O período democrático (1946 – 1964)

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O período democrático (1946 – 1964) Nacionalismo X Entreguismo

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O período democrático (1946 – 1964). Nacionalismo X Entreguismo. Os novos partidos políticos. PSD Associava-se a industriais, banqueiros e latifundiários que tinham enriquecido com os favores do Estado Getulista. - PowerPoint PPT Presentation

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O período democrático (1946 – 1964)

Nacionalismo X Entreguismo

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Os novos partidos políticos

PSD Associava-se a industriais, banqueiros e latifundiários

que tinham enriquecido com os favores do Estado Getulista.

Propunha uma continuação do modelo clientelista do Estado Novo, porém, de forma “democrática”.

Utilizava-se da máquina do Estado como mecanismo eleitoreiro e contava com o apoio dos latifundiários e os seus “currais eleitorais”.

Era um partido conservador, de origens getulistas, que reuniu algumas figuras célebres, tais como, Ulisses Guimarães, Tancredo Neves e Juscelino Kubitschek.

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Os novos partidos políticos

UDN Anti-getulista, em princípio a UDN adotava o liberalismo,

combatia o trabalhismo e não aceitava os exageros do nacionalismo, da intervenção do Estado na economia, e nas leis trabalhistas.

Para a UDN, o capital estrangeiro deveria ter todas as liberdades econômicas no Brasil.

Aliados com os norte-americanos no cenário da guerra-fria, os udenistas acusavam os adversários de facilitarem a expansão do comunismo.

Defendiam os direitos democráticos, desde que não englobassem os direitos de luta dos trabalhadores.

A liderança do partido era do jornalista e empresário Carlos Lacerda. Outras figuras importantes eram banqueiros e magnatas da grande imprensa, como Assis Chateubriand (Diário Associados), Julio Mesquita (O Estado de São Paulo) e a família Marinho (O Globo), além desses, ACM e Jose Sarney começaram na UDN as suas carreiras políticas.

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Os novos partidos políticos

PTB Articulado em cima do mito “pai dos pobres”, o PTB

buscava o apoio do operariado (manobrado pelos sindicatos pelegos) e na classe média baixa.

Usavam a máquina estatal e a máquina sindical de forma clientelista.

O partido funcionava como uma “trincheira” contra o comunismo.

Tinha como características básicas o modelo populista e trabalhista. Após a década de 60, alguns setores do partido passaram a apoiar a Reforma Agrária.

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Os novos partidos políticos

PCB Com o modelo socialista soviético em alta, no pós-

guerra, o PC ganhou notoriedade. Vários intelectuais vão nutrir a esperança comunista

em um mundo mais justo: Graciliano Ramos, Jorge Amado, Caio Prado Jr., Cândido Portinari, se filiaram ao partido.

Depois da guerra, em poucos meses, o PCB conseguiu dezenas de milhares de adeptos.

Os PCBistas sabiam da impossibilidade de uma revolução vitoriosa no Brasil, por isso, entre nacionalistas e entreguistas, ficaram do lado dos primeiros, pela defesa do capital nacional.

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Os novos partidos políticos

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O governo Dutra (1946-1950)

Usando a máquina do Estado, Dutra atingiu 55% dos votos válidos.

Constituição de 1946 – Caça aos comunistas. Plano SALTE. Reservas de mercado gastas com a liberação das

importações de produtos voltados para as altas classes. As importações aquecem a produção industrial, mas não

tiram o Brasil do posto de baixo produtor industrial. A dívida inglesa foi negociada por máquinas obsoletas. Diante da Guerra Fria, Truman funda, em 1949, no

Brasil, a ESG (Escola Superior de Guerra). Em 1947, é assinado o TIAR – Tratado Militar de Ajuda

Mútua.

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A nova era dos MCS: a TV

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O “velhinho” vai voltar

“Bota o retrato do velho outra vezBota no mesmo lugarO sorriso do velhinho

Faz a gente se animar, oiEu já botei o meu

E tu não vais botar?Já enfeitei o meu

E tu não vais enfeitar?O sorriso do velhinhoFaz a gente trabalhar”

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O último Vargas (1950-1954)

Com 49% dos votos, Vargas volta “nos braços do povo”.

Governo marcado pela crise econômica e política. Criação do BNDE – apoio à indústria com emissão de

papel-moeda = inflação. Para controlar a inflação, Vargas se vê diante de dois

monstros: o arrocho salarial e o fim dos créditos empresariais.

Os norte-americanos, diante do posicionamento nacionalista de Vargas, fecham a “torneira” dos empréstimos.

Em 1953, os operários, através de sindicatos ativos, fazem, em São Paulo, a greve dos 300 mil.

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O último Vargas (1950-1954)

Para buscar o apoio das massas trabalhadoras, Vargas e Jango lançam a proposta do aumento de 100% para o salário mínimo.

As posições estavam divididas: a UDN defendia o liberalismo econômico; o PSD, o PTB e os comunistas apoiavam o nacionalismo.

“A UDN quer entregar o Brasil ao capital Ianque”. Vargas ganha o apoio popular com o discurso

nacionalista. A campanha “O Petróleo é Nosso” desembocou, em

1953, na criação da PETROBRÁS.

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O último Vargas (1950-1954)

A oposição cresce, pela via dos principais jornais: O Estado de São Paulo (Família Mesquita); Tribuna da Imprensa (Lacerda); Diários Associados (Assis Chateaubriand) e O Globo (Família Marinho).

Em 1954, o Manifesto dos coronéis advertia para a “inserção de comunistas no Estado Brasileiro”.

O Atentado da Rua Toneleiros, agosto de 1954. Vargas: “O tiro foi no Lacerda, mas fui eu quem

recebeu a bala nas costas”. As investigações da Aeronáutica chegam em Gregório

Fortunato, o “anjo negro”. Vargas: “Estou num mar de lama”

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Todos contra Vargas

Cafeicultores, porque sofreram o confisco cambial. Os industriais, devido ao descontrole das greves e ao

nacionalismo varguista. Os operários, porque seu padrão de vida diminuía a cada

dia. A Classe média, indignada pelas denúncias de corrupção

no governo, proferidas pela imprensa controlada pela UDN. Em 24 de agosto de 54, Vargas, acuado, lançou mão de

sua última cartada: o suicídio. Em sua última carta ao povo, Vargas se posiciona como

defensor do povo e vítima das tramas internacionais e dos “entreguistas” nacionais.

O povo, emocionado, se compadece com o seu líder. Os inimigos de Vargas eram agora o alvo da revolta popular...

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O funeral

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O funeral

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Tentativas de Golpe

Café Filho: um PSD cercado de UDN’s por todos os lados. Eugênio Gudim (Ministro): Instrução 113 da SUMOC –

facilidade de importação por parte das empresas estrangeiras.

Em 1955, as eleições acontecem. JK vence apertado, com 36% dos votos, contra 30% de

Juarez Távora, da UDN e 26% de Ademar de Barros, do PSP.

Lacerda acusa JK de tramar, juntamente com Perón, a possibilidade de uma “República Sindicalista”, entre Brasil e Argentina.

Perdida a eleição, a UDN questiona o percentual baixo da vitória de JK.

O Marechal Lott, dá o “Golpe Preventivo” – JK é empossado.

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O governo JK (1956-1960)

JK inaugura a era do nacional-desenvolvimentismo. Plano de Metas: “crescer 50 anos em 5” O Estado deveria investir pesado em indústria

siderúrgica, estradas e hidrelétricas, além de abrir o crédito para novos empresários.

Para JK, ser nacionalista era fazer o Brasil sair do posto de país agrário-exportador para o posto de país industrializado, ou seja, a abertura para o capital externo vai acontecer.

Anos 50, o momento da consumolândia brasileira. A propaganda política colocava o governo como o

motor do progresso e da modernização.

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O governo JK (1956-1960)

Em 1955, começaram a rodar os primeiros carros produzidos no Brasil: Vemaguet, Rural Willys, o DKV, o Fusca, o Sinca e o Aero Willys.

Arno, Wallita, GE, GoodYear, Pirelli, Dunlop, Esso, Volvo, Volks, Coca-Cola, Nestlé e outras multinacionais foram implantadas.

Em 1950 surge a primeira TV da América Latina, a TV Tupi.

João Gilberto construía os primeiros acordes da Bossa-Nova.

Glauber Rocha inquietava a comunidade artística com a idéia do “Cinema-Novo”: uma câmera na mão e uma idéia na cabeça.

O Brasil parecia realmente pronto para o crescimento.

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A “consumolândia”

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A “consumolândia”

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O governo JK (1956-1960)

Para desviar as atenções sobre o cenário da crise econômica, JK dá a cartada que o marcaria: a construção de Brasília.

O Brasil crescia à ordem de 10%aa; entre 55 e 61, a indústria cresceu 80%; a renda per capta crescia a uma taxa de 4%aa, o problema é que toda a riqueza concentrar-se-ia nas mãos de poucos.

O SM perdia poder e, nos setores agrários, as máquinas começavam a desempregar os trabalhadores.

Para evitar o colapso nordestino e a possibilidade de revoltas agrárias, JK cria a SUDENE.

A inflação crescia diante da má distribuição do “bolo” econômico.

JK usava o discurso de que a inflação seria um mal necessário no processo do crescimento.

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O governo JK (1956-1960)

Para minorizar a crise, o governo tenta o apoio do FMI, porém, diante da tentativa do controle dos gastos governamentais, o empréstimo não foi fechado.

Em 59, são retomadas as relações comerciais com a URSS.

JK lança a idéia da OPA (Operação Pan-Americana), rechaçada pela “Aliança para o Progresso”.

Sem empréstimos do FMI, JK recorre aos bancos internacionais e à emissão de papel-moeda.

Com salários despencando, uma inflação galopante e a desvalorização da moeda nacional, o Plano de Metas não transformou o Brasil.

Em 1960, após a inauguração de Brasília, é aberta a campanha à sucessão presidencial.

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A Dívida Externa

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O Governo Jânio Quadros (1961)

Baseado na Campanha da Vassoura, Jânio é eleito sob a idéia de “varrer a bandalheira” do Brasil.

Diante de um país inflacionado e endividado, Jânio adota uma política econômica austera, controlada pelo FMI – restringiu créditos e congelou salários.

Tomou medidas estranhas: proibiu as rinhas, corridas de cavalos em dias úteis e os desfiles de biquinis.

Diante da Guerra Fria, adotou o posicionamento da autonomia – era preciso aumentar o número de parceiros comerciais.

Reatou relações diplomáticas com diversos países socialistas. Combateu o colonialismo e evitou o encontro com Kennedy. Em 18 de agosto de 1961, condecorou Che Guevara, com a Grã

Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. Em 25 de agosto, renunciou diante das pressões do que ele

chamava de “forças ocultas”.

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O Governo Jânio Quadros (1961)

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A crise da posse de Jango (1961)

Crise civil: setores legalistas X setores golpistas. Brizola: Rede pela legalidade. Saída “diplomática” do Congresso: o

Parlamentarismo. Primeiros Ministros: Tancredo Neves (PSD); Tiago

Dantas (PTB); Auro de Moura Andrade; Brochado da Rocha (PSD).

Antecipação do Plebiscito para 1963. Jango consegue mobilizar as massas e os setores da

esquerda: ligas camponesas; UNE e CGT.

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João Goulart (1963-1964)

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João Goulart (1963-1964)

As Reformas de Base:Reforma Agrária; Reforma educacional; Reforma Política, etc.

Setores civis conservadores e os setores militares impulsionados pela Guerra Fria e pelo “pavor” do “avanço socialista” não encontram outra saída: o golpe estava a caminho.

13 de março de 1964: o Comício na Central do Brasil – as massas diante das propostas de reforma.

12 dias depois: Marchas da Família com Deus pela Liberdade

31 de março: o Golpe de Estado – chegava ao fim a Terceira República.

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Imagens do Golpe

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Imagens do Golpe