Sample JD Plano de Negocios Exemplos Praticos

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  O Autor .................................................. vii   Agradecimentos ..................................... ix Capítulo 1 Construindo planos de negócios a partir de exe mplos prá ticos .............................. 1   A propo sta deste livr o .................................................. 1 1.1. Planilhas nanceiras disponíveis para download  .................. ................... .................. ... 2 1.2.  A estrutura do livro ................... ............................... 2 1.3.  A estrutura de plano de negócios dos exemplos do livro ....................... ............................... 2 Estrutura de plano de negócios .......... ................................ .....3 1.4. Perguntas-chave de cada seção do plano de negócios ..................... ............................... 3 I. Sumário Executivo..............................................................3 II. O conceito do negócio ............... ................................ ........6 III. Mercado e competidores .......... ................................ ..........7 IV. Equipe de gestão ................................................................9  V . Produtos e s erviços ...................................................... ....10  VI. Estrutura e operações .................................................... ...10 Sumário Dornelas Cad 0.indd v Dornelas - Cad 0.i ndd v 13/6/2013 11:39:05 13/6/2013 11:39:05

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plano negocios

Transcript of Sample JD Plano de Negocios Exemplos Praticos

  • O Autor ..................................................vii

    Agradecimentos ..................................... ix

    Captulo 1 Construindo planos de negcios a partir de exemplos prticos .............................. 1

    A proposta deste livro .................................................. 1

    1.1. Planilhas fi nanceiras disponveis para download .......................................................... 2

    1.2. A estrutura do livro .................................................. 2

    1.3. A estrutura de plano de negcios dos exemplos do livro ...................................................... 2

    Estrutura de plano de negcios ...............................................3

    1.4. Perguntas-chave de cada seo do plano de negcios .................................................... 3

    I. Sumrio Executivo ..............................................................3

    II. O conceito do negcio .......................................................6

    III. Mercado e competidores ....................................................7

    IV. Equipe de gesto ................................................................9

    V. Produtos e servios ..........................................................10

    VI. Estrutura e operaes .......................................................10

    Sumrio

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  • vi Plano de Negcios: exemplos prticos

    VII. Marketing e vendas .........................................................12

    VIII. Estratgia de crescimento ...............................................13

    IX. Finanas ..........................................................................15

    Captulo 2 Plano de negcios de uma escola de empreendedorismo para crianas........... 19

    Criana feliz ................................................................. 21Escola de empreendedorismo, fi nanas e idiomas para crianas

    Captulo 3 Plano de negcios de uma loja de produtos artesanais ............................... 45

    Casa de artesanato .................................................... 47Artesanato, decorao e sustentabilidade

    Captulo 4 Plano de negcios de um site que vende produtos orgnicos ..................... 77

    Organika ....................................................................... 79Comrcio eletrnico de produtos orgnicos

    Material complementar ........................ 107

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  • Construindo planos de negcios a partir de exemplos prticos

    CAPTULO 1

    A proposta deste livroDevido ao grande sucesso do livro Plano de negcios, seu guia

    definitivo, que tem sido muito bem aceito pelos leitores e, entre outros aspectos, teve a praticidade de apresentar os conceitos que envolvem um plano de negcios como seu maior trunfo, surgiu a ideia de se dar continuidade quela obra, agora atravs de um livro que apresentasse mais exemplos de planos de negcios. Assim, foi desenvolvido o livro Plano de negcios, exemplos prticos, seguindo a mesma metodologia e abordagem prtica. Este livro busca complementar o primeiro ttulo e atender crescente demanda de alunos, professores, clientes e demais pblicos que precisam desenvolver um plano de negcios de maneira objetiva e no tm tempo para se aperfeioar com profundidade acerca dos temas que envolvem o assunto. Trata-se de um livro objetivo, direto, contendo trs diferentes exemplos completos de planos de negcios, analisados e comentados em detalhes, e que pretende oferecer ao leitor um guia prtico para o desenvolvimento de seu plano de negcios.

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  • 8 Plano de Negcios: exemplos prticos

    A. Quais so as tendncias nesse setor?B. Quais fatores esto influenciando as projees de mer-

    cado?C. Por que o mercado se mostra promissor?D. Qual o tamanho do mercado em R$, nmero de clientes e

    competidores? Como ser o mercado nos prximos anos?E. Como o mercado est estruturado e segmentado?F. Quais so as oportunidades e riscos do mercado?

    Mercado-alvo Perguntas-chave s quais voc precisa respon-der para entender o segmento ou nicho de mercado:

    G. Qual o perfil do comprador?H. O que ele est comprando atualmente?I. Por que ele est comprando?J. Quais fatores influenciam a compra?K. Quando, como e com que periodicidade feita a compra?L. Onde ele se encontra? Como chegar at ele?

    Anlise da concorrncia Perguntas-chave s quais voc pre-cisa responder:

    M. Quem so seus concorrentes? N. De que maneira seu produto ou servio pode ser comparado

    ao dos concorrentes?O. De que maneira ele est organizado?P. Ele pode tomar decises mais rpidas do que voc?Q. Ele responde rapidamente a mudanas?

    R. Ele tem uma equipe gerencial eficiente?S. A concorrncia lder ou seguidora no mercado? T. Eles podero vir a ser seus concorrentes no futuro?

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  • 10 Plano de Negcios: exemplos prticos

    V. PRODUTOS E SERVIOSNesta seo voc deve descrever de maneira objetiva (sem en-

    trar em detalhes tcnicos, que podem ser colocados em anexo no plano de negcios) quais so seus produtos e servios. Alm disso, procure destacar os seguintes atributos referentes aos produtos/ser-vios que sua empresa vai ofertar:

    A. Benefcios* e Diferenciais: Quais so os benefcios proporcio-nados por seus produtos/servios e o que os torna especiais?

    B. Utilidade e Apelo: Qual a finalidade dos produtos/servi-os, para que servem, qual o apelo que procuram atender?

    C. Tecnologia, P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), Patentes (Propriedade Intelectual): H inovao tecnolgica? Voc domina a tecnologia? H alguma patente?

    D. Ciclo de Vida: Em que estgio do ciclo de vida encontra-se o produto/servio?

    VI. ESTRUTURA E OPERAESNote que a seo Estrutura e Operaes uma continuao da

    seo de Produtos e servios e tambm de Equipe de gesto. Por isso, voc pode incluir aqui informaes que no tenham ficado cla-ras nas sees anteriores, mas sempre priorizando a objetividade. Assim, alguns tpicos so questionados novamente nesta seo. Mas no h necessidade de se repetir o mesmo contedo no PN, caso voc j tenha tratado do tema nas sees de Produtos e servi-os ou Equipe de gesto.

    * Ao descrever um produto ou servio, comum e mais fcil falar de suas caractersticas, mas no plano de negcios o mais importante ressaltar os benefcios que o cliente tem ao utilizar seus produtos e servios. Voc deve explicar por que seus produtos/servios se di-ferenciam dos da concorrncia e por que os clientes escolheriam sua empresa. Em sntese, busque responder pergunta: O que h de especial nos produtos/servios de sua empresa?

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  • 18 Plano de Negcios: exemplos prticos

    empresas pontocom) do valor do ponto A, e que a mxima exposio do caixa da empresa ocorre, em mdia, em dois anos (ponto C). So dados mdios e que no sero exatamente iguais para seu negcio, mas servem de referncia para voc analisar se seu plano de negcios est prximo ou muito distante da mdia. Naturalmente, h setores de negcios que fogem bastante da mdia aqui apresentada, mas voc precisar fazer a sua lio de casa para saber qual a mdia do seu setor!

    Obs.: As frmulas para os clculos dos ndices financeiros apresenta-dos nesta seo, bem como as instrues para a obteno do grfico de exposio do caixa, encontram-se nas planilhas financeiras dos planos de negcios deste livro (disponveis em www.josedornelas.com.br), as quais podero ser utilizadas livremente para a construo de seu plano de negcios.

    Investi mento inicial (ponto A);

    Mxima necessidade de investi mento, ou maior exposio de caixa (ponto B);

    Data do primeiro fl uxo de caixa positi vo (ponto C);

    Quando ocorrer o ponto de equilbrio (ponto D).

    Fluxo de caixa acumulado ($)

    TempoA

    B

    C D

    Grfi co de exposio do caixa

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  • 1. Sumrio Executivo

    Conceito do Negcio

    A escola de educao complementar Criana Feliz destina-se a crianas en-

    tre 7 e 14 anos e tem por objetivo o ensino de empreendedorismo, finan-

    as e idiomas, de maneira ldica e inovadora. Para tanto, o principal produ-

    to oferecido ser o Boot Camp, em que as crianas iro a um acampamento

    e recebero treinamento multidisciplinar de forma ldica e intuitiva.

    Mercado e Competidores

    O mercado de educao complementar

    para crianas e adolescentes bastante promissor. Esse fato reforado

    pela considervel quantidade de brasileiros dentro dessa faixa etria e com

    projeo de crescimento de 2,39% at 2020, segundo dados do IBGE. Alm

    disso, cerca de 40% do pblico-alvo do negcio (famlias de classes A e

    B) demonstraram interesse em investir quantias considerveis para que

    seus filhos participem das atividades propostas pela Criana Feliz. Quanto

    aos competidores, no foram encontrados cursos de empreendedorismo

    e finanas no mercado analisado com o mesmo enfoque da Criana Feliz.

    Entretanto, h diversos concorrentes indiretos, que ofertam cursos e atividades substitutas aos propostos

    pela empresa e que devero ser monitorados com ateno.

    Equipe de Gesto

    O negcio possui trs scios, cada qual com 33,33% de participao. Trata-se

    de uma equipe multidisciplinar com experincia em ramos de atividade bas-

    tante distintos. Isso resulta em uma viso ampla do negcio, em que cada

    um responsvel por uma rea de atuao especfica, fazendo com que to-

    das as diretorias sejam geridas por especialistas muito bem capacitados.

    Produtos e Servios

    A Criana Feliz uma empresa de ensino complementar para crianas e especializada em atividades de

    acampamento Boot Camp. Os cursos ministrados tm por finalidade levar cada criana expanso de seus

    O sumrio executi vo deve ser objeti vo e apresentar em poucas linhas e pginas a sntese do plano de negcios. A maneira como foi estruturado o SE da Criana Feliz permite ao leitor entender o que o negcio (pergunta A) rapidamente.

    O diferencial competi ti vo da empresa tratado suti lmente, dando destaque ao contedo dos cursos, ao carter inovador e ao seu formato (pergunta E).

    As informaes de mercado, nesta seo, devem ser objeti vas, mas espera-se que na descrio mais completa do mercado e competi dores, no corpo do plano, mais dados sejam mencionados, o que ajudar na sustentao do modelo de negcio e potencial de viabilidade da empresa (pergunta C).

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  • Captulo 2 Plano de negcios de uma escola de empreendedorismo para crianas 25

    2. Conceito do Negcio

    A escola de empreendedorismo e finanas

    Criana Feliz ser voltada para crianas

    com idade entre 7 e 14 anos, cursando o

    ensino fundamental. Seu principal dife-

    rencial frente concorrncia ser a tcni-

    ca de ensino com abordagem ldica, intuitiva e tecnolgica, o que facilita o

    aprendizado e reteno do conhecimento.

    Os cursos oferecem opes de aulas presenciais na prpria escola ou em acampamentos educativos Boot

    Camp. H ainda a possibilidade de parcerias com escolas de ensino de idiomas.

    O modelo de receita da Criana Feliz ser

    baseado na venda de cursos, metodolo-

    gia e materiais complementares. A escola

    pretende ser referncia nacional em ensi-

    no e prticas empreendedoras para crian-

    as e jovens de todo o Brasil.

    3. Mercado e Competidores

    O setor de educao no Brasil

    A oportunidade de explorar a educao empreendedora e de

    finanas promissora no Brasil. Dados de projeo populacio-

    nal do IBGE mostram que, em 2010, a populao de crianas na

    faixa etria de 7 a 14 anos representava 26.845.087 habitantes,

    com projeo de crescimento de 2,39% at 2020.

    Os nmeros tornam-se ainda mais positivos considerando a

    queda gradativa da taxa de abandono escolar de 24,5% em 2007

    para 16,0% em 2010, dados tambm divulgados pelo IBGE. Isso

    significa mais alunos por maior tempo na escola a cada ano.

    Descreve de maneira objeti va o que o negcio e seu diferencial (ludismo e tecnologia).

    O modelo de negcios foca na venda de cursos e materiais. A viso ambiciosa, e as projees de crescimento apresentadas ao longo do PN devero estar coerentes com essa premissa.

    Falou de parcerias em potencial, mas poderia ter apresentado uma breve descrio da oportunidade, com dados de mercado sobre o setor de educao complementar para crianas.

    No se falou da localizao do negcio. uma informao importante e que deveria ser citada aqui.

    A anlise do setor apresenta com muita objeti vidade o grande potencial da educao de crianas no Brasil e o fato de que a tendncia do setor de crescimento (pergunta A). Mas o plano poderia ter apresentado dados que expliquem essa tendncia (perguntas B e C). No foram apresentados ainda o tamanho do mercado de educao em reais, a estrutura do setor e os riscos; esses so dados extremamente importantes em qualquer PN (perguntas D, E e F).

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  • 26 Plano de Negcios: exemplos prticos

    Lista de ati vidades que realizou com seu(s) fi lho(s) nos lti mos trs meses

    Pass

    eio

    ao

    shop

    ping

    Cine

    ma

    Teat

    ro

    Pass

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    Pass

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    Toda

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    resp

    osta

    s

    Circ

    o

    80

    60

    40

    20

    0

    Uma das maneiras mais efi cazes de se mapear o mercado-alvo primrio ou principal de qualquer negcio a realizao de pesquisas de mercado. Neste caso, os empreendedores conseguiram, atravs da pesquisa primria realizada, identi fi car o perfi l do comprador: pais e mes das classes A e B (pergunta G); o que ele compra (pergunta H); o que infl uencia a compra: fatores como segurana, qualidade dos monitores etc. (pergunta J).

    Anlise de pesquisa primria realizada sobre educao complementar

    Com o intuito de delinear a oportunidade de ensino de empreendedoris-

    mo e reas afins para crianas, os empreendedores idealizadores da Crian-

    a Feliz realizaram uma pesquisa de mercado primria enviando questio-

    nrios via internet para 106 adultos (pais e mes) residentes na cidade de

    So Paulo. Os resultados dessa pesquisa validaram o conceito do negcio

    e foram teis para mensurar a demanda potencial utilizada nas projees

    deste plano de negcios. Alm de identificar o perfil do pblico-alvo princi-

    pal (pais e mes que so compradores potenciais), a pesquisa foi til para

    a definio do portflio de cursos que sero oferecidos pela Criana Feliz.

    Perfi l dos adultos (pais/mes) parti cipantes da pesquisa primria

    64,3% encontram-se na faixa etria de 30 a 40 anos;

    76,7% so casados;

    84,6% vivem com os filhos;

    78% tm filhos em escola particular. Destes, 45,7% pagam mensalidade superior a R$ 700,00.

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  • 30 Plano de Negcios: exemplos prticos

    5. Produtos e Servios

    Criana Feliz uma empresa de ensino

    complementar para crianas, tendo como

    destaque atividades de acampamento

    Boot Camp e aulas complementares em

    escolas particulares parceiras.

    Atravs de atividades ldicas com monitores e com base em um sistema

    pedaggico diferenciado, a empresa aborda temas essenciais para a cons-

    truo e formao da personalidade e das habilidades empreendedoras

    das crianas, estimuladas por atividades fsicas e criativas. Os cursos ofe-

    recidos focam o ensino de empreendedorismo e finanas, bem como o

    ensino de idiomas (lnguas) com enfoque nesses temas.

    Nesta seo no h necessidade de falar novamente do conceito do negcio, pois h uma seo do PN para isso.

    Diretor Adm/Financeiro

    Assistente Educador 1 Educador 2 Educador 3

    Diretor Educacional

    Diretor Comercial de Marketi ng

    Gerente de Operaes

    A apresentao de um organograma sempre ti l para se ter uma viso esquemti ca de como ser a estrutura de pessoal da empresa. Uma informao que no foi apresentada (e que relevante) a quanti dade de funcionrios e a projeo de crescimento do efeti vo da empresa para os prximos anos. Essas informaes esto contempladas na planilha do PN (disponvel em www.josedornelas.com.br), mas deveriam ser apresentadas aqui tambm.

    Aqui fi ca claro que a empresa oferecer trs ti pos de cursos complementares educao formal (uma demanda dos pais), e o ensino de idiomas tem como pano de fundo empreendedorismo e fi nanas, algo que poderia ser mais explorado no PN (perguntas A e B).

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  • Captulo 2 Plano de negcios de uma escola de empreendedorismo para crianas 35

    Projeo de Vendas

    Os fatores considerados para as projees de vendas foram:

    Pesquisa de mercado realizada para levantamento de potencial de mercado

    e preos dos produtos.

    Valores cobrados dos cursos no Boot Camp de R$ 720,00; R$ 770,00;

    R$ 834,00; R$ 882,00 e R$ 944,00 pelo mdulo de trs dias nos anos 1 ao 5,

    respectivamente. E ainda R$ 1.045,00; R$ 1.118,00; R$ 1.196,00; R$ 1.280,00

    e R$ 1.370,00 pelo mdulo de sete dias nos anos 1 ao 5, respectivamente.

    Valores de R$ 180,00; R$ 193,00; R$ 206,00; R$ 221,00 e R$ 236,00 pelos cur-

    sos nas escolas particulares parceiras nos anos 1 ao 5, respectivamente.

    Crescimento com base no retorno das aes de marketing e propaganda.

    Tendo como premissa o fato de a proposta de valor ser inovadora e o conceito diferenciado da Criana Feliz

    e contando com boa gesto e administrao do negcio, pretendemos chegar a um crescimento de pelo

    menos 300% em receita do primeiro ao quinto ano da empresa.

    Uma das informaes mais importantes de todo o PN a projeo de vendas. Mas no basta apenas mostrar os resultados que sero obti dos ao longo dos anos. Deve-se descrever cada premissa chave responsvel pelo crescimento das vendas. Isso no fi cou claro o sufi ciente aqui, pois se falou apenas do preo de cada curso.

    A subjeti vidade da equipe (feeling) foi usada aqui para tentar explicar porque a empresa vai mais que triplicar o faturamento em 5 anos. Essa informao pode ser contestada por carecer de embasamento mais preciso, porm extremamente plausvel que a empresa cresa neste patamar em 5 anos. Essa perspecti va vislumbrada pelos empreendedores da Criana Feliz pode inclusive ser considerada conservadora demais por outros empreendedores.

    4.500.000

    2.500.000

    4.000.000

    2.000.000

    3.500.000

    1.500.000

    500.000

    3.000.000

    1.000.000

    0Ano 1

    Lobo Guepardo Leo Escolas

    Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

    Receita [R$] da Criana Feliz para os primeiros cinco anos

    Uma maneira bastante efi ciente de se apresentar a projeo de receita o uso de grfi cos e tabelas destacando os resultados dos principais produtos/servios (pergunta E). Para fi car ainda mais completa, nessa seo os empreendedores poderiam apresentar ainda uma projeo de parti cipao de mercado da empresa. Isso fi cou invivel neste PN, pois a Criana Feliz est desenvolvendo um novo mercado dentro do setor de educao complementar de crianas, o que difi culta o levantamento de informaes.

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  • 36 Plano de Negcios: exemplos prticos

    8. Estratgia de Crescimento

    A escola Criana Feliz pioneira em sua modalidade de negcio e busca,

    com isso, consolidar sua marca, tornando-se top of mind entre as esco-

    las de educao infantil complementar e, consequentemente, blindar o

    mercado contra possveis concorrentes entrantes desde o incio de suas

    atividades. Atravs da anlise SWOT a seguir, foi possvel identificar todos

    os pontos de diferenciao do negcio em comparao com a concorrncia, assim como pontos de me-

    lhorias que meream ateno especial.

    Foras Metodologia de ensino multi disciplinar diferenciada (ati vidades ldicas e acampamento)

    Flexibilizao gil dos formatos dos cursos para adaptao para diversas modalidades (acampamento, treinamento em sala de aula etc.)

    Produto nico no mercado

    Fraquezas Marca desconhecida

    Negcio em fase inicial, necessitando de desenvolvimento de toda metodologia e materiais sem uma referncia a ser seguida

    Equipe pouco experiente no negcio a ser explorado

    Poucos recursos fi nanceiros prprios e dependncia de fi nanciamento externo

    Oportunidades Potencial de crescimento acentuado do pblico-alvo nos prximos anos

    No h concorrncia focada no core business da empresa

    Pais buscam cada vez mais cursos complementares diferenciados para seus fi lhos

    Parcerias com escolas de idiomas j renomadas

    Ameaas Outras modalidades de educao infanti l complementar podem agregar mdulos de empreendedorismo/fi nanas a seus cursos (escolas de idiomas, acampamentos etc.)

    Escolas de ensino fundamental e mdio podem incluir curso de empreendedorismo/fi nanas na grade de disciplinas regulares

    Novos concorrentes entrantes com mesmo modelo de negcios

    Os empreendedores rati fi cam o posicionamento da empresa e seu diferencial.

    A anlise SWOT apresenta as principais foras, fraquezas, oportunidades e ameaas da empresa de maneira clara e objeti va. Essas so as bases para a defi nio da estratgia de crescimento da empresa (perguntas B, C, D e E).

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  • 38 Plano de Negcios: exemplos prticos

    9. Finanas

    A planilha financeira completa que acompanha

    esse PN contm todas as premissas utilizadas nas

    projees financeiras da Criana Feliz. Segue uma

    sntese dessas informaes.

    Premissas comerciais Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

    Preo Mdulo Unitrio 720,00 770,00 824,00 882,00 944,00

    Preo Mdulo Completo 1.045,00 1.118,00 1.196,00 1.280,00 1.370,00

    Preo Mdulo Escola 180,00 193,00 206,00 221,00 236,00

    Premissas de nmero de usurios Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

    Estudantes (Escola) Mdia mensal 240 259 280 302 327

    Boot Camp Lobo Mdia mensal 90 97 105 113 122

    Boot Camp Guepardo Mdia mensal 60 65 70 76 82

    Boot Camp Leo Mdia mensal 20 22 23 25 27

    Oramento com marketi ng Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

    Oramento de propaganda/comunicao 120.000,00 192.600,00 206.082,00 220.507,74 235.943,28

    Telemarketi ng ati vo 43.200,00 46.224,00 49.460,00 52.922,00 56.626,00

    Oramento total de mkt ao ano 163.200,00 238.824,00 255.542,00 273.430,00 292.570,00

    Premissas de custo de Monitores por ms Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

    1 monitor para cada 7 estudantes 24 26 28 31 33

    Pagamento (unitrio) 800,00 856,00 916,00 980,00 1.049,00

    Valor total mensal 19.429,00 22.452,00 25.945,00 29.982,00 34.647,00

    Ao iniciar a seo de Finanas, sempre importante apresentar resumidamente as principais premissas uti lizadas e que deram base s projees. Aqui, poderiam ainda ser includas premissas relacionadas aos impostos e taxas pagas, que constam na planilha do PN (pergunta C).

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  • Captulo 3 Plano de negcios de uma loja de produtos artesanais 61

    diretores, haver um gerente de vendas e sero criados dois cargos de

    superviso: supervisor de loja e supervisor de logstica (supply chain),

    que sero subordinados diretoria comercial.

    Todos os scios da empresa devero re-

    ceber pro labore de 1 (um) salrio mni-

    mo vigente, no perodo de 24 meses, a

    partir da criao da empresa. Aps esse

    perodo, a retirada de pro labore ser de

    R$ 6.000,00 e definida pelo conselho. Os

    demais funcionrios devero receber sa-

    lrios condizentes com o mercado, bem

    como auxlio-refeio, transporte e plano

    de sade.

    A seguir, apresenta-se o organograma da estrutura de gesto da empresa

    Casa de Artesanato, demonstrando o foco na rea comercial/vendas.

    Prev-se, inicialmente, a contratao de dois funcionrios para cada um dos quiosques, que trabalharo

    em perodos opostos, com perodo comum em horrios de maior fluxo de visitantes nos shoppings, ob-

    tendo, assim, melhor qualidade de atendimento ao cliente. Na loja, sero trs funcionrios (um supervi-

    sor de loja e dois vendedores), com previso de crescimento no ano 4.

    Ao se defi nir que os scios recebero apenas um salrio mnimo de pro labore durante dois anos, entende-se que esto comprometi dos com o negcio e que possuem outras fontes de renda para sua manuteno e das respecti vas famlias. Os investi dores gostam dessa abordagem, desde que isso no comprometa a dedicao dos scios ao negcio.

    Uma maneira de deixar a empresa mais enxuta a terceirazao de reas de suporte. Aqui, os empreendedores optaram por essa estratgia (pergunta F). Os custos envolvidos nos servios de terceiros devem ser includos nas projees fi nanceiras, o que muitos empreendedores se esquecem de fazer em seus PNs.

    DiretorComercial/Mkt

    Supervisor de loja

    DiretorAdm/Financeiro

    Supervisor deSupply Chain

    Gerentede vendas

    VendedoresAssistente Financeiro

    Conselho

    A apresentao de um organograma deixa clara a estrutura de pessoal do negcio (pergunta E).

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  • 62 Plano de Negcios: exemplos prticos

    A seguir apresentado um grfico comparativo da evoluo do nmero

    de funcionrios necessrios para a empresa. O crescimento progressi-

    vo, de acordo com o planejamento de aumento do nmero de quiosques.

    No grfico, so apresentados apenas os colaboradores contratados em

    regime CLT. Os recursos terceirizados podero ser dimensionados para

    atender demanda da empresa.

    5. Pr

    5. Produtos e Servios

    Temos como base produtos e artefatos decorativos artesanais. A partir do conceito proposto pelo Conse-

    lho Mundial do Artesanato, define-se como artesanato toda atividade produtiva que resulte em objetos e

    artefatos acabados, feitos manualmente ou com a utilizao de meios tradicionais ou rudimentares, com

    habilidade, destreza, qualidade e criatividade. So encontrados em nosso portflio diferentes tipos de ar-

    tesanatos:

    Artesanato tradicional: representati vo das tradies de determinado grupo;

    Artesanato de referncia cultural: produtos cuja caractersti ca a incorporao de elementos cul-

    turais tradicionais da regio em que so produzidos;

    A quanti dade de funcionrios nos dois primeiros anos parece coerente com a proposta de terceirizao de outros processos da empresa. Porm, com o crescimento do negcio talvez a empresa devesse considerar a contratao de mais pessoas, j que chegar ao quinto ano com apenas 19 pessoas parece bastante oti mismo (pergunta F).

    Evoluo do nmero de funcionrios da Casa de Artesanato

    20

    18

    16

    14

    12

    10

    8

    6

    4

    2

    0Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

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  • Captulo 3 Plano de negcios de uma loja de produtos artesanais 63

    Artesanato conceitual: objetos produzidos a parti r de um projeto de-

    liberado de afi rmao de um esti lo de vida ou afi nidade cultural. A

    inovao o elemento principal que disti ngue esse artesanato das

    demais categorias.

    Na base de todos os nossos produtos, h sempre uma proposta, uma afirma-

    o sobre estilos de vida e de valores, sobretudo aqueles ligados ao movimen-

    to ecolgico, naturalista e sustentvel. Os produtos so destinados a todos

    ambientes domsticos (salas, quartos, cozinhas, reas externas e banheiros):

    Conjuntos em tear manual

    Almofadas

    Tapetes

    Jogos americanos

    Artefatos decorati vos

    Cermica, cabaa e madeira

    Esculturas

    Quadros

    Molduras

    Cadeiras

    Mesas e mesas de centro

    Bancos

    Criados-mudos

    Luminrias

    Vasos

    Artefatos decorati vos

    Metais e outros materiais

    Cabideiros

    Paneleiros

    Casti ais

    Lustres

    Luminrias

    Molduras

    Artefatos decorati vos

    Os produtos so descritos como artesanato sustentvel. O benef cio que proporcionam atender a uma demanda crescente dos consumidores em busca de solues ecologicamente corretas, inovadoras e sustentveis nos vrios ambientes residenciais. Isso poderia ter fi cado mais claro (pergunta A).

    Esta seo poderia ter tratado um pouco mais sobre como os produtos so desenvolvidos, quem os faz e qual o apelo que procuram atender . Houve apenas a descrio dos vrios itens do portf lio, o que no sufi ciente (perguntas B, C e D no foram completamente abordadas).

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  • 64 Plano de Negcios: exemplos prticos

    6. Estrutura e Operaes

    A empresa Casa de Artesanato possuir sua principal unidade de negcios no Shopping D&D. Essa unidade

    de 50m estar dividida entre uma loja e um escritrio no mezanino, onde ser a base para as operaes

    da empresa. A partir dessa unidade, ser controlado o estoque da loja e tambm dos quiosques, que sero

    montados em outros cinco pontos na cidade de So Paulo/SP, nos Shoppings Lar Center, Anlia Franco,

    Eldorado, Bourbon e Morumbi.

    O padro do quiosque a ser montado dever possuir muitas reas de vitrine

    para expor a grande variedade de produtos. A dimenso do quiosque ser

    de 10m, e o investimento em material e equipamentos para a montagem

    gira em torno de R$ 10.000,00. O quiosque

    dever possuir computador, telefone e in-

    ternet. O aluguel de um quiosque dessas

    dimenses em shoppings classe A e B custa

    entre R$ 8.000,00 a R$ 12.000,00/ms. O

    quiosque dever seguir as normas de ins-

    talao determinadas por cada shopping-

    -alvo. O abastecimento de produtos nesses

    quiosques dever ser semanal, inicialmen-

    te, podendo ser aumentada a frequncia, dependendo da demanda. Cada quiosque ter dois funcionrios

    capacitados e treinados para o portflio de produtos da empresa, e seus horrios de turno sero adequados

    realidade de cada shopping.

    Todo o estoque da empresa ficar em posse da empresa terceirizada para realizar o estoque e a logstica

    dos produtos. O responsvel por esse processo ser o supervisor de supply chain, e os itens sero enviados

    para os quiosques ou para a loja, dependendo da demanda de vendas.

    O contato e a prospeco de fornecedores sero de responsabilidade da diretoria comercial, e novos produ-

    tos devero ser includos no portflio da empresa e disponibilizados para a

    loja e os quiosques.

    Esse contato com os fornecedores ser di-

    reto, via telefone, feiras de artesanatos e

    sites. Ser priorizado o fornecimento dos

    produtos por meio de consignao e com-

    pra. Os fornecedores devem atender ao

    Mostra a localizao do negcio nos shoppings; descreve resumidamente como ser a estrutura da loja e dos quiosques e cita inclusive os investi mentos; trata dos principais processos operacionais, sem entrar em detalhes: estocagem, logsti ca, gesto de fornecedores (incluindo seus critrios de seleo) (perguntas B e E).

    As perguntas C e G no so tratadas diretamente, mas os fornecedores dos produtos que so responsveis por esses aspectos!

    No trata especifi camente de P&D. Na verdade, quem faz a pesquisa e o desenvolvimento so os fornecedores. Ento, esse item no se aplica aqui diretamente (pergunta A). Poderia ainda ter abordado o processo de seleo dos produtos (pergunta D).

    No discorre sobre regulamentaes e certi fi caes. Esses poderiam ser diferenciais para a venda dos produtos, como por exemplo a adoo de um selo verde (pergunta H).

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  • Captulo 3 Plano de negcios de uma loja de produtos artesanais 65

    O servio ps-venda geralmente no tratado com a devida ateno pelos empreendedores (foi o caso aqui, j que no mencionaram o fato), mas, cada vez mais, tem sido fator-chave para o sucesso nos negcios, pois fi deliza (ou no) os clientes! (pergunta F).

    Mostra o processo de reposio de estoque nos pontos de venda.

    principal critrio da Casa de Artesanato: uso de materiais sustentveis, que no agridam o meio ambiente,

    produzindo materiais de alto padro de qualidade. Ser dada preferncia, primeiramente, a fornecedores

    ou revendedores (atacado) do estado de So Paulo, devido a proximida-

    de e facilidade de transporte. Posteriormente, busca-se a abertura para

    fornecedores diretos de todo o pas. O recebimento dos produtos feito

    em estoque terceirizado, de onde distribudo para nossa loja principal e

    quiosques de shoppings centers.

    Novos pedidos so feitos aps o remanejamento de produtos entre os

    pontos de venda, evitando sobra de produtos nos estoques. Um software

    interligando loja, quiosque e estoque ser controlado pelo Departamento

    Comercial, administrando, assim, a quan-

    tidade de produtos em nosso sistema. Tal

    departamento tambm controla o tempo de pedidos aos fornecedores,

    que ser calculado de acordo com a distncia do fornecedor e o respectivo

    tempo de entrega, sempre com o cuidado de no esperar acabar o produto

    destinado venda.

    O treinamento e capacitao dos funcionrios de vendas ficaro a cargo

    do gerente de vendas, respondendo para o diretor comercial. O setor

    de recursos humanos e departamento de pessoal ser terceirizado.

    7. Marketing e Vendas

    A Casa de Artesanato ter como objetivo focar e conquistar clientes das

    classes A e B. O negcio comear estrategicamente no primeiro ano com

    uma loja em um shopping especializado em mveis e decoraes e mais

    duas filiais instaladas em outros dois shoppings em forma de quiosques.

    No segundo, terceiro e quarto anos, ser aberto um quiosque por ano. A

    divulgao ser por meio de folders, cartazes, internet e jornais de divul-

    gao localizada.

    A terceirizao do processo de RH e outros implica custos com fornecedores/parceiros. Esses dados precisam constar na seo fi nanceira do PN!

    Resume a estratgia de desenvolvimento do negcio. Este item deve ser abordado em mais detalhes na seo Estratgia de crescimento!

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  • 66 Plano de Negcios: exemplos prticos

    Posicionamento

    Oferecer produtos de decorao artesanal, de pequenos mveis a

    suvenires para a complementao de ambientes, com foco em pro-

    dutos verdes, isto , itens com procedncia sustentvel, produzidos

    com materiais que no agridam o meio ambiente e adquiridos de artesos de regies carentes do Brasil.

    Haver dois portflios de produtos: um para oferta na loja principal e outro para comercializao nas

    filiais (quiosques).

    Preo

    A Casa de Artesanato oferecer um

    portflio de produtos diferenciados, com destaque em sustentabilida-

    de. Esse diferencial estar refletido no preo dos produtos (acima da

    mdia do mercado).

    Praa

    Nosso mercado potencial ser a Grande So Paulo, por meio da captao de clientes usurios dos prin-

    cipais shoppings da cidade. Inicialmente, o canal internet ser utilizado somente para a divulgao das

    lojas e de seu portflio de produtos. Pretendemos participar das

    principais feiras e eventos de decorao e artesanato promovidos na

    Grande So Paulo, como a Mega Artesanal. E, sempre que possvel,

    das feiras regionais nas regies produtoras de objetos de decorao e

    artesanato, com o objetivo de nos manter sempre atualizados e reali-

    zar a renovao dos portflios.

    Propaganda/Comunicao

    A divulgao ser por meio de folders, cartazes, internet e jornais de di-

    vulgao localizada. O oramento de marketing para o primeiro ano ser

    de R$ 15.000,00, com prioridade para os canais internet, cartazes e folders

    para distribuies nos locais de venda. A partir do segundo ano, ser rea-

    lizada divulgao por meio de jornais e revistas locais, e, medida que o

    negcio evoluir, projeta-se inserir chamadas em revistas especializadas em

    decorao, design e artesanato.

    A estratgia ter preos mais caros que a mdia do mercado, devido ao diferencial que os produtos propiciam. A pesquisa de mercado realizada rati fi cou que essa estratgia no est errada, j que as pessoas esto dispostas a pagar mais por isso (pergunta B).

    Est bem defi nida a localizao dos vrios pontos de venda. A capitalizao do fato das unidades estarem em shopping fi ca evidente devido ao grande fl uxo de pessoas (pergunta C).

    O oramento parece muito pequeno para tantas aes. As aes em feiras/eventos deveriam fazer parte da estratgia de propaganda/comunicao e tambm incorrem em custos que no foram previstos aqui! (pergunta D).

    A estratgia de marketi ng apresentada com uma sntese dos 4Ps.

    Deixa claro o posiscionamento (verde/sustentvel) e a oferta diferente de produtos na loja e nos quiosques (pergunta A).

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  • Captulo 3 Plano de negcios de uma loja de produtos artesanais 67

    Projeo de vendas mensais

    Faturamento:

    25 produtos da linha de mveis, com faturamento mdio de R$ 2.452,80/unidade

    300 produtos de arte em palha, com faturamento mdio de R$ 218,40/unidade

    500 produtos esotricos, com faturamento mdio de R$ 164,40/unidade

    50 produtos de arte em resina, com faturamento mdio de R$ 843,98/unidade

    50 produtos de quadros e retratos, com faturamento mdio de R$ 2.368,80/unidade

    100 produtos de cermica, com faturamento mdio de R$ 462,00/unidade

    25 produtos de escultura, com faturamento mdio de R$ 2.582,40/

    unidade

    50 produtos de pedras no preciosas, com faturamento mdio de R$

    691,20/unidade

    100 produtos complementares, como almofadas, velas, arranjos flo-

    rais, mscaras etc., com faturamento mdio de R$ 592,80/unidade

    Premissa de pblico estimado

    Em mdia, aproximadamente 900 mil pessoas frequentam os shoppings a

    cada ms (fonte: ABRASCE www.portaldoshopping.com.br). Atravs de

    pesquisas realizadas em quiosques de shoppings de So Paulo que vendem

    produtos decorativos, projetamos que 0,08% dos frequentadores compra-

    ro produtos da Casa de Artesanato. Assim, estimamos vendas na ordem de

    395 itens para a loja principal e 161 itens para cada quiosque mensalmente.

    Considerando uma loja e dois quiosques no primeiro ano, teremos um total

    de 8.604 itens. Porm, consideraremos que a mdia de venda mensal ir va-

    riar, tendo o primeiro ms vendas na ordem de 20% do total a ser atingido;

    no segundo ms, 25%; no terceiro ms, 30%; no quarto ms, 35%; no quin-

    to ms, 40%; no sexto ms, 50%; no stimo ms, 60%; no oitavo ms, 70%; no nono ms, 80%; no dcimo

    ms, 90%; no dcimo primeiro ms, 100%; e no dcimo segundo ms, 100%. Sendo assim, a previso real

    de venda do primeiro ano de 5.019 itens, considerando que o faturamento do quiosque ser em torno de

    30% da loja principal, porque esses no iro comercializar mveis e grandes esculturas. Haver uma mar-

    gem de 140% sobre o valor de custo dos produtos.

    As premissas para a projeo de vendas foram objeti vamente apresentadas, o que um diferencial. Espera-se que sejam condizentes com o que se uti lizou como premissa na planilha do PN. Isso porque no basta defi nir quanto a empresa vai faturar em cada ano. necessrio que se apresente um memorial de clculo com a lgica proposta pelos empreendedores para se chegar aos nmeros. Aqui, isso foi feito de maneira adequada (pergunta E). Por outro lado, no foi apresentada uma perspecti va de parti cipao de mercado, algo dif cil de mensurar em um mercado pulverizado, como o caso do artesanato.

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  • 68 Plano de Negcios: exemplos prticos

    Para o segundo ano, a loja e os dois primeiros quiosques vendero a quan-

    tidade de itens prevista em 100% e ser aberto o terceiro quiosque, que

    ter a previso de vendas gradual, como foram os quiosques no primeiro

    ano. No terceiro ano, a loja e os trs quiosques tero previso de venda

    de 100%, e ser aberto o quarto quiosque, com previso de venda gradual

    como os outros em seu incio. No quarto ano, a loja e os quatro quiosques

    tero previso de vendas de 100% e o quinto quiosque ser aberto com

    previso de venda gradual como os anteriores. No quinto ano, a loja e os

    cinco quiosques tero previso de venda de 100%.

    A partir das premissas, projetou-se o faturamento da Casa de Artesanato

    para os prximos 5 (cinco) anos, considerando a localizao da loja, dos

    quiosques e o valor agregado da sustentabilidade que ser oferecido como

    diferencial dos produtos comercializados. Com isso e as aes de divulgao

    do negcio, espera-se que a Casa de Artesanato chegue a mais de R$ 10

    milhes de faturamento no quinto ano.

    Faturamento [R$] projetado para a Casa de Artesanato

    12.000.000,00

    10.000.000,00

    8.000.000,00

    6.000.000,00

    4.000.000,00

    2.000.000,00

    Ano 1 Ano 2 Ano 3

    Vendas na LojaVendas em Quiosques

    Ano 4 Ano 5-

    Apesar da clareza da explicao das premissas, algumas parecem irreais. No faz senti do imaginar um crescimento linear do negcio ao longo dos primeiros meses. E aps o primeiro ano de cada unidade as vendas mantm-se no patamar mximo, o que tambm parece irreal. O empreendedor deve tomar cuidado com as projees, pois fatores como sazonalidade e perfi l do pblico de cada ponto de venda infl uenciam nos resultados. Aqui, as projees foram bem explicadas, mas parecem estar longe de um cenrio provvel (pertunta E).

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  • Captulo 3 Plano de negcios de uma loja de produtos artesanais 69

    Aqui, enfati za-se o conceito do negcio e mostram-se sua misso, ou razo de existi r, e a viso de crescimento (pergunta A).

    A anlise SWOT possibilita identi fi car as principais foras, fraquezas, oportunidades e riscos ao negcio (perguntas B, C, D, E). Mas no basta apenas citar essas informaes na tabela. H que se mostrar como miti gar os riscos, como tentar eliminar as fraquezas, como aproveitar os pontos fortes e ainda capitalizar sobre as oportunidades. Nos pargrafos que so apresentados aps a tabela, os empreendedores tentam cumprir esse desafi o.

    8. Estratgia de Crescimento

    A Casa de Artesanato tem como objetivo facilitar o acesso da grande massa

    consumidora a produtos sustentveis de decorao artesanal, por meio da

    venda direta a ser realizada em uma loja e em quiosques distribudos em

    shoppings de So Paulo. Os produtos vendidos pela Casa de Artesanato se-

    ro sua nica fonte de receita. A expanso dos pontos de venda pode ocor-

    rer diante da anlise de resultado dos primeiros quiosques, levando em considerao o forte crescimento

    desse setor da economia. A anlise de SWOT deixar mais claros os objetivos da Casa de Artesanato.

    Foras

    Produto sustentvel: cada vez mais, uma necessidade mundial

    Localizao: grande circulao de possveis clientes

    Variedade de produtos

    Fraquezas

    Necessidade de aporte fi nanceiro para incio

    Logsti ca com os fornecedores Alto custo de aluguel dos quiosques em shopping

    Fonte nica de receita

    Oportunidades

    Setor de decorao em crescimento no Brasil e com expectati va de conti nuidade

    Falta de produtos desse ti po disponibilizados em shoppings

    Possibilidades de parcerias com incorporadoras e construtoras

    Ameaas

    No aceitao do produto pelos clientes que frequentam o local dos pontos de venda.

    Principais redes varejistas criarem solues de venda focadas no posicionamento da empresa

    Tendo em vista a anlise SWOT realizada, a estratgia de crescimento da Casa de Artesanato levar em

    considerao a venda de produtos artesanais sustentveis de decorao em shoppings de classe A e B

    em So Paulo, visando atingir, de forma mais fcil, o cliente que procura um produto de decorao e

    no quer se deslocar at um polo artesanal, como, por exemplo, a cidade de Embu das Artes, e focando

    no apelo sustentvel, que o assunto mais importante do momento com

    relao a meio ambiente. Em pesquisa de campo realizada, foi possvel

    identificar que a maioria das pessoas entrevistadas daria preferncia a

    um produto sustentvel e pagaria at 20% a mais pelo produto.

    A fonte nica de receita e o alto custo dos

    aluguis em shoppings de So Paulo podem

    Aqui, fala-se da estratgia, mas no se apresentam objeti vos e metas claros. As estratgias so os meios para se ati ngirem os objeti vos, e no o contrrio! (pergunta G).

    Mostra como pretendem superar as fraquezas.

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  • Material complementar

    Todo material complementar deste livro encontra-se no site www.josedornelas.com.br e pode ser obtido gratuitamente: planilhas

    apresentaes

    textos explicativos sobre conceitos apresentados no livro

    exemplos de planos de negcios

    check-list sobre aspectos-chave do plano de negcios

    vdeos com dicas e conceitos acerca do plano de negciosAlm disso, voc pode desenvolver seu plano de negcios gra-

    tuitamente atravs do software on-line www.easyplan.com.br, que contm vrios planos de negcios completos para edio, cpia e reproduo. No site www.planodenegocios.com.br, voc encontra ainda diversas informaes, cursos on-line e recursos para auxiliar no desenvolvimento de seu PN.

    No livro Empreendedorismo, transformando ideias em neg-cios, h referencial terico completo e detalhado para auxili-lo no entendimento da teoria sobre plano de negcios.

    No livro Plano de negcios, seu guia definitivo, voc ter aces-so a uma metodologia comprovada e eficaz no desenvolvimento de planos de negcios (a mesma utilizada neste livro) e pode conhecer um exemplo de plano de negcios (comentado) de uma empresa do setor de turismo.

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