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    AS MASCULINIDADES EM QUESTO: UMA PERSPECTIVADE CONSTRUO TERICA

    Fernando Bagiotto Botton1

    RESUMO: O presente artigo pretende comentar brevemente sobre a construo dossaberes acerca da masculinidade. Para isso, faz uma reviso bibliogrfica ehistoriogrfica que nos permite tratar de algumas das contribuies maissignificativas para a construo dos estudos sobre a masculinidade nas cinciassociais. Assim, traaremos um breve panorama de como esses os estudos sobre omasculino e a masculinidade foram sendo discutidos dentre diversos campos comoa psicanlise, a sociologia, a antropologia e, obviamente, a histria. Por fim, trata-sede uma sucinta reviso bibliogrfica que pretende traar um apanhado geral sobreos estudos acerca da masculinidade, sendo especialmente indicado especialmentepara novos pesquisadores ou interessados no assunto.

    PALAVRAS-CHAVE: masculinidades, gnero, multiplicidade, historiografia.

    Focar a masculinidade enquanto objeto de reflexo terica, no

    campo historiogrfico nacional, ainda significa uma perspectivainovadora. A problematizao do conceito de masculinidade e suasimplicaes scio-histricas foi sistematicamente tangenciada namedida em que se fixou a idia da existncia de uma nicamasculinidade hegemnica baseada na dominao e no poderinquestionvel do patriarca. Trata-se de uma lacuna historiogrficaonde o conceito de masculinidade foi compreendido antes como umaconsolidao ou uma permanncia natural (o que Bourdieu chamariade dxa) do que uma construo de gnero passvel de serproblematizada. Os esforos para pr em discusso essa concepodespercebida so recentes no interior das cincias humanas e aindamais recentes na historiografia nacional, por isso, nessa discussoinicial, o presente estudo vem problematizar a masculinidade no

    1 Integrante do grupo PET Histria UFPR e discente do curso de Histria daUniversidade Federal do Paran.

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    campo histrico-social, atravs da busca por uma interpretao daconstruo das noes de masculinidade(s) especialmente no campoacadmico, atravs da reviso bibliogrfica em busca da forma em

    que esses assuntos foram abordados no interior das Cincias Sociais,em especial, na historiografia.

    A alternativa que adoto para debater a construo da(s)masculinidade(s) e seus estudos referentes trabalhar com umapossvel aproximao terico-conceitual entre a Histria e os outroscampos das Cincias Humanas, especialmente Sociologia,Antropologia, Filosofia, Letras e Psicologia. Utilizo essa abordagem

    dada a observao de que a masculinidade atualmente um campo deestudos de todos e de ningum, ou seja, as abordagens mais frteisdo assunto so realizadas tomando em conta um estudointerdisciplinar, o que simultaneamente torna tais estudos maiscomplexos e aprofundados.

    A masculinidade, desde os estudos evolucionistas sculoXIX, vem sendo estudada a partir de modelos naturalistas que ainterpretam enquanto uma conseqncia biolgica da formao

    humana, ou seja, foi vista como sendo puramente sexual-biolgica,delimitada pela posse ou no de um objeto fsico, a saber, o pnis.Com isso, foi se institucionalizando atravs dos discursos tcnico-cientficos tanto na sociedade quanto na academia a concepo deque a personalidade e as aes sociais dos homens seriam delimitadaspor sua aparelhagem fsica, e que a diferena entre os sexos era frutode uma estrutura natural inquestionvel.

    O primeiro campo de estudos a questionar parte dessaconcepo naturalista foi a psicanlise: A tese freudiana doComplexo de dipo foi um mote influente, criou-se a concepo deque a masculinidade formada de acordo com as relaes familiares,especialmente quando a criana deseja sexualmente o progenitor dosexo oposto e percebe o progenitor do mesmo sexo enquanto seurival, segundo a psicanlise um dos fatores que formariam amasculinidade do menino seria o medo de que o pai proceda a

    castrao como represlia por seu desejo pela me. O Complexo de

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    dipo s teria final quando o menino reconhecer seu papel e aoabrir mo do desejo pela me, ganhando acesso ao mundo viril do paie a todas as outras mulheres. Tambm Lacan (2008) foi

    paradigmtico na interpretao psicanaltica da masculinidade quandoseccionou a interpretao do Complexo de dipo em trs tempos: oprimeiro o relacionamento filho-me, o segundo a entrada do paina relao e o terceiro configura o declnio do Complexo pelarenncia materna da criana atravs da identificao com o pai(portador fsico e simblico do falo). Embora essa concepo noconcebe como biolgica a construo da masculinidade, ainda assim

    naturaliza e essencializa a distino dos papis sexuais atravs de umaexplicao delimitada no jogo das relaes familiares. Lacan tambmprops a tese de que o falo (por falo no se refere necessariamente opnis, trata-se de um falo simblico, no fsico) demanda uma cargade legitimidade, afirmando o masculino (captador do falo) sob asdemais sexualidades (que abrem mo do falo). Para Lacan, a mulhertambm possuidora do falo, mas a partir do momento que trava umarelao sexual com um homem, abre a me do seu falo para legitimar

    o falo do homem que a penetra. notvel a compatibilidade entre asinterpretaes psicanalticas de Lacan com os estudos de Peter Fry2quando comenta que imaginrio brasileiro categoriza o homematravs da atividade ou da passividade na relao sexual, onde s legtimo o homem que penetra, independentemente qual corpo(pode inclusive penetrar outro homem e manter sua masculinidade), j o penetrado perde seu status de homem. Trata-se de umahierarquia de dominao e submisso onde um ndice deatividade/passividade permeia a construo do ser masculino.

    O historiador Albuquerque Jr. critica a interpretaopsicanaltica da masculinidade, uma vez que ela ope a experincia-de-ser-homem experincia-de-ser-mulher, reproduzindo uma visocontraposta e binria dos gneros. Muitos estudos feministas tambm

    2 FRY, Peter. Pra ingls ver: Identidade e poltica na cultura brasileira. Rio deJaneiro: Jorje Zahar, 1982.

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    lanam crticas a interpretao psicanaltica, especialmente afreudiana, ao passo que se baseia no pressuposto naturalizante de umafamlia heterossexual, nuclear, monogmica, legitimando um modelo

    ocidental e burgus de construo familiar, o que acaba pornaturalizar uma norma discriminatria onde os no enquadrados nomodelo proposto (por exemplo: homossexuais e poligmicos) soclassificados enquanto anmalos, desviantes da normatizao.3

    A crtica feminista da segunda metade do sculo XX foitambm a principal delatora da concepo essencialista desexualidade, levantou-se a compreenso de que os sexos no definem

    os comportamentos sociais, mas sim os gneros, que eramconstrudos e delimitados culturalmente e socialmente (euadicionaria: tambm subjetivamente) de acordo com a clssica frasede Simone de Beauvoir no se nasce mulher, torna-se mulher.4 Issoabriu espao para que se pensasse na construo social dos gneros,questionando os papis sexuais antes vistos como naturais. Taldiferenciao entre sexo e gnero de fundamental importncia paracompreenso da masculinidade, uma vez que tambm a

    masculinidade passou a ser compreendida como uma construosocial. A partir desse momento nega-se o argumento de que oscomportamentos de gneros se constroem naturalmente, visodefendida pelo discurso tcnico-cientfico, agora percebido comodefensor de uma posio poltico-ideolgica.

    Karen Giffin aponta que os primeiros estudos feministasrecusaram a participao dos homens e dos mens studies poisalm de estar se consolidando enquanto um campo delimitado asfeministas consideravam que os homens eram os nicos beneficiadospelo sistema de gnero, assim, no passveis de serem estudados pelanova abordagem que pretendia dar voz s mulheres.5

    3 CITELI, Maria Teresa. Fazendo diferenas: teorias sobre gnero, corpo ecomportamento.Revista de Estudos Feministas, Florianpolis, v. 9, n. 1, 2001.4 BEAUVOIR, S. O segundo sexo. So Paulo: Difuso Europia do Livro, 1970.5 GIFFIN, Karen.A insero dos homens nos estudos de gnero: contribuies deum sujeito histrico. 2005.

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    Na histria, uma perspectiva semelhante tambm foi adotada,a exemplo, pela historiadora Michelle Perrot. Sua acertadainterpretao de que o corpo feminino havia sido enclausurado no

    espao privado e que a historiografia somente referiu-se ao espaopblico considerava que a histria no deu voz s mulheres, poisprivilegiava a histria dos homens. Porm, sua abordagem dahistria dos excludos no problematizou a masculinidadejustamente por considerar que, enquanto unicamente dominantes, oshomens nunca poderiam ser considerados como excludos. Emboraesse veto do feminismo e da histria dos excludos foi uma demanda

    produtiva e at necessria para aquele contexto, a prpria estudiosaGiffin concorda que isso auxiliou na consolidao de uma viso demundo baseada na oposio entre razo e emoo, objetividade esubjetividade, feminino e masculino. Reproduzindo uma tica degnero binria e reducionista.6

    Os estudos acerca da masculinidade, embora modestos desdeas dcadas de 50 e 60, acabaram ganhando relativa proporo nadcada de 70 e se difundiram especialmente na dcada de 80 nos

    pases anglo-saxes. Segundo Arilha, j em 1979 somavam 1.300trabalhos acerca da masculinidade somente no Instituto Tecnolgicode Massachusetts.7 Desta vez, tais estudos foram aceitos, assumidos eimpulsionados por uma ampliao e renovao no campo deabordagem dos estudos feministas. Tambm foram lanadas algumasteses cunhadas por estudos Gays. Com esses fatores, cresce o numerode homens dedicados reflexo de sua prpria existncia. SegundoGiffin nesse momento h um sentimento de culpa earrependimento, onde o homem auto-avaliado como opressor nasrelaes de gnero e poder.8 A violncia entra como uma discussoprivilegiada nessa ocasio, uma vez que entendida como um poder

    6 GIFFIN, Karen. Op. cit.7ApudCECCHETTO, Ftima Regina. Violncia e estilos de masculinidade. Rio deJaneiro: FGV Editora, 2004.8 GIFFIN, Karen.Idem.

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    ideal viril de masculinidade. Nesse impasse concentraram-se grandeparte dos debates muitos ainda atuais acerca da masculinidade.

    Algumas propostas foram apresentadas para superar essa

    querela. Estudiosos brasileiros como Pedro Paulo de Oliveira,acreditam que tais oposies devem ser relativizadas de acordo com oestrato social dos homens estudados. Para o autor, nos baixos estratosmantm-se a viso valorativa dos elementos constitutivos do discursomasculino, diferentemente das crises presentes nos homens dasclasses mdias e altas, freqentadores de consultrios psicolgicos.

    A historiografia, especialmente nos anos 90 e na presente

    dcada, tambm buscou meios para a superao das oposies criadaspelos debates acerca da masculinidade e suas relaes inter-gnero.Durval Muniz de Albuquerque Jr. buscou compreender amasculinidade a partir de uma perspectiva singular: dentro doprocesso de formao identitria regionalista da figura donordestino.10 Tambm Maria Izilda Souza Matos mostra anecessidade histrica de se relativizar a contraposio demasculinidade dominante contra masculinidade vitimada em seu

    estudo acerca do homem e o sofrimento de amor a partir do cantorromntico Lupicnio Rodrigues (1996). Para a pesquisadora:

    Essa universalizao impe dificuldades de se trabalhar com amasculinidade, que varia de contexto para contexto, sendo, portanto,mltipla, apesar das permanncias e hegemonias. Assim, sobrevm apreocupao em desfazer noes abstratas de homem enquantoidentidade nica, a-histrica e essencialista, para pensar a masculinidadecomo diversidade no bojo da historicidade de suas inter-relaes,

    rastreando-a como mltipla, mutante e diferenciada no plano dasconfiguraes de prticas, prescries, representaes e subjetivaes.11

    10 ALBUQUERQUE JUNIOR, Durval Muniz.Nordestino: Uma Inveno do Falo.Macei: Edies Catavento, 2003.11 MATOS, Maria Izilda Santos de. Por uma Histria das Sensibilidades: Em Foco:A Masculinidade.Histria Questes & Debates, Curitiba, v. 34, 2001, pp. 45-63. p.47.

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    Diante dessa afirmao podemos delinear uma tendnciahistoriogrfica que trata a masculinidade de acordo com asingularidade, a subjetividade e a multiplicidade.

    O pesquisador australiano Robert Connell que forneceu asbases para tais constataes historiogrficas ao conceituar amasculinidade enquanto uma configurao de prtica em torno daposio dos homens na estrutura das relaes de gnero.12 Podemosdestrinchar o conceito de Connell ao perceber que quando se refere aconfiguraes prticas fala de aes reais, e no do que esperado,imaginado ou estipulado. Quando se refere a prtica comenta que a

    ao formadora da masculinidade tem uma racionalidade proposital eum sentido histrico definido. Quando se refere a posio doshomens se refere s relaes sociais, mas tambm corporais, noexcluindo a carga simblica e fsica da corporalidade dos homens naformao da masculinidade. E, finalmente, ao se referir a estruturade relaes de gnero utiliza a palavra gnero em sentido amplo,compreendendo economia, estado, famlia, sexualidade, poltica,nao, sendo o gnero sempre uma estrutura contraditria.13

    Atravs dessa conceituao o autor chega a concluso de que nopodemos falar em somente uma, mas em diversas masculinidadessocial-historicamente construdas, sendo uma delas a portadora de umstatus de hegemnica e as demais masculinidades perifricas asconcorrentes ou afirmadoras dessa. O estudioso Michael Kimmeltratou de mapear as diversas masculinidades hegemnicas construdasno decorrer da histria dos Estados Unidos com isso, comenta que asmasculinidades se tornam hegemnicas dentro de um modelo deoposio, na negao da feminilidade, mas tambm e principalmentedos demais modelos de masculinidades concorrentes, trata-se de umarelao de poder homosocial onde se constri a hegemonia masculina

    12 CONNELL, Robert. Polticas da Masculinidade. Educao e Realidade, PortoAlegre. Vol. 20 (2), 1995. p. 188.13 CONNELL, Robert.Idem, p. 189.

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    de acordo com a supresso e subalternidade das masculinidadesconcorrentes.14

    Cria-se atravs desse discurso um conceito mais abrangente,

    pluraliza-se a masculinidade que passa a ser mais bem empregadacomo: Masculinidades no plural, a exemplo do livro de MonicaRaisa Schpun.15

    importante que sejamos cautelosos ao observarmos queainda parece cedo demais para tomarmos um campo historiogrficodas masculinidades enquanto constitudo, pois os estudos ainda soescassos para alcanarmos um debate mais aprofundado,

    especialmente na historiografia nacional. Tambm podemos notarcerta incomunicabilidade entre as diversas cincias humanas, que hpouco tempo esto iniciando estudos realmente interdisciplinares.

    Podemos afirmar e isso parece unanimidade dentre oshistoriadores que as masculinidades no podem ser estudadas, nementendidas, por si s. Diversas outras estruturas e instituiessociais devem ser levadas em conta nos estudos masculinos, como:etnia, classe social, nacionalidade, gerao, temporalidade,

    territorialidade, dentre diversos outros fatores altamente relevantesque no devem ser suprimidos numa pesquisa histrica. SegundoConnel, para entendermos o gnero, precisamos constantemente iralm do gnero.16 Devemos fugir de qualquer acusao binria oureducionista ao estudar esse assunto to debatido e aindadespercebido estudando a partir da multiplicidade da existncia dediversas masculinidades, isso faz do campo de estudos masculinos umespao frtil para abordagens histricas e interdisciplinares.

    14 KIMMEL, Michael. A produo simultnea de masculinidades hegemnicas esubalternas". Horizontes Antropolgicos Corpo, Doena e Sade. Porto Alegre.Programa de Ps-Graduao em Antropologia Social da UFRGS, n. 9, pp. 103-117,1998.15 SCHPUN, Mnica Raisa (Org.).Masculinidades. So Paulo: Boitempo, 2004.16 CONNELL, Robert. Polticas da Masculinidade. Educao e Realidade, PortoAlegre. Vol. 20 (2), 1995.

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