Misterios de La Edad Media

766

description

Misterios de La Edad Media - Jesus Callejohkklhñklh jkljlkjk kljklñkljljkllk. jkkjghñlkgyutrtwevgku7o

Transcript of Misterios de La Edad Media

  • JESS CALLEJ O

    MISTERIOS D E LA EDA D MEDI A

  • Ninguna part e d e est a publicacin ,incluid o e l dise o d e l a cubierta ,

    puede se r reproducida , almacenad a otransmitid a e n maner a algun a

    ni po r ning n medio , y a se aelectrnico , qumico , mecnico , ptico,

    de grabaci n o d e fotocopia , si npermis o previ o de l editor .

    Todos lo s derecho s reservados .

    Diseo d e cubierta s y maquetacin :Ignaci o Docamp o Capill a

    Jes s Callej o 201 1

  • D e l a present e edici n Editoria lAmric a Ibric a S.A .

    Calle iMigue l Yust e 33 , Bis . 28037 ,Madri d (Espaa )

    ISBN: 978-84-88337-47- 4

    Depsito legal : TO-612-201 1

    Impresin: Altai r

    Impreso e n Espa a - Printe d i n Spai n

  • -INDICE-

    INTRODUCCION 9

    CAPTULO I . TIEMP O D E PA Z YDIVERSI N 1 5

    Sobre l a vid a cotidian a 1 8

    Gastronoma: l o qu e coman y beba n1 9

    El hipocr s y l a buen a costumbr e d ela s tapa s 2 2

    Higiene: e l agu a com o artcul o d e lujo 2 4

    La Er a Hispnic a 2 6

  • La felicida d d e l a famili a Abderramn 2 7

    El Bibliocaust o d e Crdob a 2 9

    Monasterios y Scriptorium 3 1

    El conocimient o qu e s e impart a e n las Universidade s 3 4

    Momento d e juego s 3 5

    CAPTULO n . TIEMP O D E GUERRA Y MUERTE S 3 9

    Las och o Cruzada s y algun a m s 4 1

    La Cruzad a d e lo s Nio s 4 4

  • Muertos e n e l cruc e d e la s Cruzada s4 6

  • Ordenes d e Caballer a 5 0 La muert enegr a y hediond a 5 2

    Peste y magro s 5 6 La llegad a d e l aplvor a 5 9 Qu er a e l fueg o griego? 6 0 El ergotism o o fueg o de l infierno 6 1

    Hunos y Ugrios : lo s malo s de lo scuento s 64

    CAPTULO in . TIEMPO S D E REZAR Y TEMBLA R 6 9

    Se empieza n a construi r catedrale s 7 1

    De la s grgola s a Quasimod o 7 4

    El simbolism o d e lo s Bestiarios 7 7

  • Reliquias, indulgencia s y bula s 7 9

    Inquisicin medieva l o pontifici a 8 3

    Herejas par a todo s lo s gusto s 8 5

    El cism a d e Occident e o cm o hace rma l la s cosa s 8 9

    Las aparicione s mariana s e n e lMedioev o 9 1

    CAPTULO IV . TIEMP O D E MAGI AY SUPERSTICCI N 9 5

    hibro d e Raziel 9 7

    El Picatnx y E l Ciprianillo 9 8

  • Codex Gigas: e l cdic e de l diabl o 9 8

    Buscado e l inexistent e Necronomicn10 0

    Maldiciones medievale s 10 2

    La maldici n d e Do n Rodrig o 10 3

    Jacques d e Mola y y l a maldici ntemplar a 10 5

    Fernando I V E l Emplazad o y lo shermano s Carvaja l 10 6

    Los nombre s prohibido s 10 7

  • CAPTULO V . TIEMP O D EINVENTO S Y PREGUNTA S 11 1

    Se h a desvelad o e l secret o de l acero d e Damasco ? 11 2

    Dnde est la tumb a de l Re yRodrigo ? 11 4

    Quin fu e e l ltim o re y godo ? 11 6

    Existi l a batall a d e Clavij o y e ltribut o d e la s 10 0 doncellas ? 11 7

    La tumb a d e Almanzo r est e n Soria? 11 8

    Pedro Madrug a fu e Cristba l Coln ?12 0

  • Qu fu e d e lo s hueso s y l a espad a de E l Cid ? 12 2

    Dnde repos a Babieca ? 12 5

    Existi Robi n Hood ? 12 6

    Qu invento s hiciero n l a vid a m ssencilla ? 12 8

    CAPTULO VI . MISTERIO SMEDIEVALE S RESUELTO S CO N EL AD N 13 5

    Los 8 0 gramo s d e Col n 13 7

    Las do s cabeza s d e Jaim e I e lConquistado r 13 8

  • Pedro II I e l Grand e co n juanete s yrubi o d e bot e 14 0

    Agns Sorel , l a amant e envenenad a14 1

    La calaver a femenin a d e Petrarc a 142

    La muert e d e Sanchit o 14 4

    Las tre s momia s de l Prncip e d e Viana 14 5

    CAPTULO vn . TIEMP O D E VLAJES 14 7

    Egeria, l a autor a d e l a primer a gu ad e viaje s 14 8

  • Benjamn d e Tudela : e l viajer omedieva l po r excelenci a 15 3

    Jacobo d e Ancon a y l a Ciuda d d e l aLu z 15 5

    Marco Polo , prototip o de l aventurer o15 6

    Errores a desterra r 16 0

    El gra n viajer o de l sigl o XLV ; Ib nBattut a 16 1

  • 8 MISTERIO S DE , L A EDA D MEDIA

    Ruy Gonzle z d e Clavijo , u nmadre o medieva l y universa l 16 2

    El busc a de l rein o de l Prest e Jua n 164 El fanfarr n Jua n d e MandeviU e 167

    CAPTULO vm . E L PONTIFICAD O EN E L SIGL O X X 17 3

    Silvestre II , e l Pap a de l a o 100 0 175

    Alfonso X e l Sabio , e l re y qu e quis ose r emperado r 17 8

  • Mujeres medievale s d e bander a 18 3

    La adolescent e Juan a d e Arc o 18 5

    La Leono r m s famos a d e l a histori a18 7

    La romntic a histori a d e l a princes aKristin a d e Norueg a 19 0

    Hildegarda vo n Binge n y l a Lengu aIgnot a 19 2

    Beguinas, un a vid a alternativ a e n l aEda d Medi a 19 5

    APNDICE

    Erases y expresione s populare s

  • que proviene n d e l a Eda d Medi a 19 9

  • -INTRODUCCIN-

    Nada meno s qu e uno s 1.00 0 ao s d eperipecia s no s espera n dond emenudearon la s batalla s estamo shabland o d e l a poc a d e la sCruzadas y d e l a Reconquista- , d epeste s bubnicas , d e catedrales ,universidades, invento s y tambi n d efenmeno s extrao s y paranor - males.Un a poc a d e descubrimiento s d e toda clase , tant o areos , agrcolas,nutico s com o mecnicos .

    Fue l a poc a d e lo s grande s viajero scom o Marc o Pol o e Ib n Batuta y ,desd e e l punt o d e vist a religioso ,surgiero n secta s y hereja s comohongo s e n un a religi n predominant e

  • qu e er a l a cristiana , intentandocompleta r l o qu e l a Iglesi a catlic a no pod a o n o saba . Y al cristianism oimperant e l e surgi l a competencia : el Islam , qu e ade - ms ven a adosad oco n un a civilizaci n y co n aire sexpansionista s u n tanto militares .

    Muchos ta l ve z haya n simpatizad o con est a eda d ta n apasionant e a trav s de l a literatur a y sobr e tod o gracia s a la novel a histric a Los pilares d e l aTierra (1989 ) de l britnic o Ke nFollett , dond e s e cuenta n

  • 10 MISTERIO S DE , L A EDA DMEDI A

    las peripecia s d e u n maestr o d e obras intentad o construi r u n priora - to-catedral e n un a convuls a Inglaterr a del sigl o XI I durant e u n perio - do d eguerr a civi l conocid o com o l aAnarqu a inglesa , co n la s intriga spalaciegas y la s conspiracione s d e u nobisp o qu e quer a llega r a se rarzobispo d e Canterbury . Novel a que ,co n lo s aos , s e h a convertid o enseri e televisiva . E n ell a s e ve nperfectament e la s grandeza s y la smiserias d e un a Eda d Medi a qu esupus o u n renace r e n mucho s cam -pos de l conocimient o y u n atascamient

  • o e n otros .

    Se cre e qu e tod a l a Eda d Media , tanto l a Alt a com o l a Baja , fue - ronsiglo s d e oscurantismo , d e fanatism oreligioso , inquisiciones , muertes,hambre , penuria s y d e desolaci n e ngeneral . D e hecho , u n sinnimo d e esta poc a e s l a Eda d Oscura . Y clar oqu e hub o d e tod o eso y much o ms ,per o n o debemo s olvida r lo s grande slogros , la s lar - gas poca s d e pa z ylo s avance s qu e supus o par a e lconocimient o humano, co n autntico sgenio s com o e l Pap a Silvestr e I I -considera - do e l prime r cientfic o d eEuropa- , Ram n Elull , Roge r Baco ny tan - tos otros .

  • Epoca d e castillos , conquistas , monjes, caballeros , doncellas , jus - tas,juglare s y dragones . O es o a l menosno s dice n la s pelculas . E s ver - dadqu e ha y mucho s tpico s y algun o habr qu e i r desterrando . L o seguro e s que lo s seore s feudale s extenda n s upode r sobr e su s vasa - llos. Y l asocieda d s e divid a e n estamento sdond e nadi e er a igua l a otro. E n l asocieda d medieva l hab a tre s grupo ssociale s mu y diferen - ciados:

    Los Bellatores o defensores : l a nobleza. Los Oratores u oradores : lo s clrigos. Los Lahoratores o trabajadores : lo svillanos ,

    San Wulfstan , arzobisp o d e Yor k y

  • obisp o d e Worcester , l o dij o con l amayo r clarida d posibl e e n e l sigl oXI :

  • INTRODUCCIN 1 1

    "Todo tron o rea l qu e rij a sabiament es e apoy a e n tre s elementos : un o sonlo s oralores-, otro , lo s laboratores-, el tercero , lo s bellatores. Lo s ora- toresso n hombre s d e oracin , qu e d a ynoch e debe n reza r a Dio s y rogarle por tod o e l pueblo . Lo s laboratores so nhombre s d e trabajo , que proporciona ntod o l o necesari o par a qu e e l pueblo pued a vivi r Los bellatores so nhombre s d e guerra , qu e lucha n co n las arma s par a defender l a tierra . Sobre esto s tre s pilare s deb e regirs e co njustici a cualquier tron o real" .

    Pero entr e l a noblez a tambi n hab asu s clase s y rangos . Dejando apart e a

  • l rey , estaba n lo s aristcratas , lo scaballero s y lo s hidalgos. La s qu etena n toda s la s d e perde r era n la sclase s m s bajas, lo s plebeyo s o ,mejo r dicho , lo s villanos , qu e y a l apalabr a l o dice tod o y n o porqu e se ae l "habitant e d e l a villa " sin o porque s e le asociab a a tod o l o malo , fe oy ruin , a diferenci a de l caballer o qu erepresentaba e l valor , e l honor , l acultur a y l a elegancia .

    A lo s campesino s s e le s llamab atambi n pechero s porqu e era n los que pagaba n lo s "pechos " o tributos , algo d e l o qu e sola n esta r exentos l anoblez a y e l cler o po r estament o yadems , lo s noble s estaban protegido s

  • po r l a "honra" , palabr a qu e le s serva par a hace r cualquier clas e d edesmn .

    Por cierto , io s villancico s procede nde l puebl o y s u orige n est e nEspaa, e n una s composicione s de lsigl o XV-XV I qu e era n profanas ,cortesanas y versaba n sobr e tema samoroso s co n su s tpico s estribillos .Y s e llama n as porqu e proceda n d el a villa , cantada s po r lo s villanos ,campesinos u otro s habitante s de lmedi o rural . Ante s de l sigl o X Y can- ciones similare s era n Uamada scantiga s per o si n es e toqu e ta ncampe - chano. Com o ejemplo , un o d elo s villancico s m s famosos , ante s d

  • e qu e se convirtiera n e n cancione sinfantile s religiosa s d e cort e navideo, e s este d e Jua n de l Enzina , u ntrovado r qu e nac e e n Fermosell e(Len ) e n 1468, qu e hac e s u elogi oparticula r a l Carpe Diem d e lo sromanos :

  • 12 MISTERIO S DE , L A EDA DMEDI A

    Oy comamo s y bebamo s y cantemo s yholguemo s que maan a aynnaramos .

    Fueron tiempo s d e vivi r e l d a a da ,co n l a incertidumbr e de l futuro.Tiempo s d e crisi s poltic a e n l aIglesia , d e mltiple s Cruzada s paralibera r un a Tierr a Sant a qu e estab aregad a d e sangr e y d e lucha sintestinas contr a "herejas " co nhombre s qu e n o quera n lucha r y qu etan sol o predicaba n l a pobreza , com olo s ctaros . A pesa r d e ello , l a pazreinab a e n cas i tod o e l Viej oContinent e y est o traj o prosperida dpara e l campesinad o y lo s

  • comerciantes , emergiend o l a burguesa como nuev a clas e social e n alza ,debid o a qu e lo s artesano s y comer -ciantes s e quera n diferencia r d e lo splebeyo s y villano s tod o l o qu e fueraposible . Y l o consiguieron .

    El art e romnic o di o pas o a l luminoso art e gtic o e n u n impuls oconstructor si n precedente s ycomenzaro n a retorna r lo s conocimien- tos perdido s d e lo s antiguo s griego sy romano s e n traduccione s ra - bespar a umina r d e nuev o e l paisaj e del Medievo . Est e e s u n viaj eapasionante a trav s d e la s luce s y las sombra s d e l a "Eda d Oscura".. .

  • 15

    -II-

    TIEMPOS D E PA Z Y DIVERSI N

    Cundo empez l a Eda d Media ?Pregunt a bsic a y d e cultur a gene -ral. Nadi e l o fu e anunciand o a bomb oplatill o colocand o cartele s e n todas las plaza s d e la s ciudades . N o fu e d e la noch e a l a maana , aun - que lo shistoriadore s est n d e acuerd o a ldeci r qu e ser a cuand o ca e el imperio roman o d e Occident e e n e l a o476 .

    Y ocurri d e un a form a mu y curiosa .E n Roma , e l prime r re y fu e Rmulo

  • y e l prime r emperado r Augusto . Hasta ah nad a qu e objetar . El problem a es qu e e l ltim o emperado r d eOccident e s e hiz o llama r RmuloAugust o -Augstul o com o l e llamaban d e un a maner a bur - lona-, tod a un atemerida d par a lo s agorero s porqu eello s vea n un a especie d e maldici ne n e l nombre , cerrand o as u n cicl ohistrico : e l fin de l imperi o d eOccidente . Y as fue . Rmul oAugstul o fu e destronado e n e l 47 6po r e l brbar o Odoacro . Y d e est emod o termi - na e l Imperi o Roman o -aunqu e nadi e s e percat d e ello ynac e l a Edad Media . Y a n o hub oemperado r e n Occident e hast aCarlomagno.

  • 16 MISTERIO S DE , L A EDA DMEDI A

    Y cuand o finaliz a l a Eda d Media ?Aqu s e baraja n do s fecha s posibles:o bie n co n l a tom a d e Constantinopl apo r part e d e lo s turco s en 145 3 o bien co n l a conquist a d e Amric a po rCol n e n 1492 . A ele - gir I. aconquist a d e Constantinopl a co n e lconsiguient e domini o oto - mano de lma r mediterrne o coincide , m s omenos , co n l a invenci n d e laimprent a (1456 ) y e l desarroll o de lhumanism o y e l Renacimiento ,procesos a lo s qu e contribuy l allegad a a Itali a d e exiliado sbizantinos , de navegante s chino s y d e

  • texto s clsico s griegos . Si n olvida rotr o hech o importante y fundamenta l en Europa : l a Reform a protestant einiciad a por Luter o e n 151 7 qu e d a un vuelc o a l a monoltic a Iglesi aCristian a de Occidente .

    Para s u estudio , lo s especialista sdivide n a l a Eda d Medi a e n do setapas:

    -Alta Eda d Medi a (siglo s V a l XI) .

    -Baja Eda d Medi a (siglo s X a l XIV).

    Algunos historiadore s n o est n d eacuerd o co n est a divisi n e n do speriodos y quiere n acua r un a tercera ,

  • com o ser a l a "Tempran a Eda dMedia", qu e abarcar a lo s siglo s V a lVIII , e n concreto , hast a l a coro -nacin d e Carlomagn o com o emperador e n e l a o 800 . Otr o nombr e querecib e est e period o ser e l d e"Antigeda d tarda" , pue s conside -ran qu e est m s incardinad a e n l aanteiio r Er a qu e e n l a medieval .Fuera d e esta s disquisicione sacadmicas , esta s do s etapa sprincipale s tienen varia s caractersticas cad a una . Analicemo s una s cuantas :

    La Alt a Eda d Media , qu e abarc adesd e l a Cad a de l Imperi o Romanohast a e l inici o de l sigl o XI , s ecaracteriz a por :

  • -Sucesivas invasiones : tant o po r e lnort e -grupo s germnicos - como po r el su r grupo s berberes- .

    -Establecimiento de l Imperi o d eCarlomagno , guerrer o franc o queintent reconstrui r e l antigu o imperi od e Roma .

  • JTEMPOS D K PA Z Y DIVERSI N 17

    -Nacimiento, e n Arabia , d e un a nuev areligin , llamad a musul - mana oislamismo , predicad a po r e l profet aMahoma .

    -Invasin a Espa a d e lo s musulmanes e n e l a o 711 , lo s cuale s fuerondefinitivament e expulsado s po r lo sReye s Catlicos , Isabe l y Fernando, en 1492 .

    -Abandono d e ciudades : la s persona shuye n a l camp o po r miedo .

    -Grandes diferencia s d e clases : l apobrez a hac e qu e la s diferen - cias

  • entre clase s s e acente n much o m s yl a mayor a d e la s persona s van a estar e n l a miseria .

    -Dominio d e l a Iglesi a catlic a qu e va a aumenta r s u pode r y s u riquezacom o lo s reye s y lo s seore sfeudales .

    Caractersticas generale s d e l a Baj aEda d Media , qu e comprend e desde e linici o de l sigl o X I hast a e ldescubrimient o d e Amric a (1492):

    -Aumento demogrfico : a l disminui r las guerra s s e produc e u n aumento d e la poblacin .

    -Implantacin d e u n nuev o sistem a d e

  • "gobierno" , e l feudalismo , sistema por e l cua l uno s poco s terrateniente s s eaduearo n d e la s tie - rras d e cas i toda Europ a y d e su s habitantes , a quienes le s permita n explotar su s tierra s acambi o d e u n impuesto .

    -Surgimiento d e un a nuev a clas esocial : l a burguesa , comercian - tes de clas e media . Est a clas e y a n otrabaj a par a e l seo r feudal , tra -bajar cobrand o po r s u trabajo .

    -En e l sigl o X I s e produc e un arevoluci n cultura l un a ve z pasa - doe l mied o a l a o Mi l qu e paralizab aproyecto s y corazones . S e va n a da ravance s cientfico s importantes ;aparecer l a imprenta , impor - tante

  • par a l a transmisi n d e l a cultur a y e lconocimiento .

    -Avances relevante s e n l a medicin a ye n l a enfermera .

    -La Iglesia continu a siend o mu ypoderosa y dominante : seguir perteneciendo a l a clas e alta ; per o e nest a poc a va n a aparece r gru -

  • 18 MISTERIO S D E L A };DA DMEDL ^

    pos dentro d e l a propi a Iglesi a qu eva n a critica r l a situaci n d e pode rque tien e l a misma .

    -Se inicia n un a seri e d e Cruzada s que supuestament e estuviero n concebidascom o expedicione s religiosa s ymilitares , par a recupera r el sepulcr od e Crist o e n Tierr a Santa .

    En frica , Amrica , Asi a y Orient eMedio , est e period o histric o no entra fcilment e dentro de l concept oeurope o d e Eda d Media . Chinaevolucion paulatinament e desd e lo stiempo s prehistrico s hasta e l comienz

  • o d e l a histori a modern a occidenta l sin lo s brusco s cambios qu e tuviero nluga r e n Europa . E l pode r e n Chin aestuv o e n manos d e diferente s dinastas y tambi n fu e vctim a d e invasiones, pero s u cultur a fundamental.progres d e un a maner a estable . L a his - toriad e Orient e Medi o s e adapt a u n poc om s a l a Eda d Medi a euro - pea, a ltratars e d e zona s m s cercana s y entre la s cju e e l contact o er a continuosobr e tod o po r e l mund o musulmn .

    Sobre l a vid a cotidian a

    Por situarno s e n Espa a y entende rcm o s e viv a y s e pensab a e n l aBaja Eda d Media , ha y qu e sabe r qu econviva n e n l a Pennsul a Ibric a

  • varias clase s sociale s mu ydiferenciadas :

    1. Lo s reye s y l a nobleza : ostentaba ne l poder , manejaba n la s armas, hacan l a guerr a a lo s musulmane s y era ndueo s d e la s tierras .

    2. E l pueblo : incult o e iletrado ,esclav o d e l a gleba , o se a qu edependa d e lo s seore s feudale s y que er a e l qu e cultivab a l a tierr a yhaca lo s trabajo s m s penosos .

    3. E l clero : agrupad o e n convento s de diferente s rdenes , entr e ellas lo sdominicos y lo s franciscanos , monje smendicante s qu e pregonaban e lascetismo , l a vid a dedicad a a l a

  • oraci n y dependa n directamente d eRoma , n o de l obisp o local .Dominaba n e l saber , generaban lo slibro s y custodiaba n la s bibhotecas .Era n lo s cristiano s

  • TIEMPOS D E PA Z Y DIVIlRSTN 19

    instruidos y educado s par a mantene r el sabe r basad o e n l a religi n catlica.

    4. La s minora s d e otro s credos ;judo s y moros. Co n e l fi n d e rompere l monopoli o comercia l d e lo s judos, cuy a crecient e riquez a generabaenvidi a y temo r a l a noblez a y a lpueblo , la s leye s d e lo s dife - rentesreino s limitaro n su s posibilidade s d etrabaj o impidindole s ejercer diverso soficios . D e est e mod o su s actividades era n progresi - vamente restringida s ys e le s obligab a a vivi r e n barrio sdeterminados .

  • El hombre , e n est a poca , er a l amedid a d e toda s la s cosas , n o tenapunto s d e referenci a y l a tecnolog a no estab a ta n desarrollad a como par aqu e n o tuviera n qu e ejercita r lo strabajo s co n s u sudor , esfuerzo y co nla s herramienta s d e su s mano s y pies. A l n o habe r alcantarillado n i sistema d e conducci n d e aguas , la s calle sd e la s ciu - dades, fortalez a o aldeas ,pareca n cenagale s toda s la s poca sde l ao . El ma l olo r er a part e d e l acotidianida d y l o norma l er a vivi r n om s all d e lo s cuarent a ao s y morir d e miseri a o d e "algo " qu e n i lo spro - pios mdico s acertaba n adiagnosticar .

  • Los animale s domesticado s serva n de apoy o a lo s trabajo s de l campo y del comerci o y comparta n la s casa s d esu s dueos ; norma h mente e l establ oestab a e n l a part e d e abaj o y e n un abuhardill a viva n los humanos . E l olor a pocilg a er a l o m s natural .

    El agu a hab a qu e i r a buscarl a a lpoz o o a l a fuente , l a lu z er aproporcionada po r la s vela s y alguna squ e otra s antorcha s resinosa s quedespeda n tant o hum o com o luz .

    Gastronoma: l o qu e s e com a y s ebeb a

    En l a Eda d Medi a s e marcab a l adiferenci a entr e lo s noble s y e l pue -

  • blo llan o d e mucha s manera s y un a de ella s er a e n l a gastronoma .Empezaron a come r l o qu e a u ncampesin o nunc a s e l e ocurrir ahacer: la s cra s d e lo s animales . Anadie , e n s u san o juici o e n aque -

  • 20 MISTERIO S D E L A EDA DMEDL A

    Ila poc a d e penalidade s y hambrunas, s e l e ocurrir a come r lech n ocochinill o e n e l period o d e lactanci asi n ante s dejarl o crece r par a que fuera m s rentabl e s u compr a o crianza .O u n corder o lecha l sacrificado e n los primero s 2 5 o 3 0 da s d e vid a -s is e l e mat a tra s e l destete, alrededo rd e lo s 4 5 da s tra s e l alumbramiento, s e Uam a ternasco.

    Se coma n l a ternera , qu e er a l a carne d e la s vaca s qu e s e ha n criado po rl o meno s sei s mese s d e eda d hast a el moment o d e sacri - ficio e inclus o los huevo s d e la s gallina s qu e so n e l

  • germe n d e futu - ros polluelos . Cuando e n la s corte s europea s s e empieza na come r animales ta n pequeo s er a una clar a distinci n entr e l a riquez a y la pobreza, entr e la s clase s alta s y la sbajas . E l mensaj e de l re y o de lduque d e turn o sera : "y o pued ocomerl o per o vosotro s no" . Y po rinfluencia d e l a nobleza , poc o a poc ootro s estamento s empezaro n a hacer lo mismo , hast a ho y e n d a dond e y aest a l alcanc e d e cual - quiera, dentro d e l a clas e media , degusta r esto smanjare s crnicos .

    La historiador a rus a Zo Oldenbourg ,e n s u obr a Las Cruzadas, lo resum eperfectamente :

  • "La carn e d e ganad o domstic o n o s ecoma , co n excepci n d e l a d e cerdoy l a d e corral , per o lo s nobles ,grande s comedore s d e carne , traan de su s incursione s po r e l bosqu ehecatombe s d e perdices , uro - gallos,liebre s y corzos . E l oso , e l cierv o ye l jabal muerto s s e llevaba n en triunfo y , e n la s vigilia s d e lo s grande sbanquetes , lo s pjaro s peque - os,com o codornice s y tordos , muerto s acentenares , s e sacaba n d e lo smorrales y s e amontonaba nensangrentado s po r lo s suelo s d e la scoci - nas, E n la s cocina s reinab a u nolo r a sangre , a piele s reci ndesollada s y a hum o d e carne s asada squ e s e juntab a co n e l olo r d e lo s

  • perros , d e los halcone s d e caz a y d el a gente" .

    El cisn e y e l pav o fuero n domesticados a menudo , per o comido s

  • JTEMPOS D K PA Z Y DIVERSI N 21

    solamente po r l a lit e social . Par a e lrest o de l pueblo , cria r ganad o er auna tare a mu y relacionad a co n e ltrabaj o d e agricultura , d e est a form alos bueye s y la s vaca s era n much o ms valiosa s com o animale s d e tir o quecom o potenciale s productore s d ealimentos . L a carn e d e anima - lessacrificado s estab a disponibl e sol ocuand o n o poda n servi r ms . Era l amejo r form a d e rentabiliza r un ainversin . Y s i hab a autntic a hambren i lo s perro s n i lo s gato s s esalvaban .

    Curiosamente, alguie n lanz e l rumo r

  • d e qu e l a barnacl a cari - blanca, u ntip o d e gans o qu e s e caracteriza po ru n plumaj e oscur o y con poc ocolorido , s e reproduc a n o poniend olo s huevo s com o otro s pjaros, sin ocreciend o dentr o d e lo s percebe s ypo r l o tant o er a con - siderado com oaliment o aceptabl e par a lo s da s d eayun o y l a Cuaresma. Y s e l ocreyeron .

    En l a Eda d Medi a n o exista n lo splatos . Par a come r e n lo s ban -quetes s e cortaba n hogaza s d e pa ndur o y s e pon a l a carn e e n e l cen -tro. Un a ve z acabad o e l banquete , s eremojab a e l pa n e n l a sals a y s eentregaba a lo s pobres . Er a un a maner

  • a d e n o tene r qu e frega r lo s pla - tos.S e empleab a e l cuchill o e n l a mesa ,per o generalment e n o s e inclua co n el plat o y a qu e s e esperab a qu e cad aun o d e lo s comensa - les evar aconsig o e l suy o propio .

    La prctic a m s habitua l er a compartir la s copa s y lo s recipiente s donde s ebeba , as com o parti r e l pa n co n las mano s o remove r e n l a fuente central d e carn e ubicada e n e l centr o d e l ames a par a ofrece r un pedaz o a lcomensa l vecino .

    El tenedo r par a come r n o er a mu yemplead o e n l a Europ a medie - val yn o s e extendi s u us o hast a l a Er aModerna . E n su s inicio s sl o era

  • com n s u emple o e n Itali a debido , en gra n medida , a qu e s e empleaba e nl a pasta . Exist e constanci a histric a en e l sigl o X I de l primer tenedo rpropiament e dicho , y s e atribuy e aTeodora , hij a de l emperador bizantino Constantin o Ducas , qu e s e cas con e l dux d e Venecia Domenic o Selvo .Est a princes a asombr a lo sveneciano s po r

  • 22 MISTERIO S DE , L A EDA DMEDI A

    SU air e refinad o y po r usa r u n tenedor d e or o d e do s pas , co n e l cua l suesclav o eunuc o l e presentab a lo sbocado s qu e habi a trinchad o pre -viamente.

    San Pedr o Dami n l a tom co n l adogares a desd e e l pulpit o po r el us ode l tenedor , considerad o u ninstrument o diablico . A pesa r d etodas la s reticencias , e l us o de ltenedo r fu e extendindos e po r Itali a ya finale s de l sigl o XI V er a corrient ee n toda s la s clase s sociales , inclu -so e n la s taberna s par a come r la spastas .

  • El hipocr s y l a buen a costumbr e d ela s tapa s

    El vin o y e l pa n era n lo s elemento sfundamentale s e n l a diet a medie - val.E n aquella s zona s dond e n o hab avia s l a cervez a er a l a bebid a msconsumida . D e est a maner a podemosestablece r un a clar a sepa - racingeogrfica : e n la s zona s a l nort e d elo s Alpe s e Inglaterr a beban m scervez a mientra s qu e e n la s zona smediterrnea s s e toma - ba m s vino .Y po r supuest o si n olvida r e l hipocrs -qu e ahor a est completamenteolvidado , un a bebid a bastant ecom n e n l a Eda d Media qu e s e

  • consumi hast a bie n entrad o e l sigl oXIII . E l trmin o hipocrs provien e del grieg o krasis -signific a mezcla - y sus ingre - dientes principale s era n e lvin o y l a miel . Un a d e la s receta s que no s han llegad o ser a l a siguiente ,tomad a de l Libro d e Cozma, d eRupert o de Nola :

    "Canela cinc o partes , clavo s tre spartes , jengibr e un a parte . L a mita ddel vin o h a d e se r blanc o y l a mita dtinto . Y par a un a azumbr e sei s onzasd e azcar , mezclarl o tod o y echarl o en un a oUic a vidriada . Y darle u nhervor , cuand o alc e e l hervo r n o mas, y colarl o po r t u mang a tantas vece shast a qu e salg a claro" .

  • En otra s palabras , vin o blanc o -l amita d de l total- , vin o tint o -l a otramitad- , canela , clavo s y jengibr e -e nproporci n 5:3:1 - y azcar .

  • TffiMPOS D E PA Z Y DIWRST N 23

    quien l a tuvier a e n s u casa , porqu e al igua l qu e l a sa l er a u n artcul o deluj o y , po r tanto , er a sustituid a po r la miel . S e tomab a calient e y er a unbue n estimulant e par a lo s da s fro sd e invierno .

    A est a bebid a s e l e atribua npropiedade s teraputicas , y er a reco -mendada par a trata r gripe s y mala sdigestiones . Seg n Pau l Lacroix , autorde l tratad o Usos y Costumbres d e l aEdad Media y e l Renacimiento, e lhipocr s "desempe u n ro l ta nimportant e e n la s novelas d e cabaera qu e lleg a convertirs e e n un a

  • verdader a bebid a de hono r co n l a que s e obsequiab a a lo s reyes , lo sprncipe s y lo s gran - des seore s e n la puert a d e la s ciudades" .

    Alejandro Dumas , e n s u novel a 2 0aos despus, l o mencion a e n elcaptul o VII I co n esta s palabras :

    "vindole pasa r po r l a call e d e l ajuder a y entra r e n un a cas a d e bue naspecto d e l a plaz a d e Calandr e ( . ..) prefiri entra r e n un a pobr e taber -na qu e hab a e n l a mism a plaza ,esquin a a l a call e d e Sa n Eloy , ypidi un vas o d e hipocrs . Par aprepara r est a bebid a s e necesitab a por l o menos medi a hora , y e n es e tiemp

  • o poda , si n levanta r sospechas ,espiar a l bedel" .

    Dicen de l re y Alfons o X e l Sabi o que, a caus a d e l a enfermeda d que padeci e n su s ltimo s aos , estab a obhgado a toma r pequeo s bocados entr ehoras , acompaado s co n sorbo s n o de hipocr s sin o d e vino. L e pareci tan buen a costumbr e qu e dict u ndecret o rea l par a el rest o de l reino ,instaurand o as es o ta n castiz o d etoma r e l aperiti - vo. Un a ve zrepuesto , dispus o qu e e n lo s mesones d e Castill a n o s e despachara vin o si n o er a acompaad o d e alg o d ecomida . Naciero n as la s "tapas" , cuyo nombr e s e remont a a est a poc a

  • medieval , y s e origina po r l a jarr a de vin o qu e s e serv a co n un a lonch ad e jamn , fiambre o ques o qu e"tapaba " l a abertur a d e l a jarr a o del vaso . Cumpla as un a dobl efinahdad : evita r qu e cayera n impurezas o

  • 24 MISTERIO S DE , L A EDA DMEDI A

    insectos e n e l vin o y acompaarl o con u n aliment o slid o par a qu e n o sesubier a mu y pront o a l a cabeza .

    Cervantes, e n E l Quijote, llamab a a las tapa s "llamativos " y Quevedo"avisiUo" . Ha y quie n asegur a qu e l ahistori a d e l a tap a sur - gi e n Cdi za ra z d e l a siguient e ancdota . E l rey Alfons o X estaba realizando un a visita oficia l a lo s gaditano s y a i pasa r por e l Ventorrlo de l Chat o -vent a qu ea n ho y existe - s e par par a des -cansar. E l re y pidi un a cop a d eJerez , per o e n es e moment o un acorriente d e air e entr e n l a Vent a y ,

  • par a qu e e l vin o n o s e llenar a d earena, e l taberner o coloc un a lonchita d e jam n encim a d e l a copa . Al rey l e gust l a idea , s e comi l a tapa,s e bebi e l vino , y pidi qu e lesirviera n otro , per o co n "otr a tap aigual" . A l ve r esto , todo s lo smiembros d e l a Cort e qu e l eacompaaba n pidiero n l o mismo .

    Higiene: e l agu a com o artcul o d e lujo

    La esperanz a d e vid a e n la ssociedade s medievale s er a realment ebaja , no superand o lo s 30-3 5 aos .Com o ejemplo , aqu v a u n dato : d elo s nueve reye s qu e s e sucediero n e n

  • e l tron o d e Castill a entr e Sanch o I V(1284-1295) y Enriqu e I V (1454-1474), ningun o lleg a cumpli r lo s 50 ao sy cuatr o n o llegaro n a lo s 40 . La scausa s n o sol o ha y qu e bus - carla e nla s batalla s sin o tambi n e n l aalimentaci n y e n l a higiene .

    La ide a generalizad a e s qu e e n l aEda d Medi a la s persona s n o tomabanbao s y viva n e n u n estad o d ecomplet a suciedad , si n embargo parece qu e a l meno s e n parte , est o e s u nmito . Mucho s his - toriadores seala nqu e existi a l meno s e n la sciudades - un a actitu d positiva haci a el bao , a l qu e s e otorgaba n virtude steraputicas .

  • Los bao s pblico s floreciero n e n las grande s ciudade s europea s en e l siglo XIII , y par a e l sigl o X V y a era nalg o norma l e n lo s pueblos .Contrario a la s elaborada s instalaciones d e lo s bao s romano s o ra - bes con grande s piscina s comune s d edistinta s temperaturas , lo s baosmedievale s era n m s cutre s y usaba ntinaja s d e mader a co n

  • JTEMPOS D K PA Z Y DIVERSI N 25

    agua calient e e n la s qu e caba n do s otre s personas .

    Incluso era n com n qu e e n lo sestablecimiento s dond e s e daba ncomidas y bebidas , hubier a tina s par acome r mientra s s e tomab a e l bao.Par a mediado s de l sigl o XIII , lo sbao s pbhco s era n ta n numerosos e nPar s qu e lo s propietario s formaro n su propi o gremio . La popularida d d eesto s bao s desencaden otra sactividades , com o la d e lo s burdeles .E l ba o er a tambi n un a part eimportant e e n lo s rituales d e lo scaballero s medievales . Par a s u

  • nombramiento , e l can - didato deb abaars e ante s d e pasa r l a noch e e noraci n -l a noch e e n vela, l a noch e en blanco , veland o armas.. . y a veremos m s delant e d e dnde proviene n estas expresione s populares- , co n l afinahda d d e que estuvier a corpora l yespiritualment e purificad o ante s d econver - tirse e n caballero .

    La actitu d d e l a Iglesi a haci a e l bao n o er a mu y positiva . L o con -denaba y a qu e l o ve a com o u n luj oinnecesari o y pecaminoso . Es a actitudprovien e e n part e d e lo s primero sasceta s y eremita s qu e evi - taban l ahigien e y e l ba o com o u n mod o d eautoflagelacin . A lo s pocos qu e s e

  • baaba n s e le s quit la s gana s d ehacerl o cuand o llega - ron la s grande sepidemia s medievales , porqu e s ecrea , y alg n doct o mdico l oafirmaba , qu e e l agu a er a l a culpable d e lo s contagio s entr e los cuerpos .Deca n qu e a trav s d e lo s poro s d el a pie l s e pod a acce - der a todo s los rganos .

    La higien e - o l a falt a d e ella - gener algun a qu e otr a curios a cos - tumbremedieva l com o l a identificaci n de lme s d e may o co n la s novias. L aexplicacin , lejo s d e se r romntica , es bastant e prosaica . Resulta qu e e n este perod o d e l a histori a l a mayor a de la s boda s s e celebraban a l comienz

  • o de l verano , concretament e e n e l mes d e junio . Y s e relacion a co n e lbao . N o er a un a prctic a mu y comn e n est a poca, d e hech o e l prime rba o de l a o sol a tomars e e n mayo, co n los calore s d e l a primavera , ypo r ell o a l casars e e n juni o e l olo rtoda - va er a tolerable . Mucho s ymucha s ta n sol o s e daba n un o po raque -

  • 26 MISTERIO S D E L A EDA DMEDL A

    Uo d e qu e "u n ba o a l a o n o hac edao" . Otro s aadiran : "Per o e scosa much o m s san a un a duch a po rsemana" . Lo s bao s era n fami - haresy tomado s e n un a baer a enorm e llena d e agu a cahente . E l padre d e l afamili a er a e l primer o e n tomarl o y le segua n lo s otro s hombres d e l a casa po r orde n d e edad . A continuaci niba n la s muje - res, tambi n d e mayo ra meno r eda d y a l fina l lo s nio s y los bebes . Ya s e puede n imagina r cm oquedab a e l agu a a l fina l de l proces opor - que n o s e cambiab a y cad a ve zestab a m s calentit a y oscura.. .

  • A pesa r de l bao , lo s olore s n odejaba n d e se r molesto s y po r ell ose adopt l a costumbr e d e lo s ramo sd e novia , sobr e tod o d e azaha r queso n m s aromtico s y d e pas osimbohzaba n l a purez a d e l a novia .Al llevarl o entr e la s mano s consegu adisfraza r mucho s d e lo s malo saromas qu e pululaba n e n e l ambiente .

    Mahoma y a s e hab a pronunciad o afavo r d e lo s bueno s uso s higinicosd e ah qu e ante s d e entra r e n l amezquit a se a obligatori o lavarse la smanos , l a car a y hast a la s orejas - yadem s recomend , entre otra s cosas ,l a utizaci n d e palillo s par a l alimpiez a d e lo s dien - tes. Po r mu y

  • desagradabl e qu e parezca , en la Eda dMedi a la orin a tambin er a emplead apar a l a higien e bucal . L a costumbr ey a ven a d e los bero s y d e lo sromanos . L a orin a tambi n ten a otros usos . Er a recogida e n vasija s -dispuesta s e n la s calle s y e n lo srelano s d e la s escaleras- y s e utilizaba e n la s lavandera s po r s u alt ocontenid o e n amoniaco. L a blancur a de la s lana s y lo s hno s d e emperadores, reyes , nobles y caballero s proced a de lo s orine s d e lo s pobres , lo s siei-vo s y los campesinos . Com o ven , todo s e rentabizaba .

    La Er a Hispnic a

    Muchas vece s cuand o leemo s un a

  • inscripci n medieva l y no s fijamo s enla fech a -generalment e escrit a ennmero s romanos - comproba - mos que n o correspond e a l a cronolog a qu elo s libro s dice n d e es e lugar. Es o s edeb e a qu e utilizamo s desd e e l sigl oXV I e l calendari o

  • JTEMPOS D K PA Z Y DIVERSI N 27

    gregoriano y es a fech a estaba fijad a con lo s clculo s d e l a Er a Hispana.

    As qu e cuand o visitemo s templo smedievale s n o est d e m s conocerest a singularida d cronolgic a qu e s eutiz e n inscripciones , crnicas ydocumento s desd e e l sigl o II I hast a el sigl o XV . S u zon a d e uso fu e e l sur d e Franci a y l a Pennsul a Ibrica , si bie n n o tuv o l a misma utilizaci n opermanenci a e n io s diferente s reino shispnicos . En Catalu a dej d eutilizars e despu s de l concrli o d eTarragon a de l ao 1180 ; y e n lo sreino s d e Aragn , Valenci a y Mallorc

  • a s e abando - n durant e e l reinad o de Jaim e I . E n Castill a s u us o fu esuprimid o rei - nando Jua n I , e n virtud d e u n acuerd o d e la s Corte s d eSegovi a d e 138.3.

    El 1 d e ener o de l 3 8 a.C. , tra s l apacificaci n oficia l d e tod a Hispania,Octavi o August o decret l a Er aFlispnica , qu e s e emple para data re l tiemp o e n lo s territorio s d eHispania . Lo s documento s de l a poca visigtic a y cas i todo s lo s d e l aReconquist a emplea n e l 38 a.C . com oa o d e referencia . Po r tanto , a l afech a qu e aparec e e n documentosanteriore s a l sigl o XIV , debe nsustraers e 3 8 ao s par a obtener la s

  • correspondiente s fecha s d e l a Er acomn. Vase , com o ejemplo, l aleyend a inscrit a e n l a espad a Tizon aqu e enarbol E l Cid : "lO SO I TIZONA Q[ue ] FU E FECH A [='fu i hecha' ]E N L A ER A DE MI L E QVARENT A[ o sea , e l a o 1002]" .

    En l a ermit a d e l a Ver a Cruz , e nSegovia , ha y un a inscripci n e n latercer a dovel a izquierd a d e un o d elo s arco s d e l a entrad a latera l que en s u d a pod a leers e e n latn : "Aqu yac e do n Dion.. . A . Muri el V I d efebrer o y tien e s u enterramient o baj oest a clave . Er a 1280" . En realidad , se est refiriend o a l a o 1242 .

    La felicida d d e l a famili a Abderram

  • nUno d e lo s lugare s m s prspero s que hub o e n Hispani a y s e pued e decirqu e e n tod o e l mund o fu e e l Califato d e Crdoba , u n ejempl o

  • 28 MISTERIO S DE , L A EDA DMEDI A

    de refinamiento , lujo , arte , higien e ycultura .

    Tras e l asesinat o d e lo s omeya s po rpart e d e lo s abasies , qu e tras -ladaron e l califat o a Bagdad , u nmiembr o d e lo s omeya s huy a Al -Andalus -nombr e qu e l e diero n aEspa a lo s musulmanes - un a pro -vincia qu e depend a d e lo s omeya s de Damasco .

    Ese miembr o er a Abderrm n I , qu eestableci l a capita l d e s u emiratoindependient e e n Crdob a e n e l a o736 . Aqu construy un a mezquita y

  • reforz lo s lazo s comerciale s co notro s pase s europeo s y con Oriente .Logr e l apoy o d e lo s omeya s d eOrient e y e l Magreb , de lo s sirios ,rabe s y berbere s estableciend o un apohtic a d e tole - rancia y una scostumbre s sofisticadas .

    El emi r Abderram n I I d e Crdoba , su sucesor , er a ta n sibarit a que sol ohac a e l amo r co n mujere s vrgene s ynunc a repet a co n l a misma. Es o di oluga r a qu e tuvier a 8 7 hijos , 4 5 d eello s varones . Y su s manas s eextenda n a otro s mbitos . A l poc o de subi r a l tron o orde - n arranca rtodo s lo s viedo s d e s u rein o par aqu e n o hubier a borra - chos e n s u

  • emirato , alg o qu e fu e desaconsejad opo r su s propio s con - sejeros pue s l agent e s e embriagar a co n most o d ehigo, qu e er a mucho peor .

    El Califat o d e Crdob a lleg a co nAbderram n II I e n e l a o 92 9creando u n estad o andalus i d e l o ms florecient e y par a es o termin a con las cuestione s internas , conteniend o a los cristiano s de l nort e y consiguiendoqu e mucho s d e su s reino s s e viera nobligado s a abona r tributo. Y , po rsupuesto , s e hiz o independient e d eBagdad . Fu e tm a nueva y prsper aetapa . Crdob a s e convirti e n l aciuda d m s esplndida de l mund ocivihzado : ten a m s d e m mezquitas

  • , m s d e seiscientos hammam o casa sd e bao s pblicos , u n sistem a d eurbani - zacin avanzado , iluminab a sus calle s principale s y e n est o s eadelan - taba 70 0 ao s a Londre s oPars , levantab a l a mezquit a m sgrand e y hermosa d e entonce s o tod aun a ciuda d palatin a d e ensueo ,Madina t al-Zahra, e n l a cercan aserrana . E l calif a Abderram n II I n ofu e ta n

  • JTEMPOS D K PA Z Y DIVERSI N 29

    promiscuo com o s u tatarabuel oAbderram n I L Mantuv o u n gra namor po r s u concubin a Azabar a hast ae l punt o d e qu e quis o inmor - talizars u recuerd o co n l a construcci n de lgra n palaci o d e Medin a Azahara, lugar dond e muer e a lo s 7 0 ao s d e edad, e l 1 5 d e octubr e del a o 961 . E n su longev o reinado , 5 0 aos , sei smese s y do s das , estuvo rodead o d etod a cias e d e lujo s imaginable s y d ealguno s qu e no podemo s siquier apensar . Seg n cuent a Ib n Idhari ,cuand o muri encontraron u nmanuscrit o qu e hab a redactad o l

  • mism o y e n e l qu e pona d e manifiesto lo s da s felice s y placentero s qu ehab a tenid o durante eso s 7 0 ao s d evida . E l text o e s e l siguiente :

    "He reinad o m s d e cincuent a aos , en victori a y paz . Amad o po r mi ssubditos, temid o po r mi s enemigo s yrespetad o po r mi s aliados . Riquezas yhonores , pode r y placeres , aguardaro nm i llamad a par a acu - dir d einmediato . N o exist e terren a bendicin qu e m e hay a sid o esqui - va. E n esta situaci n h e anotad o diligentement elo s da s d e pur a y autntica felicida dqu e h e disfrutado : SUMA NCATORCE . Hombre , no cifre s tu sanhelo s en el mund o terreno" .

  • Solo 1 4 da s felice s e n tod a l a vida... Y qu vidorr a debi d e tener. L afras e fina l d e s u manuscrit o e s m squ e reveladora . Ta l com o asegura e lpsiquiatr a Jua n Antoni o Vallejo-Ngera , qu e reproduc e este text o e n su libr o Locos egregios (1977) , no sproporcion a "un o d e los documento sm s interesante s d e l a relaci n entrepode r absolut o y fehcidad" . Com o para meditar .

    El bibliocaust o d e Crdob a

    A Abderram n II I l e sucedi s u hij oA l Hakam , qu e tom e l pode r entrelo s ao s 96 1 y 97 6 y continu co n la mism a poltic a d e progre - so e ntodo s lo s mbito s d e l a cultura . A l a

  • muert e d e A l Haka m e l cah -

  • 30 iVUS'DimO S D E L A EDA DMEDI A

    fato l e correspondi a s u hij o Hisa mI I quien , po r s u cort a edad , debicede r e l gobiern o a l gra n visi rAlmanzor , qu e cambi e l talant emoderado y emprendi accione s ypoKtica s d e terro r contr a lo s cris -tianos.

    Al Haka m II , protecto r d e artistas ,fund e n Crdob a un a d e la sbibliotecas m s importante s d e s utiempo . Er a u n bibf o consu - madoqu e envi mensajero s par a obtene rcopia s d e io s mejore s y m s raroslibro s de l mundo . Lleg a tene r uno s400.00 0 volmene s qu e trataban sobr

  • e todo s lo s conocimientos . Sol o e lcatlog o d e es a inmensa bibliotec aocupab a 4 4 volmenes . Un a joy acultural . Inclus o pag l a fiioler a d e m dinare s po r u n precios o ejempla rde l Libro d e los cantares de l poet aAbul-LFarach . A l Haka m presum a de haberlo s ojeado todo s y hast a led ol a gra n mayor a d e ellos . E n cad alibr o colo - caba un a peque a fich aco n todo s lo s dato s qu e habaencontrad o sobre e l auto r de l mismo .Er a l a envidi a d e la s biblioteca seuropea s medievales. S e calcul a qu ee n est a poc a habr a una s 6 0biblioteca s e n Espaa, toda s ella s d emeno r calad o qu e l a d e Crdoba .

  • Con tant a lectur a A l Haka m descuid e l gobiern o d e s u rein o y deleg e npersona s inexperta s com o s u hij oHisa m 11 . E l Estad o qued a merce dd e diferente s grupo s d e presi n qu e lo condujero n a la anarqu a y diero n a ltrast e co n l a gra n obr a d e lo sAbderramn . Y as estaba n la s cosa shast a qu e Almanzo r (938-1002 ) Ueg aa l pode r y la ha . Comete , entr e otra stropelas , un o d e lo s mayore sbibliocausto s -trmino acuad o po rFernand o Bez - d e l a historia .Hereder o e n e l califato, l e interesab am s l a guerr a qu e la s letra s y apenas muert o A l Hakam I I permiti qu e los telogo s musulmane s quemara n todos lo s libros d e l a bibliotec a cordobes

  • a qu e contradijera n l a f e d e Mahom ao sencrQament e qu e n o fuera nsagrado s par a ellos . L a hoguera , ali -mentada co n eso s 400.00 0 manuscritos, estuv o ardiend o durant e varios das .Lo s sabio s europeo s n o s e l o poda ncreer . L a bibliotec a ms important e de tod a l a Europ a medieva l s evolatiz un a ve z m s

  • JTEMPOS D K PA Z Y DIVERSI N 31

    por e l fanatism o religioso . Sol o s econserv u n libr o fechad o e n e l a o970. E l nic o y trist e supervivient e de l a bibliotec a d e A l Hakam .

    El incendi o d e l a bibhotec a d eCrdoba , a l igua l qu e l a d eAlejandra o l a d e Constantinopla , son tre s muestra s d e l a intransi - genciahuman a qu e n o s e par ah . Cuand oe n 123 6 e l re y Fernand o III d eCastill a conquist a Crdoba , conviert el a mezquit a e n catedra l y comete e lmism o erro r a l ordena r quema r l o que quedab a d e l a Biblioteca d e lo sCalifas , co n l o mejorcit o de l

  • conocimient o d e Oriente y Occidente .Y es o qu e er a u n re y santo .

    Los sucesore s d e Almanzo r n opudiero n y a controla r e l califat o y ene l a o 1031 , a l a muert e d e Hisha mIII , e l califat o fu e abolid o y s edividi e n taifa s -multitu d d e reinos- ,siend o e l m s fuert e e l d e SeviUa,mientra s mucho s otro s tuviero n efmera duracin . Y ningun o de ello s volvi a atesora r y a un a bibliotec a com o l aqu e tuv o e n s u d a (Crdoba.

    Monasterios y Scriptorium

    El refinamient o e n lo s uso s ycostumbre s d e l a zon a musulman a n otena nad a qu e ve r co n l a zon a

  • cristiana . A n as , surgiero n lo sreduc - tos d e conocimient o e n un apoc a d e incultur a dond e l a mayor ad e la gent e n o sab a lee r n i escribi ry n i le s preocupaba , pue s tena n otras necesidades bsica s y m s perentorias qu e cubri r com o er a dnd e alo -jarse y qu come r a l d a siguiente .

    Los convento s y lo s monasterio ssirviero n par a atesora r es e cono -cimiento dond e s e almacenaba n cdices y libro s e n su s biblioteca s y secopiaba n otro s e n e l scriptorium. Se rmonj e empez a se r rentable puestena s u n luga r dond e alojarte , un acomid a calient e par a llevart e a l aboc a e n e l refectori o y par a aquello s

  • qu e tena n ansia s d e conoci - miento,uno s cuanto s hbro s y manuscrito s a t udisposicin . Lo s monasterios y lo sconvento s era n l a principa l fuent e d ehombre s y mujeres instruidas , capace sd e ayuda r e n l a administraci n de lgobier -

  • 32 MISTERIO S DE , L A EDA DMEDI A

    no, po r l o qu e mucho s clrigo s yfraile s adquiriero n importanci a comoasistente s y consejero s reales .

    Una alternativa , par a lo s qu e n o le sgustab a vivi r e n comunidad , era se rermitao . Uno s cuanto s cristiano sfuertement e comprometi - dos co n su sidea s religiosa s s e retiraro n d e l asocieda d y de l "munda - nal ruido " para vivi r normalment e e n u n desiert o oe n e l inhspit o lmite d e l acivilizacin , pasndola s canuta s eintentad o as acercars e ms a s u ide ad e santida d y a Dios .

  • Fue e l Pap a Gregori o quie n alent l aconstrucci n d e monaste - rios po r toda l a Europ a cristiana . Pront o s econvirtiero n e n lo s nico s reductos del sabe r Co n e l tiempo , s eenriqueciero n po r la s donacio - nes de tierra s y s e fundaro n distinta srdene s religiosa s co n diferente sobjetivos. Ah est n lo s franciscano so lo s dominicos. Alguna s rde - nesformaba n a misionero s par a enviarlo sa tierra s pagana s par a evan - gelizar alo s salvajes ; otra s aconsejaba n a lo spapa s e n materi a doctri - nal y otra sproporcionaba n importante s servicio scomunitario s com o el cuidad o d eanciano s y enfermo s o e l socorr o a ios m s necesitados .

  • Los monasterio s representaba n l a forma superio r d e l a vid a reli - giosa.Viva n baj o estricta s reglas : e l ora e tlabora d e lo s benedictino s era alg ocom n e n e l rest o d e comunidades . Se com a a cierta s horas , se oraba y s etrabajaba , d e acuerd o a norma s mu yclaras . AU s e estu - diaba, s e haca ntraduccione s d e libro s clsicos , s efabricab a cervez a y licore s espirituosos y tambi n s e haca n remedio steraputico s gra - cias a l conocimient oqu e tena n d e la s planta s d e s uhuerto . Era n lo s centros culturale s yespirituale s po r excelenci a d e es aetapa . Tambi n a vece s funcionaro ncom o hospedera s y hospitales .

  • En lo s scriptorium s e haca n copia s aman o d e escrito s qu e consi - derabanimportante s y s e comerciab a co n ellos. E l act o d e trascrip - cin s e converta e n u n act o d e meditaci n y oracin ,y n o d e simpl e copia, aunqu e e n ell ole s fuer a l a salu d pue s lo s monjes ,debid o a l a poca iluminacin , acababan po r perde r l a vist a y tene r dolore sd e

  • TIEMPOS D E PA Z Y DIVERSI N 33

    espalda. Copiaba n cdices , palabr a que provien e de l trmin o latin o codex,qu e s e refier e a copi a hech anormalment e e n pergamin o y co nplumas d e ganso , cuerv o o cisn emojada s e n tint a negra . A parti r de lsiglo XI I aparecer a e l papel , un aform a m s barat a d e reproduci r esosmismo s textos . N o todo s lo sincunables , impreso s ante s de l a o1.500, so n cdices . S i tuviramo s que hace r u n Top Five d e lo s cdice sespaoles m s valioso s habr a qu ecita r lo s siguientes :

    1. E l Codex Calixtinux (sigl o XII ) l a

  • primer a gu a qu e exist e de l Camino de Santiago , qu e fu e robad o e l 5 d ejuh o d e 201 1 d e l a cate - dral d eSantiag o d e Compostel a y , hast a e lmoment o d e escribi r est e libro, anno ha aparecido .

    2. E l Beato d e Libana (776 ) oComentarios a l Libro del Apocalipsis de San ]uan. Robad o de l Muse oDiocesan o d e L a Se u d'Urgel (Lleida) e n 1996 . Finalment e e l 2 1 d e enero d e 1997 , est a joy a literaria s erecuper e n l a consult a d e u npsiquiatr a d e Valencia , escondida e nu n armari o entr e medicamentos .

    3. Codex Emilianense, glosa s o

  • anotacione s a l marge n qu e s e con -sideran e l prime r testimoni o d e u ndialect o romanc e e n l a Pennsul aderivado de l latn , fechad o e n e l siglo X , encontrad o e n e l Monasteri o deSa n Mil n d e l a Cogo a (L a Rioja )y conservad o e n l a Rea l Academia de l a Histori a d e Madrid .

    4. E l Beato d e Girona o d e SanSalvador d e Tvara (970 ) cuy aimportancia resid e e n qu e conseiv a la primer a ustraci n de l apsto lSantiago.

    5. E l Cdice Aureus (1043 ) qu e so nevangelio s escrito s co n letra s de oro ,regal o d e Felip e I I a s u t a l a rein aMar a d e Hungra . E s l a joya d e l a

  • Bibhotec a de l Monasteri o d e E lEscorial .

    Y es o si n conta r lo s cdice s qu ecorresponde n a obra s clsica s d e laliteratur a hispan a com o so n e l Cantardel Mo Cid (sigl o XI ) y e l Libro delBuen Amor de l Arciprest e d e Hit a(sigl o XIV ) de l qu e sol o

  • 34 MISTERIO S DE , L A EDA DMEDI A

    existen tre s copias , o Las Cantigas d eSanta Mara d e Alfons o X e l Sabio(a o 1284) , qu e s e compone n d e 1300 miniatura s d e la s qu e s e conservanta n sol o cuatr o copias .

    Algunos multimiUonario s s e puede npermiti r e l luj o d e tene r e n susmansione s cdice s e incunable s qu esale n a l a vent a a subast a pblica,com o fu e e l cas o de l CdiceLeicester d e Leonard o d a Vinci , queBil l Gate s y s u espos a Melind acompraro n po r 2 5 mfQone s d e euros.

    El conocimient o qu e s e impart a e n la

  • s Universidade s

    Esa se d d e conocimient o s e materializ e n l a creaci n d e universida - des.E n alguna s ciudade s s e fundaro n la sm s importante s com o l a d e Pars,Oxford , Cambridge , Padu a y Praga . Se estudiaba n la s siet e artes liberales :gramtica , retric a y lgic a -conocidas com o 'Trivium- y aritmtica ,geometra , astronom a y msic a -llamad a Cuadrivium.

    Cientficamente predominaba n la scaduca s teora s d e Aristteles , comopo r ejempl o qu e l a Tierr a estab ainmvi l y rodead a po r otro s planetas.E l vac o n o exista . E n la suniversidade s medievale s s e ense -

  • aba qu e l a Tierr a s e compon a d ecuatr o elemento s fundamentales :fuego, aire , agu a y tierra . E l hombr eestab a hech o d e eso s cuatr o mis -mos elemento s qu e s e corresponde nco n lo s cuatr o humore s corpora - les:bili s amarill a -colrico- , bi s negr a -melanclico- , sangr e -ale - gre- y flema -flemtico . Seg n lo s docto ssabios , a vece s predomin a un humo rsobr e otro , marcand o un apersonalidad .

    La medicin a n o usab a n i asepsi a n ianestesi a ningun a y as le s iba .Aunque e n e l Mediev o y a exista nalguna s universidade s qu e ensea -ban medicina , e n general , est a er a

  • considerad a po r e l puebl o llan o mscom o u n act o d e sacerdote s yhechicero s qu e com o un a ciencia .Los instrumento s n o era n limpiado scorrectament e y la s infeccione smataban a muchsimo s d e lo s operados. Adems , exist a intrusismo . Comomucha s persona s crea n qu e la senfermedade s era n u n castig o

  • TlEiVffOS D E PA Z Y DIVERSI N 35

    de Dios , pensaba n qu e sol o s ecurara n s i l le s sanaba . D e est aforma, mucho s prefera n intenta rcurars e rezand o o peregrinand o antesqu e acudiendo a l mdico . Y a vece sacertaba n e n l a eleccin.. .

    Uno d e lo s antecedente s a l surgimiento d e la s universidade s est en 1079 ,cuand o e l Pap a Gregori o VI I oblig aa lo s obispo s a regenta r una escuel a en s u dicesi s y so n lo s municipio s los qu e toma n a s u cargo l a enseanz alaic a e n l a qu e lo s hijo s d e lo sburgueses , d e lo s negociantes,comerciante s y artesano s aprende n lo s

  • rudimento s d e la s artes y e l clculo .E n est e ambiente , entr e 118 0 y 1230 ,e s cuand o nacen la s universidades . La faculta d d e arte s e s e l prime rescaln qu e hay qu e supera r par aalcanza r la s otra s disciplinas ;teologa , medicin a y derecho . La senseanza s d e la s arte s duraba n sei saos , desd e lo s 1 4 hasta lo s 2 0aproximadamente . Par a llega r a se rdocto r e n teolog a s e necesitaban ocho ao s d e estudio s y es o s i s eaprobab a tod o a l a pri - mera. Lo sexmene s era n orale s y e l estudiant es e sol a aloja r e n casa s particulares ypagab a directament e a s u maestro . Solo l a enseanz a que impart a lo s monjes predicadore s er a gratuita .

  • Momento d e juego s

    Pero n o tod o er a estudiar , guerrea r oprocrear . L a aparici n d e juego scomo lo s naipe s y e l ajedre z hiciero nl a vid a m s amen a y divertid a ysiivieron d e sola z par a la s clase s altas y bajas . E n l a list a d e juego smedievales est n lo s dados , e l ajedrez y e l jueg o d e tabla s y a vece s s esuele inclui r e l parchs , per o n o e s de es a poca . Nac e e n l a Indi a e n elsigl o XVI . Fu e Akba r e l Grande , e lterce r emperado r d e l a dinast aMogol, o un o d e su s consejeros , quien tuv o l a ide a d e converti r lo s jar -dines qu e rodeaba n s u palaci o e n una especi e d e tabler o gigante .

  • Inicialmente, la s pieza s de l jueg o n oera n fichas , sin o doncellas , y l asuerte l a echab a e l emperado r lanzando veinticinc o conchas . Tom a e lnombre d e pacist, palabr a qu e e n hind signific a "veinticinco" , e l nmero de concha s lanzada s e n cad a serie . L amet a er a llega r cuant o

  • 36 MISTERIO S D E L A EDA DMEDL A

    antes a l centr o de l tabler o dond eestab a e l tron o de l emperado r y ,concebido com o u n evident e jueg omacbista , l a ganador a recib a u npremio qu e er a acostars e es a noch eco n e l monarca .

    A lo s inglese s le s pareci divertid o yl o llevaro n a s u pa s e n e l siglo XI Xco n hgero s cambios : sustituyero n a las muchacha s po r pie - zas d e marfil , eincluyero n e l dad o y e l cubilet e qu ey a s e usaba n e n e l juego d e l a oca .

    El jueg o d e l a oc a par a mucho sautore s proceder a d e lo s tem -

  • plarios e n e l sigl o XI I y funcionar a no sol o com o u n jueg o d e mes a sino de iniciacin . Aunque e l jueg o estrell afu e e l ajedre z qu e Ueg a a Europa atrav s d e lo s musulmane s qu e a s uve z l o trae n d e l a Indi a y, co n e lavanc e d e l a Reconquista , est e jueg oqu e n o dej a d e se r u n campo d ebatall a incruento , e s practicad o po rlo s noble s y lo s clri - gos cristianos .Durant e l a Eda d Medi a s e escribe nvaria s obra s sobr e el ajedre z po r parte sobr e tod o d e lo s judos , dond e s eestablece n su s normas y su s reglas . Por increbl e qu e parezca , l a Iglesi aUeg a a pro - hibir s u prctic a a l pueblo Uan o porqu e s e sol a aposta rdinero . E n 1212 e l concili o d e Par s

  • inclus o conden a e l juego ,prohibicione s qu e caen e n sac o rot ocom o er a d e esperar .

    Hasta finale s de l sigl o XI I la s casillas de l tabler o era n d e u n sol o color,normalment e blancas , co n la s lnea sd e separaci n marcadas , pero y a e n el sigl o XII I l a alternanci a d e casilla snegra s y blanca s est totalmentegeneralizada . E n e l a o 1283 , Alfonso X e l Sabi o escrib e o manda escribi rEl Libro de los juegos o Libro delajedrez, dados y tablas, l a obr a m santigu a sobr e e l ajedre z qu e no s h allegado. Const a de 9 8 folio s d epergamin o co n 15 0 miniaturas ,dividid o e n siet e par - tes, l a primer a

  • d e la s cuale s e s l a qu e est dedicada exclusivament e a l ajedrez. E n ell a se incluye n 10 3 problema s par aresolve r co n divers a dificultad. E llibr o alfonsin o contien e tambi n l adescripci n m s antigua de l jueg o d elo s dado s o de l backgamon.

    Es e n tiempo s d e Alfons o X e l Sabi ocuand o e l ajedre z tom a es e

  • TIEMPOS DT ; PA Z Y DIVERSI N 37

    aspecto medieva l qu e tien e ho y e nda , co n e l re y y l a reina , lo s caba -lleros, la s torre s y lo s obispos , qu e se transformaro n e n alfiles . Ha y quedeci r qu e e l rey , l a torre , e l caball oy e l pe n s e mova n com o e n laactualidad . E n cuant o a l movimient ode l alfi l y l a dama , la s dife - renciasco n nuestr o ajedre z so n sustanciales .L a dam a o alferz a er a l a pieza m sdb de l ajedre z medieval . Sol o poda move r a un a casill a adyacente e ndiagonal , haci a adelant e o haci a atrs. Ah , y e l enroqu e no exista .

    En aquell a poc a er a habitua l qu e lo

  • s personaje s representado s en la sminiatura s d e lo s cdice scorrespondiera n a personaje s reales ,es decir , reconocible s s i s e tiene n las clave s histrica s par a averiguar - lo.E n un a d e la s miniatura s m s famosas d e est e libro , cuy o manus - critoorigina l s e conserv a e n l a Bibliotec ad e E l Escorial , s e v e a do scaballeros jugand o un a partid a d eajedrez . S i no s fijamo s u n poc o m sen lo s detalle s comprobamo s qu e e ltabler o est colocad o horizontal -mente, y l a casl a blanc a est e n e lrinc n derech o d e cad a jugador , quee s dond e deb e d e estar .

    Y s e muestr a a do s caballero s

  • ensimismado s e n e l jueg o qu e so nreconocibles com o miembro s d e l aOrde n de l Templ e po r l a cru z roj adistintiva e n e l lad o izquierd o d e s uhbit o blanco . E n la s miniatura salfonsrnas nad a s e dibujab a a l aza r y, d e hecho , e n e l mism o cdice , unosfoho s m s adelante , aparece n otro sdo s caballero s jugand o y ambospertenece n a otra s do s Ordene smilitares : l a d e lo s Hospitalarios futur a Orde n d e Malta - y l a d eSantiago , co n s u carac - tersticaespada-cruz .

    Como detalle , siempr e qu e e n la sminiatura s alfonsina s aparec e un ded osealand o un a casfU a o un a pieza , o

  • un a man o tocand o un o de lo s trebejos, indic a un a clav e visua l par a algunos aspecto s d e l a solucin de lproblema . Y , y a puestos , e l ajedre zadem s d e diverti r puede salva r l avid a o s i n o qu e s e l o diga n a Yusuf, qu e llevab a cerc a de onc e ao sprisioner o e n e l castill o d e Salobrea (Granada) , segi n

  • 38 MJS'niRTO S D E L A EDA DMEDI A

    Bermclez d e Pedraza , "aunqu e tratado com o hij o y herman o d e do s reyes".

    Resulta qu e e l re y Mohame d VI I d eGranad a orden da r muert e a s uherman o Yusu f e n e l a o 140 8 par aasegura r as qu e l e sucedier a supropi o hij o e n e l trono . Po r tanto ,envi a u n mensajer o a l castill o conrdene s expresa s a l alcaid e qu e l eenviar a l a cabez a d e Yusu f co n elportado r de l mensaje . Lleg a l castillo y e n eso s preciso s momen - tos Yusuf jugab a un a partid a d e ajedre z co n el alcaid e y est e sab a qu e tena qu ecumpli r l a orde n po r much o qu e l e

  • desagradara . Yusu f l e pidi un a ltima voluntad : termina r l a partida . Y as fue .

    Estuvieron jugand o alrededo r d e un ahor a m s y e l prncip e di o jaque mate a l alcaide . Ahor a er a est e e l qu eten a qu e da r mat e a Yusu f cortndolel a cabeza . Cuand o s e estaba n haciendo lo s preparativos , llegaron uno smensajero s d e Granad a qu e le scomunicaro n qu e Mohamed VI I hab amuerto . E n es e precis o moment oYusu f s e con - verta e n re y co n e lnombr e d e Yusu f III . S e salv po r los pelo s y dic e la leyend a qu e e lalcaid e pidi a l nuev o monarc a e lalfi l co n e l qu e l e haba dad o jaqu e

  • mat e par a conservarl o tod a s u vida .

    El castillo-prisi n d e Salobre a s econvirti a parti r d e entonce s en un aresidenci a cotizad a par a invitado smolestos : Yusu f III , qu e y a habadisfrutad o d e su s aposentos , tuv opres o all a s u herman o Mohamed e lZurdo , qu e a s u muert e fu e coronad ore y d e Granad a e n 1419.

  • 39

    -II-

    TIEMPOS D E GUERR A

    Y MUERT E

    Un chist e no s pon e e n antecedente s de es e continu o ambient e bhco . En l aEda d Medi a u n seo r d e l a micia ,co n s u armadur a y yehno , Ueg a ve ra s u re y tra s mese s d e lucha r e nlugare s lejanos :

    "Saludos, m i Seo r H e regresad o co nt u ejrcito , tra s grande s xito s en e lcombate" .

  • "De veras ? Qu grande s cosa s ha shech o e n m i nombre?" . "Bueno, m iSeor , hemo s conquistad o a tu senemigo s de l Este . Hemo s acabado con su s ejrcitos . Destruimo s su scastillos , quemamo s su s campos,tomamo s a su s mujeres..." .

    "Un momento , u n momento , y o n oteng o enemigo s e n e l Este" . "No?Ejem.. . Bueno , ahor a lo s tienes!" .

    Todo val a e n ara s d e la s ansia sexpansionista s d e alguno s noble s yreyes . Apart e de l mand o suprem oejercid o po r e l rey , l a jerarqu amilitar n o exist a e n e l ejrcit omedieva l y sol o e n l a Baj a Eda dMedi a

  • 40 MTSTKMO S D E L A EDA DMEDI A

    comienza a aparecer . E n est a poca ,se r soldad o er a un a profesi n qu edaba su s beneficio s y s i adem s era smercenari o t e dab a m s dinero . Losguerrero s emprendedore s formaba ncompaa s d e mercenario s quepermita n a u n seo r ric o o a un aciuda d l a contrataci n d e tropa s yalista s y formada s par a combatir .Alguna s d e esta s compaa s estaba nespecializadas e n u n sol o tip o d elucha . Po r ejemplo , e n e l a o 1346 ,dos m ballestero s genovese s lucharon a l servici o de l ejrcit o franc s e nla batall a d e Crcy . A menud o s e le s

  • describ a e n trmino s de l nmer o delanza s de l qu e disponan . Cad a lanz aequival a a u n caballer o arma - do ms la s correspondiente s tropa s d ecaballera , infanter a y artillera . Unacompa a d e 10 0 lanza s representab avario s ciento s d e hombre s armados.Est e sistem a di o orige n a l trmin ofreelance, palabr a qu e no s llega gracias a Si r Walte r .Scott , e l creado r d eIvanhoe (1819 ) novel a d e ambientemedieval . Signitic a "lanz a libre "aplicad a a lo s soldado s qu e ponan su lanz a a l semci o d e aque l qu e pagara y , po r l o tanto , era n hbres par aelegi r e l band o d e luch a o a qui nprestaba n servicios . Y como lo sfreelance actuales , un a ve z finahzad o

  • e l servicio , buscaba n u n nuevo seo rqu e pagar a igua l o mejor .

    En 1439 , Carlo s Vi l d e Franci a cre la s Compaa s Reale s d e Ordenanzaqu e estaba n formada s po r caballero so po r soldado s d e infantera, y era npagada s co n e l diner o d e lo simpuestos . Est o fu e e l inicio d e lo smoderno s ejrcito s permanente s d eOccidente . E l mayo r enemigo d e u nejrcit o convenciona l n o er a e ladversari o sin o la s enlermedades. E nun a poc a dond e l a higien e y lo smedicamento s brillaban po r s u ausencia cualquie r infecci n producid a e n e lcamp o de batall a o cualquie r viru s que pulular a po r e l ambiente , era n cas i

  • una herid a morta l qu e s e agravab alueg o co n otr o tip o d e inconve -nientes. Durant e s u campa a e nFrancia , Enriqu e V d e Inglaterr a per -di e n e l asedi o d e tarfleu r alrededor de l 1 5 % d e s u ejrcit o debid o aenfermedades , y la s baja s aumentaro ne n s u march a hast a Aquisgrn. E n l abatall a e n s , sol o perdi e l 5 % d esu s hombres .

  • TlEiWOS D E GUl'iRR A Y MUERT C4 1

    Enrique V acab muriend o d eenfermeda d e n otr o asedi o a caus a de las mala s condicione s sanitarias .

    Una d e la s mayore s matanza s qu e s eprodujero n e n e l sigl o VII I no fu e enEurop a sin o en China . Entr e 75 5 y 763 el hde r milita r An Eushan, tnicamente d e orige n centroasitico , vivi durant e l a dinas - ta Tan g e n Chin a einstig un a rebeli n contr a e l pode rimperial . Enfrent a l a Dinast a Tan gy s e desarroll e n tod a China . Cost l a vida d e uno s 3 5 millone s d epersonas . E l propi o A n Lusha n fu ease - sinado po r s u propi o hij o cuand

  • o contab a 5 4 aos .

    Las och o Cruzada s oficiale s y algun am s

    El Cristianism o s e haba convertid o en l a religi n oficia l de l Imperi oRomano e n e l sigl o I V y habaempezad o a extenders e entr e la s tribus germnicas ante s d e l a cad a d eRoma . L a divisi n de l Imperi oRomano e n dos , e l d e Orient e y e l de Occidente , di o com o resultad o lapartici n e n e l sen o d e l a Iglesiacristiana . L a part e occidental , cen -trada y aglutinad a e n Roma , s econvirti e n catlica ; l a part eoriental , centrada e n Constantinopla , s

  • e convirti e n ortodoxa . Y e n e l siglo VII surgi e n Arabi a e l Islam , l atercer a gra n religi n de l Libro .

    Los franco s s e convirtiero n a icatolicism o durant e e l reinad o d eClovis y , a parti r d e entonces ,expandiero n e l cristianism o entre lo sgermanos de l otr o lad o de l Rin . Po rs u parte , lo s bizantino s extendie - rone l cristianism o ortodox o entr e lo sblgaro s y lo s eslavos . Y d e pronto el cristianism o quis o expandirs e incluso po r zona s peligrosa s y prohibidas .Surge n la s Cruzadas . Par a Occidente ,la s Cruzada s fue - ron lo s hecho s d elo s brillante s caballero s co n l a misin d e salva r lo s lugares santo s d e lo s

  • brbaro s y asegurarlo s par a l aperegrinaci n d e los cristianos . Pero ,a lo s ojo s d e lo s rabes , fu e un ainvasi n d e Occidente, brbara ,salvaje : le s asesinaban , destrua n su shogare s y violaban a su s mujeres .Desd e e l principio , n o habla n d ecruzada s sino d e lo s occidentale s e ngeneral , denominndole s lo s frany.

  • 42 MISTERIO S DE , L A EDA DMEDI A

    Gran part e d e l a leyend a negr a qu etien e adosad a l a Eda d Medi a es po rculp a d e esa s och o cruzada s oficiales, m s una s cuanta s extrao - ficiales, que fuero n u n tribut o a l a estupidez . L aexpansi n de l Isla m provoccnumerosos conflicto s e n e l Occident ecristian o y l a principa l disputa surgi porqu e lo s rabe s haba n ocupad o los Santo s Lugares , en Palestina , y es olo s cristiano s n o l o poda n consenti r

    A l a Guerr a Santa , qu e sirvi d eargument o a lo s rabe s par a su sconquistas, e l occident e l e opus o e ltrmin o d e "Cruzadas" , po r l o de l

  • smbolo d e l a cru z qu e llevaba n lo ssoldados , com o u n dese o d e recu -perar su s terreno s sagrados . Desd e109 9 s e realizaro n och o cruzada s acua l m s salvaje . L a competenci aentr e lo s seore s feudales , la sOrdenes religiosa s y la s rica s ciudades italiana s qu e financiaro n gra n parted e la s campaas , contribuyero n a ldefinitiv o fracas o milita r e n el a o1291 , y Palestin a qued e n pode r d elo s musulmanes . Tant a muerte n o sirvi m s qu e par a diezma r l a poblaci nd e Europ a y par a que uno s cuanto s se hiciera n ricos .

    No sol o mov a a lo s papa s y noble s un inter s rehgioso , tambi n debe teners

  • e e n cuent a e l sentid o econmic o d eesta s cruzadas , y a qu e el domini o del Mediterrne o po r part e d e lo smusulmane s dificultab a el comerci oentr e Orient e y Occidente . La scampaa s d e la s cruzada s permitieronrecupera r part e d e esa s ruta scomerciales . Desd e e l punt o de vist asocial , sirviero n par a qu e mucho scaballero s deseoso s d e acu - mular uobtene r riquezas , tomara n part e e nellas . Vamos , l o vea n como un ainversi n e n l a qu e sol o s e jugaba n la vid a d e su s vasallos . Estasexpedicione s debilitaro n u n poc o e lfeudalismo , porqu e muchos noble sdebiero n vende r grande s territorio spar a subvencio - nar part e d e la s

  • mismas .

    Las principale s rdene s militare s qu efloreciero n durant e la s Cruzadas fueron l a de l Temple , d e lo s Hospitalarios y l a Orde n Teutnica. Lo s Caballeros Teutone s naciero n a l calo r d e l aTercer a Cruzada, l a d e Ricard oCoraz n d e Len . S e fund e n Sa nJua n d e

  • I'IKMPOS D E GUERR A Y MUER'T ;4 3

    Acre, e n 1190 , despu s d e qu eSaladin o hubier a conquistad oJerusaln. Su s comienzo s estuviero ndedicados , a l igua l qu e su s seme -jantes, a l cuidad o caritativ o d e lo speregrinos , per o e n 119 2 s e refor -m par a darl e carcte r mitar . Cuando terminaro n s u labo r y aprove -chando e l fervo r y empuj e d e su sfreire s teutnicos , e l emperado rFederico e l Grand e lo s mand aevangeliza r Prusi a y e l Bltico .

    Si hacemo s un a brev e cronolog a d ela s och o cruzada s oficiale s con su sfecha s y e l resultad o final , e l cuadr o

  • ser a desolado r y m s o menos com osigue ;

    Primera Cruzada : 1095-1099 . Fu econvocad a po r e l pap a Urbano 1 1 a lgrit o d e Deus Vult -Dio s l o quiere!- ,par a socorre r a Bizancio, amenazad apo r lo s turcos . Aunque n o estab aprevisto , s e conquist Jerusaln . Hubo muerto s po r toda s la s esquinas .

    Segunda Cruzada : 1147-1149 , Fu emotivad a po r l a prdid a d e Edesa e n1144 . L a encabezaro n e l re y d eFranci a Lui s VI I y e l empe - radoralem n Conrad o III . Fu e u n fracaso .

    Tercera Cruzada : 1189-1192 . Motivada po r l a reconquist a d e Jerusaln po r

  • Saladin o e n 1187 . L a encabezaro nFelip e August o d e Francia y e l re yingl s Ricard o Coraz n d e Len .Acabaro n firmand o una tregua .

    Cuarta Cruzada : 1202-1204 . Promovida par a conquista r Jerusaln, acab d eform a vergonzosa , y a qu e lo s cruzados n i s e acer - caron a l a Ciuda d Sant asin o qu e atacaro n Bizanci o aliado sco n Venecia.

    Quinta Cruzada : 1217-1221 . L adirigiero n Jua n d e Brienn e y e l rey de Hungr a Andr s I L Fu e u n desastre .

    Sexta Cruzada : 1228-1229 . Dirigid apo r e l emperado r Federic o II, hbi ldiplomtico , qu e recuper Jerusal n

  • si n emplea r la s armas .

    Sptima Cruzada : 1248-1254 .Promovid a par a recupera r Jerusaln ,

  • 44 MISTERIO S DE , L A EDA DMEDI A

    perdida e n 1244 . Fu e dirigid a po r e lre y franc s Lui s IK , capturad o po rlos musulmane s y liberad o a cambi o de varia s plaza s fuertes .

    Octava Cruzada : 1270 . Tambi ndirigid a po r Lui s TX . E l objeti - vo no er a Jerusal n sin o Tnez , dond e e lre y perdi l a vid a y l e hicie - ronsanto .

    Las cruzada s d e lo s nio s

    La Cruzad a d e Pedr o e l Ermitao ,tambi n conocid a com o l a cruza - dapopula r o d e lo s campesinos , fu e un a

  • peregrinaci n espontne a popularsurgid a e n respuest a a l llamamient ode l pap a Urban o I I e n 1095 a l anoblez a europe a par a l a invasi n yconquist a d e Tierr a Santa. Cuand oPedr o e l Ermita o exhort a lo spobre s a l a recupera - cin d e lo sLugare s Santos , empez l a tragedi apar a una s 100.00 0 per - sonas, entr ehombres , mujere s y nios . L a mayora carec a d e armas , otros s e haba nllevad o la s herramienia s d e l a cas a yganados , com o s i se tratar a d e u ncort o viaj e desd e Colonia , luga r d epartid a - a trav s de Hungr a y lo sBalcanes - hast a Constantinopla . Fu eun a march a pica e n l a qu e abundaron la s fatigas , l a desolaci n y e l

  • hambre .

    Dcadas m s tarde, despu s d e l adesastros a Cuart a Cruzada , s eorganiz otr a cruzad a popula r per oest a ve z compuest a po r nio s yjvenes pensand o qu e esto s tendra n el favo r d e Dio s y , po r l o tanto , lesser a m s fci l alcanza r l a tierr aprometid a y derrota r a lo s sarra -cenos. Cras o error . Subyugado s po r el flautist a d e Hameli n d e turno : unjove n pasto r llamad o Esteba n d eVendm e -otra s versione s habla n deStephe n d e Cloyes- , s e empez amasca r l a tragedia . N o tod o e shistoria, per o la s crnica s cuenta n que e n e l me s d e may o d e 121 2 s e

  • present Esteba n e n alguna s aldea s yciudade s d e Francia , invitand o a lo snio s a seguirl e e n un a temerari acruzada . Co n s u fci l palabre - ra,dec a qu e hab a tenid o un a visi ncelestia l e n l a qu e s e l e ordena - bair a Palestin a qu e deb a se r liberad ade lo s musulmane s no po r cru - zadosadulto s sin o po r chico s com o lmismo . Qu e l a cos a ser a cose r

  • TIEMPOS D E GUERRA Y VIUERT E4 5

    y cantar . Uno s 20.00 0 nio srespondiero n a la llamad a yabandonaro n sus hogare s si n mapa s ni gua s par a segui r a Esteba n a Niza ,e n e l su r de Francia . E n s u camin ollegaro n a ciudade s y pueblos , yarrasaro n con l a comid a qu eencontraron . M s qu e un a cruzad ainfanti l parec a una plag a d e langostas.

    La mita d d e lo s nio s e n s u camin ohaci a Niz a desert a y l a otr a mitadmuer e d e hambre . Llega n meno s d edo s m nio s y dosciento s adultos e nbue n estad o y s e pasa n do s semana s

  • rezand o com o l e hab a dicho e l propio Jesucrist o e n un a d e la s visione s al jove n Esteba n par a que s e abrier a el ma r d e pa r e n par , per o pasa n la shora s y n o ocurr e nada d e nada . L oqu e s ocurr e e s qu e do s mercadere ssi n escrpulo s llamados Gulermo ,alia s e l Cerd o y Hug o e l de l Pual ,le s ofrece n 7 barcos par a cruza r e lmar . Sube n a la s embarcacione s ma lpertrecha - das y s e dirige n haci a Tierra Santa , o es o crea n ellos . E nCerde a s e hunden do s barcos , y lo sotro s cinc o llega n a tierra s d eAlejandra , donde lo s nio s so nvendido s com o esclavo s po r lo s do smercadere s que le s haba n "prestado "la s embarcaciones . Es e e s e l fi n d e l

  • a cru - zada infantil .

    Y ao s m s tard e hub o otr a cruzad asima r cuand o Nicols , otr o pastorjovencito , est a ve z d e Coloni a(Alemania) , afirm habe r tenid o unavisi n semejant e a l a d e Esteban . Los 20.00 0 nio s qu e l e siguiero n notuviero n mejo r suert e qu e su s colegas franceses . Me s d e eo s murieron de hambr e o e n accidente s itinere a lquere r cruza r lo s Alpes e n Italia , si nesta r preparado s par a tama a hazaa .Finalmente , el obisp o d e Brindisi ,viend o l a barbarida d qu e estaba nhaciendo , tom caitas e n e l asunt o yorden qu e lo s nio s regresase n a sus hogares . Todos obedeciero n y

  • retrocedieron , s i bie n mu y poco segaro n a Alemania par a conta r e lrelat o qu e lueg o pud o da r orige n a la leyend a del flautist a d e Hameli n que pusiero n po r escrit o lo s hermano sGrimm .

    La histori a de l flautista , mu y resumida, empiez a e n e l pueblecit o alemn d eHamelin , situad o e n Brunswick , cerca d e l a famos a ciuda d

  • 46 MISTERIO S DE , L A EDA DMEDI A

    de Hanover , dond e u n di a apareci un extranjer o proponiend o u n remedio al a plag a d e rata s qu e asolab a l aciudad . Tra s acorda r e l pre - cio -mi lflorines - e l flautist a s e encarg d elimpia r l a ciuda d d e lo s roedores con ta n sol o toca r s u flaut a mgica ,ahogndole s e n e l ro . Una ve zfinahzad a l a labor , l a Corporaci n se neg a pagarl e e l preci o estipulado.E n represalia , e l flautist a encant alo s nio s d e Tlameli n con e l sonid od e s u instrument o consiguiend o qu e13 0 l e siguiera n hacia e l profund o ro Wese n

  • "Sin embargo , -escrib e Rober tBrowning , cuy o cuent o e s uno d e lo sm s populares- e l Tlautist a cambi de rumb o y , e n luga r d e dirigirs e hacia e l sur, s e encamin haci a e l oest e yrumbe haci a l a colin a d eKoppelberg , con lo s chico s siempr epegado s a l a espalda . Todo s s esintiero n aliviados . Pero sucedi que ,a l Eega r a l pi e d e l a montaa , s eabri d e pa r e n pa r un porta ]maravilloso , com o s i d e jtHont ohubies e surgid o un a caverna . ElFlautist a avanz y lo s nio s l osiguieron . Y cuand o haba n entrad otodos, hast a e l ltimo , l a puert a s ecerr d e golpe" .

  • Browning habl a d e un a fecha , e l 2 2d e ju o d e 1366 : " Y par a n oolvidarse jam s d e l a call e po r donde haba n desaparecid o lo s nio s l allamaron Call e de l Flautista" . Per o los actuale s habitante s d e Hameli nindican otra : e l 2 6 d e juni o d e 1284 .Cu l e s l a correcta ? Est basa - doe n alg n acontecimient o histrico ?

    Todo indic a qu e part e d e s uinspiraci n fuero n la s do s cruzada sinfantiles d e inicio s de l sigl o XII I y ,medi o sigl o m s tarde, l a llegad a deun a autntic a plag a d rata s qu e debi asola r es a locahdad .

    Muertos e n e l cruc e d e la s Cruzada s

  • Entre 109 6 y 1291 , l a Europ a catlica lanz miiltiple s expedicione sarmadas denominada s cruzada s co n l aexcus a d e recupera r Tierr a Santa pero motivada s po r lo s interese sexpansionista s d e l a noblez a

  • TIEMPOS DI- : GUERR A Y MUIKTE 4 /

    feudal y e l contro l de l comerci o co nAsia . E n ella s s e march contr a losmusulmanes , per o tambi n contr a lo scristiano s orientales , ruso s ybizantinos. S e calcul a qu e la s diversas matanza s y guerra s llevada s a cabopo r lo s cruzado s produjero n cinc omlone s d e muerte s a l o largo d e esos siglos . Seg n e l historiado r alem nHan s WoUschlge r hubo m s d e 2 2millone s d e muertes .

    Dos d e la s m s cruenta s fuero n l aprimer a y l a cuarta . E n l a con - quistad e Jerusaln , e l 1 5 d e juli o d e 109 9hub o m s d e 60.00 0 vcti - mas entr e

  • judo s y musulmane s -hombres , mujeres y nios- . Comienzan bombardeand o la ciudad , per o ant e s u resistencia , los cl - rigos recuerda n e l pasaj e d e l aBiblia e n e l qu e Dio s derrib a mgica- mente la s muralla s d e Jeric . S epens entonce s qu e s i s e hac a peni -tencia y s e invocab a a Dios , la smuralla s d e Jerusal n caera n d e igual manera. E l 8 d e juli o tod o e l ejrcito dej la s arma s e inici un a pro -cesicm alrededt:) r d e la s murallas . No pas nada . Lo s muro s segua n e npie y lo s cruzado s decide n dejars e d emonserga s y toma r Jerusal n por l afuerza . E l 1 5 d e juli o entraro n lo ssoldado s cruzado s y l o qu e sigui fu eun a horribl e matanz a e n l a cua l todo

  • s lo s judo s y musul - manes d e l aciuda d fuero n masacrados .

    Ibn al-Attir , u n cronist a qu e vivi e ntiempo s d e l a Primer a Cruzada, dic ed e lo s cristianos , tra s l a ocupaci n de Jerusaln :

    "A l a poblaci n d e l a Ciuda d Santa ,lo s frany l a pasaro n a cuchillo , y estu- vieron matand o musulmane s durant eun a semana . E n l a mezquit a al - Aqsamataro n a 60,00 0 personas . A lo sjudo s lo s reuniero n y encerraro n en su sinagoga , y all lo s quemaro n vivos. Destruyero n tambi n lo s monu -mentos d e lo s santo s y l a tumb a d eAbraham . L a pa z se a co n l!" .

  • Las cifra s d e Ib n al-Atti r so nexageradas , pue s n o habr a tant agente e n l a ciudad , per o n o l o e s l asuert e qu e corriero n la s vctimas . Elarzobisp o d e Tyre , testig o ocular ,relata :

  • 48 MISTERIO S DE , L A EDA DMEDI A

    "Era imposibl e mira r a l vast o nmero d e muerto s si n horrorizarse ; po rtodos lado s haba tirado s fragmento s de cuerpo s humanos , y hast a e l mismopis o estab a cubiert o d e l a sangr e d elo s muertos . N o er a sola - mente e lespectcul o d e cuerpo s si n cabez a yextremidade s mutilada s tiradas po rtoda s direccione s qu e inspirab a terror a todo s lo s qu e l o miraban; m shorripilant e a n er a ve r a lo svictorioso s mismo s chorreando d esangr e d e pie s a cabeza , un aomnipotent e estamp a qu e inspiraba e lterro r a todo s lo s qu e l a vean . S e

  • report a qu e dentr o de l Templo mism o-e l d e Salomn - muriero n alrededo rd e 10.00 0 infieles" .

    La histori a d e Maarat , un a ciuda d d eSiria , fu e monstruosa . Er a una ciuda dsi n ejrcit o y d e un a gra n cultura .Durant e do s semana s pudierondefenderse , per o a l construi r lo sfrany un a torr e d e mader a tan alt acom o la s murallas , s e viniero n abajo. Intentaro n hace r u n trat o para salva rsu s vidas , per o lo s cruzado s n ocumpliero n co n s u palabra . Durantetre s da s s e mantuv o l a carnicer a y lo m s fuert e vin o co n l o que hiciero nco n su s presas : s e la s comieron .Seg n e l testimoni o d e u n cronista

  • franco , Raii l d e Caen : "E n Maarat ,lo s nuestro s coca n a paga - nos adultos e n la s cazuelas , ensartaba n a lo snio s e n espetone s y s e lo s comanasados" . Esta s atrocidade s ser ndifundida s a l o larg o d e lo s siglos e ne l mund o musulmn , e n cuy a literatura pic a lo s frany ser n descritosinvariablement e com o antropfagos .

    El cronist a cristian o Eckehar d d e Aura escribi qu e "hast a durante e lsiguient e veran o tod o air e d e Palestina continuab a conta - minado de l olo r adescomposicin" . Ha y consens o e nafirma r qu e u n milln d e victima s fue e l sald o fina l d e l a Primer aCruzada .

  • Y n o escarmentaron . E n e l a o 1204 ,durant e l a Cuart a Cruzada , en luga r de i r a rescata r Tierr a Santa , lo scruzado s francese s y vene - cianostomaro n y saquearo n l a ciuda d d eConstantinopla , capita l de l imperio d eOriente . E n 191 0 s e expus o e n l aBibliotec a Naciona l d e Palermo u ncdic e olvidad o e n e l qu e u n pariente de l tltim o empe -

  • TIEMPOS D E CUERE A Y MUTvRTE 4 9

    rador bizantin o legtimo , Uamad oTeodor o Ange l Conmeno , presen - t en agost o d e 120 5 un a splic a a l papa Inocenci o III , dicindole ;

    "El a o pasad o e n e l me s d e abril ,co n e l fals o pretext o d e libera rTierra Sant a e l ejrcit o cruzad o vin oa devasta r l a ciuda d d e Constantino,,,A l a hor a d e repartirs e e l botn.. . los francese s s e lleva - ron la s reliquia sd e lo s santos , d e la s cuale s l a m ssagrad a e s e l Lienz o en qu e Nuestr oSeo r Jesucrist o fu e envuelt o despus d e s u muerte.. . Sabemos qu e la scosa s sagrada s est n e n Venecia , e n

  • Gali a y e n otro s lugares, per o e lSagrad o Lienz o est e n Atenas.. . Qu elo s depredado - res s e quede n co n e lor o y l a plata , per o qu e no s devuelvan l o qu e e s sagrado".

    Esta Cuart a Cruzad a fu e un o d e lo shecho s m s denigrante s y bochornosod e l a histori a d e l a humanidad . L abuen a image n d e la s tropas cruzada squ e ten a e l puebl o llan o fu e echad apo r tierr a y jams volver a alevantarse . Nadi e entendi qu e lo spropio s cristiano s mataran a otro scristiano s simplement e po r atesora rm s riquezas .

    La ciuda d fu e saquead a durant e vario

  • s das . Lo s cronista s s e hacen ec o d ela s atrocidade s perpetrada s po r lo sconquistadores . De l saqueo n o s elibraro n la s iglesia s n i lo smonasterios , y e n l a mism a Santa Sofa fuero n destruido s vario s libro s yobjeto s d e culto . Seg n relata Nicetas Choniates :

    "Destrozaron la s santa s imgene s yarrojaro n la s sagrada s reliquia s d elos mrtire s a lugare s qu e m eavergenz a mencionar , esparciend o por doquier e l cuerp o y l a sangr e de lSalvado r [,,. ] E n cuant o a l a profa -nacin d e l a Gra n Iglesia , destruyeron e l alta r mayo r y repartiero n lo strozos entr e eo s [, ] E introdujero n

  • caballo s y mua s a l a iglesi a par apoder llevars e mejo r lo s recipiente ssagrados , e l pulpito , la s puerta s ytodo e l mobiliari o qu e encontraban ; ycuand o alguna s d e esta s bestia s

  • 50 MISTERIO S DE , L A EDA DMEDI A

    se resbalaba n y caan , la s atravesaba nco n su s espadas , ensuciand o l aiglesia co n s u sangr e y excrementos .

    Una vulga r ramer a fu e entronizad a e nl a sill a de l patriarc a par a lanza rinsultos a Jesucrist o y cantab a canciones obscena s y bailab a inmodes - tamentee n e l luga r sagrad o (... ) tampoc omostraro n misericordi a co n lasmatrona s virtuosas , la s doncella sinocente s e inclus o la s vrgene sconsagradas a Dios" .

    No hab a nad a d e espiritua l e n est acampaa . Europ a enter a haba tenid o

  • suficient e y y a n o prestab a od o anueva s llamadas , po r muy elocuente squ e fuera n su s predicadores . Ai n as, hub o otra s cru - zadas per o d e rang omenor .

    Los cruzado s n o era n lo s nico ssalvajes . E n otr a zon a geogrfic a delmund o tambi n perpetraba n matanzas .Durant e e l sigl o XIII , la s distintas ymltiple s invasione s llevada s a cab opo r lo s mongole s a l mando d e Gengis Kha n y Hiilag u e n e l Asi a Centra lprodujero n masacres nunc a vistas .Entr e 1207 , a o d e l a unificaci nmongola , hasta 1472 , a o de l fi n d ela s invasione s trtaras , l a cifr a d emuerto s fue a l meno s 3 0 millone s d e

  • personas , e n s u mayor a musulmanes ,aunque alguna s fuentes l a eleva n a 6 0mlones .

    Ordenes d e Caballer a

    Hacia e l sigl o XII , l a caballei a s ehab a convertid o e n un a form a d eganar batalla s per o tambi n e n un aform a d e vida . Mucha s era n Ordenesreligiosa s y militare s a l a vez , co nespad a e n un a man o y rosa - rio e n l aotra , dispuesta s a defender , matand o omuriendo , su s ideale s cristianos. E s el cas o d e lo s hospitalarios , templarios, teutone s o san - tiaguistas, po r cita rsolament e cuatr o d e ellas .

    Las Ordene s mitare s proliferaro n po

  • r tod a Europa , si n olvidar - nos d eEspaa , qu e s e convirtiero n e ninstitucione s religioso-mitare ssurgidas e n e l context o d e l aReconquista . La s m s importante snace n

  • TIEiWOS Dl GUERR A Y MUERT E5 1

    en e l sigl o XI I e n l a Coron a d eCastl a y so n la s siguientes ; Orde n de Santiago, Orde n d e Alcntar a y Orden d e Calatrava . E n e l sigl o XIV ,dentro d e l a Coron a d e Aragn ,apareci l a Orde n d e Montesa , e nparte par a da r refugi o a l a disuelt aOrde n d e lo s templarios . Precedidaspo r mucha s otra s Ordene s qu e n o han perdurado , com o las htlitia Chnstiaragonesa s d e Alfons o I e l Batallador, l a Cofrad a d e Belchite -fundad a e n1122 - o l a Orde n d e Monrea l -creada e n 1124-,

    Haba uno s cdigo s d e honor , uno s

  • ideale s y un a motivaci n romntica yreligiosa . La s regla s bsica s de lcdig o d e caballer a laic a eran la ssiguientes :

    La protecci n a la s mujere s y a lo sdbiles .

    El triunf o d e l a justici a frent e a l ainjustici a y e l mal .

    El amo r a l a tierr a natal .

    La defens a d e l a Iglesia , inclus o ariesg o d e perde r l a vida .

    Eso en teora . En la prctica , lo scaballero s ignoraba n esta s regla scuando le s convena . Es o d e "palabr a

  • d e caballero " n o ten a tant a cre -dibidad com o s e asegur a e n la spelculas .

    Ser miembr o d e un a Orde n d ecaballer a er a extremadament eprestigioso y distingu a a u n hombr ecom o un o d e lo s m s importan - tesde l reino . E n 1347 , durant e l a Guerra d e lo s Cie n Aos , Eduard o III d eInglaterr a fund l a Orde n d e Garter ,qu e h a perdurad o hast a nuestros das .Est a orde n estab a formad a po r lo s 25 caballero s d e mayor rang o d eInglaterra , y s e fund par a asegura r su lealta d a l re y y s u dedicaci n alogra r l a victoria durant e l a guerra .

    La Orde n d