Revista Belleza Total 04

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Edição da Revista Belleza Total, 04, diagramada por Mosh Brasil

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Expediente

Revista Belleza TotalAno 1 | nº 4julho/agosto

EditorCláudio Roberto Gonçalves

Jornalista ResponsávelAna Maria de Jesus - DRTPR 5316

Comercial Kelly Lima

Projeto Gráfico e DiagramaçãoRicardo Mota Jurça

Capa Naideron Jr.

Tiragem20 mil exemplares

ImpressãoPosigraf

Distribuição Gratuita

Envie sua sugestão ou crítica para o e-mail:

[email protected]

twitter @revbellezatotal

Telefone para contato: 41 3383-6168

Os artigos assinados são de respon-sabilidade dos autores, não refletindo necessariamente a opinião da revista.

EditorialA revista Belleza Total, traz em sua quarta edição uma en-trevista com a atriz Adriana Birolli , revelação positiva da novela Viver a Vida. Em visita à capital paranaense para a divulgação da peça Manual Prático da Mulher Desesperada, Adriana fala de sua carreira, do prêmio que recebeu como atriz revelação e do carinho do público.

Para aqueles que estão na dúvida se investem na carreira ou na maternidade, não podem deixar de ler a matéria A difícil escolha entre filhos e carreira. Além de depoimentos de mulheres que contam como conciliaram filhos e o sucesso profissional, o Dr. Ricardo Teodoro Beck, especialista em reprodução humana, fala sobre o assunto e o medo que o público feminino tem em engravidar após os 35 anos.

Outra matéria de destaque é sobre o tema suicídio. Assun-to delicado, mas que ainda assombra muitas famílias bra-sileiras. Profissionais competentes falam sobre o assunto e dão dicas de como identificar em pessoas próximas a de-pressão.

Nesta edição publicamos a história da Anna Christina Brusqui, vencedora da promoção Esta é a Minha História. A história mostra que, apesar dos tropeços que temos na vida, é possível superar e viver bem. Agradecemos a participação dos leitores e parabenizamos a todos que conseguiram dar a volta por cima, afinal de contas, estamos no mundo para sermos felizes.

Boa leitura e até a próxima edição

Cláudio Roberto GonçalvesEditor da Revista Belleza TotalDiretor da Rede Farmatotal

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06Adriana Birolli

Largo da Ordem

10 Plus Size

15 Hiperidrose

16 Casamento à beira-mar

17 Ceratocone

18 Curiosidades

19 Quando a mulher não consegue se previnir

20 Belleza

28 Fique por dentro

34 Proerd nas escolas

Filhos ou Carreira?22

12Largo da Ordem12Largo da Ordem12Largo da Ordem12Largo da Ordem12Largo da Ordem12

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35 Neurotransmissores

36 Casa Cor Paraná 2010

38 Brechó está na moda?

44 Viver com qualidade

45 Tuberculose

47 Agenda Cultural

48 Literatura paranaense em luto

50 Viver e vencer sem medo

30O que leva ao

Suicídio26A importância do Pré-Natal

40Namoro virtual

26A importância do Pré-Natal

26A importância do Pré-Natal

26A importância do Pré-Natal

26A importância do Pré-Natal

26A importância do Pré-Natal

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A vilã mais querida do Brasil

Adriana Birolli descobriu cedo a sua paixão pelos palcos. Iniciou a carreira aos oito anos de idade e, aos 13, começou a produzir. Aos 22 anos, Adriana apresenta um excelente cur-rículo: 15 peças teatrais, duas novelas – Viver a Vida e Beleza Pura -, além da participação especial no Programa

Faça a Sua História, onde contracenou com Zezé Polessa e V ladimir Brichta. O namoro de Adriana com a telinha começou em 2007, quando passou a fazer par-te da Oficina de Atores da Rede Globo e, no mesmo ano, fez uma participação especial na novela Beleza Pura, portanto, Viver a Vida não é a primeira novela da carreira da atriz, mas sem dúvida nenhuma, a mais importante.

Para Adriana, fazer uma nove-la do consagrado autor Manoel Carlos foi muito prazeroso. “O texto do Ma-noel é uma delícia e poder usá-lo como matéria-prima é um privilégio”, elogia. A boa atuação no folhetim fez com que o seu papel, que não era tão grande, crescesse na trama, o que possibilitou que a Isabel atuasse em outros núcleos da novela, além do elenco familiar.

Destaque positivo da novela Viver a Vida, Adriana Birolli também ganhou o prêmio Melhores do Ano como atriz revelação no programa Domingão do Faustão

Adriana Birolli

Por Ana Maria Fotos: Naideron Jr.

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A Isabel não media as palavras para fa-lar coisas que ela intitulava como verdade, mas mesmo assim, o personagem caiu no gosto do público. É comum, quando o ator ou a atriz faz o papel de vilão encontrar certa rejeição do pú-blico, pois acabam confundindo o personagem com a pessoa que está representando. “A Isabel era muito sincera, mas o jeito dela colocar essa sinceridade foi feita de uma maneira tão gosto-sa que o público se divertia com ela”, explica a atriz. “Sem dúvida, a Isabel foi um grande pre-sente que ganhei. Foi maravilhoso”, completa.

Adriana explica que a Isabel é com-pletamente diferente dela e, esta diferença, foi um dos desafios que enfrentou, mas também que tornou o seu trabalho ainda mais praze-roso. “A partir do momento que o público co-nheceu um pouquinho da Adriana, eles per-ceberam que eu não tenho nada da Isabel e, interpretar um personagem que não se parece com você é um grande desafio e isto é muito legal”, explica.

Atualmente Adriana mora no Rio de Janeiro devido às gravações da novela e a parti-cipação em programas da casa. Viver na cidade carioca facilita sua vida profissional.

Para a atriz, Curitiba é cidade mode-lo, o fato de não morar na capital paranaense não quer dizer que tenha ido embora. “Aqui é o lugar onde nasci, onde está a minha fa-mília, minhas referências, meus amigos. Curitiba continua fazendo parte da mi-nha vida. Ninguém que tenha morado em Curitiba vai embora definitiva-mente da cidade”, relata.

Com o término da no-vela, a atriz está viajando com a peça Manual Prático da Mulher Desesperada. Em Curitiba a apresentação aconteceu em maio e, em junho, foi a vez

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do interior do Paraná ver de perto a atuação de Adria-na. A receptividade e o carinho do público paranaense foi grande e a peça um sucesso. Após o Paraná, a peça segue para Porto Alegre e depois para todo o Brasil.

A Isabel era considerada namoradeira, ao ser perguntada como anda o coração, a atriz resume: “A Isabel era namoradeira e a Adriana é trabalhadeira”, brinca.

Manual Prático da Mulher Desesperada

Na peça Manual Prático da Mulher Desespe-rada, Adriana Birolli vive Alice, uma mulher de 28 anos, bem sucedida financeira e profissionalmente e com muitos amigos. Em um sábado à noite, Alice fica esperando o telefonema do namorado. O desespero de sentir-se sozinha enquanto não recebe a ligação a corrói e, para se distrair, ela vai até um salão de beleza desabafar com o manicure Celinho para quem relata os seus problemas, principalmente os amorosos.

Cansada, Alice resolve não esperar mais e vai até uma boate onde conhece Everton, um verdadeiro

ogro que a convida para dançar de forma bizar-ra. Alice decide continuar a noite inesquecível com o homem que dança terrivelmente mal.

Ao final de tanto desespero, Alice co-meça uma reflexão sobre suas atitudes, se todo o seu esforço está valendo a pena e se não seria melhor estar desacompanhada.

As situações que a Alice vive não é um caso particular. Afinal, que mulher nunca ficou esperando um telefonema da pessoa amada? “A peça é de um texto de 1929, mas continua super atual. Nada muda desde 1929? É, nada muda”, brinca a atriz.

A peça, além de contar com a atuação de Adriana Birolli , tem no elenco o ator, tam-bém curitibano, Alex Bassi. A direção é de Ruiz Bellenda.

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O que é necessário para ser modelo? Se a resposta foi: ser magra, sem curvas e vestir, no máximo, ma-nequim 38, você precisa se atualizar nas novidades do mundo fashion. Na Europa e nos Estados Unidos as mode-los plus size possuem visibilidade e já ocupam o seu espaço no mercado. No Brasil, esse mercado ainda não é muito grande, mas cresce a cada dia.

De acordo com Noemia Ri-beiro, administradora da agência de modelos Casa Blanca que está a 32 anos no mercado, o Brasil tem mais de 40 milhões de obesos e não se pode marginalizar as pessoas que vestem ta-manho GG, pois toda mulher, seja ela magra ou gordinha, gosta de estar bem vestida e com roupas da moda. “As mu-lheres com curvas mais generosas, aca-

bam não comprando o estilo de roupa que gostam, mas sim as que estão dispo-níveis para o seu tamanho, e isso acaba causando uma frustração e atinge a sua auto estima”, explica.

Noemia conta que a ideia de criar um casting para modelos plus size, é suprir esta parte do mercado que se encontra bastante deficitário. Os clientes passaram a cobrar das agên-cias modelos com manequins maiores, pois passaram a investir nessa fatia do mercado. Após anunciar que estava se-lecionando modelos plus size, muitas mulheres procuraram a agência.

Noemia informa que ainda são poucas as marcas que trabalham roupas para mulheres que vestem acima do manequim 42, mas que não leva-rá muito tempo para investirem nesse mercado.

Plus SizeModelos GG em foco

Úrsula Fernanda Schmidt Coas, modelo da agência, disse que a sua carreira não foi planejada. “Estava ounvido rádio e escutei que a agência estava selecionando modelos com ma-nequim acima do 42, então resolvi ar-riscar”. Úrsula relata que só contou para a família que era modelo plus size após o convite para esta entrevista.

A administradora da agência lembra que apesar de fazerem parte de um casting plus size, é necessário que as modelos tenham cuidados com o corpo. Para a modelo Luana Garcia, cuidar do corpo é fundamental, inde-pentende do tamanho do manequim. “Eu bebo muita água, evito gorduras, faço exercícios e massagens regular-mente”, ensina.

O mercado está tão promis-sor, que eventos de moda estão acon-tecendo por aqui. Em janeiro de 2010, aconteceu o Fashion Week de modelos plus size, onde marcas especializadas apresentaram roupas para tamanhos grandes. Concurso

No dia 19 de agosto a Casa Blanca fará um concurso para modelos plus size. De acordo com Noemia, será uma forma de encontrar rapidamente modelos de tamanho grande, a fim de suprir o mercado com belíssimas pro-fissionais.

Os destaques do concurso terão na agência aulas de maquiagem, nutrição, de vídeos, entre outros.

Por Ana MariaFoto: Luana Nahyara

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Antes que se descobrisse ouro em Minas Gerais, as vilas de Curitiba e Paranaguá concentravam expectativas de riqueza para Por-tugal no Novo Mundo, no século XVII. Apesar dos pontos espalhados de mineração, o início do desenvolvimento da Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, lá em 1693, foi na praça central (atual Praça Tiradentes), de onde “subia para o norte as suaves encostas de São Francisco e para o sul descambava num escoadouro de águas”, como diziam antigas descrições. O Centro His-tórico segue exatamente estas “suaves encostas”.

O conjunto histórico de Curitiba é considerável, pelo fato de ela ter mais de 300 anos num continente tão novo. Grande parte deste conjunto está numa região só, delimitada como Setor Histórico. Desde o século XVIII, ali foi palco de intenso comércio dos colonos,

que vinham da periferia nas suas carroças com produtos hortifrutigranjeiros para vender, e também faziam compras nas

casas comerciais da época. Essa movimentação propiciou o surgimento de núcleos culturais e estabelecimentos de arquitetura representativa. Desde a casa colonial mais antiga conservada até a monumental construção em estilo neoclássi-co. Das origens portuguesas do calçamento até a mesquita islâmica, ou ainda seus restaurantes étnicos e regionais.

Hoje conhecida como Largo da Ordem, a região ainda possui a pavimentação original em paralelepípedos, assim como o tino comercial e o título de “corredor cultural”. Da-queles tempos até hoje, existe uma efervescência artística e intelectual que é o maior elo entre a cultura popular e a cultura erudita. Vitrine desta expressão cultural é a Feira de Arte e Artesanato, que acontece todo domingo há 35 anos.

Pode-se dizer que há um cuidado com o lugar, seja a partir de um plano de urba-nismo para preservar casarões dos séculos XVIII e XIX, seja pela melhoria da acessibilidade de pedestres ao núcleo central. Ou ainda, pela legis-

lação especial de proteção e a restauração das an-tigas construções, hoje adaptadas para atividades culturais ou para restaurantes, pubs e mini-shop-pings. Sendo importante ponto turístico, possui segurança reforçada por câmeras devido à movi-mentação. Galerias de arte, sebos, monumentos, bares, teatros, exposições e artesanato dividem o mesmo espaço. Tanta facilidade, somada ao ar boêmio, faz o Largo da Ordem ser marcante, no passado e no presente, para todo tipo de encon-tro. Apresentamos algumas opções nas páginas a seguir.

Subindo a Ladeira...

Conhecer o Setor Histórico exige fôlego. Partimos da confluência das ruas Barão do Serro Azul e São Francisco, no Centro, onde está o monumento erguido em homenagem a Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, padroeira de Curitiba. A imagem esculpida em bronze, mede 2 metros e meio, pesa 650 quilos e está num pe-destal cilíndrico de 10 metros de altura. Próxima ao marco zero na Praça Tiradentes, esta é a quar-12

TURISMO

Por Ana Maria e Thatiana BuenoColaborou: Antonio Liccardo

TURISMO TURISMO TURISMO

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ta imagem da padroeira existente na cidade. As outras também estão no Centro Histórico e adjacências, no Museu Paranaense (estátua em barro cozido), no Museu de Arte Sacra, na Catedral da praça do marco zero (estátua em cedro do Mar Báltico) e no Memorial de Curitiba. Saindo deste monumento em direção à Rua São Francisco, um olhar inicial acusa uma longa subida: esse é o caminho.

CASA DA MEMÓRIA Inaugurada em 1981, é formada por duas edificações. Uma delas é a Casa Piekarz, unidade histórica construída em 1910, onde estão acervos históricos e culturais, biblioteca especializada na história do Paraná, acervo bibliográfico e audiovisual. Hoje abriga a Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação da Fundação Cultural. Tel. (41) 3321-3236.

LARGO DA ORDEM E BEBEDOURO O nome oficial desde 1917 é Largo Coronel Enéas, em homenagem ao coronel Benedito Enéas de Paula. Já chamou, também, "Páteo de Nossa Senhora do Terço", "Páteo da Capela" e "Páteo de São Francisco das Chagas". No centro da região existia um chafariz, demolido quando a rede de água e esgoto foi instalada. Mas até hoje ali está o antigo bebedouro para animais, de meados do século XVIII, construído com o pedestal de pedra e uma bacia em ferro, onde os tropeiros e fazendeiros costumavam dar de beber a seus cavalos e mulas.

MEMORIAL DE CURITIBA Inaugurado em 15 de agosto de 1996, o prédio em forma estilizada de pinheiro, árvore símbolo do Paraná, possui cinco mil metros quadrados e estrutura de ferro, com as paredes laterais e cobertura de vidro laminado. Possui quatro pavimentos e um terraço pano-râmico. É um espaço dedicado às artes, folclore, informações e me-mória. Estão expostas peças artísticas como, por exemplo, o córrego “Rio de Pinhões”, do escultor Elvo Benito Damo, cujo leito é revesti-do de pinhas e pinhões. Em cima do local destinado à apresentações musicais, existe um mapa histórico-geográfico, em azulejos, execu-tado por Poty Lazarotto e um painel representando gralhas-azuis. Há a Capela da Fundação, com altares restaurados e uma imagem de Nossa Senhora da Luz, e ainda o livro da fundação de Curitiba, expostos num espaço especialmente desenhado para abrigar peças do início da história curitibana. Tel. (41) 3321-3313

PRAÇA GARIBALDI Antes de ser inaugurada, em 1946, com o nome de Praça Garibaldi, era Praça Dr. Faria Sobrinho e, mais tarde, Praça do Rosá-rio. Abriga construções importantes, galerias de arte, lojas de antigui-dades, de artesanato, e a Fonte da Memória, escultura de uma cabeça de cavalo instalada em 1995, feita em bronze pelo artista plástico Ricardo Tod para recordar a época em que os imigrantes e tropeiros davam água aos animais que puxavam suas carroças. Aos domingos acontece, nesta praça e adjacências, a Feira de Arte e Artesanato.

RUÍNAS DE SÃO FRANCISCORemanescentes de uma construção inacabada que seria a Igreja de São Fran-cisco de Paula. Em 1811, a capela-mor e a sacristia ficaram prontas, contudo, em 1860, parte das suas pedras foram retirada para reformas na igreja matriz. É um local envolto em mistérios e lendas, uma das quais relata a existência de um tesouro ali enterrado, do pirata Zulmiro. Existem relatos, não confir-mados, de que foram construídos túneis ligando as ruínas a outros pontos de Curitiba. Fechadas com grades para protegê-las da depredação e do mau uso, juntamente há um anfiteatro ao ar livre e uma arquibancada. Debaixo da arquibancada foi construída uma passarela coberta em forma de arcos, cha-mada de Arcadas, onde estão instaladas galerias de arte.

Foto: Isabel Jurça

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IGREJA DA ORDEM A Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas, conhecida como Igreja da Ordem, foi construída em 1737 e é a mais antiga de Curitiba. Originalmente, era a Igreja de Nossa Senhora do Terço. O nome atual foi dado com a chegada da Or-dem de São Francisco em Curitiba, em 1746. O nome Largo da Ordem foi sendo incorporado por causa desta edificação, que já teve um convento anexo, passou por desabamento e serviu de paróquia na chegada dos colonos poloneses. Em 1880, com a visita do imperador D. Pedro II, foi feita uma restauração definitiva, com a conclusão da torre e doação dos sinos pelos senhores da erva-mate. A igreja era frequentada pelos imigrantes alemães nessa época, sendo os ofícios celebrados no seu idioma até 1937. Tantas reformas descaracterizaram sua arquitetura, ori-ginalmente colonial. Tombada em 1965, foi novamente restaurada no período de 1978/80. Anexo à igreja está o Museu de Arte Sacra, que desde 1981 é um espaço definitivo para o museu da Arquidiocese de Curitiba. Possui relíquias das principais igrejas de Curitiba, num acervo com mais de 800 peças.

MUSEU PARANAENSE Fundado em 1876, o Museu Paranaense foi o primeiro museu do Paraná e o terceiro do Brasil. Possui um acervo com cerca de 300 mil peças e documentos. São peças etno-gráficas de origem indígena de várias partes do Brasil, peças arqueológicas, mapas do Brasil-Colônia, peças históricas das antigas capitanias do sul do País e obras de arte. Este Museu já teve abrigo em várias sedes desde sua fundação. Em 2003 foi instalado neste prédio, construído nos anos 1920 e que já foi, também, Palácio do Governo e sede do Tribunal Regional Eleitoral. Para visitar fique atento: de terça a sexta, das 9h30 às 17h30, sábado e domingo, das 11h às 15h. Tel. (41) 3304 3300.

MESQUITA A mesquita de Al Imam Ali Ibn Abi Tálib, templo religioso dos mulçu-manos em Curitiba, foi inaugurado no ano de 1972. Com característica do estilo arquitetônico islâmico, possui uma cúpula central tendo ao seu lado duas torres. Seguindo as prescrições religiosas, a sua construção foi orientada em direção à cidade de Meca. O local conta com escritórios, bibliotecas, anfiteatros além de um belíssimo jardim. O local está aberto para visitas mediante contato prévio pelo telefone: (41) 3222-4515.

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A hiperidrose é uma doença ainda pouco divulgada, e sua característica é o excesso do suor nas axilas, palmas das mãos e pés, nas costas, e couro cabeludo. O distúrbio é causado por uma disfunção do nervo simpático e normalmente tem o seu início na infância ou adolescência, mas pode ocorrer em qualquer idade.

A jornalista Marina Cotovicz, possui hiperidrose desde criança e relata que aprendeu a conviver com o distúr-bio e que uma toalhinha faz parte do seu dia-a-dia. “Eu suo muito nas mãos e nos pés desde os cinco anos, mas só descobri que era distúrbio aos 12”.

O Dr. Sato explica que algumas hiperatividades das glândulas sudoríparas leva à transpiração excessiva como, por exemplo, o hipertireoidismo, distúrbios psiquiátricos, menopausa, obesidade, algumas medicações e alterações emocionais.

De acordo com o dermatologis-ta, a doença não ocasiona graves problemas ao organismo, mas pode afetar atividades corriqueiras como escrever, apertar à mão de alguém e segurar papéis, atitudes que, em certas ocasiões, podem causar constran-gimentos. Marina conta que já passou por

alguns desses constrangimentos. “Sempre tem aquela parte chata de cumprimentar alguém e a mão estar molhada. A pessoa disfarça e acaba passando a mão na calça ou na blusa para secar. Antes eu tinha vergonha, mas agora já acho engraçado”, conta.

Tratamento

Dr. Sato explica que existem tratamentos cirúrgicos e paliativos para a hiperidrose. “Nos tratamentos paliativos são utilizadas várias técnicas, como uso de desodorantes, substâncias que contenham cloreto ou cloridróxido de alumínio, medi-camentos ou injeção de toxina botulínica”, explica. O botox é aplicado nas axilas e antes do procedimento se realiza um teste na pele para verificar qual o local de maior sudorese. Após a localização dos pontos (geralmente 25 pontos por axila), aplica-se uma pequena quantidade de botox.

O uso do botox é recomenda-do para os adultos com casos de suor ex-cessivo, principalmente nas axilas. Para as crianças são mais indicados os trata-mentos a base de cremes.

Cirurgia De acordo com o cirurgião toráci-co, Gustavo Werner Ramasco, antes de qual-

quer procedimento cirúrgico é importante que o paciente vá a uma consulta médica para saber a causa da doença. Para o médico, a ci-rurgia de simpatectomia torácica só deve ser recomendada para casos selecionados.

A avaliação pré-operatória é muito importante, pois pode ocorrer uma hiperi-drose compensatória, ou seja, o problema ocorrer em outro lugar do corpo. “Em alguns pacientes pode agravar o suor na região das costas, abdômen ou membros inferiores em dias muito quentes, na prática de exercícios fí-sicos ou em situações de estresse. Na maioria das vezes, estes sintomas são amenizados de seis meses a um ano após a cirurgia”, esclarece Ramasco.

A hiperidrose causa constrangimento no convívio social

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Por Ana MariaIlustração: Ricardo Jurça

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O casamento nunca sai de moda, o que varia é a ma-neira como cada cerimônia é realizada. Uma opção que está sendo cada vez mais procurada por casais moderninhos e ro-mânticos é o casamento na praia.

Um belíssimo cenário embalado pelo som das ondas levou a coordenadora de evento Priscila Viero dos Santos Ienaguire, a reali-zar o seu tão sonhado casamento na praia. A cerimônia foi realizada na Pousada Pedra da Ilha, na praia Alegre, em Penha (SC).

A coordenadora de eventos conta que sempre teve o sonho de casar na praia e, sempre que assistia um casamento desta forma em filmes, a vontade só aumentava. Por ser uma situação que ainda não é tão comum, os cuidados para que tudo desse certo foi redobrado. “A preocupação da minha família era de que os convidados não fossem bem atendidos ou, se chovesse, pudes-se estragar o evento”, revela. Para isso é preciso contar com uma equipe especializada para realizar os sonhos dos noivos.

Após a cerimônia, os noivos podem optar por um luau com decoração e buffet tropical, fogueira e tochas na areia. Alguns optam por oferecer um diferenciado e requintado cardápio que pode ser montado a pedido. Entre as opções mais requisitadas estão filé mignon com molho aspargo, salmão com alcaparras ou molho de maracujá, lula recheada com tomate seco e ricota e escalope ao molho madeira e champignon.

De acordo com Ramon Vaillati, administrador da pousada, os meses mais adequados para se casar na praia da Pe-nha são março, outubro e novembro, por serem os meses que tem a menor probabilidade de chuvas e menor intensidade de ventos.

Para realizar um casamento na praia, é preciso agen-dar com bastante antecedência, pois é necessário obter junto a delegação marítima a autorização para a cerimônia.

Nos convites, é interessante informar que a cerimô-nia será na areia ou à beira-mar e providenciar mapas indicati-vos para que os convidados se desloquem com rapidez e segu-rança. O protetor solar é item obrigatório.

A opção é cada vez mais procurada entre os noivosCasamento à beira-mar

Por Ana Maria Fotos:Thais Scremin

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Os problemas de visão, para muitas pessoas, se resumem a três: astig-matismo, hipermetropia e miopia. As ou-tras doenças mais graves, por não afetarem uma parcela significativa da população, acabam tornando-se pouco conhecida e, consequentemente, pouco prevenidas, o que deixa os pacientes mais vulneráveis. Esse é o caso do ceratocone, que deixa a córnea mais fina - no formato de um ‘cone’ - devido a pressão interna dos olhos que a projeta para frente.

A doença, que é indolor e não-inflamatória, é caracterizada por um afinamento progressivo da porção central da córnea. Com esse afina-mento, a pessoa percebe uma baixa na qualidade da visão, podendo variar o grau de acordo com o tecido corneano afetado. Para o oftalmologista Waldir Portellinha, presidente do Conselho da Sociedade Brasileira de Cirurgia Refra-tiva, este mal, em 90% dos casos atinge

os dois olhos e se inicia, geralmente, na adolescência, lentamente, como uma espécie de miopização e astigmatismo no olho, podendo evoluir em alguns meses, ou, em outros casos, levar anos para se desenvolver.

O especialista abordou o tema em congresso nos EUA e afirma que se o paciente for diagnosticado em estado precoce da doença, a perda da visão poderá ser corrigida pelo uso de óculos. Já com o astigmatismo irregular e estágio mais avançado é necessário o uso de lentes de contato rígidas. “Em al-guns casos, quando a doença atinge um grau avançado - em aproximadamente 20% dos casos -, o transplante corneano é a única saída para a correção óptica”, esclarece.

Para os pacientes que neces-sitam de transplante, o procedimento é rápido e prático. Dr. Portellinha lem-

bra que não é necessária a internação, porém é preciso passar por um rígido acompanhamento ambulatorial. Após a intervenção cirúrgica, é realizado o ponto, que será retirado seis meses de-pois, mas não prejudica em nada a visão durante o pós-operatório.

Após este período, o paciente necessitará de um check-up oftalmoló-gico anual para evitar eventuais proble-mas de visão.

Conjuntivite X Ceratocone

Muitas pessoas acreditam que coçar os olhos pode causar ceratocone, já que o contato do dedo com a córnea poderia prejudicá-la. O oftalmologista garante que “quem sofre com esta do-ença costuma ter conjuntivite alérgica (coceira nos olhos), mas nem todas as pessoas que tem conjuntivite alérgica sofrem de ceratocone.

Doença, que em alguns casos requer até transplante de córnea para correção óptica, atinge 0,05% da população

Ceratocone: um mal silencioso e desconhecido

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Curiosidades

Por que os gagos conseguem cantar sem gaguejar?

As pessoas gagas sentem certa dificuldade em se comunicar verbalmente. O processo da fala envolve a tradução de pen-samento linguístico, cuja linguagem oral se faz necessária para que as praxias envolvidas na articulação ocorram de forma sincrônica e apropriada. Essa habilidade do proces-samento de segmentação temporal no cérebro é afetada.O gago pode cantar sem quaisquer dificuldades pois o canto não possui uma fala auto-expressiva (aquela que não precisa ser trabalhada antes de pronunciada), pois o rítmo e a letra da música já existem, assim ele não precisa processar a fala para cantar.

De meia-tigelaA expressão “de meia-tigela” nasceu em Portugal , é usado quando se quer desqualificar as habilidades de alguém. Todo aquele que possuía terra tinha posição social privile-giada e era chamado de senhor feudal. Temendo que suas terras diminuíssem com o passar do tempo, vários senhores feudais concediam os seus direitos de herança ao filho pri-mogênito. Com essa atitude, os demais integrantes da prole ficavam à mercê de alguma atividade ou posto eclesiástico que lhes garantisse o sustento. Todo filho de nobre que não herdava terras era conhecido como “fidalgo de meia-tigela”. Isso porque também eram proibidos de participar de um importante banquete ritual onde se fazia a quebra de pratos, louças e tigelas que serviam as refeições. Por fim, sobrava ao pobre fiho de nobre os restos de sua posição social, ou seja, as meias-tigelas.

Símbolo da sorteHá registros que a ferradura era considerado um amuleto podero-so desde a Grécia Antiga. Alguns dos motivos era porque o obje-to tinha sua origem no ferro, elemento que os gregos acreditavam proteger de todo o mal. Outro motivo é que o formato da ferradura lembrava a lua crescente, símbolo de fertilidade e prosperidade.

A doença mais antiga do mundoA hanseníase é a doença mais antiga do mundo. Os pri-meiros registro dessa doença datam de 1350 a. C.. Ape-sar de ser muito antigo, o tratamento para a doença só foi descoberto nos anos 80. O Brasil é o segundo país no ranking, ficando atrás somente da Índia.

Você sabia que a voz envelhece?Como as demais partes do corpo, a nossa voz também en-velhece. Isto ocorre devido a ação natural do organismo onde há o engrossamento das cordas vocais, a redução do desenvolvimento das articulações, alterações hormonais e emocionais, maus hábitos, calcificação das cartilagens, atrofia da musculatura laríngea e a perda da capacidade pulmonar.

Ilustrações: Ricardo Jurça

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As mulheres costumam cuidar mais da saúde do que os homens. Mesmo com toda a prevenção, algumas doenças acabam sendo mais comuns entre elas. “A enxaqueca, por exemplo, atinge quatro vezes mais as mulheres do que os ho-mens. A doença de Alzheimer e a esclerose múltipla também são mais comuns entre as mulheres”, aponta o neurologista Dr. Cleverson Gracia.

A maior incidência dessas doenças é devido ao pró-prio organismo. “A ação dos hormônios femininos potencia-lizam o surgimento dessas doenças”, explica o neurologista. Além disso, não existem formas de prevenção. “A enxaqueca é hereditária e a esclerose múltipla não possui uma causa co-nhecida”, conta. O mal de Alzheimer também não tem gran-des opções preventivas, exceto procurar exercitar a mente.

Para diagnosticar as doenças neurológicas, a con-sulta é fundamental. “Conforme o histórico de cada paciente e os sintomas apresentados são definidos os exames e trata-mentos adequados”, informa Dr. Gracia. “É importante lem-brar que as gestantes precisam redobrar seus cuidados, pois a enxaqueca e a esclerose múltipla complicam durante a gravi-dez”, alerta.

O surgimento de algumas doenças é favorecido pela ação dos hormônios femininos

Quando a mulhernão consegue se previnir

Enxaqueca

Costuma provocar uma dor forte, late-jante e unilateral. Geralmente ocorre ainda a fo-tofobia (dificuldade de olhar para a luz), fonofo-bia (reação negativa a qualquer barulho), náuseas e vômito. A enxaqueca costuma ser mais longa que uma dor de cabeça, e pode durar de 4 até 72 horas.

Doença de Alzheimer

Esquecimentos frequentes, mudanças de comportamento e dificuldade de raciocínio são comuns no início da doença.

Esclerose Múltipla

Os sintomas são problemas visuais, distúrbios de linguagem, de equilíbrio e força, dificuldades para andar, fraqueza transitória no início da doença, dormências nas extremidades do corpo e fadiga crônica.

Ilustração: Ricardo Jurça

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Bolão do Golden

Zen eau de Parfum ConCentratedO novo Zen Concentrated traz uma sensualida-de atemporal em um aroma instigante que pro-voca um sentimento de tirar o fôlego e, um dos componentes aromacológicos é a f lor de lótus que alivia o estresse. Zen Eau de Parfum Con-centrated Edição Limitada é uma reinterpreta-ção da feminilidade moderna.

O Golden Hair já se preparou para a Copa do Mundo e além da decoração, os profissionais fazem serviços espe-cializados sob a temática do futebol como unhas decora-das, dreads e penteados estilizados. Nos dias de jogos do Brasil, o seu palpite no Bolão do Golden, pode lhe render a sorte de ganhar o kit torcedor com produtos especiais da linha Keune.

O creme Sense Touch oferce cuidado especial para mãos e unhas, pois associa a proteção do silicone, manteiga de cupuaçu, vitaminas e queratina o que proporciona suavida-de e nutrição. A ação reparadora também auxilia no fortale-cimento das unhas.

SenSe touCh

O Power Paste da Keune é um produto que propor-ciona maior durabilidade e resistência ao penteado, garantindo a modelagem para criação de visuais mo-dernos, ideal para cabelos curtos e médios. Resistente a água e possui agradável fragrância.

Power PaSte

Belleza

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linha aCtive

Para manter a pele hidratada, longe das impurezas do dia a dia, a Korai Cosmética apresenta sua linha de óleos corporais. O Silk Oil English e Silk Oil Lullaby são óleos perfumados que, ao entrarem em contato com a água, formam uma camada protetora na pele. Na fragrância de frutas, estão disponíveis o Bi-phase Silk Oil Buriti e Silk Oil Maracujá.

Os produtos que trazem novidades da linha Active pos-suem fórmulas tecnologicamente mais avançadas. Os itens de tratamento antissinais trazem opção em refil para três faixas etárias: 30+, 45+ e 60+. Os lançamentos pos-suem as tecnologias exclusivas – Priox-In+ , comucel + Matrixyl, desenvolvida pelo Centro de Pesquisa da Idade O Boticário. O produto trabalha diretamente nos proces-sos de envelhecimento da pele e reagem de forma proativa às mudanças climáticas.

flor de Cerejeira

A L’Occitane destaca a linha Flor de Cerejeira com , obje-tivo de tornar os cuidados com o corpo ainda mais praze-rosos. O Perfume Sólido Flor de Cerejeira é indicado para as peles mais delicadas, por conter em sua composição cera de abelha, que ajuda a suavizar a pele. Com fragrân-cia feminina e suave, possui um formato diferenciado. A linha ainda conta com o sabonete líquido, loção corporal e Eau de toilette.

ÓleoS CorPoraiS

O Natura Erva Doce Escalda-Pés chega para diminuir o estresse e o ritmo do dia a dia. Com formulação suave, pH fisiológico e princípios ativos capazes de preservar o equilí-brio da pele, alívio da pressão dos pés, conforto e bem-estar. A linha oferece 15 produtos para limpeza, hidratação, deso-dorização e proteção com texturas leves.

eSCalda-PéS

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É comum surgir a dúvida se o melhor para o momento é ter filhos ou in-vestir na carreira profissional. Esta é uma decisão difícil tanto para os homens quan-to para as mulheres. Mas com certeza, no universo feminino está mais presente. O receio, muitas vezes, é o de não conseguir voltar ao mercado de trabalho e o de dei-xar o filho, tão novinho aos cuidados de terceiros. Outra preocupação feminina é referente ao periodo de fertilidade, pois

o seu relógio biológico está em constante tique-taque.

Para a jornalista Adriane Wer-ner, a relação entre a maternidade e a car-reira profissional foi harmoniosa. A gesta-ção ocorreu ainda quando era estagiária e, apesar da gravidez não ter sido planejada, foi a melhor época para o nascimento de sua filha, mesmo no corre-corre da pro-fissão. “No início fiquei apreensiva, pois o

sucesso profissional era uma das minhas metas, mas posso dizer que a Paola só me trouxe sorte porque após o seu nas-cimento eu só cresci profissionalmente”, conta. Para a jornalista esta difícil decisão não deve ser imposta e sim resolvida em comum acordo entre o casal. “A mulher precisa estar segura da sua decisão e, para isso, não pode existir a pressão pois, ine-vitavelmente, a pressão levará à frustração”, complementa.

A Difícil escolhA entrefilhos e carreiraPor Ana Maria

A jornalista Adriane Werner e sua filha, Paola

Fotos: Arquivo pessoal

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Para a psicóloga Nani Werner Pintinger, irmã de Adria-na, a decisão de parar de trabalhar para ser mãe foi pessoal e não houve o arrependimento tardio. Após quatro anos de casada, teve dificuldades para engravidar e foi necessário fazer uma série de exames e, para isso, precisava de tempo. “Nunca tive dúvidas, nem arrependimento e posso dizer que curti bastante o cresci-mento dos meus filhos”, conta. Nani tem uma filha biológica, e a vontade de ter filhos foi tão grande que adotou um menino. Atualmente, com os filhos crescidos, o mais novo está com 13 anos, decidiu voltar ao mercado de trabalho. “A minha inserção no mercado não foi fácil, mas como voltei gradativamente não percebi muito essa dificuldade”, conta.

O especialista em reprodução humana, Dr. Ricardo Teodoro Beck, concorda com Adriane e acrescenta que a dúvida entre ser mãe ou investir na carreira é válido quando esta ascen-são está realmente acontecendo. “Existem mulheres que estão entre 35 e 40 anos, que não investiram na profissão, que não tem uma perspectiva de crescimento profissional e mesmo assim fi-cam na dúvida da gestação. Quando não existe a possibilidade de crescer, também não há porque esperar”, aconselha.

Karolini Turri, gerente de contas da região sul de uma empresa multinacional, possui o sonho de ser mãe mas, no momento, optou por investir na carreira profissional. “Eu entrei na empresa como estagiária e hoje sou gerente de con-tas da região sul e sei que posso crescer ainda mais e, por este motivo, vou adiar ainda por dois ou três anos a maternidade”, explica.

Dr. Beck esclarece que, ao contrário do que muitos pensam, não há problemas em ter filhos após os 35 anos se a mulher for saudável. “Não há riscos na gestação após os 35 anos, se a mulher não for hipertensa, diabética e não possuir doenças genéticas. Mas vale lembrar que o ideal é que a pri-

meira gestação aconteça até aos 40 anos”, explica. Segundo o médico, após essa idade, a incidência que a criança venha com alguma síndrome, é maior.

Atualmente, mesmo as mulheres que apresentam di-ficuldade para engravidar, podem realizar o sonho de ser mãe. Com a medicina avançada e profissionais qualificados, os cen-tros de reproduções humanas, através de tratamentos, ajudam a realizar o sonho da maternidade.

A Difícil escolhA entre

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Ilustração: Ricardo Jurça

Karoli Turri, Gerente de contas

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A importância doPré-Natal

Por Ana Maria

O pré-natal é o período em que a mulher gestante tem o acompanhamento de um obstetra de sua conf iança. Durante os nove meses, o prof issional esclarece as dúv idas que surgem durante este perío-do e também detecta alterações que a mãe ou o feto possam apresentar. Durante a gestação, a mulher f ica bastante sensível e a presença de um prof issional é de f undamental importância.

Para o obstetra Marcelo Guimarães Rodrigues, o pré-natal é de extrema importância, pois é através do acompanhamento da gestação que se diagnostica pos-síveis complicações e o tratamento mais adequado, evitando gravidez de risco. “Um pré-natal bem feito é a garantia de um nascimento tranquilo e sem compli-cações”, esclarece o obstetra.

De acordo com o profissional , a mulher deve procurar um especialista assim que descobre que está

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grávida. As consultas, quando a gestação não é de ris-co, acontecem mensalmente. “As consultas até a 28ª semana ocorre mensalmente, entre a 29ª e 36ª semana as visitas ao pediatra devem ser semanais”, esclarece.

A gestante Kátia Antunes, 24, concorda com o profissional e diz que o acompanhamento médico lhe proporciona uma segurança maior neste momen-to especial de sua vida. “Quando descobri que estava grávida eu ainda morava na Califórnia, a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi voltar e fazer todo o acompanhamento aqui no Brasil, ao lado da minha fa-mília”. Geni, a mãe da gestante, que também fez o pré-natal quando estava grávida, ficou feliz pela preocupa-ção da filha com o bem estar do bebê, e a seriedade que leva as consultas do pré-natal.

A gestante diz que o seu maior desejo é que o f i lho venha com saúde. “Eu tinha muitas dúvidas em relação à saúde do meu f i lho, se realmente estava bem, se era perfeito, preocupações normais de mãe de primeira viagem, mas a obstetra que me acompanha

explicou que vários exames seriam feitos, o que me tranquilizou bastante”, conta. Dr. Rodrigues esclarece que na primeira visita que a gestante faz ao seu mé-dico, além de uma longa conversa é solicitado uma bateria de exames, os mais comuns são: hemograma completo, VDR , HIV, parcial de urina e urocultura, glicemia, tipagem sanguínea, papanicolau, HbsAg , AntiHCV, toxoplasmose, rubéola entre outros, além da ecografia obstétrica para o diagnóstico de datação da gravidez, desenvolvimento e malformações.

Atualmente o número de mulheres que re-sistem fazer o pré-natal não é grande, devido às cam-panhas de conscientização do Ministério da Saúde e de organizações não governamentais que falam dos benefícios do pré natal tanto para o bebê quanto para a mãe. De acordo com o Dr. Rodrigues, o índice de

óbito no Brasil é de 75 a 88 para cada 100 mil nasci-dos vivos no Brasil o que, segundo o obstetra, é con-siderado um índice alto.

O profissional faz um alerta para às mulhe-res: “O pré natal é de fundamental importância para a prevenção e detecção das doenças que causam as mortes maternas e fetais. O acompanhamento desde o início garante um parto tranqüilo e feliz”.

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Foto: Joel Rocha/SMCS

fique por dentro

Corrida das nasCentes

Estão abertas as inscrições para a 6ª Edição da Corrida de Revezamento das Nascentes do Iguaçu. A competição será no dia 1º de agosto, com saída de Piraquara. A corrida é organizada pelas secretarias municipais de Assuntos Metropolitanos e do Esporte e Lazer, em parce-ria com seis prefeituras da Região Metropolitana. O evento conta com apoio das polícias Militar e Rodoviária, Batalhão de Trânsito e Guarda Municipal. Em 2009, foram 1200 atletas de 110 equipes. A prova mistura trechos de níveis médios e difícil, percorridos na área rural. As inscrições acontecem na Secretaria Municipal do Esporte e Lazer até o dia 09 de julho.

XboX Live

A Microsoft anuncia o serviço Xbox Live no Brasil. Atualmente, mais de 23 milhões de pessoas possuem aces-so ao conteúdo da plataforma online líder no mundo. Com a ampliação do programa, mais nove países recebem o programa: Brasil, Colômbia, Chile, Gré-cia, Hungria, Polônia, República Checa, Rússia e África do Sul.

Mosteiro bar

Mosteiro Bar é o mais novo point de São José dos Pi-nhais. Em área nobre da cidade, o local é uma excelente opção para um happy hour com os amigos e, à disposição um cardápio bem selecionado e de qualidade. Música ao vivo, karaokê bar e snooker bar são algumas das opções disponíveis ao cliente. R : Dr. Flávio Zétola, 40. Reservas: (41) 3282-4951

Por Ana Maria

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fique por dentro

british abre insCrições para o prograMa CLiMate generation

O programa Climate Generation convida jovens ativistas, de 16 a 35 anos de idade, a fazer parte de sua rede internacional, que reúne jovens de todo o mundo que com-partilham o interesse pela busca de soluções sustentáveis para os impactos das mudanças climáticas. Serão escolhidos 100 jovens ativis-tas da América Latina e Caribe. No Brasil serão selecionadas 25 pessoas. As inscrições podem ser feitas até o dia 8 de julho. www.britishcoun-cil.org/BR/brasil-climate-generation

portaL natura

No mês de junho a Natura lan-çou o portal adoromaquiagem. O espa-ço é destinado às pessoas que queiram obter informações e compartilhar técni-cas e dicas sobre maquiagem. No por-tal, o internauta tem acesso a dicas do maquiador Marcos Costa e outros dez profissionais que atuam em diferentes regiões do Brasil, além de conhecer to-dos os produtos de maquiagem da mar-ca. www.adoromaquiagem.com.br

agora é Lei

A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou a gratuidade da ma-mografia para mulheres acima de 35 anos, para os municípios com mais de 30 mil habitantes. Os exames devem ser realizados, no máximo, em 30 dias após o pedido médico. A fiscalização de conveniados será feito pela Secretaria de Esta-do da Saúde, e o funcionamento e manutenção dos aparelhos de mamografia pelas Secretarias Municipais de Saúde. A cada ano morrem de câncer de mama no Brasil mais de dez mil mulheres, e a faixa etária está acima dos 35 anos.

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SuicídioO que leva ao

Por Ana Maria Ilustração Ricardo Jurça

Quando uma pessoa comete o suicídio, a primeira pergunta que a família e a sociedade faz é: por que alguém co-locaria fim a sua própria vida? Para abordar esse assunto deli-cado, a revista Belleza Total convidou as psicólogas Giovana Tessaro, profissional terapeuta em EMDR e Brainspotting, e Marilis Vargas, psicóloga e escritora, para falar sobre o tema e saber quais são as características de pessoas que possuem pré disposição suicida.

Para a psicóloga Marilis, o suicídio é o reflexo de uma extrema dificuldade em suportar a vida e os problemas que, aos olhos do suicida, são impossíveis de resolver, assim como as dores que, em determinados momentos, são insuportáveis.

Segundo Giovana, existem vários fatores que podem levar à drástica atitude e esclarece: “É importante deixar claro que em muitos casos, o suicídio não está relacionado com a vontade de morrer e sim com a vontade de acabar com um so-frimento ou dor que, aos olhos da pessoa, parece não ter fim”.

Estudos apontam que os homens se suicidam mais do que as mulheres. Os jovens lideram as estatísticas.

ESTATÍSTICAS

No Brasil, não há estatística sobre o assunto. Os números disponíveis são bastante artificiais e acredita-se que são maiores do que os apresentados. Não existem dados, por exemplo, de pessoas que che-gam aos prontos socorros ainda com vida, mas que não resistem aos ferimentos e entram em óbito. Na maioria desses casos, no atestado de óbito, não consta o motivo que levou à morte. Em 2006, números oficiais divulgados registraram, no Brasil, 8639 suicídios. Em abril de 2009, segundo dados da revista britânica The Lancet, pelo menos um milhão de pessoas se suicidam a cada ano no mundo: isso equivale que uma pessoa a cada 40 segundos põe fim a vida.

O suicídio é a décima causa de mortalidade em todo o mundo, e a China é um dos países onde o fato mais ocorre, cerca de 30% dos casos mundiais. Em nações consideradas desenvolvidas, o suicídio mata de duas a quatro vezes mais homens do que mulheres. Na China acontece o contrário, o número de pessoas que tiram a vida é maior no sexo feminino.

Giovana explica que as ideações suicidas são muito comuns e é preciso ficar atento e não levar a sério o velho ditado: quem deseja se matar não avisa, se mata. “É comum que as pessoas que se encon-tram em um momento turbulento comentem a intenção com alguém próximo”, alerta. De acordo com a psicóloga, as situações de risco são condições médicas, sociais e culturais imutáveis, baixa auto-estima,

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desesperança, perda de sentido da vida, distúrbios emocionais e confusão mental.

O número de suicídio cresceu notadamente entre os jovens e adultos, principalmente entre o sexo mas-culino. Houve aumento considerável em municípios com até 50 mil habitantes. As cidades com mais de 100 mil ha-bitantes apresentaram redução no período de 1996 a 2000 e, voltou a crescer em 2001 e estabilizou entre 2002 e 2005. Os números apresentados derivam de dados disponíveis na internet, no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (MS). Em relação às estatísticas do MS, o IBGE calcula que 13,7% dos óbitos ocorridos em hospitais, no mesmo ano, podem não ter sido notificados.

De acordo com as informações contidas no site da Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP – por não ocorrer essa notificação, há no Brasil cerca de 10% de óbitos por causas “exter-nas de tipo ignoradas”. Portanto, fica-se sem saber se estas mortes ocorreram por homicídios, suicídio ou acidente. Segundo a en-tidade, um estudo avaliou mostras de 320 óbitos ocorridos por causas externas. Os pesquisadores visitaram Institutos de Medici-na Legal, Delegacias de Polícia e domicílios dos falecidos. Como resultado, verificou-se que o número real de suicídios era de qua-tro e não dois como previamente foram registrados. Estima-se que as tentativas de suicídio superem o número de suicídios em pelo menos dez vezes. Não há, entretanto, em nenhum país, um registro de abrangência nacional de casos de tentativa de suicídio.

SuicídioO que leva ao

Transtornos mentais podem estar associados ao suicí-dio, os mais comuns são: transtorno bipolar - alteração de humor -, dependência de álcool e de outras drogas psicoativas. Esquizo-frenia e certas características de personalidade também são fortes fatores de risco. A situação se agrava quando mais de uma dessas condições combinam-se como, por exemplo, depressão e alcoo-lismo ou a coexistência de depressão, ansiedade e agitação.

Giovana alerta que não se pode afirmar que todos os suicídios estão relacionados a doença mental, nem que toda pessoa acometida por uma doença mental vai se suicidar. Mas também não se pode ignorar que o transtorno mental é um importante fator para o suicídio.

Números apresentados em 2004 pelo Ministério da Saú-de apontam o estado do Rio Grande do Sul, com destaque para a capital Porto Alegre, com o maior índice de suicídios no Brasil. Em uma relação de 25 estados brasileiros, os estados do sul estão entre os seis primeiros. A liderança continua com o Rio Grande do Sul, em quinto está Santa Catarina, seguido pelo Paraná, em sexto.

Estudos mostram que os índices são menores nas re-giões mais quente do país. Na relação do MS, nas cinco últimas colocações estão: Rio de Janeiro, Bahia, Pará e Maranhão. Nas cidades onde a população é igual ou maior do que 50 mil habitantes, os vinte municípios que mais apresentaram taxas de suicídio, a metade está 31

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em municípios gaúchos. Na região Nordeste, o estado que lidera as es-tatísticas é o Ceará.

Ajuda psicológica

Giovana informa que, segundo a Organização Mun-dial de Saúde (OMS), 90% das pessoas que colocaram fim em suas vidas tinham alguma disfunção mental e que 60% dos casos incluíam depressão. “Vale lembrar que o risco de suicídio pode acometer todas as faixas etárias, inclusive crianças”, alerta.

É preciso ficar atento para a mudança repentina no comportamento das pessoas. De acordo com a psicóloga, ati-tudes como comportamentos autodestrutivos, perda de von-tade de realizar atividades que antes eram feitas com prazer, isolamento pessoal, onde antes se vivia rodeado de amigos, po-dem ser considerados como alguns sinais. Diante desses sinais, é importante conversar com a pessoa e indicar a ajuda de um profissional.

A psicóloga Marilis reforça a importância de uma aju-da psicológica caso alguns desses sinais sejam identificados. “A ajuda psicológica auxilia a pessoa na ligação com a vida, amplian-do a consciência sobre a sua força e a sua capacidade de supera-ção e, principalmente, o potencial para a felicidade”, esclarece.

Marilis esclarece que algumas pessoas resistem em obter ajuda, o que é compreensível, e que elaborem estratégias de proteção estabelecendo pilares da sua vida quando não con-seguem enxergar que existe algo maior do que o seu próprio sofrimento, nem de que é capaz de superá-lo.

Giovana reforça: “Os casos que atendi demonstraram ao longo do tratamento que tinham medo que eu dissesse ‘faça isso ou aquilo’, ‘olhe as coisas boas da vida’, enfim, que eu ape-nas repetisse o que já tinha ouvido antes. Felizmente, trabalho com técnicas que acessam diretamente sistemas de cura, o que acaba facilitando o trabalho, escuto mais do que falo enquanto nossos sistemas de processamento de informação e adaptação são estimulados”, explica.

CVV

Locais como o Centro de Valorização da Vida (CVV), criado em 1962, tem como objetivo ajudar pessoas que, em um momento tumultuado da vida, precisam de ajuda. Em 1973 foi reconhecido como Entidade de Utilidade Pública Federal pelo Decreto Lei nº 73.348. De acordo com a CVV, a entidade é o sexto serviço telefônico mais usado no Brasil e atende em média de uma ligação a cada 33 segundos.

São 40 postos de atendimento em todo o país, durante 24 horas, com cerca de 1700 voluntários à disposição daqueles que precisam e procuram ajuda.

O serviço oferecido pela CVV é o apoio emocional às pessoas em momentos difíceis, incentivando o desabafo e ali-viando o sofrimento, trabalho este que ajuda a neutralizar ideias auto-destrutivas e evitar o ato do suicídio.

O atendimento é gratuito e pode ser solicitado por te-lefone, pessoalmente ou por e-mail. E o sigilo é absoluto.www.cvv.org.br

Ilustração: Ricardo Jurça

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O Programa Educacional de Resistência às Dro-gas e à Violência – PROERD – foi criado nos EUA pela professora Ruty Rich, na cidade de Los Angeles em parce-ria com o Departamento de Polícia local, em 1983. No país norte-americano, as siglas utilizadas é D.A.R.E. – Drug Abuse Resistance Education.

No Brasil, a primeira cidade a implantar o pro-grama foi o Rio de Janeiro, em 1992. No Paraná, o PRO-ERD foi implantado no ano de 2000 e é realizado através de palestras feitas por policiais militares para os alunos de colégios públicos e particulares. De acordo com a tenente Denise Marília Silva, o objetivo do PROERD é a preven-ção do uso de drogas por crianças e adolescentes e difundir a cultura de paz entre os jovens.

Para ministrar os cursos, que acontecem em 1574 escolas, somente em Curitiba são 90, a Polícia Militar disponi-biliza, em todo o Estado, 115 instrutores, que são preparados

para desenvolver este trabalho através de uma metodologia eficaz. O PROERD é aplicado em 58 países em todo o mun-do. “Somente no Paraná, em média, 92 mil alunos se formam e, desde 2000, cerca de 1.000.000 de crianças e adolescentes já passaram pelo programa”, informa a tenente.

Para que as pales-tras sejam realizadas, é necessário que as escolas manifes-tem interesse pelo programa. As so-licitações obede-cem a uma fila de espera.

NAS ESCOLASPor Ana Maria

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O Programa Educacional de Resistência às Dro-gas e à Violência – PROERD – foi criado nos EUA pela professora Ruty Rich, na cidade de Los Angeles em parce-ria com o Departamento de Polícia local, em 1983. No país norte-americano, as siglas utilizadas é D.A.R.E. – Drug Abuse Resistance Education.

No Brasil, a primeira cidade a implantar o pro-grama foi o Rio de Janeiro, em 1992. No Paraná, o PRO-ERD foi implantado no ano de 2000 e é realizado através de palestras feitas por policiais militares para os alunos de colégios públicos e particulares. De acordo com a tenente Denise Marília Silva, o objetivo do PROERD é a preven-ção do uso de drogas por crianças e adolescentes e difundir a cultura de paz entre os jovens.

Para ministrar os cursos, que acontecem em 1574 escolas, somente em Curitiba são 90, a Polícia Militar disponi-biliza, em todo o Estado, 115 instrutores, que são preparados

para desenvolver este trabalho através de uma metodologia eficaz. O PROERD é aplicado em 58 países em todo o mun-do. “Somente no Paraná, em média, 92 mil alunos se formam e, desde 2000, cerca de 1.000.000 de crianças e adolescentes já passaram pelo programa”, informa a tenente.

Para que as pales-tras sejam realizadas, é necessário que as escolas manifes-tem interesse pelo programa. As so-licitações obede-cem a uma fila de espera.

NAS ESCOLAS

Neurotransmissores: serotonina, dopamina, noradrenalina

Querendo ou não, emoções como inseguran-ça, medo e ansiedade fazem parte do nosso cotidiano e levam, silenciosamente, ao desequilíbrio bioquímico do Sistema Nervoso Central. Ofereça o que seu corpo e seu cérebro precisam e despreze o desnecessário.

São várias as pesquisas científicas que vem de-monstrando a estreita relação entre o equilíbrio de nu-trientes e as complexas reações cerebrais. Alguns alimen-tos fornecem nutrientes importantes que participam da produção dos neurotransmissores, mensageiros químicos que favorecem a comunicação entre as células do Sistema Nervoso. Três desses neurotransmissores estão direta-mente relacionados ao humor: a serotonina, a dopamina e a noradrenalina. A serotonina é uma substância sedativa e cal-mante. É também conhecida como a substância “mágica” que melhora o humor de um modo geral, principalmente em pessoas com depressão.

Já, a dopamina e a noradrenalina proporcionam energia e disposição.

Os níveis cerebrais de serotonina são dependen-tes da ingestão de alimentos fontes do aminoácido tripto-fano e de carboidratos. A ingestão de carboidratos leva ao aumento nos níveis de insulina, que auxiliam na " limpeza" dos amino-ácidos circulantes no sangue e facilitam a passagem do triptofano para o cérebro.

O triptofano, uma vez no cérebro, induz à pro-dução de serotonina que reduz a sensação de dor, relaxa, induz e melhora o sono.

Uma alimentação pobre em carboidratos, assim como uma alimentação com excesso de proteínas, por vá-rios dias, pode levar a alterações de humor e depressão. O caminho é o equilíbrio!

Coloque poções de Bom Humor no seu prato!

Fontes de Triptofano: leite e iogurte desnatados, queijos brancos e magros, carnes magras, peixes, nozes, banana, arroz, ba-tata, feijão, lentilha, castanhas, abacate, soja e derivados.

Fontes de Carboidratos: pães e cereais integrais, biscoi-tos integrais, massas integrais, arroz integral e selvagem, legu-mes, frutas e mel.

Rodrigo Nora: Massoterapeuta

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conceitua Morar VerdeCasa Cor Paraná 2010

A Casa Cor Paraná já faz parte do calendá-rio da cidade de Curitiba, e a sua 17º edição, esteve em local estratégico: a Casa de Retiros Mossunguê, integrada ao Ecoville, no coração do parque natural urbano. O evento aconteceu entre os dias 21 de maio e 29 de junho, o maior evento de arquitetura, design e decoração de interiores do Estado. Foram 67 projetos inovadores de 102 profissionais, entre arquitetos, de-coradores, designers e paisagistas. O evento ocupou

uma área de 8 mil m², sendo 3.875 m² já existente, e 500 m² de área construída especialmente para a Casa Cor.

Em 2010, a Casa Cor veio com o tema Sua Casa, Sua Vida, Sua Vida Mais Sustentável e Feliz, esti-mulando a mudança de atitude sobre esta questão que é determinante para o futuro de nosso planeta. Tema que casou bem com Curitiba, considerada a capital bra-sileira referência mundial em ações voltadas para a vida

sustentável e respeito ao meio ambiente, a Casa Cor Paraná foca o conceito “morar verde” e, por isso, foi realizado no Ecoville.

“Hoje, o Ecoville apresenta grande expansão, além da vocação cultural para o encontro da natureza exube-rante com o design e a arquite-tura contemporânea”, comenta a diretora da Casa Cor Paraná, Marina Nessi. Segundo ela, o local, que atrai investimentos imobiliários, agrega valor à es-tética da metrópole e revela-se um espaço fértil para a capa-cidade inovadora dos empre-endedores paranaenses, sem deixar de consolidar e fazer jus à fama da capital como Bio Cidade.

A Casa Cor é a maior exposição brasileira de arquitetura e decoração. A primeira exposição aconteceu em 1987, na cidade de São Paulo, e funciona sob o sistema de franchising , em impor-tantes capitais brasileiras e também no exterior. Atualmente, a Casa Cor possui 19 franquias, 17 nacionais (Amazonas, Bahia, Brasília, Campinas, Ceará, Espí-

rito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Gran-de do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sorocaba) e duas internacionais (peru e Panamá).

Homenagem a Lúcio Costa

Este ano, comemora-se o Cin-quentenário de Brasília, e a Casa Cor, em todos os seus eventos no Brasil, prestaram homenagem ao arquiteto e urbanista Lúcio Costa, autor do traçado original da capital brasileira, referência na arquitetura mundial. Lúcio Costa nasceu em Toulon, na França, em 1902, filho do engenheiro naval Joaquim Ri-beiro da Costa. Como arquiteto e ur-banista é autor dos edifícios do Parque Guinle, no Rio, do Parque Hotel de Fri-burgo, das residências Hungria Macha-do, no Rio, Barão de Saavedra, em Cor-reas, da urbanização da Barra da Tijuca, na Baixada de Jacarepaguá, e do Plano Piloto de Brasília, em 1957.

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conceitua Morar VerdeCasa Cor Paraná 2010

A Casa Cor Paraná já faz parte do calendá-rio da cidade de Curitiba, e a sua 17º edição, esteve em local estratégico: a Casa de Retiros Mossunguê, integrada ao Ecoville, no coração do parque natural urbano. O evento aconteceu entre os dias 21 de maio e 29 de junho, o maior evento de arquitetura, design e decoração de interiores do Estado. Foram 67 projetos inovadores de 102 profissionais, entre arquitetos, de-coradores, designers e paisagistas. O evento ocupou

uma área de 8 mil m², sendo 3.875 m² já existente, e 500 m² de área construída especialmente para a Casa Cor.

Em 2010, a Casa Cor veio com o tema Sua Casa, Sua Vida, Sua Vida Mais Sustentável e Feliz, esti-mulando a mudança de atitude sobre esta questão que é determinante para o futuro de nosso planeta. Tema que casou bem com Curitiba, considerada a capital bra-sileira referência mundial em ações voltadas para a vida

sustentável e respeito ao meio ambiente, a Casa Cor Paraná foca o conceito “morar verde” e, por isso, foi realizado no Ecoville.

“Hoje, o Ecoville apresenta grande expansão, além da vocação cultural para o encontro da natureza exube-rante com o design e a arquite-tura contemporânea”, comenta a diretora da Casa Cor Paraná, Marina Nessi. Segundo ela, o local, que atrai investimentos imobiliários, agrega valor à es-tética da metrópole e revela-se um espaço fértil para a capa-cidade inovadora dos empre-endedores paranaenses, sem deixar de consolidar e fazer jus à fama da capital como Bio Cidade.

A Casa Cor é a maior exposição brasileira de arquitetura e decoração. A primeira exposição aconteceu em 1987, na cidade de São Paulo, e funciona sob o sistema de franchising , em impor-tantes capitais brasileiras e também no exterior. Atualmente, a Casa Cor possui 19 franquias, 17 nacionais (Amazonas, Bahia, Brasília, Campinas, Ceará, Espí-

rito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Gran-de do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sorocaba) e duas internacionais (peru e Panamá).

Homenagem a Lúcio Costa

Este ano, comemora-se o Cin-quentenário de Brasília, e a Casa Cor, em todos os seus eventos no Brasil, prestaram homenagem ao arquiteto e urbanista Lúcio Costa, autor do traçado original da capital brasileira, referência na arquitetura mundial. Lúcio Costa nasceu em Toulon, na França, em 1902, filho do engenheiro naval Joaquim Ri-beiro da Costa. Como arquiteto e ur-banista é autor dos edifícios do Parque Guinle, no Rio, do Parque Hotel de Fri-burgo, das residências Hungria Macha-do, no Rio, Barão de Saavedra, em Cor-reas, da urbanização da Barra da Tijuca, na Baixada de Jacarepaguá, e do Plano Piloto de Brasília, em 1957.

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Por Ana Maria Engana-se quem pensa que os consumidores de brechó são pessoas de mau gosto ou que estão em má situação financeira. Se você também pensa assim, é hora de começar a rever este concei-to. “A grande maioria das pessoas que frequentam o brechó Trapos de Luxo, são clientes bem sucedidos profissio-nalmente e de muito bom gosto”, conta Marta Twardo Wski, proprietária.

Atualmente, os brechós não fazem parte dos guarda-roupas ape-nas de pessoas anônimas. Personali-dades como Marisa Monte, Fernan-da Torres, Dira Paes e Angelina Jolie também são adeptas a esse mercado. Angelina já apareceu em um lança-mento de seu filme com uma roupa de US$ 26, cerca de R$50, que com-prou em brechó. Para Marta, o fato de personalidades consumirem os pro-

dutos, ajuda a quebrar o preconceito. Para a socióloga Geisa Lom-bardi, considera comprar em brechós possibilita criar um visual de bom gosto e exclusivo, pois dificilmente encontrará duas peças iguais. “Bre-chó é para aquelas pessoas que não se contentam com a moda pronta. Quem quer estilo e qualidade, preci-sa frequentar”, explica.

Essas lojas estão cada vez mais diversificadas e com grande va-riedade de estilos, o que resulta em uma clientela eclética. “Com a gran-de variedade de estilos disponíveis, é natural que pessoas de diferentes ‘ni-chos’ apareçam, é comum encontrar modelos e atores, além de produtores que procuram peças para cenários”, explica Cássio Rangel, estudante de moda. De acordo com Cássio, devido a presença dessa variedade de gente, pode-se dizer que comprar em bre-chó também é fashion.

A resistência que algumas pessoas têm em comprar em bre-chós é por acreditarem que, pelo fato das roupas serem usadas, podem ter energias negativas de seus antigos donos. “A energia pode mudar, se a pessoa que comprar a roupa tiver um astral legal, a energia que a roupa vai receber será boa. Não é preciso ter medo de comprar em brechós”, explica Marta.

Márcia Farias, ex-modelo, disse que tinha preconceito em comprar roupas usadas, pois achava

que nesses locais as roupas não eram de qualidade. “Por uma questão de cultura, achava que em brechó só existiam roupas velhas, o que não é verdade”, explica.

O assunto está tão em moda que até brechós virtuais es-tão fazendo sucesso pelo Brasil. Um deles é o Brechó Social, idealizado por Fernanda Suplicy e Sérgio Mor-risson que coloca em suas vitrines virtuais peças de celebridades como Gisele Büchen, Ana Maria Braga e Ronaldo, o fenômeno.

Brechó está na moda?

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Por Ana Maria Engana-se quem pensa que os consumidores de brechó são pessoas de mau gosto ou que estão em má situação financeira. Se você também pensa assim, é hora de começar a rever este concei-to. “A grande maioria das pessoas que frequentam o brechó Trapos de Luxo, são clientes bem sucedidos profissio-nalmente e de muito bom gosto”, conta Marta Twardo Wski, proprietária.

Atualmente, os brechós não fazem parte dos guarda-roupas ape-nas de pessoas anônimas. Personali-dades como Marisa Monte, Fernan-da Torres, Dira Paes e Angelina Jolie também são adeptas a esse mercado. Angelina já apareceu em um lança-mento de seu filme com uma roupa de US$ 26, cerca de R$50, que com-prou em brechó. Para Marta, o fato de personalidades consumirem os pro-

dutos, ajuda a quebrar o preconceito. Para a socióloga Geisa Lom-bardi, considera comprar em brechós possibilita criar um visual de bom gosto e exclusivo, pois dificilmente encontrará duas peças iguais. “Bre-chó é para aquelas pessoas que não se contentam com a moda pronta. Quem quer estilo e qualidade, preci-sa frequentar”, explica.

Essas lojas estão cada vez mais diversificadas e com grande va-riedade de estilos, o que resulta em uma clientela eclética. “Com a gran-de variedade de estilos disponíveis, é natural que pessoas de diferentes ‘ni-chos’ apareçam, é comum encontrar modelos e atores, além de produtores que procuram peças para cenários”, explica Cássio Rangel, estudante de moda. De acordo com Cássio, devido a presença dessa variedade de gente, pode-se dizer que comprar em bre-chó também é fashion.

A resistência que algumas pessoas têm em comprar em bre-chós é por acreditarem que, pelo fato das roupas serem usadas, podem ter energias negativas de seus antigos donos. “A energia pode mudar, se a pessoa que comprar a roupa tiver um astral legal, a energia que a roupa vai receber será boa. Não é preciso ter medo de comprar em brechós”, explica Marta.

Márcia Farias, ex-modelo, disse que tinha preconceito em comprar roupas usadas, pois achava

que nesses locais as roupas não eram de qualidade. “Por uma questão de cultura, achava que em brechó só existiam roupas velhas, o que não é verdade”, explica.

O assunto está tão em moda que até brechós virtuais es-tão fazendo sucesso pelo Brasil. Um deles é o Brechó Social, idealizado por Fernanda Suplicy e Sérgio Mor-risson que coloca em suas vitrines virtuais peças de celebridades como Gisele Büchen, Ana Maria Braga e Ronaldo, o fenômeno.

Brechó está na moda?

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Por Ana MariaFotos Arquivo pessoal

“Não faria nada diferente”. É assim que a jornalista Amanda Gonçalves Dutra resume o período em que conheceu, pela internet, o seu marido, Tato. Em março de 2006, aceitou uma proposta de trabalho e foi morar na cidade de Irati, interior do Pa-raná. Na época sentia-se muito sozinha, pois a família e os amigos tinham ficado em Curitiba e, de acordo com a jornalista, uma das formas de suprir a saudade era a internet. Em um desses dias de ‘navegação’ encontrou, por acaso, o perfil de Tato no Orkut e sen-tiu-se atraída pelas fotos e as coisas que ele se dizia interessado. “Eu peguei o seu e-mail no perfil e no mesmo dia passamos a conversar pelo MSN. Ele em Praia Grande, São Paulo e eu em Irati”, revela.

De acordo com a psicóloga Daniela Zanuncini, mui-tos fatores levam uma pessoa a procurar um relacionamento

virtual. “Pode ser algum fracasso já vivido, quanto certa timi-dez para encarar frente a frente um futuro candidato”, explica. Outro fator é aquela preguicinha que, segundo a psicóloga, costuma acometer pessoas acomodadas e que acabam não fre-quentando locais onde a está a ‘galera’.

Para Daniela, aquela máxima que os diferentes se atraem não é muito válida nesse caso, pois essas diferenças, com o passar do tempo, podem prejudicar o relacionamento. “As redes sociais são construídas por afinidades, e ter interesses em comum é fundamental para um relacionamento”, explica.

A fotógrafa Isabel Cristina Ribeiro S. Jurça concorda com Daniela quanto ao assunto de que os interesses devem ser parecidos para uma boa convivência. Isabel conheceu o desig-ner Ricardo Mota Jurça através de um site de relacionamentos.

Vale a pena?Namoro virtual

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“Eu encontrei o perfil dele no Orkut e, de cara, gostei e tam-bém percebi que tínhamos muitas coisas em comum então en-viei um ‘scrap’ para ver no que dava, e deu casamento”, conta.

Após o primeiro contato, os casais passaram a se comunicar por telefone e MSN, cada vez com mais frequência, indícios que os interesses eram além de amizades. “Tínhamos muito assunto, passamos a conversar todos os dias e assim começou a nascer um carinho especial, virou uma ‘pai-xonite’ e agora podemos dizer que todo aquele carinho virou em verdadeiro amor”, conta Amanda. Com Isabel também foi assim: “Sentia que o interesse era mútuo, mas esperei que ele revelasse os seus sentimentos por primeiro e, somente depois, mostrei os meus”.

Apesar de todo o carinho que sentiam um pelo ou-tro, havia uma questão que preocupava e dificultava o relacio-namento: a distância. Amanda morava em Irati, Tato em Praia Grande. Para vencer a distância, o casal utilizava muito a inter-net, além das visitas que faziam em finais de semana e feriados. “Como os telefonemas não podiam ser muito longos, era atra-vés do MSN que o contato acontecia diariamente. A internet sempre foi nossa aliada. Costumamos brincar que deveríamos ter colocado o nome de nosso filho de “Google”, tamanha nos-sa gratidão pela rede que fez com que nos encontrássemos.”, brinca a jornalista.

Ricardo e Isabel também utilizavam o MSN e as liga-ções para que a saudade diminuísse, por este motivo, o encon-tro ‘real’ entre os dois não demorou a acontecer. “Três meses após conversas no MSN nos conhecemos e, após cinco meses, já estávamos morando juntos”, conta Ricardo. Isabel diz que a distância é a primeira dificuldade dos namorados que se rela-cionam em cidades diferentes é preciso vencer este obstáculo. “Em um namoro à distância, é necessário encurtar o mais rápi-

do possível a distância, para que o sentimento persista”, explica a fotógrafa.

O designer e a fotógrafa se conhecem há cinco anos e estão casados a quatro. Há cinco meses a família aumentou com a chegada da filha, Lóren. Amanda e Tato estão casados há quatro anos e a família também aumentou com a chegada de Antonio, 02, e Maria Alice, cinco meses. “Não faria nada di-ferente. Esse amor vale a pena e disso não abro mão”, esclarece a jornalista.

Cilada Virtual

As histórias de Amanda e Tato e Ricardo e Isabel ti-veram finais felizes não podem ser usados como regra. É pre-ciso ficar atento para as ciladas virtuais. A psicóloga Daniela informa que, como o contato é virtual, é preciso levar em conta alguns cuidados para que não aconteçam surpresas desagra-dáveis. “O risco de mentiras em um relacionamento virtual é muito grande, portanto é preciso ficar atento nas informações recebidas e, para aqueles que mentem é preciso levar em conta que, fácil é mentir, difícil é sustentar as mentiras nas conversas que, com o tempo, ficam cada vez mais longas”, informa a psi-cóloga. Daniela também alerta que é necessário ficar atento para as mensagens enviadas nas entrelinhas.

Vanderlei Gomes, curitibano de 27 anos, não foi fe-liz em seu relacionamento virtual. Por não ser uma pessoa que

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costuma sair, ele começou a frequentar salas de bate-papo online, e conheceu Carolina, de São José dos Campos, SP, em 2008. Após o primeiro contato, sentimentos além de amizade começaram a fluir e logo começou um namoro virtual. “Mesmo que virtualmente, ela era a pessoa que estava comigo todos os dias e a vontade de estar perto se tornava cada vez maior”, conta.

Para Vanderlei, as chances de um namoro à distância dar certo, é complicado. “Quando se está lon-ge é tudo mais complicado e um pequeno mal entendido pode virar algo de proporção muito maior, e isso acarre-ta longas discussões”. Em um relacionamento de idas e vindas, o namoro acabou após 8 meses. Um dos motivos que o namoro não deu certo foi o fato do casal não ter se encontrado. “Além da questão financeira, que impediu um encontro pessoal rápido, pensávamos que haveria um dia especial para o nosso encontro e o tempo passou, o relacionamento se desgastou pelos contínuos questiona-mentos e o encontro não aconteceu”, explica. Questionado se essa experiência valeu a pena, Vanderlei responde: “Se alguém me perguntar se faria isso

de novo, eu diria que não. E também não aconselho”.

É preciso ficar atento porque as decepções podem ir além da frustração de um relacionamento. Em muitos casos, a própria vida pode estar em risco. Amanda disse que, quando pensa como foram os encontros acha que foi maluca em receber o Tato, que até então era des-conhecido, pois morava sozinha em uma cidade que nin-guém a conhecia. “Ele já tinha falado de sua família, seu trabalho, seu estilo de vida, e isso me tranquilizou. Mas não recomendo que as pessoas se arrisquem dessa forma”, aconselha a jornalista.

Em 2009, Simone Motta, de 42 anos, prima do ex-ministro das Comunicações do governo Fernando Henrique Cardoso, Sérgio Motta, foi assassinada por um rapaz de 24 anos, que conheceu na internet.

O caso de Simone foi apenas um dos revelados, portanto é preciso ficar atento e nunca colocar em risco a própria vida. “Sempre que marcar um encontro com uma pessoa que você conhece apenas virtualmente, faça em lu-gar movimentado como, por exemplo, shoppings e praças e, sempre que possível leve companhia ou avise alguém sobre o encontro”, alerta a psicoloca.

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Viver com qualidade Apesar da correria diária, es-tresse, ansiedade, angústias e os sofri-mentos vividos pelas pessoas, a qualida-de de vida ainda é uma busca constante. Para alcançar o bem-estar pleno é neces-sário distinguirmos qualidade de vida de qualidade para a vida.

O termo qualidade de vida está ligado a gerenciamento de tempo, quando conseguimos viver diversas ex-periências. Ou seja: trabalhar, praticar es-porte, se divertir e relaxar. Mas com tan-tas atividades acabamos fazendo tudo sem conseguir deixar a tensão de lado.

Já a qualidade para a vida não é a proposta de ter tempo para tudo, mas sim saber utilizar bem seu tempo. Por exemplo:

- No trabalho: busque minimi-zar os efeitos do estresse;

- Em casa: quando está na companhia dos filhos esteja presente

sem se preocupar com outros assun-tos;

- Na academia: malhe, liberte-se, sinta-se melhor com um tempo ex-clusivo para você.

Conclusão: é preciso estar plenamente em cada atividade para vi-venciá-la como deveria. Quando se está em uma ação todas as outras se tornam irrelevantes, nos concentramos no hoje, no agora e vivenciamos melhor cada experiência nos sentindo mais inteiros e mais tranquilos também.

Para ter uma boa saúde físi-ca e mental é preciso estarmos bem conosco, com a vida, com quem está próximo, refletindo sobre as nossas sensações e sentimentos. Para alcançar esse equilíbrio busque manter hábitos saudáveis do corpo e da mente, priorize o balanceamento entre a vida pessoal e profissional e reserve tempo para o la-zer e saúde espiritual.

Ter tempo hábil para realizar todas as atividades diárias não é fácil, especialmente quando temos que lidar com um inimigo que afeta também nossa saúde, o estado de estresse. Uma pessoa muito estressada e tensa durante todo o dia, libera um hormônio chama-do cortisol que, ao permanecer por mui-to tempo no organismo, baixa a nossa imunidade. Essa alteração pode acarretar desde uma gripe até o desenvolvimento de um câncer. Por isso, devemos viver da melhor forma o que a vida nos oferece, tanto as experiências boas quanto ruins. É preciso gerenciar a ansiedade, a pres-são, a tensão e o estresse que a sociedade contemporânea nos impõe e lembre-se: o mais importante é sempre o que você está vivenciando agora, deixe o depois para resolver depois.

Dr. Willian Mac-Cormick é psicólo-go clínico, institucional e organizacio-nal - Coach e sócio da consultoria em capital humano Mac-Cormick & Som-mer Executive.

é o que as pessoas mais procuram

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Mais de 5 mil pessoas morrem por ano no Brasil por não procurar tratamento

Tosse por mais de três semanas pode ser tuberculose

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A tuberculose é uma doen-ça infecciosa causada pela bactéria Mycobacyerium tuberculosis que atinge os pulmões. Os principais sintomas são tosse, expectoração, que eventualmente pode ser com sangue, associados à perda de peso e febre, que normalmente se mani-festa no final do dia. “Se tiver tosse e expectoração por mais de três sema-nas o paciente deve consultar e fazer exame de escarro, pelo qual é pos-sível identificar a causa da doença”, explica o pneumologista Dr. Rodney Luiz Frare e Silva.

Existe tuberculose em qual-quer lugar do mundo, no entanto, a incidência é maior em países em de-senvolvimento. No Brasil, existem cerca de 90 mil casos por ano. A de-mora pela procura de tratamento faz com que mais de 5 mil brasilei-ros morram anualmen-te. “As condições de educação, alimentação, renda per capita e sane-amento básico podem influenciar no desen-volvimento da doença”, salienta.

Prevenção e Tratamento

Para se pre-venir é importante evitar o contato com

pessoas doentes e, acima de tudo, manter uma boa higiene. De acordo com o pneumologista, assim como a maioria das doenças, uma alimenta-ção adequada ajuda a evitar a tuber-culose, especialmente porque a do-ença está relacionada à imunidade baixa. No Brasil, a prevenção tam-

bém é feita por meio da vacinação de crianças a partir do primeiro mês de vida.

A pessoa com tuberculose deve separar suas roupas, toalhas, pra-tos, copos e talheres no início do tratamento. No entanto, depois de 15 dias tomando as medicações e os cuidados necessários, o risco de transmissão já pode ser descartado.

O tratamento da tuber-culose dura aproximadamente seis meses e é feito basicamente pelo uso de medicamentos. Por isso, é neces-sário que o paciente esteja atento, sempre controlando a frequência e o horário de suas medicações. “O tratamento incorreto leva a recaídas que são muito graves e difíceis de curar”, conta.

As medicações utilizadas no tratamen-

to são encontradas na rede pública de saú-de, não existe venda destes medicamen-tos em farmácias. “Em caso de efeito colateral, o pacien-te deve procurar o posto que forneceu o medicamento para avaliar o sin-toma”, diz.

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Garfield – Um Show de Ani-versário Garfield, o gato mais famoso do mundo, estrela de histórias em quadrinhos, filmes e seriados de TV chega ao teatro com muita música, dança e humor. Nesta nova aventura, Garfield, chateado por achar que seus amigos esqueceram do seu ani-versário, resolve dormir dias seguidos. Em seus sonhos encontra uma FADA GATA que lhe concede três pedidos. Depois de armar uma festa gigantesca de aniversário para ele mesmo, GARFIELD descobre que nos sonhos tudo pode acontecer, mas nunca como na vida real. Data: 17 e 18 de julhoHorário: 18hLocal: Teatro Positivo – Grande AuditórioValor: de R$29,00 a R$74,00

Brasil Tap Jazz Duas modalidades que fazem parte do cenário mundial da dança a pelo menos um século e que são, juntas ou sepa-radas, protagonistas de grande parte do tea-tro e cinema mundial: o Sapateado e o Jazz. Esse concurso internacional de dança tem como proposta levar aos praticantes, profis-sionais e público amante dessas artes circu-lares a continuação de um movimento que começou há décadas e ainda hoje permane-ce em fervoroso processo de evolução. Data: Apresentações – de 9 e 10 de julho, Superwokshop e feira – de 9 a 11

Horário: 20hLocal: Teatro Positivo – Grande Auditório e Expo Unimed Curitiba – Asa 2, anexo e foyerValor: R$28,00 – inteira e R$16,00 – meia.

Lente de Aumento – Stand Up Comedy de Leandro Hassum Lente de Aumento lança um olhar curioso sobre as pequenas coisas da vida que estão à nossa volta e que nunca tivemos oportunidade ou paciência para analisar. A identificação do público com as situações do dia-a-dia é a matéria prima para que Leandro Hassum cative o público e chegue ao seu produto final: risadas! Data: 04 de julhoHorário: 19h00Local: Teatro Positivo – Grande AuditórioValor: De R$ 29,00 a R$ 64,00

Exposição Pátria de Chuteiras Uma parte da história de todas as Copas do Mundo, desde 1930, com desta-que para os cinco títulos mundiais conquis-tados pelo Brasil: 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002, é o que mostra a exposição A Pátria de Chuteiras, que acontece no Memorial de Curitiba até o dia 18 de julho. Entre as atrações da exposição estão a camisa 100% Jardim Irene, que Cafu usou na final da Copa do Mundo de 2002; a camisa da Itália que Roberto Bag-gio usou quando perdeu o pênalti na final da Copa de 94, contra o Brasil; as chuteiras

usadas por Puskas na Copa de 54; a cami-sa usada por Beckenbauer em 70; camisas usadas por Pelé e Maradona, chuteiras de Robinho, Kaká, Lucio e Luis Fabiano. Na mostra também estão fotos, vídeos e ou-tros objetos como a miniatura da Taça Jules Rimet entregue a cada um dos campeões da copa de 1970.Data: 01 a 18 de julhoHorário: de terça a sexta das 9h às 12h e das 13h às 18h. Sab., dom. e feriados das 9h às 15hLocal: Memorial de CuritibaValor: Gratuito

A Gorda e o Anão Só uma pessoa que sofre ou já sofreu algum tipo de preconceito sabe exa-tamente como isso afeta sua autoestima, podendo marcá-la para toda a vida. De uma forma alegre e despojada, após pes-quisa e troca de experiências, os atores bus-cam com suas características mais marcan-tes contar situações hilárias do cotidiano de duas pessoas “diferentes”, porém, felizes com sua condição. Data: 02 a 17 de julhoHorário: 00h01Local: Teatro Lala SchneiderValor: R$30,00

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Literatura paranaense

Considerado um dos maiores escritores do Brasil, Wilson Bueno, 61, é paranaense de Jaguapitã, interior do estado e na década de 1970 passou a resi-dir em Curitiba.

O suplemento Nico-lau foi criado pelo escritor. Bue-no colaborava com os jornais O Estado de São Paulo e O Estado do Paraná, entre outras publica-ções. Em 2011 sai o livro iné-dito: Mano, a Noite está Velha, que será lançado pela Editora Planeta em 2011.

O escritor era conhe-

cido internacionalmente e teve suas obras publicadas no Chi-le, Cuba, México, Argentina e EUA .

Pode-se dizer que a lite-ratura de Wilson Bueno era uma das mais importantes do Paraná.

Assassinato

Wilson Bueno, 61, foi encontrado morto em sua casa, em Curitiba no dia 31 de maio.

De acordo com o ir-mão, o crime ocorreu na noite de domingo, 30 de maio.

“ ““A literatura se confunde com a mi-nha própria percepção da vida e do mundo. Acho que minhas primeiras palavras, minhas primeiras expres-sões frente à decifração do mundo foram literárias. É curioso”. Bueno, dezembro de 2006, durante o sétimo encontro do projeto Paiol Literário, realizado em parceria entre o ras-cunho, o Sesi Paraná e a Fundação

Cultural de Curitiba.

em luto

(Foto: Daniel Snege / Divulgação)

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Nasceu Personal Baby.Está na hora de trocar as fraldas.

Nasceu Personal Baby.Está na hora de trocar as fraldas.

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Viver e vencer sem medo

Sou menina, mulher, mãe. Tive que superar tantas dificuldades para po-der chegar até aqui. Mas consegui.

A minha infância foi bastante tumultuada. Meu pai era alcoólatra e todas as vezes que chegava embriagado batia em minha mãe. As agressões acon-teciam quase todos os dias.

Após muito sofrimento e agressões, minha mãe se separou e fomos morar com minha avó , que era dona de uma pensão no interior do Paraná.

Após quatro anos de separação, minha mãe começou a namorar um inquili-no da pensão, 15 anos mais velho do que ela. Nessa época eu tinha oito anos e, como era a filha mais velha, já tinha a responsabilidade de cuidar da casa e dos meus dois irmãos.

A minha mãe trabalhava duran-te o dia e à noite estudava. Para não ficarmos sozinhos em casa, o meu padrastro ficava conosco. Foi nesse período que começaram os abusos sexuais., que se estenderam por cinco anos. Durante todo este tempo eu não tive coragem de contar para ninguém o que estava acontecendo, pois tinha medo das ameaças que ele fazia e tam-bém por achar que não acreditariam em mim. O tempo foi passando e nin-guém percebia o meu sofrimento. Aos 13 anos de idade arrumei um namorado com o objetivo de que o meu padrastro não se aproximasse mais de mim. E foi exatamente o que aconteceu. Após o meu casamento, aos 15 anos de idade, o companheiro de minha mãe simplesmente sumiu de nossas vidas, sem ao

menos terminar o relaciona-mento com ela.

Após o nascimen-to de minhas filhas, percebi que o meu marido começou a beber e também a me agre-dir. Esta violência doméstica passou a ser corriqueira. Fiquei assustada porque estava acon-tecendo uma releitura da vida de minha mãe. Tentei ajudá-lo por diversas vezes, mas ele não conseguiu largar o vício e, mesmo com as meninas pequenas, nos separando.

Para superar essa fase, precisei de ajuda psi-cológica, pois no auge do

desespero, cheguei a atentar contra a mi-nha própria vida. Em minha opinião, mi-nhas filhas viveriam muito melhor sem mim. Hoje temos uma relação maravi-lhosa e posso dizer que, aos 42 anos de idade, estou liberta desse pesadelo que me acompanhou por mais de 30 anos.

Após a minha separação fiquei muito tempo sozinha, não tive mais na-morados por receio que acontecesse com minhas filhas o que aconteceu co-migo. Hoje não são mais meninas, já são mulheres. A mais nova está com 15 anos e somente agora decidi casar novamente. Encontrei uma pessoa maravilhosa e es-tamos juntos há um ano e a nossa vida é repleta de felicidade.

Anna Christina Brusqui vencedora da promoção: Esta é minha História.

ESTA É A MINHA HISTÓRIA

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