LEXICOGRAFIA II Discente: Lucimara Alves da C. Costa Docente: Claudia Zavaglia 2013.

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LEXICOGRAFIA IIDiscente: Lucimara Alves da C. Costa

Docente: Claudia Zavaglia

2013

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LEXICOGRAFÍA ESPECIALIZADA Y

LENGUAJES DE ESPECIALIDAD

MARZÁ. N. E. (2012)

LEXICOGRAFIA DE ESPECIALIDADE E TERMINOGRAFIA

Schierholz, S. J. (2012)

TERMINOGRAFÍA Y LEXICOGRAFÍA

PEREZ HERNANDES, M. C. (2002)

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PRA COMEÇO DE CONVERSA...

. Lexicologia? Lexicografia? Metalexicografia? Terminologia? Terminografia? Lexicografia Especializada?

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EM POUCAS PALAVRAS...

As ciências que estudam o léxico das línguas naturais são a Lexicologia e a Lexicografia, para o léxico da língua comum, e a Terminologia e a Terminografia, para o léxico das línguas de especialidade ou tecnocientíficas.

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DEFININDO: LEXICOLOGIA

A Lexicologia estuda e descreve o léxico, ou seja, as unidades lexicais, de uma língua, ao passo que a Lexicografia repertoria e organiza sistematicamente essas unidades em um dicionário; é a “arte de se fazer dicionários”. Acredito que a Lexicografia não prescinda da Lexicologia e que esta última resulte, muitas vezes, em produtos concretos da primeira. Esses dois ramos de estudo fazem parte das investigações da grande área da Linguística. (ZAVAGLIA, 2009)

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DEFININDO: LEXICOGRAFIA

Lexicografia é a ciência que elabora dicionários: o lexicógrafo necessita de amplos conhecimentos teóricos sobre as possibilidades e os pressupostos metodológicos desta atividade (a teoria da Lexicografia) em que repercutem os conhecimentos de todas as áreas da Linguística e as condições e exigências de trabalho práticas, tecnológicas e socioeconômicas. (Haensch et al., 1982 / Biderman, 1984).

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Lexicografia é a técnica de se fazer dicionários. (Borba, 2003)

• Lexicografia é: (1) arte de elaborar dicionários, (2) o estudo de problemas ligados à elaboração de

dicionários, crítica de dicionários, pesquisa da história da lexicografia, pesquisa do uso de dicionários. (WELKER, 2004).

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Lexicografia é mais do que uma técnica e uma arte. É uma ciência; e enquanto ciência está sujeita à teoria e a etapas metodológicas. Nesse sentido, o lexicógrafo carece de conhecimentos teóricos em

relação ao seu objeto de estudo, tais como saber: (i) descrever com coerência e de forma sistemática as relações sintáticas existentes entre as unidades léxicas; (ii) identificar e descrever relações semânticas entre elas e

ainda (iii) fazer a descrição contextual e situacional entre os itens

lexicais,ou seja, suas relações pragmáticas; Além disso, suas etapas de trabalho devem estar bem

delimitadas no processo de feitura de um dicionário, embasadas em critérios científicos desde a identificação da unidade lexical a ser tratada e

a forma de sua recolha até a determinação da macro e da microestrutura da sua obra.(Zavaglia, 2009)

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METALEXICOGRAFIA??

Estuda os princípios teóricos e metodológicos sobre a elaboração de dicionários;

• Estuda as características que regulam a estrutura e o comportamento linguísticos na medida em que orientam e condicionam o trabalho do lexicógrafo.

• Também chamada de Lexicografia Teórica.

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TERMINOLOGIA/ TERMINOGRAFIA

A grosso modo: a Terminologia estuda e descreve o léxico especializado, ou seja, as unidades terminológicas ou TERMOS, de um domínio específico ou área de especialidade, ao passo que a Terminografia repertoria e organiza sistematicamente essas unidades em um glossário ou banco de dados.

Esses dois ramos de estudo fazem parte das investigações da grande área da Linguística, mais especificamente da Linguística Aplicada.

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De acordo com Schierholz (2012), a Terminologia é uma disciplina relativamente nova, fundada no fim dos anos 30 por Eugen Wüster e trata da fundamentação teórica da normalização das línguas de especialidade, das características gerais do léxico de especialidade. É uma área voltada para a “interdisciplinaridade” (pag. 378/379).

A Terminologia é uma área de interfaces, especialmente com a Tradução e a Documentação, razão por que o mundo contemporâneo oferece muitas possibilidades de aplicações terminológicas, bem como cresce o interesse nos estudos terminológicos. (KRIEGER, 2006, p. 156)

“Para os especialistas, a terminologia é o reflexo formal da organização conceptual de uma especialidade e um meio inevitável de expressão e de comunicação profissional” (CABRÉ, 1993, p.37).

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A la hora de distinguir entre terminología y lexicografía, la mayoría de los autores suelen establecer una correspondencia paralela entre, por un lado, lexicología, disciplina que se ocupa del estudio y descripción del lexicón de una lengua y la lexicografía, concebida como la rama aplicada de la lexicología centrada en la elaboración de diccionarios, y por otro, terminología, área de estudio teórico y metodológico y terminografía, vertiente aplicada de la terminología, encargada de la elaboración de diccionarios especializados. De esta forma la lexicología es a la terminología lo que la lexicografía a la terminografía. (Perez Hernandes, 2002, pag. 59).

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ENTÃO...O QUE É LEXICOGRAFIA ESPECIALIZADA??

Sanroman (2001) advoga que alguns linguistas e terminólogos valem-se, erroneamente, da distinção entre língua geral ou comum e língua de especialidade, para se referirem aos objetos de estudo da lexicografia e da terminologia, ou seja, a lexicografia se ocupa das unidades lexicais da língua comum e a terminologia das unidades especializadas ou terminológicas.

Essa designação e definição são equivocadas, segundo o autor, porque, assim como aponta Rey (1979), terminologia e lexicografia de domínios especiais são ciências díspares e que não devem ser confundidas.

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SENDO ASSIM...

Podemos dizer que a Lexicografia Especializada é uma teoria embasada, especialmente, nos pressupostos de Cabré (1993, 1999) a partir da proposta da TCT – (Teoria Comunicativa da Terminologia) e da constatação de que faltava à Terminologia um aspecto mais voltado para a comunicação e de Marzá (2011 e 2012), para quem a Lexicografia Especializada pode ser entendida como a Terminografia, mas num aspecto mais amplo, de base linguística e comunicativa e que, por sua vez se sustenta em três pilares básicos: linguagem de especialidade, Terminologia (entendida a partir da TCT de Cabré, 1999) e Linguística de Corpus.

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ENTRETANTO...

Para Schierholz (2012), a Terminografia (ou trabalho terminológico) é entendida como uma prática de coleta e apresentação de dados terminológicos em dicionários de especialidade e bancos de dados terminológicos. Consta como sinônimo do termo Terminografia, o termo Lexicografia Terminológica, mas não Lexicografia de Especialidade (c.f. ARNTZ; PICHT;MAYER, 2002, P. 186)

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SEGUNDO SCHIERHOLZ (2012), A Lexicografia de especialidade faz parte da Lexicografia e

tem mais de mil anos como prática cultural independente na Europa.

Seu objeto é, em geral, o dicionário de especialidade, sendo este voltado para especialistas, leigos ou aprendizes em questões especializadas.

A fim de atingir seu objetivo, o dicionário de especialidade contém um índice de verbetes especializados (em ordem alfabética ou outra ordem) e, para cada verbete, há geralmente informações linguísticas ou enciclopédicas. A estrutura tradicional (verbetes com lema e informações lexicográficas) é frequentemente deixada de lado nos dicionários de especialidade.

O autor faz distinção entre os dicionários especializados em: dicionários linguísticos de especialidade – encontram-se informações linguísticas e comunicativas sobre o objeto da língua de especialidade. (p.377)

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DISCUTINDO

1. Lexicografia de Especialidade pode ser definida como sinônimo de Terminografia?

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De acordo com esse autor, segundo uma tradição antiga, o trabalho com dicionários de especialidade é constituído de duas atividades: o lexicógrafo deve reunir o léxico de especialidade em ordem alfabética e da forma mais completa possível, enquanto o terminólogo deve desenvolver e comparar os campos conceituais (c.f. BUCKSCH, 1973, p. 7, apud BERGENHOLTZ, 1995, p. 50). “Portanto, todo lexicógrafo de especialidade deveria ser tanto um lexicógrafo quanto um terminólogo”.

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PENSANDO SOBRE ISSO...

2. Qual seria o papel e o perfil de um lexicógrafo?

3....e de um terminólogo?4...e de um lexicógrafo de especialidade?

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É possível delimitar um campo de ação específico tanto para o lexicógrafo quanto para o terminógrafo, com objetivos concretos, atores e uma comunicação de especialidade específica para cada campo. Porém, o mesmo não se pode dizer de uma formação ou denominação oficial, com disciplinas específicas e currículo próprio. (SCHIERHOLZ)

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SENDO ASSIM:

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QUANTO AO PERFIL DE CADA UM:

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QUANTO AO TERMINÓLOGO De acordo com Krieger (2006), p.157/158), diante da realidade atual, é

preciso considerar que o que estamos denominando por terminólogo não é obrigatoriamente um especialista, ou seja, alguém que teve a oportunidade de receber uma formação específica em Terminologia, cursos raros em todas as latitudes. Dessa forma, o “nosso terminólogo” corresponde a um profissional que lida com termos técnicos de diferentes formas e com finalidades pragmáticas distintas.

O que se constata é que o terminólogo é sempre um sujeito que lida com a terminologia no exercício de distintas atividades profissionais a iniciar sempre pelo tradutor, vindo logo após, o documentalista, o redator técnico, responsável pela elaboração de manuais técnicos entre outros tipos de documentos que contêm terminologias. Incluem-se também atividades informatizadas relacionadas a bancos de dados terminológicos, a processamento da linguagem natural para fins que envolvem linguagens especializadas. Este quadro geral, na realidade, não é novo, mas se alarga ou se restringe conforme a região ou país.

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Já o lexicógrafo de especialidade tem por um lado a tarefa de compilar características essenciais dos termos (aspectos descritivos), tais como vagueza, polissemia, sinonímia e dependência de contextos; por outro lado, ele deve evitar a ambiguidade de expressões polissêmicas, formulando definições claras, de modo a evitar confusões de significados, e também deve estabelecer novas expressões para novos objetos (aspecto prescritivo).

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E QUANTO AOS PRODUTOS DE CADA UMA...? De acordo com Schierholz (2012), ao usarmos um

dicionário, escolhemos exatamente aquele que nos parece mais apropriado para solucionar nossa falta de conhecimento. Essas necessidades vão justificar a criação de diferentes tipos de dicionários.

De modo bastante simplista podemos dizer que o dicionário lexicográfico (geral/de língua) se volta para o léxico da língua comum e o dicionário especializado para o léxico da língua de especialidade.

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De acordo com Cabré (1993, p. 84), o que separa a Terminologia da Lexicografia é a concepção que ambas as disciplinas possuem da linguagem. Sendo assim, a Lexicografia concentra seu estudo nas unidades lexicais e não concebe o significado sem que este esteja vinculado a uma palavra. Quanto à Terminologia, especialmente a teoria tradicional da Terminologia, concentra sua atenção nos conceitos, que considera prévios a expressão léxica, e que podem ser concebidos de forma independente à denominação terminológica que recebem em cada língua.

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DIFERENÇAS ENTRE O ENFOQUE LEXICOGRÁFICO E O TERMINOLÓGICO

Segundo Perez Hernandes (2002), além dessa característica apontada por Cabré, temos duas outras que diferenciam o trabalho lexicográfico do terminológico:

- O interesse pelo “comportamento” gramatical e contextual das unidades lexicais em estudo. No âmbito lexicológico e lexicográfico se considera cada vez mais importante o estudo das palavras relacionando-as tanto ao seu contexto gramatical, quanto ao contexto sociolinguístico, considerando-as como elementos básicos para a construção do discurso. Na Terminologia, os termos são estudados, tradicionalmente, de forma isolada, com um interesse mínimo no estudo de sua morfologia ou sintaxe.

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- a outra característica se refere ao tipo de produto que oferecem a seus usuários. A diferença se deve ao ponto de partida que toma cada disciplina: a Terminologia parte do conceito, enquanto a Lexicografia parte das unidades lexicais.

Os produtos terminográficos são, portanto, de caráter onomasiológico, e a ordenação mais comum que encontramos nos produtos lexicográficos é a semasiológica ou em ordem alfabética.

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Entretanto, como ressalta Sanroman (2001, p. 244) :

É muito frequente caracterizar o modelo lexicográfico como sendo de natureza predominantemente semasiológica, enquanto o terminográfico caracterizar-se-ia pela sua orientação onomasiológica (vd., por exemplo, Vilela, 1995: 91). Mas, é evidente que nem toda a lexicografia tem uma orientação semasiológica.

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SE DE FATO EXISTEM, EM QUE CONSISTIRIAM AS DICOTOMIAS:

Léxico comum X Léxico de Especialidade? Língua comum X Língua de Especialidade? Lexicografia X Terminologia? E a Lexicografia Especializada???

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De acordo com Cabré (1993), uma língua particular está constituída por um conjunto diverso de subcódigos que os falantes utilizam em função de suas modalidades dialetais, selecionando-as de acordo com suas necessidades expressivas e de características particulares do contexto comunicativo em que se encontram.

Ahmad et al. (1995) resume as diferentes posturas existentes no que se refere à relação entre língua natural e linguagem de especialidade em três modelos diferentes:

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A postura que estes autores defendem se parece mais com o modelo C, ou seja, consideram que a relação entre língua geral e língua de especialidade deve considerar-se não como uma justaposição de ambas (modelo A), nem como uma inclusão da língua especializada como um subsistema da língua geral (modelo B), e sim como a fusão de um subconjunto da língua geral, com um conjunto de elementos específicos e próprios dessa língua de especialidade.

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Os três modelos propostos podem ser considerados paralelos às três aproximações detalhadas em Cabré (1993, p. 132):

- A primeira considera as linguagens de especialidade como códigos de carater linguístico, porém diferenciados da linguagem geral, uma vez que contam com regras e unidades específicas. (Não parece fácil delimitara fronteira entre linguagem comum e linguagem de especialidade, nem parece existir um consenso sobre quais os fenômenos linguísticos que as diferenciam)

- A segunda aproximação considera as linguagens de especialidade como simples variantes da língua geral.

- A terceira, mais acertada de acordo com a autora, considera a linguagem especializada como subconjuntos fundamentalmente pragmáticos da língua geral, ou “linguagem global”, termo que corresponde ao proposto por Lehrberger (1986), usado para englobar tanto a língua geral como todas as possíveis sublinguagens. Esta posição teórica argumenta que é impossível definir as linguagens de especialidade em termos estritamente linguísticos, pois os que vai diferenciá-las da língua geral são as características pragmáticas ou extra-linguísticas. (PEREZ HERNANDEZ, 2002, pag. 70)

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Lehrberger (1986: 22) considera que existem seis fatores que podem ajudar a definir uma sublinguagem ou linguagem de especialidade: 1. temática específica;

2. restrições léxicas, sintáticas e semânticas; 3. regras gramaticais “anormais”, diferentes; 4. alta frequência de aparição de determinadas

construções; 5. estrutura textual; 6. uso de símbolos específicos.

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DISCUTINDO:

6. Como podemos provar que a linguagem da botânica, medicina ou outros pertence ao domínio específico, de acordo com os critérios de Lehrberger (1986)?

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DISCUTINDO... 7. Se quando trato do léxico da língua geral eu

estou no campo da Lexicografia, e quando trato da língua especializada estou no campo da Terminologia, quando estou no campo da Lexicografia Especializada?

8. Existe realmente uma língua geral e uma língua de especialidade?

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PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE UM DICIONÁRIO DE LÍNGUA GERAL E UM DICIONÁRIO ESPECIALIZADO:ENTRADA LÉXICA ENTRADA TERMINOLÓGICA

Trata una palabra(normalmente llamada lema).

Trata un concepto, queen ocasiones puede seridentificado por un código en vezde por una palabra.

Los sentidospolisémicos de una palabrason tratados basándose enuna derivación etimológica.

Trata un concepto encada entrada, señalando todoslos términos asignados a eseconcepto.

Trata las palabrashomógrafas con derivacionesdiferentes en entradas separadas.

Trata los sentidospolisémicos de una palabra enentradas separadas.

Ofrece toda lainformación morfológica ygramatical pertinente a unapalabra.

Ofrece sólo aquellasdiferencias gramaticales queestán relacionadas con laasignación del concepto a untérmino.

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Se estructura enorden alfabético estricto parafacilitar el acceso.

Con frecuencia seordena de acuerdo a unaestructura conceptualsistemática, con referencias auna lista alfabética.

Describe o, en últimainstancia, hacerecomendaciones de uso.

Con frecuencia dacuenta de usos preferentes orecomendados.

Trata a las palabrascomo un grupo universaltomado de la lengua general.

Trata con los términosque pertenecen a un lenguajeespecífico de un dominio restringido.

Incluye todas laspartes de la oración (todas laclases de palabras).

Se componenormalmente de nombres,verbos y, en ocasiones,adjetivos.

Lexicografía vs. terminología (adaptado de Wright & Budin 1997)

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NESSE SENTIDO...

Cuando un terminógrafo inicia la tarea de elaborar un diccionario de especialidad o especializado, existen muchos aspectos, tanto teóricos como prácticos, que debe conjugar de manera efectiva para lograr el resultado esperado tanto por él mismo (o su grupo) como por el potencial usuario de la obra. Esto implica entender desde un primer momento que un diccionario especializado no es sólo un compendio de palabras técnicas traducidas y/o brevemente definidas (lo que hemos denominado aquí un diccionario pasivo; sino una obra compleja, con multitud de información útil para el usuario, que hace necesario entender dónde y cómo se origina, a quién va destinada y para qué ha sido confeccionada. (MARZÁ, 2012, p. 100).

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E QUANTO AO PRODUTO DA LEXICOGRAFIA ESPECIALIZADA?? Los diccionarios especializados activos se originan en una

observación muy simple: hace algunos años, los terminógrafos y los lingüistas empezaron a revisar diccionarios especializados ya elaborados y detectaron una falta de entradas con categorías distintas al nombre, así como una falta de contextos e informaciones que ayudaran a ilustrar el uso de los términos. (MARZÁ, 2012, p. 112).

Hoje em dia espera-se uma maior atenção às unidades lexicais como elementos textuais e oracionais e não como elementos artificialmente isolados, sendo assim, de acordo com os princípios básicos da TCT, da Linguística de Corpus e dos dicionários ativos com enfoque lexicográfico especializado, “os dicionários devem desenhar-se para cumprir as necessidades específicas de seus consulentes, por isso existe a necessidade de prover a Terminologia de materiais que satisfaçam as necessidades comunicativas que surgem nas áreas de especialidade e que sejam resultado do estudo dos termos “ao vivo”.

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ASSIM SURGE O DLB...

Um dicionário que utiliza como corpus textos especializados de Lexicografia Brasileira e se propõe a ser um dicionário ativo de Lexicografia Especializada que se fundamenta na necessidade de se fazer do dicionário especializado uma obra mais ampla e completa do que a que tem sido apresentada como dicionário terminológico especializado, que dedique uma maior atenção aos itens lexicais especializados como elementos oracionais e textuais e que proporcione ao consulente as informações necessárias tanto no nível receptivo como produtivo acrescentando informação técnica, gramatical, colocacional, contextual e relacional.

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Documentos Tese\modelo de verbete.doc

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OBRIGADA