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MITO DE DON JUAN 9 VOLTAIRE. Amor. In São Paulo: Atena, 1943.

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MITO DE DON JUAN

9 VOLTAIRE. Amor. In São Paulo: Atena, 1943.

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10 ABBAGNANO, Nicola . Tradução, coord. e ver. por Alfredo Bosi, com colaboração de Mauricio Cunio et al. 2. ed. São Paulo: Mestre Jou, 1992, p. 36-47.11 PLATÃO. Banquete. Fedro. In: Diálogos I Menon, Banquete, Fedro. Tradução direta

por Paul Tannery. Rio de Janeiro: Editora Tecnoprint S.a, [s/d]. P. 75-128; 129-183.

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12PLOTINO. Do Amor. São Paulo: Atena, 1948.

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13 CAMÕES, L. de. Soneto LXXIV v. 1-2.14 UNAMUNO, M. Del sentimiento trágico de la vida: en los hombres y en los pueblos. 3.. ed. Madrid: Espasa-Calpe, 1939. p. 115.

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15 Ibidem, p. 113. 16 SAINZ DE ROBLES, Federico. Santa Teresa de Jesús. In: Historia y antología de la poesía española (en lengua castellana) del siglo X al XX. 4. ed. Madrid: Aguilar, 1964, p. 594. 17 Idem, San Juan de la Cruz, p. 651

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18 Cor. I, 13, 7-13.

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19 CRUZ, San Juan de la. III Canción que hace el alma en la íntima unión con Dios. In: SAINZ DE ROBLES, Historia y antología de la poesía española (en lengua castella-na) del siglo X al XX. 4. ed. Madrid: Aguilar, 1964, p. 594. 20 SAFO DE LESBOS. Tradução de P. Alvim. São Paulo: Ars Poética, 1992. 21 Anacreote. http://es.wikipedia.org/wiki/Anacreonte

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22 Cf. Sonetos LXXXIV e XVII.23 BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa em um volumen. Rio de Janeiro: Aguilar, 1977. p.126.24 RAMÓN JIMÉNEZ, Juan. Amor. Libros de poesía. Recopilación y prólogo de Agustín Caballero. Madrid: Aguilar, 1957. 25 MARÍA ANSÓN, Luis. Antología de las mejores poesías de amor en lengua españo-la. Barcelona: Plaza & Jarnés Editores, 1998. P. 74

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26 ESPRONCEDA, José. Poesías líricas, El estudiante de Salamanca. Madrid: Colec-ción Austral, Espasa Calpe. 1952.27 BARTHES, Roland. Fragmento de um discurso. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991.28 Cf. em Poemas de amor (Madrid: Alianza Editoial, 1975), o poema “Tengo estos huesos hechos a las penas”. 29 BARTHES, R. Fragmentos de um discurso amoroso. Trad. De Hortênsia dos Santos. 9. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989. p. 25. Atopos cação dada a Sócra-tes por seus interlocutores.

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DON JUAN COMO MITO

30 BARTHES, Roland. Mitologias. Tradução de Rita Buongermino. 4. ed. Rio de Ja-neiro: DIFEL, 2009.

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31 MOURA, G. Mitologia de Fernando Pessoa. Revista de Cultura. Vitória: UFES, v.15, n. 43, p. 91-149, 1990

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33 FRYE, N. Littérature et mythe. Poétique. Paris: 8. p. 494. 34 BARTHES, R. Mitologia. Tradução Rita Buongermino e Pedra de Souza. 8. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989, p: 131. 35 JUNG, C. G. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1963.36 NIETZSCHE, Friedrich. El nacimiento de la tragédia o Grécia y el pesimismo. Intro-ducción, traducción y notas de Andrés Sánchez Pascual. Madrid: Alinza Editorial.1985.

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GÊNESE ESTÉTICA DO MITO DE DON JUAN

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39 Farinelli, buscando as origens de Don Juan, explorou a mitologia universal, fábulas, sagas, contos e tradições de vários países e observou i uências boccaccianas, em El Burlador. Essa despanholização é refutada por Blanca de los Ríos, na qual apoiamos nosso julgamento. (MOLlNA, Tirso (Fray Gabriel Télles). El viaje de Tirso a Santo Domingo. La génesis de “El Rey Don Pedro en Madrid” y la creación del Don Juan. In: Obras dramáticas completas. Edición crítica por Blanca de los Rios. Madrid: Aguilar, 1962, v. 2, p. 514-585). Sobre a divulgação do mito de Don Juan, George Gendarme de Bévotte (La légende du Don Juan, 1929) parte do princípio de que Don Juan e o Convidado de Piedra são uma única lenda, difundida após a feliz recriação de Molière, esquecendo-se de que esse dramaturgo francês se apoiara na obra de Tirso, con uência de duas lendas. Compreendemos que a obra espanhola é uma criação estética de pro-cedência, não só lendária, mas também literária, oriunda de um inconsciente, coletivo ou de pesquisa, consciente ou não, com o objetivo de mostrar, numa dicotomia entre a vida e a morte, as aventuras amorosas de um libertino e a consequência de seu proceder. Sua personagem é uma alegoria de que a vida é breve e o excesso acelera esse tempo.

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40 A autoria de El Burlador tem gerado uma controvérsia. Já foi atribuída a Lope de Vega e a Calderón. Blanca de los Ríos prova por A mais B que essa obra é da autoria de um monge da Ordem de “La Merced”, Fray Gabriel Téllez, conhecido com o pseudô-nimo de Tirso de Molina. Ela considera essa obra uma derivação de ¿Tan largo me lo

ais? Segundo Blanca de los Ríos, ela foi escrita em 1616. Sofreu alterações em mãos de copistas ou por de cientes restrições durante representações no decorrer do tempo. Foi encontrada em um volume de doze comédias atribuídas a Lope de Vega. Ela nega a autoria de Andrés de Claramonte, a quem chama de “usurpador y profanador” e de

Ríos. Veem alguns estudiosos que muitas características apontadas por essa tirsista são comuns aos dramaturgos do século XVI. Fundamentam suas conjeturas sobre a autoria de El Burlador em análises críticas de temas, de estilo, de métrica e de léxico feitas na obra dramática de Claramonte e nos problemas editoriais que sofreu esta obra. No entanto, nós, aqui, consideraremos Tirso de Molina como autor da obra, apoiando-nos nos estudos de Blanca de los Ríos e na maioria dos críticos literários. Além do mais, não nos propomos, aqui, a estudar a questão de autoria, mas as relações de Eros e Thanatos no mito de Don Juan, gerado nessa tão famosa obra. Também seguimos as pegadas da tirsiana na anterioridade de ¿Tan largo...?“palimpsestos” das várias edições dessas duas obras, apesar de sabermos que, na edição

Fernández, o editor da obra Las dos versiones dramáticas primitivas del Don Juan. (Re-vista Estudios, 1988) pretende resolver os problemas de autoria de ¿Tan largo...? e de anterioridade desta a El Burlador. Para isto, aludo aos estudos de D. W. Cruickshank, que dão como procedente da imprensa de Sevilha a obra ¿Tan largo...? para os anos de 1632-35, portanto em época posterior a El Burlador de Sevilla (1627-29). Esse editor postula como fonte de ¿Tan largo...? a versão espanholada da comedia portuguesa. Eufrosina (1631), de Jorge Ferreira de Vasconcellos.

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41 CERVANTES SAAVEDRA, M., no prólogo de seus Entremeses, teceu elogios ao teatro de Rueda, autor da primeira metade do século XVI, que teve as suas obras edita-das em Valência, em 1567, por seu amigo Timoneda.42 A gura do “gracioso” é expressiva no teatro barroco espanhol. Dela partia a ideia funda-mental da “comédia”. Ela seria o desdobramento do protagonista, o seu lado inconsciente. Por exemplo, Catalinón é, com uma maneira engraçada, a voz que acusa Don Juan e o alerta para uma outra vida além da morte. Esta gura, muito aproveitada por Lope de Vega, parece ser um resíduo dos “pastores” do teatro de Juan de Encína e do simple dos “Pasos” de Lope de Rueda, a ingênua personagem que divertia o auditório. Otto Rank, no seu estudo sobre Don Juan e o seu duplo, vê em Catalinón o alter ego de Don Juan, isto é o seu duplo.

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43 RUEDA, Lope de. Teatro. Prólogo de J.. Moreno Villa. Madrid: Espasa-Calpe, 1958. p. 183-4.

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44 CALDERON DE LA BARCA, P. O grande teatro do mundo. Tradução de Maria de Lourdes Martini. Rio de Janeiro: Francisco Alves. 1988. 66 p. ilust.

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45 Cf. Os costumes populares de se deixar à mesa o lugar que ocuparia uma pessoa familiar, morta, quando ainda estivesse em vida.

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46 KANT, Immanuel. Textos selectos. Introdução de E. Carneiro Leão. Ed. bilíngue. Tradução de Raimundo Vier e Floriano de Sousa Fernandes. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1985, p. 156.

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47 Pinto amengo (1390-1441), autor de “Cordeiro místico”. 48 Hieronymus Van Aeken, chamado Jerônimo, pintor holandês (1450-1516) que tratou de assuntos fantásticos ou simbólicos como “O carro de feno” e “A tentação de Santo Antão”.

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49 A presença da estátua vingadora e juiz dos atos de Don Juan pode ser aproximada, -

guras chocantes das górgonas e dos grifos, mas não à de um diabo. Este seria o sedutor, atributo que é dado a Don Juan por várias personagens, principalmente pelos criados. Giovanni Papini (apud Mercedes Saenz-Alonso, p. 73) sugere que essa característica demoníaca de Don Juan de El Burlador é uma intertextualidade da história de Louis Gaufridi, que, em Aix, fora queimado, em 1550, pela Inquisição. A acusação fora de que tinha pacto com o diabo. Com esse pacto, o religioso adquiriu o poder de, com um sopro, seduzir a todas as mulheres. A promessa do diabo foi cumprida até os 60 anos do frade, idade em que morreu.

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50 Zorrilla procedeu, com outras personagens donjuanescas, diferentemente, no tocante à mediação e ao perdão de Deus a Don Juan Tenorio. Em Um testigo de bronce, por exemplo, uma escultura (um cru xo de bronze) veio castigar o assassino, estendendo a sua mão, e, em A buen juez, mejor testigo, xo vem jurar a verdade de uma promessa feita para retirar a desonra de uma jovem).

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