Madre Teresa de Calcutá - Núcleo de Estudos … · 2017-06-28 · Grandes Pioneiros grandes...

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PROIBIDA A VENDA Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 11 - nº 107 - Setembro/2010 Distribuição Gratuita Nesta Edição : Faça o Melhor Lamentemos Menos Livros: Monte Acima; Chico Xavier em Pedro Leopoldo Madre Teresa de Calcutá Segunda Parte O Mal que Ainda Há em Nós... Os que dizem: Senhor! Senhor!

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PROIBIDA A VENDA

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 11 - nº 107 - Setembro/2010Distribuição Gratuita

Nesta Edição:Faça o MelhorLamentemos MenosLivros: Monte Acima; Chico Xavier em Pedro Leopoldo

Madre Teresa de CalcutáSegunda Parte

O Mal que Ainda Há em Nós...Os que dizem: Senhor! Senhor!

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Na “atmosfera” do Brasil, notamos hoje a grande maioria das pessoas permane-cendo nas faixas mais baixas dos ideais morais e cristãos.

Na época que antecedeu a Jesus, a humanidade estava dividida entre o governo, clero e plebe, onde os mais fortes exerciam poder sobre os mais fracos que eram escravizados e subjugados pelo império e sacerdotes do templo.

Infelizmente, as regiões que receberam o Salvador (denominação comum na época, quando esperavam alguém que os salvasse, permanecendo numa condição passiva), desviaram os ensinamentos para o fanatismo e poder decadentes. Mesmo a Europa, berço do saber e da intelectualidade, resvalou para caminhos obscuros da fenomenologia, diversão, relegando vasto material recebido por Allan Kardec.

Lembremos que para o território brasileiro foi concedida a oportunidade de rece-ber pessoas dos diversos continentes, fraternalmente, tal qual Jesus pontuou como Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, renovando a esperança com mudanças na humanidade, dependendo do esforço de cada um.

Novas oportunidades a promover aquisição de valores morais e cristãos. Quantos pioneiros contribuíram para o engrandecimento desta Terra e valorização do povo!

E agora? Impera a viciação no comodismo, conduzindo o povo para total ignorân-cia, relegando a integridade, a dignidade e a honra.

Porém, hoje não são mais impostos esses desatinos ao povo, pois este tem a chance de escolher seu ideal, mas não o faz de forma digna, escravizando-se à es-colaridade funesta, mantendo-se na ociosidade conveniente, através de benefícios dosados de forma oculta, como veneno fatal, agindo paulatinamente, a denegrir as possibilidades de cada um. A comodidade, o instinto do privilégio, das vantagens imediatas, leva nosso povo a mergulhar nos charcos da ignorância, incapacidade e submissão.

É preciso disciplina e dignidade para que seja conquistado o respeito ao povo, contudo, esse mesmo povo tem que iniciar, dentro do seu íntimo, a sementeira dos princípios verdadeiros que Jesus nos trouxe pessoalmente e através de vários emis-sários.

Jesus, muito além de Salvador, vem como Mestre, Educador, ensinando e exem-plificando as máximas rumo à evolução a caminho do Pai.

Já dizia Mahatma Gandhi “A dignidade pessoal e a honra, não podem ser protegi-das por outros; devem ser zeladas pelo indivíduo em particular”.

O momento reclama reunir forças morais, intelectuais e espirituais, individualmen-te, modificando nossas tendências inferiores, e executar da melhor forma possível nossas possibilidades nesta experiência.

Equipe Seareiro

Editorialeditorial

Índic

e

Publicação MensalDoutrinária-espírita

Ano 11 - nº 107 - Setembro/2010Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40

CCM: 39.737Seareiro é uma publicação mensal, destinada a expandir a divulgação da Doutrina Espírita e a manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. Conceitos emitidos nos artigos assinados refletem a opinião de seu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

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Antonio Ceglia RibeiroCladi de Oliveira Silva

Fátima Maria GambaroniGeni Maria da Silva

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Reinaldo GimenezRoberto de Menezes Patrício

Rosangela Araújo NevesSilvana S.F.X. Gimenez

Vanda NovickasWilson Adolpho

Jornalista ResponsávelEliana Baptista do Norte

Mtb 27.433Diagramação e Arte

Reinaldo GimenezSilvana S.F.X. Gimenez

Imagem da Capahttp://margaridasempapel.files.wordpress.

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ImpressãoVan Moorsel, Andrade & Cia Ltda

Rua Souza Caldas, 343 - BrásSão Paulo - SP - (11) 2764-5700

CNPJ: 61.089.868/0001-02Tiragem

12.000 exemplaresDistribuição Gratuita

Grandes Pioneiros: Madre Teresa de Calcutá - Segunda Parte - Pág. 3Clube do Livro: Chico Xavier em Pedro Leopoldo - Pág. 9Tema Livre: Amai-Vos e Instruí-Vos - Pág. 9

Moral e Ética - Pág. 10Lamentemos Menos - Pág. 11

Aconteceu: Chá Beneficente - Pág. 11Canal Aberto: O Mal que Ainda Há em Nós... - Pág. 12

Aos Olhos de Deus - Pág. 12Medos - Pág. 12

Família: Aborto - Pág. 13Kardec em Estudo: Os que dizem: Senhor! Senhor! - Pág. 14Cantinho do Verso em Prosa: Essa Velhinha - Pág. 16Livro em Foco: Monte Acima - Pág. 16Pegadas de Chico Xavier: Os “Privilégios” de Chico Xavier - Pág. 17Mensagem: Faça o Melhor - Pág. 17Contos: Um Grito de Cólera - Pág. 18Calendário: Setembro - Pág. 19

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

Madre Teresa de CalcutáSegunda parte

Junto ao arcebispo, Monsenhor Ferdinand Périer, final-mente Irmã Teresa redigiu a carta endereçada a Roma e alguns meses depois ela recebeu a autorização do Vaticano pelo Papa Pio XII, para deixar a Congregação das Irmãs de Loreto. Assim mesmo, Irmã Teresa permaneceu na Congre-gação até o final do ano letivo. Foram difíceis as despedi-das das alunas que a queriam muito bem, pelo fato de sua dedicação não ser apenas como professora e orientadora, mas pelo seu carisma, sua bondade e compreensão. Sua ausência seria muito triste para as alunas e as Irmãs da Congregação.

Deixando Loreto, Irmã Teresa foi para Patna. Inscreveu--se em um curso básico de enfermagem. Esse curso era ministrado pelo famoso hospital “American Medical Sisters” ou “Medical Missionary Sisters” (Irmãs Médicas Missioná-rias). Dessa forma, ela saberia como lidar com os doentes e os desvalidos pela fome, jogados ao relento. Pensava Irmã Teresa: “Para entrar nos barracos pobres não preciso de titulo acadêmico”. Completando o curso de enfermagem no ano seguinte, no mês de dezembro, ela retorna a Calcutá. Andando pelas ruas, Irmã Teresa pensava: “É a primeira vez que me vejo sem abrigo. Não estou mais em Loreto e nem tenho um teto onde ficar”.

De imediato, Teresa se recompõe e fala consigo mesma: “Não estou só, confio em Deus e na sua Providência Divina. Ele me abrigará e a seus filhos abandonados, pela falta de humanidade e amor”.

Nesse instante, um sacerdote para em sua frente e pede--lhe um donativo para uma boa causa. Ela estava com pou-cas rúpias, pois já havia dado algumas para os pobres que

encontrara. Porém, tomando as últimas que estavam nos bolsos, entregou-as ao sacerdote. Ao entardecer, após ter amparado alguns doentes da rua, abrigando-os nos cantos da calçada, refletia que estariam mais protegidos do caos das ruas, cujo trânsito era muito complicado. Depois de um dia de muito trabalho, quando pensava encontrar um lugar para descansar, defronta-se com o mesmo sacerdote a quem entregara as últimas rúpias. Este, ainda ofegante para alcançá-la, tendo nas mãos um envelope, entrega-o à Irmã Teresa, dizendo: “Senhora, um homem desconhecido pro-curou-me e pediu para que eu passasse às suas mãos este envelope. Dissera-me que sabia de seus projetos para com os pobres de Calcutá e ele gostaria muito de poder ajudá--la”. Irmã Teresa, abrindo o envelope, encontra um donativo de cinquenta rúpias. Com lágrimas nos olhos, ela pede ao sacerdote que agradeça ao homem desconhecido. Para ela, Deus havia mandado o recado, seguir em frente, ajudando aos desvalidos, pois com a firmeza da fé, a Providência de Deus não lhe faltaria.

Seus projetos para com a futura Congregação tomavam conta de sua mente, e seria denominada “As Missionárias da Caridade”. Tinha certeza que encontraria mais almas boas para ajudá-la. Não sabendo onde poderia passar a noite, lembrou-se de seu confessor, o padre Jesuíta Celes-te Van Exem. Ele fora o primeiro a dar-lhe as boas vindas em Loreto. Agora, padre Exem também fora enviado a Cal-cutá, para ajudar os missionários a educar os meninos no “Xavier’s College”. Ouvindo-a, o padre Exem lembrou-se do “Asilo São José”, das Irmãzinhas dos Pobres. Disse-lhe que tinha certeza de que as irmãs que administravam o Asilo

não se oporiam a alojá-la, até que Ma-dre Teresa pudesse alugar uma casa. Agradecida pela ajuda, ambos dirigi-ram-se ao Asilo São José. As irmãs acolheram-na com carinho.

A principal avenida de Calcutá, Chowringhee Avenue, em 1945, Índia3Órgão divulgador do Núcleo de Estudos

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No dia seguinte, resolvido o seu problema, ela saiu pe-los arredores com alguma comida e remédios que as irmãs do Asilo São José lhe deram, assim como alguns curativos para as feridas dos moribundos. Após servir aqueles que estavam cobertos de mosquitos e chagas abertas, e que estavam jogados nos chamados locais de “lixo”, onde nin-guém passava com medo do contágio de doenças infec-tas, Irmã Teresa orou por eles, pedindo o amparo de Deus. Depois seguiu para o parque “Motijhil”, onde encontrou um grupo de meninos sujos, que brincavam num horário que deveriam estar na escola. Aproximou-se e perguntando o porquê não estavam nas salas de aulas, ouviu a resposta de um deles: “Nós não podemos frequentar a escola. Nós vivemos nas ruas. Dormimos aqui nos bancos do parque”.

Irmã Teresa pergunta-lhes então: “E a comida? Como vocês se alimentam?” Respondeu-lhe outro: “Se ninguém nos dá um pedaço de pão, nós roubamos nos mercados livres e bebemos a água dos cavalos, que os donos deixam embaixo das árvores”. Irmã Teresa sentiu que o trabalho se-ria bem maior do que esperava contar. E conversando com os meninos, conquistando a confiança deles, Irmã Teresa reuniu-os à sombra de uma árvore, contando, em forma de história, a vinda de Jesus à Terra. Viu que estes se empol-gavam. Porém, vendo-os tão sujos, ela num certo momento, falou:

— Sei que vocês estão com fome, mas antes de comer alguns biscoitos que estão nesta sacola, eu proponho que todos lavem as mãos e o rosto, querem?

As crianças aceitaram de imediato, mas, como lavar-se, perguntou um deles. Irmã Teresa respondeu: “Vamos procu-rar o vigilante do parque e pediremos a ele o favor de abrir o registro de água. Com isso, as torneiras do parque nos darão a água necessária e depois agradeceremos ao vigi-lante e voltaremos aqui para um belo piquenique”. E, com a alegria das crianças, assim foi feito. Irmã Teresa conseguira dar a eles a primeira noção de higiene.

Após despedir-se, com abraços das crianças, ela prometeu que voltaria no dia seguinte. Foram mui-tos dias que se sucederam ao primeiro e, nas vésperas desse Natal, Irmã Teresa já alfa-betizara mais de quarenta crianças, sob as sombras das árvores. Antes de terminar o ano de 1948, uma pessoa que havia conhe-cido Teresa de Calcutá, quando morava em Loreto, alugou uma casa nas proximidades do parque, para que ela pudesse abrigar seus alunos. Esse aluguel fora permutado por aulas para as crianças das redes públicas.

Aos poucos, o movimento que Irmã Teresa realizava foi crescendo. As ex-alunas, quando souberam que a querida professora estava de volta e cuidando de uma comunidade prati-camente ao ar livre, juntaram-se a ela. Irmã Teresa agradecia a Deus por essa ajuda espontânea das meninas. E uma a uma, formaram a futura Congregação da Irmã Teresa, que ainda não tinha sido reconhe-cida pela Santa Sé. Mas, a dedicada dis-cípula do Cristo já começara a elaborar os estatutos das futuras “Missionárias da Caridade”. E nesses estatutos, além do que era obrigatório pela lei eclesiástica, ela acrescentara: 1º obediência, 2º pobreza, 3º castida-de; e mais um, que para ela era o

principal item, a “Caridade”.Madre Teresa ensinava suas ajudantes logo após as ora-

ções matinais: “Não pedimos a ninguém que nos faça a ca-ridade. Deveremos ir até os necessitados. Não importa que sejam hindus, muçulmanos ou cristãos. Todos somos filhos de Deus e algo bom e digno deveremos fazer por ‘Ele’”. E completava com essas palavras: “Ofertem até que lhes fira, pois o amor verdadeiro fere. A cruz feriu Jesus”.

No final do ano de 1948 foi concedida a nacionalidade indiana à Madre Teresa de Calcutá.

A luta desse espírito empreendedor continuava junto às ex-alunas que procuravam seguir aqueles passos firmes, levando um pouco de consolo ao grande número dos rejei-tados pela sociedade e pela indiferença dos bem conceitu-ados na vida.

Teresa, a querida irmã entre todas as missionárias, prin-cipalmente aquelas ex-alunas que se agregaram a ela no ardoroso trabalho assistencial, aderiu ao traje comum entre as mulheres indianas.

A Irmã Teresa passou a vestir-se do sári usual na Índia, abandonando o hábito da Congregação de Loreto. Adotou um sári branco com faixas azuis, simbolizando a paz e ho-menageando a Virgem Maria e o seu manto divino. Em seu ombro, uma pequena cruz. Dizia às suas auxiliares que dessa forma não estariam humilhando aos carentes, mas sim levando respeito e carinho em nome do Senhor Jesus. Completamente desprendida dos bens terrenos, ensinava às jovens missionárias que deveriam ter apenas o neces-sário, tais como: um prato com uma tampa, uma troca de roupas, uma troca de roupas íntimas, um par de sandálias, um pedaço de sabão, um travesseiro e um colchonete, dois lençóis e um balde metálico. Dessa maneira, se precisas-sem atender algum caso grave a distância, a mudança seria fácil e rápida, pois todos os pertences poderiam ser levados nas mãos.

Irmã Teresa, como fazia todas as manhãs, saía para prestar socorro aos desvalidos e, com a ajuda das ir-

mãs missionárias, os trazia para o abrigo. Porém, ao chegar ao portão ouviu o seguinte: “Querida

irmã perdoe-me, mas creio que não temos como abrigar mais ninguém aqui. O nosso cômodo está lotado, não temos onde dormir e nem

como cuidar dos doentes”. Irmã Tere-sa ouvia apreensiva o que lhe comu-

nicava uma de suas ajudantes. Ela já sabia do fato, por isso respon-deu: “Vamos ter fé, minha filha. Jesus nos auxiliará”. E seguiu seu caminho para cuidar dos doentes que encontrava pelas ruas. Após ter atendido a várias pessoas, ela deparou-se com uma mulher jogada na sarjeta. O quadro era terrível. O corpo da pobre anciã mostrava mordidas de ratos e estava cheio de formi-gas e mosquitos. A pobre gemia, sem poder movimentar-se. Irmã Teresa, vendo o triste estado daquele ser, não teve dúvidas; conseguiu um carrinho de mão, cedido por alguns homens que transportavam pequenas cargas para os comerciantes locais, e, com a ajuda deles, ergueu o po-

5Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

bre corpo inanimado e conduziu-a ao hospital mais próximo. De forma alguma queriam prestar socorro. Irmã Teresa pôs--se a falar alto e gesticular exageradamente para chamar atenção. Com isso, ela conseguiu que a mulher fosse enca-minhada ao ambulatório para receber os curativos precisos. Porém, ali não poderia ficar e Irmã Teresa teve que recorrer ao padre Exem, seu confessor, para abrigar a mulher.

O padre Exem, ao ver a Irmã chegar, acompanhada pela doente toda enfaixada, pôs a mão na cabeça e falou:

— Meu Deus! Irmã Teresa, conheço seu trabalho e seu senso de caridade, mas por favor seja mais comedida!

Teresa nada pronunciou, apenas colocou a mulher no ca-tre, que algumas vezes fora seu leito, e agradecendo ao padre, despediu-se prometendo voltar no dia seguinte.

Voltando às ruas, entre as demolições de várias casas, ouviu alguém pedindo socorro. Teresa, de imediato, come-çou a procurar e, atraída pela voz, encontrou outra mulher em terrível estado terminal. Abaixando-se para ouvir o que ela dizia em sussurros: “Foi... foi meu filho... que me jogou nestes escombros... eu me tornei... um peso... para ele”. Irmã Teresa só pôde fechar os olhos desse coração mater-no. Orou a Jesus para que, no futuro, o filho não tivesse o mesmo fim.

Saindo do local onde outros buscavam sua ajuda, mos-trando corpos cadavéricos, Irmã Teresa parou ali mesmo, em frente a tanto desprezo dos que por ali passavam, sem demonstrar qualquer compaixão. Olhando para o céu falou: “Senhor por piedade, como atender e abrigar este grande número de moribundos?” E continuou o seu desabafo a Je-sus: “Por vezes, creio que o Senhor nos abandonou. Esta-mos praticamente sem abrigo. Não temos rúpias para alu-garmos um depósito qualquer. Senhor, não sei como voltar e falar às missionárias que a nossa instituição está falida, sem mesmo ter começado, pelas bênçãos do Vaticano”.

Irmã Teresa não havia reparado que enquanto se dirigia a Jesus, andava. E qual não foi sua surpresa, quando obser-vou que estava em frente à secção de higiene da Câmara Municipal de Calcutá. Num impulso, pensou: “É aqui... aqui pedirei uma solução para o problema. Foi Jesus... foi o Se-nhor que me encaminhou para buscar ajuda na prefeitura local”.

E, num ato de arrependimento por sua falta de fé, pe-

diu perdão ao Senhor, pela sua atitude de minutos atrás. Irmã Teresa, renovada e esperançada, adentrou à sala de atendimento ao povo. Após algumas horas, expôs o assun-to sobre a falta de moradia aos abandonados. Tanta foi a ênfase colocada em suas palavras, que lhe foram ofertados dois imóveis, dos quais escolheria um, que seria a casa que procurava para os seus propósitos. Um deles, mais adequa-do, limpo, pronto para ser ocupado, ficava nos subúrbios de Calcutá. O outro, mal conservado, sujo, ficava no centro da cidade e ao lado do templo da deusa Kali, considerada a protetora de Calcutá. Após visitá-los, Irmã Teresa, prefe-riu o imóvel próximo ao templo, isto porquê, conhecendo os indianos e sua crença, eles, por certo, sentindo a aproxima-ção da morte, iriam preferir morrer sob olhares da deusa Kali.

O local estava em péssimo estado. Mas, juntas, as irmã-zinhas missionárias começaram de imediato o trabalho de restauração. Em pouco tempo estava tudo em ordem. To-madas as providências em busca de catres, colchões, rou-pas etc., de que precisariam, Irmã Teresa estava feliz. Junto de seu confessor, o padre Exem e do padre Julien Henry, que também simpatizou com a dedicação de Irmã Teresa, conseguiu o necessário para acolher os “pobres de Calcu-tá”, como denominava Irmã Teresa.

Essa casa, em tempos passados, servia de dormitório aos peregrinos que chegavam a Calcutá. Irmã Teresa deu--lhe o nome de “Casa do Moribundo”, que seria então o lar dos desvalidos. Nessa nova propriedade pôde Irmã Teresa desdobrar o atendimento aos doentes. Começou a recolher e medicar os que apresentavam o vírus H.I.V., a Aids, e tam-bém os leprosos. Teresa de Calcutá dava continuidade à sua obra iniciada após ter conhecido o Mestre Jesus, como Maria Madalena, reunindo os leprosos que eram jogados no vale dos “imundos”.

Tudo parecia transcorrer com mais tranquilidade para Teresa e as missionárias, no grandioso trabalho que de-senvolviam. Mas, muitos habitantes dessa região que eram chamados de “bonzos”, isto é, os encarregados do culto à deusa Kali, achavam que a Irmã Teresa estava profanando aquele lugar sagrado. Começaram a perseguir todos os pas-sos e atitudes tomadas pelas missionárias, tendo como alvo principal a Irmã Teresa. As crianças e os adultos, ali acon-chegados sob seu teto, sofriam, sem saber, forte esquema

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas

3ª e 6ª, às 15 horasDomingo, às 10 horas

Artesanato: Sábado, das 10 às 17 horas

Atendimento às Gestantes: 2ª, às 15 horas na nova sede (Rua dos Marimbás, 220, Jd. Guacuri, São Paulo)

Evangelização Infantil: ocorre em conjunto com as reuniões

Terapia de apoio espiritual aos dependentes químicos e doentes em geral: 6ª, às 19h30

Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h453ª e 6ª, às 14h45

Treino Mediúnico: 5ª, às 20 horasRua das Turmalinas, 56 / 58

Jardim Donini - Diadema - SP - Tel.: (11) 2758-6345

LIVROS ESTUDADOSO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; A Gênese – Allan Kardec; Missionários da Luz – André Luiz*O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador – Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan KardecO problema do ser, do destino e da dor – Léon Denis; Viagem Espírita em 1862 – Allan Kardec; Das Leis Morais – Roque JacinthoO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Emmanuel – Emmanuel*; Seara dos Médiuns – Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan KardecO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; Os Mensageiros – André Luiz*; Vida Futura – Roque JacinthoO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro de mensagens de Emmanuel*

DIA2ª

Domingo

*Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier

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de espionagem. Por várias vezes o local foi apedrejado com tentativas de invasão pelo bonzos mais fanáticos. Porém, o coração de Irmã Teresa, sempre voltado para Deus, mantinha a cal-ma. Transmitia aos doentes e às missionárias a confian-ça de que, através da prece e da fé, nada lhes aconte-ceria. Porém, por ordem do líder dos bonzos, foi desig-nado um espião para matar Irmã Teresa, na primeira ocasião em que ela esti-vesse sozinha. Quando ela teve a certeza do fato, que sabia poder acontecer, procurou o chefe dos bonzos, para lhe dizer: “Se quiser, pode me matar agora mesmo, não precisa esperar dia propício para isso. Apenas peço-lhe que não cause mal aos moribundos, que já sofrem tantas amarguras. Muitos estão apenas espe-rando o chamado de Deus para partirem”.

O líder dos bonzos não precisou responder porque, nes-se exato momento, o espião encarregado de matar Irmã Teresa adentrou o local e falou com emoção: “Senhor, Dei-xemos essa mulher em paz. Tenho vigiado seus passos e confesso que o trabalho que desenvolve me dá a impressão de ver a própria deusa Kali em ação. Todas as mulheres do Templo de Kali deveriam aprender a servir à deusa, como faz esta santa mulher”. A partir desse dia, o líder dos bonzos e outros encarregados do templo, tornaram-se amigos de Irmã Teresa.

E essa amizade firmou-se ainda mais, quando um deles contraiu tuberculose. Irmã Teresa deu-lhe abrigo e cuidados com o tratamento para reprimir um pouco a doença que, por essa época, era certo, o levaria ao óbito. Irmã Teresa tudo fez para curá-lo, envolvendo-o em suas orações. A reação do enfermo era de revolta. Quando os companheiros vinham visitá-lo, ele blasfemava contra Deus, dizendo ser condena-do por Ele, por acompanhar os sacerdotes do Templo Kali, e por querer expulsar a Irmã Teresa e os doentes desse local. Mas, Irmã Teresa estava sempre por perto, procuran-do acalmá-lo e pedindo que rezasse com ela. E sua atitude era de colocar suas mãos na cabeça confusa do enfermo, que aos poucos se acalmava. Com o progresso da recupe-ração, o moribundo, já pedia as bênçãos de Irmã Teresa. E, em seus últimos dias de vida terrena junto de Irmã Teresa, orava com ela o Pai Nosso. Assim, o desencarne o alcança numa manhã, onde vários bonzos ali se encontravam ao redor do catre e, ante o último suspiro, todos puderam ouvi-

-lo, balbuciar: “Perdoe-me Irmã Teresa. Reze a Deus por mim”. Os companhei-ros estavam emocionados por terem acompanhado a transformação que se dera com ele, que no princípio foi o mais ferrenho perse-guidor de Irmã Teresa.

Com este acontecimen-to, que chegara aos ou-vidos dos sacerdotes do Templo Kali, estes juraram à deusa que nunca mais a perseguiriam, pois que, para os bonzos, tornou-se uma santa. E os sacerdotes

prometeram ajudar Irmã Teresa a recolher os enfermos da rua e tratá-los com mais respeito.

Todos esses fatos eram anotados pelos padres, Ce-leste Van Exem, o confessor de Irmã Teresa e por Julien Henry, que embora não tolerasse essa tarefa, terrível aos seus olhos, praticada por Teresa de Calcutá, passou a ser simpatizante da causa e ajudava o padre Exem nas anota-ções. Essas anotações foram transformadas em relatórios, a pedido do Arcebispo D. Fernando Périer, que os enviaria à Roma.

Irmã Teresa e as missionárias trabalhavam arduamente pela congregação, mas esta ainda não existiria juridicamen-te, enquanto não chegasse o decreto de Roma, que autori-zasse o funcionamento legal da instituição. E graças a es-ses relatórios, foi promulgado, no dia 7 de outubro de 1950, o surgimento dessa instituição. Nesse dia, homenageia-se a Festa de Nossa Senhora do Rosário. Considerou-se em Roma que a instituição, fundada por uma religiosa eslavo--albanesa, prescrevia todas as garantias de fé, baseada “nos princípios de felicidade cristã, por amor a Deus”. A no-tícia trouxe alegria para os corações das Missionárias da Caridade e para a fundadora, que passou a ser chamada Madre Teresa de Calcutá, denominação essa do Arcebispo Périer.

Os ataques à Madre Teresa continuavam. Os mais abas-tados não se compraziam com o trato aos moribundos. Para eles os pobres deveriam morrer a míngua, já que nada pos-suíam, e assim a prole iria diminuindo. Arquitetaram, então, um plano que, de imediato, puseram em ação. Começaram a instigar as prostitutas a entrarem na instituição, para dar a impressão ao povo que Madre Teresa estava a camuflar o local, para que entrasse mais dinheiro através do sexo e, também, que ela obrigava os moribundos a serem con-vertidos ao catolicismo, revoltando os sacerdotes budistas.

Para tanto, os manifestantes, sob esses pretextos, foram à polícia exigir que a ex-pulsassem do imóvel junto com as missio-nárias e os doentes. A polícia, registrando as denúncias, foi ao local para averiguar a verdade do que ali ocorria. A investigação não apresentou censura alguma que apon-tasse danos morais a ninguém; ao contrá-rio, o que ali se passava, eram exemplos de amor ao próximo.

Os denunciantes foram chamados para ouvir o resultado das investigações poli-ciais. A condição proposta pela polícia fora de que, cada um que se sentisse incomo-

Nirmal Hriday7Órgão divulgador do Núcleo de Estudos

Espíritas Amor e Esperança

dado, procurasse praticar os mesmos atos caridosos de Madre Teresa de Calcutá. Naturalmente que os denuncian-tes não aceitaram essa proposta policial, e recolheram-se contrariados.

A maioria do povo hindu consagrava à Madre Teresa o carinho dispensado à uma mãe. Saindo às ruas, as crianças corriam para serem abraçadas e beijadas por essa “santa mulher”, como a chamavam. Mas, com sua humildade, Ma-dre Teresa pedia a todos que orassem a Jesus, porque Ele é que merecia ser glorificado, por ser pregado na cruz para nos ensinar a amar.

A “Casa dos Moribundos” estava demonstrando que o espaço físico se tornara pequeno diante da procura dos do-entes abandonados, principalmente os leprosos, que conti-nuavam a agonizar pelas ruas. Madre Teresa pediu ajuda ao seu confessor, o padre Exem. Este se uniu ao padre Julien Henry e, conhecendo ambos a personalidade forte de Ma-dre Teresa, passaram de imediato a buscar um imóvel para que abrigasse mais carentes, adultos e crianças.

O padre Julien tomou conhecimento que estava à venda a casa de um juiz mulçumano, mas que, tendo se apo-sentado, resolveu vendê-la, para ir morar no Paquistão. O encarregado da venda do imóvel era irmão do juiz, e foi a ele que o padre Julien recorreu. Após várias negociações, padre Julien acompanhado pelo irmão do juiz, apresentou a proposta referente ao preço do imóvel, e explicou qual seria a destinação da casa, onde estaria à frente da ha-bitação Madre Teresa. O juiz ficou um tanto constrangido por saber tornar-se seu antigo lar numa instituição católica. Pediu ao padre Julien um tempo, que lhe foi concedido. O juiz muçulmano dirigiu-se à mesquita mais próxima, para poder consultar Alá (nome dado a Deus pelos muçulmanos). Padre Julien fez o mesmo, pedindo a Deus que os dese-jos de Madre Teresa pudessem ser atendidos em defesa de uma causa nobre, pensava ele, em favor dos desabrigados. Logo o juiz muçulmano retorna com um sorriso que agradou

padre Julien, e diz-lhe que a proposta estava aceita. Finda as negociações, ao se despedir, o juiz declarou ao padre Julien que estava feliz por saber que o imóvel seria bem aproveitado, pois era do agrado de Alá.

Madre Teresa recebeu a boa noticia da aquisição de outro imóvel onde poderia abrigar mais doentes. A esse local ela deu o nome de Nirmal Hriday, que em bengalês significa “Coração Puro”. Essa denominação agradou aos hindus, em sua maioria, hansenianos.

Os doentes foram encaminhados para esse abrigo, que, com o tempo, foi destinado apenas aos adultos. Madre Teresa viu que o número de crianças que ficavam órfãs pela morte dos pais era grande. Ela não poderia abrigá-las ali naquele alojamento, onde os pequenos poderiam contami-nar-se pelos vários tipos de vírus que os doentes apresen-tavam. Para tanto, seria necessário encontrar outro imóvel, a fim de que essas crianças tivessem um lar decente e uma orientação segura.

Iniciou-se uma nova procura de imóvel, o qual Madre Teresa dizia ser um lar-matriz, isto é, lar “materno”, pois todas as missionárias seriam mães das crianças que ali fossem abrigadas. A preocupação do padre Exem e padre Julien era enorme. “Como faremos?” Essa pergunta lhes tirava o sono. Sabiam que quando Madre Teresa colocava algo para ser realizado, ela não descansava enquanto não se cumprisse seu desejo. E todos se puseram a procurar o novo lar para as crianças. Conversando com Madre Teresa, os padres Exem e Julien comentavam que não sabiam como realizar outro negócio na compra de mais um imóvel, pois ainda não haviam quitado a compra anterior. Madre Teresa, como sempre, firme em sua fé, dizia-lhes: “Vocês se lembram da oração ‘Lembrai-vos’?” Essa oração aprende-mos desde criança, quando sentíamos dificuldades; nossa mãezinha junto a imagem de Nossa Senhora, orava assim:

“Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que daqueles que recorreram à vossa proteção,

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que imploravam vossa assistência, que reclamaram por vosso so-corro, algum fosse por vós desamparado. Animada, pois, com igual confiança, a vós, Virgem entre todas singular, como Mãe eu recorro, de vós me valho e, gemendo sob o peso de meus pecados, me prostro aos vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humano, mas dignai-vos de ouvi-las propícia e de me alcançar o que vos rogo. Amém”1.

Os dois padres ouviram em silêncio a oração que Madre Teresa fizera com emoção. Após, tanto padre Exem como padre Julien, dis-seram achar peculiar a oração, principalmente por ser dirigida dire-tamente à Virgem Santíssima, que, por certo, nunca deixara de ouvir um coração materno, numa prece dita com tanta convicção. As mis-sionárias também aderiram à oração do “Lembrai-vos”, seguindo, como acreditava Madre Teresa, a sagração da Providência Divina. E essa providência teve seu êxito, pois o imóvel apareceu praticamen-te de graça. Padre Exem louvou a oração “Lembrai-vos”. Esse lar abrigaria as crianças órfãs. Madre Teresa denominou essa casa de: “Nirmala Shishu Bhavan”, cujo significado seria quase o mesmo do “Lar do Moribundo Abandonado”. Essa denominação favorecia aos povos budistas como aos católicos.

O grandioso trabalho das Missionárias da Caridade prosseguia em ritmo acelerado. Madre Teresa, vendo aumentar o número de hansenianos pelas ruas, criou um atendimento móvel, para minorar os sofrimentos dos doentes chagados. Ela e as missionárias saiam divididas em pequenos grupos e faziam a higiene necessária para cuidar dos curativos e dos remédios, que, com muita dificuldade, Madre Teresa conseguia dos médicos e hospitais que simpatizavam com o seu trabalho caritativo. E quando elas sabiam que doentes eram confinados em barracos ou casebres em ruínas, de imediato Madre Teresa estava a disciplinar a tarefa, para que todos fossem atendidos, já que não havia mais locais para abrigá-los com humani-dade. Isso deixava Madre Teresa preocupada. Agora ela procurava fazer a oração do “Lembrai-vos”, com visão mais ampla. Ela, men-talmente, dizia à Virgem Santíssima que era preciso encontrar um local onde fosse erguida uma cidade, que ela já deslumbrara como a “Cidade da Paz”.

Padre Julien, ao saber dessa tão ousada pretensão de Madre Teresa, assustadíssimo, procurou padre Exem que, como seu con-fessor, poderia demovê-la desse empreendimento. Padre Exem, rin-do, contrapõe: “E quem irá fazê-la retroceder de mais esse ideal?” E continuou: “Vamos ajudá-la a buscar recursos necessários, sem discutirmos o assunto. Você sabe tão bem quanto eu, que Madre Teresa apenas nos informa do que ela tem em mente, apenas isso. Portanto, meu amigo, pensemos desde já como angariaríamos re-cursos para o novo empreendimento de Madre Teresa”.

Final da segunda parte.Eloísa

1. A oração “Lembrai-vos”, consta do livro: Teresa de Calcutá, Uma Vida de Amor a Jesus nos Pobres – Jose Luis Gonzáles-Balado.

Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”Livros básicos da Doutrina Espírita. Temos os 419 livros psicografados por Chico Xavier, romances de diversos autores, revistas, jornais e DVDs espíritas. Distribuição permanente de edificantes mensagens.

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• Madre Teresa de Calcutá – José Luis Gonzáles-Balado, Editora Paulinas, 3ª ed., 1976.

• Maria de Magdala – Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 1ª ed., 1992.

• Teresa de Calcutá – A Mulher do Século – M. Rouxinol, Editora Lis.• Teresa de Calcutá – Uma Vida de Amor a Jesus nos Pobres – José

Luis Gonzáles-Balado, Editora Paulinas, 1ª ed., 2003.• Imagens:

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Biblio

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9Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Escolhida pelo Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”, no mês de junho/2010, “Chico Xavier em Pedro Leopoldo” é a 1ª edição da obra, em homenagem prestada pela editora DIDIER, através de Divaldinho Matos.

Como sugere o título, pretende mostrar ao público leitor a vida de Chico na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais, no período de 1927 a 1958. São relatados e abordados fatos, passagens, “causos”, entrevistas, re-gistrando sua vida durante sua permanência em Pedro Leopoldo, com fotos da época, até de alguns documentos, como por exemplo, o primeiro emprego.

Logo no início na frase “Pedro Leopoldo está para Chico Xavier, assim como Nazaré está para Jesus.” é feito um paralelo entre o início da vida pública de Chico, em Pedro Leopoldo e da vida pública de Jesus, em Nazaré.

Conta-se que da mesma forma que

Natanael respondeu a Filipe, ao saber que Jesus era ori-ginário de Nazaré: “Ora, de Nazaré pode sair alguma coisa boa?”, alguém, fazendo a mesma indagação sobre quem se-

ria o famoso Chico, retrucou: “Ora, de Pedro Leopoldo pode sair alguma coisa boa?”

Na cidade onde tudo começou, tanto a vida do homem, como a do médium Chico, foram psicografados 59 livros, os quais são enumerados cronologicamente.

O autor esclarece que a obra não preten-de ser biográfica, mas, “resgatar a saga do Espiritismo na mediterrânica Minas Gerais, dando ênfase a Pedro Leopoldo, berço do instrumento de precisão absoluta”.

É uma forma de conhecer e aprender um pouco mais sobre quem foi esse homem hu-milde e valoroso, conhecido como o médium Chico Xavier, em sua terra natal.

Vamos conferir?Que Deus nos abençoe.

Rosangela

Clube do Livroclube do livro

Chico Xavier em Pedro Leopoldo

Divaldinho MatosEditora DIDIER

Tema Livretema livre

“Espíritas! Amem-se, eis o primeiro ensinamento; instru-am-se, eis o segundo”. – O Evangelho Segundo o Espiritis-mo – capítulo VI, item 5.

Esta é a palavra do Espírito de Verdade.Amar...Sabemos nós, que longe estamos de compreender – e

mesmo de saber – o que é o amor, no sentido exato que o Mestre Jesus nos ensina.

Embora já distantes do primitivismo dos tempos, esse doce sentimento ainda não tocou o nosso coração em sua plenitude. Tão pouco conhecemos a nossa infinita capaci-dade de amar. Infinita, sim, já que fomos criados à imagem e semelhança do Criador. Assim, teoricamente sabemos, mas ainda não experimentamos a grande e verdadeira ventura do amor.

Ouvimos em todo o meio espírita, repetidas vezes, que é preciso aprendermos e por em prática esse primeiro man-damento.

Mas... e o segundo? Instruí-vos, eis o segundo.Parece que este anda um pouco esquecido, um pouco

negligenciado por nós espíritas. Infelizmente, é comum en-contrarmos núcleos, para onde se dirigem almas necessita-das e inadvertidas, à espera de soluções miraculosas, preo-cupados tão somente com o fenômeno, o personalismo e a vaidade de um nome conhecido.

Para tanto, entendem que bastam “bons guias”. Os espí-ritos são a solução e desnecessário o estudo, que passa a segundo plano, que se reduz à “perfumaria”.

E, a partir dessa teoria, encontramos inúmeros confrades que se dedicam a servir à casa, e não à causa.

Mas, a casa espírita, a par de ser um pronto socorro espi-ritual, é, primordialmente, um educandário. Há de ser sem-pre um núcleo educativo, guardando rigorosa fidelidade aos princípios espíritas contidos na codificação kardequiana.

E onde buscar estes princípios? Resposta simples: ESTUDAR. Estudar as obras básicas da Doutrina Espírita,

Amai-Vos e Instruí-Vos

Você poderá obter informações sobre o Espiritismo, encontrar matérias sobre a Doutrina e tirar dúvidas sobre o Espiritismo por e-mail. Poderá

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Atualmente fala-se muito em “ética”. Segundo os estu-diosos em educação, a palavra “moral” foi considerada de caráter autoritário. A própria disciplina “Educação, Moral e Cívica” banida do currículo, foi objeto de crítica, em face da associação com o regime político ditatorial da época.

Discute-se, no âmbito pedagógico, qual a forma correta de introduzir a ética (ou mo-ral) aos alunos na atualidade.

Fala-se em sistema de deveres e di-reitos éticos.

Em filosofia o estudo da ética contribui para estabelecer a na-tureza de deveres no relaciona-mento indivíduo-sociedade. A jus-tiça corresponde a uma exigibilidade de conduta, o que implica no respeito ao direito alheio.

Felizmente, os estudiosos da área educacional já defendem a ideia de que é necessário também tra-balhar as virtudes em sala de aula, por terem relação com os sentimentos e que estes participam da cons-trução da “personalidade moral”.

Por exemplo, a generosidade não se enquadra dentro da definição de dever ético, pois ocorre justamente quando se dá ao outro, sem qualquer obrigação.

Emmanuel, no item 28 do “Livro da Esperança”, denomi-na a passagem do Bom Samaritano como a psicologia

da caridade. O samaritano, que não era religioso, foi o único que parou na estrada e

ajudou, sem limites, obrigação, tampouco interesse pessoal, uma criatura, pelo simples fato de que ela carecia de auxílio na-

quele momento.O dever moral, acima das obriga-

ções éticas, é advertido pela nossa consciência. Ninguém o vê ou acusa na sociedade, pois as regras foram seguidas, mas, se fielmente observa-do eleva-nos espiritualmente.

em primeiro lugar: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, A Gênese, Obras Póstumas. Aí estão contidos os princípios fundamentais da doutrina dos Espíritos.

A casa espírita tem o dever do estudo, a obrigação do ensinamento, se pretende atender e servir fielmente à Doutrina Espírita.

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.Vemos assim, que só através do conhecimento da ver-

dade é que nos libertaremos. Mas, que verdade é esta, que liberdade é esta? Como conhecer a verdade sem o estudo? Como conhecer a libertação, se nem mesmo sabemos o que seja a tão cantada e decantada liberdade?

É muito acanhado ainda o nosso conceito de liberdade. Queremos ser livres. Mas, livres do quê? Livres dos pais, dos preconceitos, das convenções sociais etc. etc.

E quando nos encontramos livres de tudo o que parecia nos limitar, quedamo-nos frustrados, amargurados, sentindo que não nos libertamos de nossas amarras.

Do que então precisamos nos libertar? E aí entra o papel do centro espírita: orientar, estudar, ensinar... libertar.

É comum ouvirmos: “não estou legal; preciso ir ao centro tomar um passe”. E pronto; está resolvido. Tudo está bem. “Nossa, foi bom ir lá, eu estava carregado, mas o passe me libertou”.

Libertou? Como? Se no momento em que se sentir, de novo, “carregado”, vai precisar “ir lá novamente?” Será difícil entendermos que a casa espírita que não esclarece, ao con-trário de libertar, escraviza? Que mantém cativo aquele que necessita, que virá sempre pela dor e jamais pelo amor?

Por que não indagarmos: por que o passe me é benéfi-co, traz alento, alívio para as minhas dores? Afinal: o que é o passe? O que está “oculto” sob a imposição de mãos? Como se processa esse mecanismo magnético?

Se estudarmos, encontraremos respostas para todas as nossas indagações. Veremos que nada está oculto e nada é milagre.

Esta é a verdade que necessitamos e que nos libertará.Vamos buscar o estudo; estudo sério e contínuo, sem nos

confundirmos. As orientações de Allan Kardec são a essên-cia da doutrina e não se confundem com tantos e tantos

outros modernismos e terapêuticas alternativas, muitas des-tas respeitáveis, mas que não são Espiritismo, mas frutos da criação dos homens, que, desavisados, imaginam estar prestando grande concurso para a evolução da humanida-de e que, muito pelo contrário, são perfeitos medianeiros daqueles que almejam retardá-la cada vez mais. É o desvir-tuamento da doutrina.

Tenhamos sempre presente que a Doutrina dos Espíritos foi ditada pelos espíritos e que a casa espírita é organização dos homens. Portanto, como tal, da casa espírita não espe-remos perfeição.

Os centros espíritas não são propriedade de quem quer que seja, mas há de ser sempre escola de almas, destina-dos sim, ao atendimento fraterno, mas também, ao atendi-mento elucidativo.

Ensinar, educar, para libertar. Eis um dos princípios que deve nortear o centro espírita. Estudar, aprender, educar-se, para libertar-se. Eis o dever de todo espírita.

Só assim vamos entender porquê tantos, libertos de to-das as convenções humanas, sentem-se eternamente apri-sionados; e outros tantos, ainda que algemados a estas mesmas convenções, sentem-se absolutamente libertos.

Eis a liberdade a que se refere o Evangelho: a liberdade da alma, que é eterna. E não a liberdade do corpo, que é efêmera.

Busquemos com maior empenho o conhecimento da ver-dade que nos oferece a doutrina, e que as casas espíritas, longe de competições, assumam, em definitivo, a respon-sabilidade que a elas cabe: estruturar-se para o estudo e o ensino da doutrina.

Afinal, se o nosso norte é traçado pelo “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, lembremo-nos: “Não pôr a luz debaixo do velador” (capítulo XXIV).

“Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alquei-re, mas no velador, e dá luz a todos os que estão em casa” (Mateus, capítulo V, versículo 15).

Voltemos ao início: Amai-vos e instruí-vosA partir da instrução vamos começar a entender o que é

o amor.Indaiá

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, tradução de Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 8ª ed., 2010

Moral e Ética

11Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Mas por que só eu? Por que tudo acontece comigo? Será que não mereço a atenção de Deus? Será que fui designa-do a sempre sofrer e carregar as dores dessa reencarnação para sempre?

Quantas vezes não nos pegamos com esses pensamen-tos negativos em nossa cabeça? É só acontecer algo que nos desagrade que eles logo aparecem.

Aqui temos uma conta impagável. Será que não mereço um descanso?

Se bem analisarmos a situação, talvez não deveríamos ter assumido uma dívida tão pesada, mesmo considerando nossa invejável situação financeira e saúde física excelen-tes. Os dias passam rápido e as coisas mudam de lugar. Nosso “eu” se modifica, pode melhorar-se ou piorar. Um passo em falso e podemos colocar muita coisa a perder, se-não tudo. Era mesmo necessário investir tão forte naquele projeto? Poderia eu ter aguardado um pouco mais? E ago-ra, se meu coração não aguentar mais, e se meus órgãos continuarem a se deteriorar cada vez que entro em pânico? O que fazer?

Do erro muitas vezes aprendemos o acerto. Quando dá tempo!

Lendo outro dia uma mensagem de Emmanuel sobre os padecimentos a que estamos submetidos, sempre, em nos-sa romagem reencarnatória, lembro-me de suas palavras

de alento: por mais difíceis sejam as situações, por mais doloridas sejam as provas, nunca nos esqueça-mos que Deus nos reserva o melhor!

Kardec ainda nos assegura com vigor que Deus está sempre presente em nossa vida diária. Se por

acaso nos desencantamos com a vida, com as maldades existentes no mundo, pois, atualmente somos informados em mínimos detalhes sobre tudo que de ruim acontece (e muito pouco de bom) no mundo, jamais percamos de vista esta mensagem excelente que o Mestre Lionês nos deixou em “A Gênese”, no capítulo XVIII, item 3, esclarecendo que o movimento progressivo da humanidade é inevitável, por-que faz parte da natureza e não se pode dizer que Deus seja indiferente e, que após estabelecer Suas Leis, Ele tenha se mantido na inatividade, deixando as coisas à sua própria sorte. Suas Leis são eternas e imutáveis sem dúvida, mas, devido Sua Vontade ser eterna e constante e Seu Pensa-mento animar as coisas sem interrupção; Seu Pensamento que tudo penetra, é a força inteligente e permanente que mantém tudo em harmonia; se esse Pensamento parasse um instante de agir, teríamos então um Universo semelhan-te a um relógio sem o balanço regulador das horas. Deus portanto, vela incessantemente pela execução de suas Leis e os Espíritos que povoam o espaço são seus ministros en-carregados dos detalhes, de acordo com suas atribuições e conforme sua escala de evolução.

Que assim seja!Antoine

Bibliografia: A Gênese – Allan Kardec, Capítulo XVIII, item 3, Sinal dos tempos, Editora FEB, 42ª ed., 2002.

Lamentemos Menos

Num clima de muita alegria realizou-se no dia 14/08/2010, o Chá Beneficente no nosso Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança, com toda a renda revertida para a construção de nossa nova sede na Rua dos Marimbás, 220 Jardim Guacuri, São Paulo, SP.

Tivemos a oportunidade de nos confraternizar com muitos amigos numa tarde agradável e agradecemos a presença de todos que compartilharam conosco destes momentos.

Equipe Seareiro

Chá BeneficenteAconteceu

aconteceu

ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃOSua doação é importante para o custeio da postagem

do Seareiro e pode ser feita em nome doNúcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança

CNPJ: 03.880.975/0001-40Banco Itaú S.A. - Agência 0257 - C/C 46.852-0

Dessa forma, só poderemos crescer como seres melho-res, mais íntegros, não nos mascarando por trás de regras, mas agindo com o coração, praticando as virtudes que o Pai nos ensinou, através de Seu filho Jesus.

Esta é a moral que devemos aprender, para ensinar aos nossos pequenos a verdadeira humildade e caridade.

Queremos um futuro melhor? “Não nos cansemos, pois, de repetir que todos os bens e todos os males que

depositarmos no espírito da criança ser-nos-ão devolvidos.” Emmanuel, obra citada.

RosangelaBibliografia: Pátio-Revista Pedagógica – Yves de La Taille, Editora Artmed, ano 4, nº 13, mai/jul 2000.O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, Tradução de Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 2004.Imagem: http://centralrocknet.com.br/thumbnail.php?file=Crianca_1_671857479.jpg&size=article_medium

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canal abertoEste espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.

Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.

Canal Aberto

O Espiritismo nos ensina que a raiz de todos os males provém do egoísmo e que para promovermos a nossa refor-ma moral, necessitamos extirpá-lo.

Analisando a fundo todas as guerras, todos os conflitos internos e externos, notamos sinais dessa chaga social, vis-to que os homens estão mergulhados no imediatismo; no materialismo; no aqui e agora; com os olhos voltados para o seu próprio umbigo.

O homem perdeu a consciência de si mesmo, esqueceu de onde veio e não sabe para onde vai. Procura incessan-temente pela felicidade e para tal, é capaz de esmagar seu próprio irmão para satisfazer o seu desejo.

A Doutrina Espírita não proíbe que o homem busque o melhor, pelo contrário, dá subsídios para que ele se melhore cada vez mais... Não condena a riqueza, mas nos adverte

sobre o abuso da mesma... Mostra-nos que é preferível vi-ver uma vida humilde, na simplicidade, tendo a consciência tranquila, do que viver banhado em ouro, mas com a mente e o coração em trevas.

Devemos combater o mal que ainda há em nós, come-çando por nos desapegarmos dos bens transitórios, dos quais somos apenas usufrutuários e não donos. Enxergar o nosso próximo como a um irmão, filho do mesmo Pai, e fa-zermos a ele o que gostaríamos que nos fizesse. Dividir os nossos tesouros, seguindo os conselhos do Mestre Jesus...

Quando estivermos imunizados e regenerados, fortaleci-dos com o tônico do Cristo, o mundo será um lugar melhor.

Paz e bem!Carlo Augusto Sobrinho - Rio de Janeiro - RJ

O Mal que Ainda Há em Nós...

De nada vale a moeda adquirida de maneira ilícita.Assim, todas as nossas conquistas materiais devem ser

produto de trabalho honesto.Aquele que usa de meios escusos para angariar riquezas

materiais, erra duplamente.Um dia, o Pai lhe pedirá em conta o mau uso de tudo o

que adquiriu.

Para Ele, a justiça divina é pródiga em amor e bondade, mas, é igualmente firme na disciplina ante aos que erraram para angariar vantagens em detrimento de outros.

Se quiseres conquistar tesouros, conquiste os do céu.Eles são adquiridos somente pelo cumprimento do dever

e pela consciência limpa.Ricardo Santos - São Paulo - SP

Aos Olhos de Deus

MedosTemos encontrado considerável número de pessoas que

alegam medos diversos. Medos que variam de preocupações naturais ou exageradas até aqueles provenientes de traumas causados também por diferentes origens.

Sentir medo é humano, normal, natural. O problema está quando o medo extrapola os limites do bom senso. Ele, o medo, é muitas vezes necessário, pois nos preserva de perigos e constitui um mecanismo sábio do instinto de conservação. Mas quando ultrapassa os níveis estabelecidos pela natureza, torna-se perigoso inimigo. Sim, pois nos trava a potencialidade, paralisa as forças, gera doenças e provoca estragos consideráveis, especialmente na mente.

O segredo está em entender os próprios medos. Para isso, é preciso inteirar-se sobre a temática que nos assusta

para poder enfrentar a questão. O grande problema do medo está na expectativa que criamos sobre determinados acontecimentos que talvez nunca venham a ocorrer e também, na maioria dos casos, na preocupação exagerada sobre o que os outros vão dizer ou vão pensar. Quer dizer: no fundo, tememos julgamentos; o que é uma bobagem, diga-se de passagem. Não somos obrigados a dar explicações a ninguém, senão por força da lei. Por outro lado, se estivermos em paz com a consciência, não há o que temer.

Percebe o leitor o alcance da questão? Agindo em conformidade com o bem, estando em paz com a consciência, não há o que temer.

Mas, e os perigos próprios da vida humana? Bom, eles existem, é verdade. Viver é sempre um risco, em vários sentidos. Mas, é esse risco de viver que nos amadurece. O importante é confiar em Deus e seguir adiante.

Medo do quê? Da morte, de perdas financeiras, de altura, de chuva, de bala perdida, de assalto, de avião, de espíritos, da perda de entes queridos? Qual ou quais são os nossos medos?

Vivamos com naturalidade, com mais alegria, confiando, e tudo melhora.

Receba mensalmente obras selecionadas de conformidade com os ensinamentos espíritas.

Informe-se através:E-mail: [email protected](11) 2758-6345Caixa Postal 42 - CEP 09910-970 - Diadema - SP

Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”CHICO

Abortofamilia

Família

13Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

De tempos em tempos, o aborto e sua legalização vêm à tona, sendo discutido os seus aspectos de saúde, sociais, direito à liberdade etc.

Cada vez que tentam colocar a legalização do aborto na pauta de assuntos que devem ser discutidos pelos políticos, várias organizações (principalmente as religiosas) alertam que precisamos observar o aborto pela ótica da ética cristã.

Mas fica sempre uma pergunta:— Por que será que, mesmo sendo rejeitada várias ve-

zes, insistem em querer discutir a legalização do aborto?A resposta está na importância

que existe na oportunidade da re-encarnação.

Devido aos muitos débitos de amor não vivido, que contraímos em vidas passadas, Deus, por mi-sericórdia, nos dá novas oportuni-dades, através da reencarnação, para podermos viver na Terra algo de bom, cumprindo assim a má-xima “o amor cobre a multidão de pecados”.

Ou seja, pela reencarnação po-deremos praticar o bem, o respeito ao próximo e, com isso, irmos mo-dificando e melhorando os nossos sentimentos.

Acontece que, por outro lado, os espíritos infelizes, que querem manter as pessoas do jeito que elas estão, sem se melhorarem, e ser-vindo de “pasto” para os seus ins-tintos, estes espíritos infelizes, que nós, espíritas, comumente chama-mos de “as sombras”, não querem que as reencarnações aconteçam, sendo abortados aqueles que rece-beriam mais uma chance de evo-luírem.

Não nos deixemos levar pela história de que socialmente é me-lhor a legalização do aborto.

Lembremos o que André Luiz nos relata no livro “Missionários da Luz”:

“Fala-se em resolver os proble-mas sociais, mas ninguém pensa em resolver os problemas espiri-tuais. Na discussão deste assunto ninguém fala em Jesus, Maria e José.”

Realmente, José e Maria não eram ricos, passaram por “pressões sociais” imensas e não fraquejaram diante do compromisso que assumiram perante Deus, de acolher o Seu filho Jesus.

Fiquemos atentos. Analisemos e lembremos da doce e firme figura de Maria de Nazaré. Ela estará amparando to-das as mães que quiserem enfrentar as dificuldades para terem em seus braços um filho de Deus para reeducá-lo moralmente.

Deus estará a proteger a estes pais.Wilson

Imagem: http://sites.google.com/site/ldsmeetinghouselibrarypicsot/_/rsrc/1237682823094/Home/New-Testament-Pics/Nativity.62495%2C201%2C1--16%2C2-6.jpg

Valorizamos muito as expectativas sombrias, esquecendo-nos de que a sintonia com a alegria de viver, adotada por comportamento, altera os rumos dos acontecimentos, modifica o ambiente, os panoramas, influencia pessoas e é

atitude saudável que faz bem à alma.Claro que nunca devemos esquecer a prudência nos

gestos, decisões, comportamentos e atitudes. Mas viver sem medo, claro! Viver para aprender continuamente.

Orson Peter Carrara - Matão - SP

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Kardec em Estudokardec em estudo

Os que dizem: Senhor! Senhor!“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu

Pai, que está nos céus.” (Mateus, capítulo VII, versículos 21 a 23).

O Evangelho Segundo o EspiritismoCapítulo XVIII “Muitos os chamados, poucos os escolhidos” – itens 6 a 9

Não basta conhecer a Lei de Deus, reverenciá-Lo apenas por palavras, dirigir-Lhe preces e não agir de acordo com esta Lei.

Nosso amado Mestre Jesus expressou e exemplificou a Lei de Deus, com Suas palavras e, principalmente, atitudes.

Sabemos que Jesus é o caminho, a verdade e a vida, contudo não adianta somente reconhecer Sua missão, cha-má-Lo de Irmão, Mestre, Senhor e não seguir o Seu roteiro de Luz, isto é, Seus ensinamentos e exemplos.

Nossos atos e pensamentos representam o que existe em nosso íntimo.

Profetizar em nome de Deus, em nome de Jesus, e ficar apenas em belas palavras, fará com que sejamos excelen-tes tribunos. Mas não é a quantidade de palavras ou a qua-lidade das palavras ou a quantidade de preces que nos fará melhor diante de Deus e sim nossas atitudes para com o próximo, pois é através das obras no campo do bem, que se reconhece o verdadeiro cristão.

O que adianta honrá-Lo com palavras ditas da boca para fora, ou com atos exteriores de devoção, e ao mesmo tempo honrar a Mamom e aos “deuses” dos instintos?

No momento que não fazemos aquilo que falamos ou pro-metemos estamos sendo falsos profetas, mentirosos, des-te modo dando maus exemplos, comprometendo-nos, e, o pior de tudo, indo contra a lei do amor e da caridade.

Agindo apenas exteriormente, conseguimos enganar aos homens, mas não a Deus.

Já sabemos que não fazer nada representa deixar de fa-zer o bem e quem não faz o bem está fazendo o mal, isto é, violando Seus mandamentos, dando mau exemplo.

Falar sobre brandura, humildade, caridade, paciência, boa-vontade é fácil! O difícil é exemplificar através de nossa postura no dia a dia diante de alguma situação, principal-mente aquela que nos contraria.

Precisamos nos tornar melhores, mais indulgentes, cari-dosos, agradecidos e benevolentes para com todos, e em qualquer situação que nos encontremos.

Geralmente, diante da doença, ou qualquer outra dificul-dade, pedimos ajuda a Deus ou a Jesus, mas muito nos esquecemos Deles, nos momentos de “alegria”. Como pedir ajuda e não ajudar ao próximo? Por que lembrar Deles so-mente na tristeza, no desespero e não na alegria? Por que só pedir e não agradecer?

Nossa vida futura depende do cumprimento de nossas tarefas, sobretudo as que nos comprometemos ou foram pré-estabelecidas na Espiritualidade. Para tanto, devemos utilizar todas as nossas capacidades intelectuais, materiais e morais. Lembrando que tudo aquilo que é feito seguindo os mandamentos de Deus, mais os preceitos de Jesus, terá seus alicerces permanentes, como a casa construída sobre a rocha e, deste modo, encontraremos a felicidade perene, além de nos prepararmos para a vida futura. Contudo, aqui-lo que violar Seus princípios será como a casa construída sobre a areia, que cede com o tempo.

Portanto, ser cristão é seguir os preceitos de nosso Irmão Jesus Cristo, reverenciando a Deus, o nosso Pai, através de palavras, de atitudes fraternas, contribuindo assim para um mundo melhor, com o sacrifício do nosso orgulho, egoísmo, vaidade, inveja e dos ou-tros instintos. Sabemos que não somos per-feitos, que nem todos estão na mesma faixa de entendimento ou compartilham de nossas opiniões, contudo somos todos irmãos e, aju-dando uns aos outros, tornaremos a nossa caminhada mais harmoniosa e menos dolo-rosa.

Senhor! Que saibamos agradecer a bên-ção da “vida”, a alegria de fazermos parte desta família universal e as oportunidades da instrução e do trabalho! Que sejamos úteis no campo do bem e façamos por merecer to-das estas bênçãos!

SilvanaBibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, tradução de Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 8ª ed., 2010.Imagem: http://i.olhares.com/data/big/11/110976.jpgtp://www.sxc.hu/browse.phtml?f=download&id=804322

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O Evangelho Segundo o EspiritismoLivros Infantis

16

Cantinho do Verso em Prosacantinho do verso em prosa

Essa velhinha que vês,Passando sempre ao sol-posto,Todo dia, todo mês,Penosamente a esmolar,

Também foi criança, um dia,Não conhecia o desgosto,Brincava, jogava e ria,Era o anjo de seu lar!

Depois vieram mudanças,Trabalhou, sofreu na vida, Morreram-lhe as esperanças,Cansou-se-lhe o coração.

Hoje, triste, quase morta,Sozinha, desiludida,Esmola, de porta em porta,A fim de ganhar o pão.

Não te esqueças, meu filhinho,Que um velhinho abandonadoTem sede de teu carinho,De tua doce afeição...

Aprende a viver mais cedo,Não fujas amedrontado,Aproxima-te, sem medo,Anda cá! Beija-lhe a mão!

João de Deus

A lição ensina-nos que todo ser já foi uma criança, um lindo bebê que, como todos os outros foi inocente, teve candura, beleza, e distribuiu alegria e felicida-de por onde habitou.

Devemos ensinar às crianças que os idosos seremos nós amanhã e aqueles que perambulam pelas ruas já tiveram um passado, uma juventude, uma infân-cia.

Ensinar o respeito e a não julgar quem quer que seja.Devemos sim, ofertar o melhor de nós para amenizar a dor, as necessidades

físicas e morais e, principalmente, lembrar de fazer a todos esses velhinhos o que pretendemos que seja feito por nós: respeito e amor.

AraújoBibliografia: Antologia da Criança – Francisco Cândido Xavier / Autores diversos, Editora IDEAL, 3ª ed., 1992.Imagem: http://4.bp.blogspot.com/_-TtBzdiCfiY/TCksMz81JAI/AAAAAAAAABw/4O0HYVD9oD4/s1600/mulher_idosa.jpg

Essa Velhinha

Questão de ConsciênciaGuardemos a consciência tranquila.A prática do bem ser-nos-á garantia da paz e a paz em

nós se nos fará fonte de permanente alegria.A criatura de consciência culpada é semelhante à

pessoa que carrega uma carga superior às próprias forças, parecendo arrastar-se entre o cansaço e a irritação.

Emmanuel***

Esta, acima, é uma das mensagens que constam do livro “Monte Acima”, com escrita característica de Emmanuel, o companheiro constante de Chico Xavier, em sua peregrinagem pela Terra. Chico foi tão bom que se sacrificou bastante, física e espiritualmente, para conosco repartir essas pérolas vindas de Emmanuel, que, por sua vez, incansável companheiro, respeitável admirador e fiel seguidor do Cristo, não via entraves para nos trazer informações e modos de bem agir nesta nossa romagem terrena, tão cheia de armadilhas e desvios que nossas fraquezas teimam em não reconhecer.

Se nos sentirmos tal qual na situação citada em questões de consciência, saibamos todos que Emmanuel e Chico, Chico e Emmanuel, ambos em nome de Jesus, e todos juntos, velam por nós.

Tenhamos essa certeza, confiança e fé nas suas palavras e procuremos seguir as suas recomendações. Que vamos cair, eles já sabem; mas eles sabem também que, em caindo, vamos nos levantar novamente e levantando, precisaremos de apoios: palavras de coragem, ânimo e determinação.

Jamais coloquemos em dúvida a nossa segurança aqui na Terra, pois somos possuidores dos melhores amigos que

Livro em Focolivro em foco

Monte Acima Francisco Cândido XavierEspíritos Diversos

Editora GEEM - 2ª edição - 1989

17Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Pegadas de Chico Xavierpegadas de chico xavier

Os “Privilégios” de Chico XavierMuito trabalhou o médium querido no exercício da

mediunidade, mas, nunca foi favorecido pela vida, no sentido comum que entendemos, ou seja, da vida prazerosa. Muito pelo contrário! Provavelmente, para nos dar o exemplo vivo de que todos podemos trabalhar no campo do Bem, Chico Xavier viveu como qualquer criatura na Terra, passando por dificuldades familiares, financeiras e de saúde, além dos ataques sofridos pelos que não entendiam a sua missão.

Ao completar 68 anos de idade, Chico também alcançara 50 anos no serviço da mediunidade. Conta-se no livro Encontros no Tempo, que ao ser abordado por um senhor sobre os privilégios que teria recebido, após tantos anos de serviços prestados ao Além e aos semelhantes, Chico respondeu:

“Meu amigo, eu não sei quais são os meus privilégios perante os Céus, porque fiquei órfão de mãe aos cinco anos de idade, fui entregue à proteção de uma senhora que durante dois anos, graças a Deus, me favorecia com três surras de vara de marmelo por dia, empreguei-me numa fábrica de tecidos aos oito anos de idade. E nela trabalhei durante quatro anos seguidos à noite, estudando na escola primária durante o dia. Não podendo continuar na fábrica, empreguei-me como auxiliar de cozinha, balcão e horta, num pequeno empório, durante mais quatro anos, em seguida empreguei-me numa repartição do Ministério da Agricultura, na qual trabalhei trinta e dois anos, começando na limpeza da repartição até chegar a escriturário, quando me aposentei; em criança sofri moléstia de pele, fui operado no calcanhar onde me cresceu um grande tumor; sofri dos doze aos quinze anos

de Coréia ou “mal de São Guido”, fui operado em 1951 de uma hérnia estrangulada, acompanhei a desencarnação de irmãos que me eram particularmente queridos em família; sofri um processo público em 1944, de muitos lances difíceis e amargos, por causa das mensagens do grande escritor Humberto de Campos; em 1958, passei por escandalosa perseguição com muitos noticiários infelizes da imprensa,

perseguição de tal modo intensa que me obrigaram a sair do campo reconfortante da vida familiar em Pedro Leopoldo onde nasci, transferindo-me para Uberaba, em 1959, para que houvesse tranquilidade para os meus familiares que não tinham culpa de eu haver nascido médium; em 1968 fui internado no Hospital Santa Helena aqui em São Paulo, para ser operado numa cirurgia de muita gravidade e agora, no princípio deste ano do cinquentenário de minhas pobres faculdades mediúnicas, agravou-se em mim um processo de angina que começou em novembro do ano passado... angina essa com a qual estou lutando muito. Se tenho privilégios, como o senhor imagina, devo ter esses privilégios sem saber.”

Será que nós aguentaríamos toda essa carga? Com certeza, ainda não. Mas, o esforço que fizermos para cumprir o que nos compete neste momento carnal, será um dos degraus para a elevação futura.

Sigamos o exemplo do Chico, afinal esta é a finalidade da vinda desses grandes Espíritos na Terra!

NevesBibliografia: Encontros no Tempo – Francisco Cândido Xavier / Espíritos diversos, organizado por Hércio Marcos C. Arantes, Editora IDE.

Certo é que, ainda, nenhum de nós poderá pretender agir e reagir como o Mestre Jesus.

Devemos, no entanto buscar sempre agir pelas leis mi-sericordiosas do Evangelho, dentro dos limites de nosso entendimento.

Somente em nos realizando, com aquelas noções de vida que já adquirimos no campo do Cristianismo, estaremos nos ajustando para ir além.

Que dizer de alguém que, tendo de fazer uma grande

caminhada – se desalenta, antes de empreender o menor esforço de iniciar a marcha?

Que diríamos daquele que detendo semente de trigo, se negue a confiá-las ao solo, alegando que a colheita é muito trabalhosa e demorada?

Busquemos, pois, viver gotas de bondade a cada dia, porque somente a soma de gotas faz o rio e vivifica todos os tratos de terra bruta por onde passa.

Admiremos o bem e as esferas superiores da vida, mas saibamos que não basta admirar, porque o momento é de fazer.

Paz.Roque Jacintho

Mensagemmensagem

Faça o Melhor

poderíamos merecer em nossas vidas, despertando-nos para o trabalho cristão.

Este pequeno livro de bolso editado pelo GEEM (Grupo Espírita Emmanuel), contém 20 mensagens, 82 páginas de fácil leitura, que nos dão uma visão muito precisa no

reconhecimento de nossos momentos de fraqueza e as indicações de como superá-las. Vamos então lê-lo, absorver suas recomendações e viver melhor!

É fácil... É simples...Antonio

18

Leandro, por uma insignificante contrarie-dade, gritou com a mãezinha pouco antes do almoço.

Pronunciou palavras muito feias em voz alta, destruindo a paz doméstica.

— Ah! Meu filho, que susto! — disse a mãe-zinha aflita, que voltou a sentir forte dor de ca-beça.

— Meu filho, quanto mal foi atraído para nos-so lar por seu gesto de cólera! — pronunciou a mãezinha pacientemente, mas seu coração, anteriormente diagnosticado doente pelo médi-co da família, tornou a descompassar-se.

As irmãs, que cuidavam da refeição, larga-ram tudo no fogão e correram para o quarto para socorrê-la e, assim, todo o almoço foi inu-tilizado.

Em razão das circunstâncias provocadas por Leandro, o pai, que aguardava o almoço, foi obrigado a esperar mais tempo em casa, chegando irritado e muito atrasado de volta ao serviço.

O chefe, desequilibrado, não estava dispos-to a tolerar-lhe a falta, humilhou-o e o demitiu, qual fosse alguém imprudente.

Quem quer que visse a cena, sentiria com-paixão.

Homem idoso e correto, o pai de Leandro, suportou as consequências de um gesto impulsivo e, por vários meses, fez um trabalho aqui e outro ali para amparar a família.

Os resultados da gritaria, porém, foram mais vastos.A mãezinha piorou ainda mais do coração e foi levada às

pressas para o hospital, onde ficou internada e, infelizmen-te, veio a desencarnar.

Por mais seis meses, toda a família lutou e solidarizou-se para pagar as altas contas hospitalares e tentar recompor a harmonia do lar, perdida por um segundo de cólera, por um segundo de ira infantil.

* * *Pensemos na lição e não repitamos o mesmo, em atos

imprudentes!Estamos unidos através de laços provenientes de Deus.

Nenhum de nós está reunido ao acaso e, por isso, estamos

juntos para aprendermos a nos amar, respeitando-se mutu-amente.

A tempestade derruba árvores de um momento para o outro, mas a ação impensada do homem é muito pior. Um grito colérico é um raio mortífero que penetra o coração das pessoas, causando doenças, dificuldades e desgostos.

Aprendamos a falar e a calar.Ajudemos, ao invés de reclamar.A cólera é a força infernal que nos distancia uns dos ou-

tros e de Deus.A guerra não é senão o grito colérico de alguns homens

raivosos que se alastram e exterminam milhões de criatu-ras, prejudicando o mundo inteiro por tempo indeterminado.

ReinaldoBibliografia: Adaptação do livro Alvorada Cristã – Francisco Cân-dido Xavier, pelo espírito Neio Lúcio, capítulo “Um grito de cólera”, Editora FEB, 8ª ed., 1986.

Imagem: http://revuloangelo.files.wordpress.com/2009/11/url.jpg

Contoscontos

Um Grito de Cólera

O Hospital do Fogo Selvagem de Uberaba – MG, que atende a portadores do Pênfigo (Fogo Selvagem) e tam-bém a 150 crianças, precisa de doações para comprar: os remédios Calcort e Psorex pomada (podem ser gené-ricos); materiais de limpeza (sabão em barra Ypê amarelo para os doentes e sabão em pó para limpeza em geral); fraldas descartáveis tamanho G infantil; Mucilon; lenços umedecidos e álcool gel 70%.

Caso queira fazer doações em dinheiro, o depósito pode ser feito em nome do LAR DA CARIDADE, através dos seguintes bancos:

• Bradesco - agência 0264-0 - c/c 14572-6• Banco Itaú - agência 0321 - c/c 00859-1• Banco do Brasil - agência 3278-6 - c/c 3274-9Maiores informações:• Telefone (34) 3318-2900• [email protected]

HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM PEDE AJUDA

19Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

DIA 021914 desencarna Eugène Auguste Albert de Rochas d’Aiglun (Grenoble - França). Foi um engenheiro militar, administrador da Escola Politécnica de Paris, historia-dor militar e pesquisador dos fenômenos psíquicos. Após ter concluído os estudos no Liceu de Grenoble, iniciou os estudos de Direito visando ingressar na magistra-tura, como o haviam feito o seu pai e seu avô, mas sem interesse pela área, voltou--se para outros estudos. No campo do magnetismo e do Espiritismo, estudou a polaridade, contribuiu para a atual classi-ficação das fases do estado sonambúlico, observou sistematicamente os fenômenos espíritas, pesquisou a exteriorização da sensibilidade e mostrou o mecanismo do desdobramento físico. Das várias obras escritas destaca-se, no meio espírita, o li-vro “As vidas sucessivas”.DIA 032010 lançamento, em nível territorial brasileiro, do filme “Nosso Lar”, baseado no livro psicografado por Francisco Cândido Xavier, pelo espírito André Luiz.DIA 051890 desencarna Lea Fox, uma das médiuns envolvidas nos fenômenos de Hydesville, ocorrido em 1848, na Amé-rica do Norte. Allan Kardec se interessou bastante pelos acontecimentos ocorridos na residência dos Fox, para estudo e iní-cio dos trabalhos que culminaram com o

desenvolvimento do Espiritismo como ciência, filosofia e religião.1892 desencarna William Stainton Mo-ses em Londres, Inglaterra; pesquisador, médium e escritor espírita.DIA 061881 realizado o 1° Congresso Espírita do Brasil, visando reunir e orientar as instituições espíritas então existentes.1881 o Imperador Dom Pedro II recebe uma comissão de espíritas, no Rio de Janeiro, que lhe entrega um documen-to narrando as perseguições sofridas, e pedindo-lhe o fim delas.DIA 131909 a médium Linda Gazerra realiza a última sessão de figurações telepáticas e corporificações luminosas em Turim, Itá-lia, na residência da Princesa Rispoli, sob a investigação cientifica do Dr. Enrique Imoda.DIA 151879 nasce, no Rio de Janeiro, a profes-sora Júlia Pêgo de Amorim. Foi diretora de escola de música e, sozinha, aprendeu o Braille. Fundou a “Sociedade Amigos dos Cegos” e a “Instituição das Cegas Hellen Keller”, sendo um baluarte da Sociedade Pró-livro Espírita em Braille (SPLEB).DIA 171839 nasce, em Buffalo, EUA, Ira Eras-tus Davenport, um dos conhecidos ir-mãos Davenport, notáveis médiuns de efeitos físicos, notabilizados pelas ses-sões públicas que promoveram.1865 fundado, por Luiz Olímpio Teles de Menezes, o primeiro Centro Espírita

do Brasil, em Salvador, Bahia, denomi-nado “Grupo Familiar de Espiritismo”.DIA 221868 nasce, no Rio de Janeiro, Caírbar de Souza Schutel, médium, escritor e divulgador da Doutrina Espírita. Consi-derado o “Pai da Pobreza” de Matão. De-sencarnou em Matão, SP, em 30/01/1938. Convertido ao Espiritismo, após observa-ção prática e estudos doutrinários. Fun-dou em 1904 o Centro Espírita “Aman-tes da Pobreza” e, em 1905, o jornal “O Clarim”, que circula até hoje. Em 1925, lançou a Revista Internacional do Espi-ritismo. Escreveu 17 livros espíritas. Foi pioneiro na divulgação da doutrina pelo rádio.DIA 251914 nasce, em Avaré, São Paulo, o professor José Herculano Pires, filóso-fo, parapsicólogo, escritor, jornalista e conferencista espírita. Mais de 70 obras editadas, fundador do “Clube dos Jorna-listas Espíritas”. Destaca-se a tradução dos livros de Kardec feita por Herculano.DIA 281971 desencarna, em São Paulo, o pro-fessor Júlio Abreu Filho, jornalista e tra-dutor da “Revue Spirite” do francês para o português; colaborou assiduamente em muitos jornais e publicações espíritas; foi ainda representante no Brasil em vários organismos espíritas do Exterior.DIA 301891 nasce, em Cepa Forte, BA, Leopol-do Machado Barbosa, grande propagan-dista espírita. Participou dos trabalhos de unificação do espiritismo brasileiro.

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