s t a m i en t o , p rev i s t o p o r e l p o d er , d et o d o l o q u e h a co m en za d o en e l m es d e m a y o . La rep res i ó n s e rá a la vez as tuta y dura: se buscará a i s lar , romper , e l iminarl o s q u e e s t u v i ero n en e l o r i g en d e l a rev u e l t a , en p a r t i cu l a r l o se s t u d i a n t e s . Es e sen c i a l q u e e l l o s n o s e s i en t a n so l o s , y q u e e s t em o s t o d o s d ec i d i d o s a a y u d a r l o s , a d e f en d er l o s .

L e Nouvel Observateur, 26 d e ju ni o de 1968.

D e c l a r a c i o n e s r e c o g i d a s p o r S e r g e L a f a u r i e .



L O S C O M U N I S T A S T I E N E N M I E D O

D E L A R E V O L U C I Ó N

ED. J . DIDIER. — Hacia el fin del mes de mayo, el poder gaullista parecía a p u n t o de desplomarse. A pr inc ip ios de ju l io , des p u é s de las elecciones legislativas que le dieron cien asientosmás en el Parlamento, parece más sólido que nunca. ¿C ómo explica usted ese fortalecimiento espectacular? ¿Puede considerarse que la izquierda es responsable y que ha errado en su misión?

J E A N - P A U L S A R T R E . — D ep en d e d e q u é i zq u i erd a s e h ab l e . S i s et ra t a d e l o s p ar t i d os , l a s f orm ac i on es , l o s h om b res q u e rep re

s en t an l a izq u i er d a " p o l ít ica" , en t o n ce s l a re s p u es t a e s " s í" . P e roh ay o t ra i zq u i erd a , q u e yo l l am ar í a " s oc i a l " y q u e h em os v i s t o ,d u ran t e e l m es d e m ayo , en l a s f áb r i cas en h u e l ga , l a s f acu l t a d es ocu p ad as , l a s m an i f e s t ac i on es ca l l e j eras . É s t a n o h a errad oen s u m i s i ón , a l con t rar i o . Ha i d o t an l e j o s com o p od í a y n of u e f i n a l m e n t e v e n c i d a s i n o p o r q u e s u s " r e p r e s e n t a n t e s " l a e n g a ñ a r o n .

E s t o n o e s n u e v o . D e s d e m e d i a d o s d e l s i g l o p a s a d o , e x i s t e u nd es f as a j e , en F ran c i a , en t re l a rea l i d ad s oc i a l y s u exp res i ón

p o l í t i ca . D os i m ágen es d e l p a í s coex i s t en s i n s u p erp on ers e : u n a ,d ad a p or e l r e s u l t ad o d e l o s e s cru t i n i o s ; o t ra , m ás p ro f u n d a ,q u e n o a p a r e c e s i n o p o r r e l á m p a g o s , e n o c a s i ó n d e m o v i m i e n t o sp o p u l a r e s e s p o n t á n e o s . Q u e e s a s d o s i m á g e n e s n o c o i n c i d e n n u n ca, l o h em os v i s t o b i en en 1936 , en e l m om en t o d e l F ren t e P o -

, p u l ar , p u es t o q u e f u e n e ces ar i o q u e l o s t rab aj ad o res " i n ve n t en "l a o c u p a c i ó n d e f á b r i c a s y d e s e n c a d e n e n u n m o v i m i e n t o d eh u e l ga s i n p reced en t es p ara ob t en er q u e s e t rad u j era en l o sh e c h o s — e s d e c i r a t r a v é s d e r e f o r m a s p r e c i s a s — e l m o v i m i e n

t o " p o l í t i c o " q u e h a b í a l l e v a d o a l P a r l a m e n t o u n a f u e r t e m a y ó -



160 Francia

r í a d e i zq u i erd a . E l p res i d en t e d e l C on s e j o d e en t on ces , e l s o c ia l i s ta Léon Blum, l l evado a l poder por esa o la , h izo por otraparte todo lo que pudo para frenarla .

En 1936 , a l menos , había una coherencia entre e l voto y la

acc ión . S u ce d e — es lo q u e acab a d e p rod u c i r s e — q u e ah ora n ol a h ay . E s p orq u e l o s t rab aj ad ores o l o s m i em b ros d e l a c l a s em ed i a n o p u ed en t om ar p os i c i on es rad i ca l e s s a l vo en l a acc i ón ;s i s e comete e l error —o s i s e t i ene la as tuc ia— de reducir sum o v i m i e n t o a u n a e l e c c i ó n e n t r e m e c a n i s m o s p o l í t i c o s , s e l o sp u ed e l l evar a con d en ar a l a i s l am i en t o l o q u e acab an d e h aceren la cal le .

A e s a F ran c i a q u e h ab í a t ra t ad o , d u ran t e e l m es d e m ayo , d ereen con t rar l a verd ad d e s u " i m agen s oc i a l " a t ravés d e t od as

l a s m e n t i ras con l a s q u e s e l a agob i ab a , q u e acab ab a d e i n ve n t ara l go y d e t om ar con c i en c i a d e s í m i s m a p or u n a re s i s t en c i ad i rec t a a l a v i o l en c i a p o l i c i a l d e l p od er , s e l e h a i m p u es t a b ru s cam en t e s u v i e j a " i m agen p o l í t i ca" : l a d e l P .C , d e l a F ed erac i ónd e I zq u i erd a , d e l P .S .U . y d e s u s q u ere l l a s . I m agen t an e s c l e -ros ad a q u e l o s can d i d a t os d e i zq u i erd a n i s i q u i era s e p reocu p aron p or cam b i ar u n a p a l ab ra d e l o s d i s cu rs os q u e h ac í an d es d eáiez años atrás . A la derec ha , s e oy ó a un o o dos cand ida tos adm i t i r q u e "h ab í a p as ad o a l go q u e era n eces ar i o t en er en cu en t a" .

A l a i zq u ierd a , era com o s i e l m ov i m i en t o d e m ay o n o h u b i eraex i s t i d o . E n t od o cas o , h ab í a q u e o l v i d ar l o l o m ás ráp i d o p os i b l e .I n c l u s o l e í en u n a f i ch e com u n i s t a e s t a f ras e ex t raord i n ar i a ;V ot e p or e l P .C . q u e h a h ech o e s t o , q u e h a h ech o aq u e l l o , y• ' q u e h a i m p ed i d o l a gu erra c i v i l " . L l egar a u n a con f es i ón p a rec ida es la grandeza .

— En el pasado usted escpresó a menudo sus reservas sobre lapolítica del partido com unista, pero usted lo consideraba contcáo como un partido revolucionario que representaba a la clase

obrera. ¿Los acontecimientos de mayo lo han hecho cambiar deooinión sobre eso?

—^Pienso que e l part ido comunis ta ha ten ido , en es ta cr i s i s ,u n a ac t i t u d q u e n o era en ab s o l u t o revo l u c i on ar i a y q u e , p orCira parte , n i s iquiera era reformis ta . E l P .C . y la C .G.T . s e arreg l aron p r i m ero p ara red u c i r l a s re i v i n d i cac i on es d e l a c l a s e ob re ra a s im p l e s " p e d id o s d e a u m e n t o " — c i e r t a m e n t e l e g í t im o s — y



L o s covuinistas tienen miedo de la revolución 161

a h a c e r l e a b a n d o n a r l a s r e i v i n d i c a c i o n e s c o n c e r n i e n t e s a l o s c a m b i o s d e e s t r u c t u r a . D e s p u é s m a r c a r o n e l p a s o c o n d e G a u l l e .desde que é l hab ló de e l e cc io ne s . E nt on ce s o ím os dec i r a "Wal-d e c k R o c h e t : " N u n c a p e d i m o s o tr a c o sa " .

E l P .C . s e e n c o n t r ó a s í e n u n a s i t u a c i ó n d e c o m p l i c i d a d o b j e t i v a c o n d e G a u l l e : s e p r e s t a r o n s e r v i c i o m u t u a m e n t e a l r e c l a m a r , a m b o s , l a s e l e c c i o n e s . D e G a u l l e , p o r s u p u e s t o , d e s i g n a b aa l P . C , c o m o e l e n e m i g o n ú m e r o u n o , a c u s á n d o l o — y l o s a b íaf a l s o — d e s e r e l o r i g e n d e l a " a g i t a c i ó n " d e m a y o . P e r o e r a t a m b i é n u n a m a n e r a d e d e v o l v e r a l o s c o m u n i s t a s u n a e s p e c i e d ep r e s t i g i o . Y d e G a u l l e t e n í a m u c h o i n t e r é s e n p r e s e n t a r l o s c o m o

• l o s p r i n c i p a l e s i n s t i g a d o r e s d e l a r e v u e l t a , p u e s t o q u e s e c o n

d u c í a n c o m o a d v e r s a r i o s " l e a l e s " , d e c i d i d o s a r e s p e t a r l a s r e g l a s d e l j u e g o — o s e a e n a d v e r s a r i o s p o c o p e l i g r o s o s .

— ¿Está usted de acuerdo con los que declaran que el Partidose condujo finalmente, en ese caso, como un movim iento social-demócrata?

— C r e o q u e h a y q u e d e s c o n f i a r d e l a s e t i q u e t a s y d e l o s j u i c i o s s i m p l i s t a s . A f i r m a r q u e " e l P .C . s e h a t r a n s f o r m a d o e n u np a r t i d o s o c i a l - d e m ó c r a t a " n o n o s a y u d a e n n a d a a c o m p r e n d e r

s u a c t i t u d . V a l e m á s t r a t a r d e e x p l i c a r p o r q u é l o s c o m u n i s t a sh a n e l e g i d o a c e p t a r l a s e l e c c i o n e s , s a b i e n d o q u e i b a n a u n a d e r r o t a — q u e e s p e r a b a n m e n o s d o l o r o s a , s i n d u d a , p e r o q u e s a b í a nc i e r t a — . S e r e s i g n a r o n a e l l a , e n m i o p i n i ó n , p o r q u e n o q u e r í a nt o m a r e l p o d e r a n i n g ú n p r e c i o . Y e s o p o r d o s - r a z o n e s .

L a p r i m e r a e s q u e l a i z q u i e r d a n o h u b i e r a e s t a d o e n c o n d i c i o n e s d e m a n t e n e r l a s p r o m e s a s q u e l o s t r a b a j a d o r e s a c a b a b a nd e a r r a n c a r a l p a t r o n a t o y a l g o b i e r n o . N o e s t a b a e n a b s o l u t op r e p a r a d a p a r a e s o y e l P . C . n o q u e r í a e n d o s a r s e l a r e s p o n s a b i l idad de l a l za de los prec ios , de la deva luac ión o de la cr i s i sd e l c o m e r c i o e x t e r i o r q u e s e p r o d u c i r á n i n e v i t a b l e m e n t e e n u n o sm e s e s . ¡ Q u e s e a r r e g l e n l o s g a u l l i s t a s

P e r o e s a s c a t á s t r o f e s s ó l o n o s a m e n a z a n p o r q u e l o s p a t r o n e sq u i e r e n m a n t e n e r e l s i s t e m a d e s u s g a n a n c i a s . S i u n g o b i e r n osoc ia l i s ta o comunis ta l l egara a l poder: ¿por qué no conceb ir íau n a p o l í t i c a e c o n ó m i c a t o t a l m e n t e d i f e r e n t e ? ¿ P o r q u é — e n s u m a — n o h a r í a l a r e v o l u c i ó n ? S e l l e g a a q u í a l a s e g u n d a r a z ó n

d e l r e c h a z o d e l o s c o m u n i s t a s p a r a t o m a r e l p o d e r : d e s d e h a c e



162 Francia

cuarenta años, no han llevado muy adelante la teoría de la revolución en los países industriales "avanzados".

En un país altamente industrializado, el nivel de esa vida es

relativamente elevado, pero la economía es frágil. Ella reposa

sobre una organización técnica tan compleja, que el debilita

miento de algunos elementos puede bastar para bloquear toda

la máquina. Depende también de toda una red de intercambios

exteriores. En la mayoría de los países desarrollados, la agri

cultura no provee ni mucho menos de todo lo que la poblaciónnecesita. Es necesario comprar en el exterior para alimentarse,

y exportar para poder pagar. Ya no hay independencia absoluta.

No se puede, como hizo la U.R.S.S. en sus comienzos, cerrar

sus fronteras contando con la masa campesina para alimentar a

todo el mundo, y meditar sobre los problemas del "socialismo

en un solo país". La revolución no podrá hacerse en Francia

como se hizo en la Rusia de 1917. Pero esto no quiere decir que

sea imposible. Simplemente hay que encontrar nuevas formasde lucha y buscar lo que podría ser la organización de un poder

revolucionario en las sociedades neo-capitalistas, llamadas "de

consumo".

—¿Por qué ese estudio nunca ha sido hecho?

—^Porque desde 1945 los partidos comunistas occidentales, en

particular el P.C. francés, fueron educados por el stalinismo para

no tomar el poder. El mundo había sido repartido en Yalta, ese

reparto era bueno, y los soviéticos entendían respetar el contrato. Los comunistas occidentales tenían pue'S por consigna no

ir "demasiado lejos". Todos los hombres que, en el partido fran

cés, han tratado de impulsar las ventajas que los comunistas

habían adquirido por su actitud admirable durante la guerra,

que han tratado de obtener reformas un poco revolucionarias,

y que han incitado a los obreros a mostrarse más combativos,

han sido llamados al orden por el Partido, reducidos a silencio,

excluidos. Porque el objetivo del Partido no era hacer la revolución.



L o s comun istas tienen miedo de la revolución 163

mu nista ha subrayado a menu do el aspecto progresista de lapolítica exterior del general de Gau lle.

— Es e x a c t o . Es t o y s e g u r o d e q u e l o s so v i é t i c o s s e h a n se n t i d om u y m o l e s t o s a l v e r a d e G a u l l e a t a c a r t a n v i o l e n t a m e n t e a lp a r t i d o c o m u n i s t a , p e r o m u y a l i v i a d o s , f i n a l m e n t e , d e v e r l o p e r m a n e c e r e n e l p o d e r . S i n e m b a r g o , so b r e e s t e p u n t o h a y q u ed i s ipar un equ ívoco . Es c i er to que las pos ic iones tomadas porde Gaul l e en e l domin io in ternac iona l s i rven , en apar ienc ia , alos Estados soc ia l i s tas y a l t ercer mundo . Pero son só lo pos ic io nes verba les . No l e reprocho que d iga lo que d ice —sobre e li m p e r i a l i sm o n o r t e a m e r i c a n o , p o r e j e m p l o — , p e r o sí e l no ponera Franc ia en condic iones de ap l i car rea lmente la po l í t i ca de in d e p e n d e n c i a q u e é l d e f i n e . Lo s o r g a n i sm o s d i r e c t o r e s d e l a O .T . A . N . n o e s t á n m á s e n F r a n c i a , s i n d u d a , p e r o s e g u i m o s f o r mando parte de la O .T .A .N . El gob ierno f rancés hace la guerraa l d ó l a r , p e r o l a s i n v e r s i o n e s n o r t e a m e r i c a n a s e n F r a n c i a c o n t i n ú a n d e sa r r o l l á n d o se y c a d a u n o sa b e q u e s e h a c e n e n s e c t o res c laves , como la e l ec trón ica , que d ir igen e l desarro l lo de nuest r a e c o n o m í a . La p o l í t i c a e x t e r i o r " p r o g r e s i s t a " d e d e G a u l l e ,en concreto , e s pura fachada , y es e so lo que e l part ido comun i s ta deber ía dec ir . S i no lo d ice , e s porque é l mismo no t i enepo l í t i ca ex ter ior prop ia y porque pref i ere permanecer , en esed o m i n i o , a r e m o l q u e d e l a U . R . S . S . P e r o s e c o m p r e n d e q u e l o sso v i é t i c o s — s i n s e r e n g a ñ a d o s p o r e l " p r o g r e s i sm o " g a u l l i s t a — ,pref i eran ver quedarse en e l poder en Franc ia , a un genera lsu r g i d o d e l a b u r g u e s í a c u y a s a c t i t u d e s l e s i r v e n , m á s q u eW a l d e c k R o c h e t , q u e e n c o n t r a r í a m u c h o m á s r e s i s t e n c i a p a r aimponer una po l í t i ca ex tranjera conforme a los in tereses de laU . R . S . S .

— Algunos pretenden que el partido comun ista francés no podía hacer otra cosa que lo que ha hecho, durante la crisis deraayo, porque los obreros ya no son revolucionarios: ellos estaban dispuestos a hacer la huelga por reivindicaciones puramenteprofesionales, pero no a seguir a los estudiantes en su impugnación total de la sociedad. Se reencuentran aquí las ideas deHe rbert M arcuse sobre la integración progresiva de la claseobrera en la sociedad de consum o. Marcuse habla de una "esclavitud con fortable" y estima que las presiones revoluciona -



164 Francia

rios no pueden ya venir sino de las capas m arginales de la sociedad: los estudiantes, los desem pleados, las mino rías sociales(los negros, por ejemplo, en Estados Unidos). ¿Es esa su opinión?

—S o b r e e s t e p u n t o n o e s t o y e n a b s o lu t o d e a c u e r d o c o n

M a r c u s e . En p r in c ip io e s n e c e s a r io d e f in i r q u é s e e n t i e n d e p o r" m o v i m i e n t o r e v o l u c i o n a r i o " . E s t o d e s i g n a , p r i m e r o , e v i d e n t e m e n t e , u n m o v im ie n t o e n e l c u a l l a g e n t e t i e n e e n c o m ú n , s i n ou n a id e o lo g ía , a l m e n o s u n a v o lu n t a d d e r u p t u r a c o n e l s i s t e m ae n q u e v iv e , u n a t o m a d e c o n c ie n c ia d e l a n e c e s id a d d e in v e n t a r n u e v a s f o r m a s d e lu c h a y d e c o n t r a -v io l e n c ia . Pe r o e s o s u p o n e t a m b i é n q u e d i c h o m o v i m i e n t o t i e n e l a p o s i b i l i d a d , a l m e n o s t e ó r i c a , d e h a c e r l a r e v o lu c ió n . H a y 7 0 0 .0 0 0 e s t u d ia n t e s e nFr a n c ia . No v e o p a r a n a d a c ó m o p o d r ía n a r r a n c a r e l p o d e r a l a

burgues ía , o a los "padres" , o a qu ien sea que lo de tente , s i lo st r a b a j a d o r e s n o s e u n e n a e l l o s . Lo s e s t u d ia n t e s p u e d e n s e r u nd e t o n a d o r , a c a b a n d e d e m o s t r a r lo , p e r o e s o e s t o d o . Ad e m á s ,e s t á n p e r f e c t a m e n t e c o n s c i e n t e s d e e l l o .

P a r a t e n e r u n a o p o r t u n i d a d d e h a c e r l a r e v o l u c i ó n , h a y q u es e r c a p a z d e o p o n e r a l p o d e r e x i s t e n t e u n c o n t r a -p o d e r . Y f r e n t e a l a p a r a t o r e p r e s iv o d e l a s c la s e s p o s e e d o r a s , d e l g o b ie r n o , d e le j é r c i t o , e l ú n ic o c o n t r a -p o d e r q u e p u e d e e j e r c e r s e e s e l d e l o sp r o d u c t o r e s , e s d e c i r e l d e l o s t r a b a j a d o r e s . E l a r m a d e l t r a b a

j a d o r —la ú n ic a , p e r o e s e l a r m a a b s o lu t a —, e s l a n e g a t iv a ae n t r e g a r s u p r o d u c t o a l a s o c i e d a d . To d o e l s i s t e m a , e n t o n c e s ,s e d e t i e n e . Pe r o n o p u e d e e x i s t i r e s a r u p t u r a s a lv o s i e l p r o d u c t o r e n t r a e n la lu c h a . De c i r q u e l a c la s e o b r e r a , q u e e s l aú n ic a p r o d u c t o r a , e s s u p r im id a c o m o f u e r z a r e v o lu c io n a r ia e nla s s o c i e d a d e s " d e c o n s u m o " , e s d e c i r q u e n u n c a m á s h a b r á r e v o lu c io n e s e n e s a s s o c i e d a d e s . S é q u e e s a e s l a c o n c lu s ió n d eM a r c u s e . P e r o c r e o j u s t a m e n t e q u e d i c h a c o n c l u s i ó n s e v e d e s m e n t id a p o r l o q u e a c a b a d e s u c e d e r e n Fr a n c ia .

Po r q u e lo s e s t u d ia n t e s , a p e s a r d e t o d o , n o h a n e s t a d o s o lo s .D i e z m i l l o n e s d e h u e l g u i s t a s l o s h a n s e g u i d o . N o e l p r i m e r d í a ,p o r s u p u e s t o , n i h a s t a e l f in . Pe r o lo b a s t a n t e r á p id o y l o b a s t a n t e l e j o s p a r a q u e l o s o b r e r o s m i s m o s q u e d a r a n e s t u p e f a c t o s .S e e n c o n t r a r o n c o m p r o m e t i d o s , s i n h a b e r c o n c e r t a d o n a d a e n t r ee l los , e n u n m o v i m i e n t o q u e s e r a d i c a l i z a e s p o n t á n e a m e n t e m á sy m á s y q u e d e s e m b o c a e n u n a r e iv in d ic a c ió n n u e v a : l a d e d ig -



Los cor.iiinisías lienen viiedo de la revolución 1 6 5

nidad, de soberanía , de poder . Se arrojaron a la acción con uns e n t i m i e n t o c o m p l e t a m e n t e n u e v o d e l i b e r t a d , d e i n v e n c i ó n , p e r os i e m p r e s i n c o m p r e n d e r l o q u e l e s s u c e d í a . L a p r u e b a e s t á e nque cua ndo se l e s co nced ió la pa la bra , cua ndo se l e s p id ió que

v o t a r a n , e l l o s d i e r o n — m u c h o s l o h i c i e r o n , e n t o d o c a s o — s uv o t o a d e G a u l l e . R e e n c o n t r a m o s a q u í e l d e s f a s a j e d e l q u e h a b l a b a r e c i é n e n t r e u n a s o c i e d a d p o l í t i c a c a l m a — l a q u e a c a b a mo s de recupera r— y una rea l ida d so c ia l de v io lenc ia , que se ham a n i f e s t a d o d u r a n t e e l m e s d e m a y o . E n l a a c c i ó n t o d o e s t a b ac la ro . Pero cua ndo se p id ió a lo s t ra ba ja do res que pus iera n unn o m b r e a l o q u e r e c l a m a b a n , e l l o s r e s p o n d i e r o n " D e G a u l l e " .Es c lá s ico . Lo impo rta nte es que la a cc ió n ha y a ten ido lug a r ,c u a n d o t o d o e l m u n d o l a c o n s i d e r a b a i m p e n s a b l e . S i h a t e n i d olug a r es ta v ez , puede repro duc irse , y eso es lo que inv a l ida e lp e s i m i s m o r e v o l u c i o n a r i o d e M a r c u s e .

— Uno de los problemas más importantes es, ciertamente, elde los vínculos entre las "m inorías actuan tes", en particular losestudiantes y las masas obreras. En Alemania esos vínculos noexisten por el mom ento: la mayoría de los obreros es hostil almovimien to de los estudiantes socialistas revolucionarios. EnFrancia esos vínculos tampoco parecen ya mu y fáciles.

— E s e v i d e n t e : n o p u e d e d e c i r s e q u e l a m a s a d e l o s o b r e r o sf r a n c e s e s h a y a s i d o f a v o r a b l e a l m o v i m i e n t o e s t u d i a n t i l . L o q u es u c e d i ó e s m u c h o m á s c o m p l e j o . L o s e s t u d i a n t e s e m p r e n d i e r o ns u a c c i ó n p r i m e r o s o l o s . Y d e s p u é s t u v o l u g a r - l a g r a n m a n i f e s t a c i ó n d e l 1 3 d e m a y o , d e l a R e p ú b l i c a a D e n f e r t - R o c h e r e a u , e nl a c u a l p a r t i c i p a r o n l a s o r g a n i z a c i o n e s o b r e r a s . P e r o l o s t r a b a j a d o r e s e s t a b a n m u y b i e n e n c u a d r a d o s , m u y b i e n t e n i d o s e n m a no po r la C .G .T . , que quer ía l imi ta r lo s co nta cto s co n lo s es tu d i a n t e s y q u e d i o m u y r á p i d a m e n t e l a o r d e n d e d i s p e r s i ó n . H u b o

n o o b s t a n t e a l g u n o s c o n t a c t o s : e s a n o c h e m i s m a , e n é l C a m p oM a r t e , e s t u d i a n t e s y j ó v e n e s o b r e r o s s e r e u n i e r o n p a r a d i s c u t i r .P e r o n o h a b l a b a n e l m i s m o l e n g u a j e y s e o b s e r v a b a n c o n s o r p r e s a , s i n c o m p r e n d e r s e . E s a n o c h e s e p o d í a d e c i r : e s t o e s u nf r a c a s o .

¿ Y d e s p u é s q u é p a s ó ? U n o o d o s d í a s m á s t a r d e , j ó v e n e s o b r e r o s o c u p a r o n s u s f á b r i c a s , d e s e n c a d e n a n d o u n m o v i m i e n t o d ehue lg a que se ex tend ió a to do e l pa í s . Lo h ic iero n po r su pro p ia



166 Francia4

c u e n ta , s i n n i n gu n a i r e l ac i ón c on s c i e n te c on l o s e s tu d i an te s , p e r o

e s tá c l ar o q u e l a man i f e s tac i ón c omú n e s tab a e n e l or i ge n d es u a c c i ó n . L o s e s t u d i a n t e s h a b í a n s i d o e l d e t o n a d o r d e u n m o v i mi e n to q u e s e d e s ar r o l l ab a ah or a s i n e l l o s . La C .G .T . i n te r v i n oe v i d e n t e m e n t e e n t o d a s p a r t e s p a r a i m p e d i r e l i n t e r c a m b i o e n t r e e s tu d i an te s y ob r e r os ; e s o e s tab a c on for me c on l a p o l í t i c ad e l P . C , q u e s i e m p r e h a c o n s i s t i d o e n s e p a r a r a l o s i n t e l e c t u a l e sd e l o s t r ab ajad or e s : s e c r e ab an c é l u l as e n l a S or b on a , c é l u l as e nl os b ar r i os p op u l ar e s y e n l o s l u gar e s d e t r ab ajo , p e r o n u n c a

c é l u l as d on d e l o s ob r e r os y l o s e s tu d i an te s s e e n c on tr ab an ju n tos .Los i n te r c amb i os , d e tod os mod os , e r an mu y d i f í c i l e s a l n i ve ld e l a d i s c u s i ón : l a s p e r s on as q u e n o s on d e l mi s mo me d i o n u n c at i e n e n n ad a q u e d e c i r s e : s ó l o p u e d e n h ac e r c os as ju n tas . Por e s ol o s ú n i c o s v í n c u l o s p o s i t i v o s q u e s e e s t a b l e c i e r o n e n t r e e s t u d i an te s y ob r e r os , d u r an te e l me s d e mayo , h an t e n i d o l u gar e nl o s " c o m i t é s d e a c c i ó n r e v o l u c i o n a r i a " q u e s e c r e a r o n u n p o c oe n tod as p ar te s . Es os c omi té s n o s e tomar on e l t r ab ajo d e d i s

cut ir s ino e l de ac tuar . Se pus ieron a d i spos ic ión de los trabajad or e s e n h u e l ga , p r oc u r án d o l e s l o q u e n e c e s i tab an , c omo p ore j e m p l o a l i m e n t o s , y p a r t i c i p a n d o t a m b i é n e n l o s " p i q u e t e s d eh u e l ga" q u e gu ar d ab an l a s p u e r tas d e l a s fáb r i c as . Y fu e a l l í ,p o r q u e h u b o p r i m e r o u n a a c c i ó n c o m ú n , d o n d e l a s d i s c u s i o n e sp u d i e r o n e s t a b l e c e r s e e n s e g u i d a .

H o y l a s h u e l g a s h a n t e r m i n a d o y y a n o h a y p o s i b i l i d a d e s d eu n v í n c u l o d e c o n j u n t o e n t r e e l m o v i m i e n t o e s t u d i a n t i l y l o s

ob r e r os . Pe r o n o c on s i d e r o e n ab s o l u to l o q u e s e i n i c i ó e n mayoc omo u n f r ac as o , p or q u e l o s l az os q u e s e for mar on e n e l s e n od e l o s c o m i t é s d e a c c i ó n s e m a n t i e n e n . C o n o z c o m u c h a g e n t ej o v e n q u e c o n t i n ú a v i e n d o a l o s o b r e r o s y e m p l e a d o s c o n . l o sc u a l e s h an mi l i tad o d u r an te l a s h u e l gas . E l mu r o q u e s e p ar a al os i n te l e c tu a l e s d e l o s t r ab ajad or e s n o c ayó , p e r o s e d i o l a p r u e b a d e q u e p o d í a d e s a p a r e c e r e n u n a a c c i ó n c o m ú n .

— L o que impresiona, en el movimiento francés del mes de ma

yo, es su carácter "libertario". ¿Piensa usted que ese carátter seda también en los movimientos que tuvieron lugar en otros paí

ses, y que se puede hablar de una revuelta contra toda la civili



Los comun istas tienen m iedo de la revolución 167

— N o c r e o q u e s e p u e d a g e n e r a l i z a r e s a n o c i ó n d e " m o v i m i e n to l ib er tar io" , q u e me p arece p rop ia d e occ id en te , y más e sp ec ia l men te d e F ran c ia , d on d e se ap oya en u n a fu er te t rad ic ión an ar q u i s ta . N o se p u ed e p on er en e l mismo p lan o la s soc ied ad es d elo s p a í se s soc ia l i s ta s , a la s q u e l lamaré " soc ied ad es d e p rod u c c ió n " , y n u e s t r a s " s o c i ed a d e s d e c o n s u m o " o c c i d e n t a l e s . E n e l l a slo s p rob lemas n o son lo s mismos y la lu ch a ob rera toma , p orc o n s e c u e n c i a , f o r m a s d i f e r e n t e s . P e r o h a y a l g o e n c o m ú n e n e s o sd os t ip os d e soc ied ad es : n i en u n as n i en o tras u n h omb re " ex i s te " como in d iv id u o l ib re y re sp on sab le . E so n o q u iere d ec ir q u e

se l e n iegu e en tod as p ar te s —como a lo s n egros en lo s E s tad osU n id os , p or e j emp lo— la p os ib i l id ad d e in tegrarse en la soc ie d a d . E s m á s c o m p l e j o .

T o m e n u n c i u d a d a n o f r a n c é s : e s p r i m e r o u n c o n s u m i d o r . P e r ou n con su mid or " fa l s i f i cad o" , a q u ien n o se l e d e ja e l ecc ión sob relo q u e d esea con su mir , mien tras s e l e d e ja creer q u e e jerce sul ib er tad comp ran d o lo s mismos p rod u c tos q u e comp ra tod o e lm u n d o . H e l e í d o e n u n a r e v i s t a f e m e n i n a e s t a f r a s e e x t r a o r d i n ar ia , q u e acomp añ ab a a la p u b l i c id ad d e u n a rop a d e p laya :

" A u d a z o d i s c r e t a , p e r o s i e m p r e m á s y m á s u s t e d m i s m a " . D i c h od e o tro m od o: " C om p re com o tod o e l m u n d o p ara n o ser ;n ad ie" . E s ta e s la fa l s i f i cac ión .

E l c iu d ad an o f ran cés e s tamb ién u n p rod u c tor , p ero aq u í laa l i en ac ión e s tod av ía más ev id en te . E n tod os lo s n ive le s , ya s eaob rero , emp lead o o e s tu d ian te , su d es t in o se l e e scap a comp le ta m en te . N u n c a e s su je to s in o ob je to . S e h a f i jad o p ara é l , ' .a fuera , s in consultar lo , e l trabajo que debía hacer , e l sa lar io queib a a cob rar , e l examen q u e d eb er ía ren d ir . S e lo h a p u es to sob re

lo s r i e l e s y n o e s é l q u ien coman d a la s s eñ a le s .L o mismo su ced e en lo s p a í se s soc ia l i s ta s . C on la d i f eren c ia d o

q u e e l ob je t ivo n o e s ya e l con su mo s in o la " p rod u cc ión p or lap rod u cc ión " . L a máq u in a g ira sob re s í misma y e l in d iv id u ot i en e en e l la su lu gar r igu rosamen te f i jad o p or la s ex igen c ia s—p ara é l ab s trac tas— d e u n " p lan " q u e n o h a con tr ib u id o a e s ta b lecer . E n C h ecos lovaq u ia , p or e jemp lo , e s u n a revu e l ta con trae l s i s t ema d esh u man izad o d e la p rod u cc ión p ara la p rod u cc iónlo q u e acab a d e d esemb ocar en u n a re iv in d icac ión d e l ib er tad .

— Después del viovimiento de mayo, en Francia, todo el mund o



103 Francia

ha dicho — y el gobierno misnxo, en cierto modo, lo ha reconocido—, que "nada podría ser ya como antes". Incluso el Generalde Gau lle ha hablado, en la televisión, de una sociedad que noseria "ni capitalista ni socialista, sino fundada en la participa

ción". ¿Piensa usted que realmen te pueda establecerse en Franciaun sistema niLevo

— E l g o b i e r n o , c o m o s i e m p r e , h a b l a r á m u c h o d e r e f o r m a s y n oh a r á n i n g u n a q u e c a m b i e r e a l m e n t e a l g o . L a p a l a b r a " p a r t i c i pac i ón" en l a boca de de Gaul l e no qu i ere dec i r nada . Se puedei m a g i n a r , p o r c i e r t o , u n a v e r d a d e r a " p a r t i c i p a c i ó n " q u e d a r í aa l os obreros un rea l poder de dec i s i ón en l a empres a; pero l osp a t r o n e s l a n e g a r á n s i e m p r e y d e G a u l l e n o q u i e r e o í r h a b l a r .

E n t o n c e s s e i n v e n t a r á u n a f a l s a " p a r t i c i p a c i ó n " q u e n o l a s t i m a r ápara nada l os poderes de l pat ronat o , un poco como l os "comi t ésde empres a" creados en 1944 , que no f ueron de l t odo i nút i l e sp e r o q u e n o c a m b i a r o n n a d a d e l s i s t e m a .

Es verdad , s i n embargo , que nada s erá como ant es en Franc i a ,y e s o por dos razones . La pr i mera , e s que acaba de produc i rs eu n a p o l i t i z a c i ó n i r r e v e r s i b l e d e l a j u v e n t u d . N o s o l a m e n t e d e l o sv m i v e r s i t a r i o s , s i n o t a m b i é n d e l o s e s t u d i a n t e s s e c u n d a r i o s . H a ym u c h a c h i t o s d e d i e z a ñ o s q u e t i e n e n h e r m a n o s y h e r m a n a s m a

y o r e s , y q u e s a b e n y a m u y b i e n p o r q u é n o q u i e r e n s a b e r n a d ac o n e s t a s o c i e d a d . H a y e n l o s j ó v e n e s , e i n c l u s o e s o s m u c h a c h i t o s ,u n a v i o l e n c i a n o t a b l e q u e n o e s e n a b s o l u t o l a e x p r e s i ó n d e u ncapr i cho s i no de una conc i enc i a c l ara de l o que s e l e s prepara .S e l o s e n c i e r r a e n u n a c o n t r a d i c c i ó n : p o r u n a p a r t e s i e n t e n q u et i e n e n p o c a s o p o r t u n i d a d e s d e i n t e g r a r s e a l a s o c i e d a d p o r q u es e go l pearán cont ra t oda una s er i e de barreras d i s pues t as en l ae n s e ñ a n z a , p a r a n o d e j a r a c c e d e r a l a c ú s p i d e m á s q u e a u n ap e q u e ñ a é l i t e ; p o r o t r a p a r t e , l o s l u g a r e s q u e p o d r í a n c o n q u i s t a r

f r a n q u e a n d o t o d a s e s a s b a r r e r a s l e s d i s g u s t a n p o r a n t i c i p a d o ,p o r q u e e n e l l o s s e r á n p u r o s o b j e t o s , i n s t r u m e n t o s d e u n s i s t e m aq u e l o s h a b r á " e s p e c i a l i z a d o " p a r a u n a t a r e a p r e c i s a . L o s j ó v e n e s c o m p r e n d e n e s o m u y t e m p r a n o , y e s p o r e s o q u e v e m o s a p a r e c e r h o y u n a g e n e r a c i ó n i n e s p e r a d a d e r e v o l u c i o n a r i o s d e d i e zaños .

S u c e d e a l g o a n á l o g o e n t r e l o s j ó v e n e s ob r e r o s, q u e n o t i e n e np o r c i e r t o l o s m i s m o s p r o b l e m a s q u e l o s e s t u d i a n t e s , p e r o q u e



Los comunisias tienen u i i e d o de la revohición 1 6 0

c o m i e n z a n a c o m p r e n d e r q u e l o s a u m e n t o s d e s a l a r i o s p o r l o sc u a l e s s u s p a d r e s h a n l u c h a d o — y q u e l e s h a n v a l i d o v e n t a j a sm a t e r i a l e s c i e r t a s : a u t o m ó v i l , t e l e v i s i ó n , l a v a d o r a — , n o s o n l aú n i c a l l a v e d e l a l i b e r a c i ó n d e l o s t r a b a j a d o r e s . E l l o s t a m b i é n

r e c l a m a n h o y u n " p o d e r " s o b r e s u t r a b a j o y s o b r e s u v i d a .L a s e g u n d a r a z ó n p o r l a c u a l n a d a s e r á c o m o a n t e s , e s q u e l o s

a u m e n t o s d e s a l a r i o s q u e a c a b a n d e s e r a c o r d a d o s h a n r o t o e lf r á g i l e q u i l i b r i o d e l a e c o n o m í a f r a n c e s a . L o s p a t r o n e s n o s ee q u i v o c a n , d e s d e s u p u n t o d e v i s t a , c u a n d o a f i r m a n q u e l a e c o n o m í a n o p u e d e s o p o r t a r e s t a n u e v a c a r g a : e n e f e c t o n o p u e d ee n e l c u a d r o d e l s i s t e m a a c t u a l . E s i m p o s i b l e m a n t e n e r a l a v e zl a s g a n a n c i a s d e l p a t r o n a t o y e l n i v e l a c t u a l d e l o s p r e c i o s — y

p o r l o t a n t o l a c o m p e t e n c i a d e l a s e m p r e s a s f r a n c e s a s e n e lM e r c a d o C o m ú n — . P e r o ¿ q u i é n p i e n s a e n s u p r i m i r l a s g a n a n c i as ? P o r s u b v e n c i o n e s o p o r r e b a j a s d e i m p u e s t o s , p u e s , s e p re s e r v a r á b i e n o m a l l a p o s i c i ó n d e l a s i n d u s t r i a s e x p o r t a d o r a s y ,por e l a l za de l o s prec ios , s e re tomará de l o s obreros l o que sel e s h a d a d o . P e r o l o s o b r e r o s s e d a r á n c u e n t a . C o n s t a t a r á n q u es u p o d e r a d q u i s i t i v o , d e s p u é s d e h a b e r s e e l e v a d o d u r a n t e a l g u n o s m e s e s , r e c a e a l m i s m o n i v e l q u e a n t e s o t o d a v í a m á s b a j o .N o l o a c e p t a r á n f á c i l m e n t e y e s m u y p r o b a b l e q u e s e v e a r e s u r

g i r e n t o n c e s , b a j o l a f a l s a i m a g e n p o l í t i c a q u e l a s e l e c c i o n e s a c a b a n d e d i b u j a r , l a v i o l e n c i a d e l a s f u e r z a s s o c i a l e s r e a l e s .

— L o s dirigentes políticos de la izquierda francesa, los hom brescomo Frangois Mitterrand, Guy M ollet, W aldeck Rochet, no estuvieron a la vanguardia — y es lo meno s que se puede decir— de lmovim iento social de mayo. ¿P iensa usted que una nueva formación revolucionaria, independiente de los antiguos partidos ymás comba tiva que ellos, pueda salir de esta crisis?

— L os co m un i s tas s i em p re h an s os t en ido —^ era ve rd ad ha s taa h o r a — q u e l o s m o v i m i e n t o s r e v o l u c i o n a r i o s q u e p r e t e n d í a n s i tuarse a l a i zqu ierda de l P .C . contr ibu ían a d iv id i r l a c lase obre r a , t e r m i n a n d o s i e m p r e p o r s e r " o b j e t i v a m e n t e " . m á s a l a d e r e c h a q u e a q u é l . D i s c u t i r h o y s o b r e e s e p u n t o e s , a m i c r i t e r i o ,p l a n t e a r m a l e l p r o b l e m a . N o h a y q u e p r e g u n t a r s e s i s e e s t á ad e r e c h a o a i z q u i e r d a d e l P . C , s i n o s i s e e s t á v e r d a d e r a m e n t een l a i zqu ierda .

¿ Q u i é n s e e n c o n t r ó e n l a i z q u i e r d a e n e l m e s d e m a y o ? C i e r -



170 Fr an cia •

t a m en t e n o M i t t erra n d y. G u y . M o l l e t , q u i en es só l o t ra t a ro n d e

a p ro v ech a r l a o ca s i ó n p a ra a cced er a l p o d er , s i n b u sca r co m p r e n d e r l o q u e h a b í a d e p r o f u n d a m e n t e n u e v o e n l a s i t u a c i ó n .C i er t a m en t e n o e l P . C . q u e h a h ech o t o d o l o p o s i b l e p a ra f ren a ra l m o v i m i e n t o y q u e h a p e r m i t i d o s u i n c l u s i ó n e n l a s e l e c c i o n e s .L o s c o m u n i s t a s n o h a n c e s a d o d e i n s u l t a r a l o s m i l i t a n t e s e s t u d i a n t i l e s q u e s e m o s t r a b a n m á s c o m b a t i v o s , y L'Humanité n oco n sa g ró s i n o u n a s l í n e a s d e p ro t e s t a a l a p u e s t a f u er a d e l a l e yp o r e l g o b i e r n o d e l o s " g r u p ú s c u l o s " r e v o l u c i o n a r i o s q u e e s t u v i ero n en e l o r i g en d e t o d o e l m o v i m i en t o .

E n e s a s c o n d i c i o n e s , e s t o y c o n v e n c i d o d e q u e l o s d i r i g e n t e sa c t u a l e s d e l a i zq u i erd a n o rep resen t a rá n y a n a d a d en t ro d ed i ez a ñ o s , y n o v e o q u é p e l i g r o h a b r í a e n q u e u n m o v i m i e n t orev o l u c i o n a r i o s e co n s t i t u y era f u era d e l P . C . y a su i zq u i erd a .C reo i n c l u s i v e q u e e s i n ev i t a b l e , y q u e e s l a ú n i ca co sa q u ep u e d e " d e s b l o q u e a r " l a p o l í t i c a d e l P . C , p e r m i t i e n d o a l o s v e r d a d e r o s r e v o l u c i o n a r i o s q u e t o d a v í a p e r m a n e c e n e n é l h a c e r o í rs u s v o c e s e i m p o n e r u n a n u e v a o r i e n t a c i ó n d e l P a r t i d o .

— Si la crisis francesa ha impactado de tal modo la opiniónmu ndial, es porque na da parecido se había producido nunca enuna sociedad industrial moderna. Se pregunta ahora si esa crisisse explica por un conjunto de condiciones históricas y socialesparticulares de Francia, o si una explosión compa rable es igualmen te posible en otros países desarrollados, por ejemplo Alemania.

— E s t o y c o n v e n c i d o d e q u e l a m i s m a c o s a p u e d e s u c e d e r e n

A l e m a n i a . D i r é a e s t e r e s p e c t o q u e m u c h a s d e l a s i d e a s q u e h a ni n s p ir a d o a l o s e s t u d i a n t e s f r a n c e s e s , p r o v i e n e n d e e s t u d i a n t e ss o c i a l i s t a s a l e m a n e s , e m p e z a n d o p o r l a i d e a d e q u e e l m o v i m i e n t o e s t u d i a n t i l n o p o d r í a n u n ca i r m u y l e j o s s i n o e s t a b l ec i erau n v í n c u l o c o n e l m o v i m i e n t o o b r e r o . U s t e d m e h a d i c h o r e c i é nq u e e s e v í n c u l o e r a c a s i i m p o s i b l e e n A l e m a n i a . T a m b i é n s e l ocre í a i m p o s i b l e en F ra n c i a y , a p esa r d e i n m en sa s d i f i cu l t a d es ,s i n i r m u y l e j o s t o d a v í a , e l v í n cu l o s e h a i n i c i a d o . N o v eo n i n

g u n a r a z ó n p a r a q u e e l m i s m o f e n ó m e n o n o s e p r o d u z c a u n d í aen A l em a n i a . A ú n a l co n t ra r i o . S e h a v i s t o , en F ra n c i a , q u e l o st r a b a j a d o r e s q u e s o s t e n í a n c o n m á s e n e r g í a l a s r e i v i n d i c a c i o n e s



Los comu nistas tienen viiedo de la revohición 171

pa r t i c ipa c ió n v e r da de r a e n l a s de c i s io ne s c o nc e r n ie n te s a sus

v i d a s , no e r a n a que l lo s de c a te g o r ía s pr o fe s io na le s in f e r io r e s ,s ino l o s que ha b ía n a l c a nz a do y a un n iv e l de v ida y un g r a dode c a l i f ic a c ió n r e la t iv a m e n te e l e v a d o s . A ho r a b i e n , l a m a sa d elo s o br e r o s a l e m a ne s t i e ne un n iv e l de v ida m á s a l to que e l delos obreros franceses , y part ic ipa más en la prosper idad de la" so c i e da d de c o nsum o " . Qu iz á e so l o s c o nduc ir á a to m a r m e jo rconc ienc ia de los l ímites de esa prosper idad y de la a l ienac iónque e l l a c o nt inúa r e c ubr i e ndo . E l m o v im ie nto f r a nc é s , que na d ieha b ía pr e v i s to , ha r e v e la do e n to do c a so una c o sa m uy r e c o n

fo r ta nte a m i s o jo s : e s que n ing una bur g ue s ía e n e l po de r — e nA le m a n ia o e n o t r a pa r te — e s tá y a a l a br ig o , de sd e a ho r a e na de la n te , de una " ho r r ib l e so r pr e sa " .

— ¿Qué sentimientos le inspira el régimen actual de la Alemania Federal?

— Es e l pa í s de Eur o pa que m á s s e pa r e c e , a c tua lm e nte , a l o sE s t a d o s U n i d o s . U s t e d s a b e q u e a m í n o m e g u s t a m u c h o e ls i s t e m a no r te a m e r ic a no , e s to y po r l o t a n to de so la do de v e r aA le m a nia e nc a m ina r se po r e sa v ía , que e s l a de l c o n fo r t so c ia lde m ó c r a ta . Pe r o no so y pe s im i s ta c o n r e spe c to a su po r v e n ir ,pue s to que c o ns ta to que e x i s t e a ho r a una jo v e n A le m a nia quec ue nta c o n to da m i s im pa t ía : l a de l o s e s tud ia nte s so c ia l i s ta s yta m bié n , a ún s i so n to da v ía po c o num e r o so s , l a de l o s j ó v e ne st r a ba ja do r e s que y a no a c e p ta n e l s i s t e m a v ig e n te .

N o d ig o que to m a r á n e l po de r m a ña na , pe r o e s to y a bso lu ta m e nte c o nv e nc ido de que s e s e n t i r á n c a da v e z m e no s a i s l a do s ,e n l a m e d ida e n que ho y fo r m a n pa r te de un g r a n m o v im ie nto

i n t e r n a c i o n a l . E l n a c i m i e n t o d e u n v e r d a d e r o i n t e r n a c i o n a l i s m om e pa r e c e s e r e l a c o nte c im ie n to m á s im po r ta nte de e s to s ú l t im o sa ñ o s . A nta ño s e ha b la ba m uc ho de in t e r na c io na l i sm o , pe r o c ua ndo s e m a sa c r a ba n de c e na s de m i l e s de o br e r o s , de spué s de l aC o m una , no ha b ía n i una m a n i f e s ta c ió n , n i una hue lg a de so l i da r ida d fue r a de Fr a nc ia . Ho y , pr á c t i c a m e nte e l m i sm o d ía quee s ta l l a n l o s m o v im ie nto s de r e v ue l ta , e nc ue ntr a n un e c o e n e le x tr a nje r o . Ha c e una s e m a na , po r e j e m plo , l o s e s tud ia nte s dela U n iv e r s ida d d e Be r k e l e y , e n C a l ifo rn ia , s e h i c i e r o n g o lpe a r

e n la c a l l e pa r a ha c e r no ta r su so l ida r ida d c o n lo s e s tud ia nte sy los obreros franceses . Quizá los es tudiantes revo luc ionar ios se



1 7 2 Francia

s i e n te n so lo s e n l a A le m a nia de ho y . P e r o sa be n que no l o e s tá ne n e l m undo , y que t i e ne n a l i a do s e n P r a g a , e n N ue v a Y o r k , e nBe lg r a do , e n P a r í s , e n Sa n Fr a nc i s c o , e n M i lá n , e n to da s pa r te s .M uc ha s de l a s ide a s r e v o luc io na r ia s de l o s e s tud ia nte s f r a nc e se s

l l e g a r o n d e A l e m a n i a . E l l o s v o l v e r á n — d e F r a n c i a o d e o t r apa r te .

Editions John Didier, Pa rís , 1968



N O H A Y G A U L L I S M O B U E N O .

C u an d o con d en amos e l d ecre t o d e l 12 d e j u n io , l a b ru t a l ex p u l s i ó n d e e x t r a n j e r o s r e s i d e n t e s d e s d e h a c e m u c h o t i e m p o e n

F ran c ia , e l d e s p id o d e p er iod i s t as d e l a O . R . T . F . , e l d e n u meros osm i l i t a n t e s o b r e r o s e n l a s e m p r e s a s p r i v a d a s — d e l o s c u a l e s e lg o b i e r n o e s i n d i r e c t a m e n t e p e r o t o t a l m e n t e r e s p o n s a b l e — , n op re t en d emos , me p arece , q u e s e t ra t e d e errores ev i t ab le s y q u ee l r ég imen s er ía mej or s i l o s h u b iera ev i t ad o o s i l o s r ep arara .E n o t r o s t é r m i n o s , n o h a y g a u l l i s m o m a l o , n o p u e d e h a b e r g a u l l i s mo b u en o . H ay e l gau l l i s mo y e s o e s t od o: e s t o q u iere d ec i rq u e e l r ég imen e s , p or n at u ra leza , l a exp res ión d e la c la s e d omi

n a n t e q u e c o m b a t i m o s ; e n n u e s t r a s o c i e d a d b u r g u e s a — e n o t r a sq u i z á t a m b i é n p e r o s ó l o h a b l a m o s d e n o s o t r o s — e l a p a r a t o d e lE s t a d o e s t á n e c e s a r i a m e n t e e n m a n o s d e l e n e m i g o ; c u a n d o e x i g i mos la ab rogac ión d e l d ecre t o d e l 12 d e j u n io , n o imag in amos q u ees a ab rogac ión , s i e s t u v iéramos en con d ic ion es d e arran cárs e laa l go b ie rn o , b orrar ía c i er t as ra t on eras d e o t ro m es d e oc t u b re ,la mas acre d e C h aron n e o e l rap t o d e Ben Bark a . Tod os e s osac t os , q u e f u eron cu b ier t os o b orrad os , q u e n o h emos o lv id ad o ,

s on lo s e f ec t os d i rec t os d e l r ég imen : e l l o s l o exp res an y l o con d en an t an t o como las p a l i zas d e l a ca l l e G ay- Lu s s ac .

L a r e p r e s i ó n e s u n a a c c i ó n c o n t i n u a m e n t e e j e r c i d a p o r l a c l a s ed e l o s e x p l o t a d o r e s c o n t r a a q u e l l o s a q u i e n e x p l o t a . P u e d e , c o m oen S imca , t omar la f orma d e la v io l en c ia organ izad a , con t ra t arm a t a s i e t e s a r m a d o s ; p u e d e r e d u c i r s e a l a a m e n a z a p e r m a n e n t ed e d es p id o , a l a s n ovat ad as , a l a i s lamien t o s i s t emát i co en laemp res a d e l mi l i t an t e s in d icad o: e l l a s i emp re e s t á a l l í , p re s en t e ,

i n e v i t a b l e j p o r q u e s ó l o l a v i o l e n c i a — s e d e s e n c a d e n e o s e m u e s t r e — p u e d e s o s t e n e r y p r o l o n g a r e s a v i o l e n c i a f u n d a m e n t a l q u e



174 Francia

es la exp lo tac ión . En e se sen t ido todo —y en pr inc ip io la con

tratac ión y la pre tend ida l iber tad de t rabajo— es v io lenc ia ques o p u e d e t r a n s f o r m a r e n r e p r e s i ó n . L a r e p r e s i ó n s a n g r i e n t a ya r m a d a , e l m a n t e n i m i e n t o d e l d e s o r d e n p o r e l r i m e r o e n u n i f o r me a l que se l lama las fuerzas de l orden , no e s s ino un casop a r t i c u l a r d e l a a c c i ó n r e p r e s i v a q u e s e e j e r c e p e r m a n e n t e m e n t econtra los t rabajadores en la soc iedad en que v iv imos: e l r ég i men t rata de economizar la y no recurre a e l la s ino cuando t i enem i e d o y s e s i e n t e d i r e c t a m e n t e a m e n a z a d o . E n c o n c r e t o , n o e s

raro que e l u so de la fuerza t ra iga cons igo consecuenc ias ne fas t a s p a r a a q u e l l o s q u e l a h a n d e c i d i d o . T o d o s s a b e m o s q u e , d e s d ee l pr inc ip io de l año e sco lar , la repres ión ha preced ido , cada vez ,a l a s m a n i f e s t a c i o n e s d e e s t u d i a n t e s y l a s h a p r o v o c a d o , h a s t aob l igar las a la insurrecc ión segu ida por la hue lga de d iez mi l lo nes de t rabajadores . S in c ier tos abandonos que o tras l laman t ra i c ión , q u i z á n o h u b i é r a m o s t e n i d o n e c e s i d a d d e p r o t e s t a r c o n t r al a p o l í t i c a r e p r e s i v a d e l r é g i m e n p u e s t o q u e n o h u b i e r a h a b i d o

y a n i p o l í t i c a n i r é g i m e n g a u l l i s t a .De e s t e modo la repres ión ab ier ta , o f i c ia l , no e s s ino un mo

m e n t o d e l a g u e r r a p e r m a n e n t e q u e e l r é g i m e n l l e v a c o n t r a l o st r a b a j a d o r e s , e l m o m e n t o d e l a v e r d a d e n q u e s e m u e s t r a a l d e s n u d o . Y , d e l m i s m o m o d o , m u c h o s p i e n s a n c o m o y o , c r e o , q u ed e n u n c i a m o s e s a r e p r e s i ó n n o p a r a m e j o r a r e l r é g i m e n s i n ohacer ver a todos , en e sa ocas ión , la innob le desnudez que é lt ra ta de enmascarar . La repres ión e s una forma crón ica y a vecesaguda de la lucha de c lase s , t a l como la conduce e l patronato .L a c o n t r a - r e p r e s i ó n d e b e o p o n é r s e l e p e r m a n e n t e m e n t e : e l l a t a m b i é n p u e d e t o m a r f o r m a s a g u d a s e i n s u r r e c c i o n a l e s , c o m o e nm a y o ; pero debemos saber que nues tra f ina l idad profunda por .s o b r e l o s o b j e t i v o s i n m e d i a t o s — l a a y u d a a p o r t a d a a n u e s t r o scamaradas— debe ser la ca ída de la c lase dominante : con sudes trucc ión y so lamente con e l la t endrá f in la repres ión . Debe

m o s s a b e r t a m b i é n q u e h a y o t r a s f o r m a s d e l u c h a d e l a s c u a l e sd e b e m o s m o s t r a r n o s s o l i d a r i o s b a j o p e n a d e c o n t r a d e c i r n o s : e lpoder se toma en las empresas y en la ca l l e ; la v io len ta reacc ión



No hay gaullismo bueno... 175

c l a r a m e n t e y s e h a n p r e p a r a d o : d e b e m o s h a c e r c o n o c e r e s o sp r e p a r a t i v o s y d e n u n c i a r l o s , p u e s t i e n e n c o m o f i n a l i d a d i n i c i a rl a r e p r e s i ó n f u t u r a .

N u e s t r o c o m b a t e n o e s t á m o t i v a d o p o r u n a i n d i g n a c i ó n m o r a l :n o c o n d e n a m o s a l a c l a s e d i r i g e n t e y a s u a p a r a t o e s t a t a l p o rc r í m e n e s q u e h u b i e r a n p o d i d o n o s e r c o m e t i d o s s i n o , a l c o n t r a rio , p o r c r í m e n e s q u e n o p o d í a n d e j a r d e c o m e t e r y q u e m u e s t r a n c l a r a m e n t e q u e n u e s t r a l u c h a e s p o l í t i c a .

H e a q u í p o r q u é m e p a r e c e q u e n u e s t r o c o m i t é y t o d o s l o s q u es e a s o c i e n a s u s g e s t i o n e s d e b e n p r o p o n e r s e , i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e t o d a s l a s f o r m a s d e l u c h a q u e l o s r e q u i e r a n , d o s o b j e t i v o sp r i n c i p a l e s :

1. Ca z a r a l a b u r g u e s í a e n s u s p r o p i a s tr a m p a s . L a s f a l s a sd e m o c r a c i a s q u e s e h a n s u c e d i d o b a j o l o s n o m b r e s c o n m o v e d o r e s d e T e r c e r a , Cu a r t a y Q u i n t a Re p ú b l i c a , h a n c r e a d o u n c i e r t on ú m e r o d e l e y e s d e l a s q u e s e d i c e n o r g u Uo s a s y q u e d a n aFranc ia , creen e l l a s , e l derecho de re iv indicar su integrac ión enese inf i erno de miser ia y de sangre a l que se ha dado en l l amar" e l m u n d o l i b r e " . A l g u n a s d e e s a s l e y e s s o n m i s t i f i c a c i o n e s p u ras . O t r a s h a n s i d o c o n q u i s t a d a s p o r y p a r a l a c l a s e b u r g u e s a ,

c u a n d o e r a t o d a v í a l a c l a s e e n a s c e n s o . Y a l g u n a s i n c l u s o — c o m ol a q u e r e c o n o c e e l d e r e c h o d e h u e l g a — h a n s i d o i m p u e s t a s p o rl a a c c i ó n d e l a c l a s e o b r e r a . E s a s l e y e s e x i s t e n a ú n , p o r m á s q u en i n g ú n g o b i e r n o l a s h a y a r e s p e t a d o n u n c a t o t a l m e n t e . E l n u e s t ro , e n p a r t i c u l a r , l a s v i o l a c a d a v e z m á s a m e n u d o : e s l a p r u e b ad e q u e n o s e a d a p t a n a l c a p i t a l i s m o d e l o s m o n o p o l i o s y l o so l i g o p o l i o s ; s e l a s v i o l a p o r q u e n o s e o s a c a m b i a r l a s . E s a s l e y e sn o s o n t o d a s m a l a s , p e r o n o p o d r í a n t o m a r s u v a l o r s a l v o s i e ls o c i a l i s m o l a s t r a n s f o r m a , d á n d o l e s u n c o n t e n i d o c o n c r e t o . I n v o

c á n d o l a s , c o n d e n a n d o a t r a v é s d e e l l a s l a s p r á c t i c a s r e p r e s i v a s ,n o e s a e l l a s — a l m e n o s e n s u f o r m a a c t u a l — l o q u e q u e r e m o sd e f e n d e r : e s l a b u r g u e s í a a q u i e n q u e r e m o s o b l i g a r a e m b a r u l l a r s e e n s u s p r o p i a s c o n t r a d i c c i o n e s . Un a e d i c i ó n e n t e r a d e ld iar io Action acab a de ser sec ues tra da : l a l ey lo proh ibe . S i unoo v a r i o s a r t í c u l o s s o n i n c r i m i n a d o s , e l m a g i s t r a d o d e b e h a c e rs e c u e s t r a r a l g u n o s e j e m p l a r e s . Action in i c ia un proceso a l go b i e r n o . ¡ B r a v o E s o m o s t r a r á p ú b l i c a m e n t e q u e l o s p r í n c i p e s q u e



176 Francia

no s g o b ie r na n ha n c o m e t ido un a buso de po de r ; pe r o , e n e l f o ndode l de ba te , l o que s e po ne e n c ue s t ió n e s e l r é g im e n g a u l l i s tay f i n a l m e n t e e l a p a r a t o b u r g u é s : e n n u e s t r a s s o c i e d a d e s e l p o d e re s a b u s o d e p o d e r p o r d e f i n i c i ó n . C o n v i e n e , p u e s , q u e a y u d e m o sa to da s l a s v í c t im a s de l o r de n r e ina nte que in i c ia n que r e l l a s . Eso spr o c e so s t r a s to r na n la s in s t i tuc io ne s . D e l m i sm o m o do , s i r e c la m a m o s l a a br o g a c ió n de l de c r e to de l 1 2 de jun io , e n no m br e dela l e y , no e s po r r e spe to a un s i s t e m a jur íd i c o que s e funda so br ela e x p lo ta c ió n y l a g a r a nt i z a ; t a m po c o e s pa r a v o la r e n a y udad e j ó v e n e s v a l i e n t e s q u e p o d r í a n m u y b i e n , s i q u i s i e r a n , r e a g r u -p a r s e , c l a n d e s t i n a m e n t e o n o , s i n n u e s t r a a y u d a : e s p a r a m o s trar que la poca l ibertad concedida a pesar de todo a los c iudad a n o s , e n l a s e g u n d a m i t a d d e l s i g l o x i x , s e h a t o r n a d o e x c e s i v ay c a s i in so po r ta b le pa r a l a s so c i e da de s ne o c a p i ta l i s ta s e n quev i v i m o s .

2. D e b e m o s h a c e r n o s u n d e b e r d e l h e c h o d e i n f o r m a r . E s os ig n i f i c a pr im e r o que ha y que e s ta b le c e r que l a r e pr e s ió n no e su n h e c h o e p i s ó d i c o , s i n o q u e l a e s t r u c t u r a d e l r é g i m e n e x i g e q u es e a p e r m a n e n t e . E l d e s p i d o d e p e r i o d i s t a s d e l a O . R . T . F . e r ao b l i g a t o r i o s i d e G a u l l e q u e r í a p e r m a n e c e r e n s u l u g a r . ¿ S o nr e b e l d e s , i n s u r g e n t e s , r e v o l u c i o n a r i o s ? ¿ S e l e s r e p r o c h a b a h a b e rh e c h o o h a b e r q u e r i d o h a c e r d e m a s i a d a p o l í t i c a e n l a t e l e v i s i ó n ?

D e n i n g ú n m o d o : p r e t e n d í a n a l c o n t r a r i o s e r a p o l í t i c o s , d a r u n ai n f o r m a c i ó n s i n p a r c i a li d a d , e n c o n c r e t o n o m e n t i r m á s p o rc u e n t a d e l g o b i e r n o . P e r o , s i s e h u b i e r a n a c e p t a d o s u s e x i g e n c i a s : ¿ d ó n d e h u b i e r a n p r o p a l a d o l o s m i n i s t r o s s u s m e n t i r a s ?¿ D ó n d e h u b i e r a p o d i d o e l g e n e r a l d e G a u l l e , i m p u n e m e n t e , f e l i c i ta r se de l o s be ne f i c io s q ue ha t r a ído a u n pa í s a l q ue ha c o n duc ido de he c ho , de spué s de d i e z a ño s de po de r , a l bo r de de l ar e v o l u c i ó n ? ¿ D ó n d e h u b i e r a p o d i d o d e c l a r a r , c o n t o d a t r a n q u i

l i d a d d e c o n c i e n c i a , q u e e l p a r t i d o c o m u n i s t a e s r e s p o n s a b l e d el o s c o n f l i c t o s d e e s t a p r i m a v e r a , c u a n d o s a b e p e r t i n e n t e m e n t eq u e e s e p a r t i d o h a n e g a d o i n j u r i o s a m e n t e a l o s e s t u d i a n t e s , yn o h a t o m a d o p o s i c i ó n e n l a s h u e l g a s s i n o p a r a d e t e n e r l a s m á sr á p i d a m e n t e ? N u e s t r a s o c i e d a d r e p o s a s o b r e u n a m e n t i r a y e lo f ic io de l Estado es ut i l i zar los mass media p a r a p r o p a g a r l a e nc a d a c o m e d o r f r a n c é s , i r r e m e d i a b l e m e n t e . D e n u n c i a r e l d e s p i d ode l o s pe r io d i s ta s , e s m o s tr a r e l c a r á c te r de fe ns iv o de e s ta m e -



No h f i y gaullismo bueno... 1 7 7

d i d a : e s n e c e s a r i o q u e e l E s t a d o m i e n t a o r e v i e n t e . M e n t i r á m i e n t r a s s u s o y e n t e s n o l o h a g a n r e v e n t a r .

Pero lo que los d iar ios ca l lan , l o que nosotros todos debemos ,

por todos los med ios , enseñar a los mismos mi l i tan tes , e s e l a l ton ive l de la combat iv idad de la c lase obrera en la lucha que l l evac o n t r a l a r e p r e s i ó n q u e la g o l p e a . N a d a s e r í a m á s a b s u r d o q u edejar creer aque l las ment i ras a un pro le tar iado defraudado , a turdido , d e r o d i l l a s . H a y h u e l g a s u n p o c o e n t o d a s p a r t e s , s a l v a j e sy t e n a c e s ; e n u n a c i u d a d d e p r o v i n c i a t o d a s l a s e m p r e s a s h a ndejado de t rabajar para protes tar contra e l desp ido de un so loo b r e r o . L o s m i l i t a n t e s s o n f u e r t e s e n t o d o s l a d o s , p e r o e n a u s e n c ia de not i c ias concern ien tes a l a s i tuac ión genera l y l a lucha

e n l a s e m p r e s a s d e o t r o s d e p a r t a m e n t o s , s e a r r i e s g a n a l i b r a r e lc o m b a t e s i n u n i d a d y , a v e c e s , d e s e n t i r s e a i s l a d o s . E s t o y s e g u r ode que nacerá un bo le t ín que , s in anál i s i s po l í t i co , recogerá todasl a s i n f o r m a c i o n e s n e c e s a r i a s , p r o v i s t a s p o r l o s m i l i t a n t e s a l o smi l i tan tes , a f in de permi t i r , en toda Franc ia , a una c lase obreraque ha probado su fuerza y su conc ienc ia de s í mi sma, echar lasbases de la lucha rea l contra la repres ión gau l l i s ta , e s dec i r unaa c c i ó n g e n e r a l y c o o r d i n a d a .

L e Nouvel Observateur, A de nov iembre de 1968 .Tex to l e ído en un mi t in organizado en la Mu

tua l idad por e l Comité de Lucha contra la Repres ión .



EL MURO EiN EL L IC E O

E n V e r n o n u n g r a n e d i f i c i o c o n t i e n e s i m u l t á n e a m e n t e e l l i c e oc lás ico y e l l i ce o técn ico . El señ or Canu , m ae s tro au xi l ia r , e s táencargado de asegurar la enseñanza de l francés , la h i s tor ia y lage ogr af í a e n l a c l a s e d e B .E .P . 1 ( t é c n i c a ) . En f r an c é s , e l p r o gr ama e s vago: l o s a l u mn os , a t r avé s d e l a l i t e r a tu r a c on te mp or án e a , d e b e n h ac e r s e u n a i d e a d e l o s gr an d e s p r ob l e mas d e l aé p oc a . E l s e ñ or C an u h a d ad o a s u s a l u mn os , c u ya e d ad e s d e

d i e c i s i e t e a d i e c i oc h o añ os , l o s t e mas d e d i s e r tac i ón s i gu i e n te s :" L e a n El muro, d e S ar tr e , y d i ga n l o q u e p i e n s an " . " ¿Qu é e s lap u b l i c i d ad ?" " La i n fan c i a y l a ad o l e s c e n c i a d e To l s to i . " Másr a r a m e n t e , l e s h a c í a c o m e n t a r u n p e n s a m i e n t o d e u n a u t o r c o n t e m p o r á n e o . L a d i s e r t a c i ó n s o b r e El muro f u e p r o p u e s t a e noc tu b r e , l a s c op i as fu e r on e n tr e gad as e l 8 d e n ov i e mb r e . En tr ee s as f e c h as , l a d i r e c tor a c on voc ó a l s e ñ or C an u d e c l ar án d o l e q u e ,a l p e d i r a l o s a l u m n os q u e l e y e r an m i l ib r o (ap a r e c i d o e n G al l i

mar d e n 1939 y p u b l i c ad o e n c o l e c c i ón d e b o l s i l l o h ac e var i osa ñ o s ) , h a b í a c o m e t i d o "un a jaita profesional grave". D e s p u é sd e l a d i s c u s i ón , e l l a agr e gab a q u e " e l a s u n to e s tab a e n te r r ad o" .

E l 6 d e d i c i e mb r e , p r o fe s or e s y a l u mn os p i d e n a l a d i r e c tor aq u e r e ú n a l a a s amb l e a ge n e r a l p ar a d i s c u t i r c i e r tos p r ob l e masp e d a g ó g i c o s . A n t e s u n e g a t i v a , u n a h u e l g a d e u n c u a r t o d e h o r aes decretada, y en e l curso de la misma los profesores tomanb r e ve me n te l a p a l ab r a: e l s e ñ or C an u e n tr e e l l o s .

D í as más tar d e , e l i n s p e c tor d e ac ad e mi a s e p r e s e n ta e n V e r -n o n , c on voc a l o s d e l e gad os d e l a c l a s e d e l s e ñ or C an u , d os jove n -ci tas , y l e s for mu l a p r e gu n tas s ob r e l o q u e é l l l ama " e l c as o d e



El muro en el Liceo 179

m a n t e n í a c o n s u s a l u m n o s ? ¿ Q u é p a s a j e s d e l l i b r o i n c r i m i n a d oh a b í a l e í d o e n c l a s e ? ¿ Al g u n a d e s u s c o n d i s c í p u l a s h a b í a h e c h oa lus ión , en su deber o en su conversac ión , a l o s de ta l l e s "crudos" ," o s a d o s " d e e s o s c u e n t o s ? T r a t a b a d e h a c e r l e s d e c i r q u e u n a d ee l l a s , a l m e n o s , s e h a b í a s e n t i d o " c h o c a d a " , " t r a s t o r n a d a " p a r as o s t e n e r s u t e s i s : r e v e l a n d o e s a o b r a a p e r s o n a s m u y j ó v e n e s , e ls e ñ o r Ca n u h a b í a p r o d u c i d o , p o r i m p r u d e n c i a o d e l i b e r a d a m e n t e ,u n " e f e ct o p s ic o l ó g i c o " . L a s d o s j o v e n c i t a s n o p u d i e r o n s a t i s fa c e ra l inspec tor . Se re t i ró , entonces , después de ex ig i r de e l l a s e lm a y o r s i l e n c i o " p a r a e v i t a r e l e s c á n d a l o " .

P o c o d e s p u é s e l e s c á n d a l o e s t a l l a b a : l u e g o d e u n a c o n v e r p a -c ión con la d i rec tora y e l inspec tor , quien l e d i jo verse obl igadoa re fer i r se a l " caso" en e l rec torado y l e pred i jo que d i ch o " caso ''s e r í a s a n c i o n a d o p o r u n a a m o n e s t a c i ó n , e l s e ñ o r Ca n u s u p o p o runa car ta de que ser ía tras ladado: e sa car ta hac ía a lus ión a l ae n t r e v i s t a q u e l a h a b í a p r e c e d i d o p e r o n o d a b a n i n g ú n m o t i v op a r a e l t r a s l a d o , d e l c u a l s u b r a y a b a s i m p l e m e n t e e l c a r á c t e r d ep e n a l i d a d . S e l o r e e m p l a z ó p o r u n a u x i l i a r q u e s e h i z o v e n i rde una c iudad de l Mediodía , en la cua l é l so lo quer ía quedarse .Los a lumnos de l l i ceo técnico y una par te de l o s "c lá s i cos" , dec i

d i e r o n l a h u e l g a y o c u p a r o n e l l i c e o . E s t o p r o v o c ó u n a m a n i f e s t a c i ó n d e a l g u n o s p a d r e s : u n g r u p o d e e l l o s q u i s o p e n e t r a r a ll i c e o p a r a " r o m p e r l e s l a c a r a a l o s h u e l g u i s t a s " . No l o c o n s i g u i e r o n , pero no se d i spersaron antes de haber lanzado contra e ls e ñ o r Ca n u y c o n t r a e l a u t o r d e El muro i n j u r i a s o b s c e n a s . L ah u e l g a d e l o s a l u m n o s f u e p r o v i s o r i a m e n t e d e t e n i d a . L o s s i n d i c a t o s d e d o c e n t e s d e c i d i e r o n q u e e l l o s d e c l a r a r í a n l a h u e l g a t a m bién , después de un preav i so de c inco d ía s , e s dec i r e l v i ernes 17d e e n e r o . T a l e s s o n l o s h e c h o s , q u e h a b l a n p o r s í m i s m o s . Y e s t o

e s l o q u e d e n u n c i a n :En pr inc ip io l o s mot ivos de l a sus t i tuc ión son po l í t i cos . E l

" a s u n t o " h a b í a s i d o " e n t e r r a d o " . S e l o d e s e n t e r r ó d e s p u é s d e l ah u e l g a s i m b ó l i c a d e d i c i e m b r e y l a " t o m a d e l a p a l a b r a " p o rp a r t e d e l s e ñ o r Ca n u . S e l e r e p r o c h a b a a n t e t o d o h a b e r a b o n a d os u s a l u m n o s a L e Monde y d a r l e s d e b e r e s h e b d o m a d a r i o s segúnese diario s o b r e t e m a s d e a c t u a l i d a d . E r a s o s p e c h o s o p o r h a b e rr e n u n c i a d o a l c u r s o c o n c e d i d o — s u s a l u m n o s d i c e n " r e c i t a d o " — ,en pocas pa labras : por haber comprendido que l e era necesar io



ISO Francia

t e n e r e n c u e n t a , c o m o m a e s t r o , l o s a c o n t e c i m i e n t o s d e m a y o .N o e s d u d o so , s i n e m b a r g o , q u e h a y a so b r e p a sa d o su s d e r e c h o s .Su ún ica fa l ta ha s ido querer una enseñanza moderna en un l i ceor e a c c i o n a r i o d e c h o q u e , c u y o c o n se j o d e a d m i n i s t r a c i ó n — d o n d ese encuentra por azar e l señor Tomasin i— está b ien dec id ido atorpedear la l ey de or ientac ión ^

P e r o h a y q u e n o t a r t a m b i é n q u e e l p r e t e x t o e l e g i d o n o e si n o c e n t e : t i e n e c o m o c o n se c u e n c i a l a p u e s t a e n e l í n d e x d eun l ibro de bo l s i l lo , t raduc ido a numerosas l enguas y de l cua le x i s t e n i n c l u so , e n e l e x t r a n j e r o , e d i c i o n e s e sc o l a r e s . En n u m e rosos l i ceos , f e l i zmente , e s ta proh ib ic ión parecer ía grotesca , ymis l ibros , como los de todos los contemporáneos , son obje to ded i se r t a c i o n e s , p r u e b a s o d i s c u s i o n e s . A c a b o d e r e c i b i r u n a c a r t a d eu n a j o v e n c i t a d e q u i n c e a ñ o s y m e d i o , a l u m n a d e t e r c e r o , q u edebe hacer una expos ic ión sobre mis ideas y me p ide in formac iones . Lee mis obras que han aparec ido en l ibros de bo l s i l lo yc i ta , en tre o tras . El muro. S i la dec i s ión de l insp ecto r de academ i a f u e r a s e g u i d a e n o t r o s d e p a r t a m e n t o s , n o s e n c a m i n a r í a m o ss u a v e m e n t e h a c i a l o s autos de fe d e l a A l e m a n i a h i t l e r i s t a . S esa b e l o q u e v i n o d e sp u é s .

E l " e f e c t o p s i c o l ó g i c o " q u e d e sc o n t a b a e l i n sp e c t o r n o s e p r o d u j o e n l o s j ó v e n e s s i n o e n c i e r t o s p a d r e s . S o n e l l o s q u i e n e s f u e ron obscenos y que se prec ip i taron sobre e l l ibro para buscar ené l l o s p a sa j e s " o sa d o s" ; d e i n m e d i a t o l o s a l u m n o s m á s j ó v e n e s l oc o m p r a r o n a p r e s u r a d a m e n t e , p r o m e t i é n d o s e " d i v e r t i r s e b i e n " .E l l i b r o s e v e n d e m u y b i e n e n V e r n o n , p e r o e so su c e d e a c t u a l m e n t e p o r t a l e s r a z o n e s q u e , l o d i g o c l a r a m e n t e , p r e f e r i r í a q u ee n t o d a l a c i u d a d n o s e h u b i e r a c o m p r a d o u n so l o e j e m p l a r .C u a n d o c o m p a r o l a s g e s t i c u l a c i o n e s g r o t e sc a s d e c i e r t o s a d u l t o sc o n l a c u r i o s i d a d g r a v e y p r o f u n d a m e n t e h o n e s t a q u e t e s t i m o n i a n l a s c o p i a s e n t r e g a d a s a l s e ñ o r C a n u y q u e h e p o d i d o c o n se

g u i r , m e s i e n t o p o c o o r g u l l o so d e s e r u n a p e r so n a m a y o r . N op r e t e n d o q u e t o d o s l o s a l u m n o s h a y a n c o m p r e n d i d o t o d o d e l a sc i e n n o v e l a s q u e c o n t i e n e El muro. Lo qu e es seg ur o es qu e sup r e o c u p a c i ó n m a y o r h a s i d o e n c o n t r a r e l l a z o q u e l o s u n e , d e s e n t r a ñ a r l a s i g n i f i c a c i ó n d e c o n j u n t o y d e sc u b r i r a l l í e l p r o v e c h o

1 Se acaba de dec id i r que lo s a lumnos serán sancionados en el l i ceopor su conducta en la c iudad . E l señor Tomas in i es d iputado TJ. D, B.



E l m u r o en el Liceo 181

i n t e l e c t u a l o m o r a l q u e p o d í a n s a c a r . E s o s m u c h a c h o s y e s a sc h i c a s , d e u n a e m o c i o n a n t e b u e n a f e , s o n a q u e l l o s a q u i e n e s e lr e c t o r a d o y l a a d m i n i s t r a c i ó n i n s u l t a n . Y e s l a l e c t u r a d e s u s

d e b e r e s l o q u e m e h a d e c i d i d o a n t e t o d o a p r o t e s t a r . T a n t o m á sc u a n d o l a p r o v o c a c i ó n , a q u í , n o e s g r a t u i t a . U n a m a d r e d e f a m i l ia s e t r a g ó e l a n z u e l o . S e l e d e c í a : " A l o s d i e c i s i e t e a ñ o s , s i ne m b a r g o , d e b e r í a n p o d e r l e e r " . E l l a i n t e r r u m p í a s e c a m e n t e :" En r igor , s i s e t ra ta ra de lo s gr up os de lo s c lás i c os . Pe ro sont é c n i c o s , n o l o o l v i d e " . T é c n i c o s : s u s p a d r e s s o n o b r e r o s o e m p l e a d o s c u y o s a l a r i o e s m u y m o d e s t o . P o r J o t a n t o , n o s o n " h e re d e r os " . U n c l á s i c o e s u n h i j o d e b u r g u e s e s : la e d u c a c i ó n b u r g u e s ae s u n a d e f e n s a e f i c a z c o n t r a l a s i d e a s s u b v e r s i v a s . P e r o e l h i j o

d e u n o b r e r o , a la misma edad, n o t i e n e d e r e c h o a l a s m i s m a sl e c t u r a s . ¿ N o s e r e s p i r a e n e s e t u m u l t o d e V e r n o n u n c i e r t op e r f u m e d e s e g r e g a c i ó n ?

H a y q u e d e n u n c i a r t a m b i é n l a c o n d i c i ó n d e m a e s t r o s a u x i l i a res , m u y n u m e r o s o s e n V e r n o n . S o n n o m b r a d o s , s e l e s d i c e , " at í tu lo precario". L a p a l a b r a e s b o n i t a y d i c e b i e n l o q u e q u i e r ed e c i r : s e l o s p u e d e s u s t i t u i r o d e s p e d i r s i n l a m e n o r e x p l i c a c i ó n .D e s d e e s e p u n t o d e v i s t a , e l i n j u s t o t r a t a m i e n t o i n f l i g i d o a l

s e ñ o r C a n u a p a r e c e c o n s u v e r d a d e r a l u z . E s t m a m a n i o b r a d ei n t i m i d a c i ó n : s e d p r u d e n t e s o p e r d e r é i s V u e s t r o e i n p l e o a l i n s t a n t e . S e p u e d e i m a g i n a r e l e x p e d i e n t e q u e h a s e g u i d o a l s e ñ o rC a n u a E v r e u x y l a v i g i l a n c i a d e l a q u e s e r á o b j e t o . A d e m á s e sd e t e m e r q u e s u n o m b r a m i e n t o n o s e a r e n o v a d o e n o c t u b r e p r ó x i m o . U n p o c o d e t e r r o r n u n c a h a c e m a l , ¿ n o e s c i e r t o ?

Y o n o c r e o e n l a " r e f o r m a " p r o p u e s t a p o r e l s e ñ o r E d g a rF a u r e . P e r o c r e o q u e l a d e f i e n d e s i n c e r a m e n t e . Y m e p e r m i t op r e g u n t a r l e s i a d m i t e q u e e l l i c e o d e V e r n o n u s e l o s n U e v ó s

d e r e c h o s q u e l e h a n s i d o o t o r g a d o s p a r a l i q u i d a r e n t e r a m e n t e l al e y d e o r i e n t a c i ó n , y v o l v e r a u n r é g i m e n a u t o r i t a r i o , q u é a m e n a z a s e r p e o r q u e t o d o l o q u e l o h a p r e c e d i d o .

L e Monde, 18 de en er o de 1969



L A J U V E N T U D E N L A T R A M P A

S. LAFAURIE. — Los "izquierdistas", gne se oponen a la reformade Edgard Faure, no son populares. En lugar de combatirla,aunqu e la juzguen insiíficiente, ¿no podrían los "impu gnadores"servirse de ella com o un trampo lín?

J EA N - P A U L SARTRE. — P or m i p ar t e e s t im o q u e la r e f orma n oap or t a r igu ros amen t e n ad a a l o s e s t u d ian t e s , y q u e s on lo s " i z q u ierd i s t as " q u ien es ven c laro , p ero q u i s i era , an t e s d e exp l i carmi op in ión , d ec i r u n a p a lab ra s ob re s u a i s lamien t o . Es t e s e d eb e

p r imero a l o q u e la p ren s a d en u n c ia en lu gar d e in f ormar , yh ace t od o lo p os ib l e p or p res en t ar a l o s e s t u d ian t e s imp u gn ad ore s como p e l igros os n ih i l i s t a s q u e d añ an p or p lacer l a s h ermos ascon s t ru cc ion es q u e s e h an con s t ru id o p ara e l l o s . P ero e s t e a i s la mien t o s e d eb e t amb ién a q u e lo s mis mos e s t u d ian t e s n o h ans ab id o s i emp re exp l i car c laramen t e s u s p os i c ion es . Y e s t o p or que la exp l icac ión , en e l fondo, ya no les in teresa . No creen ensu ut i l idad . Han l legado a un punto en que só lo la acc ión t iene

va lor p ara e l l o s .¿P or q u é? P orq u e e s t iman q u e s e h a h ab lad o d emas iad o , en

m a y o , y e l l o s l o s p r imeros . H ar t os d e d i s cu rs os , q u ieren u n n u evovíncu lo entre la t eor ía y la práct ica: en la cr í t ica de la es trateg iaburguesa de jun io de 1968 y de los meses s igu ientes se in teresarán so lamente s i de e l la sa len pr i .nc ip ios de acc ión que les seanú t i l e s . S i no no es nada . D icho de otro modo: es conocer porcon ocer . En rea l id ad , s ab en lo q u e h ay q u e s ab er : s imp lemen t e

e l saber en s í no presenta para e l los n ingún in terés . Ent iendenque no es e l saber qu ien re formará a l saber , s ino la acc ión . Presentando las cosas as í , e s tá c laro que t ienen razón . No hay h is to



184 Francia

Dis c u t ir , - e x p l i c a r : ¿ p a r a q u é ? Lu c h a r , d e v o lv e r g o lp e p o rg o lp e : e s a e s l a t á c t i c a . De s g r a c ia d a m e n t e , e l l a e s p r e c i s a m e n t elo qu e e l gob iern o ha; qu er id o pro voc ar: la pren sa , la rad io , a lgun a s e x p e d i c i o n e s c a l c u l a d a s — e n N a n t e r r e , e n V i n c e n n e s — , l a

d i f u s ió n d e f a l s o s t e s t im o n io s : e s t o d e b e b a s t a r p a r a e n c e r r a r alo s e s t u d ia n t e s e n s u s g h e t t o s . Te n d r á n r a z ó n , p r o f u n d a m e n t e ,a l a m u r a l la r s e e n e l l o s . A l m i s m o t i e m p o e s t a r á n e q u iv o c a d o s :n o s é q u é a m a r g u r a p e r f e c t a m e n t e c o m p r e n s i b l e — m a s l a a m a r gura es la suer te de l po l í t ico , y debe superar la o cu l t ivar su jar d í n — l o s r e t i e n e d e d a r e x p l i c a c io n e s a l o s t r a b a j a d o r e s y a ú nd e p e r s u a d ir a e s a f r a c c ió n d e l a p e q u e ñ a b u r g u e s ía q u e e s t a b ac o n e l l o s e n m a y o d e 1 9 6 8 .

Lu c h a r , s í , e s n e c e s a r io : v io l e n c ia c o n t r a v io l e n c ia . Lu c h a r y

e x p l i c a r : u s t e d e s l o s j ó v e n e s n o h a r á n la r e v o lu c ió n s o lo s . H ea q u í u n a p e r f e c t a d iv i s ió n d e t a r e a s : d é j e n n o s a n o s o t r o s , l o sv i e j o s q u e e s t a m o s c o n u s t e d e s — n o t o d o s , d e s g r a c i a d a m e n t e — ,d é j e n n o s a l o s q u e y a n o t e n e m o s e d a d d e lu c h a r t o d o e l t i e m p oe x p l i c a r a l a g e n t e l a a c t i t u d d e u s t e d e s . Us t e d e s v a n a d e c i r :" ¿ N u e s t r a a c t i t u d ? N o h a y n i n g u n a q u e s e a a b s o l u t a m e n t e c o m ú n " . Y b i e n , s í , h a y u n a p o r l o m e n o s , l a ú n ic a q u e p o d e m o ss o s t e n e r s in v e r n o s e n la d i s y u n t iv a d e e l e g i r e n t r e u s t e d e s : l an e g a c ió n r e v o lu c io n a r ia , e l r e c h a z o d e t o d a p a r t i c ip a c ió n .

¿ Q u é h a y q u e h a c e r c o m p r e n d e r a l a g e n t e ? Es t o e n p r in c ip io :e n 1 9 6 9 u n j o v e n e s t u d ia n t e , u n a j o v e n e s t u d ia n t e , n o s e c o n v ie r t e n e n r e v o lu c io n a r io s p o r r o m a n t i c i s m o , p o r e s a in t r a n s ig e n c iat o n t a q u e A n o u i l h a t r i b u y e a A n t í g o n a ( " Q u ie ro to d o , i n m e d i a t a m e n t e " ) o p o r q u e s u s p a d r e s s o n r e v o lu c io n a r io s o r e a c c io n a r ios , o p o r q u e s u f r e n d e u n Ed ip o m a l c u r a d o o p o r q u e e s t a nd iv e r t id o , m i q u e r id a , h a c e r l a r e v o lu c ió n . No e s n i g r a c io s o n if á c i l h a c e r s e r o m p e r la s m a n o s o f r a c t u r a r e l c r á n e o ; n o e sn a d a d i v e r t i d o h a c e r h u e l g a d e h a m b r e : e s m o n ó t o n o , u n o s ea b u r r e . Es e s t ú p id o , d e s p u é s d e t a n t o s e s f u e r z o s , e n c o n t r a r s e p o run año o para s iempre detrás de los barrotes de un cuarte l de lEs t e , e n m a n o s d e s u b o f i c ia l e s q u e n o q u ie r e n d e m a s ia d o a l o sin t e l e c t u a le s y s e h a r á n u n d e b e r d e p r o b á r s e lo a l o s e s t u d ia n t e s .

Un o s e v u e lv e r e v o lu c io n a r io c u a n d o s e a h o g a , y lu e g o c u a n d o ,d e s p u é s d e a l g ú n t u m u l t o , l e p r o p o n e n u n a r e f o r m a — l a ú n i c ap o s ib l e d e n t r o d e l r é g im e n — y u n o c o n s t a t a q u e e s a r e f o r m a



La juventud en la trampa 1 8 5

— Ú n i c a c o n c e s i ó n , e s c i e r t o , q u e e l r é g i m e n p u e d a h a b e r b a j op e n a d e a g r i e t a r s e c o m o e l r o s t r o d e u n a v i e j a j a m o n a — e s l ar e f o r m a - t r a m p a : u n a m i s t i f i c a c i ó n p u r a y s i m p l e . C u a n d o s e t e

c i e n t o s m i l e s t u d i a n t e s h a n c o m p r e n d i d o e l a c o n t e c i m i e n t o p o rl a s c a u s a s , c u a n d o s e h a n c o n v e n c i d o — t o d o s l o e s t á n , n o t o d o sl o d i c e n — d e q u e e l r é g i m e n e s t a l q u e e s n e c e s a r i o q u e s a l t eo que se acepte de é l l a bo l sa de l d iab lo , con p i s to las que sec o n v i e r t e n e n h o j a s s e c a s a l s e r u s a d a s , t i e n e n t o d a v í a t r e s p o s i b i l i d a d e s : c o l g a r s e — p o r h o r r o r a n t e l a s o c i e d a d q u e h e m o sh e c h o p a r a e l l o s — , v e n d e r s e — l o q u e q u i e r e d e c i r e n c o g e r s e d eh o m b r o s a n t e t o d o y ¿ q u i é n s a b e ? q u i z á c o l g a r s e a l c a b o d e u n o sa ñ o s — o u n i r s e , c o n s e r v a r s u p o d e r n e g a t i v o , c o n d u c i r u n a g u e

r r a d e e s c a r a m u z a s c o n t r a l o s v i e j o s q u e l o s g o b i e r n a n , a t r a e r s ed e s d e q u e p u e d a n h a c e r l o , e l g r u e s o d e l o s t r a b a j a d o r e s , f u e r z ap r i n c i p a l d e l a r e v o l u c i ó n , y h a c e r v o l a r e l r é g i m e n p o r e l a i r e .

E s o n o e s p a r a m a ñ a n a . Q u i z á p a r a p a s a d o m a ñ a n a . E s o o e lf a s c i s m o . O b i e n e l f a s c i s m o p r i m e r o , e s o d e s p u é s . P a d r e s : n o l oo l v i d e n : s u s h i j o s s o n s u ú n i c o p o r v e n i r . D e p e n d e d e u s t e d e sq u e lo s m a s a c r e n — ¡ s u c i o s m u c h a c h i t o s — e n n o m b r e d e l h u m a n i s m o , q u e e l l o s l o s d e j e n h u n d i r s e a u s t e d e s , g e n e r a c i ó n

perd ida , en e l negro agujero que los e spera , en e l o lv ido , o auelos sa lven de la nada: porque us tedes no se sa lvarán so los , s e l od i g o . Re te ng an ^n todo caso que , s i sus h i jo s son rev o lu c ion ar io s ,e s p o r q u e l a s c o b a r d í a s d e u s t e d e s h a n h e c h o s u d e s t i n o . E l l o s n os e l o e x p l i c a r á n ; l a p a l a b r a h a e x p l o t a d o e n r h a y o , e l l o s s e e m b o r r a c h a r o n d e p a l a b r a s , y a n o t i e n e n n a d a q u e d e c i r a e s o sc h i c o s e n d u r e c i d o s , p o d r i d o s , a s e s i n a d o s a q u i e n s e l l a m a a d u l t o s .N o s o t r o s l o e x p l i c a r e m o s . ¿ N o s o t r o s , q u i é n e s ? A l g u n o s a d u l t o s

m e n o s p ú t r i d o s o m á s c o n s c i e n t e s d e s u p u t r e f a c c i ó n .¿ C o m p r e n d e n u s t e d e s s o l a m e n t e l o q u e s i g n i f i c a , e n F r a n c i a ,l a R e v o l u c i ó n c u l t u r a l ? E n p r i n c i p i o , e s e l r e c h a z o d e l a e n s e ñ a n z a i m p a r t i d a e n l a s u n i v e r s i d a d e s f r a n c e s a s . L o s e s t u d i a n t e s , a p e n a s e m p i e z a n a t r a b a j a r , c o n s t a t a n q u e l a e n s e ñ a n z a a c o r d a d at i e n e c o m o f i n a l i d a d e x c l u s i v a f o r m a s e m p l e a d a s e n f u n c i ó n d elas ex igenc ias de la industr ia pr ivada , y , por o tra parte , que bajosu forma ac tua l n i s iqu iera es capaz de cumpl i r e sa func ión .

E s e n l o s e s t u d i o s l i t e r a r i o s , e v i d e n t e m e n t e — f i l o s o f í a , s o c i o l o

g ía , p s i co log ía , h i s tor ia , l i t eratura—, donde esa contrad icc ión es



186 Francia

m á s e v i d e n t e . U n f u t u r o i n g e n i e r o a g r ó n o m o , u n f u t u r o m a t e m á

t i co p od rán , q u izá , en la s oc i ed ad l l amad a " d e con s u mo" , d e t en tar un c ier to poder a l prec io de su tota l a l ienac ión . ¿Pero un" l i t erato"? Él se ha sent ido s in duda atra ído por esa mis t i f icac ión " h u man i s t a" q u e s e r emon t a a p r in c ip ios d e l ú l t imo s ig loy s egú n la cu a l l a U n ivers id ad d i s p en s a , en n omb re d e la cu l t u ra, u n s ab er d es in t ere s ad o . ¿Q u é s e h ará d e é l? ¿U n p rof e s or?Q u izá : a s í e l cu erp o d ocen t e s e r en u eva s in camb iars e .

¿ P e r o p o r q u é e n t o n c e s e n s e ñ a r e s a s m a t e r i a s ? ¿ Y q u é s e r á n

los a lu mn os q u e n o s e con v ier t an en p ro f e s ores ? En e l mej orcaso , p s i có logos en cu es t ad ores , h omb res d e re lac ion es p ú b l i cas ,r ed ac t ores p u b l i c i t ar ios . Los e s t u d ian t e s d e l e t ras d es cu b ren lamen t i ra . S i h ay q u e h acer en cu es t as , d i cen , ap ren d amos lo s t e s t s .P e r o , a l mi s mo t i emp o , l a mayor ía rech aza la v id a q u e l e s h as id o p re f ab r icad a: a l i en ad os , cómp l i ce s d e l p a t ron at o , s e ex iged e e l l o s q u e s e h agan , h as t a s u j u b i lac ión , p o l i c ía s d e l a emp res apr ivada; sus t es t s y sus in formes dec id irán , entre otros factores ,

s ob re lo s avan ces o l a e l imin ac ión d e emp lead os . Emp lead os ,p o l i c ía s , p o l i c ía s d e em p lea d o s : ¡ e so n o N o q u ier en s ab er n ad ad e e s e h e r m o s o d e s t i n o .

A l men os s er ía b u en o p od er lu ch ar a cara l imp ia : l o s máspol i t izados cons ideran la pos ib i l idad de luchar contra la humanengineering ap ren d ien d o s u s m ét od o s p ara vo lve r los con t ra e l l a .¿Es es to fact ib le? No lo sé , no es cosa mía en todo caso , e s unaf orma d e lu ch a r igu ros a y rac ion a l . S o lo q u e s er ía n eces ar io q u e

las p o s i c ion es d e l o s em p lea d or es f u eran v i s ib l e s ; v i s ib l e s s u sre lac ion es con lo s p ro f e s ores . N ad a e s v i s ib l e : p l en a n i eb la , u n arata corre en un laber into , un hueso debe ser ident i f icado, see x p l i c a a B a u d e l a i r e , s e c o m e n t a A n d r ó m a c a . L a i n a n i d a d d ees t as ú l t imas ocu p ac ion es n o s e r eve la s ó lo a l o s e s t u d ian t e sde le tras : descorazonan a los de l secundar io y aún a los prof e s ores .

¿Q u é? ¿Los a lu m n os d e t e s t an a Ba u d e la i re ? En ab s o lu t o : p u e

d e s er q u e lo l ean en s u s cas as , ap as ion ad amen t e . S imp lemen t een cu en t ran ab s u rd o a l o s q u in ce añ os , a l o s ve in t e añ os , q u es e l o ex p l iq u e n . H a n comp r en d id o la lu ch a q u e s e h a t rab ad o



La juventud en la trampa 187

a u n a s oc i ed ad — n o é s t a— y rech azan l a s e l ecc i ón q u e s e op erasobre e l los s in cesar para presentar , a l f in de los es tudios , ante

e l rec l u t ad or , e l n ú m ero exac t o d e rec l u t ad os q u e é l ex i ge . S a b en , s i en t en q u e l a b a t a l l a s e p ros i gu e en cad a i n s t an t e d e l ac l a s e , q u e e s u n com p rom i s o s er i o , p rác t i co , q u e d em an d arád e e l l o s u n a t ác t i ca , u n a e s t ra t eg i a an t i s e l ecc i on i s t a ; s i en t en l o se f ec t os d e l a ac t i v i d ad en em i ga . C u l t u ra p oco h ab l ad ora : a t ravésde los go lpes duros y los f racasos , s e as imi lan las t écnicas de len em i go , s e ap rec i an l a s re l ac i on es d e f u erza .

D u r a n t e e s e t i e m p o , e l p r o f e s o r h a b l a s o b r e B a u d e l a i r e . H eaquí lo que es tos ch icos ya no pueden soportar: vrn d i scurso sobreu n d i s cu rs o . P od í a p as ar en e l t i em p o en q u e l a cu l t u ra s e p re t en d í a con t em p l a t i va , cu an d o e l i d ea l d e l h om b re d e b i en erah ab l ar s ob re p a l ab ras q u e com en t ab an o t ras p a l ab ras y a s í s u ce s i vam en t e h as t a e l i n f i n i t o , s egu ro , s i é l t en í a a l gú n orgu l l o d eq u e o t ros h om b res ven d r í an m ás t ard e , q u e h ab l ar í an s ob re s u sp rop i as p a l ab ras , y o t ros q u e com en t ar í an l a s d e e l l o s . Hoy l acu l t u ra e s u n a p e l ea a cu ch i l l o l i m p i o , e l s ab er e s m on op o l i o ,s i rve p ara e l i m i n ar . P or e s t a razón l o s j óven es rech azan cru d am e n t e e l d i s c u r s o e n s e g u n d o g r a d o . L e e r B a u d e l a i r e , b a s t a :hablar sobre é l , no . ¿No d i jo é l lo que ten ía que dec ir? ¿Y sum e d i o ? ¿ S u t i e m p o ? ¿ S u s v í n c u l o s f a m i l i a r e s ? ¿ S u s r e l a c i o n e s ?¿L as i n f l u en c i a s s u f r i d as ? E s e s o , j u s t am en t e , l o q u e l o s er i zay d e l o q u e n o q u i eren s ab er m ás : d a t os d e n ac i m i en t o y d em u e r t e , i n c l u s o e l n ú m e r o d e m u j e r e s q u e B a u d e l a i r e a m ó : e s o ss on i n s t r u m en t os d e s e l ecc i ó n . E n s e i s m es e s , en u n añ o , s erán eces ar i o s ab er l o s d e m em or i a y ab an d on ar l a c l a s e .

E n cu an t o a exp l i car B au d e l a i re , e s u n a t en t a t i va i rr i s or i a .A l g u i e n d ec í a a n t e B r e t ó n : " S a in t - P o l R o u x h a q u e r i d o d e c i r . . . "" ¡ N o , s eñ or " , t ron ó B re t ón . "S i h u b i era q u er i d o d ec i r , l o h u b i erad i ch o . " E s t a f ras e m arca b as t an t e b i en l a d i s p os i c i ón d e l o s j óve n es h oy : s i B au d e l a i re h a d i ch o l o q u e h a q u er i d o y p od em osl eer l o , ¡ q u é oc i o s a f a t u i d ad p re t en d er d es cu b r i rn os l o q u e h aq u er i d o d ec i r U n p oem a , p ara e l l o s , e s u n ob j e t o ; en c i er t o m od oes e l s i l en c i o : e l l o s gozan royén d o l o , d es cor t ezán d o l o p ero s i ng l o s a , m u d o s .

E s t e rech azo d e l a p a l ab ra p u ed e i r m ás l e j o s . U n en cargad o d ecu rs os en N an t erre p i d e a s u s a l u m n os q u e d i gan d e q u é d es ean



If.S Francia

h a b l a r c o n é l . " D e l t e a t r o c o n t e m p o r á n e o . " A l a s e m a n a s i g u i e n te , v u e l v e h a b i e n d o t r a b a j a d o m u c h o . " ¿ Q u i e r e n q u e h a b l e m o sd e B r e c h t ? " E x p l o s i ó n : " ¿ B r e c h t , e s e v e j e s t o r i o ? ¡ S e r í a l o m i s m oH a c i ne " .

— B u e n o , d i c e e l p r o f e s o r . E n t o n c e s ¿ q u é d i r í a n u s t e d e s d e lL i v i n g T h e a t e r ?

— ¿ P o r q u é n o ? , c o n t e s t a n l o s e s t u d i a n t e s . P e r o a l L i v i n gTh e a t e r n o s e l o c o m e n t a , s e l o h a c e .

Y e m p i e z a n a d e s v e s t i r s e .— Y b i e n , c o n c l u y e e l p r o f e s o r r e t i r á n d o s e , u s t e d e s n o t i e n e n

y a n e c e s i d a d d e m í .

Q u i e r o p r e c i sa r q u e e se e n c a r g a d o d e c u r so s e r a m u y p o p u l a r : l a e sc e n a q u e a c a b o d e r e l a t a r n o e s t a b a d i r i g i d a c o n t r a é l .

P e r o n o h a b r í a t a m p o c o q u e v e r e n e l l a c u a l q u i e r t u m u l t o s i np i e s n i c a b e z a . A q u í s e o p o n e n c l a r a m e n t e d o s c o n c e p c i o n e s d el a c u l t u r a , d e l a s c u a l e s u n a s i g u e s i e n d o t e ó r i c a a p e sa r d e t o d oy l a o t r a , o sc u r a t o d a v í a , t i e n e u n a s i g n i f i c a c i ó n p r á c t i c a . Lo se s t u d i a n t e s q u e r í a n d e v e r d a d c o n o c e r e l L i v i n g T h e a t e r , p e r op a r a e l l o s e so s i g n i f i c a b a a p r e n d e r a h a c e r l o . S i a l g u n o s a c t o r e sd e e s e g r u p o h u b i e r a n e s t a d o p r e s e n t e s , l o s j ó v e n e s h u b i e r a na p r e n d i d o d e b u e n a g a n a y s i n d u d a c o n p l a c e r l o s r u d i m e n t o sd e e se o f i c i o . La c u l t u r a , p u e s , e s a d q u i r i r . A q u í c u e n t a a n t e

t o d o l a e n se ñ a n z a p r á c t i c a : e j e r c i c i o s f í s i c o s , e t c . ; p r o n t o v i e n el a i n v e n c i ó n , l a p o s i b i l i d a d p e r m a n e n t e d e r e s t i t u i r a v a r i o s u n am a n i f e s t a c i ó n d e l L i v i n g T h e a t e r . P o r e s e l a d o , n a t u r a l m e n t e , s ea d q u i e r e l a c o m p r e n s i ó n d e e s e t e a t r o . P e r o e s a c o m p r e n s i ó nq u e d a i m p l í c i t a , n o s e d e sp l i e g a e n e l d i s c u r so . S e r e c h a z a c o n o c e r l o s o r í g e n e s y l a e v o l u c i ó n d e l t e a t r o e s t u d i a d o . Ese s e r í a u ns a b e r v e r b a l . P e r o s e a d q u i e r e u n p o d e r c o r p o r a l .

E s t e e s u n c a s o e x t r e m o . N o s e t r a t a d e p r e g u n t a r s e s i t i e n e nr a z ó n o s i e s t á n e q u i v o c a d o s , s i n o d e c o n s t a t a r q u e l a s i t u a c i ó n

d e l a U n i v e r s i d a d h a h e c h o n a c e r , e n t r e e l l o s , u n a c o n c e p c i ó nn u e v a d e l o t e ó r i c o y d e l o p r á c t i c o . P o r l o d e m á s ¿ e s t a n n u e v a ?¿ Y q u i é n d e c í a : " N o s o t r os n o q u e r e m o s c o m p r e n d e r e l m u n d os i n o c a m b i a r l o ? " . C l a r o q u e p a r a c a m b i a r l o h a y q u e c o m p r e n d e r l o . P e r o s ó l o t a n t o c o m o h a c e f a l t a p a r a c a m b i a r l o . L o s e s t u d i a n t e s r e c h a z a n u n s a b e r i n ú t i l y v e r b o r r á g i c o — o q u e a l m e n o sl e s p a r e c e t a l — . U n p r o fe s o r q u e e n s e ñ a h i s t o r i a e n V i n c e n n e s




me h a d ich o q u e s u s e s t u d ian t e s n o s e in t ere s ab an s in o d e d ost emas : gau l l i s mo y comu n is mo a p ar t i r d e 1945 . É l l e s h a h ech on o t a r q u e e s o s m o v i m i e n t o s t e n í a n s u s r a í c e s , q u e u n o n a c í a e n

e l Congreso de Tours y que e l o tro , nac ido en 1940, se habíae x t e n d i d o e n c i e r t a s c a p a s s o c i a l e s q u e s e r í a c o n v e n i e n t e e x a m i n ar an t e s . Es o n o l e s in t ere s ab a . N o q u er ían d i s cu t i r s in o d ees as d os f u erzas p o l í t i cas t a l cu a l ac t ú an h oy en s u s v id as .

Es t o e s l o q u e a lgu n os d e e l l o s l l aman " p o l i t i zar" l o s cu rs os .D e s c o n f í a n , v e a n u s t e d e s , d e l a e n s e ñ a n z a t r a d i c i o n a l , i m p u e s t ad es d e arr ib a , s in re lac ión rea l con la s p reocu p ac ion es y l o s in t e r e s e s d e l o s e s t u d i a n t e s , r e m o n t á n d o s e h a s t a e l D i l u v i o c o n e l

p r e t e x t o d e e x p l i c a r e l p r e s e n t e . A h o r a b i e n , e l D i l u v i o n o e x p l i ca n ad a y ad emás , cu an d o u n o s e in s t a ló a l l í , n o s a l e n u n ca más .La cu es t ión e s d i f í c i l p u es h ay , a p e s ar d e t od o , acon t ec imien t osa l o s c u a l e s e s n e c e s a r i o r e m o n t a r s e b a j o p e n a d e q u e r e s u l t e nin in t e l i g ib l e s ; p i en s o q u e lo s e s t u d ian t e s e s t ar ían d e acu erd o p eroq u e s u cr i t er io s egu ir ía s i en d o p rác t i co : s ab er lo q u e e s n ece s a r io p ar a ab ord ar e l ga u l l i s m o , m ás a l lá d e e s o e s u n s ab er d er i co y d e oc ios o , q u e s e comp lace a s í mi s mo . D es d e q u e lo sc o n o c i m i e n t o s s e o r d e n a n v i s i b l e m e n t e e n f u n c i ó n d e l a f i n a l i d a da l o g r a r , e l l o s e s c u c h a n — a p a s i o n a d a m e n t e , a v e c e s — o d i s c u t e n .

" S e a " , s e d i r á . " ¿ P e r o y l a s G u e r r a s P ú n i c a s ? ¿ Y l a s C r u z a d a s ?N o v e o s u l u g a r e n l a e n s e ñ a n z a d e l a q u e u s t e d h a b l a . L o se s t u d ian t e s d e h i s t or ia , f u t u ros p ro f e s ores : ¿n o ap ren d erán la sC ru zad as ? En t on ces é s t as s erán exp u l s ad as , d e aq u í a u n t i emp o ,d e l a m e m o r i a h u m a n a . " N o e s t a n t r á g i c o , e n v e r d a d : e v i d e n t e men t e en la p er s p ec t iva ac t u a l ( h acer l a h i s t or ia d e l p re s en t ee n e l d o b l e s e n t i d o d e l t é r m i n o ) , s e v e m a l q u e l o s e s t u d i a n t e s

s e p r e o c u p e n v e r d a d e r a m e n t e p o r e l l a s : n o s e p u e d e i m p o n e r e le s t u d io d e l a s C ru zad as s in o a p ar t i r d e u n a p res ión s e l ec t iva od e l a i l u s i ó n h u m a n i s t a — q u e , j u s t a m e n t e , e s c o n d e l a s e l e c c i ó n —d e u n s ab er u n ivers a l . P ero n ad a d ice q u e , en u n a s oc i ed ad ver d ad eramen t e revo lu c ion ar ia , n o s e l ec t iva , en la q u e e l s ab erd e s e m b o c a r í a e n l a p r á c t i c a e n l u g a r d e s e r e n s í m i s m o m o n o p o l i o y j u s t i f i c a c i ó n d e l a r e a c c i ó n ( " ¿ C ó m o p u e d e n u s t e d e s c o m p ren d er u n a p a lab ra d e la h i s t or ia d e l P . C . F . s i n o con ocen e l

s en t id o y e l or igen d e la s C ru zad as ?" ) , t od a la h i s t or ia n o s er íar e s t i t u i d a , n o c o m o s e h a c í a a n t a ñ o , e n s u e x p o s i c i ó n c o m p l a -



190 Francia

c íe n t e , s in o c on ac e r c am ie n t os t e l e sc óp ic os , c on r e sú me n ie s , c on

c or t e s , s e gú n la imp or t an c ia q u e la soc ie d ad e n f or mac ión ac or d ar ía a su p r op io p asad o .

L a r e ac c ión d e lo s e s t u d ian t e s a la e x ige n c ia p r ác t i c a d e lae m p r e s a p r i v a d a m e p a r e c e m u y c l a r a : p u e s t o q u e s e t r a t a , d eh e c h o y b a j o a s p e c t o s d e d e s i n t e r e s a m i e n t o , d e u n c o n d i c i o n a m i e n t o p r á c t i c o ( s e l e c c i ó n , f o r m a c i ó n e s p e c i a l i z a d a ) , l o s q u e h a nc o m p r e n d i d o r e c l a m a n e l a n t í d o t o , e s d e c i r e l c o n d i c i o n a m i e n t op r ác t i c o q u e p e r mi t i r á la lu c h a a n ive l d e lo q u e se p od r ía l l amar

" e l e n c u a d r a m i e n t o d e l o s e j e c u t i v o s " . E n p o c a s p a l a b r a s : e s l apraxis c o n t r a l a praxis p e r o , a l m ism o t i e m p o , p u e s t o q u e e l v i e j ou n i v e r s a l i s m o d e e s a p u t a , e l Alma mater, s e m a n i f i e s t a s ie m p r e , e n m a s c a r a n d o e l c o m b a t e b a j o l a a b u n d a n c i a d e l s a b e r " d e s in t e r e sad o" , e s d e c ir in ú t i l , e l l o s h an sac ad o la ve r d ad e r a l e c c iónd e e s t e d e s f i l e d e p a r q u e d e d i v e r s i o n e s : e n v a n o l a U n i v e r s i d a dp r e t e n d e r ía d i s t r ib u ir a c ad a u n o t od o e l sab e r : lo q u e p u e d eh ac e r e s d i s t r ib u ir sab e r p r ác t i c o a t od os . E s r e n u n c iar a su p a

p e l s e l e c t i v o ; s e r í a n e c e s a r i o q u e l o s p r o f e s o r e s — m u c h o s e s t á nd e ac u e r d o— y la ad m in i s t r ac ión se p u s ie r an a l s e r v ic io d e la smasas y n o a l d e lo s in t e r e se s p r ivad os . Por e se lad o , e l sab e r ,a u n q u e p r á c t i c o , r e e n c o n t r a r í a a n i v e l d e l a c u l t u r a p o p u l a r — om á s b i e n e n c o n t r a r í a , p u e s t o q u e j a m á s l o t u v o — e n s u r e c h a z o d e e n c ar ar la s e x ige n c ias p ar t i c u lar e s d e lo s ac omod ad os , e le q u i v a l e n t e d e l d e s i n t e r é s q u e s i e m p r e h a o s t e n t a d o .

As í s e ve n ac e r c omo r e ac c ión a la d e s t r u c c ión d e la c u l t u r a

( t r e s c au sas : sab e r mon op o l i z ad o p or lo s f u n c ion ar ios d e la m ay o r e m p r e s a f r a n c e s a ; s a b e r m u e r t o y n u n c a r e n o v a d o ; a c u m u lac ión d e h o j as s e c as ; d ic t ad u r a d e l s e c t or p r ivad o) u n a c on c e p c ión t od av ía c on f u sa p e r o c u yos c on t or n os se a f i r m an c ad adía: e l saber es de todos , da poder sobre e l mundo pero no debe ,d e r e t or n o , s e r v ir p ar a se l e c c ion ar lo s a l t o s c omis ion ad os d e lo sm o n o p o l i o s ; l a c u l t u r a e s l a n u e v a praxis ac lar án d ose a s í m is m a p o r e l e s c l a r e c i m i e n t o d e s u s p r o p i a s e m p r e s a s .

E n B o lon ia u n p r o f e sor , p or o t r a p ar t e e n p r o f u n d o ac u e r d oc on su s a lu mn os , e r a t i t u lar d e u n a c á t e d r a d e p s i c o log ía e xp e




n o so t r o s t e n e m o s p r o b l e m a s r e a l e s — p o l í t i c o s , f a m i l i a r e s , s e x u a l e s , e t c . — y n o s p a r e c e q u e l a p s i c o l o g í a p o d r í a a y u d a r n o s :

e l a ñ o p r ó x i m o a m p l í e u n p o c o m á s e l d e b a t e " . S e r í a a b su r d oi m a g i n a r q u e e so s j ó v e n e s e s t á n c o n t r a l a p s i c o l o g í a e x p e r i m e n t a l . S i m p l e m e n t e s e n i e g a n a e s t u d i a r l a c o m o u n a t é c n i c aa b s t r a c t a q u e l e s p e r m i t i r í a t r a n s f o r m a r se e n e x p e r i m e n t a d o r e saprec iados en una empresa . Quieren co locar la en o tra cu l tura ,g loba l y práct i ca , que l e s enseñar ía a comprender su c lase , sum e d i o , l a so c i e d a d e n q u e v i v e n : e n p o c a s p a l a b r a s , l e s a y u d a r í aa c o m p r e n d e r se a s í m i sm o s . ¿ A c a so e s t á n e q u i v o c a d o s? S i e lhombre es una rata se equ ivocan , seguro . Pero s i no lo es . son

l o s o t r o s q u i e n e s s e e q u i v o c a n .— La "ley de orientación" de Edgar Faure trata de ablandarlas estructuras de la Un iversidad, y prevé la vartici^pación derepresentan tes de los estudiantes en los consejos directivos delas nuevas unidades de enseñanza e investigación. ¿Acaso esono asegura a los estudiantes un cierto poder de control?

— N i n g u n o . P e r o q u i s i e r a p r i m e r o m o s t r a r q u e e sa l e y n o c a m b i a r i g u r o sa m e n t e n a d a d e l a " o r i e n t a c i ó n " d e l a e n se ñ a n z a . E lt ercer parágrafo de l ar t í cu lo pr imero resume muy b ien e l con

j u n t o : l a s u n i v e r s i d a d e s " d e b e n r e sp o n d e r a l a s n e c e s i d a d e s d el a n a c i ó n p r o v e y é n d o l a d e e j e c u t i v o s e n t o d o s l o s d o m i n i o s ypart i c ipando de l desarro l lo soc ia l y económico de cada reg ión .En e s t a t a r e a , e l l a s d e b e n c o n f o r m a r se a l a e v o l u c i ó n d e m o c r á t i c a e x i g i d a p o r l a r e v o l u c i ó n i n d u s t r i a l y t é c n i c a " .

Impos ib le ser más c laro: la Univers idad t i ene por o f i c io for m a r p e r so n a s c o m p e t e n t e s . P o r l o t a n t o e s s e l e c c i o n i s t a y su sp r o g r a m a s so n e s t a b l e c i d o s e n f u n c i ó n d e l a s n e c e s i d a d e s d e l aindustr ia pr ivada . Todo e l res to es l i t eratura . En part i cu lar ese

otro parágrafo de la l ey que hab la , un poco más l e jos , de ase gurar " la evo luc ión de la soc iedad hac ia una responsab i l idadm á s g r a n d e d e c a d a h o m b r e so b r e su p r o p i o d e s t i n o " . U s t e d sa b elo que es un e jecut ivo: no hay s in duda nad ie que sea tan pocod u e ñ o d e su d e s t i n o . La a l i e n a c i ó n d e l e m p l e a d o e s t o t a l , m u c h omás grande aún que la de l obrero . El obrero sabe que é l e s ex p l o t a d o , a l i e n a d o . E l e m p l e a d o n o l o sa b e . Es u n h o m b r e q u eha s ido formado para ser un engranaje de la soc iedad l lamada" de consum o" , a l que se paga a vec es b ien pero qu e no t i ene



1 9 2 F r a n c i a

ni ngún poder s obre s u des t i no , y que t i embl a a par t i r de l o scuarent a y c i nco años s ab i endo muy b i en que corre e l r i e s gode s er echado a l t acho de bas ura .

— ¿Pu ede existir una sociedad sin ejecutivos?—El probl ema no res i de a l l í : s i s e qu i ere hab l ar de l a cu l t ura

y que s e hab l e de l a noc i ón de e j ecut i vo , e s t amos perd i dos .P l ant ear en pr i nc i p i o que e l pape l de l a Uni vers i dad es f abr i cares pec i a l i s t as , e s acept ar l a aut or i dad , e l poder , e l orden es t ab l e c i dos , s ean l os de S t a l i n , l a Genera l Mot ors o de Gaul l e . Hayque proceder a l a i nvers a : des t ru i r l a i dea de s e l ecc i ón des del as guarder í as y organi zar xina e n s e ñ a n z a q u e o f r e z c a a t o d o sl os n i ñ os l a s m i s m as opo rt un i dad es de i ns t ru i rs e , de cu l t i var s e ,de conver t i r s e en hombres l i bres , de j ando a cada uno , por s u

pues t o , e l derecho de e s pec i a l i zars e en f unc i ón de s us gus t os yde s us t a l ent os .— Edgar Fau re mismo ha dicho que la reforma debería comen

zar en las guarderías.—Qui zá l o haya d i cho , pero l a l ey que acaba de hacer para

l a U n i v e r s i d a d p r u e b a q u e n o h a c o m n r e n d i d o n a d a d e l o q u ed e b e r í a s er i m a v e r d a d e r a r e f o r m a d e l a e n s e ñ a n z a . S u l e y t i e n d e s i m p l e m e n t e a r a c i o n a l i z a r l a a n t i g u a U n i v e r s i d a d , a p e r m i t i r l e h a c e r m e j o r e l m i s m o t r a b a j o . E l s i s t e m a s i g u e f u n d a d o

e n l a s e l e c c i ó n . A l g u n o s t r i u n f a r á n — t a n t o s c o m o h a g a f a l t ap a r a h a c e r f u n c i o n a r l a m á q u i n a e c o n ó m i c a , n o m á s — y l o s o t r o ss e r á n d e s e c h a d o s a l o l a r g o d e l c a m i n o . N o e s r e m p l a z a n d o l a sno t as d e 20 a O por l as l e t ras A , B , C , D , que s e har á l a s e l ec c i ó n m e n o s r i g u r o s a . L o s q u e t e n d r á n A o B c o n s e g u i r á n l o sp u e s t o s , l o s o t r o s s e c o n v e r t i r á n e n u n p r o l e t a r i a d o i n t e l e c t u a lde " f rus t rados " . Y s erán s i empre l os prof es ores , a f i n de año oen e l curs o de l año , poco i mport a , qu i enes operarán es a s e l ec c i ó n d e s p i a d a d a .

A part i r de l m om en t o en qu e l a f i na l i dad es s a t i s f acer l a sn e c e s i d a d e s d e e j e c u t i v o s d e l a i n d u s t r i a p r i v a d a , h a y f o r z o s a m e n t e u n a s e l e c c i ó n , p o r q u e e s f a l s o , c o n t r a r i a m e n t e a l o q u es e c r e e a m e n u d o , q u e e x i s t a u n a a r m o n í a e n t r e e l d e s a r r o l l od e u n a s o c i e d a d c a p i t a l i s t a a v a n z a d a y e l a u m e n t o d e e s p e c i a l i s t a s q u e r e s u l t a d e é l . H a y , a l c o n t r a r i o , u n a d e s a r m o n í a c o m p l e t a . E l a u m e n t o d e l n ú m e r o d e e s t u d i a n t e s e s — f e l i z m e n t e —




m u c h o m á s r á p i d o q u e e l d e l n ú m e r o d e e j e c u t i v o s r e c l a m a d opor l a indus tr ia . Es to e s l o que l l eva a dec i r que hay "demas ia dos" e s t u d i a n t e s . ¿ D e m a s i a d o s e n r e l a c i ó n a q u é ? ¡ E n r e l a c i ó na l a s n e c e s i d a d e s d e l a i n d u s t r i a , s e g u r a m e n t e T o d o s v a n a p r es e n t a r s e c u a n d o e l l a n o r e c l a m a s i n o a a l g u n o s : l a U n i v e r s i d a d ,conceb ida para serv i r la , e l iminará a l o s o t ros por e l camino . Laú n i c a r e f o r m a v a l e d e r a — q u e s er ía u n a r e v o l u c i ó n — c o n s is t ir í ae n i n v e n t a r u n a u n i v e r s i d a d c u y o f i n n o s e a y a s e l e c c i o n a r u n aé l i t e , s ino apor tar cu l tura a todos , aún a aque l l os que no serán" e j e c u t i v o s " .

L a s e l e c c i ó n c o m i e n z a e v i d e n t e m e n t e m u c h o a n t e s d e l a U n i v e r s i d a d . D e s d e l a e s c u e l a p r i m a r i a s e o p e r a l a p r i m e r a f i s u r aentre l o s e l eg idos y l o s par ias . Un sacerdote i t a l i ano acaba de

p r e s e n t a r , e n u n l i b r o e x t r a o r d i n a r i o . Cartas a una maestra deescuela, u n a e x p e r i e n c i a q u e h a h e c h o y q u e b a s t a p a r a c o n d e n a r t o d o e l s i s t e m a d e e n s e ñ a n z a a c t u a l . H a t o m a d o c o m o a l u m nos, e n u n p u e b l o d e c a m p a ñ a d e I t a l i a , a t o d o s l o s a p l a z a d o sde l a e scue la "o f i c ia l " , aque l l os que no t en ían l a menor opor tun idad de l ograr su cer t i f i cado de e s tud ios . Que un h i jo de bur g u e s e s t e n g a m a l a s n o t a s o s e a a p l a z a d o e n s u e x a m e n n o t i e n et a n t a i m p o r t a n c i a : e l p a d r e p o s e e l o s m e d i o s , s e a c o m o d a , s e

c a m b i a d e e s c u e l a y s e c o n d u c e a l p e q u e ñ o , b i e n o m a l , h a s t ae l f in . Con e l h i jo de un campes ino e s o t ra cosa : s i l o s e s tud ios ,q u e c u e s t a n c a r o , n o l e a p r o v e c h a n d e i n m e d i a t o , s e l e d i c e :" P i e r d e s t u t i e m p o , g a s t a s t u s z a p a t o s " , y s e l o r e t o m a e n l ag r a n j a d o n d e s i e m p r e s e t i e n e n e c e s i d a d d e é l . P a r a e s t e n i ñ on o h a y r e c u p e r a c i ó n p o s i b l e .

E s e s a c e r d o t e i t a l i a n o h a t o m a d o , p u e s , a t o d o s e s o s c o n d e n a d o s a l a i g n o r a n c i a y l e s h a d i c h o : " Y o l e s v o y a h a c e r p a s a r

e l e x a m e n " . L o s h a h e c h o t r a b a j a r e n u n a a t m ó s f e r a n o s e l e c t i v a : n i p r i m e r o , n i s e g u n d o , n i ú l t i m o . E n l u g a r d e e s t a r a t e rror i zados por un maes tro que iba a juzgar los —^y condenar los—l o s n i ñ o s h a n c o m e n z a d o a r e t o m a r c o n f i a n z a , a d i s c u t i r e n t r ee l lo s , a dec i r l o que l e s in t eresaba , l o que l o s aburr ía , l o quen o c o m p r e n d í a n . C o m o e r a n e l l o s q u i e n e s f o r m u l a b a n l a s p r e g u n t a s , e s c u c h a b a n l a s r e s p u e s t a s d e l p r o f e s o r . A f i n d e a ñ op a s a r o n e l e x a m e n .



194 Francia

— A pesar de todo fue el examen lo que les permitió verificarsi estaban "al nivel".

— ¡ E s o e s l o q u e e s p e r a b a q u e m e d i je r a E s e s a c e r d o t e p r o b óJ u s t a m e n t e l o a b s u r d o d e l o s e x á m e n e s . H a d i c h o : " E s t a m o s e nu n a s o c i e d a d e n l a q u e e l e s t a d o e x i g e d i p l o m a s . Y b i e n , y o v o ya d e m o s t r a r q u e a q u e l l o s a q u i e n e s u s t e d e s e l i m i n a n c o m o i n c a p a c e s d e a p r o b a r s u s e x á m e n e s l o s a p r u e b a n c o m o l o s o t r o s " .¿ P e r o q u é e s u n e x a m e n q u e t od o e l m u n d o p u e d e a p r o b a r ? Y an o t i e n e s e n t i d o . O m á s b i e n a d q u i e r e d e g o l p e s u v e r d a d e r os e n t i d o : e l d e u n a p r u e b a ú n i c a m e n t e d e s t i n a d a a e n m a s c a r a rl a ca renc i a de l a enseña nza y a desa n i m a r a a que l l o s de l o sc u a l e s u n o n o q u i e r e o c u p a r s e . L o m i s m o s u c e d e e n l a U n i v e r s i da d: s e t ra t a de desa n i m a r a t o do s l o s e s t ud i a nt es de l o s cua l e s nues t ra so c i eda d i ndus t r i a l no t i ene neces i da d , e s dec i r enq u i e n e s l a c u l t u r a n o s e r í a e c o n ó m i c a m e n t e " r e n t a b l e " .

— Aunque no ofrezca cambiar la orientación profunda de laenseñanza: ¿no daría la ley Edgar Faure, a los estudiantes,

haciéndolos participar en la gestión de las unidades de enseñanza e investigación, una posibilidad real de modificar sus estructuras y su funcionamiento?

— B a s t a c o n l e e r a t e n t a m e n t e l a l e y p a r a a p e r c i b i r s e d e q u eno e s a s í . H a y t res do m i n i o s en l o s cua l e s e l po der de l o s e s t u d i a nt es po dr í a e j ercerse : e l e j ecut i v o ( a dm i n i s t ra c i ó n , sa nc i o n e s ) ; l a e l ecc i ó n de do cent es ; e l co nt ro l de co no c i m i ent o s . E nn i n g u n o d e e l l o s l o s e s t u d i a n t e s t e n d r á n d e r e c h o a d e c i r l o q u e

p i e n s a n .E l a spec t o e j ecut i v o no se t o ca : e s e l rec t o r , no m bra do po r e l

g o b i ern o qu i én l o e j erce . L a l ey F a u re ha pe rm i t i do , i nc l us o ,a co rda r l e po deres ex cepc i o na l es pues t o que é l e s l i bre de co nt r a t a r u n a p o l i c í a p r i v a d a — s o n l o s " b e d e l e s m u s c u l o s o s " — y d ep r o n u n c i a r d e c i s i o n e s d e e x c l u s i ó n , r e s c i s i ó n y p o s t e r g a c i ó n .

¿ L a e l ecc i ó n de do cent es? E n es t e punt o , l a m a l a f e de l o sa ut o res de l a l ey e s t a l l a . H a y un pa rá g ra f o , en e f ec t o , que a cuer

da a l o s co nse j o s pa r i t a r i o s do n de po d í a n a c t ua r l o s e s t u d i a nt e sp o d e r e s g e n e r a l e s c o n c e r n i e n t e s a l a s n o m i n a c i o n e s y t r a s l a d o s ,pero o t ro s pa rá g ra f o s s e l o s qu i t a n uno po r uno . A l f i n de cuen



La juventud en (a trampa 195

Ahora b ien , imponer un profesor a los e s tud iantes s in n i s i

q u i e r a c o n su l t a r l o s , e s e x a c t a m e n t e c o m o i m p o n e r l e s u n sa b e r .S i e s un hombre que adhiere a l pr inc ip io de la c lase magi s t ra l ,por e j emplo , o que proh ibe las ideas que los rebe lan , lo s e s tu d i a n t e s p o d r á n a b u c h e a r l o , h a c e r h u e l g a s , o c u p a r l o s l o c a l e s .P e r o e n t o n c e s c a e r á n e n l a i l e g a l i d a d . N o t e n d r á n s i n e m b a r g on i n g ú n o t r o m e d i o d e o p o n e r se a l n o m b r a i n i e n t o d e e se d o c e n t e . M e p a r e c e i n se n sa t o q u e l o s e s t u d i a n t e s n o t e n g a n d e r e cho a saber qu ién l es enseña . No p ido que e l i jan so los a susprofesores , s ino que la e l ecc ión se haga en común entre e l los yl o s d o c e n t e s .

En cuanto a l t ercer poder , e l de l contro l de los conoc imientos ,l e s e s i g u a l m e n t e n e g a d o . A h o r a b i e n , e s a b so l u t a m e n t e i n d i s p e n sa b l e q u e l o s e s t u d i a n t e s p u e d a n a l a v e z c o m p r e n d e r y v i g i lar la manera en que se los juzga , y por lo tanto en que selos se l ecc iona , puesto que se t ra ta en concreto de eso . No pongoe n d u d a l a h o n e s t i d a d y l a b u e n a v o l u n t a d d e l p r o f e so r a d o p e r osé — y o m i sm o h e s i d o p r o f e so r — q u e h a y e n t r e e l l o s p e r so n a sq u e c o n s i d e r a n e l e x a m e n c o m o u n a r e v a n c h a . S e l o s h a a b u c h e a d o t o d o e l a ñ o : v a y a n , h o y , y c a e n l a s c a b e z a s . Es t á n t a m b i é nl o s q u e s e d u e r m e n so b r e su p r o p i o c u r so , e x i g i e n d o so l a m e n t eque se lo rec i t e . Conoc í un soc ió logo para e l cua l una c lase soc ia l se reconoc ía en ocho caracteres . S i us ted c i taba so lo s i e t e ,era ap lazado . Todo eso podr ía ev i tarse con una part i c ipac ión del o s e s t u d i a n t e s e n l o s j u r a d o s . Y n o e s v e r d a d q u e e se c o n t r o ld e l o s e s t u d i a n t e s c o n d u c i r í a a " h a c e r q u e a p r u e b e t o d o e l m u n d o " . La e x p e r i e n c i a h a s i d o h e c h a e n a l g u n o s c a so s d e sp u é s d em a y o , y l o s r e p r e se n t a n t e s d e l o s e s t u d i a n t e s h a n d e m o s t r a d ou n a o b j e t i v i d a d p e r f e c t a .

H a y e n t o n c e s t r e s p o d e r e s e se n c i a l e s , y l o s e s t u d i a n t e s n od e t e n t a n n i n g u n o . ¿ P o d r í a n e l l o s , a p e sa r d e t o d o , e j e r c e r u n ainf luenc ia en o tros domin ios? ¡Ni s iqu iera eso Se ha cu idado ,e f e c t i v a m e n t e , e n l a l e y , q u e e l l o s s e a n s i e m p r e m i n o r í a e n e lseno de los consejos par i tar ios . La l ey no d ice que e l númerode docentes en esos consejos debe ser igua l a l de los es tud iantese l e c t o s , s i n o " a l m e n o s i g u a l " : e s t e m a t i z b a s t a p a r a d e m o l e r l ai d e a m i sm a d e " p a r i d a d " . Y a d e m á s s e h a i n v e n t a d o u n t r u c oincre íb le : hacer part i c ipar en esos consejos , junto a los docen -



19 6 Francia

t e s y l o s e s t u d i an t es , a "p ers on as ex t er i ores e l eg i d as en f u n c i ónd e s u com p et en c i a y e s p ec i a l m en t e d e s u p ap e l en l a ac t i v i d adreg i on a l " . ¿Qu é ven d r í an a h acer e l l a s en e s t o s con s e j os ? N ad am á s , e v i d e n t e m e n t e , q u e e x p o n e r l a s n e c e s i d a d e s d e l m e r c a d o

d e em p l eos a f i n d e or i en t ar m ej or l a s e l ecc i ón . S ea e l t em aq u e f u ere , l o s e s t u d i an t es ch ocarán en t on ces con e l m u ro d el o s ad u l t o s , y s u p ar t i c i p ac i ón en l a s d ec i s i on es s erá p u ram en t ei lusor ia .

E s as p ers on a l i d ad es , s e d i rá , d eb en s er d es i gn ad as en com ú np or l o s d ocen t es y l o s e s t u d i an t es ; b as t ar í a p u es con e l eg i r l a sb ien . D e s g r a c i a d a m e n t e n o e s t a n s i m p l e . V o y a t o m a r u n e j e m p l o d e l a en s eñ an za s ecu n d ar i a ( aú n n o h ay l ey en e s e d om i n i o ,p ero h an s i d o t om ad as m ed i d as en "e l e s p í r i t u d e l a l ey d e or i en

t a c ió n " ) : e n e l l i ce o d e V e r n o n h u b o r e c i e n t e m e n t e u n a h u e l g ad e a l u m n os p ara p ro t e s t ar con t ra e l d es p i d o i n j u s t i f i cad o d e u np ro f es or . E n V ern on , e l con s e j o d e ad m i n i s t rac i ón — q u e com p r e n d e r e p r e s e n t a n t e s d e l a a d m i n i s t r a c i ó n , p a d r e s , d o c e n t e s ya l u m n os — d eb í a e l eg i r "p ers on a l i d ad es d e l a reg i ón " . E l d i p u t ad o d e l l u gar e s e l gau l l i s t a T om as i n i : h a s i d o s e l ecc i on ad oa u t o m á t i c a m e n t e . A l m i s m o t i e m p o , p a r a h a c e r c o n t r a p e s o , s eh a e l eg i d o a u n s i n d i ca l i s t a d e l a C .G .T . , q u e p arece t o t a l m en t ed e a c u e r d o c o n l o s a l u m n o s p e r o q u e d i c e f r a n c a m e n t e : " Y o ,

u s t ed es s ab en , s oy u n ob rero , n o t en go cu l t u ra y n o m e s i en t os i em p re ca l i f i cad o p ara op on erm e" . E s t a a s am b l ea h a vo t ad o p ore l s t a t u s d e l co l eg i ó . ¿Qu é p as ó? Y b i en , p or e j em p l o , u n ar t í cu l oq u e p rec i s a q u e l o s a l u m n os p od rán s er s an c i on ad os en e l l i c eop or s u con d u ct a en e l ex t er i or . E s t o q u i ere d ec i r q u e s i p ar t i c i p an en u n a m an i f e s t ac i ón e s t u d i an t i l , s e exp on en a s er ex p u l s ad os . N i l o s a l u m n os n i e l s i n d i ca l i s t a h an p od i d o op on ers ea e s t e t ex t o e s can d a l os o . S erá l o m i s m o en t od as p ar t e s . Hab rá ,aq u í o a l l á , a l gu n as p ers on a l i d ad es d e b u en a vo l u n t ad , p ero e l l a s

carecerán d e p od er .— La orden de boicot de las elecciones lanzada por la U.N.E.F.

por los "izquierdistas" ha sido parcialmente obedecida, pero contodo, hasta ahora, más de la mitad de los estudiantes (53% según el gobierno) ha votado. Esa orden, por otra parte, no siempre es bien com prendida en el exterior, especialmen te entra laclase obrera, quizá porque la tradición revolucionaria francesa



L a juventud en la trampa 197

e s m ás bien " elector alista": no se rechazan las elecciones, selucha para ganarlas.

— N o c u a n d o s o n e l e c c i o n e s f r a u d u l e n t a s . Y l a s q u e s e p r o p o n e n a l o s e s t u d i a n t e s s o n , e n c u a n t o a e s t o , e j e m p l a r e s . S e l e sp i d e e n p r i m e r l u g a r q u e v o t e n u n t e x t o q u e n o l e s a c o r d a r án i n g ú n p o d e r . S e l e s i m p o n e d e s p u é s d e l a r e g l a f a n t á s t i c a d el a " r e p r e s e n t a c i ó n d e c r e c i e n t e " s i e l q u o r u m d e l 6 0 % n o e sa l c a n z a d o . E n l a b u e n a d e m o c r a c i a b u r g u e s a , s i s e h a f i j a d o u nq u ó í u m q u e n o e s a l c a n z a d o , l a s e l e c c i o n e s s e a n u l a n . E s e lp r i n c i p i o a d o p t a d o e n t o d a s p a r t e s . E s t a v e z n o : l o s e s t u d i a n t e st e n d r á n u n n ú m e r o d e a s i e n t o s p r o p o r c i o n a l a s u p a r t i c i p a c i ó ne l e c t o r a l . D i c h o d e o t r o m o d o : s i v o t a n s e r á n m i n o r i t a r i o s , s i n o

v o t a n l o s e r á n m á s a ú n . D e t o d o s m o d o s , l a l e y s e r á a d o p t a d a .E s t a e s t a f a s e c o m p l e m e n t a c o n u n c h a n t a g e a l a f u e r z a :

" ¿ N o q u i e r e n q u e l o s c a c h i p o r r e e n m á s ? ¿ N o q u i e r e n ' b e d e l e s m u s c u l o s o s ' ? ¿ Q u i e r e n q u e s e r e t i r e a l o s r e c t o r e s l o s d e r e c h o s d i s c r e c i o n a l e s q u e s e l e s h a n a c o r d a d o p r o v i s o r i a m e n t e ?E n t o n c e s ¡ v o t e n D e s p u é s l o s d e j a r e m o s t r a n q u i l o s " . E l d i a r i oAction h a r e s u m i d o e s o m u y b ie n e n u n t ít u lo : " V o t e n . . . p e r ov o t e n d e r o d i l l a s " . C u a n d o l a l e y h a y a s i d o a d o p t a d a , p o r s u

pues to , s e d i rá a l os e s tud iantes : "A pesar de todo no nos van ahacer l í os ahora . Es ta re forma, a l f in y a l cabo , ha s ido votadap o r u s t e d e s . E s t a U n i v e r s i d a d , u s t e d e s l a h a n q u e r i d o " .

L o s e s t u d i a n t e s q u e h a n v i s t o l a t r a m p a n o p u e d e n v o t a r ,e v i d e n t e m e n t e . P a r a e l l o s , l a r e f o r m a n i s i q u i e r a e x i s t e . E l l o ss ó l o v e n e n l a l e y F a u r e u n a n u e v a v i o l e n c i a q u e s e e j e r c e s o b r e e l l o s y a l a c u a l n o p u e d e n r e s p o n d e r s i n o c o n o t r a v i o l e n c i a . Y t o d a v í a c o m b a t e n c o n a r m a s m u y d e s i g u a l e s , d i g a l a

p r e n s a l o q u e d i g a . ¿ Q u é h a c e n , d e s p u é s d e t o d o ? O c u p a n l a ss a l a s , bo icotean los cursos , pegan carte l es : f ren te a l as cargascon cach iporras no es gran cosa .

E l d r a m a e s q u e e l g o b i e r n o p u e d e t r i u n f a r e n s u o p e r a c i ó n ,q u e c o n s i s t e , a n t e t o d o , e n d i v i d i r a l o s e s t u d i a n t e s . E s t a r á na q u e l l o s q u e h a n v o t a d o — 5 2 % o 5 8 % , p o c o i m p o r t a — y l o sotros . L o s p r i m e r o s s e c o n s i d e r a r á n e v i d e n t e m e n t e c o m o l o s g u a r d i a n e s d e l a l e y . L a m i n o r í a , p o r s u p a r t e , n o t e n d r á n i n g u n a

r a z ó n p a r a a d h e r i r s e p u e s t o q u e e s t i m a r á q u e l a m a y o r í a h a



198 Francia

ca íd o en u n a t ramp a . C on t in u ará en t on ces lu ch an d o , y d e e l l o

re s u l t a i rá ü n á p rof u n d a d iv i s ión en e l med io e s t u d ian t i l .E l p rob lema, p ara lo s r evo lu c ion ar ios , e s h acer os c i lar l a s ma

s a s m o d e r a d a s , l a " c i é n a g a " . L o c o n s i g u i e r o n e n m a y o . H o y l a" c i én aga" v u e l v e a f lu i r h ac ia e l t rab aj o , h ac ia e l ord e n . S erán eces ar ia , s in d u d a , o t ra cr i s i s , p ara q u e vu e lva a o s c i l ar . Las i t u ac ión n o p od rá d es a t ars e s i l o s e s t u d ian t e s n o logran as o c iar l o s t rab aj ad ores a s u lu ch a . E l lo s l o s ab en , l o h an d ich o enmayo , l o r ep i t en t od os l o s d ías . P ero como la c la s e ob rera , p or

u n m o n t ó n d e r a z o n e s n o s e m u e v e , l o s e s t u d i a n t e s e s t á n a c t u a l m e n t e e n u n c a l l e j ó n s i n s a l i d a .— Si usted fuera actualmen te profesor de filosofía ¿qué haría?— P e d i r í a a m i s e s t u d i a n t e s q u e m e d i g a n d e q u é d e s e a r í a n

q u e h ab láramos j u n t os , y au n s i q u err ían q u e yo v in i era . S i n oq u i s i eran c las e s , n o la s d ar ía . P ero lo s s os t en d r ía t o t a lmen t e ens u lu ch a . Bu s car ía , s ob re t od o , h a cer l o q u e e l l o s a m en u d o n ot i e n e n g a n a s d e h a c e r : e x p l i c a r q u e n o s o n p e q u e ñ o - b u r g u e s e s

n i h i l i s t a s s i n o s i m p l e m e n t e j ó v e n e s e n t r a m p a d o s q u e r e c h a z a nu n a e n s e ñ a n z a c o n c e b i d a p a r a h a c e r d e e l l o s h o m b r e s s o j u z g a do s . E x p l i c a r í a t a m b i é n e l s e n t i d o p r o f u n d o d e l a m a n i o b r a F a u re : r e e m p l a z a r l a d i c t a d u r a d e l o s p e q u e ñ o s r e y e z u e l o s d e l s a b er , p ro f e s ores q u e s e p ren d en d e u n p od er p er imid o , p or u n aap aren t e re lac ión d e la s d i s c ip l in as y p or u n t rab aj o co l ec t ivo ,i l u s i o n e s c u i d a d o s a m e n t e m a n t e n i d a s p a r a e s c o n d e r l a " m o d e r n i z a c i ó n " d e l a U n i v e r s i d a d e n f u n c i ó n d e m o n o p o l i o s c a p i t a l i s tas , c u y a s e x i g e n c i a s , p r e s e n t a d a s e n e l a n o n i m a t o , a n i v e l d ela reg ión o d e l a n ac ión , n o ap arecerán más como in t ere s e sp r ivad os s in o como la d i c t ad u ra d e la rac ion a l id ad .

L e Nouvel Observateur, 17 de m arz o de 1969.Dec larac iones recog idas por Serge Lafaur ie .



MASAS, E S P O N T A N E I D A D , PARTIDO

" I I M A NI FE ST Ó " . — Durante los acontecimientos de mayo enFrancia y, en general, durante las luchas obreras de 1968, los mo-

vimientos de base han reprochado a los partidos com unistas no

solamente su degeneración burocrática o sus opciones reformis

tas: han criticado la noción misma de partido , de organización

política, estructurada de la clase. Cuan do el movimiento de base

ha sufrido un reflujo, varios grup os izquierdistas volvieron a

privilegiar, contra el espontaneísmo, a la organización, preco

nizando el retorno a un leninism o puro . Ni una ni otra de esas

actitudes nos parece satisfactoria. Creem os que no se puede criticar el espontaneísmo sino a condición — y a l l í está la ense

ñanza de 1968— de ver que la ma durez subjetiva de la clase

exige hoy una forma nueva de organización, adaptada a las ne-

cesidades de la lucha en las sociedades de capitalism o avan zado.

Nos gustaría cen tralizar esta conv ersación sobre las bases teó

ricas de ese problem a. Ellas tienen lugar en su pensamiento

desde la discusión ya clásica de 1952 ( Los comunistas y la paz )

y la polémica que siguió con Lefort y Merleau-Pon ty, hasta la

Crítica de la razón dialéctica pasan do por El fantasma deStalin (1956). En 1952 usted fue acusado de hipersuhjetizñsmo.

se le reprochó no reconocer a la clase o tra existencia que en el

partido; en 1956 se le hace la acusa ción inversa: la de un objeti

vismo tendiente a explicar el stalinismo com o el producto inevi

table de una situación histórica. En realidad, nos parece que

esas dos posiciones tienen una base común en el concepto de ra-

reza, de retardo estructural del país en el cual se hizo la Revolu

ción de Octubre, de necesidades impuestas por el hecho de

que la revolución ño estaba madura y que el socialism o debía



2 0 0 Francia

ser construido durante una fase de acumu lación primitiva. Enesa situación específica, usted consideraría que el Partido debíanecesariamente superponerse a una masa que no había llegadoal nivel de conciencia requerido. ¿Cree usted que esta imagendel Partido — q t t e fue la suya y la nuestra durante los años 50 —

debe ser revisada porque la situación ha cambiado o, al contrario, porque las formulaciones de entonces estaban ma nchadas decarencias teóricas que aparecieron claramente después?

J E A N - P A U L S A R T R E . — H u b o s e g u r a m e n t e u n a c a r e n c i a . P e r o h a yq u e s i t u ar l a h i s t ór i cam en t e . E n 1952 , cu an d o e s cr i b í Los comunistas y la paz, l a e l ecc i ón p o l í t i ca e s en c i a l era l a d e f en s a d e lP .C .F . y s ob re t od o d e l a U .R .S .S . , acu s ad a d e i m p er i a l i s m o . E ran eces ar i o rech azar e s a acu s ac i ón s i u n o n o q u er í a en con t rars ed e l l a d o d e l o s n o r t e a m e r i c a n o s . S e g u i d a m e n t e s e r e v e l ó q u e l aU n i ó n S o v i é t i c a , a c t u a n d o e n B u d a p e s t c o m o S t a l i n — p o r i n t e l i gen c i a p o l í t i ca o p or o t ras razon es — n o h ab í a ac t u ad o en 1948 conY u g o s l a v i a , l u e g o r e i n c i d i e n d o e n C h e c o s l o v a q u i a , s e c o m p o r t a al a m a n e r a d e u n a p o t e n c i a i m p e r i a l i s t a . D i c i e n d o e s t o n o e n t i e n d o e m i t i r u n j u i c i o m o r a l . A f i r m o s o l a m e n t e q u e l a p o l í t i c ae x t e r i o r d e l a U . R . S . S . p a r e c e e s e n c i a l m e n t e i n s p i r a d a p o r s ure l ac i ón an t agon i s t a con l o s E s t ad os U n i d os , y n o p or u n p r i n c i p i o d e re s p e t o , d e i gu a l d ad f ren t e a o t ros e s t ad os s oc i a l i s t a s .D e e s t a con s t a t ac i ón s e h a d es p ren d i d o m i p os i c i ón d e 1956 . E v i d e n t e m e n t e , l l e g a d o a e s e p u n t o , y o n o p o d í a n o r e l e v a r l a c o n t rad i cc i ón con m i s p o s i c i on es d e 1952 . T r a t é d e ex p l i c ar m e enla Crítica de la razón d i a l éc t i ca . S e t ra t a aú n , b i en en t en d i d o ,d e u n a s o l u c i ó n f orm al q u e d eb i ó s er s eg u i d a p or u n an á l i s i sh i s t ór i co d e l a U . R . S . S . en l a ép oca d e S t a l i n , an áh s i s ya e s b o z a d o q u e f o r m a p a r t e d e u n s e g u n d o v o l u m e n d e l a Crítica q u en o a p a r e c e r á p r o b a b l e m e n t e j a m á s .

E n res u m en , l o q u e t ra t é d e m os t rar a p rop ós i t o d e con cep t os

c o m o masa, partido, espo ntaneida d, serialización, canales, grxL-pos, r e p r e s e n t a u n e m b r i ó n d e r e s p u e s t a a e s e p r o b l e m a ; e n e lf on d o h e i n t en t ad o d em os t rar q u e e l p ar t i d o e s , con re l ac i ón al a m a s a , u n a r e a l i d a d necesaria p o rq u e l a m as a , p or s í m i s m a ,n o p o s e e u n a e s p o n t a n e i d a d . P o r s í m i s m a l a m a s a s i g u e s i e n d os e r i a l . P e r o i n v e r s a m e n t e , n i b i e n e l P a r t i d o s e c o n v i e r t e e n i n s t i t u c i ó n , e s — s a l v o c i r c u n s t a n c i a s e x c e p c i o n a l e s — r e a c c i o n a r i o



M asas, espontane idad, partido 201

en re lac ión a lo que é l mismo ha susc i tado o creado , es dec ir e lgrupo de fusión. E n o t ro s t érm i n o s , e l d i l e m a e sp o n t a n e i d a d - p a r t ido es un fa l so problema . Bajo e l ángulo de la conc ienc ia de s í ,l a c l a se n o p a rece h o m o g én ea s i n o m á s b i en co m o u n co n j u n t o

d e e l em en t o s , d e g ru p o s q u e y o d e f i n o co m o "en f u s i ó n " . En t rel o s o b rero s , en co n t ra m o s s i em p re g ru p o s en f u s i ó n en t a l o t a lfábr ica donde ha ten ido lugar una lucha en e l curso de la cua ll o s i n d i v i d u o s e s t a b l ecen re l a c i o n es d e rec i p ro c i d a d , g o za n , co nrespecto a l conjunto , de lo que yo he l lamado una " l ibertad sa l v a j e" y t o m a n u n a co n c i en c i a p rec i sa d e su s er d e c l a se .

P e r o , junto a es tos grupos en fus ión , hay o tros obreros que ,n o u n i d o s p o r u n a l u c h a , p e r m a n e c e n s e ñ a l i z a d o s y p o r e n d e

i n ca p a ces d e e sp o n t a n e i d a d , p u es t o q u e n o e s t á n l i g a d o s a l o so tros s ino por un v íncu lo de cos i f i cac ión , una re lac ión ser ia l .S o n co n s t a n t em en t e o t ro s q u e e l l o s m i sm o s , p o r e s t a r d es i g n a d o s ú n i ca m en t e a t ra v és d e u n a re l a c i ó n a l a o t ra . A ú n so b reu n g ru p o en f u s i ó n — p o r e j em p l o u n a f á b r i ca en h u e l g a — p esa ne i n t e r v i e n e n c o n t i n u a m e n t e r e l a c i o n e s d e s e r i a l i d a d ( m a s i f i -ca c i ó n , e t c . ) . E l m i sm o o b rero q u e , en su l u g a r d e t ra b a j o , s ee n c u e n t r a e n u n g r u p o e n f u s i ó n , p u e d e s e r c o m p l e t a m e n t e s e ñ a l i za d o cu a n d o e s t á en su ca sa o en o t ro s m o m en t o s d e suv i d a . Es t a m o s p u es en p resen c i a d e f o rm a s d e co n c i en c i a d e c l a s e m u y d i f eren t e s : p o r u n a p a r t e u n a co n c i e n c i a a v a n za d a , p o ro t ra u n a co n c i en c i a ca s i i n ex i s t en t e , y en t re a m b a s u n a s er i ed e m e d i a c i o n e s . E s p o r e s o q u e n o m e p a r e c e ' q u e s e p u e d a h a b l a r d e u n a espontaneidad de c lase , só lo es correcto hab lar degrupos, pro du cidos por la s c i rc un stan c ias , que se crea n a s í m is m o s s eg ú n l a s s i t u a c i o n es y q u e , c reá n d o se , n o reen cu en t ra nq u i én sa b e q u é e sp o n t a n e i d a d p ro f u n d a , s i n o q u e h a cen l a ex

p er i en c i a d e u n a co n d i c i ó n e sp ec í f i ca so b re l a b a se d e s i t u a c i o n es e sp ec í f i ca s d e ex p l o t a c i ó n y d e re i v i n d i ca c i o n es p rec i sa s ,ex p er i en c i a en e l cu rso d e l a cu a l e l l o s m i sm o s s e i n c l i n a n d em a n e r a m á s o m e n o s j u s t a .

D i ch o e s t o : ¿ q u é rep resen t a e l P a r t i d o co n re l a c i ó n a l a s er i e?S eg u ra m en t e a l g o b u en o , p u es l e i m p i d e ca er en l a s er i a l i d a dc o m p l e t a . L o s m i e m b r o s d e u n p a r t i d o c o m u n i s t a p e r m a n e c e r í a n e l l o s t a m b i én s i en d o i n d i v i d u o s a i s l a d o s y s eñ a l i za d o s , s i

e l Part ido no lo s const i tuyera en grupo a través de un lazo orgá -



202 Francia

n i c o q u e p e r mi te a l c omu n i s ta d e Mi l án e s tar e n r e l ac i ón c on

o t r o t r a b a j a d o r c o m u n i s t a d e c u a l q u i e r o t r a r e g i ó n . A d e m á s e sgr ac i as a l P ar t i d o q u e s e for man , e n e l c u r s o d e l a l u c h a , n u m e r o s o s g r u p o s , p u e s t o q u e e l P a r t i d o f a c i l i t a l a c o m u n i c a c i ó n .D e t o d o s m o d o s , c o n r e l a c i ó n a l g r u p o e n f u s i ó n q u e é l m i s m oh a c on tr i b u i d o a c r e ar , e l P ar t i d o s e e n c u e n tr a , p or r e g l a ge n e r a l , e n l a ob l i gac i ón s e a d e ab s or b e r l o , s e a d e r e n e gar d e é l . C onr e s p e c to a l gr u p o , c u ya e s t r u c tu r ac i ón n o va n u n c a más a l l ád e u n a e s p e c i e d e p a c t o r e c í p r o c o , e l P a r t i d o e s t á m u c h o m á s

f u e r t e m e n t e e s t r u c t u r a d o . U n g r u p o s e f o r m a e n c a l i e n t e , p o re j e m p l o t e n i e n d o e n c u e n t a u n o b j e t i v o ( H a y q u e to m a r l aB a s t i l l a ) , e in m e d i a t a m e n t e d e s p u é s d e l a a c c i ó n lo s i n d i v i d u o s q u e l o c o m p o n e n s e r e e n c u e n t r a n , i n q u i e t o s , u n o f r e n t ea otro , y tratan de es tab lecer , en su l iber tad , un lazo que puedar e e mp l az ar a l l az o i n me d i a to q u e s e h ab í a c r e ad o e n l a ac c i ón ,e s d e c i r u n a e s p e c i e d e p ac to o ju r ame n to , q u e a s u ve z t i e n d ea c on s t i tu i r u n e mb r i ón d e s e r i e y a e s tab l e c e r e n tr e e l l o s u n a

r e l ac i ón d e c on t i gü i d ad r e i f i c ad a . Es l o q u e yo h e l l amad o Fraternidad-terror . E l P ar t i d o , a l c on tr ar i o , s e d e s ar r o l l a c o m o u nc on ju n to d e i n s t i tu c i on e s , o s e a c omo u n s i s t e ma c e r r ad o , e s tá t i co y t e n d i e n te a l a e s c l e r os i s . Es p or e s ta r az ó n q u e s i e m p r ee s tá e n r e tar d o c on r e s p e c to a l a mas a e n fu s i ón , aú n c u an d otr a tan d e d i r i g i r l a , p or q u e l o e mp ob r e c e , p or q u e t r a ta d e s u b or d i n ár s e l a , c u an d o n o l l e ga h as ta r e n e gar d e e l l a , a r omp e r l aso l idar idad .

El p e n s ami e n to y l a ac c i ón d e c ad a gr u p o r e f l e jan , n e c e s ar i a -m e n t e , s u e s t r u c t u r a . S e p r o d u c e e n t o n c e s e s t o : e l p e n s a m i e n t od e u n gr u p o e n fu s i ón — d ad o q u e n ac e d e l fu e go d e u n a s i tu a c i ón p ar t i c u l ar , y n o a c au s a d e u n a e s p on tan e i d ad c u a l q u i e ra—•, t i e n e un a carga m ás fuerte , m ás cr í t i ca , m ás nu ev a qu e lad e u n gr u p o e s t r u c tu r ad o . En tan to c u an to i n s t i tu c i ón , u n p ar t i d o t i e n e u n p e n s ami e n to i n s t i tu c i on a l i z ad o — e s d e c i r a l go q u es e ap ar ta d e u n p e n s ami e n to s ob r e l a realidad— p ar a n o r e f l e jar

e s e n c i a l m e n t e n a d a m á s q u e s u p r o p i a o r g a n i z a c i ó n , u n p e n s a m i e n t o i d e o l ó g i c o , e n s u m a . S o b r e s u e s q u e m a s e m o d e l a , d e for mán d os e , l a e xp e r i e n c i a d e l a l u c h a mi s ma , mi e n tr as q u e e l



Masas, espontaneidad, partido 203

de ser vago, imposible de teorizar, molesto —como lo eran las

ideas de los estudiantes en mayo de 1968— pero no por eso dejará de representar un grado de reflexión mas verdadero, por

que ninguna institución se interpone entre la experiencia y la

reflexión sobre la experiencia.

Ciertamente: aquí metemos el dedo en una contradicción in

herente a la función misma del Partido. Éste nace para liberar

a la clase obrera de la señalización, pero al mismo tiempo en

un reflejo —reflejo de un cierto tipo, puesto que está allá para

abolirías— de la señalización y de la masificación de las masas

sobre las que opera. Esta serialización de las masas se refleja

en su institucionalidad; obligado a tener relaciones con lo serial,

él mismo es en parte inerte y serial. También, para protegerse

a sí mismo, termina por oponerse a los grupos en fusión, que

son sin embargo un aspecto de esa clase obrera que él quiere

expresar y que muy a menudo ha sido el primero en solicitar.

Allí está la contradicción profunda del Partido, surgido para

liberar a las masas de la serialidad y convert ido él mismo en

inst itución. En ese carácter lleva en sí tal pasivo (no haqo alu

sión a la burocracia o a otras formas de degeneración, sino a Ja

estructura institucional misma, que no es necesariamente bu

rocrática), que deberá oponerse fundamentalmente y en todos

los casos a todas las nuevas fuerzas, sea que trate de utilizarlas,

sea que las rechace. Se han visto dos actitudes diferentes toma

das por el partido comunista francés y el partido comunista ita

liano frente a los estudiantes: el P.C.F. los ha rechazado, el

P.C.I., más sutilmente, trata de atraerlos hacia él, canalizando

su experiencia a través de una tentativa de contacto y de discu

sión. Un partido sólo puede elegir entre esas dos actitudes: allí

está su profunda limitación.

Todavía un ejemplo clásico: la cuestión del centralismo de

mocrático. Mientras se ejerció en una situación en movimiento,

por ejemplo durante la clandestinidad y la elaboración de la

lucha en Rusia, es decir precisamente cuando Lenin constituyó

su teoría, fue un elemento viviente. Había un momento de cen

tralismo, porque era necesario, y un momento de democracia

real, porque la gente hablaba y la decisión se construía en co

mún. Apenas se institucionalizó, como es el caso en todos los



2 0 4 Francia

p a s e s c o m u n i s t a s , c u a n d o e l c e n t r a l i s m o h a a v a n z a d o s o b r e l ad e m o c r a c i a y l a d e m o c r a c i a m i s m a s e h a t r a n s f o r m a d o e n " i n s t i t u c i ón " , a t ad a a s u p rop i a i n erc i a : ex i s t e , p or e j em p l o , u n d e rech o a l a p a l ab ra , p ero e l s o l o h e ch o d e q u e s ea u n d e rec h o

— y e s o ú n i c a m e n t e — l o v a c í a a t a l p u n t o d e s u c o n t e n i d o q u es e t orn a , en rea l i d ad , en u n n o - d erech o . L a verd ad era cu es t i ónes , p u e s , s a b e r c ó m o s u p e r a r l a c o n t r a d i c c i ó n i n h e r e n t e a l an a t u r a l e z a m i s m a d e l P a r t i d o , d e m a n e r a q u e é s t e ( n o s ó l o e ns u s re l ac i on es con e l ad vers ar i o y s u s t areas d e com b at e , s i n of r e n te a l a c l a s e q u e r e p r e s e n t a ) , p u e d a c o n s t i t u i r u n a m e d i a c i ó n a c t iv a e n t r e l o s e l e m e n t o s s e ñ a l i z a d o s y m a s i f i c a d o s e nv i s t a a u n a t e n t a t i v a d e u n i f i c a c i ó n ; p a r a q u e p u e d a e n t o n c e ss e r c a p a z d e r e c o g e r l o s i m p u l s o s q u e n a c e n d e l o s m o v i m i e n

t o s y , m á s q u e p r e t e n d e r d i r i g i r l o s , g e n e r a l i z a r l a e x p e r i e n c i ap ara e l m ov i m i en t o y p ara s í m i s m o .— El verdadero lugar de la conciencia revolucionaria, no es

entonc es ni la clase en su inmed iatez ni el Partido, sino la lucha.El Partido estaría vivo en tanto cuanto es un instrumento delucha, pero desde que se transforma en institución, cambiaríael fin por los medios convirtiéndose en su propio fin. La contradicción inherente al Partido, que usted pone en evidencia,se resolverá quizá en la medida en que se trate de abordar el

problema de la organización política de la clase no ya en su g eneralidad , sino en la inmed iatez de situaciones específicas. Loque parece imposible es una solución meta-histórica. Convienep u p s encarar las cond iciones objetivas en las cuales este dilemapodrá resolverse cada vez. Esto implica, en nuestra opinión, doscondiciones: primero que la clase sobrepase el nivel de la se-rialidad para transform arse efectiva y totalmen te en sujeto deuna acción colectiva.

— E s a e s u n a c o n d i c i ó n i m p o s i b l e ; l a c l a s e o b r e r a n o p u e d e

n u n c a e x p r e s a r s e e n t e r a m e n t e c o m o s u j e t o p o l í t i c o a c t i v o : s i e m p re h ab rá zon as , r eg i on es o f ran j as q u e , p or razon es h i s t ór i casd e d e s a r r o l l o , q u e d a r á n s e ñ a l i z a d o s , m a s i f i c a d a s , e x t r a ñ a s a u n at o m a d e c o n c i e n c i a . S i e m p r e h a y u n r e s i d u o . A c t u a l m e n t e h a yu n a f u e r t e t e n d e n c i a a g e n e r a l i z a r e l c o n c e p t o d e conciencia declase y e l de lucha de clase c o m o e l e m e n t o s p r e e x i s t e n t e s a prio-ri d e l a l u ch a . L o ú n i co q u e ex i s t e a priori es l a , s i t u a c i ón ob j e -



Ma sas, espontane idad, partido 205

t i v a d e e x p l o t a c i ó n d e la c l a s e . L a c o n c i e n c i a n a c e s o l a m e n t een la lu ch a: l a lu ch a d e c la s e s n o ex i s t e mien t ras n o ex i s t enl u g a r e s d o n d e e f e c t i v a m e n t e s e p e l e a . E s v e r d a d q u e e lp ro le t ar iad o l l eva en s í l a mu er t e d e l a b u rgu es ía , e s verd ad

q u e e l s i s t ema cap i t a l i s t a e s t á min ad o p or con t rad icc ion es e s t r u c t u r a l e s , p e r o e s o n o i m p l i c a n e c e s a r i a m e n t e l a e x i s t e n c i ad e u n a con c ien c ia d e c la s e o d e u n a lu ch a d e c la s e . P ara q u eh a y a c o n c i e n c i a y l u c h a e s n e c e s a r i o q u e a l g u i e n p e l e e .

En o t ros t érmin os , v i r t u a lmen t e , en e l s i s t ema cap i t a l i s t a , l alu ch a d e c la s e s e s p os ib l e en t od as p ar t e s , p ero en rea l id ad s ó loe x i s t e d o n d e e f e c t i v a m e n t e s e l a l l e v a a c a b o . P o r o t r a p a r t e ,aú n d on d e s e l a l l eva a cab o , d i f i e re en f u n c ión d e cad a s i t u a

c ión . En F ran c ia , p or e j emp lo , l a s con d ic ion es y l o s t ip os d el u c h a s o n e x t r e m a d a m e n t e d i v e r s o s : e n S a i n t - N a z a i r e l a s l u c h a sob reras , d e gran v io l en c ia , con s ervan la s carac t er í s t i cas d e l s i g l o p a s a d o ; e n o t r a s z o n a s c a p i t a l i s t a s m á s " a v a n z a d a s " p r e s e n t an u n carác t er d i f ere n t e , u n a ar t i cu la c ión re iv in d ica t iv a q u izám á s r i c a , p e r o e n u n c o n t e x t o m á s m o d e r a d o . P o r e s o n o e spos ib le , aún para esa parte de la c lase obrera que es tá e fec t ivam e n t e e n l u c h a , h a b l a r , s a l v o t e ó r i c a m e n t e , d e unijicación. Las

h u e l g a s g e n e r a l e s d e v e i n t i c u a t r o h o r a s o r g a n i z a d a s p o r l a C . G . T .n o s on s in o e l s ímb olo d e u n a lu ch a u n i f i cad a .— ¿Pero no estamos en una fase de unificación capitalista de

la sociedad, tanto desde el punto de vista de la infraestructuracomo del de las superestructuras (modelos de consumo y modosde vida, lenguaje, ma sificación)? ¿Es que la parcelización de situaciones individuales no corresponde a una "totalidad" siempre má s evidente del sistema? ¿Eso no debería tener por conse

cuencia la formación de una base material objetiva de unificación creciente de la clase y de la conciencia de clase?— ^La e s t ru c t u ra , en rea l id ad , s igu e s i en d o ex t remad amen t e d i

v e r s i f i c a d a y d e s e q u i l i b r a d a .

— ¿Pero la tendencia es o no es hacia la unificación?— S í y n o . E n F r a n c i a , p o r e j e m p l o , e l c a p i t a l i s m o m a n t i e n e

v i v a s , a r t i f i c i a l m e n t e , a m i l e s d e p e q u e ñ a s e m p r e s a s , q u e n ot en d r ían n in gu n a razón d e ex i s t i r d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e l a

rac ion a l id ad econ ómica , p ero q u e l e s on ú t i l e s , s ea p orq u e re p r e s e n t a n a u n s e c to r p o l í t i c a m e n t e c o n s e r v a d o r ( s o n c a p a s q u e



206 Francia

v o t a n p o r d e G a u l l e y P o m p i d o u ) , s e a p o r q u e l e p e r m i t e n a l i

n ea r so b re l o s d e e l l a s su s co s t o s d e p ro d u cc i ó n , a p esa r d e la u m e n t o d e l a p r o d u c t i v i d a d . E n s u m a , l a s t e n d e n c i a s a l a i n t e g ra c i ó n n o a n u l a n l a s d i v ers i f i ca c i o n es p ro f u n d a s d e l a s s i t u a c i o n e s e s t r u c t u r a l e s .

A g r eg u en a e so , en l o q u e co n c i e rn e a l a t o m a d e co n c i en c i ad e su p ro p i a co n d i c i ó n , q u e e l ca p i t a l i sm o a v a n za d o , a p esa rd e l o s en o rm es eq u i l i b r i o s d e l a rep a r t i c i ó n d e l a s ren t a s , l o g rasa t i s f a cer l a s n eces i d a d es e l em en t a l e s d e l a m a y o r í a d e l a c l a se

o b r e r a — q u e d a n e v i d e n t e m e n t e l a s z on a s m a r g i n a l e s , 15 % d et r a b a j a d o r e s d e l o s E s t a d o s U n i d o s , n e g r o s e i n m i g r a n t e s ; q u e d al a ca t eg o r í a d e l a s p erso n a s d e ed a d ; q u ed a , a e s ca l a m u n d i a l , e lt ercer m u n d o . E l ca p i t a l i sm o sa t i s f a ce c i er t a s n eces i d a d es p r i m a r i a s y sa t i s f a ce , a d em á s , c i er t a s n eces i d a d es q u e é l h a crea d oa r t i f i c i a l m e n t e : p o r e j e m p l o l a d e l a u t o m ó v i l . E s t a s i t u a c i ó n m el l ev ó a rev i sa r m i " t eo r í a d e l a s n eces i d a d es" , a q u e l l a s y a n oes t á n , en u n a s i t u a c i ó n d e ca p i t a l i sm o a v a n za d o , en o p o s i c i ó ns i s t em á t i ca co n e l s i s t em a , a l co n t ra r i o , s e co n \ d er t e p a r c i a l m e n t e , e n s u s m a n o s , e n u n i n s t r u m e n t o d e i n t e g r a c i ó n d e lp ro l e t a r i a d o en c i er t o s p ro ceso s en g en d ra d o s y d i r i g i d o s p o r l ag a n a n c i a . E l o b rero s e a g o t a t ra b a j a n d o p a ra p ro d u c i r e l a u t o m ó v i l y p a ra g a n a r co n q u é co m p ra r e l a u t o m ó v i l ; e s t a a d q u i s i c i ó n l e d a l a i m p res i ó n d e h a b er sa t i s f ech o u n a "n eces i d a d " . E ls i s t em a q u e l o ex p l o t a l e d a a l m i sm o t i em p o u n m o d e l o y l ap o s i b i l i d a d d e sa t i s f a cer l o . La co n c i en c i a d e l ca rá c t er i n t o l era b l ed e l s i s t em a d eb e p u es s er b u sca d a n o m á s en l a i m p o s i b i l i d a d d e

sa t i s f a cer n eces i d a d es e l em en t a l e s s i n o , a n t e t o d o , en l a co n c i en cia de la alienación, e s d ec i r d e l h e ch o d e q u e esta vida no v a l el a p en a s er v i v i d a y q u e n o t i en e s en t i d o , q u e e s t e m eca n i sm oe s u n m e c a n i s m o e n g a ñ a d o r , q u e e s t a s n e c e s i d a d e s s o n c r e a d a sa r t i f i c i a l m en t e , q u e so n f a l sa s , q u e a g o t a n y só l o s i rv en a l a sg a n a n c i a s . P ero u n i f i ca r l a c l a se a p a r t i r d e e s t e p u n t o d e v i s t aes t o d a v í a m á s d i f í c i l , p o r e so n o e s t o y d e a cu erd o co n n i n g u n ad e e sa s v i s i o n es o p t i m i s t a s su sc i t a d a s p o r l o s p a r t i d o s co m u n i s

t a s o p o r l o s m o v i m i en t o s d e i zq u i erd a ; q u i en es p a recen creerq u e e l ca p i t a l i sm o e s t á a h o ra en l a s ú l t i m a s . S u s m ed i o s d eco n t ro l so b re l a s c l a se s so n t o d a v í a p o d ero so s y s e en cu en t ra b i en



Masas, espontaneidad, partido 2Ó7

revo lu c ion ar io , e so ex ige u n largo y . p ac ien te t rab ajo d e con s t ru cc ión d e la con c ien c ia .

— No obstante, en mayo, esa unificación apareció inmediata yevidente.

— A b s o l u t a m e n t e e v i d e n t e . E s u n o d e l o s r a r o s c a s o s e n q u ecada uno v io en la lucha de la fábr ica de la esquina e l modelod e su p rop ia lu ch a . U n f en ómen o d e l mismo ord en se h ab ía p ro d u c id o en 1936 , p ero en ton ces la s in s t i tu c ion es ob reras ju garonu n p a p e l d e t e r m i n a n t e . E l m o v i m i e n t o s e d e s e n c a d e n ó c u a n d osoc ia l i s ta s y comu n is ta s e s tab an ya en e l p od er , o frec ien d o , en

c ier ta med id a , u n mod e lo q u e p ermi t ió a la c la se u n a ráp id a tomade concienc ia , la fus ión en grupo y la unif icac ión .

E n mayo , n o so lamen te p ar t id os y s in d ica tos n o e s tab an en e lp od er , s in o q u e se en con trab an mu y l e jo s d e ju gar u n p ap e l comparable . E l e lemento que unif icó la lucha es a lgo que , en mi opi n i ó n , v i en e d e l e jo s ; e s u n a id ea q u e n os v i en e d e V ie tn am y q u el o s e s t u d i a n t e s h a n e x p r e s a d o m e d i a n t e l a f ó r m u l a : "La imaginación al poder". E n o tros t érm in o s e l camp o d e lo p os ib le e s m u ch omás vas to q u e lo q u e la s c la se s d omin an tes n os h an h a , v iu ad o a

creer . ¿Q u ién h u b iera cre íd o q u e ca torce mi l lon es d e camp es in ospodrían dar la cara a la mayor potenc ia industr ia l y mi l i tar de lm u n d o ? Y s i n e m b a r g o e s o h a s u c e d i d o . E l V i e t n a m n o s h a e n señ ad o q u e e l cam p o d e lo p os ib le e s in m en so , q u e n o h ay q u eres ignarse . Es es to lo que ha s ido la pa lanca de la revuel ta es tud ian t i l , y lo s ob reros lo h an comp ren d id o . E n la man i fe s tac ióncom ú n d e l 13 d e m ay o e s ta id ea se h izo sú b i tam en te d om in an te ." S i a l g u n o s m i l e s d e j ó v e n e s o c u p a n l a s u n i v e r s i d a d e s y t i e n e nen jaq u e a l gob iern o ¿p or q u é n o p od r íamos h acer lo n oso trostamb ién ?" . F u e a s í q u e a p ar t i r d e l 13 d e mayo y s igu ien d o u nmod e lo q u e , en e se momen to , l e s ven ía d e l ex ter ior , l o s ob rerosse d ec lararon en h u e lga y ocu p aron la s fáb r icas . E l e l emen to q u elo s mov i l i zó y lo s u n i f i có n o fu e u n a p la ta forma re iv in d ica t iva ;é s ta v in o in med ia tamen te d esp u és , p ara ju s t i f i car la h u e lga , yc i er to s mot ivos n o fa l tab an . P ero e s in tere san te n o tar q u e la sre iv in d icac ion es v in ieron d esp u és , cu an d o la s fáb r icas ya h ab íans ido ocupadas .

— ¿No parece entonces haber, en los orígenes de mayo, ningún



20 8 Francia

elemento inmediatam ente material, ninguna contradicción estructural particularmente explosiva?

E l o t o ñ o p r e c e d e n t e a l g o p r o v o c ó u n d e s c o n t e n t o g e n e r a l e n t re l o s t rabaj ador es : l a s med i da s reacc i onar i as de l gob i erno en imat er i a de s egur i dad s oc i a l . Es as medi das go l pearon a t oda l apob l ac i ón labor i os a , cua l q u i er a f ue s e s u depen den c i a . L os s ind i - 'catos , s ea porque f ueron t omados de s orpres a , s ea porque no qu i - 's i e r o n c o m p r o m e t e r s e d e m a s i a d o t i e m p o a n t e s , n o l o g r a r o n o p o - 'ners e ; hubo , s i recuerdo b i en , un d í a de hue l ga genera l y l a s cos asq u e d a r o n a l l í . P e r o u n d e s c o n t e n t o p r o f u n d o e i n e x p r e s a d o s u b s i s t ió : é l e s t a l l ó de nuevo , con f uerza , durant e l a s as ambl eas dem a y o . H o y e x i s t e u n n u e v o e l e m e n t o p o s i b l e d e u n i f i c a c i ó n ;es e l carác t er abs o l ut ament e vano que e l a l za de l os prec i os y

l uego l a deva l uac i ón han dado a l o s aument os de s a l ar i os arrancados ent onces . Pero no e s f ác i l s aber de ant emano s i y cuandoe s o s e l e m e n t o s u n i t a r i o s d e d e s c o n t e n t o l l e v a r á n a u n a r e v u e l t acomún . En mayo , por e l cont rar i o , e s a revue l t a t uvo l ugar y ,s egún yo , e l de t onador no f ue t ant o que l os t rabaj adores t omaranconc i enc i a de l a exp l o t ac i ón , s i no que t omaran conc i enc i a desus propias fuerzas y de sus propias pos ibi l idades .

— Sin ernbargo, esa revuelta de mayo jue un fracaso y ha sidoseguida por una victoria de la reacción. ¿Es que no tenía en ella

los elementos susceptibles de llevar h asta su término la revolución, o acaso le faltó una dirección política?—Le f a l t ó una d i recc i ón po l í t i ca , capaz de dar l e e s a d i mens i ón

po l í t i ca y t eór i ca s i n l a cua l e l mov i mi ent o s ó l o pod í a t ermi narext i ngu i éndos e , como ha s uced i do . Le f a l t ó un part i do capaz dea s u m i r e n t e r a m e n t e e l m o v i m i e n t o y s u s p o t e n c i a l i d a d e s . E nef ec t o ¿cómo una es t ruct ura i ns t i t uc i ona l i zada como l o s on t odosl os par t i dos comuni s t as , podr í a poners e a d i s pos i c i ón de unacos a que l a t oma de i mprov i s o? ¿Cómo podr í a encont rar en s í

mi s ma l a d i s poni b i l i dad neces ar i a para reacc i onar no con un"t ra t emos de s acar l as cas t añas de l f uego" s i no d i c i endo "es l area l i dad y as í debo as umi r l a , e s f orzándome para aport ar l e unagenera l i zac i ón t eór i ca y prác t i ca para hacer l a crecer y l l evar l amás ade l ant e"? Por o t ra par t e , un part i do comuni s t a i ncapaz deadoptar es ta act i tud se torna en lo que es en la práct ica , desdehace ve i n t i c i nco años , e l par t i do comuni s t a f rancés : un f reno a



M asas, espontaneidad, pariido 209

t o d a t e n t a t i v a r e v o l u c i o n a r i a e n F r a n c i a . T o d o l o q u e n o p r o v i e n e e x c l u s i v a m e n t e d e é l , l o n i e g a o l o s u p r i m e .

— Entonces, criticando los partidos comu nistas tales como son,¿afirma usted la necesidad de un mom ento de u n i f i c a c i ó n y deorganización del mov imiento?

— C i e r t a m e n t e , y a l l í r e s i d e e l p r o b l e m a . E s t a m o s e n p r e s e n c i ad e u n a r e a c c i ó n , d e u n p o d e r c a p i t a l i s t a f u e r t e y c o m p l e j o , r i c oe n u n a c a p a c i d a d d e r e p r e s i ó n y d e i n t e g r a c i ó n . L o q u e e x i g eu n a c o n t r a - o r g a n i z a c i ó n d e l a c l a s e ; e l p r o b l e m a e s s a b e r c ó m oi m p e d i r q u e e s a c o n t r a - o r g a n i z a c i ó n s e d e t e r i o r e c o n v i r t i é n d o s ee n u n a " i n s t i t u c i ó n " .

— Estamo s de acuerdo. Pero es interesante notar que la necesidad de una organización política de la clase parece contradecir

una previsión de M arx, según la cual, con el crecimiento del capitalismo, el proletariado se expresaría inmediatame nte en unmovim iento revolucionario, sin el socorro de una med iación política. En el origen de esta tesis estaba la convicción de que unacrisis del capitalismo tendría lugar a breve plazo, y que crecíanen su seno exigencias incompatibles con el sistema — por ejem,-plo, el desarrollo de Las fuerzas productivas entraría en contradicción con el mec anismo de desarrollo capitalista— . M ás tarde,

Lenin veía en la socialización de la propiedad un elemento susceptible, en cierta medida, de preparar un vuelco en la gestiónsocialista, una vez roto el aparato del Estado burgués. Hoy noses mu y necesario reconocer la insuficiencia de- esas tesis. En prime r lugar, las fuerzas produ ctivas no entran directamente encontradicción con el sistema, porque ellas no representan algoneutro y objetivo sino que son un producto de aquel, porqueestán alineados sobre sus prioridades, porque llevan su marca...

— S í , e s a s f u e r z a s n o e s t á n n e c e s a r i a m e n t e d e s t i n a d a s a a f r o n t a r s e , s o n p r o d u c i d a s p o r e s e t i p o d e d e s a r r o l l o c o m o l o d e m u e s t r a n — p o r e j e m p l o — l a s e l e c c i ó n e s p a c i a l e n e l d o m i n i o c i e n t í f ico . Y e n c u a n t o a l a s o c i a l i z a c i ó n d e l a p r o p i e d a d , a u n q u e s e ai n c o r r e c t o h a b l a r a q u í d e " c l a s e " , h a y q u e r e c o n o c e r q u e e l l ah a e n g e n d r a d o l a b u r o c r a c i a y u n a c i e r t a t e c n o c r a c i a a l a s c u a l e sh a d a d o e l p o d e r t e m i b l e d e c o n t r o l a r l a s m a s a s y d e i n t e g r a r l a se n u n a s o c i e d a d a u t o r i t a r i a .

-^En suma , el pasaje del capitalismo al socialismo no presenta



210 Francia

ios mismo s caracteres qué el del feudalismo a la hurguesia. Lasrelaciones de -producción capitalista sé habían formado progresivamente en el interior de la sociedad feudal, tanto que ésta,cuando se desplomó, no constituía más que la envoltura vacía deuna realidad estructural diferente, ya madu ra en su seno. Eso eslo que no puede sucederle al proletariado, este último no puede,en el interior del capitalismo, expresarse a través de embrionesde organ ización socialista.

— N i d esd e e l p u n t o d e v i s t a d e l a e s t ru c t u ra d e l a s re l a c i o n es

d e p ro d u cc i ó n , n i d esd e e l p u n t o d e v i s t a d e l a s i d ea s . D esp u ésd e l R en a c i m i en t o , l a cu l t u ra y a n o era f eu d a l s i n o b u rg u esa ;n u ev o s g ru p o s so c i a l e s , co m o l a n o b l eza d e t o g a , e ra n b u rg u eses .Ese p ro ceso a co m p a ñ ó y p rece d i ó a l a i n s t a u ra c i ó n d e re l a c i o n esd e p ro d u cc i ó n ca p i t a l i s t a s . La g es t a c i ó n d e l a b u rg u es í a d u rós i g l o s y s e ex p resó co m o u n a a l t ern a t i v a presente e n l a so c i ed a dp reced en t e . Eso n o p u ed e rep ro d u c i r se p a ra e l p ro l e t a r i a d o — n is i q u i era d esd e e l p u n t o d e v i s t a d e l a cu l t u ra — . P o rq u e e l p ro

l e tar iado no posee una cu l tura que l e sea propia : o u t i l i za lo se l em en t o s d e l a cu l t u ra b u rg u esa , o ex p resa u n rech a zo t o t a l d ecu a l q u i er cu l t u ra , l o q u e e s u n a m a n era d e a f i rm a r l a i n ex i s t en c i a d e l a p ro p i a . S e o b j e t a s i n em b a rg o q u e e l p ro l e t a r i a d o p o seeu n a "e sca l a d e v a l o res" q u e l e e s p ro p i a . P o r c i er t o , q u er i en d o l arev o l u c i ó n , q u i ere a l g o d i f eren t e d e l o q u e e s . P ero y o d esco n f í od e e x p r e s i o n e s c o m o " e s c a l a d e v a l o r e s " , q u e p u e d e n f á c i l m e n t ev o l v erse en su co n t ra . Es t a d i f i cu l t a d d e u n a co n t ra - cu l t u ra t i en eu n a ex p res i ó n t í p i ca en l a reb e l i ó n e s t u d i a n t i l : u n rech a zo q u e ,por fa l ta de un a e labor ac ión part i cu lar , t erm ina por ad m it i r ,a u n q u e s ea m a rcá n d o l a s co n e l s i g n o o p u es t o , u n a s er i e d e i d eo l o g í a s d e l a d v ersa r i o ( s i m p l i f i ca c i ó n co n cep t u a l , e s q u em a t i s m o ,v i o l e n c i a , e t c . ) .

— Entonces la revolución anticapitalista está, al mismo tiempo,mad ura e inmadu ra. El antagonismo de clase produce la con tradicción, pero n o tiene, por sí mism o, el poder de producir laalternativa. No obstante, para no reducir la revolución a un puro

' voluntarismo, a una pura subjetividad, o, en sentido inverso,para no recaer en el evolucionismo, ¿sobre qué bases precisas



Masas, espontaneidad, pariido 211

En una palabra, sobre la reconstrucción de la persona y de la

libertad-necesidad tan presente que ni siquiera las técnicas dointegración más refinadas pueden dejar de tener en cuenta. Todn

la hum an engineering es tá fund ada sobre la idea de que el patrón

debe comportarse con su subordinado como si este último fuera

su igual, porque —esto está implícito— ningún hombre puede

renunciar a ese derecho de igualdad. Y el obrero que cae en la

trampa de las "relaciones humanas" del paternalismo, es vícti

m a de ella, en la medid a en que querría una igualdad efect iva.

— Es verdad, pero entonces ¿cómo demostrar que las nuevas

necesidades son producidas por el capitalismo avanzado y noconstituyen simplemente los "residuos" de un "humanismo" de

la sociedad precapitalista? Habrá que busca r ajiizá la respuesta,precisamente en las contradicciones inherentes al desarrollo del

capital, que exige al mismo tiempo —por ejemplo— una parcelización del trabajo y una formación cultural más vasta que lo

que pediría el papel que el trabajador está llamado a jugar, el

desarrollo cuantitativo y cualitativo de la instrucción ¡j una insuficiencia de mercados sociales, un aumento de las exigencias y la

imposibilidad de satisfacerlas —en una palabra, una frustraciónpermanente de esa fuerza productiva que es el hombre.

—Es que el desarrollo del capital acrece la proietarización.

Y no en el sentido de la pauperización absoluta, sino por la degra

dación constante de las relaciones entre las nuevas necesidades

y los pap ele s jugados por los trabajadores , degradación produc ida

no por la crisis sino por el desarrollo.

— La organización política revolucionaria de la clase comporta,entonces, la elaboración de una alternativa. Nos parece que ese

problema ha sido subestimado durante mayo. Los oue habíantomado una posición de inspiración en la línea de Marcuse, o

espontaneístas a la manera de Cohn-B endit, acentuaron exclusivamente la negación: al hacerlo ni siquiera llegaron a asegurarla prosecución de la lucha, porque en una sociedad compleja y

evolucionada, la mayor parte de los hombres no puede plantearseel problema del "después". Aunqu e oprimida y alienada, la clasetrabajadora goza en concreto de medios de subsistencia, lo que

le obliga a preguntarse cómo podrá preservarlos y por qué se

reemplazará lo que se destruye.



212 Francia

Por otra parte, los que tomaban las posiciones — opuestas a lasde Cohn-Ben dit— de un Touraine o de un Mallet, por ejemplo,no veian la necesidad de proponer una alternativa porque, segúnellos, el desarrollo de las fuerzas productivas y la maduraciónsubjetiva de las masas hubieran hecho inmediatamente posibleuna autoorganización y una autosugestión de la sociedad. Estotambién nos parece inexacto, puesto que si es verdad que eldesarro llo del capitalismo ma dura la posibilidad de la revolución ,creando nuevas necesidades y nuevas fuerzas, también es verdadque aquellas reflejan el sistema que las produce. Por eso la brusca ruptura del mecanismo arrastra necesariamen te una caída dela produ cción: es ilusorio creer qu e el socialismo es el sistemaprodu ctivo hered ado del capitalismo pero auiodirigido. Se tratani más ni menos que de un sistema distintam.ente agenciado, enun contexto nacional e internacional que actúa y reactúa sobre él.Se debe concluir en la necesidad de un proyecto de transición,de construcción de la alternativa, de un "proyecto" revolucionario que sea una idea de la sociedad nueva. Se vuelve entoncesal problem a de la unificación, al de la anticipación política, aldel Partido.

— Q u e u n a t e o r í a d e l p a sa j e a l so c i a l i sm o se a n e c e sa r i a e sc i e r t o . A d m i t a m o s q u e e n F r a n c i a o e n I t a l i a l a s i t u a c i ó n s e

ace lera y l l eva a la toma de l poder . ¿Qué ideas se t i enen sobrel a f o r m a e n q u e u n p a í s f u e r t e m e n t e i n d u s t r i a l i z a d o p u e d e r e c o n s t r u i r se e c o n ó m i c a m e n t e so b r e u n a b a se so c i a l i s t a , su f r i e n d oe l b o i c o t e x t e r i o r , l a c a í d a i n m e d i a t a d e l a m o n e d a , e l b l o q u e od e l a s e x p o r t a c i o n e s? La U . R . S . S . s e e n c o n t r ó e n u n a s i t u a c i ó np a r e c i d a d e sp u é s d e l a r e v o l u c i ó n . A p e sa r d e l o s sa c r i f i c i o s t e r r i b l e s y l o s g a s t o s e n o r m e s q u e l e h a b í a i m p u e s t o l a g u e r r a c i v i l ,a p e sa r d e l e n c e r r a m i e n t o p o l í t i c o y e c o n ó m i c o q u e l a a h o g a b a ,l o s p r o b l e m a s q u e t u v o q u e r e s o l v e r e r a n m e n o s c o m p l e j o s q u e

l o s q u e s e p l a n t e a r í a n h o y d í a a u n a so c i e d a d a v a n z a d a . D e sd ee s t e p u n t o d e v i s t a n i n g u n o d e n o so t r o s — y p o r e m p e z a r l o s p a r t i d o s c o m u n i s t a s— e s t á p r e p a r a d o . U s t e d h a b l a d e l a n e c e s i d a dd e u n a p e r sp e c t i v a p o l í t i c a d e t r a n s i c i ó n . S e a . ¿ P e r o q u i é n , e n t r el o s p a r t i d o s c o m u n i s t a s , h a e l a b o r a d o u n a t e o r í a d e l p a sa j e r e v o l u c i o n a r i o e n u n p a í s d e c a p i t a l i sm o a v a n z a d o y n o a u t á r q u i c o ?

— Después de los años 20 el problema del pasaje al socialismo



Ma sas, espontaneidad, partido 213

nunca fue puesto a la orden del día por los partidos com unistas,

en los países de capitalismo avanzado .

— J u s t a m e n t e . S o b r e t o d o n u n c a d e s p u é s d e l a g u e r r a y l o s

a c u e r d o s d e Y a l t a . N o s e h a r e f l e x i o n a d o , p u e s , v e r d a d e r a m e n t e ,s o br e l a a l t e r na t i v a . Y e s e he c ho no e s s e c unda r i o s i s e qu i e r ec o m p r e n d e r e n q u é s e h a n t r a n s f o r m a d o l o s p a r t i d o s c o m u n i s t a s .E n e l l i b r o d e A n n i e K r i e g e l L o s com unistas franceses, e l ju i c ios o br e e l pa r t i do c o m uni s ta f r a nc é s e s e n c o njunto s e v e r o ; pe r olo que queda impl íc i to e s que , a pesar de todos los errores y deto do s l o s de fe c to s que A nni e Kr i e g e l e num e r a , e l Pa r t i do , pa r ae l l a , c o ns t i tuy e e n s í m i s m o , ha c i e ndo a bs tr a c c i ó n de s u po l í t i c a ,una a l t e r na t i v a o m e jo r a ún: l a a l t e r na t i v a pr o l e ta r i a a l a s o c i e da d c a p i ta l i s ta e n F r a nc i a . E s te r a z o na m i e nto c a r e c e po r c o m p l e t o d e s e n t i d o . E n e l m o m e n t o m i s m o e n q u e l o g r a m o s p o ne r no s de a c ue r do pa r a a f i r m a r l a ne c e s i da d de o r g a n i z a c i ó npo l í t i c a de l a c l a s e , de be m o s i g ua l m e nte da r no s c ue nta de l ac o m pl e ta i na d e c ua c i ó n de l a s i n s t i t uc i o ne s h i s tó ri c a s de l Pa r t i do c o m uni s ta pa r a l a s ta r e a s que pr e te nde m o s a s i g na r l e s . D e c í a m o s h a c e u n i n s t a n t e q u e , s i n u n m o m e n t o d e u n i f i c a c i ó n d el a l uc ha , una m e d i a c i ó n c u l tur a l y una r e s pue s ta po s i t i v a , no s e

pue de i r m á s a l l á de l a r e v ue l ta , y l a r e v ue l ta s i e m pr e e s v e nc i dapo l í t i c a m e nte . Se a . Pe r o e s o no c a m bi a na da a l he c ho de que unpa r t i do i ns t i tuc i o na l i z a do no e s tá e n c o nd i c i o ne s de ha c e r func i o ne s de m e d i a do r e n tr e c u l tur a y l uc ha s , po r que l o pe ns a doe s a ún c o nfus o , no s i s t e m a t i z a do , pe r o verdadero e n ta n to qu er e f l e jo de l a e x pe r i e nc i a , e n l a s m a s a s , y e s to ta l m e nte de s na tu r a l i z a do una v e z t r a duc i do po r l o s m e c a n i s m o s i de o l ó g i c o s de lpa r t i do , pr e s e nta ndo una r e l a c i ó n to ta l m e nte d i f e r e nte c o n l o

q u e l l a m a m o s c u l t u r a . P a r a q u e e l e s q u e m a q u e u s t e d e s p r o po ne n pue da func i o na r , s e r í a ne c e s a r i o que e l Pa r t i do e s tuv i e r ape r pe tua m e nte e n c o nd i c i o ne s de l uc ha r c o ntr a s u pr o p i a i ns t i tuc i o na l i da d . S i n e s o , t o do e l r a z o na m i e nto r e s u l ta fa l s e a do . S i e laparato cul tura l de los par t idos comunis tas e s cas i nulo , no e spo r que l e fa l t e n i n te l e c tua l e s de v a l o r , s i no po r que e l m o do dee x i s t e nc i a de l o s pa r t i do s pa r a l i z a s u e s fue r z o c o l e c t i v o de pe ns a m i e n t o . A c c i ó n y p e n s a m i e n t o n o s o n s e p a r a b l e s d e l a o r g a n i z a

c i ó n; s e p i e ns a s e g ún uno e s tá e s t r uc tur a do , s e a c túa s e g ún uno



ál4 Francia

es tá organizado . E s por e s ta razón que e l pensamiento de l o s

p a r t i d o s c o m u n i s t a s h a i d o d o s i f i c á n d o s e .— Los partidos comunistas, históricamente, se constituyeron a

través de la Tercera Internacional, mediante los acontecim ientospolíticos e ideológicos de la Un ión Soviética y del cam po socialista. Con stituyen realidades que han actuado sobre la forma ciónde la clase, que han provocado maneras de ser, ideologías, desplazamientos de fuerzas. Hoy, sin embargo, estamos en presenciade un movim iento de clase que, por primera vez en Europa,tiende a situarse en una relación dialéctica con los partidos comunistas, identificándose con ellos sólo parcialmen te. Ese pensamiento pesa sobre ellas, y está llamado sea a rechazarlos, sea amodificarlos. La hipótesis de que pueda simplem ente ser absorbido por ellos no nos parece conceb ible: el ejemplo de los estudiantes lo dem uestra. En los dos casos se plantea el problem ade una nueva manera de ser del Partido, o bien a través de la

crisis y la renovac ión de los partidos existentes, o bien a travésde una nueva formac ión de la expresión política unitaria de laclase. ¿Es posible esta nueva manera de ser? ¿Un partido estácondenado a institucionalizarse progresivam ente y a desprenderse del movim iento que le ha dado nacimiento, como lo indicaba usted al principio, o puede concebirse una organización quesea capaz de luchar continuamente contra las limitaciones, laesclerosis y la institucionalización que la amenazan desde el

interior?— A ú n r e c o n o c i e n d o l a n e c e s i d a d d e u n a o r g a n i z a c i ó n , c o n f i e so que no veo cómo podr ían reso lverse l o s problemas que s ep lantean a toda es tructura es tab i l i zada .

— Para resum ir lo que usted acaba de afirmar, el partido político debería pues asegurar el vuelo y la autonom ía de las luchasde masa en lugar de frenarlas: debería asegurar tamb ién eldesarrollo de una anticultura y debería en fin saber oponer una

respuesta global, sintética, al tipo de racionalidad y las relacionessociales sobre las cuales reposa la sociedad. Esas son, parece, lastareas e specíficas del Partido, en la medida en que, por su carác




• — De acuerdo.:Para salir de esoy se pueden adelantar algunas

hipótesis. Ante todo, el partido revoluciona rio, para escapar a la

institucionalización, debe considerarse como estando permanentemente al servicio de una lucha que tiene sits mom entos pro

pios , sus niveles políticos autón omo s. Esto implica la superación

del modelo leninista o bolchevique de partido —d esde sus oríge

nes hasta los frentes populares— según el cual habría una sepa

ración constante entre el mom ento puramente reivindicativo de

la lucha de masas y el mom ento político, propio solamente del

Partido. En la historia, esta superación no ha sido bosquejada

sino en los Soviets. Corresponde a un modelo de revolución so

cial y no solam ente política una revolución en la que el poder

sería tomad o por los soviets y no por el Partido. Adem ás, el

movimiento revolucionario debe superar una insuficiencia del

leninismo: la teoría de la revolución ha sido hasta aquí una

teoría de la toma del poder más que una teoría d e la sociedad .

De ello resulta la incapacida d de los partidos comu nistas para

analizar las sociedades capitalistas avanza das, y para prefigurar

los fines que debe lograr la revolución: en otros íér min os, la

incapacidad de comprender las nuevas necesidades expresadas

por el mo vimiento y de decir cóm o satisfacerlas. (Es lo que

sucedió con los estudiantes: no se comp rendieron ni se resolvie

ron los problemas que ellos plantean sobre el papel de la educa

ción, sobre su relación con la sociedad, sobre las forma s y con

tenidos de un saber no autoritario.) En tercer térm ino, hay que

conducir una investigación permanente a fin de que la teoría

esté ,en medida de asumir los datos del movimiento. Una orga

nización política de la clase que se quiere marx ista, no reflexio

na solamen te a posteriori ; interpreta la experiencia a través

de una metodología, una reja — las categorías del capital , de la

clase , del imperialismo , etc.— . Entonces, en la medida en quela relación entre el partido y la clase perma nece abierta — aper

tura que es la única capa z de imped ir a la vez el particularismo

de una experiencia fragm entaria y la institucionalización del

mom ento político unificador—, es necesario encontrar una solu

ción a esos tres problem as.

— E s t o y d e a c u e r d o , a c o n d i c i ó n d e q u e e s t a d i a l é c t i c a s e m a n i f i e s t e c o m o u n d o b l e p o d e r , y q u e n o s e p r e t e n d a r e s o l v e r l a



216 Francia

e n el i n t e r i o r del m o m e n t o p o l í ti c o . Y, aún, así, n u m e r o s o s sonl o s p r o b l e m a s que aún q u e d a n por r e s o l v e r . U s t e d h a b l a de una" r ej a" m e t o d o l ó g i c a , t e ó r ic a , d a d a en c i e r t o m o d o a priori y at r a v é s de la c u a l i n t e r p r e t a r la e x p e r i e n c i a . P e r o el c o n c e p t o de

" c a p i t a l " ¿no s i g u e s i e n d o una n o c i ó n p o b r e y a b s t r a c t a si no ser e e l a b o r a , en t o d o m o m e n t o , el a n á l i s i s del c a p i t a l i sm o m o d e r n oa t r a v é s de una b ú s q u e d a y una d i s c u s ió n p e r m a n e n t e s de losr e s u l t a d o s de la b ú s q u e d a y de la l u c h a ? El p e n s a m i e n t o verdadero es c i e r t a m e n t e uno, p e r o su u n i d a d es d i a l é c t i c a , es unar e a l i d a d v i v a en f o r m a c i ó n . Es n e c e s a r i o que sea c o n s t r u i d a unar e l a c i ó n e n t r e los h o m b r e s que g a r a n t i c e no s o l a m e n t e la libertad s ino la l i b e r t a d revolucionaria del p e n s a m i e n t o ; que les perm i t a a p r o p i a r s e e n t e r a m e n t e del s a b e r y c r i t i c a r l o . Es así, por lod e m á s , c o m o el s a b e r ha p r o c e d i d o s i e m p r e , p e r o n u n c a ha proc e d i d o así el " m a r x i s m o " de los p a r t i d o s c o m u n i s t a s . P a r a a cr ec e n t a r la c u l t u r a c r e a d o r a de sus m i e m b r o s y permit i r l es adquir iru n m á x i m o de c o n o c i m i e n t o s v e r d a d e r o s , es n e c e s a r i o que el.P a r t i d o —la o r g a n i z a c i ó n p o l í t i c a de la c l a s e — , les g a r a n t i c e lap o s i b i l i d a d de i n v e n t a r y de c o n t r a d e c i rs e m u t u a l m e n t e , en lugard e p r e s e n t a r s e c o m o a d m i n i s t r a d o r de un sa b e r a d q u i r i d o . Si sem i r a al e x t e r i o r , el d e b a t e s o b r e el m a r x i s m o n u n c a ha s ido tanr i c o c o m o a h o r a p o r q u e , so b r e t o d o d e sp u é s de que el monol i -t i s m o se ha r o t o y se ha p l a n t e a d o el p r o b l e m a de la d ivers idadd e l so c i a l i sm o , e x i s t e una p l u r a l i d a d de i n v e s t i g a c i o n e s m a r x i s t a s y de d e s a c u e r d o s a b i e r t o s e n t r e e l l o s .

—Pero se trata de un desacuerdo sobre la exégesis de los

textos sagrados, de una querella de interpretaciones más que de

una renovación de inventiva, de interpretación creadora de la

realidad.

— E s o n o es del t o d o v e r d a d e r o . C i e r t a m e n t e , la d i scus ión sobrel o s t e x t o s es d o m i n a n t e . P e r o t o m e m o s el e j e m p l o de A l t h u s s e r :

é l no r e a l i z a una s i m p l e e x é g e s i s . Se e n c u e n t r a en él una teoríad e l c o n c e p t o , del s a b o r t e ó r i c o a u t ó n o m o , del e s t u d i o de lasc o n t r a d i c c i o n e s a p a r t i r de la c o n t r a d i cc i ó n d o m i n a n t e , la " sobre -d e t e r m i n a c i ó n " . E s a s son i n v e s t i g a c i o n e s o r i g i n a l e s , que no p u e d e n ser d i s c u t i d a s sin una e l a b o r a c i ó n t e ó r ic a n u e v a . P e r s o n a l m e n t e , p a r a o p o n e r m e a A l t h u s s e r , yo me vi o b l i g a d o a r e v e r laidea de " n o c i ó n " y sa c a r de a l l í una s e r i e de c o n s e c u e n c i a s . Se



M asas , e sp on tan e ida d , part ido 217

p u ed e d ec i r l o mis mo s ob re e l con cep t o d e " e s t ru c t u ra" in t ro d u c id o p or Lév i -S t rau s s y q u e c i er t os marx i s t as h an t ra t ad o , conmayor o men or f e l i c id ad , d e u t i l i zar . En o t ros t érmin os , u n ad i s cu s ión au t én t i ca ex ig e s i em p re u n e s f u e rzo y con d u ce a resu l tados t eór icos nuevos . Cada vez que se qu ier^e que haya inves t igac ión , e s n ece s ar io p on er en s u lu gar u n a e s t ru c t u ra q u egaran t i ce l a d i s cu s ión , s in l o cu a l h a s t a e l m od e lo t eór i co q u e laorgan izac ión p o l í t i ca q u i s i e ra op on er a l a exp er i en c ia d e l a c la s ep e r m a n e c e in o p e r a n t e . E s t a e s u n a c o n t r a d i c c i ó n p e r m a n e n t e d e lp ar t id o : en lo s h ech os u n a l imi t ac ión d e t od os l o s p ar t id os co m u n i s t a s . I g u a l m e n t e c o m p l e j a e s l a h i p ó t e s i s d e u n a r e l a c i ó n" ab ier t a" en t re u n a organ izac ión p o l í t i ca u n i t ar ia d e l a c la s e , e l

P ar t id o , y e l momen t o d e au t ogob iern o d e la s mas as , con s e j os os ov ie t s . N o d eb emos o lv id ar q u e cu an d o e s t o h a s id o in t en t ad o ,en la R u s ia p os t - r evo lu c ion ar ia , l a s organ izac ion es u n i t ar ias d el a s m a s a s d e s a p a r e c i e r o n r á p i d a m e n t e , y q u e n o q u e d ó s i n o e lP a r t i d o . F u e u n p r o c e s o d i a l é c t i c a m e n t e n e c e s a r i o q u e , e n l aU . R . S . S . , con d u j o a l P ar t id o a t omar e l p od er q u e , en lo s h ech os ,h u b ieran d eb id o t omar y con s ervar lo s s ov ie t s . Q u izá p od r ías u ced er d e o t ro mod o ac t u a lmen t e , p ero en lo s añ os d e en cerra

mien t o d e l a U . R . S . S . p or l o s p a í s e s cap i t a l i s t as , d e l a gu erra c iv i ly d e t err ib l e s r e s t r i cc ion es in t er iore s , e l p roces o q u e h a t ermi n ad o p or la d e s ap ar ic ión t o t a l d e l o s s ov ie t s ap arece como b as t an t e comp ren s ib l e . Es p or e l l o q u e h e l l egad o a e s cr ib i r q u e enla U . R . S . S . , más q u e d e u n a d ic t ad u ra d e l p ro le t ar iad o , e ra n e ce s ar io h ab lar d e u n a d ic t ad u ra para e l p ro le t ar ia d o , en e l s en t id o d e q u e e l P ar t id o as u mió la carga d e d es t ru ir l a b u rgu es íap or cu en t a d e l p ro le t ar iad o . P or o t ra p ar t e era in e lu c t ab le , p ara

la s u p erv iven c ia d e l a U . R . S . S . , q u e e l p ro le t ar iad o , como enc u a l q u i e r p a r t e d o n d e h a h a b i d o u n a r e v o l u c i ó n , s e v e a p e d i d oa ren u n c iar a l o q u e eran , an t e s d e l a r evo lu c ión , l o s ob j e t ivosm ás e s p ec í f i cos d e s u com b at e , e s d ec i r e l au m en t o d e s a lar ios yla d i s min u c ión d e l t i emp o d e t rab aj o . N o s e p od ía p roced er d eo t ra man era , p orq u e h u b iera s id o d i f í c i l a l o s t rab aj ad ores re n u n c iar e l l o s mis mos a e s os ob j e t ivos , aú n s i h u b ieran h ech o lae x p e r i e n c i a d e l a u t o g o b i e r n o e n s u s l u g a r e s d e t r a b a j o . E n f i n ,

p ara l l egar , a l o q u e s u ced e h oy , me p arece d i f í c i l q u e u n a organ izac ión d e s ov ie t s o d e con s e j os p u ed a crears e cu an d o ex i s t e



218 Francia

una fuerte articulación "histórica" de la clase, sindicato o par

t ido . En Francia hemos hecho la experiencia de los comités deacción. Estos se disolvieron rápidamente, no porque hayan sidoprohibidos sino porque los sindicatos retomaron las riendas ensus manos.

—Esta última contradicción no parece insuperable. Cada lucha

sindical, que comporta no solamente una negociación sobre el

salario, sino también una negociación sobre los ritmos de tra

bajo, horarios, la organización del trabajo y su control, prueba

la necesidad de formas de organización directas de los traba

jadores. Sin la asamblea unitaria de base,'autónoma y de un nivel

político elevado, una negociación de esta amplitud no puede ha

cerse. Es la lucha sindical quien obliga, pues, a redescubrir el

problema de las instituciones directas de la clase; es un hecho

de experiencia, no una invención intelectual. Por cierto, esas

nuevas formas chocan contra el conservadorismo y la burocracia.

Pero deben igualmente tener en cuenta ciertos límites aue les

son propios. Desde este punto de utsta, la experiencia italiana es

interesante: entre partido o sindicato y movimiento, la alterna

tiva no es siempre, como usted lo afirma, la del rechazo o la de la

correa de trasmisión. Estamos en presencia de una tensión social

que expresa sus propias formas y que, al mismo tiemvo, pesa

sobre las instituciones tradicionales de la clase, sin encontrar

equilibrios entre éstas o entre aquellas. En concreto, si los límites

del sindicato existen y son conocidos, las instituciones de demo

cracia directa también tienen sus límites: si, en general, ellas

funcionan perfectamente durante la agitación, como se produjo

también en la Fiat cuando las recientes luchas, corren el riesgo

de convertirse después, inconscientemente, en instrumentos de

separación entre un grupo y otro, una fábrica y otro. ii resultar

pues útiles al patronato. Y, en ese momento, el sindicato tradi

cional, con todos sus límites ¿no constituye una defensa contra

la fragilidad de las nuevas instituciones? En suma: el movimieji-

to aparece hoy más rico y más complejo que su expresión po

lítica.




a la org an iz ac ió n po l í t i ca - de la c lase , y los monientos_^ de autogob ierno , los consejos , lo s grupos de fus ión . Ins i s to sobre es tap a l a b r a : i r r e d u c t i b l e ; p o r q u e e n t r e a m b o s m o m e n t o s n o p u e d e

h a b e r s i n o u n a t e n s i ó n p e r m a n e n t e . E l P a r t i d o i n t e n t a r á s i e m p r e , e n l a m e d i d a e n q u e é l q u i e r e c o n s i d e r a r s e " a l s e r v i c i o " d e lm o v i m i e n t o , r e d u c i r l o a s u p r o p i o e s q u e m a d e i n t e r p r e t a c i ó n yd e d e s a r r o l l o ; l o s m o m e n t o s d e a u t o g o b i e r n o i n t e n t a r á n s i e m p r ep r o y e c t a r s u v i v i e n t e p a r c i a l i d a d s o b r e e l c o m p l e j o c o n t r a d i c tor io de l t e j ido soc ia l . En esa lucha , qu izá , puede mani fes tarsee l c o m i e n z o d e u n a t r a n s f o r m a c i ó n r e c í p r o c a q u e n o o b s t a n t e— s i d e b e p e r m a n e c e r r e v o l u c i o n a r i a — n o p u e d e n o i r e n e l s e n t ido de una d iso luc ión progres iva de lo po l í t i co en e l s eno de

una soc iedad que t i ende a un i f icarse pero también a ¿ .u togober -narse , e s dec ir a cumpl ir esa revo luc ión soc ia l que abo l irá , cone l E s t a d o , t o d o s l o s o t r o s m o m e n t o s e s p e c í f i c a m e n t e políticos.E n s u m a , u n a d i a l é c t i c a o r i e n t a d a d e m o d o d e c o n c e r n i r a l e s q u e m a p o l í t i c o d e M a r x . H a s t a a h o r a e s t o n o h a s u c e d i d o ; q u i z áe n la s o c i e d a d d e c a p i t a l i s m o a v a n z a d o l a s c o n d i c i o n e , , e m p i e z a na darse . Es , de todos modos , una h ipótes i s sobre la cuui h a y q u etrabajar . '

II Manifiesto, 4 de sep t iem bre de 1969 .Conversac ión entre J . -P . Sar tre y la d irecc iónd e l Manifestó registr ada e l 27 de ago sto de 1969,e n R o m a .



E L P U E B L O B R A S I L E Ñ O B A J OF J . F U E G O C R U Z A D O D E L O S B U R G U E S E S

N o se t r a t a p a r a n o so t r o s d e p e d i r j u s t i c i a p a r a l o s d e t e n i d o sq u e so n v i l m e n t e t o r t u r a d o s e n Br a s i l . S e t r a t a d e l o s c o m b a

t i e n t e s , y l o q u e d e b e m o s h a c e r e s a so c i a r n o s a su l u c h a . S e c r e ed e m a s i a d o a m e n u d o , e n e l c a so b r a s i l e ñ o , q u e só l o s e t r a t a d eu n s i m p l e a c c i d e n t e e n e l c a m i n o d e l a d e m o c r a c i a ; e n v e r d a de l p r o b l e m a e s m u y d i s t i n t o y l o q u e su c e d e a c t u a l m e n t e e nBr a s i l e s c o m o u n a i m a g e n d e u n d e s t i n o p o s i b l e y a ú n p r o b a b l ed e m u c h o s p a í s e s e u r o p e o s . D u r a n t e a ñ o s , e l p a r t id o c o m u n i s t ab r a s i l e ñ o h a j u g a d o l a c a r t a d e l p a t r o n a t o n a c i o n a l i s t a ; h a d i c h o :" H a c e f a l t a q u e l o s b u r g u e se s n a c i o n a l i s t a s q u e q u i e r e n , e n e lf o n d o , t e n e r u n a e c o n o m í a e n t e r a m e n t e a u t ó n o m a , s e a n s o s t e

n i d o s e n su e s f u e r z o p a r a o p o n e r se a l i m p e r i a l i sm o y l u e g o , d e s p u é s , v e r e m o s l a v u e l t a a l o s p r o b l e m a s d e l a l u c h a d e c l a se s" .E l d e r r u m b e d e l a b u r g u e s í a n a c i o n a l i s t a e n 1 9 6 4 e s u n a r e s puesta a es ta t écn ica y a es ta po l í t i ca . Dicho de o tro modo: nod e b e m o s c o n c e b i r q u e h a y , e n e l c a so d e l Br a s i l , p o r e j e m p l o , u n ab u e n a b u r g u e s í a q u e s e r í a n a c i o n a l i s t a y u n a m a l a q u e s e r í ac ó m p l i c e d e u n i m p e r i a l i s m o . N o h a y s i n o u n a s o l a b u r g u e s í ac u y a a c t i t u d v a r í a e n f u n c i ó n d e su s i n t e r e se s d e l m o m e n t o .

E l s e c t o r n a c i o n a l i s t a d e l a b u r g u e s í a b r a s i l e ñ a h a b í a t r a t a d o

d e a p o d e r a r se d e l m e r c a d o i n t e r i o r , su b s t i t u y e n d o c o n b i e n e s d ec o n su m o p r o d u c i d o s p o r su s e m p r e sa s a q u e l l o s q u e s e p o d í a ni m p o r t a r d e l e x t r a n j e r o . Lo s r e su l t a d o s d e e s t a p o l í t i c a f u e r o nq u e e sa b u r g u e s í a só l o p o d í a v i v i r d e l a p a u p e r i z a c i ó n c r e c i e n t ed e l Br a s i l y , e n e se s e n t i d o , e l l a h a p r e p a r a d o l a i n v a s i ó n i m p e r i a l i s t a d e l Br a s i l , h o y . En e f e c t o , h a y q u e sa b e r q u e e l l a s ev e í a o b l i g a d a a a l i a r se c o n l o s g r a n d e s f e u d a l e s d e l N o r d e s t e ,



222 Francia '

p r ob le ma e n d ar su go lp e d e e s t ad o c on la b e n d ic ión —y q u iz á

a l g o m á s — d e l o s E s t a d o s U n i d o s , p a r a a r r e g l a r s u c u e n t a , d eu n a ve z p or t od as , a la b u r g u e s ía n ac io n a l i s t a . Y , l o q u e e sn o t a b l e e s , q u e e s a b u r g u e s í a h a d e s a p a r e c i d o . E n e f e c t o , u n ad e l a s p r i m e r a s m e d i d a s d e l g o b i e r n o m i l i t a r f u e r e d u c i r e lc r é d i t o , y l a s e m p r e s a s n a c i o n a l e s s e v i e r o n o b l i g a d a s a v e n d e r s e o a a s o c i a r s e a l c a p i t a l i s m o e x t r a n j e r o . H u b o , p u e s , u n ar e c on c i l iac ión e n t r e la s d os r amas d e la b u r gu e s ía , l o q u e p r u e b ab ie n q u e e n e l f on d o s i e m p r e h a h ab id o só lo u n a , p e r o c on in

t e r e s e s f l u c t u a n t e s . D e s p u é s e l g o b i e r n o h a p r o m u l g a d o u n d e c r e t o d e g a r a n t í a d e l a s i n v e r s i o n e s e x t r a n j e r a s , a u t o r i z a n d o al a s e m p r e s a s e x t r a n j e r a s a f i j a r e l l a s m i s m a s , d e s p u é s d e c o n f l i c t o s o d e h u e lgas , e l mon t o d e lo s d añ os su f r id os , y a d e man d ara l g o b i e r n o b r a s i l e ñ o e l r e e m b o l s o d e e s o s d a ñ o s , r e e m b o l s o se f e c t u ad os , p or su p u e s t o , a c os t i l l a s d e lo s b r as i l e ñ os . Par a e li m p e r i a l i s m o y l a b u r g u e s í a n o h u b o o t r a c o s a , e n t o n c e s , q u ee n t r e gar se a l p i l l a j e más c omp le t o p os ib le d e l B r as i l y , p ar a e l

g o b i e r n o , q u e m a n t e n e r e l p u e b l o e n e s t a d o d e m í n i m a r e s i s t e n c ia a e se p i l l a j e y , p or lo t an t o , a or gan iz ar u n a r e p r e s ión c on s t an t e .

N e l s o n R o c k e f e l l e r f u e e n c a r g a d o p o r N i x o n , e n 1 9 6 9 , d e v i s i t a rl o s d i f e r e n t e s p a í s e s d e A m é r i c a L a t i n a y d e c l a r ó , e n t r e o t r a sco s a s , e n s u i n f o r m e : " H a y r e g í m e n e s d e m o c r á t i c o s y h a y r eg ím e n e s m i l i t a r e s , p e r o n o h a y q u e a p r e c i a r a l o s r e g í m e n e s m i l i t a r e s s e g ú n u n a i d e o l o g í a c u a l q u i e r a s i n o s e g ú n s u a c t i t u d h a c i a

l o s E s t a d o s U n i d o s " . H i z o n o t a r p o r o t r a p a r t e q u e e s o s d i c t a d o r e s m i l i t a r e s n o p o s e í a n , a m e n u d o , m á s q u e u n a r m a m e n t o p e r i -m i d o , q u e , p or c i e r t o , s e l e s ve n d ía u n p oc o d e ar mas , p e r o q u es e r í a b u e n o v e n d e r l e s m á s p a r a q u e p u d i e r a n d e f e n d e r m e j o rs u p a í s . A q u í u n o p u e d e p r e g u n t a r s e : " ¿ C o n t ra q u i é n ? C o n t r aq u i é n s e e n t r e n a n , e n P a n a m á o e n E s t a d o s U n i d o s m i s m o , alo s so ld ad os b r as i l e ñ os? ¿Con t r a lo s sov ié t i c os? ¿Con t r a lo s c h i n o s ? N a d i e p u e d e p e n s a r e n u n a i n v a s i ó n d e l B r a s i l p o r u n o s o

p or o t r os . E n ve r d ad , l o s b r as i l e ñ os c on f ían su s p r op ios so ld ad osa l o s n o r t e a m e r i c a n o s p a r a q u e l o s n o r t e a m e r i c a n o s l e s e n s e ñ e n



El pu eb lo bra si le í ío 223

A s í l a i zq u i erd a b ras i l eñ a d eb e s er p ara n os o t ros u n d ob l ee j e m p l o . E j e m p l o n e g a t i v o a n t e s d e 1 96 4, p u e s e n e s e m o m e n t o

con t ó con u n a a l ian za d e l n ac i on a l i s m o b u rg u és c on l a s f u erzasp op u l ares p ara com b at i r e l i m p er i a l i s m o , y h em os v i s t o h as t nq u é p u n t o f u e t ra i c i on ad a y s e en gañ ó . E j em p l o p os i t i vo d es p u és d e 1964 , p u es a p ar t i r d e e s e m om en t o com p ren d i ó q u e e lú n i co m od o d e com b at i r e l i m p er i a l i s m o y s u s a l i ad os d e l i n t e r ior res id ía en la lucha armada .

L o q u e e s n o t ab l e e s q u e e s a l u ch a arm ad a e s u n a op c i ón i n e l u c t a b l e . E f e c t i v a m e n t e , d e s d e q u e h a y u n a m a n i f e s t a c i ó n e lresu l tado es inmediato: se acuchi l la o se t i ra; de ta l modo que

l a l u ch a d e m as a p or m ed i o d e gran d es m an i f e s t ac i on es , con - os e h ac í an aú n p ocos añ os an t e s en B ras i l , s e h a t orn ad o i m p os i b l e e i n e f i caz . S e e s t á en t on ces f orzos am en t e ob l i gad o a l a e l ec c i ón d e l a l u ch a arm ad a: re s i s t en c i a , gru p os d e acc i ón c l an d es t ina , guerr i l la urbana y guerr i l la rural .

D u ran t e a l gú n t i em p o , l o s gru p os q u e s e h ab í an f orm ad o h anes tado d iv id idos y se debi l i taron los unos a los o tros . Es tuvo laA cc i ón P op u l ar q u e q u i s o p r i m ero ac t u ar p or gran d es m an i f e s tac io ne s y que , rec on ocie nd o su error , pasó a la luch a armad a

c l an d es t i n a ; e s t u vo e l p ar t i d o com u n i s t a d e l B ras i l — q u e n o e se l p ar t i d o com u n i s t a b ras i l eñ o— , p ar t i d o d e i n s p i rac i ón m ao í s t ay q u i en , é l t am b i én , h a e l eg i d o l a l u ch a arm a d a; e s t u v i eront od av í a o t ras organ i zac i on es q u e n o e s n eces ar i o c i t ar . D es p u ésde un t i empo la uni f i cac ión de esas t ropas se ha rea l izado porl a l u ch a arm ad a , u n i f i cac i ón cu ya n ece s i d ad h ab í a com p ren d i d oC ar l os M ar i gh e l a ^ P o r e s o h ab í a p ed i d o q u e l o s 15 p r i s i on erosl i b erad os d es p u és d e l rap t o d e C h ar l e s B u rk e E l b r i ck , em b aj a d or d e E s t ad os U n i d os en B ras i l , p er t en ec i eran a d i s t i n t as t en

d en c i a s . P ara M ar i gh e l a , l a u n i f i cac i ón n o d eb í a p or o t ra p ar t ed e t en ers e a l s i m p l e cu ad ro d e l B ras i l , p ara é l : "había que responder al plan global del imperialismo norteamericano con unplan global latinoam ericano".

1 Carlos M arighela , insp irador y fundad or d e l a " Acción d e L ibera c i ó n N a c i o n a l " ( A . L . N . ) , d e i n s p i r a c i ó n c e n t ri s ta , h a b í a r e a l i z a d o n u merosos ho ld -up contra bancos , "expropiando" as í 700 .000 dó lares , yhab ía raptado a l em bajado r d e Estados Un idos en Bra s i l antes^ de serTTiuerto. el 4 de no vie m br e, e n yn a ce lad a ten did a p or la p olic ía,



22 4 Francia

E l e n e m i g o e s u n o , p o r c o n s e c u e n c i a l a r e s p u e s t a d e b e s e r u n a .H a b í a u n t a l M o n r o e q u e d e c í a : "Am érica para los americanos",p e r o a h o r a e s a d o c t r i n a s e i n t e r p r e t a c o m o "Am érica del Surpara los americanos del Norte". E s n e c e s a r i o , p u e s , r e a l i z a r lau n i d a d d e l a l u c h a d e u n a Am é r i c a o p r i m i d a , l a d e l S u r , c o n t r al a o t r a Am é r i c a o p r e s o r a , l a d e l No r t e .

E l c o m b a t e h e r o i c o q u e l i b r a n l o s b r a s i l e ñ o s b a j o n u e s t r o sojos , d e b e i n c i t a r n o s a r e f l e x i o n a r e n n u e s t r a p r o p i a s i t u a c i ó n .H a y t a m b i é n e n t r e n o s o t r o s u n a b u r g u e s í a n a c i o n a l i s t a , h a yi g u a l m e n t e i n v e r s i o n e s n o r t e a m e r i c a n a s . T o d o s l o s d í a s , e n l a s i n f o r m a c i o n e s e c o n ó m i c a s , p o d e m o s l e e r q u e t a l o c u a l e m p r e s af r a n c e s a j u e g a l a c a r t a i n t e r n a c i o n a l , l o q u e , e n c l a r o , q u i e r ed e c i r q u e s e h a c e f i n a n c i a r p o r u n b a n c o n o r t e a m e r i c a n o ; s e p u e d e l e e r t a m b i é n q u e t a l o c u a l s o c i e d a d n o r t e a m e r i c a n a h a " e l e g i

do" a F r a n c i a e n e l d o m i n i o d e l a i n f o r m á t i c a , p o r e j e m p l o , l oq u e r e v i s t e u n a s p e c t o u n p o c o "galante". E l p o d e r g a u l l i s t a d eu n l a d o , e l p o d e r d e P o m p i d o u d e l o t r o : ¿ n o s e p a r e c e n a l o sd o s s e c t o r e s d e l a b u r g u e s í a b r a s i l e ñ a , e l u n o p a r t i d a r i o d e u nn a c i o n a l i s m o v a n o , e l o t r o f a v o r a b l e a l a e n t r a d a d e c a p i t a l e sn o r t e a m e r i c a n o s ? Y s e p u e d e c o n t i n u a r l a c o m p a r a c i ó n : ¿ c r e e nu s t e d e s q u e n o s e e n c o n t r a r í a n e n t r e n o s o t r o s c o r o n e l e s y c o m a n d a n t e s li s t o s p a r a s o s t e n e r a a q u e l l o s q u e q u i e r e n j u g a r l a"carta internacional"

S o s t e n e r a l o s r e v o l u c i o n a r i o s b r a s i l e ñ o s e n s u l u c h a n o e se n t o n c e s s o l a m e n t e n u e s t r o d e b e r : c o n c i e r n e t a m b i é n a n u e s t r oi n t e r é s , c o n c i e r n e a n u e s t r a l i b e r t a d .

Témoignage Chrétien, 29 de en er o de 1970.A l o c u c i ó n e n u n m i t i n d e s o l i d a r i d a d c o n e l

p u e b l o b r a s i l e ñ o .



E L C A S O G E I S M A R

Los d iar ios h an d ad o cu en t a d e l p roces o G e i s mar . P ero la may o r í a h a e n c o n t r a d o l a c o n d e n a " d e m a s i a d o s e v e r a " . N o e s d e m as iad o sev er a: es arb i trar ia e in icu a . E s lo que ^surge de lal ec t u ra d e l a s ac t as d e l p roces o ; l a s p u b l i camos aq u í p ara n or e c l a m a r d e l a b u r g u e s í a u n a i n d u l g e n c i a c u a l q u i e r a p a r a l o sr e v o l u c i o n a r i o s q u e q u i e r e n v o l t e a r l a , s i n o p a r a m o s t r a r q u e n os e p u ed e h acer s u p ar t e en la i l ega l id ad : l a s l eye s q u e la b u r gues ía se ha dado, s í , inc luso esas forman un todo; s i e l gob iernocree p od er v io lar las en u n cas o , e s con d u c id o a v io lar las ent od os l o s cas os . S e emp ezó p or in t en t ar u n p roces o d e op in ión

a Le Br i s y a Le D an t ec ; e s o era con d en ar la l ib er t ad d e p ren s arevo lu c ion ar ia . Es o d eb ía con d u c ir a l a p u ra arb i t rar i ed ad : a l ad i s o lu c ión d e la i zq u ierd a p ro le t ar ia , a l arre s t o d e G e i s mar , e sd ec i r a l a v io lac ión d e l con j u n t o d e e s t ip u lac ion es j u r íd i cas q u es e l l a m a haheas corpus.

U n mi t in t u vo lu gar p ara p ro t e s t ar con t ra e l p roces o a l o sd i r e c t o r e s d e La Cause du Peuple. D es d e e l p r in c ip io d e e s emi t in , a l red ed or d e c in co mi l p ar t i c ip an t e s gr i t ab an : " ¡ E l 27 , en

l a ca l l e " . V a r i o s o r a d o r e s h a n h a b l a d o a n t e e s a m u l t i t u d r e c a l en t ad a d e la cu a l comp ar t ían cas i t od os l o s p u n t os d e v i s t a . U n os o lo f u e arre s t ad o: G e i s mar , q u ien h ab ló och o min u t os y q u e ,como los o t ros , r ep i t ió a l o s oyen t e s l o q u e d es eab an o í r , n o p ord emagog ia s in o , como h a d i ch o en e l p roces o , " p orq u e e s o corres p on d ía a l a s n ece s id ad es d e l a s mas as " . ¿C ómo creer , en e f ec t o ,q u e u n so l o h o m b r e — o s ie t e u o c h o , e so n o c a m b i a n a d a -p u ed e , con s u p a lab ra , vo l car a c in co mi l man i f e s t an t e s a l a

c a l l e ? ¿ Q u i é n l o c r e e t o d a v í a , a p a r t e ' d e l p r o c u r a d o r ? E l q u eh ab la — d iga " t od os a l a ca l l e " o , como en 1789 , " t od os a l a Bas -



226 Francia

t i l l a "— no e s o í do s i no s i ex presa l o que s i en t en a que l l o s que l oe s c u c h a b a n . A ú n a n t e s d e q u e e l m i t i n h u b i e r a c o m e n z a d o , c a d auno sa b í a l o que i ba a busca r en é l ; ¿ có m o i m a g i na r que l o s o ra d o r e s — o u n o d e e n t r e e l l o s — h a y a n decidido a l a s m a sa s? S iG e i s m a r n o h u b i e r a h a b l a d o , e l r e s u l t a d o s i n d u d a h u b i e r a s i d oe l m i sm o . A m eno s de supo ner que l a sa l a , a n t es de su i n t er v e n c i ó n , h a y a s i d o i n e r t e , y q u e s u s p a l a b r a s h a y a n a c t u a d os o b r e e l l a c o m o u n a c o r r i e n t e e l é c t r i c a c o m u n i c á n d o l e u n a f a l s a

v i o l e n c i a .No o bs t a nt e é l re spo nde so l o po r l o que suced i ó e l 2 7 . E nco nc re t o : ¿ qu é suced i ó ? E l T r i b una l no l o d i ce : n i una a t es t a c i ó nm édi ca , n i un t e s t i m o ni o de l a a cusa c i ó n — po l i c í a her i do o res p o n s a b l e i n d i c a n d o l a s h e r i d a s d e s u s h o m b r e s — . P o r l o d e m á se l pro cura do r reco no ce que " se t ra t a de co nt us i o nes y no deh e r i d a s" . ¿ H u b o v i o l e n c i a s ? S i n d u d a : ¿ p e r o q u i é n c o m e n z ó ?B a s t a c o n l e e r l o s t e s t i m o n i o s d e l a s p e r s o n a s q u e e s t a b a n e nCens i er : l o s po l i c í a s a rro j a ro n g ra na da s l a cr i m ó g ena s en ca nt i d a d s o b r e lo s m a n i f e s t a n t e s . É s t o s r e s p o n d i e r o n a r r o j a n d o b u l o -n e s . De l o t ro l a do , no o bs t a nt e , de g o l pe , no s e co nt ra a t a có . E s t ác l a ro , s eg ún l a s depo s i c i o nes , que l a po l i c í a busca ba un g o l peduro y que é s t e no t uv o l ug a r . Se v e e l o rden de l a s co sa s : ene l m i t i n l a dec i s i ó n cr i s t a l i za : m a ni f e s t a r en l a ca l l e . L o s dea r r i b a n d e s e a n q u e l a s m a n i f e s t a c i o n e s s e a n s a n g r i e n t a s , a l g u no s her i do s s er í a n de desea r . P o r desg ra c i a , no l o s hubo en t rel a s " f uerza s de l o rden" , l o s ún i co s que s e encuent ra n e s t á n en t rel o s m a ni f e s t a nt es , pero e so e s "ba na l " , l a po l i c í a ha "de f end i dol a l i ber t a d" , e so e s t o do . Y s i n em ba rg o e s po r e so que s e co ndenó a G e i sm a r a d i ec i o cho m eses de pr i s i ó n .

E n v erda d no e s po r e so . E s po rque é l a pa rece co m o uno del o s respo nsa b l es de l ex G .P . E l s eño r Ma rce l l i n , cua ndo d i so l v i óese pa r t i do , co m et i ó un erro r co ns i dera b l e . D i j o en co ncre t o :" L o d i s u e l v o p o r q u e s u s m i e m b r o s q u e r r á n r e c o n s t i t u i r l o y n o s o t ro s po drem o s en t o nces enca rce l a r l o s" . L o que qu i ere dec i r , enpa l a bra s j us t a s : t o do a nt i g uo m i em bro de l a I zqu i erda pro l e t a r ia es culpable de anteman o; ha ga lo qu e hag a , s i l a po l i c ía lo



Él caso Geismar 227

del Pueblo e n s u b o l s ó n . P o r l a m i s m a r a z ó n , G e i s m a r e s c u l p a

b l e d e a n t e m a n o : d i e c i o c h o m e s e s f i r m e s q u e é l e s p e r a b a , e s p e raba e se ex traño proceso s in te s t igos de l a acusac ión , s in pruebas;e s p e r a , a c t u a l m e n t e , l a s a n c i ó n " s e v e r a " q u e l e i n f l i g i r á l a Co r t ed e S e g u r i d a d , e n l a s m i s m a s c o n d i c i o n e s .

Co m o s e v e , l a s g a r a n t í a s b u r g u e s a s n o e x i s t e n e n s u c a s o :t o d o e s t á j u g a d o p o r a d e l a n t a d o , n o h a y n e c e s i d a d d e •probarq u e é l e s c u l p a b l e , e s t á e s t a b l e c i d o d e a n t e m a n o , e l g o b i e r n o n is i q u i e r a e s t á o b l i g a d o a c r e a r l e y e s r e p r e s i v a s n u e v a s : l e b a s t ac o n f a l s e a r g r o s e r a m e n t e l a s q u e e s t á n a s u d i s p o s i c i ó n . L a l e c tura de la s ac tas e s tá l l ena de enseñanzas sobre e s te tóp ico . Lab u r g u e s í a y a n o t i e n e i d e o l o g í a , n i " m o r a l " q u e o p o n e r a l o sq u e p r o t e s t a n . S e h a d e f e n d i d o p o r e l l e g a l i s m o ( h a c i e n d o v o t a rl e y e s r e p r e s i v a s ) y , a c t u a l m e n t e , p o r l a i l e g a l i d a d ( c o n c h i c a n a sq u e s e c o n v i e r t e n e n s u s p r o p i a s l e y e s ) . Y p o r e s e l a d o t i e n d ea supr imir , s in dec i r lo , l a s l iber tades formales o más b i en lal i b e r t a d d e f o r m a , p o r q u e n o h a y m á s q u e u n a .

E n e l p l a n o d e n u e s t r o c o m b a t e , e s n e c e s a r i o c o m p r e n d e r q u ee s a l i b e r t a d n o e s u n a s i m p l e m i s t i f i c a c i ó n d e l o s o p r i m i d o s y d el o s e x p l o t a d o s . P o r c i e r t o , e s también e so . Pe ro e s por la razónq u e p e r t e n e c e a b s t r a c t a . Un a s o c i e d a d s o c i a l i s t a n o s u p r i m i r ál a l i b e r t a d a b s t r a c t a y s u s g a r a n t í a s : l a s c o m p l e t a r á , e s t a b l e c e r ála l iber tad concre ta que , l e jo s de oponerse a l a s l iber tades dee x p r e s i ó n , d e r e u n i ó n , d e p r e n s a o a l habeas corpus, les dará unf u n d a m e n t o v e r d a d e r o , e l ú n i c o v á l i d o p u e s n o e s o t r o q u e l al i b e r t a d p l e n a d e l p u e b l o . Nu e s t r a l u c h a , e n t o d o c a s o , d e b ec o n d u c i r s e también en e s t e terr eno : ha y qu e obl igar a l gob iernoy a l a s c l a s e s d o m i n a n t e s a s e r v i r s e d e l a s l e y e s e x i s t e n t e s s i ?falsearlas. Es nec esa r io au nq ue sea por e s ta ún ica razón : s i e l

poder se a t i ene a l Código , no tendrá ya lo s medios de repr imirl o s m o v i m i e n t o s r e v o l u c i o n a r i o s .

Prefacio a las Ac tas de l proceso de Ala in Ge ismar .Ediciones Hallier, París, 1970



E L T E R C E R M U N D O C O M I E N Z A -E N L O S S U B U R B I O S

Lo que se comprende a l l eer e s te l ibro , e s que la s i tuac ión quese le s ha creado a los trabajadores a fr icanos —y por o tra partea m u c h o s o t r o s t r a b a j a d o r e s e m ig r a d o s — n o s e d e b e a l a n e g l i g e n c ia , n o s e d e b e s o la m e n t e a l r a c i s m o : l a s o b r e - e x p lo t a c ió n d e ltrabajador a fr icano es necesar ia para la economía cap i ta l i s taf r a n c e s a . S e h a d i c h o m u c h o d e l o s n o r t e a m e r ic a n o s q u e t i e n e nsus co lon ias "en su casa" , en su prop io pa ís : y b ien , lo que Franc ia e s tá en camino de hacer , e s tra tar de reconst i tu ir en e l la la sco lon ias que ha perd ido . En part icu lar , veremos lo que s ign i f icae l s i s t e m a q u e in t e g r a a n u e s t r a e c o n o m ía a l o s t r a b a j a d o r e sa f r i c a n o s .

En pr imer término e l l ibro es muy c laro sobre una cosa: lac la n d e s t in id a d . La c la n d e s t in id a d e s u n a f a r s a : e n r e a l id a d s et r a t a d e u n a p o l í t i c a d e in m ig r a c ió n . Co m o d ic e m u y b ie n u n od e lo s a f r i c a n o s in t e r r o g a d o s : " Un o n o v i e n e a p i e d e l S e n e g a l ,v i e n e e n b a r c o ; p o r c o n s e c u e n c ia e s e b a r c o l l e g a a u n p u e r t o ,por e jemplo a Marse l la , ¿y cómo puede ser pos ib le que tre in ta oc in c u e n t a t r a b a j a d o r e s a f r i c a n o s q u e e s t á n a b o r d o p u e d a n d e s embarcar s in la to leranc ia de la po l ic ía?" . To leranc ia que , por

u n a p a r t e , e s t á m u y e v id e n t e m e n t e d i c t a d a p o r l a p o l í t i c a d e lpatronato; to leranc ia que , por o tra parte , se hace comprar muycara por los trabajadores a fr icanos mismos . Dicho de o tro modo:pagan para entrar en e l pa ís , un pa ís que , por lo demás , d icea h o r a : " Pe r o e s a g e n t e h a v e n id o s in s e r in v i t a d a , n o t e n e m o sr e s p o n s a b i l id a d e s f r e n t e a e l l o s ; ¿ c ó m o , v iv e n e n c u c h i t r i l e s ?¡ P e ro e s q u e s o n d e m a s i a d o n u m e r o s o s " . S o n d e m a s i a d o n u m e -



El tercer mun do comienza cii ios suburbios 229

ros os , p ero n o t an t o como p ara n o s erv ir a l a e con omía f ran ces a ,gs l o q u e p ermi t e i gu a lmen t e , p or u n s í , p or u n n o , h acer p es ars ob re e l l o s l a a m e n a z a d e l a e x p u l s i ó n . . . ¡ j u s ta m e n t e p o r q u e n oh a n s i d o i n v i t a d o s

V e n u s t e d e s q u e p a r a c o m e n z a r , h a y q u e c o n s i d e r a r e s t a f a m o s a f ar s a d e l a c lan d es t in id ad , como, en con cre t o , e l t ip o mis mod e l a i n m i g r a c i ó n q u e d e s e a n l o s p a t r o n e s . E n e f e c t o , a n t a ñ o l am e t r ó p o l i i m p o r t a b a d e l a c o l o n i a e l p r o d u c t o b r u t o . L o h a c ea ú n , a d e m á s , b a j o u n a f o r m a n e o c o l o n i a l i s t a . E s t o e s l o q u e e x p l i c a , c o m o s e h a d i c h o m u y b i e n , l a d e s t r u c c i ó n d e l a s e s t r u c t u r a s d e l o s p a í s e s a f r i c a n o s e n p r o v e c h o d e l a s a n t i g u a s m e t r ó p o l is . Y l o q u e e x p l i c a t a m b i é n , e n t o n c e s ( e s u n c ír c u l o ) q u el o s t r a b a j a d o r e s i n m i g r a n t e s s e a n m á s n u m e r o s o s q u e a n t e s p u e s t o q u e , j u s t a m e n t e e n s u p a í s , l a s i t u a c i ó n s e t o r n a c a d a v e z m á sd i f í c i l . ¿Y q u é e s l o q u e s e imp or t a ah ora , con e s os h omb res ? S el o s q u i e r e i m p o r t a r c o m o l o q u e s e p o d r í a l l a m a r " p r o d u c t oh u m a n o b r u t o " ; e s d e c i r s e q u i e r e q u e s e a n t r a b a j a d o r e s n o c a l i f i c a d o s : n o c a l i f i c a d o s p o r q u e p r e c i s a m e n t e l a c a l i f i c a c i ó n s e r ár e s e r v a d a a l o s t r a b a j a d o r e s f r a n c e s e s ; e n t o n c e s s e l e s r e h u s as i s t e m á t i c a m e n t e l a s p o s i b i l i d a d e s d e a p r e n d i z a j e c u a n d o e s t á n

e n e l l u g a r . U n o d e e l l o s — t o d o e s t o e s t á e n e l l i b r o — , q u e p e d í a ,p or e j emp lo , e s t u d iar , t en er u n o f i c io ca l i f i cad o , s e h i zo re s p on d e r : " N o t e n e m o s n e c e s i d a d a q u í d e o b r e r o s c a l i f i c a d o s n i t a m p o c o d e O . S . : t e n e m o s n e c e s i d a d d e m a n o d e o b r a " .

P o r c o n s e c u e n c i a , q u e d a b i e n e n t e n d i d o q u e 'se q u i e r e r e d u c i ra l t r a b a j a d o r a s u s m á s s i m p l e s p o s i b i l i d a d e s . Y c u a n d o s e p r e s e n t a n o b r e r o s c a l i fi c a d o s , e n t r e l o s s e n e g a l e s e s y lo s a f r i c a n o se n g e n e r a l , o b i e n s e l o s h a c e t r a b a j a r e n e m p l e o s m u y i n f e r i o r e s

a p u c a l i f i c a c i ó n ( h a y c o c i n e r o s e n E l H a v r e q u e e s t á n h a c et r e i n t a a n o s c o m o l a v a p l a t o s , c u a n d o c o n o c e n p e r f e c t a m e n t e s uo f i c i o ) , p s i no , s i se los toma en su of ic io , se l e s paga de unam a n e r a i j i u y i n f e r i o r a l a q u e e l e m p l e o e x i g i r í a . T a l e l c a s o d ee s e c a n i i o n e r o , p o r e j e m p l o , q u e e s r e a l m e n t e u t i l i z a d o , n o r e c u e r d o p o r q u é m u n i c i p i o c o m o c a m i o n e r o , y q u e e s p a g a d oc o m o p e ó n c a m i n e r o .

E n t o n c e s , s e t r a t a a q u í d e u n a p o l í t i c a g e n e r a l . E s t a p o l í t i c a

t i e n e g r a n d e s v e n t a j a s p a r a e l p a t r o n a t o : e n p r i n c i p i o , l o s i m p o r t a d o s a s í s o n h o m b r e s " h e c h o s " , e s d e c i r q u e . el p a t r o n a t o



230 Francia

y , d e u n a m an e r a ge n e r a l , l a e c on omía f r an c e sa , n o t i e n e n q Ué

sop or t ar e l p e so l e g í t im o d e u n a in f an c ia e n la c u a l h ab r ía q u ein ve r t i r . Par a t r ab aj ar , h ay q u e t e n e r p or lo me n os c a t or c e oq u i n c e a ñ o s , y u s t e d t i e n e e n t o n c e s , d e s d e e l n a c i m i e n t o h a s t ae l mome n t o d e e n t r ar e n u n a f áb r ic a o e n o t r a p ar t e , q u in c e añ osi m p r o d u c t i v o s . E s o s q u i n c e a ñ o s s o n p e r f e c t a m e n t e s u p r i m i d o se n e l c aso e n q u e se imp or t a a l h omb r e h e c h o , q u ie r o d e c ira q u e l q u e e s t a r á i n m e d i a t a m e n t e e n s u t r a b a j o d e s p u é s d e t r e sd ías d e ap r e n d iz a j e , p or e j e mp lo . As í p u e s h e aq u í h omb r e s , yh a y u n m i l l ó n d e h o m b r e s a s í — n o h a b l o s o l a m e n t e d e l o s s e n e -g a l e s e s — , u n m i l l ó n d e h o m b r e s q u e h a c e n q u e e l p a t r o n a t of r a n c é s r e a l i c e c o n s i d e r a b l e s e c o n o m í a s . A d e m á s , r e a l i z a n t a r e a sq u e a lo s ob r e r os f r an c e se s l e s r e p u gn an más y más y , p or e selado , c omo mu y b ie n se h a d ic h o , n o se lo s in t e gr a a la c la seob r e r a f r an c e sa , s e lo s r e c h az a . S on lo s q u e e s t án p or d e b aj od e lo s ob r e r os . S e d e sar r o l la a s í u n r ac i smo mu y ú t i l a l c ap i t a l .S e g u i d a m e n t e s e h a c e t o d o p a r a e v i t a r q u e e l l o s e n t r e n e n l av id a f r an c e sa , y q u e p r ogr e se n e n e l la c omo c u a lq u ie r a lo h ac ee n t r e l o s f r a n c e s e s . S e h a c e t o d o p a r a q u e c o n s e r v e n s u l e n g u an at a l , y p ar a q u e n o ap r e n d an u n a se gu n d a l e n gu a q u e l e s p e r mi t a c omu n ic ar se c on su s c amar ad as f r an c e se s . S e r e s i s t e la a l f a b e t i z ac ión . Cad a ve z q u e e s n e c e sar io l l e var la a c ab o son vo lu n t ar ios , y e n ge n e r a l vo lu n t ar ios f r an c e se s , q u ie n e s s e t oman lat a r e a . O f i c i a l m e n t e n o h a y n a d a q u e p e r m i t a u n a a l f a b e t i z a c i ó n .¿ P o r q u é ? P o r q u e " s i n o h a y é l i t e , n o h a y p r o b l e m a s " , c o m od e c ía n e n e l Con g o B e l ga ( c osa q u e c au só p or lo d e m ás ,m u c h o s p r o b l e m a s . . . ) .

E n f in , s e l e s p e r mi t e ap e n as a soc iar se e n t r e e l lo s : l a U . G . T .S . F . e s u n a asoc iac ión l lamad a "e x t r an j e r a" ; ah or a b ie n , b as t au n d e c r e t o , s in mot ivo , d e l min i s t r o d e l in t e r ior , p ar a d i so lve ru n a asoc iac ión e x t r an j e r a ; p or c on se c u e n c ia t od a p os ib i l id ad d eu n ión s i e mp r e e s p r e c ar ia . T amb ié n se p r ome t e b a j o la a s i s t e n c ia

soc ia l, p or e j e m p lo , q u e e n p r in c ip io e l lo s d e b e n c ob r a r imp o r t an t e s b e n e f i c io s d e la man e r a s igu ie n t e : só lo s e p agan a loc a -c ion e s f am i l iar e s s i l a s f ami l ia s e s t án c on e l t r ab aj ad or ; ah or a



E l tercer mundo comienza en los suburbios 231

a l i m e n t a r a e s a f a m i l i a . E n c o n s e c u e n c i a , o e s a s a l o c a c i o n e s n oson pagadas en abso luto , o s i a veces lo son es en una tar i fa muy

i n f e r i o r . S i n e m b a r g o s e l e s d i c e a l o s t r a b a j a d o r e s a f r i c a n o s :"Pero s i a us tedes no se l e s roba , porque todo va a vo lver a e s t ef o n d o d e a c c i ó n s o c i a l q u e d e b e , p o r e j e m p l o , c o n s t r u i r h o g a r e sc o n e l d i n e r o " . ¿ S e d a n c u e n t a d e l a s o b e r b i a e s t a f a q u e e s t or e p r e s e n t a ? P o r q u e e n f i n , s e p i d e a e s t o s t r a b a j a d o r e s a f r i c a n o s q u e c o n s t r u y a n e l l o s m i s m o s , c o n e l d i n e r o a l c u a l t i e n e nd e r e c h o , c a s a s q u e p e r t e n e c e r á n d e i n m e d i a t o a l E s t a d o y d e l a sc u a l e s e l l o s n o s e r á n n i s i q u i e r a l o s u s u f r u c t u a r i o s p o r l a r g ot i e m p o , p u e s t o q u e , e n g e n e r a l , e x i s t e e s a f a m o s a r o t a c i ó n q u e

p e r m i t e , c u a n d o l o s h o m b r e s h e c h o s e s t á n a g o t a d o s p o r l a f a t i g ay l a s e n f e r m e d a d e s , r e e m p l a z a r l o s p o r o t r o s ; n o e s t a r á n p u e sm á s d e d o s o t r e s a ñ o s e n u n h o g a r q u e h a b r á n p a g a d o . H a y p u e sa l l í , como ustedes lo ven , una es ta fa y un benef ic io más para lai n d u s t r i a f r a n c e s a . E n t o n c e s : e l t r a b a j a d o r a f r i c a n o e s s o b r e -e x p l o t a d o , y e s s o b r e - e x p l o t a d o p o r q u e n o e s p o s i b l e a u e l ae c o n o m í a f r a n c e s a m a n t e n g a u n r a n g o c o m p e t i t i v o e n E u r o p as i , p r e c i s a m e n t e , n o u t i l i z a h o m b r e s s u b - p a g a d o s , c o n s a l a r i o sinfer iores a lo s de lo s obreros f ranceses .

L u e g o , a p a r t i r d e a l l í , c o m o u s t e d e s l o s a b e n , s o b r e v i e n e l ac o n t i n u a c i ó n a b o m i n a b l e , e s d e c i r l o s a l o j a m i e n t o s d o n d e r e a l m e n t e v i v e n , p u e s e s o s h o g a r e s q u e s e d e b e r í a n c o n s t r u i r p a r ae l l o s , e n r e a l i d a d n o s e c o n s t r u y e n . E s t á l a d i s c r i m i n a c i ó n , e s t ál a p o s i b i l i d a d c o n s t a n t e d e s e r e x p u l s a d o , y a d e m á s l a s e x p u l s i o n e s r e a l e s ( s e c i t a n e n l a o b r a t o d a s a q u e l l a s q u e h a n s i d od i c t a d a s d e s d e 1 9 6 8 ) . P e r o d e u n a m a n e r a g e n e r a l , s e d e s t r u y e nh o m b r e s p o r d e c e n a s d e m i l e s ; s e l o s d e v u e l v e a s u s p a í s e s s i nq u e h a y a n a d q u i r i d o u n o f i c i o c a l i f i c a d o , h a b i e n d o c o n t r a í d oe n f e r m e d a d e s q u e p r o v i e n e n d e l c a m b i o d e c l i m a p e r o , s o b r etodo , d e l a s c o n d i c i o n e s i n s a l u b r e s e n l a s q u e v i v e n ; s e l e s h ae x p l o t a d o y s o b r e - e x p l o t a d o t o d o e l t i e m p o y t o d o e s o , ú n i c a m e n t e y a s a b i e n d a s , p o r q u e s e t i e n e n e c e s i d a d d e e s a m a n o d eo b ra v e r d a d e r a m e n t e c o l o n i a l.

P o r e s t a s r a z o n e s c r e o q u e t o d o e l m u n d o d e b e l e e r e s t e l i b r o ,p o r q u e d e b e m o s d a r n o s c u e n t a p o r l o s h e c h o s y n o p o r l a st e o r í a s , ú n i c a m e n t e p o r l o s h e c h o s , d e l m e c a n i s m o d e s o l ? r e -



252' Francia

e x p l o t a c i ó n ; y de que n o s o t r o s t e n e m o s r e a l m e n t e n u e s t r a s c o lo n i a s en el i n t e r i o r c o m o los n o r t e a m e r i c a n o s , con la di ferenc iaa p r o x i m a d a de que la s i t u a c i ó n de los n e g r o s n o r t e a m e r i c a n o s es,a pesar de t o d o , un p o c o m e n o s m a l a que la s i t u a c i ó n de los afri

c a n o s que t r a b a j a n e n t r e n o s o t r o s .

I n te r v e n c i ó n o r a l en el c u r s o de un debateo r g a n i z a d o por la U. G. I. S. en o c a s i ó n de laapar ic ión del l ibro Los traba jador es a fr icanosen Franc ia , Par í s , Maspero , 1970.

E l t e r c e r m u n d o c o m i e n z a en los suburb iosa p a r e c i ó con el t í tu l o de Los países cap i ta l i s tasy sus colon ias in ter iores , en Tricontinental, Pa-rís, 1970.



T O D A L A V E R D A D

E l g e n e r a l O v a n d o h a b í a p r o m e t i d o q u e l o s " p o l í t i c o s " s e r í a na m n i s t i a d o s . L l e g a d o e l m o m e n t o n o h u b o a m n i s t í a : f u e , e x p l i c ó

é l , p or q u e n o se p u d o e n c on t r ar u n so lo p r e so p o l í t i c o e n B o l iv ia .E n v i r t u d d e l o c u a l D e b r a y , c é l e b r e a p o l í t i c o , p e r m a n e c e r áentre re jas .

" N o h a y p r e s o s p o l í t i c o s e n F r a n c i a " , d i r í a c i e r t a m e n t e e l s e ñ o rP o m p i d o u . Y t e n d r í a r a z ó n , c o m o e l g e n e r a l O v a n d o . H o j e e n l o sr e g i s t r os e n la S an t é , e n Fr e sn e s , e n la s c ár c e le s c e n t r a le s d ep r ov in c ia : n o e n c on t r ar án n i u n o . ¿Cómo p od r ía se r d e o t r o mod oe n e l p a í s d e la l ib e r t ad ? S in e mb ar go la s in t e r p e lac ion e s , l a s

p e r s e c u c i o n e s , l o s a r r e s t o s , s e m u l t i p l i c a n d e s d e h a c e u n o s I n e ses ; e l p a í s d e la l ib e r t ad t i e n e la p o l i c ía más v id e n t e d e l m u n d o;n o p asa u n d ía e n q u e n o se l e a e n la p r e n sa q u e ge n t e j ove n—siempre j ó v e n e s — h a s i d o c o n d e n a d a p o r v i o l e n c i a s c u y o s e n t id o n os s igu e r e su l t a n d o osc u r o . D e b e ser . q u e Fr a n c ia e s t áah ogad a p or u n a o la d e d e l in c u e n c ia : e l gob ie r n o f or j a l e ye sp a r a d e f e n d e r n o s d e l a n u e v a g e n e r a c i ó n , l o s t r i b u n a l e s d i c t a nse n t e n c ias c ad a ve z más se ve r as , s e s e c u e s t r an d iar ios aú n . an t e s

d e h ab e r lo s l e íd o , l o q u e c o r r e sp on d e ,a l r e e s t ab le c im ie n t o d e ¡lac e n su r a p r e v ia . No imp or t a : e l p od e r se sor p r e n d e r ía e n gr an d es i s e l e r e p r oc h ar a h ab e r se c omp r ome t id o e n la v ía p e l igr osa d ela repres ión pol í t ica .

¿ T r e c e m e s e s a F r é d é r i q u e D e l a n g e , q u e p a r t i c i p ó e n l a e x p e d ic ión c on t r a Fau c h o n ? ¡Y b ie n , e s , un a lad r on a , e l T r ib u n a l lac on d e n ó p or r ob o , e so e s t od o E s t a se n t e n c i a in ic u a t r a ic ion a n o

o b s t a n t e u n a l e v e c o n f u s i ó n : s i F r é d é r i q u e D e l a n g e h u b i e r a r o b a d o por su cuenta u n v e s t i d o e n u n a g r a n , t i e n d a — l o s c l i e n t e st i e n e n a m e n u d o l a m a n o l i g e r a — h u b i e r a s i d o o b j e t o d e u n a



234 Francia

c o n d e n a m u c h o m e n o s s e v e r a . ¡ A h , s e d ir á , e s q u e e l l a n o v i n o

s o l a . M u y b i e n . E n t o n c e s e l l a f o r m a p a r t e d e u n a " a s o c i a c i ó nd e de l inc ue nte s " : e s e de l i to e s tá prev i s t o po r l a l ey y e s tá ca s t i g a d o c o n m á s r i g o r . ¿ P o r q u é n o h a b e r l a a c u s a d o d e é l ? J u s t a m e n t e p o r q u e e l r e c u e r d o d e l F . N . L . t o d a v í a e s t á m u y f r e s c o :a n t e s d e r e c o n o c e r l o , e n E v i a n , c o m o i n t e r l o c u t o r v á l i d o y p o U -í í c o n o s e q u e r í a v e r e n s u s m i e m b r o s s i n o d e l i n c u e n t e s a s o c i a d o s . Una la dro na s o l i ta r ia , pues , pero múl t ip l e ; en s u pers o nas us a s o c ia do s fa nta s ma s pa g a n 3 .0 0 0 f ra nco s a l a ca s a F a ucho n:

e l prec io de todas l a s m e r c a d e r í a s r o b a d a s . E n l a l i s t a q u e t e n g oa n t e m i s o j o s t o m o u n n o m b r e a l a z a r : M a r c L a b a y e , v i o l e n c i ac o n t r a a g e n t e s , d o s m e s e s ; d o s m e s e s a A n d r é D a u y s s e r t p o rr u p t u r a d e u n a v i t r i n a : t a n v i v a m e n t e i n t e r r o g a d o q u e s e l er e v e n t ó e l t í m p a n o , f u e i n c u l p a d o d e r u p t u r a d e c e r r a d u r a . H a yo t r o s , m u c h o s o t r o s , u n c e n t e n a r . ¿ Q u i é n e s s o n e s a s p e r s o n a s ?¿ Lo co s fur io s o s ? ¿ Ebr io s ? ¿ Y po r qué s e o bs t ina n en ca s t ig a ra g entes y en ro mper v idr i era s ? Es o no s e d i ce pa ra na da . N i

t a m p o c o p o r q u é .Le Da ntec y Le Br i s ha n inc i ta do a s us co nc iuda da no s a l cr i

m e n y e s t á n b a j o d e t e n c i ó n p r e v e n t i v a , m i e n t r a s e l t e r c e r d i r e c to r de La Cause du, Peuple e s t á e n l i b e r t a d : h a y q u e s u p o n e rq u e e s te ú l t im o e s co n s ider a do c o m o " po l í t ico " y que , s i e s incu l p a d o , co mpa recerá , en l iber ta d pro v i s o r ia —lo que e s us ua l pa ralo s de l i to s de prens a des de ha ce c i en a ño s — en ta nto que l o s do sd i r e c t o r e s p r e c e d e n t e s s o n d e l i n c u e n t e s d e d e r e c h o c o m ú n a lmis mo t í tu lo , po r o tra pa r te , que l o s s e s enta y do s de "derechoc o m ú n " i n c u l p a d o s e n e l c u r s o d e e s t o s ú l t i m o s m e s e s , y q u e s o ne n v e r d a d m i l i t a n t e s r e v o l u c i o n a r i o s d e t e n i d o s p o r m o t i v o s p o l í t i c os . E l g o b ierno , en e fec to , t i ene una f ina l ida d prec i s a : des o rg a n i z a r l o s g r u p o s i z q u i e r d i s t a s a p r i s i o n a n d o e l m a y o r n ú m e r opo s ib l e de s us mi l i ta n tes , y a ho g a r s us v o ces s ecues tra ndo s i s t e má t i ca mente s us d ia r io s . Es e s ta tá c t i ca l a que qu iere o cu l ta rrehus a ndo a l o s de ten ido s to da po s ib i l ida d de ex p l i ca rs e s o bre l as ig n i f i ca c ió n rea l de s us a c to s . En o tro s t érmino s , s e t ra ta deev i ta r a cua lqu ier prec io que s e pro duzca e s a pes a d i l l a de l o s



Toda la ver dad 235

o c u p a r l a s e d e d e l C . N . P . F . , y o e s t a b a p r e s e n t e y p u d e v e r at r a v é s d e q u é m e c a n i s m o g r o s e r o p e r o e f i c a z e l T r i b u n a l e v i t a

b a q u e e l d e t e n i d o , s u s a b o g a d o s y s u s t e s t i g o s l l e g a r a n a d e b a t i re l f o n d o d e l a c u e s t i ó n . De l a o c u p a c i ó n d e l C . N . P . F . , m o t i v o v e r d a d e r o p e r o s e c r e t o d e l a i n c u l p a c i ó n , n o s e h a b l ó jamás. U ns o l o p r o b l e m a : Ca s t r o — q u e h a b í a i n t e n t a d o h u i r d e l c a r r o e nq u e l a p o l i c í a h a b í a a m o n t o n a d o a l o s m a n i f e s t a n t e s — ¿ e r a o n oc u l p a b l e d e v i o l e n c i a c o n t r a l o s a g e n t e s ? E n c o n s e c u e n c i a , t o d o sl o s t e s t i m o n i o s c o n c e r n i e n t e s a l o s m o t i v o s d e la o c u p a c i ó n y al a s v i o l e n c i a s p o l i c i a l e s — c a c h i p o r r e o s c o n t r a l o s m a n i f e s t a n t e sq u e n o t e n í a n a r m a s n i r e s i s t í a n — f u e r o n c a t e g ó r i c a m e n t e r e

c h a z a d o s . T o d o s lo s q u e c o n c e r n í a n a l a a c t i v i d a d p o l í ti c a d eCa s t r o f u e r o n d i s f r a z a d o s c o m o t e s t i m o n i o s d e m o r a l i d a d . A u nt r a b a j a d o r a f r i c a n o q u e i n t e n t a b a d e m o s t r a r c ó m o Ca s t r o y s u scamaradas se habían dedicado a l a a l fabe t i zac ión de obleeros i l e t r a d o s , s e l e r e s p o n d i ó : " E n s u m a , u s t e d h a t e s t i m o n i a d o s o b r el a h o n o r a b i l i d a d d e l a c u s a d o " .

T o d o s h e m o s s i d o s e n s i b l e s a l h u m o r n e g r o q u e c a r a c t e r i z a b aa e s e p r o c e s o . S e n o s p e d í a d e c i r toda la v e r da d . J u r á b a m o s . Yn o s a p e r c i b í a m o s e n s e g u i d a d e l m a l e n t e n d i d o : p a r a e l T r i b u n a l ,

h a b í a q u e d e c i r t o d a l a v e r d a d s o b r e un instante s in an tes nid e s p u é s : e l i n s t a n t e m i s m o e n q u e Ca s t r o , e n s u h u i d a , f u e a p r e s a d o . ¿Había res i s t ido o no? Lo que hac ía en e l carro , l o s mot ivosde su huida , l a razón de su presenc ia ilegal en lo s l oca le s de lC .N .P .F . , de todo e so e l Tr ibuna l no qui so conocer nada . E l pro curador mismo parece no haber s ido insens ib l e a l a i ronía de las i t u a c i ó n : " T r a t á n d o s e — d i j o — d e u n a c o n t e c i m i e n t o q u e s ed e s a r r o l l ó c o n s e m e j a n t e r a p i d e z , e s n o r m a l q u e l o s t e s t i m o n i o ss e a n c o n t r a d i c t o r i o s " . E n o t r o s t é r m i n o s , u n a v e r d a d c o m p r i m i d a

e n u n i n s t a n t e n o e s m á s v e r i f i c a b l e . De d o n d e é l c o n c l u y ó c o m oj u s t o q u e h a b í a q u e c o n d e n a r a l a c u s a d o .

P a r a n o s o t r o s , toda l a verdad e s l a verdad entera . Y en pr inc i p io e l de l a quiebra de un orden soc ia l que impone una v idaa b y e c t a y a v e c e s u n a m u e r t e a t r o z a l o s t r a b a j a d o r e s r e c l u t a d o se n e l e x t r a n j e r o , r e c h a z a a l o s t ra b a j a d o r e s e n v e j e c i d o s y l o sc o n d e n a a u n a i n n o b l e m i s e r i a , p r e s i o n a a m i l l o n e s d e a s a l a r i a dos a vender su fuerza de trabajo por e l sa lar io mínimo , ob l iga



236 Francia

* Marce l l in , j e fe de Pol i c ía de Par í s , de a l l í l a i ronía de la de f in ic ión .(N. del T.)

a l o s ob reros a m an t en er cad en c i as d e t rab aj o arb i t rar i a s y a m en u d o i n s op or t ab l e s b a j o p en a d e s er d es p ed i d os , í i ace d e l a f áb r i ca u n p res i d i o , ap r i s i on a a l o s m i l i t an t e s q u e p ro t e s t an con t ra l o sacc i d en t es d e t rab aj o , n o i n q u i e t a j am ás a l o s re s p on s ab l e s d e

e l l o s p a r a n o t e n e r q u e t o m a r l a s m e d i d a s d e s e g u r i d a d i n d i s p en s ab l e s y , f avorec i en d o a l o s m on op o l i o s , n o vac i l a en l i q u i d art od a l a c l a s e d e l o s ar t e s an os y d e l o s p eq u eñ os com erc i an t es .

Toda l a ver d a d : e s t a op r es i ón p er m an en t e s u s c i t a , p or con t ra go l p e , l a v i o l en c i a p op u l ar . M ayo d e 1968 n o h a s i d o u n a l l am arad a s i n m añ an a; e s t a i n s u rrecc i ón , t ra i c i on ad a p ero n o ven c i d a ,h a d e j ad o t razos p ro f u n d os en l o s t rab aj ad ores , y p ar t i cu l arm en t een l o s j óven es . L o q u e e l p od er q u i ere e s con d er , e s q u e l o s m i l i t an t e s q u e con d en a n o s on ag i t ad ores a i s l ad os y q u e , e l i g i en d o

d e l i b e r a d a m e n t e l a i l e g a l i d a d — l o q u e c o n s i s t e s i m p l e m e n t e e nr e c h a z a r l a l e g a l i d a d b u r g u e s a — e l l o s e x p r e s a n p o r s u s a c t o s l av i o l e n c i a d e l p u e b l o .

T od a l a verd ad : e l p od er , en carn i zán d os e con e s os j óven es ,t ra t a d e arran car l o s d e l a s m as as . P i en s a t en er t i em p o , p u es t oq u e l a s c l a s e s t rab aj ad oras e s t án b i en l e j o s d e e s t ar en t eram en t econ s c i en t e s d e l a v i o l en c i a q u e s e i n cu b a en e l l a s . C u an d o p re t e n d e d e f e n d e r l a l i b e r t a d d e l o s c i u d a d a n o s — ¿ q u é l ibertad yqué c i u d a d a n o s ? — c o n t r a l a s l o c u r a s d e a l g u n o s e n e r g ú m e n o s

q u e l a d erech a d en om i n a f a s c i s t a s y q u e l a i zq u i erd a re s p e t u os a— o , c o m o s e d i c e h o y c o n h u m o r i n v o l u n t a r i o : i z q u i e r d a c l á s i c a — l l a m a " i z q u i e r d i s ta s - M a r c e l l i n " \ e s q u e e n v e r d a d e s t áe x t e n d i e n d o s u r e p r e s i ó n a l c o n j u n t o d e l o s t r a b a j a d o r e s . N os i rve d e n ad a i n d i gn ars e : l a b u rgu es í a e s t á en p e l i gro , s e d e f i en d e : p e r o a q u e l l o s q u e q u i e r e n toda l a v e r d a d d e b e n e x i g i r q u ee l l a e s t a l l e en e l T r i b u n a l m i s m o y q u e e l p roces o con t ra l o sm i l i t a n t e s s e t o r n e e n p r o c e s o c o n t r a e l r é g i m e n . E l 2 7 d e m a y o .L e B r i s y L e D a n t e c c o m p a r e c e r á n a n t e l o s j u e c e s : e s n e c e s a r i o

q u e l o h a g a n c o m o a c u s a d o r e s y n o c o m o d e f e n d i d o s , p a r a d e n u n c i a r , c o m o políticos, l a p o l í t i c a rep res i v a d e l p od er .

Le Monde, 27 de m ay o de 1970 .



I N T E R V E N C I Ó N E N L A C O N F E R E N C I A D E P RE N SAD E L C O M I T É , E L 2 7 D E E N E R O D E 1 9 7 0

P iens o que lo que ha co nfund ido a mucho s de l o s s i g na ta r io sd e l m a n i f i e s t o e n f a v o r d e D e v e a u x , T r o u i l l e u x , H e r v é , e s q u ee l e n c a r c e l a m i e n t o d e é s t o s c o n s u m a n t e n i m i e n t o e n s e c r e t o , i l u mina n la cr i s i s pro funda en que s e encuentra e l e j érc i to l l a ma dona c io na l , c r i s i s que debemo s mira r a l a luz de l o s g o lpes dees ta do mi l i ta res que s e ha n pro duc ido un po co po r to da s pa r te s ,n o t a b l e m e n t e e n Á f r i c a y A m é r i c a d e l S u r , y d e l a c u a l p u e d es a l i r e n c u a l q u i e r m o m e n t o u n g o l p e d e e s t a d o m i l i t a r e n t r en o s o t r o s . E l e j é r c i t o , i n s t r u m e n t o e n m a n o s d e l p o d e r b u r g u é s ,ha t en ido s i em pr e u n do b le pa p e l : en e l ex ter io r , ba jo pr e te x tode de fender a l pa í s , s erv i r l o s in teres es imper ia l i s ta s y co lo n ia l i s ta s de l a c la s e d i r ig ente . E l e jérc i to f ra ncés , v enc ido en 1 9 4 0cua ndo de fend ía e l t err i to r io , ha hecho d i ec i s i e te a ño s de g uerrac o l on i a l i n i n t e r r u m p i d a d e s p u é s d e 1 94 5. D e s p u é s d e u n a b r e v ein terrupc ió n , reco mienza en Tcha d . En e l in ter io r , e s e l ú l t imorecurs o de l g o b ierno co ntra e l pueb lo . En po ca s pa la bra s : co ntralo s pueb lo s de l t ercer mundo y co ntra e l pueb lo de nues tro pro p io pa í s . E l e jérc i to e s tá s i empre co ntra e l pueb lo . H o y , po r s ui n t e r v e n c i ó n e n T c h a d , r e e n c u e n t r a s u f u n c i ó n c o l o n i a l i s t a d e s pués de d i ec i s i e te a ño s de derro ta s , e s o qu iere dec i r que haperd ido s us pr iv i l eg io s y que l o s o f i c ia l e s e s tá n a g r ia do s y s ejuzg a n tra i c io na do s po r l a po b la c ió n c iv i l . La fuerza que co ns t i tuy en no puede n i s iqu iera y a pre tender , en e l t i empo de l ag uerra a tó mica , que de fenderá e l t err i to r io . En e l a fro nta mientod e l o s d o s b l o q u e s , s e r á r á p i d a m e n t e i n t e g r a d o a l b l o q u e o c c i denta l y , po r l a fuerza de l a s co s a s , co lo ca do ba jo e l co ma ndon o r t e a m e r i c a n o .



238 Francia

A s í , s u func i ó n e n e l i n t e r i o r a pa r e c e ho y de s nuda : e s e l ó r g a

n o d e r e p r e s i ó n e n m a n o s d e l a c l a s e d o m i n a n t e , p e r o s u c o n t r a d i c c i ó n i n te r na e s que e s e e j é r c i to a n t i po pu l a r e s tá he c ho e n l o sc ua dr o s de una c a s ta m i l i ta r y c o ns t i tu i do , e n c ua nto a s us s o l d a d o s , p o r e l p u e b l o . U n p u e b l o q u e h a m o s t r a d o d e s d e m a y o d e1 9 6 8 q u e h a t o m a d o u n a c o n c i e n c i a a g u d a d e l a e x p l o t a c i ó nm a n t e n i d a p o r l a v i o l e n c i a y c u y a c o m b a t i v i d a d , s o b r e t o d o e n t r el o s j ó v e n e s , s e h a a c r e c e n t a d o n o t a b l e m e n t e . E s y a u n a g r a np a r t e d e l c o n t i n g e n t e q u e h a h e c h o f r a c a s a r e l p u t s c h d e A r g e l i a .

É l s e ha br í a l e v a nta do c o ntr a s us o f i c i a l e s s i hub i e r a n da do o r de nde d i sparar , en junio de 1968 , contra los obreros franceses . Eno t r o s t é r m i n o s , e l c o n t i n g e n t e , c o m o r e p r e s e n t a n t e a r m a d o d e l as o c i e da d c i v i l , e s s o s pe c ho s o a l o s o f i c i a l e s que l o c o m a nda n ,é s t o s l o c o n s i d e r a n c o n d e s c o n f i a n z a y a n i m o s i d a d c o m o u n t r a i d o r e n p o t e n c i a , y t a n t o m á s c u a n d o l a c l a s e q u e a c t u a l m e n t ee s t á b a j o b a n d e r a e s t á c o n s t i t u i d a p r e c i s a m e n t e p o r l o s e s t u d i a n t e s y l o s o b r e r o s q u e h i c i e r o n t a m b a l e a r e l r é g i m e n e n m a y o .

Pa r a c o ns t i tu i r una fue r z a s e g ur a , e l po de r no t i e ne m á s a ue unas o l uc i ó n y e s , a l a r g o t é r m i no , r e c o ns t i tu i r un e j é r c i to pr o fe s i o na l—^y se sab e qu e se or ie nta e n e s ta d i rec c ió n— . M ien tra s tan to ,i n te n ta a c e ntua r s u po l í t i c a m i l i ta r t r a d i c i o na l , e s de c i r e m puja ra l e x tr e m o l a m a s i f i c a c i ó n de l o s jó v e ne s r e c l u ta s . Se c o no c e e lpr o c e d i m i e nto : s e i nc o r po r a n a l o s r e c i é n l l e g a d o s , e s to s i g n i f i c aque s e l o s a r r a nc a a s u m e d i o , a s us a c t i v i da de s pr o fe s i o na l e s , s el o s e nc i e r r a dur a nte un pe r í o do de uno a t r e s m e s e s e n l o s c ua r t e l e s . Se l o s s o m e t e a un a d i s c i p l i na de h i e r r o i nú t i l y c a pr i c ho s a ,s i n u t i l i da d m i l i ta r pr o p i a m e nte d i c ha , y que t r a ta de t r a ns fo r m a r l o s e n ho m br e s , s e g ún s e d i c e . S e bu s c a que b r a r l o s , que br a r e n e l l o s l o que s e ha n fo r m a do y a c o m o i de a s y t e nde nc i a se n s u m e d i o y a pa r t i r de s us a c t i v i da de s s o c i o pr o fe s i o na l e s , s el o s e m b r u t e c e , a d e m á s , c o n n o v a t a d a s q u e v a n h a s t a l a v i o l e n c i af í s i c a , u s t e de s a c a ba n de e s c uc ha r un e j e m pl o pe r o s e pue de nc i t a r m u c h o s m á s . . .

Se l e s pr o h i be ta m bi é n l a l e c tur a de l o s d i a r i o s l l a m a do s dei z qu i e r da , c o m o L e Nouvel Observateur, Le Canard enchainé yLHumanité, e n no m br e de l a ne utr a l i d a d de l a a r m a da , y s e



Intervención en la conferencia de prensa del Com ité 239

en t ren am i en t o i n t en s i vo , a veces red u c i d os a l a i n ac t i v i d ad , l o s

rec l u t as ven q u e l e s p roh i b en t od a t om a d e p os i c i ón p o l í t i ca ,m i en t ras l o s o f i c i a l e s l o s ad oc t r i n an t an t o com o p u ed en , d i c i en d o , sea en la ins trucc ión , s ea a l pasar , que hay que fus i lar a losh u e l gu i s t a s , q u e l o s en em i gos s on l a U .R .S .S . y l a C h i n a , q u es on l o s em i s ar i o s d e e s os p a í s e s q u i en es p rovocan l a ag i t ac i ónen e l n u es t ro . P ero j u s t am en t e , h oy , aq u e l l o s a q u i en es s e t ra t ad e t ran s f orm ar en rob ot s p or u n l avad o d e cereb ro s i s t em át i co ,s on l o s q u e h an t om ad o con c i en c i a d e s u s i t u ac i ón en l a s oc i ed adcapi ta l i s ta hará pronto dos años . Es por eso que la lucha se inten

s i f i ca en e l in ter ior de los cuarte les entre una cas ta mi i i lar agr iad a p or s u s d erro t as , q u e q u i ere h acer l a s p agar a q u i en es t i en ep o r r e b e l d e s . . . y h o m b r e s j ó v e n e s m a d u r o s p o r l a a c c i ó n , q u en o o l v i d an m ás l o q u e h an ap ren d i d o . P or e s o D evau x , T rou i -l l e u x , H e r v é , D i v e t n o s o n s i m p l e m e n t e h o m b r e s q u e h a n d e n u n c iado la fa l sa neutra l idad de l e jérc i to y las v io lenc ias f í s i case j erc i d as s ob re e l con t i n gen t e , s i n o q u e s on , s i u s t ed es q u i eren ,e l caso e jemplar que mues tra cómo, en e l in ter ior > io] e jérc i to ,la luc ha de c lase s se intens i f i ca —^y e l hech o de q ue l e s o f ic ia les

l o s h ayan con s i d erad o com o i n c i t an d o a m i l i t ares a l a d es ob e d i en c i a e s l a con f es i ón — p u es t o q u e e l l o s i n c i t ab an a s u s cam a-rad as a n o i n t erven i r com o rom p e h u e l gas en con f l i c t o s q u e n oi n t eres ab an en n ad a a l e j érc i t o y l a d e f en s a n ac i on a l . I n cu l p ar l o sp or e s o q u i ere d ec i r : s í , l o s j óven es d eb en ob ed ecer cu an d o s el e s ord en a i n t erven i r con t ra s u s cam arad as p ara s o s t en er e lp a t ron at o . ¿P or q u é s e l o s en c i erra b a j o s ecre t o? ¿P or q u é s ei n t en t a p res en t ar l o s com o d rogad os ? P orq u e s e t en í a n eces i d add e u n com p l o t p ara d ars e e l p re t ex t o d e acrecen t ar t od av í a l a

repres ión en e l in ter ior , y ace lerar la t rans formación de l e jérc i top ro f e s i on a l . L os d i ar i o s , p or e l m om en t o , gu ard an u n s i l en c i os igni f i cat ivo . Es lóg ico pensar que s i la maniobra debía sa l i rb i e n , a l gu n os d e e l l o s s e d es en cad en ar í an en e l m om en t o q u er i d o . L a m an i ob ra n o d eb e s a l i r b i en . R ec l am am os l a l i b erac i óni n m ed i a t a d e T rou i l l eu x , D evau x , Hervé y D i ve t , cu ya f a l t a e shaber quer ido dar e l punto de v i s ta de una c ierta i zquierda enun cuarte l donde la propaganda de derecha arrasa y se arrogael derecho de hablar so la .

A n t e e l en d roc t r i n am i en t o m as i vo i n t en t ad o p or e l p od er , re -



240 Francia

d a n i a m o s e l d e r e c h o d e e x p r e s i ó n p o l í t i c a y d e o r g a n i z a c i ó n p a r al o s s o l d ad o s , y e s t o d e i n m e d i a t o . P e r o d e s d e a h o r a d e b e m o sp r e p a r a r n o s p a r a u n c o m b a t e c u y o o b j e t i v o y a n o e s a l a r g ot é r m i n o , c o n t r a t o d a t e n t a t i v a p a r a r e c o n s t i t u i r e l e j é r c i t o p r o

f e s i o n a l , q u e s e r í a e l a r m a a b s o l u t a e n m a n o s d e l o s d i r i g e n t e sb u r g u e s e s . D e b e m o s r e c l a m a r l a s u p r e s i ó n d e c u a r t e l e s y t r i b u n a l e s m i l i t a r e s , l a i n s t r u c c i ó n m i l i t a r d e l p r o l e t a r i a d o . N a d a d eejerc i to profes iona l , nada de e jérc i to l lamado nac iona l , s ino e jér ci to popular.

Rouge, W 50, 2 de feb rer o de 1970



P R I M E R P R O C E S O P O P U L A R E N L E N S

Requisitoria

Ten em o s q u e d ec i d i r s i l a ca t á s t ro f e s e d eb e a l a f a t a l i d a d .S i e l acc idente podía ser ev i tado y no lo ha s ido , es tamos anteu n h o m i c i d i o . H a y d o s e s p e c i e s d e h o m i c i d i o : p o r i m p r u d e n c i a ei n t en c i o n a l . En e s t e ca so d eb em o s d ec i d i r a n t e cu á l d e e s t o s d o sd e l i t o s n o s e n c o n t r a m o s .

N o s e p u ed e d ec i d i r n a d a co n re sp ec t o a l a ca t á s t ro f e d e l 4de febrero , s in co locar la en e l cuadro genera l de l problema de las e g u r i d a d .

La m i n a e s m a l a , s e n o s d i ce ; d esd e q u e e s t á en e l f o n d o e l

t ra b a j a d o r s e en cu en t ra en p e l i g ro d e m u er t e o , en t o d o ca so ,d e i n v a l i d e z . É s o s s o n l o s riesgos, p ie ns a é l , y s i l a m ala s ue rteh a ce q u e u n d í a p i erd a u n d ed o d e l a m a n o , s erá f á c i l m en t e p er su a d i d o d e q u e h a s i d o v í c t i m a d e l a f a t a l i d a d . Es t a co n v i cc i ó ne s s ó l o s u b j e t i v a , i n d i v i d u a l : n i n g ú n i n d i v i d u o p u e d e e s t a r s e g u ro d e a cc i d en t a rse e s t a s em a n a o e s t e a ñ o . Lo q u e e s seguro, pore l co n t ra r i o , e s q u e h a h a b i d o , en l o s ú l t i m o s t i em p o s , 8 0 m u er t o sp o r a ñ o en e l co n j u n t o d e l a s m i n a s d e l N o r t e y q u e h a b rá o t ro s

t a n t o s e s t e a ñ o , s i n o m á s , p u e s c o n l a s n u e v a s m á q u i n a s e l n ú m e r o d e a c c i d e n t e s t i e n d e a i n c r e m e n t a r s e . E s t e c o n o c i m i e n t o c i e r t oes t a m b i én co n o c i m i en t o d e l a d i recc i ó n y l o s i n g en i ero s , q u i en esd i sp o n en d e e s t a d í s t i ca s . ¿ C ó m o se l l a m a a e so s p o rcen t a j e s?E s o s e r í a l a f a t a l i d a d : " l a s m i n a s c o m e r í a n h o m b r e s " .

S er í a a d m i s i b l e s i e l t ra b a j o en l o s t ú n e l e s f u era u n a a cc i ó nnatural, s i e l h o m b re s e v i era o b l i g a d o p o r su n a t u r a l eza a v i v i ra l l í y a t rabajar a l l í . Nada de eso : es una act iv idad soc ia l que se

d esa rro l l a en e l s en o d e l a so c i ed a d ca p i t a l i s t a y co n co n d i c i o n es



24 2 Francia

es tab lec idas en e l la . Se t rata , pues , no de pérd idas y de acc iden

t e s i n e v i t a b l e s , s i n o d e a c c i d e n t e s y d e p é r d i d a s exigidos por lacarrera de las ganancias. El gr i sú , l a s i l i cos i s , pu ed en ser l lam ad o s f a t a l i d a d , s i s e q u i e r e , p e r o d i g a m o s q u e s o n f a t a l i d a d e s q u ea r r i b a n a c i e r t o s h o m b r e s p o r i n t e r m e d i a c i ó n d e o t r o s h o m b r e sque los exp lotan , y que sacr i f i can la sa lud o la v ida de los t rab a j a d o r e s a l a p r o d u c t i v i d a d . S i n l a f o r m a c a p i t a l i s t a d e l t r a b a j oe n l a s m i n a s , l o s m i n e r o s n o c o n o c e r í a n l a s i l i c o s i s ; s i n l a s n u e v a sm á q u i n a s — e n p a r t i c u l a r l a s t r i t u r a d o r a s i n t e g r a l e s q u e m u l t i

p l i c a n e l p o l v o m o l i e n d o e l c a r b ó n — , l a s i l i c o s i s s e r í a m e n o sv i r u l e n t a y a t a c a r í a a m e n o s g e n t e . E n o t r o s t é r m i n o s , e s t a e n f e r m e d a d s e d e s a r r o l l a e n p r o p o r c i ó n a l a s m e j o r a s d e l a p r o d u c t i v i d a d e n l a s m i n a s . S e t r a t a , l i s a y l l a n a m e n t e , d e u n a sobre-

explotación d e l m i n e r o : e s e x p l o t a d o , p o r s u p u e s t o , c o m o t o d o sl o s o b r e r o s . P e r o — a u n q u e l o s a c c i d e n t e s d e t r a b a j o y l a s e n f e r m e d a d e s p r o f e s i o n a l e s e x i s t e n p a r a t o d o s l o s o b r e r o s — , é l e ss o b r e e x p l o t a d o p o r q u e e s o s a c c i d e n t e s y e n f e r m e d a d e s s o n m á sg r a v e s . Y a g r e g u e m o s : cada ve z m ás graves en su t raba jo . E lp r o m e d i o d e v i d a e n l a s m i n a s e s m á s b a j o q u e e n o t r o s o f i c i o s .L a s o c i e d a d b u r g u e s a s o b r e e x p l o t a a l o s m i n e r o s p o r q u e n is i q u i e r a d e s e a g a s t a r l a s u m a n e c e s a r i a e n r e s t a u r a r c a d a d í asu fuerza de t rabajo: de ja que la en fermedad los corroa y losinva l ide ; d ía a d ía son menos ap tos para t rabajar . Cada d ía ,c u a n d o d e s c i e n d e n a l f o n d o , s i le n c i o s o s , s o l i ta r i o s y m u d o s , s a b e nqu e v a n a ree nco ntr ar la fa ta lidad que los de ter io ra , per o esaf a t a l i d a d t i e n e u n r o s t r o d e h o m b r e : s o n s i m p l e m e n t e l a s c o n

d i c i o n e s q u e l a s o c i e d a d b u r g u e s a i m p o n e a s u t r a b a j o p a r a s a c a rd e é l , a e x p e n s a s d e s u v i d a , e l m á x i m o d e p r o v e c h o .

A ú n b a j o e s t a f o r m a l a s e n t e n c i a d e m u e r t e d i c t a d a c o n t r ae l l o s p e r m a n e c e a b s t r a c ta . E n v e r d a d , h a c e n f a l t a h o m b r e s d ec a r n e y h u e s o p a r a e j e c u t a r l a . E s o s h o m b r e s s o n c o n o c i d o s p o rl o s m i n e r o s : s o n l o s c a p a t a c e s d e m i n a s , l o s i n g e n i e r o s , l o s m é d icos , l os d i rec tores . Se t rata c laramente de homic id io y l os

s u p e r i o r e s s o n c l a r a m e n t e r e s p o n s a b l e s , p u e s t o q u e d e p e n d ede e l los . Fa l ta saber s i hay que acusar los de homic id io por imp r u d e n c i a o d e h o m i c i d i o i n t e n c i o n a l . H a b r í a h o m i c i d i o p o r i m



Primer proceso p opular en Lens 2 4 3

f a s t a s d e l a s m e d i d a s q u e t o m a n ; s i l a s i g n o r a r a n p e r o s í , c o n

u n e s f u e r z o m á s so s t e n i d o , l e s f u e r a p o s i b l e l l e g a r a c o n o c e r l a s .H a y h o m i c i d i o i n t e n c i o n a l s i están al corriente de los e f ec tos desu s d e c i s i o n e s . D e sd e e s t e p u n t o d e v i s t a u n a c o sa e s t á c l a r a entodo caso: la s i l i co s i s e s un a en fer m ed ad que se a trapa en e lf o n d o , e l m i n e r o a sp i r a c a r b ó n , su s p u l m o n e s so n t o m a d o s p o c oa p o c o p o r e l p o l v o n e g r o . P a r a sa l v a r l o , u n so l o m e d i o : r e t i r a r l ode l fondo , dar le un t rabajo a l a i re l ibre .

A l m é d i c o l e t o c a d e t e r m i n a r su t a sa d e s i l i c o s i s : b a j o p r e s c r i p c i ó n m é d i c a , e l i n g e n i e r o e n j e f e v e r á l a p o s i b i l i d a d d e t r a s

l a d a r l o . En e sa s c o n d i c i o n e s , s i e l m é d i c o d a a l e n f e r m o u n atasa de s i l i cos i s nu la o in fer ior a la que t i ene verdad» -ramente ,e s i n t e n c i o n a l m e n t e c r i m i n a l . S a b e p e r f e c t a m e n t e , e n e fe c t o , q u es i e l m i n e r o p e r m a n e c e e n e l f o n d o , su e s t a d o sólo pvede empeorar. N i n g u n a p o s i b i l i d a d d e q u e sa l g a d e é l . E l d . e n v í aa sa b i e n d a s a su e n f e r m o a l a m u e r t e l e n t a . A h o r a . n , e s t áp r o b a d o qne l o s m é d i c o s d e m i n a s t i e n e n l a m a y o r r i o u g n a n c i ap a r a t r a t a r a l o s m i n e r o s c o n s i l i c o s i s c o m o v e r d a d e r o . ; a c c i d e n t a d o s . ¿La razón? S i e l en fermo es re t i rado de la mina , si su i n v a

l i d e z n e c e s i t a u n a p e n s i ó n , e l Es t a d o p a t r ó n p a g a t m l i o m b r e p o rn o h a c e r n a d a ; u n m é d i c o q u e d i j e r a l a v e r d a d n o s e m a n t e n d r í ase i s m e se s e n l a s m i n a s : e so s e h a v i s t o . Y l o q u e s e v e todo e lt i e m p o e s q u e u n t r a b a j a d o r r e e n v i a d o a l f o n d o c o n u n a t a sare con oc i da de l 1 % de s i l i cos i s y a ve ce s s in n i s iqu ier a a lus iónm é d i c a a l a e n f e r m e d a d ( t i e n e a sm a , e so e s t o d o ) , m u e r e p o c od e sp u é s y l a a u t o p s i a d e sc u b r e — so b r e t o d o s i e s r e a l i z a d a p o ru n m é d i c o particular—, qu e la tas a de s i l icos is era de un 100 %.En c a d a c a so e l m é d i c o d e l a s m i n a s t i e n e , p u e s , l a e l e c c i ó n :

a c r e c e n t a r l a d e sc o n f i a n z a d e l a e m p r e sa q u e , a l a l a r g a , c o n d u c i r á a q u e n o l e r e n u e v e n e l c o n t r a t o . O m e n t i r . Lo s q u e e s t á ne n e j e r c i c i o d e sd e h a c e m u c h o t i e m p o , q u e p o se e n l a s c a sa s m á sh e r m o s a s y v i v e n h o l g a d a m e n t e , e s t e m o s s e g u r o s q u e h a n d e c i d i d o d e sd e h a c e r a t o e n t i ' a r e n e l j u e g o d e p r o n u n c i a r a m e n u d om e n t i r a s h o m i c i d a s . To d o s a q u e l l a s q u e h a n d a d o t a sa s d e s i l i c o s i s i n f e r i o r e s a l a s r e a l e s d e sc u b i e r t a s s e g u i d a m e n t e — p o ra u t o p s i a o d e o t r o m o d o — d e b e m o s c o n c l u i r q u e so n a se s i n o s .

Una e x t r a ñ a c o n sp i r a c i ó n d e s i l e n c i o y d e m e n t i r a s s e d esa r r o-



244 Francia

l ia a lrededor de los mineros cuando se t rata de s i l i cos i s , y mása ú n d e m e d i d a s d e s e g u r i d a d .

E l T r i b u n a l h a p rob ad o q u e l a s egu r i d ad d e l a s m i n as d e h u l l aes u n a f a l s a s egu r i d ad , u n a s egu r i d ad q u e d e j a m at ar .

Hay d os órd en es d e m ed i d as d e s egu r i d ad . E l p r i m ero , q u econ c i ern e a l a s egu r i d ad gen era l , d eb e s er e s t ab l ec i d o p or e lE s t ad o p a t rón . Y l o s acc i d en t es y l o s cas os d e s i l i co s i s s er í ancon s i d erab l em en t e red u c i d os s i s e arreg l ara e l f on d o: agu a , p r i m e r o , para hacer caer e l po lvo , r iego durante e l t rabajo , vent i la d ores en b u en e s t ad o , t e l egr i s óm et ros , ga l er í a s an ch as d on d e s eap os i b l e e l d es p l azam i en t o con u n a carga s i n h acers e ap l as t aru n a m an o , can t eras d e re s ervas d on d e s e p u ed a h acer t rab aj arl o s eq u i p os en cas os d e d e t en c i ón d e ven t i l ac i ón . A h ora b i en ;n ad a d e e s o ex i s t e verd ad eram en t e . E l 4 d e f eb rero , en F ou q u i é -r e s , en un tajo reconocido por la cant idad de gr i sú , y s in la a ireac i ón n eces ar i a — s e acab ab a d e reem p l azar e l ven t i l ad or— n oh ab í a u n t e l egr i s óm et ro p ara t od a l a f o s a . ¿P or q u é? P orq u e e s ocos t ar í a d em as i ad o caro : i n vers i ón s u p l em en t ar i a en m at er i aM at er i a l i m p rod u ct i vo : l o ú n i co q u e h ar í a s er í a p ro t eger l a v i d ad e l o s m i n e ro s . E n cu a n t o a l o s t a jo s d e re s erva : d em as i ad o carostambién: no había n i uno en Fouquiéres . Pvaras son las fosasd on d e l a d i recc i ón l o s h a h ech o arreg l ar . A gu a , ap en as . L a t r i

t u rad ora i n t egra l t i en e agu j eros d e r i ego , p ero s e t ap an m u yráp i d o y n ad i e s e t om a t i em p o p ara d es t ap ar l o s . L as regad erass e rom p en , n o s e l a s rep ara . S e d eb er í an evacu ar l a s ga l er í a scu an d o l a t r i t u rad ora t rab aj a : s er í a d em as i ad o l argo , d em as i ad ocam i n o a recorrer , l a p rod u cc i ón d i s m i n u i r í a : s e t rab aj a p u es enuna nube de polvo , y tanto peor para la s i l i cos i s . As í la cuotad e s e g u r i d a d e s u n a m e n t i r a s o l e m n e q u e s u s c i t a n u e v a s m e n t i ras: s i l a s egu r i d ad s e h a m os t rad o m ás gran d e en e l cu rs o d e laño en una fosa que en otra , no es s ino por e fecto de l azar; las

cau s as d e acc i d en t es s on en t od as p ar t e s l a s m i s m as . P or o t rap ar t e e s o n o b as t ar í a : s e l i m i t a a recom p en s ar a l azar com o s ifuera e l f ruto de la v ig i lancia de todos , s e trampea. T a m b i é n l ap r i m a e s d ad a a u n a f a l s a seguridad. D e h ec h o , con l a ayu d ad e l o s m éd i cos , cu an d o u n a f o s a e s t á en con d i c i on es d e m erecere l s egu ro , s e d i s i m u l an l o s acc i d en t es , s e l o s b au t i za "en f erm ed ad e s " . S ob re e s t e p u n t o t am b i én e l m éd i co q u e s e h ace cóm p l i ce



246 Francia

m ero so s a cc i dent es . S i e l m i nero co l o ca v i g a s de so s t én , s e ev i t am u c h a s c o m p l i c a c i o n e s . Y s i a n t e s d e l a e x p l o s i ó n ' e l b o t a f u e g odes c i en de 1 20 , 150 m et r o s e n pen d i e nt e pa ra l l eg a r a l a g a l er í a ,i m p e d i r í a q u e e l c a r b ó n s e d e s p a r r a m a r a a s u a l r e d e d o r . P e r os i e n d o m e n o r e l r e n d i m i e n t o , u n o y o tr o s e r á n t a n t o m e n o spa g a do s . E n o t ro s t érm i no s : e l m i nero e s t á f ren t e a e s t a s i t ua c i ó n m o n s t r u o s a : e l e g i r e n t r e e l r e n d i m i e n t o o l a s e g u r i d a d . Ys i e l i g e a é s t a , co m o d i ce uno de e l l o s : "S i busca s t u s eg ur i da d ,t u s h i j o s n o c o m e r á n c a r n e a m e n u d o " . ¿ E n t o n c e s ? ¿ Q u é h a c e n ?

Perjoran. H a c e n e l t ú n e l c o n e x p l o s i v o s , s i n v i g a s d e s o s t é nsobre e l lo s . O b ie n —^y es t o es fa l ta d e l Estad o patr ón — , de sp ué sde ha ber co l o ca do l a s v i g a s dura nt e una decena de m et ro s , s eq u e d a n s i n m a t e r i a l : e n t o n c e s l o q u e h a n p u e s t o d e t r á s l o q u i t a ny l o p o n e n a d e l a n t e ; a v a n z a n como se puede; a v e c e s s o n l o sca ño s l o s que so s t i enen e l t echo . S i sucede un a cc i dent e , e s cu l pade e l l o s . Se l l eg a pues a e s t e s i s t em a o d i o so : so bre l o que g a naun o brero , e l E s t a do pa t ró n l e re t i ene t o do s l o s t ra ba j o s que

p u e d e n i m p e d i r l e s e r m a t a d o : l a m i n a p e r t e n e c e a l a s o c i e d a dca p i t a l i s t a , l o s a cc i dent es y l a s en f erm eda des pro f es i o na l es queen e l l a a f ec t a n a l o s o brero s so n respo nsa b i l i da d de ella sola; ys i n em ba rg o ha ce pa g a r l a de f ensa de l o brero co nt ra l o s m a l esde l o s cua l e s e s re spo nsa b l e al obrero mismo: y sab e b ie n qu e e lo brero , m a l pa g a do , en t re co l o ca r v i g a s y per f o ra r , e l i g i rá per forar . Sabe b ien que e l la lo anima a hacer eso . Los gr i tos , l asv i o l enc i a s de l o s ca pa t a ces en l o quecen a l o s t ra ba j a do res ; s e l e s

p i de que v a y a n m á s rá p i do y l o ha cen , sa cr i f i ca ndo l a s eg ur i da da l rend i m i ent o . D i cho de o t ro m o do , e s t a e s l a t á c t i ca : s e da nco n s i g na s d e s eg ur i da d , en a l to n i v e l , pero s e sa be y s e de seaque e l o brero s e pro t e j a mal p u e s n o p o d r í a h a c e r l o bien s inper j ud i ca r a l rend i m i ent o : é l ca e en l a t ra m pa — ¿ có m o po dr í aev i t a r l o s i su sa la r i o de pe nd e de e so ? — y se pro t eg e m a l ; s e l oa prueba , s e l o a p l a ude , pero s i l enc i o sa m ent e . De e s t a suer t e ,cua ndo so brev i ene un a cc i dent e s e sa ca a re l uc i r e l l i bro de co n

s i g na s : e l m i nero e s cu l pa b l e , e s é l qu i en ha pro v o ca do l a des g ra c i a , e s é l qu i en debe s er ca s t i g a do . Inno b l e e s t ra t a g em a : l o sv e r d a d e r o s r e s p o n s a b l e s — c o n s c i e n t e s — e s t á n e n l a d i r e c c i ó n ;



Primer proceso electoral en Lens 247

a s e g u r a r s u p r o t e c c i ó n . H a y q u e c o n c l u i r a q u í c o n u n a p r i m e r ae t a p a : e n t r a r e n e l s i s t e m a e s c o n v e r t i r s e necesariamente e na s e s i n o o v í c t i m a . L o s o b r e r o s s o n l a s v í c t i m a s , l o s c a p a t a c e s( a n t a ñ o e l e g i d o s e n t r e l o s o b r e r o s , h o y s e l e c c i o n a d o s e i n s t r u i d o se n e s c u e l a s e s p e c i a l e s ) y s o b r e t o d o l o s i n g e n i e r o s , l o s m é d i c o sy los d irectores son ases inos . Lo saben y mienten: e l obrero tra tad e n o c o n s i d e r a r s e c o m o u n a v í c t i m a : e n v a n o , e n e l f o n d o d es í m i s m o c o n o c e s u e s t a d o ; s u s o p r e s o r e s t r a t a n quizá d e e n c u b r i r s e s u s b a j a s n e c e s i d a d e s ; e n v a n o , l a s m i n a s d e h u l l a , p a r aa c r e c e n t a r s u r e n d i m i e n t o , t i e n e n n e c e s i d a d d e u n a c a n t i d a dc r e c i e n t e d e a c c i d e n t e s y d e e n f e r m o s d e s i l i c o s i s : i m p o s i b l e

e n m a s c a r a r l o . P o r e s t a r a z ó n , é s t o s s o n h o m i c i d i o s i n t e n c i o n a l e s .U n h o m i c i d i o v o l u n t a r i o c o n o c e l a i d e n t i d a d d e l q u e g o l p e a : e se l m a r i d o c e l o s o , q u e m a t a a q u i e n s u p o n e e l a m a n t e d e s u m u j e r .U n h o m i c i d i o i n t e n c i o n a l e n c a r a o c h e n t a m u e r t o s p o r a ñ o , n osabe nada de e l los , n i s iqu iera su ident idad; sabe que son necesarios y q u e , e l a ñ o p r ó x i m o , c o n n u e v a s m á q u i n a s , s e r á n n e c e s a r i o s m á s . N o e s m e n o s q u e u n a s e s i n o .

La dirección ha matado en Fouquiéres

E x i s t e u n i n f o r m e o f i c i a l s o b r e e l a c c i d e n t e d e F o u q u i é r e s .B u s c a l a c a u s a y n o l a e n c u e n t r a . A l o s u m o c o n c l u y e e n q u e" e n e l e s t a d o a c t u a l d e l a i n v e s t i g a c i ó n , p a r e c e q u e l a e x p l o s i ó nde gr i sú de l 4 de f ebrero de 1970 ha s ido provocada por e l des arra igo de un anc la je de monorr ie l bajo e fec tos de la t racc iónd e l t o r n o s o b r e u n c a r r o b l o q u e a d o " . H e r m o s o t e x t o : ¡ f a l t a t o d oN o t e m o s p r i m e r o q u e e l c a m b i o d e v e n t i l a d o r h a t e n i d o l u g a r

e n l a s e m a n a , e n e l c a m b i o d e t u r n o d e l a m a ñ a n a . P r i m e r e r r o r .L o s i n g e n i e r o s y l a d i r e c c i ó n s o n r e s p o n s a b l e s d e é l . A g r e g u e m o sq u e t u v o l u g a r e n u n a f o s a d o n d e , e n v a r i a s o p o r t u n i d a d e s , h a ns i d o r e g i s t r a d a s m a r c a s d e m á s d e l 3 % d e g r i s ú , p r e c i s a m e n t es o b r e e s e t r a z a d o . Y q u e , e n a u s e n c i a d e t o d o t e l e g r i s ó m e t r o ,l a d e t e n c i ó n d e l v e n t i l a d o r h a t e n i d o p o r e f e c t o a c u m u l a r p e l i g r o s a m e n t e l a m a r c a d e g r i s ú . E n e s t e m o m e n t o , p u e d e d e c i r s e ,después de la co locac ión de l vent i lador de 20 CV pero antesde su pues ta en marcha , que se in trodujo un equ ipo de t rabaja -



240 Francia

dores en un ta jo pe l igroso , no a ireado , donde e l gr i sú ha ten idot o d a s l a s p o s ib i l id a d e s d e a c u m u la r s e . Lo s m in e r o s s e u b ic a r o ny a lg u n o s c o m e n z a r o n s u s t r a b a j o s , a f a l t a d e u n t a j o d e r e s e r v ad o n d e h u b ie r a n t r a b a j a d o e n o t r o t r a z a d o . La m a r c a d e g r i s ú

n o e s c o n o c id a por nadie a fa l ta de te le gr is óm etro : lo s trabaja d o r e s e s t á n en peligro de muerte inmediata. Y h e l a a q u í , e ne f e c t o : a lg u ie n t r a t a d e d e s b lo q u e a r u n c a r r o ¿ d e d ó n d e v i e n ee s e c a r r o ? ¿ Q u ié n l e p e r m i t e t r a b a j a r ? , e l a n c la j e d e l m o n o r r i e ls e d e s p r e n d e , s e d e d u c e q u e e l r i e l e s t á s o b r e c a le n t a d o , e l g r i s úa c u m u la d o e x p lo t a , d i e c i s é i s m u e r t o s , o n c e h e r id o s . Na d a e s m á sc la r o : e l r e s p o n s a b le e s e n p r im e r lu g a r e l Es t a d o -p a t r ó n . Pe r oé l e s t á l e j o s y h a y h o m b r e s d e c a r n e y h u e s o q u e t r a b a j a n e ns u lu g a r y m a t a n p o r é l . A e s t o s h a y q u e n o m b r a r lo s : s o n lo s

in g e n ie r o s q u e d e c id i e r o n c a m b ia r l a v e n t i l a c ió n u n d ía d e s e m a n a e n u n s e c t o r l l e n o d e g r i s ú d o n d e h a b ía h o m b r e s t r a b a j a n d o; e s el d i r e c t o r r e s p o n s a b le d e l a a u s e n c ia t o t a l d e m e d id a sd e s e g u r id a d g e n e r a l —s in t e l e g r i s ó m e t r o , s in t a j o d e r e s e r v a —.¿ H o m i c i d i o p o r i m p r u d e n c i a ? N o : h o m i c i d i o i n t e n c i o n a l . Hacíanfalta e s o s m u e r t o s p a r a q u e la p r o d u c c ió n d e c a r b ó n a lc a n z a r a s um á x i m o . N o h a c í a n f a l t a n e c e s a r i a m e n t e e s e d í a , p o d í a s e r a ld ía s igu iente , hubiera pod ido ser e l d ía anter ior ; no era tampocoe s a f o s a q u ie n d e b ía e n t r e g a r lo s : l a s m e d id a s d e s e g u r id a d e s t á n

i g u a l m e n t e m a l t o m a d a s e n l a s f o s a s v e c i n a s , " e l a c c i d e n t e " p u d ot e n e r lu g a r n o im p o r t a d ó n d e , s ó lo b a s t a b a u n p o c o d e g r i s ú .Pe r o h a c ía n f a l t a , e s t a b a n p r e v i s t o s , f o r m a b a n p a r t e d e e s o s 8 0m u e r t o s q u e r e p r e s e n t a n a n u a l m e n t e ( c o n l o s h e r i d o s , l o s i n v á l idos y los a fec tados de s i l i cos i s ) e l t r iunfo ca lcu lado de l rend i m i e n t o s o b r e l a s e g u r i d a d . E s o s m u e r t o s f u e r o n h e c h o s d e antemano, en las Gra nd es Of ic in as , don de se t ien e a los obreros pors im p le s m á q u in a s d e l a s c u a le s e s p o s ib l e s e r v i r s e h a s t a q u ee s t é n g a s t a d a s . Le s p r o p o n g o p u e s l a s c o n c lu s io n e s s ig u ie n t e s :

E l Es t a d o p a t r ó n e s c u lp a b le d e l a s e s in a t o d e l 4 d e f e b r e r o d e1970,

La d i r e c c ió n y l o s in g e n ie r o s r e s p o n s a b le s d e l a f o s a 6 s o nl o s e je c u t o r e s . E n c o n s e c u e n c i a , e l l o s s o n i g u a l m e n t e c u l p a b l e sd e h o m i c i d i o s i n t e n c i o n a l e s : i n t e n c i o n a l m e n t e e l i g e n e l r e n d í -



250 Francia

El 1 7 de d i c i embre de 1 9 7 0 , en l a Co r te de Seg ur ida d de l Es t a d o , t o d o s l o s a c u s a d o s p r e s e n t e s f u e r o n a b s u e l t o s . B e r n a r d L i s -

c i a f u e c o n d e n a d o a c i n c o a ñ o s p o r n o c o m p a r e c e r .

4 . Este veredicto será difundido masivam ente en el conjunto

de la cuenca minera, será leído, el 14 de diciembre, en la Cortede Seguridad del Estado.

So co rro ro jo .



III

I S R A E L . E L M U N D O Á R A B E



ENTR EV I S TA

C . CHONEZ. —Jean -Paul Sartre: ¿qué piensa usted del desarro

llo actual del drama de Medio Oriente, y en particular de la po

lítica del general de Gaulle a ese respecto?

J E A N - P A U L SARTRE. —• So y partid ario de una paz negoc iada. Si

multáneamente por razones políticas y porque soy amigo de ambos campos. Los árabes, en general, no gustaron mucho de misdeclaraciones, los israelíes tampoco. Ahora bien, me inspiro enlo que creo que es el interés de todo el mundo al pensar quehace falta una paz negociada. Lo que por mi parte, evidentemente, significa:

19 que, de una manera o de otra, Israel deberá restituir losterritorios que ocupa, y aún que debería tomar la decisión dehacerlo sin presiones, por sí mismo;

2"? que la soberanía de Israel debe ser reconocida;9 que el problema de los palestinos debe ser inmediatamente

el objeto de las primeras negociaciones, pues se trata de un problema capital. (Es evidentemente lamentable que nunca el problema de los palestinos sea considerado en las declaraciones delgobierno israelí.)

—¿Considera usted que la cosa se haga bajo la égida de la

O.N.U. o de cualquier otro organismo internacional? ¿O piensaque los judíos y los árabes pueden llegar a esa negociación sim

plemente entre ellos? Pero eso no parece estar en camino.

—^Encuentro deplorable que una decisión pueda ser dictada porlas grandes potencias; si todo debiera terminar por un reglamento negociado entre los soviéticos y los norteamericanos, y luegoimpuesto a las dos partes, me parecería deplorable. La verdadera solución, la única solución debe ser una negociación direc-



254 Israel. Él mun do árabe

ta . Pe r o c omo l a s i tu ac i ón n o s e p r e s ta d e mas i ad o , h ay e n e f e c tou n s o l o l u g a r d o n d e e s t o p u e d e y d e b e e m p r e n d e r s e : e s l a O . N . U ,D e s g r a c i a d a m e n t e l a O . N . U . r e f l e j a r á p r o b a b l e m e n t e l a d e c i s i ó ntomad a p or l o s d os gr an d e s . N o: n o l o s c u atr o , p or q u e e s o d el os c u atr o e s u n a e s ta fa . Los o tr os d os n o s on ad mi t i d os . N i n o s o t r o s n i I n g l a t e r r a s o m o s s e r i a m e n t e c o n s u l t a d o s . N o t e n e m o smás r az on e s p ar a s e r c on s u l tad os q u e o tr os , más i n te r e s ad os e ne l p r o b l e m a , o e n c o n c r e t o m á s i m p o r t a n t e s .

D i c h o e s to , n o p i e n s o q u e u n ge s to b r u ta l d e c ó l e r a p u e d a s e r v i r p a r a n a d a . E l e m b a r g o s o b r e l a s a r m a s e s v e r d a d e r a m e n t eu n c ap r i c h o i n s op or tab l e , q u e n o c or r e s p on d e a n ad a . Par a Fr an c i a e s u n a man e r a d e h ac e r h ab l ar d e e l l a , y d e q u e r e r as oc i ar s ea a q u e l l o s q u e v e r d a d e r a m e n t e r e g u l a r á n e l c o n f l i c t o .

—¿No se p o d r í a incitar a las otras "grandes potencias": Inglaterra, Un ión Soviética y Estados Un idos, a suspender sus envíos de arm as, por supuesto igualmen te a los árabes y a losjudíos? Usted sabe que de Gaulle ha pretendido, no sé si es ver

dad, que los árabes tam poco habían recibido ni un arma desdehace un año y medio. Entonces, si verdaderamente las cuatro"gran des potencias" aplicaran bilateralmen te una decisión semejante ...

— D e Gau l l e h a d ad o ar mas a I r ak , y u s t e d s ab e q u e h ay t r o p as i r ak e s as li s ta s a i n te r ve n i r e n e l c on f l i c to . Po r o tr a p ar te ,n o c r e o q u e l a d e c i s i ón d e e mb ar go d e Fr an c i a s e r á i mi tad a p orl as gr an d e s p o te n c i as . Es ta d e c i s i ón d e l ge n e r a l d e Gau l l e n ot e n d r á n i n g u n a c o n s e c u e n c i a , a b s o l u t a m e n t e n i n g u n a . T o d o l oq u e h ac e e l ge n e r a l d e Gau l l e d e s d e h ac e var i os añ os , j amás t i e n e c o n s e c u e n c i a s , n o h a y m á s r e m e d i o q u e r e c o n o c e r l o . J a m á st ie n e c o n s e c u e n c i a s . . . o l a s t i e n e n e f a s ta s . D e u n a m a n e r a . g e neral , no se trata de jugar a la gran potenc ia cuando no se esu n a g r a n p o t e n c i a . A d e m á s , e s a i n t e r v e n c i ó n b r u t a l e s a l m i s m ot i e mp o d e s h on e s ta : s e h a f i r mad o u n c on tr a to , s e h a r e c i b i d od i n e r o . Por l o tan to s e d e b e e n tr e gar a c amb i o e l p r od u c to e s p e c i f i c ad o e n e l c on tr a to . N i n gu n a p e r s on a h on e s ta v i o l ó n u n c au n c on tr a to as í . Y e s o n o p u e d e c on c l u i r e n n ad a s i n o e n e xas



Entrevista 255

comple ta de su causa . As í pues , de ambos lados , e l conf l i c to i ráa g u z á n d o s e .

En f in: la so luc ión de no dar armas a nadie t erminará en e s to :en concre to lo s i srae l í e s fabr ican armas y lo s eg ipc ios t i enenl a s d e l o s s o v i é t i c o s . P e r o s i s u p o n e m o s i d e a l m e n t e q u e n a d i et i e n e m á s a r m a s , e n e s e m o m e n t o n o s e n c o n t r a m o s c o n o c h e n t a m i l l o n e s d e h o m b r e s c o n t r a d o s m i l l o n e s . S u p r i m i r l a p o t e n c ia de fuego de ambos bandos , e s reso lver e l problema aband o n a n d o e s o s d o s m i l l o n e s d e h o m b r e s a e s o s o c h e n t a m i l l o n e s .N o d i g o q u e e s a n o s e a u n a s o l u c i ó n d e s e a d a p o r a l g u n o s . C o n s t a t o s i m p l e m e n t e q u e , s i s e p r e t e n d e c o n c l u i r e n u n a p a z n e g o

c iada re t i rando la s armas a todo e l mundo , e so equiva le en concre to a entregar e l Estado de I srae l a lo s árabes .

— ¿Pero entonces donde ve usted una esperanza de paz? ¿Sobre todo si cree que la O.N.U. no tiene quizá, para uva reglamen tación eventual, bastante autoridad moral?

— P i e n s o q u e m u c h a s c o s a s e s t á n e n m a n o s d e I s r a e l . Y e n cuentro que la po l í t i ca i srae l í e s muy pe l igrosa , en j iar t i cu larp o r q u e d e j a p l a n e a r l a d u d a s o b r e l a s r e g i o n e s o c u p a d a s . N a d i es a b e s i s o n r e g i o n e s m i l i t a r m e n t e o c u p a d a s s i m p l e m e n t e p o r c u e s

t iones de segur idad, o s i son reg iones que van a ser anexadas .Nadie lo sabe porque no se hace una dec larac ión sobre e l t emae n e l K n e s s e t h . N i n g ú n m i n i s t r o h a h a b l a d o d e l a s u n t o . A d e m á s ,h a b r í a q u e p r o b a r q u e m a n t e n e r e s a s r e g i o n e s e s n e c e s a r i o m i l i t a r m e n t e : p a r a d o s m i l l o n e s d e h o m b r e s m o v i l i z a d o s , t e n e rfronteras tan grandes , puede presentar , a l contrar io , un pe l igro .Y o s é p o r e j e m p l o q u e a l m i s m o t i e m p o q u e o c u p a n e s a s r e g io n e s , e l l o s de ja n desc ub ier tas reg ion es de la f rontera l ibanesa ,q u e e s m u y p e l i g r o s a e n e s t e m o m e n t o . P a r a g u a r d a r l a f r o n t e r a

l i b a n e s a , d e b e r í a n e v a c u a r o t r a s p a r t e s d e l o s t e r r i t o r i o s . ¿ Ycuá l e s la exper ienc ia de e s to s ú l t imos años? Es que , tanto paral o s i n g l e s e s , l o s f r a n c e s e s o l o s h o l a n d e s e s , u n p a í s o c u p a d o n os i g u e o c u p a d o n u n c a p o r m u c h o t i e m p o . N o s o t r o s d e b i m o s a b a n donar todas nuestras co lonias ; y en e l caso de I srae l no se t ra tade co lonias , se t ra ta de t err i tor io s mi l i tarmente ocupados . Pero ,a la larga , uno se arruina en e sa operac ión cos tosa . Y ademas ,la s fuerzas adversas ac túan más y más y se t ermina por aband o n a r c u a n d o h u b i e r a v a l i d o m á s h a c e r l o l o m á s r á p i d o p o s i b l e .



25 6 Israel. El vnmdo árabe

— / V e usted signos indicando que al menos un puñado de hombres importantes e inteligentes de Israel quieran rev isar esa política militar?

—P i ens o que s í , ha y s i g no s de e s o . O a l m eno s ha b í a , pues to

que l a o p i n i ó n i s ra e l í ca m bi a da do que l o s a co ntec i m i ento s s o nl o que s o n . La i zqu i erda de l M a pa m , de l a cua l co no zco pers o na l m en te m uy b i en a c i er to s m i em br o s , e s ta ba a fa v o r de e s a rev i s i ó n , que ha br í a co ns i s t i do en dec l a ra r i nm edi a ta m ente quel a s reg i o nes o cupa da s l o e s tá n s ó l o m i l i ta rm ente , y a ún co ns i dera r un re t i ro de t ro pa s (qu i zá co ntra g a ra nt í a s ) . P o r o tra pa r te , e s ta i zqu i erda de l M a pa m s e pro po n í a re s o l v er en pr i m erl u g a r e l p r o b l e m a d e l o s r e f u g i a d o s p a l e s t i n o s . U n o d e s u s m i e m bros , po r e j em pl o , uno de l o s m á s i n te l i g en te s , m e dec í a : " El i n

t er l o cuto r v á l i do pa ra l o s i s ra e l í e s , e s E l F a ta h" . U s tedes v en:h a y h o m b r e s q u e i b a n e n e s e s e n t i d o . D e s g r a c i a d a m e n t e , s o nu n a m i n o r í a .

— ¿Pero pod ría Israel, sin un peligro inmen so, avalar el contingente de esos refugiados evidenteme nte mu y pobres, quizá notan trabajadores com o los israelíes? ¿No sería arrastrar un terrible peso mu erto?

— U s t e d s a b e q u e y a h a y m u c h o s á r a b e s i s r a e l í e s , y e s t á n m u yl e j o s d e c o n s t i t u i r u n p e s o m u e r t o . P e r o m u y a m e n u d o t a m b i é njueg a co ntra e l l o s una c i er ta d i s cr i m i na c i ó n . D e a l g una m a nera ,

no e s cu l pa de l o s i s ra e l í e s , pu es to qu e e l l o s s o n m uc h o m a snum ero s o s que l o s á ra bes : a s í , po l í t i ca m ente , l o s á ra bes t i enenu n p e s o c a s i n u l o e n l a o p o s i c i ó n . E c o n ó m i c a m e n t e , m u y a m e n u d o , l o s á ra bes s o n c iuda d a no s de s eg u nd a c l a s e . A l l í t a m bi é nu n o s e e n c u e n t r a e n p r i n c i p i o a n t e u n h e c h o n a t u r a l , p o r q u ee l crec i m i ento de l a po b l a c i ó n e s m á s g ra nde entre l o s á ra besque entre l o s i s ra e l í e s . C o m o s e d i ce a l l á : p o n g a n en d o s ca s a si g ua l e s una jo v en pa re ja á ra be y una jo v en pa re ja i s ra e l í . D i ezaños más tarde , e l n ive l de v ida de la pareja i srae l í será más

e l ev a do que e l n i v e l de v i da de l á ra be qu i en , po r s u pa r te , t en drá v a r i o s h i jo s. P ero , a l m i s m o t i em po , ha y en o tro s pu nto suna s eg reg a c i ó n eco nó m i ca c i er ta : l o s t ra ba ja do res á ra bes no t i e nen a cces o a c i er to s o f i c i o s ; s e l e s rehus a n l a s po s i b i l i da des dei ns trucc i ó n t écn i ca ; s e l o s encuentra s o bre to do en l a co ns truc c ión y en la agr icul tura .



Entrevista 2 5 7

P e r o e l p r o b l e m a p a l e s t i n o d e b e r e s o l v e r s e f u e r a d e e s a s c o n s i d e r a c i o n e s . D e b e p r i m e r o s e r p l a n t e a d o y c o n s t i t u i r s e e n o b j e t o d e u n a n e g o c i a c i ó n , p o r q u e l o s p a l e s t i n o s t i e n e n e l e s t r i c t od e r e c h o d e v o l v e r a s u s i t i o .

— ¿Estima tísted entonces queden derecho, en justicia e históricamente, los palestinos están en su sitio en la tierra de Israel,en igualdad con los judíos? Porque la gente, según sus sentimientos o sus prejuicios, tanto dice: "Pero JerusoJén . . . P ero elM uro de los lamentos... etc.: son los Lugares Santos de Israeldesde la antigüedad." Y tanto avarecen otros aue responden: "Sí,pero los árabes están instalados allí desde h ace setecientos u

ochocientos años. ¡Tam bién están en su casa ..."— Y o n o t o m a r í a e n a b s o l u t o e l p r o b l e m a d e e s e m o d o , s in om á s b i e n d e l a m a n e r a s i g u i e n t e . L a s o b e r a n í a d e I s r a e l , o a r amí , se basa en e s to : e s que , en la ca tegor ía de los de más dec u a r e n t a a ñ o s , l a m a y o r p a r t e d e l o s j u d í o s i s r a e l í e s , i n s t a l a d o se n I s r a e l d e s d e p r i n c i p i o s d e s i g l o o m á s t a r d e , n o h a n e x p l o t a d o colonialmente e s o s t e r r i t o r i o s p u e s t o q u e n o s e p u e d e h a b l a rd e i m a e x p l o t a c i ó n c o l o n i a l d e l o s á r a b e s ; e n l a m e d i d a e n q u e

e l l a e x i s t e e s u n a e x p l o t a c i ó n c a p i t a l i s t a , s i u s t e d e s q u i e r e n , a s íc o m o h a y i s r a e l i t a s j u d í o s e x p l o t a d o s , y n o u n a s o b r e - e x p l o t a c i ó n . E s a g e n t e s e i n s t a l ó a l l í , t u v o h i j o s y h a y i n c l u s o a l g u n o sq u e s o n n i e t o s d e p i o n e r o s . É s t o s , l o s q u e n a c i e r o n e n e s t a t i e r r ay n o t i e n e n l u g a r e n o t r a p a r t e , h a n a p r e n d i d o u n o f i c i o , t r a b a j a n . T i e n e n d e r e c h o a l a s o b e r a n í a s o b r e e s e p a í s .

E n c u a n t o a l o s p a l e s t i n o s , n o s é c u á n t o t i e m p o h a c e q u e e s t á n a l l í . P e r o y o l o s h e v i s t o , y o h e i d o a v e r l o s e n G a z a : s o n

e n b u e n a p a r t e g e n t e t o d a v í a r e l a t i v a m e n t e j o v e n , q u e h a s i d op u e s r e a l m e n t e e c h a d a d e s u p a í s , y q u e s e e n c u e n t r a a h o r a e nu n a i n m e n s a v i l l a m i s e r i a . S i m p l e m e n t e p o r q u e s e l o s e c h ó t i e n e n d e r e c h o a v o l v e r . U s t e d e s m e d i r á n : " N o s e l o s e c h ó , f u e r o nl o s l l a m a m i e n t o s d e l m u f t i q u e l o s h i c i e r o n p a r t i r , e t c . " T o d o e s oe s m u y c o m p l i c a d o ; e s c i e r t o q u e h u b o e n e s e m o m e n t o r e s p o n s a b i l i d a d e s c o n f u s a s . P e r o s i e m p r e e s t á e l h e c h o d e q u e t u v i e r o nmiedo , y han de jado su t i erra a causa de e se t error , en gran can

t i d a d y d e u n a m a n e r a p e r f e c t a m e n t e i n j u s t a . S i r e c o n o z c o a lh i j o o al n ie to de un jud ío que se ins ta ló en I srae l e l derecho de



258 Israel. El mundo árabe

allí, reconozco asimismo a los palestinos, y en virtud del mismoprincipio, el derecho de volver.

—Usted sabe que los judíos niegan a los palestino s ese término

que usted acaba de emplear: la patria. Dicen: Su patria son

los países árabes. Puesto que son árabe s, deberían ser recupera

dos por los países vecinos .

—Pero no, su patria es a pesar de todo el lugar donde traba

jan, donde nacieron. Es como si a nosotros, franceses, nos echa

ran de Francia diciendo que nuestra patria puede ser cualquierpaís europeo, puesto que somos europeos. ¿No tendríamos más

remedio que hacernos integrar en Alemania?... Eso no tiene

mucho sentido.

Los árabes echados viven en condiciones insostenibles, tienen

hijos que han nacido en pésima situación, y nietos que son ator

mentados, con razón, por la idea de regresar a Palestina. Lo repi

to: no se les puede quitar la soberanía a los israelíes porque están

en Palestina desde hace varias generaciones y no explotan colo-nialmente al país. Digo también y de la misma manera: la gente

que ha sido echada debe tener el derecho de volver.

—Entonces, usted consideraría que... ¿U na federación?

—Yo no soy un político, soy un intelectual. Les digo lo que

veo simplemente en nombre del derecho internacional, eso es

todo . . . Pero lo que les querría decir además es que, si ustedes

dicen: "Los árabes explotan el asunto", les contestaría que cuan

do estuve en Egipto vi tal miseria en los campesinos (a pesarde los esfuerzos muy reales del gobierno por mejorar su condi

ción) que me dije: "Acusar a los egipcios de no querer integrar

esta masa campesina, cuando les cuesta tanto hacer vivir a sus

propios paisanos, cuando la presa de Assuán —esa empresa ma

ravillosa— va a ser sobrepasada, impugnada por el crecimiento

demográfico, es con todo mala fe".

—Sólo que los judíos responden: Estamo s en el mismo caso,

no somos gente rica, no tenemos sino nuestras manos y nuestro

coraje, no queremos saber nada con esos menesterosos que van

a molestarnos, a ser un peso muerto mucho más que agentes de



Entrcinsta 25

t ira e l F r e n t e d e L i b e r a c i ó n p a l e s t i n o , e s o e s p e r f e c t a m e n t e s e g u r o . E n c o n s e c u e n c i a , h a b r á u n a t e n s i ó n a g u d a y f i n a l m e n t e

u n a n u e v a g u e r r a . H a y p o r c i e r t o g e n t e d e s e s p e r a d a , e n I s r a e l ,que p iensa cada t ant o , qu izá , que no habrá más I srae l . P ero o t rosp i e n s a n , a l c o n t r a r i o , q u e p r e c i s a m e n t e p a r a a s e g u r a r l a s o b r e v i v e n c i a d e I s r a e l , e l p r o b l e m a c o n P a l e s t i n a d e b e s e r a r r e g l a d o .M ient r as no sea as í , l o s pa í se s á rab es será n los prot ec t o res del o s s u y o s , q u e s o n l o s p a l e s t i n o s . E n t o n c e s , E l F a t a h , y d e s p u é sl a g u e r r a . , .

— De todos modos, creo, el terrorismo no es una solución...

— E s c u c h e n : y o n o v e o , l a m e n t a b l e m e n t e , ot r a s o l u c i ó n e n e s te

m o m e n t o . N o r e p r o c h o a l o s p a l e s t i n o s q u e h a g a n l o q u e a p r o b écuando era e l F .L .N , arge l ino qu ién lo hac ía , n i bat i r se segúns u s m e d i o s . S i f u e r a n b a s t a n t e n u m e r o s o s , s e batirÍ2: > de otrom o d o — e l t e r r o r i s m o e s u n a r m a d e p o b r e s , s i e m p r e i i a e x i s t i d o — , p e r o f i n a l m e n t e e s t a m b i é n , e n c i e r t o s c a s o s , K vía hac iau n a g u e r r a p o p u l a r . . . T a m p o c o r e p r o c h o a l o s i s r a e l í e s e l r e s p o n d e r , p o r q u e n o s e l e s p u e d e p e d i r q u e s e d e j e n m a t a r s i s t e m á t i c a m e n t e s i n c o n t e s t a r . T a n t o m á s c u a n t o e l p r o c e s o c o r r ee l r i e sg o de desa rro l lar se , dad o que la gen t e de El F a t ah s on deu n a v a l e n t í a a d m i r a b l e — y a l m i s m o t i e m p o e s t á u n p o c o d e s e s p e r a d a — . N o h a y n i n g u n a r a z ó n p a r a q u e e s o n o c o n t i n ú e . . .

T o d o e s t á m a l e m p r e n d i d o , p o r q u e e n E l F a t a h a c t ú a n g r u p o si n d i v i d u a l e s , e n t a n t o q u e I s r a e l r e s p o n d e a n i v e l d e g o b i e r n o .El r e su l t ado e s que se obt i ene e s t e t ipo de re lac ión , que yo encuent ro de mala f e : " I srae l ha a t acado a un pa í s que j amás l edec laró la guerra , n i s iqu iera durant e los Se i s D ías , y ha des t r u i d o m a t e r i a l e n B e i r u t " . P e r o e s a e s l a ú n i c a r e s p u e s t apos ib le de I srae l . P orque la o t ra re spues t a ser ía masacrar losh a b i t a n t e s d e u n p u e b l o d i c i e n d o q u e s o n g e n t e d e E l F a t a h p e r o

q u e e n c o n c r e t o — e s v e r d a d , c o n t o d o , e n c i e r t o s c a s o s — p u e d e ns e r i n o c e n t e s a l d e a n o s . E s a t a m p o c o e s u n a s o l u c i ó n . E n t o n c e s ,en e s t e p lano , l os i s rae l í e s e s t án arr inconados , porque no e s t án ene l m i s m o n i v e l .

—¿Es decir que los actos son los mismos, pero parecen másgraves viniendo de Israel por ser más "oficiales"?

— E x a c t a m e n t e . T a m b i é n e n e s a s c o n d i c i o n e s n o h a y s i n o u n as o l u c i ó n p o s i b l e : u n a p a z n e g o c i a d a . Y a q u í s e p u e d e p e d i r m á s



2G0 I s r a e l . E l mundo árabe

a Israe l que a los o tros . Pero es necesar io que esa paz se hagaa pesar de todo sobre bases pos ib les de d iscus ión: e l re t iro detropas de I srae l podr ía inc luso preceder a la apertura de las d is cus iones ; o a l menos , desde ahora , e l anunc io por parte de I srae l

d e q u e s e t r a t a d e t e r r i t o r io s o c u p a d o s p r o v i s o r ia m e n t e , p r e c e d iendo a l re t iro de las tropas . Segu ir ía la pues ta en d iscus iónin m e d ia t a d e l p r o b le m a p a le s t in o , a ú n p o r in t e r p ó s i t a s p e r s o n as . Éstas son las cosas que permit irán ped ir a los árabes , deuna manera o de o tra , que reconozcan las fronteras y la soberan ía de I srae l . No veo o tra so luc ión .

— ¿Las fronteras del 48?—S í . Es t á t a m b ié n E la t h , c o n t o d o . Pa r e c e q u e lo s i s r a e l í e s

no lo ten ían en 1948 pero , en verdad , creo que no es un prob lema

y q u e h a y q u e d e j a r a I s r a e l u n a a p e r t u r a s o b r e e l m a r Ro j o . . .E l p r o b le m a , l o r e p i t o , e s ú n ic a m e n t e v o lv e r a l a s f r o n t e r a s d e lla d o d e Jo r d a n ia y d e l S in a í , y lu e g o d i s c u t i r e l c o n j u n t o d ep r o b le m a s .

Es t o e s , h a y q u e v e r lo b i e n , in f in i t a m e n t e c o m p le j o , p o r q u eh a y m o n t o n e s d e p o s ib i l id a d e s . Pu e d e n d a r s e a l l í d o s p a í s e s f e d e r a d o s . . . P e r o h a y m i l p o s ib i l id a d e s y n o m e t o c a a m í d i sc u t i r la s . En t o d o c a s o , e s u n a lá s t im a q u e j a m á s u n r e s p o n s a b lei s r a e l í h a y a d i c h o p ú b l i c a m e n t e : " Q u e r e m o s n e g o c ia r s o b r e e lp r o b le m a d e l o s r e f u g ia d o s " . To d o s l o s i s r a e l í e s q u e c o n o z c o yque son de izqu ierda p iensan , por e l contrar io , que es la pr imeracuest ión a arreglar;

— ¿Acaso las personalidades oficiales árabes parecen favorables, al menos formalm ente, a la negociación?

— Y o n o i r ía q u iz á h a s t a a l l í. Pe r o h a y c i e r t a m e n t e u n t o n od i f e r e n t e d e s d e h a c e u n t i e m p o ; c r e o q u e la id e a p o d r ía p r o n t ol l e g a r a l a m a d u r e z e n Eg ip t o . En p r im e r lu g a r , s e g ú n m i id e a ,

Na s s e r n o q u e r ía e n a b s o lu t o l a g u e r r a ; é s t a s e p r o d u j o p o r u ne n g r a n a j e d e m a le n t e n d id o s . De g o lp e t o d o e l m u n d o s e v io c o nla s o g a a l c u e l lo . H u b o u n a r t í c u lo d e Al Ahram, q u e e l NewOutlook c i t ó h a c e a lg u n o s m e s e s y q u e h a b ía s id o e s c r i t o c u a t r od ías antes de la guerra en e l momento en que ya las tropas dela O .N .U . s e h a b ía n r e t i r a d o . Es e a r t í c u lo d e c ía : " La g u e r r a t e n d r á lu g a r p o r q u e I s r a e l n o p u e d e t o l e r a r l o q u e h e m o s h e c h o " .Ar t í c u lo c u r io s o , p o r q u e e q u iv a l ía a d e c i r e n c i e r t o m o d o : " Da -



2 6 4 Israel. FA mun do árabe

m o d e r a d o p o r a m b a s p a r t e s . C o m p r e n d o a d m i r a b l e m e n t e b i e ne l I s r a e l d e h o y c o n e s e s e n t im ie n t o d e m u e r t e q u e s e e n c u e n t r ae n m u c h o s j ó v e n e s y a ú n e n v i e j o s : s i p e r d e m o s u n a s o la b a ta l la e l e s tado desaparece , por eso nos bat iremos hasta lo ú l t imo .

Co m p r e n d o h a s t a l o s e x c e s o s d e l a d e r e c h a i s r a e l í . Lo s d e p lo r op r o f u n d a m e n t e p e r o c o m p r e n d o d e s d e a d e n t r o c ó m o l a d e s e s p e r a c ió n h a p o d id o e m p u j a r a e s a g e n t e a l l e g a r h a s t a a l l í . Co m p r e n d o ig u a lm e n t e c ó m o lo s á r a b e s , h u m i l la d o s v a r ia s v e c e s p o rlas v ic tor ias i srae l íe s , v íc t imas en 1956 de una rea l agres ión , hanc o n f u n d id o e l im p e r ia l i s m o c o n la p r e s e n c ia d e I s r a e l . Ac t u a l m e n t e y p o r a m b a s p a r t e s , e s t a m o s e n p l e n o p e r ío d o p a s io n a l .H a r á f a l t a m u c h í s i m o t i e m p o p a r a c a m b i a r l a s m e n t a l i d a d e s .

Es u n a id e a v e r d a d e r a m e n t e g r o s e r a d e c i r q u e l o s i s r a e l í e s s o n

im p e r ia l i s t a s y q u e l o s e s t a d o s á r a b e s , e n t r e l o s q u e s e e n c u e n t r a n p a í s e s e n t e r a m e n t e f e u d a le s , s o n p a í s e s s o c ia l i s t a s . S in e m bargo , en los pa íses árabes , una izqu ierda in tenta hacer a lgo unpoco más progres i s ta y un poco más soc ia l . Mientras I srae l has ido l levado por e l curso de los hechos a dar una parte cada vezm á s a m p l ia a l s e c t o r c a p i t a l i s t a y a l a e c o n o m ía d e m e r c a d o , e nu n p a í s q u e c o m e n z ó p o r s e r s o c ia l i s t a . La s d o s t e n d e n c ia s s o no p u e s t a s , a u n q u e la i z q u ie r d a á r a b e n o e s t é c e r c a d e t o m a r c o n s i s tenc ia .

Pa r a m í , e s e n t o n c e s im p o s ib l e , p o r e l m o m e n t o , h a c e r o t r a c o s aqu e dec ir s in cesar a un os : No son im per ia l i s tas , son v íc t im asd e l im p e r ia l i s m o , y a o t r o s : No s o n s im p le m e n t e m i l i t a r i s t a s ,e s por razones mi l i tar i s tas o re l ig iosas que es te caso ha ten idolu g a r , o s v e r d a d e r a m e n t e p o r r a z o n e s p r o fu n d a s .

Ac t u a lm e n t e e s im p o s ib l e r e a l i z a r l a u n id a d d e l m u n d o á r a b e .El la ser ía deseab le , s in embargo . S i ex is t iera , tendr ía por e fec t o h a c e r m e n o s t e n s a s l a s r e la c io n e s e n t r e I s r a e l y l o s p a í s e sá r a b e s p u e s , p o r e l m o m e n t o , e l ú n ic o m e d io q u e t i e n e n lo s á r a

bes de l igarse entre e l los , tanto cuanto sus soc iedades son es t r u c t u r a s d iv e r s a s , e s d i c i e n d o : Q u e r e m o s la m u e r t e d e I s ra e l .S i e s a s s o c i e d a d e s s e e n c o n t r a r a n a u n n iv e l m á s h o m o g é n e o , ha b r ía r a z o n e s p o s i t i v a s d e u n ió n ( e c o n ó m ic a , s o c ia l ) . La n e c e s i d a d d e u n e n e m i g o c o m ú n s e h a r í a s e n t i r m e n o s . ( . . . ) E s t a m o shoy en la pas ión y no veo la pos ib i l idad , sa lvo a largo p lazo , del l e g a r a d e s a r m a r e s a s b o m b a s p a s io n a le s ,



Israel, la izquierda y los árabes 265

— Usted acaba de decir una cosa que parece olvidada por muchos. El Estado de Israel nació como u n estado, no digam os socialista puesto que eso no sería del todo exacto, pero en suma

como uno de los estados más progresistas de M edio O riente. ¿Nopiensa usted que la posición de una cierta izquierda ha contri-huido a hacer ca da vez m ás difícil la tarea de los hom bres deizquierda israelíes? ¿No piensa que las exclusiones pronun ciadas contra ellos en los congresos de los Com ités de la Paz delas mu jeres dem ocráticas, han contribuido a "ghettificar" la izquierda israelí y a favorecer las fuerzas reaccionarias de esepaís?

— Q u i z á u s t e d v i o e n Les Temps M odernes una c a r ta m u y be l l a de A m o s K e n a n , a l a cua l no r e s po nd í po r e s ta r de a c u e r d oc o n é l . D i c e que s i no s e nc o ntr á r a m o s , e s ta r í a m o s o b l i g a do s ad i s pa r a r uno s o br e e l o t r o , pe r o no s he m o s e nc o ntr a do : m uy a pa c i b l e m e nte . C o ns i de r o que e s a bs ur do e x c l u i r a l a g e nte de i z qu i e r da i s r a e l í , po r e j e m pl o a a que l l o s que ha n a dhe r i do a l M o v i m i e nto de l a P a z y que l l e v a n una v i da m uc ho m á s d i f í c i l quel a n u e s t r a . E s m u c h o m á s f á c i l a d h e r i r s e a u n m o v i m i e n t o d ei z qu i e r da e n F r a nc i a o e n I ta l i a .

C u a n d o c o n s t i t u i m o s e l T r i b u n a l R u s s e l , i n v i t a m o s a u n a m u je r no ta b l e que d i r i g i ó l a i n s ur r e c c i ó n de l g he t to de B y a l i s to c k ,que e s c a pó po r m i l a g r o de l a m ue r te y que da to da s l a s g a r a nt ías de la i zq uie rda . La in v i t am os a ser uno_ de los ju ec es de lT r i buna l . P e r o v e a c ó m o pa s a r o n l a s c o s a s : e s a m uje r pe r te ne c ía a l par t ido soc ia l i s ta i s rae l í , e l Mapam, que l e prohibió ocuparun a s i e n to e n tr e no s o tr o s y , po r d i s c i p l i na , e l l a no v i no . Se i sm e s e s de s pué s , c ua ndo l a s e g unda s e s i ó n , l a s e g unda r e a c c i ó n

v i no de l T r i buna l y y o l a l a m e nté m uc ho . E n e f e c to , e l M a pa mha bí a c a m bi a do de o p i n i ó n e n tr e ta n to y ha b í a a c e pta do quee l l a v i n i e r a . E nto nc e s , c i e r to s m i e m br o s que no e s ta ba n pr e s e n te s l a pr i m e r a v e z , l a v e ta r o n d i c i e ndo : " P r i m e r o e s ne c e sar io saber s i e l la f i rmó una moc ión , en 1956 , desaprobando lag ue r r a de l S i na í " . E n r e a l i da d e l l a l o ha b í a he c ho . P e r o a g r e g a r o n : " N o que r e m o s un i s r a e l í s i no t e ne m o s un á r a be " . A l o c ua ls e l e s r e s po nd í a : " S i qu i e r e n un á r a be no t e ndr á n n i ng ún i s r a e l í ,

pue s l o s á r a be s no i r á n s i ha y a l g ún i s r a e l í pr e s e nte " . Ha g o no t a r l a c o m p l e j i d a d d e u n a c o sa s e m e j a n t e . ( . . . )



266 Israel. El mund o árabe

E n c u a n t o a m í , s o y p a r t i d a r i o d e i n v i t a r a l o s m i l i t a n t e s d e

i z q u i e rd a i s r a e lí e s , q u e d a n d o b i e n e n t e n d i d o q u e s o n v e r d a d e r o sm i l i t a n t e s d e i z q u i e r d a , e s d e c i r m i e m b r o s d e l M a p a m y n o d e lM a p a i .

— O del M aki, del Rakah, de la Organización socialista israelí.

— S í . E l l o s n o e s t á n c o m p r o m e t i d o s p o r l a s a c c i o n e s d e l g o b i e r n o . P e r o n o d e j a d e s e r m e n o s c i e r t o , y n a d a p o d e m o s h a c e r ,q u e e s i m p o s i b l e i n v i t a r j u n t o s a u n a c o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a la á r a b e s e i s r a e l í e s . N o s e p u e d e p o r q u e l o s á r a b e s n o l o q u i e r e n .

E n t o n c e s , e n e s e m o m e n t o , c u a l q u i e r c o s a q u e u n o h i c i e r a h u b iera s ido in jus ta .

— ¿ P e r o p o r qué ceder siempre al chantaje árabe?— P o r q u e e s c i e r t o q u e e n l a i z q u i e r d a h a y m á s s i m p a t í a p o r

c i e r t o s m o v i m i e n t o s d e l i b e r a c i ó n — p i e n s e n e n A r g e l i a p a r a n o s o t r o s — , p o r u n p a í s q u e , h a s t a e s t o s ú l t i m o s a ñ o s , n o s e e n c o n t ra b a a m e n a z a d o c o m o l o e s tá a h o r a . P a r a n o s o t r o s e l v e r d a d e r o

p r o b l e m a e r a : ¿ q u é p a s a e n A r g e l i a , e n l a i z q u i e r d a m a r r o q u í ?¿ Q u é r e p r e s e n t a l a p r e s a d e A s s u á n ? ¿ N a s s e r t o m a e n E g i p t om e d i d a s o b j e t i v a m e n t e s o c i a l i s t a s ? e t c . M i e n t r a s q u e l a i z q u i e r d a i s r a e l í e s m í n i m a . N o o b s t a n t e , y o c o n o z c o e n I s r a e l p e r s o n a sa q u i e n n a d i e t i e n e d e r e c h o a d a r l e c c i o n e s . S o n v e r d a d e r a m e n t eg e n t e d e i z q u i e r d a , e n u n s e n t i d o t o t a l , a b s o l u t o . P i e n s o , p o re j e m p l o , e n S i m b a F l a p a n , u n h o m b r e a q u i e n e s t i m o p r o f u n d a m e n t e . E s u n t r a b a j a d o r , u n k i b u t z n i c k , u n s o c i a l i s t a , u n i n t e

l e c t u a l . S i e m p r e l o e n c o n t r é d e a c u e r d o c o n m i g o e n c u a n t o a l ag u e r r a d e V i e t n a m , c o m o e n c u a n t o a t o d o l o d e m á s . P e r o d e s g r a c i a d a m e n t e , e n m i o p i n i ó n , é l r e p r e s e n t a l a i m p o t e n c i a . C o nr e l a c i ó n a l c o n j u n t o , l a i z q u i e r d a d e l M a p a m t i e n e p e s o , p e r os i g u e s i e n d o a p e s a r d e t o d o u n a m i n o r í a . P o r e s o l e d o y a u s t e dl a r a z ó n . S i e s a i z q u i e r d a f u e r a c o n s t a n t e m e n t e i n v i t a d a a l a sc o n f e r e n c i a s y l o s c o n g r e s o s , e t c . , e s o l e d a r í a u n p e s o m á s g r a n d e e n e l i n t e r i o r d e l p a í s . L o s i s r a e l í e s s e d a r í a n c u e n t a d e q u e

e s o s h o m b r e s p u e d e n a y u d a r a s a l i r a l p a í s d e l a i s l a m i e n t o . P e r on o h a y q u e s e r h i p ó c r i t a s : n o s e p u e d e i n v i t a r a l m i s m . o t i e m p oa l o s á r a b e s y a l o s i s r a e l í e s . E l p r o b l e m a e s , p u e s , p r o v i s o r i a



Israel, la izquierda y los árab es 267

una minoría en el Partido, como Israel m ismo es una minoría en

el M e d i o Oriente. El desprecio de los derechos del individuo seexpresa hoy por el autoritarismo, contra el cual los estudianteshan dado admirables ejemplos de protestas globales. P uede compararse al desprecio que se tiene por los derechos a la supervivencia de las mino rías étnicas y nacionales. Enco ntré hace algunos meses a Loutfallah Solimán, un amigo, un camarada y unhombre honesto, con quien estuve en un campo de concentración y en la cárcel, en Egipto, hace más de veinte años. Éramoslos dos, entonces, miembros de la Cuarta Internacional. Hablando de la necesidad de realizar la unidad del mundo árabe, ese

internacionalista de izquierda me declaró lo siguiente (y no erauna humorada): "Estoy por el genocidio de las minorías". Lahistoria de las minorías en Medio Oriente no es muy edificante:persecución de los arme nios por los turcos, de los kurdos porlos irakeses, de los drusos por los sirios, de los niárcs por losegipcios, de los negros de l sud por los sudaneses... ¿Piensa usted que tenem os derecho a sacrificar las mino rías, el individuo,a fines estratégicos a largo plazo? ¿El fin justifica los me dios?¿Siempre?

— N o , e v i d e n t e m e n t e . E l f i n c a m b i a d e s d e q u e s e u s a n m e d i o scomo las masacres de las minor ías o la supres ión de la l ibertadde los individuos . Es imposible l legar al social ismo a iDart ir dels t a l i n i s m o , p u e s n u n c a s e a r r i b a r á a n a d a c u y o i n s t r u m e n t o h a y as i d o e l s t a l i n i s m o . I g u a l m e n t e e s i m p o s i b l e l l e g a r a l o u n i v e r s a la part ir de la supres ión de las minor ías . Lo un iversa l no puedelograrse s ino por acuerdo , y no supr imiendo a los d i s identes .Ac larando es to , e l prob lema de I srae l y de l mundo árabe no ese n a b s o l u t o u n p r o b l e m a d e m a y o r í a s y d e m i n o r í a s . S e g ú n m i

op in ión , es un prob lema de soberan ía . Los árabes no ven a I srae lcomo una minor ía pues to que , para e l los , e s la punta de lanzad e l i m p e r i a l i s m o n o r t e a m e r i c a n o . N o s e p u e d e c o m p a r a r e s o c o nlos malos t ra tos su fr idos por las minor ías jud ías en un es tadoárabe .

— Sí, pero p ara los árabes, el fin confesado de la guerra, en1948 como en 1967, era la exterminación de la población judiaen Israel.

—Sí, pero en tanto que Es tado , ¿no es as í? Conozco muchos



268 Israel. El mun do árabe

s abe l eer , por l o t ant o no e s c i udadano .

árabes , ev i dent ement e s on l os árabes de I zqui erda , y t odos s ere f er í an a I s rae l e s t ado y no a I s rae l mi nor í a j ud í a , a l cont rar i o ."Hacer un es t ado que s ea árabe o pa l es t i no y j ud í o , e s e e s nues t ro as unt o" . No s é s i e s as dec l arac i ones eran po l í t i cas o no , pero

l as e s cuché en t odas par t es , i nc l us o de l a boca de Nas s er .Es dec i r que l a i dea no era s upr i mi r a l o s j ud í os . Es c i er t oq u e C h o u k e y r i p e n s a b a e n e s o . P e r o c i e r t o s h o m b r e s p o l í t i c o sr e s p o n s a b l e s p e n s a b a n e n s u p r i m i r e l E s t a d o , n o l o s j u d í o s c o m om i n o r í a . Y e s o p o r q u e d i c h o E s t a d o l e s c a u s a b a m i e d o . P a r a e l l o sera l a punt a de l anza . Y s obre t odo , des pués de 1956 , s e comprende que l o hayan v i s t o as í ¿no es verdad?

— Habiend o vivido duran te veinticinco años en M edio Oriente— nací en Egipto, en Alejandría— , conociendo la situación de

las minorías y no solamente las judías, en Egipto, puedo afirmarle que están constituidas por ciudadanos de segunda clase. Sobreeso podría darle innum erables ejemplos. En concreto, en los estados árabes, los únicos ciudadanos de primera son los árabesmusu lmanes, como en Estados Unidos los únicos ciudadan os deprimera son los blancos protestantes.

— D e a c u e r d o . ¿ P e r o l e p a r e c e a u s t e d q u e u n f e l l a h e s u nc i u d a d a n o d e p r i m e r a ?

—No, evidentemente.— E n e s o s p a í s e s , n o h a y c i u d a d a n o s d e p r i m e r a , a e x c e p c i ó n

de c i er t os grupos poderos os cont ra l os cua l es , hay que reconocer lo , e l gob i erno eg i pc i o t ra t ó de l uchar .

N o s p r e g u n t á b a m o s s i h a b í a u n a n u e v a c l a s e y s i N a s s e r t e m í aq u e e l l a t o m a r a c a d a v e z m á s i m p o r t a n c i a . L u c h a b a c o n t r a l ac l as e f euda l que aún s ubs i s t í a , pero combat i r l a nueva c l as e ena s c en s o e r a m u c h o m á s d i f í c i l . . . N o v e o d i f e r e n c i a e n t r e e lf e l l ah de l as a l deas que s e a l i ment a con una t aza de t é por d í a y

u n c o p t o , p r o b a b l e m e n t e u n p o c o m á s r i c o , p e r o p r i v a d o d e d e r e chos po l í t i cos . Sa l vo que en Medi o Or i ent e , e l cas o de l as mi nor í a s s e r e s u e l v e a m e n u d o p o r u n a m a s a c r e . . . E n c u a n t o a l o sd e r e c h o s . . . ¡ h a y t a n p o c a g e n t e q u e l o s t e n g a n , y n o s o l o l o sp o l ít ic o s P a r a m í , e l d e r e c h o c o m i e n z a . . .

— Con el derecho a la felicidad.- C o n l a s p o s i b i l id a d e s e c o n ó m i c a s y la c u l t u r a . U n i e l l a h n o



Israel, la izqiñerda y los árabes 269

— Hablamos al principio del man iqueísmo, que se manifiestahoy en la filosofía política de mu chos estados. Otra tendenciase generaliza cada vez más: la falsificación sistemática de lahistoria, ligada adem ás al vuelco total de los valores y a la ma

nipulación de la opinión pública.Hitler ha dado el ejemplo de ello, al invadir Polonia sostenien

do que ésta alimentaba proyectos de agresión respecto del GranReich. M ás tarde fue Kenn edy en Cuba y la Great Society. Ayerfue Johnson con Vietnam y la defensa de la demo cracia. Hoy esChecoslovaquia, amen azando a los soviéticos, que vienen a Praga a traer una ayuda fraternal a la defensa del socialismo. Estafalsificación sistemática de la historia ¿no se man ifiesta igual

men te en una cierta prensa que presenta la agresión perpetradapor los estados árabes contra Israel en 194 8, como una agresiónde Israel contra los árabes? Hem os leído todos en "Trybun aLudu " y en mu chos otros diarios de partidos com unistas en elpoder, artículos haciendo de Israel el agresor en 194 8. Sin e mbargo, sabem os mu y bien que, por una parte, Israel debe suexistencia a una d e c i s i ó n de la O.N.U., avalada por la U.R.S.S.

y las democracias populares, y que por otra parte, en esa ocasión,

los Estados de la Liga Árabe se prestaron al juego del imperialismo británico que provocó la agresión del 48, con el fin de vol

ver por la ventana cuando los habían echado por la puerta. Sinequívocos, en el 48, las fuerzas imperialistas jugaron la cartaárabe clerical y fascistoide contra un Israel laico y anti-impe-rialista.

— H a y t o d o u n t r a b a j o p o r h a c e r : l u c h a r c o n t r a l a s m e n t i r a sy poner las cosas en su lugar . Ese e s nues tro trabajo y e s por

e s o que l o s i n te l e c tua l e s e s tá n e n pe l i g r o e n to da s pa r te s : ho yun po c o m e no s e n F r a nc i a , de bo de c i r l o , que e n c ua l qu i e r o t r ol u g a r . E n l o q u e c o n c i e r n e a M e d i o O r i e n t e , e s a b s o l u t a m e n t ede l irante a tr ibuir a I srae l e l pape l de agresor en 1948 . Querr ías i m p l e m e n t e h a c e r n o t a r , s i e m p r e p o r r e c h a z o a l m a n i q u e í s m o ,que e n I s r a e l m i s m o , s a l v o e n l a e x tr e m a i z qu i e r da , s e pr e s e nta nl o s a c o nte c i m i e nto s de l 5 6 c o m o una jus ta r e a c c i ó n a l o s a t e n t a d o s q u e , e f e c t i v a m e n t e , t u v i e r o n l u g a r e n e s a é p o c a . E n v e r da d , s e t r a ta ba s i n e m ba r g o y s i n duda s de un a ta que c o nc e r ta doc o n l a s po te nc i a s i m pe r i a l i s ta s que , po r s u pa r te , bus c a ba n o c u -




pa r e l c a na l de Sue z . Se e nc ue ntr a pue s e s ta t e nde nc i a ta m bi é ne n I s r a e l . D e he c ho , no c o no z c o de m o c r a c i a e n n i ng una pa r te .Qui z á e l l a hub i e r a po d i do na c e r e n C he c o s l o v a qu i a , pe r o ho y s et r a ta de a ho g a r l a . C o n s us pa r t i do s y l a Hi s ta dr o uth m uy e s t r a t i f i c a do s , I s r a e l no da e l e j e m pl o de una de m o c r a c i a . C i e r ta m e nte , l a e x pe r i e nc i a de l k i butz e s a l g o a dm i r a b l e . N o c o ns i de r os i n e m ba r g o que un c i uda da no i s r a e l í t e ng a m á s que e n nue s tr opaís la pos ib i l idad de e leg ir y de ser informado . En otros aspec tos ,

e n I s r a e l , s e e nc ue ntr a n m i i c ha s c o s a s po s i t i v a s : l a c o nd i c i ó n del a s m uje r e s , l a po te nc i a de t r a ba jo de l a g e nte , s u v o l unta d des a b er y d e c o n o c e r . . . Y d e s p u é s u s t e d m e h a b l a d e m i n o r í a s yde c i uda da no s de s e g unda c l a s e : no o l v i de que . e n I s r a e l , l o sá r a be s ta m bi é n s o n c i uda da no s de s e g unda c l a s e . N o s o n m a l t r a tados , o más b ien no lo eran, pues ahora la s i tuac ión se ha vue l tom á s t e ns a . P e r o c ua ndo y o l o s v i no e r a n m a l t r a ta do s . Ha b í ae x po l i a c i ó n de t i e r r a s , e v i c c i o ne s , d i f i c u l ta de s de t r a ba jo . E r aimpos ib le para e l los superar e l e s tado de a lbañi l , y como prec i samente había en e sa época una cr i s i s en la cons trucc ión , losá r a be s a f l u í a n a s us a l de a s do nde y a no t e n í a n t i e r r a s pa r a c u l t i v a r . A de m á s , pa r a m uc ho s de e l l o s , e s ta ba l a l i br e ta : no po d í a nc i r c u l a r s i n a u to r i z a c i ó n . E n f i n , de to do s m o do s , una m i no r í ae s una m i no r í a . P ue de v o ta r to do l o que qu i e r a , pe r o s i e s m i no r ía seguirá s iendo minor ía y e so no e s cu lpa de los i s rae l í e s . Env e r da d e l pr o b l e m a s e p l a nte a a s í : ¿ s e de be e x i g i r que I s r a e ls e a un e s ta do a pa r te , o ha y que c o ns i de r a r l o c o m o un e s ta do

entre los o tros? Es to quiere dec ir : son judíos , han s ido perse g u i do s , po s e e n pue s una e s pe c i e de he r e nc i a de pe r s e c uc i ó n pe r m a n e n t e q u e h a c e s u g r a n v a l o r .

S i e s as í , e l e s tado de I srae l debe ser e jemplar y se l e debepedir más que a los demás . Por e l contrar io , s i s e a f irma queIsrae l s e parece a cua lquier o tro e s tado , no se trata ya de judíosen I srae l y po r lo tan to se l e co ns id era c om o lo que e s y , h ayque r e c o no c e r l o , t i e ne l o s m i s m o s de fe c to s que l o s o t r o s e s ta do s .

— Hemos hablado del 4 8 y del 56, pero vengamos a junio del67. Aqu í también la izquierda se encontró dividida. Algunos decían que Israel era el agresor y otros que se trataba de un caso



Israel, la izquierda y tos árabes 271

ñas que precedieron a la guerra tienden a demostrarlo. Hub o unreflejo de autodefensa que empujó a toda la población israelí acombatir con el coraje de la desesperación y a apoyar unánim emente al gobierno. Es lo que pasó también en Checoslovaquiadonde la población se solidarizó con sus dirigentes, rechazandounánim emente la agresión soviética. ¿Cuál es su punto de vistasobre eso? ¿Piensa que en el 67 Israel peleó para asegurar susupervivencia, o bien que era el agresor?

— ¿ L e y ó u s t e d e n e l New Outlook la trad ucc ió n de un ar t ícu lod e H e y k a l? O c h o d ía s a n t e s d e l 6 d e j u n io , e s c r ib ía q u e I s r a e l

e s t a b a o b l ig a d o a a t a c a r ; e n e l m o m e n t o e n q u e e l g o l f o d eA k a b a e r a b l o q u e a d o , H e y k a l e s c r i b í a e n E í Ahram qi;e Isra elhab ía s ido co locado en una s i tuac ión ta l que se ve ía ob l igado ap a s a r a l a t a q u e .

— En otros términos, Nasser afirmó lo mismo. D eclaró, después de haber bloqueado el golfo de Akaba : "ahora dejamos aIsrael la elección entre mo rir asfixiado lentamente, o morir rápidamente m asacrado por nosotros".

—Es o s ig n i f i c a q u e , e n m i o p in ió n , Na s s e r n o q u e r ía e s e c o n

f l i c to . Esa dec larac ión v iene a dec ir a los s ir ios : se va lo más le josp o s ib l e , p e r o u s t e d e s s a b e n q u e h a b r á g u e r r a . No p u e d o a d m i t i rq u e e l Na s s e r q u e y o v i y a q u e l q u e a t a c ó s e a n la m is m a p e r s o n a .Na s s e r , c u a n d o a c t u ó y h a b ló e n e s e m o m e n t o , h a s id o v í c t im ad e s u g r a n id e a d e p a n a r a b i s m o , d e p a n i s la m is m o . Q u iz á f u em a n e j a d o p o r l o s s i r io s . A l m i s m o t i e m p o e r a c o n s c i e n t e d e e l l o ,s u p o n g o . S u c o n d ic ió n d e l íd e r , s u v o lu n t a d d e s e r e l j e f e d e lm u n d o á r a b e lo o b l ig a s i e m p r e a d i s f r a z a r l a v io l e n c ia . Lo h i z od u r a n t e a ñ o s c o n m u c h a h a b i l id a d . En s u m a , l a p o l í t i c a d e Na s

s e r c o n s i s t i ó e n s e r s i e m p r e v io l e n t o e n p a la b r a s y lu e g o v o lv e r s eh a c ia l a n e g o c ia c ió n . Aq u e l la v e z , t o d o c o n d u j o a l a g u e r r a p o r que era a lgo demas iado fuer te . En todo caso , para mí , I srae l nof u e e l a g r e s o r . En a q u e l m o m e n t o , I s r a e l n o t e n ía m á s o p c ió n q u eb a t i r s e . La p r u e b a e s q u e l o s e g ip c io s l o h a b ía n p r e v i s t o y d i c h ocon todas las le tras .

•—E stoy perfectamente de acuerdo con su análisis, y agregaríaotra consideración. Iría un poco más lejos: es probable que losisraelíes y los árabes hayan caído, ambos, en una trampa impe

rialista. El imperialismo norteamericano tenía interés en que un



27 2 Israel. El mun do árabe

conflicto en M ed.o Oriente distrajera la ateiición del Vietnam ,y el imperialismo soviético tenía interés en una derrota de losestados árabes, q ue sabían cierta y que les permitiría realizar elviejo sueño de los zares: el acceso a los ma res cálidos. ¿No piensa,

pues, que el conflicto en Medio O riente ha sido provocado sobretodo por la rivalidad de esos dos imperialismos?— E s t o y t a n t o m á s d e a c u e r d o c u a n t o q u e n o s r e e n c o n t r a m o s

con un conf l i c t o aná l ogo , en Ni ger i a y en B i a f ra , donde l os i ng l e s e s y l o s s o v i é t i c o s s i r v e n a l o s m i s m o s i n t e r e s e s y e n u n a m i s m acompl i c i dad , qu i ero dec i r obj e t i va . En l o que conc i erne a I s rae l ,l a c o m p l i c i d a d o b j e t i v a d e l o s r u s o s y l o s n o r t e a m e r i c a n o s n o e sdudos a . E l pape l de l o s s ov i é t i cos en Medi o Or i ent e , y par t i cul a r m e n t e e n e l m u n d o á r a b e m e p a r e c e b a s t a n t e h o r r i b l e : e x c i

t a r o n a l o s á r a b e s p r o v e y é n d o l o s d e a r m a s , n o p a r a q u e g a n e ns i n o p a r a q u e p i e r d a n . Y p o r c o n s e c u e n c i a , a h o r a q u e h a n p e r d i do , e s t á n e n s u s m a n o s . S i n e s a d e r r o t a , n o h a b r í a h o y t é c n i c o ss ov i é t i cos a l o l argo de l cana l de Suez , en l a ar t i l l er í a eg i pc i a ,etc . Los árabes y l o s i s rae l í e s s e de j aron a t rapar en e l j uego . Dee s t a m i s m a e s t r a t e g i a p r o c e d e l a v o l u n t a d d e m a n t e n e r p u n t o sá l g i dos en t odas par t es de l g l obo . En es t a cues t i ón , e l pape l del o s g r a n d e s i m p e r i a l i s m o s m e p a r e c e a b s o l u t a m e n t e c r i m i n a l .

— A la luz de los últimos acontecimientos checoslovacos, que

han desenmascarado aún a los ojos de las masas progresitas elverdadero rostro de ,ía burocracia soviética y el imperialismosoviético, ¿cree usted posible que ciertos partidos comunistas revisen su posición respecto de Israel, y adopten un nuevo puntode vista que contenga más imaginación y más preocupación porla verdad?

— E s l o q u e s u c e d i ó e n R u m a n i a y c o m e n z a b a a s u c e d e r e nC h e c o s l o v a q u i a . E n c u a n t o a l o s P . C . o c c i d e n t a l e s , n o s e r í a u n a

c o n s e c u e n c i a i n m e d i a t a . S e t ra t a m á s d e u n a r e v i s i ó n g l o b a l .E l l o s d e b e n c o n s e r v a r l a i n d e p e n d e n c i a e n l a u n i d a d , l o c u a le s m u y d i f í c i l . E l P a r t i d o i t a l i a n o s e c o n d u c e m u y b i e n e n e s t em o m e n t o . A u n q u e t o d a u n a p r e n s a d e d e r e c h a lo a ta q u e p r e t e x t ando que no e s l o bas t ant e c l aro , é l d i ce l a s cos as muy b i en .U n a r e v i s i ó n d e l c o n j u n t o d e d i s p o s i c i o n e s a t o m a r p o r e l P . C .deber í a re f er i r s e no s ó l o a I s rae l , s i no a l conj unt o de prob l emasp u e s t o q u e s e t r a t a d e c o n s e r v a r l a u n i d a d e n l a d i v e r s i d a d . N o




h a b r á m á s , e n a d e l a n t e , e s e a l i n e a m i e n t o r i g u r o s o s o b r e u n ap o l í t i c a . P e r o n o e s s e g u r o q u e e s t o s u c e d a m a ñ a n a , a l c o n t r a r i o ,p a r a c o n s e r v a r l a u n i d a d , d e b e r á n q u i z á d a r a l g o e n p r e n d a ym o s t r a r s e a ú n m á s f i r m e s s o b r e l a s p o s i c i o n e s a n t i - i s r a e l í e s , p a r a

p o d e r s e r m á s l i b r e s e n o t r o s p u n t o s . E s c i e r t o q u e h a y a c t u a l m e n t e u n p r o c e s o d e l i b e r a c i ó n d e l o s p a r t i d o s c o m u n i s t a s o c c i d e n t a l e s , d e l o q u e d a p r u e b a l a e s c l a v i t u d d e P r a g a .

— Ciertos países árabes son goberna dos por grupos militaresqae,. hoy, son objetivamente anti-imp erialistas. ¿Pero no piensausted que ese anti-imp erialismo sea puram ente oportunista? Enel mom ento querido ellos se aliarán nuevame nte a la burguesíay a los circuios imperialistas norteamericano s. El Che nos habíaadvertido que no se debe esperar una política revolucionaria de

parte de militares puesto que, en último análisis, los intereses dela casta militar se identifican con los de la burguesía autóctona.Y esa burguesía ve en los Estados Unidos la má s segura fortaleza contra la revolución socialista.

— N o l o c r e o , p e r o n o c o n o z c o b a s t a n t e e l m u n d o á r a b e c o m op a r a h a b l a r e n g e n e r a l . C o n o z c o u n p o c o E g i p t o . Ñ o t e n g o l ai m p r e s i ó n d e q u e l a s p e r s o n a s h o n e s t a s q u e s e e n c u e n t r a n e nt o d a s l a s e s c a l a s q u i e r a n r e a l i z a r s e a h o r a c o n l o s n o r t e a m e r i c a

n o s . H a n l l e g a d o a u n a c i e r t a c o n c i e n c i a . L a c o n s t r u c c i ó n d e l ap r e s a d e A s s u á n h a e n s e ñ a d o a l o s r e s p o n s a b l e s d e i z q u i e r d a ,a l m e n o s a l o s p r o g r e s i s t a s , e l p r e c i o d e l a a l i a n z a c o n l o s E s t a d o s U n i d o s . L o m á s g r a v e e s q u e e n n i n g u n o d e e s o s p a í s e s , l a sf u e r z a s c o n t r a r r e v o l u c i o n a r i a s h a n s i d o v e r d a d e r a m e n t e s u b y u g a d a s . E l l a s e s t á n p r e s e n t e s h a s t a e n e l s e n o d e l g o b i e r n o , y u nv u e l c o d e l a s i t u a c i ó n p o d r í a h a c e r v o l v e r a u n a b u r g u e s í a q u en o p e d i r á s i n o u n a c o s a : l a a l i a n z a c o n l o s E s t a d o s U n i d o s . E s t o

p u e d e s u c e d e r d e u n d í a p a r a e l o t r o . S i n e m b a r g o , y p o r p a r a d o ] a l q u e p a r e z c a , e n E g i p t o a ú n l o s e l e m e n t o s d i c t a t o r i a l e s s o np r o f u n d a m e n t e a n t i - i m p e r i a l i s t a s , a u n q u e e n e l e j é r c i t o y l o sm i n i s t e r i o s h a y p e r s o n a s q u e p r e f e r i r í a n l a d e r r o t a p a r a p o d e r s ea l i a r i n m e d i a t a m e n t e a l o s n o r t e a m e r i c a n o s .

— Volviendo a Egipto: estoy espantado de ver allí los cuadrosde la policía política enteramen te ahoga dos por ex funcionariosde la Gestapo, una ideología oficial, la carta de Nassét de unclericalismo desenfrenado y, sobre todo, de ver nuestras razones




de ser, .las de los hv,mariistas, pis.oteadas; los sindicatos inexis'téntes y en fin el poder detentado por uria casta burocrática mi

litar y clerical. En esas condiciones: ¿se puede hablar todavíade una evolución hacia el socialismo? ¿Un a estructura fundamentalm ente antisocialista, puede determinar una evolución hacia el socialismo?

—Si n i r o n i z a r , m i e ntr a s m á s s e bur o c r a t i z a , m á s e v o l uc i o naha c i a e l s o c i a l i s m o , da do que a c tua l m e nte e l s o c i a l i s m o e s tá r e pr e s e nta do po r l a U . R . S . S . , que e s e l pa í s do nde l a bur o c r a c i ae s m á s fue r te .

— Pero el socialismo también es Cuba,—T a m bi é n e s C uba , ¿ pe r o no p i e ns a us t e d que l a bur o c r a c i a

le fa l ta a Cuba, a quien admiro?— En Cuba la burocracia no tiene el poder.—^Puede desarro l larse . Cas tro e s tá obl igado a contener la . La

r e v o l uc i ó n s o c i a l i s ta ha s i do fa v o r e c i da po r to do l o que pa s ó e ne s to s c i nc ue nta ú l t i m o s a ño s t r á g i c o s . D e be c o m e nz a r a ho r a , pe r ono po dr á m a nda r s i n v o l t e a r a l a bur o c r a c i a , pr o duc to de l pr i m e rs o c i a l i s m o .

— Quizá el segundo. Porque el primer socialismo es el de Leniny Trotsky, la revolución perman ente que no hubiera permitidola degeneración stalinista, que no hubiera permitido Therm idory la burocratización de la revolución que siguió.

—^Lenin no se hubiera pres tado a e so , pero no sé lo que habr íapa s a do s i hub i e r a s o br e v i v i do a s us he r i da s . E s ta bur o c r a c i a node p e nd í a d e é l, y e n c ua n to a T r o t s ky , t a m bi é n é l t e n í a r a s g o sbur o c r á t i c o s . E r a un m a g n í f i c o o r g a n i z a do r y a ún e s ta ndo c o n

tra la burocrac ia , la manera de la que concebía e l pasaje a ls o c i a l i s m o i m p l i c a b a l a m i s m a b u r o c r a c i a q u e S t a l i n . L a b u r o c r a c i a no de pe nd í a de l o s ho m br e s s i no de l a s e s t r uc tur a s . Setr a ta ba de r e c upe r a r c i nc ue nta a ño s de r e ta r do , l o que s upo n í ai nd i v i duo s po l i v a l e n te s que fue r a n a l a v e z po l í t i c o s y c a pa c e sde ha c e r m a r c ha r l a s fá br i c a s . F ue a s í c o m o na c i ó e s a t e r r i b l eburocrac ia . Ahora se in ic ia un tercer per íodo: la lucha contra laburocrac ia . No sé lo que resul tará de e s to .

— ¿Cuáles son, según usted, las condiciones que podrían asegurar la paz en M edio Oriente? Por cierto, si deseo la paz en esaregión, es para que la guerra civil pueda prepararse mejor, para



Israel, la izquierda y los árabes 2 7 5

que los pueblos árabe y judío de esa zona puedan unirse en lalucha contra el imperialismo norteamericano, que es el enemigo

mortal de la hum anidad. En esa perspectiva: ¿qué proceso podráfinalmente aportar la paz a esa región, a fin de que sus habitantes puedan dedicar sus esfuerzos a la lucha contra el verdaderoenemigo que son el imperialismo y sus lacayos — l o s burguesesautóctonos— , en lugar de desgarrarse en una lucha fratricida?

— No h a y a c t u a l m e n t e n i n g u n a p e r s p e c t i v a p r á c t i c a d e u nd esh ie lo . L o q u e n os p od emos p regu n tar h oy , e s en q u é con d i c ion es p u ed e en cararse en o tro c l ima , u n a p az q u e p ermi t i eraq u e u n a lu ch a d e c la se s rea l p u d iera e s tab lecerse .

P ara mí , e sa s con d ic ion es son la s s igu ien te s ; e l r econ oc imien tod e la sob eran ía i s rae l í , l o s p len os d erech os d e la soc ied ad p a le s t in a a recob rar u n a sob eran ía recon oc id a p or lo s i s rae l í e s , l aevacu ac ión d e lo s t err i tor io s ocu p ad os , s egú n c i er ta s rec t i f i ca c ion es d e f ron teras q u e d eb erán ser h ech as .

N o e s p os ib le , ñ or e j em p lo , ab an d on ar la s a l tu ra ; d e l G o land e b a j o d e l l a g o K i n e r e t h . E s d e m a s i a d o p e l i g r o s o . P e r o n o s ed eb en h acer in terven ir razon es p a tr ió t i cas o re l ig i o sas . ¿ P o r Qi7e

l o s i s r a e l í e s c o n s e r v a r í a n J e r u s a l é n , p o r e j e m p l o ? S e p o d r í ah acer d e é l u n a zon a to ta lmen te n eu tra , en tregad a a lo s cu a troo c i n c o m á s e m i n e n t e s r e p r e s e n t a n t e s r e l i g i o s o s , b a j o p r o t e c c i ó nd e la O . N . U . A l m ism o t i em p o , p ero é s t e e s o tro p rob le m a , e sn ecesar ia la igu a ld ad en tre c iu d ad an os árab es e i s rae l í e s . N atu r a l m e n t e , e s t o d e b e a c o m p a ñ a r s e p o r e l r e c o n o c i m i e n t o a b s o l u t od e la sob eran ía d e I srae l . P or e l momen to tod o e s to e s u tóp ico :la s i tu ac ión evo lu c ion a cad a d ía h ac ia lo p eor .

— En lo que concierne a Jerusalén, y para seguir en el plano

de la utopía, ¿no sería más fácil resolver el problema si se comenzara por desmitificar, por ejemplo, arrasando el Mu ro de losLam entos, demoliendo la mezquita de Ornar y haciendo saltar laiglesia de la Natividad?

—S e p u ed e con ceb ir q u e e s ta gu erra , como mu ch as o tras , en g e n d r e l a r e v o l u c i ó n . L a s r e v o l u c i o n e s n a c e n m á s a m e n u d o d ela gu erra q u e d e la p az . S e p u ed e mu y b ien con ceb ir , d e amb osb an d os , u n a ser ie d e d erro tas y d e ca tás tro fe s econ ómicas q u el l e v e n , t a m b i é n d e a m b o s b a n d o s , a u n a r e v u e l t a v e r d a d e r a m e n

te revo lu c ion ar ia . P or e l momen to , n o e s tamos en e se p u n to y .



27 6 Israel. El mund o árabe

i .

como usted , yo prefer ir ía una paz que creara segu idamente lasc o n d i c i o n e s d e u n a v e r d a d e r a l u c h a d e c l a se s y u n a v e r d a d e r ar e v o l u c i ó n ( . . . ) •

En lo que conc ierne a la paz y s i empre sobre ese p lano de

u t o p í a , s e r í a n e c e sa r i o q u e a d e m á s d e l r e c o n o c i m i e n t o d e I s r a e l ,s e e m p r e n d i e r a n n e g o c i a c i o n e s d e a m b o s b a n d o s p a r a i n t e g r a r l ae c o n o m í a i s r a e l í a l M e d i o O r i e n t e . A s í f o r m a r í a p a r t e d e M e d i oOriente y dejar ía de ser una economía centr í fuga , con sus recursos en e l ex tranjero , lo que es una de las pr inc ipa les razonesde la desconf ianza árabe . Se deber ía poder conceb ir una economía donde e l cap i ta l t écn ico v in iera , por un t i empo a l menos , dei n g e n i e r o s i s r a e l í e s q u e t r a t a r í a n d e p r o v e e r d e e l e m e n t o s a l o sp a í se s v e c i n o s . P e r o e s t o su p o n e t o d o u n c a m b i o . S i n e m b a r g o ,

so l a m e n t e so b r e e sa b a se p o d r í a e s t a b l e c e r se u n a p a z v e r d a d e r aque descubr ir ía e l verdadero fondo de l conf l i c to : la lucha dec lases .

— En sus "Reflejiñones sobre la cuestión judía", u sted dice quesería una so h i c i ó n perezosa dejar a la revolución futura la preocupa ción de liquidar la cuestión judía. ¿ Qu é otra solución consideraba usted en esa época? ¿El sionismo?

— La s c u e s t i o n e s s e c o n f u n d i e r o n . N a d a d a m á s m i e d o a l o sárabes que e l s ion i smo . Ven en é l l a neces idad , para Israe l , deagrandarse , y por lo tanto de conquis tar t err i tor ios . Cier tamente ,no es e so lo que Israe l dec lara querer hacer , pero e l idea l de ls ion i smo es a pesar de todo hacer vo lver a todos los jud íos aIsrae l y , por e l momento , e l mayor número se encuentra todav íaen la Diáspora . Y no habrá con qué a l imentar a todo e l mundoa l m e n o s q u e , j u s t a m e n t e , s e h a g a n a n e x i o n e s t e r r i t o r i a l e s . C o n c ibo , por o tra parte , l a desconf ianza de los pa í ses soc ia l i s tas f rente a Israe l . Están ce losos de su soberan ía y se qu iere const i tu irsu s c o m u n i d a d e s j u d í a s e n c o m u n i d a d e s d e d o b l e p e r t e n e n c i a , e sdec ir pertenec iendo a su pa í s pero pudiendo e l eg ir i r se a v iv iren Israe l y d i f erenc iándose as í de los c iudadanos comunes . Esoes torpe y favorec e e l ant i sem i t i sm o . LTn c iuda dan o so v ié t i co or u m a n o e s t á y a d e m a s i a d o t e n t a d o p o r e l a n t i s e m i t i sm o , y s ip iensa que é l no t i ene e l derecho de dejar su pa í s en tanto queun jud ío puede l lamarse rumano e i srae l í , podrá cons iderar enpr inc ip io que esa gente es tá más favorec ida que é l y , luego , que



Israel, la izquierda y los, árabes 277

s o n a p a t r i d a s . En c u a n t o al g o b i e r n o , los c o n s i d e r a r á con d e s c o n f i a n z a p u e s t o que, si p u e d e n e l e g i r I s r a e l , no son s o c i a l i s t a s . E s t et i p o de r e a c c i ó n al s i o n i s m o es una c o s a g r a v e . En t a n t o queE s t a d o s o b e r a n o , I s r a e l d e b e r í a r e c o n o c e r a t o d o s los j u d í o s el

d e r e c h o de v e n i r a i n s t a l a r s e en él, p e r o a b s t e n e r s e de toda prop a g a n d a m i l i t a n t e s i o n i s t a en el e xt er io r ( . . . ) .

E n mi o p i n i ó n , el s i o n i s m o ha p e r d i d o . Una b u e n a r a z ó n p a r ae so es que, a u n q u e la g e n t e no se h a y a c u r a d o de su a n t i s e m i t i s -mOj no hay a c t u a l m e n t e c r is is a n t i s e m i t a y no la h a b r á en unp o r v e n i r p r e v i s i b l e . Los j u d í o s de la D i á s p o r a p r e f i e r e n q u e d a r s e d o n de e s tá n ( . . . ) .

V e o por el c o n t r a r i o n a c e r una n u e v a g e n e r a c i ó n . La g e n t e

d e i z q u i e r d a , los j u d í o s de i z q u i e r d a que t i e n e n mi e d a d , un pocom á s de c i n c u e n t a a ñ o s , v a c i l a b a n o d a b a n la r a z ó n a I s r a e l . Pore l contrar io , los que t i e n e n a l r e d e d o r de v e i n t e a ñ o s , c o m u n i s t a s ,t r o t s k i s t a s o s o c i a l i s t a s —su e d a d i m p o r t a más que la p o s i c i ó nde su p a r t i d o — , son r a d i c a l m e n t e a n t i - i s r a e l í e s no p o r q u e lo c o n s i d e r e n c o m o un e s t a d o i m p e r i a l i s t a , s i n o p o r q u e p r e f i e r e n i n t e g r a r s e a su p a í s y l u c h a r p a r a que un día la r e v o l u c i ó n t e n g al u g a r a l l í d o n d e se e n c u e n t r a n . Así p u e s , p a r a mí, el s i o n i s m o ha

m u e r t o . En e s a s c o n d i c i o n e s , me p r e g u n t o por qué I s r a e l se batee n p o s i c i o n e s s i o n i s t a s , lo p r e g u n t o a m e n u d o a S i m h a F l a p a n ,p o r qué él es s i o n i s t a .

— E í sionismo ha tenido durante im cierto tiempo un papelprogresista, puesto que era un movimiento de liberación nacionalque luchaba por el renacimiento del pueblo judío y tiene, hoy,

un papel reaccionario. La historia nos da así numerosos ejemplosde mo vimientos progresistas en sus comienzos y reaccionariosdespués. En el 89, la burguesía era -una clase revolucionaria. La

razón de ser del sionismo ya no se. justifica y, sobreviviéndose a

sí mismo, ha tomado todos los defectos de las cosas que quierensobrevivirse a pesar de los acontecimientos. Se desarrolla hoy

como un chauvinismo peligroso porque su intransigencia am enaza la mism a existencia del estado que contribuyó a crear.

—^El sio n is m o era una c o n c e p c i ó n a v a n z a d a en la é p o c a en quet o d o el m u n d o era c o l o n i a l i s t a . Al p r i n c i p i o , e s t á i m p r e g n a d o decolonialismo No considero a p e s a r de t o d o , a I srae l como paí s




c o l o n i z a d o r . E l s i o n i s m o h a s i d o p r o g r e s i s t a e n u n a a t m ó s f e r a

e n l a q u e s e e n c o n t r a b a n a t u r a l i r a t o m a r u n a p o r c i ó n d e t i e r r ae i n s t a l a r s e e n u n i n m e n s o p a í s p o c o d e s a r r o l l a d o . E n e s a é p o c a ,l o q u e s e h i z o e r a p e r f e c t a m e n t e n o r m a l . E l d r a m a f u e e l d e s p e r t a r d e l a c o n c i e n c i a á r a b e . M u y e q u i v o c a d a m e n t e s e t r a t a d e c o l o n o s a e s o s h o m b r e s q u i e n e s , d e s d e e l p r i n c i p i o , t r a b a j a r o n c o ns u s m a n o s . L a m e j o r r e s p u e s t a s e r í a d e c l a r a r q u e , p r e c i s a m e n t e ,e l s i o n i s m o y a n o e x i s t e . H a c o n t r i b u i d o a c r e a r e l e s t a d o , r e c o n o c e m o s s u c o m i e n z o , p e r o d e a l l í e n a d e l a n t e n o a p r o b a m o s m á s

c i e r t o s e l e m e n t o s d e s u i d e o l o g í a . E l s i o n i s m o h a p e r d i d o s u e f i c a c i a . N o s i r v e m á s q u e p a r a h a c e r d e c i r q u e , d e s d e e l m o m e n t oen que se e s s ion i s ta , ya no se e s de i zqu ierda . Es e l argumentoá r a b e : u n s i o n i s t a n o p u e d e s e r d e i z q u i e r d a p u e s t o q u e q u i e r eu n e s t a d o f u n d a d o s o b r e l a r a z a , a r g u m e n t a c i ó n q u e , p o r o t r ap a r t e , p o d r í a v o l v e r s e c o n t r a e l l o s m i s m o s . P e r o c o n s t a t o q u ee s a s e r í a u n a r e s p u e s t a h i p ó c r i t a . E s t a m b i é n u t ó p i c a , p o r q u e h a ye n t r e l o s i s r a e l í e s u n a p e g o m u y g r a n d e a l a p r á c t i c a s i o n i st a ,

a ú n s i e l l a y a n o t i e n e s o l i d e z . N o q u i e r e n r e s i g n a r s e a l i q u i d a r l a .L o s i s r a e l í e s h a b l a n d e m a n e r a c u r i o s a a l o s j u d í o s q u e n o e s t á n

e n I s r a e l , c o n u n p o c o d e r e s e r v a y d e d e s c o n f i a n z a . " ¿ P o r q u é n oq u e d a r s e a q u í ? " P o r e j e m p l o , l e s g u s t a m u c h o C l a u d e L a n z m a n n ,q u e h a v i v i d o c o n e l l o s a l l á , y s i e m p r e t e r m i n a n p o r p r e g u n t a r l e : " ¿ P o r q u é n o s e q u e d a a q u í ? " . C o m p r e n d o m u y b i e n e l p u n t od e v i s t a d e a l g u n o s d e e l l o s . A s í t e n g o e n I s r a e l u n j o v e n a m i g od e t r e i n t a a ñ o s , c o m o m á x i m o , u n t i p o n o t a b l e , f r a n c é s , q u e v i v ee n u n k i b u t z . L l e g ó m u y a t e m o r i z a d o . S u s a b u e l o s h a b í a n s i d om a t a d o s p o r l o s n a z i s y c u a n d o v o l v i ó f u e p a r a d a r s e c u e n t a d eq u e l o s a n t i s e m i t a s h a b í a n a s i s t i d o a l a m a s a c r e d e l o s j u d í o s , ys e g u í a n s i e n d o a n t i s e m i t a s . E r a m u y j o v e n , e x p e r i m e n t ó u n o d i oferoz hac ia toda e sa gente . Se fue a l f in , para no t ener nada másq u e v e r c o n e l l o s . C u a n d o p i e n s a e n l o s j u d í o s d e F r a n c i a , a d m i t e a l o s d e s e s e n t a a ñ o s p o r q u e s o n c o m o s u s p a d r e s , p o r q u e s o nv i e j o s . P e r o l o s o t r o s , p i e n s a , n o h a n c o m p r e n d i d o n a d a . ¿ C ó m ou n j u d í o d e t r e i n t a a ñ o s p u e d e t o d a v í a v i v i r e n F r a n c i a d e s p u é sd e l o q u e h a v i s t o ? S u d u r o p a s a d o e m o c i o n a l r e p o s a s o b r e e s




judíos de i r a I srae l , s i l o desean , y de conver t i r se en c iudadanosi srae l í e s . Al mismo t i empo , e s to impl i ca que no se debe hacerp r o p a g a n d a t e n d i e n t e a h a c e r v e n i r a I s r a e l a c i u d a d a n o s d e

o tros pa í se s .

L'Arche, N ° 152, 25 de octu br e de 1969.E n tr e v i s ta o to r g a d a a A r tu r o S c h w a r z p a r a

lo s Quadem i Del Medio Oriente.



¿ o S / fJ'T t Ue CT-üA 6 5



D o y e s t a s c o n f e r e n c i a s y e s t a e n t r e v i s t a — se p a r a d a s p o r c i n c oa ñ o s y p o r l o s a c o n t e c i m i e n t o s d e M a y o d e l 6 8 — , p a r a d e m o s t r a rl a i n e s t a b i l i d a d , h o y , d e l a n o c i ó n d e i n t e l e c t u a l . En m i s c o n f e r e n c i a s e n J a p ó n d e sc r i b í a , s i n l l a m a r l o a s í , l o q u e s e d e n o m i n aa m e n u d o , d e sp u é s d e l 6 8 , " e l i n t e l e c t u a l clásico" y mo straba ya— p e r o s i n d a r m e c u e n t a e x a c t a m e n t e — c u a n unselhstcindinga p a r e c í a , c o m o d i c e n l o s a l e m a n e s . En v e r d a d e l m o m e n t o d e l am a l a c o n c i e n c i a — e s d e c i r d e l i n t e l e c t u a l p r o p i a m u u t e d i c h o —n o r e p r e s e n t a p a r a n a d a u n a stase s i n o u n a d e t e n c i ó n p r o v iso r i ae n e l d e s l i z a m i e n t o q u e t r a n s f o r m a a l t é c n i c o d e l sa b e r p r á c t i c oe n u n c o m p a ñ e r o r a d i c a l i z a d o d e l a s f u e r z a s p o p u l a r e s con lacondición — c o sa q u e y o n o d e c í a e n t o n c e s — d e q u e é l t o m e u n an u e v a d i s t a n c i a e n r e l a c i ó n a su p r o f e s i ó n , e s d e c i r d e su sersocial, y q u e é l c o m p r e n d a q u e n i n g u n a denuncia política podríac o m p e n s a r e l h e c h o d e q u e e s o b j e t i v a m e n t e e l e n e m i g o d e l a sm a s a s ^

H e c o m p r e n d i d o h o y q u e é l n o p o d í a d e t e n e r se e n e l e s c a l ó nd e l a m a l a c o n c i e n c i a ( i d e a l i sm o , i n e f i c a c i a ) , s in o q u e d e b í ae n f r e n t a r se c o n su p r o p i o p r o b l e m a o , s i s e p r e f i e r e , n e g a r e lmomento intelectual p a r a i n t e n t a r e l e n c u e n t r o d e u n n u e v oe s t a t u t o popular.

1 Nada mejor que denunciar l a guerra de Vietnam para lo s pro fesoresd e l a U n i v e r s i d a d n o r t e a m e r i c a n a . Pe r o e s a d e n u n c i a e s p o c a c o s a ( i n e f i cac ia re la t iva ) después de l o s t rabajos que a lgunos de e l l o s e fectúan ,en lo s l aborator ios pues tos a su d i spos i c ión , para dar nuevas armas a le jérc i to de l o s Estados Unidos .



D E F E N S A D E L O S I N T E L E C T U A L E S

PniMERA C O N F E R E N C I A

¿QUÉ ES UN INTELECTUAL?

1, S I T U A C I Ó N D E L I N T E L E C T U A L

Si s e c ons i de r an só l o l os r e pr oc he s que se l e s d i r i ge , l os i n te l e c t u a l e s d e b e n s e r g r a n d e s c u l p a b l e s . E s s o r p r e n d e n t e , a d e m á s ,q u e e s o s r e p r o c h e s s e a n e n t o d a s p a r t e s l o s m i s m o s . E n e l J a p ó n ,p o r e j e m p l o , c u a n d o l e í n u m e r o s o s a r t í c u l o s d e l a p r e n s a y d el a s r e v i s t a s j a p o n e s a s , t r a d u c i d o s a l i n g l é s p a r a e l m u n d o o c c i d e n t a l , c r e í c o m p r e n d e r q u e d e s p u é s d e l a é p o c a M e i j i , h a b í ah a b i d o d i v o r c i o e n t r e e l p o d e r p o l í t i c o y l o s i n t e l e c t u a l e s ; d e s pué s de l a gue r r a y , sobr e todo e ntr e 1945 y 1950 , s e hubi e r ad i c h o q u e e l l o s h a b í a n t o m a d o e l p o d e r p o l í t i c o h a c i e n d o m u c h om a l . E n l a m i s m a é p o c a , s i s e l e e n u e s t r a p r e n s a , p a r e c e q u eh u b i e r a n r e i n a d o e n F r a n c i a y p r o v o c a d o c a t á s t r o f e s : a q u í c o m oa l l á e r a l o m i s m o , d e s p u é s d e u n d e s a s t r e m i l i t a r ( n o s o t r o s l l a m a m o s a l n u e s t r o u n a v i c t o r i a , u s t e d e s l o l l a m a n u n a d e r r o t a )s o b r e v i e n e e l p e r í o d o d e r e m i l i t a r i z a c i ó n d e l a s o c i e d a d a f a v o r

d e l a g u e r r a f r í a . L o s i n t e l e c t u a l e s n o h a b r í a n c o m p r e n d i d o n a d ad e e s e p r o c e s o . A q u í c o m o e n t r e n o s o t r o s s e l o s c o n d e n a p o r l a sm i s m a s r a z o n e s v i o l e n t a s y c o n t r a d i c t o r i a s . U s t e d e s d i c e n q u ee l l o s e s t á n h e c h o s p a r a c o n s e r v a r y t r a s m i t i r l a c u l t u r a y q u eson, por l o tanto , conservadores, p e r o q u e s e e n g a ñ a r o n a c e r c ade su o f i c i o y su pape l y s e c onvi r t i e r on e n c r í t i c os y ne gat i vosq u e , e n f r e n t á n d o s e s i n c e s a r c o n e l p o d e r , h o h a n v i s t o s i n o e lm a l e n l a h i s t o r i a d e s u p a í s . E n c o n s e c u e n c i a , s e e n g a ñ a r o n

• i -



286 Los intelectuates

acerca de todo, l o q u e n o s e r í a t a n g r a v e s í n o h u b i e r a n - e n g a ñ a d oa l p u e b l o e n t o d a s l a s c i r c u n s t a n c i a s i m p o r t a n t e s .

¡ E n g a ñ a r a l p u e b l o E s o q u i e r e d e c i r : o b t e n e r q u e d é l a e s p a l d aa s u s p r o p i o s i n t e r e s e s . ¿ L o s i n t e l e c t u a l e s d i s p o n d r í a n e n t o n c e sd e u n c i e r t o p o d e r e n e l m i s m o t e r r e n o q u e e l g o b i e r n o ? N o ,d e s d e q u e s e a p a r t a n d e l c o n s e r v a d o r i s m o c u l t u r a l q u e d e f i n esu acc ión y s u o f ic io , s e l e s rep ro ch a jus ta m en te e l caer e n l ai m p o t e n c i a : ¿ q u i é n l o s e s c u c h a ?

P o r l o d e m á s s o n d é b i l e s p o r n a t u r a l e z a : n o producen y n ot i enen para v iv i r s ino su sa lar io , l o que l e s qu i ta toda pos ib i l idadd e d e f e n d e r s e e n l a s o c i e d a d c i v i l t a n t o c o m o e n l a s o c i e d a d p o l í t i c a . H e l o s a q u í p u e s i n e f i c a c e s y v o l u b l e s ; a f a l t a d e t e n e r u np o d e r e c o n ó m i c o o s o c i a l , s e t o m a n p o r u n a é l i t e l l a m a d a a j u z g a racerca de todo , cosa que no son . De a l l í v i ene su mora l i smo y sui d e a l i s m o , p i e n s a n c o m o s i v i v i e r a n y a e n e l p o r v e n i r l e j a n o yj u z g a n n u e s t r o t i e m p o d e s d e e l p u n t o d e v i s t a a b s t r a c t o d e lp o r v e n i r .

A g r e g u e m o s : s u dogmatismo; s e re f i ere n a pr in c ip ios in tan g i b l es pero abs trac tos para dec id i r sobre l o que s e debe hacer . Sea p u n t a a q u í , p o r s u p u e s t o , a l m a r x i s m o ; e s c a e r e n u n a n u e v ac o n t r a d i c c i ó n p u e s t o q u e e l m a r x i s m o s e i m p o n e p o r p r i n c i p i oa l m o r a l i s m o . L a c o n t r a d i c c i ó n n o m o l e s t a p u e s t o q u e s e l a p r o y e c t a e n e l l o s . D e t o d o s m o d o s s e l e s o p o n d r á e l m a r x i s m o d el o s p o l í t i c o s : m i e n t r a s l o s i n t e l e c t u a l e s t r a i c i o n a n s u f u n c i ó n ,s u r a z ó n d e s e r y s e i d e n t i f i c a n c o n " e l e s p í r i t u q u e s i e m p r e

n i e g a " , l o s p o l í t i c o s , e n t r e u s t e d e s y e n t r e n o s o t r o s , h a n r e c o n s t r u i d o m o d e s t a m e n t e e l p a í s a r r a s a d o p o r l a g u e r r a , d a n d o p r u e b a d e u n p r u d e n t e e m p i r i s m o l i g a d o , p r e c i s a m e n t e , a l a s t r a d i c i o nes y , en c i er tos casos , a nuevas prác t i cas (y t eor ías ) de l mundoo c c i d e n t a l . D e s d e e s t e p u n t o d e v i s t a s e v a m á s l e j o s e n E u r o p aq u e e n J a p ó n : u s t e d e s t i e n e n a l o s i n t e l e c t u a l e s p o r u n m a lnecesario; s o n n e c e s a r i o s p a r a c o n s e r v a r , t r a s m i t ir , e n r i q u e c e rl a c u l t u r a ; a l g u n o s s e r á n s i e m p r e o v e j a s s a r n o s a s , b a s t a r á c o n

c o m b a t i r s u i n f l u e n c i a . E n t r e n o s o t r o s , s e a n u n c i a s u m u e r t e :ba jo l a in f luenc ia de l a s ideas norteamer icanas , s e pred ice l a



Defensa de tos intelectuales 287

u n i v e r s a l i s t a s p o r e q u i p o s d e i n v e s t i g a d o r e s r i g u r o s a m e n t e e s p e c i a l i z a d o s .

¿ Es p o s i b l e , a p e sa r d e su s c o n t r a d i c c i o n e s , e n c o n t r a r u n a d i r e c c i ó n c o m ú n a t o d a s e sa s c r í t i c a s? S í : d i g a m o s q u e t o d a s e l l a ss e i n s p i r a n e n u n r e p r o c h e f u n d a m e n t a l : el intelectual es algxiienque se mete en lo que no le concierne, y q u e p r e t e n d e d i s c u t i re l c o n j u n t o d e v e r d a d e s r e c i b i d a s y d e c o n d u c t a s i n sp i r a d a s e ne l l a s e n n o m b r e d e u n a c o n c e p c i ó n g l o b a l d e l h o m b r e y d e l as o c i e d a d — c o n c e p c i ó n a c t u a l m e n t e i m p o s i b l e y p o r e n d e a b s t r a c t a y f a l sa — p u e s t o q u e l a s so c i e d a d e s d e c r e c i m i e n t o s e d e f i n e np o r l a e x t r e m a d i v e r s i f i c a c i ó n d e m o d o s d e v i d a , d e f u n c i o n e ss o c i a l e s , d e p r o b l e m a s c o n c r e t o s . A h o r a b i e n , es verdad qu e e li n t e l e c t u a l e s a l g u i e n q u e s e m e t e e n l o q u e n o l e c o n c i e r n e . Ta nv e r d a d e s q u e , e n t r e n o so t r o s , l a p a l a b r a " i n t e l e c t u a l " a p l i c a d aa l a s p e r so n a s s e h a p o p u l a r i z a d o , c o n su s e n t i d o n e g a t i v o , e nt i empos de l caso Dreyfus . Para los ant idreyfus i s tas , l a . ' . " ¡ "o luc ióno l a c o n d e n a d e l c a p i t á n D r e y f u s c o n c e r n í a a l o s t r i b u n a l e s m i l i tares y , en def in i t iva , a l Estado Mayor; p a r a l o s d r e y f u s i s t a s ,a f i r m a n d o l a i n o c e n c i a d e l i n c u l p a d o , s e c o l o c a b a n f u e r a d e sucompetencia. O r i g i n a r i a m e n t e , p u e s , e l c o n j u n t o d e l o s i n t e l e c t u a l e s a p a r e c e c o m o u n a d i v e r s i d a d d e h o m b r e s q u e h a n a d q u i

r i d o a l g u n a n o t o r i e d a d p o r t r a b a j o s q u e r e v e l a n i n t e l i g e n c i a( c i e n c i a s e x a c t a s , c i e n c i a s a p l i c a d a s , m e d i c i n a , l i t e r a t u r a , e t c . t .y que abusan d e e sa n o t o r i e d a d p a r a sa l i r d e su d o m i n i o y c r it ic a r l a so c i e d a d y l o s p o d e r e s e s t a b l e c i d o s e n n o m b r e d e u n ac o n c e p c i ó n g l o b a l y d o g m á t i c a ( v a g a o p r e c i sa , m o r a l i s t a o m a r x i s t a ) d e l h o m b r e .

Y , s i s e q u i e r e u n e j e m p l o d e e s t a c o n c e p c i ó n c o m ú n d e l i nt e l e c t u a l , d i r é q u e n o s e l l a m a r á " i n t e l e c t u a l e s" a l o s sa b i o s q u et r a b a j a n so b r e l a f i s i ó n d e l á t o m o p a r a p e r f e c c i o n a r l a s m a n u i -n a r i a s d e l a g u e r r a a t ó m i c a : e so s so n sa b i o s y n a d a m á s . P e r os i e so s m i sm o s sa b i o s , a t e r r a d o s p o r e l p o d e r d e s t r u c t o r d e l a sm a q u i n a r i a s q u e e l l o s p e r m i t e n f a b r i c a r , s e r e ú n e n y f i r m a n u nm a n i f i e s t o p a r a p o n e r e n g u a r d i a a l a o p i n i ó n c o n t r a e l u so d el a b o m b a a t ó m i c a , s e tr a n s f o r m a n e n i n t e l e c t u a l e s . E n e f e c t o :19, sa l e n d e su c o m p e t e n c i a : f a b r i c a r u n a b o m b a e s u n a c o sa ,juzgar su empleo es o tra ; 2? , abusan de su ce lebr idad o de lac a p a c i d a d q u e s e l e g r e c o n o c e p a r a v i o l e n t a r l a o p i n i ó n , e n m a s -



2 8 8 Los intelectuales

2 . ¿ Q U É E S U N I N T E L E C T U A L ?

Pues t o que s e l e reprocha s a l i r de su c o m p e t e n c i a , é l a p a r e c ecomo un cas o par t i cu l ar de un conj unt o de pers onas que s e de f i n e n p o r f u n c i o n e s s o c i a l m e n t e reconocidas. V e a m o s l o q u e e s os igni f i ca .

T o d a praxis c o m p o r t a v a r i o s m o m e n t o s . L a a c c i ó n n i e g a p a rc i a l m e n t e l o q u e es í e l campo práct i co s e da como s i t uac i óna cambiar), e n p r o v e c h o d e l o q u e no es ( f in a lograr, redistri buc i ón de l os dat os pr i meros de l a s i t uac i ón para , en ú l t i moa n á l i s i s , r e p r o d u c i r l a v i d a ) . P e r o e s t a n e g a c i ó n e s d e v e l a c i ó n ys e acompaña de una a f i rmac i ón , pues t o que s e rea l i za l o que noes con lo que es, e l p l ant eo deve l ador de l o que e s a par t i r del o que t odav í a no e s debe s er l o más exac t o pos i b l e pues t o quedebe encont rar en l o que e s t á dado e l medi o de rea l i zar l o quet odav í a no e s t á ( l a res i s t enc i a a ex i g i r de un mat er i a l s e deve l een f unc i ón de l a pres i ón que debe s uf r i r ) . As í l a praxis c o m p o r t ae l m o m e n t o d e l s a b e r p r á c t i c o q u e r e v e l a , s o b r e p a s a , c o n s e r v ay ya modi f i ca l a rea l i dad . A es e n i ve l s e co l ocan l a i nves t i gac i óny l a verdad práct i ca , de f i n i da como p l ant eo de l s er en t ant o é la j us t a l a pos i b i l i dad de s u prop i o cambi o or i ent ado . La verdadv i en e a l s er a par t i r de l no s er , a l pr es e nt e a par t i r de l f u t ur opráct i co . Des de e s e punt o de v i s t a , l a empres a rea l i zada es l averificación de l as pos i b i l i dad es des c ub i er t as ( s i pas o por e lpuent e i mprov i s ado a l o t ro l ado de l r í o , e l mat er i a l e l eg i do vr e u n i d o o f r e c e b i e n l a r e s i s t e n c i a p r e v i s t a ) . De ese hecho , e l

carando por a l l í e l ab i s mo i n f ranqueabl e que s epara s us conoc i m i e n t o s c i e n t í f i c o s d e l a a p r e c i a c i ó n política qu e ha ce n a par t ird e otros principios, s obr e l a m aq ui n ar i a qu e per f ecc i o na n; S^, nocondenan , en e f ec t o , e l us o de l a bomba por haber cons t a t ado

d e f e c t o s t é c n i c o s , s i n o e n n o m b r e d e u n s i s t e m a d e v a l o r e s e m i n e n t e m e n t e d i s c u t i b l e q u e t o m a c o m o n o r m a s u p r e m a l a v i d ah u m a n a .

¿ D e q u é v a l e n e s a s q u e j a s f u n d a m e n t a l e s ? ¿ C o r r e s p o n d e n au n a r e a l i d a d ? N o p o d e m o s d e c i d i r s o b r e e s o s i n i n t e n t a r , p r i m e -i'o, s a b e r qué es u n i n t e l e c t u a l .



Defensa de los intelectuales 289

saber prác t i co e s primero i n v e n c i ó n . P a r a s e r d e s c u b i e r t a s , u t il i zadas y ver i f i cadas , e s necesar io que l a s pos ib i l idades s ean pr i -r a e r o i n v e n t a d a s . E n e s t e s e n t i d o t o d o h o m b r e e s proyecto:

creador, p u e s t o q u e i n v e n t a l o q u e es ya a part ir de lo que

todav ía no e s ; sabio pu es to que no l ogrará su f in s in de term ina rc o n c e r t e z a l a s p o s i b i l i d a d e s q u e p e r m i t e n l l e v a r a b u e n f i n l ae m p r e s a ; investigador e impugnador (pu es to qu e e l f in p la nte ad oi n d ic a e s q u e m á t i c a m e n t e s u s m e d i o s , e n l a m e d i d a e n q u e é lmi smo e s abs trac to , é l debe buscar l o s medios concre tos , l o quetorna a prec i sar por e l l o s e l f in y a enr iquecer lo , a veces , des -

, v iánd o lo . Eso s i gn i f i ca qu e é l cu es t i on a e l fin por l o s me dio s y' r ec íp roc am ente , ha s ta qu e e l f in s e con v ier ta e n la un ida d in te

g r a n t e d e l o s m e d i o s u t i l i z a d o s ) . E n e s e m o m e n t o , é l d e b e d e c i dir s i eso v al e la pen a , d ic ho de otro m od o, s i e l f in int eg ra nt e ,c o n s i d e r a d o d e s d e e l p u n t o d e v i s t a g l o b a l d e la vida, va le l aa m p l i t u d d e l a s transformaciones energéticas qu e l o rea l i zará no , s i s e pre f i ere , s i l a gananc ia va l e e l gas to de energ ía . Porquev i v i m o s e n e l m u n d o d e l a e s c a s e z , d o n d e t o d o g a s t o a p a r e c ed e a l g ú n m o d o c o m o d e s p i l f a r r o .

E n l a s s o c i e d a d e s m o d e r n a s , l a d i v i s i ó n d e l t r a b a j o p e r m i t ed a r a d i s t i n t o s g r u p o s d i v e r s a s t a r e a s q u e , p u e s t a s e n c o n j u n t o ,c o n s t i t u y e n l a praxis. Y , e n c u a n t o a l o q u e n o s i n t e r e s a , p e r m i t et a m b i é n e n g e n d r a r e s p e c i a l i s t a s d e l s a b e r p r á c t i c o . E n o t r o s t é r m i n o s : p o r y d e s d e e s e g r u p o p a r t i c u l a r e l develamiento, qu e e sun momento de l a acc ión , s e a i s l a y s e p lantea por s í . Los f inesson de f in idos por l a s c lase s do m ina nt es y rea l i zadas por l a s c las e s t r a b a j a d o r a s , p e r o e l e s t u d i o d e l o s m e d i o s e s t á n r e s e r v a d o sa u n c o n j u n t o d e t é c n i c o s q u e p e r t e n e c e n a e s o q u e C o l í n C l a r k el l am a e l s ec tor t erc iar io , y q ue son sab ios , ing en iero s , m éd icos ,

l eg i s tas , pro fe sores , e t c . Esos hombres , como ind iv iduos , no s ed i f erenc ian de l o s o t ros hombres pues to que cada uno de e l l o s ,haga l o que haga , deve la y conserva e l s er que sobrepasa en suproyec to de cambiar lo . Fa l ta dec i r que l a func ión soc ia l que l ee s a t r ibu ida cons i s t e en e l examen cr í t i co de l campo de l o s pos i b l e s , y qu e no l e s per ten ec e n i la apr ec iac ión de l o s f ines n i , enl a m a y o r í a d e l o s c a s o s ( h a y e x c e p c i o n e s , p o r e j e m p l o e l c i r u jan o) , l a rea l i za c ión . E n con j i i íi t o e s tps t écn i c os deV sabe r p rác -



290 Los intelectuales

t i c o n o s on tod av í a i n te l e c tu a l e s p e r o e s e n tr e e l l o s — y e n n i n g u n a o t r a p a r t e — q u e l o s i n t e l e c t u a l e s s e r e c l u t a n .

P a r a c o m p r e n d e r m e j o r l o q u e s o n , v e a m o s c ó m o a o a r e c i e r o ne n F r a n c i a . H a s t a e l s i g l o x i v e l c l é r i g o — h o m b r e d e i g l e s i a — e s .tamb i é n é l , d e te n tad or d e u n s ab e r . N i l o s b ar on e s n i l o s c amp e s i n os s ab e n l e e r . La l e c tu r a e s el hecho del clérigo. Pero la Igles iat i e n e u n p o d e r e c o n ó m i c o ( i n m e n s a s r i q u e z a s ) y u n p o d e r p o l í t i c o ( c omo l o p r u e b a l a t r e gu a d e D i os q u e i mp u s o a l o s f e u d a l e s

y s u p o h ac e r r e s p e tar e n l a mayor í a d e l o s c as os ) . E l l a e s , e nt a n t o q u e i g l e s i a , g u a r d i a n a d e u n a ideología, e l cr i s t ia n i sm o,q u e e xp r e s a y q u e i n c u l c a a o t r as c l a s e s . E l c l é r i go e s e l me d i a d or e n tr e e l s e ñ or y e l c amp e s i n o; é l l e s p e r mi te r e c on oc e r s ee n t a n t o q u e a m b o s t i e n e n ( o c r e e n t e n e r ) u n a i d e o l o g í a c o m ú n .Él c o n s e r va l o s d ogm as , t r a s m i te l a t r ad i c i ón y l a ad ao ta . C om oh omb r e d e i g l e s i a , n o s ab r í a s e r u n e s p e c i a l i s ta d e l s ab e r . Ofr e c eu n a i m a g e n m í t i c a d e l m u n d o , u n m i t o t o t a l i t a r i o q u e . m i e n t r a s

expresa la conc ienc ia de c lase de la ig les ia , de f ine e l lugar y e ld e s t i n o d e l h o m b r e e n u n u n i v e r s o e n t e r a m e n t e s a g r a d o , p r e c i s al a i e r ar q u í a s oc i a l .

E l e s p e c i a l i s ta d e l s ab e r p r ác t i c o ap ar e c e c on e l d e s ar r o l l o d el a b u r gu e s í a . Es ta c l a s e d e c ome r c i an te s e n tr a , d e s d e q u e s e c on s t i tu ye , e n c on f l i c to c on l a I g l e s i a c u yos p r i n c i p i os (msto prec io ,c on d e n a d e l a u s u r a) , t r ab an e l d e s ar r o l l o d e l c ap i ta l i s mo c ome r c i a l . C on tod o l a b u r gu e s í a ad op ta y c on s e r va l a i d e o l og í a d e l o s

c l é r i gos , s i n p r e oc u p ar s e p or d e f i n i r s u p r op i a i d e o l og í a . Pe r oe l i ge e n tr e s u s h i jo s au x i l i ar e s t é c n i c os y d e fe n s or e s . Las f l o tasc ome r c i a l e s i mp l i c an l a e x i s t e n c i a d e s ab i os y d e i n ge n i e r os ; l ac on tab i l i d a d p or p ar t i d a d o b l e r e c l am a c a l c u l ad or e s q u e d ar ánn a c i m i e n t o a m a t e m á t i c o s ; l a p r o p i e d a d r e a l y l o s c o n t r a t o s i m p l i c an l a mu l t i p l i c ac i ón d e h omb r e s d e l e y , l a me d i c i n a s e d e s ar r o l l a y l a an atomí a e s tá e n e l or i ge n d e l r e a l i s mo b u r gu é s e nl as ar te s . Es os e xp e r tos e n me d i os n ac e n p u e s d e l a b u r gu e s í a y

e n e l l a : n o s on n i u n a c l a s e n i u n a é l i t e : t o ta l me n te i n te gr ad osa l a vas ta e mp r e s a q u e e s e l c ap i ta l i s mo c ome r c i a l , l e p r op or c i on an l o s me d i os d e man te n e r s e y amp l i ar s e . Es os s ab i os y e s os



Defen sa de los intelectuales 291

i g l e s i a , i n t e r v e n d r á n p o c o : l o s p r o b l e m a s s e f o r m u l a n a n i v e lde los c l ér igos y a t ravés de e l los ; é s t os se oponen ent re e l l ose n n o m b r e d e l a u n i v e r s a l i d a d s i n t é t i c a e n e l m o m e n t o e n q u ee l de sarro l lo de l comerc io habrá hecho de la burgues ía una pot enc ia a in t egrar . De sus t en t at ivas para adapt ar la ideo log íasagra da a las neces id ad es de la c lase en ascenso , na ce n a la ve zla Re f orma ( e l prot e s t ant i smo e s l a ideo log ía de l cap i t a l i smocom erc ia l ) y l a Con t rarre f orma ( los j e su í t as d i sp ut an los bur guese s a l a Ig l e s ia re f ormada: la noc ión de usura da lugar , grac ias a e l l os , a l a de créd i t o ) . Los hombres de l saber v iven en e sosconf l i c t os , l os in f er ior i zan , s i en t en sus cont rad icc iones pero no

son los agent e s pr inc ipa le s de e l los .E n v e r d a d n i n g u n a a d a p t a c i ó n d e l a i d e o l o g í a s a g r a d a p o d í a

sat i s f acer a la burgues ía , que só lo encont raba su in t eré s en ladesacralización de todos los sectores prácticos. A h o r a uen —poren c im a de los conf l i c t os en t re c l ér igos— suc ede q; e , aú n s indarse cuent a , l os t é cn icos de l saber prác t i co producen e sc lare c i e n d o l a praxis bur gu esa sobre s í m ism a, de f in i en do e l luga r ye l t i empo en que se desarro l la l a c i rcu lac ión de las mercader ías .A medida que se l a i c i za un sec t or sagrado , D ios se d i spone a

, su bir a l c ie l o: a part ir de f ines de l s ig lo xvir es e l Dios escondido .E n e s e m o m e n t o , l a b u r g u e s í a e x p e r i m e n t a l a n e c e s i d a d d e a f i r marse como c lase a par t i r de una concepc ión g loba l de l mundo,e s dec i r de una ideo log ía : t a l e s e l s en t ido de lo que se ha l l amado

la cr i s i s de l pensamient o en la Europa Occ ident a l . Es t a ideo lo g ía no son los c l ér igos qu ienes la cons t ru irán , s ino los e spec ia l i s t a s d e l s a b e r p r á c t i c o : l o s h o m b r e s d e l e y ( M o n t e s q u i e u ) , l o sh o m b r e s d e l e t r a s ( V o l t a i r e , D i d e r o t , R o u s s e a u ) , l o s m a t e m á t i c o s ( d ' A l e m b e r t ) , u n g e n e r a l ( H e l v é t i u s ) , m é d i c o s , e t c . E l l o st oman e l lugar de los c l ér igos y se denominan f i l ósof os , e s dec i r

amant es de la sab idur ía . La Sab idur ía e s l a Razón . Ademásde sus t rabaj os e spec ia l i zados , s e t ra t a de crear una concepc iónrac iona l de l Universo que abarque y Jus t i f ique las acciones y lasreivindicaciones de la burg ues ía .

E l los usarán e l mét odo ana l í t i co que no e s o t ra cosa que e lm é t o d o d e i n v e s t i g a c i ó n q u e h a h e c h o s u s p r u e b a s e n l a s c i e n c ias y l as t é cn icas de la época . Lo ap l i carán a los prob lemas dela h is tor ia y de la soc iedad: es la mejor arma contra las tradi -




c iones , l o s pr iv i l eg ios y los mi tos de la ar i s tocrac ia , fundada so b r e u n s i n c r e t i sm o s i n r a c i o n a l i d a d . La p r u d e n c i a h a r á , d e t o d o smodos , que d i s f racen e l v i t r io lo que roe los mi tos ar i s tocrát i cos yt e o c r á t i c o s p o r s i n c r e t i sm o s d e f a c h a d a . C i t a r é c o m o ú n i c o e j e m

plo la idea de Naturaleza, c o m p r o m i so e n t r e e l o b j e t o r i g u r o sod e l a s c i e n c i a s e x a c t a s y e l m u n d o c r i s t i a n o c r e a d o p o r D i o s . Eslo uno y lo otro: Naturaleza es en pr in c ip io la idea de una un idad to ta l i zante y s incrét i ca de todo lo que ex i s t e —lo que nosr e e n v í a a l a R a z ó n D i v i n a ; p e r o e s t a m b i é n l a i d e a d e q u e t o d oe s tá so m e t i d o a L e y e s y q u e e l M u n d o e s t á c o n s t i t u i d o p o r s e r i e sc a u sa l e s e n n ú m e r o i n f i n i t o , y q u e c a d a o b j e t o d e c o n o c i m i e n t oes e l e f ec to for tu i to de l encuentro de var ias de esas ser ies , l oq u e c o n c l u y e n e c e s a r i a m e n t e e n l a s u p r e s i ó n d e l D e m i u r g o . A s í ,

a l abr igo de es t e concepto b ien e l eg ido , se puede ser cr i s t iano ,d e í s t a , p a n t e í s t a , a t e o , m a t e r i a l i s t a , s e a q u e u n o d i s i m u l e su p e n samiento profundo bajo esa fachada en la cua l no se cree paran a d a , s e a q u e u n o s e e n g a ñ e a s í m i sm o y q u e s e a c r e y e n t e ei n c r é d u l o a la vez. La m a y o r p a r t e d e l o s f i l ó so f o s e s t a b a n e neste ú l t imo caso , en cuanto espec ia l i s tas de l saber práct i co , ap e sa r d e t o d o i n f l u e n c i a d o s p o r la s c r e e n c i a s i n c u l c a d a s d e sd esu p r i m e r a i n f a n c i a .

A part i r de a l l í , su t rabajo cons i s t e en dar a las burgues ías

a r m a s c o n t r a e l f e u d a l i sm o , y a c o n f i r m a r l a e n su o r g u l l o sa c o n c i e n c i a d e s í m i sm a . Ex t e n d i e n d o l a i d e a d e l a ley natural a ld o m i n i o e c o n ó m i c o — e r r o r i n e v i t a b l e p e r o f u n d a m e n t a l — , h a c e nd e l a e c o n o m í a u n se c t o r l a i c i z a d o y e x t e r i o r a l h o m b r e : l ai n f l e x i b i l i d a d d e l e y e s q u e n i s i q u i e r a p u e d e n so ñ a r m o d i f i c a ro b l i g a a so m e t e r se a e l l a s ; l a e c o n o m í a f o r m a p a r t e d e l a N a t u r a l e z a : e n e l l a t a m b i é n n o s e p o d r á m a n d a r a l a N a t u r a l e z a s i n oo b e d e c i é n d o l a . C u a n d o l o s f i l ó so f o s r e c l a m a n l a l i b e r t a d , e l d e r e c h o d e l i b r e e x a m e n , n o h a c e n s i n o r e c l a m a r l a i n d e p e n d e n c i a

d e l p e n sa m i e n t o q u e e s n e c e sa r i a p a r a l a s i n v e s t i g a c i o n e s p r á c t ic a s ( q u e o p e r a n a l m i sm o t i e m p o ) , p e r o p a r a l a c l a se b u r g u e saesa re iv ind icac ión se d ir ige ante todo a la abo l i c ión de las t rabasf e u d a l e s a l c o m e r c i o y e l l i b e r a l i sm o , o l i b r e c o m p e t e n c i a e c o n ó m i c a . D e l a m i sm a m a n e r a , e l individualismo apa rec e a losp r o p i e t a r i o s b u r g u e se s c o m o l a a f i r m a c i ó n d e l a p r o p i e d a d real,

r e l a c i ó n s i n i n t e r m e d i a r i o s e n t r e e l p o se e d o r y e l b i e n p o se í d o ,



Defensa cíe íos íntetectuaíes 2Ó3

contra la propiedad feuda l que es , ante todo , re lac iones de homb res en t re e l l o s . E l atomismo social re su l ta de la ap l i cac ió n a laso c i ed a d d e l p en sa m i en t o c i en t í f i co d e l a ép o ca : l o s b u rg u eses s e

s i rv en d e é l p a ra rech a za r l o s "o rg a n i sm o s" so c i a l e s . La i g u a l d a dd e t o d o s l o s á t o m o s so c i a l e s e s u n a co n secu en c i a n ecesa r i a d e l ai d eo l o g í a c i en t i f i c i s t a , q u e s e a p o y a en l a R a zó n a n a l í t i ca : l o sb u rg u eses s e s erv i rá n d e e l l a p a ra d esca l i f i ca r a l o s n o b l e s o p o n i é n d o l e s e l resto d e l o s h o m b r es . E n e sa ép o ca , e f ec t i v a m en t e , l ab u rg u es í a , co m o h a d i ch o M a rx , s e co n s i d era co m o c l a seu n i v e r s a l .

En p o ca s p a l a b ra s , l o s " f i l ó so f o s" n o h a cen o t ra co sa q u e l o q u ese rep ro ch a h o y a l o s intelectuales: u t i l i za n su s m ét o d o s p a raotro f in que e l que deb ían tra tar de a lcanzar , es dec ir para const i t u i r u n a i d eo l o g í a b u rg u esa , f u n d a d a so b re e l c i en t i sm o m eca -n i c i s t a y a n a l í t i co . ¿ H a y q u e v er en e l l o s a l o s p r i m ero s i n t e l ec t u a l e s? S í y n o . D e h ech o , so n l o s a r i s t ó cra t a s q u i en es l e s rep ro ch a n , en su ép o ca , e l m et erse en l o q u e n o l e s co n c i ern e . Y l o sp r e l a d o s . P e r o n o la b u rg u es í a . Es q u e su i d eo l o g í a n o h a sa l i d od e l a n a d a : l a c l a se b u rg u esa l a p ro d u c í a en e s t a d o b ru t o y d i f u so en y por su práctica com er c ia l ; e l la se daba cue nta de qu e la

n eces i t a b a p a ra t o m a r co n c i en c i a d e s í m i sm a a t ra v és d e s i g n o sy s í m b o l o s ; p a ra d i so l v er y q u eb ra r l a s i d eo l o g í a s d e o t ra s c l a se ss o c i a l e s . L o s " f i l ó s o f o s " a p a r e c e n e n t o n c e s c o m o i n t e l e c t u a l e sorgánicos en e l s en t i d o q u e G r a m sc i p res t a a e sa p a l a b ra :n a c i d o s d e l a c l a se b u rg u esa , s e en ca rg a n d e ex p resa r e l espírituobjetivo d e e sa c l a se . ¿ D e d ó n d e v i e n e e se a cu erd o o rg á n i co ? Enp r i n c i p i o , d e l h ech o d e q u e so n en g en d ra d o s p o r e l l a , l l ev a d o sp o r s u é x i t o , p e n e t r a d o s p o r s u s c o s t u m b r e s y s u s p e n s a m i e n t o s .

L u e g o y s o b r e t o d o p o r q u e e l m o v i m i e n t o d e l a i n v e s t i g a c i ó nc ient í f i ca , práct i ca , y e l de la c la se en ascenso sé corresponden:esp í r i t u d e i m p u g n a c i ó n , r ech a zo d e l p r i n c i p i o d e a u t o r i d a d yt ra b a s a l l i b re co m erc i o , u n i v ersa l i d a d d e l a s l ey es c i en t í f i ca s ,u n i v ersa l i d a d d e l h o m b re o p u es t a a l p a r t i cu l a r i sm o f eu d a l , e s ec o n j u n t o d e v a l o r e s y d e i d e a s — q u e c o n c l u y e f i n a l m e n t e e n d o sf ó r m u l a s : t o d o h o m b r e e s b u r g u é s , t o d o b u r g u é s e s h o m b r e —l l e v a u n n o m b r e : e s e l humanismo b u r g u é s .

F u e l a ed a d d e o ro : n a c i d o s , ed u ca d o s , f o rm a d o s en l a b u rg u e s í a , l o s " f i ló so f o s" co n su a cu erd o , l u ch a b a n p a r a sa ca r d e e l l a



594 Los i n t e i e c t u a i e á

l a i d e o l o g í a . E s a e d a d e s t á l e j o s . H o y l a c l a s e b u r g u e s a e s t á e ne l p o d e r , p e r o n a d i e p u e d e y a c o n s i d e r a r l a c o m o c l a v e u n i v e r s a l .E s o s ó l o b a s t a r í a p a r a h a c e r q u e s u " h u m a n i s m o " f u e r a p e r i m i -d o . T a n t o m á s c u a n t o e s t a i d e o l o g í a s u f i c i e n t e e n t i e m p o s d e lc a p i t a l i s m o f a m i l i a r , n o c o n v i e n e m u c h o a l t i e m p o d e l o s m o n o p o l i o s . S e m a n t i e n e t o d a v í a , s i n e m b a r g o : l a b u r g u e s í a p e r s i s t ee n l l a m a r s e h u m a n i s t a , e l O c c i d e n t e h a s i d o b a u t i z a d o MundoLibre, etc. C o n to do en e l ú l t im o terc io de l s i g lo x i x , y pa r t i cu

l a r m e n t e d e s p u é s d e l c a s o D r e y f u s , l o s n i e t o s d e l o s f i l ó s o f o s s eh a n t r a n s f o r m a d o e n intelectuales. ¿ Q u é q u i e r e d e c i r e s o ?E l l o s s e r e c l u t a n s i e m p r e e n t r e l o s t é c n i c o s d e l s a b e r p r á c t i c o .

P e r o p a r a d e f i n i r l o s , e s n e c e s a r i o e n u m e r a r l o s c a r a c t e r e s presentes de e s a ca teg o r ía s o c ia l .

I"? E l t é cn ico de l s a b er prá c t i co e s re c lu ta do desde arriba. Y an o p e r t e n e c e , e n g e n e r a l , a l a c l a s e d o m i n a n t e , p e r o é s t a l o d e s i g n a en su ser d e c i d i e n d o l o s e m p l e o s ; s e g ú n l a n a t u r a l e z a e x a c t a

d e s u e m p r e s a ( p o r e j e m p l o s e g ú n l a f a s e d e s u i n d u s t r i a l i z a c i ó n ) , s e g ú n l a s n e c e s i d a d e s s o c i a l e s c o n s i d e r a d a s s e g ú n suso p c i o n e s p a r t i c u l a r e s y . su s i n t e r e s e s ( u n a s o c i e d a d e l i g e enparte e l n ú m e r o d e s u s m u e r t o s s e g ú n l a c a n t i d a d d e l a p l u s v a l í aq u e c o n s a g r a a l d e s e n v o l v i m i e n t o d e l a m e d i c i n a ) . E l e m p l e o ,c o m o p u e s t o d e p o d e r y p a p e l a j u g a r d e f i n e a priori e l p o r v e n i rd e u n h o m b r e abstracto p e r o e s p e r a d o : t a n t o s p u e s t o s d e m é d i cos , de docentes , e tc . , para 1975 , s igni f ica a la vez para toda una

c a t e g o r í a d e a d o l e s c e n t e s u n a e s t r u c t u r a c i ó n d e l c a m p o d e l o s p o s i b l e s , l o s e s tud io s a in i c ia r y , po r o tra pa r te , un destino: deh e c h o , s u c e d e a m e n u d o q u e e l p u e s t o l o s e s p e r e a n t e s d e l n a ci m i e n t o m i s m o , c o m o s u s e r social; é l no es o tra cosa , en e fecto ,q u e l a u n i d a d d e f u n c i o n e s q u e t e n d r á n q u e l l e n a r día a día.A s í l a c l a s e d o m i n a n t e d e c i d e e l n ú m e r o d e t é c n i c o s d e l s a b e rp r á c t i c o e n f u n c i ó n d e l provecho, q u e e s s u f i n s u p r e m o . E l l ad e c i d e a l m i s m o t i e m p o q u é p a r t e d e l a p l u s v a l í a c o n s a g r a r á a

s us s a la r io s , en func ió n de l crec imiento indus tr ia l , de l a co y unt u r a , d e l a s n u e v a s n e c e s i d a d e s a p a r e c i d a s ( l a p r o d u c c i ó n m a s i v a , p o r e j e m p l o , i m p l i c a u n d e s a r r o l l o c o n s i d e r a b l e d e l a p u



Defensa de los intelectuales 2 )5

engineering implica el concurso directo de psico-técnicos y soció

logos). Hoy la cosa está clara: la industria quiere meter la manoen la universidad para obligar a ésta a abandonar el viejo huma

nismo perimido, y a reemplazarlo por disciplinas especializadas,

destinadas a das a las empresas, gestores, empleados secundarios,

puhlic relations, etc.

29 La formación ideológica y técnica del esnecialista del saber

práctico es, ella también, definida por un sistema constituido

desde arriba (primario, secundario, superior), y necesariamente

selectivo. La clase dominante regula la enseñanza de modo de

darles: a) la ideología que ella juzga conveniente (primaria y

secundaria); b) los conocimientos y prácticas que los harán capaces de ejercer sus funciones (superior).

Ella les enseña, pues, a priori, dos papeles: hace de olios a lavez especialistas de la investigación y servidores de ]•= hegemonía, es decir guardianes de la tradición. El segundo papel los

cons tituye —para emplear una expresión de Gramsc: en "funcionarios de superestructuras", como tales reciben un cierto po

der, el de "ejercer las funciones subalternas" de la hegemoníasocial y del gobierno polít ico (los testores son policías, los profe

sores seleccionistas, etc.). Están implícitamente encargados detrasmitir los valores (componiéndolos, si es necesario, para adaptarlos a las exigencias de la actualidad) y de combatir, en su

oportunidad, los argumentos y los valores de todas las otras clases arguyendo sus conocimientos técnicos. A este nivel son los

agentes de un parficu/arismo ideológico tanto confesado (nacionalismo agresivo de los pensadores nazis) , tanto disimulado (humanismo liberal, es decir falsa universalidad). Es de hacer notar,

en este nivel, que son los encargados de ocuparse de lo que noles concierne. Sin embargo nadie soñará en llamai'los i?TteIec-tuales: eso se relaciona con que ellos hacen pasar abusivamentepor leyes científicas lo que no es, en los hechos, más que laideología dominante. En los tiempos de las colonias, los psiquia

tras realizaron trabajos que se autoapelaban rigurosos para establecer la inferioridad de los africanos (por ej emolo), sobre la

anatomía y la fisiología de sus cerebros. Por ese Jado contribuíana mantener el humanismo burgués: todos los hombres son igualessalvo los colonizados que de hombres sólo tienen la apariencia.



2D 6 Los intelectuales

O t r o s t r a b a j o s e s t a b le c ía n d e l m i s m o m o d o la in f e r io r id a d d ela s m u j e r e s : l a h u m a n id a d e s t a b a h e c h a d e b u r g u e s e s , b la n c o sy m a s c u l i n o s .

3 9 La s r e la c io n e s d é c la s e s r e g u la n a u t o m á t i c a m e n t e l a s e l e c

c ió n d é t é c n ic o s d e l s a b e r p r á c t i c o : e n Fr a n c ia n o h a y m u c h o sobreros en esa ca tegor ía soc ia l porque un h i jo de obrero t ienela s m a y o r e s d i f i c u l t a d e s p a r a r e a l i z a r e s t u d io s s u p e r io r e s ; s ee n c u e n t r a u n n ú m e r o m a y o r d e c a m p e s i n o s p o r q u e l a s ú l t i m a se m ig r a c io n e s r u r a le s s e h a n h e c h o h a c ia l o s p e q u e ñ o s e m p le o sp ú b l i c o s d e l a s c iu d a d e s . Pe r o s o b r e t o d o s o n h i j o s d e p e q u e ñ o sb t i r g u e s e s . U n s i s t e m a d e b e c a s ( l á e n s e ñ a n z a e s gratuita peroe s n e c e s a r io v iv i r ) , p e r m i t e a l p o d e r t a l o c u a l p o l í t i c a d e r e c lu t a m i e n t o s e g ú n l a s c i r c u n s t a n c i a s . A g r e g u e m o s a d e m á s q u e a ú n

por los h i jo s de las c lase s m edia s , e l ca m po d e los pos ib les e s tár ig u r o s a m e n t e l im i t a d o p o r l o s r e c u r s o s f a m i l ia r e s : s e i s a ñ o s d em e d ic in a p a r a s u h i j o e s d e m a s ia d o p e s a d o p a r a e l p r e s u p u e s t ode las capas in fer iores de las c lases medias . As í todo es tá r iguros a m e n t e d e f in id o p a r a e l t é c n ic o d e l s a b e r p r á c t i c o . Na c id o , e ngenera l , en e l e s tra to mediano de las c lases medias , donde se lein c u lc a d e s d e l a p r im e r a in f a n c ia l a id e o lo g ía p a r t i c u la r i s t a d ela c la s e d o m in a n t e , s u t r a b a j o l o a l in e a de todas maneras en lac lase medía . Eso s ign i f ica que no t iene , en genera l^ n ingún con

tac to con los trabajadores , y s in embargo que es cómpl ice de sue x p lo t a c ió n p o r e l p a t r o n a t o p u e s t o q u e , e n c u a lq u ie r e s t a d o d ecausa , v ive de la p lusva l ía . En ese sent ido , su ser soc ia l y sudes t ino le v ienen de a fuera: é l e s e l hombre de los medios , e lh o m b r e m e d io , e l h o m b r e d e l a c la s e m e d ia ; l o s f in e s g e n e r a le sa l o s c u a le s s e v in c u la n s u s a c t iv id a d e s n o s o n su s f in e s .

Es a e se n ive l que aparece e l intelectual.Todo prov iene de que e l t rabajador soc ia l que la c lase domi

nante ha const i tu ido en técn ico de l saber práct ico , su fre a var iosn iv e l e s d e u n a m is m a c o n t r a d ic c ió n :

19 Es " h u m a n i s t a " d e s d e s u p r im e r a in f a n c ia : e s o s ign i f ic aq u e s e l e h a h e c h o c r e e r q u e t o d o s l o s h o m b r e s e r a n ig u a le s .Ahora b ien , s i é l se cons idera , toma conc ienc ia de ser por s ím i s m o la p r u e b a d e l a d e s ig u a ld a d d e l a s c o n d ic io n e s h u m a n a s .¿Él posee un poder s o c ial q u e p r o v ie n e d e s u s a b e r e m a n a d o d euna práct ica? A ese saber , é l lo ha abordado, h ijo de un corri i -




s i o n a d o O d e u n a l t o a s a l a r i a d o o d e u n r e p r e s e n t a n t e d e l a sp r o f e s i o n e s l i b e r a l e s , c o m o heredero: l a c u l t u r a e s t a b a e n s ufam i l ia an t es de qu e é l nac iera , to do es un o . Y , s i é l ha sa l id od e l a s c l a s e s t r a b a j a d o r a s , n o h a p o d i d o t r i u n f a r s i n o p o r l ar a z ó n d e q u e u n s i s t e m a c o m p l e j o y nunca justo d e s e l e c c i o n e sh a e l i m i n a d o l a m a y o r p a r t e d e s u s c a m a r a d a s . E s , d e t o d a s m a n e r a s , e l p o s e e d o r d e u n p r i v i l e g i o i n j u s t i f i c a d o , s o b r e t o d o e nu n s e n t i d o , s i h a s a l i d o b r i l l a n t e m e n t e d e t o d a s l a s p r u e b a s .Ese- p r i v i l e g i o — o m o n o p o l i o d e l s a b e r — e s t á e n c o n t r a d i c c i ó nr a d i c a l c o n e l i g u a l i t a r i s m o h u m a n i s t a . E n o t r o s t é r m i n o s d e b e r í a r e n u n c i a r a é l . P e r o c o m o é l es e s e p r i v i l e g i o , n o r e n u n c i a r ás i n o a b o l i é n d o s e a s í m i s m o , l o q u e c o n t r a d i c e e l i n s t i n t o d e v i d a

t a n e n r a i z a d o e n l a m a y o r í a d e l o s h o m b r e s .29 E l " f i l ó s o f o " d e l s i g l o x v i i i t e n í a , l o h e m o s v i s t o , l a s u e r t e

d e s e r e l i n t e l e c t u a l o r g á n i c o d e su c l a s e . E s t o s i g n i f i c a q u e l ai d e o l o g í a d e l a b u r g u e s í a — q u e i m p u g n a b a l a s f o r m a s p e r i m i d a sd e l p o d e r f e u d a l — p a r e c í a n a c e r e s p o n t á n e a m e n t e d e l o s p r i n c i p i o s g e n e r a l e s d e l a i n v e s t i g a c i ó n c i e n t í f i c a , i l u s i ó n q u e p r o v e n í a d e q u e l a b u r g u e s í a , c o n t r a l a a r i s t o c r a c i a q u e s e q u e r í a p a r t i c u l a r i z a r p o r l a s a n g r e o l a r a z a , r e c l a m a b a l a u n i v e r s a l i d a d ,

t o m á n d o s e c o m o c l a s e u n i v e r s a l .H o y l a i d e o l o g í a b u r g u e s a q u e , a l p r i n c i p i o , h a i m p r e g n a d oa l o s t é c n i c o s d e l s a b e r p r á c t i c o , p o r l a e d u c a c i ó n y l a e n s e ñ a n z ad e l a s " h u m a n i d a d e s " , e s t á e n c o n t r a d i c c i ó n c o n t r a e s a o t r a p a r t ec o n s t i t u t i v a d e e l l o s m i s m o s , s u f u n c i ó n d e ' i n v e s t i g a d o r e s , e sd e c i r s u s a b e r y s u s m é t o d o s : e s p o r a l l í q u e s o n u n i v e r s a l i s t a sp u e s t o q u e b u s c a n c o n o c i m i e n t o s p r á c t i c o s u n i v e r s a l e s . P e r o s ia p l i c a n s u s m é t o d o s a c o n s i d e r a r l a c l a s e d o m i n a n t e y s u i d e o l o g í a — q u e t a m b i é n e s la de ellos— , n o p u e d e n d i s i m u l a r s e q u eu n a y o t r a s o n a s t u t a m e n t e particularistas. Y , p o r c o n s i g u i e n t e ,e n s u s i n v e s t i g a c i o n e s m i s m a s , d e s c u b r e n l a a l i e n a c i ó n p u e s t oq u e s o n l o s m e d i o s d e f i n e s q u e l e s s i g u e n s i e n d o e x t r a ñ o s yq u e s e l e s p r o h i b e c u e s t i o n a r . E s t a c o n t r a d i c c i ó n n o p r o v i e n e d ee l l o s s i n o d e l a c l a s e d o m i n a n t e m i s m a . S e l o v e r á c l a r a m e n t ep o r u n e j e m p l o s a c a d o d e l a m i s m a h i s t o r i a d e u s t e d e s .

E n 1 88 6, A r i n a r i M o r í r e f o r m a e n e l J a p ó n l a i n s t r u c c i ó n p ú b l i c a : l a e d u c a c i ó n p r i m a r i a d e b e b a s a r s e s o b r e l a i d e o l o g í a d e l

m i l i t a r i s m o y d e l n a c i o n a l i s m o , e l l a d e s a r r o l l a e n e l n i ñ o l a



29S Los intelectuales

l e a l t ad h ac ia e l E s t ad o , l a su mis ión a lo s va lor e s t r ad ic ion a le s .

P e r o a l m i s m o t i e m p o M o r i e s t á c o n v e n c i d o ( e s t a m o s e n l a é p o c a M e i j i ) d e q u e s i l a e d u c ac ión se l imi t a a e sas c on c e p c ion e sp r imar ias , e l J ap ón n o p r od u c ir á lo s sab ios y lo s t é c n ic os n e c e s a r i o s p a r a s u e q u i p a m i e n t o i n d u s t r i a l . E n t o n c e s , p o r l a m i s m ar az ón , e s n e c e sar io d e j ar a la e n se ñ an z a "su p e r ior " u n a c i e r t al i b e r t a d , a p r o p i a d a a l a i n v e s t i g a c i ó n .

D e s p u é s e l s i s t e m a d e e d u c a c i ó n j a p o n é s h a c a m b i a d o p r o f u n d a m e n t e , p e r o h e c i t a d o e s e e j e m p l o p a r a m o s t r a r q u e l a c o n t r a

d ic c ión , e n t r e lo s e sp e c ia l i s t a s d e l sab e r p r ác t i c o , e s c r e ad a p orl a s e x i g e n c i a s c o n t r a d i c t o r i a s d e l a c l a s e d o m i n a n t e . E n e f e c t o ,e s e l l a q u i e n c o n s t i t u y e e i m o d e l o c o n t r a d i c t o r i o q u e l o s e s p e r ad e s d e l a p r i m e r a i n f a n c i a , y q u i e n h a r á d e e l l o s h o m b r e s - c o n t r a d i c c i ó n p u e s t o q u e l a i d e o l o g í a p a r t i c u l a r i s t a d e o b e d i e n c i a a u nE st ad o , a u n a p o l í t i c a , a c la se s d omin an t e s e n t r a e n c on f l i c t o ,e n e l l o s , c o n e l e s p í r i t u d e i n v e s t i g a c i ó n — l i b r e y u n i v e r s a l i s t a —q u e l e s e s i g u a l m e n t e d a d o f u e r a p e r o más tarde, c u a n d o y a e s t á n

s o m e t i d o s . E n t r e n o s o t r o s l a c o n t r a d i c c i ó n e s l a m i s m a : s e l e se n m a s c a r a d e s d e l a i n f a n c i a , p o r u n a f a l s a u n i v e r s a l i d a d , l a r e a l i d a d s o c i a l q u e e s l a e x p l o t a c i ó n d e l a m a y o r í a p o r u n a m i n o r í a ;s e l e s e s c o n d e b a j o e l n o m b r e d e h u m a n i s m o l a v e r d a d e r a c o n d i c ión d e ob r e r os y c amp e s in os y la lu c h a d e c la se s ; p or u n igu a l i t a r i s m o m e n t i r o s o e l i m p e r i a l i s m o , e l c o l o n i a l i s m o , e l r a c i s m oq u e e s l a i d e o l o g í a d e e s a s p r á c t i c a s ; c u a n d o a b o r d a n l o s e s t u d i o ssu p e r ior e s c as i t od os e s t án imb u id os , d e sd e la in f an c ia , d e la

in f e r ior id ad d e la s mu j e r e s ; l a l ib e r t ad , ad q u ir id a p or la b u r gu e s í a s o l a , l e e s p r e s e n t a d a c o m o u n i v e r s a l i d a d f o r m a l : t o d o e lm u n d o v o t a , e t c . ; l a p a z , e l p r o g r e s o , l a f r a t e r n id a d , e n m a s c a r a nd i f í c i lm e n t e la s e l e c c ión q u e h a h e c h o d e c ad a u n o d e e l lo s , u n" h o m b r e c o n c u r r e n c i a l " , l a s g u e r r a s i m p e r i a l i s t a s , l a a g r e s i ó n aV i e t n a m p o r l a s f u e r z a s a r m a d a s d e l o s E s t a d o s U n i d o s , e t c .R e c i e n t e m e n t e , h a n a d v e r t i d o q u e e s n e c e s a r i o e n s e ñ a r y r e p e t i rla s c h ar las sob r e " la ab u n d an c ia" , p ar a d i s imu lar le s q u e lo s d ost e r c i o s d e l a h u m a n i d a d v i v e n e n e s t a d o d e s u b - a l i m e n t a c i ó nc r ón ic a . E so q u ie r e d e c ir q u e , s i e l l o s q u ie r e n d ar u n a ap ar ie n c ia



Defensa, de los intelectuales 299

m a s q u e n o provienen de ella y , de un go lpe , ponen fronterase x t e r n a s a l e s p í r i t u d e i n v e s t i g a c i ó n , i n t e n t a n d o c r e e r y h a c e r

c r e e r q u e e l l a s n a c e n d e é l . E n p o c a s p a l a b r a s , e l p e n s a m i e n t oc i e n t í f i c o y t é c n i c o n o d e s a r r o l l a s u u n i v e r s a l i d a d s i n o hajo control. As í , a p e s a r d e q u e l o t e n g a , a p e s a r d e u n n ú c l e o u n i v e r s a ] ,l i b r e y r i g u r o s o , l a c i e n c i a s o m e t i d a a l p a r t i c u l a r i s m o s e c o n v i e r t e e n u n a i d e o l o g í a .

9 Cu a l e s q u i e r a s e a n l o s f i n e s d e l a c l a s e d o m i n a n t e , e l a c t od e l t é c n i c o e s e n p r i n c i p i o práctico, o sea que t i ene por f ina l idadlo út i l . No lo que e s út i l a ta l o cua l grupo soc ia l , s ino lo que e sú t i l s i n e s p e c i f i c a c i ó n n i l í m i t e s . Cu a n d o u n m é d i c o h a c e i n v e s

t i g a c i o n e s p a r a c u r a r e l c á n c e r , s u b ú s q u e d a n o e s p e c i f i c a , p o re j e m p l o , q u e h a y q u e c u r a r a l o s ricos, por la razón de que lar i q u e z a o l a p o b r e z a n o t i e n e n n a d a q u e v e r c o n l a s c é l u l a scancerosas . Esa inde terminac ión de l enfermo es ne • • • sar iamentec o n c e b i d a c o m o s u u n i v e r s a l i z a c i ó n : s i s e s a b e cu ra :: a u n h o m b r e ( e v i d e n t e m e n t e c a r a c t e r i z a d o p o r d e p e n d e n c ; 's s o c io - p r o f e s i o n a l e s q u e c a e n f u e r a d e l a i n v e s t i g a c i ó n ) , s r :,->s curará at o d o s . P e r o , e n l o s h e c h o s , e s e m é d i c o s e e n c u e n t r a , p o r c o n d i c i ó n , s u m e r g i d o e n u n s i s t e m a d e r e l a c i o n e s d e f i n i d o p o r l a c l a s e

d o m i n a n t e e n f u n c i ó n d e l a escasez y de la ganancia ( f in suprem o d e l a b u r g u e s í a i n d u s t r i a l ) , y , t a l c o m o s u s i n v e s t i g a c i o n e s ,l i m i t a d a s p o r l o s c r é d i t o s , d e l m i s m o m o d o — s i e n c u e n t r a u nr e m e d i o — • q u e l o s p r e c i o s d e l o s p r i m e r o s c u i d a d o s , n o s e r v i r á ne n p r i n c i p i o s i n o u n p e q u e ñ o n ú m e r o ( a g r e g u e m o s q u e s u s d e s c u b r i m i e n t o s p u e d e n s e r o c u l t a d o s p o r r a z o n e s e c o n ó m i c a s p o rt a l o c u a l o r g a n i z a c i ó n : u n r e m e d i o d e p r i m e r o r d e n p e r o r u m a n o , c o n t r a l o s m a l e s d e l a v e j e z , s e e n c u e n t r a e n c i e r t o s p a í s e sp e r o n o e n F r a n c i a , e n v i r t u d d e l a r e s i s t e n c i a d e l o s f a r m a c é u t i

c o s ; o t r o s e x i s t e n e n l a b o r a t o r i o s d e s d e h a c e m u c h o s a ñ o s p e r on o p u e d e n c o m p r a r s e en ninguna parte y e l pú bl ic o los igno ra ,e t c . ) . E n m u c h o s c a s o s , c o n l a c o m p l i c i d a d d e l t é c n i c o d e l s a b e rp r á c t i c o , l a s c a p a s s o c i a l e s p r i v i l e g i a d a s r o b a n l a utilidad sociald e s u s d e s c u b r i m i e n t o s y l a t r a n s f o r m a n e n u t i l i d a d o a r a e lp e q u e ñ o n ú m e r o a e x p e n s a s d e l g r a n d e . P o r e s t a r a z ó n , l a s n u e v a s i n v e n c i o n e s p e r m a n e c e n d u r a n t e m u c h o t i e m p o c o m o i n s t r u m e n t o s d e f r u s t r a c i ó n p a r a l a m a y o r í a : e s l o q u e s e l l a m a pauperización relativa. A s í e l t é c n i c o q u e i n v e n t a para todos no os




f i n a l m e n t e — a l m e n o s p o r u n a d u r a c i ó n r a r a m e n t e p r e v i s i b l en ad a más q u e u n agen te d e p au p er izac ión p ara la s c la se s t rab ajad oras . E s lo q u e se comp ren d e mejor tod av ía cu an d o se t ra tad e l m e j o r a m i e n t o n o t a b l e d e u n p r o d u c t o i n d u s t r i a l : é s t e , e n

e fec to , n o e s u t i l i zad o p or la b u rgu es ía s in o p ara acrecen tar sup r o v e c h o .

A s í l o s t écn icos d e l sab er son p rod u c id os p or la c la se d omin an tecon u n a con trad icc ión q u e lo s d esgarra : p or u n a p ar te , en cu an toa s a l a r i a d o s y f u n c i o n a r i o s m e n o r e s d e l a s s u p e r e s t r u c t u r a s , d e p e n d e n d i r e c t a m e n t e d e l o s d i r i g e n t e s ( o r g a n i s m o s p r i v ad o s oE s t a d o ) y s e s i t ú a n n e c e s a r i a m e n t e e n l a p a r t i c u l a r i d a d , c o m o u nc ier to gru p o d e sec tor t erc iar io ; p or o tra p ar te en tan to cu an to suesp ec ia l id ad e s s i emp re lo u n iversa l , e so s e sp ec ia l i s ta s son lac o n t e s t a c i ó n m i s m a d e p a r t i c u l a r i s m o s q u e s e l e s h a i n y e c t a d o ,y q u e n o p u e d e n i m p u g n a r s i n i m p u g n a r s e a s í m i s m o s . A f i r m a nq u e n o h a y c i en c ia b u rgu esa , y s in em b ar go su c i en c ia e s b u r gu esa p or sus limites y e l lo s lo sab en . E s verd a d , n o ob s ta n te , q u ee n e l m o m e n t o m i s m o d e l a i n v e s t i g a c i ó n t r a b a j a n e n l i b e r t a d , l oq u e h ace más amargo aú n e l r e torn o a su con d ic ión rea l .

E l p od er n o ign ora q u e la rea l id ad d e l t é cn ico e s la d i scu s iónp erman en te y rec íp roca en tre lo u n iversa l y lo p ar t i cu lar y q u e

é l r e p r e s e n t a , a l m e n o s e n p o t e n c i a , l o q u e H e g e l h a l l a m a d o c on c ien c ia d esgrac iad a . P or e se lad o , e l p od er lo t i en e como emin en t e m e n t e sospechoso. L e rep roch a ser aq u e l q u e s i em p r e n iega ,au n q u e sep a p er fec tamen te q u e n o se t ra ta d e u n rasgo d e carác tery q u e la d i scu s ión e s u n p aso n ecesar io d e l p en samien to c i en t í f i co .É s te , en e fec to , e s t rad ic ion a l i s ta en la med id a en q u e acep ta e lc u e r p o d e l a s c i e n c i a s , p e r o n e g a t i v a e n l a m e d i d a e n q u e e lo b j e t o se impugna en ella y p e r m i t e p o r a l l í u n p r o g r e s o . L a e x p e r i e n c i a d e M i c h e l s o n y d e M o r l a y h a t e n i d o p o r r e s u l t a d o i m

p u g n a r e l c o n j u n t o d e l a f í s i c a n e w t o n i a n a . P e r o l a i m p u g n a c i ó nn o h a s id o b u scad a . E l p rogreso en la med ic ión d e la s ve loc id ad es(p rogreso técnico e n l o s instrumentos, v in cu lad o a la in d u s tr ia )l e s imp u so la in ten c ión d e med ir la ve loc id ad d e la t i e rra . E sam e d i d a r e v e l a u n a c o n t r a d i c c i ó n q u e l o s e x p e r i m e n t a d o r e s n oh ab ían buscado; e l l o s l i o l a a s u m e n s i n o p a r a s u p r i m i r l a m e j o rp o r u n a n u e v a i m p u g n a c i ó n : é s t a l e s e s i m p u e s t a p o r e l o b j e t o .

F i t z g e r a l d y E i n s t e i n a p a r e c e n e n t o n c e s n o c o m o i m p u g n a -




dores s ino conao sab ios qu e bu sca n lo que ha y q ue ab and ona r ene l s i s t em a , p a ra i n t eg ra r co n e l m í n i m o d esg a s t e l o s re su l t a d o sde la exper ienc ia . No importa : para e l poder , s i son ta les que lo sm e d i o s s e i m p u g n a n e n t r e e l l o s , v e n d r á n a i m p u g n a r l o s f i n e s

q u e so n a l a v ez p l a n t ea d o s en a b s t ra c t o p o r l a c l a se d o m i n a n t e ,y l a u n i d a d i n t eg ra n t e d e l o s m ed i o s . A s í e l i n v es t i g a d o r e s s i m u l t á n e a m en t e i n d i sp e n s a b l e y so sp ech o so a l o s o j o s d e la c l a sed o m i n a n t e . N o p u ed e d e j a r d e s en t i r y d e i n t er i o r i za r e sa so sp e ch a , y d e en co n t ra rse al principio so sp ech o so a n t e su s p ro p i o so jos . A part i r de a l l í hay dos pos ib i l idades:

A . — El t écn i co d e l sa b e r a cep t a l a i d e o l o g í a d o m i n a n t e o s eacomoda a e l la : l l ega , con toda mala fe , a poner lo un iversa l a l

serv ic io de lo part i cu lar; pract i ca la autocensura y se torna apoK-í i co , agnóstico, e t c . P u e d e s u c e d e r t a m b i é n q u e e l p o d e r l o c o nd u zca p o r p res i ó n a ren u n c i a r a u n a a c t i t u d d e i m p u g n a c i ó nv a l ed era : é l d i m i t e d e su p o d er d e d i s cu s i ó n , l o q u e n o p u ed eh a cerse s i n g ra n d a ñ o p a ra su f u n c i ó n d e p rá c t i co . S e d i ce , enese ca so , co n sa t i s f a cc i ó n q u e "e se n o e s u n i n t e l ec t u a l " .

B . — S i é l co n s t a t a e l p a r t i cu l a r i sm o d e su i d eo l o g í a y e so n ol o sa t i s f a ce , s i r eco n o ce q u e h a i n t er i o r i za d o en a u t o cen su ra e l

p r i n c i p i o d e a u t o r i d a d , s i , p a ra n eg a r su m a l e s t a r y su m u t i l a c i ó n , e s o b l i g a d o a cu es t i o n a r l a i d eo l o g í a q u e h a f o rm a d o , s i s er e h u s a a s e r a g e n t e s u b a l t e r n o d e l a h e g e m o n í a y m e d i o d e f i n e sq u e i g n o ra o q u e l e e s t á p ro h i b i d o i m p u g n a r , en t o n ces e l a g en t ed e l sa b er p rá c t i co s e t ra n s f o rm a en u n m o n s t ru o , e s d ec i r en u ni n t e l e c t u a l , que se ocupa de lo que le concierne ( en lo ex t er io r:p r i n c i p i o s q u e g u í a n su v i d a ; en l o i n t er i o r : su l u g a r v i v i d o enl a so c i ed a d ) , y d e q u i en l o s o t ro s d i cen q u e se ocupa de lo queno le concierne.

En su m a t o d o t écn i co d e l sa b er e s intelectual en potencia,p u es t o q u e e s d e f i n i d o p o r u n a co n t ra d i cc i ó n q u e n o e s o t ra q u ee l co m b a t e p erm a n en t e , en é l , d e su t écn i ca u n i v ersa l i s t a y d e l ai d eo l o g í a d o m i n a n t e . P ero n o e s p o r s i m p l e d ec i s i ó n q u e u n t éc n i c o s e t r a n s fo r m a e n u n i n t e l e c t u a l de hecho: e so d e p en d e d esu h i s t o r i a p erso n a l q u e h a p o d i d o d esa t a r en é l l a t en s i ó n q u el o ca ra c t er i za ; en ú l t i m o a n á l i s i s e l co n j u n t o d e f a c t o res q u e a ca b a n l a t ra n s f o rm a c i ó n e s d e o rd en so c i a l .

. S e p u ed e c i t a r p r i m ero l a o p c i ó n d e l a s c l a se s d o m i n a n t es y e l




ni v e l de v i da que e l l a s a s e g ur a n a s us i n te l e c tua l e s —e n pa r t i c u

l a r a s us e s tud i a nte s . L o s ba jo s s a l a r i o s pue de n , c i e r ta m e nte ,r e d u c i r a u n a d e p e n d e n c i a m a y o r . P e r o p u e d e n t a m b i é n e m p u ja r a l a i m pug na c i ó n r e v e l a ndo a l t é c n i c o de l s a be r qué l ug a r r e a ls e l e r e s e r v a e n l a s o c i e da d . E s tá ta m bi é n l a i m po s i b i l i da d e nque s e e nc ue ntr a n l a s c l a s e s d i r i g e nte s de a s e g ur a r a s us e s tu diantes todos los pues tos que l e s corresponden y que se l e s hapr o m e t i do : l o s que no s o n pr o v i s to s de e s o s pue s to s c a e n po rde ba jo de l n i v e l de v i d a — po r po c o e l e v a do qu e e s t e s e a — qu e

s e a s e g ur a a l o s t é c n i c o s ; e x pe r i m e nta n e n to nc e s s u s o l i da r i da dc o n l a s c l a s e s s o c i a l e s m e no s fa v o r e c i da s . E s e de s e m pl e o o e s ac a í da ha c i a func i o ne s m e no s r e t r i bu i da s y m e no s ho no r í f i c a sp u e d e n s e r a s e g u r a d o s n o r m a l m e n t e p o r u n s i s t e m a d e s e l e c c i o n es , pe r o e l s e l e c c i o na do ne g a t i v o ( e l e l i m i na do ) no pue de i m pug na r la s e l e c c i ó n s i n i m pu g n a r to da l a s o c i e da d . Su c e d e e nc i e r ta s c o y untur a s h i s tó r i c a s , que l o s v i e jo s v a l o r e s y l a i de o l o g í ad o m i n a n t e s e a n v i o l e n t a m e n t e i m p u g n a d o s p o r l a s c l a s e s t r a

ba ja do r a s , l o que i m pl i c a t r a ns fo r m a c i o ne s pr o funda s e n l a s c l a s e s do m i na nte s ; e n e s e c a s o , num e r o s o s e s pe c i a l i s ta s de l s a be r s et r a ns fo r m a n e n i n te l e c tua l e s po r que l a s c o ntr a d i c c i o ne s a pa r e c i da s e n l a s o c i e da d l e s ha c e n to m a r c o nc i e nc i a de s u pr o p i a c o ntradicc ión . S i , por e l contrar io , las c lases dominantes quierena um e nta r e l i m pa c to de l a i de o l o g í a e n de tr i m e nto de a que l de lsaber , son e l las quienes acrec ientan la tens ión interna y son res po ns a b l e s de l a t r a ns fo r m a c i ó n de l t é c n i c o e n i n te l e c tua l : ha nreduc ido la par te de la técnica , de la c ienc ia y la l ibre apl icac ión

de m é to do s a un punto m uc ho m á s a l l á de l que s e po d í a a c e pta r .Ha sucedido , entre us tedes , que e l poder , e s tos ú l t imos años , haobl igado a profesores de h i s tor ia a de formar la verdad h i s tór ica:és tos , a ú n s i h a s t a e s e m o m e n t o s e o c u p a b a n e x c l u s i v a m e n t e d ee ns e ña r o de e s ta b l e c e r l o s he c ho s , s e ha n v i s to l l e v a do s a i m pugnar , en nombi 'e de su conc ienc ia profes iona l y de los métodosc ient í f i cos que s iempre han apl icado , la ideo log ía que has ta ento nc e s ha b í a n a c e pta do pa s i v a m e nte . L a m a y o r pa r te de l t i e m po ,

to do s e s o s fa c to r e s jue g a n a la vez: e s qu e su con jun to , por contradic tor io qu e sea , re f le ja la ac t i tu d gen era l de un a soc ie da dha c i a s us e s pe c i a l i s ta s ; pe r o nunc a ha c e n m á s que l l e v a r ha s ta



Defensa de los i n t e l e c t u a l e s 303

S E G U N D A C O N F E R E N C I A

FUNCIÓN DEL INTELECTUAL

1. C O N T R A D I C C I O N E S

H e m o s d e f i n i d o al i n t e l e c t u a l en su existencia. A h o r a es n e c e s ar i o h ab l ar de su función. ¿ P e r o t i e n e una f u n c i ón ? E s t á c l aro ,en e f ec t o , que n a d i e le ha o t orgad o m an d at o p ara e j ercer l a .

L a c l a s e d o m i n a n t e lo i gn ora : e l l a no q u i ere con ocer de él másq u e el t é c n i c o del s a b e r y el p e q u e ñ o f u n c i o n a r i o de la s u p eres t ru c t u ra . Las c la s e s d e s f a v o r e c i d a s no p u e d e n e n g e n d r a r l o , p u e s to que él no p u e d e d e r i v a r s i n o del e s p ec i a l i s t a de la verd adp rác t i ca , y ese e s p e c i a l i st a n a c e de las o p c i o n e s de la c lase domin a n t e , es d ec i r de la p a r t e de la p l u s v a l í a que és ta afecta parap rod u c i r l o . En c u a n t o a las c l a s e s m e d i a s —a las c u a l e s los int e l e c t u a l e s p e r t e n e c e n — , a u n q u e e l l a s s u f r a n en p r i n c i p i o losm i s m o s d e s g a r r a m i e n t o s , r e a l i z a n d o en sí m i s m a s la discordiae n t r e b u r g u e s í a y p ro l e t ar i ad o , sus c o n t r a d i c c io n e s no son v i v i d as

E l i n t e l ec t u a l es p u e s un h o m b r e que t o m a c o n c i e n c i a de laop os i c i ón , en él y en la s oc i ed ad , en t re la b ú s q u e d a de la verd ad

p rác t i ca (con t o d a s las n o r m a s que e l l a i m p l i c a ) y la i d eo l og í ad o m i n a n t e (con su s i s t e m a de v a l o r e s t r a d i c i o n a l e s ) . E s t a t o m ad e con c i en c i a , au n q u e d eb a , p ara ser real, o p e r a r s e en el i n t e l ec t u a l p r i m e r o al n i v e l m i s m o de sus a c t i v i d a d e s p r o f e s i o n a l e s y des u f u n c i ón , no es o tra cosa que el d e v e l a m i e n t o de las contrad i c c io n e s f u n d a m e n t a l e s de la s oc i ed ad , es d ec i r de los conf l i c tosd e c l a s e y, en el s e n o de la p r o p i a c l a s e d o m i n a n t e , de un con f l i c t o orgán i co en t re la v e r d a d que e l la r e c l a m a c o m o su emp r e s a y los m i t os , va l ores y t rad i c i on es que m a n t i e n e , y con los

q u e q u i ere i n f e s t ar las o t ras c l a s e s p ara a s egu rar su h e g e m o n í a .P r o d u c t o de s o c i e d a d e s d e s g a r r a d a s , el i n t e l ec t u a l t e s t if i ca

acerca de e l l a s p o r q u e ha i n t er i or i zad o su d e s g a r r a m i e n t o . Es,p u e s , un p rod u ct o h i s t ór i co . En ese s e n t i d o n i n g u n a s o c i ed a dp u e d e q u e j a r s e de sus i n t e l e c t u a l e s , sin acu s a rs e e l l a m i s m a ,p u e s t o que no t i en e s i n o a los que ha h e c h o .



30 4 Los inteAectuales

al n ive l de l mi to y de l saber , de l part icu lar i smo y de la universal i d ad : l u ego e l i n t e l ec t u a l n o p u ed e h ab er ob t en i d o a s ab i en d asn i an d at o p ara exp res ar l a s .

D i gam os q u e e l i n t e l ec t u a l s e carac t er i za p or n o t en er m an

d at o d e n ad i e y p or n o h ab er rec i b i d o s u e s t a t u t o d e n i n gu n aau t or i d ad . E s , com o t a l , n o e l p ro d u c t o d e u n a d ec i s i ón — com os on l o s m éd i cos , p ro f e s ores , e t c . en cu an t o agen t es d e l p od er— ,s i n o e l m o n s t r u o s o p r o d u c t o d e s o c i e d a d e s m o n s t r u o s a s . N a d i elo rec lama, nadie lo reconoce (n i e l Es tado , n i la é l i t e -poder , n il o s gru p os d e p res i ón , n i l o s ap ara t os d e l a s c l a s e s exp l o t ad as , n il a s m as as ) ; s e p u ed e s er s en s i b l e a l o q u e é l dice pero no a suex i s t en c i a : d e u n a p res cr i p c i ón d i e t é t i ca y s u exp l i cac i ón s e d i rá ,con u n a e s p ec i e d e f a t u i d ad : "E s m i m éd i co q u i en m e l a h a

d a d o " , m i e n t r a s q u e s i u n a r g u m e n t o d e l i n t e l e c t u a l h a t r a s c e n d i d o y l a m u l t i t u d l o re t om a , s erá p res en t an d o en sí, s i n re l ac i ónc o n e l p r i m e r o q u e l o h a p r e s e n t a d o . S e r á u n r a z o n a m i e n t o anónimo, d ad o en p r i n c i p i o com o e l d e todos. E l i n t e l ec t u a l e s s u p r i m i d o p o r l a m a n e r a m i s m a e n q u e s e u s a n s u s p r o d u c t o s .

A s í n ad i e l e con ced e n i e l m ás m í n i m o d erech o , n i e l m ás m í n i m o e s t a tu t o . Y , d e h e c h o , s u e x i s t e n c i a n o e s a d m i s i b l e , p u e s t oq u e e l l a n o s e ad m i t e a s í m i s m a , d ad a l a s i m p l e i m p os i b i l i d adv i v i d a d e s er u n p u ro t écn i co d e l s ab er p rác t i co en n u es t ras

s oc i ed ad es . E s t a d e f i n i c i ón h ace d e l i n t e l ec t u a l e l m ás d es ar m a d o d e l o s h o m b r e s : é l n o p u e d e c i e r t a m e n t e f o r m a r p a r t e d eu n a é l i t e p orq u e n o d i s p on e , a l p r i n c i p i o , d e n i n gú n saber y , po rc o n s e c u e n c i a , d e n i n g ú n poder. N o p r e t e n d e e n s e ñ a r , a u n q u e sel o rec l u t e a m en u d o en t re l o s q u e en s eñ an , p orq u e e s , a l em p ezar, un ignorante. S i e s p ro f e s or o s ab i o s ab e c i er t a s cos as a u n q u en o p u ed a d er i var l a s d e l o s verd ad eros p r i n c i p i o s ; en t an t o q u ei n t e l ec t u a l , busca: l a s l i m i t ac i on es v i o l en t as o s u t i l e s d e l o u n ivers a l p or e l p ar t i cu l ar i s m o y d e l a verd ad p or e l m i t o en e l

s en o d e l cu a l p arece s u s p en d i d a , l o h an h ech o investigadorI n ves t i ga en p r i m er l u gar acerca d e sí mismo, p ara t ran s f o rm aren t o t a l i d ad arm on i os a e l s er con t rad i c t or i o q u e l o a f ec t a . P eroes e n o p u ed e s er s u ú n i co ob j e t o , p u es t o q u e é l n o p i en s a en con trar su secreto y reso lver . su contradicc ión orgánica s ino apl i cando a la soc iedad, de la cual es producto , a la ideo log ía deés ta , a sus es tructuras , a sus opciones , a su praxis, l o s m é t o d o ^




r i g u ro so s q u e l e s i rv en en su e sp ec i a l i d a d d e t écn i co d e l sa b erp r á c t i c o : l i b e r t a d d e i n v e s t i g a c i ó n ( y d e i m p u g n a c i ó n ) , r i g o rd e l a i n v es t i g a c i ó n y d e l a s p ru e b a s , b ú s q u e d a d e l a v e rd a d ( d e v e l a c i ó n d e l s er y d e su s co n f l i c t o s ) , u n i v ersa l i d a d d e l o s re su l

t a d o s a d q u i r i d o s . D e t o d o s m o d o s , e so s ca ra c t eres a b s t ra c t o s n ob a s t a n p a ra co n s t i t u i r u n m ét o d o v á l i d o p a ra e l o b j e t o p ro p i o d e li n t e l ec t u a l . E l o b j e t o e sp ec í f i co d e su i n v es t i g a c i ó n e s d o b l e , ene f ec t o : su s d o s a sp ec t o s so n i n v erso s e l u n o d e l o t ro y co m p l e -rn en t a r i o s ; e s n ecesa r i o q u e s e a p reh en d a a s í m i sm o en l a so c i e dad , en tanto cuanto e l la lo produce y eso no es pos ib le s ino s i é le s t u d i a l a so c i ed a d g l o b a l en t a n t o cu a n t o e l l a h a p ro d u c i d o , enu n c i er t o m o m en t o , a l o s i n t e l ec t u a l e s . D e a l l í u n p erp e t u o t ra s

t r o c a m i e n t o : d e s í m i s m o a l m u n d o y d e l m u n d o a s í m i s m o , q u eh a ce q u e s e p u ed a co n f u n d i r e l o b j e t o d e l a b ú sq u ed a i n t e l ec t u a lco n a q u e l d e l a a n t ro p o l o g í a . E l i n t e l ec t u a l n o p u ed e , en e f ec t o ,co n s i d era r e l co n j u n t o so c i a l objetivamente p u es t o q u e l o en c u e n t r a e n s í m i s m o c o m o su c o n t r a d i c c ió n f u n d a m e n t a l : p e r on o p u e d e c o n f o r m a r s e c o n u n s i m p l e c u e s t i o n a m i e n t o subjetivod e s í m i s m o p u e s t o q u e e s t á j u s t a m e n t e i n s e r t a d o e n u n a s o c i e d a dd e f i n i d a q u e l o h a h e c h o . E s t a s o b s e r v a c i o n e s n o s e n s e ñ a n q u e :

1*?) El objeto de su inves t igac ión ex ige una espec ia l i zac ión de lm ét o d o a b s t ra c t o d e l q u e a ca b a m o s d e h a b l a r : e s n ecesa r i o ene f e c t o q u e e n e s e p e r p e t u o t r a s t r o c a m i e n t o d e p u n t o s d e v i s t ae x i g i d o s p a r a s u p e r a r u n a c o n t r a d i c c i ó n p r e c i s a , l o s d o s m o m e n t o s — ex t er i o r i d a d i n t er i o r i za d a , r eex t er i o r i za c i ó n d e l a i n t er i o r i d a d — s e h a y a n l i g a d o r i g u r o s a m e n t e . E s t e v í n c u l o d e t é r m i n o scontradictor ios no es o tra cosa que la d iaZéc í i ca . Se tra ta de unm é t o d o q u e e l i n t e l e c t u a l n o p u e d e e n s e ñ a r ; c u a n d o s e d e s p i e r t aa su n u ev a co n d i c i ó n é l q u i ere su p r i m i r su "co n t ra d i cc i ó n d e

ser" , n o co n o ce e l p ro ced i m i en t o d i a l éc t i co : e s su o b j e t o q u i ense l o i m p o n d rá p o co a p o co p u es t o q u e e s d e d o b l e f a z y q u e ca d au n a d e é s t a s ree n v í a a l a o tra ; p ero a l t érm i n o m i sm o d e su i n v es t i g a c i ó n , e l i n t e l ec t u a l n o t i en e u n co n o c i m i en t o r i g u ro so d e lm é t o d o i m p u e s t o .

29) D e t o d o s m o d o s l a a m b i g ü ed a d d e su o b j e t o a l e j a a l i n t e l ec t u a l d e l a " u n i v er sa l i d a d a b s t ra c ta " . D e h ec h o e l e rro r d e l o s" f i l ó s o f o s " f u e c r e e r q u e s e p o d í a a p l i c a r d i r e c t a m e n t e e l , m é t o d o

u n i v ersa l ( y a n a l í t i co ) a l a so c i ed a d d o n d e s e v i v e , cu a n d o j u s -




t a m e n t e vivían en ella y e l l a l o s co nd i c i o na ba h i s t ó r i ca m ent e , de

suer t e que l o s pre j u i c i o s de su i deo l o g í a s e des l i za ba n en su i nv es t i g a c i ó n p o s i t i v a y s u v o l u n t a d m i s m a d e c o m b a t i r l o s . L a r a z ó nde e s t e erro r e s c l a ra : era n intelectuales orgánicos, qu e trabajaba n pa ra l a m i sm a c l a se que l o s ha b í a pro duc i do , no s i endo suun i v ersa l i da d o t ra co sa que l a f a l sa un i v ersa l i da d de l a c l a seb u r g u e s a , q u e s e t o m a b a p o r c l a s e u n i v e r s a l . D e e s t e m o d o , c u a n d o b u s c a b a n a l h o m b r e , n o l l e g a b a n s i n o a l b u r g u é s . L a v e r d a d e r abúsqueda i n t e l ec t ua l , s i qu i ere l i bera r a l a v erda d de l o s m i t o s

que l a o scurecen , i m pl i ca un pa sa j e de l a i nv es t i g a c i ó n po r l as i n g u l a r i d a d d e l i n v e s t i g a d o r . É s t e n e c e s i t a situarse en u n un i ve rs o soc ia l p;u a con oce r y des tru ir e n é l y fue ra de é l l os l ím i tesque l a i deo l o g í a prescr i be a l sa ber . E s a n i v e l de l a situación quel a d i a l éc t i ca de l a i n t er i o r i za c i ó n y de l a ex t er i o r i za c i ó n puedea c t u a r , e l p e n s a m i e n t o d e l i n t e l e c t u a l d e b e v o l v e r s e s i n c e s a rs o b r e s í m i s m o p a r a a p r e h e n d e r s e s i e m p r e c o m o universalidadsingular, e s d e c i r s i n g u l a r i z a d a s e c r e t a m e n t e p o r l o s p r e j u i c io s

de c l a se i ncu l ca - o s d es de l a i n f a nc i a , m i e nt r a s cre e h a be rsed e s e m b a r a z a d o d e e l l o s y h a b e r e n c o n t r a d o l o u n i v e r s a l . N oba s t a ( pa ra no c i t a r s i no un e j em pl o ) co m ba t i r e l racismo ( c o m oi d e o l o g í a d e l i m p e r i a l i s m o ) c o n a r g u m e n t o s u n i v e r s a l e s , s a c a d o sd e n u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s a n t r o p o l ó g i c o s : e s o s a r g u m e n t o s p u e d e n c o n v e n c e r a n i v e l d e u n i v e r s a l i d a d ; p e r o e l r a c i s m o e s u n aa ct i t ud co ncre t a de t o do s l o s d í a s ; y en co nsecuenc i a s e puedes o s t e n e r s i n c e r a m e n t e e l d i s c u r s o u n i v e r s a l d e l a n t i r r a c i s m o ,

m i e n t r a s e n l a s l e j a n a s p r o f u n d i d a d e s q u e e s t á n l i g a d a s a l a i n f a nc i a s e perm a nece ra c i s t a , y , de g o l pe , co m po rt a rse s i n da rsecuent a co m o ra c i s t a en l a v i da co t i d i a na . As í e l i n t e l ec t ua l noha brá hecho na da , a ún s i dem ues t ra e l a spec t o a berra nt e de lra c i sm o , s i no v ue l v e s i n cesa r so bre s í m i sm o pa ra d i so l v er unra c i sm o de o r i g en i n f a nt i l po r una i nv es t i g a c i ó n r i g uro sa so bre" e s e m o n s t r u o i n c o m p a r a b l e " , é l m i s m o .

A ese n ive l e l inte l ectua l , s in cesar , por sus trabajos de técnico

del saber , por su sa lar io y por su n ive l de v ida , se des igna comop e q u e ñ o b u r g u é s s e l e c c i o n a d o y d e b e c o m b a t i r s u c l a s e q u e , b a j ol a i n f l uenc i a de l a c l a se do m i na nt e , repro duce en é l necesa r i a



Defensa de lo s intelectuales 307

que se aperc ibe de que , en su propio dominio , la universa l idad

n o e x i s t e y a d a d a , q u e e s t á p e r p e t u a m e n t e p o r hacerse. U n o d elos grandes pe l igros que e l in te lec tua l debe ev i tar , s i qu ierea v a n z a r e n s u e m p r e s a , e s u n l v e r s a l i z a r d e m a s i a d o r á p i d a m e n t e .He v i s to a lgunos que , apresurados por pasar a lo universa l , cond e n a b a n d u r a n t e l a g u e r r a d e A r g e l i a l o s a t e n t a d o s t e r r o r i s t a sarge l inos con la s mismas razones que la repres ión f rancesa . Es e lt i p o m i s m o d e l a f a l s a u n i v e r s a l i d a d b u r g u e s a . H a b í a q u e c o m prender , a l contrar io , que la insurrecc ión de Arge l ia , insurrecc iónde pobres , s in armas , acosados por un rég imen po l i c ia l , no podías i n o e l e g i r la clandestinidad y Ja bomba. Así e l in te lec tua l , en su

luc ha contra s í, e s l l eva do a ve r la soc iedad com o la lucha degrupos par t i cu lares y par t i cu lar izados por sus e s t ruc turas , sv ilugar y su des t ino por e l e s ta tuto de universa l idad . Contrar ia m e n t e a l p e n s a m i e n t o b u r g u é s , d e b e t o m a r c o n c i e n c i a d e q u eel hombre no existe. P e r o , a l m i s m o t i e m p o , s a b i e n d o q u e n o e st o d a v í a u n h o m b r e , d e b e a p r e h e n d e r , e n s í y . S i m u l t á n e a m e n t ef u e r a d e s í — e i n v e r s a m e n t e — e l h o m b r e c o m o p o r hacer. C o m oh a d i c h o P o n g : e l h o m b r e e s e l p o r v e n i r d e l h o m b r e . C o n t r a e l h u m a n i s m o b u r g u é s , l a t o m a d e c o n c i e n c i a d e l i n t e l e c t u a l l e m u e s

t ra a la vez su s ingular idad y e s a par t i r de e l la aue e l hombrese da como f inal idad lejana de una empresa pr .áct ica cot idiana.

39) P o r e s t a r a z ó n u n r e p r o c h e d e m a s i a d o a m e n u d o f o r m u lado a l in te lec tua l aparece como pr ivado de sent ido : se hace ge n e r a l m e n t e d e é l u n s e r a b s t r a c t o q u e v i v e d e l o u n i v e r s a l p u r o ,qu e no con oce s ino lo s va l ore s in te lec tua les , un ser pu ram en ten e g a t i v o , u n r a z o n a d o r i m p e r m e a b l e a l o s v a l o r e s d e l a s e n s i b i l i dad , u n cerebra l . E l or igen de e s to s rep roch es e s ev ide nt e : e lin te lec tua l e s un agente de l saber prác t i co , en primer lugar, es

r a r o q u e c e s e d e s e r l o c o n v i r t i é n d o s e e n i n t e l e c t u a l . E s v e r d a dque é l pre tende apl i car , fuera de su dominio fami l iar , lo s métodosexactos , en par t i cu lar para d i so lver fuera de é l la ideo log ía domin a n t e , q u e s e l e p r e s e n t a b a j o f o r m a d e p e n s a m i e n t o s c o n f u s o s ,d i f í c i lm en te loca l i zables , y de va lo res qu e son l lam ad os a fec t iv o s o v i t a l e s p a ra m a g n i f i c a r s u a s p e c t o f u n d a m e n t a l m e n t eirrac iona l . Pero su f ina l idad es rea l i zar e l suje to prác t i co y des cubr ir lo s pr inc ip ios de una soc iedad que lo engendrar ía y losos tendr ía ; e sperando conduce su inves t igac ión en todos lo s n i -




veles y trata de modificarse en su sensibilidad tanto como en sus

pensamientos. Esto significa que quiere producir, en la medida

de lo posible, en él, y en los otros, la unidad verdadera de lapersona, la recuperación por cada uno de los fines que son im

puestos a su actividad (y que, de golpe, se tornarían en otros),la supresión de alienaciones, la libertad real del pensamiento pors-J-oresión en el exterior de prohibiciones sociales nacidas de estructuras de clases, en el interior de inhibiciones y de autocen

suras. Si hay xina sensibilidad que rechaza, es la sensibilidad declase, es decir, por ejemplo, la rica y múltiple sensibilidad racista,

por esto es en provecho de una sensibilidad más rica, la quepreside a las relaciones humanas de reciprocidad. No está dicho

que pueda lograrlo totalmente, pero es un camino que él señala,

que él se señala. Si impugna, impugna solamente la ideología (ysus consecuencias prácticas), en la medida en que una ideología,

venga de donde venga, es un substituto engañador y confuso dela conciencia de clase; así su impugnación no es sino un mo-

men:o negativo de una praxis que él es incapaz de emprender

solo, que no puede ser bien llevada a cabo sino por el conjunto

de las clases oprimidas y explotadas y cuyo sentido positivo —aun

si él sólo lo entrevé— es el advenimiento, en un porvenir lejano,

de una sociedad de hombres libres.

4?) Ese trabajo dialéctico de un universal singular sobre universales singulares no debe jamás, al contrario, llevarse a cabo

en rrin-.er lugar en lo abstracto. La ideología combatida está a

caca rato actualizada por el acontecimiento. Entendamos queella viene a nosotros menos como un conjunto de proposiciones

claramente definidas, que como una manera de expresar y deenmascarar el acontecimiento particular. El racismo, por ejem

plo, se manifiesta a veces —^pero raramente— por libros (nosotros

tuvimos Lo France Juive, de Drumont), pero mucho más a

menudo por hechos de los cuales él es un motivo oculto, porejemplo, en el caso Dreyfus, y por las justificaciones que los

raass media dan al pasar, por el rodeo de un pensamiento,

violencias racistas —tanto se presenten bajo un aspecto legal(Dreyfus) como bajo forma de linchamiento o bajo formas in-íermediarias— en tanto que ellas constituyen uno de los aspec

tos mayores del acontecimiento. El intelectual puede, para desem-




b a r a z a r s e d e l r a c i s m o que le e s prop io y contra e l cua l luchas in ce sar , expresar e sa lucha y sus ideas en un l ibro . Pero l om á s i m p o r t a n t e e s d e n u n c i a r s i n c e s a r p o r m e d i o de actos loss o f i s m a s q u e q u i e r e n j u s t i f i c a r l a c o n d e n a c i ó n d e u n j u d í o p o r

q u e es un judío, o t a l p o g r o m , t a l m a s a c r e ; e n p o c a s p a l a b r a s , t r a bajar a l nivel del acontecimien to e n p r o d u c i r a c o n t e c i m i e n t o sc o n c r e t o s q u e c o m b a t e n e l p o g r o m o e l j u i c i o r a c i s t a d e l T r i b u n a l , m o s t r a n d o l a v i o l e n c i a d e l o s p r i v i l e g i a d o s e n t o d a s ud e s n u d e z . L l a m o acontecimiento, a q u í , a u n h e c h o p o r t a d o r d euna idea , e s dec i r un u n i v e r s a l s i n g u l a r p u e s t o q u e l i m i t a l ai d e a l l e v a d a , e n s u u n i v e r s a l i d a d , p o r s u s i n g u l a r i d a d d e h e c h ofechado y localizado q u e ha tenido lugar e n c i e r t o m o m e n t o d e

u n a h i s t o r i a n a c i o n a l y l a r e s u m e y l a t o t a l i z a e n l a m e d i d a d ela cua l e s é l e l producto to ta l i zado . Es to s i gn i f i ca , en verdad , quee l i n t e l e c t u a l s e e n c u e n t r a , p o r e s o m i s m o , c o n s t a n t e m e n t e e n f r e n t a d o a l o c o n c r e t o y n o p u e d e s i n o d a r l e u n a r e s p u e s t aconcre ta .

59) E l e n e m i g o m á s d i r e c t o d e l i n t e l e c t u a l e s l o q u e y o l l a m a r í ae l falso intelectital y q u e N i z a n n o m b r a b a e l p e r r o g u a r d i á n ,s u s c i t a d o p o r l a c l a s e d o m i n a n t e p a r a d e f e n d e r l a i d e o l o g í a

p a r t i c u l a r i s t a c o n a r g u m e n t o s q u e s e p r e t e n d e n r i g u r o s o s — e sd e c i r q u e s e p r e s e n t a n c o m o p r o d u c t o s d e m é t o d o s e x a c t o s . E l l o st i e n e n , e n e f e c t o , e s t o e n c o m ú n c o n l o s v e r d a d e r o s i n t e l e c t u a l e s : s o n o r i g i n a l m e n t e , c o m o e l l o s , t é c n i c o s d e l s a b e r p r á c t i c o .S e r í a d e m a s i a d o s i m p l e i m a g i n a r q u e e l f a l s o i n t e l e c t u a l e s a n t et o d o u n vendido. A m e n o s d e e n t e n d e r e l m e r c a d o q u e h a h e c h ou n f a l s o i n t e l e c t u a l d e u n t é c n i c o d e l s a b e r d e m a n e r a u n p o c om e n o s s i m p l i s t a q u e d e o r d i n a r i o . D i g a m o s q u e c i e r t o s f u n c i o n a r i o s s u b a l t e r n o s d e l a s s u p e r e s t r u c t u r a s , s i e n t e n q u e s u s i n

t er ese s e s tá n l i gado s a l o s de l a c la se d om in an te —-lo cua l e sv e r d a d — y n o q u i e r e n s e n t i r s i n o e s o — l o q u e e q u i v a l e a e l i m i nar a l contrario, l o q u e e s v e r d a d t a m b i é n . E n o t r o s t é r m i n o s ,n o q u i e r e n c o n s i d e r a r l a a l i e n a c i ó n d e l o s h o m b r e s q u e e l l o s s o no p o d r í a n se r , s i n o s o l a m e n t e e l p o d e r d e f u n c i o n a r i o s ( q u et a m b i é n l o s o n ) . T o m a n p u e s e l p o r t e d e l i n t e l e c t u a l y c o m i e n z a np o r i m p u g n a r c o m o é l l a i d e o l o g í a d e l a c l a s e d o m i n a n t e , p e r o e su n a i m p u g n a c i ó n t r u c a d a y c o n s t i t u i d a d e t a l m a n e r a q u e s e a g o

t a e n s í m i s m a y m u e s t r a a s í q u e l a i d e o l o g í a d o m i n a n t e r e s i s t e a




t o d a i m p u g n a c i ó n ; e n o t r o s t é r m i n o s , e l f a l s o i n t e l e c t u a l n o d i c e

n o, co m o e l v e r d a d e r o ; c u l t i v a e l " n o , p e r o . . . " o e l " lo s é m u yb i en y s in e m b a r g o . . . " . E s t o s a r g u m e n t o s p u e d e n c o n f u n d ir a lv e r d a d e r o i n t e l e c t u a l q u e p o r s u p a r t e t i e n e d e m a s i a d a t e n d e n c ia — c o m o f u n c i o n a r i o — a s o s t e n e r l o s é l m i s m o y a o p o n e r l o sa l m o n s t r u o q u e e s p a r a h a c e r l o d e s a p a r e c e r e n p r o v e c h o d e lt écn ico puro . P ero , po r neces ida d , e s tá o b l ig a do a re fu ta r lo s ,p r e c i s a m e n t e p o r q u e é l e s ya e l m o n s t r u o a q u i e n e s e l l o s n o p u e d e n c o n v e n c e r . R e c h a z a e n t o n c e s l o s a r g u m e n t o s " r e f o r m i s t a s "

y n o l o h a c e , en s u m a , s i n o h a c i é n d o s e s i e m p r e m á s radical.De hecho e l ra d ica l i s mo y l a empres a in te l ec tua l no s o n s inouna s o la co s a , y s o n lo s a rg umento s "mo dera do s " de l o s re fo r m i s t a s l o s q u e e m p u j a n n e c e s a r i a m e n t e a l i n t e l e c t u a l a e s a v í a ,m o s t r á n d o l e q u e h a y q u e i m p u g n a r l o s p r i n c i p i o s m i s m o s d e l ac l a se d o m i n a n t e o s e r v i r l a s i m u l a n d o im p u g n a r l a . P o r e j e m p l o ,m u c h o s f a l s o s i n t e l e c t u a l e s h a n d i c h o e n t r e n o s o t r o s ( a p r o p ó s i to de nuestra g uerra de I nd o ch in a o du ra n te l a g ue rra d e

A r g e l i a ) : " N u e s t r o s m é t o d o s c o l o n i a l e s n o s o n l o q u e d e b e r í a ns er , ha y dema s ia da s des ig ua lda des en nues tro s t err i to r io s deu l tra ma r . P ero e s to y co ntra to da v io l enc ia , v eng a e l l a de do ndev eng a ; no qu iero s er n i v erdug o n i v í c t ima y po r e s o me o po ng oa la rev ue l ta de l o s ind íg ena s co ntra l o s co lo no s " . Es tá c la ro ,pa ra un pens a miento que s e ra d ica l i za , que e s ta to ma de po s i c ió ns eudo un iv ers a l i s ta eq u iv a l e a dec la ra r : " Es to y po r l a v io l e nc iacró n ica que lo s co lo no s e jer cen s o bre l o s co lo n iza d o s ( s o bre -

e x p l o t a c i ó n , d e s e m p l e o , s u b - a l i m e n t a c i ó n m a n t e n i d o s p o r e l t e rro r ) ; en to do ca s o , e s un m a l m en o r q ue t e rm ina rá po r des a pa recer ; pero e s to y co ntra l a v io l enc ia que l o s co lo n iza do s po dr ía ne jercer pa ra l ibera rs e de l o s co lo no s que l o s o pr imen" . Lo queco nduce a l pens a miento ra d ica l a co ns ta ta r que , des de que s epro h ibe l a co ntra -v io l enc ia a l o s o pr imido s , po co impo rta que s edir i jan su av es rep roch es a los opr esore s (de l t ipo : ¡ igu a len lo ssa lar ios o , a l menos , hagan un ges to ; un poco más de jus t ic ia ,

po r fa v o r ) . És to s s a ben b i en que e s o s repro ches s o n una fa cha da ,pues to que e l fa l s o in te l ec tua l pre tende pro h ib ir a l a s fuerza srea l e s de l o s o pr imido s t ra ns fo rma rs e en re iv ind ica c io nes a po



Defensa de los intelectiLales 311

g u u a f u e r z a o r g a n i z a d a p a r a s o s t e n e r s ü c a u s a . N o v e r á n , p u e s ,n i n g ú n i n c o n v e n i e n t e e n q u e e l f a l s o i n t e l e c t u a l c o n t r i b u y a aa l e j a r a l o s c o l o n i z a d o s d e l a r e v u e l t a h a c i é n d o l e s e s p e j e a r l at r a m p a d e l r e f o r m i s m o . E l r a d i c a l i s m o i n t e l e c t u a l e s t á p u e s s i e m p r e e m p u j a d o h a c i a a d e l a n t e p o r l o s a r g u m e n t o s y l a s a c t i t u d e sd e l o s f a l s o s i n t e l e c t u a l e s : e n e l d i á l o g o d e l o s f a l s o s y l o s v e r d a d e r o s , l o s a r g u m e n t o s r e f o r m i s t a s y s u s r e s u l t a d o s r e a l e s ( e lstatu quo), l l e v a n n e c e s a r i a m e n t e a l o s v e r d a d e r o s i n t e l e c t u a l e sa c o n v e r t i r s e e n r e v o l u c i o n a r i o s , p u e s t o q u e c o m p r e n d e n q u ee l r e f o r m i s m o n o e s n a d a m á s q u e u n d i s c u r s o c o n l a d o b l e v e n t a j a d e s e g u i r a l a c l a s e d o m i n a n t e , p e r m i t i e n d o a l o s t é c n i c o sd e l s a b e r p r á c t i c o t o m a r , e n a p a r i e n c i a , u n a c i e r t a d i s t a n c i a c o n

r e l a c i ó n a s u s e m p l e a d o r e s , e s d e c i r a e s a m i s m a c l a ^ e .T o d o s a q u e l l o s q u e t o m a n desde hoy e l punto de v i s ta un iver

s a l i s t a aseguran: lo un ive rsa l es he ch o de fa l sos in te j ¡ c tua les. E li n t e l e c t u a l v e r d a d e r o — e s d e c i r a q u e l q u e s e e n ti e n t ^ en e l mal e s t a r c o m o u n m o n s t r u o — ; s e i n q u i e t a p o r q u e ; o u n i v e r s a lh u m a n o está por hacerse. M u c h o s f a l s o s i n t e l e c t u ; l e s h a n a d h e r i d o e n t u s i a s t a m e n t e a l m o v i m i e n t o d e G a r y D a v i s . S e t r a t a b ad e c o n v e r t i r s e de inmediato en c iud ada no de l murido y de hace rr e i n a r s o b r e l a t i e r r a l a P a z U n i v e r s a l . " P e r f e c t o " — d i j o u n

v i e t n a m i t a a u n f a l s o i n t e l e c t u a l f r a n c é s , m i e m b r o d e e s e m o v i m i e n t o . " C o m i e n c e n e n t o n c e s p o r r e c l a m a r l a p a z e n V i e t n a m ,p u e s t o q u e e s a l l á d o n d e s e l u c h a . " — " J a m á s e n l a v i d a " , r e s p o n d i ó e l o t r o . " E s o s e r í a f a v o r e c e r a l o s c o m u n i s t a s . " É l q u e r í al a p a z e n g e n e r a l , n i n g u n a p a z p a r t i c u l a r , q u e h u b i e r a f a v o r e c i d oa l o s i m p e r i a l i s t a s o a l o s p u e b l o s c o l o n i z a d o s . P e r o s i s e q u i e r el a P a z U n i v e r s a l s i n n i n g u n a p a z p a r t i c u l a r , u n o s e l i m i t a a c o n d e n a r moralmente l a g u e r r a . A h o r a b i e n , e s l o q u e t o d o e l m u n d oh a c e , i n c l u i d o e l p r e s i d e n t e J o h n s o n . E s p o r l a a c t i t u d d e l o s

f a l s o s i n t e l e c t u a l e s q u e s o m o s l l e v a d o s — c o m o l o h e d i c h o e n l ac o n f e r e n c i a p r e c e d e n t e — a t e n e r a l o s i n t e l e c t u a l e s p o r m o r a l i s t a s e i d e a h s t a s , q u e c o n d e n a n moralmente la guer ra y sueñ an ,e n n u e s t r o m u n d o d e v i o l e n c i a s , q u e r e i n a r á u n d í a u n a p a z i d e a l— q u e n o e s u n n u e v o o r d e n h u m a n o f u n d a d o s o b r e l a c e s a c i ó nde todas las guerras por la v ic tor ia de los opr imidos , s ino másb i e n l a i d e a d e l a p a z d e s c e n d i d a d e l o s c i e l o s . E l v e r d a d e r oi n t e l e c t u a l , s i e n d o radical, no se enc uen tra , por ese lado , n i




m o r a l i s t a ni id ea l i s ta , sab e que la ú n i c a paz v a l e d e r a e n . V i e t n a mc o s t a r á l á g r i m a s y san gre , sab e que c o m i e n z a por el ret iro de last r o p a s n o r t e a m e r i c a n a s y la c e s a c i ó n de b o m b a r d e o s , o sea porla derrota de los E s t a d o s U n i d o s . En otros t érmin os , la n a t u r a l e

za de su c o n t r a d i c c i ó n lo ob l iga a comprmneterse en tod os loscon f l i c to s de n u e s t r o t i e m p o p o r q u e son tod os —con f l i c to s dec l a s e s , de n a c i o n e s o de razas—, e fec to s p ar t i cu lares de la opres i ó n de los d e s f a v o r e c i d o s por la c l a s e d o m i n a n t e y p o r q u e see n c u e n t r a , en cad a uno, él, o p r i m i d o c o n s c i e n t e de ser lo , del ladod e los o p r i m i d o s .

S i n e m b a r g o , es n e c e s a r i o r e p e t i r l o , su p os ic ión no es cientí-

fica. Él a p l i c a a t i e n t a s un m é t o d o r i g u r o s o a ob je tos d escon oc i d o s que d e s m i t i f i c a d e s m i t i f i c á n d o s e ; l l e v a una .acción prá ctica

d e d e v e l a m i e n t o c o m b a t i e n d o las i d e o l o g í a s y d e s n u d a n d o lav i o l e n c i a que e l l a s e n m a s c a r a n o just i f ican; opera para que unau n i v e r s a l i d a d s o c i a l sea un día p os ib le , en la c u a l tpdps los h o m b res s erán verdaderamente l i b r e s , iguales y h e r m a n o s . S e g u r oq u e ese día, p e r o no a n t e s , el i n t e l e c t u a l d e s a p a r e c e r á y losh o m b r e s p o d r á n a d q u i r i r el sab er p rác t i co ,en Ip l i b e r t a d que ,éle x i g e , y sin c o n t r a d i c c i ó n . Por el .rnpmento, él i n v e s t i g a y .see n g a i í a sin cesar , no t e n i e n d o o t r o h i l o c o n d u c t o r que su rigord i a l é c t i c o y su r a d i c a l i s m o .

2. EL I N T E L E C T U A L Y LAS M A S A S

E l in te l ec tu a l e s tá so lo p orq u e n ad ie le ha d ad o un m a n d a t o .A h o r a b i e n — é s t a es una de sus c o n t r a d i c c i o n e s — , él no p u e d el ib erarse sin que los o t r o s se l i b e r e n al m i s m o t i e m p o . P o r q u et o d o h o m b r e t i e n e sus f in es p rop ios que le son sin c e s a r robados

p o r el s i s t e m a ; y, e x t e n d i é n d o s e la a l i e n a c i ó n a la c lase d omi

n a n t e , los m i e m b r o s de és ta , e l lo s mismos , t rab ajan p ara f in esi n h u m a n o s que no les p e r t e n e c e n , es d e c ir f u n d a m e n t a l m e n t ep or la ganancia. Así el i n t e l e c t u a l , e n t e n d i e n d o su con trad icc iónp r o p i a c o m o la e x p r e s i ó n s i n g u l a r de c o n t r a d i c c i o n e s o b j e t i v a s , esso l id ar io con t o d o h o m b r e que l u c h a por sí m i s m o , y por lo de-m á s , c o n t r a e s a s c o n t r a d i c c i o n e s .

S i n e m b a r g o no se p u e d e c o n c e b i r que el i n t e l e c t u a l e f e c t ú esu t rab ajo por el s i m p l e estudio de la i d e o l o g í a que se la ha in cu l -




só lo hecho de ser , r eve la que nues tras soc iedades son par t icu la r i s tas y e s t ruc turadas en c lase s ; la ex i s t enc ia de dos mi l mi l lonesd e s u b a l i m e n t a d o s e n u n a p o b l a c i ó n d e t r e s m i l m i l l o n e s , e s o t r av e r d a d f u n d a m e n t a l d e n u e s t r a s s o c i e d a d e s a c t u a l e s — e s o y n ola tonter ía inventada por los fa l sos in te lec tua le s ( la abundanc i a ) — . L a s c l a s e s e x p l o t a d a s — a u n q u e s u t o m a d e c o n c i e n c i as e a variable y e l l a s p u e d e n s e r p r o f u n d a m e n t e p e n e t r a d a s p o rl a i d e o l o g í a b u r g u e s a — , s e c a r a c t e r i z a n p o r s u inteligencia objetiva. Es ta in te l ig enc ia no e s u n do n s ino que na ce de su puntode vista sobre la soc ied ad , e l ún ico rad ica l , cua lq u iera s ea s\xpolítica (que pu ed e ser la re s ign ac ión , la d ign id ad o e l r eformismo, en la med ida en que la in te l igenc ia obje t iva e s tá confusapor sus in ter ferenc ias con los va lores aue la c lase dominante l e sh a i n c u l c a d o ) . E s t e p u n t o d e v i s t a o b j e t i v o p r o d u c e e l pensamiento popular au e v e la soc ieda d a par t ir de lo fu nd am enta l ,es dec ir a part ir de l n ive l más bajo , e l más adecuado para la radi -

ca l i zac ión , aque l desde donde se ven las c lase s dominantes y lasque se a l ian con e l las de abajo hacia arriba, no com o é l i t e s cu l tu ra le s s ino como grupos de enormes e s ta tuas cuyo zóca lo abrumacon todo su peso a las c lase s que reproducen la v ida; no más a ln ive l de la no v io lenc ia , de l r econoc imiento rec íproco y de lacor te s ía ( como hacen los burgueses que e s tán a la misma a l turay se miran a los o jos ) , s ino de l punto de v i s ta de la v io lenc iasopor tada , de l t rabajo a l i enado y de las neces idades e lementa le s .

Es te pensamiento rad ica l y s imple , s i pud iera ser re tomado pore l in te lec tua l por su cuenta , har ía que é s t e se v iera en su verdadero lugar, de abajo hac ia arr iba, renegando de su c lase y s ine m b a r g o d o b l e m e n t e c o n d i c i o n a d o p o r e l l a ( e n t a n t o q u e hasa l ido de e l la y que e l la cons t i tuye su background psico-social ,y en tanto que é l se inserta de nuevo en e l la como técnico de ls a b e r ) , cayendo con todo su peso sobre las c lase s popu lares , entanto que su sa lar io o sus honorar ios son descontados de la p lus

va l ía que e sas c lase s producen . Conocer ía c laramente la ambi güedad de su pos ic ión y , s i ap lacara a e sas verdades fundamentales los métodos r igurosos de la d ia léct ica , conocer ía en y ñor



Defensa de los intelectiuiles 315

h a c e r n a d a m á s q u e r o m p e r l o s í d o l o s q u e l a s a p l a s t a n . S u n u e v at a r e a s e r í a e n t o n c e s c o m b a t i r l a r e s u r r e c c i ó n p e r p e t u a , en el

pueblo, d e l a s i d e o l o g í a s q u e l o p a r a l i z a n .P e r o , e n e s e n i v e l , s u r g e n n u e v a s c o n t r a d i c c i o n e s . 1 ? E n p a r t i

c u l a r e s t a : l a s c l a s e s d e s f a v o r e c i d a s n o p r o d u c e n , c o m o t a l e s ,i n t e l e c t u a l e s , p u e s t o q u e e s j u s t a m e n t e l a a c u m u l a c i ó n d e c a p i t a l l o q u e p e r m i t e a l a s c l a s e s d o m i n a n t e s c r e a r y a c r e c e n t a r u ncapital técnico. C i e r t a m e n t e , s u c e d e ( 10 % e n F r a n c i a ) q u e e l" s i s t e m a " r e c l u t e a l g u n o s t é c n i c o s d e l s a b e r p r á c t i c o e n t r e l a sc la ses explo tadas , pero s i e l or igen de e sos técnicos e s popular ,no por e so de jan de ser integrados en seguida por su tr . iba jo , su

sa lar io y su n ive l de v ida a l a s c la ses medias. E n o t r o s t é r m i n o s :l a s c l a s e s d e s f a v o r e c i d a s n o p r o d u c e n r e p r e s e n t a n t e s o r g á n i c o sd e l a i n t e l i g e n c i a o b j e t i v a q u e e s s u y a . Un i n t e l e c t u a l o r g á n i c od e l p r o l e t a r i a d o e s , m i e n t r a s n o s e h a g a l a r e v o l u c i ó u n a c o n t r a d i c c i ó n in adjecto; p o r l o d e m á s , n a c i e n d o e n la s c l a s e s q u er e c l a m a n p o r s u m i s m a s i t u a c i ó n l o u n i v e r s a l , é l n o s e r í a , s ip u d i e r a e x i s t i r , e s e m o n s t r u o q u e h e m o s d e s c r i t o y q u e s e d e f i n e p o r s u c o n c i e n c i a d e s g r a c i a d a . 2 ' L a o t r a c o n t r a d i c c i ó n e sc o r o l a r i o d e l a p r i m e r a : s i c o n s i d e r a m o s q u e e l i n t e l e c t u a l , a

f a l t a d e s e r p r o d u c i d o c o m o t a l , o r g á n i c a m e n t e , p o r l a s c l a s e sd e s f a v o r e c i d a s , q u i e r e e n t o d o c a s o u n i r s e a e l l a s p a r a a s i m i l a rs u s i n t e l i g e n c i a o b j e t i v a y p a r a d a r a s u s m é t o d o s e x a c t o s p r i n c i p i o s f o r m u l a d o s p o r e l p e n s a m i e n t o p o p u l a r , é l s e e n c o n t r a r áe n s e g u i d a y a justo título c o n l a d e s c o n f i a n z a d e a q u e l l o s a q u i e n e s v i e n e a p r o p o n e r l a a l i a n z a . De h e c h o , n o p u e d e e v i t a r q u el o s o b r e r o s n o v e a n e n é l a u n m i e m b r o d e l a s c l a s e s m e d i a s , e sdec i r de l a s c la ses que son , por de f in i c ión , cómpl i ces de l a bur g u e s í a . E l i n t e l e c t u a l e s t á p u e s s e p a r a d o p o r u n a b a r r e r a d e l o sh o m b r e s d e q u i e n e s q u i e r e a d q u i r i r e l p u n t o d e v i s t a , q u e e s

aque l de l a universalización. E s u n r e p r o c h e q u e s e l e h a c e am e n u d o , u n a r g u m e n t o d e p o d e r , d e l a s c l a s e s d o m i n a n t e s y l a sc l a s e s m e d i a s , a r r e g l a d o p o r l o s f a l s o s i n t e l e c t u a l e s q u e e s t á n as u s u e l d o : ¿ c ó m o o s a n u s t e d e s p r e t e n d e r , p e q u e ñ o s b u r g u e s e sc o n l a c u l t u r a b u r g u e s a d e l a i n f a n c i a q u e v i v e n e n l a s c l a s e sm e d i a s , r e p r e s e n t a r e l espíritu objetivo de l a s c la ses traba jado rasc o n q u i e n e s n o t i e n e n c o n t a c t o , y q u e n o q u i e r e n s a b e r n a d a d eu s t e d e s ? Y , d e h e c h o , p a r e c e q u e h a y a l l í u n c í r c u l o v i c i o s o : p a r a




lu c h a r c o n t r a e l p a r t i c u la r i s m o d e l a id e o lo g ía d o m in a n t e , h a b r íaq u e to m a r e l p u n t o d e v i s t a d e a q u e l l o s c u y a m i s m a e x i s t e n c i ala c o n d e n a . Pe r o p a r a t o m a r e s e p u n t o d e v i s t a s e r ía n e c e s a r ion o h a b e r s i d o j a m á s u n p e q u e ñ o b u r g u é s , p u e s t o q u e n u e s t r a

e d u c a c ió n n o s h a in f e s t a d o d e s d e e l p r in c ip io y h a s t a l a m é d u la .Y , c o m o e s l a c o n t r a d ic c ió n d e l a id e o lo g ía p a r t i c u la r i z a n t e y d e ls a b e r u n lv e r s a l i z a n t e e n e l p e q u e ñ o b u r g u é s l o q u e h a c e e l in t e l e c t u a l , s e r ía n e c e s a r io no ser intelectual.

L o s i n t e l e c t u a l e s e s t á n p e r f e c t a m e n t e c o n s c i e n t e s d e e s t a n u e v a c o n tr a d i c c ió n : m u y a m e n u d o t r o p i e z a n c o n t r a e l la y n o v a nm á s l e j o s . S e a q u e e l l o s s i e n t a n u n a humildad dem asiado grandef r e n t e a l a s c la s e s e x p l o t a d a s ( d e a ll í s u t e n t a c i ó n p e r m a n e n t e d edecirse o d e hacerse p r o l e t a r io s ) , s e a q u e e l l a e s t é e n e l o r ig e n

d e s u d e s c o n f ia n z a r e c íp r o c a ( c a d a u n o d e e l l o s s o s p e c h a q u e la sid e a s d e l o t r o e s t á n s e c r e t a m e n t e c o n d ic io n a d a s p o r l a id e o lo g íab u r g u e s a , p u e s t o q u e é l m i s m o e s u n p e q u e ñ o b u r g u é s tentadoy v e e n lo s o t r o s in t e l e c t u a le s s u s p r o p io s r e f l e j o s ) , s e a q u e ,d e s e s p e r a d o p o r l a d e s c o n f ia n z a d e l a q u e e s o b j e t o , d é m a r c h aa t r á s , y , a f a l t a d e p o d e r v o lv e r a s e r u n s im p le t é c n ic o d e l s a b e rr e c o n c i l i a d o c o n s i g o m i s m o , s e h a c e u n falso intelectual.

E n t r a r e n u n p a r t i d o d e m a s a — o t r a t e n t a c i ó n — n o r e s u e l v ee l p r o b l e m a . L a d e s c o n f i a n z a p e r m a n e c e , l a s d i s c u s i o n e s r e n a c e n

s in c e s a r , t o c a n d o la im p o r t a n c ia d e l o s in t e l e c t u a le s y d e l o st e ó r i c o s e n e l p a r t id o . Es l o q u e h a p a s a d o a m e n u d o e n t r e n o s o t r o s . Es l o q u e s u c e d ió e n Ja p ó n , h a c ia 1 9 3 0 , e n e l t i e m p o d eF u k u m o t o , c u a n d o e l c o m u n i s t a M i z u n o d e j ó e l P . C . j a p o n é sa c u s á n d o l o d e s e r " u n g r u p o d e d i s c u s i o n e s t e ó r i c a s d o m i n a d op o r l a i d e o l o g í a p e q u e ñ o - b u r g u e s a d e i n t e l e c t u a l e s c o r r o m p i d o s " .¿ Y q u i é n p u e d e a f i r m a r q u e é l r e p r e s e n t e l a i n t e l i g e n c i a o b j e t i v a y q u e s e a e l t e ó r i c o d e l a m i s m a ? ¿ Lo s q u e a f i r m a n , p o r e j e m p l o , q u e l a r e s t a u r a c i ó n M e i j i e s u n a r e v o l u c i ó n b u r g u e s a ? ¿ O

a q u e l lo s q u e l o n i e g a n ? ¿ Y s i e s l a d i r e c c ió n d e l Pa r t id o q u ie nd e c id e p o r r a z o n e s p o l í t i c a s , e s d e c i r p r á c t i c a s , q u ié n d i c e q u eh a b ie n d o c a m b ia d o e s a s r a z o n e s , q u e l a d i r e c c ió n n o c a m b ia r ád e p e r s o n a l y d e o p in ió n ? S i é s t e e s e l c a s o , a q u e l lo s q u e h a y a nm a n t e n i d o u n i n s t a n t e m á s l a t e o r í a c o n d e n a d a , s e g u r a m e n t eserán tra tados de intelectuales corrom pidos, e s d e c i r s i m p l e m e n t ed e i n t e l e c t u a l e s p u e s t o q u e l a . c o r r u p c i ó n e s j u s t a m e n t e e l c a r á c -



Dejensa de los ijitelectuales 317

3. E L P A P E L D E L I N T E L E C T U A L

E s t a s d o s c o n t r a d i c c i o n e s c o m p l e m e n t a r i a s s o n m o l e s t a s p e r o

m e n o s g r a v e s d e l o q u e p a r e c e . L a s c l a s e s e x p l o t a d a s , e n e f e c t o ,n o t i e n e n n e c e s i d a d d e u n a i d e o í o g i a s i n o d e l a v e r d a d p r á c t i c asobre l a soc i edad . Es dec i r , no t i enen que hacer una representa c i ó n m í t i c a d e s í m i s m a s ; t i e n e n n e c e s i d a d d e c o n o c e r e l m u n d opara cambiar lo . Es to s i gn i f i ca a l a vez que rec laman ser s i tuadas(pues to que e l conoc imiento de una c lase impl i ca e l de todas l a sd e m á s y d e s u s r e l a c i o n e s d e f u e r z a ) , d e d e s c u b r i r s u s jinesorgánicos y la praxis qu e l e s per m i t i rá a l canzar los . E n po caspa labras , l e s hace fa l ta l a poses ión de su verdad prác t i ca , l o que

s i g n i f ic a q u e e x i g e n a l m i s m o t i e m p o e n t e n d e r s e a l a v e z e ns u particularidad histórica ( ta l e s com o las ha n he ch o l a s do sr e v o l u c i o n e s i n d u s t r i a l e s , c o n s u m e m o r i a d e c l a s e , e s d e c i r l oq u e s u b s i s t e m a t e r i a l m e n t e d e l a s e s t r u c t u r a s p a s a d a s : l o s o b r e r o s d e S a i n t - N a z a i r e s o n t e s t i g o s p r e s e n t e s d e u n a f o r m a a n t i g u ad e l p r o l e t a r i a d o ) , y e n s u lucha por la universalización ( e s dec i rcontra l a exp lo tac ión , l a opres ión , l a a l i enac ión , l a s des igua ldad e s , e l sacr i f i c i o de l o s t rabajadores a l a gananc ia ) . La re lac ión

dia l éc t i ca de una a o t ra ex igenc ia , e s l o que se l l ama la concienciade clase. A ho ra b i en , e s a e s t e n ive l qu e e l in t e l ec tua l pu ed e ser v i r a l p u e b l o . N o t o d a v í a c o m o t é c n i c o d e l s a b e r u n i v e r s a l , p u e s t oque é l e s tá situado y l a s c l a s e s " d e s f a v o r e c id a s " l o e s t á n i g u a l m e n t e . P e r o p r e c i s a m e n t e e n t a n t o q u e universal singular p u e s t oque l a toma de conc i enc ia , entre l o s in t e l ec tua l e s , e s e l deve la miento de su par t i cu lar i smo de c lase y de l a tarea de un iversa l i dad , que l o contrad ice , o s ea pues de l a superac ión de su par t i cu lar idad hac ia l a un iversa l i zac ión de l o par t i cu lar a par t i r de

t er profundo contra e l cua l t odo in te l ec tua l -^habiéndo lo descub i er to en s í—, s e rebe la . As í pues , s i i o s in t e l ec tua l e s pequeño -b u r g u e s e s s o n l l e v a d o s p o r s u s c o n t r a d i c c i o n e s p r o p i a s a t r a b a jar por l a s c lase s t rabajadoras , l a s s erv i rán a su propio r i e sgo ype l i gro , podrán ser sus t eór i cos pero nunca sus in t e l ec tua l e s or g á n i c o s y s u c o n t r a d i c c i ó n , a u n q u e a c l a r a d a y c o m p r e n d i d a ,p e r m a n e c e r á h a s t a e l f i n : e s l a p r u e b a d e q u e e l l o s n o p u e d e n ,c o m o l o h e m o s v i s t o , r e c i b i r u n m a n d a t o d e nadie.




ese particular. Y com o las c las e s t rabajado ras qu ieren caimbiar

e l mundo a par t ir de lo que son y no co locándose por la fuerzae n l o u n i v e r s a l , h a y u n p a r a l e l i s m o e n t r e e l e s f u e r z o d e l i n t e l e c t u a l h a c i a l a u n i v e r s a l i z a c i ó n y e l m o v i m i e n t o d e l a s c l a s e st r a b a j a d o r a s . E n e s e s e n t i d o , a u n q u e e l i n t e l e c t u a l n o p u e d a j a m á s e s t a r o r i g i n a r i a m e n t e situado en e sa s c lase s , e s bu eno qu eh a y a t o m a d o c o n c i e n c i a d e s u estar situado, au nq ue sea a t í tu lod e m i e m b r o d e l a s c l a s e s m e d i a s . Y n o s e t r a t a p a r a é l d e r e c h a z a rsu s i tuac ión s ino de u t i l i zar la exper ienc ia que t i ene de e l la para

situar a las c la se s t rabajadoras a l m is m o t i em po que sus t écn icasd e l o u n i v e r s a l l e p e r m i t e n e s c l a r e c e r , p a r a e s a s m i s m a s c l a s e s , s ue s f u e r z o h a c i a l a u n i v e r s a l i z a c i ó n . A e s t e n i v e l , l a c o n t r a d i c c i ó nq u e p r o d u c e e l i n t e l e c t u a l l e p e r m i t e t r a t a r l a s i n g u l a r i d a d h i s t ó r i c a d e l p r o l e t a r i a d o p o r m é t o d o s u n i v e r s a l e s ( m é t o d o s h i s t ó r i c o s ,a n á l i s i s d e e s t r u c t u r a s , d i a l é c t i c a ) y d e c o m p r e n d e r e l e s f u e r z od e u n i v e r s a l i z a c i ó n e n s u p a r t i c u l a r i d a d ( e n t a n t o c u a n t o p r o c e d ed e u n a h i s t o r i a s i n g u l a r y l a c o n s e r v a e n l a m i s m a m e d i d a e nq u e e x i g e l a e7 i ca r? i a c i ó n d e l a r e v o l u c i ó n ) . E s a p l i c a n d o e l m é t o d o d i a l é c t i c o , a p r e h e n d i e n d o l o p a r t i c u l a r a t r a v é s d e l a s e x i g e n c i a s u n i v e r s a l e s y r e d u c i e n d o l o u n i v e r s a l a u n m o v i m i e n t od e s i n g u l a r i d a d h a c i a l a u n i v e r s a l i z a c i ó n q u e e l i n t e l e c t u a l , d e f i n i d o c o m o toma de conciencia de su contradicción constitutiva,p u e d e a y u d a r a l a c o n s t i t u c i ó n d e l a t o m a d e c o n c i e n c i a p r o l e t a r i a .

No obs tante , su par t icu lar idad de c lase puede s in ce sar fa l sears u e s f u e r z o d e t e ó r i c o . T a m b i é n e s v e r d a d q u e e l i n t e l e c t u a ld e b e s i n c e s a r l u c h a r c o n t r a l a ideología s in ce sar ren ac ie nte ,r e s u c i t a d a p e r p e t u a m e n t e b a j o n u e v a s f o r m a s p o r s u s i t u a c i ó nor ig ina l y por su formac ión . Hay dos med ios que é l debe u t i l i zars i m u l t á n e a m e n t e p a r a e l l o : I"? una autocrítica perpetua (no deb ec o n f u n d i r l o u n i v e r s a l — q u e é l p r a c t i c a c o m o e s p e c i a l i s t a d e ls a b e r p r á c t i c o , y = í (x)— co n e l e s fuer zo s ing u la r de u n grupo

s o c i a l p a r t i c u l a r i z a d o h a c i a l a u n i v e r s a l i z a c i ó n : s i p r e t e n d e s e re l guard ián de lo un iversa l , s e reduce de go lpe a lo par t icu lar ,e s dec ir que recae en la v ie ja i lu s ión de la burgues ía tomándose




s a b e r q u e n u n c a e s tá a l a b r i g o d e l u n i v e r s a l i s m o ( q u e s e c r e ey a atado y , c o m o ta l , e x c l u y e d i v e r s a s p a r t i c u l a r i d a d e s d e l e s f u e r z o h a c i a l a u n i v e r s a l i z a c i ó n ) , d e l r a c i s m o , d e l n a c i o n a l i s m o ,d e l i m p e r i a l i s m o , e t c . ( E n t r e n o s o t r o s l l a m a m o s " i z q u i e r d a r e s p e t u o s a " a u n a i z q u i e r d a q u e respeta los va lore s de la derech aaún s i e l la es tá consc iente de no compart ir los , ta l fue "nues trai z q u i e r d a " e n t i e m p o s d e l a g u e r r a d e A r g e l i a . ) T o d a s e s a s a c t i t u d e s , e n e l m o m e n t o e n q u e é l l a s d e n u n c i a , p u e d e n d e s l i z a r s ee n l a d e n u n c i a m i s m a —^y c o n t o d o d e r e c h o l o s n e b r o s n o r t e a m e r i c a n o s d e n u n c i a n c o n h o r r o r e l p a t e r n a l i s m o d e l o s b l a n c o si n t e l e c t u a l e s y a n t i r r a c i s t a s . N o e s d i c i e n d o : " N o s o y u n p e q u e ñ o

b u r g u é s , m e m u e v o l i b r e m e n t e e n l o u n i v e r s a l " , q u e e l i n t e l e c tua l pu ed e un irse a los t raba jadore s , s ino m u y a l contra r io ,p e n s a n d o : s o y u n p e q u e ñ o b u r g u é s , s i p a r a i n t e n t a r r e s o l v e r mic o n t r a d i c c i ó n m e h e a l i n e a d o j u n t o a l a s c l a s e s o b r e r a s y c a m p e s i n a s , n o p o r e l l o h e d e j a d o d e ser u n p e a u e ñ o b u r g u é s : s i m p l e m e n t e , c r i t i c á n d o m e y r a d i c a l i z á n d o m e s i n c e s a r , p u e d e r e c h a z a r u n o a u n o — s i n q u e e s o i n t e r e s e a n a d i e m á s a u e a m í —m i s c o n d i c i o n a m i e n t o s p e q u e ñ o - b u r g u e s e s . 2"? U n a a s o c i a c i ó n c o n c r e t a y s i n r e s e r v a s c o n l a a c c i ó n d e l a s c l a s e s d e s f a v o r e c i d a s .

L a t e o r í a n o e s , d e h e c h o , s i n o u n m o m e n t o d e l a praxis: e l dela aprec iac ión de los pos ib les . As í , s i e s verdad que e l la ac lara lapraxis, t a m b i é n e s v e r d a d q u e e s t á c o n d i c i o n a d a p or l a e m p r e s ato ta l y particularizada por e l la , pu es t o que , ante s de p la ntea rsep o r s í , n a c e o r g á n i c a m e n t e e n e l i n t e r i o r d e u n a a c c i ó n siempreparticular. N o se t ra ta , pu es , para e l in te lec tua l , de juz ga r laa c c i ó n a n t e s d e q u e h a y a c o m e n z a d o , d e i m p u l s a r a t o m a r l a od e c o m a n d a r s u s m o m e n t o s . S e t r a t a , a l c o n t r a r io , d e tomarlaen marcha, e n s u n i v e l d e f u e r z a e l e m e n t a l ( h u e l g a s a l v a i e o

c a n a l i z a d a y a p o r l o s aparatos), de in teg rars e a e l la , en par t ic iparf í s i c a m e n t e e n e l l a , d e d e j a r s e p e n e t r a r y l l e v a r p o r e l l a v . s o l a m e n t e e n t o n c e s , e n l a m e d i d a e n q u e t o m a c c m c i e n c i a d e q u eeso es necesar io , desc i f rar su natura leza y ac larar sobre su sent ido y sus pos ib i l idades . Es en la medida en que la praxis c o m ú nl o i n t e g r a a l m o v i m i e n t o g e n e r a l d e l p r o l e t a r i a d o a u e é l p u e d e ,en las contrad icc iones in ternas ( la acc ión es part icu lar en sno r i g e n , u n i v e r s a H z a n t e e n s u f i n ) , a p r e h e n d e r l a p a r t i c u l a r i d a dy las ambic iones un iversa l i s tas de és te como una . fuerza a la vez



320 Los intelccttmlcs

ín t im a ( e l in t e l e c t u a l t i e n e l o s m i s m o s f in e s , c o r r e l o s m i s m o sr iesgos ) y ex traña qt ie lo ha transportado a buena d is tanc ia delo q u e e r a , p e r m a n e c ie n d o d a d a y fuera de alcance: e x c e l e n t e sc o n d ic io n e s p a r a a p r e h e n d e r y f i j a r l a s p a r t i c u la r id a d e s y l a s

e x i g e n c i a s u n i v e r s a l e s d e un p r o l e t a r ia d o . Es c o m o p e r s o n a n u n c a a s im i la d a , e x c lu id a in c lu s o d u r a n t e l a a c c ió n v io l e n t a , e s c o m oc o n c ie n c ia d e s g a r r a d a , im p o s ib l e d e v o lv e r a c o s e r , q u e e l e s p e c ia l i s t a d e l o u n iv e r s a l s e r v i r á a l m o v im ie n t o d e l a u n iv e r s a l i z a c ió n p o p u la r : j a m á s e s t a r á t o t a lm e n t e d e n t r o ( y p o r l o t a n t op e r d id o p o r l a d e m a s ia d a p r o x im id a d d e l a s e s t r u c t u r a s d e c la s e ) n i t o t a lm e n t e f u e r a ( p u e s t o q u e , d e t o d o s m o d o s , a p e n a s h acomenzado a ac tuar , e s tra idor a los o jos de las c lases d ir igentesy de su prop ia c lase porque se s irve contra e l las de l saber técn ico

q u e e l l a s l e h a n p e r m i t id o a d q u ir i r ) . De s t e r r a d o p o r l a s c la s e sp r iv i l e g ia d a s , s o s p e c h o s o p a r a la s c la s e s d e s f a v o r e c id a s ( a c a u s ad e la m i s m a c u l t u r a q u e é l p o n e a s u d i s p o s i c ió n ) p u e d e c o m e n zar su trabajo . ¿Y cuá l e s , en de f in i t iva , e se trabajo? Creo ques e p o d r ía d e s c r ib i r lo c o m o s ig u e :

1"? luch ar co ntra e l re na c im ien to p erp etu o de la ideo log ía enla s c la s e s p o p u la r e s . Es d e c i r d e s t r u ir t a n t o e n lo e x t e r io r c o m oe n lo in t e r io r t o d a r e p r e s e n t a c ió n id e o ló g i c a q u e e l l a s s e h a c e nde s í mismas y de su poder (e l "héroe pos i t ivo" , e l "cu l to de lap e r s o n a l id a d " , l a " m a g n i f i c a c ió n d e l p r o l e t a r ia d o " , p o r e j e m p lo ,que parecen productos de la c lase obrera , son en concreto prés ta m o s d e l a id e o lo g ía b u r g u e s a : c o m o t a l e s , h a y q u e d e s t r u ir lo s ) ;

29 usar de l cap i ta l saber dado por la c lase dominante para e le var la cu l tura popular —^es dec ir , echar las bases de una cu l turau n iv e r s a l ;

39 l legado e l caso y en la coyuntura actual, formar técn icos de ls a b e r p r á c t i c o e n la s c la s e s d e s f a v o r e c id a s —q u e e l l a s m i s m a s n o

p u e d e n p r o d u c ir — y h a c e r d e e l l o s in t e l e c t u a le s o r g á n ic o s d e l ac lase obrera o , a l menos , técn icos que se acerquen lo más pos ib lea e s o s in t e l e c t u a le s —a q u ie n e s , e n v e r d a d , e s im p o s ib l e c r e a r ;

49 recuperar su prop io f in ( la un iversa l idad de l saber , la l iber t a d d e p e n s a m ie n t o , l a v e r d a d ) v i e n d o e n e l l o s u n f in r e a l alograr por todos en la lucha , e s dec ir e l po rv en ir de l ho m bre ;

5'' rad ical iza r la acció n eh cu rso , rnoétrandó m ás a l lá de l os




o b j e t i v o s i n m e d i a t o s , l o s o b j e t i v o s l e j a n o s , e s d e c i r l a u n i v e r s a l i z a c i ó n c o m o f i n h i s t ó r i c o d e l a s c l a s e s t r a b a j a d o r a s ;

6 9 h a c e r s e contra todo poder — c o m p r e n d i d o e l p o d e r p o l í t ic oque s e e x pr e sa po r l o s pa r t ido s de m a sa y e l a pa r a to de l a c la se

o b r e r a — e l g u a r d i á n d e l o s f i n e s h i s t ó r i c o s q u e la s m a s a s p e r s i g u e n ; p u e s t o q u e e l f i n s e d e f i n e , e n e f e c t o , c o m o l a u n i d a d d el o s m e d i o s , e s n e c e s a r i o q u e é l e x a m i n e é s t o s e n f u n c i ó n d e lp r i n c i p i o d e q u e t o d o s l o s m e d i o s s o n b u e n o s c u a n d o s o n e f i c a c e s , salvo a q u e l l o s q u e a l t e r e n e l f i n p e r s e g u i d o .

E l p a r á g r a f o 6 9 p r o v o c a u n a n u e v a d i f i c u lt a d : e n t a n t o c u a n t os e p o n e a l s e r v i c i o d e l m o v i m i e n t o p o p u l a r , e s n e c e s a r i o q u e e li n t e l e c t u a l o b s e r v e s u d i s c i p l i n a , p o r t e m o r d e d e b i l i t a r l a o r g a

n i z a c i ó n d e l a s m a s a s ; p e r o e n t a n t o c u a n t o d e b e a c l a r a r s o b r el a r e l a c i ó n p r á c t i c a e n t r e l o s m e d i o s y e l f i n , n o d e b e n u n c ad e j a r d e e j e r c e r s u c r í t i c a p a r a c o n s e r v a r e l s i g n i f i c a d o f u n d a m e n t a l d e d i c h o f i n . P e r o e s a c o n t r a d i c c i ó n n o d e b e p r e o c u p a r n o s : es asunto suyo, e s a s u n t o d e l i n t e l e c t u a l c o m b a t i e n t e , y l ov i v i r á en la tensión, c o n m a y o r o m e n o r f e l ic i d a d . T o d o l o q u ep o d e m o s d e c i r s o b r e e l t e m a , e s q u e e s n e c e s a r i o q u e h a y a e nl o s p a r t i d o s o e n l a s o r g a n i z a c i o n e s p o p u l a r e s , i n t e l e c t u a l e s a s o c i a d o s a l p o d e r p o l í t i c o , l o q u e r e p r e s e n t a e l m á x i m o d e d i s c i p l i n a

y e l m í n i m o d e c r í t i c a s p o s i b l e s ; y e s n e c e s a r i o t a m b i é n q u e h a y ai n t e l e c t u a l e s f u e r a d e l o s p a r t i d o s , i n d i v i d u a l m e n t e u n i d o s a l o sm o v i m i e n t o s p e r o d e s d e a f u e r a , l o q u e r e p r e s e n t a e l m í n i m o d ed i s c i p l i n a y e l m á x i m o d e c r í t i c a s p o s i b l e s . E n t r e a q u é l l o s yé s t o s ( d i g a m o s e n t r e l o s o p o r t u n i s t a s y l o s i z q u i e r d i s t a s ) , e s t áe l p a n t a n o d e l o s i n t e l e c t u a l e s q u e v a n d e u n a p o s i c i ó n a o t r a ,l o s e x t r a -pa r t ida r io s d i s c ip l ina do s y a que l lo s que , l i s to s pa r a sa l i rd e l p a r t i d o , h a n a g u z a d o s u s c r í t i c a s ; p o r e l l o s u n a s u e r t e d eo s m o s i s s e s u s t i t u y e a l o s a n t a g o n i s m o s , se e ntr a y se sa l e de l

P a r t i d o . N o i m p o r t a : s i l o s a n t a g o n i s m o s s e d e b i l i t a n , c o n t r a d i c c i o n e s y d i s e n s i o n e s p e r p e t u a s s o n e l d e s t i n o d e e s e c o n j u n t os o c i a l q u e c o n s t i t u y e n l o s i n t e l e c t u a l e s — t a n t o m á s c u a n t o , e n t r ee l l o s , s e h a d e s l i z a d o u n b u e n n ú m e r o d e falsos, ú n i c o s p o l i c í a s

, e n c o n d i c i o n e s d e c o m p r e n d e r l o s p r o b l e m a s d e la i n t e l l i g e n t s i a .S ó l o p o d r í a n a s o m b r a r s e d e e s e h o r m i g u e a r d e i m p u g n a c i o n e sq u e h a c e d e l a d i s c o r d i a e l e s t a t u t o i n t e r n o d e l a i n t e l l i g e n t s i a ,a que l lo s que s e c r e e n e n l a e r a de l o un iv e r sa l y no e n l a de l



322 L o s intelectuales

e s f u e r z o u n i v e r s a l i z a n t e . E s s e g u r o q u e e l p e n s a m i e n t o p r o g r e s ap o r c o n t r a d i c c i o n e s . H a y q u e s u b r a y a r q u e e s a s d i v e r g e n c i a s p u e d e n a c e n t u a r s e h a s t a d i v i d i r p r o f u n d a m e n t e a l o s i n t e l e c t u a l e s( d e s p u é s d e u n f r a c a s o , d u r a n t e u n r e f l u j o , l u e g o d e l XX9 C o n g r e s o o d e s p u é s d e l a i n t e r v e n c i ó n s o v i é t i c a e n B u d a p e s t , f r e n t ea l a s d i s e n s i o n e s c h i n o - s o v i é t i c a s ) , y q u e e l l a s a r r i e s g a n , e n e s ecaso , d e b i l i t a r e l m o v i m i e n t o y e l p e n s a m i e n t o ( t a n t o c o m o , p o ro t r a p a r t e , e l m o v i m i e n t o p o p u l a r ) . P o r e s t a r a z ó n , l o s i n t e l e c

t u a l e s d e b e n i n t e n t a r e s t a b l e c e r , m a n t e n e r o r e s t a b l e c e r u n au n i d a d a n t a g ó n i c a e n t r e e l l o s , e s d e c i r u n a c u e r d o d i a l é c t i c oa f i r m a n d o q u e l a s c o n t r a d i c c i o n e s s o n n e c e s i d a d e s y q u e l a s u p e r a c i ó n u n i t a r i a d e lo s con t rar ios s i e m p re e s p o s ib l e , q u e n o , s et r a ta e n t o n c e s d e q u e r e r l l e v a r , o b s t i n a d a m e n t e a l o t r o h a c i a s up rop io p u n t o d e v i s t a , s in o d e crear p or u n a comp ren s ión p rof u n d izad a d e amb as t e s i s , l a s con d ic ion es d e p os ib i l id ad p ara la s u per ac ió n de un a y otra . ,

H e n o s a q u í a l t é r m i n o d e n u e s t r a i n v e s t i g a c i ó n . S a b e m o s q u ee l in t e l ec t u a l e s u i ag en t e d e l s ab e r p rác t i co y q u e s u con t ra d i c c i ó n m a y o r ( u Tr i v e r s a l i s mo d e p r o f e s i ó n , p a r t i c u l a r i s m o • d ec l a s e ) , l o e m p u j a a u n i r s e a l m o v i m i e n t o h a c i a l a u n i v e r s a l i z a c i ó n d e l a s c l a s e s d e s f a v o r e c i d a s , p u e s e l l a s t i e n e n f u n d a m e n t a l m e n t e e l m i s m o f i n q u e é l , m i e n t r a s l a c l a s e d o m i n a n t e l o r e d u c ea l ras go d e med io p ara u n f in p ar t i cu lar que no es el suyo y que ,c o n s e c u e n t e m e n t e , n o t i e n e d e r e c h o a a p r e c i a r .

F a l t a d ec i r q u e , aú n as í d e f in id o , é l n o rec ib e man d at o d enadie : sospechoso para las c lases t rabajadoras , t ra idor p 'ara lasc l a s e s d o m i n a n t e s , n e g á n d o s e a s u c l a s e s i n p o d e r j a m á s l i b e rars e t o t a lmen t e d e e l l a , é l r een cu en t ra , mod i f i cad as y p ro f u n d izad as , s u s con t rad icc ion es h as t a en lo s p ar t id os p op u lares ; h as t aen esos part idos , s i entra en e l los , é l se s iente a la vez so l idar ioy exc lu id o , p u es t o q u e s igu e en con f l i c t o l a t en t e con e l p od erp o l í t i co ; en t od as p ar t e s inasimilable. S u p rop ia c la s e n o q u ieres ab er más d e é l , t an t o como é l n o q u iere s ab er d e e l l a , p eron in gu n a o t ra c la s e s e ab re p ara rec ib i r lo . ¿C ómo h ab lar , p orc o n s i g u i e n t e , d e u n a función d e l in t e l ec t u a l? ¿N o e s m á s b i enu n hombre de sobra, u n p r o d u c t o fallado d e l a s c la s e s m ed ias ,



Defensa de los imelectiiales 323

l a s c l a ses , p i en san h oy q u e e l in te l ec tu a l s e arroga fu n c ion es

q u e n o e x i s t e n .E n u n sen t id o , e s to e s verd ad . Y e l in te l ec tu a l l o sab e mu y

b ien . É l n o p u ed e p ed ir a n a d ie q u e fu n d e en d ere ch o su fu n c ión : e s u n su b p rod u cto d e n u es tras soc i ed ad es y l a con trad ic c ión , en é l , de la verdad y la creencia , del saber y la ideología ,d e l l ib re p en samien to y d e l p r in c ip io d e au tor id ad , n o es e l p ro d u c t o d e u n a praxis in te n c ion a l s in o d e u n a reacc ión in tern a ,es d ec i r , d e l a p u e s ta en re la c ión e n la u n id a d s in té t i ca d e u n ap e r s o n a , d e e s t r u c t u r a s i n c o m p a t i b l e s e n t r e e l l a s .

P e r o , m i r á n d o l o m e j o r , s u s c o n t r a d i c c i o n e s s o n l a s d e c a d a unoy l a s d e l a soc i ed ad en tera . A tod os l o s f in es l e s son rob ad os , tod osson med ios d e f in es q u e s e l e s e scap an y q u e son íu .n d amen ta l -m e n t e i n h u m a n o s , t o d o s s o n c o m p a r t i d o s e n t r e e l n e n s a m i e n t oo b j e t i v o y l a i d e o l o g í a . S i m p l e m e n t e e s a s co n tr a a c c i o n e s p e r man ecen , en gen era l , a l n ive l d e l o v iv id o , y s e n . - tn i f i e s tan s eap o r l a i n s a t i s f a c c i ó n d e n e c e s i d a d e s e l e m e n t a l e s , s e a c o m o ma

lestares (e n l o s a sa lar iad os d e l a s c l a ses m ed ias , p or e jem p lo )d e l o s cu a l es n o s e b u scan l a s cau sas . E s to n o s i gn i f i ca q u e n o s esu fra p or e l l o , mu y a l con trar io , y p or e l l o e s p os ib l e mor i r o

vo lverse l oco : l o q u e fa l ta , p or caren c ia d e t écn i cas exactas , e sl a t o m a d e c o n c i e n c i a r e f l e x i v a . Y c a d a u n o , a u n q u e l o i g n o r e ,t i e n d e a e s a t o m a d e c o n c i e n c i a q u e p e r m i t i r í a a l h o m b r e r e t o m a re n s u s m a n o s e s t a s o c i e d a d s a l v a j e q u e h a c e d e é l u n m o n s t r u oo u n e s c l a v o . E l i n t e l e c t u a l , p o r s u c o n t r a d i c c i ó n p r o p i a — q u es e t r a n s f o r m a e n s u función—, es tá em p u jad o a l ograr p ara s ím i s m o , y e n c o n s e c u e n c i a para todos, la tom a d e con c i en c ia .E n e s e s e n t i d o e s s o s p e c h o s o a t o d o s p u e s t o q u e e s al principio

reb e ld e , y p or l o tan to t ra id or en p o ten c ia p ero , d e o tro mod o ,l o g r a para todos e s a t o m a d e c o n c i e n c i a . E n t e n d a m o s q u e t o d o sp u e d e n l o g r a r l a después de él. C i e r t a m e n t e , e n l a m e d i d a e nq u e es tá s i tu ad o y e s h i s tór i co , e l d eve lamien to q u e é l in ten taop era r s e v e s in cesa r l im i tad o p or l o s p re ju i c io s ren ac i en tes , yp o r l a c o n f u s i ó n d e l a u n i v e r s a l i d a d r e a l i z a d a c o n l a u n i v e r s a l i z a c i ó n e n c u r s o . A g r e g u e m o s : p o r s u i g n o r a n c i a h i s t ór i c a ( in s u f i c i e n c i a d e s u s i n s t r u m e n t o s d e b ú s q u e d a ) . P e r o a ) : é l e x p r e s ala soc i ed ad n o como será a l o s o jos d e l fu tu ro h i s tor iad or , s in ot a l c o m o p u e d e s e r p o r sí misma, y su grad o d e i gn oran c ia rep re-



32 4 Los intelectuales

senta la ignorancia mínima q u e e s t r u c t u r a su so c i e d a d ; h): n oe s , e n c o n se c u e n c i a , i n f a l i b l e ; m u y a l c o n t r a r i o , s e e n g a ñ a f r e c u e n t e m e n t e p e r o su s e r r o r e s , e n l a m e d i d a e n q u e so n i n e v i t a b l e s , r e p r e se n t a n e l c o e f i c i e n t e mínimo de error es que , en una

s i tuac ión h i s tór ica , e s lo prop io de las c lases des favorec idas .A t ravés de la lucha de l in te l ec tua l contra sus prop ias contra

d icc iones , en é l y fuera de é l , l a soc iedad h i s tór ica toma un puntode v i s ta todav ía vac i lante , confuso , condic ionado por las c i rcunst a n c i a s e x t e r i o r e s , sobre sí misma. In t en ta pen sar se próicú icamen-te , e s d e c i r d e t e r m i n a r su s e s t r u c t u r a s y su s f i n e s , e n p o c a spa labra s de un lver sa l i z ars e a part i r de mé tod os qu e é l pone ap u n t o d e r i v á n d o l o s d e l a s t é c n i c a s d e l sa b e r . En c i e r t o m o d o ,é l se hace e l guardián de los fines fundamentales ( e m a n c i p a c i ó n ,

u n i v e r sa l i z a c i ó n , p o r l o t a n t o h u m a n i z a c i ó n d e l h o m b r e ) , p e r oe n t e n d á m o n o s : e n e l s e n o d e l a so c i e d a d e l t é c n i c o d e l sa b e rp r á c t i c o t i e n e , c o m o f u n c i o n a r i o su b a l t e r n o d e l a s su p e r e s t r u c t u ras , un c i er to poder: e l in te l ec tua l , que nace de ese t écn ico ,p e r m a n e c e sin poder a u n q u e e s t é l i g a d o a l a d i r e c c i ó n d e l P a r t ido . P o r q u e e se v í n c u l o l e d e v u e l v e , e n o t r o n i v e l , su c a r á c t e r d ef u n c i o n a r i o su b a l t e r n o d e l a s su p e r e s t r u c t u r a s y , m i e n t r a s l o sacepta por d i sc ip l ina , debe impugnar s in cesar y no dejar jamásd e d e v e l a r l a r e l a c i ó n e n t r e l o s m e d i o s e l e g i d o s y l o s f i n e s o r g á

n icos . Como ta l , su func ión va de l t e s t imonio a l mart i r io : e lpoder , sea cua l fuere , qu iere u t i l i zar los in te l ec tua les para supropaganda , pero desconf ía de e l los y comienza s i empre las purgas por e l los . N o impo rta: en tanto pu ed a escr ib ir y hab lar , é ls igue s i endo e l de fensor; de las c lases populares contra la hegem o n í a d e l a c l a se d o m i n a n t e y e l o p o r t u n i sm o d e l a p a r a t o p o pu lar .

Cuan do una soc ieda d , desp ués de un gran t rasto rno (guerrap e r d i d a , o c u p a c i ó n p o r e l e n e m i g o v e n c e d o r ) , p i e r d e su i d e o l o g í a

y su s i s t ema de va lores , se encuentra a menudo con que , cas i s indarse cuenta , encarga a sus in te l ec tua les l iqu idar y reconstru ir .Y , n a t u r a l m e n t e , é s t o s n o r e e m p l a z a n , c o m o d e h e c h o s e l e s p i d e ,la ideo log ía per imida por o tra tan part i cu lar y que permita re c o n s t r u i r l a m i sm a so c i e d a d : e l l o s i n t e n t a n a b o l i r t o d a i d e o l o g í ay def in ir los fines históricos d e l a s c l a se s t r a b a j a d o r a s . Ta m b i é n ,c u a n d o su c e d e — c o m o e n J a p ó n , h a c i a 1 9 5 0 — q U e l a c l a se d o m i -



Deíensa de los intelectuales 325

T E R C E R A C O N F E R E N C I A

¿EL ESCRITOR ES UN INTELECTUAL?

H e m o s d e f i n i d o l a s i tu a c i ó n d e l i n t e l e c t u a l p o r l a c o n t r a d i c c i ón , en s í , de l s aber prác t i co ( verdad , un i vers a l i dad) y de l ai d e o l o g í a ( p a r t i c u l a r i s m o ) . E s t a d e f i n i c i ó n s e a p l ic a a l o s d o c e n -

n a n t e r e t o m e l a s r i e n d a s , e l l a l e r e p r o c h a h a b e r f a l t a d o a s ud e b e r , e s d e c i r n o h a b e r remendado l a v i e j a i d e o l o g í a p a r a adaptarla a l a s c i r c u n s t a n c i a s ( e s d e c i r n o h a b e r s e c o n d u c i d o c o n f or m e a l a i d e a g e n e r a l d e l t é c n i c o d e l s a b e r p r á c t i c o ) . E n e s e

m o m e n t o , p u e d e d a r s e q u e l a s c l a s e s t r a b a j a d o r a s ( s e a p o r q u ee l n i v e l d e v i d a e s t á e n a l z a , s e a p o r q u e l a i d e o l o g í a d o m i n a n t es i g u e s i e n d o p o d e r o s a , s e a p o r q u e l o h a c e n r e s p o n s a b l e d e s u sf r a c a s o s , s e a p o r q u e n e c e s i t a n u n a p a u s a ) , c o n d e n a n l a a c c i ó np a s a d a d e l i n t e l e c t u a l y l o d e j a n e n s u s o l e d a d . P e r o e s a s o l e d a de s su destino, p u e s t o q u e e l la n a c e d e s u c o n t r a d i c c i ó n y , a s íc o m o n o p u e d e s a l i r d e e l l a , c u a n d o v i v e e n s i m b i o s i s c o n l a sc l a s e s e x p l o t a d a s d e l a s c u a l e s n o p u e d e s e r e l i n t e l e c t u a l orgánico, t a m p o c o p u e d e , e n e l m o m e n t o d e l f r a c a s o , a b a n d o n a r l a

p o r u n a r e t r a c c i ó n m e n t i r o s a y v a n a , a m e n o s d e p a s a r d e l s t a t u sd e i n t e l e c t u a l a l d e f a l s o i n t e l e c t u a l . D e h e c h o , c u a n d o t r a b a j ac o n l a s c l a s e s e x p l o t a d a s , e s t a aparente c o m u n i ó n n o s i g n i fi c aq u e é l t e n g a r a z ó n y , e n l o s m o m e n t o s d e r e f l u j o , s u s o l e d a d c a s it o t a l n o s i g n i f i c a q u e h a y a e s t a d o e q u i v o c a d o . E n o t r o s t é r m i n o s ,e l n ú m e r o n o a f e c t a e n n a d a a l c a s o . E l o f i c i o d e i n t e l e c t u a l e sv i v i r s u c o n t r a d i c c i ó n p a r a todos y d e s u p e r a r l a para todos pore l r a d i c a l i s m o ( e s d e c i r p o r l a a p l i c a c i ó n d e t é c n i c a s d e v e r d a d al a s i l u s i o n e s y l a s m e n t i r a s ) . P o r s u m i s m a c o n t r a d i c c i ó n , s et r a n s f o r m a e n g u a r d i á n d e l a democracia, i m p u g n a e l c a r á c t e ra b s t r a c t o d e l o s d e r e c h o s d e l a " d e m o c r a c i a " b u r g u e s a n o p o r q u eq u i e r a s u p r i m i r l o s s i n o p o r q u e q u i e r e c o m p l e t a r l o s c o n l o s d e r e c h o s c o n c r e t o s d e l a d e m o c r a c i a s o c i a l i s t a , c o n s e r v a n d o , e n t o d ad e m o c r a c i a , l a v e r d a d funcional de l a l i ber t ad .



326 L o s intelectuales

El pape l , e l ob je to , lo s med ios , e l f in de la e scr i tura han cam

b iado en e l curso de la h i s tor ia . No se t ra ta de tomar e l prob lemae n s u g e n e r a l i d a d . C o n s i d e r a r e m o s , a q u í , a l e s c r i t o r c o n t e m p o ráneo , a l poe ta que se dec lara prosista y qu e v iv e des de e l f in

t e s , a l o s s a b i o s , a l o s m é d i c o s , e t c . P e r o t e n i e n d o e s t o e n c u e n t a :

¿ e s e l e s c r i t o r u n i n t e l e c t u a l ? P o r u n a p a r t e , s e r e e n c u e n t r a n e né l l a m a y o r p a r t e d e l o s c a r a c t e r e s f u n d a m e n t a l e s d e l a i n t e l e c t u a l i d a d . P e r o , p o r o t r a p a r t e , n o p a r e c e a priori q u e s u a c t i v i d a ds o c i a l d e " c r e a d o r " t e n g a p o r f i n a l i d a d l a u n i v e r s a l i z a c i ó n y e ls a b e r p r á c t i c o . S i e s p o s i b l e q u e l a b e l l e z a s e a u n m o d o p a r t i cu lar de reve lac ión , la par te de irñpugnación q u e h a y e n u n ao b r a b e l l a p a r e c e m u y r e d u c i d a y , e n c i e r t o m o d o , e n p r o p o r c i ó ni n v e r s a a s u b e l l e z a . E x c e l e n t e s e s c r i t o r e s e n p a r t i c u l a r ( M i s

t ra l ) pueden , parece , apoyarse sobre las t rad ic iones y e l par t icu l a r i s m o i d e o l ó g i c o . P u e d e n t a m b i é n o p o n e r s e a l d e s a r r o l l o d e l at eor ía ( en tanto que é s ta in terpre ta e l mundo soc ia l y e l lugar•que e l l o s o c u p a n ) e n n o m b r e d e l o v i v i d o ( d e s u e x p e r i e n c i ap a r t i c u l a r ) o d e l a s u b j e t i v i d a d a b s o l u t a ( c u l t o d e l Y o , B a r r e sy e l e n e m i g o — l o s b á r b a r o s , l o s i n g e n i e r o s — e n " E l J a r d í n d eB e r e n i c e " ) . P o r lo d e m á s ¿ s e p u e d e l l a m a r saber a lo que e l l e c torre t i ra de la l e c tu ra de u n e scr i to r? Y , s i e s to e s jus to ¿no e s ta m os

ob l igados a de f in ir a l e scr i tor por la e l ecc ión de un par t icu lar i s m o? Esto l e im ped ir ía v iv ir en la con trad icc ión q ue h ace a losi n t e l e c t u a l e s . M i e n t r a s e l i n t e l e c t u a l b u s c a v a n a m e n t e s u i n t e g r a c i ó n e n l a s o c i e d a d p a r a n o r e e n c o n t r a r f i n a l m e n t e n a d a m á sque la so ledad ¿e l e scr i tor no elegiría de sd e e l pr inc ip io e saso ledad? S i as í fuera , e l e scr i tor no t endr ía o tra tarea que suarte. S i n e m b a r g o , e s v e r d a d q u e l o s e s c r i t o r e s s e comprometeny l u c h a n p a r a l a u n i v e r s a l i z a c i ó n a l l a d o d e l o s i n t e l e c t u a l e s ,

c u a n d o n o e n s u s p r o p i a s f i l a s . ¿ E s t o p r o v i e n e d e r a z o n e s e x t e r i o r e s a s u a r t e ( c o y u n t u r a h i s t ó r i c a ) o e s u n a e x i g e n c i a q u e ,a pesar de todo lo que acabamos de dec ir , nace de su ar te? Es loq u e v a m o s a e x a m i n a r j u n t o s .




pun t o de par t ida só l ido e s qu e e l e scr i t or cont e m po rán eo ( 50 -70)e s u n h o m b r e q u e h a t o m a d o c o m o m a t e r i a l l a l e n g u a común;ent i endo por t a l aque l la que s i rve de veh ícu lo a t odas las propos i c i o n e s d e l o s m i e m b r o s d e u n a m i s m a s o c i e d a d . E l l e n g u a j e ,se d i ce , s i rve para expresarse. T a m b i é n s e t i e n e c o n m n m e n t e e lháb i t o de dec larar que la f unc ión de l e scr i t or e s e ,i :presarse; eno t r o s t é r m i n o s , q u e e s a l g u i e n q u e t i e n e algo que decir.

P e r o t o d o e l m u n d o t i e n e algo que decir, des de e l sab io qu e dacuent a de sus exper ienc ias has t a e l agent e de t ráns i t o que haceun in f orme sobre un acc ident e . Ahora b ien , de t odas las cosasque t odos los hombres t i enen que dec i r , no l i ay n inguna que

r e c l a m e s e r e x p r e s a d a p o r u n e s c r i t o r . M á s e x a c t a m e n t e , y a s et rat e de l ey es , d e e s t ruc t ura s d e la soc i edad , de cos t u m bres ( ant rop olo g ía ) , de proce sos ps i co lóg icos o m et ap s ico ló j i cos ( ps i coaná l i s i s ) , d e a c o n t e c i m i e n t o s q u e han tenido luga r , de manerasd e v i v i r ( h i s t o r i a ) , n a d a d e t o d o e s o p u e d e c o n s i d e r a r s e c o m o l oque e l e scr i t or t i ene que decir. A tod os no s ha sucf ' ido enco ntra rpersonas que nos d icen: " ¡ Ah , s i yo pudiera c o n í ; i r I e mi vida, esuna no ve la M ire , us t e d qu e e s e scr i t or : s e l a r ega lo , deber ía e s cr ib ir la" . En e se moment o , hay una vue l t a y e l e scr i t or se dacuent a de que las mismas personas que lo cons ideran a lgu ien quet i ene a lgo que dec i r , l o cons ideran t ambién a lgu ien que no tienenada que decir. E n e f e c t o : la g e n t e e n c u e n t r a m u y n a t u r a l re g a larnos su v ida para cont ar la porque p iensa que lo impor t ant e ( par a e l l a y p a r a n o s o t r o s ) e s q u e n o s o t r o s p o s e e m o s ( m á s o m e n o sbien) la técnica de l re lato y que para nosotros la cosa a contar ,e l cont en ido de l r e la t o , puede ven ir de no im .por t a dónde . Esu n a o p i n i ó n q u e c o m p a r t e n a m e n u d o l o s c r í t i c o s . P o r e j e m p l o ,aque l los que han d icho: " Víc t or Hugo e s una f orma a la búsque da de su cont en ido" , o lv idan que la f orma ex ige c i er t os cont en i

dos y exc luye o t ros .

3

Lo que pare ce dar la raz ón a esa m an era de ver , es que e lescr i tor sólo t iene recursos —para su arte— en e l lengiu- í jec o m ú n . N o r m a l m e n t e , e n e f e c t o , u n h o m b r e q u e tiene algo quedecir e l i g e u n m e d i o d e c o m u n i c a c i ó n q u e p u e d a t r a s m i t i r J amayor cant idad de in f ormac iones , y que no cont i eno smo e l mí -




n i m o d e e s t r u c t u r a s d e desinformación. É s t e s erá , p or e j em p l o ,u n l e n g u a j e t é c n i c o c o n v e n c i o n a l , e s p e c i a l i z a d o , c o n p a l a b r a s i n t r o d u c i d a s q u e c o r r e s p o n d a n a d e f i n i c i o n e s p r e c i s a s , s i e n d o s u c ó d i g o , en l a m ed i d a d e l o p os i b l e , s u s t ra í d o a l a s i n f l u en c i a s d es i n

f orm an t es d e l a h i s t or i a : l en gu a d e e t n ó l ogos , e t c . A h ora b i en , l al e n g u a c o m ú n — s o b r e l a c u a l , p o r o t r a p a r t e , s e c o n s t i t u y e nn u m e r o s o s l e n g u a j e s t é c n i c o s q u e c o n s e r v a n u n p o c o d e s u i m p r e c i s i ó n — , c o n t i e n e e l m á x i m o d e desinformaciones. Es dec irq u e l a s p a l ab ras , l a s reg l a s d e s i n t ax i s , e t c . , s e con d i c i on an m u t u a m e n t e y , n o t e n i e n d o r e a l i d a d s i n o p o r e s e c o n d i c i o n a m i e n t om u t u o , h a b l a r e s e n c o n c r e t o s u s c i t a r l a l e n g u a e n t e r a c o m oc o n j u n t o c o n v e n c i o n a l , e s t r u c t u r a d o y particular. A es t e n i v e l ,l a s p a r t i c u l a r i d a d e s n o s o n i n f o r m a c i o n e s s o b r e e l o b j e t o d e l

cu a l e l e s cr i t or h ab l a ; e l l a s p u ed en con ver t i r s e p ara e l l en gü i s t ae n i n f o r m a c i o n e s s o b r e l a l e n g u a . P e r o , a n i v e l d e s i g n i f i c a c i ó n ,s o n o s i m p l e m e n t e s u p e r f i n a s o p e r j u d i c i a l e s : p o r s u a m b i g ü i -d a d , p o r l o s l í m i t e s m i s m o s d e l a l e n g u a c o m o t o t a l i d a d e s t r u c t u rad a , p or l a var i ed ad d e s en t i d os q u e l a h i s t or i a l e s h a i m p u es t o .E n s u m a , l a palabra d e l e s cr i t or e s d e u n a materialidad m u c h om á s d e n s a q u e , p o r e j e m p l o , e l s í m b o l o m a t e m á t i c o , q u e s e b o r r aan t e e l s i gn i f i cad o . S e d i r í a q u e q u i ere a l a vez ap u n t ar vaga m e n t e h a c i a e l s i g n i f i c a d o e i m p o n e r s e c o m o p r e s e n c i a , l l a m a r

l a a t en c i ón s ob re s u p rop i a d en s i d ad . E s p or e s t a razón q u e s e h ap od i d o d ec i r : n om b rar e s a l a vez h acer presente el s ign i f i cad oy m at ar l o , l o ab s orb e en l a m as a verb a l . L a p a l ab ra d e l l en gu aj ecom ú n es a l a vez demasiado rica ( d es b o rd a d e l e j o s e l con cep t op or s u an t i gü ed ad t rad i c i on a l , p or e l con j u n t o d e v i o l en c i a s yd e c e r e m o n i a s q u e c o n s t i t u y e s u m e m o r i a , s u p a s a d o v i v i e n te ) y demasiado pobre ( es d e f i n i d a con re l ac i ón a l con j u n t o d el a l en gu a com o d e t erm i n ac i ón f i j a d e é s t a y n o com o p os i b i l i d add ú c t i l d e e x p r e s a r l o n u e v o ) . E n l a s c i e n c i a s e x a c t a s , c u a n d o l o

n u e v o s u r g e , l a p a l a b r a p a r a n o m b r a r l o e s i n v e n t a d a s i m u l t á n e a m e n t e p o r a l g u n o s y a d o p t a d a r á p i d a m e n t e p o r t o d o s : e n t r o p í a ,i m ag i n ar i a s , t ran s f i n i t o , t en s ores , c i b ern é t i ca , cá l cu l o op erac i o -n a l . P e r o e l e s c r i t o r — a u n q u e l e s u c e d a e l i n v e n t a r p a l a b r a s —p u e d e r a r a m e n t e r e c u r r i r a e s t e p r o c e d i m i e n t o p a r a t r a n s m i t i ru n s ab er o u n a f ec t o . P r e f i e re u t i l i zar u n a p a l ab ra corr i en t e .




n i ñ o a p l i c á n d o s e a l h o m b r e y e l m a s c u l i n o a l a m u j e r . U n o d e

l o s m á s g r a n d e s e s c r i t o r e s d e e s t e t i e m p o , J e a n G e n e t , a m a b afr as e s c omo é s ta : " l a s ar d i e n te s amor e s d e l a c e n t i n e l a y e lm a n i q u í " , " a m o r " e s m a s c u l i n o e n s i n g u l a r y f e m e n i n o e n p lu r a l ; l a c e n t i n e l a e s u n h o m b r e , e l m a n i q u í u n a m u j e r . E s t a f r a s et r a s m i t e , c i e r t a m e n t e , u n a i n f o r m a c i ó n , e s e s o l d a d o y e s a m u j e rq u e p r e s e n t a c o l e c c i o n e s d e m o d a s s e a m a n a p a s i o n a d a m e n t e .P e r o l o t r a s m i t e t a n e x t r a ñ a m e n t e q u e e s t a m b i é n d e f o r m a d o r a : e l h o m b r e e s f e m i n i z a d o , l a m u j e r m a s c u l i n i z a d a ; d i g a m o s

q u e e l l a e s t á r o í d a p o r u n a m a t e r i a l i d a d f a l s a m e n t e i n f o r m a t i v a .P a r a d e c i r l o t o d o , e s u n a frase de escritor d o n d e l a i n for m ac i óne s i n v e n t a d a p a r a q u e l a s e u d o - i n f o r m a c i ó n s e a m á s r i c a .

E s e l p u n t o e n q u e R o l a n d B a r t h e s h a d i s t i n g u i d o l o s e s c r i b i e n t e s d e l o s e s c r i tor e s . E l e s c r i b i e n te s e s i r ve d e l l e n gu aje p ar at r a s m i t i r i n f o r m a c i o n e s . E l e s c r i t o r e s e l g u a r d i á n d e l l e n g u a j ec o m ú n p e r o v a m á s l e j o s , y s u m a t e r i a l e s e l l e n g u a j e c o m ono-s ign i f i cante o como de . 'Hinformación; es un artesano que pro

d u c e u n c i e r to ob je to ve r b a l p or u n t r ab ajo s ob r e l a mate r i a l i d add e l a s p a l a b r a s , t o m a n d o c o m o m e d i o l a s s i g n i f i c a c i o n e s y e l n o -s i g n i f i c a n t e c o m o f i n .

V o l v i e n d o a n u e s t r a p r i m e r a d e s c r i p c i ó n , d i r e m o s q u e e l p r o s a d o r t i e n e algo que decir p e r o q u e e s e a l go n o e s nada decible,n a d a c o n c e p t u a l n i c o n c e p t u a l i z a b l e , n a d a s i g n i f i c a n t e . N o s a b e mos tod av í a l o q u e e s n i s i , e n s u b ú s q u e d a , h ay u n e s fu e r z oh a c i a l a u n i v e r s a l i z a c i ó n . S a b e m o s s o l a m e n t e q u e e l o b j e t o s ef o r m a p o r u n t r a b a j o s o b r e l a s p a r t i c u l a r i d a d e s d e u n a l e n g u ah i s tór i c a y n ac i on a l . E l ob je to a s í f or mad o s e r á : 1? u n e n c ad e n a m i e n t o d e s i g n i f i c a c i o n e s q u e s e c o m a n d a n e n t r e e l la s ( p o re j e m p l o : u n a h i s t o r i a contada); 29 pero , en tan to cua nto tota l i dad , e s o tro y más que eso: la r iqueza de l no - s ign i f i cante y de lades información se c ierra , en e fec to , sobre e l orden de las s ig n i f i c a c i o n e s .

S i e s c r i b i r c on s i s t e e n comunicar, e l obje to l i terar io apa recec o m o l a c o m u n i c a c i ó n por encima del lenguaje, po r e l s i l enc ion o s i gn i f i c an te q u e s e h a c e r r ad o p or l a s p a l ab r as au n q u e h aya



Defensa de los intelectnales 3 3 1

E l c o n t e n i d o s i g n i f i c a n t e d e u n a o b r a l i t e r a r i a p u e d e e n c a r a re l m u n d o objetivo (por ta l en t ien do tanto la soc ied ad , e l conj u n t o s o c i a l d e l o s R o u g o n - M a r c q u a r t , c o m o e l u n i v e r s o o b j e t i v a d o d e l a s u b j e t i v i d a d , R a c i n e o P r o u s t o N a t h a l i e S a r r a u t e ) , oe l mundo subjet ivo (no se t ra ta aqu í de aná l i s i s , de d i s tanc ia -

c i ó n , s i n o d e u n a a d h e s i ó n c ó m p l i c e : Naked Lunch, d e B u r -r o u g h s ) . E n l o s d o s c a s o s , e l c o n t e n i d o , t o m a d o e n s í m i s m o ,es abs tracto , en e l s ent ido or ig ina l de ese t érmino , es dec ir s eparad o de las con dic io ne s qu e ha r ían de é l un objeto cep t ib le dee x i s t i r p o r s í m i s m o .

T o m e m o s e l p r i m e r c a s o : q u e s e t r a t e d e u n a t e n t a t i v a p a r ad e v e l a r e l m u n d o s o c i a l tal como es o d e m o s t r a r l a i n t e r p s i c o -l o g í a d e c i e r t o s g r u p o s , h a b r í a q u e s u p o n e r , s i n o c o n s i d e r á r a m o ss ino e l conju nto de las s ign i f icac ion es prop ues tas , qu e e l autor

p u e d e sobrevolar su obje to . E l escr i tor t endr ía pu es un a conc ienc ia de sobrevue lo ; e l autor , no s i tuado , p lanea por sobree l m u n d o . P a r a conocer e l m u n d o so c i a l, h a y q u e p r e t e n d e r n oe s t a r c o n d i c i o n a d o p o r é l , c o m o e s c r i t o r , c o n d i c i o n a d o p s i c o l ó g i c a m e n t e . A h o r a b i e n , v a d e s í q u e e s t o e s i m p o s i b l e a l n o v e l i s t a :Z o l a ve el mundo que ve Zola. No es que lo que é l ve sen purai l u s i ó n s u b j e t i v a : e l n a t u r a l i s m o s e a p o y ó e n F r a n c i a s o b r e l a sc ienc ias de la época y Zo la era , además , un notab le observador .Pero lo que reve la Zo la en lo que cuenta , es e l punto de v i s ta ,

e l e s c l a r e c i m i e n t o , l o s d e t a l l e s r e s a l t a d o s y l o s q u e d e j a e n s o m bra , la t écn ica de l re la to , lo s cortes de los ep isod ios . Th ibaudetl l a m a b a a Z o l a u n e s c r i t o r épico. E s v e r d a d . P e r o t a m b i é n h a b r í aq u e l l a m a r l o u n e s c r i t o r mítico p o r q u e , m u y a m e n u d o , s u s p e rs o n a j e s t a m b i é n s o n m i t o s . Nana por e jemplo , es por una parte lah i j a d e G e r v a s i a , c o n v e r t i d a e n u n a g r a n d e p r o s t i t u t a d e l S e g u n do Imper io , pero es ante todo un mito : la mujer fa ta l , surg idad e u n p r o l e t a r i a d o a p l a s t a d o y q u e v e n g a s u c l a s e e n l o s m a c h o sde la c las e dom ina nt e. Hab ría en f in q ue censar, e n sus obras , su.>

l i t e r a r i o d e b e c o m u n i c a r a l l e c t o r . L a ú n i c a m a n e r a d e c o n d u c i re s t a e n c u e s t a , e s r e m o n t a r d e l c o n t e n i d o s i g n i f i c a n t e d e l a s o b r a sl i t e r a r i a s a l s i l e n c i o f u n d a m e n t a l q u e l o r o d e a .




o b s e s i o n e s s e x u a l e s y o t r a s , r e e n c o n t r a r s u s e n t i m i e n t o d i f u s ode cu lpabi l idad .

Por o tra par te ser ía d i f í c i l , para quien haya frecuentado aZola, no reconocerlo s i se l e da a l eer un cap í tu lo de sus o bras

s i n m e n c i o n a r e l n o m b r e d e l a u t o r . P e r o r e c o n o c e r n o e s c o n o c e r .Se l ee l a descr ipc ión ép ico -mí t i ca de la expos i c ión en Au bonheurdes dames y se d i ce : " Eso e s Zo la" . Lo que ha apa rec ido e s Zo la ,reconoc ido pero i rreconoc ib le porque é l no se conoce , Zo la pro ducto de la soc i edad que descr ibe y que la mira con lo s o jos quee l la l e ha dado . Es te autor ¿es de l todo inconsc i ente de l hechode que él se mete en su s l ibro s? N o : s i e l escr i tor natv ira l i s ta noqui s i era que se l o reconoc iera y se l o admirara , hubiera de jadola l i t era tura por d i sc ip l inas c i ent í f i cas . E l más obje t ivo de lo sescr i tores quiere ser una presenc ia inv i s ib l e pero sentida en susl ibros . Lo cjuiere y , por otra parte , no puede hacer que no resul toasí .

I n v e r s a m e n t e , a q u e l l o s q u e e s c r i b e n s u s f a n t a s m a s e n p e r f e c t ac o m p l i c i d a d c o n s i g o m i s m o s , n o s e n t i - e g a n n e c e s a r i a m e n t e l a p r e s e n c i a d e l m u n d o e n t a n t o q u e , j u s t a m e n t e , e l m u n d o l o s c o n d i c iona , y que su lugar en la soc i edad e s en par te l a razón de sum a n e r a d e e s c r i b i r : e n e l m o m e n t o e n q u e e s t á n e n p e r f e c t oa c u e r d o c o n s i g o m i s m o s s e r e c o n o c e e n e l l o s u n a p a r t i c u l a r i z a -c i e n d e l i d e a l i s m o b u r g u é s y d e l i n d i v i d u a l i s m o . ¿ De d ó n d e v i e n e

e s o ? Y b i e n , l a s c i e n c i a s e x a c t a s y p a r t i c u l a r m e n t e l a a n t r o p o l o g í a n o r i n d e n c u e n t a s e x a c t a s d e l o q u e s o m o s . T o d o l o q u edicen e s verdad, nada más e s verdad, pero la ac t i tud c i ent í f i casupone ima c i er ta distancia d e l c o n o c i m i e n t o c o n r e l a c i ó n a s uobje to : e s to e s vá l ido para la s c i enc ia s de l a na tur a leza (ma cro -f í s i ca ) y para la antropo log ía en la medida en que e l sabio puedes i tuarse en e l ex ter ior de l obje to e s tudiado (e tnogra f ía , soc i eda des pr imi t ivas , e s tudio de la s e s truc turas soc ia l e s a par t i r de mét o d o s e x a c t o s , e s t u d i o s e s t a d í s t i c o s d e u n t i p o d e c o m p o r t a m i e n t o

s o c ia l , e t c . ) . Y a n o e s v e r d a d e n m i c r o f í s ic a , d o n d e e l e x p e r i m e n t a d o r f o r m a o b j e t i v a m e n t e p a r t e d e l a e x p e r i e n c i a . Y e s t acondic ión par t i cu lar nos remi te a l hecho capi ta l de l a ex i s tenc iah u m a n a , a e s o q u e M e r l e a u - P o n t y l l a m a b a n u e s t r a inserción enel mundo y q u e y o h e l l a m a d o n u e s t r a particularidad. M e r l e a u -P o n t y d e c í a t a m b i é n : s o m o s Ad d e n t e s p o r q u e s o m o s v i s i b l e s .



Defensa de los intelectimles 333

L o q u e e q u i v a l e a : n o p o d e m o s v e r e l m u n d o delante de nosotross i e s e m u n d o n o n o s h a constituido videntes; por detr ás , lo qu ee q u i v a l e n e c e s a r i a m e n t e a constituidos visibles: d e h e c h o h a yu n v í n c u l o p r o f u n d o e n t r e n u e s t r o s e r — l a s d e t e r m i n a c i o n e s

que tenemo s de ex i s t i r— y de l ser de a de la n te , a que l que se dejav e r . E s t a a p a r i c i ó n q u e s e c o n s t i t u y e e n u n m u n d o q u e mep r o d u c e p o r l a b a n a l s i n g u l a r i d a d d e l n a c i m i e n t o c o n s a g r á n d o m ea una aventura única, en ta n to qu e m e ha da do , po r m i lug a r—hijo de l ho mbre , h i jo de pequeño burg ués in te lec tua l , h i jo det a l f a m i l i a — u n destino general (de st in o de c lase , de st in o defam il ia , d est in o h is tó ri co ) , esta apa ric ión —^para m ori r en unu n i v e r s o q u e m e h a c e y q u e y o in t e r i o r i z o p o r m i p r o y e c t o m i s m o<Je arr anc arm e de é l, esta inte rior izac ión d e lo ext er ior q ue se

h a c e m e d i a n t e e l m o v i m i e n t o m i s m o p o r e l c u a l e x t e r i o r i z o m ii n t e r i o r i d a d — e s p r e c i s a m e n t e l o q u e n o s o t r o s l l a m a m o s e l seren el mun do o e l universo singular. Es to pu ede to da v ía ex pre sa rse de o tra manera: parte de una to ta l ización en curso , yo soy e lpro ducto de es ta to ta l i za c ió n y , po r a l l í , l o ex preso en tera mente;pero no puedo ex presa r la s ino ha c iéndo me to ta l i za do r , e s dec ira p r e h e n d i e n d o e l m u n d o d e a d e l a n t e e n u n d e v e l a m i e n t o p r á c t i c o ; es to es lo qu e ex p l i c a qu e R a c in e pro duzca su so c ieda d ( suépo ca , la s in s t i tuc io nes , su fa mi l ia , su c la se , e tc . ) , pro du c iendo ensus o bra s la intersuhjetividad develada; y que Gide re v e le e lmundo que lo pro duce y lo co nd ic io na en lo s co nsejo s que da aNa tha na e l o en la s pá g ina s má s ín t ima s de su d ia r io . E l e scr i to r ,no má s que o tro , no puede esca pa r a la in serc ió n en e l mundoy sus escr i to s so n e l t ipo mismo de lo un iv ersa l s ing u la r; sea n lo sque fueren , t i enen esa s do s fa ses co mplementa r ia s : la s ing u la r ida d h i s tó r ica de su ser , la un iv ersa l ida d de sus mira s —o lainv ersa ( la un iv ersa l ida d de l ser y la s ing u la r ida d de la s mi

r a s ) — . U n l i b r o e s n e c e s a r i a m e n t e u n a p a r t e d e l m u n d o a t r a v é sde la cua l la to ta l ida d de l mundo se manifiesta s i n d e v e l a r s ej a m á s .

E s t e d o b l e a s p e c t o , c o n s t a n t e m e n t e p r e s e n t e d e l a o b r a l i t e r a r ia ha ce su r iqueza , su a mbig üeda d y sus l ími tes . No a pa rec íae x p l í c i t a m e n t e e n l o s c l á s i c o s y e n l o s n a t u r a l i s t a s , a u n q u e n os e l e s e s c a p a r a t a m p o c o e n t e r a m e n t e . H o y e s e v i d e n t e q u e e s t on o e s s o l a m e n t e u n a d e t e r m i n a c i ó n e x p e r i m e n t a d a d e l a o b r a




l i t e r ar i a y q u e é s ta , c u an d o s e h ac e , no pued)e tener otro fin qUe

existir a la vez sobre los dos cuadros, p or l a r az ó n , e n tod o c as o ,d e q u e s u e s t r u c t u r a d e u n i v e r s a l s i n g u l a r d e s t r u y e t o d a p o s i b i l i d a d d e p l a n t e a r u n f i n u n i l a t e r a l . E l e s c r i t o r u t i l i z a e l l e n g u a j ep a r a p r o d u c i r u n o b j e t o d e d o b l e l l a v e , q u e t e s t i m o n i a e n s u s e ry e n s u f i n l a u n i v e r s a l i d a d s i n g u l a r y l a s i n g u l a r i d a d u n l v e r s a l i z an te .

S i n e m b a r g o e s n e c e s a r i o q u e n o s e n t e n d a m o s b i e n . Q u e y oe s t é u n i v e r s a l m e n t e d e t e r m i n a d o , l o s é o p u e d o s a b e r l o ; q u e y os e a p ar te d e u n a to ta l i z ac i ón e n c u r s o to ta l i z ad o y p or e l me n ord e mi s ge s tos r e to ta l i z ad or , l o s é o p u e d o h ab e r l o . C i e r tas c i e n c ia s h u m a n a s — m a r x i s m o , s o c io l o g ía , p s ic o a n á l i s i s— p u e d e n d a r m e a c o n o c e r m i lugar y l a s l í n e as ge n e r a l e s d e mi ave n tu r a: ,s o y p e q u e ñ o - b u r g u é s , h i j o d e u n o f i c i a l d e m a r i n a , h u é r f a n o d ep ad r e , c on u n ab u e l o mé d i c o y o t r o p r o fe s or , r e c i b í l a c u l tu r ab u r gu e s a ta l c om o s e l a d ab a e n tr e 1905 y 1929 , f e c h a e n l a c u a lmis es tudios f ina l iv -^aron of ic ia lmente ; e sos datos , l igados a c ier tosd a t o s o b j e t i v o s d e m i i n f a n c i a , m e h a n p r e d i s p u e s t o a c i e r t a sr e a c c i o n e s n e u r ó t i c a s q u e y o c o n o z c o . S i e n c a r o e s t e c o n j u n t ob a j o e l e s c l a r e c i m i e n t o d e l a a n t r o p o l o g í a , a d q u i r i r é s o b r e m í u nc ier to saber que , l e jos de ser inút i l a l e scr i tor , e s hoy requeridop or e l ap r ofu n d i z ami e n to d e l a l i t e r a tu r a . . Pe r o é l e s r e q u e r i d op ar a ac l ar ar l a ge s t i ón l it e r ar i a , p ar a s i tu ar l a e n e x te r i or i d a d yp ar a d e s b r oz ar l a r e l ac i ón d e l e s c r i tor c on e l mu n d o adelante.P o r p r e c i o s o q u e s e a , e l c o n o c i m i e n t o d e m í m i s m o y d e l o s o t r o se n n u e s t r a p u r a o b j e t i v i d a d n o e s e l o b j e t o f u n d a m e n t a l d e l al i t e r a t u r a , p u e s t o q u e e s l o u n i v e r s a l sin l o s i n gu l ar . N i , a l ai n v e r s a , l a c o m p l i c i d a d t o t a l c o n l o s f a n t a s m a s . L o q u e c o n s t i t u ye s u ob je to e s e l s e r e n e l mu n d o , n o e n tan to c u an to l a ap r ox i mac i ón d e l o e x te r i or s i n o e n tan to c u an to é l e s vivido po r e le s c r i tor . Por e s ta r az ón l a l i t e r a tu r a , au n q u e d e b a c ad a ve z másap o yar s e s ob r e e l s ab e r u n i ve r s a l , n o t i e n e p ar a t r as m i t i r i n f o r m a c i o n e s s o b r e n i n g ú n s e c t o r d e e s e s a b e r . S u t e m a e s l a

u n i d a d d e l m u n d o s i n c e s a r p u e s t a e n c u e s t i ó n p o r e l d o b l e m o v i mi e n to d e l a i n te r i or i z ac i ón y l a e x te r i or i z ac i ón o , s i s e p r e f i e r e ,



Defensa de los intelectnales 3 3 5

e m b a r g o l e v i e n e p o r e l t o d o . L a d i s t i n c i ó n d e l m u n d o d e detrás

y d e l m u n d o d e adelante n o d e b e i m p e d i r n o s v e r l a c ir c u l a c ió n

d e e s o s d o s m u n d o s q u e n o s o n s i n o u n o : e l o d i o d e l o s b u r g u e s e sq u e e x p e r i m e n t a F l a u b e r t e s s u m a n e r a d e e x t e r i o r i z a r l a i n t e r i o r i z a c i ó n d e l ser-burgués. E s t e p l i e g u e e n e l m u n d o d e l q u eh a b l a b a M e r l e a u - P o n t y , e s h o y e l ú n i c o o b j e t o p o s i b l e d e l al i t era tura . E l e scr i tor res t i tu irá , por e j emplo , un pa i sa je , un es p e c t á c u l o d e l a c a l l e , u n a c o n t e c i m i e n t o .

1 9 'E n t a n t o q u e e s a s s i n g u l a r i d a d e s s o n e n c a r n a c i o n e s d e lt o d o , q u e e s e l m u n d o .

29 S i m u l t á n e a m e n t e , e n t a n t o q u e e l m o d o e n q u e l o s e x p r e s . i

t e s t i m o n i a q u e é l e s é l m i s m o u n a e n c a r n a c i ó n d i f e r e n t e d e im i s m o t o d o ( m u n d o i n t e r i o r i z a d o ) .3 9 E n t a n t o q u e e s t a d u a l i d a d i n s u p e r a b l e m a n i f i e s t a u n a u n i

dad r igurosa pero que obsesiona a l objeto producid- - ) s in dejarsever e n é l . D e h e c h o , l a p e r s o n a e s o r i g i n a l m e n t e e a u n i d a d p e r os u e x i s t e n c i a l a d e s t r u y e c o m o u n i d a d e n l a m a r . r a m i s m a p o rla cu a l la m ani f i e s ta . Pu es to qu e la des tr ucc ión ;.sma de e stae x i s t e n c i a n o r e s t a u r a r í a l a u n i d a d , m á s v a l e q u e e l e s c r i t o ri n t e n t e h a c e r l a s e n t i r a t r a v é s d e l a a m b i g ü e d a d d e l a o b r a c o m o

l a i m p o s i b l e u n i d a d d e u n a d u a l i d a d s u g e r i d a .Ta l e s a s í — sea de e l lo consc iente o no de l todo— e l f in de le s c r i t o r m o d e r n o , q u e d e a l l í r e s u l t a n v a r i a s c o n s e c u e n c i a s p a r as u s o b r a s :

19 E n p r i n c i p i o e s c i e r t o q u e e l e s c r i t o r n o t i e n e f i m d a m e n -t a l m é n t e nada q u e d e c i r . E n t e n d e m o s p o r e s o q u e s u f i n f u n d a m e n t a l n o e s l a c o m u n i c a c i ó n d e u n saber.

29 S i n e m b a r g o comunica. E s t o s i g n i f i c a q u e p e r m i t e a p r e h e n der ba jo la forma de un obje to ( la obra ) la condic ión humanat o m a d a e n s u n i v e l r a d i c a l ( e l s e r e n e l m u n d o ) .

3 9 P e r o e s t e s e r e n e l m u n d o n o e s p r e s e n t a d o c o m o y o l oh a g o e n e s t e m o m e n t o , p o r a p r o x i m a c i o n e s v e r b a l e s q u e e n c a r a na ú n l o u n i v e r s a l ( p u e s y o l o d e s c r i b o e n t a n t o q u e e s l a m a n e r ade ser de todos — lo que podr ía expresarse por e s tas pa labras:e l h o m b r e e s h i j o d e l h o m b r e ) . E l e s c r i t o r n o p u e d e s i n o t e s t i m o n i a r d e l o s u y o p r o d u c i e n d o u n o b j e t o a m b i g u o q u e l o p r o p o n ea l u s i v a m e n t e . A s í e l v e r d a d e r o v í n c u l o e n t r e e l l e c t o r y e l a u t o rs igue s i endo e l no - saber , a l l eer e l l ibro , e l l ec tor debe ser l l evado



336 Los tntelectttales

ind irectamente a su prop ia rea l idad de s ingu lar un iversa l ; deberea l izarse —a la vez porque entra en e l l ibro y porque no entrade l todo en é l— como otra parte de l mismo todo , como otrop u n t o d e v i s t a d e l m u n d o s o b r e é l m i s m o .

49 S i e l e scr i tor no t i ene nada que dec ir , e s que debe mani fes tar todo, es dec ir esa re lac ión s ingu lar y prác t ica de la partea l todo que es e l s er en e l mundo; e l obje to l i t erar io debe tes t i moniar acerca de es ta paradoja que es e l hombre en e l mundo ,no dando conoc imientos sobre los hombres ( lo que har ía de suautor un ps icó logo amateur , un soc ió logo amateur , e tc . ) s inoo b j e t i v a n d o y s u b j e t i v i z a n d o s i m u l t á n e a m e n t e e l s e r e n e l m u n do, e n este m u n d o , c o m o r e l a c i ó n c o n s t i t u t i v a e i n d e c i b l e d etodos a todo y a todos .

5 9 Si la obra de arte t i ene todos los caracteres de un un iv ersa ls ingu lar , todo pasa como s i e l autor hubiera tomado la paradojad e s u c o n d i c i ó n h u m a n a c o m o medio y la obje t ivac ión en medio

del mimdo d e e s t a m i s m a c o n d i c i ó n e n u n o b j e t o c o m o fin. As íla be l leza , hoy , no es o tra cosa que la condic ión humana presentada no como una fact ic idad s ino como producida por unal ibertad creadora ( la de l autor) . Y , en la medida en que es ta l i bertad creadora t i enda a la comunicac ión , e l la s e d ir ige a lal ibertad creadora de l l ec tor y lo inc i ta a recomponer la obra porla l ec tura (que también es creac ión) , en suma, a aprehender

l ibremente su prop io ser -en-e l -mundo como s i fuera e l productode su l ibertad; d icho de o tro modo , como s i é l fuera e l autorrespo nsab le de su ser -en-e l -mu ndo m ientr as lo su fre o , s i s e qu ie r e , c o m o s i f u e r a e l m u n d o l i b r e m e n t e e n c a r n a d o .

As í la obra de arte l i t erar ia no puede ser la v ida d ir ig iéndosed irectamente a la v ida y buscando rea l izarse por la emoción , e ldeseo carna l , e tc . , una s imbios i s de autor y l ec tor . Pero , d ir ig iéndose a la l ibertad , e l la inv i ta a l l ec tor a asumir su prop ia v ida' (no por las c ircuns tanc ias que la modi f ican y pueden vo lver la

in to lerab le ) . Lo inv i ta no mora l izando s ino , a l contrar io , en tantoc u a n t o e x i g e d e é l e l e s f u e r z o e s t é t i c o d e r e c o m p o n e r l a c o m ounidad paradoja l de la s ingu lar idad y la un iversa l idad .

69 A p art ir d e a l l í pod em os co m pre nd er que la un idad to ta lde la obra de arte recom.puesta es e l s i len cio , es decir la l ibr eencarnac ión , a t ravés de las pa labras y más a l lá de las pa labras ,




de l s e r - e n -e l -m undo c o m o no - sa be r c e r r a do so br e un sa be r pa r c ia lp e r o u n i v e r s a l i z a n t e . F a l t a p r e g u n t a r s e c ó m o e l a u t o r p u e d ee n g e n d r a r e l n o - s a b e r f u n d a m e n t a l — o b j e t o d e l l i b r o — p o r m e d io de s i g n i f i c a c io ne s , e s de c i r pr o po ne r e l s i l e nc io c o n pa la br a s .

Es a qu í que s e pue de e n te nde r po r qué e l e s c r i to r e s e l e spe c ia l i s ta de l l e ng ua je c o m ún , e s de c i r de l a l e ng ua que c o nt i e ne l am a y o r c a n t i d a d d e desinformaciones. E n pr im e r lug a r , l a s pa la br a s t i e ne n una do b le fa z , c o m o e l ser-en-el mun do. P o r un a pa r teso n o b je to s sa c r i f i c a do s : s e l a s so br e pa sa ha c ia sus s i g n i f i c a c io n e s , l a s c u a l e s s e t o r n a n , u n a v e z c o m p r e n d i d a s , e n e s q u e m a sv e r b a l e s p o l i v a l e n t e s q u e p u e d e n e x p r e s a r s e d e c i e n m a n e r a sd i f e r e n te s , e s de c i r c o n o t r a s pa la br a s . P o r o t r a pa r te , so n r e a l i d a d e s m a t e r i a l e s : e n e s t e s e n t i d o t i e n e n e s t r u c t u r a s o b j e t i v a sq u e s e i m p o n e n y p u e d e n s i e m p r e a f i r m a r s e a e x p e n s a s d e l a ss ig n i f i c a c io ne s . La pa la br a r a na o l a pa la b r a bue y t i e ne nf ig ur a s so no r a s y v i sua l e s : so n pr e se nc ia s . C o m o ta l e s , c o n t i e ne nu n a p a r t e i m p o r t a n t e d e n o - sa b e r. M u c h o m á s q u e l o s s í m b o l o sm a t e m á t i c o s . La rana que quiere ser tan grande como un huey

c o nt i e ne , e n l a m e z c la ine x tr i c a b le de su m a te r ia l ida d y de sus i g n i f i c a c i ó n , m u c h o m á s c o r p o r e i d a d q u e x -^y . Y n o es opesar de e sa pe sa de z m a te r ia l s ino a causa de ella que e l e scr i tor

e l i g e u t i l i z a r e l l e ng ua je c o m ún . Su a r t e e s , m ie n tr a s l ibe r a unas ig n i f i c a c ió n ta n e x a c ta c o m o po s ib l e , e l a t r a e r l a a t e nc ió n so br ela mater ia l idad de la pa labra , de ta l suerte que la cosa s igni f icadae s t é a l m i sm o t i e m po m á s a l l á de l a pa la br a , y a l m i sm o t i e m nose e nc a r na e n e sa m a te r ia l ida d . N o po r q ue l a pa la br a r a nat e n g a u n p a r e c i d o c u a l q u i e r a c o n e l a n i m a l . P e r o precisamente

por eso, dicha palab ra ^está enc arg ada de m an i fe s ta r a l l ec t or lai n e x p l i c a b l e y p u r a p r e s e n c i a m a t e r i a l d e l a r a n a . N i n e ú n e l e m e n t o d e l l e n g u a j e p u e d e s e r s u s c i t a d o s i n q u e t o d o e l l e n ^ u a i e

e s t é pr e se n te , e n su r ia ue z a y e n sus l ím i t e s . En e s t e s e n t ido , é ld i f i e r e de l a s l e ng ua s t é c n ic a s , e n l a s c ua l e s c a da e spe c ia l i s ta s es i e n te e l c o -a u to r po r que e l l a s so n o b je to de c o nv e nc io ne s in t e nc io na le s . La l e ng ua c o m ún , po r e l c o n tr a r io , s e m e im po neto da e n te r a e n ta n to que y o so y otro q u e y o m i s m o y e n t a n t oque e l l a e s e l pr o duc to c o nv e nc io na l pe r o inv o lunta r io de c a dau n o s i e n d o otro que un o mismo y pa r a l o s o t r o s . M e e x p l i c o : e ne l m e r c a do de se o , e n ta n to que y o so y y o m ism o , que e l pr e c io




d e e s a me r c ad e r í a s e a e l más b a jo : p e r o e l s ó l o e f e c to d e mid e man d a t i e n e p or e f e c to a l z ar l o s p r e c i os : e s q u e , p ar a l o s c o m e r c i a n t e s , y o s o y otro, c o m o t o d o s l o s o t r o s y , c o m o ta l , m e h a g oc o n t r a r i o a m i s i n t e r e s e s . A s i m i s m o ' p a r a l a l e n g u a c o m ú n : y o l ah ab l o y , d e go l p e , e n tan to q u e o tr o , s oy h ab l ad o p or e l l a . B i e ne n t e n d i d o , l o s d o s h e c h o s s o n s i m u l t á n e o s y d i a l é c t i c a m e n t e l i g a d o s . A p e n a s h e d i c h o : B u e n d í a s , ¿ c ó m o e s t á u s t e d ? , y y a n os é más s i e s toy u s an d o e l l e n gu aje o s i e l l e n gu aje me e s tá u s an d o .

Y o l o u s o : h e q u e r id o s a l u d a r e n s u p a r t ic u l a r i d a d a u n h o m b r ea q u i e n h e t e n i d o e l gu s to d e vo l ve r a ve r ; é l me u s a : n o h eh e c h o s i n o r e a c t u a l i z a r — c o n e n t o n a c i o n e s p a r t i c u l a r e s , e s v e r d ad — u n l u gar c omú n d e l d i s c u r s o q u e s e a f i r ma a t r avé s d e mí y ,d e s d e e s e i n s tan te , t od o e l l e n gu aje e s tá p r e s e n te y , e n l a c on ve r s ac i ón q u e s i gu e , ve r é mi s i n te n c i on e s d e s v i ad as , l i mi tad as , t r a i c i on ad as , e n r i q u e c i d as p or e l c on ju n to ar t i c u l ad o d e l o s mor fe m a s . A s í e l l e n g u a j e , e x t r a ñ o m o d o d e r e l a c i ó n , m e u n e c o m o otroal otro en tanto que otro e n l a m e d i d a m i s m a e n q u e n o s u n ec o m o los mismos, e s d e c i r c o m o s u j e t o s c o m u n i c á n d o s e in t e n c i o n a l me n te . E l f i n d e l e s c r i tor n o e s d e n i n gú n mod o s u p r i mi r e s a s i t u a c i ó n p a r a d o j a l si n o e x p l o t a r l a a l m á x i m o , y h a c e r d e s u ser-en-el-lenguaje l a e x p r e s i ó n d e s u ser-en-el-mundo. U t i l i z a l a s f r as e sc o m o a g e n t e s d e a m b i g ü e d a d , c o m o " p r e s e n t i f i c a c i ó n " d e l t o d oe s tr u c tu r ad o q u e e s l a l e n gu a , ju e ga c on l a p l u r a l i d ad d e l o ss e n t i d os , s e s i r ve d e l a h i s tor i a d e l o s voc ab l os y d e l a s i n tax i sp ar a c r e ar s ob r e - s i gn i f i c ac i on e s ab e r r an te s ; l e jos d e q u e r e r c omb a t i r l o s l í m i t e s d e s u l e n g u a , l o s u s a d e m o d o d e t o m a r s utr ab ajo c as i i n c omu n i c ab l e a q u i e n e s n o s e an s u s c omp atr i o tas ,e n c a r e c i e n d a e l p a r t i c u l a r i s m o n a c i o n a l e n e l m o m e n t o e n q u ee n t r e g a s i g n i f i c a c i o n e s u n i v e r s a l e s . P e r o , e n l a m e d i d a e n q u eh ac e d e l n o - s i gn i f i c an te l a mate r i a p r op i a d e s u ar te , n o p r e t e n d e p r od u c i r ju e gos d e p a l ab r as ab s u r d os (au n q u e l a p as i ónd e l o s c a l e m b o u r s — c o m o s e v e e n F l a u b e r t — n o e s u n a m a l ap r e p ar ac i ón p ar a l a l i t e r a tu r a ) , i n t e n ta p r e s e n tar l a s s i gn i f i c a

c i on e s o s c u r e c i d as ta l c omo l a s mi s mas s e p r e s e n tan a t r avé s d es u s e r - e n - e l - m u n d o . E l e s t i l o , e n e f e c t o , n o c o m u n i c a n i n g ú n




sobre su lengua, o asumiendo los idiotismos y las ambigüedades

para dar testimonio de su singularidad práctica y para aprisionarsu relación con el mundo, en tanto que vivido, en la presenciamaterial de las palabras. "El yo es detestable; usted, Mitón,lo cubre pero no lo quita". La significación en esta frase es universal, pero el lector aprende a través de esta brusca singularidad no significante el estilo, que desde ahora en adelante se atarátan bien a ella que ya no podrá pensar la idea sino a través deesa singularización, es decir a través de Pascal pensándola. Elestilo es la lengua toda entera, tomando sobre sí misma, pormediación del escritor, el punto de vista de la sir.gularidad. Esto

no es, por supuesto, nada más que una manera —pero fundamental— de presentar el ser-en-el-mundo. Hay oírss cien, de lascuales hay que usar simultáneamente, y que marciü el estilo de.

vida del escritor (ductilidad, dureza, vivacid ad Í -'minante delataque o, al contrario, lentos desamarres, prudentí 3 preparativosfinalizando en bruscos resúme nes , etc. ). Cada un ; sabe de auequiero hablar: de todos esos caracteres que entre ,ya] i un hombreal punto de que se siente casi su aliento pero sin darlo a conocer.

7 9 Este uso fundamental del lenguaje no puede ni siquiera

ser intentado si no lo es, al mismo tiempo, para entregar significaciones. Sin significación no hay ambigüedad: el objeto no vienea habitar la palabra. ¿Y cómo se hablaría de resúmenes? ¿Resúmenes de qué? El propósito esencial del escritor moderno, que estrabajar el elemento no significante del lenguaje común para hacer descubrir al lector el ser-en-el-mundo de un universa l singula rpropongo que lo llamemos: búsqueda del sentido. Es la presencia' de la total idad en la narte: el est ilo es tá al nive l de la inter iorización de la exterioridad, es, en el esfuerzo sineular de sune-ración hacia las significaciones, lo aue podríamos llamar el saber

de la época, el gusto del mo me nt o histórico tal como se le anarc-cen a una persona formada singularmente por la misma historia.

P e r o , aunque fundamental, queda en segundo plano puesto queno figura sino la inserción en el mundo del escritor: lo dado enplena claridad es el conjunto significante que corresponde almundo de adelante, tal como aparece, universal, bajo un puntode vista condicionado por el mundo de detrás. Pero las significaciones no son sino cuasi-significaciones y su conjunto no consti-



340 Los intelecttLales

tu ye s in o u n cu as i - sab er : en primer lugar porque e l las son e leg i d as como lo s med ios d e l sentido y s e enraizan en los sentidos(d icho de otro modo porque son const i tu idas a part ir de l es t i lo ,expresadas por e l es t i lo y , como ta les , mezc ladas a part ir de suo r i g e n ) ; después por que , por s í m ism as , apa rece n com o recortad as en lo u n iversa l p or u n a s in gu lar id ad (a s í comp ren d en , e l la smismas , l a u n id ad y la con trad icc ión exp los iva d e lo s in gu lar yd e lo u n iversa l ) . T od o lo q u e p u ed e ser d ad o en u n a n ove la p u ed eap arecer como imiversa l , p ero e s u n a fa l sa u n iversa l id ad q u e sedenuncia a s í misma, o que es denunciada por e l res to de l l ibro .Akinar í , en la Cita en los crisantemos, com ien za con e s to s t érmi n o s : " E l in con s tan te s e l i ga fác i lmen te p ero p or p oco t i emp o ,e l inconstante , una vez que ha roto , nunca más preguntará por t i" .He aquí propos ic iones universa les , por no cons iderar s ino a e l las .

P ero en el cuento la univ ersa l idad es fa lsa . En pr im er lugar , sondos ju ic ios anal í t icos que nos dan la def in ic ión —ya sabida porn oso tros— d e la in con s tan c ia . L u ego : ¿q u é v ien en a h acer aq u í ,puesto que la h is tor ia no nos habla de la inconstanc ia s ino , a lcon trar io , d e u n a con s tan c ia marav i l lo sa? A ta l p u n to q u e somosdevuel tos a la s ingular idad de Akinar í . ¿Por qué quiso é l esafrase? El la f iguraba en e l cuento ch ino donde é l se inspiró mod i f i cán d o lo to ta lmen te : ¿ la d e jó p or in ad ver ten c ia? ¿O p arain d icar f ran camen te la fu en te d e su re la to? ¿O p ara p rod u c ir u n

efecto de sorpresa dejando creer a l lec tor que es la inconstanc iaquien impidió a l amigo ir a la c i ta y deve lar as í su incomparablef id e l id ad ? D e tod os mod os , l a f rase e s in d irec tamen te p rob lemát ica y su asp ecto un ive rsa l es tá contradicho por la s ing ular ida dd e h\s razones que le h ic ieron co locar la a l l í . E l es t i lo const i tuyela exp res ión d e n u es tro con d ic ion amien to in v i s ib le p or e l mu n d ode detrás y las s igni f icac iones const i tuyen e l es fuerzo práct icode l autor as í condic ionado para a lcanzar a través de ese condicionamiento lo s d a tos d e l m u n d o d e ad e lan te .

89 A part ir de es tas observac iones , se puede af irmar que laobra l i terar ia , hoy , se da por tarea manifes tar a l mismo t iempolas dos fases de l ser - en -e l -mundo; debe hacerse a s í misma e ld eve lamien to d e l mu n d o p or la med iac ión d e u n a p ar te s in gu larq u e é l h a p rod u c id o , d e su er te q u e se p resen te e l u n iversa l p ortod o como e l gen erad or d e la s in gu lar id ad , y rec íp rocamen te q u e



Defensa de los intelectiuiles 341

se a prehenda la s ing u la r ida d co mo curv a do ra y l ími te inv i s ib lede lo un iv ersa l . Se puede dec ir ta mbién que la o b je t iv ida d debes e r d e s c u b i e r t a e n c a d a p á g i n a c o m o e s t r u c t u r a f u n d a m e n t a l d elo subje t iv o e , inv ersa mente , que la subje t iv ida d debe ser po r

to do lo ca l i za b le co mo la impenetra b i l ida d de lo o b je t iv o .S i la o bra t i ene es ta do b le in tenc ió n , po co impo rta que se pre

sen te ba jo una fo rma u o tra , que a pa rezca , co mo en Ka fka , a lam a n e r a d e u n r e l a t o o b j e t i v o y m i s t e r i o s o , u n a e s p e c i e d e s i m -bo l isrno s in s ímb o lo n i na d a de pr ec i sa m en te s imb o l iza do (nun cau n a m e t á f o r a d a n d o i n d i r e c t a m e n t e u n s a b e r , p e r o s i e m p r e u n aescritura ind ica ndo s in cesa r la s m o da l ida d es v iv ida s de l ser -en -

' e l -m un do en lo que e l la s t i en en da inde sc i fra b les ) o que , c o m oe n l a s ú l t i m a s n o v e l a s d e A r a g ó n , e l a u t o r i n t e r v e n g a é l m i s m o

en su re la to pa ra l imi ta r en é l la un iv ersa l ida d en e l mo mentoj u s t o e n q u e a p a r e c e q u e r e r e x t e n d e r l a o , s i m p l e m e n t e , c o m oen Pro ust do nde un perso na je f i c t i c io —^pero herma no de l na rra do r— in t er v ie ne en la a v entu ra co mo jue z y pa rte , a g e nte pro v o ca do r y t es t ig o de la a v entura , o que e l v íncu lo en tre lo s ing u la ry lo un iv er sa l e s t é f i ja do de o tra s c i en m a n er a s d i s t in ta s (Ro bbe-Gri l l e t , Buto r , P ing et , e tc . ) . Es to depende de la empresa pa rt i cu la r; no ha y fo rma pr io r i ta r ia . Pretender lo co ntra r io es a la vez

ca er en e l fo rma l i smo (un lv ersa l i za r una fo rma que no puedee x i s t i r s i n o c o m o una e x p r e s i ó n d e l o u n i v e r s a l singular; e l usted

d e La Modificación no es vá l ido s ino a l l í ; (pe ro a l l í es perfe ctam en te v á l id o ) y en e l co s i smo (ha c er de la fo rm a una cosa,

una e t iqueta , un r i to cua ndo no es s ino la un ida d in terna de lc o n t e n i d o ) .

Po r e l co n tra r io , no ha y o bra v a ledera s i no da cuenta detodo sobre e l mundo del no-saber, de lo v iv ido . El todo , es decire l pa sa do so c ia l y la co y untura h i s tó r ica en ta n to que so n vividos

s in ser conocidos. Esto s ig n i f i ca que e l s ing u la r no pu ed e m o stra rse s ino co mo la pa rt icu la r iza c ió n no s ig n i f i ca nte de la pertenenc ia a la co munida d y a sus es tructura s o b je t iv a s , e in v e r s a m e n t e q u e l a s c u a s i - s i g n i f i c a c i o n e s e n c a r a d a s n o t i e n e n^sént ido , como estructuras objet ivas de lo socia l , s i no aparecenco mo no pud iendo ser co ncreta s s ino en ta n to que v iv ida s a pa rt irde un enra iza miento pa rt icu la r o , s i se pref i ere , que lo un iv ersa lo b j e t i v o — n u n c a a l c a n z a d o — e s t á e n e l h o r i z o n t e d e u n e s f u e r z o



3 4 2 L o s intelectuales

d e u n i v e r s a l i z a c i ó n q u e n a c e d e l a s i n g u l a r i d a d y l a c o n s e r v a

n e g á n d o l a .E s t o s i g n i f i c a p o r u n a p a r t e q u e l a o b r a d e b e r e s p o n d e r a l aé p o c a e n t e r a , e s d e c i r d e l a s i t u a c i ó n d e l a u t o r e n e l m u n d o s o c ia l y , a p ar t i r d e e s a in s erc ión s in gu lar , d e l mu n d o s oc ia l en t ero ,e n t a n t o q u e e s t a i n s e r c i ó n h a c e d e l a u t o r — c o m o d e t o d o h o m b r e — u n s e r q u e e s t á e n c u e s t i ó n concretamente en su ser , qu evive s u in s erc ión b a j o f or m a d e a l i en ac ió n , d e cos i f i cac ión , d ef r u s t r a c i ó n , d e f a l t a d e a i s l a m i e n t o s o b r e u n f o n d o sospechoso

d e p l e n i t u d p o s i b l e .

Y e n t a n t o q u e l a t o t a l i z a c i ó n m i s m a e s p a r t i c u l a r i z a d a h i s t ó r i c a m e n t e c o m o s i m p l e m o m e n t o d e u n a t o t a li z a c i ó n e n c u r s o .N o e s p o s i b l e , h o y , q u e u n e s c r i t o r n o v i v a s u s e r - e n - e l - m i m d ob aj o la f orma d e s u s er - en - e l - O n e W or ld , e s d ec i r s in s en t i r s ea f e c t a d o e n s u v i d a p o r l a s c o n t r a d i c c i o n e s d e e s t e ( p o r e j e m p l o : a r m a m e n t o a t ó m i c o — g u e r r a p o p u l a r — c o n e s t e f o n d o p e r m a n e n t e : l a p o s i b i l i d a d p a r a l o s h o m b r e s d e h o y d e d e s t r u i rr a d i c a l m e n t e l a e s p e c i e h u m a n a , l a p o s i b i l i d a d d e i r h a c i a e ls o c i a l i s m o ) . T o d o e s c r i t o r q u e n o s e p r o p u s i e r a e x p r e s a r e lm u n d o d e l a b o m b a a t ó m i c a y d e l a s i n v e s t i g a c i o n e s e s p a c i a l e se n t a n t o c u a n t o l o h a v i v i d o e n l a o s c u r i d a d , l a i m p o t e n c i a y l ai n q u i e t u d , h a b l a r í a d e u n m u n d o a b s t r a c t o , n o d e e s t e , y n os e r í a s i n o u n a p e r s o n a q u e e n t r e t i e n e y u n c h a r l a t á n . P o c o i m p o r t a l a m a n e r a e n q u e r i n d a c u e n t a d e s u i n s e r c i ó n e n l a c o y u n t u r a : b a s t a q u e u n a a n g u s t i a v a g a a r r a s t r á n d o s e d e p á g i n ae n p á g i n a m a n i f i e s t e l a e x i s t e n c i a d e l a b o m b a , s i n n i n g u n a n e

c e s i d a d d e h a b l a r d e l a b o m b a . H a c e f a l t a a l c o n t r a r i o q u e l at o t a l i z a c i ó n s e h a g a e n e l n o - s a b e r e i n v e r s a m e n t e , e n t a n t oc u a n t o l a v i d a e s f u n d a m e n t o d e t o d o y n e g a c i ó n r a d i c a l d e l oq u e l a p o n e e n p e l i g r o , l a t o t a l i z a c i ó n n o e s t á p a s i v a m e n t e i n t e r i o r i z a d a s i n o a p r e h e n d i d a d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e l a i m p o r t a n c i a ú n i c a d e l a v i d a . L a a m b i v a l e n c i a q u e e s e l f u n d a m e n t o d e l a o b r a l i t e r a r i a e s t a r í a b a s t a n t e b i e n m a r c a d a p o r u n af r a s e d e M a l r a u x : U n a v i d a n o v a l e n a d a , n a d a v a l e t m a v id a ,

q u e r e ú n e e l p u n t o d e v i s t a d e l m u n d o d e d e t r á s ( p r o d u c i e n d oy ap las t an d o cad a v id a en la in d i f eren c ia ) y e l p u n t o d e v i s t ad e la s in gu lar id ad q u e s e arro j a con t ra la mu er t e y s e a f i rma



Defensa de los intelectuales 3 4 3

E l c o m p r o m i s o d e l e s c r i t o r t r a t a d e c o m u n i c a r l o i n c o m u n i

c a b l e ( e l s e r - e n - e l - m u n d o v i v i d o ) , e x p l o t a n d o l a p a r t e d e d e s i n f o r m a c i ó n c o n t e n i d a e n l a l e n g u a c o m ú n , y d e m a n t e n e r l a t e n s ión entre e l todo y l a par te , l a to ta l idad y l a to ta l i zac ión , e lm u n d o y e l s e r - e n - e l - m u n d o c o m o sentido d e su obra . Es tá en s uoficio mismo, t o m a d o e n l a c o n t r a d i c c i ó n d e l a p a r t i c u l a r i d a d yd e l o u n i v e r s a l . M i e n t r a s q u e l o s o t r o s i n t e l e c t u a l e s h a n v i s t on a c e r s u f u n c i ó n d e u n a c o n t r a d i c c i ó n e n t r e l a s e x i g e n c i a s u n i v e r s a l i s t a s d e s u p r o f e s i ó n y l a s e x i g e n c i a s p a r t i c u l a r i s t a s d e l ac l a s e d o m i n a n t e , e l e s c r i t o r e n c u e n t r a e n s u t a r e a i n t e r n a l a o b l i g a c i ó n d e p e r m a n e c e r s o b r e e l p l a n o d e l o v i v i d o , s u g i r i e n d o l auniveTsalización c o m o l a a f i r m a c i ó n d e l a v i d a e n e l horizonte.

E n e s t e s e n t i d o , n o e s i n t e l e c t u a l p o r a c c i d e n t e , c o m o e l l o s , s i n op o r esencia. P r e c i s a m e n t e p o r e s t a r a z ó n , l a o b r a e x i g e p o r s im i s m a q u e é l s e c o l o q u e fuera de ella sobre e l p lano teór i co -p r á c t i c o d o n d e e s t á n y a l o s o t r o s i n t e l e c t u a l e s : p u e s e l l a e s p o ru n a p a r t e r e s t i t u c i ó n — e n e l p l a n o d e l n o - s a b e r — d e l s e r e n u nm u n d o q u e n o s a p l a s t a y , p o r o t r a p a r t e , a f i r m a c i ó n v i v i d a d e l av i d a c o m o v a l o r a b s o l u t o y e x i g e n c i a d e u n a l i b e r t a d q u e s ed ir ige a todos l o s o tros .

Tres conferenc ias dadas en Tok io y en Kyoto .en sep t iembre y oc tubre de 1965 .



E L A M I G O D E L P U E B L O

" L ' I D I O T I N T E R N A T I O N A L " . — Desde m ayo hay una ruptura entrela concepción tradicional del intelectual de izquierda y una nuevaconcep ción, creada en el atajo, del intelectual revolucionario,tanto que los intelectuales honorables, desde el 45 , se han encon

trado frente a una situación política que escapaba a su entendimiento. ¿Qité piensa usted?JEAN-PAUL SARTRE. — S e r ía n e c e s a r io p r im e r o s a b e r q u é e s u n

in t e l e c t u a l . H a y p e r s o n a s q u e p i e n s a n q u e e s u n t ip o q u e h a c ee x c lu s iv a m e n t e u n t r a b a j o d e in t e l i g e n c ia . M a la d e f in i c ió n : n oh a y n i n g ú n t r a b a j o q u e s e a e x c l u s i v a m e n t e d e i n t e l i g e n c i a . T a m p o c o lo h a y q u e n o n e c e s i t e d e e l l a . Un c i r u j a n o , p o r e j e m p lo ,p u e d e s e r u n in t e l e c t u a l y s in e m b a r g o s u t r a b a j o e s m a n u a l .No p i e n s o q u e la p r o f e s ió n s e a l o ú n ic o q u e d e t e r m in a a l o q u e

s e l l a m a lo s in t e l e c t u a le s ; n o o b s t a n t e , h a y q u e s a b e r e n q u ép r o f e s io n e s e l l o s s e c o n s t i t u y e n . D ir ía q u e s e l o s p u e d e e n c o n trar en e l cuadro de lo que yo l lamar ía las técn icas de l saberp r á c t i c o . En v e r d a d t o d o s a b e r e s p r á c t i c o . Pe r o n o h a c e m u c h ot iempo que eso se sabe , por e l lo empleo esas dos pa labras juntas :lo s t é c n ic o s d e l s a b e r p r á c t i c o c o n s t i t u y e n o u t i l i z a n , p o r m e d iod e d i s c ip l in a s e x a c t a s , u n c o n j u n t o d e c o n o c im ie n t o s q u e t i e n d e nen pr inc ip io a l b ien de todos . Ese saber t iende , natura lmente , ala u n iv e r s a l id a d : u n m é d ic o e s t u d ia e l c u e r p o h u m a n o e n general

p a r a p o d e r c u r a r , e n n o im p o r t a q u ié n , u n a e n f e r m e d a d c u y o ss ín tomas habrá descubier to y para la cua l conocerá los remedios .Pe r o e l t é c n ic o d e l s a b e r p r á c t i c o p u e d e s e r , i g u a lm e n t e , u n in gen iero , un sab io , o un escr i tor , un profesor . En todos los casos ,e n e f e c t o , s e e n c u e n t r a l a m i s m a c o n t r a d ic c ió n : e l c o n j u n t o d esus conoc imientos e s conceptua l , e s dec ir un iversa l , pero nos irve nunca a todos l o s h o m b r e s ; s i r v e , e n e l c o n j u n t o d e l o s



E l amigo del pueblo 345

países capi ta l i s tas , ante todo a c iertas categor ías de personas ,per tenec i entes a l a s c l ase s d i r igentes y a sus a l i ados . Desde e sepunto de v i s ta , l a ap l i cac ión de l o un iversa l nunca e s un iversa l ,es part icular , concierne a particulares. D e a l lí r e su l ta una segu nd a

contrad icc ión , concern iente a l t écn i co mi smo que e s un iversa len sus t rabajos genera l e s , en su manera de conocer , pero que see n c u e n t r a de hecho t rabajando para l o s pr iv i l eg iados y , de go lpe ,s e pone de su l ado: e s ta vez e s é l mi smo quien e s tá en juego .Aún no hemos de f in ido e l in t e l ec tua l : hay t écn i cos de l saberprác t i co que se acomodan muy b i en a su contrad icc ión o que searreg lan para ev i tar sufr i r por e l l a . Pero cuando uno de e l l o s s eda cuenta de que su trabajo universal s ir ve a lo par t icular , en

tonces l a conc i enc ia de e sa contrad icc ión —lo que Hege l l l amabaconc i enc ia desgrac iada—, e s prec i samente l o que l o . carac ter i zacomo in te l ec tua l .

— ¿Considera usted que a pesar de mayo del 68 la m i s i ó n tradicional de los intelectuales no está terminada?

—No. Pero pr imero hay que saber cuá l era e sa "mis ión" yquién l a daba . De hech o , pu es to qu e era a l a vez un iversa l y par t icular , e l inte lectual denunciaba en todas partes e l uso part icular de lo universal e intentaba indicar , en cada c ircunstancia

part icular , los pr inc ipios de una pol í t i ca universal , para e l b iend e l m a y o r n ú m e r o .

As í pues e l in t e l ec tua l c l ás i co e s e l t ipo que d i ce : Pres t enatenc ión , s e l e s presenta e s to hoy como una forma de ap l i cac iónde l o un iversa l , pongamos por e j emplo : hay l eyes y s e l e s d i ceque se apl ican las l eyes , que se arresta a la gente porque hayl e y e s , que l a s l eyes son un iversa l e s . Ahora b i en , e s to no e s verdad .Las l eyes no son universales por ta l o cual razón, y por otra par

te , ex i s te ta l interés part icular , hay una c lase part icular y ta l pol í t i ca que han hecho que ta l ind iv iduo haya s ido arres tado o que ta lguerra haya cont inuado . E l t ipo c lás i co de l a acc ión in te l ec tua l s eha v i s to durante l a guerra de Vie tnam: un c i er to número de in t e l ec tua l e s s e un ió a par t idos o a organizac iones , mi l i t ando contra la guerra de Vietnam, y ut i l i zó su di sc ipl ina para mostrar porejemplo que ta l o ta l t ipo de productos químicos eran arrojadossobre l o s campos de Vie tnam, o b i en que l a s razones dadas por l o snor teamer i canos no se t en ían en p i e . Los pr imeros son qu ímicos .



346 Los intelectimles

l o s o t r os h i s tor i ad or e s o ju r i s tas q u e s e ap oyar on e n e l d e r e c h o

i n t e r n a c i o n a l ( d e l c u a l , a l m i s m o t i e m p o , h a n d e n u n c i a d o c i e r t o sp a r t i c u l a r i s m o s ) . P o r l o t a n t o e s n e c e s a r i o l l a m a r l o s , c o m o u s t e dd i c e , " i n t e l e c t u a l e s c lá s ic o s" , p o r q u e s u f r e n s u c o n t r a d i c c i ó n p e r o ,a l m i s m o t i e m p o , c o n s i d e r a n q u e e l l a l o s h a c e ú t i l e s a t o d o s y ,<en c o n s e c u e n c i a , r e h u s a n c u e s t i o n a r s e e n s u s p e r s o n a s . S i n e m -í b a r g o , e n s u p r á c t i c a m i s m a , h a y c o m o u n a i n d i c a c i ó n — q u e- e l l o s s e o c u l t a n — d e e s a i m p u g n a c i ó n : e l a n t a g o n i s m o d e l oTu n i ve r s a l y d e l o p ar t i c u l ar q u e l o s c on s t i tu ye , p u e s to q u e i n -

- t e n t a n s u p r i m i r l o f u e r a d e e l l o s , e s o i m p l i c a n e c e s a r i a m e n t e q u ed e b e r í a n s u p r i m i r l o e n e l l o s . E n o t r o s t é r m i n o s , l a s o c i e d a d u n i ve r s a l i s ta a l a c u a l e l l o s a s p i r an no tiene lugar o b j e t i v a m e n t ep ar a e l i n t e l e c tu a l .

— ¿Hub o verdaderamente una ruptura en M ayo? ¿La concepción del intelectual clásico sigue presente, o hay lugar para unanueva concepción del intelectual?

— E n v e r d a d , e n l a m a y o r í a d e l o s c a s o s , n o h u b o g r a n d e s c a m b i o s y r e e n c o n t r a m o s h o y a l i n t e l e c t u a l c l á s i c o . E s q u e é s t e amasu papel; t é c n i c o d e l s a b e r p r á c t i c o , b i e n p a g a d o , q u e p o r u nl ad o e n s e ñ a — ^p or e j e mp l o— f í s i c a , y p or e l o t r o d e n u n c i a l a r e p r e s i ó n e n m í t i n e s , s e s i e n t e d e s c o n t e n t o d e s í m i s m o e n principioy p i e n s a q u e , p o r e s e d e s c o n t e n t o — q u e e s t o m a d e c o n c i e n c i ad e s u c o n t r a d i c c i ó n — p u e d e s e r ú t i l p u e s t o q u e s u c o n t r a d i c c i ó ne s l a d e l a s oc i e d ad e n te r a .

— Se puede decir que usted ha sido el guía de toda una generación de intelectuales en Francia, y sin embargo usted 'ha sido unode los primeros en darse cuenta de golpe de la falta de una granparte de esa generación y de una nueva necesidad política hoypara los intelectuales.

—^Y o n o d i r ía , c i e r tam e n te , u n o d e l o s p r i m e r o s , p u e s to q u e e s tav e r d a d e r a b ú s q u e d a s e h i z o e n r e a l i d a d a l n i v e l d e l o s e s t u d i a n t e s . L os e s tu d i an te s , q u e ya s on t é c n i c os d e l s ab e r p r ác t i c o (y e s od e s d e p r i m e r a ñ o ) h a n s e n t i d o i n m e d i a t a m e n t e e l v e r d a d e r op r o b l e m a: i b a n a h a c e r d e e l l o s a p e s a r d e tod o , t r ab a jad or e sas a l ar i ad os p ar a e l c ap i ta l o p o l i c í a s q u e p e r mñ t i r í an man te n e r



El amigo del p u e b l o 3 4 7

b l e m a , d e s p u é s v i e n e e l p r o b l e m a d e l s a b e r m i s m o ) , q u e e s u ns a b e r u n i v e r s a l i s t a , s e a u t i l i z a d o p o r t o d o s . L o s e s t u d i a n t e s , d e s d e

e l t i e m p o d e l o s c o m i t é s d e b a s e d e V i e t n a m , h a n c o m p r e n d i d ol e n t a m e n t e q u e e l h e c h o d e a p r e n d e r a t r a n s f o r m a r s e e n u n p o l i c í a a l a s ó r d e n e s d e l o s b u r g u e s e s , n o e r a e n a b s o l u t o c o m p e n s a d o p o r e l h e c h o d e p e r t e n e c e r a u n c o m i t é d e b a s e p a r a V i e t n a m . N o s i m p l e m e n t e p o r q u e s e o r g a n i z a r a n e n e s o s c o m i t é sm a n i f e s t a c i o n e s q u e r o m p e r í a n e l n ú c l e o m i s m o q u e h a c e q u ee l i n t e l e c t u a l s e a u n p e r s o n a j e q u e , e n n u e s t r a s o c i e d a d , n o p u e d et e n e r s e n t i d o s i n o s i e n d o u n a c o n t r a d i c c i ó n p e r p e t u a , h a c i e n d ol o c o n t r a r i o d e l o q u e q u i e r e y a y u d a n d o a o p r i m i r a l a g e n t e

q u e d e b e r í a q u e r e r l i b e r a r . V e o , p o r e j e m p l o , l o s p r o f e s o r e s q u eh e c o n o c i d o y q u e s o n t o d a v í a i n t e l e c t u a l e s c l á s i c o s . A l g u n o s h a nh e c h o c o s a s m u y v a l i e n t e s d u r a n t e l a g u e r r a d e A r g e l i a , h a nv i s t o e s t a l l a r b o m b a s e n s u s d e p a r t a m e n t o s , e l ? . Y b i e n , e s a sp e r s o n a s , c o m o p r o f e s o r e s , s e g u í a n s i e n d o s e l e t c i o n i s t a s . S e p o n í a n , p u e s , e n t e r a m e n t e e n e l p l a n o d e l o p a i - ' c u l a r , m i e n t r a sq u e p o r o t r a p a r t e e r a n t o t a l m e n t e p a r t i d a r i o s ¿ e l F . L . N . , o s e ap o r l a l i b e r a c i ó n s o c i a l d e A r g e l i a , y a l l í p o n í a n l o u n i v e r s a l . . .c o m p l e t o . U t i l i z a b a n s u s c o n o c i m i e n t o s , s u m a n e r a d e r a z o n a r

f o r m a d a p o r l o s e s t u d i o s y s u s a b e r p r á c t i c o ; l o s p o n í a n a d i s p o s i c i ó n d e i d e a s q u e e r a n i g u a l m e n t e i d e a s u n i v e r s a l e s , p o r e j e m p l o e l d e r e c h o d e l o s p u e b l o s a d i s p o n e r d e s í m i s m o s , m i e n t r a sp o r o t r a p a r t e s e g u í a n s i e n d o s e l e c c i o n i s t a s y d i c t a b a n s u s c u r s o ss e g ú n e l p l a n q u e r i d o p o r l a U n i v e r s i d a d . S o n p e r s o n a s a q u i e n e sj a m á s s e l e s o c u r r i ó l a i d e a d e d i s c u t i r s e c o m o i n t e l e c t u a l e s . E n c o n t r a b a n u n a b u e n a c o n c i e n c i a en la mala conciencia, a t rav ésd e l o q u e h a c í a n o c r e í a n h a c e r p o r A r g e l i a o V i e t n a m . E l i n t e l e c t u a l c l á s i c o e s u n t i p o q u e s a c a u n a b u e n a c o n c i e n c i a d e s um a l a c o n c i e n c i a p o r l o s a c t o s ( e n g e n e r a l e s ci 'i to s ) q u e é s t a l eh a c e h a c e r e n o t r o s d o m i n i o s . E s a s p e r s o n a s , e n M a y o d e l 6 8 ,n o p r o c e d i e r o n e n a b s o l u t o d e l a m i s m a m a n e r a q u e l a s o t r a s .S i n d u d a , e s t a b a n c o n l o s e s t u d i a n t e s y l o s h u e l g u i s t a s , p e r o n oc o m p r e n d í a n q u e e ra u n m o v i m i e n t o q u e l o s i m p u g n a b a a e l lo sm i s m o s . S e h a v i s t o e l d e r r u m b e e n a l g u n o s , y u n a h o s t i l i d a d ap e s a r d e t o d o f r e n t e a M a y o , p o r q u e , d e g o l p e , s e n t í a n q u e e lm o v i m i e n t o l o s i m p u g n a b a como i n t e l e c t u a l e s , m i e n t r a s q u e h a s t a e n t o n c e s e l i n t e l e c t u a l e r a a q u e l q u e d e b í a a y u d a r y p o n e r s e a




d i s p os i c i ón , y q u e n a t u ra l m en t e s e p en s ab a com o aq u e l q u e p ro veía las teorías , las ideas .

— Pero ellos eran atacados según la forma de su saber, querecién usted llamaba el saber universal y que por los chinos esllamado bastante justamente: saber quizá universal pero seguramente burgués, porque en su forma m isma ya está particularizado.

— E s t am os d e acu erd o , p ero e s o s e d es cu b r i ó l u ego . Qu i ero d e c ir que e l in te lectual c lás ico de 1950 , es e l t ipo que p iensa que lasm a t e m á t i c a s s o n u n s a b e r t o t a l m e n t e u n i v e r s a l . N o d i s t i n g u een t re u n a m an era d e ap ren d er y d e u t i l i zar l a s m at em át i cas q u es er í a e l l a m i s m a u n i vers a l , y l u ego u n a m an era d e ap ren d er l a spart icu lar i s ta .

•—¿ Finalmente la verdadera ruptura se habría situado en Ma yo,cuando íos intelectuales comprendieron que ellos mismos erancuestionados hasta en la forma de su saber?

—^En la for m a de s u sab er y e n s u eocistencia real. Es dec ir quen o s e d eb e m an i f e s t ar : s on v í c t i m as d e e s a con t rad i cc i ón y n ad am á s . E s n eces ar i o q u e e l l o s m i s m os s i en t an q u e e s a con t rad i cc i ónd eb en s u p r i m i r l a en s u i n t er i or . E n e l f on d o , e s u n a gran verd adq u e s u con t rad i cc i ón e s l a con t rad i cc i ón d e l a s oc i ed ad en gen e ra l , y es b ien c ierto que un inte lectual es un asa lar iado , que sus

verd ad eros p rob l em as s on p rob l em as d e a s a l ar i ad o; t i en e u nsaber y un p ode r qu e pon e a d i spo s ic ión de una soc iedad ' de u ncierto t ipo . Y a l l í s e descubrió que esas bravas personas que poru n a p ar t e e s t ab an p or e l F .L .N . arge l i n o , p or e l F .L .N . v i e t n am és ,q u e t om ab an p os i c i on es en t od os l o s d om i n i os , p erm an ec í an ens í m i s m os t o t a l m en t e a l s erv i c i o d e u n e s t ad o d e cos as q u e h ac í aq u e en e l f on d o f u eran e l l o s m i s m os p er j u d i c i a l e s . N o eran s i m p l em en t e p ers on as d es d i ch ad as q u e t en í an s u con t rad i cc i ón ; eranp er j u d i c i a l e s p rec i s am en t e en e l s en t i d o d e q u e eran i n m ed i a t a

m en t e recu p erab l e s . P ero en M ayo , n o f u eron l o s i n t e l ec t u a l e s" l legad os" , e s d ec ir l o s q u e h ab í an p as ad o s u s ex ám en es y cob rad oam p l i am en t e d i n ero y u n s a l ar i o q u i en es com en zaron , s i n o l o sap ren d i ces d e i n t e l ec t u a l e s q u e com p ren d i eron l a s i t u ac i ón y s ed i jeron: lo que no queremos es ser eso .

— A fin de M ayo los estudiantes en Ciencias eran izquierdistas



El amigo del pueblo 349

políticamente, pero el retorno reflexivo y político sobre su saber

no se hacía en absoluto.

—Es verdad, yo lo he constatado en reuniones donde había unamezcla de paternalismo, porque se suponía que el saber era con

todo un elemento esencial del poder, y al mismo tiempo de "obrerismo", es decir el abandono completo de la cultura. Y el verdadero problema era raramente evocado.

Entonces, pues, a partir de mayo, los aprendices de intelectual e s , los jóvenes, no quisieron ser ese personaje definido por sufunción y su salario, puesto que eso es lo que al fin define a unhombre: ¿cuánto gana, qué hace? Usted me dirá que eso no esuniversal hablando propiamente, es el universal burgués que se

enseña, estoy de acuerdo. Pero si los intelectuales hubiesen pensado eso en 1968, no habrían hecho la revuelta del 68. Porque es necesario que hayan tenido en algún momento dado la idea de louniversal, para que comprendieran que ese universal exigía unasociedad universal.

•—¿La adecuación de la sociedad al saber?

—Eso es. Pero si habían pensado —^un pensamiento mucho másd u r o — que no poseían el saber universal sino solamente su particularización, el contraste hubiera sido menos violento. Mientras que allí era: tenemos lo universal, podemos tenerlo, ¿peropara qué sirve?

—Se bajó a la calle en efecto sobre ese primer análisis y el

segundo...

— . . .V ino por consecuencia, estoy de acuerdo. Pero los dosforzosamente se vincularon y descubrieron, sobre todo en ciertop l a n o , por ejemplo en psiquiatría (pienso en Gorizia).

—Según usted, ¿en qué punto está el proceso de reeducación,

como dicen los chinos, en los intelectuales? Es decir, la desaparición de la frontera cultural-política. ¿Ese proceso de reeduca

ción, a qué punto.de su camino le parece a usted que ha llegado?

—^Está en sus comienzos. Si el movimiento, si la protesta violenta de Mayo del 68 hubiera durado, si no se hubiera producidola traición y la relativa derrota de junio, pienso que muchoshubieran llegado a posiciones mucho más radicales que las quetienen ahora. Porque muchos estaban en movimiento.

-r-Entonces tenemos de un lado los intelectuales clásicos y del

http://punto.de/

http://punto.de/



350 Los intelectiiales

otro, entre los estudiantes, personas que han roto com pletamente,

que se han ido a trabajar a fábricas y que, dos o tres años má starde, ya no hablaban el mismo lenguaje. Su lenguaje se habíasimplificado, sxis relaciones con el proletariado se habían vueltoreales. Se habían convertido en hom bres nu evos, como por ejemplo ... los establecidos de Ren ault (centralistas u otros), su lenguaje se transformó comp letam ente. Esa conversión es m uchomás difícil para los intelectuales de treinta, cuaren ta o cincuentaaños, pero existe. ¿Cu ál podría ser su pape l?

— Y b i e n , e s n e c e s a r i o q u e a q u e l l o s d e e n t r e e l l o s q u e h a nc a m b i a d o v e r d a d e r a m e n t e s e d e n c u e n t a q u e n o h a y o t r a p o s i b i l ida d de t ener un f in un iv ers a l , que co lo ca rs e en re la c ió n d i rec tac o n a q u e l l o s q u e r e c l a m a n u n a s o c i e d a d u n i v e r s a l , e s d e c i r c o nl a s m a s a s . P e r o e s o n o q u i e r e d e c i r q u e e l l o s d e b a n , c o m o l o si n t e l e c t u a l e s c l á s i c o s , " h a b l a r " a l p r o l e t a r i a d o , e n s u m a h a c e rla t eo r ía , s o s ten ida po r l a s ma s a s en la a cc ió n .

— A ese respecto ¿qué piensa usted de las organizaciones de

escritores en M ayo del 68? (Hotel de M assa, Com ité de EscritoresEstudiantes.)

— . D e h e c h o , t o d o s e l l o s p e n s a r o n q u e M a y o e r a l a o c a s i ó n d er e a l i z a r l a s i d e a s q u e t e n í a n a n t e s . P i e n s o q u e e r a n p e r s o n a s q u ee s t a b a n d a n d o e n l a t e c l a ( e r a n a n t i g u o s c o m u n i s t a s , a m e n u d o ) . T r a t a r o n v a n a m e n t e d e q u e M a y o s e p a r e c i e r a a s u e s q u e m ap r e c o n c e b i d o .

— ¿Piensa usted entonces que hay poco que esperar de los

grupos de intelectuales más o meno s llegados (y aún jóvenes)de antes de Mayo del 68?

— S í , l o p i e n s o .— ¿Su reeducación es improbable?— S í . P o r q u e n o h a y q u e o l v i d a r q u e u n i n t e l e c t u a l e s u n i n d i

v idu a l i s ta . N o to do s , pero l o s e s cr i to res , po r e je m plo , a rra s tra na p e s a r d e t o d o s u i n d i v i d u a l i s m o . . .

— Luego no se puede esperar nada de personas que han producido culturalmente, pero se puede esperar una posible reeducación de un tipo de intelectual nuevo que todavía no ha produ



El amigo d e l pueblo 3 5 1

e j e m p l o v a r i o s l i b r o s , y e l l o s s e h a n c o n v e r t i d o e n s u i n t e r é si d e o l ó g i c o . D i c h o d e o t r o m o d o , n o s o n s i m p l e m e n t e i d e a s s u y a s

l a s q u e e s t á n a Uí , s o n o b j e t o s m a t e r i a l e s , r e a l e s y q u e c o n s t i t u y e n s u i n t e r é s . L o q u e n o q u i e r e d e c i r n e c e s a r i a m e n t e q u e l o q u ec u e n t a e s e l d i n e r o q u e r e p o r t a n e s o s l i b r o s , s i n o s u o b j e t i v a c i ó n .E Ua e s t á a l l í , e l l a e x i s t e y u s t e d e s t á o b l i g a d o e n e s t e m o m e n t oo a r e n e g a r d e e l l a o a r o e r l a o a a c e p t a r l a c o m p l e t a m e n t e , p e r od e t o d o s m o d o s u s t e d e s t á a n t e e s a c o s a q u e h a c e d e u s t e d q u es e a d i f e r e n t e d e l t i p o q u e , s u p o n g a m o s , p e r f o r a l o s t i c k e t s d e ls u b t e r r á n e o t o d o e l d í a . É l n o t i e n e i n t e r é s i d e o l ó g i c o . Y o p o re j e m p l o : e s v e r d a d q u e t e n g o d e t r á s d e m í u n c i e r t o n ú m e r o d e

l i b r o s . N o s i e m p r e e s t o y d e a c u e r d o c o n l o q u e h e e s c r i t o , p e r oe l l o s r e p r e s e n t a n m i i n t e r é s i d e o l ó g i c o , p o r q u e l a i d e a d e v e r l e : -í n t e g r a m e n t e s u p r i m i d o s e s u n a i d e a q u e n o a c e p t o , n o p o r q u ee s t é p a r t i c u l a r m e n t e o r g u l l o s o d e e l lo s , s i n o p o i q u e a s í e s . L ag e n t e e s a s í , t e n e m o s d e t r á s n u e s t r o u n p a s a d o f i e l q u e n o p o d e m o s r e n e g a r . A ú n s i s e l o r e n i e g a , n o s e l o r e n i e g a j a m á s c o m p l e t a m e n t e p o r q u e e s e n u n o a l g o a s í c o m o u n e s q u e l e t o p e r s o n a l.E n t o n c e s h a y u n p r o b l e m a : ¿ q u é s e p u e d e p e d i r a u n t i p o d ec u a r e n t a y c i n c o a ñ o s q u e y a t i e n e d e t r á s d e s í t o d a u n a p r o

d u c c i ó n ?— Finalm ente hay dos tipos de intelectuales: los que se rehiisancompletamen te a tomar partido o aquellos de los que habla M usilen "El hom bre sin cualidades", los "escñtores vistos de espaldas"que firmxin todos los petitorios, están políticamente presentes entodas partes, tienen un papel útil, pero que no franquean ciertoum bral, por honestos, por rigurosos que sean.

— S ó l o q u e s e t r a t a d e u n p r o b l e m a d e h o y , p o r q u e a y e r n oh a b í a i z q u i e r d i s m o . A l a i z q u i e r d a d e l p a r t i d o c o m u n i s t a n o h a b í a

n a d a . E n e l 3 6 , e n e l 4 0 4 1 , n o h a b í a m á s q u e u n a s o l u c i ó n : e r ai r de l l ado de l Par t ido . S i no se quer ía entrar en é l porque no soe s t a b a s i n e m b a r g o d e a c u e r d o c o n t o d o , s e e r a c o m p a ñ e r o d er u t a , s e m a r c h a b a a l l a d o , p e r o n o s e p o d í a h a c e r m á s . No h u b i e r a s e r v i d o d e n a d a e n t r a r e n u n a f á b r i c a e n e s e m o m e n t o . Not e n í a n i n g ú n s e n t i d o .

— Entonces: ¿cómo ve usted ahora la nueva misión del intelectual? "M isión" no es, por lo demás, una palabra feUz^_

— E s n e c e s a r i o p r i m e r o q u e s e s u p r i m a c o m . o i n t e l e c t u a l . L o



352 Los i n t e l e c t u a l e s

que yo l lamo in te lec tua l e s la mala conc ienc ia . Es necesar io queél ponga lo que ha podido ret irar de las d isc ipl inas que le hanenseñado la t écn ica de lo un iversa l , d irec tamente a l serv ic io delas masas . Es necesar io que los in te l ec tua les aprendan a comprender lo un iversa l que es deseado por las masas en la rea l idad ,

e n e l m o m e n t o , e n l o i n m e d i a t o .— ¿Lo universal concreto?—J^o un iv ersa l concreto . E inv ers am en te , apre ndiend o e l l en

guaje de las masas, e l los pueden dar, s i lo conservan, a las técnicas que t i enen , un c i er to medio de expres ión . Por e j emplo p iensoque un d iar io hoy , creado para las mas as , deber ía com pren deruna c ier ta proporc ión de in te lec tua les y una c i er ta proporc iónde obreros, y que los art ículos deberían ser no por los inte lectua les n i por los obreros s ino entre ambos . Los obreros exp l i can

lo que hacen , lo que son , y los in te l ec tua les es tán a la vez paracomprender , para aprender y a l mismo t i empo para dar a la cosam o m e n t á n e a u n c i e r t o t i p o d e g e n e r a l i d a d e s .

— En su opinión ¿el aprendizaje del lenguaje de las masastransforma completamente la forma del saber universal?

— N o l o p i e n so . A l m e n o s n o p o r e l m o m e n t o . Es u n p r o b l e m am uy imp ortante q ue toca a la cu l tura , y la cu l tura es un p rob lem amuy dif íci l .

— Siempre se posterga ese problema...

—Sí , porque no se t i enen todav ía los medios para t ra tar lo .— P a r a retoma r el ejemplo de ese diario, los dos tercios de los

artículos s o 7 i redactados por una quincena de personas (periodistas, iilitantes o i n t e l e c t u a l e s ) . A h o r a bien, llegam os, a pesarde todo, a una forma que da razón todavía al intelectual tradicional, como usted lo ha hecho notar.

—Sí , e s tamos todav ía en e l momento de l aprendizaje de l l en guaje de las masas , no se puede dec ir mucho más .

— Pregunta personal o, más bien, personalizada: ¿en qué medi

da, por ejemplo. M ayo lo ha transformado a usted culturalmente?—Mayo, de inmediato , nada . Pero s í l a s reca ídas . En Mayo era

c o m o t o d o e l m u n d o : n o c o m p r e n d í n a d a e n e l m o m e n t o e n q u eeso suced ió . Comprendía lo que se dec ía , pero no e l sent ido prof u n d o . D e h e c h o , h e s e g u i d o u n a e v o l u c i ó n q u e v a d e sd e c e r c ade Mayo a mi entrada en La Cause du Peuple. M e fu i cuest io -




n a n d o p r o g r e s i v a m e n t e c o m o i n t e l e c t u a l . E n e l f o n d o , y o e r a u ni n te l e c tua l c l á s i c o .

Y d e s p u é s d e 1 9 6 8 , e s p e r o h a b e r m e v u e l t o a l g o d i f e r e n t e , a u n que no ha y a t e n i do l a o c a s i ó n de ha c e r m uc ho . D i r i g i r un d i a r i o

no m i na l m e nte , c o m o l o ha g o , o a ún d i s t r i bu i r l o e n l a c a l l e , no e sto da v í a v e r da de r o t r a ba jo , e s de c i r e s c r i b i r e n l a s c o nd i c i o ne sq u e d e c í a m o s . E l p r o b l e m a q u e p l a n t e o e n m i c a s o , u n i n t e l e c t u a lde s e s e n ta y c i nc o a ño s que , de s de l o s v e i n t i c i nc o a l o s v e i n t i s i e t ea ño s t i e ne e n l a c a be z a l a i de a de e s c r i b i r un Flaubert, es dec irde u t i l i z a r l o s m é to do s c o no c i do s , c i e n t í f i c o s s i u s t e d qu i e r e , e nt o d o c a s o a n a l í t i c o , p a r a e s t u d i a r u n h o m b r e . L l e g a M a y o d e l68. Y a h a c e q u i n c e a ñ o s q u e t ra b a j o , q u e e s t o y m e t i d o . ¿ Q u é

d e b o h a c e r ? ¿ A b a n d o n a r ? E s o n o t i e n e s e n t i d o , y s i n e m b a r g o n os é q u i é n d e c í a e s t o : " lo s c u a r e n t a v o l ú m e n e s d e L e n i n r e p r e s e n ta n una o pr e s i ó n pa r a l a s m a s a s " , l o que s e pue de c r e e r ba jopa l a br a pue s l a s m a s a s no t i e ne n n i e l t i e m po n i l o s m e d i o s ,a c t u a l m e n t e , p a r a a b o r d a r e s e t i p o d e c o n o c i m i e n t o q u e e s u nc o n o c i m i e n t o d e i n t e l e c t u a l . E n t o n c e s , ¿ q u é h a c e r ? E s t e p r o b l e m a e s e x a c to y pr á c t i c o : ¿ qué ha c e r c ua ndo s e e s tá de s de ha c eq u i n c e a ñ o s c o n u n l ib r o , c u a n d o f i n a l m e n t e s e h a p e r m a n e c i d oe n c i e r ta m e d i da e l m i s m o po r que no s e a ba ndo na de l t o do l ai n fa nc i a , e t c . ? ¿ Qué ha c e r ? D e c i d í t e r m i na r l o , pe r o , po r e l he c hode t e r m i na r l o , s i g o e n e l p l a no de a nt i g uo i n te l e c tua l .

— ¿Terminarlo como lo había previsto?— ¡ S í D e o t r o m o d o n o t e n d r í a s e n t i d o . P e r o v e u s t e d , e s u n

bue n e j e m pl o de e s ta m e z c l a : s e v a l o m á s l e jo s po s i b l e e n uns e n t i d o , p e r o e n o t r o s e t e r m i n a l o q u e s e t i e n e q u e h a c e r . . . M ev e o d i f í c i l m e nte r e nunc i a ndo a e s o , po r que ha r í a fa l ta r e nunc i a r ,e n s um a , a l o s e s fue r z o s d e m uc ho s a ñ o s .

— Pero le ha sucedido, más joven, el renunciar por ejemplo a"Los caminos de la libertad" o a ciertas obras que usted ,hábíacomenzado.

— S í , p e r o p o r q u e h a b í a d i f i c u l t a d e s i n t e r n a s .— Y sin embargo "Los caminos de la libertad" podía dirigirse

a las m a s a s y ser una literatura muc ho más popular que lo quesu Flauberf' llegará a serlo nunca.

— ¡ N u n c a P e r o e s e e s u n p r o b l e m a d e l q u e n o l o g r o s a li r . ¿E s

que no de be ha be r un t i po de i nv e s t i g a c i ó n y de c u l tur a que no




s e a d i r e c t a m e n t e a c c e s i b l e a l a s m a s a s , y q u e e n c u e n t r e s i n e m b a r g o m e d i a c i o n e s p a r a l l e g a r a l a s m a s a s ? ¿ E s q u e n o h a y s i

q u i e r a a ú n e n e l p r e s e n t e u n c i e r t o t i p o d e e s p e c i a l i z a c i ó n ? O ,m á s p r o f u n d a m e n t e , ¿ e s q u e t i e n e u n s e n t i d o e s c r i b i r e s e Flaubert ( n o h a b l o d e s u v a l o r ) , e s q u e s e t r a t a d e u n a o b r a n e c e s a r iamen t e d es t in ad a a s er ab s orb id a , o a l con t rar io e s u n t rab aj oq u e , a l a r g o p l a z o , p u e d e t o d a v í a s e r v i r ? N o s e s a b e n a d a d ee s o . P o r e j e m p l o , n o m e g u s t a l o q u e e s c r i b e T a l o C u a l , p e r o n op u e d o a f i r m a r q u e é s t e u o t r o n o s e r á r e c u p e r a b l e p a r a l a s m a s a su n d í a p o r r a z o n e s q u e n o v e m o s h o y . N o s é n a d a ¿ c ó m o p u e d o

s ab er?— Evidentemente, puesto que el mismo Mallarmé en "UKum a-

nité-Dimanch e" se convirtió en el camarade M allarmé. Entonces,entre M ayo del 68 y la dirección de "La Cau se", .pasó algo queno logró detener su Flaúberf', pero que ... ,'

— . . . P e r o q u e m e h a r a d i c a l i z a d o e n e l o t ro se n t i d o . A h o r am e c o n s i d e r o d i s p o n i b l e p a r a t o d a s l a s t a r e a s p o l í t i c a m e n t e j u s t a s q u e m e s e r á n p e d i d a s . Y n o h e t o m a d o l a d i r e c c i ó n d e La

Cause du Peuple c o m o l a c a u c i ó n d e un l i b e r a l q u e d e f i e n d e l al i b e r t a d d e p r e n s a . N o , n o l a h e t o m a d o a s í . L o h e h e c h o c o m o u na c t o q u e m e c o m p r o m e t í a , j u n t o a p e r s o n a s q u e a m o m u c h o , d el a s c u a l e s n o c o m p a r t o p o r c i e r t o t o d a s l a s i d e a s , p e r o n o e s u nc o m p r o m i s o s i m p l e m e n t e f o r m a l .

— Sobre todo que no se trata solamente de "La Cause du Peuple". Está también el Secours Rouge, del cual es usted uno de losfundadores.

— L a d i f e r e n c i a e n t r e e l S e c o u r s R o u g e d e a n t e s d e l a g u e r r ay e l d e a h o r a e s i m p o r t a n t e y m u y c l a r a . C u a n d o s e f u n d ó e lp r i m e r S e c o u r s R o u g e , h a b í a u n p a r t i d o v e r d a d e r a m e n t e f u e r t ey r e v o l u c i o n a r i o , e l P . C , s i n n i n g u n a d u d a . É s t e c o n s t i t u í a u nó r g a n o r e v o l u c i o n a r i o v i o l e n t o . H o y n i n g ú n p a r t i d o e s t á r e p r e s e n t a d o , n o h a y s i n o i n d i v i d u o s , p e r o p e r t e n e c e n t o d o s a g r u p o sd i f e r e n t e s , q u e p o r e l m o m e n t o e s t á n e n c o n t r a d i c c i ó n a b s o l u t a ,l o q u e h ace q u e s u r j an aq u í o a l l á in i c ia t ivas q u e corren e l r i e s go

d e s e r i n m e d i a t a m e n t e d e s m e n t i d a s . H a y u n p r o b l e m a r e a l q u ee s n e c e s a r i o r e s o l v e r . ¿ E l S e c o u r s R o u g e e s v e r d a d e r a m e n t e u nS e c o u r s R o u g e , y e n e s e c a s o d e b e é l t o m a r p o s i c i ó n c o n r e s p e c t o



El amigo del pueblo 35ri

t id os en c i er to s casos p rec i so s , o s i n o lo h ace arr ie sga romp erse?V e o d e s d e a h o r a u n c o n f l i c t o i n t e r n o .

— ¿Cóm o superar ese conflicto interno? E l Secours Rouge estáen un estado embrionario, y ese conflicto interno puede ser excelente si contribu ye a esclarecer su trabajo.

—^H ay como ima i zq u ierd a y u n a d erech a . L lamaré d erech a aa q u e l l o s q u e d i c e n : d e s p u é s d e t o d o , u n o s e e n s a n c h a a l m á x i m oy e s o i m p l i c a p o r l o d e m á s q u e n o e n t r a r e m o s r e a l m e n t e e n l a sc u e s t i o n e s p o l í t i c a s . Y d e s p u é s e s t á l a i z q u i e r d a , d o n d e y o e s t o y ,q u e d i c e : e s u n a s i t u a c i ó n i n s o s t e n i b l e a c t u a l m e n t e ; h a y a l c o n trar io q u e e s tu d iar la s i tu ac ión en cad a caso y reacc ion ar an te la

s i tu ac ión ta l como se d a . P ara mí , e s d e e s t e lad o q u e h ay q u e i r ,p e r o n o s a r r i e s g a m o s a p e r d e r a u x i l i a r e s b a s t a n t e i m p o r t a n t e s ;p i e n s o e n l o s m i e m b r o s d e l P . C . q u e e s t á n e n e l S e c o u r s R o u g e at í tu lo in d iv id u a l , s er ía n ecesar io q u e n o se fu era . .

— ¿Al principio fue una organización que se vreiendia de sostén, no de combate?

— S í: d e so s tén y com b ate . L a an t igu a organ i c ión d ec ía so st é n y c o m b a t e :

Contra la represión, úneteProletario a tu organización.Adhiere al Secours RougeQue conduce al verdadero combaíc.¡Vam os, pueblo, mu évete,te atacan, defiéndete

— ¿Los iniciadores del Secours Rouge admiten las iniciativa.'^

libres de la base?—^Por cierto . Cada comité de fábrica, de barrio, decidiría l - i . sacc ion es a l l evar a cab o d esp u és d e d esp id o a er i carce lamien to .E so n o su ced erá c i er tamen te p or lo s in ic iad ores o e l C omité d i r e c t o r q u e h a b r á s i d o n o m b r a d o . S e d e b e r á n h a c e r d o s o tresmít in es , d e sp u és la s au d ien c ia s . E l C omité d irec tor e s tará enre lac ión con tod os lo s o tros comi té s . P ero , l oca lmen te , e s ev id en t e m e n t e e l c o m i t é d e b a s e q u i e n t o m a l a s d e c i s i o n e s . S e c o u r sR ou ge será lo q u e la b ase q u errá q u e sea . P ien so q u e la s cossis

n o p asarán a e sca la n ac ion a l s in o cu an d o la s in ic ia t ivas loc i . e*



35 6 Los intelectuales

no basten, en e l caso de un arresto y un proceso , por ejemplo ,abogados que deberemos des ignar noso tros mismos , e tc .

— ¿De todos modos, Secours Rouge n o puede sino ser revolucionario puesto que, habiend o sido negada su inscripción, se presenta como un movimiento ilegal?

— No exac tamente . Lo que no tenemos derecho a hacer e s , porejemplo , a tacar a l gobierno ante los tr ibunales , pero tenemosper fec tamente derecho a reunimos , has ta prueba de lo contrar io .Los comi tés de base de Vie tnam nunca p id ieron nada , se cons t i tuyeron, e so e s todo .

— ¿Usted reclama el derecho de criticar al P.C, no?—^Yo no rec la m o e l der echo de cr it icar a l P .C . Y o rec la m o e l

derecho de poner las cosas en c laro . Un t ipo ha s ido encarce ladoo se ha hecho despedir ¿qué pasó? ¿Contra quién se debe ac tuarpara de fender lo?

En cuanto a l a de fensa , nos gus tar ía también tener abogadosconsul tores . Es dec ir t ipos que pongan a los obreros a l corr ientede su derecho burgués. Porq ue , m u y a men udo , e l l o s no lo conocen . Entonces har ía fa l ta un grupo de abogados que no só lo de f i enda , s ino que enseñe . Es te e s e l pr imer punto . E l segundo:ayudar a la persona en e l plano jur ídico . El tercero ayudar a lasfami l ia s . E l cuar to e s e l más importante : e l conjunto de mani fe s tac iones , de acc iones puntua le s e inesperadas . Pero e sa e s miopin ión , y e s también seguramente l a de l a gente de l a ex G .P .

Pero no sé s i e l conjunto de l Secours Rouge la aceptará . En todocaso, para mí, eso sólo tiene sentido si es así , s i es verdaderamente acc ión .

— Uno de los grandes problemas de la reanudación de actividades va a ser el de la represión en materia de prensa: "La Causedu Peuple", "L'Idiot", "H uman ité-Rouge"... ¿Cuáles son en suopinión las perspectivas posibles para nuestro combate?

—^Para mí no hay problema: esa prensa debe desarrol larse ,debe cont inuamente v incular a l a s masas en todas par tes donde

es tán en lucha . Puede tomar todas l a s formas . Inc luso c landes tinas. Al menos prepararse para e l l o . Después de haber res i s t idoe l mayor t i empo pos ib l e .

— L o que haría falta también es que usted nos hablara de lafuerza y de la insuficiencia de la prensa revolucionaria.




—^Por em peza r , e l tono no ha s ido en con trad o en n ing un a parte .Ni s iqu iera La Cause du Peuple. T ien e un tono , pero no hay-relación entre la práct ica y la teoría .

— El tipo de información también es problema. El engrosa-

miento sistemá tico de pequeñas informaciones es a veces discutible.

—^Es ev ide nte . A de m ás, conc ibo una prensa re volu c ion ar ia ala vez dando cuenta de las acc iones pos i t ivas y de las que no loson . Y en tanto nos quedemos en e l d iscurso tr iunfal , nos quedaremos en e l p lano de L'Humanité. Es o es alg o qu e ha y qu e e-vitar.Hay vie jas técnicas de ment ira que no me gustan . Se trata , por e lcontrario, de decir la verdad, o se ha de decir: esto ha fracasado

y he aquí por qué; o s i no: en ta l empresa ta l cosa ha func ionadoy he aqu í por qué . S iempre va le más dar cuenta de la verdad:la verdad es revoluc ionar ia , las masas t ienen derecho a la verdad .Lo que nunca se ha hecho . ¿Se da usted cuenta de lo que hapodido ser la v ida de un obrero de mi edad, que ha s ido s ta l in is tay que , un buen d ía , se ha en terado bruta lmente y s in exp l i cac iónde que S ta l in no va l ía nada? Y que en e so se quedó , s in que sele exp l i cara nada más . Hay todav ía cosas más graves : los d iar ios

burgueses d icen más la verdad que la prensa revo luc ionar ia , aúns i m i e n t e n . M i e n t e n m e n o s . M i e n t e n m á s h á b i l m e n t e . S e a r r e g lan para de formar , pero t en iendo en cuenta los hechos . Contodo es terr ib le pensar que los d iar ios revoluc ionar ios no sonsuper iores en verdad a los d iar ios burgueses , . s ino más b ien infe r iores . Pero también e s necesar io que nosotros —nosotros quesomos las masas , a l mismo t i empo—, aprendamos a rec ib ir laverdad . Es que los revoluc ionar ios no quieren la verdad; les han

l lenado la cabeza . Viven con e spec ie s de sueños . Hay que creare l gusto por la verdad, para todos y para nosotros mismos .

— ¿Gusto que Mayo no ha dado quizá, por otra parte?—^Es ve rd ad : M ay o s in duda no lo ha dado . E n parte a causa

de un l ir ismo que , por otra parte , no hay que rechazar .— Se trataría entonces de tratar de ver cómo definir un nuevo

papel para los intelectuales. Porque de hecho , después de M ayo,han continuado sin tener nada más que un papel de sostén, de

caución, de un movimiento de masa dado (estudiantil u obrero).Pienso en la ocupación del C.N.P.F., por ejemplo.




—Le co ntes ta ré una co s a : e s que e s o e s to da v ía to ma r lo s po r

i n t e l e c t u a l e s . N o m e g u s t a .— T i e n e usted razón, puesto que es un defecto de nuestra parte.— S í , e s u n d e f e c t o . E s c u c h e : a e s e n i v e l l o q u e h a c e f a l t a e s

u n t r a b a j o e n c o m ú n . Y e s o e s l o q u e f a l t a . S i u s t e d e s q u i e r e n" la u n i ó n o r g á n i c a " q u e h a e x i s t i d o e n e l s i g l o x r x , l a u n i ó no r g á n i c a d e i n t e l e c t u a l e s o b r e r o s , h a c e n f a l t a c é l u l a s m i x t a s .T e r m i n a r c o n l a s c é l u l a s d i s t i n t a s , c o m p l e t a m e n t e s e p a r a d a s u n a sd e o t r a s. Y e s e l ú n i c o m e d i o d e c a m b i a r a l o s i n t e l e c t u a l e s . Y ,

po r o tra pa r te , e s o l e s da l a po s ib i l ida d en e l in ter io r de ha cerv a ler , de t i empo en t i empo , s u o p in ió n s o bre un p la n que e s des u prá c t i ca . Creo que e s a l l í do nde deben a c tua r .

— ¿Cree usted que todos los i n t e l e c t u a l e s q u e ocupaban elC.N.P.F. podrían encon trar un tipo de intervención diferente enlos movim ientos de masa?

—^Eso m e pa r ece im po s ib l e . U s te d s a be , l o s in t e l e c tu a le s , e sm u y d i f í c i l . . . P i e n s o m u c h o m á s e n l o s j ó v e n e s . C u a n d o c o n c i b o

o rg a n iza c io nes en l a s que l o s in te l ec tua le s y l o s o brero s e s tá nj t m t o s , p i e n s o e n t i p o s q u e t i e n e n e n t r e v e i n t e y t r e i n t a a ñ o s .¡T ipo s s a l ido s de Ma y o , qué ta nto

L'Idiot International, oct ub re de 1970 .De c la r a c io n e s r e c o g id a s p o r J e a n -Ed e r n H a l

l i e r y Th o m a s S a v ig n a t .

Sartre Jean Paul - Alrededor Del 68

Documents

Transcript of Sartre Jean Paul - Alrededor Del 68