Orixa Logun

Logun Edé - Segredos Revelados

1- Aos filhos de Logun Edé

2- Itan Osetura

3- Itan Oturaoworin

4- Orixá Logun Edé

5- Características dos filhos de Logun

6- Mitos

7- Assentamento

8- Fundamentos

9- Folhas

10- Oferendas

11- Oriki

12- Orin

13- Cumieira das casas de Logun

14- Iroko e seus fundamentos

15- Eshu no Candomblé

16- 6 Oferendas para prosperidade

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Copyright (C) 2011, AxeOrixa... 25/2/2016

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Reza a Logun Ede

Orixá guerreiro de Ilesha. Príncipe menino, protetor dos navegantes e dos pescadores.

Oxossi pequenino, como um botão de rosa no despertar do amanhecer.

Nos livre das amarguras e da solidão. Coloque palavras de amor e paz na boca de nossos irmãos.

Com seu sorriso inocente, meu Pai, nos traga a sua glória.

Como caçador que és, nos traga fartura, saúde e vitórias.

Retire as amarguras e as injúrias, leve-as para o fundo do rio.

Meu Pai, Logun Ede, me proteja de todo o mal. Me livre das tormentas, agonias, dissabores e confusões. Me livre da fúria das águas.

Ponha no coração dos desafetos, o alívio e a compreenção.

Logun Édé, a fé que tenho em ti, é o que tenho de mais puro e belo.

Eu saúdo o seu nome, defendo a minha fé, sendo tu, meu Pai, o meu maior tesouro.

Que seu manto sirva para retirar todas as lágrimas sentidas: aquelas que caem e ninguém vê; aquelas que correm sem leito e sem ter onde desaguar.

Dai Pai, a graça da felicidade para

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todas as crianças, mesmo aquelas que nada têm, que elas possam possuir um pouco dos fluidos do seu sincero amor.

Esta oração, eu dedico à todos os filhos de Logun Édé. Que Logun nos traga saúde, fartura, vitórias e muita felicidade! Axé!

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Itan de Oseotura

Este itan do odu Oseotura, mostra dentre outras coisas, como Eshu se tornou o transportador de oferendas, e como o filho de Oxun salvou a terra da destruição. Então, vamos ao itan:

Que devia consultar o porta voz principal do culto de Ifa.

A nuvem está pendurada por cima da terra

Babalawo dos tempos imemoriais

Os siris estão no rio

A marca do dedo, requer yerosun

Estes foram os divinadores que consultaram Ifa, para os 400 Irunmale da direita, e para os 200 da esquerda. E jogaram para Oxun, que tem uma coroa toda trabalhada em contas, no dia em que ele veio a ser o décimo sétimo dos Irunmale que vieram ao mundo, quando Olodumare enviou os Orixás, os dezesseis para que viessem criar a terra. E eles vieram verdadeiramente nesta época.

As coisas que Olodumare lhes ensinou no Orun, constituiam os pilares de fundação que sustentam a terra, possibilitando a existência de todos os seres e dos Eboras.

Olodumare lhes ensinou que, quando alcaçassem a terra, deveriam abrir uma clareira na floresta, consagrando-a a Orô (Igbo Oro - floresta de Oro).

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Deveriam abrir uma clareira e consagrá-la a Egun(Igbo Öpa - floresta de Egun).

Disse que deveriam abrir uma clareira e consagrá-la a Odu(Igbo Odu). Disse que deveriam abir uma clareira e consagrá-la a Orixá(Igbo Orixá - floresta para adoração dos Orixás). Olodumare lhes ensinou como deveriam fundar(assentar) e adorar os Ojubos(lugares de adoração). E como fariam oferendas para que não houvessem mortes prematuras, nem esterelidade, nem perdas, nem miséria, para evitar todas essas coisas negativas que existem na terra: para que as doenças, sem razão, não caíssem sobre eles, para que nenhuma maldição, destruuição, desgraça, lhes atingissem.

Olodumare ensinou aos dezesseis Orixás, o que deveriam fazer para evitar esses males. Para isso, eles foram enviados, para executarem tudo que Olodumare lhes ensinou. E assim eles fizeram: fundamentaram as florestas de Oro, de Egun, de Odu, de Orixá. Tudo com a finalidade de estabeler um equilíbrio. Por exemplo: se um doente consultasse Ifa, e o Oráculo revela que quem resolve o problema é Egun, a pessoa era encaminhada para o Igbo Egun, para lá fazer a oferenda.

Se uma mulher estéril consultasse Ifa, Orunmila poderia indicar-lhe as ervas de Oxun que ela deveria usar.

Se alguém estva levando uma vida miserável, Orunmila colsultaria Ifa. Digamos que o

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problema estivesse ligado a sua própria entidade criadora, Oro. Então, Orunmila lhe diria que deveria adorar a Oro.

Eles seguiram essas práticas durante muito tempo.

No entanto, quando realizavam as diversas oferendas, eles não chamavam Oxun para participar. E depois de fazerem os sacrifícios, entregavam os bichos para que Oxun cozinhasse. Preveniram a Oxun, que não comesse os animais, e que eles deveriam ser levados para o local onde a oferenda foi feita.

Assim, Oxun começou a usar o poder das mães ancestrais em tudo o que ela preparava. Estendia o poder de Iyami Aje, sobre todas as oferendas, tonando-as inúteis. Tudo começou acontecer ao contrário: se predissesse que uma pessoa iria morrer, ela não morria; se predissesse que uma mulher daria a luz a um filho, ela se tornava estéril; se predissesse que um doente ficaria curado, ele jamais se livraria da doença...

Essas coisas ultrapassavam o entendimento dos Orixás, pois o poder de Olodumare jamais havia falhado. Tudo que Olodumare havia lhes ensinado, eles aplicavam, mas nada dava resultado. E eles se peguntavam: o que deveria ser feito? Orunmila sugeriu consultar Ifa novamente.

Na consulta, surgiu o Odu Osetura. Orunmila analizou em todos os sentidos, e a partir do resultado final de sua leitura, Orunmila transmitiu a resposta a todos os Odus Agba(16). Então,

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todos concordaram que não havia outra solução, a não ser encontar um homem sábio e instruido, que pudesse ser enviado até Olodumare, para saber o que estva acontecendo e o que deveria ser feito para solucionar o problema, a fim de que as coisas voltassem a normalidade, e nada pudesse interferir em seus trabalhos.

Eles disseram que Orunmila deveria ir a Olodumare. Orunmila levantou-se, serviu-se de toda sabedoria para utilizar a pimenta, serviu-de de sabedoria para tomar nozes de obi, despregou seu tecido de ráfia eo prendeu em seu ombro, puxou seu cajado do solo, e logo um redemoinho se formou, levando Orunmila para os vastos espaços do outro mundo (Orum), para encontrar Olodumare.

Foi lá que Orunmila encontrou Eshu Odara. Eshu já estava com Olodumare. Eshu fazia sua narração a Olodumare: explicava que aquilo que estava estragando o trabalho deles na terra, era o fato de eles não terem convidado a pessoa que constituia a décima sétima entre eles. E por esta razão, ela estragava tudo. olodumare compreendeu.

Asim que Orunmla chegou, apresentou seus agravos a Olodumare. E ele lhe disse que, deveriamir e chamar a décima sétima pessoa entre eles, e levá-la a participar de todos os sacrifícios. Porque, além disso, não havia nenhum outro conhecimento que ele lhes pudesse ensinar, senão as coisas que ele já blhes havia ensinado. Quando Orunmila voltou a terra, reuniu todos os Orixás, e

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lhes transmitiu o resultado de sua viagem. Chamaram Oxun e lhes disseram que ela deveria segui-los por todos os lugares onde deveriam oferecer sacrifícios, mesmo na floresta de Egun. Oxun recusou-se, ela jamais iria com eles. Começaram a suplicar a Oxun e ficaram postrados por um longo tempo.

Todos começaram a homenageá-la e a reverenciá-la.

Oxun, os maltratava e abusava deles. Ela maltratava Orisanla, ela maltratava Ogun, ela maltratava Osanyin, maltratava Oranfë, ela continuava a maltratar a todos. Era o sétimo dia, quando Oxun se apaziguou. Então, eles disseram que viesse. Ela respondeu que jamais iria, disse, entretanto, que naquela ocasião era possível fazer outra, já que todos estavam fartos dessa história. Disse que se tratava da criança que levava em seu ventre.

Se eles soubessem como fazer para que ela desse à luz a uma criança do sexo masculino, isso significaria que ela daria permissão para que ele a substituisse e fosse com eles. Se ela desse a luz a uma menina, eles sabiam que essa questão não se apagaria em sua mente. Ficariam aí, pedaços, e mais pedaços, e a terra pereceria, sendo necessária a criação de uma nova terra, bem mais nova do que esta.

Mas se eela desse a luz a um menino, isto significava, evidentemente, que o próprio Olodumare os tinha ajudado.

Assim, apelou-se para orinsanla e

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para outros Orixás, o que deveria ser feito para que a criança fosse do sexo masculino. E todos os dias eles iam colocar seus axés sobre a cabeça de Oxun, dizendo: "Você, Oxun...homem deverá nascer, a criança que você traz em si. E todos diziam acima de sua cabeça: "Axé!", dizendo "To..." acima de sua cabeça...

Fizeram isso todos os dias, até que chegou o dia do parto. Ela levou a criança. Disseram que ela deveria permiti-lhes vê-la. Ela disse, que só depois de nove dias. Quando chegou o nono dia, ela convocou a todos. Esse era o dia da cerimônia do nome, do qual se originaram todas as cerimônias de dar nome.. Mostrou-lhes a criança, e pôs nas mãos de Orisanla. Orinsanla olhou a criança atentamente e viu que era um menino, e gritou: Hurra!!! todos os outros repetiram: "Muso!!!..." Cada um carregou a criança e depois abençoaran-no.

Disseram: __somos gratos por esta criança ser um menino. __Que tipo de nome lhe daremos?

Orinsanla, disse: vocês sabem muito bem, que a cada dia abençoamos sua mãe com nosso poder(axé), para que ela pudesse dar a luz a uma criança do sexo masculino. E essa criança deve se chamar "Asëtuwa"( o poder troxe ele a nós).

Disseram: acaso você não sabe que foi o poder do Asë(axé) que colocamos, que forçou esta criança a vir ao mundo, mesmo se antes, ela não queria vir a terra sob a forma de uma criança do sexo masculino? Foi nosso poder

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que a trouxe a terra. Por isso, chamamos a criança de "Asëtuwa".

Orunmila consultou o Oráculo acerca da criança, porque todos devem conhecer sua origem e destino. Levaram a criança para a floresta de Ifa(Igbo Odu), e Ifa revelou que o Odu da criança era Osetura.

Orunmila disse, que a criança que Osëtura fez nascer, que antes se chamava "Asëtuwa", deveria se chamar "Osetura". Foi por isso que chamaram a criança com o nome do Odu de Ifa que lhe deu nascimento. Assim, a criança passou a participar do grupo de Odus, ao ponto de ir com eles em todos os lugares onde se faziam oferendas na terra.

Foi assim, que todas as coisas que Olodumare tinha lhes ensinado, deixaram de ser corrompidas. E cada vez que proclamavam que as pessoas não morreriam, elas realmente sobreviviam. Se diziam qua as pessoa s seriam ricas, elas realmente se tornavam ricas. Se diziam que a mulher estéril conceberia, ela realmente dava a luz.

Também, a própria Oxun deu um nome a criança neste dia, disse ela: Osho a gerou(significando que a criança era filho do poder mágico); porque ela mesmo era Ajë, e a criança que ela gerou é um filho homem. Disse ela: Akin Osho, poderoso mágico, homem dotado de um grande poder sobrenatural.

Eis o que a criança será...

E por isso chamaram Asëtua, de

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Akin Osho.

Depois eles disseram que em qualquer lugar onde os maiores se reunissem, seria compulsório que a criança fosse um deles. Se não pudessem encontrar o décimo sétimo membro, não poderiam chegar a nenhuma decisão.

Finalmente aconteceu, e sobreveio uma segunda seca na terra. Tudo estava seco, não havia nem orvalho. Faziam três anos que não chovia. A terra entrou em decadência. Foi então, que eles voltaram a consultar Ifa.

Quando Orunmila consultou Ifa Ajalaye, foi dito que fizesse uma oferenda, que deveria ser entregue a Olodumare, para que Olodumare pudesse ter piedade da terra, e, assim, não virasse as costas para a terra. E que se apoderasse dela, para ele. Pois Olodumare, já não mais se ocupava da terra. E se assim continuasse, a destruição seria inevitável. Somente se conseguissem fazer a oferenda, é que Olodumare teria sempre misericórdia deles. Só assim ele se lembraria deles e zelaria pelo mundo.

Então eles prepararam a oferenda. Eles colocaram: cabra, ovelha, cachorro, galinha, pombo, preá, peixe, um ser humano, um touro, um pássaro da floresta, um pássaro da savana... todas as oferendas, e ainda, azeite de dende, ovos, dezesseis pedaços de pano branco. Prepararam a oferenda usando folhas de Ifa, que toda oferenda deve conter. Fizeram um grande carrego.

Eles disseram que Ejiogbe deveria

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levar essa oferenda. Ejiogbelevou até as portas do Orun, mas a porta não lhe foi aberta. Então, Ejiogbe voltou a terra. No segundo dia, Oyeku Meji carregou a oferenda, mas também voltou sem sucesso. E assim foi com Iwori Meji, Odi Meji, Yrosun meji, Oworin Meji, Obara Meji, Okanran Meji, Ogunda Meji, Osa Meji, Ika Meji, Oturupon Meji, Otura Meji, Irete meji, Oshe Meji, Ofun meji. Todos foram e voltaram sem conseguir passar.

Antes de reconhecer que não tinham mais nenhum poder, decidiram que o décimo sétimo entre eles, deveria ir e experimentar o seu poder.

Osëtua foi visitar certos Babalawos, que traziam os nomes de, vendendor de azeite de dendê, e comprador de azeite de dendê. Ambos impregnaram seus dedos com pedaços de cabaças. Jogaram Ifa para Akin Osho, o filho de Eninare( aquela que foi colocada no caminho do bem, referindo-se a Oxun).

Disseram que ele deveria fazer uma oferenda; disseram que quando ele acabasse de fazer a oferenda, no lugar onde ele estava consultando Ifa, disseram ali, que ele seria coberto de honras; disseram que a posição que ele alcançasse, seria para sempre e não desapareceria jamais; disseram que as honras que ele receberia, seriam intermináveis.

Disseram: "Você verá uma anciã no seu caminho", disseram: faça-lhe o bem.

E, assim, quando Osëtura acabou de preparar a oferenda( seis

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pombos, seis galinhas e seis centavos), e quando estava a caminho, encontrou uma anciã. Ele carregava a oferenda no caminho que levaria a Eshu, quando encontrou essa anciã. Era uma anciã da época em que a existência se originou.

Ela perguntou a Akin Osho: a casa de quem você vai hoje? E disse-lhe: ouvi rumores a respeito de todos vocês na casa Olodumare. E que os dezesseis Odus mais velhos, tentaram levar uma oferenda a Olodumare, mas não obtiveram sucesso. É a sua vez hoje? Comeu algum tipo de alimento hoje? Akin Osho, respondeu que sim, que havia comido.

Então ela lhe disse: quando chegar no seu lugar, diga-lhes que não irá hoje. Ela continuou: esses seis centavos que você me deu a três dias atrás, serviu-me para comprar comida.

Diga-lhes, que não irá hoje. E quando chegar amanhã, não coma e nem beba nada antes de chegar lá. Você deve levar a oferenda.

Todos os que tentaram levar a oferenda, comeram da comida da terra, esta foi a razão pela qual Olodumare não lhes abriu a porta. Quando Akin Osho(Osëtua) voltou a casa de Ajalaiye, todos os Odus Ifa estavam reunidos e, lhe disseram: você deve estar pronto agora, é a sua vez hoje de levar a oferenda ao Orun, talvez a porta seja aberta para você.

Osëtura, disse que estaria pronto no dia seguinte, porque não tinha sido avisado na véspera. Quando chegou o dia seguinte, Osëtua foi

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encontrar Eshu, e lhe perguntou, como deveria fazer? Eshu respondeu: como jamais pensei que você viria me avisar antes de partir, lhe digo, que isso vai acabar, hoje a porta se abrirá. E perguntou a Osëtura se ele havia se alimentado. Osëtura lhe disse, que uma anciã lhe avisou na véspera, que não deveria comer absolutamente nada. Então Osëtura e Eshu puseram-se a caminho, e partiram em direção aos portões do Orun.

Quando chegaram lá, as portas já estavam abertas. Quando levaram a oferenda a Olodumare, ele examinoua oferenda, e exclamou: Haaa.....Haaa...., você viu qual foi o último dia que choveu na terra? Eu me pergunto, se o mundo não foi completamente destruido. Que poderá ser encontrado lá? Osëtura não podia abrir a boca para dizer qualquer coisa. Olodumare lhe deu alguns feixes de chuva, reuniu, como outrora, as coisas de valor do Orun, todas as coisas necessárias para a sobrevivência do mundo, e deu-lhes. E disse para Osëtura retornar.

Quando deixaram a morada de Olodumare, eis que Osëtura(Akin Osho), perdeu um dos feixes de chuva, então, a chuva começou a cair sobre a terra. Choveu, choveu muito, e quando Osëtura voltou a terra, em primeiro lugar foi ver o quiabo, o qual havia produzido vinte sementes. Quando chegou a casa de yayaa, esse havia produzido cinquenta sementes. Foi então, até a casa da palmeira de folhas exuberantes, que se encontrava na margem do rio Aworin Mogun. A palmeira tinha dado nascimento a dezesseis

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rebentos.

E ele voltou a casa de Ajalaiye. O Axé se expandia, se estendia sobre a terra. Sêmen convertendo-se em filhos. Os acamados se levantaram, e assim todo mundo se tornou aprazível, satisfeito, tranquilo, feliz, e de uma forma ou de outra, mais ou menos poderoso.

As novas colheitas eram trazidas dos plantios. O inhame brotava, o milho amadurecia, a chuva continuava a cair. Todos os rios cheios, todos irradiavam felicidade. Quando Osëtura chegou, carregaram-no para montar num cavalo, estavam mesmo a ponto de levantar o cavalo do chão, para demostrar a fé em Osëturae até que ponto as pessoas estavam ricas e felizes. Estavam de tal forma contente com ele, que o cobriram de presentes, os que estavam a sua direita eos que estavam a sua esquerda. Começaram a saudar Osetura...Você foi o único que conseguiu levar a oferenda ao Orun, a oferenda que você levou ao outro mundo era poderosa, sem exitação, rápido, aceite o meu dinheiro, e ajude-me a transportar minha oferenda ao Orun... Osëtura, aceite rápido, Osetura aceite minha oferenda.

Todos os presentes que Osëtura recebeu deu-os a Eshu Odara.

Eshu lhe disse: a tanto tempo entrego as oferendas, e não houve ninguém que retribuiu a minha gentileza. Você Osëtura, todos os sacrifícios que eles fizerem sobre a terra, se não os entregarem primeiro a você, para que você os

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traga a mim, farei com que as oferendas não sejam aceitas. Essa é a razão pela qual, sempre que se faz oferenda, por qualquer que seja o Odu Ifa que apareça e qualquer que seja a quetão, Osëtura deve ser invocado, para que envie as oferendas a Eshu. Porque é só de sua mão que Eshu aceitará as oferendas, para levá-las ao Orun. Porque quando Eshu recebia as oferendas das pessoas da terra e as entregava no lugar onde as oferendas são aceitas, eles não demonstravam nenhum reconhecimento pelo que Eshu fazia por todos.

Até o dia em que Osëtura teve que carregar a oferenda e Eshu foi abrir o caminho apropriado para o Orun, para alcançar a morada de Olodumare. A quantidade de gentilezas que Eshu recebeu de Osëtura era realmente muito importante para ele. Então, Eshu e Osëtura fizeram um acordo, pelo qual todas as oferendas que fossem feitas, deveriam ser-lhe entregue por intermédio de Osëtura.

Foi assim, que Osëtura se converteu em O Portador de Oferendas para o Orun.

É assim, que este Odu Ifa explica, a respeito de Eshu e Osëtura. Como eles se converteram em encarregados e portadores das oferendas para o Orun. Assim, como já foi declarado por nós.

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Itan de Oturaoworin

Olodumare conhece aqueles que malevolamente, ferem outros. A gente do campo, que ditingue a gente da cidade: trabalhadores da Terra e trabalhadores do Orun; nos encontraremos de novo.

As formigas brancas não se dispersarão sem se juntarem novamente.

Foi o único que jogou Ifa para os humanos que são sofredores e mortais. Foi aquele que enviou Ifa para acabar com os sofrimentos dos humanos e mortais.

De onde vem a gente da Terra, e para onde retornarão? Que tipo de gente é essa que parte contra a vontade? Para que tanto sofrimento? Por que tantos elevam a si próprios e tornam a cair? Para que se alimentar? Ele que os manda embora, e que os chama de volta à casa. Aqueles que só pensam na matéria, não satisfazem Olodumare. Ele diz: vem, você vem. Se uma criança não conhece seu Pai, o mundo está errado. A morte é a única forma de uma criança conhecer o Orun. Qual é o pensamento de Olodumare? E aqueles que costumam pensar que Eshu não come sacrifícios? E aqueles que só pensam em si próprios? Eles estão penssando em comida e bebida.

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Você conhece a escuridão. Uma criança não conhece seu Pai. Fala comigo, eu quero falar contigo, para que nossas vozes se tornem conhecidas uma da outra na escuridão. Se uma criança não conhece seu Pai, o mundo está errado.

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Logun Édé

É a ligação da terra com a água. Sendo a essência da pureza a nível criança. Representa a divisão emocional, física e sexual da humanidade. Tem o poder de equacionar o equilíbrio do homem e da mulher. Estando ligado aos hormônios do corpo, tendo influência sobre a taxa de espermatozóides.

Logun Édé é omo eyin, filho do ovo. É descendente da fertilidade que representa o ovo(símbolo da procriação).

É tido como filho de Oxun com Osoosi (oxossi). Habita rios e cachoeiras, onde se magnetiza com a graça e beleza das águas de sua Mãe, e, a exuberância da floresta de seu Pai.

Amigo inseparável de Eshu. Rege as oferendas a Olodumare, em conexão permanente com Eshu. Não tem vaidade, nem ambição. Porém, é um Orixá rico, por ter compartilhado tudo com Eshu.

Com seu Pai, aprendeu a caçar e pescar. Com sua Mãe a sedução. Com Ogun a arte de guerrear, com Yansan, apredeu a se guiar pelo vento, a brincar com as tempestades em toda sua plenitude.

As características do Orixá, podem tender para Oxun, Oxossi ou Ogun. Dependendo do toque, ele dança fazendo mímicas de afazeres domésticos ou de guerra.

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Tem como kizilas as cores vermelha e marrom. Essas cores irritam esse Orixá. Adora o azul turqueza.

Logun não come dobrado. Não muda de 6 em 6 meses de masculino para feminino. E deve ser paramentado como Orixá caçador, e não como Iyagba. O que pode acontecer é: dependendo do caminho que o Orixá vem, ele pode apresentar características mais doce, como as de sua Mãe, ou de solidão e seriedade, como as do seu Pai, ou ainda, de guerra como Ogun.

Em Logun Ede está os opostos, as contradições, e os fundamentos do equilíbrio, representado pela balança, que é um de seus símbolos.

Sabemos que o candomblé apresenta muitas diferenças, do culto aos Orixás na África. O candomblé, devido a vários fatores, se transformou numa outra forma de cultuar as energias da natureza. Não sei se mais simples ou mais complexa, mas que as diferenças marcantes existem, é fato.

No entanto, não podemos desconsiderar completamente o seu culto de origem. O culto a Logun Édé em Ilesa, já está quase extinto. Ilesa é uma cidade rica e próspera, onde se originou o culto de Logun Édé.

Segundo os mais antigos sacerdotes do culto em Ilesa, Logun Édé, seria na realidade: Oloogun Édé, um guerreiro, o maior dentre todos os caçadores, pai de todos eles, inclusive, de Oxossi( e se observarmos as

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cantigas de Oxossi, muitas apresentam a expressão: "omo odé", ou seja: "filho do caçador"). Em Ilesa, Logun Édé, como descrito no Itan de Oseotura, no início desse e-livro, é tido como o lado masculino de Oxun, fliho dela com Osho( o poder mágico masculino), vindo sob o axé de todos os Orixás.

No candomblé, Logun está inserido no culto aos caçadores, sendo filho de Erinlé e Oxun Iponda.

Não podemos esquecer da importante ligação que Logun tem com Eshu, que também está descrita no Itan do Odu Oseotura, onde o filho de Oxun, Akin Osho, que também foi chamado de Osetura, ou seja: chamado com o mesmo nome do Odu que se apresentou na consulta feita naquela ocasião para salvar a Terrra, quando esta estava para ser extinta. Como vimos, Akin Osho, seguindo os conselhos de uma Iya Agba e de Eshu, foi o único, dentre todos, que conseguiu entregar a oferenda a Olodumare, livrando assim, a terra da extinção e trazendo o equilíbrio de volta; ele recebeu muitas honras e muitos presentes... os quais deu todos para Eshu. Eshu em retribuição, disse: que a partir daquele momento, só entregaria as oferendas que fossem feitas em seu nome, em nome de "Osetura"( Akin Osho).

Abaixo, segue a tradução de um Oriki de Eshu Odara. Esse oriki tem o poder de levar as oferendas e pedidos para o seu destino( "em toda oferenda, Eshu tem que levar

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alguma coisa"):

Esu Ota Òrisà, Osétura lorúko baba mò ó. Alagogo ija loruko iya npe é, Esu Odara omokunrin idolofin, O le sonso sori ese elese. Ko je, ko si jé ki eni nje gb'e mi A ki i lowo lai mu ti Esu kuro. A ki layo lai mu ti Esu kuro. A so tun sosi lai nitiju. Esu apata somo olomo lenu. O fi okuta dipo iyo Loogemo orun a nla kalu. Paapa-wara, a tuka mase sa Esu ma se mi, omo elomiran ni ki o se. Ase!

TRADUÇÃO:

Eshu, a pedra angular dos imortais. Osetura é o nome pelo qual os pais lhe reconhecem.

Alagogo Ija( possuidor da solução dos problemas) é o nome pelo qual as mães lhe reconhecem.

Esu Odara, homem forte de Idolofin.

Aquele que se senta sobre os pés dos outros. Aquele que se não comer, não pemite a quem está comendo, engolir o alimento.

Ninguém fica rico, sem primeiro sentar ao seu lado e compartilhar com Eshu.

Ninguém obtem felicidade, sem compartilhar primeiro com Eshu.

Ele que pertence a lados opostos, sem ter nenhum tipo de sentimento.

Ele que faz uma pessoa falar coisas que não deseja.

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Ele que usa pedra, em vez de sal.

O indulgente filho do Criador, cuja grandeza se manifesta por toda parte.

Inesperado, que quebra em fragmentos, que não se consegue juntar.

Eshu, não me manipule! Que outra pessoa seja manipulada! Axé


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Características dos Filhos de Logun

Seus filhos são extremamente inteligentes, são amáveis, batalhadores e amigos. Possuem um gênio forte, que podemos perceber, quando são contrariados naquilo que desejam e não conseguem.

São sonhadores. Adoram as ilusões: curtem as ilusões, enquanto der e for interessantes para eles.

Gostam de mandar, chegando em alguns casos a serem arrogantes e prepotentes. São soberbos, e crêm estar sempre com a razão.

Na saúde, podem apresentar: hipertenção, depressão e crises existenciais( em decorrência do próprio referencial do Orixá).


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Mitos

O encontro de Logun com Oxun

Oxossi era a paixão de Oxun. Porém, Oxun era casada com Ogun e com seu amor não podia encontrar.

Até que chegou o dia, que Ogun partiu para mais uma batalha. E Oxun pode então, entregar-se ao seu grande amor, e dele engravidou.

Nove meses depois, Ogun avisou que estava voltando... Oxun teve um menino, mas Ogun não poderia saber. Então, Oxun abandonou a criança em cima de uma folha de lírio. Yansan, que por ali passava, encontrou o menino e o pegou para criar.

Já rapaz, Logun saia todos os dias para caçar. Certa vez, caçando no alto de uma montanha, avistou uma bela mulher, se banhando nas águas do rio. Encantado com tanta beleza, Logun Édé se aproximou, e escondido passou a lhe observar.

Oxun, mirando-se no espelho, percebeu que um homem lhe espiava. Foi quando, ela virou o espelho para ele, transformando-o em um cavalo marinho, que caiu nas águas do rio.

Sabendo do que aconteceu, Yansan procurou Oxun, e lhe contou que, o rapaz que ela havia encantado era o seu próprio filho,

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que ela havia abandonado em cima de uma folha de lírio.

Oxun, imediatamente fez dobalé para o rio, e recitou um Oriki a Obalomi, lhe contando tudo que estava se passando. Obalomi desapareceu nas águas, e logo ressurgiu em forma de peixe, trazendo um cavalo marinho preso em sua barbatana.

Oxun desfez o encanto e disse que a partir daquele dia Logun Edé viveria 6 meses na água, comendo peixe, e 6 meses na terra, comendo caça.

Existem outras variações desse mito, e também outros mitos que relatam historias em que Logun Edé vive seis meses na terra e seis meses nas águas; seis meses com Oxossi e seis meses com Oxun. Encontramos também, mitos onde Logun passa seis meses sendo homem e seis meses sendo mulher...

Como já descrevemos num dos capítulos anteriores, Logun Edé é um Orixá masculino, caçador, e assim deve ser cultuado.

O que acontece é que, dependendo do caminho(Odu) que o Orixá vem, ele pode apresentar essa dualidade, alguns com características dóceis( como as de Oxun ) e outros com características guerreiras(como as de Oxossi e Ogun).

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Assentamento

°Bacia de louça

°Tirrina de louça, frisada de azul claro e dourado

°Pratos, frisados de azul e dourado

°Ferramenta (1 Ofa dourado, com 7 ferramentinhas penduradas na base do arco. E dois pratos de balança, sendo um em cada extremidade da base do arco) A balança, representa o equilíbrio dos opostos.

°Búzios

°Cavalos marinhos

°Conchas de madripérola

°Idés dourados

°Abebé

°Peixinhos dourados

°Cristal

°Segis

°Água marinha

°Ouro

°2 okutas tipo gema(como os de Oxun)

°Um pedaço de manganêz

°Um pedaço de aço silício

°Espadas pequenas, de metal

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amarelo

°Bolas de gude

1 casal de bonecos

°Favas


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Fundamentos

Destacamos que, existem outras formas de iniciar Logun Edé. Fundamentos diferentes dos que vamos descrever aqui, não quer dizer que estejam errados. O importante, é seguir a linhagem do seu Axé.

OBS: no Bori das Iyawo de Logun, os Ejas não vão no fogo.

Prepara-se no Ronko, uma cabana con varas do mato, coberta com folhas de colônia, lírio de oxossi, copo de leite, neve branca, patchouli, manjericão, erva pombinha...

Sua esteira, leva: obi e orobô ralados, nos moscada ralada, waji, efun, karo, orelha de oxun, patchouli...

Depois de ter passado pelos ebós que toda Iyawo passa, leva-sea Iyawo para as águas, e alí se faz o primeiro ebó, que consiste em: 1 balaio para Oxun; ebô para oxalá; ado para oxossi; 1 inhame do norte, assado para Ogun; 1 inhame do norte, cozido e descascado para Oxaguian. Arreia-se as oferendas, fazendo os respectivos Orikis e Orins. Começando por Oxun, e depois Oxossi. Em seguida para Logun, levando a Iyawo para a água, onde é feita a primeira raspagem, dolado esquerdo da cabeça( deixa-se um pouquinho do

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cabelo em cima do omolokun, e um pouquinho em cima do ebô. O restante do cabelo, enrola-se em um pano branco, e leva-se para o ronko, onde fica ao lado do santo.

Quando o santo chega, coloca-se um omolokun no seu ori. Depois passar um canário da terra ou periquito no Ori, e soltar alí mesmo.

OBS: alguns sacerdotes, quando o santo chega, jogam uma rede sobre o Orixá.

Cobre-se o Ori com Osibata, enrola com Oja branco.

O segundo ebó é: 1 tainha, 1 omolokun, 1 obi, 1 orobo, 5 gemas cozidas, 5 akaças, 5 moedas, 5 velas, 1Kg de uva moscatel, 1 travessa de barro, fitas brancas, azuis e amarelas.

Colocar a travesa com o omolkun, por o peixe em cima( o peixe é inteiro e cru, apenas sem as tripas. As tripas que são entregues a Eshu na encruzilhada). A Iyawo faz uma farofa com as 5 gemas,e coloca na barriga do peixe. Com as 5 moedas na mão, joga mel, e também coloca as moedas na barriga do peixe. Passa-se as fitas em volta do peixe, de forma que feixe a barriga, dando um laço em cima. Colocar os akaças e as frutas em volta do peixe. E por o Obi e o Oribõ na boca do peixe. Este ebó é feito na beira do rio, com as 5 velas acesas. (Este ebó pode ser feito no mesmo dia do primeiro ebó).

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Se Logun vier pelo lado de Ogun, se faz esse terceiro ebó: Colocar 1 bandeira branca na mão direita da Iyawo, e um inhame do norte na mão esquerda. Passar um morim branco na Iyawo e estender no chão. Passar: 3 velas, 3 akaças, 3 akaras, 3 moedas, e por todo sobre o morim. Bater na Iyawo com folhas de mariwo e abre caminho. Tira-se o inhame da mão, a Iyawo faz os pedidos. Põe0se o inhamen no meio de tudo. Passa-se a bandeira na Iyawo e finca-se no inhame. Pega-se uma coroa e coloca na bandeira. Vira-se a Iyawo de costas, que sai sem olhar para o ebó. ( este eBó, também pode ser feito para os outros caminhos)

De volta ao Ilê, a Iyawo entra no Ronko, acompanhada de 5 pintinhos( cada pintinho que morrer, é um carrego que sai; colocar na folha com akaça e levar para a mata) e 5 peixinhos, dos quais 1 e dado para a Iyawo comer na hora do Orô. Os peixinhos que sobrarem vivos são devolvidos as águas.

O segundo labé é feito na beira do poço do Ilê Axé, pela madrugada, após 3 dias do Bori. Durante todo o labe o Orixá fica com os pés dentro da bacia com água de rio e os peixinhos( 1 é dado para ela comer).

Seus bichos são o Oda( lembrando que, não se castra o cabrito antes da obrigação), coelho, preá, tatu, angola, galos garnisé, periquito, canário da terra, faisão, pavão.

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OBS: Todos os Orixás que comeram no primeiro ebó, feito nas águas, devem ser assentados.

Suas vestes em geral, são: de cores azul, amarelo ou dourado; chapéu de bandas( em couro ou fazenda trabalhada), com plumas( azuis, brancas, penas de faisão e pavão); argolas douradas, para o pescoço e para os pés; ofa dourado, para as mãos; uma rede de pesca, caída sobre os ombros; um caniço, com um peixinho dourado pendurado no anzol; um remo; e no momento de sua saída, soltam-se passarinhos.

°Loko, caminha com Odé, veste mais o azul. Gosta de peles de animais.

°Ibaiyn, caminha com Oxun, veste mais o dourado, e usa argolas no pescoço.

°Alapanan, caminha com Ogun. Pode-se acrecentar um pouco do azul de Ogun em suas vestes.

° Ha um caminho de Logun, que não é feito, pois trata-se de um recém nascido, que tem carrego de Abiku. Geralmente, a criança desse caminho de Logun, não sobrevive; a não ser que a situação seja vista no jogo de Ifa, e a criança passe pelos ebós específicos de abiku. Devendo ainda, essa criança, cultuar Egbe Orun/Aragbo. Egbe(Aragbo) protege as crianças que nascem com carrego de Abiku. Criando uma espécie de luta com a sociedade Abiku, para impedir que levem a criança de volta.

OBS: É fundamental o assentamento de Baba Egun numa casa de candomblé. Não podemos

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confundir, assentamento, com iniciação. Ter o assentamento, não significa ser iniciado no culto de Babaegun. Uma pessoa sem ancestre, é o mesmo que uma árvore sem raíz.



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Folhas

oripepe

patchouli

manjericão

algodão

macaça

saião

girassol

Enfim, todas as folhas de Oxossi e Oxun



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Oferendas

OBS: Toda oferenda para Logun, pode levar um peixe em cima( sempre que se limpa o peixe para logun, as escamas e as tripas, vão para Eshu na encruzilhada, colocando sobre uma folha de prosperidade, e acendendo uma vela).

Pode-se agradar Oxun, antes de fazer a oferenda à Logun. Os pedidos à Logun, devem ser feitos em voz baixa, sussurrando.

Omelete de Logun

Bater 8 ovos, ir fritando em colheradas, no óleo de girassol. Cortar vagem bem fininha, e refogar no camarão, cebola e dendê. Como se fosse fazer panqueca, põe-se um pouco da vagem refogada em cima do omelete, e vai enrolando e arrumando na travessa, Oferce nos pés de Logun, com flores e perfume.

Pamonha de Logun

Ralar 7 espigas de milho e acrescentar coco ralado e açucar. Fazer troxinhas com a palha do miho, amarrando com o fio da própria palha. Colocar na água fervente por alguns minutos. Retirar e abrir numa travessa, enfeitada com folhas de Logun. Arrumar sobre as pamonhas, fatias de coco, e regar com

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bastante mel. Oferecer no pés do Orixá, cachoeira ou rio.

Para Prosperidade

Arrumar num prato de barro, bananas ouro amassadas e misturadas com mel, Enfeitar com um favo de mel. Arrumar em outro prato de barro, uma farofa de mel. Colocá-los um ao lado do outro. Ascender 1 vela e fazer os pedidos.

Para Paz e Tranquilidade

Cozinhar e pilar um inhame do norte, com mel. Fazer uma farofa de mel. Arrumar meio a meio na travessa. Regar com bastante mel. Ascender 1 vela e fazer os pedidos

Para equilibrar um filho de Logun

Torrar 2 Kg de feijão fradinho. Ir para a beira de um rio. Ascender 1 vela. E, com o pé esquerdo dentro da água, e o direito na terra, ir jogando o jeijão, sobre a cabeça, deixando cair, tanto na água, quanto na terra. Jogando, e fazendo os pedidos.

Omolokun para Logum Edé

Preparar um Omolokun, utilizando azeite de dendê para refogar os temperos. Por numa travessa de barro, e enfeitar com 5 ovos crus. Ascender 5 velas em semi círculo, e oferecer ao Orixá.

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Para Vitória

Milho cozido e socado com mel. Arrumar numa travessa de louça amarela. Oferecer com 1 vela acesa.

Para Vitória

Preparar um Omolokun, arrumar na travessa, e enfeitar com 5 gemas cruas. Regar com bastante mel, e povilhar com a crista de uma fava de aridan ralada. Oferecer com 1 vela acesa.

Para abrir caminhos

Cozinhar um inhame do norte. Amassar a metade com mel, e outra metade com dendê. arrumar na travessa meio a meio. Ascender 1 vela e oferecer.

OBS: o segundo ebó feito na fundamentação, com 1 tainha e farofa de gemas, é uma oferenda sempre recomendada, para os filhos de Logun edé.


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Oriki de Logun Edé

Logun Edé kekere. Odé mojuba o!

Nono bi owuro o ji gini mu irun

Odé dudu igbo ile owo tan titi fi awo ykun si usy liwi oko ti aja bi eni gboni

Okan okun ganty o to lo lowi eni ola o ri ola lohun o wa ni

Logun luiyy, fi wa kola, oki toye. Pa omi da o dagbo

Ona gbebi ma mi okurin omo agbe ibi.

O rele mi moku iyiyu jeje ago o pa yiyu

O yeni omo alawo dydydydy ti ma rin gbamu gbamu

Omo eruku gbagbalada

Oko segi, mamu mamu fele gegere, o muti ayankan

Omo a gbola o ilu a gbogun ma sun igbo

Oogun tele rin doja lo

Tima lehin yeye re, okansoso gudugu Oda dohun,

ojongolo okurin A ti bitibi ilebe, odara deyin oju,

okunrin sembeluju Nakota abi ara fini

Oda bi odudu, jojo bi agbo. O da hun agan lohun kankan.

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TRADUÇÃO

Jovem caçador, eu te saúdo!

Ágil, levanta ao amanhecer, com arco e flecha pendurados no pescoço

Caçador negro das florestas, que coloca pele de leopardo nos pés e nas mãos, daquele que controla cães e pessoas.

Ele tem o cinto do poder nas mãos. Ele é o senhor que controla pessoas e animais.

Meu Pai, que quando o leão o vê, senti medo.

Ele coloca o cinto do poder. Ele é rico, e vê onde a riqueza está.

Senhor dos pássaros, que alcança o sucesso com humildade.

Ele, que recebe ajuda das Mães. Ele é filho respeitado.

Ele vai a casa de Moku, onde muitos morrem, ele come muitos pássaros.

Apreciado, filho da pele brilhante que anda com graça, que anda como o vento suave.

Senhor do Segi. Gosta de beber e ficar satisfeito.

Filho que traz riqueza à cidade. Ele não dorme no mato. Sai de casa e vai para o mercado.

Apoiado nas costas de sua Mãe, ele é solitário e belo, belo até na voz.

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Homem esbelto. Ele é belo até nos olhos. Orgulhoso da sua beleza, suave como a folha de odudu, altivo como um carneiro.

Ele dá rapidamente um filho a mulher estéril.



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Orin Logun Edé

Lootun l'aabo, igbo Orisa a kofa awo Lootun l'aabo, igbo Orisa a kofa awo

Orixá das matas, nos renove e nos dê proteção Vamos pegar o arco e a flecha para cultuá-lo Renove-nos e nos dê proteção, Orixá das matas. Nós vamos pegar o arco e a flecha para cultuá-lo.

Oniigbo oloodo wa nile Oniigbo oloodo wa nile

Senhor das florestas, senhor dos rios Está na casa, O senhor das florestas O senhor dos rios, está na casa

Oloode pa eron oloodo epeja Oba omi niibu, oloode pa eron Alaamon Orisa.

Caçador, senhor da caça, Senhor do rio e pescador Rei das águas profundas, e senhor da caça Ele é o Orixá dono do barro.

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A kofa ago Orisa igbo ode aarole o Aarole o Orisa ode ni o Orisa igbo

Nos dê licença caçador, para pegarmos o arco e a flecha. Orixá da floresta, de quem podemos ter ajuda Dele podemos ter ajuda Orixá caçador, o caçador, que é Orixá das matas e dos rios.

Keere-keere ode o, keere-keere ode o, Oloorisa ke mi ma sa, ke mi mo awo Orisa ode igbo otokonsoso, awa omode ti Erinle, awa omode ti o ku eron, ode igbo Ti ko la, ode igbo ti ko la, baba ode igbo Ofa ise ise le soro

Silêncio! permaneçam em silêncio, ele é o caçador. Orixá, afague-me, não me fira. Afague-me com o entendimento do culto. Orixá caçador das florestas. Aquele que só usa uma flecha e não erra. Ele é filho de Erinle. E nós somos filhos daquele que mata a caça. Caçador da floresta, que foi o primeiro a obter riquezas. O primeiro a torna-se rico, Pai, caçador das florestas Seu arco e flecha, originam-se da mais alta tradição.

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Baba ode ewe eje Ni igbo ni baba orisa ni igbo ni baba Logun Ede Babayii dakoja mi oju aaro, o ti ko la ase e Tyin ofa, baba igbo ode enyin.

Pai caçador ha sangue nas folhas. Pai caçador ha sangue nas folhas O Pai Orixá está nas florestas. Está na floresta, o Pai e guerreiro caçador Olhe para mim, e me ajude. Ele foi o primeiro a torna-se rico, com o poder do seu artco e flecha. Pai das florestas, és o caçador.

Ofa ode ba yiira o niigbo l'oodo koke Ofa ode ba yiira o niigbo l'oodo koke

O arco e flecha do caçador, fez a caça se contorcer, na floresta acima do rio.

Baayii lase onila o ki a bo oni Baayii lase onila o ki a bo oni

Ele é assim, tem o poder de ser o senhor da riqueza. Ele é a quem cultuamos.

Ago le awa dagole le, ago le awa dagole le.

Pedimos licença para nossa casa. Dê licença para nossa casa.

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Ode o aye, ode o aye.

Ele é o caçador, que só tem uma oportunidade de acertar o alvo.

Awa ode nile wa, ode ki fiigbo Awa ode nile wa, ode ki fiigbo

Nós vimos o caçador em nossa casa. O caçador das matas.

O bayii lase omi ro, ode bayii lase mi ro O bayii lase omi ro, ode bayii lase mi ro Lae-lae o ni tofa dode ode ni tofa

Ele tem o axé de ficar na água. O caçador tem o axé de ficar na água. Sempre com seu arco e flecha para caçar. O caçador tem o arco e flecha.

Ofa ni o gbe wa koseni Logun o Ofa ni gbe wa koseni

Não crave sua flecha em nenhum de nós. Não crave sua flecha em ninguém.

Olowo a kofa re a kofa re wo, e a

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kofa Ijo ijo Logun o a kofa

Rico senhor, pegaremos seu arco e flecha, pegaremos para cultuá-lo. Vamos pegar o arco e flecha e dançar para Logun. Vamos pegar o arco e flecha.

A logun e koofa ode l'ono E maa koofa, olori gun e maa koofa

Logun, não nos recuse o arco e a flecha, caçador dos caminhos, não nos recuse o arco e a flecha. Chefe que sabe flechar, não nos recuse o arco e a flecha.

Ae ae Ode Logun ni baayii Ae ae Ode Logun, Ode Logun l'ofa mon

Aê aê Logun caçador, Logun caçador é assim, aê aê Logun caçador, tem arco e flecha e sabe usá-lo.

E e e e e, e Logun de le k'oke E e e e e, e Logun de le k'oke

Logun chegou na cas e gritou alto ê ê ê ê.. Logun chegou na casa e gritou alto ê ê ê ê ê.

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E logun eron eron, pa Logun pa, Logun pa. E Logun eron eron, pa Logun pa, Logun pa.

Logun caça os animais selvagens e mata. Logun mata. Logun mata.

Aiye oba ni sa Logun de le re Aiye oba ni sa Lopgun de le wa

O Rei que escolheu sua terra. Logun chegou em sua casa. O Rei da terra quem escolheu, Logun que chegou a nossa casa.

Logun ode ko iya ko iya, Logun ode ko iya ko iya Ijo ijo firii l'aya, logun ode ko iya ko iya

Logun o caçador, não castiga. Logun o caçador, não castiga. Quem tem a dança no peito, Logun o caçador, não castiga.

Logun wa olori, Logun a l'anu a ke njo Logun wa olori, Logun a l'anu a ke njo

Logun é nosso comandante. É para Logun que cantamos e dançamos.

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Logun ode e moofa o si opo Logun ara Logun Ode e moofa o si opo Logun ara

Logun caçador é quem conhece o arco e a flecha, e, que sustenta seu povo.

Ala la laaye e e ode maa nse, Ala la laaye e e ode maa nse

Cumprimentamos o nosso chefe caçador. Não nos faça mal.

O gbayii l'ase, Ode gbayii l'ase Ode gbayii l'ase o

Ele recebeu e tem este axé. O caçador recebeu e tem este axé.

E ala la aiye awa njeje Ode agbooron Ala la aiye awa njee-jee Ode agbooron

Cumprimentamos o nosso chefe, senhor do mundo. Conduza-nos serenamente, nós te obedeceremos.

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Cumieira das Casas de Ypondá e Logun.

Fazem 4 anos que escrevi este artigo, e o

cloquei em um eBook. De lá para cá, recebi

muitos comentários a respeito do que

escrevi. Meu próprio Bablorixá, na época,

me perguntou se eu estava certo de

publicar esse artigo; se não era melhor

confirmar tudo issso na prática. Já que

quem havia me ensinando esses

fundamentos foi o meu primeiro

Babalorixá.

Bem, segui a sugestão dele, e procurei

visitar casas que apresentam essa situação,

ou seja: casas de Yponda e Logun, com

Xangô na cumireira. E, também, filhos de

Logun, iniciados por Iyas ou Babas de

Xangô; e filhos de Xangô, iniciados por Iyas

e Babas de Logun.

Por falta de tempo, não consegui visitar

muitos lugares e conhecer tantas pessoas

assim. Mas vi o suficiente para chegar a

uma conclusão. Conheci muitos filhos de

Logun, iniciados por Babas ou Iyas de

Xangô, e que estão muito bem, alguns já

de idadade bem avançada, o que já é o

suficiente para por este fundamento por

terra. Também conheci casas de filhos de

Yponda, e de filhos de Logun, que possuem

Xangô na cumieira, e todas as que visitei

possuem muito axé.

Meu atual Babalorixá, desde quando me

fez a sugestão de pesquisar mais, me disse

que não concordava com esse

fundamento. Portanto, vi e confirmei que

este fundamento foi por terra.

No entanto, foi meu primeiro Babalorixá

quem me esnsinou. E, apesar de ter visto e

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confirmado que este fundamento não

procede na prática, eu continuo seguindo

o que me foi ensinando a 20 anos atrás,

mesmo tendo visto que na prática o

fundamento não se confirma.

Abaixo, segue o fundamento como

publiquei em um dos meus primeiros

eBooks( a 4 anos atrás), da forma como

aprendi com meu primeiro Babalorixá. E,

se desejar, pesquise sobre ele.

Cumieira das Casas de Ypondá e Logun.

Oxum e seu filho Logun Edé foram para uma grande festa no palácio de Xangô.

Logun Edé com uma belíssima roupa feminina,brilhante como uma linda princesa. Tão belo que chamou a atenção do Rei,que o colocou sentado ao seu lado, pensando tratar-se de uma nova ninfa.

Em determinado momento o Rei entusiasmado abraçou Logun Edé,pensando ser uma menina, e descobriu que se tratava de um menino com trajes de princesa. Oxum tentou explicar ao Rei o que estava acontecendo, mas de nada adiantou.

Enfurecido, Xangô não mandou ninguém fazer, ele mesmo jogou Logun Edé para fora do palácio.

Envergonhado e humilhado, Logun Edé sentou-se ao pé de uma grande árvore, onde fez uma reza ao Senhor do Firmamento, que prontamente lhe atendeu. No céu,

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um imenso clarão se abriu, e Logun Edé partiu para o Orun.

Cabe ao Zelador, orientar e decidir junto com seu filho, os Orixás da cumieira da nova Casa de Santo. Não devendo haver imposições.

Mas nas Casas de Oxum Yponda e Logun Edé, não deve-se colocar Xangô na cumieira.

É recomendável nas Casas de Yponda se por Logun Edé na cumieira. Os três Orixás da cumieira comem juntos.

Não sendo recomendável também, Zeladores de Xangô iniciarem pessoas de Logun Edé. E da mesma forma, Zeladores de Logun Edé iniciarem pessoas de Xangô.



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Fundamentos de Iroko

1-MITOS

1.1– Iroko salva Orunmila de Iku.

Iku vivia perseguindo Orunmila, que na fuga, cansado, beirando ao rio igbojare, encostou-se numa grande árvore e fez um pedido a Oloodumare, quando Iku já estava perto de alcançá-lo. No céu surgiu um arco-iris, e, na cor branca do arco-íris, surgiu Iyewa. O espirito da árvore disse à Iyewa, que fosse para beira do rio, fingir estar lavando roupas, e que por ali passaria Iku. O espírito da árvore disse também, à Orunmila, que seu nome era Iroko Naigela, arriando todos os galhos da árvore sobre Orunmila.

Quando Iku chegou ao rio, encontrou Iyewa, que refletiu sobre ele a cor branca de Oxalá. Iku ficou momentaneamente aturdido, e caminhando na direção de Iroko, parou, e perguntou à Iyewa: __ Viu alguém passar por aqui? Iyewa, lhe perguntou: __sabe quem eu sou?

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Ele disse: __ sei, tu és Iyewa. Então, Iyewa respondeu: __Vi sim, foi por ali, indicando o caminho errado à Iku. Quando Iku deu um passo para traz, Iroko rolou sua grossa raiz e derrubou Iku no chão. Neste momento, Orunmila trocou de esconderijo, passando para baixo das saias de Iyewa. Iku pensou ter dado um tropeço ao acaso. E Iroko o levanta. Iku disse: __Iroko, pelo seu ato de levantar-me, atenderei um pedido seu. Iroko falou à Iku: __ embaixo dos meus galhos há um encantamento que não deve ser tocado por você, nem por ninguém. Iroko disse ainda: __ que Iku deveria deitar-se no chão, para não esquecer o prometido, e assim, Iku fez. Ao deitar-se, Iroko o prendeu em suas grossas raízes. Orunmila saiu do seu esconderijo, e Iku tentou agarrá-lo mas não conseguiu, pois estava bem preso nas raízes de Iroko. Orunmila agradeceu à Iyewa, que neste momento, pensava no seu grande desejo. Imediatamente, Orunmila lhe fala : __Iyewa, tu serás mãe. E isto era justamente o que Iyewa estava pensando e desejando. Iku, furioso, tentava se libertar das raízes. Iroko lhe disse: __ só te solto, se retirar este “ijuju” que tens em seu pescoço e amarrar no meu tronco.Afim de se libertar, Iku atendeu ao pedido de Iroko, as

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raízes se abriram, e Iroko levantou a morte do chão. Iroko amarrou o “ijuju” de Iku, no pescoço de Orunmila, para lhe servir de proteção contra o próprio Iku. Iku se afasta do rio. Orunmila e Iyewa encontram Obaluaiye e seguem caminhando. Com este poderoso feitiço pendurado em seu pescoço, Orunmila estava livre das persseguições de Iku. OBS:o “ijuju” consiste num saco, contendo um poderoso feitiço, que a

morte trazia pendurada em seu pescoço.

1.2- Iroko salva seu Irmão.

Próximo a Iroko, Ogun encontra Oshumare e tenta agredi-lo com seu facão. Ao ver aquilo, Iroko joga todas as suas folhas sobre Ogum e Oshumare. Ogun ficou atordoado, e acabou se confundindo, perdendo Oshumare de vista, que se estava enrolada no meio das folhas. Ogun procurou por muito tempo, mas não encontraou Oshumare no meio das folhas.Furioso, Ogun se foi. Assim, Oshumare escapou da fúria do guerreiro do ferro, graças a artimanha de Iroko.

1.3- A Importância de Iroko, para a vida. Oloodumare disse à todos os

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Orixás, que para que pudessem se estabelecer na terra, deveriam colocar dentro de um pote, um pouco de cada axé pertencentes a eles, e oferecer estes potes à Iroko. Ao fazer a oferenda, cada um seria abençoado com uma pomba branca de Oloodumare. A mistura desses axés é o que permitiria a vida deles na terra. Iroko, pássaro que se transformou numa árvore, a última das árvores do tempo em que elas andavam e falavam. Tempo dos primeiros Orixás, como: Oxalá e Nanã, aos quais os espíritos das árvores deram vida, permitindo-lhes o crescimento e a multiplicação.

1.4– Porque Iroko coça-se, rolando no chão? O Orixá Iroko, quando virado em seu elegun, vai ao chão, coçando-se todo e rolando sobre a terra, pedindo à Ogboni para retirar dele, as formigas e insetos que o atormentavam picando seu corpo. Estando Iroko no oco da grande árvore, muitos insetos lhe picam e, por isso, Iroko vive à se coçar.

IMPORTANTE: Fundamentos de Feitura de Orixás devem ser realizados por pessoas capacitadas, por Babalorixás e Iyalorixás. Se você não está capacitado, não faça! E,

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independente de cargo e tempo de prática que possua, AxeOrixa.Com não é responsável por qualquer adversidade vinda da realização de nossos ensinamentos. Pois, não podemos nos responsabilizar por uma coisa, que depende de vários fatores que não nos dizem respeito. Como por exemplo: a capacidade da pessoa que realiza.

2 – FUNDAMENTOS DE IROKO A árvore onde será acentada esta dinvindade, deverá estar preparada para sua permanência, para que traga paz e harmonia. Todo equilíbrio da Casa de Santo ficará concentrado nesta árvore. Por um ferro com 2 dentes(em arco) apontados para cima, fincado na terra. Sacrifica-se 2 pombos brancos, dentro de uma tigela branca, temperada com azeite doce, dendê, água, mel, vinho doce e uma pitada de sal.Após o sacrifício, tempera-se os pombos com: camarão e cebola, e frita-se no azeite doce. Arriar com todo axé no pé da Gameleira, acompanhado de: acaras, acaçás, feijão preto, pipocas. Deixar o tempo consumir os axés, retirando somente as comidas com 3 dias.

3– ASSENTAMENTO DE IROKO Entalhar numa gamela redonda, um busto na própria madeira da gamela.

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.Um bastão confeccionado com búzios, que ele trará nas mãos. .Um idé de ferro no nariz da estátua .Muitos búzios e moedas na cabeça .Seis argolas presas ao redor da gamela .No meio de cada argola uma seta,apontando para cima .Entremear correntes em círculo ao redor da gamela .Uma panela de ferroou barro .Dezesseis búzios .Uma bola de ferro .Uma grelha pequena .Um bastão pequeno .Uma seta pequena .Um Otá

Obs: Caso não consiga fazer a estátua na gamela, pode-se usar: .um ferro, com 7 setas apontadas para cima. .Uma faca grande, com cabo de chifre de touro .Tres porrões são colocados no pé dessa árvore, ficando o ibá do Orixá no meio. .Se não se tem a Gameleira, pode-se usar outra árvore, de preferência, frutífera e que não tenha espinhos.

OBS: não se usa na feitura de Iroko, banhos de folhas. Usando-as apenas para fazer a cama, onde o Orixá irá nascer. O que será usado para os banhos são sementes e raízes, piladas e coadas para os banhos e o preparo de seus fundamentos. Os ingredientes são coados num morim branco e colocados no porrão, onde ficará o Ibá do Orixá.

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Favas de Iroko:

kumaru imburana iroko ifá nanã obará oxalá xangô Obaluaiye ogum lelekun bikuiba ariô aridan andaisu oshumare Atins de Iroko nós moscada danda da costa efum iyerosun wagi lelekun sândalo em pó erva doce orobô Folhas de Iroko. oriri jarrinha barba de velho mãe boa crista de galo para raio erva prata nega mina branda fogo folha de abil

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ESHU NO CANDOMBLÉ

Não se pode negar, a importância de Eshu como mensageiro entre os homens e as divindades. Mas muito mais do que isso, Eshu é símbolo do “elemento criado”. Criado da mesma matéria que Oloodumarê criou o ser humano: a lama.

Eshu no Candomblé está diretamente ligado a Orunmila e ao sistema de divinação sagrada de Ifá. E deve ser tratado com o máximo respeito e muitas oferendas propiciatórias.

E, é com muito respeito, que entro nos contos que falam dos 16 atributos que ligam Eshu a Orunmilá:

Eshu Yangi

Eshu da laterita. Primeira forma de existência individualizada. O qual Oloodumarê insuflou seu hálito dando-lhe vida.

Eshu Agba

Sendo Yangi símbolo do elemento criado,pode ser chamado de Eshu Agba(Eshu Ancestral), que tinha

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como assento uma simples pedra de laterita vermelha. A qual ficava diretamente no solo, de uma encruzilhada de 3 caminhos(Ikorita Meta).

Eshu Igba Keta

Neste atributo Eshu participa literalmente de tudo que existe.

Eshu Okoto(Caracol)

Assim, os Orixirixi Eshu nos conta que logo Eshu se descontrola e começa a devorar toda a existência. Sendo obrigado por Orunmilá a vomitar tudo de volta. Sendo, que tudo voltou melhor e, em maior quantidade e, mais perfeito do que era antes. E tendo sido picado por Orunmilá, transformou-se no “mais um”; um multiplicado ao infinito. O qual está ligado ao crescimento e a multiplicação.

Eshu Oba Baba

Pai de todas as manifestações de Eshu. Tendo-se Yangi se transformado na restituição e recomposição.

Eshu Odara

Aquele para o qual Oxetura(filho

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de Oxum, que salvou a terra de uma seca interminável. O único dentre os Orixás, que conseguiu levar as oferendas até o Orun) deu todos os presentes que recebeu, por trazer a felicidade de volta a terra.

Eshu Ojise

O mensageiro. Tem o poder de recusar,ou aceitar uma oferenda.

Eshu Eleru

Senhor do carrego ritual.

Eshu Enugbarijo

A boca coletiva, Tendo em sua boca um pedaço da boca de todos os Orixás.

Eshu Elegbara

O senhor do poder mágico.

Eshu Bara

Eshu do corpo. Assim como toda a criação é regida pelos Orixás. Todo ser criado na terra tem o seu Orixá, que é o senhor ou senhora do seu Ori(cabeça). Também tem que ter o seu Bara(senhor do seu

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corpo).

Eshu Lonan

Senhor dos caminhos(que podem ser bons,ou maus caminhos)

Eshu Olobé

O senhor da faca. Aquele que tem o poder sobre a vidaa e a morte.

Eshu Elebó

O senhor das oferendas. Tornando-as aceitáveis. Permite a pessoa alcançar o seu objetivo.

Eshu Alafia

Senhor da satisfação pessoal.(satisfação conseguida através das oferendas.)

É sobre estas variantes de Eshu, que Orunmilá se utiliza para poder atuar como Arauto dos Orixás sobre os destinos humanos.

O Odu que responde no jogo é sempre indicador de uma oferenda. Sem a qual o Oráculo se tornaria um jogo de palavras sem eficácia. Por isto, a ligação de Eshu com Orunmilá é indiscutível.

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Eshu Oduxo

O vigia dos Odus.

Vale lembrar que Eshu gosta da encruzilhada de três caminhos, que é de onde ele aceita, carrega, transporta e premia. Mas também, vigia, adverte, recusa e pune.

Com a casa de Eshu, deve-se ter muito respeito, pois, ela representa a encruzilhada de 3 caminhos, aonde devemos ter uma visão mais clara e sábia possível, evitando “certas atitudes” e “preconceitos” que prejudicam a relação com Eshu. Portanto, com a nossa própria energia vital: o Axé.

Materiais Usados para Assentar Eshu.

Laterita

Ferro

Tabatinga(vermelha,amarela e branca)

Búzios

Folhas


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6 Oferendas para Prosperidade

1- Prosperidade

Pegue uma cabaça média, e abra um pequeno buraco nela. Introduza 100 grãos de milho e feche o buraco, colocando o pedaço que retirou no lugar e vedando com uma fita adesiva ou esparadrapo, de modo que fique bem fechada. Firme seu pensamento no quer. Comece a agitar a cabaça, fazendo seus pedidos: prosperidade, dinheiro ,progresso, sorte.......... Guarde a cabaça dentro de sua casa ou do seu comércio. Axé!

2- Prosperidade

Descascar 4 batatas baroa, cozinhar com um pouco de sal. Forrar uma travessa média de barro, com folhas de mostarda. Amassar as batatas cozidas, modelando uma cobra, que é colocada dentro da travessa. Coloque mais folhas de mostarda em volta. Ofereça numa mata, no assentamento de Osumare, ou em sua própria casa( nesse caso, entregue no dia seguinte na mata). Ascenda a vela, concentre-se na energia de Osumare, e vá fazendo os seus pedidos. Axé!

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3- Prosperidade

Essa oferenda e para ser feita na mata. Cozinhe 1 kg de milho de galinha. Com o milho cozido, faça um desenho de um Ofa no chão, dentro da mata. Em cada ponto do Ofa, acenda uma vela, coloque um obi e um orobo. Firme seu pensamento na energia do caçador, pedindo: caminhos de abundância, de prosperidade, de riqueza... Axé!

4- Prosperidade ( abrir

caminho)

Essa oferenda é para ser feita bem cedo, com o sol começando a nascer. Procure um lugar de plantação. Forre o chão com meio metro de morim branco, coloque uma tigela com ebô, e um copo com água. Se posicione de frente para o sol. Ascenda 4 velas em linha reta, do lado direito da tigela, e 4 velas em linha reta, do lado esquerdo da tigela. Concentre-se no que deseja. Assim como o sol nasce todos os dias, clareando e fazendo crescer essa plantação, que assim faça com a minha vida, clareie o meu caminho, me traga abundância, sorte e prosperidade...Axé!

5- Prosperidade

Prepare uma farofa de dendê e ponha num obero(N°5). Coloque bastante frutas picadas, 1 ekodide, cubra com bastante búzios. Pegue um punhado de moedas, ponha mel nas moedas,

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ainda na sua mão, e bote as moedas na oferenda. Ofereça a Esu, numa encruzilhada de 3 caminhos. Peça...( Faça o Oriki de Esu, antes e quando terminar a oferenda). Axé!

6- Prosperidade

Para esse encantamento, deve-se estar vestido todo de branco, e em um local agradável. Tome um pouco de mel e uma pitada de sal. Em seguida coma 1 obi de 4 gomos. Segure um pombo branco nas mãos. E, mastigando pimenta da costa, diga:

O pombo está sempre bem

Minha cabeça, permita que eu esteja sempre bem

Que meu mundo esteja bom

Que meus caminhos se abram para a sorte

Foi Ogbo quem pediu a vocês que ouvissem a minha voz

Foi Ogbo que pediu a vocês para aceitarem as minhas coisas, me trazendo sorte

Qualquer coisa vinda de Alagemon

É aceita por todos os Orixás do alto

Abram meus caminhos para a sorte

Aceitem os meus pedidos, trazendo-me sorte. (Em seguida, solte o pombo). Axe!

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