Revista forma viagem por compostela

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Ano 01. Nº 01. Abril 2012

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Trabalho realizado pela professora de História da Arte e História da Arquitetura com os alunos do 3º período do curso de Arquitetura e Urbanismo das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, no 1º semestre de 2012.

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Ano 01. Nº 01. Abril 2012

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Reptage especal: Ua vage p Cpstela

Rafael epesenta s flsfs geg-ans

A ate d eals

Dav: Mchelangel e a pefeta epesenta d cp

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Cata a let

Nessa edição da revista Forma, apresentaremos matérias sobre o

Renascimento e o Barroco. Dois estilos de época que ocorreram

respectivamente e revolucionaram tanto na arquitetura, quanto na pintura e

escultura.

Fomos buscando os mais diversos assuntos sobre esses temas.

Procurando matérias que elevassem o interesse e conhecimento do leitor. Por

isso, essa edição contem duas matérias sobre o Renascimento e duas sobre o

Barroco. Procurando atender não somente sobre a arquitetura desses estilos,

mas também, sobre a pintura e escultura.

A primeira matéria a ser apresentada é sobre um artista plástico

renascentista. Cujo nome é Rafael Sanzio. Falaremos sobre sua obra “A escola

de athenas”. Essa matéria foi escrita por Heidy Caroline e recebeu o nome de:

Rafael representa os filósofos grego-romanos.

A segunda matéria é chamada: A arte do realismo. Escrita por Juliana

Rodrigues. Que remete a arte barroca. Falando sobre um artista excepcional e

importante dessa época, o Michelangelo Merisi ou simplesmente Caravaggio.

Destacando o realismo, naturalismo e tenebrismo de sua obra: A cabeça de

Golias.

A terceira, sobre Catedral de Santiago de Compostela, foi criada por

Aklla Mota. Um exemplo grandioso da arquitetura Barroca. Exibindo seus

detalhes e sobre seu entorno. Uma matéria fascinante e que como principal,

colocamos uma de suas imagens na capa. Recebeu o titulo de Reportagem

especial: Uma viagem por Compostela.

A ultima foi criada por Maria Claudia Flávio. Recebeu o titulo: “David:

Michelangelo e a perfeita representação do corpo”. Voltada à escultura do

Renascimento e a um grande escultor, pintor, arquiteto, entre outros, chamado

Michelangelo. Destacando os detalhes dessa escultura sobre o herói bíblico

Davi.

Esperamos que essas matérias estejam de total agrado dos leitores.

Aguçando seus sentidos sobre a arte, arquitetura e esculturas dessas épocas.

Boa leitura.

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Eqpe: Aklla Mta Mnz

Hedy Calne Babsa Aaal lana Rdges Cndd

Maa Clda lv els

acldades ntegadas tgas Aqteta e Ubans

Hsta da Ate e da Aqteta ala Alcntaa vane Maqes

A revista forma lança a sua primeira edição com

o objetivo de trazer informações sobre História da

Arte e Arquitetura.

Preparamos uma edição especial com questões

sobre o Barroco e o Renascimento.

Na matéria principal, mostra o esplendor da

Catedral De Santiago Compostela e a história de seu

caminho de peregrinação desde a era medieval até

os dias atuais.

Esperamos que nossas publicações sirvam

para pesquisas e informação aos leitores.

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Na arte renascentista, a pintura e

a escultura, os seus artistas tiveram

como influência a observação do

mundo e nos princípios matemáticos e

racionais como: harmonia, equilíbrio e

perspectiva. Um dos principais artistas

renascentistas italianos foi Rafael

Sanzio(1483-1520).

Rafael foi um

importante artista

plástico italiano da

época

do Renascimento.

Nasceu na cidade

de Urbino e morreu

na cidade de Roma .

Filho de um pintor obscuro,

Giovanni Santi. É

considerado o príncipe dos

pintores, elegeu

especialmente a pintura e

a arquitetura como meios

de expressão. Sua arte foi

reconhecida graças a

suavidade e perfeição de

suas obras. A Escola de

Athenas, é considerada

uma das suas maiores

obras, foi pintada por ele

em uma sala do Palácio do

Vaticano por encomenda

do Papa Júlio II.

5 6 de abril de 1483

6 de abril de 1520.

Rafael representa na Escola de Athenas, os

filósofos grego-romanos

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A Escola de Athenas, é

considerada uma das suas

maiores obras, foi pintada por

ele em uma sala do Palácio

do Vaticano por encomenda

do Papa Júlio II. Ela pode ser

considerada uma celebração

da filosofia.

Rafael não criou sua

ilustração com figuras , como

era comum nos séculos XIV e

XV. Mas, agrupou os

principais personagens de

pensadores e filosófos juntos

num amplo espaço, numa

enorme moldura arquitetural.

Esta moldura tem como

característica essencial uma

alta cúpula, uma abobada

sem teto e sem pilastra. Esta

moldura é caracterizada por

uma alta cúpula, uma

abóbada sem teto e pilastras.

Ele possivelmente teve como

inspiração na arquitetura

romana.

A Escola de Athenas mostra

diversos filósofos gregos e não

gregos de diferentes épocas, além

de vários cientistas, estão

entretidos em animada

conversação.

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Os principais

personagens,

Platão e

Aristóteles, são

mostrados no

centro da pintura e

dominam toda a cena

Ambos carregam livros. Platão

tem em mãos o Timeu, um de

seus diálogos mais estudados

pelos renascentistas; Aristóteles

segura o seu livro Ética a

Nicômaco. O filósofo Sócrates

também está presente nesta

obra, argumentando perante

diversos ouvintes. Uma

curiosidade que pode resaltar é

que uma parte da obra foi

pintada por Michelângelo

(1475/1564).

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Michelangelo Merisi, ou

simplesmente Caravaggio, chegou a

Roma na primeira metade da década de

1590, em um momento em que era

necessária uma renovação da arte.

Graças à sua inovação com realismo

intenso, foi usado o termo: naturalismo,

para descrevê-lo. Realismo esse, que

utilizava prostitutas e mendigos como

modelos para santos, apresentação de

apóstolos em trajes puídos, ou ainda

encenação dos momentos decisivos das

narrativas cristãs como simples fatos

cotidianos.

Identificado como um

artista barroco. Tem como

uma das características

importantes em suas

obras, o tratamento de

luz. Conhecido como

tenebrismo, que consiste

em projetar luz sobre as

formas com contraste

intenso e brusco com as

sombras. Isso ocorre em

seus quadros, graças ao

fundo preto e a cena

principal com detalhes de

luz para contrastar.

Caravaggio tinha uma

atitude artística de

rebeldia contra as

convenções do momento.

O estranho realismo do

pintor consistia não em

copiar e observar a

natureza, mas em

sobrepor o valor moral da

prática ao valor intelectual

da teoria.

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A arte do realismo

Caravaggio, A cabeça de Golias

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Uma importante obra de

Caravaggio que vale a pena ser

citada, é Davi com a cabeça de

Golias. Uma obra que

atualmente se encontra no

Museu do Prado, Madrid. Que

remete ao momento em que o

herói bíblico Davi, após degolar

o gigante Golias, esta

segurando sua cabeça com a

mão esquerda, e na direita, está

à espada como símbolo de

vitoria. Na historia bíblica, Davi

vai lutar contra o gigante Golias

já que ninguém mais se atreveu

a tal feito. Ganhando a luta e

livrando a cidade do medo.

Remetendo a obra, na

composição, as figuras de David

e de Golias aparecem

intensamente iluminadas,

emergindo de um fundo negro,

tão característico da pintura

deste artista. E exibindo as

partes destacadas com o uso de

luz. Como notamos em seus

rostos, corpo e na espada. Alem

disso, pode-se notar o realismo

em todos os detalhes.

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A expressão de Golias

(totalmente humanizada) e o olhar

de Davi para o inimigo. Esta obra

constitui mais um exemplo do

estilo realista e tenebrista iniciado

por Caravaggio no barroco.

Contra a corrente saudosista de

seu tempo, plasmou uma arte

arraigadamente humana, realista

e original. Morreu aos 39 anos, a

poucos quilômetros de Roma,

sem ter retornado à cidade.

Porem, sua arte revolucionaria

ficou para sempre. Sendo

marcada pelo realismo,

tenebrismo e naturalismo. E cem

anos depois, ainda apreciamos a

arte sem amarras que era a de

Caravaggio.

Caravaggio, A cabeça de

Golias

(Óleo sobre tela 125x101

cm./Museu Galeria

Borghese, Roma)

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Símbolo da Igreja

Católica espanhola, Compostela

é um patrimônio da humanidade.

Para muitos cristãos à Catedral

de Compostela simboliza uma

visita à Terra santa. São mais de

cem mil visitas por ano e é um

dos locais de peregrinação mais

procurados no mundo. Ela faz

parte de um antigo caminho de

peregrinação medieval, o

caminho de Santiago. Existe

uma lenda local, diz que em 813

um ermitão localizou seu túmulo

em um local indicado por uma

chuva de estrelas,

assim surgiu a expressão

‘’Campus Stella’’ (campo de

estrela) dando origem ao

nome Compostela.

Uma viagem por Compostela

A Catedral

também faz

homenagem

a Santiago

Maior,

padroeiro e

protetor do

Reino da

Espanha.

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A Catedral foi uma grande

escola de cantaria onde se

formaram famílias e gerações

de canteiros, que espalharam

por toda Galiza o aprendido

durante sua construção.

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A Catedral está situada no

centro histórico da cidade,

no centro da província de

Corunha em Galiza,

Espanha. A Catedral de

Santiago de Compostela

está cercada por quatro

praças: Praça do Obradoiro,

Praça da Acibecharia, Praça

das Pratarias e a Praça da

Quintana. A catedral é uma

fusão de estilos, onde

predomina o românico. Mas

quem ganha destaque são

suas duas maiores torres,

construídas no século XVII,

auge do barroco. A mistura

resulta em ricos detalhes na

fachada.

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A fachada principal da catedral

chama-se Obradoiro, o que

significa "trabalho de ourives",

devido à talha artística e

detalhada dos pedreiros que a

realizaram em princípios do

século XVIII. A Catedral de

Santiago possui famosos

elementos. São eles o Pórtico da

Glória, construído no século XI,

esculpido em pedra figuras que

contam histórias bíblicas ao

Antigo e Novo Testamento, do

Gênesis ao Apocalipse.

Consta de uma planta em

cruz latina de três naves. Na

cabeceira situa-se a capela-

mor, rodeada por uma

charola pela que se acede a

cinco capelas radiais

menores. Esta estrutura

segue os exemplos

franceses dos templos de

peregrinação.

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Durante o século XVI, a

peregrinação começou a diminuir

em consequência da Reforma

protestante, e as portas da catedral

se fecharam. Somente no século XX

o caminho foi recuperado e hoje

milhões de peregrinos percorrem as

trilhas a pé, a cavalo ou de bicicleta.

Muitos encaram a viagem como um

ato espiritual e de meditação; outros

são seduzidos pelos museus,

culinária, monumentos históricos ou

vinícolas do percurso. Não importa

qual seja o motivo: o viajante será

recompensado com uma das mais

maravilhosas construções

arquitetônicas da humanidade.

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O Bota Fumeiro, um grande

incesário, Banhado em

prata, o maior do mundo

com 1,60 m de altura e pesa

62kg vazio.

.

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Em Florença havia um

grande bloco de mármore

esboçado por Agostino de Duccio,

mas que foi abandonado antes de

ser esculpido. Leonardo da Vinci e

Andrea Sansovino disputavam a

honra de transformar o bloco em

uma obra de arte.

Mas foi Michelangelo quem

ficou responsável pela tarefa,

por causa da sua já

consagrada fama de escultor

genial dada ao mesmo por

causa de seu Baco e de

sua Pietà (esculpida aos vinte

e três anos).

Entre os anos 1501 e 1504,

Michelangelo esculpiu Davi

neste enorme bloco de

mármore e a obra é

considerada uma das mais

belas representações do

corpo humano da história da

arte. A colossal escultura de

um adolescente de mais de

quatro metros e meio de

altura foi colocada, a princípio

em frente ao Palazzo

Vecchio, na Piazza della

Signoria, principal praça da

cidade de Florença. Mas a

nudez do Davi despertou a ira

dos Florentinos, que até o

apedrejaram. Por isso, em

1545, foi pedido a

Michelangelo que cobrisse as

partes íntimas de Davi com

folhas de parra em ouro. Em

1873, a obra foi transferida

para a Galleria

dell’Accademia, na própria

Florença, onde pode ser

admirada atualmente.

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Se para os cidadãos o Davi

era uma imagem pagã, para

Michelangelo era a mais

perfeita forma criada por

Deus: o corpo masculino.

Para Michelangelo, um belo

corpo era algo de divino.

Essa crença do artista é

comprovada nos versos que

ele dedicou a seu amante

Cavaliere, quando diz que:

"em nenhum lugar Deus se

mostra mais a mim em sua

graça do que em alguma bela

forma humana; e só isso

amo, pois nisso Ele se

espelha". A obra de

Michelangelo não somente

representa um adorável

corpo nu, mas também as

proposições máximas da

estética e da filosofia do

Renascimento. No

Renascimento era

considerado grande escultor

aquele que produzisse o

simulacro - a ilusão de que a

vida habitava o mármore -

pela sua habilidade técnica.

Aquele que pudesse

reproduzir quase que

fielmente uma figura, o

estado de emoção, físico e

de espírito em que ela se

encontra, era considerado

um grande artista.

Além disso, o artista deve não

só obter uma total semelhança

do objeto, mas deve

acrescentar-lhe a beleza. Desse

modo, o Davi de Michelangelo

satisfaz plenamente a teoria

artística do Renascimento.

A beleza do corpo despido de

Davi revela o profundo

conhecimento que o escultor

tinha de anatomia.

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Page 15: Revista forma   viagem por compostela

Além dessa perfeita

representação do corpo

humano, Michelangelo também

foi impecável quando se trata

da fisionomia, que emana uma

certa calma no rosto de Davi,

que é contraditória com a

tensão interior que e percebida

pela postura do seu do torso

ligeiramente inclinado e pela

cabeça voltada para o lado. O

herói bíblico não mostra nem

sinais do combate vitorioso nem

demonstra alguma arrogância,

mas transmite uma força viril.

Davi é um herói sem espadas,

sem vestimentas e sem

armadura. Michelangelo é

inovador ao retratar a

personagem no momento

imediatamente anterior à

batalha contra o gigante Golias,

quando Davi está apenas se

preparando para enfrentar

alguém que todos julgavam

impossível de derrotar, diferente

de Donatello e Verocchio, que

também representaram Davi

em seus trabalhos, mas após a

batalha

Michelangelo não foi nada

pitoresco ao criar essa

escultura, apenas retratou a

beleza pura.

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